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Â L B R Í L C -

\ ALBRECHT DÜRER

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ESTAMPAS ORIGINAIS

1 9 6 4

EXPOSIÇÃO

ALBRECHT DÜRER

ESTAMPAS ORIGINAIS

B I B L I O T E C A N A C I O N A L

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

- J ^ é V

E X P O S I Ç Ã O R E A L I Z A D A N A B I B L I O T E C A N A C I O N A L

E M 16 D E N O V E M B R O D E 1964

exposição Dürer, em estampas originais do acervo da

Biblioteca Nacional, converte-se em acontecimento excepcional na

série mesma de suas grandes exposições. A significação do

artista e a raridade das peças se já refletem sua importância,

documentam a riqueza do patrimônio sob guarda da Biblioteca

Nacional. Está claro que, para realizá-la, seções especializadas

se articularam — como a de Iconografia e a de Exposições — no

esforço de levar ao grande público exemplos da arte de Dürer.

A bibliotecária Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, chefe da

seção de Iconografia, em apresentação especialmente escrita para

êste catálogo, esclarece o comportamento da Biblioteca Nacional

para com as peças do artista alemão.

ADONIAS FILHO

/ V ecebi, satisfeito e agradecido, o gesto de amizade que a

Biblioteca Nacional teve para com a Embaixada de meu país e

o Instituto Cultural Brasil Alemanha, conferindo-lhes a honra de

patrocinar a exposição de 124 estampas originais de Albrecht

Dürer, que pertencem ao patrimônio desta biblioteca.

A obra do grande mestre natural da cidade de Nürnberg, tem

sido considerada em todas as épocas da história alemã um sím-

bolo da produção artística do país. E fora da Alemanha, Albrecht

Dürer é sempre apontado como o maior gênio alemão no domínio

das artes plásticas. Em sua obra sintetizam-se a operosidade e a

consciência profissional do artesão, a força criadora e o espírito

contemplativo do pesquisador.

Nós, alemães, temos especial apreço por suas imagens de Jesus,

que são quase auto-retratos, por sua imortal gravura O Cavaleiro,

a Morte e o Diabo, pelo retrato de sua mãe e pelo desenho do

grande humanista europeu Erasmo Rotterdam.

Mas em nenhuma outra criação de Albrecht Dürer a sua magis-

tral diversidade de artista se torna tão evidente como nas cente-

nas de desenhos que revelam como êle viu a grandeza do

universo: representado nas pequenas coisas que eram reunidas

formando um todo. Na sua visão de pintor, como êle próprio

disse, a natureza está "interiormente cheia de figuras'.

Espero que esta mostra agrade ao público brasileiro.

DR. GEBHARD SEELOS Embaixador Extraordinário e Plenipotenciárío

da República Federal da Alemanha

N.° 16 A Virgem com o macaco circa 1498

A divulgação parcial da obra gravada de Albrecht Dürer constante das coleções da Biblioteca Nacional, tem sido feita em várias ocasiões. Entretanto, um catálogo relacionando todos os exemplares, com referências técnicas mais completas, nunca chegou a ser publicado.

O Catálogo da Exposição Permanente de Cimélios da Bi-blioteca Nacional, inaugurada em 1885, continha no capítulo consagrado à Seção de Estampas, além do importante esboço histórico a descrição de 314 peças que figuravam expostas nas duas salas daquele setor, no antigo prédio da Rua do Passeio. Trabalho de erudição e pesquiza realizado pelo primeiro Chefe da Seção de Estampas — Dr. J. Z. de Menezes Brum, autor de outros estudos, na especialidade, publicados nos Anais da Biblio-teca Nacional. Dessas valiosas peças, 35 estampas gravadas por por Albrecht Dürer achavam-se à disposição dos estudiosos e amadores de arte, constituindo no catálogo os números: 56 a 90.

Por sessenta anos consecutivos, prolongou-se a Exposição Permanente de Cimélios — do antigo prédio transferiu-se às paredes do novo salão no magestoso edifício adrede construído na Avenida Rio Branco. Entretanto, com a reforma havida em 1945 que reduziu a s intalações da atual Seção de Iconografia e modificou o mobiliário em uso, foi inevitável a supressão da mostra, por falta de condições para apresentá-la. Passou então o acervo a ser divulgado através de exposições temporárias. Assim em julho-agôsto de 1941, realizou-se a mostra — Albrecht Dürer e a gravura alemã — no Museu Nacional de Belas Artes, figu-rando a Biblioteca Nacional com mais importante coleção apre-sentada. Em 1954, elaborada pela Seção de Iconografia a mostra selecionada — Estampas Antigas, trouxe novamente ao conheci-mento dos interessados parte da obra gráfica do artista alemão, constituindo no catálogo publicado as peças de números: 45 a 76.

A completa divulgação, num só conjunto, das estampas originais de Dürer vinha sendo programada pela Seção de Ico-nografia há alguns anos. Porém, motivos os mais diversos nos levaram a prorrogá-la; entre êstes, a honrosa oportunidade que

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tivemos de e s tudar recentemente a obra dos gravadores alemães dos séculos XV e XVI, nos principais Gabinetes de Estampas da República Federal da Alemanha. Graças ao conhecimento mais profundo que adquirimos da obra gráfica de tal importância acreditamos poder apresentar um trabalho completo sobre o grande artista alemão, em relação à coleção de estampas da Biblioteca Nacional.

