AGROPECUARIA URBANIZAÇAO POPULAÇAO exercicios geo_caderno4

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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 132 ESTUDANDO Brasil: agropecuária Para o VESTIBULAR 1 (UFG-GO) Observe a imagem a seguir. c) apresente dois exemplos que mostrem como a “in- dustrialização da agricultura” vem alterando as rela- ções de produção na agricultura brasileira. Maior exigência de qualificação técnica; expansão do trabalho assalariado; utilização do trabalho assalariado dos “boias-frias” em determinadas etapas do processo produtivo. 3 (Unitau-SP) Indique a alternativa incorreta relacionada à questão agrária no Brasil. a) A maior parte das terras agrícolas encontra-se em mãos de grandes proprietários. b) Os grandes latifundiários mantêm a maior parte de suas terras sob índices de produtividade extrema- mente baixos. c) A grande propriedade impede a multiplicação dos pequenos produtores e, portanto, a própria produ- ção agropecuária do país. d) O latifúndio absorve um mínimo de mão de obra. e) Não há terras improdutivas no Brasil, já que os gran- des latifúndios têm altíssimos índices de aproveita- mento do solo. 4 (Unicamp-SP) Considerando as condições naturais das áreas de cultivo de soja, explique como foi possível ocorrer a expansão geográfica desse cultivo. As características da paisagem representadas na ima- gem indicam a existência de solos: a) profundos e de elevada fertilidade natural. b) profundos e ricos em matéria orgânica. c) rasos, ácidos e pobres em minerais. d) rasos e ricos em minerais básicos. e) profundos, ácidos e de baixa fertilidade natural. 2 (UFRRJ) A agricultura brasileira vem se transformando, nas últimas décadas, como resultado de sua articulação cada vez maior com o setor industrial. A expansão das culturas de produtos agrícolas de exportação, marcada pelo consumo de tratores, máquinas e insumos indus- triais, seria a expressão dessa modernização. A partir do texto: a) cite duas razões para a modernização da agricultura na região centro-sul. A agricultura brasileira é mais modernizada no Centro-Sul em razão dos estímulos concedidos aos setores do agronegócio voltados para a exportação, da proximidade dos centros difusores de modernização, da infraestrutura de energia e transportes e das facilidades de acesso ao crédito bancário. b) apresente dois exemplos que mostrem como a apli- cação de produtos agroquímicos vem provocando graves desequilíbrios ambientais. Produtos agroquímicos reduzem a população de predadores naturais; os vetores das pragas têm dado origem a gerações mais resistentes aos venenos aplicados; a água da chuva dissolve os produtos químicos, contaminando rios e lençóis subterrâneos. 1973 1979 1987 1983 Fonte: Veja, maio 1988. Evolução e adaptação genética de espécies às condições de clima e solo do Brasil, obtidas por meio de pesquisas realizadas pela Embrapa. FABIO COLOMBINI

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ESTUDANDO Brasil: agropecuária

Para o vEStIBULAR

1 (ufg-go) Observe a imagem a seguir. c) apresente dois exemplos que mostrem como a “in-dustrialização da agricultura” vem alterando as rela-ções de produção na agricultura brasileira.

Maior exigência de qualificação técnica; expansão

do trabalho assalariado; utilização do trabalho

assalariado dos “boias-frias” em determinadas

etapas do processo produtivo.

3 (unitau-sp) Indique a alternativa incorreta relacionada à questão agrária no Brasil.

a) A maior parte das terras agrícolas encontra-se em mãos de grandes proprietários.

b) Os grandes latifundiários mantêm a maior parte de suas terras sob índices de produtividade extrema-mente baixos.

c) A grande propriedade impede a multiplicação dos pequenos produtores e, portanto, a própria produ-ção agropecuária do país.

d) O latifúndio absorve um mínimo de mão de obra.

e) Não há terras improdutivas no Brasil, já que os gran-des latifúndios têm altíssimos índices de aproveita-mento do solo.

4 (unicamp-sp) Considerando as condições naturais das áreas de cultivo de soja, explique como foi possível ocorrer a expansão geográfica desse cultivo.

As características da paisagem representadas na ima-gem indicam a existência de solos:

a) profundos e de elevada fertilidade natural.

b) profundos e ricos em matéria orgânica.

c) rasos, ácidos e pobres em minerais.

d) rasos e ricos em minerais básicos.

e) profundos, ácidos e de baixa fertilidade natural.

2 (ufrrJ) A agricultura brasileira vem se transformando, nas últimas décadas, como resultado de sua articulação cada vez maior com o setor industrial. A expansão das culturas de produtos agrícolas de exportação, marcada pelo consumo de tratores, máquinas e insumos indus-triais, seria a expressão dessa modernização.

A partir do texto:

a) cite duas razões para a modernização da agricultura na região centro-sul.

A agricultura brasileira é mais modernizada no

Centro-Sul em razão dos estímulos concedidos aos

setores do agronegócio voltados para a exportação,

da proximidade dos centros difusores de modernização,

da infraestrutura de energia e transportes e das

facilidades de acesso ao crédito bancário.

b) apresente dois exemplos que mostrem como a apli-cação de produtos agroquímicos vem provocando graves desequilíbrios ambientais.

Produtos agroquímicos reduzem a população de

predadores naturais; os vetores das pragas têm dado

origem a gerações mais resistentes aos venenos

aplicados; a água da chuva dissolve os produtos

químicos, contaminando rios e lençóis subterrâneos.

1973 1979

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Fonte: Veja, maio 1988.

Evolução e adaptação genética de espécies às condições

de clima e solo do Brasil, obtidas por meio de pesquisas

realizadas pela Embrapa.

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5 (ufpr) Com relação à modernização da agricultura bra-sileira, é correto afirmar que:

(01) essa modernização ocorreu sobretudo nas duas últimas décadas, com a intensificação do emprego de máquinas, fertilizantes e defensivos agrícolas nos sistemas de produção.

(02) o Ministério da Agricultura foi um dos responsá-veis por tal processo, realizando a reforma agrária e proporcionando assistência técnica a todos os agricultores.

(04) a mecanização, que é uma das manifestações da modernização, está fortemente concentrada nas regiões Norte e Centro-Oeste, que, em conjunto, detêm cerca de 60% do total de tratores em fun-cionamento no país.

(08) a modernização estimulou o êxodo rural e, por outro lado, contribuiu também para o aumento da migração de trabalhadores rurais e pequenos agri-cultores para áreas de expansão agrícola.

(16) com a modernização, intensificou-se o processo de reaglutinação de pequenas propriedades rurais nas regiões Sul e Sudeste.

6 (fatec-sp)

trabalhadores rurais 1970 1975 1980

Assalariados 23,6% 27,7% 35,8%

Parceiros 4,8% 3,3% 2,8%

Mão de obra familiar 71,6% 68,9% 61,5%

( V ) na Zona da Mata nordestina ocorrem solos escuros denominados “massapê”, de grande plasticidade em virtude do alto teor de argila.

( V ) o solo é um complexo vivo elaborado na super-fície de contato da crosta terrestre, com seus invólucros − atmosfera, hidrosfera −, e formado de organismos vegetais e animais que lhes dão a matéria orgânica.

( V ) quando a água das chuvas tende a concentrar-se, formam-se pequenos sulcos e ravinas que, evo-luindo, podem fazer desaparecer a camada de im-portância agrícola do solo.

8 (unesp) A evolução percentual do número de trabalha-dores rurais brasileiros entre 1970 e 1980 foi a seguinte:

(...) em um estudo sobre plantadores de tabaco, em Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, verificamos que eles, antes de plantar o fumo, recebem do com-prador, da fábrica de cigarros, as sementes, além de instruções detalhadas de como devem plantá-las, quais são os tratos que devem dar à planta, quantas vezes devem regar, como deve ser colhido e pro-cessado o fumo. Toda a tecnologia de produção é cuidadosamente determinada pelo comprador. O mesmo, provavelmente, deve dar-se com os produ-tores de tomates, uvas, galinhas e assim por diante. Neste caso, quem determina o custo de produção é o comprador. Então, ele também fixa o preço.

SINGER, Paul. Aprender economia. São Paulo: Brasiliense.

O texto exemplifica a:

a) submissão da produção industrial à produção agrícola.

b) intervenção do Estado na política agrícola.

c) autonomia do agricultor para estabelecer sua mar-gem de lucro.

d) concorrência entre produtores de tabaco, tomates, uvas e galinhas pelos menores custos de produção.

e) situação em que o agricultor fica sem o poder de de-cidir sobre a sua produção.

7 (ufpe, adaptada) Observando as proposições a seguir, podemos afirmar que:

( F ) o fator tempo possui importância considerável na formação do solo. Em determinadas condi-ções, as reações químicas que originam o solo podem ser favorecidas, como no caso das tem-peraturas mais baixas.

( F ) no sertão do Nordeste brasileiro os solos, geral-mente, são muito espessos e a ocorrência de chu-vas torrenciais torna-os pouco sujeitos à erosão.

a) Descreva a tabela indicando as mudanças ocorridas em cada uma das categorias de trabalhadores rurais.

Aumentou o número de assalariados e registrou-se

queda nas categorias de trabalhadores rurais.

b) Explique a importância relativa de cada categoria em 1980.

A mão de obra familiar ainda era a mais importante,

e a porcentagem de assalariados aumentou em

decorrência da penetração de capital urbano no campo.

9 (ufmg) Todas as alternativas contêm afirmações corre-tas sobre as grandes mudanças que ocorreram no setor agropecuário do Brasil, exceto:

a) A área de pastos plantados aumentou sensivelmente em decorrência da política de ampliação do espaço produtivo e da modernização da agricultura.

b) As mudanças no uso da terra e nas relações de tra-balho estimularam o êxodo rural, que, pela sua in-tensidade em algumas áreas, chegou a se configurar como um fenômeno de desruralização.

c) As regiões tradicionais de cultivo de café, em São Paulo e no Paraná, reafirmaram sua função de abas-tecedoras do mercado interno e ficaram à margem das inovações introduzidas.

d) O Centro-Oeste recebeu grandes iniciativas empresa-riais, voltadas para a implantação de estabelecimen-tos de grandes dimensões destinados, sobretudo, à criação bovina.

e) O incentivo às culturas de soja, trigo e cana-de-açúcar foi fundamental para a reorganização do espaço agrá-rio e para as mudanças nos padrões de uso do solo.

Soma: 01 + 08 = 9

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10 (ufmg) Observe o mapa e sua legenda. d) Os produtos destinados à exportação ocupam as principais áreas férteis do Centro-Sul.

e) Verifica-se como tendência marcante o aumento nas áreas mais férteis do plantio dos produtos destina-dos ao abastecimento interno, em detrimento dos produtos agrícolas de exportação.

a) Utilizando-se das letras C e D apresentadas a seguir, indique no mapa:

C: uma área potencial para implantação de agricultu-ra irrigada

D: uma área potencial para preservação de matas

(...) a agricultura brasileira evoluiu basicamente de grandes propriedades autossuficientes para aquilo que hoje se chama “complexos agroindustriais”. Antes a agricultura produzia os seus próprios adubos orgâni-cos... hoje, esses adubos são químicos e vêm de fora...

Criava os seus próprios animais, de tração... hoje esses animais de tração foram substituídos pelos tra-tores (...).

SILVA, J. Graziano da. O desenvolvimento do capitalismo no campo brasileiro e a reforma agrária.

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II30

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Gráfico 1 Gráfico 2

1970 1975 1980 1985

1960

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N Áreaurbana

Ponte

Estrada

Rede de drenagem

Curva de nível emmetros

A

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:150

000

12 (uel-pr) Para responder a esta questão, considere:

b) Justifique sua escolha para a indicação das áreas po-tenciais para implantação de agricultura irrigada e preservação de matas.

Irrigação − planície com rios próximos. Preservação −

áreas de mananciais, de nascentes de cursos

de água.

c) Cite, com base na análise do mapa, um problema de natureza ambiental que ocorre nas cidades A e B.

A cidade A, por estar em área de relevo mais

acidentado, está sujeita a deslizamentos de

encostas; a cidade B, situada junto ao rio, está

sujeita a enchentes.

11 (ufV-mg) São características da agricultura brasileira a partir da década de 1970, exceto:

a) Os produtos agrícolas não representam mais os úni-cos produtos de exportação e de captação de divisas para o país.

b) A monocultura de exportação continua ocupando a prin-cipal área úmida nordestina denominada Zona da Mata.

c) A região Centro-Oeste, nos últimos anos, recebeu levas migratórias da região Sul, constituindo a cha-mada fronteira agrícola.

D

D

C

C

Fonte: IBGE.

− gráfico 1, que mostra a participação dos estabelecimen-tos na área agrícola total, onde a curva I representa os grandes estabelecimentos (1.000 ha ou mais) e a curva II representa os pequenos estabelecimentos (0 a 99 ha);

− gráfico 2, que representa a área agrícola total em mi-lhões de habitantes;

− as afirmações a seguir.

i. Na década de 1960, com a ocupação agrícola dos atuais estados de Goiás e de Mato Grosso do Sul, os pequenos estabelecimentos aumentaram a sua participação.

ii. A modernização da agricultura brasileira, a partir da década de 1980, tem ampliado a participação dos pequenos estabelecimentos.

iii. A expansão das fronteiras agrícolas está geralmente associada, na atualidade, à implantação de grandes projetos agropecuários ou madeireiros instalados em grandes estabelecimentos.

iV. As figuras do posseiro e do peão de trecho, mais co-muns a partir da década de 1970, promoveram uma desconcentração fundiária.

V. Os ciclos de desconcentração e reconcentração da estrutura fundiária estão marcados pela estabiliza-ção da área agrícola ocupada.

A observação dos gráficos e seus conhecimentos sobre a estrutura fundiária brasileira permitem afirmar que es-tão corretas apenas:

a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e V. e) IV e V.

13 (ufrJ)

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A partir do texto, explique o que são os complexos agroindustriais.

Os complexos agroindustriais resultam da integração

(entrelaçamento) dos capitais bancários, industriais e

agrários. Deles fazem parte: a produção de adubos

químicos, máquinas e equipamentos, sementes

selecionadas e rações; a realização de pesquisas; as

atividades de armazenamento, transporte e

industrialização dos produtos agropecuários. Nos

complexos agroindustriais estão incluídos todos os

setores e atividades que envolvem o mercado de

alimentos e de matérias-primas para a agroindústria.

14 (ufrJ) A luta pela terra no Brasil utiliza uma única tática: a da invasão. No entanto, os movimentos dos “sem-terra” estão atuando em áreas geográficas bastante diferentes em termos do valor da terra agrícola.

15 (uerj)

Efetuei transações arriscadas, endividei-me, im-portei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. (...) Para levar meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem.

(...)− Para que açude onde ocorre um riacho que não

seca?Realmente parecia não servir. Mas saiu dali, numa

levada, a água que foi movimentar as máquinas do descaroçador e da serraria.

Indique os fatores geoeconômicos que acarretam uma diferença entre o valor da terra no sudeste do Pará e no extremo oeste de São Paulo.

A capitalização da agricultura, com o investimento

em benfeitorias, a proximidade aos grandes mercados

consumidores, as vias de circulação e comunicação e a

existência de uma rede urbana estruturada são fatores

geoeconômicos que caracterizam o extremo oeste de

São Paulo, sendo responsáveis, em conjunto, pelo maior

valor da terra agrícola nessa região. No sudeste do Pará,

área da fronteira amazônica, os mesmos fatores

geoeconômicos encontram-se presentes, porém o

caráter recente da ocupação não criou ainda uma

organização do espaço tão complexa e desenvolvida

quanto aquela do Centro-Sul do país.

Os trechos anteriores são da obra São Bernardo, de Graciliano Ramos, e expressam sinais de modernização econômica na agricultura brasileira, já na década de 1930, quando o romance foi publicado.

Embora, nos dias de hoje, os problemas ligados às con-dições precárias de vida do trabalhador no meio rural persistam, o processo de modernização se intensifica, expressando ainda seu caráter conservador.

a) Cite duas características da estrutura agrária que comprovam a permanência dos problemas sociais no campo.

Pode-se escolher duas das características a seguir:

concentração da terra nas mãos de poucos;

utilização de grande parte das terras para a

agricultura de exportação em detrimento da

produção da pequena propriedade (gêneros para

o abastecimento alimentar no mercado interno);

políticas governamentais socialmente insuficientes;

dificuldade de fixação do trabalhador rural no

campo, como reflexo das precárias condições de

vida; tensão social crescente.

b) Explique dois aspectos da modernização que ocor-reu no campo.

A modernização no campo, também conhecida

como modernização conservadora, manifestou-se

por progressos técnicos (utilização de adubos

químicos e fertilizantes, aumento do número de

tratores e máquinas − arados e semeadeiras etc.),

que, no entanto, não levaram à solução dos

problemas sociais no campo, pois as inovações

tecnológicas não estavam generalizadas, mas sim

concentradas no Centro-Sul do país.

Eldoradodos Carajás

Pontal doParanapanema

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50.000

mil toneladas

MatoGrosso

11.400

15.958

Média 2001 a 2003Média 1998 a 2000 Média 2004 a 2006

Paraná Goiás Rio Grandedo Sul

Mato Grossodo Sul

Brasil

40.000

30.000

20.000

10.000

0

7.419

9.721 9.691

3.6415.259

6.364

5.238

7.3815.182

2.5353.491 3.718

31.705

43.984

51.066

7.825

16 (mackenzie-sp) 18 (fgV-sp) Nos termos da legislação em vigor, considera--se agricultor familiar aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:

i. não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;

ii. utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabele-cimento;

iii. tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio es-tabelecimento;

iV. dirija seu estabelecimento com sua família.Fonte: IBGE. Censo Agropecuário 2006.

Sobre a estrutura produtiva da agricultura familiar no Brasil, assinale a alternativa correta.

a) A agricultura familiar é praticada em mais de 80% dos estabelecimentos rurais brasileiros.

b) A área média dos estabelecimentos rurais familiares é maior do que a área média dos estabelecimentos rurais não familiares.

c) A maior parte da produção nacional de soja provém de estabelecimentos rurais familiares.

d) Mais de 70% do pessoal ocupado na agropecuária brasileira trabalha em estabelecimentos classificados como não familiares.

e) A agricultura familiar responde por mais da metade da receita dos estabelecimentos agropecuários bra-sileiros.

19 (fuvest-sp)

pessoal ocupado nos estabelecimentos agropecuários (2006)

localidadetotal de pessoal

ocupadomão de obra

familiar empregados contratados

Brasil 16.367.63312.810.591

(78,3%)3.557.042

(21,7%)

Estado de São Paulo

828.492416.111(50,2%)

412.381(49,8%)

Estado do Rio Grande do Sul

1.219.5111.071.709

(87,9%)147.802 (12,1%)

Fonte: IBGE. Censo Agropecuário 2006. (Adaptado.)

Com base na tabela e em seus conhecimentos:

a) analise a presença de mão de obra familiar nos esta-dos de São Paulo e do Rio Grande do Sul, relacionan-do-a com as atividades agropecuárias predominan-tes em cada um deles.

A mão de obra familiar é muito mais presente no

Rio Grande do Sul (87,9%) do que em São Paulo (50,2%),

já que nesse estado a mecanização é predominante,

poupando mão de obra, especialmente a familiar.

Já no Rio Grande do Sul, o passado de

Fonte: IBGE. Produção Agrícola Municipal.

O comportamento gráfico observado acima se deve:

a) às melhores condições ambientais, principalmente no Cerrado, onde as condições naturais reduziram custos de correção de solos e outras medidas técnicas.

b) à necessidade de atender aos maiores mercados con-sumidores do país, pois se trata de um produto fun-damental na alimentação nacional e com reduzida importância na pauta de exportações.

c) às combinações entre condições naturais favoráveis, como no Sul, e grandes incentivos governamentais do passado, que permitiram a expansão no Centro--Oeste, principalmente.

d) à produção de biocombustíveis que utilizam a soja como matéria-prima, sobretudo o biodiesel, que con-ta com mais de 40% na matriz energética brasileira.

e) à utilização de mão de obra de base familiar e tradi-cional, característica muito frequente nesse tipo de cultivo.

