Albertinho, o menino que iria voar.

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Livro Intantil que conta a história do menino Santos Dumont rumo ao sonho de voar. Uma homenagem ao grande inventor brasileiro. Autor: Marcos Tadeu Soares dos Santos Ilustrações: Osório Garcia

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Nº Registro: 430.063 Livro: 805 Folha: 223

ALBERTINHO, O MENINO QUE IRIA VOAR

Contos/Crônica

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AutorMarcos Tadeu Soares dos Santos, como Alberto Santos Dumont, nas-ceu no interior de Minas Gerais, em Cássia, no sul do Estado. Quando criança acompanhou os pais, tendo morado em várias cidades. Em 1970 mudou-se para Belo Horizonte, onde cresceu, namorou e con-tinuou os estudos. Já adulto casou-se com Lucia e tem quatro filhos, Pedro, Thadeu, Mariana e Alice e os netos Otto e Tereza. É para as crianças de todas as idades que escreveu este livro, com o auxilio do amigo Osório Garcia.

IlustradorOsório Garcia é também mineiro de Formiga, artista inquieto, autor e ilustrador de vários livros infantis, casado com a pedagoga e conta-dora de estórias Walkiria Garcia e pai de Gabi.

Marcos Tadeu Soares dos Santos

AgradecimentosZigma Importação e ExportaçãoAlexandre Branco e Grupo Madeirense MóveisVera Branco e Aprecia - Associação Preparatória de Cidadãos do Amanhã Cacá Moreno e PerfilMovida Comunicação

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Um menino de bons modos,distraído e sonhador,pensava quando criança o alto das nuvens transpor.

Passar por cima das casas,voar pelas paisagens.Mas só que nem tinha asas,tampouco outras plumagens.

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Albertinho existiu de verdade.Contou estrelas, correu...Fez bagunça na escola,como você e eu.

Brincava todos os dias,como convém aos meninos.Não desistindo dos sonhosde andar bem alto, nos cimos.

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Desde criança era pequeno,Bem miúdo o menino.Mas seu tamanho não foide impedir seu destino.

Nasceu em Minas Gerais,era bem brasileirinho.Entre montanhas e rios,cresceu o gigante Albertinho.

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Amigo de trato fácil,corajoso e decidido,não se admira voaro jovem tão destemido.

O nosso herói voadornaqueles dias de infantede calças curtas aindajá se trajava elegante.

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Seus parentes da Françahá tempos vieram pra cá,nesta terra bendita,conosco miscigenar.

Alberto Santos Dumont,ainda chamado Albertinho,que um dia foi menino,e morou aqui pertinho.

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Dos bosques de Cabangude sua casa encantada,foi o menino a Pariscoroar sua jornada.

O inventivo garotonas suas veias correu criatividade de brasileiro,disciplina de europeu

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Passam os dias, os anos,então o menino cresceu.De Minas ganhou o mundoe a Paris conheceu.

Antes, porém, de planarnos campos de “Bagatelle”,fez artes e muitos inventos naquela Paris “la belle”!

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O franzino petit fez história,conseguiu os seus intentos:avião e canhão salva-vidase outros tantos inventos

Albertinho, o criativoera esse brasileirinho.Relembra a todos nóso “menino maluquinho”.

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Saudável maluquice aquelado Albertinho criança,que todo adulto admira,pois só nos traz esperança.

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Venceu o ar,e também o preconceito.Aquele pequeno jovemfoi homem de grande feito.

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Tornou o mundo mais próximo,mais fácil de se encontraros irmãos desta terracom outros de além-mar.

O Albertinho de hojeé uma estrela no céu.Nas noites de muito brilho,podemos ver-lhe o chapéu.

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Albertinho Santos Dumont,a você muito obrigado. Encurtou-nos as distâncias com seu avião inventado.

Este tão lindo presentedeixou-nos assim bem felizes.Pois basta um piscar de olhos,chegamos a vários países.

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Por tudo que fez o meninoo planeta azul lhe é grato.Se alguém precisa de ajuda,do céu vem socorro a jato.

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Foi assim nossa criançaque amou o Brasil e a França.

Foi assim nossa criançaque amou o Brasil e a França.

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BiografiaAlberto Santos Dumont nasceu no Brasil na fazenda Cabangu, no Distrito de João Ayres em Minas Gerais. Seu pai era engenheiro de ferrovias e mais tarde tornou-se um barão do café. Percebendo o gosto do seu filho pela ciência, mandou-o para França onde tinha parentes. Alberto chegou a Paris aos 18 anos e logo começou a trabalhar no aperfeiçoamento de balões, na tentativa de fabricar uma máquina voadora.

Fez inúmeras modificações técnicas nos precários balões atmosféricos. Usou o formato aerodinâmico de charuto revestindo-o com seda chinesa que provou ser mais leve e resistente. Introduziu motor à gasolina e lemes para conduzir o balão pelos ares. Ganhou o prêmio “Deust” que pagava 100.000 (cem mil) francos à quem decolasse do campo de marti e desse uma volta na torre Eifel e retornasse ao mesmo ponto de partida em 30 minutos. Concorrendo com engenheiros, técnicos e pilotos do mundo todo e venceu com o Balão n° 6.

Aclamado como um genial inventor e admirado por seu espírito aventureiro e ao mesmo tempo por ser ho-mem tranqüilo e educado que andava trajando ternos elegantes e impecáveis mesmo quando ia voar. Suas várias quedas espetaculares sob os telhados, as árvores e até no mar o transformaram em um super herói de sua época.

As fábricas de brinquedos vendiam miniaturas de seus balões. Os homens imitavam o seu jeito de vestir e as mulheres usavam echarpes de seda, a mesma de seus balões. As confeitarias de Paris vendiam pães de mel com a silhueta de seu rosto e a sua foto ilustrava caixas de muitos produtos. Os repórteres do mundo todo faziam plantão na porta de sua oficina ávidos para vê-lo voar.

Após construir o primeiro balão dirigível do mundo, passou a pesquisar as máquinas mais pesadas que o ar. E foi em um avião chamado 14 Bis que mais uma vez assombrou o mundo ao decolar, voar e pousar em um aparelho bem mais pesado que o ar, impulsionado por um motor. Seu segundo avião se chamou demoiselle (libélula) um avião esportivo que atingia a incrível velocidade de 90 km por hora.

Santos Dumont jamais registrou uma patente e desta forma os seus inventos podiam ser usados por todos sem restrições. “Petit” Santos como era carinhosamente chamado pelos franceses era um humanista que so-nhava com um mundo melhor e mais fraterno ficou muito triste ao ver os aviões serem transformados em terríveis máquinas de guerra, encerrou suas pesquisas.

Muito deprimido e sofrendo uma grave doença degenerativa, morreu aos 56 anos em um hotel no Guarujá, litoral paulista.

Mas a história ainda iria pegar peças ao nosso gênio inventivo, foi no ano de 1969 que o primeiro homem pisou no solo da lua, exatamente em 20 de julho, data do aniversário nascimento do nosso Alberto Santos Dumont. A 15ª Assembléia Geral de Aeronáutica Internacional realizada em Sydney na Austrália, por una-nimidade aprovou o nome de nosso patrício para designar uma nova cratera na lua, o que foi confirmado em ato solene no dia 20 de julho de 1973, 4º aniversário da chegada do homem no solo lunar e centenário de nascimento de Santos Dumont.

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