Os trabalhos de catalogação e identificação das peças, também estudadas pelas anteriores direções da Seção, foram revistos, atualizados e confrontados com os mais modernos manuais de referência. Para êste levantamento contamos com a preciosa colaboração da Documentarista especializada em Artes Plásticas — Eunice de Manso Cabral; nesta oportunidade foi possível recuperar exemplares que se achavam deslocados da obra do mestre gravador, bem como retificar algumas atribuições dadas até então como originais. A origem das preciosas estum-pas, fundo dos mais importantes da instituição constituindo patri-mônio inalienável, divide-se entre a Real Biblioteca e a Coleção Oliveira Barbosa adquirida a seu proprietário no século passado.

Ao prepararmos êste resumo sobre a vida e obra de Dürer, baseado em estudos de renomados especialistas, tivemos por objetivo fixar apenas a parte gráfica de sua obra e reportamos os interessados às bibliografias em apêndice.

A realização desta exposição não ficaria registrada se não restasse o importante documento que é o catálogo impresso. Para êste empreendimento contamos com a colaboração e patrocínio do Instituto Cultural Brasil Alemanha, á cuja direção tornamos público nosso agradecimento.

LYGIA DA FONSECA FERNANDES DA CUNHA

Bibliotecário. Chefe da Seção de Iconografia

BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO

Novembro de mil novecentos e sessenta e quatro

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A aparição de Albrecht Dürer no cenário cultural e artístico da Alemanha, apenas despontando para o renascimento da anti-güidade clássica, fixa um grande marco nos domínios da arte. No fim do século XV era, através da gravura em madeira e metal, da s impressões tabelares e da recente invenção da imprensa, gue se fazia a disseminação da cultura. O famoso artista, dedicando-se também à arte de gravar, estabeleceu um novo índice de per-feição gráfica e teve sua obra difundida através da Europa dando-lhe ainda em vida renome internacional.

Nascido em Nürnberg a 21 de maio de 1471, filho de um ourives com guem nos primeiros anos de juventude fêz seu apren-dizado adguirindo a habilidade necessária no manuseio do buril ("cujo uso na gravura em metal não diferia do emprego para fins de ourivesaria e ciselura), em 1486 entra como aprendiz para o atelier de Michael Wolgemut, famoso pintor de Nürnberg com guem esteve por mais de três anos.

A par do aprendizado d a pintura, também se aperfeiçoou na gravura em madeira, pois ali eram elaboradas a s pranchas gue serviam aos livros tirados na prensa de Anton Koberger, genro de seu mestre Wolgemut e um dos grandes impressores a lemães . Além d e s s a poderosa influência, citam os estudiosos o interesse gue teve Dürer pelas gravuras de Martin Schongauer, mestre da arte de gravar, estabelecido em Colmar na Alsácia, e a s pontas-sêcas do Mestre do Hausbuch (Mestre do Livro do L a r ) — dois grandes gravadores do século guinze alemão.

Completando sua educação, conforme o costume da época, v ia ja em 1490. Período gue dura dois anos, sendo a inda objeto de controvérsias ent^e historiadores — entretanto, é seguro ter estado em Colmar onde pretendia avistar-se com Schongauer gue j á havia falecido. Segue para Bâle, centro dos mais importantes d a imprensa, onde através de apresentações foi convidado pelo imoressor Nicolau Kessler para gravar a folha de rosto do livro "Cartas de São Jeronimo, 1492" gue apresenta a figura do santo. P a s s a ainda em outras cidades, voltando a Nürnberg em 1494 guando então contrai núpcias com Agnes Frey — casamento

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arranjado pela família e cujas conseqüências não foram venturo-sas . Refugiou-se Dürer na companhia de amigos estudiosos e intelectuais e no estudo da matemática e artes; destaca-se entre seus melhores amigos, Willibald Pirckheimer, pertencente à mais alta nobreza local — humanista, tendo estudado humanidades e lei nas universidades italianas de Padua e Pavia. -Com êle come çou a se interessar pela antigüidade clássica, sobretudo pela filo-sofia e arqueologia. Atraido por estes estudos, via ja em 1494 à Itália — passando pelo Tirol, chegando até Veneza — cartas e desenhos nos testemunham êste evento, corroborado também pela evolução de seu estilo, agora influenciado pelo Renascimento.

Ao retornar da Itália na primavera de 1495, Dürer s e esta-belece e inicia uma enorme produtividade durante o resto da vida. Gravuras em metal, xilografias além de quadros, lhe deram renome internacional. Volta ainda à Itália em 1505, sendo rece-bido com tôdas a s honras e onde lhe é dada a incumbência de pintar o altar de Nossa Senhora na igreja de São Bartolomeu, da colônia alemã.

De volta a Nürnberg em 1507, estuda línguas e matemá-ticas — inicia o projeto de um grande tratado de teoria da arte com o qual se ocupa durante tôda sua vida; torna-se um artista erudito colaborando com estudiosos e cientistas nos movimentos intelectuais de sua época. Pelas suas qualidades humanísticas foi chamado pelo Imperador Maximiliano I, para cujo serviço entrou a partir de 1512 — obteve uma pensão que o ajudou a viver sem preocupações, até a morte de seu benfeitor, em 1519.

