Akademicos 46

8
Férias em tempo de crise Turismo Low Cost 04 e 05 Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1359, de 29 de Julho de 2010 e não pode ser vendido separadamente. Ak adémicos FOTO:SARA VIEIRA Easyway/ Miguel Marques produtor e guitarrista Percebemos que estamos a fazer algo inédito06 e 07 46

description

Edicao 46 do Jornal Akademicos

Transcript of Akademicos 46

Férias em tempo de criseTurismo Low Cost

04 e 05

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1359,de 29 de Julho de 2010 e não pode ser vendido separadamente.

Akadémicos

FOTO

:SAR

A VI

EIRA

Easyway/Miguel Marquesprodutor e guitarrista

“Percebemos que estamos a fazer algo inédito” 06 e 07

46

exposiçãoAté 30 de AgostoTeatro José Lúcio da Silva, LeiriaExposição de fotografia de Nuno MoreiraA exposição Light Against Time é com-posta por um conjunto de imagens captadas por Nuno Moreira ao longo de dez anos de carreira. Lugares comuns que, subitamente, se transformam em ambientes renovados com a junção de pessoas de interesses semelhantes. Patente ao público no Teatro José Lúcio da Silva, a exposi-ção termina a 30 de Agosto e pode ser visitada das 17:30 às 24:00. Entrada livre.

festivaisDe 4 a 8 de AgostoZambujeira do MarFestival Sudoeste É no inicio de Agosto que se rea-liza mais um edição do Sudoeste TMN. O festival decorre na Zam-bujeira do Mar, como tem sito habitual. Nomes como Jamiro-quai, 2manydjs, Air, David Guetta, James Morisson, M.I.A e até mesmo os portugueses Expensive Soul, estão confirmados no cartaz deste ano. Os bilhetes diários custam 40 euros e o passe de 5 dias varia entre 80 a 90 euros, dependendo do uso ou não de card camping, também este ano uma novidade.

27 e 28 de AgostoCastelo de LeiriaEntremuralhas – Festival GóticoÉ já em Agosto que o Castelo de Lei-ria abre as suas portas para o Festi-val de música gótica, Entremuralhas. Pitchfork (Alemanha), Ataraxia e Ashram (Itália), Covenant e Ordo Ro-sarius Equilibrio (Suécia), e Collection D’Arnell Andrea (França) são as seis bandas que vão actuar nos dois pal-cos nos dias 27 e 28. As entradas no Festival Gótico 2010 serão limitadas a 700 espectadores.

animaçãoAté 11 de Setembro Leiria, Monte Real e Praia do PedrógãoPraça VivaO Praça Viva é uma iniciativa organiza-da pela Câmara Municipal de Leiria, que tem como objectivo animar as noites de Verão. O programa variado e ligado às diferentes artes do espectáculo, abran-ge a música tradicional, jazz, música de dança, cinema, teatro e magia. A edição deste ano inclui também Monte Real e a Praia do Pedrógão. No site da Câmara Municipal é possível consultar o calendário de actividades.

02 JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

FILIPA ARAúJOUma agenda do mês

Director:José Ribeiro [email protected]

Director adjunto:João Nazá[email protected]

Coordenadora de RedacçãoAlexandra [email protected]

Coordenadora pedagógicaCatarina [email protected]

apoio à ediçãoAlexandre [email protected]

secretariado de RedacçãoDora Matos, Filipa Araújo

Redacção e colaboradoresAndreia Coutinho, André Mendonça, Anne Abreu, Daniela Santos, Filipa Araújo, Joana Roque, Juliana Batista, Luciano Larrossa, Mariana Rodrigues, Sara Vieira, Tiago Figueiredo, Tiago Pedro

Departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

maquetizaçãoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

presidente do instituto politécnico de LeiriaNuno [email protected]

Director da eseCsLuís Filipe [email protected]

Directora do Curso de Comunicação sociale educação multimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

Vai lá, vai...

Apesar de enquanto actividade humana e social o fenómeno turístico existir, como realidade, desde a mais remota antigui-dade (embora para um número restrito de privilegiados), foi em grande parte induzido pela sociedade industrial e não mais parou de crescer, sendo hoje uma actividade com um enorme peso económico. De tal modo que, para muitos de nós, é impen-sável não termos uns dias de repouso. Aliás, estamos todos a precisar de férias. Já não pensamos nou-tra coisa e quando chega a altura de escolher, sobretudo numa época em que a crise económico-financeira nacional e internacional nos afecta, não há nada como tentar umas férias mais em conta. Porque não seguir o slogan “Vá para fora cá dentro” (antiga campa-nha de promoção do turismo interno, que se torna hoje tão actual)? O Presidente da República, há algum tempo, deu-nos este mesmo conselho que foi contestado por muitos. Não sei porquê: realmente, conheceremos bem o nosso país? Por vezes, penso no dinheiro que muitas famílias gastam para ter férias no estrangeiro sem terem experimentado as belezas que temos por cá. Não é que não ache importante sairmos, conhecermos outros povos e outras culturas, mas parece-me redutor sair sem antes tomarmos conhecimento da nossa própria cultura. Por exemplo, a atenção que devemos dar ao património é, nas sociedades contemporâneas, um indicador determinante do seu grau de desenvolvimento, abrangendo tanto a componente material como a imaterial do património, sendo este perspec-

