Albergue Da Juventude - Mauricio Cieslak

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    FACULDADE ASSIS GURGACZCURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

    MAURICIO CIESLAK

    ALBERGUE DA JUVENTUDE PARA CASCAVEL

    CASCAVEL

    2008

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    MAURICIO CIESLAK

    ALBERGUE DA JUVENTUDE PARA CASCAVEL

    Trabalho de Concluso do Curso deArquitetura e Urbanismo, da Faculdade

    Assis Gurgacz - FAG, apresentado namodalidade Projetual como requisitoparcial para a concluso da disciplinaTCC.

    Orientador: Arquiteto e UrbanistaFlvio Natrcio Feiber (Ms.)

    CASCAVEL2008

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    MAURICIO CIESLAK

    ALBERGUE DA JUVENTUDE PARA CASCAVEL

    DECLARAO

    Declaro, de acordo com item II do Artigo 18 do Manual de TCC do Curso deArquitetura e Urbanismo FAG, que realizei em agosto de 2008 a revisolingistico-textual, ortogrfica e gramatical da monografia de Trabalho de Conclusode Curso denominado: Albergue da Juventude para Cascavel, de autoria deMauricio Cieslak, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

    Tal declarao contar das encadernaes e arquivo magntico da verso final doTCC acima identificado.

    Cascavel, 28 de novembro de 2008.

    ___________________________________________________________________

    Sandro Adriano da Silva

    Bacharel Licenciado em Letras / UNIOESTE / 2003RG n 6.331.745-4 SSP/PR

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    FACULDADE ASSIS GURGACZCURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

    MAURICIO CIESLAK

    ALBERGUE DA JUVENTUDE

    Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisitobsico para obteno do ttulo de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a

    orientao do arquiteto professor Flvio Natrcio Feiber Ms.

    BANCA EXAMINADORA

    Arquiteto Orientador

    Faculdade Assis GurgaczFlvio Natercio Feiber

    Mestre

    Arquiteto AvaliadorFaculdade Assis Gurgacz

    Heitor Othelo Jorge FilhoEspecialista

    Arquiteto AvaliadorLuiz Alberto Crico

    Mestre

    Cascavel, 28 de Novembro de 2008

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    Dedico este trabalho a todos os que

    me apoiaram durante a minha

    jornada acadmica, em especial, a

    meus pais, Amauri e Ceclia,

    tambm s minhas irms Kelen e

    Karina.

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    Agradeo todo o apoio e orientao

    de todos os professores que me

    incentivaram durante a realizao

    deste trabalho, em especial Flvio

    Natrcio Feiber e a Silmara Dias

    Feiber que alm de timos

    professores sero lembrados

    sempre como grandes amigos.

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    RESUMO

    Com o desenvolvimento do municpio de Cascavel em vrias reas, em especial area mdica e educacional principalmente, a cidade pode abrir novos horizontescom a criao de um Albergue da Juventude, porque possibilita que acadmicosestudantes e outras pessoas ligadas as mais variadas atividades, tenham um localadequado para se hospedarem, com baixas tarifas e com timas dependncias.Abrindo espao para estas pessoas que em geral so de locais distantes, queincluem at mesmo estrangeiros, o albergue possivelmente estar contribuindo parao desenvolvimento no s do municpio mas tambm da regio, pois esse transitode pessoas podem colaborar com pesquisas, desenvolvendo e trazendo novastecnologias, alm de promover um verdadeiro intercambio cultural. Este

    estabelecimento tambm auxilia e muito nas questes de preservao ambiental,principalmente na conscientizao dos jovens sobre o tema e os estimula numapossvel viajem de estudos ate mesmo para o exterior, visto que no apenas umaunidade, mas sim uma estrutura ligada a uma grande rede mundial de Albergues daJuventude. Outro ponto interessante que o mesmo no faz restrio de idade paraparticipar, nem ao mesmo exige que o hospede seja associado para usufruir de todaa infra estrutura, de uma moradia unitria temporria com valor bem inferiores ahotis com mesmas caractersticas. Escolheu-se para proposta da construo doalbergue um terreno em rea estratgica, com diversos aspectos positivos, tanto emrelao as questes fsicas prpria localizao, como tambm relaes com omeio ambiente. Seguindo os correlatos foram propostos os mesmo materiais, os

    quais so facilmente encontrados na regio e de aplicao. Constatou-se tambmas necessidades deste tipo de empreendimento, assim como suas bases histricasa fim de propor os procedimentos e seus reais interesses da comunidade de modogeral. Assim chegou-se a um programa de necessidade inicial, que contemplaria area intima social e de servio. Analisou-se tambm sua viabilidade ps processo deimplantao, como o mesmo poderia continuar em funcionamento durante umabaixa temporada, chegando por fim concluso de que este empreendimento nos trar novas oportunidades de desenvolvimento do municpio como tambmgerar novas parcerias institucionais, alm de empregos diretos e indiretos para apopulao local.

    Palavras-chave: Albergue da Juventude. rea estratgica. Base histrica.

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    ABSTRACT

    With the development of the city of Calabar in several areas, particularly in medicaland educational mainly, the city can open new horizons by creating a Youth Hostel,because it enables scholars students and other people linked the most variedactivities, have a suitable place to stay, with low fares and great hands. Making roomfor these people in general are of distant locations, including even foreigners, thehostel is possibly contributing to the development of the municipality not only theregion but also because this transit of people can collaborate with research,developing and bringing new technologies, in addition to promoting a genuine culturalexchange. This also helps establish and much on issues of environmentalpreservation, especially in the awareness of young people on the topic and

    stimulates a possible trip to study even to the outside, as it is not just a drive, but astructure connected to a large worldwide network of Youth Hostels. Anotherinteresting point is that it makes no restriction of age to participate, nor even torequire that the host is linked to enjoy the entire infrastructure, from a temporaryhousing unit with a value well below the hotel with same characteristics. It waschosen for the proposed construction of a hostel land in strategic area, with severalpositive aspects, both on the issues is the actual physical location but also relationswith the environment. Following the correlates were offered the same materials,which are easily found in the region and application. It was also the needs of this typeof enterprise, as well as its historical basis in order to propose the procedures andtheir real interests of the community in general. So it was an initial program of need,

    which contemplate the area of social and intimate service. Consideration was also itsviability after the deployment process, as it could continue to operate during a lowseason, finally coming to the conclusion that this venture will bring not only newopportunities for development of the municipality as well as generate new institutionalpartnerships, and direct and indirect jobs for local people.

    Keywords: Youth Hostel. Strategic area. Historical basis.

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    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 01: Mapa de Localizao do Municpio de Cascavel em relao a

    Amrica do Sul .............................................................................30

    Figura 02: Mapa demarcao da rea aproximada do Parque Ecolgico

    Paulo Gorski .................................................................................32

    Figura 03: Casa para estudantes em Liubliana 2004 ................................. 38

    Figura 04: Esquema de composio dos blocos e ptio interno da Casa

    para estudantes em Liubliana ......................................................39

    Figura 05: Fachada Principal dos Apartamentos VM House ......................... 40

    Figura 06: Esquema de composio da planta geral dos blocos V e M

    dos Apartamentos VM House .......................................................41

    Figura 07: Visualizao interna apartamento VM House Duplex ............... 41

    Figura 08: Visualizao do mosaico obtido por partilhas cermicas no Hall

    do Apartamento VM House ..........................................................42

    Figura 09: Volumetria da proposta do Albergue da Juventude de Porto

    Alegre ........................................................................................... 43

    Figura 10: Indicao da circulao dos ventos segundo proposta para

    Albergue da Juventude de Porto Alegre .......................................44

    Figura 11 rea utilizada para a proposta do Albergue da Juventude de

    Cascavel ....................................................................................... 48

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 01: Relao de Processos internos para normatizao ISO .............. 26

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    LISTA DE SIGLAS

    IYHFInternational Youth Hostel Federation (Federao Internacional

    de Albergues da Juventude)

    FBJA Federao Brasileira de Albergues da Juventude

    EMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo

    ABIH Associao Brasileira de Indstria Hoteleira

    ISOInternational Organization for Standardization Organizao

    Internacional de Normatizao

    NBR Norma Brasileira

    IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento

    FUNDETEC Fundao para Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico

    VAF Valor agregado fiscal

    FAUUSPFaculdade de Arquitetura e Urbanismo / Universidade de So

    Paulo

    PVC Poli Cloreto de vinila Material Plstico

    PIB Produto interno bruto

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ...................................................................................... 14

    2REVISO HISTRICA E COLETADA DE INFORMAES SOBRE

    HOTELARIA ......................................................................................... 16

    2.1 DIFERENA ENTRE ALBERGUE E ALBERGUE DA JUVENTUDE . 16

    2.2 ANTECEDENTES HISTRICOS E DIFUSO GLOBAL ..................... 16

    2.2.1 Implantao no Brasil ........................................................................... 18

    2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ....................................................... 19

