Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos · O Sistema Educativo, o Ministério da...
Transcript of Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos · O Sistema Educativo, o Ministério da...
Agrupamento de Escolas Vale d´Este – Viatodos - Barcelos
PROJETO
De
INTERVENÇÃO (2012/2016)
(Em conformidade com o estipulado nos pontos 3, 4 e 5 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º75/2008,
de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º137/2012, de 2 de julho.)
Luís Dias Ramos
Ano Letivo 2012-2013
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 2 de 32
- Índice
Páginas
- Capa 1 - Índice 2, 3 - I - Preâmbulo
1- Um Projeto de Intervenção enquadrado com os problemas da Escola Pública 1.1- Perspetiva global da gestão/administração educacional em Portugal
a)- Os problemas da massificação do ensino b)- A deslocação do centro de decisão para a localidade – o agrupamento
c)- A gestão/administração dos agrupamentos – conflitos e negociação 4, 5, 6 - II - Introdução
1- Um Projeto de Intervenção que contempla a dimensão organizacional da educação
1.1- O Agrupamento de Escolas como Comunidade Educativa
a)- A exigência flexível da intervenção educativa
b)- A dimensão organizacional da educação
2- A experiência profissional e de gestão/administração como mais-valia
3- O envolvimento de todos em prol de um projeto comum 7, 8, 9
- III – Uma Conceção de escola
1- Princípios orientadores deste Projeto de Intervenção
1.1- As mudanças devem ser o epicentro dos princípios orientadores 10, 11
1.2- Ideologias básicas subjacentes aos princípios orientadores apresentados 11
1.3- As áreas de ação da gestão/administração educativa 11, 12
- IV - Caracterização geral do Agrupamento
1- Breve caracterização física________________________________________________
a)- Localização geográfica b)- Área e população c)- Freguesias, níveis, ciclos de ensino e respetivos estabelecimentos d)- Distâncias entre os diferentes estabelecimentos
1.1- Qualidade das instalações
1.2- Recursos informáticos 13, 14, 15, 16
2- Breve caracterização humana______________________________________________
2.1- O contexto sociocultural do território educativo
2.2- A população escolar do agrupamento
a)- População discente
b)- População docente
c)- População não docente 16, 17, 18
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 3 de 32
- V - Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento
1- Enquadramento diagnóstico
1.1- Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento à luz da IGE - Inspeção geral da
Educação
1.2- Estratégias de melhoria das Debilidades diagnosticadas pela IGE
1.3- Outros Pontos fortes e outras Debilidades do Agrupamento
1.4- Estratégias de melhoria das outras Debilidades diagnosticadas 19, 20, 21, 22
- VI - Oportunidades e Constrangimentos
1- Análise da situação 23
- VII - Os serviços do agrupamento ao serviço da população escolar
1- O Recurso aos Serviços de Psicologia
1.1- Sintomas de possíveis problemas sociais do meio 24
2- A Prevenção do Abandono Escolar
2.1- Manter afastada uma realidade antiga 24, 25
3- A Equipa do Ensino Especial
3.1- O apoio aos mais desfavorecidos 25, 26
4- A Ação Social Escolar
4.1- Uma necessidade emergente 26, 27
5- Os resultados escolares
5.1- A avaliação externa 27, 28
5.2- A avaliação interna 29
- VIII - A continuidade de um projeto
1- Dar sequencialidade ao trabalho desenvolvido
2- Um Agrupamento de Escolas com “cultura própria”
3- Um projeto adverso à rutura
4- Um agradecimento
5- Nota Final 30, 31
- IX - Bibliografia 32
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 4 de 32
- I - Preâmbulo
1- Um Projeto de Intervenção enquadrado com os problemas da Escola Pública
1.1- Perspetiva global da gestão/administração educacional em Portugal a)- Os problemas da massificação do ensino
Há mais de uma década que a Escola Pública em Portugal tem vindo a sentir
dificuldades em ensinar, com sucesso real, os jovens que lhe são confiados. Muitas razões
foram já apontadas como possíveis causadoras de um certo mal-estar que tem vindo a
instalar-se no sistema educativo português. Pois, aproximadamente vinte e cinco por cento
dos nossos alunos perdem-se, de forma direta ou indireta, ao longo do seu percurso escolar,
desde a entrada para o primeiro ciclo até à saída do ensino superior.
Uma das razões, muitas vezes referenciada como fator de insucesso evidente,
prende-se com o desajustamento entre aquilo que os jovens podem e devem aprender e o
que a Escola e os Professores lhes ensinam. Na origem desta possível décalage estaria uma
dificuldade de adaptação da Escola às mudanças sociais surgidas – a passagem de um
paradigma educacional dirigido a públicos escolares mais ou menos homogéneos, para um
novo paradigma onde se verifica uma substancial heterogenia dos públicos escolares.
Assistimos à chamada massificação do ensino, em que os alunos oriundos de diferentes
classes sociais, predominantemente as mais desfavorecidas, acorrem à escola
transformando-a numa arena heterogénea de públicos aprendentes.
Surge assim, no seio da aula, uma heterogeneidade de linguagens, valores, ritmos de
aprendizagens, backgrounds e culturas, difíceis de contornar numa abordagem clássica do
processo de ensino-aprendizagem, excessivamente taylorista. Os professores poderão,
assim, sentir dificuldades em trabalhar com as grandes diferenças existentes num mesmo
contexto de sala de aula.
b)- A deslocação do centro de decisão para a localidade – o agrupamento
O Sistema Educativo, o Ministério da Educação, as estruturas de decisão intermédia, e
a escola em particular, também se veem a braços com uma nova realidade e
consequentemente com novos problemas. A diversidade sociocultural que entra pelos
portões das escolas exige uma forma diferente de encarar a educação e a sua
gestão/administração. Estas novas mudanças tornam impossível ao Estado gerir
uniformemente tanta diversidade a partir do centro – Ministério da Educação – É imperativa
a deslocação dos centros de decisão para as localidades - as escolas/os agrupamentos de
escolas –, para as situações em contexto. Nasce a emergência de uma gestão/administração
contextualizada, em que os responsáveis estão mais perto dos acontecimentos,
necessidades e vivências diárias e, por isso, melhor inteirados da realidade, o que os torna
melhores decisores. Esta nova situação é uma grande mudança nacional a não ignorar
quando se aborda a questão da gestão/administração de um Agrupamento de Escolas,
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 5 de 32
visando uma educação para todos, em igualdade de oportunidades de acesso ao sucesso
escolar.
É por demais evidente que a comunidade educativa e todos os seus atores se
encontram hoje a braços com a emergência de mudanças significativas no campo da
educação. As sociedades complexificaram-se e diversificaram-se imenso. O Estado,
Ministério da Educação, já não consegue fazer uma gestão eficiente das inúmeras
diversidades sociais existentes no terreno. Há a necessidade de articular a Escola com essas
novas realidades sociais, facto que leva a uma mudança de paradigma: a urgência em se
criar modelos de gestão descentralizados, como forma de dar resposta aos problemas de
cada escola em particular e de cada aluno como indivíduo diferente.
Deste modo, os atores educativos são convidados a ter uma ação mais interventiva
em termos locais. Trata-se de uma ação mais direta e que tem em linha de conta a
diversidade de situações surgidas no contexto de cada escola/agrupamento. Esta forma de
gestão descentralizada conduz, forçosamente, a um maior envolvimento dos professores nas
decisões e, ao mesmo tempo, acarreta uma maior responsabilização para que as escolas
possam fazer uma gestão que fomente contextos de aprendizagens significativas, para o
maior número de alunos possível.
c)- A gestão/administração do agrupamento – conflitos e negociação
Assim, ao observarmos com alguma profundidade uma organização escolar
verificamos o despontar de áreas de incertezas, de jogos de poder, de conflitos de interesse
grupais e individuais que justificam uma focalização politizada da mesma. Este quadro de
observação perspetiva a organização escolar como um local onde as principais decisões
tomadas envolvem a distribuição de recursos limitados. Ela é constituída por uma dinâmica
permanente de coligações entre os indivíduos que a compõem e grupos de interesses que
nela se constituem. Esses indivíduos e grupos de interesses, por norma, não comungam dos
mesmos valores, das mesmas crenças, das mesmas preferências e não são todos
possuidores da mesma informação, não perspetivando a realidade da mesma maneira. Por
isso, o processo de decisão e fixação dos objetivos da organização são fruto de um trabalho
negocial que nem sempre é transparente e onde cada um, em função dos recursos de que
dispõe, tenta obter os maiores ganhos. Nesta linha de ideias e tendo em conta que os
recursos são escassos e que os interesses dos diferentes atores são divergentes, o poder e o
conflito assumem um lugar central na vida quotidiana da organização escolar.
