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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de MT

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de MT

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

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Sumário  

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2 

2. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO ..................................................................................................... 3 

2.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS E PRODUÇÃO DA REGIÃO ............................................................. 5 

2.2 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA .......................................................................................................... 7 

B – Geração de Empregos ................................................................................................................... 7 

C – Geração de Tributos ...................................................................................................................... 8 

3.  POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DA REGIÃO CENTRO NORTE ................................... 10 

3.1 METODOLOGIAS DOS CENÁRIOS ................................................................................................ 11 

A – Áreas ........................................................................................................................................... 12 

B – Produções .................................................................................................................................... 13 

3.2.  POTENCIAL PRODUTIVO – CENÁRIO 50% .................................................................................. 15 

A – Uso e Ocupação do solo .............................................................................................................. 15 

B – Projeção da Produção da Agricultura no Cenário 50% ............................................................... 16 

C – Projeção da Produção da Pecuária no Cenário 50% ................................................................... 16 

D – Impactos socioeconômicos: Valor Bruto da Produção no Cenário 50% ..................................... 17 

E – Impactos socioeconômicos: Geração de Empregos .................................................................... 18 

F – Impactos socioeconômicos: Geração de Tributos ....................................................................... 18 

3.3.  POTENCIAL PRODUTIVO – CENÁRIO 65% .................................................................................. 19 

A – Uso e Ocupação do solo .............................................................................................................. 19 

B – Projeção da Produção da Agricultura no Cenário 65% ............................................................... 19 

C – Projeção da Produção da Pecuária no Cenário 65% ................................................................... 20 

E – Impactos socioeconômicos: Geração de Empregos .................................................................... 21 

F – Impactos socioeconômicos: Geração de Tributos ....................................................................... 22 

3.4.  POTENCIAL PRODUTIVO – CENÁRIO 80% .................................................................................. 23 

A – Uso e Ocupação do solo .............................................................................................................. 23 

B – Projeção da Produção da Agricultura no Cenário 80% ............................................................... 23 

C – Projeção da Produção da Pecuária no Cenário 65% ................................................................... 24 

D – Impactos socioeconômicos: Valor Bruto da Produção no Cenário 80% ..................................... 25 

E – Impactos socioeconômicos: Geração de Empregos .................................................................... 25 

F – Impactos socioeconômicos: Geração de Tributos ....................................................................... 26 

4.  CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 27 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

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1. INTRODUÇÃO                                            

Há muito  tempo  se  afirma  que  o  Brasil  seria  o  “celeiro  do mundo”,  isso  vem  se 

tornando  realidade,  nos  últimos  20  anos  a  agropecuária  avançou  significativamente, 

período  em  que  o  Cerrado  brasileiro  consolidou  a  sua  alta  capacidade  produtiva. Mato 

Grosso se destaca nesse cenário, pela vastidão de seu território e por suas extensas áreas 

de solos com topografia plana. 

Se por um  lado, o desenvolvimento da agricultura em Mato Grosso teve vantagens, 

como  o  clima,  relevo  e  extensas  áreas  disponíveis,  de  outro,  existiam  desafios,  como  a 

baixa  fertilidade  natural  dos  solos  e  a  logística  precária  e  dispendiosa,  resultando  em 

elevados custos de produção e de transporte. 

O desenvolvimento tecnológico de uma agricultura altamente produtiva foi possível, 

estabelecendo‐se, ao  longo das ultimas décadas, um novo  sistema de produção agrícola 

nacional.  Esse  sistema,  totalmente  novo  e  com  características  particulares,  ainda  vem 

sendo melhorado, aumentando a capacidade produtiva da “Agricultura Tropical no Cerrado 

Brasileiro”.  

O  presente  trabalho  tem  como  objetivo  apresentar  o  potencial  produtivo  e 

econômico  de  19  municípios  de  Mato  Grosso,  enquadrados  aqui  como  região  Centro 

Norte.  

Para  tanto,  com  base  na  aptidão  agrícola  da  região  e  nas  atuais  produtividades 

alcançadas, foram estimados os potenciais produtivos e seus benefícios socioeconômicos. 

  O  trabalho  apresenta  um  panorama  da  situação  atual  da  região  e  projeta  três 

cenários distintos, com a produção agrícola ocupando 50, 65 e 80% da região.  

 

 

 

 

 

 

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2. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO                 

 

 

  A região Centro Norte ocupa 16% do Estado de Mato Grosso, com seus 19 municípios 

em  uma  área  de  145.421  km².  Localiza‐se  entre  os  paralelos  11  e  13.  Conta  com  uma 

população  de  326,9 mil  habitantes,  apresentando  uma  densidade  demográfica  abaixo  da 

média do Estado, com 2,2 hab./km².  

  Abaixo, pode‐se observar a Figura 1 com o mapa de Mato Grosso com destaque para 

a Região. 

 

Figura 1. Mapa de Mato Grosso com paralelos 11 e 13 e municípios da região Centro Norte em destaque. 

 

                             Fonte: IMEA 

                                

 

 

 

 

 

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A seguir, na tabela 1, estão descritos os municípios e as respectivas populações. 

 

Tabela 1. Municípios e população da região Centro Norte de Mato Grosso. 

Município              População BRASNORTE                             13.975 CLÁUDIA                             11.032 FELIZ NATAL                             10.769 IPIRANGA DO NORTE                               4.376 ITANHANGÁ                               4.911 ITAUBA                               4.625 JUARA                             32.023 MARCELÂNDIA                             14.084 NOVA UBIRATà                              7.749 NOVA MARINGÁ                               5.554 NOVO HORIZONTE DO NORTE                               3.802 PORTO DOS GAÚCHOS                               6.116 SANTA CARMEM                               4.486 SINOP                           110.513 SORRISO                             57.799 TABAPORà                            10.484 TAPURAH                             11.020 UNIÃO DO SUL                               4.106 VERA                               9.468 

Total  326.892                         Fonte: IBGE 

Localizada em uma área de transição de biomas, entre o cerrado e floresta, possui, ao 

sul, predomínio de vegetação característica de cerrado e ao norte,  início de vegetação com 

fitofisionomia característica de floresta.  

O  solo  predominante  da  região  é  o  latossolo  vermelho‐escuro  distrófico  (área 

predominante de cor rosa e entre os paralelos 11 e 13, conforme mostra a figura 2 abaixo), 

que precisa apenas de correção de acidez e adubação química para propiciar a atividade de 

maior importância econômica da região: a agricultura. 

Figura 2. Mapa de solos do estado de Mato Grosso.  Região de cor rosa escuro: Latossolo vermelho‐escuro distrófico 

 

                             

 

 

 

 

 

 

 

 Fonte: SEPLAN/MT 

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2.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS E PRODUÇÃO DA REGIÃO       

 

  A  região  Centro  Norte  possui  9%  de  área  protegida,  131,5 mil  hectares  em  UC´s 

(Unidades de Conservação) e 1,1 milhão de hectares em TI´s (Terras Indígenas). Além disso, 

possui a obrigatoriedade de preservar na propriedade rural 35% e 80% (cerrado e floresta) 

como Reserva Legal. 