Tentando obter de Carlos V, o sucessor ao trono, a conti-nuação do benefício, viaja a Anvers, nos Paises Baixos; de 1520 a 1521 aí permanece — muitas novas experiências e contatos e trabalhos pôde realizar neste período — tolheu-o a malária que minou os últimos anos de sua vida. Ainda assim, trabalhou infa-tigàvelmente; morreu a 6 de abril de 1528, deixando mais de doze quadros, uma centena de gravuras em metal, duzentas e cinqüenta xilografias, mais de mil desenhos e três livros impressos sôbre geometria, fortificação e teoria da s proporções humanas.

* * *

Com quinze anos, em 1498, entrou Dürer para o atelier de Michael Wolgemut, que associado a Wilhelm Pleydenwurf possuia famosa oficina de impressão em Nürnberg. S u a prin-cipal experiência neste trabalho foi o contato com a feitura de

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Cristo no Jardim dos Oliveiras

datada 1497

xilografias que ilustravam a s obras impressas, logo depois da descoberta e divulgação dos tipos móveis. Trabalhavam os ilus-tradores como empregados dos editores e, conforme a divisão do trabalho, eram separados como desenhistas, entalhadores e para a s grandes tarefas os copistas (Formschneiders) que tinham como função adaptar e transferir para os blocos de madeira a entalhar, a s composições dos desenhos e estudos.

É atribuida a Wolgemut a separação da arte de gravar em madeira, do editor, dando ao artista gráfico liberdade profissio-nal como "ilustrador". Ligado à nova industria, contrata Anton Koberger, avô de Dürer e graças ao novo empreendimento, edita entre outras obras a f amosa Crônica de Nürnberg de Hartmann Schedel, impressa no ano de 1493 — obra de enorme projeção graças ao grande número de ilustrações ( c e r c a de 645). Acenam os historiadores da obra de Dürer não ser impossível sua colabo-ração na Crônica, pois estas numerosas xilografias ocupariam vários ilustradores; citam-se como suas a s seguintes : a feiticeira Circe, única cena mitológica da obra, sendo uma reminiscência do desenho guardado no British Museum — Lady Falconer; Três histórias de Ccrin e Abel, e ainda Tubalcain.

Ques tão aberta é ainda a colaboração de Dürer em outras obras ilustradas e impressas na época de s u a es tada em outros centros de impressão da Alemanha, m a s o que não se pode negar é que se encontram nas obras por êle g r a v a d a s em épocas poste-riores, influência dos artistas que vicejam nos ateliers de impres-são de Nürnberg; também é patente que a s edições italianas, trazendo um cunho de renascimento, influenciaram o grande ar-tista alemão.

A técnica de gravar em madeira utilisada pelo novo artista, veio modificar completamente o tratamento adotado pelos xiló-grafos anteriores cujas es tampas não obtinham o feito plástico de significado emocional.

Renovando e fundindo os traços descritivo e ótico, i . e . , o contorno e a sombra no que chama de Panowsky "dinâmica cali-gráf ica" , pôde êle exprimir através dos talhos de grossuras dife-rentes e tamanhos variáveis, distância, movimento, além de signi-ficado de forma, volume e côr. A es tampa adquiriu gradações de luminosidade em contraste com o estilo anterior a Dürer, que estava restrito a uma apresentação puramente linear.

Seu naturalismo nórdico influenciado pelos estudos de pri-meira viagem à Itália onde a Renascença já imperava e o estudo

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do espaço, volume e côr complementado pelo conhecimento do corpo humano, não foi anulado, transparecendo juntamente com a sua profunda espiritualidade.

Dentre a s mais célebres obras produzidas destacam-se : O Apocalipse (cérca, 1496-1498) série de quinze xilografias conside-radas uma das maiores criações da arte a lemã gue na época foi causadora de forte impacto — levando-se em conta o clima espiritual reinante na Alemanha nos fins do século XV, época da vigília da Reforma de Lutero — levava o espectador a profunda meditação. Empreendimento sem precedentes, em gue o artista ilustrador p a s s a a ter preponderância sobre o texto; imprimindo-o no verso em tôda sua següência, não pretendeu Dürer compará-lo com a s estampas nas guais concentrou todo efeito dramático — sintetizou o conteúdo da revelação de São João Evangelista em quinze x^ografias, cada uma representando uma composição única e fechada. Outro ciclo religioso elaborou em xilografia: A Grande Paixão (entre 1497-1510) não causando a mesma sen-sação porque não foi ao povo como um conjunto homogêneo e também por faltar o apêlo ao fantástico. Além des sa s duas séries, a Pequena Paixão (1509-1510) e a Vida da Virgem (entre 1500-1510) tiveram por objetivo dar nova interpretação ao Evangelho e apresentá-lo ao povo em uma formulação humana e concreta.

Um outro processo, buril, foi também muito utilisado por Dürer gue por seu intermédio podia entrar em contato mais direto com a gravura em vista da dificuldade técnica e minúcia do desenho, dispensando o entalhador como intermediário. Nesta técnica, sua principal atuação consistiu em obter feitos mais sua-ves gue seus antecessores, superando-os : excetua-se o Mestre de Hausbuch de cuja influência se ressentem os primeiros traba-lhos — com refinamentos técnicos conseguiu a ilusão de pro-fundidade espacial, modelado plástico e luminosidade.