Por isso, a escola deve ser encarada como um local de lutas ideológicas, uma arena de
competição e de contestação, relativamente aos modelos de gestão e administração que se
pretendam implementar com o fim de dar resposta às carências diagnosticadas no processo
de ensino-aprendizagem numa determinada escola/agrupamento, inserida numa
comunidade específica. O conflito é intrínseco à decisão política no campo da educação e é
desse conflito que emergem soluções que possam abarcar a pluralidade de interesses
existentes na arena educativa, assim como, é esse mesmo conflito que pode transformar-se
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 6 de 32
em proveito educacional relativamente às várias pressões que a escola sofre de forma direta
e indireta enquanto produtora de capital humano com conhecimento.
Nessa perspetiva, cabe à direção e ao seu diretor um trabalho negocial constante entre
os diferentes atores da comunidade educativa, com vista a atingir os objetivos a que se
propõem. Essa tarefa deve sempre visar a harmonização dos conflitos, assim como a
construção de uma paz de trabalho, de organização/administração e de educação orientada
em proveito do processo de ensino-aprendizagem.
Não é tarefa fácil, dado implicar um confronto humano desgastante, porque diário,
entre formas diferentes de observar a realidade, produzindo uma pluralidade de soluções
para a resolução de um mesmo problema, cabendo ao órgão de gestão a responsabilidade
da decisão, atendendo ao conjunto de variáveis subjacentes às problemáticas em causa.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 7 de 32
- II - Introdução
1- Um Projeto de Intervenção que contempla a dimensão organizacional da educação
1.1- O Agrupamento de Escolas como Comunidade Educativa
a)- A exigência flexível da intervenção educativa
O enquadramento legal, que sustenta a edificação da escola de hoje, orienta-nos
para uma organização que construa uma Comunidade Educativa. Para tal é necessário
desenvolver-se uma liderança forte, alicerçada numa cultura de participação e
aprendizagem dos diferentes atores e intervenientes que, direta e/ou indiretamente,
intervêm no processo de prestação de serviço educativo.
Apoiado nesta conceção ideológica de escola, pretende-se que o Projeto de
Intervenção seja fundamentalmente o reflexo desse desiderato, em busca duma
continuidade do trabalho já desenvolvido e, perseguindo a construção de um Agrupamento
de Escolas de qualidade que consiga envolver todos os atores educativos em prol dum
objetivo comum: Educar e Ensinar, respeitando as diferenças de cada um, dentro do
contexto geográfico, social e cultural específico de um território educativo.
Assim, as atividades a desenvolver e os objetivos a alcançar devem adequar-se a uma
escola que pretende estabelecer o equilíbrio entre o sujeito que se disponibiliza para
aprender ao longo da vida e o sujeito social, consciente, equilibrado e responsável que se
tornou crítico e capaz de tomar decisões. Deste modo, exige-se à intervenção educativa a
capacidade de trabalhar, tendo por base diretrizes flexíveis, por forma a contemplar as
particularidades grupais e individuais, culturais e escolares, tendo por objetivo desenvolver
mecanismos de personalização do indivíduo, assim como, a sua socialização e respetiva
humanização. b)- A dimensão organizacional da educação Tendo como pano de fundo o que atrás foi explanado, tem-se verificado, nos últimos
anos, o reconhecimento do papel fundamental que a estrutura diretiva possui na
prossecução da árdua tarefa de gestão/administração de um Agrupamento de Escolas. Deste
modo, além das vertentes individuais e sociais da educação, contempla-se hoje, mais do que
nunca, uma dimensão organizacional da educação. Esta desenrola-se no plano da
materialização e consequente concretização do ato educativo num espaço próprio – a
escola. Assim, na escola, para além dos alunos, estão implicados um vasto conjunto de
agentes que se constituem como uma comunidade organizada e interativa – os
colaboradores. Compreende-se desta forma, a grande preocupação de qualquer liderança
em capitalizar o potencial de conhecimento humano que cada agente possui, colocando esta
necessidade ao nível das tarefas e do produto que se pretende pôr em marcha e obter.
A liderança deve, desta forma, implementar uma cultura de gestão que visa
maximizar as capacidades dos seus colaboradores, estando atenta às necessidades e às
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 8 de 32
aspirações que cada um traz para a organização escolar, implicando uma gestão das forças e
energias que cada um tem para dar, em prol de objetivos e visões comuns para a
organização. A gestão dos diferentes conhecimentos, competências e qualidades deve ser
capitalizada de forma a atingir os objetivos organizacionais, não esquecendo que todos os
participantes, incluindo os alunos, transportam para a escola as suas vivências e experiências
próprias e distintas, que deverão ser contabilizadas como um recurso valioso para o trabalho
organizacional. 2- A experiência profissional e de gestão/administração como mais-valia Assim, penso que a minha experiência profissional pode ser considerada como uma
mais-valia à frente dos destinos deste agrupamento, pelas razões seguintes:
Por ter sido professor de Português e Francês, de todos os níveis de ensino nos 2º,
3º ciclos e Secundário, em diferentes escolas, percorridas ao longo de uma
carreira com vinte e sete anos de trabalho, onde fui assumindo, cumulativamente
ao ato de ensinar, as mais diversas funções e cargos de coordenação e orientação
pedagógica;
Pela minha experiência profissional, laborando em regime de acumulação,
também como docente de estabelecimentos do ensino privado regulares e outros
vocacionados exclusivamente para o ensino profissional, onde vivenciei formas de
gestão/administração bem diferentes das do ensino público;
Pela minha já longa permanência neste Agrupamento de Escolas do Vale d´Este,
com doze anos como professor e elemento de apoio à direção, ao longo destes
últimos anos, ao coordenar a equipa de autoavaliação da escola;
Pela experiência e o conhecimento adquirido, quer como Assessor, quer como
Adjunto do Diretor ao longo destes últimos cinco anos de trabalho na direção
desta Unidade Organizacional;
Pelo conhecimento local que possuo, relativamente ao meio onde se insere este
Agrupamento de Escolas, dado ser eu natural e residir neste território educativo;
As diferentes razões acima explanadas reforçam, neste Projeto de Intervenção, os
princípios de liderança que julgo serem essenciais para a assunção deste trabalho, a saber:
estar atento ao que se diz e se sente, tentando compreender as diferentes sensibilidades de
cada um; decidir de forma justa e eficaz, responsabilizando-me pelos meus atos; falar de
forma clara e objetiva adequando o meu discurso a cada um, por forma a desenvolver
perspetivas positivas e de engajamento a novas ideias e projetos, fornecendo modelos e
conhecimentos, estabelecendo objetivos e esperando resultados, avaliando processos e
corrigindo trajetórias, numa dinâmica de trabalho partilhado e alicerçado na confiança.
3- O Envolvimento de todos em prol de um projeto comum Nesta linha de pensamento, torna-se imperativo à escola dos nossos dias a
construção de um projeto de trabalho comum, que funcione como alicerce e motor de
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 9 de 32
transformação. Assim, um diretor e uma direção empenhada devem ser capazes de implicar
e envolver os alunos, os pais e encarregados de educação, os professores e os diversos
colaboradores, num projeto futuro que responda às necessidades de cada um e de todos.
Para tal, deve proporcionar aos seus diferentes agentes educativos incentivos necessários
para trabalharem em prol de objetivos comuns; desenvolver mecanismos de cooperação,
partilha e promover a reflexão sobre práticas e procedimentos.
Podemos circunscrever o papel da escola ao seu objetivo último, global e essencial –
o desenvolvimento de cidadãos aprendentes, num mundo em constantes mudanças e
responsabilizando-se pelo meio onde vivem, através de uma participação cívica empenhada.
Estes serão os cidadãos que darão continuidade à construção do edifício local, regional e
nacional, alicerçado nos valores da democracia plural e justa. Esta tarefa não é, de todo,
fácil, porque interceta mundividências divergentes e até antagónicas, que se cruzam em
espaços diferentes, onde convivem competências, saberes, necessidades e papéis díspares,
porém imbuídos no objetivo comum, global e essencial atrás referido.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 10 de 32
- III - Uma conceção de escola: 1- Princípios orientadores deste Projeto de Intervenção 1.1- A mudança deve ser o epicentro dos princípios orientadores
As Organizações Escolares são, por excelência, arenas educativas em mudanças
constantes. Estas são intrínsecas à própria escola, tendo em conta os públicos que a habitam
e que nela crescem e se desenvolvem. Também lhe são extrínsecas, pelas forças externas da
sociedade onde se insere e que a impele a atualizar-se de forma pró-ativa, sob risco de se
tornar obsoleta face à rapidez com que o conhecimento e a informação circulam e se
atualizam, através das diferentes tecnologias de informação e dos masse média. Nessa
perspetiva, cabe à escola um papel fundamental na promoção do desenvolvimento integral
de cada aluno, levando-o a refletir sobre si próprio e sobre o mundo que o rodeia,
preparando-o para a integração na vida ativa.