    2.3.1Tipologias de Empreendimentos Hoteleiros semelhantes ao Albergue

    da Juventude ........................................................................................ 20

    2.3.1.1Principais Caractersticas do Hotel Econmico e o de Classe

    Turstica ............................................................................................... 21

    2.3.2 Normas e Padres nacionais internacionais de Hotelaria .................... 25

    2.3.3 Acessibilidade ....................................................................................... 26

    2.3.4 Diversificao dos Albergues da Juventude ......................................... 27

    2.4SUSTENTABILIDADE, A PRINCIPAL PRIMISSA BASE DO

    MOVIMENTO ALBERGUISTA ............................................................. 28

    2.5 CONTEXTO DO MUNICPIO DE CASCAVEL ..................................... 30

    2.5.1 Sntese da histria do municpio ...........................................................31

    2.5.2 Acessos e transportes no municpio de Cascavel ................................ 31

    2.5.3 reas de lazer e recreativas ................................................................. 31

    2.5.4 Educao e desenvolvimento tecnolgico ............................................ 33

    3 JUSTIFICATIVA DO TEMA .................................................................. 34

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    3.1O PORQU DA IMPLANTAO DO ALBERGUE DA JUVENTUDE

    EM CASCAVEL .................................................................................... 34

    4 OBJETIVOS .........................................................................................36

    4.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................... 36

    4.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ................................................................. 36

    5 CORRELATOS ..................................................................................... 37

    5.1 CORRELATOS DE OBRAS E DE PROPOSTA ................................... 37

    5.1.1 Casa para estudantes em Liubliana, Eslovnia .................................... 37

    5.1.2 Apartamentos VM House em Copenhagen, Dinamarca ....................... 40

    5.1.3Albergue da Juventude Estudo e Proposta de Edifcio Bioclimtico

    em Porto Alegre ................................................................................... 43

    6 PROPOSTA DO ALBERGUE DA JUVENTUDE PARA CASCAVEL 46

    6.1 SUSTENTABILIDADE ECONMICA ................................................... 46

    6.2 LOCAL PARA IMPLANTAO ............................................................. 47

    6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES....................................................... 50

    6.4 ARQUITETURA E ASPECTOS CONSTRUTIVOS ............................... 51

    6.4.1 Materiais e tcnicas construtivas .......................................................... 52

    6.4.2 Proposta de conforto da edificao ...................................................... 52

    6.4.3 Paisagismo ...........................................................................................53

    7 CONSIDERAES FINAIS ................................................................. 54

    REFERNCIAS .................................................................................................. 55

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    1 INTRODUO

    Com o passar dos anos o desenvolvimento das cidades se torna cada vez

    mais favorvel, novas tecnologias, novos conhecimentos, em parte transmitidos por

    meio da prtica de intercmbio entre culturas mesmo que completamente distintas

    como por exemplo muulmanas e francesas, e o espao desejado e adequado para

    completar o ciclo na questo de hospedagem o Albergue da Juventude, conhecido

    mundialmente por Hostel.

    O Albergue da Juventude surge com intuito de promover o descobrimento e a

    aprendizagem, apoiado por diretrizes fundamentais que garantem um convvio ideal

    entre seus hspedes e a prpria edificao com o meio local. Tem como premissa

    principal a sustentabilidade, segundo a IYHF.

    No decorrer deste trabalho, possvel visualizar sua formatao que consiste

    em captulos e sub-capitulo, os quais relatam cada qual seus assuntos. No primeiro

    Capitulo, todo o contexto histrico sobre o Albergue da juventude e tambm sobre o

    municpio de interesse ser explanado, assim como as classificaes e

    normatizaes hoteleiras.

    No segundo captulo, ser relatada a necessidade de implantao deste tipo

    de empreendimento para o municpio de Cascavel, assim como suas vantagens

    perante a comunidade.

    O terceiro capitulo, os correlatos sero explanados, descrevendo-os e

    analisando-os conforme os aspectos apontados, a fim de demonstrar as tcnicas

    construtivas, matrias e formas empregadas.

    O Quarto capitulo, os objetivos sero explanados, os quais demonstram de

    maneira direta as objetivos a serem alcanados com o desenvolvimento deste

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    trabalho. A principal inteno deste trabalho, a elaborao de uma proposta

    projetual para a edificao que abrigaria o albergue da juventude.

    No quinto captulo, ser demonstrado como os correlatos contriburam para

    elaborao da proposta, bem como ser indicado um programa de necessidade e a

    escolha do terreno ideal, apontando possveis solues de conforto, assim como

    demonstrar a viabilidade de seu funcionamento no municpio de Cascavel.

    No ultimo captulo, sero explanados as consideraes finais, nas quais sero

    comentadas e indicadas situaes conseqentes de uma futura implantao deste

    tipo de empreendimento no municpio.

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    2 REVISO HISTRICA E COLETADA DE INFORMAES SOBRE HOTELARIA.

    No decorrer dos anos, surgem diversas edificaes com um mesmo

    propsito, que a locao de espaos para pessoas que viajam em busca de

    diverso e de conhecimento por convvio e pelas trocas de experincias entre

    pessoas distintas por questes tnicas, sociais, de gnero, cultura e nacionalidade.

    2.1 DIFERENA ENTRE ALBERGUE E ALBERGUE DA JUVENTUDE

    Atualmente segundo consulta no dicionrio de lngua Portuguesa Aurlio

    (2007), albergue, sinnimo de local onde se cuidam de idosos, geralmente

    doentes e outras pessoas abandonadas, mantidas por iniciativa publica e/ou

    parcialmente privada com intuito filantrpicos. O que no deixam de estar certo,

    porm existe uma diferena bsica entre esta denominao que se refere ao tipo de

    utilizao, ambas so para moradia temporria, disponibilizam alguns ambientes em

    comum, mas a referente a este trabalho, paga e pelos hospedes. No exterior como

    sinnimo do tipo de empreendimento, ele conhecido como Hostel, com tarifaes

    prprias.

    2.2 ANTECEDENTES HISTRICOS E DIFUSO GLOBAL

    Segundo a IYHF (2000), em 1909, em uma excurso de estudos idealizada

    e acompanhada pelo professor Alemo Richard Schirmann, os excursionistas foram

    surpreendidos por uma forte tempestade. Mesmo com todas as adversidadesclimticas e diplomticas, conseguiu abrigo para si e seus alunos no Castelo de

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    Altena, edifcio com caractersticas medievais, construdo para o Conde de Mark

    entre os sculos XII e XIV, na cidade de Altena, distrito de Mrkischer, a oeste da

    Alemanha. O Professor Schirmann com o passar dos anos continuou a realizar

    viagens de estudo, sempre buscado alternativas para acomodar os alunos, que no

    fossem apenas as pernoites, mas tambm atividades culturais e diverso. Assim

    oficialmente em 1912, neste mesmo castelo, fundou-se o primeiro Albergue da

    Juventude, cujo edifcio continua em atividade, abrigando museus de diversas artes.

    De acordo com a IYHF, com o passar do tempo, no fim da dcada de 1920,

    diversos albergues da juventude foram fundados na Europa, como por exemplo, na

    Sua e na Polnia em 1927, na Holanda em 1929 e na Inglaterra em 1930,

    situavam-se principalmente nas cidades litorneas e porturias. Aps os conflitos da

    Segunda Guerra Mundial em meados de 1945, diversos albergues foram parcial ou

    totalmente destrudos, e enquanto os mesmos eram reconstrudos ou restaurados, o

    movimento alberguista foi considerado por muitas pessoas a nica forma de

    reintegrao, principalmente da juventude europia.

    Ainda Segunda a IYHF na Amrica, precisamente nos Estados Unidos, em

    1934 o movimento alberguista tem fundado primeiro Albergue da Juventude.

    Quatro anos mais tarde, ainda na Amrica do Norte, o Canad tambm disponibiliza

    de forma oficial, acomodaes destinadas aos servios de albergue da juventude.

    J na Amrica do Sul, o primeiro pas a possuir instalaes propcias e

    disposio de viajantes, principalmente estudantes, a Argentina em 1956, o

    Uruguai em 1958 foi segundo, Ambos os pases trabalharam para que a rede fosse

    expandida para outros pases sul-americanos.