17 (ufg-go) O cultivo da cana-de-açúcar no Brasil pode ser dividido em três fases, correspondentes aos períodos 1975-1987, 1988-2000 e 2000-2008. São características da terceira fase:

a) redução de áreas de pastagens e de plantio de soja e aumento da territorialidade do complexo agroindus-trial sucroalcooleiro.

b) criação do Programa Brasileiro do Álcool e pressão das crises mundiais do petróleo no modelo energético.

c) desregulamentação do setor sucroalcooleiro e estag-nação produtiva.

d) concentração do plantio de cana-de-açúcar nas áreas tradicionais e oscilação na produção de etanol.

e) produção de etanol visando à seguridade energética nacional ante um cenário instável e aumento da pro-dução de açúcar.

proDução De soJa – Brasil e principais estaDos proDutores

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povoamento imigrante (século XIX) fez com que a

estrutura fundiária se tornasse a menos concentrada do

Brasil, com grande ocorrência de propriedades

pequenas e médias, policultoras, de cunho familiar,

voltadas para o mercado interno, favorecendo maior

quantidade de mão de obra familiar, particularmente

em culturas como trigo, milho, algodão e uva.

b) Tendo em vista o fato de que a mão de obra familiar é majoritária no Brasil, analise os dados de pessoal ocupado nos estabelecimentos rurais no estado de São Paulo, considerando as transformações agrárias ocorridas, nesse estado, a partir dos anos 1950.

A mão de obra familiar em São Paulo também é

inferior à média nacional (78,3%). Esse estado, desde

os tempos da cafeicultura, tem uma forte vocação

para a grande propriedade monocultora. Mesmo

com a decadência do café (primeira metade do

século XX), essa característica não se extinguiu.

Após os anos 1950, com a introdução das primeiras

indústrias ligadas ao capital externo, entre elas a de

produção de maquinário agrícola, iniciou-se uma

forte mecanização e modernização da produção

agrícola. Inicialmente, os objetivos eram aumentar

a produtividade para as cidades que cresciam e

passavam por intensa urbanização (e que necessitavam

de alimentos) e fornecer matérias-primas para a

utilização industrial. Depois, veio a necessidade

de favorecer a balança comercial e estimular a

exportação de bens primários. Toda essa modernização

e inserção do modelo capitalista de produção no

campo favoreceu a grande propriedade, poupadora

de mão de obra, desestimulando a mão de obra

familiar. Esse processo foi nítido no centro-oeste

paulista, com a grande quantidade de áreas de

produção de cana-de-açúcar, laranja e café,

por exemplo. Nas áreas mais pobres de produção

agrícola do estado, como o vale do Ribeira, e nos

“cinturões verdes”, predominou o trabalho familiar,

como na produção de chá, banana e

hortifrutigranjeiros.

20 (fuvest-sp)

40,0

35,0

30,0

25,0

20,0

15,0

10,0

5,0

0,0

SP PR BA SC ES MG RS PAOutro

s

%

proDução De maDeira oriunDa De florestas plantaDas, no Brasil, para

faBricação De papel e celulose

Fonte: IBGE, 2006. (Adaptado.)

Sobre a produção de madeira oriunda de florestas plan-tadas, no Brasil, para fabricação de papel e celulose, considere o gráfico e as afirmações seguintes:

i. Os estados de São Paulo e Paraná respondem, jun-tos, por cerca de 50% da produção nacional, em fun-ção de sua proximidade com as indústrias processa-doras, com o maior mercado consumidor do país e com os principais eixos de exportação.

ii. O cultivo de espécies voltadas a essa produção tem avançado sobre territórios dos estados da Bahia e do Espírito Santo, sendo responsável pela subtração de parcela da Mata Atlântica nesses estados.

iii. Nos estados da região Sul, que figuram entre os oito maiores produtores do país, essa produção está res-trita a pequenas propriedades, associada a produtos voltados à subsistência, tais como laticínios, charque e hortaliças.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas. d) II e III, apenas.

b) I e II, apenas. e) I, II e III.

c) I e III, apenas.

21 (unicamp-sp) Com relação à fruticultura na região do Vale do São Francisco no Nordeste brasileiro, é correto afirmar que:

a) a região tem terras férteis e adequadas à fruticultura graças à inserção de projetos irrigáveis, o que com-pensa o clima seco e o alto índice de insolação du-rante a maior parte do ano.

b) a região tem clima úmido, com chuvas bem distribuí-das ao longo do ano, característica favorável à fruti-cultura.

c) a região é importante produtora de frutas, mas não foi possível implantar a vitivinicultura, apesar de várias tentativas, porque a cultura não se adapta ao clima.

d) os maiores produtores de frutas tropicais da região e do país encontram-se em polos agroindustriais dos municípios pernambucanos de Juazeiro e Petrolina.

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ESTUDANDO Brasil: agropecuária

Para o ENEM

H19

H6

H18

1 (enem)

Antes, eram apenas as grandes cidades que se apre-sentavam como o império da técnica, objeto de mo-dificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural.

SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.

Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo rural brasileiro é:

a) a redução do processo de concentração de terras.

b) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis.

c) a ampliação do isolamento do espaço rural.

d) a estagnação da fronteira agrícola do país.

e) a diminuição do nível de emprego formal.

2 (enem) O gráfico mostra o percentual de áreas ocupa-das, segundo o tipo de propriedade rural no Brasil, no ano de 2006.

90,080,070,060,050,040,030,020,010,00,0

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro--Oeste

Minifúndios

Imóveis improdutivos

Imóveis produtivos

7,5

63,8

28,7

5,3

82,6

12,1

14,3

69,7

16,0

9,0

48,4

42,6

14,5

38,3

47,2

2,0

63,5

34,5

área ocupaDa pelos imóVeis rurais

Fonte: MDA/INCRA (DIEESE, 2006). Disponível em: <www.sober.org.br>. Acesso em: 6 ago. 2009.

De acordo com o gráfico e com referência à distribuição das áreas rurais no Brasil, conclui-se que:

a) imóveis improdutivos são predominantes em relação às demais formas de ocupação da terra no âmbito nacional e na maioria das regiões.

b) o índice de 63,8% de imóveis improdutivos demons-tra que grande parte do solo brasileiro é de baixa fer-tilidade, impróprio para a atividade agrícola.

c) o percentual de imóveis improdutivos iguala-se ao de imóveis produtivos somados aos minifúndios, o que justifica a existência de conflitos por terra.

d) a região Norte apresenta o segundo menor percen-tual de imóveis produtivos, possivelmente em razão da presença de densa cobertura florestal, protegida por legislação ambiental.

e) a região Centro-Oeste apresenta o menor percentual de área ocupada por minifúndios, o que inviabiliza políticas de reforma agrária nesta região.

3 No campo, esse processo de desenvolvimento ca-pitalista está igualmente marcado pela industriali-zação da agricultura, ou seja, o desenvolvimento da agricultura tipicamente capitalista abriu aos pro-prietários de terras e aos capitalistas/proprietários de terra a possibilidade histórica da apropriação da renda capitalista da terra, provocando uma intensi-ficação na concentração da estrutura fundiária bra-sileira. A marca principal desse processo é a terri-torialização do capital, sobretudo dos monopólios, que em geral atuam sob a forma de oligopólios. Po-rém esse processo está também, contraditoriamen-te, marcado pela expansão da agricultura campone-sa, onde o capital monopolista desenvolveu liames para subordinar e apropriar a renda da terra produ-zida pelos camponeses, transformando-a em capi-tal. Nesse caso, o capital não tem necessariamente se territorializado, mas sim monopolizado o terri-tório quando este está ocupado pelos camponeses.

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.).

Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 468.

Sobre a industrialização da agricultura brasileira pode-se destacar:

a) a produção de feijão por meio da agricultura familiar.

b) a produção de subsistência.

c) o setor de máquinas para agricultura de jardinagem.

d) os latifúndios com agropecuária tradicional.

e) o setor sucroalcooleiro.

4 Texto 1Principais objetivos da UDR

A União Democrática Ruralista (UDR) é organiza-da para defender incondicionalmente os direitos e interesses do produtor rural brasileiro, patrocinando sempre que necessário a manutenção do Instituto de propriedade “imóvel rural” como direito privado, de acordo com a Constituição do País.

Disponível em: <www.udr.org.br/objetivos.htm>. Acesso em: 9 out. 2011.

H13

Texto 2MST Nossos Objetivos

Desde a nossa fundação, o Movimento Sem Terra se organiza em torno de três objetivos principais: Lutar pela terra; Lutar por Reforma Agrária; Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.

Disponível em: <www.mst.org.br/taxonomy/term/324>. Acesso em: 9 out. 2011.

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A • B

rasil

: agr

opec

uária

Com base em seus conhecimentos e na leitura dos obje-tivos do MST e da UDR, pode-se concluir que:

a) a UDR e o MST cooperam de forma a tornar possível a reforma agrária.

b) a UDR e o MST defendem a propriedade privada como direto inalienável.

c) a UDR defende os interesses públicos e o MST, os pri-vados, por isso são antagônicos.

d) o MST luta pelo direito de seus associados terem lati-fúndios como os outros, e a UDR defende a distribui-ção igualitária das terras.

e) a UDR e o MST apresentam objetivos antagônicos.

5 (enem)

A luta pela terra no Brasil é marcada por diversos aspectos que chamam a atenção. Entre os aspectos positivos, desta-ca-se a perseverança dos movimentos do campesinato e, entre os aspectos negativos, a violência que manchou de sangue essa história. Os movimentos pela reforma agrária articularam-se por todo o território nacional, principalmen-te entre 1985 e 1996, e conseguiram de maneira expressiva a inserção desse tema nas discussões pelo acesso à terra. O mapa seguinte apresenta a distribuição dos conflitos agrários em todas as regiões do Brasil nesse período e o número de mortes ocorridas nessas lutas.

Vítimas fatais De conflitos ocorriDosno campo (1985-1996)

OCEANOATLÂNTICO

OCEANOPACÍFICO

50°

Trópico de Capricórnio

Equador

Número total de assassinatos

Fonte: Comissão Pastoral da Terra (CPT).

83

211

Fonte: OLIVEIRA, A. U. A longa marcha do campesinato brasileiro: movimentos sociais, conflitos e reforma agrária. Revista Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 43, set./dez. 2001.

Com base nas informações do mapa acerca dos conflitos pela posse de terra no Brasil, a região:

a) conhecida historicamente como das Missões Jesuíticas é a de maior violência.

b) do Bico do Papagaio apresenta os números mais ex-pressivos.

c) conhecida como oeste baiano tem o maior número de mortes.

d) do norte do Mato Grosso, área de expansão da agri-cultura mecanizada, é a mais violenta do país.

e) da Zona da Mata mineira teve o maior registro de mortes.

6 (enem)

A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria é hoje exportadora de trabalhadores. Empresários de Primavera do Leste, Estado de Mato Grosso, procuram o bairro de Vila Maria para conseguir mão de obra. É gente indo distante daqui 300, 400 quilômetros para ir trabalhar, para ganhar sete conto por dia. (Carlito, 43 anos, maranhense, entrevistado em 22/03/98).

RIBEIRO, H. S. O imigrante e a cidade: dilemas e conflitos. Araraquara: Wunderlich, 2001. (Adaptado.)

O texto retrata um fenômeno vivenciado pela agricultura brasileira nas últimas décadas do século XX, consequência:

a) dos impactos sociais da modernização da agricultura.

b) da recomposição dos salários do trabalhador rural.

c) da exigência de qualificação do trabalhador rural.

d) da diminuição da importância da agricultura.

e) dos processos de desvalorização de áreas rurais.

7 (enem)

Entre 2004 e 2008, pelo menos 8 mil brasileiros fo-ram libertados de fazendas onde trabalhavam como se fossem escravos. O governo criou uma lista em que ficaram expostos os nomes dos fazendeiros fla-grados pela fiscalização. No Norte, Nordeste e Cen-tro-Oeste, regiões que mais sofrem com a fraqueza do poder público, o bloqueio dos canais de finan-ciamento agrícola para tais fazendeiros tem sido a principal arma de combate a esse problema, mas os governos ainda sofrem com a falta de informações, provocada pelas distâncias e pelo poder intimidador dos proprietários. Organizações não governamentais e grupos como a Pastoral da Terra têm agido cora-josamente, acionando as autoridades públicas e mi-nistrando aulas sobre direitos sociais e trabalhistas.

Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo. Disponível em: <www.mte.gov.br>. Acesso em: 17 mar. 2009.

(Adaptado.)

Nos lugares mencionados no texto, o papel dos grupos de defesa dos direitos humanos tem sido fundamental, porque eles:

a) negociam com os fazendeiros o reajuste dos honorá-rios e a redução da carga horária de trabalho.

b) defendem os direitos dos consumidores junto aos armazéns e mercados das fazendas e carvoarias.

c) substituem as autoridades policiais e jurídicas na re-solução dos conflitos entre patrões e empregados.

d) encaminham denúncias ao Ministério Público e pro-movem ações de conscientização dos trabalhadores.

e) fortalecem a administração pública ao ministrarem aulas aos seus servidores.

H6

H18

H10

670 km

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ESTUDANDO Urbanização mundial

para o vestibular

1 (Unesp) Leia a afirmativa transcrita, a seguir, sobre o processo de urbanização.

Observamos em todas as cidades um mosaico de paisagens diferentes e interligadas por vias de circu-lação que são a materialização física da divisão e da especialização do trabalho indispensáveis ao funcio-namento do esquema produtivo.

Com base na afirmação, responda:

a) O “mosaico de paisagens diferentes” refere-se a que tipo de ocupação urbana?

Refere-se a uma ocupação variada, em razão das

muitas atividades econômicas desenvolvidas e

também das diferentes funções urbanas.

b) Qual a importância das vias de circulação nas cidades modernas?

Elas garantem a circulação de pessoas, bens e serviços,

facilitando o desenvolvimento das atividades

econômicas.

2 (UEL-PR) Considere a tabela apresentada a seguir, sobre as dez maiores cidades do ano 2000, em milhões de ha-bitantes.

d) o sul e o sudeste asiático apresentarão as 5 maiores cidades do mundo.

e) todas as metrópoles dos países altamente industria-lizados ainda apresentarão significativo crescimento no século XXI.

3 (Ufes)

... Eu queria morar numa favela, o meu sonho é [morar numa favela...Eu num sou registrado, eu num sou batizado,Eu num sou civilizado, eu num sou filho do senhor,Eu num sou computado, eu num sou consultado,Eu num sou vacinado, contribuinte eu num sou,Eu num sou empregado, eu num sou consumidor...

Os versos de Gabriel, o Pensador, ilustram a afirmação de que “1,1 bilhão de pessoas vivem em estado de po-breza. Isso significa que, de cada três habitantes, um está abaixo da linha de pobreza”.

São verdadeiras as afirmativas sobre a localização dos principais bolsões de pobreza no mundo, exceto:

a) Ao contrário do que ocorre na Ásia meridional e na África subsaariana, na América Latina as cidades con-centram a maior parcela de populações miseráveis.

b) No mundo subdesenvolvido, a incidência de pobreza é maior nas populações rurais do que nas popula-ções urbanas.

c) O maior bolsão de pobreza do planeta é a Ásia me-ridional, onde vive quase metade dos pobres e mais da metade dos miseráveis do mundo.

d) A África subsaariana concentra a maior parte da po-pulação mundial que vive abaixo da linha de pobre-za, constituindo o maior bolsão de pobreza.

e) O segundo maior bolsão de pobreza é a Ásia oriental, região bastante populosa, que reúne 40% da popula-ção do mundo subdesenvolvido.

4 (UFPR) Em várias estimativas demográficas, cidades de países subdesenvolvidos, como São Paulo, Lagos, Jacarta, Rio de Janeiro, Cidade do México e Calcutá, foram listadas entre as dez maiores do mundo no ano 2010. Que consequências poderão advir desse fenômeno?

Ocorrerá o predomínio de cidades que cresceram

rapidamente e de forma não planejada, acentuando

a desordem espacial e os problemas urbanos

decorrentes da falta de infraestrutura para atender

à numerosa população.

Cidades 1975 1990 2000

Tóquio-locoama 17,7 26,9 29,9

Cidade do México 11,9 20,2 27,8

São Paulo 10,7 18,0 25,3

Seul 6,8 16,2 21,9

Bombaim 7,0 11,7 15,3

Nova York 19,7 14,6 14,6

Osaka 8,7 13,8 14,2

Teerã 4,2 9,3 14,2

Rio de Janeiro 8,9 11,4 14,1

Calcutá 7,8 11,6 14,0

As informações contidas na tabela e seus conhecimen-tos sobre a urbanização mundial permitem prever que no próximo século:

a) o processo de urbanização tende a retroceder no mundo ocidental e a crescer rapidamente no mundo oriental.

b) a maior parte das grandes metrópoles estará concen-trada nos países subdesenvolvidos.

c) o conjunto dos países asiáticos apresentará as maio-res taxas de urbanização do mundo.

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5 (UFPE, adaptada) O subdesenvolvimento dos países latino-americanos tem sido acompanhado de um acentuado êxodo rural e de um crescimento anormal das cidades. Com base na análise do gráfico, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir.

(04) A urbanização consiste no crescimento demográfi-co das cidades, podendo ser igual ou menor do que o crescimento do campo.

(08) A um sistema hierarquizado de cidades, que vai das cidades pequenas ou locais até as metrópoles ou cidades gigantescas, dá-se o nome de rede urbana.

(16) Ocorre um processo de conurbação quando uma cidade cresce de forma vertical, tanto com constru-ção de altos edifícios, quanto de galerias e instala-ções subterrâneas.

Soma: 01 + 02 + 08 = 11

8 (UFBA)

Em 2025, 60 por cento da população mundial estará nas cidades. É indispensável questionar radicalmente nossa maneira de pensar a urbanização, senão será impossível projetar, mesmo de modo aproximativo, o seu futuro desenvolvimento.

MARTINOTTI.p.195.

O texto anterior, associado aos conhecimentos sobre urbanização, permite afirmar:

(01) A cidade constitui uma das maiores alterações da paisagem, produzida pela ação do homem através da interação dos sistemas naturais, socioeconômi-cas e culturais.

(02) A favelização existente em cidades dos países sub-desenvolvidos resulta de problemas socioeconômi-cos e políticos, relacionados com a distribuição da renda e da terra.

(04) Os contrastes de crescimento das metrópoles, em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, resultam do grande índice de mortalidade existente nos pri-meiros.

(08) O crescimento desigual das cidades do Terceiro Mundo reforça as disparidades inter-regionais, criando desequilíbrios econômicos e sociais.

(16) O processo acelerado de urbanização e o avanço científico-tecnológico têm contribuído para reduzir os problemas ambientais.

(32) O modelo concentrador da urbanização brasileira gerou grandes cidades e metrópoles, com reflexos na modernização econômica do país.

Soma: 01 + 02 + 08 + 32 = 43

9 (UFRGS-RS) Sobre a população urbana dos países ca-pitalistas desenvolvidos, considere as seguintes afir-mações.

I. Sua população se caracteriza por intensas relações sociais e é suscetível às inovações.

II. Elevada proporção da população ativa se concentra em atividades dos setores secundário e terciário.

III. A Inglaterra apresenta, atualmente, mais de 90% de sua população concentrada nas cidades.

Qual(is) é (são) a(s) correta(s)?

a) Apenas I d) Apenas I e II

b) Apenas II e) I, II e III

c) Apenas III

( F ) O ritmo de crescimento da população urbana é superior ao da população total.

( V ) O ritmo de crescimento da população urbana é maior do que o da população rural.

( F ) A população rural e a população total têm ritmos de crescimento semelhantes.

( F ) O ritmo de crescimento da população rural é maior do que o da população urbana.

( F ) O ritmo de crescimento da população rural é se-melhante ao da população urbana.

6 (UFPR) O que é urbanização e qual sua consequência na qualidade de vida das populações?