Os temas inspirados na mitologia e na literatura, a s com-posições simbólicas e alegóricas, cheias de alusões eruditas, atualmente por vezes incompreensíveis, tudo conseguiu Dürer exprimir com seus buris e pontas-sêcas. Interessado na observa cão da natu"eza e cenas da vida guotidiana, suas estampas apre-sentam aspectos de seu tempo e da sociedade gue o rodeava : os retratos fixam seus amigos. Assuntos variados, sobretudo a s ~ nas de gênero estão entre elas : O Correio, Camponeses, O lovem e o alabardeiro lansguenete; Cinco lansquenetes; Os Fa-

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N.o 32 Némesis 1501-1502

vores do amor, O Passeio considerada como a mais original de suas peças em buril. Dentre a s es tampas de assuntos religiosos destacam-se — O Filho Pródigo, cujo tema pouco tratado antes de Dürer conquistou a admiração dos italianos pela maneira subjetiva da apresentação. S ã o Jerônimo apertando ao peito o cruxifixo; S ã o João Crisóstomo, A Justiça, a Virgem e o macaco, peça datada de 1498 que marca um grande avanço na solução — do problema de volume, espaço e forma — figuras des tacadas do fundo, árvores definidas ao invés de m a s s a s indistintas de luz e sombra.

Com sua viagem a Veneza, pôde Dürer ser testemunha da reintegração d a forma e assunto clássicos como um dos mais característicos empreendimentos d a Renascença — a apresenta-ção do nu feminino em sua obra, caracteriza esta influência. Entre 1495 e 1500 introduz em suas gravuras — além do aspecto artístico traziam um tema alegórico, de fundo moralizante. Dentre muitas s ã o citadas : As Quatro feiticeiras ( d a t a d a de 1497), O Sonho do Doutor (posterior a 1497), o Hercules ((1498-1499) e o Rapto de Amimone (c irca 1498) termina a série de estampas g ravada s como resultado de suas experiências italianisantes, cuja inspi-ração e l igação com os trabalhos de Mantegna e Pollaiuollo j á está provada pelos estudiosos.

Com seu amadurecimento intelectual, seu estilo evolui d a fantasmagórica série do Apocalipse à simplicidade e harmonia que atinge sua plenitude nos trabalhos realizados por volta dos trinta anos. Problemas de perspectiva e proporção se apresentam nas estampas Adão e Eva (1504) e Nemesis (1501-1502).

S u a fôrça criadora se manifesta pela gravura depois de s u a segunda v iagem à Itália : O Cavaleiro, a Morte e o Diabo (1513) , S ã o Jerônimo em s u a cela (1514) , a Melancolia (1514) exprimem o conteúdo de suas idéias morais e estéticas — um verdadeiro tríptico que compreende a s alegorias de tres cláss icas virtudes e de três es feras de atividade.

Ao serviço de Maximiliano I pôde elaborar, juntamente com outros artistas, xilografias para o Arco Triunfal de Maximi-liano I e também a Procissão Triunfal que ficou incompleta devido à morte de seu protetor. Também são deste período seis gravuras de tratamento mais plano e decorativo d a forma, tal como o Sudário de 1516 cujo caráter ornamental influenciou os artistas gráficos a lemães e o artezanato e a decoração do século XVI.

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Sua f ama levou-o a receber a s maiores consagrações por ocasião de sua viagem a Anvers — além das relações com artis-tas e pintores freqüentou mercadores, humanistas, homens de destaque tendo registrado impressões em seu Caderno de dese-nhos a ponta de prata, da viagem aos Paises Baixos, 1520-1521 (guardado na Albertina de Viena — alguns destes desenhos acham-se dispersos em várias coleções) . S ã o desta época seus contatos com portugueses, homens de cultura e negócios, cujo reino mantinha estreito intercâmbio com os f lamengos (vide. Vasconcellos, J. de. Albiecht Dürer e sua influência na península. Porto, 1877)

Dürer estudou a fundo a teoria da arte; começou a estudar proporções humanas influenciado por Jacopo de Barbari, seguem-se os estudos de Vitruvio e, provavelmente depois de sua segunda viagem à Itália concebe a idéia de escrever um completo tratado de pintura em três partes. Para êstes trabalhos, o período de 1507 a 1513 é rico de desenhos e esboços de caráter científico.

Os resultados reunidos em 3 volumes publicados nos úl-timos anos de vida do mestre, s ão : Underwysung der Messung mit dem Zirckel und Richtscheyt in Linien, Ebnen und ganzen Corporen durch Albrecht Dürer zusamenn getzegen und zu Nutz allen kunstlieb habenden mit zugeherigen Figuren in Truck ge-bracht im Jar MDXXV — se refere à s proporções, perspectiva, luz e sombra e por fim à pintura como observação da natureza e força imaginativa; Etliche Underricht zu Befestigung de Stett Schloss und Flecken, Nürnberg 1527 — tratado de fortificações de cidades, vilas e povoados; Hierin sind begriffen vier Bücher von menschlicher Proportion durch Albrechten Dürer von Nurberg erfunden und beschrieben zu nutz allen denen, se zu dieser Kunst lieb tragen. M.D.XXVII — êste último, os quatro livros sobre proporções do corpo humano, aparece alguns mezes depois de sua morte.