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    2.2.1 Implantao no Brasil

    Conforme a Federao Brasileira de Albergues da Juventude FBAJ, o

    primeiro Albergues da Juventude reconhecido em territrio nacional, foi fundado em

    1961, pelos ento educadores Joaquim Trotta e Ione Trotta, que aps viajem e

    hospedagem em um Albergue da Juventude na Frana, em 1956, vem os seus

    ideais empregados. Durante cinco anos, os educadores idealizam e decidem criar

    uma estrutura semelhante encontrada durante suas hospedagens na Frana. Dessa

    forma, criou-se o primeiro Albergue da Juventude brasileiro, localizado na cidade do

    Rio de Janeiro, bairro Ramos, intitulada Residncia Ramos. Esse estabelecimento

    sobreviveu durante a ditadura militar, perdurando at 1973, ao contrrio de outros

    dois estabelecimentos que foram fundados, porm fechados pelos militares que

    alegaram reunir universitrios revolucionarios.

    A atual FBAJ foi fundada em 1971, com sede na capital Rio de Janeiro RJ e

    passou por diversas complicaes para se manter ativa, mas era impulsionada pela

    motivao crescente do movimento alberguista, da gerao p na estrada do

    movimento Hippie. Somente em 1986, com a gesto de Joo Dria Junior, da atual

    EMBRATUR, o movimento alberguista foi incentivado e conhecido em todo o

    territrio nacional.

    Ainda segundo a FBAJ, a instituio conseguiu assumir definitivamente seu

    papel de fato, desenvolvendo e coordenando o movimento alberguista no territrio

    nacional, estabelecendo ligaes com albergues internacionais, criando vnculos e

    divulgando albergues do Brasil no exterior. Atualmente o Brasil possui em seu

    territrio um total de 24 estabelecimentos conveniados que atuam com hospedes

    nacionais e outros tambm internacionais.

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    2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

    Segundo a IYHF, para obter uma credencial de operao alberguista

    internacional, os estabelecimentos devem seguir algumas diretrizes bsicas, como:

    (1) uma boa recepo, adequada a receber hospedes internacionai; (2) conforto,

    para que aja a promoo de tranqilidade aos usurios, (3) Higiene com padro

    aceitvel; ainda, (4) Segurana em aspectos pessoais e patrimoniais, e a ltima

    diretriz bsica, a (5) Privacidade, esta no que diz respeito a dormitrios diferenciados

    entre sexos, assim como banheiros com chuveiros individuais.

    Para a FBAJ, para se tornar reconhecido nacionalmente o estabelecimento

    deve seguir os mesmos padres internacionais e tambm ser credenciado na FBAJ,

    no momento da sua inscrio o mesmo pode se credenciar para uso em territrio

    nacional ou inclusive internacional. Para este ltimo so necessrios itens a mais em

    relao ao nacional, como, por exemplo, indicaes e letreiros em diversas lnguas,

    possuir algumas caractersticas e/ou ambientes pertinentes a outras culturas, etc.

    Segundo a FBAJ, em termos de organizao financeira, o albergue da

    juventude de carter privado com fins lucrativos, no qual o proprietrio ou scios

    tem total poder sobre as suas dependncias, podendo aplicar fundo em melhorias

    ou ampliaes, em alguns estabelecimentos internacionais, principalmente

    europeus, os mesmos possuem administrao total ou parcialmente pblica que o

    subsdisia alm de receber parcialmente dos alberguistas.

    De acordo com a FBAJ, o padro arquitetural dentre outros aspectos deste

    tipo de empreendimento bastante variado, no se estabelecendo um padro

    especfico na questo formal. Desta forma encontram-se albergues de padres mais

    simples aos mais luxuosos, o que obviamente implica diretamente custos, mas no

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    inviabiliza a sua utilizao por viajantes. Os estilos adotados variam bastando devido

    a sua localizao e de clima, do medieval ao moderno e, independente do estilo, da

    temtica ou outro fator qualquer, todos devem atender o mnimo necessrio para o

    seu funcionamento

    2.3.1 Tipologias de empreendimentos hoteleiros semelhantes ao Albergue da

    Juventude.

    Esta tipologia de empreendimento bastante variado, no se estabelecendo

    um padro especifico. Alguns seguem um estilo de poca da construo da

    edificao, podendo revitalizar edificaes antigas. Segundo o Museu Brug Altena, o

    primeiro Albergue da Juventude fundado no Castelo de Altena, mencionado

    anteriormente, que ainda esta em funcionamento um castelo medieval do sc. XII

    e atualmente, alm do albergue, tambm abriga a sede do museu.

    No quesito financeiro segundo a IYHF, vale lembrar de que se busca neste

    tipo de empreendimento proporcionar baixos custos de hospedagem, de convvio e

    lazer, assemelhando-se a um hotel de classe entre econmico (duas estrelas) e o de

    classe turstica (trs estrelas).

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    2.3.1.1 Principais Caractersticas do Hotel Econmico e o de Classe Turstica.

    Importante discorrer como que se deu incio uma classificao no mbito da

    hotelaria. Os hoteis so classificados conforme o grau de conforto, a qualidade dos

    servios e preos. O rgo competente chamado EMBRATUR, Instituto Brasileiro de

    Turismo, juntamente com a ABIH, Associao Brasileira da Industria de Hotis,

    responsveis pela classificao dos hotis brasileiros, seguem padres de

    classificao internacional. Por exemplo, um hotel cinco estrelas deve possuir os

    mesmos recursos e seguir outros aspectos tanto no Brasil com em outros pases.

    Antes da classificao por estrelas, existe outra que classifica pelo gnero, ou seja,

    a que se destina principalmente, sendo os principais, de turismo, de negcios, de

    lazer, de cassino, de convenes, econmico entre outros.

    Assim, um hotel turstico, classificado pela Embratur como Standard Superior,

    classificado pela ABIH como sendo de, no mnimo, trs estrelas. Caso no consiga

    esta classificao, precisar se adequar ou ser classificado com sendo apenas

    Standard ou seja, duas estrelas encaixando-se na classificao econmica. Vale

    ressaltar que um mesmo hotel pode se classificar com duas ou mais categorias, se o

    mesmo assim desejar.

    Como dito anteriormente, da semelhana do albergue da juventude com o

    hotel econmico, reserva-se basicamente as tarifas cobradas e em alguns casos

    algumas dependncias como sala de internet e bar, no se deve em nenhum dos

    casos pensar que baixas tarifas signifiquem baixa qualidade dos servios, deve-se

    sim observar, por exemplo, que o hotel econmico dispensa de elementos poucos

    usuais para o publico alvo que se compe basicamente de empresrios e

    comerciantes que buscam apenas conforto e higiene para um pernoite ou apenas

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    alguns poucos dias, estes estabelecimentos deixam claro a excluso e a no

    pretenso de utilizao de espaos como as piscinas, saunas, campos de futebol e

    quadras poliesportivas sendo assim investimentos inadequados e dispensveis para

    o hotel. Assim.

    A caracterstica dos hotis econmicos advm da reduo das instalaes edos servios ao mnimo considerado essencial ao tipo de hospede a que sedestinam. As instalaes resumem-se, de maneira geral, a apartamento dedimenses e mobilirio adequados, com instalaes sanitrias completas ear-condicionado, uma pequena recepo, local para caf da manh ou umapequena lanchonete, [sic] estacionamento. Os servios limitam-se ao

    atendimento na recepo, troca das roupas de cama e banho, limpeza e manuteno das dependncias do hotel e ao preparo do caf da manh eao [sic] funcionamento de eventual lanchonete [...] (ANDRADE; BRITO;JORGE, 2001, p. 66).

    A sua localizao deve estar associada a algum ponto estratgico, sendo este

    uma rodovia ou a um terminal de transporte, virio como, por exemplo, transporte

    coletivo, os portos ou aeroportos. Alm destes locais, podem ser explorados pontosnas chamadas reas de centro expandido, que nada mais so do que reas

    prximas ao centro do municpio. Nestes pontos nota-se que um desenvolvimento

    convincente e de rpido retorno financeiro.

    A localizao preferencial para hotis econmicos prximo a rodovias,

    junto a entradas de cidades ou junto a entroncamentos de onde derivamacessos para mais de uma cidade. [...] Em grandes cidades, e desejvellocalizar os hotis econmicos nos chamados centros expandidos, prximosa estaes de trem, metro ou terminais de nibus. [...] (ANDRADE; BRITO;JORGE, 2001, p. 66).

    A rea ocupada pelo empreendimento, hotel econmico normalmente preza

    pela utilizao quase que total do terreno na horizontalidade, minimizando assim

    gastos com o uso de elevadores, sendo ele de servio ou social. Em geral so

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    constitudos por uma arquitetura bsica com uso de materiais bsicos de fcil

    aplicao e manuteno, possuindo no mximo trs pavimentos. Salvo em alguns

    casos estes podem ser verticalizados, quando devido ao grande custo do terreno ou

    a disponibilidade de pouca rea.

