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Agrupamento de Escolas Vale d´Este Viatodos - Barcelos PROJETO De INTERVENÇÃO (2012/2016) (Em conformidade com o estipulado nos pontos 3, 4 e 5 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º137/2012, de 2 de julho.) Luís Dias Ramos Ano Letivo 2012-2013

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Agrupamento de Escolas Vale d´Este – Viatodos - Barcelos

PROJETO

De

INTERVENÇÃO (2012/2016)

(Em conformidade com o estipulado nos pontos 3, 4 e 5 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º75/2008,

de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º137/2012, de 2 de julho.)

Luís Dias Ramos

Ano Letivo 2012-2013

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Professor: Luís Dias Ramos Página 2 de 32

- Índice

Páginas

- Capa 1 - Índice 2, 3 - I - Preâmbulo

1- Um Projeto de Intervenção enquadrado com os problemas da Escola Pública 1.1- Perspetiva global da gestão/administração educacional em Portugal

a)- Os problemas da massificação do ensino b)- A deslocação do centro de decisão para a localidade – o agrupamento

c)- A gestão/administração dos agrupamentos – conflitos e negociação 4, 5, 6 - II - Introdução

1- Um Projeto de Intervenção que contempla a dimensão organizacional da educação

1.1- O Agrupamento de Escolas como Comunidade Educativa

a)- A exigência flexível da intervenção educativa

b)- A dimensão organizacional da educação

2- A experiência profissional e de gestão/administração como mais-valia

3- O envolvimento de todos em prol de um projeto comum 7, 8, 9

- III – Uma Conceção de escola

1- Princípios orientadores deste Projeto de Intervenção

1.1- As mudanças devem ser o epicentro dos princípios orientadores 10, 11

1.2- Ideologias básicas subjacentes aos princípios orientadores apresentados 11

1.3- As áreas de ação da gestão/administração educativa 11, 12

- IV - Caracterização geral do Agrupamento

1- Breve caracterização física________________________________________________

a)- Localização geográfica b)- Área e população c)- Freguesias, níveis, ciclos de ensino e respetivos estabelecimentos d)- Distâncias entre os diferentes estabelecimentos

1.1- Qualidade das instalações

1.2- Recursos informáticos 13, 14, 15, 16

2- Breve caracterização humana______________________________________________

2.1- O contexto sociocultural do território educativo

2.2- A população escolar do agrupamento

a)- População discente

b)- População docente

c)- População não docente 16, 17, 18

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- V - Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento

1- Enquadramento diagnóstico

1.1- Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento à luz da IGE - Inspeção geral da

Educação

1.2- Estratégias de melhoria das Debilidades diagnosticadas pela IGE

1.3- Outros Pontos fortes e outras Debilidades do Agrupamento

1.4- Estratégias de melhoria das outras Debilidades diagnosticadas 19, 20, 21, 22

- VI - Oportunidades e Constrangimentos

1- Análise da situação 23

- VII - Os serviços do agrupamento ao serviço da população escolar

1- O Recurso aos Serviços de Psicologia

1.1- Sintomas de possíveis problemas sociais do meio 24

2- A Prevenção do Abandono Escolar

2.1- Manter afastada uma realidade antiga 24, 25

3- A Equipa do Ensino Especial

3.1- O apoio aos mais desfavorecidos 25, 26

4- A Ação Social Escolar

4.1- Uma necessidade emergente 26, 27

5- Os resultados escolares

5.1- A avaliação externa 27, 28

5.2- A avaliação interna 29

- VIII - A continuidade de um projeto

1- Dar sequencialidade ao trabalho desenvolvido

2- Um Agrupamento de Escolas com “cultura própria”

3- Um projeto adverso à rutura

4- Um agradecimento

5- Nota Final 30, 31

- IX - Bibliografia 32

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- I - Preâmbulo

1- Um Projeto de Intervenção enquadrado com os problemas da Escola Pública

1.1- Perspetiva global da gestão/administração educacional em Portugal a)- Os problemas da massificação do ensino

Há mais de uma década que a Escola Pública em Portugal tem vindo a sentir

dificuldades em ensinar, com sucesso real, os jovens que lhe são confiados. Muitas razões

foram já apontadas como possíveis causadoras de um certo mal-estar que tem vindo a

instalar-se no sistema educativo português. Pois, aproximadamente vinte e cinco por cento

dos nossos alunos perdem-se, de forma direta ou indireta, ao longo do seu percurso escolar,

desde a entrada para o primeiro ciclo até à saída do ensino superior.

Uma das razões, muitas vezes referenciada como fator de insucesso evidente,

prende-se com o desajustamento entre aquilo que os jovens podem e devem aprender e o

que a Escola e os Professores lhes ensinam. Na origem desta possível décalage estaria uma

dificuldade de adaptação da Escola às mudanças sociais surgidas – a passagem de um

paradigma educacional dirigido a públicos escolares mais ou menos homogéneos, para um

novo paradigma onde se verifica uma substancial heterogenia dos públicos escolares.

Assistimos à chamada massificação do ensino, em que os alunos oriundos de diferentes

classes sociais, predominantemente as mais desfavorecidas, acorrem à escola

transformando-a numa arena heterogénea de públicos aprendentes.

Surge assim, no seio da aula, uma heterogeneidade de linguagens, valores, ritmos de

aprendizagens, backgrounds e culturas, difíceis de contornar numa abordagem clássica do

processo de ensino-aprendizagem, excessivamente taylorista. Os professores poderão,

assim, sentir dificuldades em trabalhar com as grandes diferenças existentes num mesmo

contexto de sala de aula.

b)- A deslocação do centro de decisão para a localidade – o agrupamento

O Sistema Educativo, o Ministério da Educação, as estruturas de decisão intermédia, e

a escola em particular, também se veem a braços com uma nova realidade e

consequentemente com novos problemas. A diversidade sociocultural que entra pelos

portões das escolas exige uma forma diferente de encarar a educação e a sua

gestão/administração. Estas novas mudanças tornam impossível ao Estado gerir

uniformemente tanta diversidade a partir do centro – Ministério da Educação – É imperativa

a deslocação dos centros de decisão para as localidades - as escolas/os agrupamentos de

escolas –, para as situações em contexto. Nasce a emergência de uma gestão/administração

contextualizada, em que os responsáveis estão mais perto dos acontecimentos,

necessidades e vivências diárias e, por isso, melhor inteirados da realidade, o que os torna

melhores decisores. Esta nova situação é uma grande mudança nacional a não ignorar

quando se aborda a questão da gestão/administração de um Agrupamento de Escolas,

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visando uma educação para todos, em igualdade de oportunidades de acesso ao sucesso

escolar.

É por demais evidente que a comunidade educativa e todos os seus atores se

encontram hoje a braços com a emergência de mudanças significativas no campo da

educação. As sociedades complexificaram-se e diversificaram-se imenso. O Estado,

Ministério da Educação, já não consegue fazer uma gestão eficiente das inúmeras

diversidades sociais existentes no terreno. Há a necessidade de articular a Escola com essas

novas realidades sociais, facto que leva a uma mudança de paradigma: a urgência em se

criar modelos de gestão descentralizados, como forma de dar resposta aos problemas de

cada escola em particular e de cada aluno como indivíduo diferente.

Deste modo, os atores educativos são convidados a ter uma ação mais interventiva

em termos locais. Trata-se de uma ação mais direta e que tem em linha de conta a

diversidade de situações surgidas no contexto de cada escola/agrupamento. Esta forma de

gestão descentralizada conduz, forçosamente, a um maior envolvimento dos professores nas

decisões e, ao mesmo tempo, acarreta uma maior responsabilização para que as escolas

possam fazer uma gestão que fomente contextos de aprendizagens significativas, para o

maior número de alunos possível.

c)- A gestão/administração do agrupamento – conflitos e negociação

Assim, ao observarmos com alguma profundidade uma organização escolar

verificamos o despontar de áreas de incertezas, de jogos de poder, de conflitos de interesse

grupais e individuais que justificam uma focalização politizada da mesma. Este quadro de

observação perspetiva a organização escolar como um local onde as principais decisões

tomadas envolvem a distribuição de recursos limitados. Ela é constituída por uma dinâmica

permanente de coligações entre os indivíduos que a compõem e grupos de interesses que

nela se constituem. Esses indivíduos e grupos de interesses, por norma, não comungam dos

mesmos valores, das mesmas crenças, das mesmas preferências e não são todos

possuidores da mesma informação, não perspetivando a realidade da mesma maneira. Por

isso, o processo de decisão e fixação dos objetivos da organização são fruto de um trabalho

negocial que nem sempre é transparente e onde cada um, em função dos recursos de que

dispõe, tenta obter os maiores ganhos. Nesta linha de ideias e tendo em conta que os

recursos são escassos e que os interesses dos diferentes atores são divergentes, o poder e o

conflito assumem um lugar central na vida quotidiana da organização escolar.