É o processo de concentração espacial da população,

com um mínimo de infraestrutura. Ocorre uma

melhoria no nível de vida da população, à medida que

a cidade acumula funções e presta serviços mais

diversificados.

Tais características são responsáveis pela geração de

postos de trabalho e por uma boa assistência à

população em relação a serviços, como transporte,

comunicações, atendimento médico-hospitalar etc.

7 (UFC-CE) As cidades se consolidaram com mais ênfase após a Primeira Revolução Industrial, originando uma série de fenômenos espaciais.

Sobre esse assunto, marque as alternativas verdadeiras.

(01) O campo existiu durante séculos sem a cidade, e as primeiras cidades dependiam do meio rural.

(02) A intensificação do êxodo rural traz como conse-quência a urbanização.

POPULAçÃO DA AMÉRICA LATINA

TOTAL

Urbana

Rural

360

320

280

240

200

160

120

80

40

01940 1950 1960 1970 1980

Milhões de habitantes

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10 (UFMG) De acordo com dados da ONU, até o final do século, mais da metade da população do mundo viverá em cidades.

Sobre o processo que levará à expansão da população mundial urbana, assinale a alternativa incorreta.

a) Na África, a urbanização tem atingido índices sem precedentes, em parte como resultado da ampliação da área de seca que limita os espaços cultiváveis.

b) Na América Latina, experimenta-se uma urbanização intensa, em parte como resultado de se concentrarem, espacialmente, os escassos recursos econômicos.

c) Na Ásia, vem se registrando um processo de urba-nização lento, em parte como resultado das campa-nhas governamentais de incentivo à ocupação das terras agrícolas.

d) Na Europa, o aumento da população das cidades tem sido insignificante porque o crescimento demográfico é baixo e a urbanização, um processo muito antigo.

11 (Unirio-RJ)

13 (Uerj)

Malha urbanada cidade A

Malha urbanada cidade B

Área de expansão

urbana das duas cidades

O fenômeno urbano representado no desenho anterior tem o nome de:

a) sítio urbano. d) favelização.

b) hierarquia urbana. e) metropolização.

c) conurbação.

12 (UFMG) Em Geografia, as metrópoles são definidas por uma série de características. Com base nessas caracte-rísticas, poucas das cidades brasileiras são consideradas metrópoles.

Considerando as metrópoles brasileiras, é incorreto afirmar que elas:

a) exercem influência sobre vasta área geográfica, quase sempre mais ampla que o território dos seus estados.

b) têm equipamentos urbanos numerosos e variados, capazes de suprir a quase totalidade das necessida-des da sua população.

c) apresentam uma área central, cujo fluxo de veículos, em geral intenso, varia consideravelmente ao longo do dia.

d) formam uma mancha urbana de densidade demo-gráfica homogênea, que se estende, de forma contí-nua, pelos municípios da região metropolitana.

70

65

60

55

50

45

40

35

Fonte: MORICONI-EBRARD, François. Geopolis. Paris: Economica, 1993.

–10 –5 0 5 10 15 20 25 30

Observações

– os limites físicos e políticos, propositadamente, não foram representados.

– a parte europeia da extinta URSS não foi considerada. Percebe-se nitidamente, na leitura do mapa, a existência

de diferentes padrões espaciais quanto à distribuição das aglomerações urbanas na Europa. A Europa ociden-tal expõe um padrão de distribuição bastante heterogê-neo, ao contrário do chamado leste europeu.

a) Com base no mapa, estabeleça a relação existente entre o padrão espacial de urbanização verificado no leste europeu e o modelo socioeconômico que ali vi-gorou majoritariamente até o final dos anos 80.

Até o final da década de 1980, o leste europeu

apresentou um sistema econômico centralizado na

planificação estatal e, por isso, adotou um sistema

urbano estrategicamente desconcentrado, em

contraposição à tendência de concentração espacial

própria das economias de mercado. Houve, portanto,

uma interferência estatal no processo de

descentralização urbana.

b) Comparando duas áreas, a península Ibérica e a Grã--Bretanha, aponte aquela que apresenta maior densi-dade de urbanização e indique uma causa de ordem econômica para a diferença apontada.

O país com maior índice de urbanização é a

Grã-Bretanha, porque passou por uma

industrialização pioneira; atualmente, a maioria de

sua população dedica-se a atividades dos setores

secundário e terciário.

EUROPA: DISTRIBUIçÃO DAS AGLOMERAçÕES URBANAS COM 10.000 HAB. E MAIS, EM 1990

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14 (UFRN) A análise das figuras abaixo permite que se afirme:

(04) o modelo radial centro-periferia começa a ser rompido por novas formas de consumo, promo-vendo uma “nova centralidade” ao longo das vias expressas e das rodovias, por meio da construção de shopping centers e de hipermercados.

(08) a violência e a criminalidade das metrópoles esti-mulam negócios lucrativos, como a comercializa-ção de sistemas de segurança, grades, armas e o es-tabelecimento de empresas de vigilância, negócios que acabam sendo absorvidos e se transformam em bens de consumo.

(16) tem-se atenuado sensivelmente o déficit de resi-dências, de transporte coletivo, de água encanada e de pavimentação de vias.

(32) no caso do Brasil, a urbanização é recente, e a po-pulação urbana passou de 36% do total em 1950 para cerca de 75% em 1995.

Soma: 01 + 04 + 08 + 32 = 45

17 (UFSM-RS) Assinale a alternativa incorreta relacionada às características da urbanização no século XX.

a) Aceleração acentuada no ritmo de crescimento das cidades

b) Distribuição de fenômeno urbano por todos os con-tinentes

c) Desenvolvimento das metrópoles modernas

d) Expansão da urbanização para além dos limites terri-toriais

e) Desvalorização do solo e não fragmentação do espaço

18 (UFC-CE)

Na estruturação dos espaços mundiais “a interna-cionalização da economia vem consolidando, nas últimas décadas, as chamadas cidades globais – os vetores mais importantes da globalização”.

Folha de S.Paulo, Especial Cidades Ano 2000, 2 maio 1999.

Com base no texto acima, pode-se afirmar que:

I. as cidades globais são aquelas que concentram conhecimentos em serviços ligados à globalização (escritórios das principais empresas mundiais em consultoria, publicidade, bancos, entre outros).

II. as cidades globais formam uma rede de cidades por onde transita a maior parte dos fluxos de capi-tal que alimentam os mercados financeiros inter-nacionais.

III. entre as cidades globais, destacam-se Nova York, Tóquio, Londres (no Primeiro Mundo), além de ou-tras, como São Paulo e Cidade do México (nos países em desenvolvimento ou Terceiro Mundo).

De acordo com o exposto acima, assinale a opção correta.

a) I e II estão corretas.

b) II e III estão corretas.

c) I, II e III estão corretas.

d) Apenas I está correta.

e) Apenas II está correta.

a) A figura 1 representa a nova concepção de relações dentro da rede urbana, que segue uma hierarquia crescente, em função dos avanços tecnológicos nos transportes e nos serviços.

b) A figura 2 representa uma nova concepção de hierar-quia urbana, em que a cidade local pode se relacio-nar diretamente com a metrópole nacional, uma vez que os fluxos já não são mais escalonados.

c) A figura 1 representa o modelo industrial de hierar-quia urbana, no qual os centros menores polarizam os maiores.

d) A figura 2 demonstra o escalonamento crescente dos fluxos de serviços, mercadorias e informações como parte integrante da hierarquia urbana.

15 (UFSM-RS)

O capitalismo pode não ter inventado a cidade, mas indiscutivelmente inventou a cidade grande. Criou, par-ticularmente, a metrópole e a megalópole.

SENE,E.;MOREIRA,J.C.Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização.SãoPaulo:Scipione,1998.p.308.

A megalópole é um fenômeno urbano, decorrente da:

a) conurbação de bairros e centro da cidade, que ocorre nas faixas litorâneas dos países capitalistas desenvolvidos.

b) conurbação de dois ou mais bairros, que se dá na fase mais avançada do capitalismo financeiro.

c) conurbação de duas ou mais metrópoles, típica do capitalismo financeiro e monopolista.

d) macrocefalia, o que é característico das grandes cida-des nos países subdesenvolvidos capitalistas.

e) aglomeração urbana, verificada no início do capitalis-mo industrial.

16 (Unioeste-PR) Em relação ao espaço interno das metró-poles da América Latina, é correto afirmar que:

(01) convivem áreas superequipadas e modernas com áreas absolutamente carentes de qualquer serviço público.

(02) há poucos espaços ocupados em situação de ile-galidade jurídica e, via de regra, o crescimento das metrópoles obedece a rígidos planos orientadores.

Metrópole nacional

Figura 1 Figura 2

Relações entre as cidadesem uma rede urbana

Metrópole regional

Centro regional

Cidade local

Vila

Metrópole nacional

Metrópole regional

Centro regional

Cidade local

Vila

Relações entre as cidadesem uma rede urbana

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19 (UEL-PR) Leia o texto a seguir.

No que tange à configuração territorial, isto é, o arranjo sistêmico-funcional dos objetos geográficos no território, os esportes merecem observação cuida-dosa, posto que sua prática implica transformações significativas na forma e na dinâmica territoriais. Nesse aspecto, devemos realçar o papel dos Jogos Olímpicos.

As instalações esportivas (ginásios, autódromos, es-tádios etc.), além de se apresentarem frequentemente como paisagem durável (decorrente do grande inves-timento necessário para a edificação) e de ampla vi-sibilidade (decorrente do porte físico), podem ainda constituir importante centralidade física e simbólica no interior do espaço urbano.

JESUS, G. M. A cidade e os grandes eventos olímpicos: uma geografia para quem? Revista Digital, Buenos Aires, ano 10,

n. 78, nov. 2004. Disponível em: <www.efdeportes.com>. Acesso em: 2 dez. 2011. (Adaptado.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a produ-ção do espaço urbano, considere as afirmativas a seguir.

I. As decisões sobre a localização de instalações espor-tivas desconsideram a necessidade de infraestrutu-ra, uma vez que esses equipamentos são dotados de forte centralidade física e simbólica.

II. A construção de complexos esportivos na periferia urbana mantém inalterados os padrões de fluxo e uso do solo nessa parte das cidades.

III. Atualmente, a realização de uma olimpíada implica a articulação de ações dos setores público e priva-do sobre a estrutura das cidades, aspecto impor-tante na viabilização das transformações da paisa-gem urbana.

IV. A implantação e o uso de complexos esportivos têm impacto sobre a dinâmica da valorização imobiliária de certas áreas da cidade, uma vez que fomentam a reconfiguração territorial das zonas urbanas em que são instalados.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

20 (FGV-SP)

De acordo com o Relatório Global sobre Assenta-mentos Humanos 2011, Cidades e Mudança Climática: Direções Políticas, as “cidades deverão se transformar em campos de batalha dos esforços para combater a mudança climática”.

Disponível em: <www.unhabitat.org>.

Sobre a relação entre as cidades e as mudanças climáti-cas, assinale a alternativa correta.

a) Apenas as cidades do mundo situadas em áreas costei-ras são vulneráveis aos efeitos da mudança climática.

b) As políticas de planejamento local têm pouco im-pacto sobre as mudanças climáticas, dado que estas ocorrem na escala global.

c) Nos termos do relatório, a estratégia mais eficaz de combate às mudanças climáticas é a contenção do processo de urbanização da população mundial.

d) As cidades do mundo são responsáveis por mais da metade das emissões globais de gases de efeito estufa.

e) Em termos globais, a emissão de gases-estufa pelos transportes urbanos representa menos da metade da emissão gerada pelos transportes de longa distância.

21 (FGV-SP)

Hoje, a China tem 130 milhões de trabalhadores migrantes. Em fábricas, restaurantes, canteiros de obras, elevadores, serviços de entrega, limpeza do-méstica, creches, coleta de lixo, barbeiros (...), prati-camente todo trabalhador tem origens rurais. Em ci-dades grandes, como Pequim e Xangai, os migrantes chegam a ser um quarto da população; nas cidades industriais do sul da China, são eles que mantêm em funcionamento as linhas de montagem da economia nacional, baseada nas exportações.

CHANG, Leslie T. As garotas da fábrica: da aldeia à cidade, numa China em transformação.

Tendo em vista o processo de urbanização mundial, a situação da China indica que:

a) esse processo está se encerrando, na medida em que esse era o último grande país com maioria de popu-lação rural.

b) os índices de urbanização mundial vão ultrapassar de longe a marca de 50%, em razão do peso demográfi-co do país asiático.

c) o impacto no índice mundial não será importante, pois a urbanização chinesa não é relevante nem rá-pida em termos percentuais.

d) a relação entre a industrialização e a urbanização não faz mais sentido, no século XXI, nem no país asiático marcado por uma urbanização terciária.

e) esse processo está se acelerando em todas as partes do mundo, inclusive nos países mais ricos, onde a ur-banização estava estagnada.

22 (UFC-CE) O processo de urbanização é um dos traços marcantes do mundo contemporâneo presente em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Entretanto, a urbanização apresenta características distintas em cada uma dessas realidades. Analise as afirmações abaixo so-bre essas características.

I. Nos países desenvolvidos, as cidades estruturam-se gradativamente para absorver os migrantes e, por conseguinte, melhoram as condições de moradia, de serviços e a oferta de emprego.

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II. Nos países subdesenvolvidos, a urbanização acele-rada está associada às péssimas condições de vida no campo e à estrutura fundiária concentrada, o que estimula o êxodo rural.

III. Nos países subdesenvolvidos, o rápido e desordena-do crescimento das cidades deu origem ao fenôme-no denominado macrocefalia urbana.

IV. Nos países desenvolvidos, a urbanização está rela-cionada à presença da indústria na cidade e à au-sência de técnicas modernas no campo, o que acen-tuou a migração rural-urbana.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas II é verdadeira.

b) Apenas I e II são verdadeiras.

c) Apenas I, II e IV são verdadeiras.

d) Apenas I, II e III são verdadeiras.

e) Apenas II, III e IV são verdadeiras.

23 (UFC-CE) O crescimento e a concentração das po-pulações e das atividades econômicas, assim como o estímulo dado ao consumismo nas cidades, acu-mulam nestas uma incrível quantidade de lixo, pro-vocando sérios danos à natureza e à saúde pública. Assinale a alternativa que apresenta uma solução adequada para o problema de coleta e destinação final do lixo urbano.

a) Criar aterros controlados onde o lixo não oferece da-nos ao meio ambiente.

b) Transformar os resíduos orgânicos em adubo através das usinas de reciclagem.

c) Depositar as cinzas tóxicas do lixo hospitalar, após incinerado, em aterros especiais.

d) Realizar a compostagem do lixo inorgânico recolhido através da coleta seletiva.

e) Incinerar o lixo orgânico para evitar a contaminação das águas superficiais.

24 (Fuvest-SP)

Viver numa grande cidade implica o reconheci-mento de múltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltando do trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas ope-rárias, também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa, implica um conheci-mento específico da cidade.

BRESCIANI, Maria Stella. Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 16.

(Adaptado.)  

O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de algumas cidades europeias, no sé-culo XIX, redefiniu formas de convivência e sociabi-lidade de seus habitantes as quais, em alguns casos, persistem até hoje.

a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cida-des como Londres e Paris, no século XIX.

Os principais motivos que levaram ao crescimento

de Paris e Londres no século XIX estão relacionados

à Revolução Industrial na França e na Inglaterra.

Gradativamente, as economias dos dois países

passaram a concentrar esforços nas indústrias, o que

demandava, entre outras coisas, grande excedente

populacional para ser empregado, e também para

que parte dele permanecesse desempregado, a fim

de manter a remuneração dos operários em níveis

baixíssimos. Essa população era composta

majoritariamente de pessoas que saíam das áreas

rurais em busca de oportunidades de trabalho nas

cidades. Nesse sentido, o êxodo rural também pode

ser apontado como uma das causas do

crescimento dessas capitais, motivado não apenas

pelos trabalhos nas indústrias, mas pelas

transformações no campo ocorridas no período.

b) Indique e analise uma característica, entre as men-cionadas no texto, que se faça presente em grandes cidades atuais.

Uma das características mencionadas no texto que

se faz presente nas cidades atuais é a criminalidade,

com o policiamento a ela atrelado. Como analisado

por Bresciani, a identificação visual ainda é a

principal maneira pela qual os “suspeitos” são

procurados: vestuário, etnia, condição socioeconômica,

modos de comportamento e expressão etc. Não por

acaso, aqueles que geralmente são abordados pela

polícia são homens jovens, afrodescendentes e

pobres, cujo comportamento não é necessariamente

criminoso, mas carrega em si características atreladas

à criminalidade desde os séculos XIX e XX, no

desenvolvimento do direito e da medicina criminal.

Esses acusados, até mesmo quando inocentes,

invertem o raciocínio da máxima aplicada

em julgamentos: são culpados até que se prove

o contrário.

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ESTUDANDO Urbanização mundial

para o enem

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1 (Enem)

Além dos inúmeros eletrodomésticos e bens eletrô-nicos, o automóvel produzido pela indústria fordista promoveu, a partir dos anos 50, mudanças significa-tivas no modo de vida dos consumidores e também na habitação e nas cidades. Com a massificação do consumo dos bens modernos, dos eletroeletrônicos e também do automóvel, mudaram radicalmente o modo de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído. Da ocupação do solo urbano até o interior da moradia, a transformação foi profunda.

MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras. Disponível em: <www.scielo.br>.

Acesso em: 2 dez. 2011. (Adaptado.)

Uma das consequências das inovações tecnológicas das últimas décadas, que determinaram diferentes formas de uso e ocupação do espaço geográfico, é a instituição das chamadas cidades globais, que se caracterizam por:

a) possuírem o mesmo nível de influência no cenário mundial.

b) fortalecerem os laços de cidadania e solidariedade entre os membros das diversas comunidades.

c) constituírem um passo importante para a diminuição das desigualdades sociais causadas pela polarização social e pela segregação urbana.

d) terem sido diretamente impactadas pelo processo de internacionalização da economia, desencadeado a partir do final dos anos 1970.

e) terem sua origem diretamente relacionada ao pro-cesso de colonização ocidental do século XIX.

2 (Enem)

Os lixões são o pior tipo de disposição final dos resíduos sólidos de uma cidade, representando um grave problema ambiental e de saúde pública. Nes-ses locais, o lixo é jogado diretamente no solo e a céu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros problemas, a contaminação do solo e das águas pelo chorume (líquido escuro com alta carga poluidora, proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo).

RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2007.

Considere um município que deposita em um lixão os resíduos sólidos produzidos por sua população. Esse procedimento é considerado um problema de saúde pública, porque os lixões:

a) causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro que provém da decomposição.

b) são locais propícios à proliferação de vetores de doenças, além de contaminarem o solo e as águas.

c) provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos ga-ses oriundos da decomposição de matéria orgânica.

d) são instalados próximos ao centro das cidades, afetan-do toda a população que circula diariamente na área.

e) são responsáveis pelo desaparecimento das nascen-tes na região onde são instalados, o que leva à escas-sez de água.

3 (Enem)

A mais profunda objeção que se faz à ideia da cria-ção de uma cidade como Brasília é que o seu desen-volvimento não poderá jamais ser natural. É uma objeção muito séria, pois provém de uma concepção de vida fundamental: a de que a atividade social e cultural não pode ser uma construção. Esquecem-se, porém, aqueles que fazem tal crítica, de que o Brasil, como praticamente toda a América, é criação do ho-mem ocidental.

PEDROSA, M. Utopia: obra de arte. Vis – Revista do Programa de Pós-graduação em Arte (UnB), v. 5, n. 1, 2006. (Adaptado.)

As ideias apontadas no texto estão em oposição porque:

a) a cultura dos povos é reduzida a exemplos esque-máticos que não encontram respaldo na história do Brasil ou da América.

b) as cidades, na primeira afirmação, têm um papel mais fraco na vida social, enquanto a América é mos-trada como um exemplo a ser evitado.

c) a objeção inicial, de que as cidades não podem ser inventadas, é negada logo em seguida pelo exemplo utópico da colonização da América.

d) a concepção fundamental da primeira afirmação de-fende a construção de cidades e a segunda mostra, historicamente, que essa estratégia acarretou sérios problemas.

e) a primeira entende que as cidades devem ser orga-nismos vivos, que nascem de forma espontânea, e a segunda mostra que há exemplos históricos que demonstram o contrário.

