ALDO JOSÉ BRUNHARA O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMAÇÃO DE ...

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ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM GESTÃO INTERNACIONAL ALDO JOSÉ BRUNHARA O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMAÇÃO DE CAPACIDADES NÃO LOCAIS EM SUBSIDIÁRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS SÃO PAULO 2017

Transcript of ALDO JOSÉ BRUNHARA O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMAÇÃO DE ...

ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING

PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM GESTAtildeO INTERNACIONAL

ALDO JOSEacute BRUNHARA

O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO

LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS

SAtildeO PAULO

2017

ALDO JOSEacute BRUNHARA

O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO

LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS

Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do

tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de Empresas

com ecircnfase em Gestatildeo Internacional pela Escola

Superior de Propaganda e Marketing ndash ESPM

Orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini

SAtildeO PAULO

2017

ALDO JOSEacute BRUNHARA

O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO

LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS

Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do

tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de

Empresas com ecircnfase em Gestatildeo Internacional

pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ndash

ESPM

Aprovado em _______ de _______________________ de ____________

Banca Examinadora

______________________________________________________________________

Presidente Prof Dr Felipe Mendes Borini Orientador ESPM

______________________________________________________________________

Membro Interno Prof Dr Eduardo Eugecircnio Spers ESPM

______________________________________________________________________

Membro Interno Prof Dr Juacutelio Ceacutesar Bastos de Figueiredo ESPM

______________________________________________________________________

Membro Externo Prof Dr Belmiro do Nascimento Joatildeo PUC-SP

______________________________________________________________________

Membro Externo Profa Dra Fernanda Ribeiro Cahen FEI

Agrave Deus

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM

liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de

tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o

desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel

Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo

Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das

atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica

Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI

natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado

Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos

Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e

Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy

Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos

meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por

minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo

RESUMO

O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a

formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific

Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese

foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na

discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa

do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no

Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e

serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o

sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute

associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de

capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)

Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a

subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional

Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI

de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da

propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades

internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos

estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-

FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade

Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de

estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs

e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de

contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das

multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de

capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente

Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global

Estrateacutegia Internacional

ABSTRACT

The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy

with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of

Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the

resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the

discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey

was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289

valid responses were received from various segments industry commerce and services

To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial

Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-

FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of

LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs

present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer

knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms

this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory

(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership

and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in

the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on

Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from

the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally

it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of

Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs

in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to

management it supports in the definition of the strategic management model of

multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of

competitive organizational capacities from an emerging country

Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation

International Strategy

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53

Tabela 4 - Construto Ambidestria 54

Tabela 5 - Construto Competitividade 55

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

56

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63

Tabela 12 - VIF do Modelo 64

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12

2 REVISAtildeO LITERARATURA 16

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35

3 HIPOacuteTESES 43

31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44

4 METODOLOGIA 49

41 Abordagem 49

42 Meacutetodo 50

43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65

5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66

51 Anaacutelise do Modelo 66

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70

6 DISCUSSAtildeO 73

7 CONCLUSAtildeO 77

REFEREcircNCIAS 79

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-

CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION 103

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-

CHAVE COMPETITIVENESS 111

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de

Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific

Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs

Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades

organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para

diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da

multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da

matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-

alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem

mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo

ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou

das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-

FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e

que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-

FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias

brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs

Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010

2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a

Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em

recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos

mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of

Managment Research Policy International Business Review Journal of Business

Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes

palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e

Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de

pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade

da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho

das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista

da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos

sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de

NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes

11

Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a

subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw

amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke

2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por

abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que

exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez

1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison

1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez

que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o

mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a

Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora

de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da

multinacional

Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local

Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp

Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas

capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo

independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente

Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp

Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e

desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute

existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para

melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais

localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo

a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non

Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma

a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver

capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost

12

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela

firma para diferentes mercados

Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia

ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais

e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede

da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke

2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias

estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da

estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de

pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local

Bound FSAs

11 Objetivos

111 Geral

O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e

Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave

NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima

permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica

Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs

112 Especiacuteficos

I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e

Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages)

13

II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da

subsidiaacuteria

III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-

FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages

Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa

na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais

e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na

Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na

formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua

rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de

transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens

competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas

multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias

oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp

Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr

2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen

Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning

2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp

Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp

Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter

1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp

Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007

Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp

Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem

vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp

Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas

FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes

14

sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta

amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs

em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu

mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com

menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976

Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney

amp Hesterly 2007 Porter 1990)

Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros

e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no

desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma

Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades

fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias

internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que

permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar

por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary

Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp

Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender

distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa

subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede

diferenciada da multinacional

Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente

como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas

capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global

(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o

fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das

subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de

conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas

desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

15

Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)

mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e

exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem

capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens

competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em

mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke

2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound

- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp

Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da

Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um

tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores

pesquisas (Rossetto 2014)

Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor

compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses

emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de

estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a

capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior

Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves

demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo

estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem

sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de

vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o

fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional

16

2 REVISAtildeO LITERARATURA

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs

As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com

subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir

estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que

busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de

Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo

para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as

fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes

denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco

no Ownership e na Internalization

As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo

da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias

vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e

capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980

1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo

geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente

de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo

notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos

materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e

portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em

que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas

capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp

Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar

capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos

mercados locais e internacionais

Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a

principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir

seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita

desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a

17

funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus

concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos

ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as

demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo

local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural

econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp

Bartlett 1990)

Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma

as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de

estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de

sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo

raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas

sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999

Wernerfelt 1995)

Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes

gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores

como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas

operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e

Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas

e aceitas

Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que

os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais

no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem

dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-

subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a

pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980

Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como

um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem

ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo

Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta

capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo

em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais

Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de

operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta

18

agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da

multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto

grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para

atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras

unidades

A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que

operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de

ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e

operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado

entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam

desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de

capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da

definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as

direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria

Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as

subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo

das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes

possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local

e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)

Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo

contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da

firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos

pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora

de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp

Verbeke 2001)

Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e

Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades

receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon

1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das

estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994

Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem

competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem

19

especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988

Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages

Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do

trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as

estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de

transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um

gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que

satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva

Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a

realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o

conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de

gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem

capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores

como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de

coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja

de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar

produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo

(Rugman 2009)

Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios

elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos

financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia

conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas

e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos

estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados

(Rugman amp Verbeke 2001)

As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o

mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e

outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non

Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees

20

(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -

Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de

vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais

ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam

a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de

atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia

de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma

capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific

Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das

habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou

demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por

exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender

requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para

consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades

organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos

diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila

especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas

formas de produccedilatildeo ou produtos

Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para

entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo

na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma

CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela

firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho

da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao

transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na

cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro

da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede

(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma

busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica

governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de

21

subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades

desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a

subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett

amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)

Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito

da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o

desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades

mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao

desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro

estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos

e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs

Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz

e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de

relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood

(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as

subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade

definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades

individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness

e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel

Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees

para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da

perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional

aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)

tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp

Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo

mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do

mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)

Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais

empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais

uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das

regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de

forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995)

22

Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados

pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a

partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas

CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da

subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram

que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996

a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando

portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a

subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da

EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas

Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost

Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional

reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma

subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees

para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou

desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos

Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das

influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com

o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como

universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -

Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo

objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e

Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz

parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os

fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar

processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e

disponibilidade de matildeo de obra especializada

Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de

conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para

desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e

23

mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma

operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre

nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta

tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global

em um paiacutes desenvolvido

Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como

disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel

internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo

de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo

como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias

como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a

teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration

(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que

direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de

desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim

como para atender as demandas do mercado

Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde

altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias

podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o

desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp

Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood

1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma

FSA (Rugman amp Verbeke 2001)

Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da

localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou

os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados

Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis

potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados

localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das

universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em

PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD

Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente

pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo

24

sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada

com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de

maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa

Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes

considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do

ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia

Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia

do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que

possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-

FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja

um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a

inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional

Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-

se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e

competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme

em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign

2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por

meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)

Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de

paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman

Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da

escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais

complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de

capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico

e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos

niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado

sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades

relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo

de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de

controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo

organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)

aos equipamentos

Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso

modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes

25

emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas

consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento

de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo

como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e

aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees

de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas

multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de

desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode

ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas

para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de

produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas

Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos

determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias

brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar

e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento

criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional

Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de

inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos

ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs

na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para

assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs

transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio

de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese

foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua

capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw

e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)

23 Competitividade

26

A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da

intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de

substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as

estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no

setor

Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade

o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam

substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a

Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp

Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na

lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas

para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no

ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)

Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem

competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do

que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o

consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo

baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual

possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos

com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de

absorver este conhecimento

Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela

empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie

barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da

empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com

capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e

disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo

e eficiecircncia operacional

Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo

de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de

produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing

por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela

27

qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada

(Barney amp Herstley 2007)

O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em

custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de

produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias

competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam

fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos

requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo

enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios

criativos

Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas

estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas

e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de

produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir

para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem

competitiva sustentaacutevel

Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como

satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas

(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual

descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho

da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de

qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis

Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica

causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do

valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado

compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho

operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da

vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira

geralmente vinculada agrave lucratividade

Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva

(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem

competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo

e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o

28

know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos

produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo

Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia

positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas

capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas

anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de

vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos

disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo

influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam

riscos

Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria

Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios

centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de

que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel

delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-

subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo

sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da

localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma

Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de

produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack

Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia

tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco

fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e

processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores

e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -

flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo

para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015)

Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente

organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell

2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades

de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o

desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos

humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode

29

desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o

comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et

al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir

situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e

da produtividade dos subordinados

Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu

estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva

entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva

sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade

e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade

promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos

nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas

capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como

em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a

estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e

demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da

Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo

da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp

Johnston 2009)

Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em

seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo

Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos

administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim

como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de

custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e

nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)

corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de

relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas

espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades

de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e

processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem

especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua

Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de

30

Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior

demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade

Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo

de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores

da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos

humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design

industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos

(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o

sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro

estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em

desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na

configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia

na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a

inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em

produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a

Competitividade da firma

No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim

e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de

manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a

diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de

natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com

10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)

concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo

afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre

produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a

inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da

multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas

poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos

mercados alvo

Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo

na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a

intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com

o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de

preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos

31

negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo

da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no

mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento

Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de

solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos

autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional

fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro

lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver

uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite

a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental

torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)

Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o

tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno

e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio

agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem

por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas

competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas

fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua

maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como

produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos

fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas

dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e

pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na

vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)

que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam

como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e

recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas

Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e

Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias

empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da

firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as

suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as

que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais

resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo

32

radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs

compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar

um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o

ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza

No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade

Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da

gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos

produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131

subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea

de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do

conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de

melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do

VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja

para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos

processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte

para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly

2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)

Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o

escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996

e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)

Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode

ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente

Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que

consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da

organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da

firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento

mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e

sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades

matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria

Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento

e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades

fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a

matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais

matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia

33

ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se

confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o

niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar

conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo

do conhecimento

Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem

compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma

economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel

delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para

implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para

o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam

tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da

EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de

parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente

afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como

importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o

desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e

Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam

desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre

de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses

desenvolvidos

Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)

com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a

confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor

desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o

compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor

desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas

No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade

Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o

conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com

multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos

produtos lanccedilados no mercado

Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas

operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que

34

capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho

operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e

produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de

qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua

Competitividade

Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e

competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas

pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva

tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar

seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para

melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e

desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam

ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar

os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e

Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui

para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration

Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de

Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do

ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de

Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor

posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o

35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo

econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas

cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as

operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por

consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas

e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro

lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas

Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam

no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano

consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse

das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo

agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo

35

24 Ambidestria

O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais

citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas

estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as

estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos

produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente

disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto

(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da

empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser

considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da

deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de

March (1991) e de Levinthal e March (1993)