  Com  tradição na produção agrícola,  trazida pelos sulistas nos anos 80, a cultura da 

região é voltada a este setor produtivo, o que vem propiciando maiores produtividades nos 

campos que ocupam com apenas 13% do seu território com agricultura e 14% com área de 

pastagem. A Tabela 2, abaixo, apresenta o “uso e ocupação” do solo na região. 

Tabela 2. Uso e ocupação do solo da região Centro Norte de Mato Grosso no Cenário Atual (em hectares). 

Uso e Ocupação do Solo na região Centro Norte (ha) 

* Área com Agricultura    1.907.460  (13%) 

* Área com Bovinocultura  2.089.784  (14%) 

Áreas de Conservação + Indígena  1.255.403  (9%) 

Total da Região    14.542.100  (100%) 

Área Restante  9.289.452  (64%) 

Fonte: IBGE, IMEA e FUNAI                                   * Estimativa com base na produção e produtividade 

 

Identificada a necessidade de diversificação e rotação de culturas, a Região segmenta 

seus campos produtivos com 1,9 milhões de hectares para primeira safra, ou seja, 30% da 

área de primeira safra do Estado. Graças ao regime pluviométrico favorável, é permitida na 

região uma segunda safra em até 100% da área de primeira safra, todavia em 2008 a área de 

segunda  safra  foi  de  apenas  32%.  A  área  total  cultivada  na  Região  em  2008  foi  de  2,5 

milhões de hectares, 31% do total cultivado no Estado. 

Tabela 3. Áreas de cultivo total de grãos e algodão na região Centro Norte no Cenário Atual (em hectares). 

   Área de Cultivo total na região Centro Norte (ha)                             

   1ª Safra    2ª Safra    Total: 1ª Safra e 2ª Safra 

   Grãos  Algodão 

Total: 1ª Safra 

Algodão  Milho Total: 2ª Safra 

  

  (soja, milho e 

arroz)      

Cenário Atual  1.878.440  29.020  1.907.460  31.310  575.182  606.492  2.513.952 

Fonte: IBGE                            

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O  papel  que  a  região  exerce  sobre  a  responsabilidade  de  abastecimento  das 

indústrias  transformadoras  e,  demanda  internacional  por  alimentos,  é  de  grande 

importância com sua produção de 8,2 milhões de toneladas de grãos e fibra. 

 

Tabela 4. Produção de grãos e algodão na região Centro Norte no Cenário Atual (em toneladas). 

 

   Produção Agrícola total na região Centro Norte (ton.) 

                            

   1ª Safra    2ª Safra    

Total: 1ª Safra e 2ª Safra 

   Grãos  Algodão  Total: 1ª 

Safra 

 Algodão  Milho  Total: 2ª 

Safra 

  

  (soja, milho e 

arroz)      

Cenário Atual  5.892.509  181.141  6.073.650  95.447  2.038.864  2.134.311  8.207.961 

Fonte: IBGE                            

  Com  o  aumento  constante  nos  índices  de  produtividade,  “quebrando”  recordes,  a 

agricultura  da  região,  assim  como  do  Estado,  vem  demonstrando  ao  longo  dos  anos 

melhorias  contínuas  na  produção  agrícola.  Decorrente  desta  excelência  produtiva  nos 

últimos  anos,  indústrias  frigoríficas,  impulsionadas  pelos  benefícios  de  instalarem  suas 

plantas  junto à abundante matéria prima,  fizeram com que Mato Grosso entrasse em seu 

novo  ciclo:  o  ciclo  agroindustrial.  Dessa  forma,  o  abate  de  aves  no  Estado  cresceu 

substancialmente nos últimos anos. A concentração produtiva deste segundo ciclo encontra‐

se concentrada em municípios de fronteira como a região Centro Norte. 

Com uma estimativa de que a Região destinaria toda a sua produção de milho e, 25% 

da  produção  de  soja,  para  agregar  valor  a  este  ciclo  agroindustrial,  a  Região  conseguiria 

produzir 702,7 milhões de kg de carne de frango ou 281 milhões de frangos e 3 milhões de 

suínos, o que equivale suprir 48% da capacidade  industrial que opera hoje no Estado com 

frangos e 75% com suínos. 

 Tabela  4.  Produção  de  carnes  na  região  Centro  Norte  no  Cenário  Atual  (em  quilogramas)  e  respectivo abastecimento da demanda nacional (percentual). 

 

 

 

Produção de carnes da região Centro Norte (kg) e suprimento da demanda nacional 

Carnes  Produção (kg) Suprimento da 

demanda nacional Frango   702.690.747 11%Suína  261.576.592  11% Bovina  65.403.261  1% 

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2.2 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA                  

 

  A  importância,  peso,  do  agronegócio  na  economia mato‐grossense  e  brasileira  é 

tamanha  que  basta  uma  desaceleração  para  que  a  balança  comercial  sinta  uma  queda. 

Dessa  forma,  a  seguir,  é  demonstrado  como  as  culturas  impactam  a  arrecadação  de 

impostos  em Mato Grosso  e  a  geração de  renda,  através do  valor  bruto da produção da 

Região.  

 A– Valor Bruto da Produção (VBP)               

 

O Valor Bruto da Produção Agropecuária representa  toda a receita bruta gerada 

na  agropecuária de bens  finais  e  intermediários.  É o  resultado da multiplicação do preço 

médio  dos  produtos,  realizado  em  um  determinado  período,  pela  respectiva  quantidade 

produzida. 

 

Tabela 5. Estimativa do Valor Bruto da Produção no ano de 2008 na região Centro Norte. 

Valor Bruto da Produção: Safra 07/08 

Commodities Produção (ton) 

∆% da Produção da Região na Nacional 

Valor Bruto da Produção (R$) 

Soja  5.570.092 9,3%  3.478.522.454 

Milho  2.120.573 3,6%  525.548.675 

Algodão  276.588 11,0%  720.235.152 

Arroz  240.708 2,0%  149.238.960 

Carne Bovina  65.403 3,9%  315.287.320 

Carne Suína  261.577 8,4%  523.153.185 

Carne de Frango  702.691 6,3%  1.054.036.120 

TOTAL  9.237.632    6.766.021.867  

B – Geração de Empregos             

 

  Fundamentado  no  estudo  realizado  por  Figueiredo  at  AL  (2003)  a  análise  dos 

resultados dos multiplicadores de emprego está apresentada na  forma mais usual, análise 

em variação de R$ 1 milhão. Como os modelos de aplicação  insumo‐produto são demanda 

induzida, o multiplicador de emprego é um indicador que mostra o número de empregos  

 

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gerados por unidade monetária produzida em um determinado setor. Por exemplo, no caso 

da soja, ao se atender a demanda em R$ 1 milhão, foram gerados 12 empregos diretos, 45 

indiretos e 123 induzidos. A base da matriz é inter‐regional e os multiplicadores distribuem‐

se dentro e fora de Mato Grosso. 