4 (Enem)

O crescimento rápido das cidades nem sempre é acompanhado, no mesmo ritmo, pelo atendimento de infraestrutura para a melhoria da qualidade de vida. A deficiência de redes de água tratada, de cole-ta e tratamento de esgoto, de pavimentação de ruas, de galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de áreas verdes, de núcleos de formação educacional e profissional, de núcleos de atendimento médico-sani-tário é comum nessas cidades.

ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009. (Adaptado.)

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Sabendo que o acelerado crescimento populacional urbano está articulado com a escassez de recursos fi-nanceiros e a dificuldade de implementação de leis de proteção ao meio ambiente, pode-se estabelecer o es-tímulo a uma relação sustentável entre conservação e produção a partir:

a) do aumento do consumo, pela população mais po-bre, de produtos industrializados para o equilíbrio da capacidade de consumo entre as classes.

b) da seleção e da recuperação do lixo urbano, que já é uma prática rotineira nos grandes centros urbanos dos países em desenvolvimento.

c) da diminuição acelerada do uso de recursos naturais, ainda que isso represente perda da qualidade de vida de milhões de pessoas.

d) da fabricação de produtos reutilizáveis e biodegra-dáveis, evitando-se substituições e descartes, como medidas para a redução da degradação ambiental.

e) da transferência dos aterros sanitários para as partes mais periféricas das grandes cidades, visando-se à preservação dos ambientes naturais.

5 Observe as imagens.

A leitura do texto e a análise das imagens permitem afir-mar que:

a) a cidade representa a grande intervenção do homem sobre a natureza, criando um espaço artificializado que não necessita mais do campo nem é afetado pe-las dinâmicas naturais.

b) entre os sistemas de fluxos, as residências populares são um exemplo adequado, pois as pessoas saem de casa para trabalhar todos os dias.

c) a megalópole é um exemplo de fluxo intenso entre as metrópoles, em particular o de trabalhadores.

d) o centro isolado corresponde a uma grande cidade que, por ser autossuficiente, não precisa se relacionar com outras cidades ou espaços.

e) as megalópoles são formações espaciais exclusiva-mente de países não desenvolvidos, pois, para a sua existência, as relações socioeconômicas-espaciais não podem ser complexas.

6Assim se forma esse conceito novo: o urbano. É

preciso distingui-lo bem da cidade. O urbano se dis-tingue da cidade precisamente porque ele aparece e se manifesta no curso da explosão da cidade, mas ele permite reconsiderar e mesmo compreender certos aspectos dela que passaram despercebidos durante muito tempo: a centralidade, o espaço como lugar de encontro, a monumentalidade etc. O urbano, isto é, a sociedade urbana, ainda não existe e, contudo, existe virtualmente; através das contradições entre o habitat, as segregações e a centralidade urbana que é essencial à prática social, manifesta-se uma contradi-ção plena de sentido.

LEFEBVRE, Henry. Espaço e política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. p. 84.

No texto, o autor apresenta uma contradição presente no espaço urbano. Indique a alternativa que contém essa contradição e apresenta um exemplo.

a) A cidade é lugar de encontro e, ao mesmo tempo, es-paço de segregação e exclusão, pois existem lugares em que o atendimento se limita exclusivamente às pessoas de alta renda, excluindo aquelas com menos recursos.

b) A centralidade da cidade se contrapõe ao apareci-mento de novos centros, pois os antigos são aban-donados e desvalorizados, como ocorre em cidades pequenas de todo o mundo.

c) O espaço concreto se contrapõe ao espaço virtual, pois, com as novas tecnologias, o primeiro acaba cedendo lugar para o segundo. Um exemplo são as compras pela internet.

d) O espaço urbano construído excluiu totalmente o há-bitat, pois a natureza foi totalmente destruída, como em Nova York, onde não há praças ou parques mini-mamente arborizados.

e) O urbano contradiz o conceito de cidade – onde há urbano, não há cidade. A cidade de Tóquio não é um aglomerado urbano, e sim um aglomerado humano.

Fonte: SOUZA, M. L. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. p. 39.

Com a evolução do capitalismo, criaram-se relações mais complexas entre o homem e o espaço. A cidade e o urbano correspondem a um nível avançado desse processo. O espaço urbano se tornou o receptáculo por excelência dessas ações humanas, que implantaram um grande conjunto de sistemas técnicos baseados em fixo e fluxos de grande densidade.

DO CENTRO ISOLADO À MEGALÓPOLE: MODELOS GRÁFICOS

1 2 3

4

5

1 Centro isolado

2 Aglomeração com conurbação

3 Aglomeração sem conurbação

4 Metrópole

5 Megalópole

As setas indicam movimento pendular diário

residência local de trabalho residência

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ESTUDANDO Brasil: urbanização

para o vestibular

1 (Fuvest-SP) A continuidade espacial de várias áreas ur-banas, fenômeno conhecido como conurbação, pode desencadear mudanças climáticas em escala local, algu-mas delas já detectadas em cidades brasileiras. As mais significativas são:

a) a supressão da brisa urbana e a redução da pluviosidade.

b) o aumento da umidade relativa e o desaparecimento das inversões térmicas.

c) a diminuição da insolação e a redução da temperatura.

d) a diminuição da nebulosidade e a melhor distribui-ção da pluviosidade ao longo do ano.

e) a formação das “ilhas de calor” e o aumento da nebulosidade.

2 (PUC-SP)

As cidades milionárias*, que eram duas em 1960 (São Paulo e Rio de Janeiro), são cinco em 1970, dez em 1980 e doze em 1991. Esses números ganham maior significação se nos lembrarmos que em 1872 a soma da população das dez maiores cidades brasilei-ras não chegava a 1.000.000 de habitantes, reunindo apenas 815.729... Esta é a nova realidade da macrour-banização ou da metropolização.

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.

*Cidades com mais de 1 milhão de habitantes.

Tendo como referência o texto acima, assinale a alterna-tiva verdadeira.

a) No Brasil a modernização do campo teve relação di-reta com a aceleração da urbanização, caracterizada por uma metropolização que se disseminou por vá-rias regiões brasileiras.

b) Embora no mundo todo a tendência migratória campo-cidade seja pequena, o Brasil, em função da desorganização econômica e social, e das ilusões de que a vida nas cidades apresenta mais perspectivas, mantém taxas elevadas desse fluxo migratório.

c) Um ritmo de metropolização tão elevado, como o do Brasil, corresponde a índices equivalentes de cresci-mento industrial. Assim, a maior parte da população que se dirige às cidades é empregada no setor secundário.

d) Embora o ritmo de urbanização e metropolização no Brasil tenha sido muito elevado, o fenômeno ficou res-trito às regiões Sul e Sudeste, pois foi justamente nessas regiões que ocorreu o maior crescimento industrial.

e) A urbanização brasileira, com seu caráter metropo-litano, indica definitivamente a passagem de nosso país para o estágio de país desenvolvido e moderno. Sabe-se que todos os países considerados desenvol-vidos são aqueles que apresentam elevados índices de urbanização.

3 (UEL-PR) Nos últimos quinze anos, entre os fatores que podem explicar o rápido crescimento das periferias pau-perizadas das grandes e médias cidades, destaca-se:

a) o êxodo rural que se estabilizou na década de 80, em todas as regiões.

b) o descompasso entre o crescente aumento da popu-lação e a manutenção do volume de empregos.

c) o crescimento do emprego industrial, aliado às me-lhorias na infraestrutura viária.

d) o efeito de legislações ambientalistas coibindo a ver-ticalização demasiada das cidades.

e) a desapropriação de áreas municipais, facilitando a construção de moradias de baixa renda.

4 (Udesc) As cidades são classificadas segundo uma hierarquia urbana, que as diferencia pelos produtos e equipamentos funcionais (rede de serviços como hos-pitais, escolas, lojas etc.) que têm à disposição da po-pulação. Assim, de acordo com essa hierarquia urbana, existem metrópoles nacionais, metrópoles regionais e centros regionais.

Assinale a afirmativa que contenha somente metrópoles regionais.

a) São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador

b) São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador

c) Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza e Salvador

d) Joinville, Blumenau e Florianópolis, em Santa Catarina

e) São Paulo e Rio de Janeiro

5 (UFBA)

As grandes cidades são por definição ambientes centralizados, feitos pelo homem, e dependem basica-mente de alimentos, água, energia e outros bens que vêm de fora.

Diante da importância das cidades, são necessários esforços e meios de preservação especiais para garan-tir que os recursos de que necessitam sejam produzi-dos de forma sustentável e que os habitantes urbanos participem das decisões que afetam as suas vidas.

Nosso Futuro Comum. p. 271.

O texto e os conhecimentos sobre os processos de urba-nização e hierarquização de cidades permitem concluir:

(01) O processo de urbanização, em escala mundial, tem levado a uma melhor distribuição de renda e à con-sequente mudança de mentalidade e da qualidade de vida da classe trabalhadora.

(02) As megalópoles do Primeiro Mundo foram pla-nejadas de tal forma que suas diversas atividades econômicas melhoram a qualidade de vida de suas populações.

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(04) A urbanização galopante que se processa nos paí-ses da América Latina, nos dias atuais, é decorrente da integração desses países à Divisão Internacional do Trabalho (DIT).

(08) A importância das cidades na organização do espaço resulta da sua capacidade de oferecer bens e servi-ços para um amplo mercado consumidor, maior do que o do núcleo urbano propriamente dito.

(16) No Brasil, o crescimento da população urbana, a partir do final da Segunda Guerra Mundial, está vin-culado ao aumento do êxodo rural, gerado pelas transformações das estruturas econômicas do país.

(32) Brasília, a capital política e administrativa do país, pela natural capacidade de polarização externa que possui, é a metrópole mais completa e de maior in-fluência em todo o território nacional.

6 (UFRJ) A distribuição geográfica dos núcleos urbanos na Amazônia obedeceu, desde o início do povoamento, à rede fluvial. Esses núcleos, na sua maioria, não poderiam ser rigorosamente considerados cidades.

Depois de 1970, políticas voltadas para a ocupação do território desencadearam um intenso processo de urba-nização na Amazônia, provocando o aumento do número e do tamanho das cidades, a alteração de sua distribuição no espaço regional e a integração da rede urbana amazô-nica ao restante do país. Hoje, a maior parte da popula-ção amazônica vive em núcleos urbanos.

1

2

3

4

Manaus

Boa Vista Macapá

Belém

São Luís

Palmas

Cuiabá

1 – Cidades criadas até 19612 – Cidades criadas até 1988

Rio BrancoPorto Velho

3 – Cidades criadas até 19934 – Áreas de concentração urbana

a) Explique dois fatores que contribuíram para o inten-so processo de urbanização da Amazônia.

A expansão da fronteira pioneira por meio da

agropecuária e a criação de projetos de colonização

pelo governo federal, objetivando a ocupação

territorial do espaço natural (floresta).

Soma: 02 + 04 + 08 + 16 = 30

b) Analise a alteração da distribuição dos núcleos ur-banos na atualidade, levando em consideração as principais atividades econômicas da região.

Há concentração de núcleos urbanos ao longo

de rodovias ou junto a polos de desenvolvimento

agropecuários ou extrativistas.

7 (UFBA, adaptada) Com base nos conhecimentos sobre a urbanização no Brasil, pode-se concluir:

(01) O processo de urbanização do Brasil teve início na década de 80 do século passado.

(02) A urbanização brasileira indica um processo de reorganização do espaço geográfico.

(04) As migrações ocorridas em função da urbanização provocaram um aumento populacional incompatí-vel com a infraestrutura urbana.

(08) As metrópoles regionais têm a área de influência restrita aos seus respectivos estados.

(16) Um dos exemplos de conurbação no Brasil ocorreu com São Paulo, Santo André, São Bernardo e São Caetano.

8 (UEL-PR)

Antes, o silêncio e a vegetação rasteira dominavam a planura, monotonia quebrada apenas pelo colorido das flores, pelo cantar dos pássaros e pelas formas caprichosas das árvores do cerrado. Mas um dia o barulho das máquinas e o vaivém incessante dos operários agitaram os chapadões, anunciando que novos tempos eram chegados. A cidade e a vida se organizaram: as estradas se abriram, os apartamen-tos, as escolas e os prédios para a administração pública se ergueram; tudo pouco a pouco surgiu no planalto, onde o vale transformou-se em um lago e a terra vermelha em sombras e flores.

É mais provável que o texto apresente a organização da natureza e a produção de um espaço tendo definida uma função principal para a cidade de:

a) Londrina, polo de irradiação da cultura cafeeira pelo Norte do Paraná, na década de 30.

b) Brasília, construída na década de 60 para ser a sede do governo federal do país.

c) Rondonópolis, no Mato Grosso, polo da expansão da fronteira agrícola em direção à Amazônia, nas déca-das de 60-70.

d) Palmas, escolhida para capital do estado de Tocantins, criado na Constituição de 1988.

e) Goiânia, de arquitetura moderna, construída espe-cialmente para tornar-se a sede do governo estadual de Goiás.

Soma: 02 + 04 + 16 = 22

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9 (Cesgranrio-RJ) Que afirmativa não pode ser relaciona-da com os dados expressos nos quadros a seguir?

Brasil: população urbana

Anos População total População urbana %

1950 51.944.397 18.782.891 36,16

1960 70.197.370 31.533.681 44,93

1970 90.139.037 52.084.984 55,92

1980 119.002.706 80.436.409 67,57

Brasil: pop. urbana percentual por regiões (1980)

Brasil 67,57

Norte 51,69

Nordeste 50,44

Sudeste 82,79

Sul 62,41

Centro-Oeste 67,65

Fonte: IBGE.

a) É bastante acelerado o processo de urbanização brasi-leiro, que ocorre em todo o país, embora com variações.

b) Em três décadas ocorreu praticamente uma inversão percentual na distribuição rural/urbana.

c) Industrialização e urbanização são dois fenômenos que se completam, razão pela qual o crescimento ur-bano se restringiu aos centros industrializados.

d) Tão elevadas taxas de urbanização devem determi-nar sérios problemas de infraestrutura, sobretudo na periferia das cidades.

e) O crescimento percentual da população urbana foi mais acelerado nessas décadas do que o da população total.

10 (UFPR)

(...) As raízes da criminalidade são múltiplas e se en-roscam na história de um país com dimensões conti-nentais, padrões escandalosos de injustiça social e rá-pidas transformações. No plano sociológico, o bandi-tismo nas grandes cidades é considerado subproduto de um processo acelerado de urbanização. No mesmo movimento que levou milhões de pessoas do campo em direção às cidades, (...) esvaneceram-se referências que mantinham a antiga ordem (...)

Veja, 21 ago. 1996.

Em relação às causas que conduzem aos conflitos urba-nos, é correto afirmar:

(01) A modernização da agricultura e a baixa oferta de empregos na área rural, em relação ao crescimento demográfico, são as principais causas dos movi-mentos migratórios do campo para a cidade.

(02) As grandes metrópoles exercem um fascínio no homem rural, oferecendo, ilusoriamente, vida mais fácil e progresso social, contrapondo-se a uma vida miserável no campo, em minifúndios de baixa pro-dutividade.

(04) As desigualdades sociais, comuns nos centros ur-banos dos chamados países em desenvolvimento, trazem como consequência a criminalidade.

(08) A industrialização das metrópoles brasileiras é acompanhada de igual ritmo de humanização.

(16) A urbanização das cidades brasileiras segue o mo-delo dos países capitalistas, conhecido como urba-nização normal: a mecanização do campo libera mão de obra, e a industrialização cria empregos suficientes para absorvê-la.

11 (Unicamp-SP) Observe o gráfico que mostra a taxa média de crescimento geométrico anual no núcleo e na peri-feria das regiões metropolitanas brasileiras de 1980 a 1991 e responda às questões.

Soma: 01 + 02 + 04 = 7

Taxa %Núcleo Periferia

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Fonte: IBGE. Censos demográficos. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 16 set. 2009.

a) Que fenômeno está expresso nesse gráfico?

O crescimento periférico das metrópoles brasileiras

no período de 1980 a 1991. O núcleo apresentou

colapso na infraestrutura, o que fez com que a

população se deslocasse para municípios vizinhos,

que, consequentemente, tiveram maior crescimento.

b) Que fatores podem explicar essa situação?

Especulação imobiliária nos grandes centros, levando

a população a buscar imóveis mais baratos na

periferia; saturação das condições socioeconômicas

(emprego, serviços, saúde, moradia etc.);

deslocamento econômico para a periferia, gerando

empregos e atraindo contingentes populacionais;

melhor qualidade de vida.

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14 (UFRJ)

Durante muito tempo e à luz de teorias espaciais consagradas, as grandes cidades eram consideradas os lugares do crescimento, ao passo que o resto do país teria dificuldade para decolar.

Hoje, porém, apreciando a evolução de numerosos indicadores econômicos e sociais, propomos a ideia segundo a qual a situação atual dessas grandes cida-des pode ser legitimamente adjetivada como “invo-lução metropolitana”.

SANTOS, Milton. Por uma economia política da cidade: o caso de São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1994.

12 (UnB-DF) Nas cidades brasileiras, a população que vive em situação de miséria, definida pelo conjunto de pessoas com renda de até 1/4 do salário mínimo, tem aumentado significativamente, elevando-se de 9,4%, em 1980, para 14,8%, em 1990. Com relação às condições de vida nas cidades do Brasil, julgue os itens que se seguem e assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

( V ) Verifica-se a existência de dois circuitos econômi-cos: parte da população urbana participa das ati-vidades do setor formal da economia, enquanto a maioria vive das atividades relacionadas a um setor terciário informal.

( V ) Os bens e serviços urbanos, que têm seus custos pagos pela coletividade com o recolhimento de im-postos, são desigualmente distribuídos no espaço das cidades, existindo zonas extremamente caren-tes desses bens e serviços.

( V ) A especulação imobiliária é um processo socioes-pacial resultante do mecanismo de valorização da terra privada, a qual incorpora ao seu valor os be-nefícios da instalação de infraestrutura realizados pelo poder público.

13 (UFRJ)

A dupla face do lixoCom a expansão da sociedade de consumo, a produ-

ção de lixo vem crescendo a taxas elevadas em todo o mundo. Consequentemente, o destino que deve ser dado a esse lixo torna-se crucial.

Mas o lixo é, ao mesmo tempo, dejeto da sociedade e matéria-prima para novas atividades produtivas.

No Brasil, essas questões assumem graves propor-ções nos centros urbanos.

a) Apresente um problema decorrente do aumento da produção de lixo nas cidades brasileiras.

Entre os problemas, podem ser citados o lançamento

de resíduos nos cursos de água, com o consequente

assoreamento e a poluição de rios, baías e praias;

o mau odor e a proliferação de insetos e roedores

junto aos lixões, o que ameaça a saúde pública;

a desvalorização que esses lixões impõem às

propriedades vizinhas; os inconvenientes que a

coleta domiciliar causa ao tráfego urbano.

b) Indique uma atividade produtiva resultante do apro-veitamento do lixo.

A produção de adubos e fertilizantes; a produção de

papel reciclado; a utilização de aparas metálicas e

de madeiras como insumos para a indústria

metalúrgica e madeireira etc.

Brasil: população urbana residente em cidades com mais de 2 milhões de habitantes

Ano %

1950 32,07

1960 27,57

1970 25,41

1980 21,75

1991 17,04

Explique a redução percentual da população urbana re-sidente em cidades com mais de 2 milhões de habitantes, no período 1950/1991.

As grandes cidades vêm diminuindo seu poder de

atração sobre as correntes migratórias e perdendo a

capacidade de fixar a população residente.