tivado também como fonte de animação cultural e recurso tu-rístico a ser encarado como valor estratégico, mesmo no plano económico. E, neste aspecto, temos muitos exemplares únicos no país e até aqui bem perto. Enriqueça-se com umas férias mais culturais! Alguns de nós acabaremos sempre por ser condicionados pelo facto de termos um país com muitos quilómetros de cos-ta. A praia, o mar, as ondas, a areia… fazem parte da nossa imagem mental desde que nos conhecemos. Inevitavelmente, rumaremos àquela praia da nossa infância ou então optaremos pelo local onde temos os amigos que só encontramos nesta época do ano. Enfim, todo um conjunto de razões que nos fa-zem sair de casa na tentativa de descansar, cortar com a rotina do quotidiano, poder desenvolver as actividades de lazer que durante o ano nos são vedadas atendendo à vida frenética que acabamos por ter, mesmo quando não o queremos. Nesta edição falar-se-á de alguns exemplos de férias, nome-adamente, para um público mais jovem e com vontade de ter experiências mais radicais, em que a adrenalina é a pedra de toque. São muitos os destinos possíveis. Quer se fique em casa, quer se viaje pelo país, ou se opte por qualquer outro tipo de férias, o importante é que estes dias sirvam para nos renovar, retemperar forças para os desafios que se avizinham, nos fortaleçam física e mentalmente para trazer mais equilíbrio para a nossa vida. Boas Férias!

abertura

DRDR

DRDR

maria da Graça poças santosDocente ESECS/IPL

ReKtificação… O artigo sobre a participação do grupo Piratautomático no Festival de Teatro Académico, publicado na edição passada, contém alguns lapsos pelos quais pedimos desculpa e que passamos a rectificar. Assim, onde se lê “o grupo apresentou à porta do Teatro da Comuna a performance Planta de uma Re-pública”, deve ler-se “o grupo apresentou no salão do Teatro da Comuna a performance Planta de uma República”. Também na declaração de Simão Vieira sobre a peça “Técnica/A Perfeição do Outro Mundo” onde se lê “foca-se no próprio teatro, sendo uma reflexão dramaturga”, deve ler-se “trata-se de uma reflexão de natureza dramatúrgica”. Por fim, a peça apresentada em Leiria foi “A perfeição do outro mundo” e não a “Técnica/A Perfeição do Outro Mundo”, como originalmente referido.

03JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

Está a dar

anDReia CoUtinHo

O ex-docente da ESAD.CR, Fernando Nabais, em colabo-ração com Fernando Galrito e Stephan Jurgens, actuais docen-tes da mesma escola, foram os vencedores da 5º edição do Pré-mio Nacional Multimédia, or-ganizado pela Associação para a Promoção do Multimédia e da Sociedade Digital (APMP), na ca-tegoria Arte e Cultura com a sua peça de performance interactiva intitulada .txt. A cerimónia de entrega de prémios realizou-se no dia 23 de Maio no Museu da Electrici-dade onde foram anunciados os vencedores das cinco categorias: Plataformas e Suportes Tecno-

lógicos, Informação e Comuni-cação, Educação e Formação, Entretenimento, Arte e Cultura, Comércio Electrónico e o Prémio Sony Escolas (HD). O Prémio Nacional Multi-média, organizado pela APMP, tem por objectivo “destacar e reconhecer o valor da produção multimédia nacional e premiar o talento, a ousadia, a criatividade e a perspectiva empresarial dos profissionais do sector”. .txt é um trabalho interacti-vo de diversas tecnologias sen-soriais, que exploram formas de linguagens artísticas transver-sais contemporâneas. O conceito original é da responsabilidade de

Fernando Nabais que, em cola-boração com Fernando Galrito e Stephan Jurgens, assume a di-recção artística do projecto. Esta criação é desenvolvida com a tecnologia da YDreams, parceira do projecto. As ideias centrais de .txt ba-seiam-se na interactividade entre o interface e o performer, onde a tec-nologia é explorada enquanto con-teúdo. O projecto aponta para uma reflexão crítica sobre as convergên-cias entre a arte e a ciência na sua dimensão social. A obra de William S. Burroughs, The Electronic Revolu-tion (1970), funcionou como base dramatúrgica a partir da qual a es-trutura narrativa se desenvolve.

Docentes da esaD.CR recebem prémio de multimédia

DR

Os bilhetes, há muito esgota-dos, faziam prever que o dia gran-de da edição de 2010 do Optimus Alive seria o 10 de Julho. Pearl Jam, LCD Soundystem, Gogol Bordello e Legendary Tiger Man, eram os grandes nomes da derra-deira jornada do festival de músi-ca à beira-rio, em Oeiras. E o Pas-seio Marítimo de Algés foi mesmo pequeno para tanta gente. A pro-cura foi tanta que os habituais passes de três dias saíram de cir-culação, e a organização adoptou uma inovação, criando um passe de dois dias, que garantia a entra-da no recinto para 8 e 9 de Julho. Mas houve uma outra no-vidade: ao longo dos três dias, notou-se a presença de bastan-tes estrangeiros a vaguear pelo recinto: 12 mil, segundo a or-ganização (espanhóis e ingleses, maioritariamente). No total, 120 mil pessoas entraram no recinto do primeiro grande festival do calendário de Verão. Esta foi mesmo a edição mais concorrida de sempre. No dia 8, em que actuaram Faith No More, Kasabian e Alice In Chains, assistiram aos concer-tos 40 mil pessoas e o dia 9, de Skunk Anansie e Deftones, foi o menos concorrido, mas mesmo

assim contou com cerca de 35 mil pessoas. Pedro Pinheiro, residente em Lisboa, foi uma das 45 mil pessoas que no dia 10 não quiseram perder a oportunidade de assistir a Pearl Jam. O recém-licenciado em Eco-nomia adquiriu o passe de 3 dias. “Inicialmente a minha ideia era vir apenas ao último dia, mas todo o cartaz era do meu agrado e o preço era realmente compensador”, es-clarece o jovem de 23 anos. A quar-ta edição do Optimus Alive fica, também, na história por ter sido o primeiro festival português com um dia completamente esgotado a mais de duas semanas do início.