Mesmo em vida, Dürer adquiriu uma f ama semelhante apenas à dos grandes artistas italianos, mas o renome e influên-cia de sua arte foi ainda mais vasto devido à multiplicação de suas estampas que se espalharam pelos quatro cantos da Europa, servindo de inspiração e influenciando muitos artistas do século XVI. Mesmo depois de sua morte continuam os reflexos de sua arte personalíssima — Goethe dedicando-se a estudos de arte e estética tornou Dürer o próprio símbolo da pintura alemã.

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Na segunda metade do século XIX tiveram início os estudos científicos sobre a vida e obra do grande mestre. A monografia de Moritz Thausing, datada de 1876 e a segunda edição ampliada de 1884, foi a primeira tentativa de apresentar um perfil autên-tico de Dürer. Seguem-se a s monografias fundamentais : Hein-rich Wõlfflin (1905; 1943); Eduard Flechsig (1928; 1931); Erwin Panowsky (1943; 1955) gue posteriormente precisaram a ativida-de do mestre nas motivações teóricas e espirituais, inserindo-o no quadro geral da evolução estilística européia.

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GRAVURAS EM METAL

ADÃO E EVA

B. 1; M. 1; Pan. 108; Holl. 1 datada 1504 buril

PAIXÃO DE JESUS CRISTO (ns . 2 a 9 )

As gravuras que constituem esta série toram executadas entre 1507 e 1513; das dezesseis peças que formam o conjunto, a Biblioteca Nacional possúe apenas oito.

A PRISÃO DE JESUS CRISTO


CRISTO PERANTE CAIFAS

B. 6; M. 6 Pan. 113; Holl. 6 datada 1512 buril

FLAGELAÇÃO


COROAÇÃO DE ESPINHOS


EOCE HOMMO


PILATOS LAVANDO AS MÃOS


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8 . RESSURHEIÇÃO


g . S. PEDRO E S. JOÃO CURANDO O ALEIJADO

B. 18; M. 18; Pan. 125; Holl. 18 datada de 1513 buril

10 . AGONIA NO JARDIM DAS OLIVEIRAS

B. 19; M. 19; Pan. 126; Holl. 19 datada 1515 agua-forte

1 1 . O SUDÁRIO SUSTENTADO POR DOIS ANJOS


1 2 . O SUDÁRIO DESFRALDADO POR UM ANJO

B. 26; M. 27; Pan. 133; Holl. 27 datada 1516 agua-forte

1 3 . A VIRGEM SENTADA AO PÊ DA ÁRVORE


1 4 . A VIRGEM AO PÉ DA MURALHA


1 5 . A VIRGEM COM A PER A


1 6 . A VIRGEM COM O MACACO

B. 42; M. 30; Pan. 149; Holl. 30 circa 1498 buril

OS CINCO DISCÍPULOS DE JESUS (ns . 17 a 21)

Gravados provavelmente para uma sére de doze apóstolos, que nunca chegou a ser completada.

1 7 . SÃO FILIPE

B. 46; M. 48; Pan. 153; Holl. 48 praticamente acabada em 1523. foi somente divulga-da e redatada em 1526.

buril danificada

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1 8 . SÃO BARTOLOMEU


1 9 . SÃO TOMÉ

B. 48; M. 50; Pan. 155 Holl. 50 datada 1514 Buril danificada

2 0 . SÃO SIMÃO B. 49; M. 49; Pan. 156; Holl. 49 datada 1523 buril

2 1 . SÃO PAULO


2 2 . SÃO CRISTÓVÃO

B. 52; M. 52; Pan. 59; HoU. 52 datada 1521 buril

2 3 . SÃO SEBASTIÃO ATADO À UMA ÁRVORE

B. 55; M. 62; Pan. 162; Holl. 62 1500-1501 buril

2 4 . SANTO ESTÁQUIO


2 5 . SANTO ANTÃO O EREMITA

B. 58; M. 51; Pan. 165; HoU. 51 datada 1519 buril

2 6 . SÃO JERÔNIMO NA CELA


2 7 . PENITÊNCIA DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO


2 8 . A FAMÍLIA DO SÁTIRO B. 69; M. 65; Pan. 17G; Holl. 65 datada 1505 buril

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2 9 . O MONSTRO MARINHO (ou O RAPTO DE AMIMONE)

B. 71; M. 66; Pan. 178; Holl. 66

circa 1498 buril

3 0 . COMBATE ENTRE A VIRTUDE E O PRAZER, NA PRESENÇA DE HÉRCULES (ou O HÉRCULES)

B. 73; M. 63; Pan. 180; Holl. 63 1498-14"99 buril

3 1 . AS QUATRO FEITICEIRAS


3 2 . NÊMESIS (ou A GRANDE FORTUNA)

B. 77; M. 72; Pan. 184; Holl. 72 1501-1502 buril

3 3 . SOL JUSTITIAE

B. 79; M. 73; Pan. 186; Holl. 73 1498-1499 buril

3 4 . A DAMA A CAVALO E O LANSQUENETE

B. 82; M. 84; Pan. 189; Holl. 84 1496-1497 buril

3 5 . O COSINHEIRO E SUA MULHER

B. 84; M. 85; Pan. 191; Holl. 85 1496-1497 buril

3 6 . TRÊS CAMPÔNIOS CONVERSANDO


3 7 . O PORTA-BANDEIRA

B. 87; M. 92; Pan. 194; Holl. 92 1502-1503 buril

3 8 . CINCO SOLDADOS E UM ORIENTAL A CAVALO

B. 88; M. 81; Pan. 195; Holl. 81 1495-1496 buril

3 9 . CASAL DE CAMPONESES

B. 89; M. 89; Pan. 196; Hol. 89 datada 1519 buril

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4 0 . CASAL DE CAMPONESES DANSANDO


