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ALCANÇANDOPOVOS NÃO ALCANÇADOS

UM MODELO EMPIRICAL

“O que aprendestes ou recebestes ou ouviste de mim, e em mim vistes, isso fazei”

(Filipenses 4.9)

IRMÃO JERRY

Eu dou permissão para reproduzir livremente o conteúdo deste livro.

Publicado por http://pt.linkupafrica.com

Setembro 2012

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SOBRE O AUTOREu te agradeço por permitir-me me apresentar. Eu cresci numa fazenda de uma família Cristã, ecom treze anos eu aceitei Jesus Cristo como meu Salvador. Poucos dias depois, o Espírito Santoveio na Sua plenitude como em Atos 2.4 no dia do Pentecostes. Eu louvo a Deus pelo privilégiode servi-lO todos esses anos como um crente Pentecostal.

Eu me formei no segundo grau em 1953, e poucas semanas depois, um missionário da Áfricacompartilhou na minha igreja sobre prioridades. Seu texto foi Tiago 4.13-15, que trata da brevi-dade dos nossos dias. O Espírito de Deus usou aquela mensagem para mudar o rumo da minhavida. Eu frequentei a Escola Bíblica e durante aquele tempo o Senhor tornou claro que minhachamada era servi-Lo na África. Seu propósito para minha vida me deu um sentido de destino.

Logo depois de me formar eu me casei com uma linda mulher. Nós pastoreamos por três anos, eem 1961 partimos para a África. O Senhor nos abençoou com dois filhos maravilhosos e nos deuo privilégio de servi-Lo por 33 anos na Nigéria, Gana, Libéria, Malaui e Eritréia. A oportunidadede sermos envolvidos no evangelismo pessoal, na implantação de igrejas, no desenvolvimento deliteratura e no ensino em várias escolas bíblicas Africanas foi uma experiência maravilhosa.

Eu me formei com um grau de mestrado em missiologia na Fuller eological Seminary emPasadena, Califórnia, em 1981. Desde então tem sido uma honra ensinar missões por nove anosem duas universidades do EUA.

Com a idade de 65 eu refocalizei meu ministério e me ingressei num programa de gráficos decomputador numa escola técnica local e ganhei um certificado em Photoshop e Web Design. Istome levou ao desenvolvimento de um website, www.linkupafrica.com, que tem o alvo de desafiar aigreja Africana e a comunidade Cristã mundial com a necessidade de alcançar os povos com oevangelho.

Eu tenho retornado à África cinco vezes durante os últimos cinco anos para completar umapesquisa sobre os povos Islâmicos cuja terra toca na costa do continente. Esta matéria tem sidocolocada no www.linkupafrica.com. Tem sido uma viagem maravilhosa, e desse contexto eu com-partilho a seguinte matéria.

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SABEDORIA DA EXPERIÊNCIAO apóstolo Paulo foi ensinado pela palavra escrita, pela revelação do Espírito, e pelas experiênciasque ele encontrou no seu caminhar diário com Cristo e ministrando às pessoas no ministério. Eleera um veterano experiente e cheio de conselho sábio. Ele reconhecia o poder do exemplo, encora-jando os crentes a padronizar suas vidas sobre o modelo da sua vida.

Um modelo é definido como “um padrão ou exemplo para imitar ou comparar.” A marca doministério de Paulo é refletida na sua exortação, “sede meus imitadores, como também eu sou deCristo” (1 Coríntios 11.1). Ele era intencional sobre dar um bom exemplo, declarando, “Nósassim fizemos... para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes” (2 Tessalonissenses3.9). Eu, também quero oferecer meus pensamentos e experiências como modelo do qual vocêpode catar discerni mentos valiosas para cumprir o propósito de Deus na sua vida.

PEREGRINAÇÃOA minha peregrinagem aos povos começou há 37 anos quando o conceito de povos foi-me apre-sentado durante os estudos de pós-graduação no Fuller eological Seminary. Eu tinha umbacharel em missões, pastoreei por quatro anos e servir no ministério transcultural por 13 anos,mas meus estudos em Fuller foram a minha primeira experiência com povos como uma verdadebíblica enxertada na Grande Comissão. Ter povos como alvos tinha sido uma área desconhecidano meu entendimento de missões.

Reconhecer o fato que povos é o ponto focal da Grande Comissão encaixou vários assuntos missi-ológicos, aumentou minha paixão para trazer as almas perdidas ao Reino, e causou-me a reajustara ênfase do meu ministério transcultural.

Retornando à África, comecei a ver os países como grupos multilinguisticos em vez de um povocom uma nacionalidade. O Senhor abriu a porta para o ministério a um povo principal Islâmico,e eu aprendi a língua e experimentei com várias abrangências missiológicas. Como resultado, umaigreja foi estabelecida e três congregações inauguradas.

Mais tarde, num período de 12 anos, eu fiz uma pesquisa na biblioteca e no campo sobre 36povos e procurei comunicar sua necessidade espiritual à constituinte da minha igreja. Tem sidouma experiência desafiadora e satisfatória.

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MOTIVADOPELAS ESCRITURASCumprir a Grande Comissão ao focar em povoscapturou minha atenção como eu claramentetenho visto ensinada na Bíblia. Eu não fui con-vencido por famosos líderes de missões, novo dis-cernimentos missiológicos ou pela pressão deuma nova tendência em missões. A única expli-cação é que o Espírito Santo abriu o meu en-tendimento, foi como se a luz se acendesse naminha alma. A verdade bíblica me motivou e meimpulsionou fortemente em direção à partici-pação em alcançar povos não alcançados.

Ser a luz, um mensageiro, aos povos do mundo éum tema predominante nas Escrituras. Por quasequatro décadas, eu tenho traçado o tema sobre

“povos” de Gênesis a Apocalipse. Eu creio que as Escrituras são óbvios adequadas para servir comoo princípio para nos guiar no nosso foco em povos. É simples e transparente. Quando os crentesreconhecem a verdade das Escrituras, eles são motivados a examinar seu entendimento conformeobediência à Grande Comissão. Três apresentações bíblicas têm formado a maneira que eu me es-forço para cumprir a Grande Comissão.

O FOCO DA GRANDE COMISSÃOO mandamento de Jesus, que a igreja mundial tem denominado como a Grande Comissão, é ar-ticulado por cada escritor do evangelho e repetido por Lucas no livro de Atos (Mateus 28.19-20,Marcos 16.15, Lucas 24.46-47, João 20.21, Atos 1.8).

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Mateus 28.19 claramente identifica os povos como o foco da Grande Comissão: “Então ide efazei discípulos de todas as nações.” Sendo que Mateus foi escrito originalmente no grego, aspalavras “todas as nações” são traduzidas do grego “panta ta ethne” que significa “todas as nações”.A pergunta é, “A quem Jesus estava se referindo quando ele falou de ‘nações’?”