O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia

entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a

estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido

ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo

a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de

descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash

o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por

exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso

no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos

concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja

superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)

abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual

a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade

mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem

imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa

Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam

ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala

e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo

agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a

36

organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990

1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar

radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees

internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global

de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp

Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro

Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas

ambidestras (March 1991)

No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu

estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas

como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo

fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e

estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o

sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre

Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw

(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute

seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura

pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que

denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41

unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a

Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis

alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por

pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar

o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar

e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura

He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca

ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)

com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual

com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e

adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para

responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito

competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves

necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende

entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros

37

Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a

Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis

cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos

particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do

estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um

facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo

Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma

da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos

sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco

correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns

modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou

adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o

aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)

aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo

e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como

os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as

estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991)

A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo

tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de

negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente

conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman

2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a

firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo

incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior

sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de

identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com

equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as

tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente

demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na

teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas

Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em

que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas

que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de

38

relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as

mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no

longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos

processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades

novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst

amp Raisch 2005)

Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e

Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees

estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo

associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo

de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica

ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)

Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo

no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da

decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista

estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo

orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a

descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho

organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a

eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp

Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)

Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um

melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um

consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do

meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma

alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais

a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem

mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as

tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um

caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para

equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos

existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de

entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas

39

Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria

na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a

criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno

Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo

e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia

organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249

empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees

no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das

organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como

Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute

emergente no mundo organizacional

Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos

como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia

tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa

e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes

concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos

abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e

a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os

processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation

como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos

existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp

Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem

as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental

Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o

ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar

uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende

das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo

Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees

entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e

a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration

e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior

centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as

atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis

40

Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por

Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou

melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou

ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo

para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento

pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel

em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade

(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e

aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e

mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria

Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades

sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa

do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o

veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da

Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)

corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em

serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que

podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um

ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra

tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de

melhoria seja de criaccedilatildeo

Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi

realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases

Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business

Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas

100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e

Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos

quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos

buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando

diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por

tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados

emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia

Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com

141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou

41

compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores

das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e

Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma

empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual

satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com

experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em

comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees

na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao

trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees

interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como

criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a

codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing

(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e

Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as

estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de

diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia

(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas

(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as

condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees

entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades

organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da

organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do

desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para

esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen

Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas

oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se

adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em

mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas

americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio

complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a

Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no

desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration

novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma

criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel

42

Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de

automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e

Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam

como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e

controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)

para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores

satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos

clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e

confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas

estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional

e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma

Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de

Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp

Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)

Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4

ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e

Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades

NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional

43

3 HIPOacuteTESES

31 Modelo

O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He

amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para

atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para

a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a

subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

conforme modelo da tese (Figura 1)

Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

44

32 Hipoacuteteses

Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de

TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que

satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter

competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et

al 2012 Nascimento et al 2014)

Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia

Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al

2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp

Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que

atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-

prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos

institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade

assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com

tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus

concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e

melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute

produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como

por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do

produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras

locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de

se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo

2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp

Lavie 2014 Tiwana 2008)

As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus

operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves

capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as

estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo

Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos

produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)

45

No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de

Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em

termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de

canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode

utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e

pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou

campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-

Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa

amp Faia 2017)

Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais

por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos

sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira

nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-

alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)

Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e

desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam

formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado

mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos

podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais

centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em

privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo

Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como

variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a

variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria

com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em

forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

46

A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam

derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et

al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos

que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando

capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade

superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem

refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas

do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os

concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas

Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede

externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que

necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson

Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)

Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a

subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp

Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-

Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de

tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e

superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da

matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades

desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a

subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang

et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as

demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do

consumidor

Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz

pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este

mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que

47

caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em

absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se

transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman

amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo

de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai

2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes

fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades

especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006

Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006

Raisch amp Birkinshaw 2008)

Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo

em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas

mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho

competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015

Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009

Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao

mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que

seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado

brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis

na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -

Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta

maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp

Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)

consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-

FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir

48

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas

hipoacuteteses adicionais

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade

H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA

49

4 METODOLOGIA

Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de

accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino

(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo

de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a

abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de

anaacutelises dos dados

41 Abordagem

Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)

considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na

qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-

experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas

que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de

perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados

Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa

quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais

assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de

identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses

testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise

dos dados

Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a

pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas

variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de

universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios

ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se

levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com

cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)

50

Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa

de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a

tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem

capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash

Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local

e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

42 Meacutetodo

Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a

determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por

meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr

et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI

ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso

escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo

como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais

Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas

do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras

e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de

segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos

A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento

telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos

departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta

amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado

pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de

Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de

Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com

4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as

atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e

telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas

51

Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7

gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que

pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que

de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das

perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia

Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails

convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento

do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302

questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing

values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas

Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas

possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento

conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Alemanha 65

Estados Unidos 65

Itaacutelia 37

Argentina 15

Franccedila 14

Suiacuteccedila 13

Japatildeo 11

Europa 10

Sueacutecia 8

Espanha 8

Finlacircndia 7

Holanda 6

China 4

Meacutexico 3

Aacuteustria 3

Portugal 3

Dinamarca 3

continua

52

conclusatildeo

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Beacutelgica 2

Canadaacute 2

Inglaterra 2

Austraacutelia 1

Boliacutevia 1

Costa Rica 1

Peru 1

Turquia 1

Ucracircnia 1

Aacutefrica do Sul 1

Aacutesia 1

Total 260 29

90 10

Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa

Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir

observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou

Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield

construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil

Modo de Entrada no Brasil

Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43

Alianccedila ou JV 93 32

Greenfield 71 25

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado

brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias

desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre

mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica

e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir

53

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil

Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado

1901-1910 5 2 2

1911-1920 1 0 2

1921-1930 2 1 3

1931-1940 1 0 3

1941-1950 2 1 4

1951-1960 10 3 7

1961-1970 24 8 15

1971-1980 38 13 28

1981-1990 26 9 37

1991-2000 97 34 71

2001-2015 83 29 100

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

43 Teacutecnica de Pesquisa

Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme

definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados

primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas

importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja

explicar

Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio

com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash

Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com

perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo

estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7

lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas

4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta

tese

54

Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e

Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da

variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado

local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28

P29 P30 descritas na tabela que segue

Tabela 4 - Construto Ambidestria

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou

Exploration He e Wong

(2004)

P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo

P24 Ampliar os tipos de produtos

P25 Abrir novos mercados

P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas

Exploitation He e Wong

(2004)

P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes

P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo

P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo

P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

55

Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por

Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber

Tabela 5 - Construto Competitividade

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua

Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais

concorrentes

P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta

qualidade comparados aos principais concorrentes

P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em

comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente

externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a

responder mais rapidamente agraves demandas do mercado

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade

tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost

Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e

Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram

selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente

desenvolveu novos

LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P31 Produtos

P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo

P33 Processos de marketing

P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located

Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado

de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e

Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com

as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber

56

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria

constantemente transferiu para a matriz novos

NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P36 Produtos

P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo

P38 Processos de marketing

P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados

As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o

modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees

estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre

os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)

Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

conforme exibe a Figura 3

As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)

A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as

variaacuteveis latentes do modelo desta tese

57

Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo

Fonte Dados da pesquisa

Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si

porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que

seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis

Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda

ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos

indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation

No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada

uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo

confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo

indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees

exploradas pelo Modelo

58

Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS

Fonte Dados da pesquisa

45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)

Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo

(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores

e construtos

Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo

reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency

reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem

extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos

e os reflexivos

59

Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo

Fonte Hair Jr et al (2014)

Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de

mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o

compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto

Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees

que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um

Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)

Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os

valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite

Reliability e 05 para o AVE

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna

Cronbachs

Alpha

rho_A Composite

Reliability

Average Variance

Extracted (AVE)

Ambidestria 0913 0915 0929 0623

Competitividade 0878 0884 0911 0672

Exploitation 0878 0879 0916 0733

Exploration 0872 0877 0913 0724

LB-FSA 0889 0900 0923 0750

NLB-FSA 0957 0958 0969 0885

Fonte Dados da Pesquisa

60

O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto

conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre

os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles

devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach

elevado (acima de 07)

O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach

mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume

que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute

considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que

medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado

a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07

O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada

por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado

do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia

natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma

120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2

(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894

Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores

ideiais satildeo dos indicadores acima 07

A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia

das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto

da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue

explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue

esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores

61

47 Validade Convergente (Convergent Validity)

Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel

latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute

observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles

teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores

do Modelo

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0874

q23 0810

q24 0881

q24 0836

q25 0789

q25 0700

q26 0857

q26 0799

q27 0820

q27 0791

q28 0877

q28 0813

q29 0885

q29 0804

q30 0841

q30 0751

q31 0888

q32 0911

q33 0820

q35 0843

q36 0925

q37 0955

q38 0943

q40 0941

q89 0855

q90 0793

q91 0849

q92 0810

q93 0789

Fonte Dados da Pesquisa

Vemos que todos os loadings possuem valores adequados

1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte

consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o

uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05

62

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)

A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos

demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos

diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do

discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker

criterion

Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os

indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre

indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles

refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o

construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois

natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo

O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um

construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz

quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os

demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de

um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em

outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a

seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja

mais associada a seus indicadores

A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas

anteriormente

63

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0308 0620 0878 0572 0232

q24 0313 0663 0882 0578 0204

q25 0297 0503 0782 0452 0096

q26 0346 0618 0856 0521 0217

q27 0335 0815 0645 0446 0049

q28 0361 0879 0630 0475 0137

q29 0308 0886 0605 0448 0245

q30 0265 0843 0552 0456 0179

q31 0300 0470 0628 0889 0333

q32 0370 0569 0637 0911 0324

q33 0305 0354 0425 0820 0318

q35 0370 0426 0451 0841 0346

q36 0243 0179 0207 0346 0925

q37 0214 0156 0189 0343 0955

q38 0267 0193 0250 0369 0943

q40 0245 0147 0198 0370 0941

q89 0854 0320 0349 0312 0205

q90 0791 0339 0384 0404 0190

q91 0849 0266 0281 0284 0251

q92 0812 0318 0260 0339 0228

q93 0789 0264 0215 0217 0179

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Competitividade 0820

Exploitation 0371 0856

Exploration 0371 0710 0851

LB-FSA 0388 0533 0627 0866

NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941

Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem

conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do

discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores

e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente

Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais

elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior

correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel

Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante

de variaacuteveis de ordem mais elevada

64

49 Anaacutelise do Modelo Estrutural

Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as

variaacuteveis latentes do modelo

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes

Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro

passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as

variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das

regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os

resultados do VIF2 do Modelo

Tabela 12 - VIF do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732

Competitividade 1238

Exploitation

Exploration

LB-FSA 1648 1712

NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos

os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)

2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um

coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do

VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de

colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada

de 4

65

411 Qualidade de Ajuste do Modelo

A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade

Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador

de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior

que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O

segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o

quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de

002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo

Modelo

Competitividade 0116

Exploitation 0586

Exploration 0581

LFB-FSA 0270

NLB-FSA 0131

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003

Competitividade 0020

Exploitation

Exploration

LB-FSA 0038 0095

NLB-FSA

Fonte Dados da Pesquisa

Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente

baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o

Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel

Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos

comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute

importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A

Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais

variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo

66

5 ANAacuteLISE DOS DADOS

51 Anaacutelise do Modelo

A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e

suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap

Path Coefficients T statistics

Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo

Variaacutevel

Exoacutegena

Variaacutevel

Endoacutegena

LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs

Ambidestria 0627 0260 -0071

(t-statistic) (11497) (2602) (1105)

LB-FSAs 0226 0369

(t-statistic) (2353) (6489)

Competitividade 0143

(t-statistic) (2703)

(Rsup2) (0393) (0192) (0162)

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Fonte Dados da Pesquisa

Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros

nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path

Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem

sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de

67

um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-

padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2

(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada

como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de

0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por

exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute

explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um

dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de

196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham

o sinal corretamente estimado

Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a

Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do

coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja

uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute

de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido

em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima

o efeito de Ambidestria em NLB-FSA

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese

Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que

orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos

consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais

pudemos chegar

bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages

Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo

de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo

estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA

(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um

efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1

68

bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre

Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar

com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute

correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam

H2

bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de

significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e

NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que

NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita

A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses

Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado

H1 Empresas ambidestras tecircm

associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound -

Firm Specific Advantages)