 

Tabela 6. Estimativa da Geração de empregos pela Agropecuária na região Centro Norte. 

Geração de empregos no Estado e País (hab) 

Commodities EMPREGOS DIRETOS 

EMPREGOS INDIRETOS 

INDUZIDOS 

Algodão  5.762  17.286                  50.416  

Arroz  895  3.283                  10.745  

Milho  6.307  23.650                  64.642  

Soja  41.742  156.534                427.858  

Avicultura  12.648  162.322                  85.377  

Bovinocultura de Corte  2.522  20.494                  23.331  

Suinocultura  6.278  80.566                  42.375  

TOTAL  54.706  200.752                553.662  

 

 

C – Geração de Tributos           

  Em  virtude  da  obrigatoriedade  do  produtor  em  pagar  tributos  incidentes  sobre  a 

receita bruta de produtos agropecuários e outros, foi estimado quanto o Estado e Governo 

Federal  arrecadariam  com  o  FETHAB  e  FUNRURAL  nos  cenários  propostos.  Dada  a  alta 

complexidade nos cálculos do  ICMS, este não está apresentado, mas é notória a existência 

do mesmo.  

  O FUNRURAL (art. 15,  II da Lei Complementar 11/71), fundo criado com objetivo de 

custear o programa‐ PRORURAL (Programa de Assistência ao Trabalhador Rural). O programa 

promove  ações  assistenciais  ao  trabalhador  rural  (aposentadoria  por  velhice  e  invalidez, 

pensão, auxilio  funeral, serviço de saúde e serviço social), bem como cuida da previdência 

social do mesmo.  

  Já  o  FETHAB,  criado  pela  Lei  7.882,  de  30/12/02,  tem  como  objetivo  financiar  o 

planejamento,  a execução, o  acompanhamento e  a  avaliação dos  serviços nos  setores de 

transporte  e  habitação  em  todo  o  Estado. Atualmente,  é  importante  para  o  Estado,  pois 

auxilia no financiamento de casas e estradas.  

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Tabela 7. Estimativa da receita do FETHAB E FUNRURAL no ano de 2008 pela região Centro Norte. 

Receita de Tributos ao estado de Mato Grosso (R$) Commodities  FETHAB  FUNRURAL Soja  34.407.957 80.006.016 Milho  ‐ 12.087.620 Algodão  1.811.196 16.565.408 Arroz  ‐ 3.432.496 Carne Bovina  492.097 7.251.608 Carne Suína  ‐ 12.032.523 Carne de Frango  ‐ 24.242.831 TOTAL  36.711.250 155.618.503 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

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3.  POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DA REGIÃO CENTRO NORTE          

 

Por  todas  as  características  já  mencionadas,  como  baixa  ocupação  territorial  e 

condições edafoclimáticas para produção, a região Centro Norte possui um grande potencial 

para  expansão.  Dessa  foram  projetadas  estimativas  produtivas  e  econômicas  caso  a 

produção  agrícola  e pecuária ocupasse  50%,  65% ou  80% da  área  total  remanescente da 

região,  exceto  as  áreas  protegidas  (UC´s  ‐  Unidades  de  Conservação  e  TI´s  –  Terras 

Indígenas). 

 Figura 3. Ilustração do percentual de área de agricultura e pecuária com base na área total remanescente da região Centro Norte nos diferentes cenários, atual, 50%, 65% e 80%. 

 

 

 

 

ATUAL SITUAÇÃO DO ESTADO  

(com base na área remanescente)  

ÁREA TOTAL REMANESCENTE (ha): 13.286.697 

ÁREA DA AGRICULTURA: 14% 

ÁREA DA PECUÁRIA: 16% 

CENÁRIO 50%  

ÁREA DA AGRICULTURA: 35% 

ÁREA DA PECUÁRIA: 15% 

CENÁRIO 65% 

ÁREA DA AGRICULTURA: 50% 

ÁREA DA PECUÁRIA: 15% 

CENÁRIO 80% 

ÁREA DA AGRICULTURA: 65% 

ÁREA DA PECUÁRIA: 15% 

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3.1 METODOLOGIAS DOS CENÁRIOS         

 

  Mensurada  a  área  remanescente  da  Região,  foi  calculada  a  quantidade  de  área 

ocupada com pecuária, agricultura, UC´s e TI´s (Unidades de Conservação e Terras Indígenas) 

para os cenários estipulados de 50%, 65% e 80%. A variação de área ocupada deu‐se sobre a 

agricultura já a pecuária ficou com 15% sobre a atual área remanescente, independente do 

cenário, conforme exemplificado na Figura 3. A segmentação por cultura  ficou baseada na 

proporcionalidade do cenário atual, ou seja, atualmente a área de soja representa 93% da 

área produtiva total, portanto, nos cenários também representará.  

  O  diferencial  dos  cenários  expansionistas  para  o  cenário  atual  foi  a  inclusão, 

estimada,  da  produção  de  milheto  e  sorgo,  que  juntos  aparecem  dividindo  espaço  na 

segunda safra com o milho. Foi estipulado, para a safrinha, uma ocupação total de 70% da 

área  de  soja.  Dessa  forma  a  área  ocupada  ficou:  35% milho,  30% milheto,  5%  sorgo.  O 

objetivo desta produção é a integração lavoura‐pecuária combinada a um confinamento. 

  Para metodologia de produção de outras carnes (suínos e frangos) no Cenário Atual, 

foi  transformada a produção de  soja e milho da  safra 07/08 em  ração  (75% milho + 25% 

farelo de soja). Dessa forma, toda a produção de milho e, apenas 25% da produção de soja 

foram  destinadas  à  fabricação  de  ração.  Do  total,  70%  da  ração  seriam  destinadas  à 

alimentação de frangos e 30% de suínos, para o cenário atual. Por conseguinte foi efetuado 

o  cálculo de quantas  cabeças  a Região  conseguiria  abater,  levando‐se  em  consideração  a 

existência de matrizes no sistema produtivo.  

  Nos cenários de 50%, 65% e 80%, a distribuição da ração deu‐se da seguinte forma: 

60%  aves,  30%  suínos  e,  10%  bovinos.  A  distribuição  a  bovinos  atende  o  objetivo  de 

alimentar o gado confinado, proporcionando ganhos em produtividade à Região. 

  Também  foi estimado o percentual da demanda nacional que a Região é  capaz de 

suprir com base na estimativa de consumo médio anual por habitante (IBGE). 

  Vale lembrar que a região, em todos os cenários, conta com um excedente de 75% na 

produção de soja, que podem ser transformadas em óleo, farelo bem como exportação da 

matéria‐prima. 