Surpresa Esta foi mesmo uma contrarie-dade para muitos dos fãs de Eddie Vedder e dos Pearl Jam que plane-avam assitir ao quinto concerto em Portugal da banda de Seattle. Ninguém esperava que os bilhetes para dia 10 esgotassem de forma tão rápida. Muitos guardaram para a última hora a compra, e deram-se mal. Após a produtora do evento informar que os bilhetes estavam esgotados para o último dia, inúmeros fóruns de música na internet encheram-se de anún-cios de pessoas a procurarem um

vendedor de última hora que lhes garantisse o ingresso para o dia mais aguardado do festival. Marcos Rogeiro, finalista em Geografia, preparava-se para assistir ao seu terceiro concerto dos Pearl Jam em solo português. Depois do Pavilhão Atlântico em 2006 e da edição de 2007 do Ali-ve, pretendia viver mais alguns momentos inesquecíveis, daquela que considera ser “a banda mais consensual de todas as gerações até aos 30, 40 anos”. Talvez tenha sido por isso que já não foi a tempo de garantir o bilhete. “O hábito faz com que se facilite e se deixe para a última, mas o aviso da organi-zação em relação à quantidade de bilhetes que restavam vender foi realizado muito em cima e os bilhetes já eram muito, muito, poucos para a procura”, esclare-ce. Provavelmente, Marcos, não terá tão depressa a oportunidade de ver a banda ao vivo. É que Eddie Vedder, durante o concerto, dis-se que aquele seria “não o último concerto, mas o último durante muito tempo”. Depois da desilusão provocada pelo anúncio, a plateia ouviu o que esperava: “Mas isso é bom, porque nos vamos divertir esta noite”, concluiu o vocalista. E a promessa foi cumprida.

FOTO

: RUB

EN V

IEgA

S

Konsumo Obrigatóriotexto e foto: maRiana RoDRiGUes e Joana RoqUe

Localizado no Largo de Camões, na zona histórica de Leiria, o restaurante Pontuel abriu portas em Março de 2009, assumindo um con-ceito que alia o requinte, a modernidade e a qualidade.

Este espaço nasceu da ideia de um conjunto de amigos, que pretendia conjugar “uma ar-quitectura de excepção, uma localização cen-tral com uma vista única sobre a cidade e um cozinheiro que é uma referência na cozinha nacional”, explica António Pinto, um dos pro-prietários do restaurante.

Além da área de refeições, neste espaço encontra-se um bar com música ambiente que acolhe os clientes, dando-lhes as boas vindas.

A localização privilegiada com vista para o Castelo e para a cidade é, sem dúvida, uma das mais-valias do espaço. No entanto, Antó-nio Pinto considera que o serviço oferecido pelo restaurante é a principal atracção dos clientes.

Caracterizado pela cozinha tradicional por-tuguesa ou cozinha de autor, a cargo do Chef Vítor Sobral, o Pontuel conjuga o melhor dos produtos portugueses, desde as carnes e os pei-xes aos vinhos e enchidos.

O Pontuel recebe todo o tipo de clientes, desde pessoas sozinhas ou acompanhadas, em negócios ou em grupos de amigos, tendo todos eles vários traços em comum: “são simpáticos, amáveis, divertidos, educados, estão de bem com a vida e gostam de comer bem num sítio agradável sem ter de pagar muito por isso”, re-fere António Pinto.

Em 2009 foi atribuído ao Pontuel o Diploma de Bronze na categoria Fine Dinning, da 6ª edi-ção do Concurso Gastronomia com Vinho do Porto.

O restaurante procura satisfazer os desejos do cliente para que, concluída a refeição, fique a pensar no regresso, conclui António Pinto.

Pontuel

Com vista para o Castelo

Um optimus festival

anDRé menDonça

alive só para quem se antecipou

04 JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

Está a dar

Em tempos de crise, fazer férias em Portugal ou no es-trangeiro, parece difícil, mas não impossível. Através de histórias de quatro jovens que esqueceram a comodidade e partiram à aventura, traze-mos algumas sugestões de como se poderá viajar, ‘lá fora’ ou ‘cá dentro’, com poucos re-cursos.

Já imaginou visitar sete cidades europeias, tais como Amesterdão, Berlim ou Paris em 16 dias por menos de mil euros? Parece quase impossí-vel, mas não para Pedro Jorge. Ver de perto alguns dos mais consagrados monumentos, foi o que levou este jovem es-tudante de arquitectura a aventurar-se com dois amigos num Interrail. “Partimos de avião até Paris e a partir daí visitamos as outras cidades de comboio”, refere o jovem de 21 anos, acrescentando que “o facto de estudar arquitec-tura foi o que o levou a viajar

por todos estes países”. Este modo de viajar é escolhido, especialmente, pelos mais no-vos, pois permite aos menores de 26 anos um desconto con-siderável no preço do bilhete. Contudo, o valor final do bi-lhete dependerá dos países a percorrer, sendo Alemanha, França e Grã-Bretanha os países mais caros enquanto os mais económicos se en-contram na outra ponta da Europa: Bulgária, Macedónia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia a Turquia.