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

001 Aceita

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located

Bound - Firm Specific Advantages) estaacute

associada positivamente agrave

Competitividade

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H3 A Competitividade estaacute associada

positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific

Advantages)

NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre

Ambidestria e Competitividade

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA e NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001)

001 Aceita

H5 Competitividade media associaccedilatildeo

entre LB-FSA e NLB-FSA

LB-FSA NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

005 Aceita

69

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001) Competitividade

(Yang et al 2015)

Fonte Dados da Pesquisa

70

No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a

ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente

de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a

Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de

001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a

formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA

tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para

verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado

pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-

FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta

mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir

53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo

Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A

pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria

um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para

realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no

qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta

inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e

se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3

3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma

119911 =119886119887

radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887

2)

Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o

coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da

71

A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo

z

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo

variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem

sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que

a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA

A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de

mediaccedilatildeo

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel

Significacircncia

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

Fonte Dados da Pesquisa

De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)

observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos

indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a

Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que

haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade

Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia

que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao

mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o

desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e

relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel

mediadora e variaacutevel dependente

72

qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs

podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com

as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute

efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da

mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na

formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis

LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva

e transfira NLB-FSAs

73

6 DISCUSSAtildeO

Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo

de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos

(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma

Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar

seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para

atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e

produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim

como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e

Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp

Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004

Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo

necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais

produtos e serviccedilos

Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para

a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada

definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a

influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas

decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie

2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a

utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem

organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades

nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos

(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al

2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez

que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias

de empresas multinacionais que atuam no Brasil

Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens

especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave

Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter

1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua

74

com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais

competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp

Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp

Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo

das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais

correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta

com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado

faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as

demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al

2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao

considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um

mercado emergente no caso o Brasil

Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade

para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand

amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese

contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de

capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo

de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai

2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem

preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp

Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente

colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que

ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional

e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)

75

Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras

instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender

ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente

transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da

multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria

obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas

como NLB-FSAs

Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta

de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -

Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas

locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da

multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp

Verbeke 2001)

Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam

que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong

2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver

novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes

(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na

forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke

2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da

Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)

Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades

organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade

da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da

diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a

possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de

NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson

1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo

sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a

76

primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA

(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo

Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional

(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a

Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com

menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que

a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave

Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade

eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria

ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode

obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell

amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese

contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela

EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser

transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke

2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp

Herstely 2007)

77

7 CONCLUSOtildeES

Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-

FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a

Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel

afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem

associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com

a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade

tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de

NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria

de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo

de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos

especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration

e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais

LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado

local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a

Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades

organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua

Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3

confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao

fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e

demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua

Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras

unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um

novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo

de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber

mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um

Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma

que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das

78

empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de

multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs

Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para

a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em

mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas

gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto

de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses

(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem

destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras

variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada

paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada

mercado entre outras

79

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Zhao M Park S H amp Zhou N (2014) MNC Strategy and social adaptation in

emerging markets Journal of International Business Studies 45 842ndash861

95

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman 590

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383

3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264

5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219

6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies

2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162

7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology

Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140

8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132

9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak

126

10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas 122

11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112

96

12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103

14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures

Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99

15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99

16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87

18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo

84

19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80

20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77

21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li 75

22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75

23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis

Journal of Mangement Information Systems

2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75

24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm

Technological Forecating amp Social Charge

2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67

97

26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation

Academy of Management Journal

2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective

Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen

59

29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58

31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance

Strategic Management Journal

2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger

58

32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition

Journal of International Business Studies

2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54

34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies

2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52

35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51

36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers

Journal of International Management

2010 Peter Ping Li 51

37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

50

38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46

39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46

98

40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43

41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42

42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance

Journal of International Management

2009 Robin Teigland Molly Wasko 37

43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning

Technological Forecating amp Social Charge

2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37

44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital

International Business Review

2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story

36

45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies

2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36

46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China

Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31

47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India

Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29

48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms

Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28

49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study

Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni

28

50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view

International Business Review

2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber

28

51 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

27

52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs

Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23

53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model

Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21

99

54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners

Journal of International Business Studies

2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21

55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations

Journal of International Business Studies

2015 L Felipe Monteiro 21

56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries

Journal of International Business Studies

2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee

20

57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries

International Business Review

2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20

58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture

Journal of International Management

2007 Malika Richards Yi Yang 19

59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm

International Business Review

2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona

18

60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership

Journal of International Business Studies

2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle

17

61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector

Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio

17

62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China

Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17

63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy

Journal of International Management

2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj

16

64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances

International Business Review

2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan

16

65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates

Journal of International Management

2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey

14

66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies

2016 C Annique Um 11

67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis

Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin

11

100

68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks

Research Policy 2013 Franz Huber 10

69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance

International Business Review

2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10

70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration

Research Policy 2016 Jian Wang 9

71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy

Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9

72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations

Journal of International Management

2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu

8

73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing

The Journal of Strategic Information System

2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan

8

74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons

Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein

6

75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke

6

76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India

Journal of International Management

2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6

77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries

Journal of International Management

2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park

5

78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation

International Business Review

2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak

5

79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt

International Business Review

2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton

5

80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study

Journal of International Business Studies

2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu

4

81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4

101

82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge

2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh

4

84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4

85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization

Journal of International Business Studies

2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt

3

86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases

Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3

87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi

3

88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity

Academy of Management Journal

2014 Janet K Tinoco 2

89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy

Journal of International Management

2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1

90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations

International Business Review

2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell

1

91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity

Technological Forecating amp Social Charge

2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1

92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research

2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1

93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration

Journal of Business Research

2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1

94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities

Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0

102

95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan

Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann

0

96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust

Journal of International Management

2017 Juana Du Christopher Williams 0

97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs

International Business Review

2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten

0

98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review

2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0

99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth

International Business Review

2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson

0

100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems

Technological Forecating amp Social Charge

2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira

0

Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

103

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY

EXPLORATION E EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra

1

The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman

590

1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma

1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times

Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity

Research Policy

2007

Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent

Cognitive Distance

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

3

Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006

Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo

100 simulaccedilotildees

4 Internationalising in small incremental or larger steps

Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk

264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment

1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico

83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu

104

5

Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy

2008

Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

6 Effects of firm resources on growth in multinationality

Journal of International Business Studies

2007

Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162 Crescimento em multinacionalidade

1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria

Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas

7

Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer

132 Estrateacutegia percebida

1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado

325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia

8

Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel David P Lepak

99

Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation

Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)

215 empresas do setor de tecnologia americano

105

9

The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas

122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time

1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto

96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes

10

Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez

112 Performace Value Market Value

Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation

190 empresas de software americano

11

Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy

2008

Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease

Tecnhological Diversification 985 patentes

106

12

How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel

103

Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)

Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes

215 empresas do setor de tecnologia americano

13

Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project

Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration

142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations

14

Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012

Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87 Unit Performance Profitability

Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo

285 European finance organization units

107

15

The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009

Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol

84

Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist

Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)

Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades

16

The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw

80

Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes

Ambidexterity Alignment and Adaptation

4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais

17

Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro

77

Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members

Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958

18

Balancing exploration and exploitation in alliance formation

Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff

75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration

Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year

Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes

19

Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li

75 Inovaccedilatildeo do produto

1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria

Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003

108

20

Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014

Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais

1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees

Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)

21

The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation

Academy of Management Journal

2008

Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past

Economic Conditions and Environmental treat

163 US Theaters

22

Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco

1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional

431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008

109

23

Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy

2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training

RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners

457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas

24

Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray

58

Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global

40 firms for cluster analysis

25

How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013

Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento

-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura

Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses

26

Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science

2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong

51 Sales Grouwth Rate

Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption

206 Manufacturing firms

110

27

The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy

2009

Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off

Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities

229 Patents in Taiwan

28

Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr

46 Organization Slack Available and Rcoverable

Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms

29

Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy

2013

Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43 Change innovation in economic Crisis

hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation

2500 firmas Britacircnicas

30

Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014

Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao

42 Firm Valuation

Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances

753 Patent information from 1984 to 2006

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

111

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies

2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273

2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185

3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142

6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera

132

7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry

Journal of International Business Studies

2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132

8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M

107

9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance

Journal of Product Innovation

2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90

12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75

13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

112

14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets

Journal of Product Innovation

2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry

69

15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63

17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58

18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58

19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54

21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries

Journal of International Management

2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy 2012 Knut Blind 51

24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell 50

25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49

26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi 45

27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43

113

28 Characterizing service networks for moving from products to solutions

Industrial Marketing Management

2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani

43

29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41

30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment

Journal of International Business Studies

2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41

31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD

Journal of International Business Studies

2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki

40

32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management

Journal of International Management

2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39

33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies

2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38

35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection

Journal of International Management

2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38

36 Company competencies as a network the role of product development

Journal of Product Innovation

2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove

38

37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process

Journal of High Technology Management Research

2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37

38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35

39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business

2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim

35

40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness

Journal of Product Innovation

2000 Perks H 32

41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market

International Business Review

2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu

31

114

42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico

Technological Forecast amp Social Change

2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel

31

43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31

44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31

45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility

Journal of World Business

2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park

30

46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries

Journal of International Management

2007 Brent B Allred Walter G Park 29

47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation

Journal of International Management

2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29

48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals

Journal of World Business

2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang

28

49 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

28

50 Technological diversification complementary assets and performance

Technological Forecast amp Social Change

2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw

26

51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers

Journal of International Business Studies

2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25

52 Comparative strategic management An emergent field in international management

Journal of International Management

2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang

24

53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies

2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24

54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations

Journal of International Management

2009 Christopher Williams 23

55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India

Journal of International Management

2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy

23

56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business

2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson

23

115

57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance

Journal of World Business

2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish

23

58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse

22

59 Linking market orientation to international market selection and international performanc

International Business Review

2011 Xinming He Yingqi Wei 21

60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam

Journal of World Business

2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant

20

61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management

2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park

20

62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research

2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos

20

63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers

Journal of World Business

2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20

64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms

Journal of International Management

2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19

65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union

Journal of World Business

2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno

19

66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages

International Business Review

2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite

18

67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships

Journal of International Management

2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18

68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters

Journal of World Business

2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride

17

69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India

Journal of International Management

2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova

17

70 The attraction of contributors in free and open source software projects

Strategic Information System

2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson

15

71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies

Journal of World Business

2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

15

116

72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong

Journal of World Business

2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones

14

73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance

Journal of World Business

2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros

14

74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance

International Business Review

2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen

13

75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management

2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini

13

76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation

Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams

13

77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness

Industrial Marketing Management

2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan

12

78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit

Journal of Business Research

2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12

79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis

Journal of International Management

2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce

11

80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review

2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

8

81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness

International Business Review

2012 Joan Freixanet 8

82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry

Journal of High Technology Management Research

2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8

83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research

2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7

84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research

2013 Chih-Wen Wu 7

85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies

Industrial Marketing Management

2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6

86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China

International Business Review

2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6

87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6

117

88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms

Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella

5

89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector

International Business Review

2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang

4

91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms

Technological Forecast amp Social Change

2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez

4

92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different

Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4

93

The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits

Technological Forecast amp Social Change

2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez

4

94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies

Journal of World Business

2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani

4

95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis

Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka

4

96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries

Journal of International Management

2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4

97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation

Journal of World Business

2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar

4

98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies

Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira

3

99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research

2015 Irene Kilubi 3

100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

118

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes

Variaacuteveis IndependentesControle Amostra

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs

Journal of International Business Studies

2009

Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing

273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias

Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias

169 subsidiaacuterias de 50 EMNs

2

Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010

James R Kroes Soumen Ghosh

185 Outsource Congruence

Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)

196 empresas manufatureiras americanas

3

International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008

Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional

Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster

156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009

Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais

1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)

