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Agronomia

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Agronomia

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Introdução a Agronomia

Agronomia é, dentro das ciências agrárias, um campo multidisciplinar que inclui

subáreas aplicadas das ciências naturais, exatas, sociais e econômicas que

trabalham em conjunto visando a aumentar compreensão da agropecuária e

melhorar as práticas agrícolas e zootécnicas, por meio de técnicas e

tecnologias em favor de uma otimização da produção dos pontos de vista

econômico, técnico, social e ambiental.

No geral, a agronomia possui principalmente três áreas de

atuação: ensino, pesquisa e extensão rural. Produz pesquisas e desenvolve as

técnicas que melhoram os resultados da agropecuária como, por exemploː

manejo de irrigação, engenharia rural, quantidade ótima de fertilizantes,

maximização da produção em termos de quantidade e qualidade do

produto, fitotecnia, zootecnia, seleção de variedades resistentes à seca e

de raças (melhoramento genético animal e

vegetal), doenças e pragas (entomologia, fitopatologia, fitiatria, matologia, micr

obiologia, nematologia), desenvolvimento de novos agrotóxicos, modelos de

simulação de crescimento de colheita, secagem e armazenagem de produtos

agropecuários, agroindústria, economia rural, meio ambiente, mecanização

agrícola e técnicas de cultura de células in vitro. Elas estudam também a

transformação de produtos primários em produtos finais de consumo como, por

exemplo, a produção, preservação e embalagem de produtos lácteos e a

prevenção e correção de efeitos adversos ao ambiente (isto é, a degradação

do solo e da água). Ou seja, a agronomia estuda a interação do complexo

homem, planta, animais, solo, clima e ambiente segundo relações de causa e

efeito. As pesquisas agronômicas, mais que as de outros campos, estão

fortemente relacionadas ao local em que são realizadas. Fato semelhante

ocorre com as técnicas derivadas dessas pesquisas.

Técnicas de produção e manejo do solo fazem parte dos estudos da

agronomia

Assim, esse campo pode ser considerado uma ciência de ecorregiões porque

está ligado a características locais de solo e clima que nunca são exatamente

iguais nos diferentes lugares geográficos. Os sistemas agrícolas de produção

devem levar em conta características como clima, local, solo e variedades de

plantas e animais de produção, que precisam ser estudados a nível local.

Outros sentem que é necessário entender os sistemas de produção de uma

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forma generalizada de maneira que o conhecimento obtido possa ser aplicado

ao maior número de locais possíveis.

Os Engenheiros Agrônomos atuam de forma eclética e integrada nas

atividades rurais através da horticultura, zootecnia, engenharia rural,

economia, sociologia e antropologia rurais, ecologia agrícola etc.

Os conhecimentos indispensáveis à otimização da atividade rural, adquiridos

pela pesquisa científica,demandam a comunicação aos agricultores. Portanto,

a extensão rural é o processo de exposição dessas informações servindo-se de

método educacional não formal que visa o crescimento da renda e bem-estar

das famílias rurais, o que distingue da assistência técnica que é limitada à

solução de questões sem instruir o agricultor.

No Brasil,a extensão rural segue a vertente pública e gratuita que é

sistematizada em órgãos estaduais, os quais têm o papel de oferecer suporte

técnico aos agricultores familiares, filiados a ASBRAER (Associação Brasileira

das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural) a qual

objetiva o progresso com a mínima agressão ao meio ambiente, menor custo e

de forma honesta. Um outro importante ato a favor da valorização do meio rural

foi a criação do Programa Nacional da Agricultura Familiar (PRONAF) que é

uma politica pública direcionada a pequenos agricultores a qual pressupõe a

competência da geração de renda no espaço rural e nos municípios que estão

diretamente ligados a esse ambiente

Fruticultura

A fruticultura é o ramo da agricultura que vista produzir economicamente e

racionalmente frutos em geral com o intuito de comercializar os mesmos.

A fruticultura é uma atividade delimitada grande importância para a

humanidade, tanto considerando os aspectos econômicos e sociais, como por

representar uma importante fonte de nutrientes.

Agricultura

Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o

objetivo de obter alimentos, bebidas, fibras, energia, matéria-

prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas, ou apenas para

contemplação estética.

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A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O

termo fazendeiro (português brasileiro) ou lavrador (português europeu) se

aplica ao proprietário de terras rurais onde, normalmente, é praticada a

agricultura, a pecuária ou ambos.

A ciência que estuda as características das plantas e dos solos para melhorar

as técnicas agrícolas é a agronomia.

Agronomia

Agronomia é, dentro das ciências agrárias, um campo multidisciplinar que inclui

subáreas aplicadas das ciências naturais, exatas, sociais e econômicas que

trabalham em conjunto visando aumentar a compreensão da agropecuária e

aperfeiçoar as práticas agrícolas e zootécnicas, por meio de técnicas e

tecnologias em favor de uma otimização da produção dos pontos de

vista econômico, técnico, social e ambiental,minimizar o gasto de energia em

conformidade com as condições ambientais mutáveis.

O surgimento da agronomia foi mediante a necessidade de sobrevivência

humana na terra e era caracterizada pelo cultivo primitivo de extração mas que

atendeu a demanda por certo tempo, o que permitiu a permanência dos

indivíduos em um local.Atualmente essa atividade se tornou algo muito mais

abrangente e de extrema importância para a economia mundial.

Geologia e Biologia do Solo

O processo de origem, formação e transformação dos solos está diretamente

relacionado com o intemperismo e com a acumulação de material orgânico.

Os solos configuram-se como um importante recurso natural renovável que é

utilizado pelas atividades humanas para fins econômicos, tendo uma notável

importância nas práticas agropecuárias e na geração de alimentos para a

sociedade.