A queda da qualidade de vida nas metrópoles, a

dispersão espacial das indústrias e as “deseconomias” de

aglomeração contribuíram para a redução da migração

rumo aos maiores centros urbanos em favor das cidades

de porte médio. Além disso, a difusão pelo território do

meio técnico-científico-informacional facilitou a

expansão da modernização pelo espaço e a dispersão

da população urbana.

15 (Uece) Leia com atenção o texto de Lúcio Kowarick.

O vertiginoso crescimento da metrópole, conjuga-do ao processo de retenção dos terrenos à espera de valorização, levou ao surgimento de bairros cada vez mais distantes.

A partir dessas ideias, pode-se afirmar que:

a) se acentua o processo de criação de “cidades-dormi-tórios”, verdadeiros acampamentos desprovidos de infraestrutura.

b) a morfologia urbana torna o caráter de cidade linear.c) se desloca para a periferia o processo de verticaliza-

ção da cidade.d) medidas públicas, no Brasil, com forte investimen-

to, levam a condições de deslocamento mais barato para trabalhadores da periferia.

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16 (UFPB) No processo brasileiro de urbanização, a apropria-ção da terra segue a tendência de sua valorização, aten-dendo aos interesses de reprodução do capital. Nessa lógica, observa-se, por um lado, que o uso do solo cau-sa efeitos na constituição das formas dos espaços cons-truídos nas cidades. Por outro lado, assinala-se que, na caracterização dessas paisagens, a valorização da terra promove impactos na organização dos espaços internos dos centros urbanos. Enfim, essas cidades apresentam paisagens próprias ou singulares, visíveis em sua orga-nização espacial, que se relacionam diretamente com a estrutura socioeconômica da população.

A partir do exposto, identifique e assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as consequências resultantes do processo de urbanização nas cidades brasileiras.

( V ) Segregação urbana, retratando a espacialização dos espaços orientados para fins de moradia, se-gundo os respectivos níveis de renda de cada fra-ção da população.

( V ) Segregação urbana, traduzindo a fragmentação do hábitat nas cidades, conforme a divisão da popula-ção em classes sociais, habitando zonas, bairros e outras áreas urbanas correspondentes.

( V ) Exclusão urbana, revelando a marginalização das áreas nos bairros mais pobres, como favelas e inva-sões, frente aos bairros de extrema riqueza e privi-legiados, realidade essa originada pela alta concen-tração de renda.

( F ) Articulação urbana, retratando a ligação dos bair-ros ao centro tradicionalmente de comércio e de serviços, por meio dos principais eixos de circula-ção, favorecendo, assim, um desenvolvimento di-nâmico e articulado de toda a economia urbana.

( F ) Integração urbana, demonstrando a ligação entre todas as zonas, bairros e demais áreas das cidades, independentemente do padrão de renda do con-junto de sua população, potencializando, assim, uma paisagem socialmente harmônica e dinâmica.

17 (Unesp)

A cidade de São Paulo comemorou 456 anos. Cortada pelos rios Tamanduateí, Pinheiros, Tietê e afluentes, vem apresentando problemas estruturais que agravam as enchentes que ocorrem em seus leitos. Há relatos desses períodos de cheias, em 1820, escritos por José Bonifácio: “miserável estado em que se acham os rios Tietê e Tamanduateí, sem margens nem leitos fixos, sangrados em toda parte por sarjetas, que formam lagos que inundam esta bela planície”, indicando preocupa-ção com o transbordamento de suas margens.

O Estado de S. Paulo, 24 jan. 2010. (Adaptado.)

A partir da leitura do texto, identifique os problemas es-truturais que poderiam acentuar as enchentes.

I. Despejo desordenado do lixo urbano

II. Impermeabilização do solo urbano

III. Ampliação de áreas verdes

IV. Crescimento de loteamentos junto aos cursos fluviais

V. Expansão da rede de circulação viária em avenidas de fundo de vale

Assinale a alternativa que indica todos os reais proble-mas estruturais apresentados, que acentuam as enchen-tes da cidade de São Paulo no século XXI.

a) I, IV e V d) II, III e IV

b) II, III, IV e V e) I, III e V

c) I, II, IV e V

18 (UFPA) Anualmente, os jornais estampam em suas ca-pas notícias sobre enchentes e deslizamentos ocorridos em várias cidades brasileiras, como mostrado na foto, referente às enchentes que aconteceram na cidade de São Paulo no início deste ano.

A alternativa que explica as causas das enchentes e dos deslizamentos nas grandes cidades é:

a) A dinâmica da natureza foge ao controle do homem, não havendo condições de previsão das chuvas an-tes dos seus impactos, principalmente nas grandes cidades. Essa falta de controle impossibilita o plane-jamento de ações preventivas sobre inundações e deslizamentos de encostas.

b) Os erros de previsão meteorológica para o país são frequentes. Isso se deve à pouca quantidade de sa-télites de monitoramento das condições climáticas, bem como à defasagem tecnológica dos existentes. Dessa forma, por falta de informações para a popula-ção, não há prevenção dos problemas.

c) A construção das cidades e a expansão urbana ocor-reram à custa da redução das áreas verdes, da imper-meabilização do solo e da retificação do leito dos rios, o que aumentou o escoamento das águas pluviais e vem causando enchentes nas áreas de baixa topogra-fia e deslizamentos nas encostas de morros.

d) As consequências das enchentes são explicadas ape-nas pelo aumento da quantidade de umidade no pe-ríodo do verão. Trata-se de fatores eminentemente naturais, portanto não há relação direta entre as en-chentes e os processos de artificialização da nature-za, tão característicos do espaço urbano.

e) Os deslizamentos de terra, principalmente os ocorri-dos nas grandes cidades, são decorrentes de causas geológicas em alguns tipos de rochas sedimentares, de formação recente, cuja estrutura não é suficiente-mente consolidada para suportar as edificações.

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19 (UEL-PR) Leia o texto e responda à questão.

No Brasil, o futebol começou oficialmente em 1894, quando as primeiras bolas aqui chegaram pelas mãos de Charles Miller, um brasileiro que, naquele ano, re-tornava da Inglaterra, onde fora estudar.

Era necessário ter recursos para adquirir as chutei-ras e dividir as despesas com a compra das bolas e dos uniformes. Por isso, inicialmente o jogo só era praticado por rapazes ricos. Se, por um lado, o fute-bol crescia nos clubes organizados, por outro tam-bém aumentava o número de seus praticantes em campos improvisados. Em São Paulo, nas margens dos rios Pinheiros e Tietê, na atual baixada do Gli-cério, ou no vale do riacho Pacaembu, havia incon-táveis campos de futebol, que, por aproveitarem as várzeas dos rios, acabaram sendo qualificados como “futebol varzeano”. Hoje, essa é a denominação da-quele futebol jogado por times de bairros ou peque-nos clubes, não necessariamente em várzeas.

WITTER, J. S. Breve história do futebol. São Paulo: FTD, 1996. p.10-18. (Adaptado.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre as regiões metropolitanas no Brasil, considere as afirmativas a seguir.

I. O convívio social das camadas populares no proces-so de urbanização proporcionou a disseminação do futebol varzeano como forma de apropriação cole-tiva de áreas não edificadas do espaço urbano.

II. As várzeas, por suas características topográficas e hi-drológicas, são naturalmente desfavoráveis a grande parte das formas de uso do solo urbano.

III. Muitas várzeas localizadas nas áreas centrais dessas regiões foram transformadas em vias de trânsito rápido, anéis viários e outras infraestruturas de cir-culação.

IV. A impermeabilização da cobertura do solo devido à prática do futebol em campos improvisados mul-tiplicou o problema das enchentes nas regiões me-tropolitanas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

20 (UFPR) Uma reportagem publicada na revista Veja (ed. 2180, ano 43, n. 35, de 1o set. 2010, p. 76-77) e inti-tulada “A força das cidades médias” afirma que a cidade paranaense de Londrina é um exemplo do sucesso do interior do país. Segundo a revista, Londrina rompeu a barreira dos 500.000 habitantes em 2009. Deixou de ser, portanto, uma cidade média, para se tornar a irmã caçula das quarenta metrópoles nacionais – aquelas com mais de meio milhão de moradores. Considerando o conteúdo tratado na reportagem, sob a perspectiva geográfica, leia as afirmativas:

1. O crescimento populacional de Londrina na atualidade é explicado pelo elevado fluxo migratório de origem ru-ral e destino urbano, também denominado êxodo rural.

2. A definição de uma metrópole se faz por meio do cri-tério populacional. Toda cidade que atinge 500 mil habitantes é automaticamente elevada à categoria de metrópole.

3. Embora Londrina apareça no texto da reportagem identificada como uma metrópole nacional, ela é posicionada pelo IBGE (2008) no âmbito do Regic (Região de Influência das Cidades) como uma Capital Regional.

4. A classificação dos centros urbanos de uma determi-nada rede urbana em diferentes níveis é denominada hierarquia urbana.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.

b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

21 (Fuvest-SP)

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Regiões

De�cit habitacionalpor região

Participação no PIB nacionalpor região

Regiões

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BRASIL

Desde o final da década de 1970, no Brasil, os movimen-tos sociais urbanos têm reivindicado o chamado Direito à Cidade, em que a moradia é elemento fundamental. Acerca desse tema, considere os gráficos, seus conheci-mentos e as seguintes afirmações:

I. A região Sudeste responde por mais da metade do PIB nacional, sendo, porém, a região com maior deficit habitacional. Consequentemente, forte con-centração de capital não significa acesso à moradia.

II. A região Nordeste tem o segundo maior deficit habi-tacional e a terceira maior participação no PIB nacio-nal. Isso significa que a histórica desigualdade social nessa região foi superada.

III. A região Norte tem o segundo menor deficit habita-cional e a menor participação no PIB nacional. Isso significa que o deficit habitacional é um problema desvinculado da produção/distribuição de riqueza.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas. d) II e III, apenas.

b) I e II, apenas. e) I, II e III.

c) I e III, apenas.

Fonte: IBGE, 2006/2007.

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O Movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) não é a única organização que, no Brasil atual, con-grega ocupantes de imóveis vazios e abandonados. Há outras, como o MSTC (Movimento dos Sem-Teto do Centro) de São Paulo. Contudo, o MTST é a orga-nização mais importante.

SOUZA, M. L.; RODRIGUES, G. B. Planejamento urbano e ativismos sociais. São Paulo: Unesp, 2004. p. 96-97.

ESTUDANDO Brasil: urbanização

para o eNeM

H18

H10

H26

A evolução populacional das cidades brasileiras1872 1900 2000

Cidade População Cidade População Cidade População

Rio de Janeiro 274.972 Rio de Janeiro 691.565 São Paulo 10.406.166

Salvador 129.109 São Paulo 239.820 Rio de Janeiro 5.850.544

Recife 106.671 Salvador 205.813 Salvador 2.440.886

Belém 61.997 Recife 113.106 Belo Horizonte 2.229.697

Niterói 47.548 Belém 96.560 Fortaleza 2.138.234

Porto Alegre 43.998 Porto Alegre 73.674 Curitiba 1.586.898

Fortaleza 42.458 Niterói 53.433 Recife 1.421.947

Cuiabá 35.987 Manaus 50.300 Manaus 1.403.796

São Luís 31.604 Curitiba 49.755 Porto Alegre 1.359.932

São Paulo 31.385 Fortaleza 48.639 Belém 1.279.861

Fonte: SCARLATO, F. C. População e urbanização brasileira. Em: ROSS, J. L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 426.

1

c) em São Paulo, existem dois movimentos de sem-teto, indicando que os problemas urbanos da capital do estado são muito maiores que nas capitais dos ou-tros estados brasileiros.

d) as cidades possuem muitos terrenos vazios e sem proprietários, e, por isso, ocorrem as ocupações.

e) os problemas habitacionais persistem nas grandes cidades.

3 (Enem)

Subindo morros, margeando córregos ou pendura-das em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade.Disponível em: <www.revistaescola.abril.com.br>.

Acesso em: 31 jul. 2010.

A situação das favelas no país reporta a graves proble-mas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma característica comum a esses espaços tem sido:

a) o planejamento para a implantação de infraestrutu-ras urbanas necessárias para atender às necessidades básicas dos moradores.

b) a organização de associações de moradores interes-sadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo poder público.

c) a presença de ações referentes à educação ambien-tal, com consequente preservação dos espaços natu-rais circundantes.

d) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos, com consequentes perdas materiais e humanas.

e) o isolamento socioeconômico dos moradores ocu-pantes desses espaços, com a resultante multiplica-ção de políticas que tentam reverter esse quadro.

Na tabela aparecem os municípios (o autor utiliza o termo “cidade”) mais populosos do Brasil em três mo-mentos distintos. Escolha a alternativa que indica uma modificação e a sua explicação correta.

a) Sete das maiores cidades do Brasil em 1872 eram da região Nordeste e do Rio de Janeiro, indicando a importância do ciclo da cana, do café e da borracha para o crescimento populacional.

b) Niterói perdeu importância após a construção da pon-te Rio-Niterói, pois esta permitiu que a população se deslocasse permanentemente para o Rio de Janeiro.

c) São Paulo, que era o último da lista (décimo lugar) em 1872, estava no topo em 2000, devido aos ciclos do café e, principalmente, à industrialização, que atraiu grandes contingentes de outros estados.

d) Manaus e Belém aparecem na lista porque o ciclo da borracha atraiu população originária do Nordeste, mas, após esse período, nenhuma medida foi toma-da para atrair a população para a Amazônia.

e) Todos os municípios indicados na tabela apresen-taram forte aumento populacional, indicando um crescimento homogêneo da economia de todas as regiões do Brasil.

2

Com base na leitura do texto, pode-se concluir que:

a) as cidades são espaços democráticos que permitem ampla mobilização popular e forte participação polí-tica decorrentes da igualdade social nelas verificada.

b) se há imóveis vazios e abandonados, não existe falta de habitações, e sim excesso.

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OCEANOATLÂNTICO

OCEANOPACÍFICO

50°

Trópico de Capricórnio

Equador

CuritibaLondrina

Campinas

Baixada SantistaMaringá São Paulo

Rio de Janeiro

Vitória

Salvador

Aracaju

Maceió

RecifeJoão Pessoa

Natal

FortalezaSão LuísBelémManaus

Vale do RioCuiabá

BeloHorizonte

e colarmetropolitano

Vale do açoe colar

metropolitanoGoiânia

SudoesteMaranhense

Porto Alegre

Macapá

Colar metropolitano eárea de expansão

Região metropolitana

REgIÕES mETROPOLITANAS

 Fonte: IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 14 out. 2011.

Analise o mapa e indique a alternativa correta.

a) A região Centro-Sul apresenta um grande número de regiões metropolitanas.

b) A região Norte e a Centro-Oeste não possuem ne-nhuma região metropolitana.

c) Todas as regiões metropolitanas do Nordeste tam-bém são capitais de estado.

d) A maioria das regiões metropolitanas está a oeste do Brasil.

e) As regiões metropolitanas só aparecem em unidades da federação que possuem mais de 6% da população total do Brasil.

5Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001

Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, de-nominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, en-tendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

(...)XII – proteção, preservação e recuperação do meio

ambiente natural e construído, do patrimônio cultu-ral, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

(...)Disponível em: <www.planalto.gov.br>.

Acesso em: 14 out. 2011.

No texto são citados trechos do Estatuto da Cidade, de 2001. Decorridos mais de dez anos, pode-se afirmar que:

a) o estatuto foi aplicado integralmente, pois não exis-tem mais problemas ambientais nas cidades.

b) o estatuto proporcionou maior conscientização de todos os cidadãos, pois não existem mais depreda-ções ou pichações nas cidades.

c) o estatuto acabou com os espaços vazios e com a es-peculação imobiliária nas áreas urbanas.

d) apesar de o estatuto estabelecer normas sobre o uso social do solo urbano, a ocupação e a preservação do patrimônio histórico e a proteção ambiental, as cidades ainda apresentam graves problemas sociais e ambientais.

e) a participação democrática da sociedade no planeja-mento urbano é estimulada pelo poder público muni-cipal e já é praticada na maioria das cidades brasileiras.

6 À pobreza urbana e à segregação residencial podem ser acres centados outros problemas (...). Um deles é o da degradação ambiental, em relação à qual, aliás, se percebe, em cidades como as brasileiras, uma inte-ração entre problemas sociais e impactos ambientais de tal maneira que vários problemas ambientais, que irão causar tragédias sociais (como des moronamentos e deslizamentos em encostas, enchentes e poluição at-mosférica), têm origem em problemas sociais ou são, pelo menos, agravados por eles. Às vezes, os próprios pobres são imediatamente responsáveis por certos impactos, conquanto não o sejam em última instân-cia (por exemplo, não seria justo nem correto culpar simples mente os pobres que desmatam e perturbam a drenagem natural em uma encosta urbana para construir casas de favela sem levar em con sideração o contexto econômico-social que os induz a isso). Por outro lado, aqueles que, em última análise, menos são responsáveis pelos impactos ambientais, já que não pertencem à elite dominante da sociedade, são, tam-bém, aqueles que menos ganham com as ativi dades que geram os impactos e, por fim, os que menos têm condições de se proteger dos efeitos sociais negativos dos impactos ambientais.

SOUZA, M. L. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. p. 84-85.

Indique a afirmação que melhor se relaciona com o texto.

a) A degradação ambiental é exclusivamente culpa dos pobres, pois eles jogam lixo nas ruas e nos rios, o que resulta em enchentes e escorregamentos de terra.

b) A especulação imobiliária e o alto preço dos imóveis levam as populações de baixa renda a ocupar áreas inadequadas, como várzeas e encostas íngremes, es-tando vulneráveis a enchentes e escorregamentos.

c) A melhor solução seria proibir que os pobres ocu-passem áreas que não lhes pertencem e impedir que eles, mesmo sendo proprietários, ocupem encostas e várzeas, além de ensiná-los a morar dignamente.

d) As elites nunca sofrem nenhum impacto ambiental urbano.

e) As populações pobres só resolverão os seus problemas caso se mudem para outra grande cidade do Brasil.

H6

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ESTUDANDO População mundial

Para o vestIbULAr

continuam concentrando e centralizando os capitais.

Nesse mesmo processo, distribui de maneira

seletiva e fragmentada os investimentos produtivos

e os capitais financeiros em pontos dos territórios

dos países subdesenvolvidos do Sul, ao mesmo

tempo que deixa o restante desses territórios

ou países inteiros entregues à sua própria sorte

(estagnação econômica, pobreza, desemprego etc.).

Essa tessitura de produção ou reprodução das

desigualdades socioeconômicas e espaciais

impulsiona os fluxos migratórios, notadamente

os motivados por causas econômicas, dos

países subdesenvolvidos do Sul para os

desenvolvidos do Norte.

c) Por que, apesar das facilidades oferecidas à circula-ção, pela implantação dos aparatos tecnológicos nos territórios, as fronteiras se fecham para esses homens e mulheres?

A geografia da globalização, representada pelos

modernos meios de informação e de transportes,

entre outros, foi montada para facilitar os fluxos

econômicos e financeiros, mas não para a circulação

da mão de obra, representada especialmente

por pessoas pobres, desempregadas e de baixa

instrução, que se tornam, inclusive, desnecessárias

para a lógica do capital. Para inibir ou conter o fluxo

dessas pessoas do Sul subdesenvolvido –

consideradas mão de obra que concorre com a

população originária daquele país aos postos de

trabalho e peso para os serviços de atendimento

social (saúde, educação, habitação etc.) –, os países

do Norte desenvolvido reforçam o policiamento de

suas fronteiras, erguem muros de contenção (como o

mostrado na imagem), endurecem suas leis de

imigração, prendem e deportam os que se aventuram

a entrar sem permissão em seus territórios etc.

Mexicano tenta pular a cerca que separa seu país dos Estados Unidos.Fonte: Le Monde Diplomatique Brasil, n. 9, abr. 2006.

Com a revolução técnico-científica e a desregulamen-tação dos territórios e dos mercados promovida pela re-forma neoliberal dos Estados, o processo de globaliza-ção se impõe e se amplia. A velocidade da informação e dos transportes facilita a circulação mundial de ser-viços, produtos, ideias etc. Contudo, “as fronteiras se abrem para os produtos e se fecham para os homens”.

