Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o...

14
ECOS DA ALDEIA Diretor: Mário Garcia - Redação: Gabriela Charrua e Júlio Trindade - Editor: Pedro Lavado - Fotografia: Jorge Fava Aldeia de Santa Isabel Nesta edição: 2017 Nº1 Janeiro Eu tive um sonho… …Estive ontem a falar com a Anabela e fui dar-lhe uma alegria porque conseguia andar, tinha abandonado a cadeira de rodas e até já conseguia correr. Entretanto a Anabela disse-me: - E porque não vais ter com a tua fisioterapeuta para lhe mostrares que já consegues andar? Até porque foi ela que te reabilitou… Assim fiz, fui ao Hospital de Alcoitão: A Maria João Oliveira ficou radiante e nem queria acreditar numa recuperação tão rápida, e no meio desta euforia toda acordei… e percebi que tinha sido um sonho e a desilusão apoderou-se novamente do meu pensamento. Mas uma coisa é certa, todos os dias espero que este sonho se torne realidade. Júlio Trindade Editorial 2 Entrevista do Mês 3 O Sonho 8 O espaço da Capela 10 Passatempos 11 Calendário 14

Transcript of Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o...

Page 1: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

ECOS DA ALDEIA Diretor: Mário Garcia - Redação: Gabriela Charrua e Júlio Trindade - Editor: Pedro Lavado - Fotografia: Jorge Fava

Aldeia de Santa Isabel

Nesta edição:

2017

Nº1 Janeiro

Eu tive um sonho…

…Estive ontem a falar com a Anabela e

fui dar-lhe uma alegria porque conseguia

andar, tinha abandonado a cadeira

de rodas e até já conseguia correr.

Entretanto a Anabela disse-me:

- E porque não vais ter com a tua

fisioterapeuta para lhe mostrares que já

consegues andar?

Até porque foi ela que te reabilitou…

Assim fiz, fui ao Hospital de Alcoitão:

A Maria João Oliveira ficou radiante e

nem queria acreditar numa recuperação

tão rápida, e no meio desta euforia toda

acordei… e percebi que tinha sido um

sonho e a desilusão apoderou-se

novamente do meu pensamento.

Mas uma coisa é certa, todos os dias

espero que este sonho se torne realidade.

Júlio Trindade

Editorial 2

Entrevista do Mês 3

O Sonho 8

O espaço da Capela 10

Passatempos 11

Calendário 14

Page 2: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo

daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que

alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-

mos os sonhos no solo fértil da memória, onde estes

farão a grande diferença na nossa existência. Os

sonhadores mudaram a história da humanidade. Eles

fizeram da derrota, o pódio para a vitória; das críti-

cas, o palco, de onde receberam os aplausos. Os

sonhos não estabelecem o local onde vamos chegar,

mas produzem a força necessária para nos tirar do

lugar em que estamos. Sonhemos com as estrelas para

que possamos pisar pelo menos na Lua. Sonhemos

com a Lua para que possamos pisar os altos montes.

Sonhemos com os altos montes para poder ter digni-

dade, quando atravessarmos os dias das perdas e das

frustrações. Tudo o que um sonho precisa para ser

realizado é que alguém acredite que ele pode ser rea-

lizado. O futuro é daqueles que acreditam na beleza

de seus sonhos. O sonho é a satisfação de que o dese-

jo se realize. Jamais se pode sofrer antecipadamente,

devemos acreditar nos nossos sonhos, nunca desistin-

do de lutar para os alcançar. A vida é generosa para

aqueles que acreditam nela. Se pensar é o destino do

ser humano, continuar sonhando é o seu grande

desafio. E isto, é lógico, implica estabelecer trajetórias

com riscos, em vitórias, com muitas lutas, e não pou-

cos obstáculos pelo caminho. Apesar de tudo, deve-

mos ser ousados libertando a nossa criatividade.

E NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS, pois eles

transformarão a vida numa grande aventura.