Por isso, a escola deve ser encarada como um local de lutas ideológicas, uma arena de

competição e de contestação, relativamente aos modelos de gestão e administração que se

pretendam implementar com o fim de dar resposta às carências diagnosticadas no processo

de ensino-aprendizagem numa determinada escola/agrupamento, inserida numa

comunidade específica. O conflito é intrínseco à decisão política no campo da educação e é

desse conflito que emergem soluções que possam abarcar a pluralidade de interesses

existentes na arena educativa, assim como, é esse mesmo conflito que pode transformar-se

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em proveito educacional relativamente às várias pressões que a escola sofre de forma direta

e indireta enquanto produtora de capital humano com conhecimento.

Nessa perspetiva, cabe à direção e ao seu diretor um trabalho negocial constante entre

os diferentes atores da comunidade educativa, com vista a atingir os objetivos a que se

propõem. Essa tarefa deve sempre visar a harmonização dos conflitos, assim como a

construção de uma paz de trabalho, de organização/administração e de educação orientada

em proveito do processo de ensino-aprendizagem.

Não é tarefa fácil, dado implicar um confronto humano desgastante, porque diário,

entre formas diferentes de observar a realidade, produzindo uma pluralidade de soluções

para a resolução de um mesmo problema, cabendo ao órgão de gestão a responsabilidade

da decisão, atendendo ao conjunto de variáveis subjacentes às problemáticas em causa.

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- II - Introdução

1- Um Projeto de Intervenção que contempla a dimensão organizacional da educação

1.1- O Agrupamento de Escolas como Comunidade Educativa

a)- A exigência flexível da intervenção educativa

O enquadramento legal, que sustenta a edificação da escola de hoje, orienta-nos

para uma organização que construa uma Comunidade Educativa. Para tal é necessário

desenvolver-se uma liderança forte, alicerçada numa cultura de participação e

aprendizagem dos diferentes atores e intervenientes que, direta e/ou indiretamente,

intervêm no processo de prestação de serviço educativo.

Apoiado nesta conceção ideológica de escola, pretende-se que o Projeto de

Intervenção seja fundamentalmente o reflexo desse desiderato, em busca duma

continuidade do trabalho já desenvolvido e, perseguindo a construção de um Agrupamento

de Escolas de qualidade que consiga envolver todos os atores educativos em prol dum

objetivo comum: Educar e Ensinar, respeitando as diferenças de cada um, dentro do

contexto geográfico, social e cultural específico de um território educativo.

Assim, as atividades a desenvolver e os objetivos a alcançar devem adequar-se a uma

escola que pretende estabelecer o equilíbrio entre o sujeito que se disponibiliza para

aprender ao longo da vida e o sujeito social, consciente, equilibrado e responsável que se

tornou crítico e capaz de tomar decisões. Deste modo, exige-se à intervenção educativa a

capacidade de trabalhar, tendo por base diretrizes flexíveis, por forma a contemplar as

particularidades grupais e individuais, culturais e escolares, tendo por objetivo desenvolver

mecanismos de personalização do indivíduo, assim como, a sua socialização e respetiva

humanização. b)- A dimensão organizacional da educação Tendo como pano de fundo o que atrás foi explanado, tem-se verificado, nos últimos

anos, o reconhecimento do papel fundamental que a estrutura diretiva possui na

prossecução da árdua tarefa de gestão/administração de um Agrupamento de Escolas. Deste

modo, além das vertentes individuais e sociais da educação, contempla-se hoje, mais do que

nunca, uma dimensão organizacional da educação. Esta desenrola-se no plano da

materialização e consequente concretização do ato educativo num espaço próprio – a

escola. Assim, na escola, para além dos alunos, estão implicados um vasto conjunto de

agentes que se constituem como uma comunidade organizada e interativa – os

colaboradores. Compreende-se desta forma, a grande preocupação de qualquer liderança

em capitalizar o potencial de conhecimento humano que cada agente possui, colocando esta

necessidade ao nível das tarefas e do produto que se pretende pôr em marcha e obter.

A liderança deve, desta forma, implementar uma cultura de gestão que visa

maximizar as capacidades dos seus colaboradores, estando atenta às necessidades e às

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aspirações que cada um traz para a organização escolar, implicando uma gestão das forças e

energias que cada um tem para dar, em prol de objetivos e visões comuns para a

organização. A gestão dos diferentes conhecimentos, competências e qualidades deve ser

capitalizada de forma a atingir os objetivos organizacionais, não esquecendo que todos os

participantes, incluindo os alunos, transportam para a escola as suas vivências e experiências

próprias e distintas, que deverão ser contabilizadas como um recurso valioso para o trabalho

organizacional. 2- A experiência profissional e de gestão/administração como mais-valia Assim, penso que a minha experiência profissional pode ser considerada como uma

mais-valia à frente dos destinos deste agrupamento, pelas razões seguintes:

Por ter sido professor de Português e Francês, de todos os níveis de ensino nos 2º,

3º ciclos e Secundário, em diferentes escolas, percorridas ao longo de uma

carreira com vinte e sete anos de trabalho, onde fui assumindo, cumulativamente

ao ato de ensinar, as mais diversas funções e cargos de coordenação e orientação

pedagógica;

Pela minha experiência profissional, laborando em regime de acumulação,

também como docente de estabelecimentos do ensino privado regulares e outros

vocacionados exclusivamente para o ensino profissional, onde vivenciei formas de

gestão/administração bem diferentes das do ensino público;

Pela minha já longa permanência neste Agrupamento de Escolas do Vale d´Este,

com doze anos como professor e elemento de apoio à direção, ao longo destes

últimos anos, ao coordenar a equipa de autoavaliação da escola;

Pela experiência e o conhecimento adquirido, quer como Assessor, quer como

Adjunto do Diretor ao longo destes últimos cinco anos de trabalho na direção

desta Unidade Organizacional;

Pelo conhecimento local que possuo, relativamente ao meio onde se insere este

Agrupamento de Escolas, dado ser eu natural e residir neste território educativo;

As diferentes razões acima explanadas reforçam, neste Projeto de Intervenção, os

princípios de liderança que julgo serem essenciais para a assunção deste trabalho, a saber:

estar atento ao que se diz e se sente, tentando compreender as diferentes sensibilidades de

cada um; decidir de forma justa e eficaz, responsabilizando-me pelos meus atos; falar de

forma clara e objetiva adequando o meu discurso a cada um, por forma a desenvolver

perspetivas positivas e de engajamento a novas ideias e projetos, fornecendo modelos e

conhecimentos, estabelecendo objetivos e esperando resultados, avaliando processos e

corrigindo trajetórias, numa dinâmica de trabalho partilhado e alicerçado na confiança.

3- O Envolvimento de todos em prol de um projeto comum Nesta linha de pensamento, torna-se imperativo à escola dos nossos dias a

construção de um projeto de trabalho comum, que funcione como alicerce e motor de

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transformação. Assim, um diretor e uma direção empenhada devem ser capazes de implicar

e envolver os alunos, os pais e encarregados de educação, os professores e os diversos

colaboradores, num projeto futuro que responda às necessidades de cada um e de todos.

Para tal, deve proporcionar aos seus diferentes agentes educativos incentivos necessários

para trabalharem em prol de objetivos comuns; desenvolver mecanismos de cooperação,

partilha e promover a reflexão sobre práticas e procedimentos.

Podemos circunscrever o papel da escola ao seu objetivo último, global e essencial –

o desenvolvimento de cidadãos aprendentes, num mundo em constantes mudanças e

responsabilizando-se pelo meio onde vivem, através de uma participação cívica empenhada.

Estes serão os cidadãos que darão continuidade à construção do edifício local, regional e

nacional, alicerçado nos valores da democracia plural e justa. Esta tarefa não é, de todo,

fácil, porque interceta mundividências divergentes e até antagónicas, que se cruzam em

espaços diferentes, onde convivem competências, saberes, necessidades e papéis díspares,

porém imbuídos no objetivo comum, global e essencial atrás referido.

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- III - Uma conceção de escola: 1- Princípios orientadores deste Projeto de Intervenção 1.1- A mudança deve ser o epicentro dos princípios orientadores

As Organizações Escolares são, por excelência, arenas educativas em mudanças

constantes. Estas são intrínsecas à própria escola, tendo em conta os públicos que a habitam

e que nela crescem e se desenvolvem. Também lhe são extrínsecas, pelas forças externas da

sociedade onde se insere e que a impele a atualizar-se de forma pró-ativa, sob risco de se

tornar obsoleta face à rapidez com que o conhecimento e a informação circulam e se

atualizam, através das diferentes tecnologias de informação e dos masse média. Nessa

perspetiva, cabe à escola um papel fundamental na promoção do desenvolvimento integral

de cada aluno, levando-o a refletir sobre si próprio e sobre o mundo que o rodeia,

preparando-o para a integração na vida ativa.