Basicamente, os solos formam-se a partir do processo de decomposição das

rochas de origem, chamadas de rochas mãe. Isso significa dizer que, no início,

não existiam solos na Terra, mas apenas grandes e variados grupos rochosos

que foram lentamente desgastados pelo clima, pela ação da água e dos ventos

e também pelos seres vivos, sobretudos as plantas. Com isso, essa lenta

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desagregação proporcionou a formação de sedimentos, que se mantêm

aglomerados e compõem os solos. O processo de origem e constituição dos

solos é chamado de pedogênese.

De acordo com a sequência acima explicitada, compreendemos que o

processo de formação obedece à seguinte cronologia:

a) decomposição lenta da rocha mãe pelos agentes do intemperismo (água,

ventos, clima, plantas e outros);

b) com o tempo, acumula-se uma maior presença de material orgânico sobre o

solo recém-formado;

c) o material orgânico decompõe-se e vai aos poucos enriquecendo o terreno,

enquanto os horizontes do solo vão se formando;

d) o solo, em estágio mais avançado, passa a contar com os diferentes

horizontes, além de apresentar uma camada superficial orgânica propícia ao

plantio e à existência de vegetações.

Os solos mais antigos apresentam essa estrutura mais consolidada, enquanto

os solos mais jovens, muitas vezes, ainda se encontram em processo

intermediário de formação, sem a existência de todos os seus horizontes e com

baixo nível de material orgânico.

Os horizontes do solo, segundo as classificações mais comuns, são:

Horizonte O (horizonte orgânico) – camada externa do solo composta por

material orgânico em estágio de decomposição.

Horizonte A – é o horizonte mineral mais próximo da superfície, com uma

relativa presença de matéria orgânica.

Horizonte B – é o horizonte de acumulação, com uma grande presença de

minerais e com baixo acúmulo de material orgânico.

Horizonte C – camada formada por partes fragmentadas da rocha mãe, muitas

vezes com sedimentos menores nas suas partes mais altas e com saprólitos e

partes de rochas em sua parte inferior.

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Entre os maiores desafios postos ao professorado, é possível que o

desenvolvimento do trabalho interdisciplinar figure como um dos mais

importantes e difíceis de se praticar.

A academia aponta essa perspectiva como uma necessidade, uma demanda

da escola contemporânea, embora não avance, significativamente, em

metodologias ou em formação para atingirmos esse objetivo.

De fato, a solução para esse complexo problema não está nesse artigo, porém,

nossa intenção é acenar possibilidades e idéias para refletirmos sobre essa

problemática, a partir de duas áreas do conhecimento que, aparentemente,

pouco convivem na educação básica: a Biologia e a Geologia.

Na superfície terrestre podemos encontrar diversos tipos de solo. Cada tipo

possui características próprias, tais como densidade, formato, cor, consistência

e formação química.

Solo Argiloso

Possuí consistência fina e é impermeável a água. Um dos principais tipos de

solo argiloso é a terra roxa, encontrada principalmente nos estados de São

Paulo, Paraná e Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da

agricultura, principalmente para a cultura de café. Na região litorânea do

Nordeste encontramos o massapé, solo de cor escura e também muito fértil.

Solo Arenoso

Possui consistência granulosa como a areia. Muito presente na região

nordeste do Brasil, sendo permeável à água.

Solo Humoso

Presente em territórios com grande concentração de material orgânico em

decomposição (húmus). É muito utilizado para a prática da agricultura, pois é

extremamente fértil (rico em nutrientes para as plantas).

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Solo Calcário

É um tipo de solo formado por partículas de rochas. É um solo seco e esquenta

muito ao receber os raios solares. Inadequado para a agricultura. Este tipo de

solo é muito comum em regiões de deserto.

Alguns conceitos importantes

ESPÉCIE - é o conjunto de indivíduos semelhantes (estruturalmente,

funcionalmente e bioquimicamente) que se reproduzem naturalmente,

originando descendentes férteis. Ex.: Homo sapiens

POPULAÇÃO - é o conjunto de indivíduos de mesma espécie que vivem numa

mesma área em um determinado período. Ex.: população de ratos em um

bueiro, em um determinado dia; população de bactérias causando amigdalite

por 10 dias, 10 mil pessoas vivendo numa cidade em 1996, etc.

COMUNIDADE OU BIOCENOSE - é o conjunto de populações de diversas

espécies que habitam uma mesma região num determinado período. Ex.: seres

de uma floresta, de um rio, de um lago de um brejo, dos campos, dos oceanos,

etc.

ECOSSISTEMA OU SISTEMA ECOLÓGICO - é o conjunto formado pelo meio

ambiente físico, ou seja, o BIÓTOPO (formado por fatores abióticos como: solo,

água, ar) mais a comunidade (formada por componentes bióticos - seres vivos)

que com o meio se relaciona.

HABITAT - é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, isto é,

o seu "ENDEREÇO" dentro do ecossistema. Exemplo: Uma planta pode ser o

habitat de um inseto, o leão pode ser encontrado nas savanas africanas, etc.

BIÓTOPO - Área física na qual determinada comunidade vive. Por exemplo, o

habitat das piranhas é a água doce, como, por exemplo, a do rio Amazonas ou

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dos rios do complexo do Pantanal o biótopo rio Amazonas é o local onde vivem

todas as populações de organismos vivos desse rio, dentre elas, a de piranhas.

NICHO ECOLÓGICO - é o papel que o organismo desempenha, isto é, a

"PROFISSÃO" do organismo no ecossistema. O nicho informa às custas de

que se alimenta, a quem serve de alimento, como se reproduz, etc. Exemplo: a

fêmea do Anopheles (transmite malária) é um inseto hematófago (se alimenta

de sangue), o leão atua como predador devorando grandes herbívoros, como

zebras e antílopes.

ECÓTONO - é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois

ecossistemas. Na área de transição (ecótono) vamos encontrar grande número

de espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos.

BIOSFERA - toda vida, seja ela animal ou vegetal, ocorre numa faixa

denominada biosfera, que inclui a superfície da Terra, os rios, os lagos, mares

e oceanos e parte da atmosfera. E a vida é só possível nessa faixa porque aí

se encontram os gases necessários para as espécies terrestre e aquáticas:

oxigênio e nitrogênio.