105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA

119

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues

142

1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo

1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial

12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007

6

Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010

Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera

132 Criatividade

1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes

74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos

7

Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010

Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value

1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos

140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003

8

How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001

Gerda Gemsera Mark A A M Leenders

107

1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over

1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial

Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento

120

9

The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000

Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos

1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados

57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana

10

On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy

2012

Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75 Competitividade para Exportaccedilatildeo

Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo

24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu

11

Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011

Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado

1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega

72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas

12

Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010

Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)

1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado

10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos

13

Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011

Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63 New product market performance

Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras

121 Empresas Multinacionais Chinesas

121

14

Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012

Panagiotis Ganotakis James H Love

58

Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade

Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios

412 PME britacircnicas de segmentos variados

15

Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012

Snejina Michailova Zaidah Mustaffa

58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias

93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009

16

Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009

Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais

Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness

424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia

17

Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015

Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo

Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa

Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica

76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas

18

Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries

Journal of International Management

2006

Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado

65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias

19

Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009

Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma

Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional

131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia

122

20

The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy

2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente

1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas

21

Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell

50

Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades

Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas

187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses

22

Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013

Ricarda B Bouncken Sascha Kraus

49

Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)

Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty

830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes

23

Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi

45

Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso

1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet

280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores

24

Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009

Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43 Desempenho Exportaccedilatildeo

1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador

262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue

123

25

Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013

Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41 Desempenho da Firma (ROA)

1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)

187 PMEs Taiwanesas

26

The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia

38 Desempenho da Firma

1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros

211 respostas de 105 empresas

27 The antecedents and consequences of successful localization

Journal of International Business Studies

2009

Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma

1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)

229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China

28

Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014

Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31 Autonomia da Subsidiaacuteria

1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros

240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas

124

29

Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer

31

Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma

Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital

2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos

30

Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015

Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1 Gestatildeo Verde

1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly

272 empresas chinesas

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

ALDO JOSEacute BRUNHARA

O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO

LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS

Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do

tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de Empresas

com ecircnfase em Gestatildeo Internacional pela Escola

Superior de Propaganda e Marketing ndash ESPM

Orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini

SAtildeO PAULO

2017

ALDO JOSEacute BRUNHARA

O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO

LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS

Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do

tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de

Empresas com ecircnfase em Gestatildeo Internacional

pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ndash

ESPM

Aprovado em _______ de _______________________ de ____________

Banca Examinadora

______________________________________________________________________

Presidente Prof Dr Felipe Mendes Borini Orientador ESPM

______________________________________________________________________

Membro Interno Prof Dr Eduardo Eugecircnio Spers ESPM

______________________________________________________________________

Membro Interno Prof Dr Juacutelio Ceacutesar Bastos de Figueiredo ESPM

______________________________________________________________________

Membro Externo Prof Dr Belmiro do Nascimento Joatildeo PUC-SP

______________________________________________________________________

Membro Externo Profa Dra Fernanda Ribeiro Cahen FEI

Agrave Deus

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM

liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de

tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o

desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel

Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo

Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das

atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica

Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI

natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado

Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos

Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e

Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy

Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos

meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por

minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo

RESUMO

O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a

formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific

Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese

foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na

discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa

do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no

Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e

serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o

sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute

associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de

capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)

Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a

subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional

Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI

de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da

propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades

internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos

estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-

FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade

Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de

estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs

e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de

contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das

multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de

capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente

Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global

Estrateacutegia Internacional

ABSTRACT

The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy

with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of

Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the

resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the

discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey

was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289

valid responses were received from various segments industry commerce and services

To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial

Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-

FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of

LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs

present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer

knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms

this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory

(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership

and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in

the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on

Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from

the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally

it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of

Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs

in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to

management it supports in the definition of the strategic management model of

multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of

competitive organizational capacities from an emerging country

Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation

International Strategy

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53

Tabela 4 - Construto Ambidestria 54

Tabela 5 - Construto Competitividade 55

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

56

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63

Tabela 12 - VIF do Modelo 64

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12

2 REVISAtildeO LITERARATURA 16

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35

3 HIPOacuteTESES 43

31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44

4 METODOLOGIA 49

41 Abordagem 49

42 Meacutetodo 50

43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65

5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66

51 Anaacutelise do Modelo 66

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70

6 DISCUSSAtildeO 73

7 CONCLUSAtildeO 77

REFEREcircNCIAS 79

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-

CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION 103

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-

CHAVE COMPETITIVENESS 111

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de

Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific

Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs

Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades

organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para

diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da

multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da

matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-

alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem

mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo

ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou

das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-

FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e

que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-

FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias

brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs

Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010

2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a

Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em

recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos

mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of

Managment Research Policy International Business Review Journal of Business

Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes

palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e

Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de

pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade

da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho

das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista

da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos

sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de

NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes

11

Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a

subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw

amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke

2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por

abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que

exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez

1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison

1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez

que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o

mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a

Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora

de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da

multinacional

Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local

Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp

Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas

capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo

independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente

Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp

Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e

desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute

existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para

melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais

localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo

a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non

Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma

a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver

capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost

12

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela

firma para diferentes mercados

Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia

ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais

e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede

da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke

2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias

estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da

estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de

pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local

Bound FSAs

11 Objetivos

111 Geral

O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e

Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave

NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima

permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica

Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs

112 Especiacuteficos

I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e

Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages)

13

II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da

subsidiaacuteria

III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-

FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages

Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa

na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais

e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na

Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na

formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua

rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de

transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens

competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas

multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias

oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp

Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr

2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen

Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning

2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp

Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp

Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter

1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp

Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007

Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp

Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem

vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp

Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas

FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes

14

sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta

amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs

em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu

mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com

menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976

Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney

amp Hesterly 2007 Porter 1990)

Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros

e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no

desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma

Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades

fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias

internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que

permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar

por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary

Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp

Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender

distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa

subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede

diferenciada da multinacional

Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente

como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas

capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global

(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o

fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das

subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de

conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas

desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

15

Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)

mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e

exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem

capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens

competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em

mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke

2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound

- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp

Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da

Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um

tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores

pesquisas (Rossetto 2014)

Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor

compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses

emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de

estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a

capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior

Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves

demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo

estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem

sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de

vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o

fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional

16

2 REVISAtildeO LITERARATURA

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs

As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com

subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir

estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que

busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de

Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo

para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as

fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes

denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco

no Ownership e na Internalization

As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo

da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias

vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e

capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980

1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo

geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente

de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo

notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos

materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e

portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em

que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas

capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp

Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar

capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos

mercados locais e internacionais

Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a

principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir

seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita

desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a

17

funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus

concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos

ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as

demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo

local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural

econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp

Bartlett 1990)

Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma

as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de

estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de

sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo

raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas

sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999

Wernerfelt 1995)

Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes

gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores

como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas

operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e

Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas

e aceitas

Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que

os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais

no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem

dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-

subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a

pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980

Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como

um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem

ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo

Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta

capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo

em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais

Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de

operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta

18

agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da

multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto

grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para

atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras

unidades

A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que

operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de

ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e

operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado

entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam

desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de

capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da

definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as

direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria

Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as

subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo

das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes

possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local

e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)

Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo

contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da

firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos

pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora

de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp

Verbeke 2001)

Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e

Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades

receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon

1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das

estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994

Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem

competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem

19

especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988

Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages

Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do

trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as

estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de

transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um

gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que

satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva

Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a

realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o

conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de

gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem

capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores

como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de

coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja

de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar

produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo

(Rugman 2009)

Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios

elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos

financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia

conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas

e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos

estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados

(Rugman amp Verbeke 2001)

As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o

mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e

outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non

Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees

20

(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -

Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de

vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais

ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam

a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de

atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia

de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma

capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific

Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das

habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou

demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por

exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender

requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para

consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades

organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos

diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila

especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas

formas de produccedilatildeo ou produtos

Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para

entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo

na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma

CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela

firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho

da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao

transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na

cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro

da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede

(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma

busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica

governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de

21

subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades

desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a

subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett

amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)

Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito

da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o

desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades

mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao

desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro

estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos

e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs

Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz

e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de

relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood

(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as

subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade

definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades

individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness

e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel

Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees

para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da

perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional

aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)

tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp

Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo

mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do

mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)

Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais

empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais

uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das

regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de

forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995)

22

Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados

pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a

partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas

CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da

subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram

que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996

a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando

portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a

subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da

EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas

Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost

Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional

reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma

subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees

para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou

desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos

Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das

influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com

o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como

universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -

Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo

objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e

Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz

parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os

fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar

processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e

disponibilidade de matildeo de obra especializada

Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de

conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para

desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e

23

mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma

operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre

nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta

tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global

em um paiacutes desenvolvido

Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como

disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel

internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo

de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo

como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias

como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a

teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration

(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que

direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de

desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim

como para atender as demandas do mercado

Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde

altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias

podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o

desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp

Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood

1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma

FSA (Rugman amp Verbeke 2001)

Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da

localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou

os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados

Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis

potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados

localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das

universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em

PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD

Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente

pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo

24

sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada

com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de

maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa

Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes

considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do

ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia

Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia

do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que

possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-

FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja

um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a

inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional

Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-

se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e

competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme

em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign

2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por

meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)

Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de

paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman

Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da

escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais

complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de

capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico

e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos

niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado

sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades

relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo

de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de

controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo

organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)

aos equipamentos

Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso

modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes

25

emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas

consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento

de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo

como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e

aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees

de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas

multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de

desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode

ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas

para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de

produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas

Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos

determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias

brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar

e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento

criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional

Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de

inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos

ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs

na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para

assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs

transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio

de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese

foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua

capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw

e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)

23 Competitividade

26

A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da

intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de

substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as

estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no

setor

Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade

o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam

substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a

Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp

Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na

lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas

para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no

ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)

Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem

competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do

que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o

consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo

baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual

possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos

com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de

absorver este conhecimento

Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela

empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie

barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da

empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com

capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e

disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo

e eficiecircncia operacional

Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo

de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de

produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing

por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela

27

qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada

(Barney amp Herstley 2007)

O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em

custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de

produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias

competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam

fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos

requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo

enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios

criativos

Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas

estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas

e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de

produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir

para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem

competitiva sustentaacutevel

Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como

satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas

(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual

descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho

da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de

qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis

Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica

causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do

valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado

compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho

operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da

vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira

geralmente vinculada agrave lucratividade

Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva

(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem

competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo

e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o

28

know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos

produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo

Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia

positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas

capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas

anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de

vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos

disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo

influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam

riscos

Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria

Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios

centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de

que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel

delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-

subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo

sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da

localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma

Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de

produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack

Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia

tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco

fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e

processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores

e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -

flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo

para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015)

Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente

organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell

2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades

de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o

desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos

humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode

29

desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o

comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et

al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir

situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e

da produtividade dos subordinados

Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu

estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva

entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva

sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade

e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade

promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos

nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas

capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como

em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a

estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e

demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da

Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo

da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp

Johnston 2009)

Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em

seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo

Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos

administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim

como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de

custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e

nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)

corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de

relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas

espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades

de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e

processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem

especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua

Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de

30

Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior

demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade

Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo

de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores

da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos

humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design

industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos

(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o

sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro

estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em

desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na

configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia

na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a

inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em

produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a

Competitividade da firma

No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim

e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de

manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a

diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de

natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com

10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)

concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo

afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre

produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a

inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da

multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas

poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos

mercados alvo

Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo

na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a

intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com

o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de

preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos

31

negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo

da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no

mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento

Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de

solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos

autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional

fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro

lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver

uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite

a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental

torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)

Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o

tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno

e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio

agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem

por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas

competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas

fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua

maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como

produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos

fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas

dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e

pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na

vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)

que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam

como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e

recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas

Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e

Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias

empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da

firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as

suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as

que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais

resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo

32

radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs

compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar

um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o

ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza

No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade

Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da

gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos

produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131

subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea

de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do

conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de

melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do

VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja

para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos

processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte

para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly

2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)

Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o

escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996

e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)

Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode

ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente

Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que

consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da

organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da

firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento

mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e

sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades

matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria

Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento

e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades

fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a

matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais

matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia

33

ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se

confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o

niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar

conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo

do conhecimento

Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem

compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma

economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel

delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para

implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para

o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam

tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da

EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de

parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente

afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como

importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o

desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e

Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam

desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre

de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses

desenvolvidos

Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)

com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a

confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor

desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o

compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor

desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas

No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade

Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o

conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com

multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos

produtos lanccedilados no mercado

Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas

operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que

34

capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho

operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e

produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de

qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua

Competitividade

Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e

competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas

pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva

tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar

seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para

melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e

desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam

ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar

os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e

Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui

para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration

Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de

Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do

ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de

Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor

posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o

35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo

econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas

cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as

operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por

consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas

e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro

lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas

Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam

no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano

consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse

das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo

agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo

35

24 Ambidestria

O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais

citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas

estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as

estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos

produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente

disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto

(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da

empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser

considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da

deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de

March (1991) e de Levinthal e March (1993)

O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia

entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a

estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido

ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo

a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de

descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash

o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por

exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso

no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos

concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja

superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)

abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual

a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade

mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem

imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa

Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam

ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala

e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo

agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a

36

organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990

1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar

radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees

internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global

de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp

Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro

Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas

ambidestras (March 1991)

No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu

estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas

como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo

fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e

estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o

sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre

Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw

(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute

seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura

pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que

denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41

unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a

Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis

alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por

pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar

o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar

e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura

He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca

ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)

com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual

com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e

adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para

responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito

competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves

necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende

entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros

37

Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a

Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis

cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos

particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do

estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um

facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo

Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma

da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos

sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco

correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns

modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou

adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o

aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)

aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo

e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como

os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as

estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991)

A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo

tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de

negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente

conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman

2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a

firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo

incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior

sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de

identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com

equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as

tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente

demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na

teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas

Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em

que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas

que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de

38

relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as

mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no

longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos

processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades

novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst

amp Raisch 2005)

Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e

Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees

estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo

associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo

de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica

ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)

Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo

no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da

decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista

estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo

orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a

descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho

organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a

eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp

Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)

Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um

melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um

consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do

meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma

alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais

a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem

mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as

tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um

caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para

equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos

existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de

entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas

39

Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria

na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a

criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno

Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo

e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia

organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249

empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees

no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das

organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como

Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute

emergente no mundo organizacional

Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos

como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia

tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa

e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes

concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos

abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e

a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os

processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation

como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos

existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp

Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem

as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental

Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o

ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar

uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende

das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo

Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees

entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e

a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration

e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior

centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as

atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis

40

Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por

Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou

melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou

ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo

para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento

pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel

em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade

(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e

aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e

mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria

Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades

sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa

do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o

veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da

Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)

corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em

serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que

podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um

ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra

tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de

melhoria seja de criaccedilatildeo

Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi

realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases

Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business

Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas

100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e

Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos

quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos

buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando

diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por

tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados

emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia

Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com

141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou

41

compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores

das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e

Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma

empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual

satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com

experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em

comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees

na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao

trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees

interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como

criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a

codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing

(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e

Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as

estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de

diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia

(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas

(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as

condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees

entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades

organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da

organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do

desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para

esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen

Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas

oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se

adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em

mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas

americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio

complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a

Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no

desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration

novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma

criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel

42

Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de

automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e

Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam

como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e

controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)

para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores

satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos

clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e

confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas

estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional

e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma

Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de

Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp

Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)

Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4

ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e

Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades

NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional

43

3 HIPOacuteTESES

31 Modelo

O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He

amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para

atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para

a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a

subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

conforme modelo da tese (Figura 1)

Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

44

32 Hipoacuteteses

Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de

TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que

satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter

competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et

al 2012 Nascimento et al 2014)

Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia

Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al

2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp

Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que

atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-

prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos

institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade

assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com

tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus

concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e

melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute

produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como

por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do

produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras

locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de

se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo

2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp

Lavie 2014 Tiwana 2008)

As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus

operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves

capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as

estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo

Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos

produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)

45

No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de

Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em

termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de

canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode

utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e

pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou

campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-

Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa

amp Faia 2017)

Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais

por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos

sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira

nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-

alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)

Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e

desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam

formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado

mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos

podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais

centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em

privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo

Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como

variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a

variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria

com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em

forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

46

A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam

derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et

al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos

que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando

capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade

superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem

refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas

do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os

concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas

Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede

externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que

necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson

Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)

Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a

subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp

Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-

Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de

tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e

superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da

matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades

desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a

subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang

et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as

demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do

consumidor

Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz

pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este

mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que

47

caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em

absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se

transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman

amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo

de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai

2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes

fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades

especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006

Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006

Raisch amp Birkinshaw 2008)

Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo

em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas

mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho

competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015

Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009

Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao

mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que

seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado

brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis

na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -

Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta

maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp

Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)

consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-

FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir

48

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas

hipoacuteteses adicionais

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade

H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA

49

4 METODOLOGIA

Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de

accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino

(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo

de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a

abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de

anaacutelises dos dados

41 Abordagem

Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)

considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na

qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-

experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas

que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de

perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados

Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa

quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais

assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de

identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses

testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise

dos dados

Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a

pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas

variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de

universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios

ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se

levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com

cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)

50

Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa

de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a

tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem

capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash

Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local

e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

42 Meacutetodo

Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a

determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por

meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr

et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI

ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso

escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo

como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais

Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas

do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras

e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de

segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos

A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento

telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos

departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta

amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado

pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de

Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de

Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com

4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as

atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e

telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas

51

Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7

gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que

pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que

de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das

perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia

Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails

convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento

do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302

questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing

values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas

Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas

possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento

conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Alemanha 65

Estados Unidos 65

Itaacutelia 37

Argentina 15

Franccedila 14

Suiacuteccedila 13

Japatildeo 11

Europa 10

Sueacutecia 8

Espanha 8

Finlacircndia 7

Holanda 6

China 4

Meacutexico 3

Aacuteustria 3

Portugal 3

Dinamarca 3

continua

52

conclusatildeo

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Beacutelgica 2

Canadaacute 2

Inglaterra 2

Austraacutelia 1

Boliacutevia 1

Costa Rica 1

Peru 1

Turquia 1

Ucracircnia 1

Aacutefrica do Sul 1

Aacutesia 1

Total 260 29

90 10

Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa

Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir

observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou

Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield

construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil

Modo de Entrada no Brasil

Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43

Alianccedila ou JV 93 32

Greenfield 71 25

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado

brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias

desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre

mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica

e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir

53

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil

Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado

1901-1910 5 2 2

1911-1920 1 0 2

1921-1930 2 1 3

1931-1940 1 0 3

1941-1950 2 1 4

1951-1960 10 3 7

1961-1970 24 8 15

1971-1980 38 13 28

1981-1990 26 9 37

1991-2000 97 34 71

2001-2015 83 29 100

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

43 Teacutecnica de Pesquisa

Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme

definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados

primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas

importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja

explicar

Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio

com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash

Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com

perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo

estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7

lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas

4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta

tese

54

Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e

Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da

variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado

local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28

P29 P30 descritas na tabela que segue

Tabela 4 - Construto Ambidestria

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou

Exploration He e Wong

(2004)

P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo

P24 Ampliar os tipos de produtos

P25 Abrir novos mercados

P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas

Exploitation He e Wong

(2004)

P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes

P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo

P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo

P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

55

Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por

Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber

Tabela 5 - Construto Competitividade

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua

Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais

concorrentes

P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta

qualidade comparados aos principais concorrentes

P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em

comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente

externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a

responder mais rapidamente agraves demandas do mercado

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade

tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost

Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e

Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram

selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente

desenvolveu novos

LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P31 Produtos

P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo

P33 Processos de marketing

P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located

Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado

de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e

Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com

as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber

56

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria

constantemente transferiu para a matriz novos

NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P36 Produtos

P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo

P38 Processos de marketing

P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados

As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o

modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees

estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre

os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)

Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

conforme exibe a Figura 3

As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)

A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as

variaacuteveis latentes do modelo desta tese

57

Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo

Fonte Dados da pesquisa

Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si

porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que

seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis

Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda

ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos

indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation

No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada

uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo

confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo

indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees

exploradas pelo Modelo

58

Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS

Fonte Dados da pesquisa

45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)

Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo

(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores

e construtos

Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo

reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency

reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem

extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos

e os reflexivos

59

Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo

Fonte Hair Jr et al (2014)

Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de

mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o

compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto

Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees

que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um

Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)

Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os

valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite

Reliability e 05 para o AVE

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna

Cronbachs

Alpha

rho_A Composite

Reliability

Average Variance

Extracted (AVE)

Ambidestria 0913 0915 0929 0623

Competitividade 0878 0884 0911 0672

Exploitation 0878 0879 0916 0733

Exploration 0872 0877 0913 0724

LB-FSA 0889 0900 0923 0750

NLB-FSA 0957 0958 0969 0885

Fonte Dados da Pesquisa

60

O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto

conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre

os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles

devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach

elevado (acima de 07)

O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach

mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume

que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute

considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que

medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado

a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07

O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada

por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado

do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia

natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma

120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2

(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894

Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores

ideiais satildeo dos indicadores acima 07

A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia

das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto

da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue

explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue

esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores

61

47 Validade Convergente (Convergent Validity)

Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel

latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute

observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles

teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores

do Modelo

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0874

q23 0810

q24 0881

q24 0836

q25 0789

q25 0700

q26 0857

q26 0799

q27 0820

q27 0791

q28 0877

q28 0813

q29 0885

q29 0804

q30 0841

q30 0751

q31 0888

q32 0911

q33 0820

q35 0843

q36 0925

q37 0955

q38 0943

q40 0941

q89 0855

q90 0793

q91 0849

q92 0810

q93 0789

Fonte Dados da Pesquisa

Vemos que todos os loadings possuem valores adequados

1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte

consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o

uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05

62

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)

A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos

demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos

diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do

discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker

criterion

Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os

indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre

indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles

refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o

construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois

natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo

O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um

construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz

quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os

demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de

um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em

outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a

seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja

mais associada a seus indicadores

A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas

anteriormente

63

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0308 0620 0878 0572 0232

q24 0313 0663 0882 0578 0204

q25 0297 0503 0782 0452 0096

q26 0346 0618 0856 0521 0217

q27 0335 0815 0645 0446 0049

q28 0361 0879 0630 0475 0137

q29 0308 0886 0605 0448 0245

q30 0265 0843 0552 0456 0179

q31 0300 0470 0628 0889 0333

q32 0370 0569 0637 0911 0324

q33 0305 0354 0425 0820 0318

q35 0370 0426 0451 0841 0346

q36 0243 0179 0207 0346 0925

q37 0214 0156 0189 0343 0955

q38 0267 0193 0250 0369 0943

q40 0245 0147 0198 0370 0941

q89 0854 0320 0349 0312 0205

q90 0791 0339 0384 0404 0190

q91 0849 0266 0281 0284 0251

q92 0812 0318 0260 0339 0228

q93 0789 0264 0215 0217 0179

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Competitividade 0820

Exploitation 0371 0856

Exploration 0371 0710 0851

LB-FSA 0388 0533 0627 0866

NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941

Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem

conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do

discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores

e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente

Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais

elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior

correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel

Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante

de variaacuteveis de ordem mais elevada

64

49 Anaacutelise do Modelo Estrutural

Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as

variaacuteveis latentes do modelo

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes

Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro

passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as

variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das

regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os

resultados do VIF2 do Modelo

Tabela 12 - VIF do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732

Competitividade 1238

Exploitation

Exploration

LB-FSA 1648 1712

NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos

os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)