Nesse âmbito, a direção de uma Organização Escolar deve orientar a sua ação por

forma a assegurar a obtenção dos objetivos seguintes:

Proporcionar aprendizagens de qualidade, valorizando o esforço e a persistência, a

participação e o desenvolvimento cívico;

Promover a equidade e a justiça, implementando medidas de inclusão e

diferenciação positiva;

Estabelecer relações bilaterais com os diferentes parceiros educativos do meio onde

se insere o agrupamento, valorizando as experiências e os conhecimentos da

comunidade;

Posicionar-se numa postura aberta à inovação, em busca de novos caminhos e novas

soluções, tentando adaptar-se às novas situações e desafios colocados;

Construir uma escola que tenha um papel de referência na comunidade, pelos

serviços educativos que oferece, pelos resultados que alcança e pela qualidade dos

profissionais que nela cooperam;

Trabalhar de forma ambiciosa na capacidade de inovação e constante readaptação

das suas práticas, por forma a construir uma evolução sustentada;

Articular-se harmoniosamente com o meio na implementação de processos de

formação, autoavaliação e reformulação das suas práticas e procedimentos;

Valorizar a multiculturalidade como forma de enriquecimento pela assunção da

diferença e pela aprendizagem do novo, potenciando, deste modo, a recriação do

conhecimento;

Edificar uma escola inclusiva, aberta a todas as classes sociais, aproveitando as

diferenças para o desenvolvimento de valores de igualdade, fraternidade e

solidariedade humana;

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Propor uma oferta formativa diversificada que permita percursos educativos

ajustados aos ritmos de aprendizagem de cada aluno, em função das suas

necessidades e aspirações;

Dinamizar o desenvolvimento de projetos que estimulem a criatividade dos alunos e

que possam permitir a integração dos mesmos na comunidade educativa e local;

Apostar nas tecnologias de informação, perspetivando-as como meio privilegiado de

acesso e de difusão do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento integral

dos alunos;

Apoiar a integração plena das crianças portadoras de limitações físicas ou mentais

que levem à existência de necessidades educativas especiais;

Zelar para que a escola disfrute de um bom ambiente, construindo um espaço

disciplinado e disciplinador, alicerçado nas normas do Regulamento Interno,

construído por todos. 1.2- As Ideologias básicas subjacentes aos princípios orientadores apresentados A ideologia da Liderança partilhada: estabelecimento de outros níveis de

participação e respetiva assunção de responsabilidades ao nível das estruturas

intermédias, no que se reporta às tomadas de decisões;

A ideologia da equidade e da justiça: valores que devem estar inscritos nos

documentos orientadores do agrupamento e observáveis em procedimentos como –

critérios de constituição de turma; critérios de seleção de pessoal docente, não

docente e técnicos especializados – assim como nas práticas do diretor e equipa

diretiva em todos os atos praticados, decisões e deliberações tomadas;

A ideologia do primado do pedagógico: a dimensão pedagógica deverá ser sempre

uma prioridade educativa e prevalecer sobre as restantes dimensões;

A ideologia do humanismo: a pessoa humana será sempre uma prioridade, a

valorizar, deste modo, cada aluno, professor, técnico administrativo, auxiliar de ação

educativa, encarregado de educação ou outros parceiros educativos, serão tratados

como tal e não como simples “recursos”, “agentes” ou “atores” educativos;

A ideologia do primado do todo sobre as partes: o bem comum e geral deve

sobrepor-se aos interesses pessoais, pois todas as ações, decisões e deliberações

devem privilegiar o bem coletivo em detrimento dos interesses individuais. 1.3- As áreas de ação da gestão/administração educativa A conceção de escola à qual pretendemos dar corpo está estruturada num

planeamento teórico explanado em quatro documentos construídos para alicerçar,

fundamentar, correlacionar e operacionalizar os pressupostos da ação de

gestão/administração educativa, num determinado espaço físico, social e temporal.

Deste modo, o Projeto Educativo do agrupamento, o seu Regulamento Interno, o

Projeto Curricular que ele pretende desenvolver e o Plano de Atividades plurianuais e anuais

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que deseja realizar, foram instrumentos construídos numa previsão temporal que finda no

términus do ano letivo 2012/2013. Por isso, penso que devem ser mantidas as linhas

orientadoras que estiveram na base da estruturação desse quadro axiológico, cogitado para

este agrupamento.

Assim, no que diz respeito às áreas de ação que este Projeto de Intervenção pretende

dinamizar e desenvolver, elas estão praticamente situadas no mesmo espetro ideológico,

daquelas que foram definidas no atual Projeto Educativo do agrupamento, a saber:

Curricular e pedagógica; Cultural; Patrimonial; Social; Cidadania; Avaliação; Higiene e Segurança; Administrativa e Financeira.

No entanto, por definição, o projeto tem uma dimensão dinâmica, de recriação

permanente em busca do ajustamento, com vista à obtenção dos objetivos traçados. De

igual modo, outras áreas de ação poderão ser introduzidas em função das necessidades

detetadas ou das vontades observadas na comunidade educativa em geral.

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- IV - Caracterização geral do Agrupamento

1- Breve caracterização física ___________________________________________________

a)- Localização geográfica

O Agrupamento de Escolas do Vale d´Este localiza-se, geograficamente, no litoral

semirrural nortenho, mais precisamente no conselho de Barcelos e está assim rodeado por

quatro concelhos diferentes, em que os seus limites distam da escola sede:

- a Norte – Barcelos (cidade), a uma distância de, aproximadamente, 12 km;

- a Sul - Famalicão, sensivelmente, 7 km;

- a Nascente – Braga, a uma distância aproximada de 19 km;

- a Poente - Póvoa de Varzim, a uma distância relativa de 20 km.

b)- Área e população

O território educativo do agrupamento serve, assim, 12 freguesias que, segundo

dados relativos ao censo de 2011, totalizam uma área de 41.08 Km2, dando albergue a

12.386 habitantes, informação que surge descriminada na listagem abaixo transcrita, em

que as freguesias são assim apresentadas por ordem alfabética:

- Cambeses, (com 1300 habitantes e 3,41km2);

- Carreira, (com 1451 habitantes e 3,71km2);

- Chavão, (com 717 habitantes e 2km2);

- Chorente, (com 753 habitantes e 4,16km2);

- Fonte Coberta, (com 582 habitantes e 2,56km2);

- Grimancelos, (com 791 habitantes e 3,25km2);

- Minhotães, (com 775 habitantes e 3,35km2);

- Monte Fralães, (com 408 habitantes e 1,80km2);

- Negreiros, (com 1618 habitantes e 4,91km2);

- Rio Côvo Santa Eulália, (com 970 habitantes e 3,31km2);

- Silveiros, (com 1181 habitantes e 4,61km2);

- Viatodos, (com 1840 habitantes e 4,01km2);

c)- Freguesias, níveis e ciclos de ensino e respetivos estabelecimentos

O Agrupamento de Escolas do Vale d´Este é constituído por 17 estabelecimentos de

ensino, que se encontram distribuídos pelas várias freguesias do território educativo,

albergando os diferentes níveis e ciclos de ensino, abaixo descritos:

Em termos de Educação Pré-escolar, existem 6 Unidades Educativas onde funcionam

os Jardins de Infância (JI). Existem ainda 5 salas, deste nível de ensino, a laborarem em

Unidades Educativas designadas EB1/JI. Nesta perspetiva, os Jardins de Infância encontram-

se integrados por 9 freguesias, de acordo com o seguinte:

- Cambeses – a (EB1+JI) de Estrada;

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- Carreira – a (EB1+JI) de Padrão e o (JI) de Reimonde;

- Chavão – a (EB1+JI) de Póvoa e o (JI) de Aldeia;

- Chorente – o (JI) de Assento;

- Fonte Coberta – a (EB1+JI) de Landeiro;

- Negreiros – o (JI) de Igreja;

- Rio Côvo – o (JI) de Igreja;

- Silveiros – o (JI) de Ribeiro;

- Viatodos – a (EB1 +JI) do Centro Escolar.

Relativamente ao Ensino do 1º Ciclo, o agrupamento possui 9 Unidades Educativas

onde são lecionadas as aulas desde o 1º ao 4º ano. Algumas destas escolas e/ou freguesias

incluem os Jardins de Infância referenciados no parágrafo anterior. Assim temos:

- a (EB1) de Cambeses;

- a (EB1) de Carreira;

- a (EB1) de Chavão;

- a (EB1) de Chorente;

- a (EB1) de Fonte Coberta;

- a (EB1) de Negreiros;

- a (EB1) de Rio Côvo;

- a (EB1) de Silveiros;

- a (EB1) de Viatodos.