“Espectacular e inesque-cível”, foi assim que Ricardo Ferreira considerou a sua viagem de carro com o primo pela Europa. Visitou em duas semanas países como Espa-nha, França, Holanda Alema-nha ou Bélgica e tudo dentro do seu Opel Astra. Custo total da viagem? 600 Euros. “Via-jar de carro tem esta grande vantagem, podemos poupar bastante dinheiro pois pode-

mos levar comida e bebida dentro da viatura”, afirmou o jovem de 22 anos.

O mesmo meio de trans-porte utilizou Francisco Si-mão e mais quatro amigos que decidiram acompanhar os colegas a uma viagem de finalistas a Lloret Del Mar. Percorrer várias cidades es-panholas foi o percurso esco-lhido. “Muitos de nós nunca tínhamos saído de Portugal e optamos por realizar uma viagem mais curta”, confes-sou o jovem de 24 anos.

Contudo, viajar não é ape-nas sinónimo de avião, com-boio ou carro, como confessou ao Akadémicos Cláudia Silva, de 21 anos. Foram oito os dias que a ex-aluna de Comunica-ção Social e Educação Multi-média da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais demorou a percorrer a pé o caminho para Santiago de Compostela. “Conhecer a via-gem realizada pelo padroeiro

de Santiago” foi o motivo que levou esta estudante e mais vinte escuteiros do Agrupa-mento de Belas a percorrer os 200 Km’s que ligam Barcelos até ao destino final. A aventu-ra aconteceu em 2004. Cláu-dia sublinha que “o caminho de Santiago deveria ser feito, não por qualquer impulso religioso ou devocional, mas por uma “forte necessidade de fortalecimento espiritu-al” e acrescenta que, quando pensa em voltar a percorrer o Caminho, “é pela necessidade de vencer um desafio pessoal, num roteiro cultural e histó-rico”. A antiga aluna aconse-lha qualquer pessoa a repetir a experiência, porque, como explica: “só nestas situações é que conhecemos os nossos limites”. Para Cláudia Silva, a Credencial de Peregrino é um documento indispensável e exclusivo para o percurso porque permite o acesso aos albergues gratuitos existentes

Chegadas as tão esperadas férias, fomos

saber como quatro jovens conheceram

vários destinos, com muito pouco dinheiro

no bolso

quando viajar não é sinónimo de grandes gastos

texto: LUCiano LaRRossafotos: saRa vieiRa

Viajar de comboio pela Europa com os amigos, conhecendo vários países e culturas. Podes também optar pelo Intra-rail e conhecer melhor Portugal.

Vantagem Para além de conhe-ceres novos locais, tens ainda a oportunidade de ver as mais belas paisagens durante a viagem.

Preço Depende da duração e percurso. Passe Europeu: a partir de €159.

www.interrailnet.com

Disponibilizar o sofá para viajantes de outro país e viajar para um sítio distante ficando alojado na sala de outros surfers. Vantagem Conhece novas culturas de perto, ao viver durante uns dias com habitantes de outros países

Preço Só pagas a deslocação (a estadia é grátis)

www.couchsurfing.org

A forma mais tradicional de tirar férias para jovens com poucos rendimentos. Pega numa tenda e passa algumas noites com amigos num parque perto da praia ou se preferires, na floresta.

Vantagem Basta uma guitarra e uma pequena fogueira à noite e tens diversão garantida.

Preço Cerca de €5 por dia (Valores variam em função da época e da dimensão da tenda)

www.roteiro-campista.pt

Interrail ou Intra-rail Couchsurfing Camping

De Norte a Sul, em contacto com a natureza, a praia ou cidade, podes visitar o melhor do país e do Mundo pernoitando nos albergues da juventude.

Vantagem conforto, localização e contacto com outros alberguistas

Preço Cerca de 15 Euros. Variações em função da época, da localizaçãoe do tipo de quarto.

http://microsites.juventude.gov.pt

Pousadas

O que posso fazer? tiaGo peDRo

05JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

Está a dar

TAKTomografia Axial Komputorizada

José Luís Jorge

Sensibilidade Fotográfica

“Sensibilidade(s) 25” é um projecto que conta com a presença de 25 fotógrafos do dis-trito de Leiria e com o patrocínio de IPL. José Luís Jorge foi coordenador e co-autor desta obra editada pelo CEPAE (Centro de Estudos do Património da Alta Estremadura). Natural de Leiria, José, aluno de Comunicação Social e Educação Multimédia da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, é um hoje um fo-tojornalista com experiência. Para além deste projecto é também au-tor de O cheiro das Especiarias, livro baseado numa viagem de três meses que fez ao conti-nente Asiático, e co-autor de Os Trabalhadores Laneiros no Distrito de Leiria. Foi também di-rigente Associativo do Ateneu e do já extinto grupo CIRCULARTE. José começou a fotografar aos 19 anos de idade. Foi “obrigado” a explorar o gosto so-zinho e, por isso, considera-se uma pessoa bastante autónoma. “Não havia ninguém na minha família que me incentivasse ou que estivesse ligado à actividade”, refere. Hoje, trabalha como freelancer, tendo, ao longo dos seus 20 anos de experiência, colaborado com diversos jornais e revistas como o Diário de Leiria, Público, Sol, Tempo Livre, Invest e Volta ao Mundo. Em 1988 frequentou o Curso de Iniciação à Fotografia do FAOJ (Fundo de Apoio aos Or-ganismos Juvenis), actual IPL (Instituto Por-tuguês da Juventude). Em 2000/2001 estu-dou no Ar.Co (Centro de Arte e Comunicação Visual). É em 2008 que recebe uma menção honrosa no VIII Prémio de Fotojornalismo Visão/BES e participa no workshop Every Pic-ture Tells a Story, dirigido pelo fotógrafo nor-te-americano Frans Lanting. Quando questionado sobre os seus gostos, a resposta é imediata: “Fotografar, ler, escre-ver e viajar”. Depois de um interregno sem estudar, o fotógrafo revela que os seus maiores objecti-vos são acabar o curso e dar a volta ao mundo registando fotograficamente cada momento, cada lugar…

em toda a rota, serve como prova de que se percorreu ou está a per-correr o Caminho.