 

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Para o melhor  entendimento dos  cálculos,  foram  elaboradas  tabelas  comparativas  com o 

detalhamento das metodologias, itens A e B. 

 

A – Áreas       

 

CENÁRIO ATUAL  CENÁRIOS: 50%, 65% e 80% 

ÁREAS 

   Unidade: hectares                

Área total da Região 

   Fonte:   IBGE 2007                

Áreas protegidas da Região    Fonte:  Funai, IMEA            

  

Área total de agricultura 

   Cálculo: 

 Soma das áreas de primeira safra (algodão + soja+ arroz)  Cálculo: 

Cenário  50%  ‐>  35%  da  área  total  da  região,  descontada  as  áreas protegidas 

   Fonte:  3ª estimativa IBGE          

Cenário  65%  ‐>  50%  da  área  total  da  região,  descontada  as  áreas protegidas 

                    Cenário  80%  ‐>  65%  da  área  total  da  região,  descontada  as  áreas protegidas 

Áreas de agricultura 

 Fonte: 

3ª estimativa IBGE 

     

Cálculo: 

Baseado na proporcionalidade do "Cenário Atual". Ex: Área de soja no "Cenário  Atual":  1,8 milhões  de  ha  e  Área  total  de  Agricultura:  1,9 milhões. Representatividade: 93%.Portanto nos cenários a área de soja é 93% da Área total de Agricultura do cenário. Diferentemente  do  “Cenário  Atual”,  foi  a  inclusão,  estimada,  de produção de milheto e sorgo dividindo espaço na segunda safra com o milho.  Para  a  safrinha  a  ocupação  total  seria  de  70%  da  área  de primeira  safra.  Dessa  forma  a  área  ocupada  ficou:  35% milho,  30% milheto, 5% sorgo 

Áreas de Bovinocultura 

   Fonte:  IMEA           Cálculo: Cenário  50%  ‐>  15%  da  área  total  da  região,  descontada  as  áreas protegidas 

           Cenário  65%  ‐>  15%  da  área  total  da  região,  descontada  as  áreas protegidas 

              Cenário  80%  ‐>  15%  da  área  total  da  região,  descontada  as  áreas protegidas 

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B – Produções        

CENÁRIO ATUAL  CENÁRIOS: 50%, 65% e 80% 

PRODUÇÃO AGRÍCOLA 

Fonte:   3ª estimativa IBGE           Cálculo:  Com  base  na  produtividade média  de  cada  uma  das culturas, estimada pelo  IBGE,  foram multiplicadas pela área  destinada  as  mesmas  (conforme  o  cenário).  A soma das produções  resultou na produção agrícola do cenário. 

Ano Safra:  2007/08                

Cálculo: Soma  das  produções  de  primeira  safra: soja,  milho,  algodão  e  arroz  e,  de segunda safra: algodão e milho.  

  

        

PRODUÇÃO DE AVES 

Cálculo:  Foi  projetado  que  70%  da  ração produzida  (25%  da  produção  de  soja, transformada em  farelo  (78% da  soja) + 100%  da  produção  de milho,  tornando‐se  assim  uma  proporção  75:25  milho‐soja) seja destinada para produzir aves.  

Cálculo: Foi  projetado  que  60%  da  ração  produzida  (25%  da produção  de  soja,  transformada  em  farelo  (78%  da soja) + 100% da produção de milho, tornando‐se assim uma  proporção  75:25 milho‐soja)  seja  destinada  para produzir aves.  

     

        Cada  kg  de  frango  que  vai  para  abate 

consome 2,28 kg de ração e matriz 4 kg. Dessa  foi  possível  estimar  o  rebanho total  de  frangos  para  abate  e  as matrizes. 

  

Cada kg de frango que vai para abate consome 2,28 kg de ração e matriz 4 kg. Dessa forma foi possível estimar o rebanho total de frangos para abate e as matrizes. 

        Comparando  com a estimativa do  IMEA 

da  capacidade  de  abate  do  Estado  em 2008,  pode‐se  estimar  quanto  a  Região supre ou supera essa capacidade. 

  

     Comparando com a estimativa do  IMEA da capacidade de abate do Estado em 2008, pode‐se estimar quanto a Região supre ou supera essa capacidade                     

PRODUÇÃO DE SUÍNOS 

Cálculo:  Foi projetado que 30% da ração produzida (25% da produção de soja, transformada em farelo (78% da soja) + 100% da produção de milho,  tornando‐se  assim uma proporção 75:25 milho‐soja)  seja destinada  a produzir suínos.    

  Cada kg de suíno que vai para abate consome 3,00 kg de ração e matriz 5,25 kg. Dessa forma foi estimado  o rebanho total de suínos. 

  Comparando com a estimativa do IMEA da capacidade de abate do Estado em 2008, pode‐se estimar quanto a Região supre ou supera essa capacidade. 

                 

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PRODUÇÃO DE BOVINOS 

Fonte:   INDEA             

Cálculo de gado 

confinado no verão: 

Foi  projetado  que  10%  da  ração  produzida  (25%  da produção de soja, transformada em farelo (78% da soja) + 100% da produção de milho,  tornando‐se assim uma proporção  75:25 milho‐soja)  seja  destinada  a  produzir rebanho bovino.  

Cálculo:  Com  o  dado  de  abate  por cabeça  do  INDEA  estimou‐se que  a  quantidade  de  carne fosse de 16,5 kg por arroba e um desfrute de 70%.   

                    

                     Com  a  produção  de  sorgo  em  5%  da  área  total remanescente  do  Estado,  estimamos  que  15%  dessa área  seja  transformada  em  silagem  para  alimentar  o rebanho  bovino  da  Região.  Foi  admitido  que  no processo  de  transformação  do  sorgo  em  silagem  haja uma perda de 15%. 

                                        

                                        

O  limitante para  a produção de  rebanho  confinado no verão é a  ração. Quanto à silagem de sorgo, se este se apresentasse  como  limitante,  poder‐se‐ia  aumentar  a quantidade  a  ser produzida, que  é de  15% da  área de sorgo e,  se mesmo  assim não  fosse possível,  reduzir o número da área de milheto e aumentar a de sorgo. Por isso a silagem não é enquadrada como limitante. 

                                                                                                                                             Sabendo  que  a  ração  é  o  limitante  pode‐se  saber 

quantas  cabeças  podem  ser  confinadas  a  partir  do cálculo de quantas cabeças serão supridas. Foi admitido que seja necessário 2% de ração por dia em um período de 120 dias para cabeça de 450 kg. 

                    

                                                             Em cima do número de cabeças que serão alimentadas 

com  ração estimamos quanto de  silagem necessitarão: 12 kg de silagem por 120 dias.                     