O ambiente de um organismo é composto não apenas pelas plantas e animais

com os quais este interage diretamente ou indiretamente, mas também por

processos puramente físicos e por substâncias inorgânicas. Flutuações diárias

de temperatura e as concentrações de oxigênio e dióxido de carbono também

fazem parte do ambiente.

A análise dos níveis bióticos em termos de níveis de organização reflete a

importância do pensamento sistêmico na ecologia. Cada nível de organização

possui propriedades emergentes em relação ao nível hierarquicamente inferior.

Em outras palavras, cada nível de organização é mais do que a soma das

partes dos níveis anteriores.

Por exemplo, uma população possui características de dinâmica espacial e

temporal, taxas de natalidade e mortalidade, que não existem no nível de

organismos individuais. Uma comunidade, por sua vez, possui características

como diversidade, interações entre espécies e padrões de sucessão que não

fazem sentido quando analisamos populações isoladamente.

A ecologia pode ser estudada à luz de diversas abordagens. Em geral

denomina-se autoecologia o estudo da ecologia de um organismo individual ou

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de uma determinada espécie. O termo sinecologia é usualmente empregado

quando o foco do interesse reside na comunidade ou na população. Um estudo

autoecológico, por exemplo, pode estar interessado em analisar as interações

entre o mandacaru (Cereus jamacaru, Cactaceae) e as espécies a ela

associadas, ou mesmo as adaptações desta espécie de Cactaceae ao clima

árido da caatinga.

Já um estudo com enfoque sinecológico estaria interessado em analisar o

ecossistema caatinga, onde o mandacaru é comum. Seguindo este raciocínio,

a ecologia pode ser subdividida em três grandes áreas: ecologia de indivíduos,

de populações e de comunidades. Cada subdivisão possui enfoques distintos e

complementares.

Ecossistema

As definições mais modernas de ecossistema consideram este termo como

sinônimo de comunidade. Inicialmente considerava-se que o ecossistema seria

constituído pelo clima, solo, bactérias, fungos, plantas e animais de qualquer

lugar definido. Ou seja, um ecossistema teria componentes bióticos e abióticos.

Por sua vez, os componentes bióticos de um ecossistema, ou todos os

organismos vivos que nele habitam, em conjunto constituíam uma comunidade

ecológica. Entretanto, em termos ecológicos não faz sentido separar os

componentes abióticos das comunidades essencialmente bióticas. Por este

motivo, o estudo das comunidades pode ser entendido como o estudo dos

ecossistemas e vice-versa.

Biomas

Os biomas são geralmente definidos como comunidades maiores de animais e

plantas, características de determinadas regiões geográficas e condicionadas

por condições climáticas ou edáficas amplas. Por exemplo, a existência de

florestas tropicais está em grande parte associada à regiões de clima tropical,

assim como a tundra está restrita à regiões polares e os bosques de coníferas

são predominantes em regiões com clima temperado.

Habitat

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O habitat corresponde ao lugar onde um organismo vive, ou onde podemos

encontrá-lo. Em grande parte, o conceito de ambiente se sobrepõe ao conceito

de habitat, ainda que o ambiente seja um conceito mais amplo que pode incluir

também as interações com fatores bióticos e abióticos.

O habitat, por sua vez, geralmente refere-se apenas ao espaço físico e à área

de vida de um determinado organismo ou população.

A Ecologia é a especialidade da biologia que estuda o meio ambiente e os

seres vivos que vivem nele, ou seja, é o estudo científico da distribuição e

abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua

distribuição.

As interações podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente. A

palavra "Ökologie" deriva da junção dos termos gregos "oikos", que

significa casa, e "logos", que quer dizer "estudo". Foi criada pelo cientista

alemão Richard Kilber para designar a ciência que estuda as relações entre

seres vivos e meio ambiente.

Ciência ampla e complexa, a Ecologia preocupa-se com o entendimento do

funcionamento de toda a natureza. Assim como vários outros campos de

estudo da Biologia, ela não é uma ciência isolada. Para entendê-la, é

necessário, por exemplo, conhecer um pouco de Evolução, Genética, Biologia

Molecular, Fisiologia e Anatomia.

Como matéria pode ser dividida em Autoecologia (é um dos dois grandes

ramos em que Schot dividiu a

ecologia), Demoecologia e Sinecologia. Entretanto, diversos ramos têm surgido

utilizando diversas áreas do conhecimento: Biologia da Conservação, Ecologia

da Restauração, Ecologia Numérica, Ecologia Quantitativa, Ecologia Teórica,

Macroecologia, Ecofisiologia, Agroecologia, Ecologia da Paisagem. Ainda

pode-se dividir a Ecologia em Ecologia Vegetal e Animal e ainda em Ecologia

Terrestre e Aquática.

O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo espaço necessário à

sua sobrevivência e reprodução, mas também às suas funções vitais, incluindo

o seu comportamento, através do metabolismo. Por essa razão, o meio

ambiente e a sua qualidade determinam o número de indivíduos e

de espécies que podem viver no mesmo habitat. Por outro lado, os seres vivos

também alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem.

O exemplo mais dramático de alteração do meio ambiente por organismos é a

construção dos recifes de coral por minúsculos invertebrados,

os pólipos coralinos. As relações entre os seres vivos do ecossistema também

influencia na distribuição e abundância deles próprios. Como exemplo, incluem-

se a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a

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reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes

espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo,

o parasitismo e outros.

A maior compreensão dos conceitos ecológicos e da verificação das alterações

de vários ecossistemas pelo homem levou ao conceito da Ecologia

Humana que estuda as relações entre o homem e a biosfera, principalmente do

ponto de vista da manutenção da sua saúde, não só física, mas também social.