A resposta se encontra em Atos 2. Depois da vinda do Espírito Santo como prometido, Lucas de-clara: “Em Jerusalém estavam habitando Judeus, homens religiosos, de todas as nações (pantosethnous) que estão debaixo do céu” (Atos 2.5). Lucas usa o singular “ethnous” para o plural“ethne” usado em Mateus 28.19. Depois ele dá uma lista de nações nos versículos 9-11. Qual é osinal característico em comum que identifica estas 15 nações?

Fronteiras geográficas não as diferenciaram como nações porque várias eram da mesma localidade.Sistemas políticos não determinaram seu status como nações, pois todos eram subjugados ao Im-pério Romano. Então qual era a indicação que as marcou como nações individuais? O sinal carac-terístico primário era que eles falavam a sua própria língua.

Note a ênfase em língua nos seguintes versos: “Cada um os ouvia falar na sua própria língua...como é que os ouvimos cada um na nossa própria língua nativa... todos os temos ouvido em nos-sas próprias línguas falar das grandezas de Deus!” (Atos 2.6, 8, 11). “Sua própria língua, língua na-tiva, e em nossas próprias línguas” é a característica principal que define a palavra “nação”.

Quando interpreta “nação” em Atos 2.5, é importante considerar o contexto, que é enraizado noverso 4: “Todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conformeo Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Desta experiência, fluem os versos 5-12. Certa-mente, o assunto é língua. Transfere esta compreensão de nação para Mateus 28.19 e é claro queJesus realmente estava dizendo, “Ide e fazei discípulos de todos os grupos de línguas (povos)”.

O nosso entendimento de nação (ethnous, ethne) é aumentado por ligar três termos adicionaisem Apocalipse 7.9: "De cada nação, tribo, povo e língua". Assim, a igreja tem aceitado o termo"Povos" para descrever o ponto focal da Grande Comissão.

A definição bíblia é tão simples, mas tão facilmente despercebido especialmente dentro do con-texto do seu próprio país. Mover milhões de crentes em direção a participação ativa de avançar oReino de Deus entre os povos não alcançados pode ser realizado somente ao mostrar-lhes a ver-dade na Palavra de Deus.

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Os crentes confiam na sua Bíblia, e se eles conseguem ver algo revelado na Palavra de Deus, elesserão motivados à ação. Eles aceitarão a verdade e responderão a ela de dentro do contexto das suaspróprias circunstancias e cultura. O resultado será o estabelecimento de igrejas entre os não al-cançados.

POVOS NÃO ALCANÇADOS: TEOLOGIA DEPROXIMIDADEUma perspectiva de geração, geográfica e relacional da Grande Comissão

A palavra “proximidade” tem o pensamento de estar perto de um lugar específico, um tempo es-pecífico ou um certo relacionamento. A teologia de proximidade observa a Grande Comissãoatravés de lentes de ponto de vista de geração, geográfica e relacional para adquirir uma nova per-spectiva em fornecer um testemunho adequado a todos os povos.

Proximidade Conforme Geração Os mandamentos de Cristo foram dados e a resposta esperada foi somente daqueles que tinham oprivilégio de participar do Seu ministério? Ou eles se aplicam aos crentes de todas as eras? Os Re-formadores Protestantes liderados por Martinho Lutero foram lentos ao começar um programa demissões. Talvez o fator principal de contribuição tenha sido sua teologia. Os Reformadores ensi-naram que a Grande Comissão pertencia somente aos apóstolos originais. Os apóstolos cumpri-ram a Grande Comissão ao levar o evangelho para o mundo conhecido daquela época; então, aigreja nas eras seguintes não tinha nem a autoridade nem a responsabilidade de se envolver ativa-mente na tarefa de proclamar o evangelho a todas as pessoas.

E quanto a nossa geração? Nós temos responsabilidade para com o mandamento de Cristo de ir efazer discípulos de todas as nações? Hoje muitas das nações consideradas não alcançadas rece-beram o evangelho através do ministério do apóstolo Paulo. Paulo declarou em Romanos 15.19:“De modo que desde Jerusalém e arredores, até o Ilírico, tenho pregado o evangelho de Cristo”. OIlírico inclui o atual Jordão, a Síria e a Turquia. Como resultado do ministério de Paulo, hojecrentes de todas aquelas áreas estão adorando ao redor do trono de Deus no céu. A igreja do século21 tem obrigação de fazer com que os discípulos contemporâneos vejam o objetivo de Deus real-izado e Seu mandamento cumprido?

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O Norte da África é habitado principalmente por Árabes Muçulmanos, mas isso não foi sempre ocaso. O território foi uma vez dominado pelos Berberes, um povo não Árabe que antigamenteeram principalmente Cristão. Começando no sétimo século, o Islamismo gradativamente trans-formou a sociedade na medida em que as invasões

Árabes lentamente substituíram os Berberes. Até o século 15, os Berberes abraçaram o Islamismo.Já que Crentes Berberes de séculos passados estarão no céu, é necessário para os crentes de hoje searriscarem, talvez até entregarem as suas próprias vidas, para alcançar os Berberes atuais e cumprir aGrande Comissão?

A resposta é incontestável! Por quê? Porque é enxertada dentro da própria Grande Comissão: “Atéo fim do século” (Mateus 28.20). A nossa geração tem um mandamento a obedecer, uma obri-gação a cumprir. Até o arrebatamento da Igreja, cada geração precisa analisar a necessidade dospovos não alcançados, desenvolver uma estratégia e avançar no poder do Espírito Santo para com-pletar a Grande Comissão.

Proximidade Geográfica Muitas missões hoje definem povos não alcançados simplesmente como entrar numa outra cul-tura. A distância entre duas culturas é medida por diferenças culturais em vez de por quilômetros.Missiólogos geralmente consideram que um povo é alcançado quando uma igreja autóctone surgecom pessoal e recursos suficiente para proclamar o evangelho ao restante do seu povo que vive porperto. Uma vez que isso tem sido realizado, a igreja missionária que envia pode se retirar e focalizarem outro povo não alcançado.

Mas as Escrituras deixam claro que a geografia também cumpre um papel no cumprimento daGrande Comissão. O mandamento de Jesus em Marcos 16.15 “Ide por todo o mundo” certa-mente enfatiza a geografia. Todo mundo em todos os lugares deve ouvir as boas novas. Por exem-plo, o povo Afar do Leste da África é Islâmico, mas vários deles têm se tornado Cristãos. A maioriados crentes Afar reside principalmente na Etiópia. E os Afares da Eritréia e do Djibouti? E a diás-pora Afar espalhada ao redor do mundo?

Uma grande oportunidade de estabelecer igrejas entre os imigrantes de vários povos não alcança-dos é apresentada aos crentes em Quênia. Atualmente, muitas pessoas da Somália, que são princi-palmente Islâmicas, vivem em Nairobe, a capital do Quênia. O governo da Somália não permite a

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expressão aberta da fé Cristã, mas os crentes em Quênia nãotêm nenhuma restrição sobre evangelismo. Imagina se cen-tenas de Somáles no Quênia aceitassem a Cristo, e muitasigrejas fortes fossem estabelecidas dentro das suas comu-nidades. Nós poderíamos então dizer que os Somáles agorasão um povo alcançado? E quanto ao país da Somália e asgrandes comunidades Somáles na Etiópia e Djibouti? Equanto à diáspora mundial da Somália?