Nesse âmbito, a direção de uma Organização Escolar deve orientar a sua ação por
forma a assegurar a obtenção dos objetivos seguintes:
Proporcionar aprendizagens de qualidade, valorizando o esforço e a persistência, a
participação e o desenvolvimento cívico;
Promover a equidade e a justiça, implementando medidas de inclusão e
diferenciação positiva;
Estabelecer relações bilaterais com os diferentes parceiros educativos do meio onde
se insere o agrupamento, valorizando as experiências e os conhecimentos da
comunidade;
Posicionar-se numa postura aberta à inovação, em busca de novos caminhos e novas
soluções, tentando adaptar-se às novas situações e desafios colocados;
Construir uma escola que tenha um papel de referência na comunidade, pelos
serviços educativos que oferece, pelos resultados que alcança e pela qualidade dos
profissionais que nela cooperam;
Trabalhar de forma ambiciosa na capacidade de inovação e constante readaptação
das suas práticas, por forma a construir uma evolução sustentada;
Articular-se harmoniosamente com o meio na implementação de processos de
formação, autoavaliação e reformulação das suas práticas e procedimentos;
Valorizar a multiculturalidade como forma de enriquecimento pela assunção da
diferença e pela aprendizagem do novo, potenciando, deste modo, a recriação do
conhecimento;
Edificar uma escola inclusiva, aberta a todas as classes sociais, aproveitando as
diferenças para o desenvolvimento de valores de igualdade, fraternidade e
solidariedade humana;
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 11 de 32
Propor uma oferta formativa diversificada que permita percursos educativos
ajustados aos ritmos de aprendizagem de cada aluno, em função das suas
necessidades e aspirações;
Dinamizar o desenvolvimento de projetos que estimulem a criatividade dos alunos e
que possam permitir a integração dos mesmos na comunidade educativa e local;
Apostar nas tecnologias de informação, perspetivando-as como meio privilegiado de
acesso e de difusão do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento integral
dos alunos;
Apoiar a integração plena das crianças portadoras de limitações físicas ou mentais
que levem à existência de necessidades educativas especiais;
Zelar para que a escola disfrute de um bom ambiente, construindo um espaço
disciplinado e disciplinador, alicerçado nas normas do Regulamento Interno,
construído por todos. 1.2- As Ideologias básicas subjacentes aos princípios orientadores apresentados A ideologia da Liderança partilhada: estabelecimento de outros níveis de
participação e respetiva assunção de responsabilidades ao nível das estruturas
intermédias, no que se reporta às tomadas de decisões;
A ideologia da equidade e da justiça: valores que devem estar inscritos nos
documentos orientadores do agrupamento e observáveis em procedimentos como –
critérios de constituição de turma; critérios de seleção de pessoal docente, não
docente e técnicos especializados – assim como nas práticas do diretor e equipa
diretiva em todos os atos praticados, decisões e deliberações tomadas;
A ideologia do primado do pedagógico: a dimensão pedagógica deverá ser sempre
uma prioridade educativa e prevalecer sobre as restantes dimensões;
A ideologia do humanismo: a pessoa humana será sempre uma prioridade, a
valorizar, deste modo, cada aluno, professor, técnico administrativo, auxiliar de ação
educativa, encarregado de educação ou outros parceiros educativos, serão tratados
como tal e não como simples “recursos”, “agentes” ou “atores” educativos;
A ideologia do primado do todo sobre as partes: o bem comum e geral deve
sobrepor-se aos interesses pessoais, pois todas as ações, decisões e deliberações
devem privilegiar o bem coletivo em detrimento dos interesses individuais. 1.3- As áreas de ação da gestão/administração educativa A conceção de escola à qual pretendemos dar corpo está estruturada num
planeamento teórico explanado em quatro documentos construídos para alicerçar,
fundamentar, correlacionar e operacionalizar os pressupostos da ação de
gestão/administração educativa, num determinado espaço físico, social e temporal.
Deste modo, o Projeto Educativo do agrupamento, o seu Regulamento Interno, o
Projeto Curricular que ele pretende desenvolver e o Plano de Atividades plurianuais e anuais
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 12 de 32
que deseja realizar, foram instrumentos construídos numa previsão temporal que finda no
términus do ano letivo 2012/2013. Por isso, penso que devem ser mantidas as linhas
orientadoras que estiveram na base da estruturação desse quadro axiológico, cogitado para
este agrupamento.
Assim, no que diz respeito às áreas de ação que este Projeto de Intervenção pretende
dinamizar e desenvolver, elas estão praticamente situadas no mesmo espetro ideológico,
daquelas que foram definidas no atual Projeto Educativo do agrupamento, a saber:
Curricular e pedagógica; Cultural; Patrimonial; Social; Cidadania; Avaliação; Higiene e Segurança; Administrativa e Financeira.
No entanto, por definição, o projeto tem uma dimensão dinâmica, de recriação
permanente em busca do ajustamento, com vista à obtenção dos objetivos traçados. De
igual modo, outras áreas de ação poderão ser introduzidas em função das necessidades
detetadas ou das vontades observadas na comunidade educativa em geral.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 13 de 32
- IV - Caracterização geral do Agrupamento
1- Breve caracterização física ___________________________________________________
a)- Localização geográfica
O Agrupamento de Escolas do Vale d´Este localiza-se, geograficamente, no litoral
semirrural nortenho, mais precisamente no conselho de Barcelos e está assim rodeado por
quatro concelhos diferentes, em que os seus limites distam da escola sede:
- a Norte – Barcelos (cidade), a uma distância de, aproximadamente, 12 km;
- a Sul - Famalicão, sensivelmente, 7 km;
- a Nascente – Braga, a uma distância aproximada de 19 km;
- a Poente - Póvoa de Varzim, a uma distância relativa de 20 km.
b)- Área e população
O território educativo do agrupamento serve, assim, 12 freguesias que, segundo
dados relativos ao censo de 2011, totalizam uma área de 41.08 Km2, dando albergue a
12.386 habitantes, informação que surge descriminada na listagem abaixo transcrita, em
que as freguesias são assim apresentadas por ordem alfabética:
- Cambeses, (com 1300 habitantes e 3,41km2);
- Carreira, (com 1451 habitantes e 3,71km2);
- Chavão, (com 717 habitantes e 2km2);
- Chorente, (com 753 habitantes e 4,16km2);
- Fonte Coberta, (com 582 habitantes e 2,56km2);
- Grimancelos, (com 791 habitantes e 3,25km2);
- Minhotães, (com 775 habitantes e 3,35km2);
- Monte Fralães, (com 408 habitantes e 1,80km2);
- Negreiros, (com 1618 habitantes e 4,91km2);
- Rio Côvo Santa Eulália, (com 970 habitantes e 3,31km2);
- Silveiros, (com 1181 habitantes e 4,61km2);
- Viatodos, (com 1840 habitantes e 4,01km2);
c)- Freguesias, níveis e ciclos de ensino e respetivos estabelecimentos
O Agrupamento de Escolas do Vale d´Este é constituído por 17 estabelecimentos de
ensino, que se encontram distribuídos pelas várias freguesias do território educativo,
albergando os diferentes níveis e ciclos de ensino, abaixo descritos:
Em termos de Educação Pré-escolar, existem 6 Unidades Educativas onde funcionam
os Jardins de Infância (JI). Existem ainda 5 salas, deste nível de ensino, a laborarem em
Unidades Educativas designadas EB1/JI. Nesta perspetiva, os Jardins de Infância encontram-
se integrados por 9 freguesias, de acordo com o seguinte:
- Cambeses – a (EB1+JI) de Estrada;
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 14 de 32
- Carreira – a (EB1+JI) de Padrão e o (JI) de Reimonde;
- Chavão – a (EB1+JI) de Póvoa e o (JI) de Aldeia;
- Chorente – o (JI) de Assento;
- Fonte Coberta – a (EB1+JI) de Landeiro;
- Negreiros – o (JI) de Igreja;
- Rio Côvo – o (JI) de Igreja;
- Silveiros – o (JI) de Ribeiro;
- Viatodos – a (EB1 +JI) do Centro Escolar.
Relativamente ao Ensino do 1º Ciclo, o agrupamento possui 9 Unidades Educativas
onde são lecionadas as aulas desde o 1º ao 4º ano. Algumas destas escolas e/ou freguesias
incluem os Jardins de Infância referenciados no parágrafo anterior. Assim temos:
- a (EB1) de Cambeses;
- a (EB1) de Carreira;
- a (EB1) de Chavão;
- a (EB1) de Chorente;
- a (EB1) de Fonte Coberta;
- a (EB1) de Negreiros;
- a (EB1) de Rio Côvo;
- a (EB1) de Silveiros;
- a (EB1) de Viatodos.