4 1 . A JOVEM MULHER ATACADA PELA MORTE (ou O VIOLENTO)


4 2 . AS OFERTAS DO AMOR

B. 93; M. 77; Pan. 200; Holl. 77 1495 ou pouco depois buril

4 3 . JOVEM CASAL AMEAÇADO PELA MORTE (ou O PASSEIO)

B. 94; M. 83; Pan. 201; Holl. 83 provavelmente 1498 buril

4 4 . O PEQUENO CAVALO


4 5 . O CAVALEIRO. A MORTE E O DIABO


4 6 . AS ARMAS COM UM LEÃO RAMPANTE E O GALO

B. 100; M. 97; Pan. 207; Holl. 97 1502-1503 buril

4 7 . AS ARMAS COM A CAVEIRA


4 8 . FREDERICO III, O SÁBIO. ELEITOR DA SAXÔNIA


4 9 . ERASMO DE ROTTERDAM


GRAVURAS EM MADEIRA (Xi logra f i a s )

5 0 . ADORAÇÃO DOS MAGOS

B. 3; M. 208; Pan. 223; Holl. 208 datada 1511

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A GRANDE PAIXÃO (ns . 51 a 57)

As gravuras que constituem esta série, em número de doze, foram elaboradas em duas épocas — sete antes de 1500 e as quatro outras em 1510; o írontispicio elaborado pouco antes da publicação do livro em 1511, com texto latino por Benedictus Chelidonius. Da série, a Biblio-teca Nacional possui apenas sete.

A COROAÇÂO DE ESPINHOS

B. 4; M. 113; Pan. 224; Holl. 113 circa 1511 Frontispício

A ÚLTIMA CEIA


CRISTO NO JARDIM DAS OLIVEIRAS

B. 6; M. 115; Pan. 226; Hol. 115 circa 1497

A FLAGELAÇÃO

B. 8; M. 117; Pan. 228; Holl. 117 circa 1497

O TRANSPORTE DA CRUZ

B. 10; M. 119; Pan. 230; Holl. 119 1498-1499

O ENTERRO

B. 12; M. 123; Pan. 232; Holl. 123 circa 1497 danificada

LAMENTAÇÃO DE CRISTO

B. 13; M. 122; Pan. 233; Holl. 122 circa 1498-1499

A PEQUENA PAIXÃO (ns . 58 a 88)

As estampas datadas de 1509 e 1510, íoram publicadas com texto latino por Benedictus Chelidonius em 1511. Da série completa em 37 e s tampas. a Biblioteca Nacional possui apenas 31.

O PECADO DE ADÃO E EVA

B. 17; M. 126; Pan. 237; Hol. 126; C . E . P . 60 1510-1511

5 9 . ADÃO E EVA EXPULSOS DO PARAÍSO

B. 18; M. 127; Pan. 233; Hol. 127; C . E . P . 61 datada 1510

6 0 . ANUNCIAÇÃO

B. 19; M. 128; Pan. 239; Holl. 128; C . E . P . 62 1509-1511

6 1 . NATIVIDADE

B. 20; M. 129; Pan. 240; Holl. 129; C . E . P . 63 1509-1511

6 2 . CRISTO DESPEDINDO-SE DE SUA MÃI

B. 21; M. 132; Pan. 241; Holl. 132 1509-1511

6 3 . ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM

B. 22; M. 130; Pan. 242; Holl. 130; C . E . P . 64 1509-1511

6 4 . A CEIA '

B. 24; M. 133; Pan. 244; Holl. 133; C . E . P . 65 1509-1511

6 5 . CRISTO LAVANDO OS PÉS A SEUS DISCÍPULOS

B. 25; M. 134; Pan. 245; Holl. 134; C . E . P . 66 1509-1511

6 6 . A AGONIA NO JARDIM DAS OLIVEIRAS

B. 26; M. 135; Pan. 246; Holl. 135; C . E . P . 67 1509-1511

6 7 . TRAIÇÃO DE JUDAS

B. 27; M. 136; Pan. 247. Holl. 136; C . E . P . 68 1509-1511

6 8 . CRISTO PERANTE ANAZ

B. 28; M. 137; Pan. 248; Holl. 137 1509-1511 danificada

6 9 . CRISTO PERANTE CAIFÁS

B. 29; M. 138; Pan. 249; Hol 138; C . E . P . 69 1509-1511

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7 0 . CRISTO ESCARNECIDO NO PRETÓRIO