No que concerne os 2º, 3º Ciclos e Secundário, estes níveis e ciclos de ensino são

lecionados na Escola Sede, que se situa na freguesia de Viatodos e onde se encontra uma

estrutura física apropriado para receber uma média de 30 a 31 turmas por ano. O complexo

da Escola Sede é constituída por:

Um primeiro edifício, predominantemente, administrativo, onde se encontra: - A sala de professores, alguns gabinetes, a biblioteca, uma sala de TIC, uma sala de música, uma sala de reuniões, a secretaria, a reprografia, o PBX, algumas arrecadações e casas de banho.

Um segundo edifício constituído por: - Salas de aulas gerais, salas de educação tecnológica e educação visual, alguns gabinetes, algumas arrecadações e casas de banho;

Um terceiro edifício contendo: - Salas de aulas gerais, salas de educação tecnológica e educação visual, salas de trabalhos oficinais, laboratórios, alguns gabinetes, algumas arrecadações e casas de banho;

Um quarto edifício onde funciona: - A cantina, o bufete, o espaço polivalente - sala do aluno -, a papelaria, alguns gabinetes, algumas arrecadações, algumas salas de aulas específicas e casas de banho;

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Um quinto edifício – o pavilhão gimnodesportivo com: - Espaço coberto, próprio para a prática de modalidades desportivas; alguns gabinetes, algumas arrecadações, algumas salas de aulas, casas de banho e balneários.

Diferentes Espaços exteriores:

- Espaço descoberto próprio para a prática de modalidades desportivas; portaria, espaço de lazer - ténis de mesa -, uma estufa agrícola e uma sala de aula em monobloco, o monumento “à pedra”, o espaço anfiteatro e uma vasta área jardinada e arborizada.

d)- Distâncias entre os diferentes estabelecimentos

A dispersão física entre as Escolas do 1º Ciclo e os Jardins de Infância (e esta só existe

em duas freguesias, nomeadamente: Carreira e Chavão) não é significativa, verificando-se

uma média de distâncias que não ultrapassam os 2 a 3 quilómetros.

No que diz respeito às distâncias existentes entre os diferentes estabelecimentos de

ensino do 1º Ciclo, entre si, e estes com a escola sede, embora se verifique num ou noutro

caso, médias de afastamento mais acentuadas, estas nunca ultrapassam os 4/5 quilómetros. 1.1- Qualidade das instalações

A qualidade da globalidade das instalações da Educação Pré-Escolar é muito

aceitável, sendo muito boa, até, em alguns destes estabelecimentos, como é o caso do novo

Centro Escolar de Viatodos.

A maior parte das Escolas do 1º Ciclo apresenta edifícios com condições muito

razoáveis, dado terem, em alguns casos, sido sujeitos a restauros, por parte da Autarquia,

ou, noutros casos, beneficiado de melhorias, graças a alguns apoios das Associações de Pais.

É de salientar as excelentes condições de trabalho que irá proporcionar o novo Centro

Escolar de Viatodos, inaugurado no início deste ano letivo.

As condições da escola sede são aceitáveis, encontrando-se os edifícios conservados

e sendo os espaços específicos suficientes e adequados para a maioria das atividades

educativas aí desenvolvidas, porém podemos considerar que os espaços interiores ou

exteriores cobertos, de índole recreativo, para os discentes, são talvez ainda insuficientes.

Embora tenham sido criadas recentemente duas extensas áreas cobertas que já permitem

proporcionar essa função de forma razoável.

Seria de estudar, a médio prazo, a possibilidade de criar diversos espaços exteriores

de convívio, através da colocação de vários bancos de jardim em local a estudar

estrategicamente, que poderiam funcionar como espaços de convívio e socialização,

evitando que os alunos se sentem em locais inapropriados e/ou se dispersem por áreas

menos vigiadas e por isso potenciadoras de inseguranças de vário tipo.

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1.2- Recursos informáticos

No que diz respeito aos recursos informáticos, todos os estabelecimentos de ensino,

beneficiam já de acesso à internet e estão equipados com, pelo menos, um computador.

Algumas escolas do 1º ciclo já possuem quadros interativos. Estes equipamentos deverão ser

colocados a curto/médio prazo em todas as salas deste ciclo de ensino.

Na escola sede, todas as salas estão munidas de um computador ligado a um projetor

a fim de o professor fazer uso do mesmo para diversificar as suas estratégias de lecionação.

Algumas salas possuem vários computadores para proporcionar, aos alunos sempre que o

professor o desejar, trabalhos em grupo aos alunos, utilizando os computadores como

ferramentas de pesquisa e/ou para outros trabalhos objetivados. Existe ainda uma sala de

TIC, munida de equipamento informático que permite a consecução de um trabalho

tecnológico destinado a uma turma inteira ao mesmo tempo. A escola também possui vários

espaços onde os alunos têm acesso à internet através de computadores disponibilizados

para o efeito. A médio prazo, poderá ser estudada a possibilidade de ser criada uma nova

sala de TIC, com vista a satisfazer as necessidades sentidas nesse âmbito.

2- Breve caracterização humana _________________________________________________

2.1- O contexto sociocultural do território educativo

No contexto atual, podemos afirmar que a área de influência pedagógica do

Agrupamento de Escolas do Vale d´Este se caracteriza, em termos económicos e sociais,

como sendo um meio ainda semirrural. Embora algumas freguesias, mais populosas e

evoluídas, tendem a apresentar características que refletem vivências muito próximas dos

ambientes económicos, sociais e culturais, das pequenas vilas.

Nesta linha de pensamento, encontramos em determinadas freguesias, alguma

indústria diversificada na produção de alfaias e maquinaria agrícola, fogões, calçado, roupa

e têxtil diverso, peças automóveis, carnes, plásticos, madeiras, móveis e mobiliário artesanal,

alguma indústria de tratamento de metais, pedra e materiais de construção, entre outras.

Verifica-se, de igual modo, um acentuado comércio local, visível nas lojas de

vestuário, calçado, decoração, maquinaria diversa, materiais de construção, produtos

agrícolas, mercearias e pequenos mercados, oficinas e standes de automóveis, agências

bancárias, seguradoras, clínicas, consultórios médicos, laboratórios de análises, farmácias,

esteticistas e cabeleireiras, cafés, bares, pastelarias, padarias, restaurantes, etc.

Este incremente industrial fez nascer algumas instituições culturais, infraestruturas e

equipamentos que serviram as populações e permitiram algum desenvolvimento social e

cultural, tais como: o quartel de bombeiros, a academia de música, a orquestra local, os

ranchos folclóricos, as bandas de música, os lares de idosos, os centros de saúde, algumas

infraestruturas desportivas, as farmácias, as estações de serviço, os centros de dia e de

ocupação dos tempos livres, os correios, etc.

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No entanto, ainda se observam, em certas freguesias, formas de sustento

provenientes de lugares onde permanecem socioculturas caraterísticas de uma ruralidade

acentuada.

É ainda de referir que neste território educativo, como noutras zonas da costa litoral

do país, uma grande percentagem da força de trabalho desloca-se todos os dias, para os

centros urbanos limítrofes das suas áreas de residência, predominantemente em direção a

cidades como: Barcelos, Famalicão, Braga, Póvoa de Varzim, Porto e Vila do Conde.

Porém, não podemos ignorar que os efeitos da crise que o país atravessa, aliados à

forte recessão que começa a fazer sentir-se, tem vindo a enfraquecer o tecido industrial e

comercial que vinha crescendo e consolidando-se.

Prevê-se assim, num futuro próximo, uma forte descaracterização da malha

económica deste território educativo, com as respetivas consequências sociais que tais

fenómenos arrastam – dificuldades económicas de vária ordem; emigração e suas

consequências; pobrezas escondidas que despertam acessos de delinquência; aumento da

criminalidade; instabilidade de vida que desencadeia problemas de saúde mental de vária

ordem, etc, um caudal de frustrações e males familiares que irão desaguar na sala de aula. O

Agrupamento e as suas escolas terão de estar preparados para esta situação anómala.