                                         Cálculo de 

gado na pastagem 

no inverno e verão: 

Com  a  área  de  15%  da  área  total  remanescente  da Região,  foi  calculado  que  a  ocupação  com  gado  no inverno  seja de 2,5 unidades  animal por hectare e, no verão, em função da seca, 1 unidade animal. 

                 

                                   No  verão,  seria utilizado  além da  área de pastagem,  a 

área  de milheto  e  de  sorgo,  no  chamado  "integração: lavoura‐pecuária",  com  ocupação  de  1  unidade  animal por hectare.                     

                                         Cálculo do 

rebanho: Produção  em  área  de  inverno  (neste  caso,  gargalo)  + produção em confinamento = número do rebanho                  

                     Produção  em  áreas:  Gargalo  produtivo.  O  número  de cabeças admitido a ser produzido nas áreas é o que seja suportado tanto no verão quanto no inverno.                     

                                         Cálculo de 

produção de carne: 

Abate  21%  do  gado  de  pastagem  +  40%  de  abate  do gado  confinado,  considerando  que  a  carcaça  seja  de 247,5 kg e com um desfrute de 70%.                  

 

 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

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3.2.  POTENCIAL PRODUTIVO – CENÁRIO 50% 

  A  seguir  estão  apresentados  os  dados  de  incrementos  produtivos  e  resultados 

econômicos, decorrentes de uma evolução de abertura de área de 20 ppc, para 50% na área 

remanescente da Região. 

A – Uso e Ocupação do solo       

 

  Com  uma  expansão  de  50%  em  cima  da  área  total  remanescente,  a  região  ainda 

contará com 6,6 milhões de hectares preservados além dos 1,3 milhão conservados.   Esse 

valor equivale a 1,6 vezes a área agrícola e de pastagem cultivada atualmente na região. A 

abertura da área agrícola para 35%, 21 ppc a mais que o cenário atual, proporcionará um 

aumento significativo na produção agrícola do Estado.  

  A  área  de  pastagem  para  bovinocultura  apresentou  um  decréscimo  de  1  ppc  com 

relação  ao  cenário  atual,  razão  esta  de  o  incremento  produtivo  advir  não  da  expansão 

territorial  e  sim  da  combinação  da  integração  lavoura+pecuária  com  confinamento  no 

período da seca. 

     

Tabela 8. Uso e ocupação do solo da região Centro Norte de Mato Grosso no Cenário 50% (em hectares) com 

comparativo com o Cenário Atual (em %). 

Uso e Ocupação do Solo na região Centro Norte com expansão de área em 50% da área total remanescente (ha) 

Área com Agricultura  4.650.344  (32%) Área com Bovinocultura  1.993.004  (14%) Áreas de Conservação + Indígena  1.255.403  (9%) TOTAL DA REGIÃO    14.542.100 (100%) Área Restante  6.643.348  (45%) 

Fonte: IBGE, IMEA e FUNAI                

 

 

 

 

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B – Projeção da Produção da Agricultura no Cenário 50%     

 

  A expansão incrementaria a produção de grãos e fibra da Região em 141% para 19,8 

milhões de toneladas, 71% da atual produção do Estado. A commodity de maior impacto é o 

algodão que saltaria de 277 mil toneladas para 767 mil. 

   

Tabela 9. Produção de grãos e fibra na região Centro Norte no Cenário 50% (em toneladas) com comparativo 

com o Cenário Atual (em %). 

Produção Agrícola total na região Centro Norte (ton) 

   Cenário Atual  Cenário 50%  Variação (%) 

Soja  5.570.092 13.417.753 141% 

Milho  2.120.573 5.310.014 150% 

Algodão  276.588 767.307 177% 

Arroz  240.708 284.014 18% 

Total  8.207.961 19.779.087 141% 

 

C – Projeção da Produção da Pecuária no Cenário 50%          

O  cenário  do  agronegócio  da  Região,  embora  excelente  na  produção  agrícola, 

encontra‐se  em  uma  situação  de  produção  de  predominância  primária.  Ainda  que  as 

oportunidades para geração de  renda à Região  sejam enormes, a agregação de valor pela 

transformação de proteína vegetal em animal passa a ser a forma mais evidente para a atual 

conjuntura da Região. 

O espaço para instalação de novos parques industriais, que permitam essa agregação 

de  valor em  carnes, é  tão  amplo que  se  a  região  aumentasse  sua  área em 50%, do  total 

remanescente, conseguiria com a transformação de toda sua produção de milho e 25% da 

de  soja,  superar  em  18%  a  atual  capacidade  do  Estado  de  abate  de  frangos  e  84%  da 

capacidade de abate de suínos. 

Já a produção de carne bovina, apesar de sofrer uma redução na área de pastagem 

em  1  ppc  apresentaria  uma  produção,  quando  combinada  com  a  integração  lavoura‐

pecuária e confinamento no período da seca, 172% superior à atual produção. 

 

 

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Com  o  aumento  na  produção  de  carnes,  comparada  ao  cenário  atual,  a  Região 

aumentaria aproximadamente 15 ppc o abastecimento de carne suína e de frangos (tabela 

10) e, triplicaria o abastecimento de carne bovina à população nacional. 

 

Tabela 10. Produção de carnes na região Centro Norte no Cenário 50%  (em quilogramas), abastecimento da demanda nacional  (percentual) e  comparativo de abastecimento da demanda nacional  com o Cenário Atual (em ppc).  

Produção de carnes (kg) e suprimento da demanda brasileira 

Carnes  Produção (kg) Suprimento da 

demanda brasileira 

Variação do suprimento da demanda do cenário 

atual (ppc) 

Frango   1.732.436.928  26%  15 

Suína  644.899.553  27%  16 

Bovina  177.792.993  3%  2 

D – Impactos socioeconômicos: Valor Bruto da Produção no Cenário 50%      

Em  termos  econômicos  o  valor  da  produção  cresceria  na  ordem  de  146%  o  que 

contribuiria para o desenvolvimento não  só do Estado, mas de  todo o país dado o efeito 

multiplicador das cadeias.  

Sendo  o Valor Bruto  da  Produção,  um  indicador  que  engloba  os  produtos  finais  e 

intermediários da produção, vislumbramos pelo ganho de mais de 500 milhões de reais, o 

quão benéfico, em termos de valor de produção, seria se toda a produção de milho e 25% da 

produção de soja fossem transformadas em proteína vegetal.  

 

Tabela 11. Estimativa do Valor Bruto da Produção da região Centro Norte no Cenário 50% e comparativo do VBP com o Cenário Atual (em %). 