Diretor do Lar São João de Deus

José Fernandes

Editorial

Página 2

Sonho dos Residentes do

Lar São João de Deus

Fernanda – Gostava de ter uma perna

nova…

Alda – Voltar a Dançar…

Manuel Balé – Estar cá mais tempo do

que imagino...

Helena – que os meus filhos ganhem o

Euromilhões

António Costa – Voltar a estudar...

Olímpio – Reencontrar algumas pessoas

(sobrinha)…

Coimbra – continuar a levar o ritmo que

levo aqui e que a minha saúde melhore

Manuel Martins – Voltar a minha terra…

Luís Vaz – Voltar a ver o sporting Cam-

peão…

Fernando Duarte – estar ao lado da Tere-

sa Porto no sofá a ouvir musica clássica…

Teresa Porto – ser feliz…

Julieta – Fazer bem ás pessoas…

Alexandrino – voltar a timor…

Maria José – criar uma fundação de apoio

á criança…

Salete – voltar à minha terra e voltar a

ver a família...

Luísa - Voltar a entrar no carro com o

marido e dar uma volta pela Europa…

Mercês – Não tenho ilusões e já concreti-

zei tudo na vida…

Orlanda – ter saúde...

Cidalina – voltar a trabalhar….

Vítor – voltar a Évora…

Almeida – Voltar a trabalhar nas obras…

Emília – Voltar a trabalhar e ter saúde…

Fernanda – Ter saúde e que o filho esteja

bem…

Page 3: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

Entrevista do Mês

Página 3

Gabriela Charrua

Primeiro que tudo quero agradecer a

amabilidade de me receber para respon-

der a algumas perguntas que lhe vou

fazer, começando pelo nome.

Diretor ASI

O meu nome é António Duarte Amaro, sou de Lori-

ga, Vila da Serra da Estrela, vim aos 18 anos para

Lisboa, tendo ingressado, em 2 de Novembro de

1970, como Preceptor de deficientes auditivos, no

Instituto Jacob Rodrigues Pereira da Casa Pia de

Lisboa. Sou Doutorado em Geografia Humana,

casado, com um filho Doutorado em Arqueologia e

Pós Doutorado em Património.

Gabriela Charrua

O curso que tirou, e em que altura

da sua vida?

Diretor ASI

Eu tirei vários cursos: além do Dou-

toramento, duas licenciaturas, um mestrado em

Sociologia e duas pós graduações respetivamente

em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho e Rela-

ções Internacionais, sempre na condição de traba-

lhador-estudante. Como se pode ver sou funcioná-

rio público há quarenta e seis anos. E dividi a minha

vida profissional dos últimos trinta anos entre a

Aldeia de Santa Isabel e a Escola Superior de Saúde

de Alcoitão. Tive a honra de iniciar e dirigir o proje-

to da Aldeia de Santa Isabel durante vinte anos

seguidos. Fui ainda durante dezanove anos diretor

da Escola Superior de Saúde Alcoitão, entre 1997 e

2016, mas durante nove anos (1997-2006) acumu-

lei as funções de director da Aldeia com a direcção

da ESSA. Nesta Escola, fruto do protocolo celebra-

do em Junho/2007, entre a Misericórdia de Lisboa,

e o Instituto Superior de Ciências da Saúde de

Moçambique, coordenei o projecto de lançamento,

naquele País Lusófono de Licenciaturas em Fisiote-

rapia, Terapia Ocupacional, Terapia da Fala e Servi-

ço Social, cursos que não exis-

tiam naquele País irmão e que

continuo a coordenar com muito

orgulho. Tudo isto apoiado pela

Misericórdia de Lisboa que, para

além de tudo aquilo que é sua

missão – proteger as crianças, os idosos, os jovens,

os deficientes, todos aqueles que estão em risco de

exclusão e mais desfavorecidos - também dá novos

mundos ao mundo ao apoiar Moçambique com

estas formações que aquele país lusófono não pos-

suía.