Peripécias

Mais económicas, as viagens de carro ou comboio propor-cionam momentos por vezes inesquecíveis para os viajantes. Depois de uma noite com muita neve em Burgos e sem conse-guir encontrar estadia, Fran-cisco Simão recorda como deci-diram passar a noite no carro. O que parecia ser a solução ideal para combater o frio na cidade espanhola, tornou-se, logo pela manhã, numa situação assus-tadora para o grupo de amigos. “Acordámos e o carro estava cheio de fumo por dentro, tudo devido ao aquecimento que es-tava a pegar fogo!”, lembrou o alcobacense com alguns risos pelo meio. E as aventuras em Espanha não ficaram por aqui: “Pelo meio, ainda furámos o pneu do carro e fomos obrigados a andar cinco dias a cinquenta quilómetros por hora devido ao pneu suplente”.

Incerteza parece ser tam-bém a palavra certa para quem viaja de Interrail, especialmente quando chega a hora de dormir. “Quando viajamos de comboio temos duas opções: ou dormi-

mos nos bancos normais ou compramos o bilhete com ca-maratas. Nós preferimos a se-gunda opção”, referiu Pedro Jorge, acrescentando o facto de os bilhetes com camaratas cus-tarem apenas mais 12 euros foi o motivo da escolha. Poupadas acabaram também por ser as horas de sono, tudo por causa de um “russo que não parava de ressonar e não nos deixava dormir!”, confessou o jovem de 21 anos. “Agora ao pensar na situação até acho piada, mas na altura provocou-nos umas olheiras enormes”, conclui.

InternetPara quem prefere conhecer

outros países de uma maneira mais económica, uma ferramen-ta parece ser essencial: a internet. É lá que a maioria dos turistas compra a grande parte dos seus bilhetes ou estadias em hotéis ou pousadas. Para Pedro Jorge, a in-ternet foi essencial, pois “permi-tia estarmos a viajar de comboio e conseguirmos o alojamento para o dia seguinte. A maioria das vagas eram conseguidas no site hostels.com”.

A segurança parece ser um dos motivos que leva muitas pes-soas a não arriscarem este géne-ro de viagens, tal como explica

Pedro Jorge. “É claro que tivemos sempre receio em relação à segu-rança. Andávamos sempre com a mochila à nossa frente”. Ape-sar de ter assistido a um assalto, o jovem sintrense lembra que “o próprio site do Interrail dá alguns conselhos de como guardar e le-var os pertences, o que diminui o risco de roubo”.

Já Ricardo Ferreira não teve qualquer tipo de problemas em relação à segurança, também porque, como explica, “tínha-mos sempre algum conhecido nas cidades que visitámos, o que torna tudo mais seguro”.

Reduzir a bagagem a um mínimo indispensável é um dos conselhos dados por Cláudia Sil-va: “Levem apenas o essencial, pois senão acontece como a al-guns de nós, que tivemos que nos desfazer de alguns adereços a meio da viagem”.

O facto de desconhecer a lín-gua que se fala no país de destino é considerado por muitos, tam-bém, como outro factor para não viajar, o que para Ricardo Ferrei-ra não faz qualquer sentido. “Fa-lamos inglês em quase todos os países, na Holanda então todos falam inglês. O único país onde não aconselho a utilizarem o in-glês é em Itália, principalmente com as italianas!”, brinca.

tiaGo fiGUeiReDo e fiLipa aRaúJo

DR

“Há uma onda de criatividade que se perderá se não houver apoios”

Como surgiram os Easyway?Os Easyway surgiram em

2000. Eu e o Tiago tínha-mos uma banda e o Danilo e o “Atum” tinham outra. Costu-mávamos tocar no bairro onde crescemos e as coisas foram evoluindo. As banda mudaram e acabámos por ficar todos jun-tos formando os Easyway. Para iniciar, fizemos uma demo, que teve uma boa aceitação. Entre-tanto surgiu a oportunidade de gravar o primeiro álbum em 2001.

Ter trabalhado com Joey Cape foi uma mais valia para vocês enquanto músicos?

Claro que sim! Todos nós so-mos fãs da banda de Joey Cape, os Lagwagon, e na altura o punk rock estava em grande e foi uma oportunidade única poder gra-var com ele. Quando os Lagwa-gon deram um concerto em Lisboa nós tocámos com eles, e surgiu-nos a ideia de pergun-tar ao Joey se ele queria gravar uma música connosco. Admito que, no momento, pensámos que ele nunca aceitaria mas de-cidimos arriscar e correu bem. Perguntámos-lhe e ele pron-tamente respondeu “Claro! Quando vamos para estúdio? Agora?”, não sabíamos bem o que dizer, acabámos por con-vidá-lo primeiro para um café, depois fomos para estúdio.

O que é que este disco traz de novo na sonoridade dos Easyway?