Os líderes de uma igreja nacional na Nigéria pesquisaramrecentemente cerca de 70 povos dentro do seu país. Sua or-ganização não tem nenhuma igreja entre eles, embora al-guns destes povos tenham acesso a outras igrejasProtestantes. Os pesquisadores perguntam os representantesdaquelas igrejas Protestantes: "Quantas novas igrejas vocêstêm implantado entre este grupos nos últimos dois anos, equantas pessoas têm formado um relacionamento pessoalcom Cristo nos últimos meses?" Se as igrejas viam somente

sucesso limitado ou nenhum sucesso, elas consideravam o povo como não alcançado. Elas lev-avam a sua pesquisa para cada cidade, aldeia e povoado entre os grupos alvos. Em lugares ondenenhum avanço do evangelho estava evidente e nenhum testemunho adequado era dado, elesconsideravam o grupo não alcançado e precisando de evangelismo transcultural agressivo.

Claramente, um povo pode ser considerado alcançado em uma área, mas não alcançado em out-ros lugares. Por isso, precisamos considerar a proximidade geográfica e acrescentá-la à nossa estraté-gia de missões. Os povos não alcançados são alcançados quando uma forte igreja autóctone seenvolve com pessoas em cada país, cidade, vilarejo e aldeia onde eles estão localizados.

Proximidade RelacionalPassagens em Mateus e Marcos declaram que a primeira ação da Grande Comissão é “ide”. Unssinônimos para “ide” são “deixar, viajar, partir e sair”. A ênfase está em estabelecer contato pessoalcom um povo específico. É bom ler livros sobre um povo específico, recolher informação e estatís-ticas do Joshua Project, e passar um bom tempo intercedendo pelas pessoas. Porém, o enfoqueprincipal do mandamento de Jesus é manter contato e se ligar com o povo.

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Enquanto eu estava realizando uma pesquisa na África entre alguns povos Islâmicos da costa, umdiretor de missões de uma igreja nacional me acompanhou por duas semanas. Nós dois ficamosprofundamente tocados pela ausência de qualquer testemunho do evangelho entre vários grupos.Manter contato com os habitantes das aldeias, visitar suas casas, escolas, clínicas e mesquitas, ecomer com eles nos seus restaurantes locais forneceram uma base para uma amizade. Nós con-struímos pontes relacionais para a apresentação futura do evangelho. O diretor de missões disse,“Eu tenho viajado na estrada principal por toda essa área em vários momentos, mas desta vez euconheci as pessoas”.

Em 1995 eu estava morando em Malaui. Naquela época, minha esposa e eu desfrutamos de seteanos de ministério frutífero ali. Então eu viajei para a Eritréia para realizar uma pesquisa entre opovo Beja. Dois colegas e dois líderes da igreja na Eritréia viajaram comigo à procura dos Bejas queestavam morando próximo à fronteira com Sudão. Nós os localizamos, e o comissário nosmostrou a área por seis horas. Brevemente conhecemos os vários chefes Bejas, visitamos uma feira“somente para homens”, atravessamos a aldeia Beja andando e fazendo muitas perguntas. Foi meuprimeiro contato com os Bejas e meu espírito se ligou com eles e sua falta de qualquer apresen-tação aberta do evangelho.

Ao retornar a Malaui, meu coração sentiu um peso para os Bejas. Eu acordei de noite me lem-brando dos chefes Bejas e da necessidade espiritual desesperadora do povo. Depois de uma sem-ana, eu compartilhei com minha esposa minha preocupação crescente por esse povo nãoalcançado. Juntos, nós decidimos deixar Malaui e nos mudar para a Eritréia para trabalhar entre osBejas. A proximidade relacional nos moveu a agir. Um contato tinha sido feito, nossos corações eespíritos se ligaram com a necessidade, e nós tivemos o privilégio de avançar o Reino poderosa-mente entre os Bejas.

Um Componente Principal A teologia de proximidade é uma chave principal no desenvolvimento de uma estratégia quanto àGrande Comissão. Todos os povos precisam ser alcançados com o evangelho; novos crentes pre-cisam ser discipulados e igrejas implantadas. O desejo de Jesus é que cada povo receba um teste-munho adequado da salvação através da sua obra de expiação na cruz. Que nossa geraçãoresponda com entusiasmo, entre em contato com povos em qualquer lugar que forem localizados,e construa uma ligação relacional através da qual Jesus pode ser apresentado como seu Salvador.

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O CAMINHO PARA CRER “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” Mateus 16.16

Recentemente um universitário que tinha começado a questionar as contradições da sua fé Is-lâmica me perguntou: “Como um Cristão chega a crer que Jesus é o Filho de Deus?” Esta não éuma pergunta nova ou fora do comum. Cada crente segue o mesmo caminho para chegar à de-claração de que Jesus é o Filho de Deus. Para os discípulos de Jesus, a jornada levou quase três anose os levou a milagres, ensinamentos e iluminação.

Milagres Jesus estava atravessando o mar da Galiléia com os discípulos quando uma tremenda tempestadeveio sobre eles. Parecia que seu barco iria afundar, mas Jesus levantou-se e acalmou a tempestade.Os discípulos ficaram aterrorizados e perguntaram um ao outro, “Quem é este?” (Marcos 4.41).Cada demonstração do poder de Jesus levanta esta pergunta.

Milagres geram um senso de maravilha. As Escrituras relatam outras respostas ao poder tremendode Deus. Em Marcos 5.42, os discípulos ficaram “atônitos” quando Jesus ressuscitou o morto, eem Marcos 6.51, eles ficaram “completamente atônitos” quando Ele andou sobre as águas. Os mi-lagres são sobrenaturais e mostram que Jesus não é um homem comum. Este é o primeiro passono caminho em direção a crer que Ele é o Filho de Deus.

Vários jovens Islâmicos em Malaui aceitaram Jesus como seu Salvador e foram batizados no Es-pírito Santo. Sua igreja na aldeia começou a realizar cultos cada noite. Um dos jovens que tinhaacabado de ser batizado no Espírito começou a impor as mãos sobre os crentes e a orar por eles.Muitos foram batizados no Espírito com a evidência de falar em outras línguas. Este fenômenocapturou a atenção da comunidade Muçulmana, que o identificou como sobrenatural. Mesmoque não resultou em novos convertidos, isso foi um passo em direção do reconhecimento da di-vindade de Cristo.

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EnsinamentoGeralmente leva tempo para os indivíduos enraizados em uma outra religião compreenderem averdade básica do evangelho dada em João 3.16: “Deus amou o mundo de tal maneira que deuSeu Filho Unigênito”. Demonstrações do miraculoso abrem as mentes das pessoas ao ensina-mento e a uma apresentação da verdade teológica. Porém, leva tempo para eles absorverem e rea-justarem aquilo que eles têm sido ensinados por toda a sua vida.