Com o passar do tempo surgiram também os conceitos de conservação que se

impuseram na atuação dos governos, quer através das ações de

regulamentação do uso do ambiente natural e das suas espécies, quer através

de várias organizações ambientalistas que promovem a disseminação do

conhecimento sobre estas interações entre o homem e a biosfera. Há muitas

aplicações práticas da ecologia, como a biologia da conservação, gestão de

zonas úmidas, gestão de recursos naturais (agricultura, silvicultura e pesca),

planejamento da cidade e aplicações na economia.

Agronegócio

Também conhecido como agrobusiness, o agronegócio é um conceito que

define um contexto econômico, político e social da produção agropecuária e

agrícola no campo, além de ser amplo envolvendo questões ligadas a técnicas,

tecnologias, equipamentos e serviços, é também muito complexo quando

vinculado a gama social.

Em outras palavras, pode-se dizer que se trata de uma rede de atividades

econômicas que estão ligadas a produção agrícola pouco diversificada e em

grande escala que atende as exigências do mercado interno e externo através

da produção de soja, café, cana-de-açúcar, bem como pela industrialização

dos mesmos para a produção de álcool, óleos, cigarros e consequentemente

sua exportação. No entanto, o agronegócio também se manifesta na produção

de agroquímicos utilizados nesta produção.

Cabe-se pontuar que, essa rede de atividades econômicas não estão apenas

vinculada ao campo, mas também ao meio urbano, uma vez que subordina as

atividades rurais à dinâmica capitalista e industrial das cidades, modificando as

relações sociais, culturais e econômicas ao longo da história de sua

modernização. Além disso tudo, ele ocasiona uma inter-relação entre os

setores primários, secundários e o terciário.

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O agronegócio é responsável pela destruição massiva de muitas espécies de

faunas, floras e culturas, e por vezes de grandes biomas, como é o caso do

Brasil, que possuí um agronegócio bem expressivo, sendo um dos maiores

produtores e exportadores de café, cana-de-açúcar e soja, além de ser um

grande exportador de carne bovina, suína e frangos.

É um sistema que movimenta muito a economia de um país, no entanto, é

necessário sempre saber de que forma isso é feita, olhando de maneira crítica

para as facetas que o envolvem.

Agronegócio, também chamado de agrobusiness, é o nome dado a uma

modalidade financeirizada de produção agrícola, onde os investimentos em

capital e tecnologia são intensivos e a produtividade bastante elevada.

Podemos considerar como características do agronegócio:

Grande investimento em tecnologia, maquinário e agroquímicos;

Produção em larga escala, geralmente de apenas um produto (commodities);

Fazendas controladas por grandes empresas do ramo alimentício;

Pouca utilização de mão-de-obra;

Produção voltada ao mercado externo;

Utilização de biotecnologia e melhoramento genético.

As commodities são produtos do setor primário produzidos em larga escala que

podem ser armazenados sem perda de valor, como a soja, milho e certos

minérios. Seus preços são definidos pelo mercado financeiro.

Laranja, Limão e Banana

Laranjas e limões são plantadas em covas com 40x40x40 cm. Uma outra

frutífera de grande importância nos pomares é a banana que também é

plantada a partir de mudas em covas ou em sulcos.

O sulcamento deve ter 30 centímetros de profundidade com posterior

marcação de covas conforme o espaçamento determinado, o que vai

proporcionar mais uniformidade e facilitar a colheita. Ou, ainda, plantio em

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covas abertas diretamente no terreno, com dimensões 30x30 centímetros para

solos leves até 50x50 cm para solos pesados.

Trinta dias antes do plantio deve-se encher as covas com uma mistura de terra

acrescidas de esterco de curral curtido ou esterco de galinha ou, ambém,

algum outro composto orgânico equivalente, mais supersimples e fosfato

natural.

Mamão

O mamão é uma outra frutífera muito comum em pomares. Ele pode ser

plantado em qualquer época do ano. Os melhores dias para o plantio são

aqueles nublados ou chuvosos. Para o plantio de grandes áreas, deve-se

tomar muito cuidado no preparo da terra, com sulcamento de toda a área, mas,

mesmo em pequenas áreas, também deve-se usar todos os recursos técnicos

para se conseguir uma boa produção.

Para o plantio são colocadas três mudas distanciadas 20 centímetros uma da

outra, por cova. Retire as mudas dos saquinhos colocando-as na cova, em

seguida chegue terra e faça uma leve compactação. Abra uma bacia em volta

para irrigação e cubra o local com capim seco.

Controle de Pragas

Para o produtor orgânico urbano e rural, manter a saúde de seu plantio é uma

tarefa árdua, principalmente pela falta de conhecimento acerca das

possibilidades de adubação do solo, prevenção e controle de pragas e

doenças. Sendo assim, os métodos utilizados nos primórdios da agricultura,

com o complemento de novos métodos, são muito utilizados na agricultura

orgânica.

O controle de pragas e doenças na agricultura orgânica está diretamente

relacionado ao cuidado diário da produção orgânica e pode ser feito através de

diversos processos, como o monitoramento constante do cultivo, para a

prevenção das doenças, ou também por métodos de controle imediato,

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utilizando-se de técnicas para a redução de pragas como o controle biológico e

o uso de inseticidas naturais .

O controle biológico é uma das formas naturais de solucionar problemas com

pragas em grandes plantações. A técnica tem como base o uso de inimigos

naturais das pragas, fazendo com que o equilíbrio seja adquirido sem a

intervenção química e da maneira mais natural possível.

Os inseticidas naturais estão longe de serem importantes apenas para

produtores orgânicos. Eles vêm da época em que ainda não se utilizavam

produtos químicos para controle de pragas, que ainda que combatem o

problema mais rápido, são mais agressivos ao meio ambiente. Para quem está

interessado em uma forma mais sustentável de realizar o controle de pragas,

os inseticidas naturais são a solução.