Traz muita coisa porque é uma mudança brusca na direcção que os Easyway es-tavam a tomar. Para além de ser um filme, este álbum, tem também a função de banda so-nora do mesmo filme. Para isso, tivemos que criar as músicas e ambientes necessários, por-tanto há uma maior dinâmica, as músicas são mais fortes ou mais suaves do que o habitual. Existe essa tal diferença de so-noridade necessária para que as músicas encaixassem no fil-me. Não podíamos continuar a fazer músicas de punk rock por-que não encaixavam no projec-to, portanto abrangemos um

universo muito maior.Como surge a ideia de fazer

uma longa metragem?A ideia surge na altura em

que estávamos a promover o segundo álbum. Começámos a pensar no que íamos fazer a se-guir e, de uma forma natural, porque eu trabalho com áudio e o Danilo em vídeo, aparece a ideia de unir as duas coisas e criar algo diferente. Foi então que o Danilo teve a ideia de fa-zermos um filme, ficámos mo-tivados e decidimos trabalhar nisso. A partir daí, começámos a evoluir com o projecto, juntá-mos as coisas e, quase três anos depois, aqui estamos com o ál-bum que é também uma longa- -metragem.

É a longa metragem que acompanha o álbum ou o ál-bum que acompanha a longa metragem?

É impossível separar um do outro. A longa metragem não vive sem o álbum e o álbum não faz sentido sem a longa metra-gem. O álbum foi criado para a longa metragem e a longa me-tragem sem o álbum não existe.

Porquê Laudamus Vita (saudamos a vida)?

Começámos a procurar um nome para o álbum e para as músicas em português, nomes que fossem facilmente percebidos e quase univer-sais. Foi impossível, tínhamos 18 capítulos e não havia 18 nomes em português que en-caixassem e que estivessem relacionados com o respectivo capítulo. Optámos por pensar noutras hipóteses e achámos que fazia sentido um nome em latim, devido à sua cono-tação de grandiosidade e de épico. Laudamus Vita dava um ambiente perfeito para aquilo que nós queríamos.

O uso do latim remete-nos a uma simbologia épica, con-sidera que isso se reflecte a nível musical e cinematográ-fico deste projecto? De que forma?

Sim! Não só do nome mas o facto dos ambientes, do filme e

06 JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

easyway, Miguel Marques (produtor e guitarrista)

Japão, Brasil ou até mesmo EUA já se

renderam à inconfun-dível sonoridade dos Easyway. A banda,

nascida na cidade de Lisboa em 2000, arris-ca algo que só os Pink Floyd tentaram até à

data, produzir um álbum que seja um filme e a

sua banda sonora. Lau-damus Vita surge nos

ecrãs portugueses, e é Miguel Marques (gui-

tarrista) que nos conta como tudo surgiu

texto: fiLipa aRaúJo e tiaGo peDRofotos: fiLipa aRaúJo

Kultos

The Blind Side

maRiana RoDRiGUes

Baseado numa história verídica, The Blind Side surge nas salas de cinema com uma enorme expectativa por parte do público. Não é caso para menos, tendo em conta que foi graças ao desem-penho neste filme que Sandra Bullock arrecadou a primeira estatueta da sua careira. Recebeu o Óscar e o Globo de ouro de melhor actriz.

O filme conta a história de Michael Oher (Quin-ton Aaron), um negro jovem, com elevada estatu-ra, filho de uma mulher completamente viciada em drogas, que é ajudado por uma família branca, liderada por Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) que acredita no seu potencial. Os Tuohy tinham tudo: fama, dinheiro, os filhos eram bons alunos, to-dos eram felizes. Sean Tuohy, o pai (Tim McGraw) conjugava o sucesso desportivo com o olho para o negócio, mas era Leigh Anne quem mandava lá em casa. Sean já a conhecia e antecipava todos os seus movimentos, admirando a coragem e determina-ção da mulher. A relação funcionava porque ele não a questionava, pois já sabia que simplesmente não iria resultar em nada. Quando Leigh Anne deci-de albergar por uma noite Big Mike, nenhum deles imaginava onde tudo iria terminar. De uma noite para o Dia de Acção de Graças, até ficar a morar com os Tuohy e ser adoptado foi um pequeno passo. Atendendo ao baixo quociente intelectual, a etapa seguinte foi ajudá-lo a encontrar uma carreira no desporto. Michael tinha, contudo, três capacidades que o tornavam muito especial: uma resistência incrível, uma aptidão inata para o desporto e um instinto de protecção particularmente apurado. O que poderia ser unicamente um gesto de generosi-dade, torna-se no grande momento de viragem nas suas vidas.

O filme transporta para o ecrã uma família que tinha tudo e não se importou de o partilhar. Da simples caridade da classe alta (recolhas de fundos, presenças em eventos) para o verdadeiro envolvi-mento: acolher, vestir e tutorar um jovem proble-mático e difícil de compreender, tudo foi feito.

Com a ajuda da família Tuohy, do treinador de futebol e dos professores, o filme demonstra a for-ma como o rapaz conseguiu ultrapassar todas as dificuldades e dar a volta por cima, singrando no mundo do futebol e tornando-se numa estrela da Liga Nacional Americana.

The Blind Side possui um argumento espectacu-lar, tendo o escritor e realizador John Lee Hancock feito um óptimo trabalho.

É uma história bem contada, moralizadora, ro-manceada, mas com bastante sentido de humor e com Sandra Bullock em grande destaque.