SOUSA, Maria Adélia A. de. Geografia das desigualdades: globalização e fragmentação. Em: SANTOS, Milton et al.

Território: globalização e fragmentação. São Paulo: Annablume, 2002. p. 24.

Relacione a figura e o recorte de texto, e responda:

a) De onde partem e para quais espaços se direcionam os principais fluxos migratórios atuais?

Partem, geralmente, dos países do Sul

subdesenvolvido para os do Norte desenvolvido;

ou então de países mais pobres do Sul para outros

vizinhos com economias mais dinâmicas. Nesse

contexto, são características as correntes migratórias

de africanos para a Europa, de latino-americanos

para os Estados Unidos, de asiáticos de diversas

partes do continente para os Estados Unidos, a

Europa, o Japão e, eventualmente, a Austrália e

a Nova Zelândia.

b) Por que a globalização capitalista é a principal res-ponsável pela ativação desses fluxos?

A globalização capitalista reforça a supremacia

econômica dos países desenvolvidos − como os

Estados Unidos, a União Europeia e o Japão −, que

GA

RY

WIL

LIA

MS

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TTY

IMA

GE

S

1 (UFCG-PB) Observe a figura e leia o texto abaixo.

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2 (Ufal) Observe o gráfico a seguir. Pelos dados nele con-tidos, é correto dizer que se trata da representação:

Recursosnaturais

População

a) de um argumento da Geografia Crítica quanto à questão do crescimento da população economica-mente ativa.

b) da teoria de Marx sobre o capitalismo e os recursos naturais.

c) de um argumento favorável à teoria da luta de classes.d) de uma hipótese do Possibilismo Geográfico.e) da teoria de Malthus.

3 (Unifal-MG)

O crescimento demográfico não é causa primeira do subdesenvolvimento, mas ele contribui podero-samente para o desenvolvimento das contradições econômicas, sociais e políticas. O número de cam-poneses sem-terra e dos desempregados não cessa de crescer, certamente para o maior lucro, a curto pra-zo, dos industriais e proprietários fundiários, mas as tensões sociais não param de se ampliar. O aumento da população não é excessivo senão em relação a um crescimento econômico restrito, e o impulso demo-gráfico não teria tomado tal velocidade e engendrado tais dificuldades se a natalidade tivesse progressiva-mente sido reduzida pelos efeitos de um desenvolvi-mento econômico e social.

LACOSTE, Ives. Geografia do subdesenvolvimento. São Paulo: Difel, 1985. p. 119-126.

Com base nesse fragmento e nas teorias sobre esse as-sunto, considere as afirmativas abaixo.

I. O autor retrata as ideias da teoria neomalthusiana, que se caracteriza pela explícita oposição às ideias malthusianas.

II. O autor propõe a adoção de uma política antinata-lista rigorosa sem a qual não seria possível o desen-volvimento socioeconômico.

III. A solução para os problemas sociais e econômicos não se pode basear, unicamente, na limitação dos nasci-mentos e, sim, em uma melhor distribuição de renda, o que melhora a qualidade de vida da população.

Marque a alternativa correta.

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas II está correta.

c) Apenas III está correta.

d) Apenas I e III estão corretas.

4 (Unesp) Pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizadas na década de 1980, revelaram que 97% da população dos países industrializados têm acesso à água tratada, enquanto apenas 35% da população dos países em desenvolvimento têm esse benefício. Os grá-ficos representam índices de mortalidade infantil (I), e acesso à água tratada (II), em alguns países.

Índice de mortalidadeinfantil (%)

Acesso à água tratada (%)

AfeganistãoSerra Leoa

0 5 10 15 20 0 5 10 15 20

MaliEtiópiaHaitiZimbábueMéxicoTailândia

Argentina

EUAFrança

I II

Fonte: UNICEF. State of the World’s Children, 1984. Em: CHANDLER, William U. Investing in Children, Worldwatch Paper 64. Washington, DC: Worldwatch Institute, 1985.

a) Descreva as tendências observadas nos gráficos I e II.

Quanto menos acesso à água, maiores as taxas

de mortalidade infantil (países subdesenvolvidos).

b) Com base nos dados, agrupe os países relacionados em duas grandes categorias, caracterizando-as.

Desenvolvidos ou em desenvolvimento − Estados

Unidos, França, Argentina, México, Tailândia.

Subdesenvolvidos − Afeganistão, Serra Leoa, Mali,

Etiópia, Haiti, Zimbábue.

5 (UEL-PR) Considere a tabela a seguir.

MORTALIDADE INFANTIL E PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO COM ACESSO À ÁGUA TRATADA (1982)

A partir da análise da tabela e de seus conhecimentos sobre a população mundial, é possível afirmar que:

a) a maior parte dos países europeus tem estrutura etá-ria semelhante aos dados das colunas I e II.

b) os países que apresentam dados semelhantes aos das colunas I e II estão passando por uma fase de rejuvenescimento.

Distribuição etária da populaçãoem alguns países (em %)

I II III IV

Jovens 31,1 26,6 56,1 50,8

Adultos 52,2 53,0 38,4 42,9

Idosos 16,7 20,4 5,5 6,3

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c) embora com estruturas etárias diferentes, os países que apresentam dados semelhantes aos das colunas II e III têm percentuais de população ativa semelhantes.

d) todos os países que apresentam dados semelhantes aos das colunas III e IV estão passando por uma fase de envelhecimento.

e) somente países africanos têm estrutura etária seme-lhante aos dados das colunas III e IV.

6 (UFPE, adaptada) No estudo das populações humanas, convencionou-se representar a composição etária por meio da pirâmide de idades. As pirâmides A e B repre-sentam a realidade de dois grupos de países: os desen-volvidos e os subdesenvolvidos. Dessa forma, analisan-do-se os dois gráficos, pode-se afirmar:

+ de 80

71-80

61-70

51-60

41-50

31-40

21-30

11-20

0-10

x1.000 x1.000 x1.000 x1.000

4 3 2 1 1 2 3 4 456 3 2 1 1 2 3 4 5 6

+ de 70

61-70

51-60

41-50

31-40

21-30

11-20

0-10

A

H M H M

B

( ) A pirâmide B representa a realidade de países de-senvolvidos, possuindo base larga que vai se es-treitando à proporção que se aproxima do ápice.

( ) As alterações que vêm ocorrendo na taxa de fe-cundidade da população brasileira terão um refle-xo na pirâmide etária do país.

( ) A maior expectativa de vida está expressa na pirâ-mide B.

( ) Países como os Estados Unidos, a Alemanha e a França apresentam uma baixa taxa de natalidade, inferior a vinte por mil, e uma taxa de mortalidade também baixa, inferior a doze por mil. A pirâmide etária desses países é semelhante à pirâmide A.

( ) A existência de uma elevada porcentagem de po-pulação jovem nos países novos é o resultado da queda observada, no pós-guerra, na taxa de mor-talidade, sem que tenha havido uma correspon-dente queda da taxa de natalidade. Tal situação é representada pela pirâmide A.

7 (UFPR) Sobre a situação demográfica do mundo, é cor-reto afirmar que:

(01) Entre os anos 1960 e 1980 houve brusca aceleração do ritmo de crescimento demográfico, sobretudo nos países subdesenvolvidos.

(02) Na segunda metade do século XIX, ocorreu forte re-dução no crescimento demográfico mundial, causa-da por epidemias, fome e guerras.

(04) Atualmente há certa homogeneidade nos países desenvolvidos com relação ao baixo crescimento de-mográfico.

(08) Na América Latina, as altas taxas de natalidade estão vinculadas às tradições familiares, ao casamento e à gravidez precoces e às normas religiosas.

(16) Nos últimos dez anos a população mundial, em valores absolutos, estacionou em três bilhões de habitantes.

Soma: 01 + 02 + 04 + 08 = 158 (UFC-CE) Relacione os 3 (três) aspectos relativos à popu-

lação abordados pela Geografia.

Taxa de fecundidade; expectativa de vida; taxa de

crescimento populacional com base na relação entre

natalidade e mortalidade.

9 (Cesgranrio-RJ) Observe a pirâmide de idade a seguir, de meados dos anos 1960, na qual estão indicadas as faixas etárias de homens e mulheres, as datas de nascimento e respectivos percentuais. Assinale a opção que contém uma interpretação incorreta a respeito das condições demográ-ficas/econômico-sociais do país em questão:

1874

1884

1894

1904

1914

1924

1934

1944

1954

1964400 400300 300200 200100 1000 0

1874

1884

1894

1904

1914

1924

1934

1944

1954

1964

95908580757065605550454035302520151050

a) Trata-se de um país desenvolvido economicamente.

b) A nação apresenta tendência à diminuição da natalidade.

c) As reentrâncias na pirâmide indicam ter estado essa na-ção seriamente envolvida nas duas guerras mundiais.

d) A expectativa de vida é elevada, embora sejam altos os índices de mortalidade infantil.

e) Revela-se certo desequilíbrio entre os sexos nas ida-des mais elevadas, confirmando-se a menor longevi-dade dos homens.

10 (UFPB) O gráfico abaixo descreve o processo imigratório nos Estados Unidos, no período de 1820 a 1990.

9

8

7

6

5

4

3

2

1

030 40 50 60 70 80 90 10 20 30 40 50 60 70 80 90

1820

1900

Milh

ões

de im

igra

ntes

Acerca desse processo, é incorreto afirmar que:

a) os europeus formaram o principal contingente imi-gratório norte-americano do século XIX.

V

F

V

F

F

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b) o decréscimo da imigração nos Estados Unidos, nas três primeiras décadas do século XX, explica-se pela recessão da economia norte-americana nessa fase.

c) a maior parcela dos imigrados nos Estados Unidos, nos últimos cinquenta anos, é representada por lati-no-americanos.

d) o crescimento da imigração nos Estados Unidos, na segunda metade do século XX, deve-se a uma polí-tica de privilégios e incentivos aos estrangeiros que pretendem trabalhar naquele país.

e) a atual crise de emprego no mundo tem acirrado as lu-tas entre as diversas etnias que hoje habitam o territó-rio norte-americano, fenômeno que se aguça com a ra-pidez do crescimento da imigração nos Estados Unidos.

11 (Unioeste-PR)

A solução malthusiana para o crescimento popu-lacional residia na expressão moral restraint. A con-tenção moral significava adiar a data do casamento e adotar uma estrita abstinência sexual. Pessimista, o autor não achava, contudo, que tal fosse possível.

SCLIAR, Moacyr. A bomba demográfica. Folha de S.Paulo, 15 nov. 1998.

Sobre a questão populacional, é correto afirmar que:

(01) o autor a que se refere Scliar, o reverendo Malthus, sustentava a tese segundo a qual os meios de subsis-tência crescem em proporção aritmética, enquanto a população cresce em proporção geométrica.

(02) em seu ensaio, sobre o princípio da população, Malthus defendia a ideia de que, abandonada a si própria, a humanidade acabaria consumindo os re-cursos do planeta.

(04) os problemas relacionados à fome no planeta estão diretamente relacionados à confirmação das teses levantadas pelo reverendo Malthus.

(08) o envelhecimento da população mexe com o sistema público da saúde, já que as doenças da velhice são crônicas e degenerativas, de tratamento mais caro.

(16) depois dos anos 1960, a emancipação da mulher e a pílula anticoncepcional facilitaram o planejamento familiar, alterando-se padrões de comportamento populacional.

(32) as transformações determinadas pela industrializa-ção e pela urbanização não tiveram qualquer efeito sobre a queda das taxas de mortalidade.

Soma: 01 + 02 + 08 + 16 = 27

12 (UFRJ, adaptada) Quando o reverendo Thomas Malthus, ministro da Igreja anglicana (1766-1834), publicou sua obra Ensaio sobre o princípio da população, a Inglaterra experimentava as transformações da Primeira Revolução Industrial. Naquele momento, a população mundial era constituída de aproximadamente 1 bilhão de ha-bitantes, e a pobreza e a fome eram fatos preocupan-tes. Atualmente estamos vivendo a Terceira Revolução Industrial e, neste ano de 1999, a população mundial atinge os 6 bilhões de habitantes, diante de um quadro global de grandes desigualdades socioeconômicas e ameaças ao meio ambiente.

Para Malthus, naquela época, a pobreza e a fome seriam resultados do desequilíbrio entre o ritmo de crescimento da população e a capacidade de produção de alimentos. Hoje, para os novos malthusianos, que adotam um dis-curso alarmista, a redução do crescimento das popula-ções nos países periféricos reduziria o número de pobres e famintos, assim como diminuiria a pressão da popula-ção sobre os recursos que a Natureza pode oferecer.

A partir do texto, explique por que a previsão de Malthus não se concretizou.

Malthus subestimou o dinamismo dos avanços técnicos

e científicos, como aqueles que permitiriam o aumento

da produtividade na agricultura, o crescimento da

produção de alimentos e o controle da natalidade.

13 (Unicamp-SP)

0 2.500 km

1234

EXPECTATIVA DE VIDA

Fonte: Banco Mundial, 1994.

1 − 50 anos ou menos 3 − 61 a 70 anos

2 − 51 a 60 anos 4 − 71 anos ou mais

a) Além da Europa ocidental e da América anglo-saxô-nica, quais as regiões do mundo onde há maior ex-pectativa de vida?

América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile),

Oceania (Austrália e Nova Zelândia) e Ásia (Japão).

b) Explique por que essas regiões são as que apresen-tam maior expectativa de vida.

Oceania e Ásia: processo de expansão industrial

com crescimento urbano. Argentina, Uruguai e

Chile: elevados índices de urbanização garantidos

pelo desenvolvimento industrial e pelo turismo.

Europa ocidental e América anglo-saxônica:

urbanização e industrialização no século XIX.

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14 (FGV-SP) Analise a informação do esquema que se se-gue e responda:

GazaPessoas por km2 nos assentamentos e outras áreas controladas por israelenses. Em 2005 Israel começa a retirar suas colônias, controlando,todavia, o acesso a esse território palestino.

1.178.000 palestinos tinham,até 2005, acesso a

60% do território

5.451 pessoas por km2 48 pessoas por km2

6.900 colonos judeus tinham até 2005, acesso

a 40% do território

60%40%

Fonte: SMITH, Dan. Atlas dos conflitos mundiais. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. p. 67.

a) Cite e explique dois conceitos demográficos abrangi-dos pelo contexto ilustrado.

Os dois conceitos demográficos são: população

absoluta – número total de habitantes de um lugar;

população relativa ou densidade demográfica – é

a população absoluta dividida pela área do lugar.

b) Diferencie os conceitos de área populosa e área po-voada, ilustrando com os exemplos da Faixa de Gaza e dos assentamentos judeus.

Comparando Gaza e os assentamentos judeus, é

possível afirmar que a região de Gaza é populosa

(possui grande população absoluta) e é muito povoada

(possui elevadíssima densidade demográfica),

enquanto os assentamentos judeus podem ser

caracterizados como pouco populosos e pouco

povoados (pequena população absoluta e baixa

densidade demográfica, em comparação a Gaza).

c) Discorra sobre um aspecto geopolítico e um aspecto cultural-religioso que estão na base do conflito árabe-israelense e que se refletem nesse desequilí-brio demográfico.

Aspecto geopolítico: parte da população de

origem árabe-palestina foi retirada do que hoje

é considerado território de Israel e enviada para

Gaza, como forma de manter a população judaica

superior à de árabes muçulmanos de origem

palestina em Israel.

Aspecto cultural-religioso: os palestinos são

predominantemente árabes muçulmanos enquanto

os assentamentos são ocupados predominantemente

por judeus.

15 (Unesp) Analise o gráfico sobre a evolução ocorrida e a perspectiva de crescimento da população mundial no período de 1950 a 2050.

Em milhões de habitantes

África

Ásia

AméricaLatinae Caribe

Américado Norte

Europa

Oceania

1950 2005

728

331

438

653

2050

547

172

13

167

22433

561

906

48

Mundo

2.519

6.464

9.076

5.2173.905

1.396

783

1.937

POPULAÇÃO MUNDIAL (1950-2050)

Fonte: DURAND, Marie-Françoise et al. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo, 2009. (Adaptado.)

A partir da análise do gráfico, pode-se afirmar que:

a) a população da América do Norte apresenta um ex-pressivo crescimento populacional no período de 1950 a 2050, superando a taxa de crescimento da África.

b) a Ásia apresenta o maior total absoluto da população mundial, mas perde para a Oceania no ritmo do cres-cimento populacional em termos relativos, em todo o período analisado.

c) a Europa, no período de 2005 a 2050, projeta um cres-cimento negativo, com índices que mostram uma re-dução populacional.

d) a África apresenta o menor crescimento em termos absolutos no período de 1950 a 2050, perdendo sua posição de segunda colocada entre as regiões mais populosas do mundo.

e) a América do Norte apresenta o maior crescimento populacional em termos absolutos no período de 1950 a 2050 e é mais populosa do que a América Latina e Caribe.

16 (Fuvest-SP)

Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo. O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mos-tra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia.

Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agri-cultura e Alimentação [FAO], primeiro semestre de 2009.

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Tendo em vista as questões levantadas pelo texto, é cor-reto afirmar que:

a) a principal causa da fome e da subnutrição é a falta de terra agricultável para a produção de alimentos necessários para toda a população mundial.

b) a proporção de subnutridos e famintos, de acordo com os dados do texto, é inferior a 10% da popula-ção mundial.

c) as principais causas da fome e da subnutrição são disparidades econômicas, pobreza extrema, guerras e conflitos.

d) as consequências da subnutrição severa em crianças são revertidas com alimentação adequada na vida adulta.

e) o uso de organismos geneticamente modificados na agricultura tem reduzido a subnutrição nas regiões mais pobres do planeta.

17 (UFT-TO) O número de refugiados em todo o mundo aos cuidados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR/ONU) está em cerca de 10,4 milhões de pessoas, como apontam os últimos dados divulgados pelo ACNUR, em 2010. A seguir estão lista-dos os 10 (dez) principais países de refúgio e de origem dos refugiados, segundo o ACNUR:

Principais países de refúgio Principais países de origem

1. Paquistão Afeganistão

2. República Islâmica do Irã Iraque

3. República Árabe Síria Somália

4. AlemanhaRepública Democrática do Congo

5. Jordânia Mianmar

6. Quênia Colômbia

7. Chade Sudão

8. China Vietnã

9. Estados Unidos Eritreia

10. Reino Unido Sérvia

Fonte: ACNUR, 2010.

Pelos dados apresentados no quadro, é correto afirmar que:

a) o continente americano teve o maior número de países de refúgio entre os 10 (dez) principais apon-tados pelos dados do ACNUR em 2010, dada a esta-bilidade econômica e a existência de uma democra-cia consolidada.

b) o continente europeu, dada a estabilidade financeira e política, é a porção do globo que mais recebe refu-giados, o que explica que países europeus estejam entre a maioria apontada entre os 10 (dez) principais países de refúgio do ACNUR.

c) a ausência de países da Oceania na lista dos 10 (dez) principais países de refúgio e de origem de refugia-dos implica em afirmar que esse continente é uma área do globo ausente de conflitos e envolvimentos políticos com a população de refugiados.

d) os continentes asiático e africano são áreas do glo-bo onde os conflitos étnicos, culturais, econômicos e políticos ocorrem com grande intensidade, o que faz com que concentrem o maior número de países de origem de refugiados.

e) os conflitos étnicos, políticos, religiosos e econômi-cos reorganizam a todo instante as fronteiras políti-cas entre os Estados-nações, tendo a distribuição da população de refugiados em todo o mundo influen-ciado diretamente nesse processo.

18 (Unesp) Analise o mapa.