Os discípulos de Jesus tinham sido ensinados uma teologia messiância desde a sua infância que er-gueu expectativas de um governante político que iria estabelecer um reino terrestre. Eles tentaramencaixar Jesus na sua caixa teológica, mas não tinham sucesso em fazê-lo. Eles O observaram real-izando milagres, mas eles não conseguiram compreender o fato que ele era realmente o Messias.

Marcos 6.52 esclarece a luta dos discípulos: “Pois eles não tinham entendido o milagre dos pães. Ocoração deles estava endurecido”. Eles tinham participado de um milagre na medida em que Jesusalimentou os 5.000 e observou-O andar sobre as águas, mas sua teologia bloqueou a revelação deque Jesus é Deus. Então Jesus repetiu o milagre da multiplicar dos pães e peixes ao alimentar os4.000 – e eles ainda não entenderam. Jesus lhes disse, “Ainda não compreendem nem percebem?O coração de vocês está endurecido?” (Marcos 8.17).

Logo antes que Jesus foi levado prisioneiro, Ele explicou mais uma vez que tinha vindo de Deus.Os discípulos exclamaram, “Agora podemos perceber que sabes todas as coisas... por isso cremosque viestes de Deus” (João 16.30). Três anos de milagres junto com três anos de ensinamentotornou os discípulos em crentes. Levou tempo para reformar sua teologia. Leva tempo para al-guém de uma outra fé reformar seu entendimento sobre Cristo também.

Um Muçulmano na Eritréia observou o andamento de um culto numa igreja. Ele ficou na portae observou o povo louvando. O pastor e o evangelista notaram-no e saíram para conhecê-lo. Elesdescobriram que um dos seus braços era deformado e pediram permissão para orar para sua cura.O Muçulmano concordou.

Depois da oração, ele retornou a sua aldeia. No dia seguinte ele levantou e descobriu que seu braçoestava normal. Ele retornou à igreja para mostrar ao pastor. Mas devido à pressão dos seus par-entes, ele nunca voltou à igreja ou colocou a sua fé em Jesus. Os milagres chamam a atenção dapessoa, mas o ensinamento produz um crente.

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IluminaçãoUm indivíduo pode crer que Jesus é o Filho de Deus e, mesmo assim, não compreender comple-tamente as Escrituras. Às vezes uma verdade é ensinada, mas entra num ouvido e sai pelo o outro.Por exemplo, Jesus claramente declarou inúmeras ocasiões que Ele iria morrer, mas seria ressurretono terceiro dia. Porém, quando isso aconteceu, a resposta dos Seus discípulos não deu indicação deque eles lembrassem do Seu ensinamento quanto ao assunto. Por quê?

Mais do que crer é necessário compreender uma verdade ao ponto que ela motive a pessoa a agir.Conseguir uma compreensão completa de quem é Jesus Cristo e Seu propósito no mundo hojerequer a iluminação do Espírito Santo. Lucas relata que logo antes da ascensão de Jesus, “Entãolhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras” (Lucas 24.45).

Um Muçulmano no Malaui estava morrendo. Eu entrei na sua cabana, ajoelhei-me ao lado da suaesteira e compartilhei com ele uma breve apresentação do evangelho. “Velhinho, você gostaria deaceitar Jesus como seu Salvador”, eu perguntei.

Ele esperou um minuto e respondeu, “Se Jesus pode me ajudar, eu preciso da sua ajuda”.

Foi meu privilégio levá-lo a orar a oração do pecador. Então eu expliquei que Jesus também podiacurar o seu corpo, e juntos nós pedimos um milagre.

No dia seguinte eu retornei à sua aldeia e descobri o velho sentado debaixo de um pé de manga.Deus tinha graciosamente tocado seu corpo. Cada dia eu visitei sua aldeia por quase uma semanaenquanto busquei discipulá-lo.

Um dia eu lhe perguntei, “Você tem orado a Jesus hoje?”

Com brilho nos seus olhos, ele respondeu, “Alá é meu Deus, Jesus é meu Salvador e eu oro aMaomé”. Ele estava no caminho certo, mas precisaria da iluminação do Espírito Santo para refor-mar sua teologia e ajudá-lo a compreender o evangelho e a andar na verdade bíblica.

De uma perspectiva humana trazer descrentes com sua teologia distorcida de Jesus ao ponto de féem Cristo parece impossível. Porém, as palavras de Jesus em Marcos 10.27 nos lembram: “Para ohomem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus”.

Para que uma pessoa se torne um verdadeiro seguidor do Senhor Jesus Cristo, é preciso que eleande pelo caminho da fé que passa por milagres, ensinamento e iluminação.

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A EMOÇÃO DEPESQUISA NO CAMPOÉ uma aventura empolgante e cheia de emoçãoque eu valorizo quando visito um povo não al-cançado com o propósito de colher informação eedificar uma ponte relacional. Cada situação édiferente, mas aquele que participa dela pode par-tir sabendo que o Senhor tem lhe dado a oportu-nidade de observar uma necessidade e fazer algopor ela.

Jesus disse, “Abram os olhos e vejam os campos!Eles estão maduros para a colheita” (João 4.35).Ele estava se referindo aos campos de lindas pes-soas que precisam ser levadas ao Reino. Atrás dos

perfis e estatísticas antropológicos estão pessoas feitas na imagem de Deus.

Fotos e encontros pessoais de interações com povos ajudam a pessoalizar os dados. Mas para real-mente conhecê-los, uma pessoa precisa realmente visitá-los, conhecer suas famílias, experimentarsua hospitalidade, passear por suas comunidades e estabelecer um elo de comunicações. Ir, tocar ecomunicar irá pessoalizar o perfil e o gráfico estatístico de um povo e permitirá um relance delescomo seres humanos comuns.

NÃO ALCANÇADOSPovos são não alcançados até que uma forte igreja reprodutora emerge de dentro do seu grupo lin-guístico. O tom da Grande Comissão claramente estabelece a formação de uma igreja dentro decada povo como seu objetivo principal. “Façam discípulos... batizando-os... ensinando-os a obede-cer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mateus 28.19-20) e “Serão minhas testemunhas... aos confins

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da terra” (Atos 1.8) parecem como o ministério de uma igreja. A meu ver reuniões, ministério,evangelismo de amigo, cantar histórias, projetos completos, estudos bíblicos e comunhão que sãoum fim em si não cumprem o objetivo de Jesus. No sentido bíblico, cumprir a Grande Comissãoe discipular as nações (povos) só pode ser medido pela existência de igrejas indígenas que se auto-governam, auto-sustentam, e auto-propagam com números adequados e recursos para evangelizaro restante do povo.

ALCANÇARSe grupos linguísticos é o foco da Grande Comissão e aqueles grupos são não alcançados até queeles tenham suas próprias igrejas autóctones, como uma pessoa prossegue para alcançá-los? O di-cionário dá uma resposta muito clara e simples. A palavra “alcançar” significa “chegar, ter sucessoem tocar ou agarrar, estabelecer comunicações”. Esta definição pode ser resumida em três palavras:ir, tocar e comunicar. A palavra “alcançar” implica implementação dessas três ações.