No que concerne os 2º, 3º Ciclos e Secundário, estes níveis e ciclos de ensino são
lecionados na Escola Sede, que se situa na freguesia de Viatodos e onde se encontra uma
estrutura física apropriado para receber uma média de 30 a 31 turmas por ano. O complexo
da Escola Sede é constituída por:
Um primeiro edifício, predominantemente, administrativo, onde se encontra: - A sala de professores, alguns gabinetes, a biblioteca, uma sala de TIC, uma sala de música, uma sala de reuniões, a secretaria, a reprografia, o PBX, algumas arrecadações e casas de banho.
Um segundo edifício constituído por: - Salas de aulas gerais, salas de educação tecnológica e educação visual, alguns gabinetes, algumas arrecadações e casas de banho;
Um terceiro edifício contendo: - Salas de aulas gerais, salas de educação tecnológica e educação visual, salas de trabalhos oficinais, laboratórios, alguns gabinetes, algumas arrecadações e casas de banho;
Um quarto edifício onde funciona: - A cantina, o bufete, o espaço polivalente - sala do aluno -, a papelaria, alguns gabinetes, algumas arrecadações, algumas salas de aulas específicas e casas de banho;
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 15 de 32
Um quinto edifício – o pavilhão gimnodesportivo com: - Espaço coberto, próprio para a prática de modalidades desportivas; alguns gabinetes, algumas arrecadações, algumas salas de aulas, casas de banho e balneários.
Diferentes Espaços exteriores:
- Espaço descoberto próprio para a prática de modalidades desportivas; portaria, espaço de lazer - ténis de mesa -, uma estufa agrícola e uma sala de aula em monobloco, o monumento “à pedra”, o espaço anfiteatro e uma vasta área jardinada e arborizada.
d)- Distâncias entre os diferentes estabelecimentos
A dispersão física entre as Escolas do 1º Ciclo e os Jardins de Infância (e esta só existe
em duas freguesias, nomeadamente: Carreira e Chavão) não é significativa, verificando-se
uma média de distâncias que não ultrapassam os 2 a 3 quilómetros.
No que diz respeito às distâncias existentes entre os diferentes estabelecimentos de
ensino do 1º Ciclo, entre si, e estes com a escola sede, embora se verifique num ou noutro
caso, médias de afastamento mais acentuadas, estas nunca ultrapassam os 4/5 quilómetros. 1.1- Qualidade das instalações
A qualidade da globalidade das instalações da Educação Pré-Escolar é muito
aceitável, sendo muito boa, até, em alguns destes estabelecimentos, como é o caso do novo
Centro Escolar de Viatodos.
A maior parte das Escolas do 1º Ciclo apresenta edifícios com condições muito
razoáveis, dado terem, em alguns casos, sido sujeitos a restauros, por parte da Autarquia,
ou, noutros casos, beneficiado de melhorias, graças a alguns apoios das Associações de Pais.
É de salientar as excelentes condições de trabalho que irá proporcionar o novo Centro
Escolar de Viatodos, inaugurado no início deste ano letivo.
As condições da escola sede são aceitáveis, encontrando-se os edifícios conservados
e sendo os espaços específicos suficientes e adequados para a maioria das atividades
educativas aí desenvolvidas, porém podemos considerar que os espaços interiores ou
exteriores cobertos, de índole recreativo, para os discentes, são talvez ainda insuficientes.
Embora tenham sido criadas recentemente duas extensas áreas cobertas que já permitem
proporcionar essa função de forma razoável.
Seria de estudar, a médio prazo, a possibilidade de criar diversos espaços exteriores
de convívio, através da colocação de vários bancos de jardim em local a estudar
estrategicamente, que poderiam funcionar como espaços de convívio e socialização,
evitando que os alunos se sentem em locais inapropriados e/ou se dispersem por áreas
menos vigiadas e por isso potenciadoras de inseguranças de vário tipo.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 16 de 32
1.2- Recursos informáticos
No que diz respeito aos recursos informáticos, todos os estabelecimentos de ensino,
beneficiam já de acesso à internet e estão equipados com, pelo menos, um computador.
Algumas escolas do 1º ciclo já possuem quadros interativos. Estes equipamentos deverão ser
colocados a curto/médio prazo em todas as salas deste ciclo de ensino.
Na escola sede, todas as salas estão munidas de um computador ligado a um projetor
a fim de o professor fazer uso do mesmo para diversificar as suas estratégias de lecionação.
Algumas salas possuem vários computadores para proporcionar, aos alunos sempre que o
professor o desejar, trabalhos em grupo aos alunos, utilizando os computadores como
ferramentas de pesquisa e/ou para outros trabalhos objetivados. Existe ainda uma sala de
TIC, munida de equipamento informático que permite a consecução de um trabalho
tecnológico destinado a uma turma inteira ao mesmo tempo. A escola também possui vários
espaços onde os alunos têm acesso à internet através de computadores disponibilizados
para o efeito. A médio prazo, poderá ser estudada a possibilidade de ser criada uma nova
sala de TIC, com vista a satisfazer as necessidades sentidas nesse âmbito.
2- Breve caracterização humana _________________________________________________
2.1- O contexto sociocultural do território educativo
No contexto atual, podemos afirmar que a área de influência pedagógica do
Agrupamento de Escolas do Vale d´Este se caracteriza, em termos económicos e sociais,
como sendo um meio ainda semirrural. Embora algumas freguesias, mais populosas e
evoluídas, tendem a apresentar características que refletem vivências muito próximas dos
ambientes económicos, sociais e culturais, das pequenas vilas.
Nesta linha de pensamento, encontramos em determinadas freguesias, alguma
indústria diversificada na produção de alfaias e maquinaria agrícola, fogões, calçado, roupa
e têxtil diverso, peças automóveis, carnes, plásticos, madeiras, móveis e mobiliário artesanal,
alguma indústria de tratamento de metais, pedra e materiais de construção, entre outras.
Verifica-se, de igual modo, um acentuado comércio local, visível nas lojas de
vestuário, calçado, decoração, maquinaria diversa, materiais de construção, produtos
agrícolas, mercearias e pequenos mercados, oficinas e standes de automóveis, agências
bancárias, seguradoras, clínicas, consultórios médicos, laboratórios de análises, farmácias,
esteticistas e cabeleireiras, cafés, bares, pastelarias, padarias, restaurantes, etc.
Este incremente industrial fez nascer algumas instituições culturais, infraestruturas e
equipamentos que serviram as populações e permitiram algum desenvolvimento social e
cultural, tais como: o quartel de bombeiros, a academia de música, a orquestra local, os
ranchos folclóricos, as bandas de música, os lares de idosos, os centros de saúde, algumas
infraestruturas desportivas, as farmácias, as estações de serviço, os centros de dia e de
ocupação dos tempos livres, os correios, etc.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 17 de 32
No entanto, ainda se observam, em certas freguesias, formas de sustento
provenientes de lugares onde permanecem socioculturas caraterísticas de uma ruralidade
acentuada.
É ainda de referir que neste território educativo, como noutras zonas da costa litoral
do país, uma grande percentagem da força de trabalho desloca-se todos os dias, para os
centros urbanos limítrofes das suas áreas de residência, predominantemente em direção a
cidades como: Barcelos, Famalicão, Braga, Póvoa de Varzim, Porto e Vila do Conde.
Porém, não podemos ignorar que os efeitos da crise que o país atravessa, aliados à
forte recessão que começa a fazer sentir-se, tem vindo a enfraquecer o tecido industrial e
comercial que vinha crescendo e consolidando-se.
Prevê-se assim, num futuro próximo, uma forte descaracterização da malha
económica deste território educativo, com as respetivas consequências sociais que tais
fenómenos arrastam – dificuldades económicas de vária ordem; emigração e suas
consequências; pobrezas escondidas que despertam acessos de delinquência; aumento da
criminalidade; instabilidade de vida que desencadeia problemas de saúde mental de vária
ordem, etc, um caudal de frustrações e males familiares que irão desaguar na sala de aula. O
Agrupamento e as suas escolas terão de estar preparados para esta situação anómala.
2.2- A população escolar do agrupamento a)- População discente No presente ano letivo a população discente do agrupamento está distribuída, pelos
diferentes níveis e ciclos de ensino, da seguinte maneira: (ver quadro:1)
Ano Letivo: 2012/2013
Educação Pré-escolar
1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo Curso de Educação Formação
Ensino Secundário
TOTAL de Alunos
Número de alunos
291 557 280 391 19 54 1592
(Quadro:1)
b)- População docente
Os professores do agrupamento estão distribuídos, pelos diferentes níveis e ciclos de
ensino, da forma que se segue: (ver quadro:2)
Ano Letivo: 2012/2013
Educação Pré-escolar
1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo Curso de Educação Formação
Ensino Secundário
TOTAL de
Professores
Número de Professores
16 32 26 45 119
(Quadro:2)
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 18 de 32
c)- População não docente
Os assistentes técnicos, assistentes operacionais, outros técnicos e funcionários
encontram-se assim agrupados: (ver quadro:3)
Ano Letivo: 2012/2013
Educação Pré-escolar
1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo Curso de Educação Formação
Ensino Secundário
TOTAL de
Assist. Oper.