Envolvente e com uma boa dose de emoção, este é um filme ideal para qualquer público. Uma história de vida sobre o orgulho de pertencer a uma escola, sobre o orgulho maior de ter um filho. Memorável!

das músicas terem muita orques-tração. Têm um ambiente grandio-so e o uso do latim faz todo sentido.

Porquê a escolha de Lisboa e Évora como cenários?

Primeiro porque Portugal tem cenários lindíssimos e muitas vezes passamos pelas coisas e nem sequer reparamos. Em Lisboa, por exemplo, basta ir à baixa e olhar com olhos de ver: é absolutamente magnífica e nós nem reparamos no seu poder. A escolha de Évora está relacionada com duas coisas, primeiro porque nos remete para um passado lon-gínquo e grandioso que existiu em Portugal, depois deve-se à questão burocrática. Gravar torna-se mui-to complicado porque é preciso um papel para isto outro para aquilo, mas a Câmara Municipal de Évora deu-nos cem por cento daquilo que podia para estarmos à vontade, por-tanto, a escolha dos locais não podia ter sido outra, foi perfeita.

Tiveram apoios para toda esta produção ou foi um investimento da própria banda?

Foi um investimento da própria banda, tivemos apoios em termos logísticos de algumas empresas de vídeo e de áudio que nos ofere-ceram uma data de material, sem eles era completamente impossível. Tivemos também muita mão-de-obra disponibilizada por uma data de profissionais que acreditaram neste projecto e, a troco de quase nada, não desistiram. Tivemos a maior sorte do mundo em encon-trar os maiores profissionais como o José Rato, Miguel Manso que foi também director de fotografia, sem eles o resultado teria sido completa-mente diferente.

Considera que Portugal dá/tem as condições necessárias a produções deste género?

Acredito que Portugal tem con-dições, mas acho que faltam apoios para que estes projectos se possam desenvolver. Nós, como banda, não somos uma empresa para nos podermos dar ao luxo de passar-mos por uma parte burocrática em que no fim nos possam dar o apoio. Ou é um esforço pessoal ou neste momento é impossível pro-jectos destes acontecerem, o que

é pena porque há muitas bandas, muita música, muitos artistas que têm talento e que vão acabar por cair no esquecimento porque não têm o apoio suficiente para conse-guir desenvolver esse talento.

Acredita que o filme chamará um novo tipo de público à banda?

Acho que sim, até pelo facto de ser diferente e inédito. Acre-dito que quem tiver um contacto com o filme ficará interessado, independentemente do género de música que ouça.

Qual é o papel da internet na evolução dos Easyway?

Tudo passa pela internet, desde o Myspace que está quase obsoleto, indo para o Facebook, tudo passa pela internet. Tocar ao vivo é muito importante para fazer um primeiro contacto, mas a internet torna-se essencial pois dá continuidade a esse contacto. Portanto, se hoje em dia não houvesse internet, a realida-de seria completamente diferente.

Qual a vossa opinião em re-lação ao panorama musical por-tuguês?

Acho que há vários tipos de pa-noramas em Portugal. Se começar-mos por pensar no panorama under-ground acho que há bandas muito boas, ao nível de bandas internacio-nais, e isso pode dar frutos. Penso que no futuro se estas bandas, que se estão a afirmar agora continua-rem, vamos ter por exemplo uns no-vos Moonspell ou uma data de ou-tros casos de sucesso. Mas para isso é preciso haver apoios, é preciso que as pessoas se desloquem aos concer-tos, que apoiem as bandas. Há uma onda de criatividade que se perderá se não houver apoios.

O que se pode esperar de um es-pectáculo dos Easyway?

Podem-se esperar várias coi-sas, primeiro pode esperar-se uma coisa intensa e isso sempre foi uma componente dos nossos concertos. Nós estamos a fazer concertos com o filme e sem o filme, com o filme é um bocadinho diferente porque não podemos tirar a atenção do público daquilo que se passa na história, en-tão é quase como se houvesse uma divisão daquilo que se passa no pal-

co e no ecrã. Percebemos que esta-mos a fazer algo inédito, estamos a apresentar um filme e a tocar a ban-da sonora ao vivo. Quando ouvimos o feedback do público, as pessoas não se sabem explicar muito bem, ficam sem saber o que dizer, ficam meio engasgadas, umas dizem que foi “brutal” mas não conseguem expli-car melhor. Percebemos que as pes-soas gostaram.

Para quando um álbum em português?

Nunca digas nunca, mas os Easyway sempre se moveram com base na universalidade. A música é universal. Nunca achámos que cantar inglês fosse problema, aliás, cantar em inglês dá-nos a possibili-dade de expandirmos aquilo que fa-zemos num universo muito maior. Quem canta em português não fica imediatamente limitado por uma fronteira que nem sequer existe mas pode ficar, e nós nunca quise-mos isso. Desde o primeiro álbum que estipulámos que queríamos ir lá para fora, mais além das frontei-ras, conhecer o mundo, fazer o má-ximo que podíamos fazer enquanto banda e cantar em inglês facilitava isso. Não por ser mais fácil de can-tar ou soar melhor, mas sim pelo facto da música ser universal.

Como se prevê o futuro dos Easyway?