B. 30; M. 139; Pan. 250; Holl. 139; C . E . P . 70 1509-1511

7 1 . CRISTO PERANTE PILATOS

B. 31; M. 140; Pan. 251; Holl. 140; C . E . P . 71 1509-1511

7 2 . CRISTO PERANTE HERODES

B. 32; M. 141; Pan. 252; Holl. 141; C . E . P . 72 datada 1509

7 3 . FLAGELAÇÃO DE CRISTO

B. 33; M. 142; Pan. 253; Holl. 142; C . E . P . 73 1509-1511

7 4 . CRISTO COROADO DE ESPINHOS

B. 34; M. 143; Pan. 254; Holl. 143; C . E . P . 74 1509-1511

7 5 . ECCE HOMMO

B. 35; M. 144; Pan. 255; Holl. 143; C . E . P . 75 1509-1511

7 6 . SANTA VERÔNICA ENTRE S. PEDRO E S. PAULO

B. 38; M. 147; Pan. 258: Holl. 147; C . E . P . 76 datada 1510

7 7 . CRISTO PREGADO A CRUZ

B. 39; M. 148; Pan. 259 Holl. 148; C . E . P . 77 1509-1511

7 8 . CRISTO NO LIMBO

B. 41; M. 150; Pan. 261, Holl. 150; C . E . P . 78 1509-1511

7 9 . DESCIDA DA CRUZ

B. 42; M. 151; Pan. 262; Holl. 151; C . E . P . 79 1509-1511

8 0 . LAMENTAÇÃO DE CRISTO

B. 43; M. 152; Pan. 263; Holl. 152; C . E . P . 80 1509-1511

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C H R I S T O • 5 A C R V M

* M A G N A . P I E T A T E F W E B A r • • r f c R P E T V A n i G N . V S P 0 S T E R l T A T E r . O L I

• D • F R I D R • D V C í S A X O N S R - I A \ P • A R C H I i W E L E C T O R l •

• A L B E R T V S - D V R E R - N V R . F A C I E B A T •

• B A \ • F • V • Y • M D • X X I J I I

l*HH«—III I,

8 1 . SEPULTAMENTO

B. 44; M. 153; Pan. 264 Holl. 153; C . E . P . 81 1509-1511

8 2 . RESSURREIÇÃO

B. 45; M. 154; Pan. 265; Holl. 154; C . E . P . 82 1509-1511

8 3 . CRISTO APARECENDO A SUA MÃE

B. 46; M. 155; Pan. 26S; Holl. 155; C . E . P . 83 1509-1511

8 4 . NOLI ME TANGERE

B. 47; M. 156; Pan. 267; Holl. 156; C . E . P . 84 1509-1511

8 5 . CRISTO EM EMAÜS

B. 48; M. 157; Pan. 268; Holl. 157; C . E . P . 85 1509-1511

8 6 . ASCENÇÃO

B. 50; M. 159; Pan. 270; Holl. 159; C . E . P . 86 1509-1511

8 7 . PENTECOSTES

B. 51; M. 160; Pan. 271; Holl. 160; C . E . P . 87 1509-1511

8 8 . JUÍZO FINAL

B. 52; M. 161; Pan. 272; Holl. 161 1509-1511 danificada

8 9 . CALVARIO

B. 59; M. 180; Pan. 279; Holl. 180 1504-1505

Esta peça e mais onze, foram idealisadas paia formar um conjunto para a obra "Salus Animae" que nunca foi publicada; gravada no período em que Dürer entregava o trabalho de incisão aos entalhadores de atelier — foram executadas sem refinamento. A Biblioteca Nacional possui apenas uma.

O APOCALIPSE (ns . 90 a 103)

As quinze estampas que compõem uma das mais importantes obras grá-ficas da escola alemã, foram publicadas em duas edições em 1498, uma

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com texto latino e outia com texto alemã o. A tolha de rosto foi acrescen-tada em 1511, para uma nova edição. Os estudos de Meder e Panowsky em relação à cronologia das diferentes peças, Jevou-os a dividi-las de acordo com as características de estilo em duas séries: as gravadas em 1496 e as gravadas em 1497-98. Faltam na coleção da Biblioteca Nacional: a folha de rosto e uma peça: a visão dos sete candieiros.

MARTÍRIO DE SÃO JOÃO EVANGELISTA

B. 61; M. 164; Pan. 281; Holl. 164 provavelmente 1498

SÃO JOÃO DIANTE DE DEUS E DOS BEM-AVENTURADOS

B. 63; M. 166; Pan. 283; Holl. 166 provavelmente circa 1496

OS QUATRO CAVALEIROS

B. 64; M .167; Pan. 284; Holl. 167; C . E . P . 90 provavelmente 1497-1498

A ABERTURA DO QUINTO E SEXTO SELOS

B. 65; M. 168; Pan. 285; Holl. 168 provavelmente 1497-1498

QUATRO ANJOS RETENDO OS VENTOS


ADORAÇÃO DO CORDEIRO DIVINO

B. 67; M. 176; Pan. 287; Holl. 176 provavelmente circa 149G

SETE ANJOS COM TROMBETAS

B. 68; M. 170; Pan. 288; Holl. 170 provavelmente circa 1496

OS QUATRO ANJOS VINGADORES

B. 69; M. 171; Pan. 289: Holl. 171 provavelmente 1496 (a parte superior) 1497-1498 (parte inferior)

SÃO JOÃO ENGULINDO O LIVRO QUE O ANJO LHE APRESENTA


A MULHER REVESTIDA DE SOL


N.o 11

O Sudásio sustentado por dois anjos

datada 1513

1 0 0 . COMBATE DE SÃO MIGUEL CONTRA O DRAGÃO


1 0 1 . BABILÔNIA. A GRANDE MERETRIZ


1 0 2 . A BESTA COM CHIFRES DE CORDEIRO


1 0 3 . O ANJO QUE TEM A CHAVE DO ABISMO


A VIDA VIRGEM (ns . 104 a 120)

Série de dezenove estampas que podem ser datadas entre 1500 e 1510; a folha de rosto foi acrescentada por ocasião da publicação em livro com texto latino por Benedictus Chelidoneus em 1511. A coleção da Biblioteca Nacional compreende dezesseis pranchas mais o frontispício.