Alguns benefícios de se utilizar inseticidas orgânicos são que podem ser feitos

em casa e contribuir para o baixo custo e são nocivos aos insetos, mas não

tóxicos às plantas ou pessoas. Assim se combate os insetos prejudiciais à sua

horta e ainda mantém a boa qualidade dos alimentos.

Mesmo que se conheçam maneiras de se prevenir ataques de pragas, ainda é

fácil ser surpreendido por elas. Para os produtores que sofrem com esse

problema e precisa saber como realizar o combate, existem alguns meios,

como, por exemplo:

Hortelã: é um chá de hortelã (Mentha spicata) que, pulverizado sobre as

plantas, acaba por protegê-la contra insetos, como, por exemplo, formigas.

Cravo-de-defunto: (Tagetes erecta) feito em um caldo, é utilizado para o

combate de pulgões. Também pode ser plantado junto às culturas de interesse,

realizando assim o controle de insetos, ao agir como repelente, e de

nematoides.

Alho: (Allium sativum) útil para o controle e repelência de insetos, como a

lagarta da maçã, pulgões, brocas, cochonilhas e ácaros, é interessante pois

não deixa o cheiro do alho nas plantas, pois a solução pode ser preparada com

sabão e óleo mineral.

Azeite de andiroba: é feito das sementes da árvore andiroba (Carapa

guianensis) e controla os insetos, principalmente vaquinhas.

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Própolis: substância resinosa resultado da interação das abelhas com as

árvores, é utilizado para o controle de doenças, para nutrição das plantas e

para diminuir o estresse hídrico.

Extrato pirolenhoso: produto da condensação da fumaça na fabricação de

carvão, pode ser utilizado para o combate às lagartas, percevejos, trips,

gorgulho, ácaros, moscas, pulgões, gafanhotos, brocas do tomateiro e do café,

cochonilhas, bicudo do algodoeiro, cigarrinha da cana e da pastagem e

moscas.

Óleo: são vários tipos, como o de eucalipto, útil contra moscas e vespas; de

Citrus, bom contra formigas, baratas e lesmas; e de Neem, que combate mais

de 500 espécies de insetos.

Arruda: é um arbusto (Ruta graveolens) que atua no combate a pulgões.

Cinamomo: uma árvore (Melia azedarach L.) que combate a pulgões com uma

solução de suas folhas e frutos.

Crisântemo: é um chá feito das folhas de crisântemo (Chrysanthemum sp.) que

tem ação no sistema nervoso dos insetos, deixando-os imóveis. Com óleo de

Neem, sua efetividade é aumentada.

Agave: é um preparado com as folhas maceradas de agave (Agave americana

L. e Agave atrovirens) e água que ajuda no combate às formigas, aplicado na

entrada ou no “olho” dos formigueiros.

Cebola: a cebola (Allium cepa) é útil contra lagartas em beterraba, brocas,

pulgões e ferrugem. Pode ser plantada ao lado das plantas de interesse para

afugentar brocas.

Tomate: as folhas de tomate (Solanum lycopersicum) possuem ação repelente

a pulgões, lagartas e vermes. Faça o uso desse inseticida natural com muito

cuidado, porque pode ser tóxico a animais domésticos.

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Ovos: você pode triturar as cascas de ovos ou colocar elas em pedaços na

base da planta formando um anel que impedirá que lagartas e caracóis se

aproveitem da cultura.

Pironim: é um produto comercializado que contém diversos componentes

inseticidas, como óleo de Neem, extrato de Timbó, piretro natural, extrato

pirolenhoso e losna.

Um inseticida natural para árvores frutíferas, em períodos em que esta se

encontra dormente – e somente neste período, ou então corre-se o risco de

matar a árvore –, é o enxofre de lima e óleo adormecido, pulverizados sobre o

tronco e ramos.

Espera-se com isso que se extermine possíveis ovos de insetos. O óleo

adormecido pode ser encontrado para comercializar, mas prefira fazer em casa

com óleo vegetal.

Plantio das frutas

Maracujá

O maracujá é também uma fruta cada dia mais procura da pelos consumidores,

principalmente para a produção de suco. Os sistemas mais usados no plantio

do maracujá como também para outras frutíferas é o coveamento em linha reta,

se o terreno for plano e o plantio em nível, e se o terreno tiver inclinação maior

que 5%. Neste caso, as linhas deverão ser no sentido contrário à caída do

terreno cortando as águas.

As covas com as dimensões 30x30x30 cm a 40x40x40 cm são abertas no

espaçamento de 2,5 metros entre fileiras e 5 metros entre plantas, se o manejo

for manual. Se for adotada mecanização, o espaçamento será de três a quatro

metros entre fileiras.

O método de plantio é parecido com o da banana por exemplo. 30 dias antes

do plantio, abrir as covas separando a terra dos primeiros 25 centímetros ou

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palmo e meio de profundidade. A esta terra misture esterco e adubos químicos

e volte com a terra paras as covas.

No momento do plantio, colocar a muda na cova deixando o colo da planta ao

nível ou um pouco acima do nível do terreno. Faça uma leve compactação,

construindo uma bacia ao redor da planta, encha com água e cubra com capim

seco para manter a umidade local e evitar o crescimento de ervas daninhas.

Repita a irrigação de cada muda plantada a cada 15 dias. Vale lembrar que o

maracujá é uma planta trepadeira e, por isso, necessita de suporte de

condução dos ramos. Pode ser o caramanchão, o sistema “T” e a espaldeira ou

cerca.

Procedimento básico é o seguinte:

1 - O envoltório deve ser retirado com cuidado para não desmanchar o torrão,

pois ele é uma barreira física para o desenvolvimento das raízes.

2 - A muda deve ser plantada de modo que a borda superior do torrão fique uns

cinco centímetros acima do nível do solo. De maneira que quando a terra se

assentar, o colo da muda estará no mesmo nível ou um pouco acima do

terreno. Caso o colo da muda fique enterrado poderá ocorrer podridões e matar

a planta.

3 - Feito o plantio, faz-se uma leve compactação da terra ao redor da muda.