Quando mantenho contato com um povo, eu tento reservar um dia para uma visita urbanaem(e?) um outro dia para um passeio a uma aldeia rural. Uma visita de três a cinco horas é ideal.Envolve primeiramente contatar o chefe ou o líder político para obter permissão para se moverlivremente entre o povo e tirar algumas fotos, seguido por beber chá em um dos seus restaurantes,entrevistando um ancião acerca da história do povo, e realizar um passeio com um guia local dasescolas, clínica, centros religiosos, negócios, e, se possível, um lar. Se as acomodações foremdisponíveis, passar a noite numa comunidade trará muita iluminação.

Eu tenho desenvolvido umas poucas técnicas básicas que funcionam bem em qualquer cena.Primeiro, eu sempre saio do veículo e perambulo entre o povo. Alguns pesquisadores abaixam asjanelas de seu veículo uns poucos centímetros e gritam, esperando que as pessoas locais se aprox-imem deles. Mas sair do veículo mostra abertura para com os residentes e instantaneamente se ini-cia um processo de ligação com eles.

É importante estabelecer imediatamente uma razão para sua visita. A minha meta de se aproximarao líder comunitário envolve falar algo como: ”Eu tenho lido sobre seu povo nos livros, mas hojeeu vim para ver seus rostos – para realmente os conhecer”. Depois eu geralmente pergunto sobre afamília do líder. Frequentemente ele me chama e me apresenta a sua esposa ou esposas e filhos.Nesse momento, eu relato sobre a minha família e apresento fotos que são apresentadas para todos

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verem. Depois desse tipo de calorosa introdução direcionada ao povo, eu peço para alguém melevar a um passeio e para eu ter o privilégio de conversar com as pessoas e tirar umas fotos. Sempretem sido dada permissão e alguém é enviado para me acompanhar.

A regra é DESFRUTA DO POVO! Dê tempo para receber sua hospitalidade, comer sua comida,responder as suas perguntas, brincar com seus filhos, escutar suas histórias, identificar-se com suasnecessidades, e genuinamente mostrar prazer em fazer novos amigos. Conhecê-los como seres hu-manos; abaixa todas as barreiras ou preconceitos prévios; abre seu coração a eles e eles irão abrirseus corações para você. A pesquisa produtiva tem ocorrido quando você acabar o encontro tendoedificado uma ponte relacional.

Acesso à comunidade é ganho por ser flexível e aberto ao desesperado. Confia no Senhor para ex-periências serendipitous (surpreendentes)– descobrir coisas que não estavam na sua pauta. Cadacena é diferente e cada grupo tem sua própria personalidade. Isso requer disponibilidade de fluircom o vem e vai de cada visita.

Eu tento me aproximar do povo como um aprendiz e espero ser ensinado por ele. Dá prazer aopovo ministrar às necessidades de um visitante levando-o ao chefe, ensinando-o como jogar umjogo local, ou dar direções para o próximo povoado ou aldeia. Um grande exemplo disso ocorreuno meu primeiro contato com os Rashaidas.

Uma viagem ao campo com 20 alunos Tigrinhas me forneceu esta experiência. No caminho auma aldeia Rashaida, nosso ônibus atolou na areia. Nós cavamos e o empurramos, e uma hora de-pois o veículo estava de volta em terra firme. Até este momento nossa água tinha acabado e nós es-távamos exaustos. Um comerciante Rashaida se aproximou na sua pickup, parou e reconheceunossa necessidade. Ele nos ofereceu água e uma visita à sua aldeia. Nove alunos subiram na carro-ceria da sua pickup e foram levados para conhecer suas quatro esposas. O restante de nós foi aoquintal de uma família por perto e bebemos chá com eles. Foi uma demonstração cheia de sentidoa abertura dos Rashaidas para com os estranhos.

Eu nunca dou um testemunho Cristão abertamente na minha primeira visita, eu nunca estou nadefensiva sobre minha fé ou meu país. Eu nunca reajo com choque pelo o que eu observo ou peloque é compartilhado comigo e eu sempre descubro algo sobre o que os elogiar. Eu me esforço paraser curioso e procurar mais detalhes com mais perguntas. É de se maravilhar quanta informaçãoque as pessoas compartilham comigo quando eu mostro um interesse genuíno.

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MAXIMIZANDO A PESQUISA NO CAMPOUma equipe de três funciona melhor na maioria das cenas. É ideal que a equipe consista de umpesquisador, de um representante da igreja nacional e de um obreiro local. É útil se os membros daequipe possuem um papel de liderança significante na igreja nacional. Eu sempre recuso a realizarpesquisa no campo sozinho porque assim eu sou o único que vê, sente e desenvolve uma ligaçãorelacional.

DOIS DIAS RESERVADOS PARA CADA POVO Este quadro de tempo é adequado para uma visita preliminar em loco e dar uma oportunidadepara uma visita urbana e rural e para pernoitar na área.

OPORTUNIDADES EXCELENTES DE TREINAMENTO

Viajar oferece bastante tempo para discutir assuntos teológicos e culturais com membros da equipede pesquisa. Eles observam como você, como pesquisador, desenvolve a colheita de informação e serelaciona com o povo. Eles vêem e sentem sua paixão por alcançar povos não alcançados.

Um missionário iniciante acompanhou um irmão nacional e eu por uma semana de pesquisa.Quando alguém mais tarde lhe perguntou o que ele gostou mais sobre a viagem, ele respondeu,“Observar esses irmãos se comportar nas aldeias Muçulmanas”. Ele aprendeu o que não pode serensinado numa sala de aula.

Um pastor Africano estava viajando comigo para visitar uma aldeia onde moravam pessoas Ormae Somále. Nós fomos recebidos graciosamente e passamos talvez uma hora com cada grupo.Naquela noite num centro de comércio próximo onde encontramos acomodações, eu pergunteiao pastor, “Se você fosse começar uma nova igreja neste centro de comércio, como vocêcomeçaria”.

Ele respondeu, “Eu realizaria drama numa tentativa de atrair os jovens”. Quando eu perguntei quelíngua ele usaria, ele respondeu-me, “A língua nacional”.

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“Você iria de alguma forma tentar alcançar o povo Orma e Somále que acabamos de visitar?” euperguntei. Ele parecia perplexo e encolheu os ombros, demonstrando indiferença.

No dia seguinte retornamos à casa do pastor Africano – uma cidade costeira com uma indústriaturista florescente. Ele explicou para mim que as pessoas na sua congregação eram principalmentedas áreas do interior e trabalhavam nas grandes pousadas turísticas. Um povo, os Massai, numer-ava quase 300 na sua comunidade. Os Massais são famosos por serem guerreiros ferozes, assim elesservem como guardas nos hotéis da praia. Ele compartilhou como nos anos anteriores mais de100 Massais tinham se tornados crentes, com 25 deles frequentando a sua igreja.

Nós caminhamos para o local da igreja e encontramos 22 homens Massais e uma mulher re-unidos para um culto de louvor da tarde. Já que eles são empregados como guardas noturnos, elesestão livres naquela hora do dia. Logo eles começaram a cantar na sua própria língua, pulando noverdadeiro jeito Massai. Que é sua maneira de expressar seu amor pelo Senhor da sua forma cul-tural. Eu olhei para o pastor e disse, “É isso que o Senhor deseja para os Ormas e os Somáles”. Acomparação falou bastante alto para ele, e ele começou a compreender uma verdade que irá trans-formar o seu ministério. Os povos estavam sendo focados.