Valor Bruto da Produção da região Centro Norte no Cenário 50% 

Commodities Produção (ton) 

∆% da Produção da Região na Nacional 

Valor Bruto da Produção (R$) 

Variação percentual do VBP do Cenário Atual 

Soja  13.417.753  22,4%  8.379.386.933  141% 

Milho  5.310.014  9,1%  1.315.998.395  150% 

Algodão  767.307  30,6%  1.998.066.728  177% 

Arroz  284.014  2,4%  176.088.451  18% 

Carne Bovina  177.793  10,6%  857.080.754  172% 

Carne Suína  644.900  20,8%  1.289.799.105  147% 

Carne de Frango 1.732.437  15,5%  2.598.655.392  147% 

TOTAL  22.334.217     16.615.075.758  146% 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

18  

E – Impactos socioeconômicos: Geração de Empregos          

  No  cenário  50%  o  aumento  da  produção  agrícola  e  investimentos  em  outras 

atividades  propiciariam  ao  país  um  ganho  de  1,2  milhões  de  empregos  entre  diretos, 

indiretos e induzidos, um aumento de 143% com relação ao cenário atual.     

 

Tabela 12. Estimativa da Geração de empregos pela Agropecuária na região Centro Norte no Cenário 50%. 

Geração de empregos no Estado e País (hab.) no Cenário 50% 

Commodities EMPREGOS DIRETOS 

EMPREGOS INDIRETOS 

INDUZIDOS 

Algodão                  15.985                   47.954                 139.865  

Arroz                    1.057                     3.874                   12.678  

Milho                  15.792                   59.220                 161.868  

Soja                100.553                 377.072             1.030.665  

Avicultura                  31.184                 400.193                 210.491  

Bovinocultura de Corte                    6.857                   55.710                   63.424  

Suinocultura                  15.478                 198.629                 104.474  

TOTAL                133.386                 488.120             1.345.075  

F – Impactos socioeconômicos: Geração de Tributos     

       A  arrecadação  do  FETHAB  e  FUNRURAL  aumentaria  143  e  146%  respectivamente  com 

relação  ao  cenário  atual.  Como  conseqüência  ao  aumento,  o  Estado  estará  apto  a  suportar  as 

oportunidades advindas do crescimento produtivo. 

Tabela 13. Estimativa da receita do FETHAB E FUNRURAL no Cenário 50% pela região Centro Norte e comparativos com o Cenário Atual (em %). 

Receita de Tributos ao estado de Mato Grosso e Brasil (R$) no Cenário 50% 

Commodities  FETHAB ∆% do FETHAB do Cenário Atual

FUNRURAL ∆% do FUNRURAL do Cenário Atual 

Soja  82.885.071  141%  192.725.899  141% 

Milho  ‐  30.267.963  150% 

Algodão  5.024.595  177%  45.955.535  177% 

Arroz  ‐  4.050.034  18% 

Carne Bovina  1.337.723  172%  19.712.857  172% 

Carne Suína  ‐  29.665.379  147% 

Carne de Frango  ‐  59.769.074  147% 

TOTAL  89.247.390  143%  382.146.742  146% 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

19  

3.3.  POTENCIAL PRODUTIVO – CENÁRIO 65%   

  Assim  como no  cenário 50%  foi elucidado neste  tópico as  simulações produtivas e econômicas caso a área produtiva com agricultura ocupe 50% da área restante da Região e a pecuária 15%. 

 

A – Uso e Ocupação do solo         

 

  Se a ocupação concedida fosse de 65% da área restante, a Região manteria ainda 4,6 

milhões de hectares  conservados, ou  seja, 4 vezes mais a área protegida em unidades de 

conservação e terras indígenas hoje determinadas.    

Tabela 14. Uso e ocupação do solo da região Centro Norte de Mato Grosso no Cenário 65% (em hectares) com 

comparativo com o Cenário Atual (em %). 

Uso e Ocupação do Solo na região Centro Norte com expansão de área em 65% da área total remanescente (ha) 

Área com Agricultura  6.643.348  (46%) Área com Bovinocultura  1.993.004  (14%) Áreas de Conservação + Indígena  1.255.403  (9%) TOTAL DA REGIÃO    14.542.100 (100%) Área Restante  4.650.344  (31%) 

Fonte: IBGE, IMEA e FUNAI         * Estimativa com base na produção e produtividade           

B – Projeção da Produção da Agricultura no Cenário 65%         

 

  Produzindo em 65% da área,  sendo 50% área de agricultura, a Região vislumbraria 

um aumento de quase 250% na produção de grãos e fibra. Tal crescimento levaria a região a 

ultrapassar a produção de 2008 do Estado em 256 mil toneladas.  

 

 

 

 

 

 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

20  

 

 

Tabela 15. Produção de grãos e fibra na região Centro Norte no Cenário 65% (em toneladas) com comparativo 

com o Cenário Atual (em %). 

Produção Agrícola total na região Centro Norte (ton) 

   Cenário Atual  Cenário 65% Variação (%) Soja  5.570.092 19.168.219 244% Milho  2.120.573 7.585.734 258% Algodão  276.588 1.096.152 296% Arroz  240.708 405.734 69% Total  8.207.961 28.255.839 244% 

 

C – Projeção da Produção da Pecuária no Cenário 65%          

  A  projeção  no  aumento  da  produção  de  grãos,  soja  e milho,  ocasionará  em  um 

aumento na quantidade de ração destinada às agroindústrias. Dessa forma, a produção de 

frangos sairia dos atuais 0,7 milhões de toneladas e passaria para 2,47 milhões de toneladas, 

ultrapassando em 68% a atual capacidade de abate do Estado. Com o mesmo  raciocínio a 

suinocultura  passa  a  produzir  921,3 mil  toneladas,  o  que  exigiria  uma  readequação  das 

plantas de  abate para  suportar o  excedente de 283% da  capacidade  atual.  Já o  aumento 

produtivo da bovinocultura é na ordem de 222,9 mil de toneladas.  

  

Tabela 16. Produção de carnes na região Centro Norte no Cenário 65%  (em quilogramas), abastecimento da 

demanda nacional  (percentual) e  comparativo de abastecimento da demanda nacional  com o Cenário Atual 

(em ppc).  

Produção de carnes (kg) e suprimento da demanda brasileira 

Carnes  Produção (kg)Suprimento da 

demanda brasileira 

Variação do suprimento da 

demanda do cenário atual (ppc) 

Frango   2.474.909.898 37%  26 

Suína  921.285.075  39%  28 

Bovina  222.914.067  3%  2 

 

 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

21  

 

D – Impactos socioeconômicos: Valor Bruto da Produção       

 

  O Valor Bruto da Produção de 23 bilhões de reais é 18,6 bilhões maior que o cenário 

atual. Assim como nos demais cenários projetados, o algodão destaca‐se como o de maior 

variância quanto ao atual cenário. 

Tabela 17. Estimativa do Valor Bruto da Produção da região Centro Norte no Cenário 65% e comparativo do VBP com o Cenário Atual (em %). 