4 - Após o plantio, deve-se fazer uma bacia para conter a água de irrigação, ao

redor da muda.

5 - A terra ao redor da cova e a uns 50 centímetros da muda, é puxada para os

lados, formando um círculo mais alto que o nível do terreno, isto é, uma bacia

de terra que vai acumular água da irrigação. Para essa irrigação, use de 20 a

30 litros de água, mais ou menos. Essa operação deve ser repetida a cada 15

dias ou sempre que houver necessidade até o pegamento da muda.

6 - Feita a bacia, vem a cobertura do solo ao redor da muda e dentro da área

da bacia, com capim seco, palha, bagaço de cana ou outro material que venha

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impedir a evaporação excessiva, que mantenha o local úmido, e evite, por

abafamento, o crescimento de mato ao redor da muda.

Nessa etapa foram delimitados o escopo do trabalho, as perguntas norteadoras

das análises e uma pesquisa geral sobre o setor e suas particularidades.

Diante da complexidade do segmento, foram estipuladas frutas e principais

questionamentos:

• Definido o setor de fruticultura como objeto de estudo, com ênfase nas

culturas de açaí, banana, laranja, mamão, manga, melão e uva de mesa.

• Definidas questões sobre preço, produção, consumo e exportação.

Algumas considerações importantes sobre os dados:

• Os dados sobre açaí disponíveis são referentes apenas ao extrativismo.

• Os dados nacionais de frutas englobam diferentes variedades.

• Não existe NCM para açaí, por isso, os dados de exportação foram

calculados com base na informação de que o Brasil exporta cerca de 5% do

que produz.

Variáveis explicativas: são aquelas que possuem alto grau de influência sobre

as demais variáveis do cenário, porém, são pouco ou nada dependentes. São

peças chave do estudo porque influenciam diretamente qualquer movimento no

cenário.

As variáveis explicativas são: clima, preço pago ao produtor, produtividade,

câmbio e preço de atacado.

Variáveis de ligação: têm alto grau de influência e dependência em relação a

outras variáveis. São voláteis por natureza, pois dependem das condições das

variáveis explicativas para serem definidas, porém, são responsáveis pela

continuidade do movimento e por gerar impacto nas variáveis de resultados.

As variáveis de ligação são: produção, consumo de frutas, preço de varejo e

investimentos em insumos produtivos.

Variáveis de resultado: exercem baixo grau de influência e altíssimo grau de

dependência. Como o próprio nome sugere, elas indicam o resultado de todo o

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movimento ocorrido. As variáveis de resultado são: PIB, custo de produção e

exportação.

Variáveis autônomas: possuem baixo grau de influência e dependência no

setor. Elas não são consideradas na construção dos cenários, pois seus

impactos são menos relevantes no contexto geral, mas servem para

orientações pontuais do estudo.

As variáveis autônomas são: legislação, racionamento hídrico/ energético,

impostos, incentivos/acesso a crédito, renda da família e inflação.

Assim como todo o agronegócio, a fruticultura é um ramo importante da

economia brasileira. Em 2016, a produção de frutas gerou aproximadamente

5,6 milhões de empregos, com a produção se espalhando ao longo de cerca de

2 milhões de hectares.

As safras abastecem tanto o mercado interno quanto o externo e fazem com

que o país ocupe a terceira colocação no cultivo desse tipo de alimento, atrás

apenas de Índia e China.

Mas apesar dos números positivos, são muitos os desafios de quem busca

sucesso na área. Lidar com as intempéries climáticas, problemas ambientais,

econômicos e sociais são apenas alguns dos problemas do produtor.

Determinadas soluções já estão disponíveis, como previsão de tempo,

alternância de culturas nos períodos de safra e entressafra e a utilização de

defensivos agrícolas, por exemplo.

Agricultura de precisão

O conceito de agricultura de precisão consiste na utilização de técnicas e

equipamentos para traçar um diagnóstico preciso das condições da lavoura,

abordando fatores como quantidade de chuvas, qualidade do solo ou aplicação

de insumos agrícolas em quantidades corretas.

Uma das ferramentas mais utilizadas na agricultura de precisão é o SIG

(Sistema de Informação Geográfica), que cruza informações de mapas e

imagens de satélite para fazer tais levantamentos.

Com esses dados em mãos é possível ter um aumento no rendimento da área

plantada e frutas de melhor qualidade, que serão vendidos por um preço maior.

Ciências do ambiente

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Ciências do ambiente são um campo académico multidisciplinar que integra

ciências físicas, biológicas e da informação para o estudo do ambiente e

soluções para problemas ambientais. Entre estas ciências estão

a ecologia, biologia, física, química, zoologia, mineralogia, oceanografia, limnol

ogia, ciências do solo, geologia, ciências da atmosfera, geografia e geodesia.

As ciências do âmbiente surgiram a partir dos campos da história natural e

da medicina durante o Iluminismo. Hoje em dia, permitem uma abordagem

integrada, quantitativa e interdisciplinar ao estudo dos sistemas ambientais.

Entre as áreas de estudo relacionadas estão os estudos ambientais e

a engenharia do ambiente. Os estudos ambientais integram ciências

sociais para compreender as relações humanas, percepções e políticas em

relação ao ambiente. A engenharia ambiental foca-se no design e tecnologia

destinados a melhorar a qualidade do ambiente.

Os problemas ambientais incluem quase sempre a interação de processos

físicos, químicos e biológicos. Os cientistas ambientais trabalham em tópicos

como a compreensão dos processos terrestres, a avaliação de sistemas de

energia alternativos, controlo e mitigação da poluição, gestão de recursos

naturais e os efeitos do aquecimento global, aplicando análises sistémicas aos

problemas ambientais.

As ciências ambientais tornaram-se campo ativo de investigação científica nas

décadas de 1960 e 1970, devido à necessidade de uma abordagem

multidisciplinar para analisar problemas ambientais complexos, devido ao

aparecimento de diversas leis ambientais que exigiam protocolos de

investigação específicos e ao aumento da consciencialização pública da

necessidade de ação para resolver problemas ambientais.