Gabriela Charrua

Depois de tudo isso que o senhor Dr. Amaro nos

expôs que é maravilhoso de certo não haverá

quem tenha tanta coisa para nos comunicar...

Diretor ASI

Quarenta e seis anos de serviço público é muito

“Tive a honra de iniciar

e dirigir o projeto da

Aldeia de Santa Isabel

durante vinte anos

seguidos.”

Page 4: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

ano.

Gabriela Charrua

Por isso eu tinha aqui para lhe perguntar, pensan-

do que teria só um curso se teria feito uma escolha

acertada para o seu futuro.

Diretor ASI

Não sei se fiz a escolha acertada, o que

eu gostava de ter sido era juiz, não deu para isso,

porque quando eu comecei a trabalhar na função

pública com 18 anos, com funções de perceptor de

deficientes auditivos, as formações superiores que

se poderiam enquadrar naquela problemática

eram professor de ensino especial, serviço social e

psicologia. No Instituto Jacob Rodrigues Pereira, da

casa Pia de Lisboa, além de perceptor, fui Coorde-

nador Educativo e Diretor do Colégio de Belém do

Instituto, onde criei oficinas de ensino pré-

profissional. Entretanto, em outubro de 1973

ingressei no serviço militar obrigatório.

Quando se deu o 25 de Abril era militar em Lisboa

no quartel da Graça e fui mobilizado para Moçam-

bique. Daí nasceu a minha paixão por este País

onde voltei várias vezes, em serviço da Santa Casa

da Misericórdia de Lisboa e uma das vezes com o

objetivo de criar uma Aldeia de santa Isabel. Como

vim parar à Aldeia? Estive a trabalhar na Casa Pia

entre novembro de 1970 e outubro de 1986. Entre-

tanto o Provedor da Casa Pia Dr. Damaceno Cam-

pos em meados de 1985 foi designado Provedor da

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Em julho de

1986, chamou-me ao seu gabinete e convidou-me

dizendo: “olha aqui na Misericórdia, em Albarra-

que, temos um orfanato que está bastante degra-

dado, vai lá criar um Centro de Formação, do tipo

dos da Casa Pia”. Oficialmente tomei posse do

lugar de Diretor do então Orfanato Escola Santa

Isabel em 10 de outubro de 1986 e comecei a

desenhar um Centro de Formação Profissional,

tarefa que não se afigurava fácil dado que nos

diversos edifícios do Orfanato viviam funcionários

e algumas famílias.

Gabriela Charrua

Foi bom que não tivesse ido para juiz, foi bom. Por-

tanto sei que esteve como diretor desta aldeia há

alguns anos atrás.

Diretor ASI

De 1986 a 2006, vinte anos seguidos.

Gabriela Charrua

Eu penso que com o progresso no passado, o seu

regresso foi de regozijo para muita gente.

Diretor ASI

Não devemos falar pelos outros, algumas pessoas

terão gostado, outras terão gostado menos, o que

é normal.

Gabriela Charrua:

As pessoas com quem eu falei disseram-me; vem o

Dr. Amaro ainda bem. É com alegria que as pessoas

receberam o Dr. Amaro.

Quando foi nomeado para vir para a Aldeia quando

isto estava abandonado qual foi a sensação peran-

te esta grandiosidade?

Página 4

Page 5: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

Diretor ASI

A sensação foi: mãos à obra, sem temor. Era um

jovem de 30 anos, sem cabelos brancos. Estava

cheio de garra, era já assistente social e sociólogo.

Dediquei-me com alma, coração e vida à tarefa de

implementar o Centro de Formação Profissional,

começando a recrutar e selecionar os monitores

para as áreas de Formação que previamente havia

definido. Mas o trabalho a desenvolver chocava

com múltiplos obstáculos que era preciso ultrapas-

sar. Desde logo criar redes de água, eletricidade

(as existentes eram incipientes e inadequadas) e

de esgotos, dado que estes eram à superfície

desembocando em grandes fossas sépticas, e dan-

do origem ao aparecimento de pragas de ratos e

ratazanas. Esse foi um dos dramas. Foi preciso

encontrar condições financeiras para reabilitar os

edifícios que estavam todos degradados e a cair.