Neste momento prevê-se uma tournée com o Laudamus Vita, apresentar o álbum ao vivo o má-ximo que pudermos. Vamos tentar correr todas as salas em Portugal que tenham condições para fazer isto, com lugares sentado para que as pessoas se possam concentrar no filme e no concerto. Esse é o nos-so primeiro objectivo. O segundo é concentrarmo-nos no estrangeiro. Desde o primeiro álbum que fize-mos várias tournées na Europa, e os nossos dois álbum anteriores saíram um pouco por todo o lado, Japão, Brasil, EUA, uma data de sítios. Queremos continuar a fazer isso. Ainda não tivemos tempo de investir no que se passa lá fora. Es-tamos concentrados em Portugal e em fazer um bom trabalho aqui mas, mal esteja consolidado, par-tiremos para um universo maior, e isso é o mundo todo, porque não?

07JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

KURtas

Um localAlgarveUm cheiroBaunilhaUm filmeThe CoveUm álbumUm álbum de fotografias.Uma músicaLiving is a Problem Because Everything Dies, de Biffy Clyro

DR

DR

Desporto e Bem-estar organiza torneio

anDRé menDonça

vieira de Leiria recebe futebol de praia

08 JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

A Fechar

DanieLa santos

A escassos meses do início de um novo ano lectivo, o Instituto Politécnico de Leiria apresenta duas novas licencia-turas: Dietética, na Escola Superior de Saúde e Engenharia de Redes e Serviços de Comunicação, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão. A Licenciatura em Dietética tem por objectivo o desenvolvimento de competências de “avaliação do estado nutricional, elaboração de programas de intervenção e terapêutica dietética adequada a cada situação clínica”; ten-do como principais saídas profissionais “empresas que desenvolvam activida-des nos domínios clínico, saúde da co-

munidade, investigação, consultadoria, educação e indústria alimentar”. O curso Engenharia de Redes e Ser-viços de Comunicação pretende for-mar profissionais com competências necessárias para projectar, instalar, operar e manter plataformas com-putacionais interligadas, bem como desenvolver aplicações e serviços no âmbito das redes de comunicação. Administração de redes, serviços de telecomunicações, televisão por cabo, banca e comércio electrónico são os principais sectores previstos para sa-ídas profissionais. Ambos os cursos vão funcionar no regime diurno.

últimas

Concurso openEstão abertas, até ao próximo dia 30 de Setembro, as can-didaturas para o Concurso de Criação de Empresas de Base Tecnológica, promo-vido pela Associação para Oportunidades Específicas de Negó-cio. Este concurso destina-se a quem pretenda desenvolver ideias e projectos que ainda não entraram na fase de exploração comercial. Em avalia-ção estarão a viabili-dade técnica e eco-nómica do projecto, o grau de inovação, o potencial de mercado, bem como o currículo dos promotores. Mais informações em www.open.pt

estágios inovexpoRtCom o objectivo de apoiar a inserção de jovens licenciados no mercado de trabalho e estimular o proces-so de internacionali-zação das pequenas e médias empresas, a iniciativa INOVEX-PORT está a promo-ver a realização de estágios profissionais nas áreas do Comér-cio Internacional, Marketing, Gestão, Relações Interna-cionais e Novas Tecnologias . Mais informações sobre o programa disponí-veis em: www.inovex-port.com

mestrados da esaDA Escola Superior de Artes e Design apos-ta em quatro novos mestrados: Design de Produto, Design de Tipografia, Artes Plásticas e Gestão Cultural e Teatro. As candidaturas decor-rem até 6 de Setem-bro de 2010.Mais informações em www.ipleiria.pt.

ipL abre dois novos cursos

anne aBReU

DR

DR

O curso de Desporto e Bem-Estar da Es-cola Superior de Educação e Ciências So-ciais em Leiria está a organizar o II Tor-neio de Futebol de Praia, que vai decorrer durante o fim-de-semana de 7 e 8 de Agos-to, na praia da Vieira, em Leiria. As inscri-ções estão abertas até dia 31 de Julho, para equipas masculinas e femininas com um máximo de 11 elementos, e tem um cus-to de 100 euros por equipa, que incluí as águas durante os jogos, seguro de aciden-tes desportivo, um reforço alimentar, des-contos nos bares e restaurantes da Praia da Vieira e entrada na festa “DBE mexe o pé!”. Estão ainda contemplados taças e prémios monetários para os três primeiros classifi-cados: o 1.º lugar recebe €110, o 2.º lugar €60 e o 3.º lugar 40€. Para mais infor-

mações, contactar a organização através do número especificamente criado para o efeito: 915 800 624.

Festival de Fitness A 14 e 15 de Agosto o Curso de Desporto e Bem–Estar organiza também um Festival de Fitness em colaboração com a Associa-ção Académico de Leiria, na Praia do Pe-drógão. As aulas, que decorrerão entre as 17 e as 19 horas, serão ministradas por instru-tores dos ginásios Maxigym e Life Concept e contemplarão actividades como body com-bat, body jam, dance fusion, aerolatinas, stretching e aeróbica. Pedro Pena, da equi-pa Internacional Manz/Les Mills Portugal, será presença especial.

inteRnetes

útil Whats On When é o site indicado para quem vai via-jar. Trata-se de um guia para mais de 500 países, cidades e resorts mais famosos. Para além de poderes escolher o local de destino, podes tam-bém descobrir os costumes, a gastronomia típica, a pai-sagem, factos interessan-tes bem como os principais eventos do local a visitar.

www.whatsonwhen.com

agradávelO título diz tudo - Uma foto da NASA a cada dia do ano. Nes-te site é diariamente publica-da uma nova fotografia da NASA. Umas fotos são do es-paço, outras da terra e a qua-lidade das imagens é bastante razoável. O design da página é o mais simples que se possa imaginar… não tem!

http://antwrp.gsfc.nasa.gov

JULiana Batista

DRDR