2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um

coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do

VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de

colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada

de 4

65

411 Qualidade de Ajuste do Modelo

A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade

Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador

de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior

que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O

segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o

quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de

002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo

Modelo

Competitividade 0116

Exploitation 0586

Exploration 0581

LFB-FSA 0270

NLB-FSA 0131

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003

Competitividade 0020

Exploitation

Exploration

LB-FSA 0038 0095

NLB-FSA

Fonte Dados da Pesquisa

Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente

baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o

Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel

Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos

comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute

importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A

Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais

variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo

66

5 ANAacuteLISE DOS DADOS

51 Anaacutelise do Modelo

A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e

suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap

Path Coefficients T statistics

Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo

Variaacutevel

Exoacutegena

Variaacutevel

Endoacutegena

LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs

Ambidestria 0627 0260 -0071

(t-statistic) (11497) (2602) (1105)

LB-FSAs 0226 0369

(t-statistic) (2353) (6489)

Competitividade 0143

(t-statistic) (2703)

(Rsup2) (0393) (0192) (0162)

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Fonte Dados da Pesquisa

Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros

nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path

Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem

sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de

67

um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-

padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2

(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada

como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de

0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por

exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute

explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um

dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de

196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham

o sinal corretamente estimado

Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a

Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do

coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja

uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute

de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido

em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima

o efeito de Ambidestria em NLB-FSA

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese

Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que

orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos

consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais

pudemos chegar

bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages

Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo

de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo

estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA

(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um

efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1

68

bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre

Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar

com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute

correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam

H2

bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de

significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e

NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que

NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita

A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses

Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado

H1 Empresas ambidestras tecircm

associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound -

Firm Specific Advantages)

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

001 Aceita

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located

Bound - Firm Specific Advantages) estaacute

associada positivamente agrave

Competitividade

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H3 A Competitividade estaacute associada

positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific

Advantages)

NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre

Ambidestria e Competitividade

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA e NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001)

001 Aceita

H5 Competitividade media associaccedilatildeo

entre LB-FSA e NLB-FSA

LB-FSA NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

005 Aceita

69

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001) Competitividade

(Yang et al 2015)

Fonte Dados da Pesquisa

70

No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a

ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente

de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a

Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de

001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a

formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA

tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para

verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado

pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-

FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta

mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir

53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo

Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A

pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria

um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para

realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no

qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta

inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e

se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3

3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma

119911 =119886119887

radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887

2)

Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o

coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da

71

A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo

z

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo

variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem

sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que

a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA

A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de

mediaccedilatildeo

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel

Significacircncia

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

Fonte Dados da Pesquisa

De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)

observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos

indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a

Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que

haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade

Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia

que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao

mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o

desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e

relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel

mediadora e variaacutevel dependente

72

qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs

podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com

as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute

efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da

mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na

formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis

LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva

e transfira NLB-FSAs

73

6 DISCUSSAtildeO

Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo

de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos

(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma

Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar

seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para

atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e

produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim

como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e

Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp

Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004

Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo

necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais

produtos e serviccedilos

Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para

a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada

definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a

influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas

decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie

2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a

utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem

organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades

nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos

(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al

2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez

que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias

de empresas multinacionais que atuam no Brasil

Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens

especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave

Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter

1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua

74

com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais

competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp

Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp

Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo

das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais

correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta

com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado

faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as

demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al

2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao

considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um

mercado emergente no caso o Brasil

Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade

para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand

amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese

contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de

capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo

de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai

2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem

preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp

Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente

colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que

ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional

e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)

75

Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras

instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender

ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente

transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da

multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria

obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas

como NLB-FSAs

Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta

de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -

Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas

locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da

multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp

Verbeke 2001)

Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam

que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong

2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver

novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes

(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na

forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke

2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da

Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)

Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades

organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade

da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da

diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a

possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de

NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson

1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo

sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a

76

primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA

(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo

Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional

(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a

Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com

menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que

a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave

Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade

eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria

ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode

obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell

amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese

contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela

EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser

transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke

2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp

Herstely 2007)

77

7 CONCLUSOtildeES

Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-

FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a

Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel

afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem

associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com

a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade

tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de

NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria

de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo

de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos

especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration

e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais

LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado

local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a

Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades

organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua

Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3

confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao

fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e

demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua

Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras

unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um

novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo

de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber

mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um

Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma

que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das

78

empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de

multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs

Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para

a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em

mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas

gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto

de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses

(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem

destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras

variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada

paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada

mercado entre outras

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APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman 590

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383

3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264

5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219

6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies

2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162

7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology

Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140

8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132

9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak

126

10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas 122

11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112

96

12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103

14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures

Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99

15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99

16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87

18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo

84

19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80

20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77

21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li 75

22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75

23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis

Journal of Mangement Information Systems

2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75

24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm

Technological Forecating amp Social Charge

2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67

97

26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation

Academy of Management Journal

2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective

Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen

59

29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58

31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance

Strategic Management Journal

2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger

58

32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition

Journal of International Business Studies

2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54

34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies

2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52

35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51

36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers

Journal of International Management

2010 Peter Ping Li 51

37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

50

38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46

39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46

98

40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43

41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42

42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance

Journal of International Management

2009 Robin Teigland Molly Wasko 37

43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning

Technological Forecating amp Social Charge

2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37

44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital

International Business Review

2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story

36

45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies

2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36

46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China

Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31

47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India

Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29

48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms

Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28

49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study

Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni

28

50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view

International Business Review

2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber

28

51 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

27

52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs

Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23

53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model

Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21

99

54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners

Journal of International Business Studies

2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21

55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations

Journal of International Business Studies

2015 L Felipe Monteiro 21

56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries

Journal of International Business Studies

2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee

20

57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries

International Business Review

2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20

58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture

Journal of International Management

2007 Malika Richards Yi Yang 19

59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm

International Business Review

2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona

18

60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership

Journal of International Business Studies

2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle

17

61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector

Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio

17

62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China

Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17

63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy

Journal of International Management

2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj

16

64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances

International Business Review

2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan

16

65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates

Journal of International Management

2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey

14

66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies

2016 C Annique Um 11

67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis

Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin

11

100

68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks

Research Policy 2013 Franz Huber 10

69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance

International Business Review

2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10

70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration

Research Policy 2016 Jian Wang 9

71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy

Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9

72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations

Journal of International Management

2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu

8

73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing

The Journal of Strategic Information System

2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan

8

74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons

Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein

6

75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke

6

76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India

Journal of International Management

2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6

77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries

Journal of International Management

2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park

5

78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation

International Business Review

2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak

5

79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt

International Business Review

2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton

5

80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study

Journal of International Business Studies

2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu

4

81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4

101

82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge

2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh

4

84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4

85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization

Journal of International Business Studies

2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt

3

86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases

Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3

87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi

3

88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity

Academy of Management Journal

2014 Janet K Tinoco 2

89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy

Journal of International Management

2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1

90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations

International Business Review

2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell

1

91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity

Technological Forecating amp Social Charge

2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1

92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research

2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1

93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration

Journal of Business Research

2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1

94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities

Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0

102

95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan

Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann

0

96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust

Journal of International Management

2017 Juana Du Christopher Williams 0

97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs

International Business Review

2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten

0

98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review

2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0

99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth

International Business Review

2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson

0

100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems

Technological Forecating amp Social Charge

2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira

0

Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

103

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY

EXPLORATION E EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra

1

The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman

590

1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma

1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times

Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity

Research Policy

2007

Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent

Cognitive Distance

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

3

Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006

Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo

100 simulaccedilotildees

4 Internationalising in small incremental or larger steps

Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk

264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment

1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico

83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu

104

5

Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy

2008

Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

6 Effects of firm resources on growth in multinationality

Journal of International Business Studies

2007

Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162 Crescimento em multinacionalidade

1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria

Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas

7

Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer

132 Estrateacutegia percebida

1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado

325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia

8

Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel David P Lepak

99

Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation

Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)

215 empresas do setor de tecnologia americano

105

9

The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas

122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time

1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto

96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes

10

Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez

112 Performace Value Market Value

Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation

190 empresas de software americano

11

Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy

2008

Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease

Tecnhological Diversification 985 patentes

106

12

How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel

103

Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)

Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes

215 empresas do setor de tecnologia americano

13

Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project

Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration

142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations

14

Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012

Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87 Unit Performance Profitability

Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo

285 European finance organization units

107

15

The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009

Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol

84

Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist

Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)

Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades

16

The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw

80

Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes

Ambidexterity Alignment and Adaptation

4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais

17

Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro

77

Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members

Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958

18

Balancing exploration and exploitation in alliance formation

Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff

75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration

Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year

Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes

19

Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li

75 Inovaccedilatildeo do produto

1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria

Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003

108

20

Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014

Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais

1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees

Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)

21

The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation

Academy of Management Journal

2008

Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past

Economic Conditions and Environmental treat

163 US Theaters

22

Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco

1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional

431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008

109

23

Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy

2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training

RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners

457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas

24

Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray

58

Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global

40 firms for cluster analysis

25

How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013

Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento

-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura

Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses

26

Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science

2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong

51 Sales Grouwth Rate

Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption

206 Manufacturing firms

110

27

The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy

2009

Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off

Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities

229 Patents in Taiwan

28

Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr

46 Organization Slack Available and Rcoverable

Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms

29

Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy

2013

Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43 Change innovation in economic Crisis

hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation

2500 firmas Britacircnicas

30

Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014

Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao

42 Firm Valuation

Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances

753 Patent information from 1984 to 2006

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

111

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies

2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273

2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185

3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142

6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera

132

7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry

Journal of International Business Studies

2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132

8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M

107

9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance

Journal of Product Innovation

2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90

12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75

13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

112

14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets

Journal of Product Innovation

2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry

69

15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63

17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58

18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58

19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54

21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries

Journal of International Management

2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy 2012 Knut Blind 51

24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell 50

25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49

26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi 45

27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43

113

28 Characterizing service networks for moving from products to solutions

Industrial Marketing Management

2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani

43

29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41

30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment

Journal of International Business Studies

2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41

31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD

Journal of International Business Studies

2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki

40

32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management

Journal of International Management

2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39

33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies

2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38

35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection

Journal of International Management

2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38

36 Company competencies as a network the role of product development

Journal of Product Innovation

2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove

38

37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process

Journal of High Technology Management Research

2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37

38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35

39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business

2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim

35

40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness

Journal of Product Innovation

2000 Perks H 32

41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market

International Business Review

2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu

31

114

42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico

Technological Forecast amp Social Change

2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel

31

43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31

44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31

45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility

Journal of World Business

2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park

30

46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries

Journal of International Management

2007 Brent B Allred Walter G Park 29

47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation

Journal of International Management

2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29

48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals

Journal of World Business

2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang

28

49 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

28

50 Technological diversification complementary assets and performance

Technological Forecast amp Social Change

2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw

26

51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers

Journal of International Business Studies

2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25

52 Comparative strategic management An emergent field in international management

Journal of International Management

2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang

24

53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies

2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24

54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations

Journal of International Management

2009 Christopher Williams 23

55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India

Journal of International Management

2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy

23

56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business

2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson

23

115

57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance

Journal of World Business

2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish

23

58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse

22

59 Linking market orientation to international market selection and international performanc

International Business Review

2011 Xinming He Yingqi Wei 21

60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam

Journal of World Business

2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant

20

61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management

2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park

20

62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research

2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos

20

63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers

Journal of World Business

2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20

64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms

Journal of International Management

2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19

65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union

Journal of World Business

2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno

19

66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages

International Business Review

2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite

18

67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships

Journal of International Management

2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18

68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters

Journal of World Business

2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride

17

69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India

Journal of International Management

2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova

17

70 The attraction of contributors in free and open source software projects

Strategic Information System

2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson

15

71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies

Journal of World Business

2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

15

116

72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong

Journal of World Business

2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones

14

73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance

Journal of World Business

2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros

14

74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance

International Business Review

2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen

13

75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management

2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini

13

76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation

Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams

13

77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness

Industrial Marketing Management

2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan

12

78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit

Journal of Business Research

2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12

79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis

Journal of International Management

2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce

11

80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review

2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

8

81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness

International Business Review

2012 Joan Freixanet 8

82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry

Journal of High Technology Management Research

2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8

83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research

2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7

84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research

2013 Chih-Wen Wu 7

85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies

Industrial Marketing Management

2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6

86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China

International Business Review

2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6

87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6

117

88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms

Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella

5

89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector

International Business Review

2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang

4

91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms

Technological Forecast amp Social Change

2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez

4

92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different

Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4

93

The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits

Technological Forecast amp Social Change

2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez

4

94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies

Journal of World Business

2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani

4

95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis

Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka

4

96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries

Journal of International Management

2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4

97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation

Journal of World Business

2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar

4

98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies

Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira

3

99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research

2015 Irene Kilubi 3

100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

118

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes

Variaacuteveis IndependentesControle Amostra

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs

Journal of International Business Studies

2009

Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing

273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias

Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias

169 subsidiaacuterias de 50 EMNs

2

Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010

James R Kroes Soumen Ghosh

185 Outsource Congruence

Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)