Assistentes Operacionais
14 9 32 55
(Quadro:3)
Perante os números apresentados, nos quadros acima expostos, é fácil concluirmos
que o Agrupamento de Escolas Vale d´Este trabalha, com e para uma mancha humana de
envergadura considerável que não deve, de todo, ser ignorada, sempre que se pretende
orientar os destinos de uma Unidade Organizacional vocacionada para a educação e ensino.
Nesse sentido, devem ser criadas dinâmicas de responsabilização de cada agente
educativo, delineando com clareza os papéis que cada um deve assumir nas funções que
executa, construindo uma cadeia humana de empenho pela causa comum, que é a
prestação de um serviço educativo de qualidade. Pois, cada um é parceiro responsável e
elemento pró-ativo nesse processo em cadeia de serviço público de educação, em prol das
crianças e jovens do nosso território educativo.
Aos nossos alunos e aos pais e encarregados de educação cabe um papel de abertura,
de confiança e participação ativa que potencie o aproveitamento das sinergias colocadas ao
seu dispor e ao dispor dos discentes, em proveito do processo de ensino-aprendizagem.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 19 de 32
- V - Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento 1- Enquadramento diagnóstico Este Projeto de Intervenção pretende, por um lado, efetuar uma análise dos aspetos
conseguidos e menos conseguidos do Agrupamento, com vista a perpetuar, sempre numa
perspetiva de melhoria, o trabalho desenvolvido com êxito e, por outro lado, encetar
estratégias de melhoria e respetiva inversão das trajetórias menos conseguidas.
Para tal, irá alicerçar a sua análise no relatório da IGE, Inspeção Geral da Educação,
que esteve recentemente neste agrupamento a efetuar uma ação inspetiva, no âmbito da
avaliação externa, em março de 2012, focalizada no serviço educativo prestado por esta
Unidade Organizacional ao longo dos anos letivos de 2008/2009; 2009/2010 e 2010/2011.
1.1- Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento à luz da IGE - Inspeção geral da Educação
Por forma a sintetizar a informação analisada, os Pontos Fortes e as Debilidades
encontradas irão ser listadas no quadro-síntese abaixo transcrito. (ver quadro: 4 e 5)
Pontos Fortes
IGE - Inspeção Geral da Educação 1- Os resultados académicos obtidos no 1º ciclo;
2- O reconhecimento da comunidade educativa com o serviço prestado pelo agrupamento e os seus contributos para a dinamização cultural e o desenvolvimento local;
3- O planeamento da ação educativa centrada nos princípios orientadores definidos e nas metas estabelecidas para cada ano de escolaridade e disciplinas;
4- A utilização regular de metodologias ativas e experimentais no processo de ensino-aprendizagem em todos os níveis de educação e ensino;
5- A valorização da dimensão artística visível em projetos e atividades culturais;
6- A liderança da direção que valoriza as lideranças intermédias e motiva os seus profissionais;
7- A organização do Agrupamento e a gestão eficaz dos seus recursos. (Quadro:4)
Debilidades
IGE - Inspeção Geral da Educação 1- As taxas de conclusão do 3º ciclo que apresentam uma tendência decrescente;
2- A débil gestão sequencial do currículo na transição entre os vários ciclos de ensino, mais visível na transição do 2º para o 3º Ciclo;
3- A ainda fraca concretização do acompanhamento e da supervisão da prática letiva enquanto estratégia de desenvolvimento profissional dos docentes;
4- A avaliação da eficácia e do impacto das medidas de apoio educativo e das atividades constantes do plano plurianual de atividades do Agrupamento, ainda pouco estruturada;
5- O pouco aprofundamento do processo de autoavaliação e de monitorização das ações de melhoria.
(Quadro:5)
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 20 de 32
1.2- Estratégias de melhoria das Debilidades diagnosticadas pela Inspeção geral da Educação
1-
a- Intensificação do trabalho colaborativo e cooperativo; b- Reforço da coerência entre o ensino e a avaliação; c- Reestruturação dos critérios de aprovação nos anos intermédios; d- Reforço da diversificação da oferta formativa.
2-
a- Reforço do trabalho de construção de Projetos Curriculares de Turma (PCT) através de uma maior interação entre todos os antigos e atuais professores da turma; b- Promoção de encontros de trabalho, entre os diversos níveis e ciclos de ensino, visando debater e discutir a gestão curricular, sempre numa perspetiva de articulação sequencial e progressiva do currículo; d- Promoção de ações de trabalho, nos diferentes grupos disciplinares, com o fim de, através da exploração de conteúdos curriculares, dinamizar projetos que potenciem a articulação entre níveis e ciclos de ensino; e- Realização de ações de formação, destinadas a todos os docentes dos diferentes ciclos de ensino, dinamizadas numa perspetiva de esclarecimento de áreas menos trabalhadas no âmbito da articulação sequencial e progressiva dos diferentes currículos.
3-
a- Reforço da construção de um bom ambiente de trabalho, alicerçado numa boa relação pedagógica, na procura constante da melhoria progressiva da qualidade de vida de todos os atores educativos, dentro do maior diálogo, negociação e procura de consensos; b- Intensificação da cooperação e da partilha entre os pares, visando a apropriação, reflexão e a consequente edificação de boas práticas de trabalho conducentes à promoção do sucesso educativo; c- Implementação da supervisão da prática letiva, em contexto de sala de aula, como procedimento estruturado e generalizado, fazendo parte integrante do trabalho e formação docente.
4-
a- Monitorização e avaliação da eficácia dos Apoios Educativos de Língua Portuguesa (AELP) e de Matemática (MAT) predominantemente, tendo em conta as propostas apresentadas pela equipa de autoavaliação, visando a consequente construção de planos de ação de melhoria, sempre que se verifique uma promoção do sucesso escolar, abaixo do objetivado; b- Monitorização e avaliação da eficácia das atividades inscritas no plano anual de atividades, com vista a verificar o impacto de cada uma, na efetiva complementaridade dos respetivo currículo de cada disciplina, tendo em linha de conta os conteúdos selecionados e programados para o ano letivo e os êxitos do processo de ensino-aprendizagem.
5-
a- Promover um apoio ao aprofundamento do trabalho de monitorização e avaliação da equipa de autoavaliação, criando condições para que esta possa, com isenção, tornar-se um elemento preventivo e, através de planos de ação de melhoria, por ela propostos, corrigir trajetórias que se desviem dos objetivos traçados pela Unidade Organizacional.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 21 de 32
1.3- Outros Pontos fortes e outras Debilidades diagnosticadas no Agrupamento Com o intuito de alargar e aprofundar a análise das condições e dos processos de
trabalho, assim como dos resultados alcançados pelo Agrupamento de Escolas Vale d´Este,
no âmbito da pluralidade das dimensões que ele abarca, este Projeto de Intervenção
apresenta outras variantes a ter em conta ao observar a Unidade Organizacional e propõe
algumas pistas que podem permitir a correção daquilo que possa estar menos bem.
A fim de resumir e facilitar a observação da informação recolhida, os Pontos Fortes e
as Debilidades irão ser apresentados no quadro-síntese seguinte. (ver quadro: 6 e 7)
Pontos Fortes
Observação de outras dimensões
1- Poucos incidentes de indisciplina grave e, quando existentes, objeto de tratamento imediato e adequado;
2- Permanente articulação entre os órgãos de gestão de topo - Conselho Geral, Direção, (Coordenadores) e Conselho Pedagógico;
3- Diversidade e abrangência de projetos, parcerias e protocolos;
4- Trabalho dinâmico no apoio e respetivo encaminhamento dos alunos, pelos serviços de Psicologia e Orientação Vocacional;
5- Educadores e professores interessados e empenhados que se preocupam com a qualidade científico-pedagógica do seu trabalho;
6- Instalações escolares com condições muito razoáveis e, suficientemente apetrechadas para proporcionar uma boa prática letiva;
7- Boa relação entre o agrupamento, as suas escolas, os encarregados de educação e o meio;
8- Funcionamento da biblioteca, integrando o Plano Nacional de Leitura e articulando as suas atividades com as que se encontram inscritas no Plano Plurianual de Atividades do agrupamento;
9- Intervenção ativa da equipa de Educação Especial, no apoio e acompanhamento de alunos com Necessidades Educativas Especiais.
