Água, fonte de saúde - 4º ano

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texto de escrita criativa elaborado em conjunto pelas turmas do 4º ano das escolas EB1 de Anobra, Belide Ega e Sebal do Agrupamento de escolas de Condeixa no âmbito do projeto 30 dias 30 livros da Rede de Bibliotecas de Condeixa A temática do conjunto dos 4 textos teve como mote: "água, Património que temos que cuidar"

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Água,

Fonte de saúde

AUTORES

TEXTO:

Alunos do 4º ano

1ª parte - EB1 Sebal (Prof. Deolinda)

2ª parte - EB1 Anobra (Prof. Anabela)

3ª parte - EB1 Belide (Prof. Aline)

4ª parte - EB1 Ega (Prof. Adelaide)

ILUSTRAÇÃO:

JI do Sebal (Educadora Paula Luís)

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Há muitos, muitos anos,

durante um período bastante

alargado no tempo, a seca

assolava as Terras de Sicó. A

água era escassa e a vida

muito difícil. Um homem,

teimando em não as

abandonar, sobreviveu

naquelas terras áridas e

rochosas, a muito custo, ano

após ano. A pouca água que

conseguia era um bem precioso que usava apenas para humedecer a sua

boca e matar a sede que lhe queria roubar a saúde e a vida.

Os dias corriam com muito sacrifício e resistência.

Pobre homem! A sua saúde era cada vez mais débil. Nem tinha como lavar

a sua roupa. Não tinha como cuidar da sua higiene e a doença tomava

conta dele. A sua pele crestava e enrugava com tanto sol e falta de água!

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Estava à beira da morte, quando o tempo mudou e a água começou a jorrar

dos céus, abençoando a terra e salvando a vida naquelas paragens que

agradeciam a dádiva.

A alegria voltou e a vida

prosseguiu, brotando entre as

pedras da serra.

Após aquele período tão difícil, a

vida retomou o seu caminho. O

tal homem sobreviveu, cuidando

da sua higiene e da sua roupa,

recuperando, assim, a sua saúde

que quase vira desaparecer.

1ª parte - EB1 Sebal (Prof. Deolinda)

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Contudo a sua pele ressentiu-se de todos aqueles anos sem água que o

privaram de uma boa higiene e de uma boa alimentação. Tinha ficado com

uma doença de pele e a cura não era fácil.

Um dia, um vizinho soube que o homem andava muito triste por causa

dessa doença e foi falar com ele. Então, falou-lhe das Termas da Azenha,

que ficavam perto das terras de Sicó e de como estas eram boas para a pele

e não só, também para o reumatismo.

2ª parte - EB1 Anobra (Prof. Anabela)

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O homem aceitou o conselho do vizinho e seguiu caminho até às termas.

Quando chegou, explicou o seu problema e pediram-lhe muito dinheiro

pelo tratamento. O homem ficou triste e desiludido, saiu das termas e foi

caminhando, desorientado,

até que viu um anúncio a

dizer “Procura-se calceteiro”.

Foi procurar o dono do

anúncio, um rico senhor

romano, e pediu-lhe trabalho,

explicando-lhe que precisava

desesperadamente de

dinheiro para pagar o seu

tratamento.

O senhor mostrou-lhe uma

clepsidra e disse-lhe:

-Vamos fazer um acordo, eu

dou-te o dinheiro que tu

precisas. Em troca, tens que

calcetar três milhas de

estrada, até chegares àquela cidade.

-Eu aceito. - respondeu o homem.

-Mas, atenção! - continuou o senhor rico - Tens que concluir a tua parte do

acordo, antes que o tempo de cem clepsidras acabe. Um dos meus escravos

vai controlar o tempo, não tentes enganar-me...

O pobre homem ficou muito atrapalhado com medo de não conseguir

cumprir a sua parte do acordo a tempo, e começou logo a trabalhar.

3ª parte - EB1 Belide (Prof. Aline)

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Organizou vários montes de pedra

de calçada. Foi buscar as

ferramentas e começou a escavar.

Foi um bocado duro para si, mas ele

precisava do dinheiro para salvar a

sua saúde. Pôs uma pedra, pôs duas,

pôs três e fez um lindo padrão com

várias cores. Utilizou vários tons de

azul em homenagem à chuva que lhe

salvou a vida. Trabalhou dia e noite

durante 40 clepsidras. Ao fim deste

tempo, ficou cansado e decidiu

descansar ao pé de uma fonte. Quando acordou, viu que estava atrasado

2 clepsidras. Pôs logo mãos à obra até que lhe apareceu o Super-Viriato e

lhe perguntou:

-O que estás a fazer?

-A pôr pedras de calçada. O

que é que tens a ver com

isso?

-Não sabes quem eu sou?

Sou o Super-Viriato e tenho

poderes especiais para te

ajudar.

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-Já que tens poderes, podes ajudar-me a construir o resto da calçada?

-Sim, ajudo.

- Mas se o chefe romano descobrir, pode tirar-me o emprego.

Logo de seguida, começaram a trabalhar. Cinco clepsidras depois, o escravo

que controlava o tempo, fez queixa ao chefe do que estava a acontecer.

Ao cair da noite, o chefe romano apareceu e disse:

-Afinal, tu tens ajuda!

-Sim, tenho ajuda de um amigo.

-Meu caro Papum, não estou

nada satisfeito, mas como até

Conimbriga é uma grande

estrada, podes ter uma ajuda.

-Obrigado senhor por me deixar

ter ajuda!

-Está bem, mas não permito que

mais ninguém te ajude...

Papum pôs-se logo a trabalhar e

o Super-Viriato, que entretanto

esteve escondido, apareceu e

começou a ajudá-lo. Os dois

trabalharam com afinco e, dez

clepsidras depois, já avistavam a

Casa dos Repuxos. Animados, ganharam novo folgo, e chegaram às portas

de Conímbriga.

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O escravo foi a correr contar ao chefe romano a grande novidade. Ele ficou

espantado e nem queria acreditar.

- Mas a maior parte das clepsidras ainda não passaram… Vou ver com os

meus próprios olhos!

Quando lá chegou viu que tinham terminado a tarefa antes do tempo

acabar. Ficou emocionado e disse que estava muito feliz.

-Papum, mereceste o dinheiro do acordo e assim já podes cuidar da tua

saúde.

- Obrigado pelo dinheiro. Vou partilhá-lo com quem me ajudou.

- Acho que não vou aceitar, porque tu precisas mais do eu.- disse o Super-

Viriato.

-Se não fosses tu, eu não teria conseguido. Ficarei eternamente agradecido.

Ficarás para sempre com a minha amizade.

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O Super-Viriato foi-se embora e o Papum foi ao

melhor médico de Conimbriga. Fez um

tratamento de um mês e a sua pele ficou

brilhante e saudável.

Arranjou uma namorada chamada

Cleópatra, tiveram filhos e foram felizes

para sempre!

4ª parte - EB1 Ega (Prof. Adelaide)

Trabalho elaborado no âmbito do projeto 30 dias 30 livros com o apoio da Rede de Bibliotecas de Condeixa

Professoras Bibliotecárias

Ana Rita Amorim Anabela Costa

Técnicas da Biblioteca Municipal

Inês Rodrigues Connie Coutinho