A GRANDE MIGRAÇÃO TRANSATLÂNTICA, FINAL DO SéC. XIX E INÍCIO DO SéC. XX

Equador

Mer

idia

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reen

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Boston

Nova Iorque

DetroitChicagoSão

Francisco

Brasil

Escandinávia

RússiaIrlândaGrã-Bretanha

Alemanha

FrançaEspanha

Portugal Itália

Áustria -Hungria

EstadosUnidos

Canadá

Japão

China

Argentina

Buenos Aires

Rio de JaneiroSão Paulo

17.500.000

5.000.000

2.000.000

menos de500.000

Polos e regiões imigratórias

Número de migrantes

ArgentinaCuba

Estados UnidosCanadá

Brasil

Proporções de imigrantes na população1881 - 1890* (%)

* exceto Cuba (1901 - 1910)

2212

98

7

Fonte: DURAND, Marie-Françoise et al. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo, 2009. (Adaptado.)

Analise as cinco afirmações feitas a respeito do tema es-tampado no mapa:

I. Durante esse período, a América Central se transfor-mou numa importante região imigratória.

II. O Japão e a China também participaram deste pe-ríodo, com expressivo contingente populacional se deslocando para a América do Sul.

III. O maior contingente migratório se deslocou para os Estados Unidos, saindo principalmente da Grã--Bretanha e da Itália.

IV. O fim gradual da escravidão no continente america-no e a demanda por mão de obra para substituir os escravos, associada à primeira revolução dos trans-portes, constituíram elementos que estimularam e intensificaram o fluxo migratório europeu.

V. No final do século XIX, muitos europeus emigraram em direção ao continente americano para fugir das crises agrícolas, da pobreza e das perseguições.

Estão corretas apenas as afirmações:

a) I, II e III. d) I, III, IV e V.

b) II e V. e) II, III, IV e V.

c) III, IV e V.

2.140 km

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ESTUDANDO População mundial

Para o eNeM

H8

H8

1 (Enem)

Um fenômeno importante que vem ocorrendo nas últimas quatro décadas é o baixo crescimento popu-lacional na Europa, principalmente em alguns países como Alemanha e Áustria, onde houve uma brusca queda na taxa de natalidade. Esse fenômeno é espe-cialmente preocupante pelo fato de a maioria desses países já ter chegado a um índice inferior ao “nível de renovação da população”, estimado em 2,1 filhos por mulher. A diminuição da natalidade europeia tem várias causas, algumas de caráter demográfico, outras de caráter cultural e socioeconômico.

OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 2004. (Adaptado.)

As tendências populacionais nesses países estão relacio-nadas a uma transformação:

a) na estrutura familiar dessas sociedades, impactada por mudanças nos projetos de vida das novas gerações.

b) no comportamento das mulheres mais jovens, que têm imposto seus planos de maternidade aos homens.

c) no número de casamentos, que cresceu nos últimos anos, reforçando a estrutura familiar tradicional.

d) no fornecimento de pensões de aposentadoria, em queda diante de uma população de maioria jovem.

e) na taxa de mortalidade infantil europeia, em contí-nua ascensão, decorrente de pandemias na primeira infância.

2 (Enem)

As migrações transnacionais intensificadas e gene-ralizadas nas últimas décadas do século XX expres-sam aspectos particularmente importantes da proble-mática racial, vista como dilema também mundial. Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para lugares próximos e distantes, envolvendo mudan-ças mais ou menos drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e em valores socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radi-calmente distintas, algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas.

IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

A mobilidade populacional da segunda metade do sé-culo XX teve um papel importante na formação social e econômica de diversos estados nacionais.

Uma razão para os movimentos migratórios nas últimas décadas e uma política migratória atual dos países de-senvolvidos são:

a) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração.

b) a necessidade de qualificação profissional e a abertu-ra das fronteiras para os imigrantes.

c) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acau-telamento dos bens dos imigrantes.

d) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados

e) a fuga decorrente de conflitos políticos e o fortaleci-mento de políticas sociais.

3 População e tecnologia, questões centrais da modernidade

Precisamos de uma estratégia de sobrevivência e um novo modelo de desenvolvimento. Mas uma coi-sa é recomendar prudência em relação à tecnologia, consciência em relação à necessidade de produzir menos lixo, preservar recursos naturais e promover a responsabilidade social em relação à biosfera. Outra é dizer que só sobreviveremos descartando o arsenal de conhecimento, ciência e tecnologia que tem sido a glória do mundo ocidental desde o século 17. Esta opção é inviável: ninguém está disposto a abrir mão das tecnologias que têm como objetivo nos libertar de diversos tipos de trabalhos manuais, muitas ve-zes monótonos, enfadonhos, exaustivos e alienantes. Nos países ricos, a população estará envelhecendo rapidamente e, portanto, também demandando mais tecnologias médica, farmacológica e de transportes.

O cenário, então, é sombrio? Em vez da explosão populacional, uma ameaça já descartada, devemos nos preparar para outro tipo de ameaça: uma explo-são urbano-tecnológica nas já caóticas megacidades do terceiro mundo?

Não necessariamente. Como mostra a experiência da transição demográfica, a espécie humana tem uma impressionante e imprevisível capacidade de adaptação a novas situações. O homem é a única espécie com a capacidade de modificar o ambiente em que vive, para o bem ou para o mal. Mais ainda, ele é dotado de capacidade de aprender, aumentar e corrigir seu conhecimento sobre o meio ambiente. O despertar de uma consciência ambiental nas últimas décadas e o crescimento do conhecimento acumula-do sobre mudanças climáticas são exemplos.

Fonte: DECOL, René Daniel. População e tecnologia, questões centrais da modernidade. p. 12 e 13. Disponível em:

<www.multiciencia.unicamp.br/artigos_06/a_01_6.pdf>. Acesso em: 16 out. 2011. (Adaptado.)

Sobre o texto podemos inferir que:

a) a relação entre as populações e as tecnologias é con-flitante, pois se o mundo de hoje resulta em degra-dação ambiental que coloca em risco a vida humana, o certo seria abandonar todas as tecnologias e viver-mos como se vivia nos séculos mais distantes.

b) a humanidade tende a valorizar apenas o conforto e não se preocupa com a biosfera em nenhuma parte do mundo.

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opul

ação

mun

dial

c) o meio ambiente é um obstáculo ao desenvolvimen-to tecnológico.

d) o avanço das tecnologias e o meio ambiente são anta-gônicos, e deveremos optar, no futuro, por um deles.

e) a capacidade de adaptação, de aprendizado e o uso adequado das tecnologias podem ajudar a melhorar a relação humanidade-meio ambiente.

4

c) o Uruguai e a Bolívia são países subdesenvolvidos, mas em situação demográfica diferente, enquanto o Uruguai apresenta: maior expectativa de vida e maior participação de idosos em comparação à Bolívia, esta apresenta maior taxa de natalidade, com forte presen-ça de população jovem e menor expectativa de vida.

d) o Uruguai é um país em desenvolvimento cuja pirâ-mide apresenta a base menor, indicando redução da participação de idosos.

e) o Uruguai e a Bolívia são países desenvolvidos, pois apresentam características demográficas similares.

5 Antonio Polito – O senhor já mencionou essas mu-danças: indivíduos que mudam de domicílio e país com muito mais facilidade, que têm acesso permanente à informação em escala planetária e que dispõem de um poder de compra que seus antepassados nunca teriam sonhado. Em sua opinião, essas pessoas são também mais felizes?

Eric Hobsbawm – Esta é uma das perguntas mais difíceis de serem respondidas. Tudo o que sabemos é que aquilo que Jefferson chamou de “busca da fe-licidade” é uma motivação geral dos seres humanos, pelo menos na época moderna. Porém, é muito di-fícil julgar o quanto, na realidade, essa aspiração é realizada.

Para mim, é evidente que, se as pessoas vivem em um nível de subsistência, isto é, sem garantia dos elementos vida, como alimento, roupa e abrigo, en-tão é muito importante sair dessa situação. Elas fi-cam felizes simplesmente por viver em uma situação na qual não mais precisam temer a fome. Para os po-bres do mundo, o aumento da riqueza global já traz e certamente continuará trazendo felicidade.

HOBSBAWM, E. O novo século: entrevista com Antonio Polito. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 126-127.

(Adaptado.)

Indique a alternativa verdadeira que se contrapõe ao texto.

a) Pode-se afirmar que, como não existe mais fome no mundo, as pessoas são felizes.

b) As pessoas que estão acima do nível do consumo de subsistência têm outro conceito de felicidade, com outros objetivos de realização e satisfação pessoal.

c) As pessoas que têm suas necessidades básicas aten-didas não seriam felizes.

d) A falta de segurança alimentar assola principalmente as populações do Terceiro Mundo, por isso as pessoas que vivem no Primeiro Mundo são mais felizes.

e) O aumento da riqueza global provoca o aumento da felicidade dos pobres do mundo, pois ela é distribuí-da igualitariamente entre todos.

PIRÂMIDES ETÁRIAS

Fonte: Atlas National Geographic – América do Sul. São Paulo: Abril, 2008. p. 39-95.

A América do Sul apresenta diferentes níveis de desen-volvimento e isso se expressa na estrutura populacional de cada país. As pirâmides correspondem ao Uruguai e à Bolívia, e sobre elas e as características socioeconômi-cas dos países podemos afirmar que:

a) o Uruguai é um país desenvolvido e o alargamento do topo da pirâmide indica que a expectativa de vida da população está crescendo.

b) a Bolívia é um país subdesenvolvido, e a base larga indica que a população jovem vem aumentando a sua participação no conjunto da população do ano de 1950 para o ano 2000.

H6

H4

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Bolívia

Homens %

Ano 2000

Ano 1950

Mulheres %

Ano 2000

Ano 1950

+ de 85

80-84

75-79

70-74

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55-59

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45-49

40-44

35-39

30-34

25-29

20-24

15-19

10-14

5-9

0-4

Homens %

6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6

Uruguai

Ano 2000

Ano 1950

Mulheres %

Ano 2000

Ano 1950

+ de 85

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Formação étnica do povo brasileiro (1980)

Discriminação Distribuição da população (em 1.000)

1940 1950 1960 1980

Branca 26.172 32.028 42.839 65.213

Negra 6.036 5.693 6.117 7.009

Amarela (índios) 242 329 483 755

Parda 8.744 13.787 20.706 45.779

Sem declaração 42 108 47 315

Total 41.236 51.945 70.192 119.071

ESTUDANDO Brasil: população

Para o vestiBUlar

1 (UFPr) Mais de 50% da população ativa no Brasil concen-tra-se no setor terciário. Exemplifique quais atividades são consideradas terciárias e explique as razões que pro-movem, no caso brasileiro, essa grande concentração.

Todas as atividades, exceto indústria, agropecuária

e extrativismo. A concentração de trabalhadores no

setor terciário resulta do êxodo rural, do rápido

crescimento urbano e da hipertrofia no setor em

decorrência da baixa qualificação, impulsionando

as pessoas para a informalidade.

2 (UeL-Pr) Considere os itens sobre o contingente de imi-grantes que chegou ao Brasil entre 1824 e 1934.

I. Os italianos suplantaram numericamente os alemães e japoneses juntos.

II. Pela política de imigração, a grande maioria vinha para o Brasil com o título da propriedade rural.

III. Comparativamente à Argentina e aos Estados Unidos, o volume imigratório no país foi inferior.

IV. Fixaram-se exclusivamente na região Sul do país.

São corretos apenas:

a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.

3 (UFPr) A distribuição espacial da população brasileira é irregular, ocorrendo grandes adensamentos e vazios demográficos. Cite três razões que justifiquem esse fato.

Ocupação histórica do território; necessidades

econômicas; restrições naturais.

4 (UFPe, adaptada) Compare as proposições apresenta-das com a tabela a seguir:

( V ) A cada década, a população brasileira está se tor-nando mais mestiça.

( V ) No ano de 1940, os brancos representavam aproxi-madamente 63% da população brasileira, enquan-to os negros representavam quase 15%.

( F ) Em 1980, os brancos tinham uma participação de menos de 57% do total, e os negros, de mais de 6,5% e menos de 7%.

( F ) A população indígena tem uma representatividade sempre superior a 1,5%, não atingindo, no entan-to, a casa dos 2%.

( F ) No período 1960-1980, o grupo pardo, constituído pelos caboclos, mais do que dobrou em termos absolutos.

5 (UFSc) O crescimento da população de um país decorre do crescimento vegetativo e do saldo migratório. Pela análise atenta dos gráficos de natalidade e mortalidade no Brasil e os diferentes aspectos a eles relacionados, é correto concluir que:

Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil.

(01) o baixo crescimento natural de 1,9%, em 1990, re-flete, na verdade, uma melhoria nas condições so-cioeconômicas dos brasileiros, que se igualam às dos países desenvolvidos.

(02) a melhoria das condições de saneamento, a am-pliação da medicina preventiva e a melhoria da assistência médico-hospitalar são as razões que ex-plicam a queda da mortalidade de 2,5%, em 1940, para 0,7%, em 1990.

(04) a natalidade, que vem caindo desde a década de 1960, não se compara à dos países desenvolvidos, que é bem inferior à natalidade apresentada na úl-tima década.

(08) dentre os fatores explicativos da queda da natali-dade, estão o crescimento urbano, o alto custo de criação dos filhos nas cidades e a maior participa-ção das mulheres no mercado de trabalho.

Soma: 02 + 04 + 08 = 14

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Evo

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1980

1990

1940

1950

1960

1970

1980

1990

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4,3

3,7

3,5

2,6

2,5

1,9

1,5

0,9

0,9

0,7

Fonte: Almanaque Abril, 1989.

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6 (UFMT, adaptada) Sobre a população brasileira, julgue os itens que se seguem.

( F ) Crescimento natural ou vegetativo é a relação do nú-mero de nascimentos ocorridos num certo período.

( V ) Os europeus, os africanos e os asiáticos que emi-graram para o Brasil mais os indígenas que aqui já viviam são formadores de nossa população.

( F ) A taxa de natalidade da população brasileira tem aumentado consideravelmente devido ao incen-tivo dado pela legislação trabalhista através do salário-família e da falta de orientação em rela-ção aos anticoncepcionais.

( V ) Nos países subdesenvolvidos como o Brasil, mui-tas crianças trabalham para completar a baixa renda de seus pais, o que justifica inúmeros pro-jetos governamentais de auxílio social.

7 (UFBA) O gráfico a seguir representa a distribuição re-gional da população brasileira.

9 (cesgranrio-rJ) A distribuição da população brasileira pelo território ainda se apresenta de forma muito irregu-lar. A faixa litorânea é, de longe, a que concentra as maio-res densidades. A região do Planalto Central, próxima a Brasília, é hoje uma “ilha” populacional que se expande.

Resuma que novas condições foram proporcionadas pela implantação da capital no processo de adensamento populacional da sua região.

Fixação dos habitantes na própria cidade, de funções

administrativas e comerciais; povoamento ao longo

das rodovias que partem de Brasília para todo o país;

presença de significativo mercado consumidor e de

empregos na região.

10 (UFrJ) No Brasil, doenças “velhas”, como tuberculose, cóle-ra, malária, febre amarela, hanseníase, dengue e sarampo, têm matado mais do que doenças “novas”, como a Aids.

Segundo a Fundação Nacional de Saúde, cerca de 18 mil pessoas morreram, nos últimos três anos, de doenças “antigas”, entre elas cólera e dengue, que já são consi-deradas doenças reemergentes.

Além dessas, outras doenças “velhas” voltam a rondar e a ameaçar a saúde da população brasileira. Sua distri-buição geográfica não se limita mais a focos isolados, mas espalha-se pelo país.

a) Explique dois fatores que propiciam o ressurgimento das doenças “velhas”.

A rapidez, a facilidade e a multiplicação dos

contatos entre pessoas no mundo atual; a

fragilidade das barreiras sanitárias do país; o

reduzido investimento em saúde pública; o

deficiente equipamento sanitário, especialmente

no que diz respeito à água encanada e ao esgoto,

entre outros, facilitam a contaminação e explicam

o ressurgimento das doenças “velhas”.

b) Localize duas áreas que sejam mais vulneráveis a essas doenças “velhas”.

Entre as áreas mais vulneráveis a essas doenças

“velhas” estão as regiões Norte e Nordeste, os

aglomerados urbanos carentes de equipamentos

sanitários e as zonas rurais mais pobres.

(01) Os setores de I a V referem-se, respectivamente, às grandes regiões Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

(02) O povoamento da grande região Norte se fez mais recentemente, com base na agropecuária e na explo-ração mineral.

(04) A densidade demográfica é maior em V que em II.

(08) No Brasil, a densidade demográfica é mais baixa no litoral, devido ao processo de interiorização desenca-deado pela construção de Brasília.

(16) No início do século XX, a revolução médico-sanitária provocou a queda das taxas de mortalidade e a ex-plosão demográfica, no Terceiro Mundo.

8 (UFrGS-rS) Com relação às características da população brasileira, considere as seguintes afirmativas.

I. A expectativa de vida média da população é superior a 60 anos.

II. Apesar de terem diminuído nas últimas décadas, os ín-dices de mortalidade infantil ainda são elevados, sen-do maiores que em alguns países subdesenvolvidos.

III. A expectativa de vida está diretamente relacionada ao rendimento familiar e às condições de vida.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. c) Apenas III. e) I, II e III.

b) Apenas II. d) Apenas I e II.

Soma: 02

V

IV III

II

I

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11 (UFrJ) De certas áreas rurais da região Sul partem im-portantes fluxos emigratórios em direção às novas fron-teiras agrícolas do Brasil. Tanto as motivações desses emigrantes quanto as áreas que eles escolhem como destino são diferentes daquelas dos emigrantes das re-giões agrícolas mais pobres do país.

A partir do texto:

a) apresente as circunstâncias que explicam a emigra-ção das áreas agrícolas da região Sul.

O processo de modernização das áreas agrícolas da

região Sul causou a crise da pequena propriedade

familiar, ao selecionar os proprietários com

melhores condições de acesso ao crédito, de

concentração de propriedade e de adoção de novas

tecnologias. Entretanto, a consequente valorização

monetária dessas terras para os pequenos e médios

proprietários permitiu que trabalhadores menos

competitivos no Sul obtivessem recursos com a

venda de suas propriedades, possibilitando-lhes

investir em novas áreas, reproduzindo o mesmo

processo de modernização que os expulsou.

b) Que condições, encontradas nas atuais fronteiras agrícolas brasileiras, justificam as áreas de destino escolhidas pelos emigrantes da Região Sul?

Os migrantes são atraídos pelas fronteiras mais

distantes, onde existem terras disponíveis, mais

baratas e servidas por infraestrutura de transportes,

além do acesso a linhas de crédito especial. Essas

condições permitem investimentos em uma escala

maior do que a que eles utilizavam anteriormente.

12 (UFPr, adaptada) Devido a mudanças no padrão mi-gratório do país, o mapa da população brasileira vem ganhando novos contornos a partir da década de 1990 (IBGE, 1996). Considerando os movimentos migratórios e a nova dinâmica da distribuição espacial da população brasileira, é correto afirmar:

(01) Diferentemente das últimas três décadas, os recen-tes movimentos internos da população brasileira são decorrentes principalmente do processo de urbanização que se verifica no interior do país, da desconcentração da atividade industrial e da ex-pansão da fronteira econômica de caráter agrícola.

(02) Atualmente, as cidades médias distribuídas em grande parte do território brasileiro são as que apresentam o maior crescimento populacional.

(04) A migração pendular deixou de existir a partir da década de 1970, devido ao êxodo rural.

(08) A migração cidade-cidade, caracterizada pela saída de habitantes de uma cidade em direção a outra, consti-tui o principal fenômeno do processo migratório atual.

(16) A transumância é um movimento populacional sa-zonal como o que os nordestinos realizam na época das secas.

Soma: 01 + 02 + 08 + 16 = 27

13 (Uerj) Considere a pirâmide etária a seguir como repre-sentativa de um determinado país, em 1960.

80 e +75 – 7970 – 7465 – 6960 – 6455 – 5950 – 5445 – 4940 – 4435 – 3930 – 3425 – 2920 – 2415 – 1910 – 14

5 – 90 – 4

Anos

a) A partir do exame do formato da pirâmide, caracteri-ze um indicador do grau de qualidade de vida nesse país e justifique.