    Tendo em vista a simplificao dos procedimentos operacionais e demanuteno, os hotis econmicos devem ter, preferivelmente, numeroreduzido de apartamentos, entre 60 e 100, aproximadamente. Para evitar ainstalao ou o uso obrigatrio de elevadores [...] Um uso maior depavimentos deve ser adotado apenas quando o preo do terreno ou a poucadisponibilidade de terrenos maiores com localizao adequada o

    recomendar. (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2001, p66)

    Quanto ao dormitrio, este possui variaes entre empreendimentos deste

    tipo, podendo variar de dormitrio grande, que comporta duas ou mais camas

    visando acomodar famlias, ou a possibilidade de adio de camas em dormitrio

    pouco menores; mas o mais comum, o dormitrio com apenas uma cama. Tendo

    em vista o pblico alvo, no se deve deixar de disponibilizar em qualquer das

    ocasies uma mesa ou escrivaninha para uso de laptop ou outro equipamento de

    uso comum a viajantes. Devem-se disponibilizar instalaes sanitrias individuais,

    podendo ser compactas, e com uma ducha.

    O estacionamento deste empreendimento deve preferencialmente tambm

    dispor de no mnimo uma vaga para cada dormitrio.

    [...] quartos maiores, particularmente no comprimento, permitem acolocao de camas adicionais ou sofs-cama, para acomodar toda afamlia em um mesmo quarto [...] banheiros dever ser bastante compactos,podendo ser conjugados com outro dormitrio [...] importante dispor devagas de estacionamento em quantidade equivalente ao numero de quartos[...] (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2001, p68)

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    Em hotis que prezam por uma maior permanncia de seus hospedes, h

    preocupaes maiores com a qualidade do atendimento em todos os sentidos. Em

    geral tem espao recreativo e de esportes dos mais variados, conforme a sua

    localizao e clima favorecerem.

    Em geral visam sempre a ter uma ocupao completa, devido aos custos

    operacionais mais elevados, visto que disponibilizam maior mo-de-obra de

    funcionalismo, maior tempo e em maior quantidade de manuteno e custos de

    disponibilidade, como o caso de piscinas e lavanderias.

    Em um enfoque mais abrangente, tem como principal atrativo a beleza visual,

    ou seja, possuem ambientes, praas internas ou externas, reas e lazer e de

    descanso inteiramente decoradas tanto em material como paisagisticamente. Este

    recurso e outros, vm auxiliar na ocupao para outros tipos de propostas como o

    caso de turismo de negcios e de convenes, ajudando diretamente a manter taxas

    medias de ocupao mais elevadas, auxiliando no suporte econmico do conjunto.

    Para obter sucesso, estes empreendimentos devem ser planejados

    considerando fatores climticos, alm de uma localizao privilegiada, como por

    exemplo, encostas montanhosas, rios, lagos e mares, entre outros aspectos.

    [...] Deve-se realizar um planejamento estratgico de boa amplitude paraverificar todas as condies favorveis ou no para se implantar um hotel[...] o que a partir destas informaes uma deciso muito importante,basicamente se deve entender o publico alvo, saber como o local para aimplantao e descobrir as possibilidades de ocupao [..] em geral oshotis disponibilizam reas de descanso, de convvio e de lazer justamentepara tentar manter por mais tempo e para ser lembrado mais facilmentenum momento inicial de indicao a terceiros, o que ocorrer maisfacilmente se este estiver ligado a fatores fsicos da natureza. Como ocaso de montanhas, rios e lagos [..] (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2001,p18)

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    2.3.2 Normas e Padres nacionais internacionais de Hotelaria.

    Para toda e qualquer unidade hoteleira que queira ser reconhecida

    internacionalmente, se faz necessrio atender a uma srie de normas e regras,

    importantes para um bom atendimento a seus usurios, uma vez que atualmente o

    atendimento entendido como uma questo de qualidade muito mais do que

    apenas pela estrutura fsica.

    Antes de receber uma certificao internacional de qualidade, deve-se ter um

    controle rigoroso de todos os processos internos que ocorrem no ambiente hotel,

    para implantar o normatizao da ISO 9001:2000. A normatizao ISO um

    conjunto de normas internacionais que visam a qualidade e a garantia de produtos e

    servios prestados, a qual auxilia na criao e na gesto de normas e

    procedimentos internos, ao trmino de um perodo de implantao e de

    funcionamento feito diversas auditorias para averiguao dos processos internos

    (ver tabela 01), para averiguar se estes esto sendo cumpridos como planejados.

    Somente assim, ocorre a liberao da certificao definitiva da ISO 9001:2000 ou

    14001:2000. Ambas servem para este tipo de empreendimento, com algumas

    pequenas diferenas para tipos diferenciados de normas internas.

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    1 Etapa Avaliao e Check Up

    2 Etapa Promovendo Mudanas Reestruturando a Organizao

    Abordagem do Processo

    3 Etapa Peculiaridades Hoteleiras

    Definio do negcioInformaes bsicas

    Aplicabilidade

    A Estrutura Hoteleira e os Requisitos

    Entendendo a Aplicabilidade dos

    4 Etapa Colocando a Teoria na Prtica

    Gerncia de Alimentos e Bebidas

    Gerncia de Governana

    Gerncia de Recepo

    Gerncia de Vendas

    Gerncia de SuprimentosGerncia de Manuteno

    Gerncia de Informtica

    Gerncia de Recursos Humanos

    Gerncia de Segurana

    Estas normas ainda auxiliam na qualificao para atendimento a hspedes

    estrangeiros, procedimentos de atendimento em muitos idiomas e materiais

    indicativos de sentido e local so os principais itens diferenciados abordados no

    tema, visto que para uma completa qualificao internacional so necessrios estes

    e outros itens.

    2.3.3 Acessibilidade

    A normativa NBR 9050:2004 vem ao encontro com o item 1 do artigo XIII da

    leis dos direitos humanos, afim de estabelecer critrios e parmetros bsicos para

    elaborao ou reforma de espaos urbanos e edificao pblicas ou privados ou

    para confeco de mobilirios a fim de tornar acessvel para qualquer indivduo

    Tabela 01 Relao de Processos internos para normatizao ISO.Fonte: Hotel Consultoria e Gesto, 2008.

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    independente da idade, sendo ele desabilitado, deficiente temporrio ou

    permanente. Outros elementos importantes so os itens verticais, como rampas,

    elevadores e plataformas, balces e guichs, entre outros e diversas indicaes

    como por exemplo placas, indicaes horizontais, como ilustraes pintadas ou

    adesivas sobre piso, sinalizaes sonoras por meio de avisos pr-definidos e

    sinalizaes tteis, tanto pelas mos como pelo ps.

    Como dito, todas as edificaes novas ou reformadas devem atender a esta

    normativa, este tambm um dos novos critrios de avaliao para certificao ISO,

    na questo de atendimento.

    2.3.4 Diversificao dos Albergues da Juventude.

    Segundo a IYHF, analisando as caractersticas dos seus associados, existe

    uma diversificao muito grande de atividades disponibilizadas dentro de sua

    dependncias, para realizao das atividades em geral necessita-se de ambientes,

    estes so variveis conseqentes de suas respectivas atividades, que variam de

    acordo com aspectos fsicos, culturais, bem como da inteno projetual. Quanto aos

    aspectos fsicos, pode-se falar sobre o clima, se ele apropriado para atividades

    externas edificao. Quanto aos aspectos da cultura, este refere-se das diferenas

    principalmente no que diz respeito a costumes locais, como um albergue instalado

    em qualquer lugar do Oriente Mdio e outro no Brasil. O ltimo aspecto, o da

    inteno, justamente o que se refere a elaborar uma proposta de albergue

    temtico como por exemplo, criar um albergue da juventude que seja

    completamente moldado na cultura tradicional europia, tanto na arquitetura quanto

    na forma de funcionamento, equipamentos e ambientes, em plena rea amaznica.

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    Em outras palavras, o projeto elaborado independente de se correspondam

    diretamente, seja quanto ao local da implantao seja dos aspectos fsicos e

    culturais.

    2.4 SUSTENTABILIDADE, A PRINCIPAL PRIMISSA BASE DO MOVIMENTO

    ALBERGUISTA.

    Antes de tudo, vale ressaltar que o movimento alberguista busca fins

    pacifistas, geralmente aliados a iniciativas de recuperao e preservao do meio

    ambiente com Organizaes no Governamentais - Ongs, como por exemplo, o

    Greenpeace. Todas as suas edificaes tm por obrigao atender a critrios pr-

    estabelecidos e se possvel sugerir novas alternativas de preservao do meio, nos

    mais diversos sistemas possveis, a fim de assegurar um bom desempenho de suas

    dependncias e colaborar com o meio ambiente. Podemos citar como mais comuns

    o uso e reuso, bem como, a captao da gua da chuva, consumo racional de

    energia eltrica, tanto no que se refere iluminao como de aquecimento e o uso

    de energia renovveis, como o caso de energia elica e solar.