Por outro lado estavam pessoas a viver no seu

interior. Naquele tempo estavam a viver na Aldeia

36 funcionários do antigo orfanato e era preciso

libertar os edifícios para instalar as oficinas. É

curioso assinalar que as 36 pessoas ocupavam

todos os edifícios disponíveis. Por exemplo, no

grande edifício que hoje é o lar de idosos (na altu-

ra não tinha primeiro andar), viviam duas pessoas,

cada uma no extremo do edifício. No edifício ao

lado, que na altura era a enfermaria vivia a Dª.

Manuela com o seu “Dog”, nome de um grande

cão preto. No edifício da atual Carpintaria e Pintu-

ra de Construção Civil viviam também pessoas, e

assim sucessivamente. Deparei-me por isso com

uma Instituição auto - fágica ou seja, uma Institui-

ção que vivia apenas para si própria. A nível de

utentes, havia quatro rapazes com mais de dezoito

anos, que não estudavam nem trabalhavam, e que

ocupavam cada um dos gabinetes do atual edifício

da Direção.

Uma das primeiras medidas que tomei foi telefo-

nar à Dra. Luísa Santiago, então responsável pela

divisão da Infância e Juventude pedindo-lhe que

retirasse de imediato estes jovens. Saíram os

jovens e iniciei um diálogo cordial com todos os

funcionários que aqui residiam sob os auspícios da

Dr.ª Maria José Nogueira Pinto, então adjunta da

Mesa da SCML com a tutela dos Recursos Huma-

nos. Conseguido o desiderato de desalojar, sem

conflito, os funcionários residentes deu-se inicio á

criação das oficinas. De seguida iniciei o projeto de

criar um lar de crianças e um lar de idosos e prepa-

rar os chalés para casais ou dois irmãos /irmãs, ou

ainda duas pessoas que se dessem bem. Mais tar-

de criámos , um Centro de validação e reconheci-

mento de competências (transferido para Lisboa

após a minha saída) e a Empresa de Inserção Social

INCLUI. Para tudo isto, tive a sorte de conseguir

financiamento através dos fundos estruturais e a

partir do Despacho Normativo nº43/99 de 6 de

setembro o financiamento anual e permanente

do IEFP, entre 99 e 2006, no valor de dois milhões

Página 5

Page 6: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

e meio euros. Coincidente ou não, com a minha

saída, este montante foi reduzido a cerca de um

milhão de euros.

Gabriela Charrua

Perante o que me está a dizer é bom que, vá para

o jornal é bom que se saiba o que era isto no pas-

sado.

Diretor ASI

Sim, o sonho comanda a vida e tive a sorte de con-

seguir realizar o sonho que se baseava na ideia de

convivialidade, no mesmo espaço, de crianças,

jovens, adultos e idosos, no fundo uma família

alargada, em que todas as faixas etárias da vida

trocavam entre si afetividades e usufruindo espa-

ços comuns.

Gabriela Charrua

Ao mesmo tempo podemos ser o que o Dr. Amaro

diz uma família.

Diretor ASI

Sim, podemos ser uma grande família, podemos

criar as afetividades que queremos e foi esse o

grande objetivo. Foi criar aqui um projeto diferen-

te, que é único ainda em Portugal, de ter no mes-

mo espaço todas as idades da vida, a casa do

homem de todas as idades, ou se quisermos, a

casa da pessoa de todas as idades.

Porque convivem aqui pessoas de todas as idades

e isso é bonito.

Não precisamos de ser “família de sangue “para

considerarmos que vivemos numa grande família -

a família da Aldeia de santa Isabel.