(Quadro:6)
Debilidades
Observação de outras dimensões
1- Implicação do aluno no seu processo de aprendizagem de forma ainda muito imperativa;
2- Apetrechamento ainda deficitário das salas laboratoriais, dificultando as aulas experimentais para todos;
3- Utilização ainda tímida, por parte de muitos docentes, de novas estratégias de trabalho, com recurso às novas tecnologias;
4- Pouco investimento no rigor, na coerência e na uniformização dos processos e critérios de avaliação no seio de cada grupo disciplinar;
5- Rede de informação e comunicação, por vezes, ainda pouco eficiente entre as várias estruturas e parceiros da comunidade educativa;
6- Insuficiente interação com os pais, encarregados de educação, no sentido de os cativar para um trabalho cooperativo e colaborativo com a escola;
7- Resultados das provas finais do 9º ano – Português – abaixo da média nacional: 64% nacional e 62% escola.
(Quadro:7)
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 22 de 32
1.4- Estratégias de melhoria das outras Debilidades diagnosticadas
1-
a- Construção de um espaço de abertura por forma a incentivar o professor a promover uma participação colaborante dos alunos nos assuntos da aula, implicando-os nos conteúdos a selecionar e nas metodologias de trabalho a utilizar para o efeito; na calendarização dos mesmos e nos processos e estratégias de avaliação dos conhecimentos aprendidos; envolvê-los nas regras de comportamento a adotar, entre si e para com os professores;
2-
a- Elenco dos materiais, prioritariamente necessários e orçamentar os montantes a envolver, sempre numa lógica de racionamento de custos, a fim de se efetuar um estudo das possibilidades financeiras do agrupamento, para o efeito;
3-
a- Promoção de ações de trabalho, nos diferentes grupos disciplinares, com o objetivo de manusear as novas ferramentas tecnológicas (computador/projetor, quadro interativo) com o propósito de as utilizar mais regularmente em contexto da sala de aula; b- Fomentar a cooperação e a partilha entre os pares, visando a troca de experiências e materiais;
4-
a- Monitorização e avaliação da eficácia dos processos, critérios e instrumentos de recolha de dados, para a avaliação dos alunos, visando a consequente uniformização de critérios e correção de mecanismos de trabalho que necessitem de melhorias, sempre que se verifique uma discrepância de resultados intragrupal, com resultados abaixo do objetivado;
5-
a- Criação de um grupo de trabalho, com elementos ligados às novas tecnologias, responsável pela divulgação e comunicação da informação considerada relevante, assim como aquela legalmente exigida, instituído na tarefa de manter sempre e atempadamente informada a comunidade educativa interna e externa do agrupamento;
6-
a- Promoção, através de ações de formação, debates e/ou conversas informais entre professores e representantes das associações de pais, de um ambiente propício à descoberta de soluções que permitam uma maior e mais efetiva interação entre professores e pais/encarregados de educação, versus, pais/encarregados de educação e professores; b- Criação de condições, para que o Diretor de Turma e os pais/encarregados de educação da turma que supervisiona científica e pedagogicamente, possa estabelecer climas de colaboração e cooperação benéficos para a resolução conjunta dos problemas surgidos no processo de ensino-aprendizagem dos seus educandos/discentes;
7-
a- Atuação preventiva nos oitavo e nono anos, através de uma monitorização atenta do
Diretor de Turma aos alunos com dificuldades, proporcionando-lhes mais atenção, apoios Educativos complementares e um trabalho colaborativo com os Encarregados de Educação.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 23 de 32
- VI - Oportunidades e Constrangimentos
1-Análise da situação Com o objetivo de identificar alguns aspetos que possam ser considerados
Oportunidades e/ou Constrangimentos para o desenvolvimento dos trabalhos da Unidade
Organizacional na persecução dos seus objetivos, devemos distinguir entre: o ambiente
interno e externo da comunidade educativa.
Assim, o ambiente interno reporta-se às dinâmicas que estão sob o controlo da
Unidade Organizacional e que resultam da aplicação de estratégias de atuação definidas
pelos seus elementos - Pontos fortes e Debilidades, já elencados no capítulo anterior.
O ambiente externo à comunidade educativa está relacionado com as dimensões
macroambientais - (questões de natureza geográfica, económica, política, legal e
tecnológica) e microambientais - (questões relacionadas com o público-alvo, as famílias, os
parceiros e colaboradores educativos), que são dimensões exteriores à Unidade
Organizacional e que, embora não sejam controláveis pelo agrupamento, influenciam-no
negativa ou positivamente na sua ação gestionária, constituindo constrangimentos e/ou
oportunidades à consecução dos objetivos a alcançar.
A observação das ideias explanadas, relativamente às Oportunidades e/ou
Constrangimentos está sintetizada no quadro que se segue. (ver quadro: 8 e 9)
Oportunidades
1- A constituição de um agrupamento de escolas autónomo, albergando os diferentes ciclos e níveis de ensino, incluindo o ensino secundário;
2- Um corpo docente estável, com largos anos de experiência e identificado com a cultura do agrupamento e do meio;
3- A existência de vários docentes que já possuem uma especialização universitária e de outros que se encontram a frequentar ou a concluir, torna este capital humano de conhecimento uma mais-valia para a Unidade Organizacional;
4- A existência de uma rede de parcerias com instituições do Ensino Superior, assumindo-se como um desafio à promoção da investigação com vista à apropriação dos resultados científicos nas práticas do agrupamento.
(Quadro:8)
Constrangimentos
1- Concorrentes educacionais públicos e privados, sedeados a pequenas distâncias do agrupamento;
2- Formação contínua dos professores pouco adequada e logisticamente de fraca acessibilidade para os docentes do agrupamento;
3- Pessoal docente desgastado, com mudanças constantes na atividade profissional, provocadas por várias reformas das políticas educativas, com implicações na sedimentação de processos de trabalho;
4- Pouca oferta formativa para o pessoal não docente. (Quadro:9)
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 24 de 32
- VII - Os serviços do agrupamento ao serviço da população escolar
1- O Recurso aos Serviços de Psicologia 1.1- Sintomas de possíveis problemas sociais do meio
Os Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional do agrupamento acompanharam,
ao longo do ano letivo transato, um total de 289 alunos, dos quais, 136 em sessões de
orientação escolar e profissional e 153 em apoio psicopedagógico. Estes últimos números
podem, de certa forma, ser observados à luz de uma interpretação que foque a sua atenção
nos reflexos diretos e/ou indiretos das necessidades/carências do meio social que esta
Organização Escolar serve. (ver quadro:10)
Alunos com acompanhamento psicológico Alunos que frequentaram sessões de
Orientação Escolar e Profissional
Pré-escolar 1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo CEF Total 1 9º Ano CEF Total 2 TOTAL 1 e 2
2 81 62 26 12 153 120 16 136 289 (Quadro:10)
Nos alunos encaminhados para apoio psicopedagógico releva-se a deteção de
algumas problemáticas mais frequentes, tais como: perturbações de ansiedade, problemas
psicossociais/familiares, perturbações de aprendizagem, perturbações disruptivas do
comportamento e défice de atenção, entre outras situações que nem sempre são fáceis de
diagnosticar.
Nesta linha de pensamento e dando continuidade e profundidade ao trabalho que
tem vindo a ser desenvolvido nesse âmbito, é de todo pertinente continuar a dotar estes
serviços de condições necessárias e adequadas, por forma a permitir uma prevenção
atempada e eficaz dos problemas perturbadores do normal processo de aprendizagem dos
alunos.
Assim, através de um trabalho de equipa de cariz multidisciplinar deve ser realizado
um serviço de monitorização dos casos referenciados, efetuada uma interpretação dos sinais
desviantes em determinados alunos, assim como, desenvolvido um acompanhamento dos
jovens mais necessitados em termos de apoio emocional e psicológico, sempre com a
intervenção e colaboração dos pais/encarregados de educação, dos professores, dos
assistentes operacionais e dos diferentes órgãos de gestão, com vista a solucionar os
diversos problemas humanos, surgidos.
2- A Prevenção do Abandono Escolar 2.1- Manter afastada uma realidade antiga
Tem sido, ao longo dos anos, uma preocupação constante deste agrupamento
combater o Abandono Escolar. Paradoxalmente à evolução cultural e escolar que se tem
verificado em termos globais a nível nacional, esta tarefa não tem sido fácil, na medida em
que esta Organização Escolar serve um território educativo ainda semirrural e com atrasos
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 25 de 32
estruturais concelhios que advêm do seu elevado número de freguesias – oitenta e nove – o
maior concelho do país. No entanto, os esforços desenvolvidos na prevenção e resolução
desse problema têm vindo a dar os seus frutos. (ver quadro: 11)
Ano Letivo 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013
Percentagem de abandono - 1% - 1% - 1% Previsão de: -1% ou 0%
(Quadro:11)
Assim, à semelhança do trabalho desenvolvido neste âmbito e, na continuidade da
cultura vivida por todos os agentes educativos desta Unidade Organizacional, serão
trabalhados aspetos relacionados com uma contínua monitorização dos casos passíveis de
estar em risco de abandono escolar, com o intuito de promover ações e aconselhamentos
que permitam inverter tais situações. Esse trabalho só é possível através de uma relação de
proximidade efetiva entre: o aluno da escola e o filho de casa, isto é: os agentes educativos
da Organização Escolar e os Pais/Encarregados de Educação dos discentes que educamos.