PROCURANDO POR UM CORNÉLIO Um “Cornélio” é uma pessoa que o Senhor tem preparado para cruzar seu caminho. Ele assim fez para Pedro em Atos 10 e Ele também fará por você. Às vezes é uma pessoa que é muito abertaao mundo de fora, às vezes é um indivíduo que é frustrado com sua própria religião. Uma vez,quando eu estive reunindo com um chefe e vários anciãos da aldeia, um ancião ficou em pé e declarou enfaticamente, “O Islamismo tem nos falhado!” Eu o reconheci como um Cornélio em potencial.

Antes da minha partida de um país onde eu tenho realizado pesquisa, eu sempre tento dar um relato oral à igreja nacional. Uma das reuniões mais marcantes foi uma reunião de Massai emQuênia.

Eu fui convidado a endereçar um grupo de homens Massais que tinha se reunido para cultuar nasua própria língua. Vestidos na roupa cultural, eles se juntaram em dança e música tradicional –uma expressão vibrante de louvor ao Senhor.

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Os Massais são vaqueiros nômades. Quando eles descobriram que eu tinha sido criado numafazenda nos Estados Unidos e tinha andado de cavalo e tocava o gado, uma ligação imediata foi es-tabelecida. Eu compartilhei com eles sobre meu amigo Massai que era um pastor e como ele tinhame levado a uma aldeia Makonde para uma visita. No caminho ele mencionou que os Makondessão notáveis por degustar sopa de rato e que eu deveria estar preparado para comer com eles.

Ele disse que quando visitou os Makondes pela primeira vez, eles lhe ofereceram sopa de rato.Como um Massai que tinha comido somente carne de boi, ovelha ou bode, ele recusou sua hospi-talidade. No retorno à sua casa, o Senhor lhe falou, dizendo: “Este é meu povo feito na minha im-agem. Eu espero que você os ame como eu os amo”. No seu coração, o pastor disse, “A próximavez que eu visitar os Makondes eu vou comer junto com eles.

Quase um mês depois, o pastor retornou a aldeia Makonde para ministrar e lhe foi servido umaporção generosa de sopa de rato. Tudo dentro dele que era Massai se revoltou contra isso, maisnaquele dia ele abafou a sua cultura Massai e compartilhou com eles enquanto tomava a sopa.

O grupo de homens Massais para o qual eu estava falando, entendeu. Eles sentiram o impacto deum irmão Massai se comprometer a espalhar as boas novas do evangelho. Então eu disse, “Ontemnós estávamos numa aldeia Somále entre vaqueiros tais como vocês. Vocês são aqueles que podemmelhor apresentar o evangelho para eles”. Eles começaram a gritar e a aplaudir em acordo. “Napróxima semana eu vou visitar os Somáles no país Djibouti“, eu continuei. “Vocês vão levar oevangelho aos Somáles Djiboutis?” Eles ficaram de pé aplaudindo, gritando e declarando o seu desejo de ir.

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A VOZ DOPOVO

DEUS USA INFORMAÇÃODepois de uma viagem de pesquisa, eu escrevoum relato de resumo para a igreja nacional e a lid-erança de missões. Eu compartilho observações ereflexões, mas eu deixo o desenvolvimento de es-tratégia para aqueles que vão precisar implemen-tar um ministério ao povo. Eu também preparobreves vinhetas e fotos para postar num websitepara as igrejas nacionais da região e para apresen-tações de vídeo com ênfase em intercessão. Deususa a informação para guiar os crentes aos povos.

APRESENTAÇÃO EMOCIONALFaça isso de todo o seu coração! Compartilhe a informação com crentes acerca dos povos não al-cançados do contexto da sua visita pessoal. Seu relato à primeira mão de experiência em loco abriuseus olhos para as necessidades e a condição espiritual perdida de pessoas preciosas. Você tem algoa mais que simples informação para comunicar – você sentiu sua necessidade. Fala com autori-dade; vocaliza a necessidade com emoção.

A rainha de Sabá em 1 Reis 10 é um exemplo clássico desta dinâmica. Primeiramente ela ouviufalar sobre a fama de Salomão e seu relacionamento com o Senhor. Então, ela viajou a Jerusalém eviu suas possessões e aqueles que o serviam. Extasiada, ela reconheceu que o que ela tinha ouvidoera verdade. “Mais eu não acreditava no que diziam, até ver com os meus próprios olhos” (1 Reis10.7).

Apresentações emocionais dos povos são geradas por primeiramente interagir pessoalmente comas pessoas.

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RECRUTANDO MENSAGEIROSApresentações pessoais aos indivíduos interessados, pequenos grupos ou congregações locais recru-tam mais mensageiros do que qualquer outra meta. A minha chamada para servir na África surgiudepois de uma apresentação de uma palestrante numa igreja local e numa visita no lar. O seuolhar, a urgência da sua voz e a sua confiança em mim como um obreiro potencial foi chave paraeu assumir um compromisso com o ministério transcultural.

Num website, “contato” é um indicador chave de navegação, um elo à informação pessoalizada.Ao trabalhar com os não alcançados a resposta de uma pessoa é muito importante, junto comcontato contínuo com indivíduos interessados. Através desse contato, ligações são formadas, umpeso começa a apertar o coração e um mensageiro é recrutado para alcançar um povo não al-cançado.

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O QUE LEVARÁ PARAALCANÇÁ-LOS?

AMOR PELAS PESSOASAlcançar os povos não alcançados não se trata denegócio; é uma expressão do coração. Um com-promisso de coração fornece a determinação pararealizar o que for necessário para apresentar Jesus,o Salvador, a eles. “Ame seu próximo como a simesmo” (Marcos 12.31) requer amá-los comtodo o seu coração.

O apóstolo Paulo articulou bem este conceito nassuas palavras aos crentes em Filipos, “Os tenho

em meu coração... tenho saudade de todos vocês, com a profunda afeição de Jesus Cristo” (Fil-ipenses 1.7-8). Preocupação para a alma precisa fazer parte de um amor pelo povo.

CRIATIVIDADEMuitos dos povos de hoje em dia têm se mostrado resistentes ao evangelho e não reagem àsmetodologias existentes. Frequentemente é preciso uma nova abordagem. A criatividade queemerge de uma pesquisa completa na biblioteca e no campo, passar tempo com as pessoas, buscarliderança das Escrituras e pedir ao Espírito Santo um sentido de direção irão refletir maturidade eresultar em idéias que funcionam.

Um colega e eu, ambos da terceira idade, estávamos discutindo o assunto de criatividade no min-istério. Nós fizemos a pergunta, “até quando continuaremos a ser criativos”? Nossa conclusão foi,“Enquanto estivermos dispostos a aceitar a mudança”. Que Deus nos dê um coração como o do

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rei Davi, como expresso por Paulo: “Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meucoração, ele fará tudo que for da minha vontade” (Atos 13.22).