2.2- A população escolar do agrupamento a)- População discente No presente ano letivo a população discente do agrupamento está distribuída, pelos

diferentes níveis e ciclos de ensino, da seguinte maneira: (ver quadro:1)

Ano Letivo: 2012/2013

Educação Pré-escolar

1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo Curso de Educação Formação

Ensino Secundário

TOTAL de Alunos

Número de alunos

291 557 280 391 19 54 1592

(Quadro:1)

b)- População docente

Os professores do agrupamento estão distribuídos, pelos diferentes níveis e ciclos de

ensino, da forma que se segue: (ver quadro:2)

Ano Letivo: 2012/2013

Educação Pré-escolar

1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo Curso de Educação Formação

Ensino Secundário

TOTAL de

Professores

Número de Professores

16 32 26 45 119

(Quadro:2)

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c)- População não docente

Os assistentes técnicos, assistentes operacionais, outros técnicos e funcionários

encontram-se assim agrupados: (ver quadro:3)

Ano Letivo: 2012/2013

Educação Pré-escolar

1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo Curso de Educação Formação

Ensino Secundário

TOTAL de

Assist. Oper.

Assistentes Operacionais

14 9 32 55

(Quadro:3)

Perante os números apresentados, nos quadros acima expostos, é fácil concluirmos

que o Agrupamento de Escolas Vale d´Este trabalha, com e para uma mancha humana de

envergadura considerável que não deve, de todo, ser ignorada, sempre que se pretende

orientar os destinos de uma Unidade Organizacional vocacionada para a educação e ensino.

Nesse sentido, devem ser criadas dinâmicas de responsabilização de cada agente

educativo, delineando com clareza os papéis que cada um deve assumir nas funções que

executa, construindo uma cadeia humana de empenho pela causa comum, que é a

prestação de um serviço educativo de qualidade. Pois, cada um é parceiro responsável e

elemento pró-ativo nesse processo em cadeia de serviço público de educação, em prol das

crianças e jovens do nosso território educativo.

Aos nossos alunos e aos pais e encarregados de educação cabe um papel de abertura,

de confiança e participação ativa que potencie o aproveitamento das sinergias colocadas ao

seu dispor e ao dispor dos discentes, em proveito do processo de ensino-aprendizagem.

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- V - Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento 1- Enquadramento diagnóstico Este Projeto de Intervenção pretende, por um lado, efetuar uma análise dos aspetos

conseguidos e menos conseguidos do Agrupamento, com vista a perpetuar, sempre numa

perspetiva de melhoria, o trabalho desenvolvido com êxito e, por outro lado, encetar

estratégias de melhoria e respetiva inversão das trajetórias menos conseguidas.

Para tal, irá alicerçar a sua análise no relatório da IGE, Inspeção Geral da Educação,

que esteve recentemente neste agrupamento a efetuar uma ação inspetiva, no âmbito da

avaliação externa, em março de 2012, focalizada no serviço educativo prestado por esta

Unidade Organizacional ao longo dos anos letivos de 2008/2009; 2009/2010 e 2010/2011.

1.1- Pontos fortes e Debilidades do Agrupamento à luz da IGE - Inspeção geral da Educação

Por forma a sintetizar a informação analisada, os Pontos Fortes e as Debilidades

encontradas irão ser listadas no quadro-síntese abaixo transcrito. (ver quadro: 4 e 5)

Pontos Fortes

IGE - Inspeção Geral da Educação 1- Os resultados académicos obtidos no 1º ciclo;

2- O reconhecimento da comunidade educativa com o serviço prestado pelo agrupamento e os seus contributos para a dinamização cultural e o desenvolvimento local;

3- O planeamento da ação educativa centrada nos princípios orientadores definidos e nas metas estabelecidas para cada ano de escolaridade e disciplinas;

4- A utilização regular de metodologias ativas e experimentais no processo de ensino-aprendizagem em todos os níveis de educação e ensino;

5- A valorização da dimensão artística visível em projetos e atividades culturais;

6- A liderança da direção que valoriza as lideranças intermédias e motiva os seus profissionais;

7- A organização do Agrupamento e a gestão eficaz dos seus recursos. (Quadro:4)

Debilidades

IGE - Inspeção Geral da Educação 1- As taxas de conclusão do 3º ciclo que apresentam uma tendência decrescente;

2- A débil gestão sequencial do currículo na transição entre os vários ciclos de ensino, mais visível na transição do 2º para o 3º Ciclo;

3- A ainda fraca concretização do acompanhamento e da supervisão da prática letiva enquanto estratégia de desenvolvimento profissional dos docentes;

4- A avaliação da eficácia e do impacto das medidas de apoio educativo e das atividades constantes do plano plurianual de atividades do Agrupamento, ainda pouco estruturada;

5- O pouco aprofundamento do processo de autoavaliação e de monitorização das ações de melhoria.

(Quadro:5)

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1.2- Estratégias de melhoria das Debilidades diagnosticadas pela Inspeção geral da Educação

1-

a- Intensificação do trabalho colaborativo e cooperativo; b- Reforço da coerência entre o ensino e a avaliação; c- Reestruturação dos critérios de aprovação nos anos intermédios; d- Reforço da diversificação da oferta formativa.

2-

a- Reforço do trabalho de construção de Projetos Curriculares de Turma (PCT) através de uma maior interação entre todos os antigos e atuais professores da turma; b- Promoção de encontros de trabalho, entre os diversos níveis e ciclos de ensino, visando debater e discutir a gestão curricular, sempre numa perspetiva de articulação sequencial e progressiva do currículo; d- Promoção de ações de trabalho, nos diferentes grupos disciplinares, com o fim de, através da exploração de conteúdos curriculares, dinamizar projetos que potenciem a articulação entre níveis e ciclos de ensino; e- Realização de ações de formação, destinadas a todos os docentes dos diferentes ciclos de ensino, dinamizadas numa perspetiva de esclarecimento de áreas menos trabalhadas no âmbito da articulação sequencial e progressiva dos diferentes currículos.

3-

a- Reforço da construção de um bom ambiente de trabalho, alicerçado numa boa relação pedagógica, na procura constante da melhoria progressiva da qualidade de vida de todos os atores educativos, dentro do maior diálogo, negociação e procura de consensos; b- Intensificação da cooperação e da partilha entre os pares, visando a apropriação, reflexão e a consequente edificação de boas práticas de trabalho conducentes à promoção do sucesso educativo; c- Implementação da supervisão da prática letiva, em contexto de sala de aula, como procedimento estruturado e generalizado, fazendo parte integrante do trabalho e formação docente.

4-

a- Monitorização e avaliação da eficácia dos Apoios Educativos de Língua Portuguesa (AELP) e de Matemática (MAT) predominantemente, tendo em conta as propostas apresentadas pela equipa de autoavaliação, visando a consequente construção de planos de ação de melhoria, sempre que se verifique uma promoção do sucesso escolar, abaixo do objetivado; b- Monitorização e avaliação da eficácia das atividades inscritas no plano anual de atividades, com vista a verificar o impacto de cada uma, na efetiva complementaridade dos respetivo currículo de cada disciplina, tendo em linha de conta os conteúdos selecionados e programados para o ano letivo e os êxitos do processo de ensino-aprendizagem.

5-

a- Promover um apoio ao aprofundamento do trabalho de monitorização e avaliação da equipa de autoavaliação, criando condições para que esta possa, com isenção, tornar-se um elemento preventivo e, através de planos de ação de melhoria, por ela propostos, corrigir trajetórias que se desviem dos objetivos traçados pela Unidade Organizacional.

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1.3- Outros Pontos fortes e outras Debilidades diagnosticadas no Agrupamento Com o intuito de alargar e aprofundar a análise das condições e dos processos de

trabalho, assim como dos resultados alcançados pelo Agrupamento de Escolas Vale d´Este,

no âmbito da pluralidade das dimensões que ele abarca, este Projeto de Intervenção

apresenta outras variantes a ter em conta ao observar a Unidade Organizacional e propõe

algumas pistas que podem permitir a correção daquilo que possa estar menos bem.

A fim de resumir e facilitar a observação da informação recolhida, os Pontos Fortes e

as Debilidades irão ser apresentados no quadro-síntese seguinte. (ver quadro: 6 e 7)

Pontos Fortes

Observação de outras dimensões

1- Poucos incidentes de indisciplina grave e, quando existentes, objeto de tratamento imediato e adequado;

2- Permanente articulação entre os órgãos de gestão de topo - Conselho Geral, Direção, (Coordenadores) e Conselho Pedagógico;

3- Diversidade e abrangência de projetos, parcerias e protocolos;

4- Trabalho dinâmico no apoio e respetivo encaminhamento dos alunos, pelos serviços de Psicologia e Orientação Vocacional;

5- Educadores e professores interessados e empenhados que se preocupam com a qualidade científico-pedagógica do seu trabalho;

6- Instalações escolares com condições muito razoáveis e, suficientemente apetrechadas para proporcionar uma boa prática letiva;

7- Boa relação entre o agrupamento, as suas escolas, os encarregados de educação e o meio;

8- Funcionamento da biblioteca, integrando o Plano Nacional de Leitura e articulando as suas atividades com as que se encontram inscritas no Plano Plurianual de Atividades do agrupamento;

9- Intervenção ativa da equipa de Educação Especial, no apoio e acompanhamento de alunos com Necessidades Educativas Especiais.