Valor Bruto da Produção da região Centro Norte no Cenário 65% 

Commodities Produção (ton) 

∆% da Produção da Região na Nacional 

Valor Bruto da Produção (R$) 

Variação percentual do Cenário Atual 

Soja  19.168.219  31,9%  11.970.552.762  244% 

Milho  7.585.734  12,9%  1.879.997.707  258% 

Algodão  1.096.152  43,8%  2.854.381.040  296% 

Arroz  405.734  3,4%  251.554.930  69% 

Carne Bovina  222.914  13,3%  1.074.594.412  241% 

Carne Suína  921.285  29,7%  1.842.570.150  252% 

Carne de Frango 2.474.910  22,2%  3.712.364.846  252% 

TOTAL  31.874.948  23.586.015.847  249% 

E – Impactos socioeconômicos: Geração de Empregos         

 

  A  quantidade  de  empregos  proporcionada  pelo  avanço  produtivo  e  agregação  de 

valor aos produtos primários passa a ser 3,5 vezes maior que o atual cenário. A soja destaca‐

se como a maior geradora de empregos diretos pela elevada produção do cenário enquanto 

a avicultura ganha destaque nos empregos indiretos pelo elevado coeficiente atribuído. 

Tabela 18. Estimativa da Geração de empregos pela Agropecuária na região Centro Norte no Cenário 65%. 

Geração de empregos no Estado e País (hab) no Cenário 65% 

Commodities EMPREGOS DIRETOS 

EMPREGOS INDIRETOS 

INDUZIDOS 

Algodão  15.985  68.505  199.807 

Arroz  1.509  5.534  18.112 

Milho  22.560  84.600  231.240 

Soja  143.647  538.675  1.472.378 Avicultura  44.548 571.704 300.702 Bovinocultura de Corte  8.597 69.849 79.520 Suinocultura  22.111 283.756 149.248 

TOTAL  190.551  697.314  1.921.536 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

22  

 

F – Impactos socioeconômicos: Geração de Tributos       

 

  A arrecadação de 127 milhões de reais com FETHAB e 542 com FUNRURAL em apenas 

um ano de produção significa dois anos e meio de produção aos níveis atuais, portanto se o 

cenário produtivo passasse para 65% de ocupação o Estado e País estariam arrecadando em 

2 anos o equivalente a 5 anos hoje. 

Tabela 19. Estimativa da receita do FETHAB E FUNRURAL no Cenário 65% pela região Centro Norte e comparativos com o Cenário Atual (em %). 

 

Receita de Tributos ao estado de Mato Grosso e Brasil (R$) no Cenário 65% 

Commodities  FETHAB ∆% do Fethab do Cenário Atual 

FUNRURAL ∆% do FUNRURAL do 

Cenário Atual 

Soja  118.407.245  244%  275.322.714  244% 

Milho  ‐  43.239.947  258% 

Algodão  7.177.993  296%  65.650.764  296% 

Arroz  ‐  5.785.763  69% 

Carne Bovina  1.677.216  241%  24.715.671  241% 

Carne Suína  ‐  42.379.113  252% 

Carne de Frango  ‐  85.384.391  252% 

TOTAL  127.262.454  247%  542.478.364  249% 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

23  

3.4.  POTENCIAL PRODUTIVO – CENÁRIO 80%   

 

  Seguindo a mesma linha metodológica dos demais cenários estimados, 50 e 65%, os 

itens abaixo apresentam os dados no caso da região expandir sua área produtiva para 80% 

de ocupação na área excludente à de conservação.  

A – Uso e Ocupação do solo     

     Como último cenário produtivo estimado, a região passaria a ocupar 73% de sua área com 

meios produtivos e contaria com 4,6 milhões de hectares, 30 vezes a cidade de São Paulo. 

Tabela 20. Uso e ocupação do solo da região Centro Norte de Mato Grosso no Cenário 80% (em hectares) com 

comparativo com o Cenário Atual (em %). 

Uso e Ocupação do Solo na região Centro Norte com expansão de área em 80% da área total remanescente (ha) 

Área com Agricultura  8.636.353  (59%) Área com Bovinocultura  1.993.004  (14%) Áreas de Conservação + Indígena  1.255.403  (9%) TOTAL DA REGIÃO    14.542.100 (100%) Área Restante  2.657.339  (18%) 

Fonte: IBGE, IMEA e FUNAI         * Estimativa com base na produção e produtividade           

B – Projeção da Produção da Agricultura no Cenário 80%         

     A produção agrícola, no cenário proposto, representa 4,5 vezes a produção da safra 

07/08 da região. A produção projetada para a região ultrapassaria então a atual produção 

mato‐grossense em 8,7 milhões de toneladas 

 

 

 

 

 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

24  

 

Tabela 21. Produção de grãos e fibra na região Centro Norte no Cenário 80% (em toneladas) com comparativo 

com o Cenário Atual (em %). 

Produção Agrícola total na região Centro Norte (ton) 

   Cenário Atual  Cenário 80% Variação (%) Soja  5.570.092 24.918.685 347% Milho  2.120.573 9.861.454 365% Algodão  276.588 1.424.998 415% Arroz  240.708 527.454 119% Total  8.207.961 36.732.591 348% 

 

C – Projeção da Produção da Pecuária no Cenário 80%         

 

  Neste  último  cenário  as  produções  de  carne  da  Região  conseguiriam  suprir,  com 

exceção  da  carne  bovina,  metade  da  população  brasileira  com  uma  nutrição  alimentar 

equiparada a média dos países desenvolvidos. O  incremento neste abastecimento chega a 

ser de 37 ppc no frango no comparativo com o cenário atual.  

  A  produção  de  carnes  da  Região  passa  a  representar  quase  30%  da  produção 

nacional, sendo a produção de suínos a mais representativa, 38,5%. 

 Tabela 22. Produção de carnes na região Centro Norte no Cenário 80%  (em quilogramas), abastecimento da demanda nacional  (percentual) e  comparativo de abastecimento da demanda nacional  com o Cenário Atual (em ppc). 

 

 

Produção de carnes (kg) e suprimento da demanda brasileira 

Carnes  Produção (kg)Suprimento da 

demanda brasileira 

Variação do suprimento da 

demanda do cenário atual (ppc) 

Frango   3.217.382.867 48%  37 

Suína  1.197.670.598 50%  16 

Bovina  268.035.141  4%  3 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

25  

 

D – Impactos socioeconômicos: Valor Bruto da Produção no Cenário 80%      

   A  premissa  de  valor  agregado  fica  ainda  mais  concreta  quando  analisado  os 

resultados abaixo obtidos. A produção de frango, apesar de representar um número menor 

que a metade da produção de milho apresenta um valor produtivo duas vezes maior.  

   

Tabela 23. Estimativa do Valor Bruto da Produção da região Centro Norte no Cenário 80% e comparativo do VBP com o Cenário Atual (em %). 