3-O Ensino Especial 3.1- O apoio aos mais desfavorecidos A Equipa de Educação Especial acompanhou e apoiou, ao longo do ano escolar de
2011/2012, 34 alunos do agrupamento que apresentaram características físicas e mentais
suscetíveis de ser abrangidos por Necessidades Educativas Especiais. É possível constatar,
através destes dados, algumas condições sociais menos favoráveis que subsistem no
território educativo desta Organização Escolar, mas às quais esta instituição educativa tem
sabido dar uma resposta exemplar.
Alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE)
Disfunções
Nível de educação e de ensino
Pré-
escolar
1º
CEB
2º
CEB
3º
CEB
Ens.
Sec. TOTAL
Sensoriais Visão 1 1 Audição 1 1
Mentais
Linguagem 3 1 4 Intelectuais 7 12 19 Emocionais 1 1 2 Psicossociais 2 2 4 Neuromusculoesqueléticas e relacionadas com movimento 1 1 Voz e fala 1 1 Saúde Física 1 1
Totais por níveis de educação e níveis de ensino 2 15 1 16 0 34
(Quadro:12)
Assim, com vista a dar continuidade a este princípio, acarinhado com especial
cuidado neste agrupamento e que, também se encontra consagrado neste Projeto de
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 26 de 32
Intervenção, quando refere que o agrupamento deve zelar pela integração plena das
crianças portadoras de limitações físicas ou mentais que levem à existência de necessidades
educativas especiais, será dado apoio à equipa do ensino especial, tentando, na medida do
possível, dar resposta a uma revindicação do grupo que se vê a braços com a falta de mais
um professor especializado para fazer face, com propriedade, a um número, assaz elevado,
de alunos com necessidades educativas especiais, como se pode verificar pelos dados
explanados no quadro acima transcrito. (ver quadro: 12)
4- A Ação Social Escolar 4.1- Uma necessidade emergente Este domínio de prevenção e proteção aos mais desfavorecidos pode servir de
barómetro, relativamente às carências sentidas na área geográfica de ação educativa desta
Unidade Organizacional. Verifica-se, neste sentido, que o agrupamento tem desenvolvido
um trabalho atento nesta vertente, tentando, dentro dos recursos que lhe são
disponibilizados e outros que criativamente vai conseguindo, dar uma resposta quantitativa
e qualitativa de relevância, aos problemas prioritários surgidos. (ver quadro: 13, 14 e 15)
Alunos, (sem deficiência), beneficiários da Ação Social Escolar
Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário TOTAL
Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B
26 24 172 47 92 63 138 12 14 588
(Quadro:13)
Alunos, (com deficiência), beneficiários da Ação Social Escolar
Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário TOTAL
Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B
1 4 1 4 12 22
(Quadro:14)
Alunos com Bolsa de Mérito atribuída
Secundário TOTAL
10º Ano 11º Ano 12º Ano
6 6
(Quadro:15)
Numa análise global dos quadros apresentados, verifica-se que a Ação Social Escolar
consegue beneficiar um total de 616 alunos, nas diferentes modalidades de apoio que ela
abrange, o que perfaz quase 39% da população estudantil do agrupamento. Considero estes
dados relevantes, visto que, estas contribuições alimentares contribuem de forma indireta
para a promoção do êxito do processo de ensino-aprendizagem desses alunos.
Neste sentido também devem ser tidos em conta “o suplemento alimentar” – lanche
da manhã e lanche da tarde – que o agrupamento proporciona a um conjunto alargado de
jovens carenciados, aproximadamente trinta.
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 27 de 32
Assim, deve ser feito um esforço continuado de promoção destas medidas de apoio e
de outras que possam ser consideradas como tal, a fim de proporcionar aos alunos
carenciados, condições de vida e de estudo que lhes permitam ter acesso igualitário ao
sucesso escolar. 5- Os resultados escolares 5.1- A avaliação externa Quando se fala de resultados em educação, sabemos que inúmeras dúvidas,
subjetividades e variáveis estão subjacentes à frieza dos números e das percentagens, visto
que a avaliação quantitativa tem dificuldades em exprimir uma dimensão qualitativa da
educação que se manifesta na essência intrínseca do ato de ensinar - uma zona impercetível,
invisível, mas humanizante e bem presente!
Por outro lado, também é verdade que é necessário um instrumento de medida,
aproximadamente fiel, que possibilite a observação, a comparação e reflexão, permitindo
saber em que ponto vão as coisas, sob risco de jamais sabermos de onde viemos, onde
estamos e para onde queremos e podemos caminhar.
Por isso, não podemos deixar de estar atentos às variáveis subjetivas da avaliação,
assim como aos sinais da sua expressão percentual, dentro de um contexto que nos é
particularmente familiar e que conhecemos profissionalmente bem – o Agrupamento de
Escolas Vale d´Este.
Assim, efetuando uma analise global aos resultados externos obtidos nas diferentes
avaliações finais, no final dos diferentes ciclos de ensino, podemos considerar que estes
foram Muito Bons, tendo em conta que eles traduzem o aproveitamento verificado nos
diferentes anos escolares de cada ciclo de ensino em análise. (ver quadros:16, 17, 18, 19, 20 e 21)
4º Ano - Prova de Aferição - Português
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 93% 97% 95% 98% 91%
Nacionais 90% 91% 92% 88% 80%
Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 96% 96% (Quadro:16)
4º Ano - Prova de Aferição - Matemática
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 98% 96% 97% 98% 89%
Nacionais 91% 89% 89% 80% 57%
Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 97% 97% (Quadro:17)
Relativamente ao 1º ciclo - Provas de aferição do 4º ano - verifica-se que, tanto na
disciplina de Português como de Matemática, os resultados observados na Unidade
Organizacional estiveram, nos últimos cinco anos letivos, sempre acima da média obtida a
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 28 de 32
nível nacional. Destaca-se, ainda, a substancial diferença percentual conseguida, no ano
transato, pelo agrupamento, na disciplina de Matemática. (ver quadros 16 e 17)
_________________________________________________________________________________________
(Quadro:18)
(Quadro:19)
Quanto ao 2º ciclo – Provas de Aferição e Prova Final do 6º ano – constata-se, aqui
também, que a Unidade Organizacional esteve quase sempre acima das médias percentuais
obtidas a nível nacional, na disciplina de Português e Matemática, embora não o tenha
conseguido, nas duas disciplinas em observação, no ano letivo de 2008/2009.
Releva-se, também, a acentuada diferença percentual conseguida no ano transato
pelo agrupamento, na disciplina de Português e Matemática, comparativamente aos
resultados verificados a nível nacional. (ver quadros 18 e 19) _________________________________________________________________________________________
(Quadro:20)
(Quadro:21)
No que se refere ao 3º ciclo – Provas de Aferição e Prova Final do 9º ano – verifica-se
que, mais uma vez, a Unidade Organizacional esteve quase sempre acima das médias
percentuais obtidas a nível nacional, tanto na disciplina de Português como na disciplina de
Matemática. No entanto, constata-se que não foi conseguido, na disciplina de Português,
manter essa constância, dado observar-se médias percentuais abaixo das nacionais, nos
anos escolares de 2008/2009, 2009/2010 e no ano transato.
Salienta-se o facto de, na disciplina de Matemática, os resultados conseguidos pela
Organização Escolar se encontrarem sempre acima das médias percentuais obtidas a nível
nacional. (ver quadros 20 e 21)
6º Ano - Provas de Aferição e Prova Final (2011/2012) - Português
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 96% 86% 89% 86% 86% Nacionais 93% 90% 88% 84% 76%
Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 89% 90%
6º Ano - Provas de Aferição e Prova Final (2011/2012) - Matemática
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 87% 76% 90% 69% 61% Nacionais 82% 79% 77% 65% 56%
Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 90% 90%
9º Ano - Exames Nacionais e Prova Final (2011/2012) - Português
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 86% 66% 62% 64% 62% Nacionais 83% 70% 70% 56% 64%
Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 66% 69%
9º Ano - Exames Nacionais e Prova Final (2011/2012) - Matemática
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 61% 75% 54% 51% 68% Nacionais 55% 66% 51% 42% 55%
Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 54% 54%
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 29 de 32
5.2- A avaliação interna
De igual modo, ao analisarmos os resultados internos obtidos no final dos diferentes ciclos de ensino, deparamo-nos com percentagens de sucesso que consideramos serem Muito Boas. (ver quadros: 22, 23 e 24)
(Quadro:22)
(Quadro:23)
(Quadro:24)
Os quadros acima apresentados revelam a existência de um excelente trabalho
desenvolvido por todos os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem dos alunos e,
em particular, pelo órgão de gestão/administração do agrupamento sob a égide do seu
diretor cessante, visto não se verificar nenhum resultado percentual abaixo da média
nacional nos três ciclos de ensino em análise.