Cana-de-açúcar é um grupo de espécies de gramíneas perenes altas

do gênero Saccharum, tribo Andropogoneae, nativas das

regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia e utilizadas principalmente para

a produção de açúcar e etanol. Tem caules robustos, fibrosos e articulados que

são ricos em sacarose.

A planta tem entre dois e seis metros de altura. Todas as espécies de cana-de-

açúcar mestiças e as principais cultivares comerciais são híbridos complexos.

A cana pertence à família Poaceae, uma família de plantas economicamente

importantes, como milho, trigo, arroz e sorgo e muitas culturas forrageiras.

Com palhada promovemos a estruturação do solo com agregados, matéria

orgânica, ou seja, incrementamos a fertilidade do solo.

Outras vantagens do sistema são:

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Redução e eliminação de operações de preparo de solo;

Diminuição da erosão do solo pela cobertura vegetal;

Efeito positivo sobre a diminuição das plantas daninhas;

Quebra de ciclo de insetos e doenças pela rotação de cultura;

Aumento da matéria orgânica do solo.

O plantio direto em comparação ao plantio convencional (preparo intensivo do

solo) tem impactos bem inferiores.

Percebemos isso especialmente quando observamos as condições físicas e de

fertilidade do solo, além do aumento das condições biológicas.

Isso porque o solo é o principal regulador do ciclo do carbono, e o maior

objetivo é buscar manejos que o tornem dreno de carbono da atmosfera e não

fonte.

O sistema também contribui sobre maneira na maior mineralização do

nitrogênio em solo com cultivo convencional do que com sistema de plantio

direto.

O desafio manejar as variações das lavouras, e a possibilidade de manejá-la

visando aumentar a eficiência do uso de insumos têm sido a missão de muitos

técnicos e produtores com a agricultura de precisão (AP).

A partir de amostragem de solo georreferenciadas, é gerado o mapeamento da

fertilidade. Com isso, é possível a utilização da taxa variável de corretivos e

fertilizantes.

Mas é importante lembrar que nem todos os problemas da lavoura estarão

resolvidos somente com o seu uso.

É necessário encarar que os manejos devem ser sustentáveis para valer a

pena, com a integração de todos os conceitos do plantio direto.

Ou seja, mobilizar pouco o solo, manter palhada em boa quantidade e bem

distribuída e realizar a rotação de culturas.

O sistema de plantio direto é um caminho sem volta na agricultura, assim como

os manejos mais sustentáveis, tanto para o ambiente quanto para o negócio.

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E esse investimento em estruturação de solo a partir de palhada, ativa

biologicamente o solo, que é a melhor opção para a fertilidade do mesmo.

O Sistema de Plantio Direto (SPD) surgiu no Brasil na década de 70, mais

especificamente no Paraná. Hoje o nosso país apresenta uma das maiores

áreas de plantio que utilizam a técnica. Quando aplicada, a técnica propõe um

preparo do solo que não é feito da forma mecânica, ou seja, não envolve

aração e gradagem.

No Sistema de Plantio Direto o solo é sempre coberto por plantas em

desenvolvimento e por resíduos vegetais, criando uma camada de proteção.

O Plantio Direto é uma ferramenta essencial para a produtividade dos sistemas

agropecuários, e quando bem aplicado traz benefícios que vão além dos

cuidados com o solo.

Plantio

A soja possui considerável capacidade de compensar perdas de produção

ocasionadas pelas falhas que ocorrem na lavoura. Todavia, o primeiro passo

obter altos rendimentos é conseguir um bom "stand", ou seja, ter o número

certo de plantas por metro de linha.

A obtenção de "stand" satisfatório, em torno de 25 plantas por metro, é atenção

do produtor para as técnicas de plantio.

Os principais requisitos para o sucesso do plantio podem ser resumidos em:

- sementes de elevado valor cultural (poder germinativo mínimo de 80%);

- solo bem destorroado e com superfície uniforme;

- suficiente teor de umidade no solo;

- regulagem correta da semeadeira;

- profundidade de semeadura de 3 a 4 centímetros;

- semeadura em velocidade moderada;

- ligeira compactação do solo após o fechamento do sulco;

- acompanhamento da operação de semeadura.

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O plantio raso, à profundidade de 3 a 4 centímetros; é condição essencial para

a emergência regular das plantas, nos solos de textura média e pesada. Nos

solos arenosos essa profundidade é ligeiramente aumentada.

A adoção das técnicas preconizadas para o plantio diminuem sensivelmente as

falhas na lavoura. Convém lembrar, entretanto, que se por um lado falhas

prejudicam os rendimentos, por outro lado o excesso de plantas pode provocar

acamamento, que é causa de consideráveis perdas de produção.

Plantio direto

O plantio direto, uma mudança do sistema convencional de plantio, consiste na

instalação da cultura sem revolvimento do solo.

É possível em terrenos já sistematizados pelo plantio convencional. A

eliminação de ervas daninhas no plantio direto é realizada com o emprego de

herbicidas na instalação da cultura, e quando necessário, depois da

emergência da soja.

O plantio direto já é adotado em grandes áreas, especialmente nas regiões em

que é possível a sucessão soja-trigo. Ele é objeto de estudos da Pesquisa, que

procura avaliar suas vantagens e desvantagens.

Espaçamento no plantio

O espaçamento entre linhas na cultura da soja varia com o ciclo vegetativo do

cultivar. Os cultivares precoces são semeados no espaçamento de 36 a 45cm.

Para os demais cultivares é recomendado o espaçamento de 60cm que pode

ser reduzido para 50cm se houver atraso do plantio. A densidade de

semeadura é da ordem de 30 sementes por metro linear (poder germinativo

das sementes - 80%). A emergência de aproximadamente 25 plantas por metro

linear é desejável.