Valor Bruto da Produção da região Centro Norte no Cenário 80% 

Commodities  Produção (ton) ∆% da Produção da Região na Produção 

nacional 

Valor Bruto da Produção (R$) 

Variação percentual do Cenário Atual 

Soja  24.918.685  41,5%  15.561.718.591  347% 

Milho  9.861.454  16,8%  2.443.997.019  365% 

Algodão  1.424.998  56,9%  3.710.695.351  415% 

Arroz  527.454  4,4%  327.021.409  119% 

Carne Bovina  268.035  16,0%  1.292.108.071  310% 

Carne Suína  1.197.671  38,5%  2.395.341.195  358% 

Carne de Frango  3.217.383  28,8%  4.826.074.300  358% 

TOTAL  41.415.679  30.556.955.936  352% 

  

E – Impactos socioeconômicos: Geração de Empregos        

  O número de pessoas empregadas com a simulação de 80% de ocupação é bastante 

expressivo  já que as 3,6 milhões unidades de emprego  sugerem que  seja necessário uma 

migração ao Estado de mais de 1 milhão de habitantes, considerando que  todos as vagas 

sejam disponibilizadas no Estado. 

Tabela 24. Estimativa da Geração de empregos pela Agropecuária na região Centro Norte no Cenário 80%. 

 

Geração de empregos no Estado e País (hab) no Cenário 80% 

Commodities EMPREGOS DIRETOS 

EMPREGOS INDIRETOS 

INDUZIDOS 

Algodão  29.686 89.057 259.749 Arroz  1.962 7.194 23.546 Milho  29.328 109.980 300.612 Soja  186.741 700.277 1.914.091 Avicultura  57.913 743.215 390.912 Bovinocultura de Corte  10.337 83.987 95.616 Suinocultura 28.744 368.883 194.023 TOTAL  247.716 906.508 2.497.997 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

26  

 

F – Impactos socioeconômicos: Geração de Tributos       

 Conforme se pode observar na tabela abaixo, tanto o estado de Mato Grosso como o 

Governo  Federal  aumentariam  consideravelmente  suas  fontes  de  receita  lembrando  que 

mensuramos  apenas  estes dois  impostos diretos,  FETHAB  e  FUNRURAL, não  analisando  a 

carga tributária na cadeia como um todo. 

 

Tabela 25. Estimativa da receita do FETHAB E FUNRURAL no Cenário 80% pela região Centro Norte e comparativos com o Cenário Atual (em %). 

Receita de Tributos ao estado de Mato Grosso e Brasil (R$) no Cenário 80% 

Commodities  FETHAB ∆% do Fethab do Cenário Atual 

FUNRURAL ∆% do FUNRURAL do 

Cenário Atual 

Soja  153.929.418  347%  357.919.528  347% 

Milho  ‐  56.211.931  365% 

Algodão  9.331.391  415%  85.345.993  415% 

Arroz  ‐  7.521.492  119% 

Carne Bovina  2.016.709  310%  29.718.486  310% 

Carne Suína  ‐  55.092.847  358% 

Carne de Frango  ‐  110.999.709  358% 

TOTAL  165.277.519  350%  702.809.987  352% 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

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4.  CONSIDERAÇÕES FINAIS         

 

  O  crescimento  da  população  mundial  e  o  conseqüente  aumento  da  demanda 

nacional e  internacional por alimentos nos mostram que a produção  tem dois caminhos a 

seguir: 

• Aumento da produtividade, ou seja, produzir mais em menor espaço; 

• Expansão das áreas de produção em áreas de fronteira agrícola. 

 

  Os  resultados  obtidos  neste  estudo,  com  estimativas  do  potencial  produtivo  e 

benefícios  socioeconômicos,  demonstram  grandes  oportunidades  para  a  expansão  da 

produção agrícola na região Centro Norte. 

  As características peculiares que a região apresenta (relevo, clima e solo) permitem o 

aumento significativo da produção e com alta produtividade, evitando o desmatamento e a 

abertura de áreas pouco produtivas.  

  A  principal  razão  de  se  priorizar  a  região  Centro  Norte  para  a  expansão  está  na 

possibilidade de se produzir com alta produtividade. Nesta região é possível realizar duas ou 

até três safras por ano, sendo a ultima representada pelo plantio de pastagem e do sistema 

ILP (Integração Lavoura Pecuária), suprindo a escassez de oferta de capim no período seco 

do ano, limitante de produtividade.  

   O  grande  desafio  é  produzir  com  sustentabilidade,  para  isso  a  premissa  básica  é 

desenvolver  políticas  públicas,  destinar  recursos,  principalmente  para  infra‐estrutura 

logística  e  elaborar  mecanismos  financeiros  para  desenvolver  regiões  com  elevada 

produtividade.  

  A Tabela 25, a seguir, apresenta o resumo do estudo, com o uso e ocupação do solo, 

os  incrementos  da  produção  e  os  benefícios  socioeconômicos  dos  diferentes  cenários  do 

estudo. 

 

 

 

 

 

 

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Potencial Agropecuário da região Centro Norte de Mato Grosso 

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Tabela 25. Resultados produtivos e econômicos atuais e obtidos nos cenários de 50, 65 e 80% de ocupação da Região Centro Norte.  

 

   Unidade Cenário Atual 

Cenário 50% 

Cenário 65% 

Cenário 80% 

ÁREA TOTAL DA REGIÃO  milhões ha  ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  14,5  ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 

Área com Agricultura  milhões ha  1,91  4,65  6,64  8,64 

Área com Bovinocultura  milhões ha  2,09  1,99  1,99  1,99 

Unidades de Conservação + Terras Indígenas 

milhões ha  ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  1,26  ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 

Área Remanescente  milhões ha  9,29  6,64  4,65  2,66 

PRODUÇÃO AGRÍCOLA  milhões ton  8,2  19,8  28,3  36,7 

Produção de Grãos  milhões ton  7,93  19,01  27,16  35,31 

Produção de Algodão  milhões ton  0,28  0,77  1,10  1,42 

PRODUÇÃO DE CARNES  mil ton  1.029,6  2.555,1  3.619,1  4.683,0 

Produção de Carne Bovina  mil ton  65,40  177,79  222,91  268,04 

Produção de Carne Suína  mil ton  261,58  644,90  921,29  1.197,67 

Produção de Carne de Frango  mil ton  702,69  1.732,44  2.474,91  3.217,38 

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO  milhões R$  6.766  16.615  23.586  30.557 

GERAÇÃO DE EMPREGOS  mil unidades  809,1  1.966,5  2.809,4  3.652,2 

Empregos Diretos  mil unidades  54,71  133,39  190,55  247,72 

Empregos Indiretos  mil unidades  200,75  488,12  697,31  906,51 

Empregos Induzidos  mil unidades  553,66  1.345,08  1.921,54  2.498,00 

ARRECADAÇÃO COM FETHAB  milhões R$  36,7  89,2  127,3  165,3 

ARRECADAÇÃO COM FUNRURAL  milhões R$  155,6  382,1  542,5  702,8