    [...] o Reuso de gua se da com o emprego de sistemas e tecnologias quepermitam reduo no consumo de gua so de suma importncia para finsno potveis ou no potavies pois reduzem o consumo de gua tratada ediminui a dependncia do sistema publico [...] (VIDAL, 2005, p51)

    Pode-se averiguar que o tema conforto de grande valia para um

    empreendimento deste tipo, para isto a iluminao natural deve ser trabalhada para

    que atue favoravelmente. Segundo Vidal (2005), a eficincia energtica pode ser

    alcanada com o uso racional de energia pblica, porm quando possvel deve-se

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    usar de fontes de energia renovvel, elica e solar, onde os mesmo com respectivos

    conversores podem produz lua eltrica.

    [...] A luz natural oferece enormes vantagens, e pode ser utilizada comoestratgia para obter maior qualidade ambiental e eficincia energtica emedifcios. Dentre os pontos positivos da luz natural, citamos a qualidade dailuminao obtida melhor, pois a viso humana desenvolveu-se com a luznatural, a constante mudana da quantidade de luz natural favorvel, poisproporciona efeitos estimulantes nos ambientes, tambm a luz naturalpermite valores mais altos de iluminao, se comparados luz eltrica,alm disso, a carga trmica gerada pela luz artificial maior do que a da luznatural, o que nos climas quentes representa um problema a mais, um bomprojeto de iluminao natural pode fornecer a iluminao necessria durante

    80/90% das horas de luz diria, permitindo uma enorme economia deenergia em luz artificial, a luz natural fornecida por fonte de energiarenovvel, o uso mais evidente da energia solar [...] (MAJOROS, 1998,p75)

    A ventilao tambm um dos pontos principais, tanto em questes de

    resfriamento como aquecimento. Segundo Lamberts (1996), os ambientes internos

    devem alm de ser atrativos plasticamente e ter fluidez, permitir que a ventilao

    adentre e saia com facilidade quando se tratar de clima ou temporada de calor por

    meio de elementos vazados, e ser restritivo em climas e temporadas mais frias, com

    elementos bloqueadores. Outro fato que tambm se faz necessria a circulao

    vertical, o que auxilia na retirada de ar quente.

    A vegetao tambm um fator importante segundo Lamberts (1996), uma

    vez que por meio dela que se estruturam os espaos naturais e se pode auxiliar

    nas questes de conforto de uma edificao, por meio de barreira fsica,

    colaborando para a reteno de temperatura. Tambm, conforme a vegetao,

    como, por exemplo, as de folhas caducas, pode promover sombreamento no vero e

    no inverno, quando suas folhas caem, permitir maior incidncia solar, iluminando e

    aquecendo ambientes. Elementos construdos tambm podem servir de

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    articuladores, influenciando diretamente na edificao, tais como edificaes

    vizinhas, muros, brises, prateleiras de luz entre outros.

    2.5 CONTEXTO DO MUNICPIO DE CASCAVEL

    Cascavel um municpio localizado a oeste do estado do Paran (ver figura

    01), com 55 anos de emancipao, Segundo o IPARDES (2007), atualmente o 9

    municpio com maior PIB do estado, destaca-se no cenrio regional como grande

    produtora de gros, de servios e de comercio possui clima com as quatro estaes

    bem definidas, destaca-se pelo numero de instituies de ensino nas mais diversas

    reas, possui em seu permetro urbano diversas clinicas e hospitais especializados

    em diversas especialidades, e possui diversas reas de lazer publicas e privadas.

    Figura 01 Mapa de Localizao do Municpio de Cascavel em relao a Amrica do Sul.Fonte: Fenarc Feira da Engenharia,Arquitetura e Construo, 2008

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    2.5.1 Sntese da histria do municpio.

    Sua histria inicia-se por volta de 1928 com a chegada de um comerciante

    que arrendou terras neste local, por se tratar de uma encruzilhada aberta por

    ervateiros, tropeiros e militares viram ento grandes possibilidades comerciais e

    empreendedoras com o trnsito mais ascendente de pessoas aos diversos

    caminhos. Oficialmente em 1936 teve denominao distrital de Cascavel dada pela

    ento administrao do municpio de Foz do Iguau. O distrito foi se desenvolvendo

    e emancipou-se em 14 de Dezembro de 1952. (SPERANA, 1992)

    2.5.2 Acessos e transportes no municpio de Cascavel.

    No territrio do municpio de Cascavel trs rodovias, duas estaduais e uma

    federal, dentre elas a BR 277, Curitiba/Foz do Iguau, BR 467, Cascavel/Marechal

    Candido do Rondon, BR 369, Cascavel/Andira. O Aeroporto existente, localizado na

    zona sul do permetro urbano de Cascavel, possui linhas regulares com destino as

    principais capitais do Brasil. (Prefeitura municipal de Cascavel, 2008)

    Alm do transporte areo e rodovirio, o municpio conta com o transporte

    ferrovirio com terminal de transbordo, no qual o transporte feito principalmente a

    granel, de gros diversos do oeste e regio para o porto de Paranagu no litoral

    paranaense. Recentemente foi inaugurada em Cascavel uma linha voltada a

    passageiros turistas, ligando a cidade de Cascavel a Paranagu. (Ferroeste, 2008)

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    2.5.3 reas de lazer e recreativas.

    Como atrativos na rea de lazer, o municpio dispe de reas ecolgicas, tais

    como o Parque ecolgico Paulo Gorski, que a maior reserva ecolgica urbana do

    sul do Brasil com aproximadamente 111,26 hectares sendo contemplada por mata

    nativa, zoolgico e espelho dgua. Alem deste, outra rea importante preservada

    o Parque Ambiental de Cascavel com mais de 2 milhes metros quadrados (ver

    f1igura 02). Alm de reas ecolgicas o municpio dispe de outros atrativos, tais

    como o kartdromo, autdromo, o centro esportivo Ciro Nardi, estdio municipal e

    diversas praas. Como alternativas privadas, de entretenimento e compras em

    shopping centers, campos e quadras esportivas e clubes e associaes, casas de

    shows e danceterias (Prefeitura municipal de Cascavel, 2008).

    Figura 02 Mapa demarcao da rea aproximada do Parque Ecolgico Paulo GorskiFonte: Elaborado pelo Autor, 2008

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    2.5.4 Educao e desenvolvimento tecnolgico.

    Cascavel tambm se tornou plo educacional, contemplando universidades

    pblicas e privadas, faculdades, escolas profissionalizantes e tcnicas, centros de

    pesquisa, escolas de idiomas, alm das diversas escolas pblicas e privadas da pr-

    escola ao ensino mdio. O que garante uma grande movimentao pendular, ou

    seja, habitantes de outras cidades moram em um determinado municpio vizinho,

    porem estuda ou cursa ensino superior no municpio de Cascavel.

    Tambm conta com instituies de pesquisas voltadas principalmente para o

    desenvolvimento agroindustrial, com o caso da Fundao para Desenvolvimento

    Cientfico e Tecnolgico FUNDETEC. Este possui sede prpria nos arredores do

    permetro urbano, realizam constantes parcerias com outras instituies

    internacionais principalmente do Canad e China, a f im de criar estgios tcnicos de

    desenvolvimento para profissionais e pesquisadores de ambas as partes. Esta

    mesma instituio tambm realiza parcerias no desenvolvimento de implementos,

    maquinrios e equipamentos (FUNDETEC, 2008)

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    3 JUSTIFICATIVA DO TEMA

    Como mencionado anteriormente o municpio de Cascavel possui diversas

    caractersticas positivas e vantajosas para implantao de um albergue da

    juventude, o que possibilita bons resultados, tanto para o empreendimento e

    conseqentemente para o municpio como um todo.

    3.1 O PORQU DA IMPLANTAO DO ALBERGUE DA JUVENTUDE EM

    CASCAVEL.

    Cascavel, contada para se tornar a quarta regio metropolitana no estado,

    possibilita renda a seus habitantes nos trs grandes setores que ainda esto em

    constante desenvolvimento que so, a produo primria, o comrcio e a indstria,

    possui o maior Valor agregado Fiscal VAF da microrregio de Cascavel. Possibilita

    uma grande variedade de aprendizado, com diversas instituies de ensino mdio e

    superior, particulares ou publicas, um plo de referencia mdica, com grande

    diversidade de clinicas e hospitais especializados nas mais diversas reas, possui

    em seu territrio grandes reas de lazer, que possibilitam turismo ecolgico e de

    pesquisa, alem de tudo isto esta localizado em um entroncamento virio que

    possibilita e rota necessria para muitos municpios da regio e inclusive a

    municpios de grande importncia para o pais, que o caso de Foz do Iguau, divisa

    com os pases da visinhos, a Argentina e o Paraguai, esta ultima muito visitada

    inclusive por estrangeiros de outros continentes.

