Aìrvore explicativa

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Árvore Explicativa de Problemas: uma ferramenta para análise de problemas IEP/HSL, 25 de setembro de 2013

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Árvore Explicativa de Problemas: uma ferramenta para análise de problemas

IEP/HSL, 25 de setembro de 2013

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A ferramenta e o Projeto Aplicativo

A ferramenta apresentada visa instrumentalizar os especializandos para ampliação de capacidades de “leitura da realidade”.

Possibilita precisar os problemas identificados pelas Equipes Diversidade/Grupos Afinidades apoiando a construção de planos/projetos de intervenção.

Esta é uma das ferramentas utilizadas pelo Planejamento Estratégico operacionalizada por Carlos Matus no método MAPP (Método Altadir de Planejamento Popular).

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A árvore explicativa é uma ferramenta de planejamento

orientado por problemas

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Conceituando Problema A Problema pode ser considerado um obstáculo que

dificulta a mudança da situação existente para a situação desejada. É uma discrepância entre o ser (ou a possibilidade de ser), e o deve ser, discrepância essa que os atores encaram como evitável e inaceitável.

Os problemas podem ser simples ou complexos, de difícil ou fácil solução e costumam ter duas formas de classificação: Complexidade Posição na Organização

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Conceituando Problema É a declaração de insatisfação de quem está planejando frente à realidade que ele tem interesse de mudar.

Portanto...

avaliamos a insatisfação como evitável no nosso espaço de governo;

é um componente da realidade, algo que existe hoje; temos interesse em modificar essa realidade; dispomo-nos a mobilizar recursos para tanto; está em nosso espaço de governabilidade;

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Conceituando Problema Complexidade

Problemas estruturados: são mais simples em virtude de terem causas conhecidas e soluções geralmente consensuais;

Problemas quase estruturados: são mais complexos, geralmente tem muitas causas (multicausais) nem sempre fáceis de serem todas identificadas, e nem sempre tem propostas consensuais para sua solução.

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Conceituando Problema

Em nossa complexa realidade os problemas geralmente são mais complexos (quase estruturados) e o planejamento que se orienta por problemas deve preferencialmente trabalhar com problemas finais, já que nossa finalidade última é superar as dificuldades dos usuários e não apenas da organização.

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Selecionando e Priorizando Problemas

Momento onde os atores envolvidos em resolver uma determinada situação se reúnem para discutir e selecionar os problemas que desejam transformar/mudar/enfrentar.

Os atores podem priorizar considerando diferentes critérios.

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Entendendo os critérios de priorização

Critério Conceito

Magnitude Tamanho do Problema

Transcendência Importância política, cultural e técnica que é dada ao problema

Vulnerabilidade Existência de conhecimento e recursos materiais para enfrentar o problema

Factibilidade Disponibilidade de recursos materiais, humanos, físicos, financeiros e políticos

Urgência Prazo para enfrentar o Problema

Outros: custo, relevância...

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Priorização: perguntas que podem apoiar

O problema é muito frequente?

O problema é muito importante?

Existem conhecimentos e recursos disponíveis para que a equipe possa enfrentá-lo?

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Descrever o problema priorizado Para caracterizar bem um problema precisamos descrevê-lo.

A descrição expressa os "sintomas"

É o sintoma/indicador mais imediato ou "palpável" do problema.

Um bom descritor é aquele que qualifica e/ou quantifica a dimensão da gravidade do problema.

O descritor é o fato ou afirmação necessária e suficiente para descrever o problema.

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Qual a importância de descrever um problema?

Os descritores constituem uma referência para avaliar a evolução do problema.

Monitorar os descritores possibilita avaliar as tendências de melhora ou piora da situação.

Também é uma referência para avaliar o impacto do plano de intervenção sobre as causas, pois um bom plano muda os descritores.

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Requisitos para problemas bem descritos

São precisos e monitoráveis, possibilitando a comparação de seus valores entre dois períodos;

Não deve haver relações causais entre os descritores, pois isto indicaria que, ao menos um deles é causa do problema;

Cada descritor deve ser uma parte independente dos outros. Cada um deles deve agregar uma informação relevante;

Cada descritor deve ser necessário para explicação e o conjunto dos descritores deve ser suficiente para que o nome do problema não traga ambiguidades.

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Como é que eu sei que a descrição do problema atende os quesitos de ser necessária e

suficiente? Que os números dos descritores são suficientes ?

Quando eu tiro a carga negativa e o problema está solucionado.

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Exemplificado

Problema: Ausência de medidas de prevenção a doenças e de promoção à saúde para a população infantil do Distrito Norte

Descritores:

D1: 40% das crianças são internadas mais de uma vez ao ano por doenças agudas infectocontagiosas, enquanto o padrão do município é de 5%.

D2: inexistência de UBS no Distrito Norte, enquanto a OMS recomenda uma Unidade de APS para cada 20.000 a 30.000 hab.

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Árvore de Problemas

A árvore explicativa de problemas nada mais é do que um diagrama de causa-efeito, porque possibilita uma análise do problema priorizado, procurando compreender suas relações causais.

Nela são estabelecidas as ligações mais importantes, visando analisar a realidade, que é complexa, de uma forma mais simplificada a fim de tornar possível uma ação. É o que a literatura denomina de “redução da complexidade”.

Identifica causas, as relações entre si e as conecta com os descritores

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Árvore de Problemas: construção

Inserir nome do problema e o ator que o declara

Desenho claro, sintético e preciso a partir da identificação das causas do problema e da forma como estão relacionadas entre si.

A árvore deve ser construída a partir das respostas à seguinte pergunta: qual o motivo que origina o fato descrito em D1?

O passo seguinte é encontrar a causa da causa e assim sucessivamente até que o grupo de trabalho se sinta satisfeito com a explicação.

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Árvore de Problemas: construção

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Árvore de Problemas: formas de apresentação

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Árvore de Problemas: formas de apresentação

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Referências Bibliográficas

Acúrcio FA, Santos, MA e Ferreira SMG. O planejamento local de serviços. In: Mendes EV (org) A organização da saúde no nível local. São Paulo: Hucitec, 1998. MATUS, C.. Política, planejamento & governo. 2. ed. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(IPEA).1996. MÉTODO MAPP. Método ALTADIR de Planificación Popular. Material de lectura seleccionado para los Concursos de Funciones Jerárquicas Hospitalarias. Subsecretaría de Salud Pública - M.A.S. - Provincia de Santa Cruz. Fondo Editorial Altadir, 2da edición, Maracaibo, Venezuela, 1998. Tancredi, F.B; Barrios, S.R.L; Ferreira, J.H.G. Planejamento em Saúde, v.2, série Saúde & Cidadania, São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP, 1998. Acessado em 25 de julho de 2013. Disponível em: http://www.saude.sc.gov.br/gestores/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/ed_02/index.html

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Programação da Oficina de Trabalho1. Momento 1 – Apresentação da Ferramenta. (tempo previsto de 40’)

2. Momento 2 – Identificar e selecionar um problema. a partir da atividade realizada na Unidade Educacional I – TBL: “E choveu muito em Polis...” e a leitura de Polis (tempo previsto de 40’)

3. Intervalo: 15 min

4. Momento 3 – Descrever o problema. descrição do problema selecionado e priorizado. (tempo previsto de 30’)

5. Momento 4 – Explicar o problema, construindo a árvore explicativa – “Árvore de Problemas”. (tempo previsto de 60’)