Gabriela Charrua

No meu caso estou muito feliz aqui, porque eu

gosto muito da Natureza. Gosto muito de ver uma

planta de um tamanho e no outro dia ela está a

crescer…

Diretor

Isso simboliza que continua a viver cercada de

vida humana, num contexto ambiente afetivo.

Gabriela Charrua

Aqui estou feliz, e com o que o Dr. Amaro me

acaba de dizer fico ainda mais feliz!

Quando saiu daqui com certeza que não foi mui-to fácil pois não? Deixar esta obra tão grande que tinha feito. Diretor

Claro nunca é fácil deixar a obra, mas na altura

eu também tinha que fazer o meu percurso aca-

démico, além de querer ser juiz em jovem, tam-

bém gostava de ser professor universitário, que

felizmente sou na faculdade de direito da Univer-

sidade Nova de Lisboa num Mestrado e num

Doutoramento em Direito e Segurança. Neste

sentido, foi importante ir para a Escola Superior

de Saúde de Alcoitão porque foi aí que tive a

possibilidade de concluir o Doutoramento, que

seria bem mais difícil se continuasse na Aldeia,

dada a absorvência do projeto que implica

melhoria continua. Esta Aldeia é uma casa que

nunca está acabada, como a casa das nossas

famílias, há sempre coisas que é preciso mudar,

recuperar e dar atenção.

Gabriela Charrua

Deve ter sido com alegria que voltou?

Diretor

È verdade que voltei com muita alegria e nenhu-

ma contrariedade.

Página 6

Page 7: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

Continuo com a mesma garra e a mesma vontade

de fazer mudanças qualitativas na dinâmica insti-

tucional.

Os grandes objetivos que eu agora tenho são: rea-

bilitar os edifícios da Aldeia que precisam de ser

reabilitados, criando melhores condições para

todos os utilizadores. Criar um novo edifício para o

Curso de Restauração, onde se formem cozinhei-

ros, ajudantes de cozinha, empregados de mesa,

copeiros gente bem formada desta área da Ali-

mentação. Por outro lado, desenvolver todos os

esforços para que a Aldeia possa garantir Cursos

de educação/formação de nível

5, com equivalência ao 12º ano.

Tal desiderato implica ganhar a

confiança e entusiasmo da

Mesa da Santa Casa para um

novo Despacho Normativo. Por-

que nada se faz sem entusiasmo.

Gabriela Charrua

A esperança é que o Dr. Amaro consiga realizar

tudo o que pensa e monetariamente também

haver meios financeiros para a sua realização

Diretor

Julgo que dinheiro não irá faltar se os projetos são

sérios e visam objetivos de grande alcance social

como é o projeto de garantir aos jovens mais des-

favorecidos a possibilidade de poderem atingir o

12º de escolaridade. Dada a complexidade deste

processo, precisamos do esforço de todos, mor-

mente, de todos aqueles que estão verdadeira-

mente empenhados e apaixonadas pelo projeto.

Esta casa é uma casa de pessoas que cuidam de

outras pessoas. Neste sentido, não é a mesma coi-

sa trabalhar aqui ou numa fábrica. Esta Aldeia

não é uma instituição qualquer.

Gabriela Charrua

Isto é uma obra humana.

Diretor

É uma obra humana. Brevemente, iniciarei o pro-

jeto de criar o Conselho da Aldeia com represen-

tantes de todas as valências e faixas etárias, Con-

selho esse que ajudará o diretor a definir novos

rumos, sendo certo que decidimos melhor com a

participação de todos.

Gabriela Charrua

Deus é grande! Ainda bem

que o senhor voltou.

Diretor

Voltei e gostei muito de vol-

tar à minha segunda casa.

Outro projeto que é preciso

dinamizar é a Liga dos Amigos da Aldeia de Santa

Isabel, projeto criado em março de 2005 com o

grande objetivo de juntar à volta da Aldeia um

conjunto de amigos dedicados à sua missão.

Todos precisamos de amigos, porque ninguém é

suficiente e muito menos auto-suficiente.

Gabriela Charrua

O tema do jornal é o Sonho...

de Deus, como o sonho, é ele que comanda a

vida….