    Com o intuito de se aproveitar de toda esta estrutura publica e privada,

    aproveitando principalmente o potencial educacional, se faz necessria a

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    implantao do albergue da juventude de Cascavel, neste mesmo municpio visando

    uma integrao maior entre as culturas, das mais variadas nacionalidades,

    auxiliando inclusive do desenvolvimento de parcerias com empresas possibilitando e

    facilitando ainda mais o intercambio, criando novas oportunidades e trazendo novos

    conhecimentos.

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    4 OBJETIVOS

    4.1 OBJETIVO GERAL

    Apresentar um resultado projetual apropriado e condizente com os requisitos

    impostos pelas federaes, nacional e internacional de albergues da juventude,

    concebendo espaos com preocupaes scio-ambientais.

    4.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Propor projeto arquitetnico para o Albergue da Juventude de Cascavel;

    Utilizar linguagem arquitetnica contempornea;

    Empregar conceitos bio-climticos tornando o edifcio mais sustentvel;

    Criar reas de convvio para troca de experincias e conhecimentos

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    5 CORRELATOS

    Sero abordados e analisados nos seguintes correlatos, questes quanto a

    composio formal, funcional, conforto ambiental e das tcnicas construtivas.

    5.1 CORRELATOS DE OBRAS E DE PROPOSTA

    Os correlatos abaixo analisados so de origem nacional e internacional, com

    arquitetos pouco conhecidos na regio desta proposta, porm suas idias podem ser

    aproveitadas no necessariamente, imitando ou clonando formas, mas sim pela

    essncia da funcionalidade, do aspecto de conforto e da sua composio da forma,

    j nos aspectos tcnicos.

    5.1.1 Casa para estudantes em Liubliana, Eslovnia.

    Esta obra, projetada pelo arquiteto Bevk Perovic, edificada em 2004 (ver

    figura 03), tem como propsito abrigar alguns estudantes da Universidade de

    Liubliana, apresenta 4 pavimentos, com trreo e trs andares, contendo 56

    dormitrios com quarto, cozinha, copa e banheiros, sendo os trs ltimos comunais

    para cada dois dormitrios. Cada dormitrio possui ainda sacada, que pode ser

    acessada por portas individuais do dormitrio como tambm da copa.

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    Apresenta forma construtiva comum, alvenaria de tijolos de concreto, aliada

    estrutura de ao em alguns locais e revestimento externo predominante de alumnio

    composto, slido e vazado e vidro reflexivo.

    Em aspecto formal, consiste em dois blocos verticais paralelos, unidos pela

    parte trrea, a qual cria no seu interior uma rea de convcio fechada para como as

    vias de circulao externa (ver figura 04). Esta rea reservada possui paisagismo

    leve, grama e um apanhado de arvores em linha transversal aos dois blocos de

    dormitrio. Ainda um espelho dgua paralelo as arvores, prximo ao centro deste

    espao. A parte compositiva arquitetnica e paisagstica continua no arredor da

    edificao, seguindo mesmo padro interno (ver figura 04).

    Figura 03: Casa para estudantes em LiublianaFonte: Bevk Perovi arhitekti, 2004.

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    O pavimento trreo da edificao abriga toda parte administrativa, rea de

    lazer coletiva, biblioteca, sala de leitura e informtica, instalaes sanitrias

    coletivas, lavanderia e sala de reunies. A biblioteca, a sala de leitura e a rea delaser coletiva, tm acesso direto a este espao interno, tanto visualmente, por meio

    de paredes de vedao de vidro liso e transparente, como fisicamente por meio das

    portas e janelas de correr, fazendo uma integrao maior com os demais ocupantes

    do espao. Ainda causam uma sensao mais agradvel do que um ambiente

    fechado por paredes de alvenaria ou opacas.

    Sobre conforto vale ressaltar que todos os dormitrios recebem incidncia

    solar direta em algumas horas do dia, visto que a orientao da edificao conforme

    aberturas so de Oeste e Leste, assim nas sacadas de cada dormitrio existem

    protees mveis, que atuam como filtros solares, que nada mais so do que placas

    de alumnio composto perfuradas com dimetros de aproximadamente 5 cm. A parte

    de conforto visual tambm foi abordada, colaborando no s em questo de conforto

    Figura 04 Esquema de composio dos blocos e ptio interno da Casa paraestudantes em LiublianaFonte: Bevk Perovi arhitekti, 2004.

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    trmico, estas placas tambm criam uma barreira visual para o interior do dormitrio,

    dando mais privacidades aos ocupantes do espao.

    5.1.2 Apartamentos VM House em Copenhagen, Dinamarca.

    Trata-se de um conjunto habitacional projetado pelos arquitetos Julien de

    Smedt e Bjarke Ingels em 2005 (ver figura 05), possui dois blocos distintos e

    assimtricos que apresentam volumetria e estilo construtivo diferenciado do entorno,

    um deles em forma de M e outro em V (ver figura 06), ambos propiciam a seus

    condomnios entrada de luz natural provinda pela orientao e alguns possuem

    fachada norte, o que propicia uma boa viso a sul.

    Neste conjunto pode-se observar que no houve preocupao com simetria

    ou uma modulao que o padroniza-se por completo, como shads e demais dutos

    verticais mesmo em andares diferentes continuam em mesmos locais, mais as

    divises internas principalmente nas reas consideradas secas, como dormitrios esalas a ordem no se mantm, nas reas molhadas existe uma preocupao no que

    Figura 05 Fachada Principal dos Apartamentos VM House.Fonte: JDS Architects, 2006.

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    diz respeito a pontos hidrulicos, ainda h apartamentos dois apenas a sacada, que

    em forma triangular alterada sua posio ou ngulo em relao a parede

    externa. No total, envolvendo os dois blocos, existem 69 modelos de apartamentos

    do total de 230 unidades habitacionais, alguns ainda incluem um segundo andar

    interno, fazendo assim uma unidade Duplex (ver figura 07).

    A implantao do bloco leva em considerao a orientao solar e como dito

    anteriormente, todos os apartamentos recebem incidncia solar direta, existe, porm

    um problema no quesito conforto: ambos possuem vidro como material nas paredes

    de vedao, este sem proteo externa como filtros ou qualquer tipo de anteparo,

    Figura 06 Esquema de composio da planta geral dos blocos V e Mdos Apartamentos VM House.Fonte: JDS Architects, 2006.

    Figura 07 Visualizao interna apartamento VM House - Duplex.Fonte: JDS Architects, 2006.

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    tanto fixo como mvel, apenas a existncia de pelculas reflexivas do prprio

    material.

    O material predominante aparente o vidro reflexivo, porm outros materiais

    comuns podem ser identificados, como o concreto na estrutura pr-moldada e em

    seus complementos e vedaes internas e em partes externas; o ao e alumnio e

    outros derivados cimentcios, como as argamassa, pastilhas de cermica em alguns

    locais, como, por exemplo, em murais trabalhando como mosaico (ver figuras 08).

    Figura 08 Visualizao do mosaico obtido por partilhas cermicasno Hall do Apartamento VM House.

    Fonte: JDS Architects, 2006.

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    5.1.3 Albergue da Juventude Estudo e proposta de edifcio bio-climtico em Porto

    Alegre

    A proposta do empreendimento em questo (ver figura 09) foi realizada pelos

    acadmicos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de So

    Paulo FAUUSP, Bruno Polastre, Cssio Vinicius Pereira, Lenita Pimentel e Renata

    Sandoli, os quais propuseram utilizar do recente potencial de revitalizao da regio

    porturia para alavancar um possvel potencial turstico e cultural, o que levaria ao

    desenvolvimento local, pois seria o primeiro do gnero alberguista na rea.

    A idia do projeto vinha ao encontro necessidades estticas e de conforto,

    visto que tambm incentivaria os demais moradores e comerciantes a renovarem ou

    restaurarem suas propriedades. O projeto se baseava na implantao de dois blocos

    semelhantes dispostos lado a lado paralelamente, buscava alcanar o melhor

    aproveitamento da insolao direta natural e tambm da ventilao natural (ver

    Figura 09 Volumetria da proposta do Albergue da Juventude de Porto Alegre.

    Fonte: Vitruvius, 2005.

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    figura 10), minimizando o uso de climatizao artificial, pois este conjunto edificado

    teria menores reas de contato externo diminuindo as trocas de calor.

    Alm disso, facilitaria o controle de acesso, no qual se preferiu verticalizar a

    dissolver em menores e espaadas partes. Com a implantao, baseou-se na

    orientao solar, assim, os dois blocos so assim dispostos, priorizando ento que

    todos os dormitrios estivessem dispostos lado a lado a norte, os restaurantes, rea

    administrativa e demais dependncias de menor permanncia, por sua vez ficaram

    voltados para fachada sul.