1 0 4 . A VIRGEM SENTADA NA LUA CRESCENTE

B. 76; M. 188; Pan. 296; Holl. 183 circa 1511 írontispício

1 0 5 . REJEIÇÃO DAS OFERTAS DE S. JOAQUIM B. 77; M. 189; Pan. 297; Holl. 189 provavelmente 1504-1505

1 0 6 . S. JOAQUIM ABRAÇANDO SANTANA NA PORTA ÁUREA

B. 79; M. 191; Pan. 299; Holl. 191; C . E . P . 88 datada 1504

1 0 7 . NASCIMENTO DA VIRGEM B. 80; M. 192; Pan. 300; Holl. 192 provavelmente 1503-1504

1 0 8 . APRESENTAÇÃO DA VIRGEM NO TEMPLO B. 81; M. 193; Pan. 301; Holl. 193 provavelmente 1503-1504

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CASAMENTO DA VIRGEM COM SÃO JOSÉ


ANUNCIAÇÃO

B. 83; M. 195; Pan. 303; Holl. 195; C . E . P . 89 provavelmente 1504

VISITAÇÃO


NATIVIDADE


CIRCUMCISÃO

B. 86; M. 198; Pan. 306; Holl. 198; C . E . P . 89 provavelmente 1505

FUGA PARA O EGITO


REPOUSO NO EGITO


CRISTO ENTRE OS DOUTORES


CRISTO DESPEDINDO-SE DE SUA MÃI


A MORTE DA VIRGEM


ASSUNÇÃO E COROAÇÃO DA VIRGEM


1 2 0 . GLORIFICAÇÃO DA VIRGEM


1 2 1 . A SANTA FAMÍLIA COM SÃO JOAQUIM E SANTANA


1 2 2 . A VIRGEM COMO RAINHA DOS ANJOS


OBRAS ILUSTRADAS

1 2 3 . SCHEDEL, HARTMTANN, m. 1514

Liber Chronicarum (Crônica de Nuremberg) Numberg, Anton Koberger, 12 de julho de 1493.

São atribuídas a Dürer as seguintes ilustrações desta obra: Três historias de Cain e Abel. foi. IX v Tubalcain, Naamah... foi. X Circe. foi. XU Da Real Biblioteca.

1 2 4 . DÜRER, ALBRECHT.

Les Quatre livres d'Albert Dürer peinctre et geometrien três excellent. De la proportion des parties e poutraictes des corps humains. Traduicts par Loys Meigret. Arnheim, Jean Jeansz, 1614. 2 p., 124 p. ilust (alg. desd.) exemplar incompleto — faltam 26 folhas. Da Real Biblioteca.

Nota :

A coleção de estampas de Albrecht Dürer abrange, além das 124 peças apresentadas, mais 23 exemplares dos mesmos assuntos. Informações mais detalhadas tais como dimensões, diferentes tiragens, indicações de outros manuais de feferência. estão assinaladas nas fichas do catálogo de gravadores da Seção de Iconografia. As abreviações que seguem o título das peças, referem-se aos manuais de referência: B. — Bartsch; M. — Meder; Pan. — Panowsky; Holl. — Hollstein: C.E.P. — Catálogo da Exposição Permanente de Cimélios da Biblioteca Nacional. Em 1947-1948 as estampas de Dürer foram restauradas e montadas pelo Prof. Edson Motta, Técnico da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

29

B I B L I O G R A F I A

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CATÁLOGOS DE ESTAMPAS, PARA IDENTIFICAÇÃO DA OBRA GRAFICA DE DÜRER

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Hollstein, F. N. H. German engravings, etchings and woodcuts, ca. 1400-1700. Amsterdam, Menno Hertzberg, |post. 1960| vol. 7.

Le Blanc, Ch. Manuel de 1'amateur d ' e s t ampes . . . Paris, E. Bouillon, 1854-88. tomo 2 p. 160-170.

Meder, J. Dürer-Katalog, ein Handbuch über Albrecht Dürers Stiche, Radierungen, Holzschnitte, deren zustande, ausgaben und Wasserzeichen. Viena, Verlag Gilhoíer und Ranschburg, 1932.

Panowsky. E. Albrecht Dürer. Princeton, N. J., Princeton Univ. Press, 1943. vol 2. Passavant, J. D. Le Peintre-graveur Leipzig, Rudolph Weigel, 1862. vol. 3,

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Rio de Janeiro. Museu Nacional de Belas Artes. Alberto Dürer e a gravura alemã, exposição julho-agosto 1941, |em colaboração com a Biblioteca Na-cional! Rio de Janeiro, Min. Educação e Saúde, 1941.

Roma. Gabinetto Nazionale delle Stampe. XXXVII esposizione. Alberto Dürer incisore, a cura di Aliredo Petrucci. Roma, Farnesina a l ia Lungara, 1953.

Tietze, H. e Tietz-Conrat, E. Kritisches verzeichnis der Werke Albrecht Dürers Basel und Leipzig, Holbein Verlag AG, 1937. vol. 1 e 2.

C R Â F I C A O L Í M P I C A E D I T Ô R A

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