Diretor

O sonho comanda a vida.

Dois princípios fundamentais que observo na

minha vida são: para fazer o bem basta que Deus

saiba, porque o bem faz pouco ruido e o ruido faz

pouco bem. Quando falamos muito acertamos

Página 7

“Brevemente, iniciarei o

projeto de criar o Conse-

lho da Aldeia com repre-

sentantes de todas as

valências e faixas etárias”

Page 8: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

pouco. Ora, o papel do líder é ouvir muito, falar

pouco e fazer muito.

Gabriela Charrua

Foi Deus que tem feito tudo isso na vida do Dr.

Amaro, se não fosse Ele….

Nem todos compreendem mesmo a fé é um dom

de Deus, como o sonho, é ele que comanda a

vida….

Dr. Amaro fiquei muito satisfeita por poder entre-

vista-lo obrigado pelo seu amor pelo próximo.

Diretor

Muito Obrigado

Quando se fala de sonho, a nossa mente,

transporta o pensamento, para o sonho

proveniente de uma noite tranquila ou agi-

tada.

No entanto, há o sonho envolto em desejo,

por algo que gostaríamos de ter, fazer, des-

cobrir ou exercer.

Laura, quando pequena, perguntavam-lhe

o que queria ser, quando fosse grande, ao

que ela respondia:

“- Quero ser Enfermeira.”

Quando chegou a altura de tomar uma

decisão, a que tomou, foi mesmo essa,

Enfermeira, cuja prática foi feita em crian-

ças, quando brincava com bonecas.

Não esperava, porém, que o pai se opuses-

se!

“- Porque, o pai se opõe a que eu exerça

esta profissão?”

“- Minha filha, eu quero o teu bem. Quero

que sigas uma carreira que te dignifique.

Carreira entre homens e mulheres não é do

meu agrado para ti.”

Não havia nada a fazer, senão

esperar pela maioridade.

Entre as suas amigas, havia uma que

conhecia bem o seu desejo, e foi essa que

a ajudou na realização do seu sonho. A

amiga iria partir para o Brasil com o mari-

do, diplomata, e seis filhos. Combinaram

ela ir como dama de companhia das

crianças.

Esteve no Brasil, Senegal, Guiné, até

chegar aos Estados Unidos, onde conse-

guiu concretizar o seu sonho.

Foi enfermeira num hospital em

New York, de doentes incapacitados.

Sonhar é fácil, por vezes difícil a sua con-

cretização, porém não se deve desistir de

sonhar!

Residente Lar São João de Deus

Gabriela Charrua

Página 8

O Sonho

Page 9: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

Página 9

As Melhores Fotografias Do Mês

Página 9

Page 10: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

Figuras de Presépio de expressão popular

terracota policromada –Séc. XX

Nossa Senhora – 35x36cm Menino Jesus – 20x11 cm

São José – 48x20 cm Anjo – 26x12 cm

O espaço da Capela

Cada semana será exposta uma peça de arte sacra de modo a divulgar à comunidade

algumas das peças mais significativas pertencente ao espólio da Aldeia de Santa Isabel.

Página 10

Quem me dera

Sonhar

Um sonho que já sonhei

Uma linda história de Amor

Que morreu quando acor-

dei

Não foi de minha vontade

Pois para mim foi um tor-

mento

Quem me dera que esse

sonho

Continuasse eternamente

Esse sonho que terminou

Ainda hoje tenho saudade

Não me importava morrer

Para ir sonhando para a

eternidade

Se soubesse que morto

sonhava

O mesmo sonho de Amor

Pedia que me matassem

Sem ter medo de qualquer

dor

João Bárbara

Page 11: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

Sonhos de Natal

Ingredientes: • 3 dl de leite; • 1,5 dl de óleo; • 1 casca de limão; • Uma pitada de sal fino; • 250 gr de farinha; • 6 ovos inteiros grandes; • Óleo para fritar; • Açúcar em pó para polvilhar.