FRACASSOAlcançar os povos não alcançados é umpasso de fé. Nós identificamos a necessi-dade, projetamos um plano e nos es-forçamos para implementá-lo. Raramentefunciona; geralmente requer alguns ajustesou o reconhecimento de que foi uma ten-tativa fracassada. Um fracasso não significaque o alvo não pode ser alcançado. Sim-plesmente significa que você tem tomadoum passo necessário para aprender umalição e estabelecer uma fundadamentomelhor para o próximo esforço.

Ao retornar de uma temporada de serviçode quatro anos na África, eu reconhecique não tinha sido um tempo muito pro-dutivo. Isto foi depois de vinte anos de ministério no campo missionário, do término de estudos depós-graduação em missões, e da auto-identificação com um povo. Eu mencionei isso pra minhafilha, que serve no ministério na Índia. Ela respondeu, “Pai, eu tenho aprendido mais ao observá-lolidar com o fracasso do que qualquer outra coisa que você pudesse ter me ensinado na sala de aula”.Ore intensamente, dê ao povo seu melhor esforço e não tenha medo de errar.

MENSAGEIRO PENTECOSTALUm Pentecostal é aquele que tem sido batizado no Espírito Santo. Esta é uma experiência funda-mental para alguém que está buscando penetrar os povos não alcançados e resistentes. Jesus recon-

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heceu sua importância e disse aos Seus discípulos, “Eu lhes envio a promessa de meu Pai; masfiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto” (Lucas 24.49). Ele acrescentou, “Nãosaem de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai... dentro de poucos dias vocês serãobatizados com o Espírito Santo... receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, eserão minhas testemunhas... até os confins da terra” (Atos 1.4, 5, 8).

A MENSAGEM BÍBLICAO apóstolo Paulo foi muito intencional na sua incumbência a Timóteo: “Pregue a palavra” (2Timóteo 4.2). É verdade que nossas vidas são a única Bíblia que as pessoas irão ler. Porém, umtestemunho silencioso é inadequado para trazer uma pessoa à fé em Jesus Cristo. Precisa haverproclamação, ensinar a verdade das Escrituras. “E como ouvirão, se não houver quem pregue?”(Romanos 10.14).

Entrando no mundo de um povo, ligando-se com seu sistema de valores, desenvolvendo um rela-cionamento próximo, demonstrando o miraculoso e respondendo às suas necessidades é funda-mental. Mas, salvação vem com a verbalização do evangelho. “E como crerão naquele de quemnão ouviram falar?” (Romanos 10.14).

EQUIPE UNIFICADAO rei Salomão disse, “Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (Eclesiastes 4.12).Vidas e ministérios que são interligados são mais fortes e mais propensos ao sucesso do que um es-forço individual. É uma coisa bonita quando alguém do Ocidente, alguém da Ásia, o Americanolatino e um Africano combinam seus recursos para cumprir a promessa de Deus. Quando gruposde missões, igrejas locais e organizações de igrejas nacionais se reúnem e compartilham uma es-tratégia comum para alcançar os povos não alcançados, eles têm um impacto poderoso nas so-ciedades.

Equipes unificadas é uma resposta à oração de Jesus em João 17.23: “Eu neles e Tu em mim – queeles sejam levados à plena unidade. Então o mundo saberá que Tu me enviaste, e os amaste comoigualmente me amaste”.

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TOTAL DEPENDÊNCIA NO ESPÍRITO SANTOOs Judeus do Novo Testamento eram tão resistentes ao evangelho quanto os muitos povos não al-cançados são hoje. Mas somente em vinte anos, a igreja cresceu a milhares de crentes (Atos 21.20).Como isso aconteceu? Dependência total do Espírito Santo.

Eu estou convencido que vai precisar dessa mesma dependência para ver uma igreja autóctone quese reproduza entre os povos não alcançados no mundo de hoje. É bom começar o dia com estaoração: “Senhor, à parte do Seu Espírito Santo, nada de valor duradouro será realizado. EspíritoSanto, opere em mim e através de mim para trazer glória a Deus para cumprir Seu propósito.Amém!”

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A EXPERIÊNCIA:UM GRANDEMESTREA oração do apóstolo Paulo aos Filipenses foi“Que o vosso amor aumente mais e mais empleno conhecimento e toda percepção” (Fil-ipenses 1.9). Conhecimento é adquirido emcenários formais e informais. “Toda percepção” éadquirida através da experiência – a aplicação doconhecimento. As observações aqui são recolhi-das da minha experiência através de pesquisa etrabalho com povos não alcançados.

DONS ESPIRITUAISAvançar o Reino de Deus entre povos não al-

cançados e resistentes requer mais do que talento e habilidade natural. Deus chama e capacita seusmensageiros. Ele tem dado dons de ministério e nos encoraja a buscar os melhores dons. ComoPaulo escreveu, “Procurai com zelo os melhores dons” (1 Coríntios 12.31). Os melhores e maioresdons do Espírito Santo são aqueles que irão nos capacitar a cumprir a chamada de Deus nas nos-sas vidas.

O melhor dom para alguém com a intenção de levar as pessoas à Cristo e estabelecer uma igrejalocal é um ministério de um apóstolo. Paulo escreveu, “Os sinais do meu apostolado foram mani-festados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e milagres” (2 Coríntios 12.12). Tal-entos e habilidades, tais como pregar, ensinar, esporte, teatro, carpintaria, eletrônica, agricultura,mídia, etc.; precisam ser demonstrados no contexto de um apostolado.

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DESPERTANDO O INTERESSEA necessidade espiritual de povos não alcançados é devastadora. Só pode ser endereçada por umesforço coletivo. É grande demais para somente poucos crentes. Como é que alguém consegue al-istar o apoio dos outros? Tornando a informação e não estratégias, disponível a eles. As estratégiasgovernam e precisam ser monitoradas. A informação não ameaça e pode ser usada pelo EspíritoSanto para despertar o interesse de uma pessoa num povo.

SABEDORIA E CORAGEMA sabedoria e a coragem precisam ser ligadas a fim de alcançar os não alcançados. Reivindicamestes versículos.

“Deus deu a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e larga inteligência como a areia queestá na praia do mar” (1 Reis 4.29).

“A minha ardente expectativa e esperança é de em nada ser confundido, mas ter muita coragem...combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho, sem serdes intimidados pelosadversários” (Filipenses 1.20, 27, 28).

PROJETO EM FAMÍLIAO Espírito Santo pode mover o coração de um membro de uma família, talvez o marido ou a es-posa ou um dos filhos. É extremamente importante para toda a família sentir aquele fardo. Levarátempo recolhendo informação sobre os povos, orar juntos, descobrir o que a Bíblia diz sobre o as-sunto, discutir como a família pode se envolver, e esperar até que uma decisão de consenso emergeantes de agir.