(Quadro:6)

Debilidades

Observação de outras dimensões

1- Implicação do aluno no seu processo de aprendizagem de forma ainda muito imperativa;

2- Apetrechamento ainda deficitário das salas laboratoriais, dificultando as aulas experimentais para todos;

3- Utilização ainda tímida, por parte de muitos docentes, de novas estratégias de trabalho, com recurso às novas tecnologias;

4- Pouco investimento no rigor, na coerência e na uniformização dos processos e critérios de avaliação no seio de cada grupo disciplinar;

5- Rede de informação e comunicação, por vezes, ainda pouco eficiente entre as várias estruturas e parceiros da comunidade educativa;

6- Insuficiente interação com os pais, encarregados de educação, no sentido de os cativar para um trabalho cooperativo e colaborativo com a escola;

7- Resultados das provas finais do 9º ano – Português – abaixo da média nacional: 64% nacional e 62% escola.

(Quadro:7)

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1.4- Estratégias de melhoria das outras Debilidades diagnosticadas

1-

a- Construção de um espaço de abertura por forma a incentivar o professor a promover uma participação colaborante dos alunos nos assuntos da aula, implicando-os nos conteúdos a selecionar e nas metodologias de trabalho a utilizar para o efeito; na calendarização dos mesmos e nos processos e estratégias de avaliação dos conhecimentos aprendidos; envolvê-los nas regras de comportamento a adotar, entre si e para com os professores;

2-

a- Elenco dos materiais, prioritariamente necessários e orçamentar os montantes a envolver, sempre numa lógica de racionamento de custos, a fim de se efetuar um estudo das possibilidades financeiras do agrupamento, para o efeito;

3-

a- Promoção de ações de trabalho, nos diferentes grupos disciplinares, com o objetivo de manusear as novas ferramentas tecnológicas (computador/projetor, quadro interativo) com o propósito de as utilizar mais regularmente em contexto da sala de aula; b- Fomentar a cooperação e a partilha entre os pares, visando a troca de experiências e materiais;

4-

a- Monitorização e avaliação da eficácia dos processos, critérios e instrumentos de recolha de dados, para a avaliação dos alunos, visando a consequente uniformização de critérios e correção de mecanismos de trabalho que necessitem de melhorias, sempre que se verifique uma discrepância de resultados intragrupal, com resultados abaixo do objetivado;

5-

a- Criação de um grupo de trabalho, com elementos ligados às novas tecnologias, responsável pela divulgação e comunicação da informação considerada relevante, assim como aquela legalmente exigida, instituído na tarefa de manter sempre e atempadamente informada a comunidade educativa interna e externa do agrupamento;

6-

a- Promoção, através de ações de formação, debates e/ou conversas informais entre professores e representantes das associações de pais, de um ambiente propício à descoberta de soluções que permitam uma maior e mais efetiva interação entre professores e pais/encarregados de educação, versus, pais/encarregados de educação e professores; b- Criação de condições, para que o Diretor de Turma e os pais/encarregados de educação da turma que supervisiona científica e pedagogicamente, possa estabelecer climas de colaboração e cooperação benéficos para a resolução conjunta dos problemas surgidos no processo de ensino-aprendizagem dos seus educandos/discentes;

7-

a- Atuação preventiva nos oitavo e nono anos, através de uma monitorização atenta do

Diretor de Turma aos alunos com dificuldades, proporcionando-lhes mais atenção, apoios Educativos complementares e um trabalho colaborativo com os Encarregados de Educação.

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- VI - Oportunidades e Constrangimentos

1-Análise da situação Com o objetivo de identificar alguns aspetos que possam ser considerados

Oportunidades e/ou Constrangimentos para o desenvolvimento dos trabalhos da Unidade

Organizacional na persecução dos seus objetivos, devemos distinguir entre: o ambiente

interno e externo da comunidade educativa.

Assim, o ambiente interno reporta-se às dinâmicas que estão sob o controlo da

Unidade Organizacional e que resultam da aplicação de estratégias de atuação definidas

pelos seus elementos - Pontos fortes e Debilidades, já elencados no capítulo anterior.

O ambiente externo à comunidade educativa está relacionado com as dimensões

macroambientais - (questões de natureza geográfica, económica, política, legal e

tecnológica) e microambientais - (questões relacionadas com o público-alvo, as famílias, os

parceiros e colaboradores educativos), que são dimensões exteriores à Unidade

Organizacional e que, embora não sejam controláveis pelo agrupamento, influenciam-no

negativa ou positivamente na sua ação gestionária, constituindo constrangimentos e/ou

oportunidades à consecução dos objetivos a alcançar.

A observação das ideias explanadas, relativamente às Oportunidades e/ou

Constrangimentos está sintetizada no quadro que se segue. (ver quadro: 8 e 9)

Oportunidades

1- A constituição de um agrupamento de escolas autónomo, albergando os diferentes ciclos e níveis de ensino, incluindo o ensino secundário;

2- Um corpo docente estável, com largos anos de experiência e identificado com a cultura do agrupamento e do meio;

3- A existência de vários docentes que já possuem uma especialização universitária e de outros que se encontram a frequentar ou a concluir, torna este capital humano de conhecimento uma mais-valia para a Unidade Organizacional;

4- A existência de uma rede de parcerias com instituições do Ensino Superior, assumindo-se como um desafio à promoção da investigação com vista à apropriação dos resultados científicos nas práticas do agrupamento.

(Quadro:8)

Constrangimentos

1- Concorrentes educacionais públicos e privados, sedeados a pequenas distâncias do agrupamento;

2- Formação contínua dos professores pouco adequada e logisticamente de fraca acessibilidade para os docentes do agrupamento;

3- Pessoal docente desgastado, com mudanças constantes na atividade profissional, provocadas por várias reformas das políticas educativas, com implicações na sedimentação de processos de trabalho;

4- Pouca oferta formativa para o pessoal não docente. (Quadro:9)

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- VII - Os serviços do agrupamento ao serviço da população escolar

1- O Recurso aos Serviços de Psicologia 1.1- Sintomas de possíveis problemas sociais do meio

Os Serviços de Psicologia e Orientação Vocacional do agrupamento acompanharam,

ao longo do ano letivo transato, um total de 289 alunos, dos quais, 136 em sessões de

orientação escolar e profissional e 153 em apoio psicopedagógico. Estes últimos números

podem, de certa forma, ser observados à luz de uma interpretação que foque a sua atenção

nos reflexos diretos e/ou indiretos das necessidades/carências do meio social que esta

Organização Escolar serve. (ver quadro:10)

Alunos com acompanhamento psicológico Alunos que frequentaram sessões de

Orientação Escolar e Profissional

Pré-escolar 1ºCiclo 2º Ciclo 3º Ciclo CEF Total 1 9º Ano CEF Total 2 TOTAL 1 e 2

2 81 62 26 12 153 120 16 136 289 (Quadro:10)

Nos alunos encaminhados para apoio psicopedagógico releva-se a deteção de

algumas problemáticas mais frequentes, tais como: perturbações de ansiedade, problemas

psicossociais/familiares, perturbações de aprendizagem, perturbações disruptivas do

comportamento e défice de atenção, entre outras situações que nem sempre são fáceis de

diagnosticar.

Nesta linha de pensamento e dando continuidade e profundidade ao trabalho que

tem vindo a ser desenvolvido nesse âmbito, é de todo pertinente continuar a dotar estes

serviços de condições necessárias e adequadas, por forma a permitir uma prevenção

atempada e eficaz dos problemas perturbadores do normal processo de aprendizagem dos

alunos.

Assim, através de um trabalho de equipa de cariz multidisciplinar deve ser realizado

um serviço de monitorização dos casos referenciados, efetuada uma interpretação dos sinais

desviantes em determinados alunos, assim como, desenvolvido um acompanhamento dos

jovens mais necessitados em termos de apoio emocional e psicológico, sempre com a

intervenção e colaboração dos pais/encarregados de educação, dos professores, dos

assistentes operacionais e dos diferentes órgãos de gestão, com vista a solucionar os

diversos problemas humanos, surgidos.