Baixa expectativa de vida, demonstrada pelo

estreitamento acentuado da pirâmide nas faixas

etárias mais avançadas; ou elevado índice de

mortalidade, explícito no contraste entre as larguras

da base e o topo da pirâmide.

b) Imagine que esse país tenha vivenciado, nos últimos 30 anos, um acelerado processo de urbanização e industrialização. Aponte duas mudanças básicas, de-correntes desse processo, que provavelmente afeta-ram sua estrutura etária.

Entre elas podemos citar: redução da natalidade;

envelhecimento da população; alargamento das

faixas etárias médias e superiores da pirâmide;

estreitamento da base da pirâmide.

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A • B

rasil

: pop

ulaç

ão

14 (UFrN) A análise dos dados da tabela abaixo permite que se conclua o seguinte:

Grandes regiões

esperança de vida ao nascer (anos) − 1990

Taxa de mortalidade

infantil (%) − 1990

Total H M Total H M

Norte 67,35 63,82 71,01 53,20 60,30 45,90

Nordeste 64,22 60,84 67,74 88,20 95,60 80,60

Sudeste 67,53 63,56 71,66 30,00 37,00 22,80

Sul 68,68 65,00 72,51 26,70 33,60 19,60

Centro-Oeste 67,80 64,30 71,45 33,00 40,00 25,60

Brasil 65,62 62,28 69,09 49,70 56,80 42,30

Fonte: Anuário estatístico do Brasil, 1995.

a) O Nordeste apresenta o maior índice de mortalidade infantil e o menor de esperança de vida, refletindo, assim, a baixa qualidade de vida de sua população.

b) A taxa de mortalidade infantil do Sul e do Sudeste é inferior à do Norte em virtude das características do quadro natural.

c) O Norte, o Sudeste e o Centro-Oeste apresentam taxas de expectativa de vida e de mortalidade infantil seme-lhantes, dadas as idênticas políticas populacionais.

d) As taxas de esperança de vida ao nascer e de mor-talidade infantil das mulheres são superiores às dos homens em todas as regiões brasileiras.

15 (UFF-rJ, adaptada) No século passado, durante as dé-cadas de 1960 e 1970, a migração interna no Brasil as-sumiu a direção campo-cidade. Entretanto, nas últimas décadas passou a ganhar destaque a migração cidade- -campo, num movimento cotidiano que envolve milha-res de trabalhadores.

Tendo em vista essas duas modalidades de migração apresentadas, explique:

a) dois fatores que promoveram (e ainda promovem) a migração campo-cidade.

A concentração fundiária sob a forma de grandes

propriedades e empresas agrícolas, que ainda

exclui milhões de trabalhadores do acesso à terra;

a modernização da agricultura, que substitui o

emprego de trabalhadores pela utilização de

máquinas; a expansão da agricultura comercial

de exportação, que promove a reconcentração

de terras e a expulsão de pequenos e médios

arrendadores, parceiros e proprietários.

b) como se realiza a migração cidade-campo.

Muitos trabalhadores expulsos do campo passam

a residir na periferia das cidades, onde constituem

bolsões de mão de obra barata, que é recrutada

para o trabalho agrícola sob a condição de volante

ou boia-fria. Assim, se configura um movimento

pendular cidade-campo.

16 (UFMS) Com base no quadro abaixo, referente à popu-lação urbana e rural do Brasil, de 1970 a 2000, é correto afirmar:

Ano Urbana Rural Total

Milhões de habitantes

% Milhões de habitantes

% Milhões de habitantes

1970 52,1 55,92 41,1 44,08 93,2

1980 80,5 67,57 38,6 32,43 119,1

1991 108,1 74,00 38,0 26,00 146,1

2000 137,9 81,20 31,8 18,80 169,8

Fonte: IBGE.

(01) O crescimento da população urbana está relaciona-do exclusivamente ao êxodo rural.

(02) O declínio da população rural, nos últimos 30 anos, está relacionado à redistribuição espacial da popu-lação em assentamentos rurais.

(04) A contenção do declínio da população brasileira, na zona rural, não exclui a possibilidade de urbaniza-ção do país.

(08) O reflexo da urbanização do país ficou evidente no recenseamento de 1970.

(16) O número de áreas metropolitanas e aglomerações urbanas no país tende a aumentar.

Soma: 04 + 08 + 16 = 28

17 (Ufac) Sobre o crescimento da população brasileira, é correto afirmar que:

a) a variação nas taxas de natalidade e de mortalidade não refletiu no crescimento da população.

b) não houve uma redução gradual nas taxas de fecun-didade, ou seja, da redução do número de filhos por mulher.

c) a inserção da mulher no mercado de trabalho permi-tiu que as famílias aumentassem o número de filhos em razão das facilidades em educar.

d) todas as unidades da federação entre 1980 e 2000 tiveram um aumento de população, em alguns casos chegando a triplicar, como aconteceu com o Acre.

e) entre o primeiro recenseamento oficial do Brasil, rea-lizado em 1872, até o censo de 2000, verificou-se o aumento constante da população brasileira, que che-gou a crescer dez vezes no século XX (1901-2000).

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18 (UFPe) Leia, com atenção, o texto a seguir.

A população brasileira vem apresentando transfor-mações na sua estrutura etária ao longo das distin-tas fases da transição demográfica. Diferentemente do que ocorria antes, quando a população apresentava uma estrutura etária expressivamente jovem, realçada em pirâmides etárias de bases amplas, na atualidade constatam-se mudanças significativas no formato da pirâmide. Esta progressiva ampliação da expec-tativa de vida da população brasileira tem sido ob-jeto de estudos e conduzido a demandas de políticas públicas que atendam aos novos desafios impostos por essa nova conjuntura e perspectiva demográfica. Comumente, essas transformações são relacionadas à atuação de cada um dos principais componentes da dinâmica demográfica, tais como fecundidade, mor-talidade e migração. 

Com base no texto e nos conhecimentos que possui sobre o tema enfocado, analise as proposições a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).

( V ) A fecundidade no Brasil foi diminuindo ao longo dos anos, basicamente como consequência das transformações ocorridas na sociedade.

( V ) Os avanços da medicina e as melhorias nas condi-ções gerais de vida da população repercutem no sentido de elevar a média de vida do brasileiro.

( V ) As taxas de natalidade iniciaram sua trajetória de declínio em meados de 1960, com a introdução e a difusão dos métodos anticonceptivos orais no Brasil.

( V ) O Brasil apresenta diminuição crescente da mor-talidade infantil, decorrente, entre outros fatores, da ampliação de acesso a serviços de saúde e sa-neamento básico. Entretanto, ainda possui elevado número de óbitos quando se compara com alguns países da América do Sul.

( F ) A migração internacional é um dos fatores de maior impacto na composição atual da estrutura etária e na expectativa de vida no país.

19 (UFSc)

Brasil, mostra tua cara Pesquisas apontam que a consolidação da demo-

cracia tem colaborado com sensíveis melhoras nos índices econômicos e sociais – mas falta muito para superar o velho carma da desigualdade.

DIEGUEZ, Flávio. Discutindo Geografia. São Paulo: Escala, s.d., p. 35, Ano 4, n. 20. (Adaptado.)

Com relação ao exposto acima, assinale a(s) proposi-ção(ões) correta(s).

(01) A sociedade brasileira está se modernizando: avança especialmente no mundo virtual e, conse-quentemente, essas melhorias acessíveis a toda a população implicam melhorias na saúde e no sa-neamento básico.

(02) A colonização de exploração é um fator a ser consi-derado na análise do processo de exclusão no Brasil. A segregação inicial entre colonizador e colonizado já implicava uma forma de exclusão.

(04) No Brasil, com a distribuição mais justa da renda nos últimos anos, as pessoas mais jovens e com renda inferior a um salário mínimo passaram a ter mais acesso a consultas médicas e odontológicas junto à rede privada de saúde.

(08) Atualmente, no Brasil, assim como em vários países do mundo, há, de forma geral, um inchaço do setor secundário (catadores de lixo, técnicos em informá-tica etc.). Isto é, existe grande quantidade de traba-lhadores sem nenhuma qualificação que vivem da economia formal.

(16) A exclusão social pode levar à formação de ver-dadeiros estados paralelos em áreas dominadas pelo crime organizado, o que gera inúmeras formas de violência que atingem parcela significativa da sociedade.

(32) No Brasil, é comum o indivíduo chegar à idade adul-ta qualificado profissionalmente, pronto para in-gressar na atual era técnico-científico-informacional.

Soma: 02 + 16 = 18

20 (FGV-SP)

Relatório do Banco Mundial (Bird), divulgado no dia 6 de abril, mostra que o Brasil envelhece muito mais rápido do que os países desenvolvidos. De acordo com o levantamento, as nações ricas primeiro ficaram ri-cas; depois, velhas. O Brasil e outros emergentes estão ficando velhos antes de ficar ricos. Enquanto a França levou mais de um século para ter um aumento de 7% para 14% da população acima de 65 anos ou mais, o Brasil passará pelo mesmo processo em duas décadas, de 2011 a 2031.

Disponível em: <http://economia.estadao.com.br>.

Sobre a atual dinâmica demográfica brasileira e as ten-dências projetadas para o futuro, assinale a alternativa correta:

a) Atualmente, a taxa de crescimento da população em idade de trabalhar é mais elevada que a taxa de cres-cimento da população de idosos e que a de crianças, o que configura uma situação de “bônus demográfico”.

b) Apesar das mudanças recentes, a taxa de crescimen-to da população de idosos ainda é mais baixa do que a taxa de crescimento da população total.

c) Como resultado da queda generalizada nas taxas de fecundidade, a população em idade escolar deverá diminuir nos próximos decênios, garantindo a me-lhoria das condições de ensino em todos os níveis.

d) A expectativa de vida no Brasil é a mais elevada da América do Sul: por isso, a velocidade do envelheci-mento da população do país é maior do que a regis-trada no continente.

e) Ao contrário do que ocorreu nos países europeus, no Brasil o processo de envelhecimento é simultâ-neo ao aumento das taxas de crescimento da popu-lação total.

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21 (Uerj) Nas duas últimas décadas, o governo federal vem pro-pondo ações no sentido de oferecer uma resposta às transformações na composição etária da população brasileira.

Essas ações têm seguido uma tendência que se manifesta mais diretamente na seguinte iniciativa:

a) Revisão das bases da legislação sindical

b) Alteração das regras da previdência social

c) Expansão das verbas para o ensino fundamental

d) Ampliação dos programas de prevenção sanitária

23 (PUc-Pr) O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou em setembro de 2010 os resultados da PNAD (Pesquisa Nacional sobre Amostra Domiciliar) referente às taxas de fecundidade nos últimos dez anos no Brasil. Os dados sobre o número de filhos por mulher são os seguintes:

Ano Taxa de fecundidade

2001 2,33

2008 1,89

2009 1,94

Fonte: IBGE, 2010.

Com base nesses dados, assinale a alternativa correta:

a) O aumento das taxas em 2009 evidencia que o Brasil é um país que tem explosão demográfica.

b) Os indicadores demonstram que as taxas de morta-lidade são superiores às taxas de natalidade, eviden-ciando redução demográfica.

c) Esses números indicam que o Brasil é um país com taxas negativas de crescimento demográfico, de-monstrando a política estatal de filho único.

d) Caso essas taxas de fecundidade sejam mantidas, o Brasil, em uma década, ultrapassará o total da popu-lação da Índia.

e) O índice de 2009 indica ligeiro aumento na taxa de fecundidade, não caracterizando crescimento demo-gráfico explosivo.

24 (UFMG) Considerando-se a atual situação dos povos in-dígenas que vivem no Brasil, é correto afirmar que:

a) a quantidade de pessoas que se reconhecem como indígenas tem diminuído a cada ano que passa.

b) a tendência das populações indígenas, desde a dé-cada de 1950, é a de constante crescimento demo-gráfico.

c) as populações indígenas caminham para a extinção, já que estão cada vez mais se misturando às não in-dígenas.

d) as populações indígenas manifestam taxa de natali-dade baixa devido à necessidade de controle demo-gráfico.

0,0001925 1930 1935 1940

Nordeste Brasil Sudeste

1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995

0,015

0,030

0,045

0,060

0,075

0,090

0,105

0,120

0,135

0,150

0,165

0,180

0,195

eVOLUçãO DA TAXA De MOrTALIDADe INFANTIL NO BrASIL e NAS reGIÕeS NOrDeSTe e SUDeSTe

Fonte: IBGE. Disponível em: <www.ibge.com.br>.

A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores de-mográficos que permitem avaliar as condições de vida das populações.

Um dos principais fatores que explicam os diferentes níveis das taxas de mortalidade infantil observados no gráfico está relacionado à:

a) primazia da atividade agrícola.

b) predominância do analfabetismo.

c) permanência da concentração de renda.

d) recorrência de problemas geoclimáticos.

22 (Uerj)

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Homens Mulheres

Em 1980Anos

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Homens Mulheres

Em 2010Anos

80 +

70-74

60-64

50-54

40-44

30-34

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AS PIrÂMIDeS eTÁrIAS BrASILeIrAS

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ESTUDANDO Brasil: população

Para o eNeM

1

2 (enem)

A Superintendência Regional do Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desenvolveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Catarina”, que tem como objetivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é abordada em suas diversas dimensões: arqueológica, arquitetônica, paisagística e imaterial. Em regiões como a do Sertão de Valon-go, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas de chá, o plan-tio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração.

Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br>. Acesso em: 1o jun. 2009. (Adaptado.)

O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que:

OCEANO

ATLÂNTICO

EQUADOR

60º70º

30º

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

IANOMÂMIWAIÃPIALTO

RIO NEGRO WAIMIRI--ATROARI RIO PARU

D´ESTENHAMUNDÁ-MAPUERA

ALTO TURIAÇU

TAPEBA

RIO BIÁ ARARIBOIA

VALE DOJAVARI

MUNDURUCU

BAÚ

CAIAPÓXUCURU

MAMOADATE

ARIPUANÃ

MENKRAGNOTI

URU-EU-WAU-WAU

AVÁ-CANOEIRO

KADIWÉU

RAPOSASERRA DO SOL

PARQUEDO XINGU

PARQUE DOTUMUCUMAQUE

PARQUE DOARAGUAIA

Sobre a questão indígena no Brasil podemos afirmar que:

a) a maioria das reservas indígenas se encontra na Amazônia, porque os índios precisam de grandes ter-ritórios para manter a sua cultura, que está baseada diretamente na sua relação com o meio natural. Por isso, elas são reservas indígenas e reservas naturais ao mesmo tempo.

b) a reserva Raposa Serra do Sol, situada no estado do Amapá, esteve nos noticiários em 2010 devido à disputa com rizicultores que não queriam sair da reserva de-marcada pelo governo.

c) algumas reservas indígenas estão localizadas em áreas de grandes obras de infraestrutura, como as hidrelé-tricas de Jirau e Santo Antonio, em Mato Grosso, e a de Belo Monte, no estado do Amazonas.

d) existem reservas indígenas em áreas de grande densi-dade demográfica. Elas passaram por grave processo de aculturação, principalmente em São Paulo, onde predominam terras indígenas demarcadas e ainda não identificadas.

e) o índio é tutelado pelo Estado por meio da Funai e por isso não pode dispor de suas terras como desejar.

Font

e: F

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São

Paul

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010.

p. 1

24.

H27

H9

Mil indígenas

ÁREA POPULAÇÃO

30 25 20 15 10 5 0Milhões de hectares

0 10 20 30 40 50 60

68.000

ESSPAPTOROMGALCEPBACPRBARSMAPEMTPARRMSAM

Reservada/Homologada(áreas ocupadas e demarcadas, aprova-das pelo Presidente da República e compublicação no Diário Oficial da União)

Demarcada(área declarada juridicamente de possepermanente dos indígenas)

Identi�cada(área que já possui estudo realizado pelaFunai e publicado em decreto federal)

A Identi�car/em Identi�cação(áreas reconhecidas pela existência deindígenas, mas não aprovadas pela Funai)

Situação jurídica das terras indígenas

TERRAS INDÍGENAS

330 km

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a) as referências culturais da população afrodescenden-te estiveram ausentes no Sul do país, cuja composi-ção étnica se restringe aos brancos.

b) a preservação dos saberes das comunidades afrodes-cendentes constitui importante elemento na constru-ção da identidade e da diversidade cultural do país.

c) a sobrevivência da cultura negra está baseada no isolamento das comunidades tradicionais, com proi-bição de alterações em seus costumes.

d) os contatos com a sociedade nacional têm impedido a conservação da memória e dos costumes dos qui-lombolas em regiões como a do Sertão de Valongo.

e) a permanência de referenciais culturais que expres-sam a ancestralidade negra compromete o desenvol-vimento econômico da região.

3 (enem)

O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 mi-nutos de casa para o trabalho, todos os dias. Nunca foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto so-bre a bicicleta, seus pulmões são envenenados com 3,3 microgramas de poluição particulada – poeira, fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão, sulfatos, nitratos, carbono, compostos orgânicos e outras substâncias nocivas.

ESCOBAR, H. Sem ar. O Estado de S. Paulo, ago. 2008.

A população de uma metrópole brasileira que vive nas mesmas condições socioambientais das do professor citado no texto apresentará uma tendência de:

a) ampliação da taxa de fecundidade.b) diminuição da expectativa de vida.c) elevação do crescimento vegetativo.d) aumento na participação relativa de idosos.e) redução na proporção de jovens na sociedade.

4 (enem) O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo em 1855 para trabalhar como colono na fazenda de café Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de prosperidade que o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfação e revol-ta, que ele registrou em livro. Sobre o percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz:

As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espécie de calçamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples, sem nenhum benefício. É fácil pre-ver que nessas estradas não se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. Nas cidades maiores, o viajante pode naturalmente encontrar aposento so-frível; nunca, porém, qualquer coisa de comparável à comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades são, porém, muito pou-cas na distância que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no mínimo.

DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1941. (Adaptado.)

Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos a Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o pla-nalto para menos de um dia. Nos anos seguintes, foram

construídos outros ramais ferroviários que articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação, Santos.

O impacto das ferrovias na promoção de projetos de colo-nização com base em imigrantes europeus foi importante, porque:

a) o percurso dos imigrantes até o interior, antes das ferrovias, era feito a pé ou em muares; no entanto, o tempo de viagem era aceitável, uma vez que o café era plantado nas proximidades da capital, São Paulo.

b) a expansão da malha ferroviária pelo interior de São Paulo permitiu que mão de obra estrangeira fosse contratada para trabalhar em cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos.

c) o escoamento da produção de café se viu beneficia-do pelos aportes de capital, principalmente de colo-nos italianos, que desejavam melhorar sua situação econômica.

d) os fazendeiros puderam prescindir da mão de obra europeia e contrataram trabalhadores brasileiros provenientes de outras regiões para trabalhar em suas plantações.

e) as notícias de terras acessíveis atraíram para São Paulo grande quantidade de imigrantes, que adqui-riram vastas propriedades produtivas.

5 (enem)

O movimento migratório no Brasil é significativo, principalmente em função do volume de pessoas que saem de uma região com destino a outras regiões. Um desses movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a região Nordeste em direção ao Sudeste do Brasil. Segundo os dados do IBGE de 2000, este processo continuou crescente no período seguinte, os anos 90, com um acréscimo de 7,6% nas migrações deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo IBGE, em 1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos manuais não qualificados, 18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, embora não sejam trabalhadores manuais, se encontram em áreas que não exigem formação profis-sional. O mesmo estudo indica também que esses mi-grantes possuem, em média, condição de vida e nível educacional acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos de cidadãos estáveis do Sudeste.

Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2009. (Adaptado.)

Com base nas informações contidas no texto, depreen-de-se que:

a) o processo migratório foi desencadeado por ações de governo para viabilizar a produção industrial no Sudeste.

b) os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qua-lificação da mão de obra migrante.

c) o processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como inchaço urbano.

d) as migrações para o Sudeste desencadearam a valoriza-ção do trabalho manual, sobretudo na década de 80.

e) a falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa maior versatili-dade profissional.

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