    Os materiais adotados so os mais usuais e facilmente encontrados no

    mercado, como o concreto armado, tijolos cermicos macios ou de furos

    substituindo a madeira de pisos e tetos e o alumnio das aberturas. Foi proposto o

    uso do material plstico, PVC, por ser verstil, leve e de alta durabilidade, alm da

    fcil manuteno.

    Segundo o web site Vitrvius, a edificao contempla em sua grande maioria

    espaos de uso comum, como reas de lazer tanto internas como externas aos

    Figura 10 Indicao da circulao dos ventos segundo propostapara Albergue da Juventude de Porto Alegre.Fonte: Vitruvius 2005.

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    blocos, como quadras poliesportivas, piscinas, salas de jogos e rea de lanchonete.

    A rea operacional no ocupa muito espao, mas tambm imprescindvel para o

    funcionamento do albergue, como a rea administrativa, contendo arquivo,

    recepo, sala de reunies, sute para plantonista recepcionista e direo. Cozinha e

    lavanderia encontram-se a leste no trreo com acesso prprio e facilitado.

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    6 PROPOSTA DO ALBERGUE DA JUVENTUDE PARA CASCAVEL

    Como mencionado anteriormente, h a necessidade de implantao deste

    tipo de empreendimento para o municpio de Cascavel, e seu entorno. Diversas

    necessidades e viabilidades foram estudadas, chegando-se a atual proposta.

    6.1 SUSTENTABILIDADE ECONMICA

    Por se tratar de um empreendimento particular, sero necessrias cobranas

    de dirias de todo e qualquer hspede. Com as altas temporadas de vero muitas

    pessoas e turistas tm preferncia por se deslocar para reas litorneas, outros

    eventos nacionais no muito cultuados nesta regio como os grandes carnavais, por

    exemplo, fazem com que possveis hospedes em vez de vir em para a oeste do

    Paran vo para locais mais movimentados em geral no litoral, deixando todos os

    hotis em baixa. O contrario ocorre no inverno, as regies litorneas sofrendo o

    efeito inverso.

    Como fazer com que um estabelecimento que cobra baixa tarifao diria,

    oferecendo toda a estrutura bsica seja bem sucedida? Devido localizao

    regional, com os maiores atrativos tursticos fora da cidade sede, necessrio criar

    alternativas para que sempre haja hospedes em todas as pocas, ou em grande

    parte delas com pelo menos 25% de ocupao mdia (IBGE, 2006). Essa

    possibilidade est diretamente ligada a uma locao programada ou fixa, como o

    que ocorre em estacionamentos particulares, onde se tm os tipos de locao como

    horista, diria, pernoite e mensalista, esse ltimo com valores mais baixos se

    comparados aos cobrados por hora ou diria, porm o que garante totalmente ou

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    em grande parte os pagamento dos custos, e as dirias e pernoites auxiliam nos

    custos e ou detm os lucros.

    Esta locao por tempo prolongado ser proposta para universitrios,

    semelhante ao que ocorre com pequenas quitinetes ou repblicas, porm com um

    atrativo a mais, o de poder oferecer uma infra-estrutura de maior qualidade cujos

    espaos comuns podem ser divididos com outras pessoas de idades, hbitos,

    culturas distintos, enfim. Este ser um grande atrativo com baixos custos se

    comparados a outras possibilidades de hospedagem no municpio, ainda com

    disponibilidade desta estrutura fsica.

    6.2 LOCAL PARA IMPLANTAO

    A proposta do projeto, prev a construo do Albergue da Juventude, no

    municpio de Cascavel, estado do Paran. Foram realizados estudos sobre locais,

    selecionados e posteriormente classificados de acordo com as suas principais

    caractersticas. Constatou-se que na grande maioria das reas selecionadas,

    possibilitavam a realizao da proposta, pois atendiam as principais necessidades

    para o empreendimento. Foram observados os seguintes aspectos nessas reas:

    questes de insolao, o sombreamento e a ventilao dos vizinhos perante o

    empreendimento, pontos de visitao, localizao prximo a instituies de ensino

    superior e escolas diversas, mercados, casas noturnas e ao centro, alem do fcil

    acesso.

    A rea escolhida est localizada na Rua Rio Grande do Sul, entre as ruas

    Osvaldo Cruz e Salgado Filho, trata-se de uma rea (ver figura 11) composta por

    seis terrenos, que juntos totalizam 3.973,20 m2. Os terrenos so de particulares, e

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    so registrados pela prefeitura com sendo os terrenos 09, 10, 11, 12, 13 e 14 da

    quadra 368 do Centro. Atualmente pela nova lei do uso do solo do municpio, esta

    rea composta pelos terrenos acima citados, a serem remembrados, est

    enquadrada na Macrozona de Estruturao e Adensamento I, o que possibilita

    segundo os ndices urbansticos, aproveitamento mximo de 6 vezes a rea do

    terreno, a taxa de ocupao do solo de 90% e a taxa de impermeabilizao de

    80%.

    Segundo anlise no local, constatou-se que no h edificaes com mais de

    trs andares na mesma quadra, havendo apenas um edifcio de oito andares na

    prxima quadra a oeste, o que no interferir na questo do sombreamento. Por se

    tratar de edificaes baixas a ventilao cruzada tambm no muito prejudicada.

    A preferncia desta rea em relao a outras, se deu em razo de alguns

    fatores, dentre eles o principal, foi o da localizao. Este teve papel decisivo na

    escolha, isto porque, o movimento alberguista segundo a FBAJ, no tem preferncia

    Figura 11 rea utilizada para a proposta do Albergue da Juventude de Cascavel.Imagem do Google Earth,2008

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    por rea urbana ou rural, desde que haja acesso facilitado, transporte ate o

    determinado local e numa eventualidade pontos de encontro de pessoas.

    Na questo de transporte e acesso, este alcanado facilmente, devido a

    transporte coletivo urbano passar exatamente a frente da rea pela rua Rio Grande

    do Sul, uma via coletora, que juntamente com a Avenida Brasil, que a rua

    posterior a rea do acesso rpido centro da cidade. Prximo a rea escolhida

    tambm existe um terminal de transbordo municipal e a rodoviria, esto prximas

    entre si e a menos de um quilometro de distancia da rea proposta. A Segundo

    analise do mapa virio do municpio de Cascavel, se pode ver que mesma via de

    acesso que passa em frente, pode trazer viajantes que vem da rodovia BR-277 e

    conseqentemente do aeroporto municipal que est localizado as margens desta

    mesma rodovia

    J a questo que se refere a encontro de pessoas, este pode ser interpretado

    das mais variadas formas, sendo estes espaos de mero convvio, de ensino ou de

    turismo. No caso desta rea escolhida ela se encaixa em pelo menos duas destas

    caractersticas de maneira satisfatria, visto que, existe uma instituio de ensino

    superior a menos de cem metros, e outras trs num raio de cinco quilmetros, isto

    sem contar escolas de idiomas e de mdio. Alm da rea de ensino, o de convvio

    se encaixa muito bem pela proximidade de praas abertas a visitao pblica, e

    tambm as casas de shows e bares que esto tambm a poucos metros. Outro

    ponto de encontro que se pode considerar um espao de convvio o shopping

    Center e os cinemas, ambos esto implantados num raio de dois quilmetros.

    Alm destes pontos de proximidade perante a rea escolhida, outros podem

    ser mencionados como a Catedral Nossa Senhora Aparecida, diversos edifcios

    comerciais e residenciais, o comercio e toda a rea do calado.

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    6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES

    A proposta dever seguir o programa de necessidades bsico, para atender

    at duzentos hspedes aproximadamente, estes segundo a FBAJ, um numero

    mdio de hospedes atendidos pelos albergues da juventude no Brasil, estes devem

    ter permanncia base de sete dias corridos, sendo que os dormitrios sero comuns

    para seis pessoas divididos por sexo, alm dos comuns, sugere-se fazer alguns

    dormitrios para casal com banheiro integrado. J Instalaes sanitrias individuais

    para cada dormitrio com chuveiros ou duchas individuais e divididas por sexo. Alm

    destas dependncias, o conjunto dever contemplar tambm guarda volumes,

    piscinas, sala de jogos, biblioteca, salas de TV e de internet, bar e lanchonete,

    quadras poliesportivas e campos de futebol, a fim de proporcionar segurana,

    conhecimento e diverso aos hospedes. rea administrativa composta por,

    recepo, sala de espera, sala de reunio, arquivo, tesouraria, sala da direo alem

    das instalaes sanitrias. A rea de servios resume-se a uma pequena rea de

    todo o empreendimento, contemplando uma cozinha industrial, dispensa para

    armazenagem de produtos, refeitrio e lavandeira alem de um estacionamento

    interno. Outra sala tambm comum entre os demais albergues da juventude com

    apelo comercial, uma loja de convenincias, a qual dever ofertar objetos, figuras,

    cartes entre outras peas produzidas por arteses da regio.