2- A Prevenção do Abandono Escolar 2.1- Manter afastada uma realidade antiga

Tem sido, ao longo dos anos, uma preocupação constante deste agrupamento

combater o Abandono Escolar. Paradoxalmente à evolução cultural e escolar que se tem

verificado em termos globais a nível nacional, esta tarefa não tem sido fácil, na medida em

que esta Organização Escolar serve um território educativo ainda semirrural e com atrasos

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estruturais concelhios que advêm do seu elevado número de freguesias – oitenta e nove – o

maior concelho do país. No entanto, os esforços desenvolvidos na prevenção e resolução

desse problema têm vindo a dar os seus frutos. (ver quadro: 11)

Ano Letivo 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013

Percentagem de abandono - 1% - 1% - 1% Previsão de: -1% ou 0%

(Quadro:11)

Assim, à semelhança do trabalho desenvolvido neste âmbito e, na continuidade da

cultura vivida por todos os agentes educativos desta Unidade Organizacional, serão

trabalhados aspetos relacionados com uma contínua monitorização dos casos passíveis de

estar em risco de abandono escolar, com o intuito de promover ações e aconselhamentos

que permitam inverter tais situações. Esse trabalho só é possível através de uma relação de

proximidade efetiva entre: o aluno da escola e o filho de casa, isto é: os agentes educativos

da Organização Escolar e os Pais/Encarregados de Educação dos discentes que educamos.

3-O Ensino Especial 3.1- O apoio aos mais desfavorecidos A Equipa de Educação Especial acompanhou e apoiou, ao longo do ano escolar de

2011/2012, 34 alunos do agrupamento que apresentaram características físicas e mentais

suscetíveis de ser abrangidos por Necessidades Educativas Especiais. É possível constatar,

através destes dados, algumas condições sociais menos favoráveis que subsistem no

território educativo desta Organização Escolar, mas às quais esta instituição educativa tem

sabido dar uma resposta exemplar.

Alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE)

Disfunções

Nível de educação e de ensino

Pré-

escolar

CEB

CEB

CEB

Ens.

Sec. TOTAL

Sensoriais Visão 1 1 Audição 1 1

Mentais

Linguagem 3 1 4 Intelectuais 7 12 19 Emocionais 1 1 2 Psicossociais 2 2 4 Neuromusculoesqueléticas e relacionadas com movimento 1 1 Voz e fala 1 1 Saúde Física 1 1

Totais por níveis de educação e níveis de ensino 2 15 1 16 0 34

(Quadro:12)

Assim, com vista a dar continuidade a este princípio, acarinhado com especial

cuidado neste agrupamento e que, também se encontra consagrado neste Projeto de

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Intervenção, quando refere que o agrupamento deve zelar pela integração plena das

crianças portadoras de limitações físicas ou mentais que levem à existência de necessidades

educativas especiais, será dado apoio à equipa do ensino especial, tentando, na medida do

possível, dar resposta a uma revindicação do grupo que se vê a braços com a falta de mais

um professor especializado para fazer face, com propriedade, a um número, assaz elevado,

de alunos com necessidades educativas especiais, como se pode verificar pelos dados

explanados no quadro acima transcrito. (ver quadro: 12)

4- A Ação Social Escolar 4.1- Uma necessidade emergente Este domínio de prevenção e proteção aos mais desfavorecidos pode servir de

barómetro, relativamente às carências sentidas na área geográfica de ação educativa desta

Unidade Organizacional. Verifica-se, neste sentido, que o agrupamento tem desenvolvido

um trabalho atento nesta vertente, tentando, dentro dos recursos que lhe são

disponibilizados e outros que criativamente vai conseguindo, dar uma resposta quantitativa

e qualitativa de relevância, aos problemas prioritários surgidos. (ver quadro: 13, 14 e 15)

Alunos, (sem deficiência), beneficiários da Ação Social Escolar

Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário TOTAL

Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B

26 24 172 47 92 63 138 12 14 588

(Quadro:13)

Alunos, (com deficiência), beneficiários da Ação Social Escolar

Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário TOTAL

Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B Escalão A Escalão B

1 4 1 4 12 22

(Quadro:14)

Alunos com Bolsa de Mérito atribuída

Secundário TOTAL

10º Ano 11º Ano 12º Ano

6 6

(Quadro:15)

Numa análise global dos quadros apresentados, verifica-se que a Ação Social Escolar

consegue beneficiar um total de 616 alunos, nas diferentes modalidades de apoio que ela

abrange, o que perfaz quase 39% da população estudantil do agrupamento. Considero estes

dados relevantes, visto que, estas contribuições alimentares contribuem de forma indireta

para a promoção do êxito do processo de ensino-aprendizagem desses alunos.

Neste sentido também devem ser tidos em conta “o suplemento alimentar” – lanche

da manhã e lanche da tarde – que o agrupamento proporciona a um conjunto alargado de

jovens carenciados, aproximadamente trinta.

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Assim, deve ser feito um esforço continuado de promoção destas medidas de apoio e

de outras que possam ser consideradas como tal, a fim de proporcionar aos alunos

carenciados, condições de vida e de estudo que lhes permitam ter acesso igualitário ao

sucesso escolar. 5- Os resultados escolares 5.1- A avaliação externa Quando se fala de resultados em educação, sabemos que inúmeras dúvidas,

subjetividades e variáveis estão subjacentes à frieza dos números e das percentagens, visto

que a avaliação quantitativa tem dificuldades em exprimir uma dimensão qualitativa da

educação que se manifesta na essência intrínseca do ato de ensinar - uma zona impercetível,

invisível, mas humanizante e bem presente!

Por outro lado, também é verdade que é necessário um instrumento de medida,

aproximadamente fiel, que possibilite a observação, a comparação e reflexão, permitindo

saber em que ponto vão as coisas, sob risco de jamais sabermos de onde viemos, onde

estamos e para onde queremos e podemos caminhar.

Por isso, não podemos deixar de estar atentos às variáveis subjetivas da avaliação,

assim como aos sinais da sua expressão percentual, dentro de um contexto que nos é

particularmente familiar e que conhecemos profissionalmente bem – o Agrupamento de

Escolas Vale d´Este.

Assim, efetuando uma analise global aos resultados externos obtidos nas diferentes

avaliações finais, no final dos diferentes ciclos de ensino, podemos considerar que estes

foram Muito Bons, tendo em conta que eles traduzem o aproveitamento verificado nos

diferentes anos escolares de cada ciclo de ensino em análise. (ver quadros:16, 17, 18, 19, 20 e 21)

4º Ano - Prova de Aferição - Português

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 93% 97% 95% 98% 91%

Nacionais 90% 91% 92% 88% 80%

Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 96% 96% (Quadro:16)

4º Ano - Prova de Aferição - Matemática

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 98% 96% 97% 98% 89%

Nacionais 91% 89% 89% 80% 57%

Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 97% 97% (Quadro:17)

Relativamente ao 1º ciclo - Provas de aferição do 4º ano - verifica-se que, tanto na

disciplina de Português como de Matemática, os resultados observados na Unidade

Organizacional estiveram, nos últimos cinco anos letivos, sempre acima da média obtida a

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nível nacional. Destaca-se, ainda, a substancial diferença percentual conseguida, no ano

transato, pelo agrupamento, na disciplina de Matemática. (ver quadros 16 e 17)

_________________________________________________________________________________________

(Quadro:18)

(Quadro:19)

Quanto ao 2º ciclo – Provas de Aferição e Prova Final do 6º ano – constata-se, aqui

também, que a Unidade Organizacional esteve quase sempre acima das médias percentuais

obtidas a nível nacional, na disciplina de Português e Matemática, embora não o tenha

conseguido, nas duas disciplinas em observação, no ano letivo de 2008/2009.

Releva-se, também, a acentuada diferença percentual conseguida no ano transato

pelo agrupamento, na disciplina de Português e Matemática, comparativamente aos

resultados verificados a nível nacional. (ver quadros 18 e 19) _________________________________________________________________________________________

(Quadro:20)

(Quadro:21)

No que se refere ao 3º ciclo – Provas de Aferição e Prova Final do 9º ano – verifica-se

que, mais uma vez, a Unidade Organizacional esteve quase sempre acima das médias

percentuais obtidas a nível nacional, tanto na disciplina de Português como na disciplina de

Matemática. No entanto, constata-se que não foi conseguido, na disciplina de Português,

manter essa constância, dado observar-se médias percentuais abaixo das nacionais, nos

anos escolares de 2008/2009, 2009/2010 e no ano transato.