O ministério aos povos irá requerer sacrifício. Um preço será pago por lhes apresentar o evangelho.A família está pronta? Sem sombra de dúvida, a família sabe que Deus está lhe chamando paraesta aventura? Frequentemente a chamada de Deus será provada. Os membros da família precis-arão encorajar um ao outro. Juntos eles podem permanecer e orar como rei Davi em Salmo60.12: “Em Deus faremos proezas, e ele pisará os nossos inimigos”.

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PROCESSAR A VISÃOO nascimento de um novo bebê traz grande alegria, mas é preciso passar nove meses da concepçãoao nascimento. O nascimento de uma visão também leva tempo. Neemias foi despertado à neces-sidade de reconstruir os muros de Jerusalém, então ele orou sobre isso por quatro meses, recolheumantimentos, e passou mais quatromeses viajando de Babilônia à Jerusalém.Ele tinha passado vários meses do se-gundo ano em preparação antes que elecomeçasse seu projeto de construção de52 dias.

Quando Deus coloca um peso no seucoração por um povo, uma estratégiacomeça a se emergir, você tem uma deduas escolhas: (1) colocar a visão estratég-ica acima da estrutura existente do min-istério e a implementar por pressãoconstante, ou (2) da base, o nível maisbaixo da estrutura do ministério,começar a empurrar lentamente paracima até que uma estratégia corporal se evolua. Isto geralmente leva quase dois anos, mas vai re-unir os recursos totais disponíveis e, provavelmente, o término do projeto com sucesso.

BASE DE APOIOPessoal: Deus tem escolhido crentes, não os anjos ou aparições de Jesus, como seus apresentadoresprincipais do plano de salvação para os descrentes. Ele ainda usa a meta que ele usava com seus dis-cípulos: “Assim como o Pai me enviou, eu vos envio” (João 20.21).

Oração: Cada mensageiro precisa de uma rede de apoio de oração, uma grande base de oraçãoque oferece orações gerais em prol do mensageiro e um grupo mais íntimo que intercede para asnecessidades específicas do ministério. “Pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filipenses4.6) é fundamental à bênção de Deus.

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Bolsa: Precisa-se de dinheiro para alcançar um povo. Apresente a necessidade com confiança. Out-ros crentes querem investir no avanço do Reino. Dê-lhes a oportunidade. Acerca do apoio dadopela igreja Filipense às suas necessidades, O apóstolo Paulo disse, “Fizestes bem em tomar parte...mandastes não apenas uma vez, mas duas... como cheiro suave como sacrifício agradável eaprazível a Deus” (Filipenses 4.14,16, 18).

BOAS FOTOSTem um ditado que diz, “Uma foto vale mais do que mil palavras”. É especialmente verdade na sociedade visual de hoje que se orienta por imagem. As fotos e os vídeos causam um impactopoderoso nas vidas dos indivíduos. Você só precisa fazer login no Facebook ou no YouTube parareconhecer esta dinâmica.

Você quer comunicar as necessidades de um povo? Você quer tocar os corações de outros crentescom as necessidades espirituais do povo? Tire fotos. Mostra-lhes rostos. Invista numa câmera digital e aprenda como usá-la. Lembre-se, são os rostos das pessoas, não paisagens, que tocam o coração.

ESTRATÉGIA PESSOALIZADA“Um tamanho cabe em todos” não é um bom padrão para um alfaiate, nem é uma boa regra parase desenvolver estratégias funcionais para alcançar os povos não alcançados. É importante paracada organização da igreja nacional e cada congregação entenderem a definição principal de povose, então, localizá-los.

O próximo passo é considerar os recursos disponíveis e como eles podem endereçar melhor as ne-cessidades espirituais e reais do povo na medida em que o Espírito Santo os guiar a desenvolverum plano funcional de ministério. A melhor estratégia é aquela que funciona para você.

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ALVO FINALFocalizar nos povos é a maneira de Deus assegurar que cada indivíduo tenha uma introdução ade-quada a Jesus, o Salvador. É evidente que o alvo final do Senhor é que a sua igreja “pregue o evan-gelho a toda a criatura (individuais)” (Marcos 16.15) e a “todas as nações (povos)” (Mateus 28.19).

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RESPOSTAMADURA

AGRADANDO ADEUSNo fundo do coração de cada crente existe umdesejo básico: agradar a Deus. É prioridadenúmero um amar a Deus, servi-lo e buscar Seusorriso de aprovação sobre nossas vidas e min-istério.

O apóstolo Paulo torna isso transparente em 2Coríntios 5.9: “Pelo que muito desejamos ser-lheagradáveis” e em Colossenses 1.10: “E oramospara que possais andar dignamente diante doSenhor, agradando-lhe em tudo, frutificando emtoda boa obra”.

PENSARAo terminar essa apresentação, eu gostaria de usar as últimas palavras do apóstolo Paulo aos Fil-ipenses como um guia. Em Filipenses 4.8, ele pede aos crentes para “pensar sobre” o que for...

Verdadeiro – a base bíblica para o foco em povos acerca da Grande Comissão

Honesto – dar sua vida para o não alcançado seja pela vida ou pela morte

Justo – determinar que todos tenham uma chance de ouvir o evangelho

Puro – a motivação é para apresentar o não alcançado a Jesus, o Salvador

Boa fama – um crente compartilhar o evangelho com outro ser humano

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Admirável – disposto a sacrificar para que os outros possam receber a vida eterna

Excelente – dar seus melhores anos para avançar o Reino de Deus

Louvável – cada aspecto do ministério para dar glória a Deus

ENTÃO AJAPaulo continua seu tema “quanto ao mais” em Filipenses 4.9, mas ele parte do pensamento para aação. Quanto ao mais...

Aprendestes – verdade que você tem aplicado

Recebestes – abristes a sua mente e seu coração para ensinar

Ouvistes – processastes o material através da grade da sua experiência

Vistes – observastes e capturastes meu coração, atitude e visão

Isso faça – faça algo acerca disso. Não fique sentado sobre a verdade ou aquilo que Deus solicita,mas - AJA! Lidere em vez de esperar por alguém para liderar

ASSUMA UM COMPROMISSOEu me comprometo diante de Deus a participar ativamente em alcançar os povos não alcançados.Eu darei à Sua causa o meu melhor. Com todas as minhas emoções e com toda a minha alma ecom toda a minha inteligência e com toda a minha força eu irei servi-Lo aonde for necessário.

Minha ambição maior é honrar a Deus através dos meus esforços para cumprir a Sua vontade.Com qualquer autoridade que eu tenha, com todos os meus recursos, com as habilidades que eutenho desenvolvido, com a boa saúde que eu desfruto e com todo o meu ser, darei a honra e aglória e o louvor Àquele que é digno, Jesus Cristo, o Senhor!

U M M O D E L O E M P I R I C A L

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ORAÇÃO“Deus tenha compaixão de nós e nos abençoa e faça o Seu rosto resplandecer sobre nós – para quese conheça na terra os Teus caminhos, e em todas as nações a Tua salvação” (Salmo 67.1 e 2).

DEUS ESTEJA CONTIGO!Mais informação em http://pt.linkupafrica.com

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A L C A N Ç A N D O P O V O S N Ã O A L C A N Ç A D O S

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