Face ao verificado, pretende-se dar continuidade aos resultados alcançados,
melhorar aqueles que pontualmente possam estar menos bem e tentar elevar a qualidade e
as fasquias percentuais atingidas de forma progressiva e sustentada, sabendo que tal tarefa
é árdua e com obstáculos.
1º Ciclo
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 98% 98% 98% 99% 98%
Nacionais 97% 97% 96% 97% ----
Referente da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador 98% 99% 99%
2º Ciclo
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 98% 95% 96% 95% 97%
Nacionais 92% 92% 92% 93% ----
Referente da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador 96% 96% 97%
3º Ciclo
Suce
sso
esc
ola
r %
Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
Unidade Organizacional 94% 90% 88% 86% 95%
Nacionais 86% 86% 86% 87% ----
Referente da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador 91% 89% 93%
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 30 de 32
- VIII - A continuidade de um projeto
1- Dar sequencialidade ao trabalho desenvolvido
Sendo eu professor neste Agrupamento de Escolas, tendo exercido diversas funções
e cargos de natureza pedagógica e fazendo parte, nestes últimos anos, da equipa diretiva,
tive a oportunidade de me inteirar de todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em
termos de conceção de escola, política educativa seguida, documentos estratégicos criados e
caminho trilhado, com vista à obtenção da satisfação do seu público escolar e respetiva
comunidade educativa, objetivando uma escola de referência e qualidade. Assim, penso ser
de profunda utilidade dar sequência às rotinas geradas, aos documentos construídos para
um futuro próximo, às equipas constituídas, às dinâmicas criadas com vista a promover uma
gestão/administração educativa de referência, como foi seu apanágio até agora.
2- Um Agrupamento de Escolas com “cultura própria”
O Agrupamento de Escolas do Vale d´Este é uma Organização Escolar detentora de
uma cultura própria. Tendo em conta que o conceito de cultura, por definição, só é passível
de ser considerado como tal, quando esta foi construída ao longo de muitos anos, pela
influência de uma liderança marcante e aceite por várias gerações de pessoas que a viveram
e que, através dela, se tornaram cidadãos e por isso a reconhecem como existente. Nessa
perspetiva, é incontornável não fazer referência ao trabalho meritório, desenvolvido ao
longo de quase trinta anos pelo Professor Fernando Martins, diretor cessante por
aposentação.
Por isso, não será de todo estranho reconhecer que todos os alunos, pais e
encarregados de educação, professores, funcionários e outros colaboradores que estiveram
ou ainda estão envolvidos, de forma direta ou indireta, através de vínculos internos e/ou
externos a esta Organização Escolar, se revêm, sem constrangimentos, na figura do seu
diretor cessante. E isso deve-se, acima de tudo: ao carisma, à experiência, ao capital de
conhecimento acumulado à frente dos destinos do agrupamento, à postura profissional e
ética sempre demonstradas, à capacidade de ler e entender a diferença, à humildade na
postura e comportamento, à bondade humana em ajudar o próximo, à preocupação
constante em desenvolver um trabalho dentro de um clima profissional de harmonia, paz e
entendimento, ao modelo e referência em que se tornou, na perseverança em querer,
seriamente, contribuir no processo de melhoria da qualidade de vida dos habitantes deste
território educativo.
3- Um projeto adverso à rutura
Face ao exposto, este Projeto de Intervenção não tem por onde ser ousado! Apenas
pretende promover uma continuidade do trabalho desenvolvido. Por isso, é adverso à
rutura, pouco desejada, tendo em linha de conta as constantes mudanças, desgastantes,
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 31 de 32
perpetuadas pelas várias e diferentes políticas educativas seguidas nos últimos anos e,
muitas vezes, desajustadas da verdadeira e real ação educativa local.
De igual modo, a rutura, no contexto da história da gestão/administração deste
agrupamento, não tem razão de ser, pois a condução dos destinos desta Organização Escolar
tem sido merecedora de louvor por sucessivas avaliações externas, ações inspetivas e
elogiada, inúmeras vezes, por quem calcorreou estes espaços. No entanto, sabemos de
antemão que o cunho pessoal de cada um é, quase sempre, uma inevitabilidade a verificar-
se. Porém, deve ser encarado como o acrescentar de alguma mais-valia na perpetuação
daquilo que está bem.
4- Um agradecimento
Não poderei deixar de agradecer todos os ensinamentos que me foram dados, ao
longo do meu trabalho junto da direção e, mais especificamente, ao lado do Professor
Fernando Martins. Pois, foi no convívio, no diálogo, na discussão académica e no calor da
resolução dos problemas de gestão/administração que fui despertando para uma realidade
que me apaixonou e, ao mesmo tempo, descobrindo um ser humano profundamente
envolvido pela causa da educação.
5- Nota Final
Assim, a minha candidatura a diretor deste agrupamento está enraizada numa forte
convicção de que esta Unidade Orgânica pode continuar a ser uma referência no contexto
educativo atual e local. De igual modo, acredito que a qualidade das organizações alicerça-
se, maioritariamente, nos processos organizacionais que são desenvolvidos no seu seio,
assim como, na cultura que nela é veiculada. Por isso, acho ser possível, mesmo em
condições adversas, motivar todos os atores educativos em prol da causa educacional.
Também creio que, com esforço e dedicação, poderei, com os meus colegas de
direção, encetar um trabalho que objetive o desenvolvimento de um ensino eficaz, de
qualidade, dirigido a todos, visando a formação integral de indivíduos, preparando-os para
os desafios da atualidade e para o exercício da cidadania participativa e responsável.
Espero, sinceramente, ser um elo de transição, harmoniosa e empenhada, na árdua
missão de educar, escolarizar e formar, a gente do vasto território educativo que servimos e
que é a nossa terra!
Viatodos:
31 / outubro / 2012
O professor candidato: ________________________________ (Luís Dias Ramos)
Agrupamento de Escolas Vale d´Este - Viatodos - Barcelos
Projeto de Intervenção 2012/2016
Candidatura a Diretor
Professor: Luís Dias Ramos Página 32 de 32
- IX - Bibliografia
- ANTUNES, Fátima e SÁ, Virgínio, (2010), “Públicos escolares e Regulação da Educação”,
Lutas concorrenciais na arena Educativa in Desenvolvimento Profissional de
Professores, Fundação Manuel Leão.
- BARROSO, João, (2003b) (org.). AFONSO, Natércio, CARDOSO, M. Clementina, LEVIN, M.
Henry, “A Escola Pública, Regulação, Desregulação, Privatização”, Edições Asa.
- CANAVARRO, J. Manuel, (2000), “Teorias e Paradigmas Organizacionais”, Quarteto
Editora.
- CORTESÃO, Luiza, (1998), “O arco-íris na sala de aula? Processos de organização de turmas:
Reflexões críticas” in Cadernos de Organização e Gestão Escolar, Instituto de
Inovação Educacional, Ministério a Educação.
- COSTA, Adelino, (1996). “Imagens Organizacionais da Escola”, Porto: Edições ASA
- FORMOSINHO, João, (1991), “A Igualdade em Educação” in A Construção Social da
Educação Escolar, ASA.
- LIMA, C. Licínio, (2003), “A escola como organização educativa”, Uma abordagem
sociológica, Cortez Editora
- MARTINS, S. Fernando Alberto, (2003), “Escola e Família: Que relação?”, Faculdade de
Ciências Sociais, Universidade Católica Portuguesa, Centro Regional de Braga.
- ROLDÃO, Maria do Céu (2000). “Currículo e gestão das aprendizagens: as palavras e as
práticas”, Centro Integrado de Formação de Professores, Conferência na
Universidade de Aveiro.
- STOER, F, Stephen, (1992) e ARAÚJO, C, Helena, “Escola e Aprendizagem para o Trabalho”,
Num País da (semi) Periferia Europeia, Edições Escher.
- STOER, F, Stephen, (2008) e ARAÚJO, C, Helena, “Escola e aprendizagem para o trabalho
num país da (semi) periferia europeia, Cadernos da Educação, Instituto de
Inovação Educacional.