Salienta-se o facto de, na disciplina de Matemática, os resultados conseguidos pela

Organização Escolar se encontrarem sempre acima das médias percentuais obtidas a nível

nacional. (ver quadros 20 e 21)

6º Ano - Provas de Aferição e Prova Final (2011/2012) - Português

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 96% 86% 89% 86% 86% Nacionais 93% 90% 88% 84% 76%

Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 89% 90%

6º Ano - Provas de Aferição e Prova Final (2011/2012) - Matemática

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 87% 76% 90% 69% 61% Nacionais 82% 79% 77% 65% 56%

Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 90% 90%

9º Ano - Exames Nacionais e Prova Final (2011/2012) - Português

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 86% 66% 62% 64% 62% Nacionais 83% 70% 70% 56% 64%

Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 66% 69%

9º Ano - Exames Nacionais e Prova Final (2011/2012) - Matemática

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 61% 75% 54% 51% 68% Nacionais 55% 66% 51% 42% 55%

Indicador da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador s/ indicador 54% 54%

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5.2- A avaliação interna

De igual modo, ao analisarmos os resultados internos obtidos no final dos diferentes ciclos de ensino, deparamo-nos com percentagens de sucesso que consideramos serem Muito Boas. (ver quadros: 22, 23 e 24)

(Quadro:22)

(Quadro:23)

(Quadro:24)

Os quadros acima apresentados revelam a existência de um excelente trabalho

desenvolvido por todos os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem dos alunos e,

em particular, pelo órgão de gestão/administração do agrupamento sob a égide do seu

diretor cessante, visto não se verificar nenhum resultado percentual abaixo da média

nacional nos três ciclos de ensino em análise.

Face ao verificado, pretende-se dar continuidade aos resultados alcançados,

melhorar aqueles que pontualmente possam estar menos bem e tentar elevar a qualidade e

as fasquias percentuais atingidas de forma progressiva e sustentada, sabendo que tal tarefa

é árdua e com obstáculos.

1º Ciclo

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 98% 98% 98% 99% 98%

Nacionais 97% 97% 96% 97% ----

Referente da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador 98% 99% 99%

2º Ciclo

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 98% 95% 96% 95% 97%

Nacionais 92% 92% 92% 93% ----

Referente da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador 96% 96% 97%

3º Ciclo

Suce

sso

esc

ola

r %

Resultados 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Unidade Organizacional 94% 90% 88% 86% 95%

Nacionais 86% 86% 86% 87% ----

Referente da Unid. Org. s/ indicador s/ indicador 91% 89% 93%

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- VIII - A continuidade de um projeto

1- Dar sequencialidade ao trabalho desenvolvido

Sendo eu professor neste Agrupamento de Escolas, tendo exercido diversas funções

e cargos de natureza pedagógica e fazendo parte, nestes últimos anos, da equipa diretiva,

tive a oportunidade de me inteirar de todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em

termos de conceção de escola, política educativa seguida, documentos estratégicos criados e

caminho trilhado, com vista à obtenção da satisfação do seu público escolar e respetiva

comunidade educativa, objetivando uma escola de referência e qualidade. Assim, penso ser

de profunda utilidade dar sequência às rotinas geradas, aos documentos construídos para

um futuro próximo, às equipas constituídas, às dinâmicas criadas com vista a promover uma

gestão/administração educativa de referência, como foi seu apanágio até agora.

2- Um Agrupamento de Escolas com “cultura própria”

O Agrupamento de Escolas do Vale d´Este é uma Organização Escolar detentora de

uma cultura própria. Tendo em conta que o conceito de cultura, por definição, só é passível

de ser considerado como tal, quando esta foi construída ao longo de muitos anos, pela

influência de uma liderança marcante e aceite por várias gerações de pessoas que a viveram

e que, através dela, se tornaram cidadãos e por isso a reconhecem como existente. Nessa

perspetiva, é incontornável não fazer referência ao trabalho meritório, desenvolvido ao

longo de quase trinta anos pelo Professor Fernando Martins, diretor cessante por

aposentação.

Por isso, não será de todo estranho reconhecer que todos os alunos, pais e

encarregados de educação, professores, funcionários e outros colaboradores que estiveram

ou ainda estão envolvidos, de forma direta ou indireta, através de vínculos internos e/ou

externos a esta Organização Escolar, se revêm, sem constrangimentos, na figura do seu

diretor cessante. E isso deve-se, acima de tudo: ao carisma, à experiência, ao capital de

conhecimento acumulado à frente dos destinos do agrupamento, à postura profissional e

ética sempre demonstradas, à capacidade de ler e entender a diferença, à humildade na

postura e comportamento, à bondade humana em ajudar o próximo, à preocupação

constante em desenvolver um trabalho dentro de um clima profissional de harmonia, paz e

entendimento, ao modelo e referência em que se tornou, na perseverança em querer,

seriamente, contribuir no processo de melhoria da qualidade de vida dos habitantes deste

território educativo.

3- Um projeto adverso à rutura

Face ao exposto, este Projeto de Intervenção não tem por onde ser ousado! Apenas

pretende promover uma continuidade do trabalho desenvolvido. Por isso, é adverso à

rutura, pouco desejada, tendo em linha de conta as constantes mudanças, desgastantes,

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perpetuadas pelas várias e diferentes políticas educativas seguidas nos últimos anos e,

muitas vezes, desajustadas da verdadeira e real ação educativa local.

De igual modo, a rutura, no contexto da história da gestão/administração deste

agrupamento, não tem razão de ser, pois a condução dos destinos desta Organização Escolar

tem sido merecedora de louvor por sucessivas avaliações externas, ações inspetivas e

elogiada, inúmeras vezes, por quem calcorreou estes espaços. No entanto, sabemos de

antemão que o cunho pessoal de cada um é, quase sempre, uma inevitabilidade a verificar-

se. Porém, deve ser encarado como o acrescentar de alguma mais-valia na perpetuação

daquilo que está bem.

4- Um agradecimento

Não poderei deixar de agradecer todos os ensinamentos que me foram dados, ao

longo do meu trabalho junto da direção e, mais especificamente, ao lado do Professor

Fernando Martins. Pois, foi no convívio, no diálogo, na discussão académica e no calor da

resolução dos problemas de gestão/administração que fui despertando para uma realidade

que me apaixonou e, ao mesmo tempo, descobrindo um ser humano profundamente

envolvido pela causa da educação.

5- Nota Final

Assim, a minha candidatura a diretor deste agrupamento está enraizada numa forte

convicção de que esta Unidade Orgânica pode continuar a ser uma referência no contexto

educativo atual e local. De igual modo, acredito que a qualidade das organizações alicerça-

se, maioritariamente, nos processos organizacionais que são desenvolvidos no seu seio,

assim como, na cultura que nela é veiculada. Por isso, acho ser possível, mesmo em

condições adversas, motivar todos os atores educativos em prol da causa educacional.

Também creio que, com esforço e dedicação, poderei, com os meus colegas de

direção, encetar um trabalho que objetive o desenvolvimento de um ensino eficaz, de

qualidade, dirigido a todos, visando a formação integral de indivíduos, preparando-os para

os desafios da atualidade e para o exercício da cidadania participativa e responsável.

Espero, sinceramente, ser um elo de transição, harmoniosa e empenhada, na árdua

missão de educar, escolarizar e formar, a gente do vasto território educativo que servimos e

que é a nossa terra!

Viatodos:

31 / outubro / 2012

O professor candidato: ________________________________ (Luís Dias Ramos)

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- IX - Bibliografia

- ANTUNES, Fátima e SÁ, Virgínio, (2010), “Públicos escolares e Regulação da Educação”,

Lutas concorrenciais na arena Educativa in Desenvolvimento Profissional de

Professores, Fundação Manuel Leão.

- BARROSO, João, (2003b) (org.). AFONSO, Natércio, CARDOSO, M. Clementina, LEVIN, M.

Henry, “A Escola Pública, Regulação, Desregulação, Privatização”, Edições Asa.

- CANAVARRO, J. Manuel, (2000), “Teorias e Paradigmas Organizacionais”, Quarteto

Editora.

- CORTESÃO, Luiza, (1998), “O arco-íris na sala de aula? Processos de organização de turmas:

Reflexões críticas” in Cadernos de Organização e Gestão Escolar, Instituto de

Inovação Educacional, Ministério a Educação.

- COSTA, Adelino, (1996). “Imagens Organizacionais da Escola”, Porto: Edições ASA

- FORMOSINHO, João, (1991), “A Igualdade em Educação” in A Construção Social da

Educação Escolar, ASA.

- LIMA, C. Licínio, (2003), “A escola como organização educativa”, Uma abordagem

sociológica, Cortez Editora

- MARTINS, S. Fernando Alberto, (2003), “Escola e Família: Que relação?”, Faculdade de

Ciências Sociais, Universidade Católica Portuguesa, Centro Regional de Braga.

- ROLDÃO, Maria do Céu (2000). “Currículo e gestão das aprendizagens: as palavras e as

práticas”, Centro Integrado de Formação de Professores, Conferência na

Universidade de Aveiro.

- STOER, F, Stephen, (1992) e ARAÚJO, C, Helena, “Escola e Aprendizagem para o Trabalho”,

Num País da (semi) Periferia Europeia, Edições Escher.

- STOER, F, Stephen, (2008) e ARAÚJO, C, Helena, “Escola e aprendizagem para o trabalho

num país da (semi) periferia europeia, Cadernos da Educação, Instituto de

Inovação Educacional.