    Mesmo em rea urbanizada prope-se uma rea de camping, isto devido a

    grande quantidade de alberguistas que sempre ficam sem suas prprias barracas,

    esta rea no ser muito grande, um tamanho suficiente pra acomodaes de

    aproximadamente quinze barracas.

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    Com o intuito de integrar de maneira direta e auxiliar no equilbrio econmico,

    a proposta realizao de um pequeno caf-bar integrado ao albergue da

    juventude, este com acesso somente para os hospedes..

    Pensando-se viagem de famlias com crianas prope-se um espao

    especifico para estas, um playground, com equipamento para faixa etria de cinco.

    As sutes reservadas para as famlias tero a mesma quantidade de camas em

    relao a um dormitrio coletivo, porem sero maiores e individuais, com tamanho

    equivalente para seis pessoas, com banheiro e uma pequena sala de estar com tv,

    frigobar e bancada para uso diversificado.

    6.4 ARQUITETURA E ASPECTOS CONSTRUTIVOS.

    Pesquisando-se a linha cronolgica da arquitetura mundial, deparou-se com

    vrios padres construtivos e estilos, porm como forma de relacionar a obra

    funo que ela exercer, optou-se por seguir os princpios modernistas racionalistas,

    para idealizao deste empreendimento. Uma das principais caractersticas do

    projeto do albergue da juventude a ausncia da ornamentao excessiva, baseando-

    se em princpios da arquitetura moderna brasileira, com a praticada pelo Arquiteto

    Oscar Niemeyer, utilizando-se de linhas retas e curvas. A Inteno tambm

    demonstrar aos visitantes o potencial arquitetnico moderno que aqui se estuda e

    que pretende se aplicar.

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    6.4.1 Materiais e tcnicas construtivas

    A proposta para a edificao se basear na construo tradicional assim

    como os correlatos apontados anteriormente, com concreto armado e alvenaria de

    tijolos cermicos. Outros materiais necessrios, como os fechamentos externos se

    constituram de vidro e por revestimentos a pedra lascada, azulejos e cermicas. As

    caractersticas bsicas do perodo modernistas sero mantidas, primando por uma

    plasticidade e simplicidade diferenciada do seu entorno, dando identidade e

    imponncia. A inteno maior de usar do bom senso e desenvolver um projeto

    cuja harmonia e equilbrio entre horizontalidade e verticalidade, crie espaos teis e

    agradveis.

    6.4.2 Proposta de conforto da edificao.

    Questes de conforto tambm sero abordadas, baseando-se em estratgias

    de conforto aplicveis nas orientaes e locais necessrias, como por exemplo o

    uso do Brise Soleil, idealizado por Le Corbusier. Segundo BAKER (1993) o recente

    interesse nestes componentes devido sua habilidade nestas duas funes e

    tambm no direcionamento de luz direta no ambiente, quando desejado vindo ao

    encontro com a necessidade e os princpios de uso racional de energia, de

    preservao e convvio harmnico com o meio ambiente, que um dos principais

    princpios do movimento alberguista mundial, estes citados, podero trazer

    resultados satisfatrios para o conforto do hspedes da edificao se aplicados de

    maneira consciente e eficiente.

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    Segundo Lamberts (1996) a locao da edificao no terreno corretamente

    ser imprescindvel para que a estratgia de conforto seja eficiente, tanto em

    questes de iluminao, temperatura e eventualmente acstica.

    O principal aspecto de conforto que ser visado o da iluminao natural,

    no que a temperatura e a acstica no sejam estudadas e implantadas

    eficientemente desta obra, mas sim porque a iluminao basicamente uma das

    principais necessidades cotidianas para o desenvolvimento de praticamente todas

    as atividades.

    6.4.3 Paisagismo

    O paisagismo no se detm apenas em ocupar reas no edificadas e deix-

    las com aspecto um pouco mais natural, ele tambm cria sensaes, desperta

    curiosidade e interfere diretamente na edificao, favoravelmente ou no. Para isto

    se faz necessria uma proposta paisagstica condizente que no crie espaos de

    convvio ao ar livre, possibilite um conforto tanto visual como tambm fsico as

    ocupantes dos espaos.

    A proposta do paisagismo nesse projeto se baseara na necessidade de se

    criar e melhorar reas para convvio, tambm visando a preparar uma rea para

    quem preferir abrigar-se em barracas. Alem disto uma necessidade do movimento

    alberguista a integrao com espaos onde a natureza est presente.

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    7 CONSIDERAOES FINAIS

    O municpio de Cascavel por seu territrio, por seu potencial educacional, sua

    cultura, e seu desenvolvimento econmico, merece possuir ao menos uma

    edificao desta finalidade, Albergue da Juventude. Buscou-se estudar e apresentar

    todas as intenes do movimento alberguista a fim de realizar uma proposta que

    viabilize sua instalao, utilizao e expresse a sua premissa principal. Foram

    idealizados segundo recomenda a Federao Brasileira de Albergues da Juventude,

    ambientes funcionais, que disponham de conforto e possibilitem a interao entre

    hspedes e envolvidos. Viu-se a necessidade de explorar e valorizar o meio

    ambiente e usufruir de suas potencialidades, como o caso da utilizao iluminao

    natural e utilizar-se de para bloque-la parcialmente quando necessrio.

    A rea proposta tambm apresenta grandes vantagens perante o meio,

    possibilita uma melhor insolao direta, assim com a ventilao, sem tneis de vento

    ou barreiras altas, possibilitando uma tima resposta problemtica da ventilao

    natural. Est localizado no centro da cidade, o que possibilita vrios roteiros sendo

    prximos as mais importantes necessidades do cotidiano, como escolas, faculdades,

    igrejas, supermercados e bancos.

    Estudou-se o funcionamento real deste tipo de empreendimento, e constatou-

    se que o albergue da juventude uma porta aberta para o conhecimento,

    possibilitando e facilitando a entrada e sada de pessoas por meio de intercmbios,

    pois se trata no s de uma edificao, mas sim de uma rede com todas as

    caractersticas hoteleiras e ainda com alguns pontos diferenciais, como por exemplo

    a troca de experincias e a vivencia num grupo diferenciado.

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    REFERNCIAS

    Livros:

    ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson.. Hotel Planejamento e Projeto. So Paulo: Editora SENAC, 3 Edio. 2001.

    BAKER, N.; FANCHIOTTI, A.; STEEMERS, K. Daylighting in Architecture. AEuropean Reference Book. James and James Editors, London, 1993.

    CHING, Francis D. K.; Tcnicas de Construo Ilustradas. Porto Alegre: EditoraBookman. 2 Ed. 2001

    HUTCHINS, Greg. ISO 9000 Um Guia Completo para o Registro, as Diretrizesda Auditoria e a Certif icao . So Paulo: Makron Books, 1994.

    LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R.; Eficincia

    Energtica na Arquitetura. So Paulo: PW Editores,1996.

    MAJOROS, Andrs. Daylighting. PLEA Notes, Note 4. PLEA in Association withDepartment of Architecture, the University of Queensland. Editora S.V.Szokolay,1998

    SPERANA, Alceu A.. Cascavel Histria. Curitiba. Editora Lagarto. 1 Edio.

    1992.

    VIDAL, Ana; PIMENTA, Clio; SANTANNA, Silvio; Vila Barulho Dgua um casode arquitetura sustentvel. So Paulo: PRO Livros, 2005.

    Documentos consultados online:

    Prefeitura Municipal de Cascavel. Secretaria de Industria, Comercio e Turismo.Disponvel em: http://www.cascavel.pr.gov.br/seinctur/index.html

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    Prefeitura Municipal de Cascavel. Secretaria de Planejamento. Disponvel em:http://www.cascavel.pr.gov.br/seinctur/index.html

    Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econmico e Social - IPARDES.Ocupao segundo setores econmicos predominantes Paran Disponvelem: http://www.ipardes.gov.br

    Estrada de Ferro Paran Oeste S.A. FERROESTE. Linhas Ferreas do Paran.Disponvel em: http://www.ferroeste.pr.gov.br

    Fundao para Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico FUNDETEC. Pesquisas

    e Desenvolvimento tecnolgico local. Disponvel em:http://www.fundetec.org.br/news.php?news=1

    Vitruvius Portal da Arquiteutra. Proposta para concurso Albergue da Juventudede Porto Alegre. Disponvel em:http://www.vitruvius.com.br/institucional/inst125/inst125.asp

    Arquiteto Bevk Perovi. Casa para estudantes em Liubliana, Eslovnia.Disponivel em: http://www.bevkperovic.com/?id

    Arquiteto Julien de Smedt e Bjarke Ingels. Apartamentos VM House emCopenhagen, Dinamarca.Disponivel em: http://www.jdsarchitects.com/index_scroll.html