Preparação: Ferva o leite com o óleo, a casca de limão e o sal. De uma vez só adicione a farinha e, com uma colher de pau, misture até que a massa se descole do recipiente. Depois de arrefecer, acrescente os ovos inteiros, um a um. Mexa bem. Na frigideira, já com o óleo quente, coloque colheradas de massa, fritando de ambos os lados. Retire e escorra. Antes de servir, polvilhe com açúcar em pó.

Receita do Mês

Passatempos

Página 11

Page 12: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

No dia de S. Martinho, mata o teu _________e prova o teu _________.

Opções: vinho – porco – presunto – perú – milho.

Solução: No dia de S. Martinho, mata o teu porco e prova o teu vinho.

No dia de S. Martinho: lume, _________ e __________.

Opções: vinho – porco – castanhas – milho - fogueira.

Solução: No dia de S. Martinho: lume, castanhas e vinho.

Quem seu _________ quiser conservar, com ele não há-de __________.

Opções: amigo – marido – negociar – casar - dançar.

Solução: Quem seu amigo quiser conservar, com ele não há-de negociar.

No aperto do ____________, conhece-se o _________.

Opções: perigo – comboio – marido – amigo.

Solução: No aperto do perigo, conhece-se o amigo.

_________ pardo e ventoso faz o ano _________

Opções: Novembro – Maio - formoso - dispendioso.

Solução: Maio pardo e ventoso faz o ano formoso.

Para ____ e para ter, muito ______ é preciso ser.

Opções: dar – roubar – pobre – rico

Solução: Para dar e para ter, muito rico é preciso ser.

Por ________ nunca ninguém ficou, não foi com quem ____, foi com quem ______.

Opções: desejou – quis – casar – calhou - amou

Solução: Por casar nunca ninguém ficou, não foi com quem quis, foi com quem calhou.

_________ enquanto há; não havendo, poupado está.

Opções: roubar – poupar

Solução: Poupar enquanto há; não havendo, poupado está.

Muito pode a __________ com o que leva para a sua __________.

Opções: abelhinha – velhinha – colmeia - casinha

Solução: Muito pode a velhinha com o que leva para a sua casinha.

Página 12

Page 13: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

T A B C W L G T N SERROTE

O U P Ç A X R V A ALICATE

R D R E I O A A E MARTELO

N I A Q B I M O S MADEIRA

O X A I U K P A E PREGO

A N H B E O M R PLAINA

C O L A E M Z G A METRO

M B H L L N E A J FORMÃO

I A U R I A A N I GOIVA

A F E U X L O C A TORNO

G O I V A I U H N TURQUEZ

D R S D Ç C E O P SERRA

M M R T Y A A Q L GANCHO

A A U R O T Q E A LIXA

D O R I R E T R I ESQUADRO

E E O T T U S R N NIVEL

I A P R E G O T A GRAMPO

R A I P M L S D P COLA

A U S E R R O T E

V A I O L E V I N

E S Q U A D R O E

Descubra as 4 diferenças

Página 13

Page 14: Aldeia de Santa Isabel...A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. São os sonhos que alimentam a alma e dão asas à inteligência. Semea-mos

1 de janeir

o – D

ia de A

no

N

ovo

14 de abril – Sexta-Feir

a Santa

16 de abril – Pásco

a

25 de abril – D

ia da Lib

erdade

1 de m

aio

– D

ia do

T

rabalh

ado

r

10 de junho

– D

ia de Po

rtugal

15 de junho

– C

orpo

de D

eus

15 de ago

sto

– A

ssunção

de N

ossa Senho

ra

5 de o

utubro

– Im

pla

ntação

da

República

1 de no

vem

bro

– D

ia de T

odo

s o

s

Santo

s

1 de dezem

bro

– R

estauração

da

Independência

8 de dezem

bro

– D

ia da Im

acula

da

Co

nceiç

ão

25 de dezem

bro

– N

atal