A quantidade de sementes usada por hectare depende do espaçamento

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adotado. Em geral, gira em torno de 60 quilos quando o espaçamento é de 60

centímetros.

Época de plantio

A época de plantio da soja, além de ser condicionada pelo fotoperiodísmo,

depende também do regime de chuvas da região e da fertilidade do solo

explorado.

Alguns cultivares têm sua época de plantio ampliada, quando contam com bom

regime de chuvas e fertilidade elevada do solo (plantios de outubro e

dezembro). Por outro lado esses fatores tornam desaconselhável o plantio de

cultivares de porte alto em período apropriado a intenso desenvolvimento

vegetativo.

Cultivares adequados

Vários cultivares podem ser usados para a produção da soja, porém, a escolha

das mais adequadas requer cuidadosa atenção, pois os problemas de porte

motivados por fotoperiodísmo, e agravados muitas vezes por condições

adversas de clima e solo, podem levar a prejuízos totais na lavoura. Regime

hídrico satisfatório e bom nível de fertilidade do solo amenizam deficiências do

fotoperíodo, favorecendo o porte e o rendimento de alguns cultivares.

A descrição dos cultivares de soja é feita por características de suas plantas e

sementes.

Os vários cultivares de diferentes ciclos vegetativos beneficia o produtor, pois o

uso de cultivares de ciclos vegetativos diferentes permite melhor

aproveitamento das colhedeiras e proporciona uma maior segurança contra

adversidades climáticas que possam ocorrer durante o período em que a

cultura está no campo.

Preparo do solo

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Na cultura da soja predomina o plantio com preparo prévio do solo. Este

sistema é denominado plantio convencional. Outros dois sistemas, cultivo

mínimo e plantio direto, que reduzem ou dispensam o preparo do solo, são

adotados em pequena escala.

O preparo do solo deve oferecer as seguintes condições para o

desenvolvimento e produção da soja:

- lugar para as sementes germinarem rapidamente;

- meio ambiente no qual as raízes possam obter umidade e nutrientes;

- controle das ervas daninhas;

- destruição dos restos da cultura anterior;

- leito de semeadura uniforme, que possibilite a germinação normal das

sementes, e o trabalho eficiente da máquina agrícola usada na lavoura.

Uma aração, duas ou mais gradeações e a uniformização da superfície do

terreno, geralmente atendem as exigências do preparo do solo. O revolvimento

da terra pelo arado e a destruição dos torrões conseguida gradeações bem

conduzidas, dão ao leito de semeadura condições apropriadas de emergência

das plantas.

O nivelamento do solo, que é realizado com grade niveladora ou com pranchão

de madeira preso à grade comum, elimina variações da sua superfície

proporcionando maior eficiência de operação das semeadeiras e das demais

quinas agrícolas.

O solo convenientemente preparado para o plantio da soja requer eficiente

controle da erosão, quando sua declividade exige adoção dessa prática

conservacionista.

Inoculação das sementes

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A aplicação de inoculantes às sementes é uma maneira econômica de fornecer

nitrogênio à soja.

O inoculante é geralmente vendido em pacotes de 200 gramas, que contém

bactérias fixadoras de nitrogênio, da espécie Rhizobium japonicum, vivendo em

turfa.

As bactérias têm tempo limitado de vida, aproximadamente 4 meses, após o

preparo de inoculante. Para permanecerem com vida precisam ser protegidas

contra o calor e a luz solar direta.

Ao adquirir o inoculante, o produtor deve verificar se ele é indicado para a soja

e se não está com sua validade vencida.

A inoculação é feita à sombra, usando-se um pacote de 200 gramas de

inoculante para cada saco de 50 quilos de sementes. É recomendado dobrar a

dose para os plantios de primeiro ano, ou quando for aplicado fungicida às

sementes.

A inoculação pode ser feita de maneira indicada a seguir:

- esparramar um saco de sementes de soja sobre cimento liso, encerado, lona,

plástico, etc.;

- umedecer as sementes com água, usando no máximo 200 a 250 ml;

Para que haja melhor adesão das bactérias nas sementes, pode-se usar uma

solução de açúcar a 10% (2 colheres das de sopa por 250ml de água);

- derramar o pó do saquinho de inoculante sobre as sementes, mexendo bem

até que elas fiquem cobertas pelo pó;

- deixar as sementes secando á sombra por alguns minutos. Após a secagem

as sementes estarão prontas para o plantio.

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A temperatura do solo pode ter efeito altamente prejudicial sobre o inoculante.

A semeadura em solos quentes e secos diminui a sobrevivência das bactérias

sobre as sementes de soja inoculadas, retarda ou impede a germinação e

prejudica a formação de nódulos.

O tratamento de sementes deve, na medida do possível, ser evitado porque

pode ser prejudicial à nodulação, se o solo não possuir alta população de

bactérias fixadoras de nitrogênio. No entanto, se o tratamento for inevitável,

devem ser tomados os seguintes cuidados:

- a inoculação deve ser feita imediatamente antes do plantio pelo método

úmido;

- o solo deve estar com suficiente umidade para pronta germinação;

- a dosagem do inoculante deve ser dobrada;

- os fungicidas mercuriais não devem ser empregados.

Exigências

O alto valor cultural das sementes é elemento básico para o sucesso da

exploração das culturas que se multiplicam por sementes.

Os Órgãos Oficiais estabelecem padrões de qualidade para sementes

destinadas à comercialização.

A semente de soja requer boas condições de armazenamento. Antes do

armazenamento, sua qualidade pode ser prejudicada pelo ataque de

percevejos, por agentes patogênicos, por choques sofridos nas operações de

colheita, por condições climáticas adversas após sua maturação fisiológica, etc.

Levando em conta as exigências de armazenamento e os danos que as

sementes de soja podem sofrer no campo ou na colheita, é aconselhável sua

aquisição a cada ano, de fonte idônea, registrada nos Órgãos Oficiais segundo

a Legislação vigente.