196 empresas manufatureiras americanas

3

International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008

Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional

Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster

156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009

Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais

1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)

105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA

119

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues

142

1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo

1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial

12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007

6

Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010

Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera

132 Criatividade

1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes

74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos

7

Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010

Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value

1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos

140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003

8

How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001

Gerda Gemsera Mark A A M Leenders

107

1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over

1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial

Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento

120

9

The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000

Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos

1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados

57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana

10

On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy

2012

Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75 Competitividade para Exportaccedilatildeo

Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo

24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu

11

Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011

Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado

1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega

72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas

12

Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010

Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)

1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado

10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos

13

Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011

Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63 New product market performance

Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras

121 Empresas Multinacionais Chinesas

121

14

Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012

Panagiotis Ganotakis James H Love

58

Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade

Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios

412 PME britacircnicas de segmentos variados

15

Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012

Snejina Michailova Zaidah Mustaffa

58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias

93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009

16

Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009

Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais

Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness

424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia

17

Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015

Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo

Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa

Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica

76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas

18

Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries

Journal of International Management

2006

Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado

65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias

19

Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009

Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma

Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional

131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia

122

20

The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy

2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente

1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas

21

Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell

50

Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades

Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas

187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses

22

Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013

Ricarda B Bouncken Sascha Kraus

49

Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)

Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty

830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes

23

Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi

45

Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso

1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet

280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores

24

Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009

Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43 Desempenho Exportaccedilatildeo

1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador

262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue

123

25

Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013

Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41 Desempenho da Firma (ROA)

1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)

187 PMEs Taiwanesas

26

The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia

38 Desempenho da Firma

1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros

211 respostas de 105 empresas

27 The antecedents and consequences of successful localization

Journal of International Business Studies

2009

Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma

1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)

229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China

28

Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014

Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31 Autonomia da Subsidiaacuteria

1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros

240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas

124

29

Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer

31

Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma

Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital

2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos

30

Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015

Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1 Gestatildeo Verde

1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly

272 empresas chinesas

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

ALDO JOSEacute BRUNHARA

O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO

LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS

Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do

tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de

Empresas com ecircnfase em Gestatildeo Internacional

pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ndash

ESPM

Aprovado em _______ de _______________________ de ____________

Banca Examinadora

______________________________________________________________________

Presidente Prof Dr Felipe Mendes Borini Orientador ESPM

______________________________________________________________________

Membro Interno Prof Dr Eduardo Eugecircnio Spers ESPM

______________________________________________________________________

Membro Interno Prof Dr Juacutelio Ceacutesar Bastos de Figueiredo ESPM

______________________________________________________________________

Membro Externo Prof Dr Belmiro do Nascimento Joatildeo PUC-SP

______________________________________________________________________

Membro Externo Profa Dra Fernanda Ribeiro Cahen FEI

Agrave Deus

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM

liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de

tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o

desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel

Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo

Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das

atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica

Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI

natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado

Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos

Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e

Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy

Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos

meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por

minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo

RESUMO

O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a

formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific

Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese

foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na

discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa

do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no

Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e

serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o

sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute

associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de

capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)

Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a

subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional

Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI

de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da

propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades

internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos

estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-

FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade

Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de

estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs

e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de

contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das

multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de

capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente

Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global

Estrateacutegia Internacional

ABSTRACT

The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy

with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of

Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the

resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the

discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey

was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289

valid responses were received from various segments industry commerce and services

To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial

Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-

FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of

LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs

present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer

knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms

this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory

(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership

and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in

the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on

Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from

the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally

it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of

Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs

in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to

management it supports in the definition of the strategic management model of

multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of

competitive organizational capacities from an emerging country

Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation

International Strategy

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53

Tabela 4 - Construto Ambidestria 54

Tabela 5 - Construto Competitividade 55

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

56

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63

Tabela 12 - VIF do Modelo 64

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12

2 REVISAtildeO LITERARATURA 16

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35

3 HIPOacuteTESES 43

31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44

4 METODOLOGIA 49

41 Abordagem 49

42 Meacutetodo 50

43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65

5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66

51 Anaacutelise do Modelo 66

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70

6 DISCUSSAtildeO 73

7 CONCLUSAtildeO 77

REFEREcircNCIAS 79

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-

CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION 103

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-

CHAVE COMPETITIVENESS 111

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de

Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific

Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs

Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades

organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para

diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da

multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da

matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-

alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem

mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo

ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou

das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-

FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e

que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-

FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias

brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs

Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010

2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a

Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em

recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos

mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of

Managment Research Policy International Business Review Journal of Business

Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes

palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e

Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de

pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade

da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho

das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista

da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos

sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de

NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes

11

Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a

subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw

amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke

2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por

abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que

exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez

1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison

1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez

que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o

mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a

Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora

de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da

multinacional

Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local

Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp

Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas

capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo

independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente

Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp

Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e

desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute

existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para

melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais

localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo

a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non

Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma

a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver

capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost

12

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela

firma para diferentes mercados

Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia

ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais

e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede

da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke

2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias

estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da

estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de

pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local

Bound FSAs

11 Objetivos

111 Geral

O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e

Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave

NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima

permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica

Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs

112 Especiacuteficos

I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e

Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages)

13

II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da

subsidiaacuteria

III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-

FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages

Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa

na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais

e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na

Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na

formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua

rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de

transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens

competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas

multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias

oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp

Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr

2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen

Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning

2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp

Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp

Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter

1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp

Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007

Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp

Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem

vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp

Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas

FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes

14

sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta

amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs

em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu

mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com

menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976

Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney

amp Hesterly 2007 Porter 1990)

Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros

e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no

desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma

Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades

fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias

internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que

permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar

por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary

Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp

Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender

distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa

subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede

diferenciada da multinacional

Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente

como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas

capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global

(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o

fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das

subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de

conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas

desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

15

Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)

mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e

exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem

capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens

competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em

mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke

2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound

- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp

Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da

Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um

tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores

pesquisas (Rossetto 2014)

Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor

compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses

emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de

estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a

capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior

Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves

demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo

estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem

sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de

vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o

fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional

16

2 REVISAtildeO LITERARATURA

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs

As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com

subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir

estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que

busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de

Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo

para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as

fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes

denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco

no Ownership e na Internalization

As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo

da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias

vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e

capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980

1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo

geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente

de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo

notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos

materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e

portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em

que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas

capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp

Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar

capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos

mercados locais e internacionais

Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a

principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir

seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita

desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a

17

funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus

concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos

ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as

demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo

local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural

econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp

Bartlett 1990)

Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma

as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de

estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de

sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo

raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas

sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999

Wernerfelt 1995)

Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes

gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores

como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas

operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e

Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas

e aceitas

Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que

os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais

no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem

dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-

subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a

pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980

Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como

um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem

ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo

Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta

capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo

em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais

Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de

operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta

18

agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da

multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto

grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para

atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras

unidades

A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que

operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de

ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e

operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado

entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam

desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de

capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da

definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as

direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria

Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as

subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo

das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes

possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local

e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)

Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo

contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da

firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos

pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora

de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp

Verbeke 2001)

Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e

Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades

receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon

1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das

estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994

Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem

competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem

19

especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988

Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages

Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do

trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as

estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de

transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um

gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que

satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva

Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a

realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o

conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de

gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem

capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores

como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de

coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja

de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar

produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo

(Rugman 2009)

Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios

elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos

financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia

conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas

e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos

estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados

(Rugman amp Verbeke 2001)

As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o

mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e

outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non

Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees

20

(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -

Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de

vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais

ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam

a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de

atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia

de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma

capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific

Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das

habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou

demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por

exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender

requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para

consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades

organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos

diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila

especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas

formas de produccedilatildeo ou produtos

Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para

entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo

na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma

CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela

firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho

da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao

transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na

cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro

da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede

(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma

busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica

governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de

21

subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades

desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a

subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett

amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)

Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito

da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o

desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades

mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao

desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro

estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos

e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs

Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz

e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de

relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood

(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as

subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade

definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades

individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness

e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel

Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees

para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da

perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional

aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)

tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp

Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo

mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do

mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)

Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais

empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais

uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das

regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de

forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995)

22

Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados

pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a

partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas

CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da

subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram

que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996

a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando

portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a

subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da

EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas

Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost

Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional

reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma

subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees

para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou

desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos

Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das

influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com

o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como

universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -

Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo

objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e

Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz

parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os

fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar

processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e

disponibilidade de matildeo de obra especializada

Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de

conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para

desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e

23

mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma

operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre

nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta

tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global

em um paiacutes desenvolvido

Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como

disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel

internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo

de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo

como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias

como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a

teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration

(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que

direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de

desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim

como para atender as demandas do mercado

Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde

altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias

podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o

desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp

Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood

1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma

FSA (Rugman amp Verbeke 2001)

Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da

localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou

os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados

Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis

potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados

localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das

universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em

PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD

Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente

pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo

24

sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada

com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de

maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa

Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes

considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do

ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia

Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia

do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que

possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-

FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja

um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a

inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional

Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-

se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e

competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme

em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign

2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por

meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)

Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de

paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman

Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da

escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais

complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de

capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico

e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos

niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado

sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades

relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo

de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de

controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo

organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)

aos equipamentos

Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso

modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes

25

emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas

consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento

de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo

como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e

aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees

de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas

multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de

desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode

ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas

para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de

produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas

Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos

determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias

brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar

e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento

criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional

Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de

inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos

ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs

na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para

assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs

transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio

de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese

foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua

capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw

e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)

23 Competitividade

26

A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da

intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de

substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as

estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no

setor

Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade

o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam

substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a

Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp

Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na

lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas

para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no

ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)

Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem

competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do

que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o

consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo

baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual

possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos

com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de

absorver este conhecimento

Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela

empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie

barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da

empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com

capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e

disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo

e eficiecircncia operacional

Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo

de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de

produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing

por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela

27

qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada

(Barney amp Herstley 2007)

O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em

custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de

produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias

competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam

fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos

requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo

enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios

criativos

Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas

estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas

e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de

produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir

para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem

competitiva sustentaacutevel

Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como

satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas

(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual

descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho

da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de

qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis

Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica

causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do

valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado

compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho

operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da

vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira

geralmente vinculada agrave lucratividade

Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva

(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem

competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo

e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o

28

know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos

produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo

Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia

positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas

capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas

anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de

vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos

disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo

influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam

riscos

Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria

Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios

centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de

que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel

delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-

subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo

sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da

localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma

Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de

produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack

Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia

tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco

fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e

processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores

e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -

flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo

para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015)

Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente

organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell

2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades

de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o

desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos

humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode

29

desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o

comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et

al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir

situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e

da produtividade dos subordinados

Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu

estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva

entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva

sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade

e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade

promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos

nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas

capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como

em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a

estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e

demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da

Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo

da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp

Johnston 2009)

Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em

seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo

Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos

administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim

como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de

custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e

nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)

corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de

relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas

espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades

de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e

processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem

especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua

Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de

30

Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior

demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade

Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo

de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores

da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos

humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design

industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos

(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o

sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro

estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em

desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na

configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia

na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a

inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em

produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a

Competitividade da firma

No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim

e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de

manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a

diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de

natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com

10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)

concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo

afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre

produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a

inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da

multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas

poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos

mercados alvo

Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo

na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a

intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com

o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de

preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos

31

negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo

da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no

mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento

Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de

solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos

autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional

fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro

lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver

uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite

a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental

torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)

Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o

tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno

e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio

agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem

por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas

competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas

fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua

maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como

produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos

fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas

dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e

pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na

vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)

que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam

como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e

recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas

Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e

Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias

empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da

firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as

suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as

que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais

resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo

32

radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs

compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar

um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o

ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza

No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade

Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da

gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos

produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131

subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea

de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do

conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de

melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do

VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja

para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos

processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte

para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly

2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)

Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o

escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996

e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)

Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode

ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente

Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que

consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da

organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da

firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento

mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e

sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades

matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria

Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento

e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades

fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a

matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais

matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia

33

ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se

confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o

niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar

conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo

do conhecimento

Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem

compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma

economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel

delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para

implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para

o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam

tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da

EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de

parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente

afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como

importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o

desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e

Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam

desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre

de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses

desenvolvidos

Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)

com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a

confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor

desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o

compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor

desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas

No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade

Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o

conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com

multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos

produtos lanccedilados no mercado

Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas

operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que

34

capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho

operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e

produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de

qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua

Competitividade

Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e

competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas

pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva

tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar

seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para

melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e

desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam

ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar

os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e

Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui

para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration

Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de

Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do

ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de

Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor

posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o

35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo

econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas

cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as

operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por

consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas

e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro

lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas

Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam

no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano

consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse

das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo

agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo

35

24 Ambidestria

O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais

citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas

estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as

estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos

produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente

disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto

(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da

empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser

considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da

deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de

March (1991) e de Levinthal e March (1993)

O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia

entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a

estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido

ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo

a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de

descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash

o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por

exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso

no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos

concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja

superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)

abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual

a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade

mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem

imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa

Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam

ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala

e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo

agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a

36

organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990

1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar

radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees

internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global

de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp

Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro

Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas

ambidestras (March 1991)

No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu

estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas

como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo

fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e

estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o

sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre

Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw

(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute

seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura

pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que

denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41

unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a

Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis

alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por

pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar

o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar

e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura

He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca

ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)

com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual

com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e

adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para

responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito

competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves

necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende

entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros

37

Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a

Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis

cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos

particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do

estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um

facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo

Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma

da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos

sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco

correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns

modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou

adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o

aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)

aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo

e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como

os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as

estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991)

A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo

tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de

negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente

conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman

2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a

firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo

incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior

sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de

identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com

equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as

tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente

demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na

teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas

Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em

que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas

que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de

38

relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as

mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no

longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos

processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades

novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst

amp Raisch 2005)

Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e

Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees

estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo

associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo

de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica

ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)

Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo

no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da

decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista

estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo

orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a

descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho

organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a

eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp

Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)

Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um

melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um

consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do

meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma

alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais

a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem

mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as

tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um

caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para

equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos

existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de

entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas

39

Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria

na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a

criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno

Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo

e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia

organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249

empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees

no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das

organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como

Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute

emergente no mundo organizacional

Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos

como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia

tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa

e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes

concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos

abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e

a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os

processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation

como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos

existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp

Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem

as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental

Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o

ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar

uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende

das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo

Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees

entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e

a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration

e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior

centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as

atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis

40

Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por

Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou

melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou

ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo

para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento

pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel

em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade

(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e

aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e

mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria

Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades

sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa

do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o

veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da

Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)

corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em

serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que

podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um

ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra

tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de

melhoria seja de criaccedilatildeo

Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi

realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases

Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business

Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas

100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e

Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos

quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos

buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando

diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por

tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados

emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia

Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com

141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou

41

compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores

das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e

Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma

empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual

satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com

experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em

comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees

na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao

trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees

interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como

criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a

codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing

(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e

Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as

estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de

diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia

(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas

(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as

condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees

entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades

organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da

organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do

desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para

esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen

Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas

oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se

adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em

mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas

americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio

complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a

Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no

desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration

novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma

criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel

42

Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de

automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e

Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam

como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e

controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)

para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores

satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos

clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e

confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas

estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional

e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma

Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de

Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp

Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)

Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4

ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e

Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades

NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional

43

3 HIPOacuteTESES

31 Modelo

O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He

amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para

atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para

a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a

subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

conforme modelo da tese (Figura 1)

Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

44

32 Hipoacuteteses

Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de

TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que

satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter

competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et

al 2012 Nascimento et al 2014)

Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia

Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al

2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp

Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que

atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-

prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos

institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade

assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com

tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus

concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e

melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute

produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como

por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do

produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras

locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de

se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo

2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp

Lavie 2014 Tiwana 2008)

As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus

operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves

capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as

estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo

Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos

produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)

45

No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de

Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em

termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de

canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode

utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e

pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou

campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-

Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa

amp Faia 2017)

Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais

por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos

sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira

nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-

alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)

Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e

desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam

formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado

mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos

podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais

centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em

privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo

Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como

variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a

variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria

com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em

forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

46

A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam

derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et

al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos

que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando

capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade

superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem

refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas

do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os

concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas

Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede

externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que

necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson

Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)

Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a

subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp

Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-

Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de

tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e

superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da

matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades

desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a

subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang

et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as

demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do

consumidor

Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz

pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este

mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que

47

caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em

absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se

transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman

amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo

de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai

2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes

fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades

especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006

Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006

Raisch amp Birkinshaw 2008)

Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo

em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas

mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho

competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015

Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009

Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao

mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que

seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado

brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis

na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -

Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta

maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp

Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)

consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-

FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir

48

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas

hipoacuteteses adicionais

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade

H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA

49

4 METODOLOGIA

Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de

accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino

(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo

de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a

abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de

anaacutelises dos dados

41 Abordagem

Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)

considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na

qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-

experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas

que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de

perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados

Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa

quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais

assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de

identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses

testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise

dos dados

Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a

pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas

variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de

universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios

ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se

levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com

cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)

50

Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa

de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a

tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem

capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash

Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local

e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

42 Meacutetodo

Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a

determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por

meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr

et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI

ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso

escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo

como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais

Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas

do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras

e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de

segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos

A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento

telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos

departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta

amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado

pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de

Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de

Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com

4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as

atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e

telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas

51

Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7

gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que

pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que

de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das

perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia

Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails

convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento

do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302

questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing

values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas

Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas

possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento

conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Alemanha 65

Estados Unidos 65

Itaacutelia 37

Argentina 15

Franccedila 14

Suiacuteccedila 13

Japatildeo 11

Europa 10

Sueacutecia 8

Espanha 8

Finlacircndia 7

Holanda 6

China 4

Meacutexico 3

Aacuteustria 3

Portugal 3

Dinamarca 3

continua

52

conclusatildeo

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Beacutelgica 2

Canadaacute 2

Inglaterra 2

Austraacutelia 1

Boliacutevia 1

Costa Rica 1

Peru 1

Turquia 1

Ucracircnia 1

Aacutefrica do Sul 1

Aacutesia 1

Total 260 29

90 10

Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa

Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir

observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou

Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield

construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil

Modo de Entrada no Brasil

Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43

Alianccedila ou JV 93 32

Greenfield 71 25

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado

brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias

desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre

mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica

e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir

53

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil

Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado

1901-1910 5 2 2

1911-1920 1 0 2

1921-1930 2 1 3

1931-1940 1 0 3

1941-1950 2 1 4

1951-1960 10 3 7

1961-1970 24 8 15

1971-1980 38 13 28

1981-1990 26 9 37

1991-2000 97 34 71

2001-2015 83 29 100

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

43 Teacutecnica de Pesquisa

Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme

definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados

primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas

importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja

explicar

Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio

com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash

Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com

perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo

estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7

lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas

4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta

tese

54

Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e

Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da

variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado

local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28

P29 P30 descritas na tabela que segue

Tabela 4 - Construto Ambidestria

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou

Exploration He e Wong

(2004)

P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo

P24 Ampliar os tipos de produtos

P25 Abrir novos mercados

P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas

Exploitation He e Wong

(2004)

P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes

P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo

P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo

P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

55

Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por

Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber

Tabela 5 - Construto Competitividade

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua

Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais

concorrentes

P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta

qualidade comparados aos principais concorrentes

P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em

comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente

externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a

responder mais rapidamente agraves demandas do mercado

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade

tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost

Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e

Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram

selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente

desenvolveu novos

LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P31 Produtos

P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo

P33 Processos de marketing

P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located

Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado

de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e

Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com

as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber

56

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria

constantemente transferiu para a matriz novos

NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P36 Produtos

P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo

P38 Processos de marketing

P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados

As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o

modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees

estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre

os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)

Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

conforme exibe a Figura 3

As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)

A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as

variaacuteveis latentes do modelo desta tese

57

Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo

Fonte Dados da pesquisa

Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si

porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que

seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis

Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda

ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos

indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation

No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada

uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo

confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo

indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees

exploradas pelo Modelo

58

Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS

Fonte Dados da pesquisa

45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)

Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo

(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores

e construtos

Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo

reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency

reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem

extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos

e os reflexivos

59

Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo

Fonte Hair Jr et al (2014)

Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de

mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o

compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto

Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees

que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um

Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)

Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os

valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite

Reliability e 05 para o AVE

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna

Cronbachs

Alpha

rho_A Composite

Reliability

Average Variance

Extracted (AVE)

Ambidestria 0913 0915 0929 0623

Competitividade 0878 0884 0911 0672

Exploitation 0878 0879 0916 0733

Exploration 0872 0877 0913 0724

LB-FSA 0889 0900 0923 0750

NLB-FSA 0957 0958 0969 0885

Fonte Dados da Pesquisa

60

O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto

conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre

os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles

devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach

elevado (acima de 07)

O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach

mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume

que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute

considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que

medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado

a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07

O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada

por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado

do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia

natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma

120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2

(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894

Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores

ideiais satildeo dos indicadores acima 07

A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia

das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto

da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue

explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue

esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores

61

47 Validade Convergente (Convergent Validity)

Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel

latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute

observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles

teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores

do Modelo

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0874

q23 0810

q24 0881

q24 0836

q25 0789

q25 0700

q26 0857

q26 0799

q27 0820

q27 0791

q28 0877

q28 0813

q29 0885

q29 0804

q30 0841

q30 0751

q31 0888

q32 0911

q33 0820

q35 0843

q36 0925

q37 0955

q38 0943

q40 0941

q89 0855

q90 0793

q91 0849

q92 0810

q93 0789

Fonte Dados da Pesquisa

Vemos que todos os loadings possuem valores adequados

1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte

consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o

uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05

62

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)

A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos

demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos

diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do

discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker

criterion

Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os

indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre

indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles

refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o

construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois

natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo

O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um

construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz

quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os

demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de

um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em

outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a

seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja

mais associada a seus indicadores

A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas

anteriormente

63

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0308 0620 0878 0572 0232

q24 0313 0663 0882 0578 0204

q25 0297 0503 0782 0452 0096

q26 0346 0618 0856 0521 0217

q27 0335 0815 0645 0446 0049

q28 0361 0879 0630 0475 0137

q29 0308 0886 0605 0448 0245

q30 0265 0843 0552 0456 0179

q31 0300 0470 0628 0889 0333

q32 0370 0569 0637 0911 0324

q33 0305 0354 0425 0820 0318

q35 0370 0426 0451 0841 0346

q36 0243 0179 0207 0346 0925

q37 0214 0156 0189 0343 0955

q38 0267 0193 0250 0369 0943

q40 0245 0147 0198 0370 0941

q89 0854 0320 0349 0312 0205

q90 0791 0339 0384 0404 0190

q91 0849 0266 0281 0284 0251

q92 0812 0318 0260 0339 0228

q93 0789 0264 0215 0217 0179

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Competitividade 0820

Exploitation 0371 0856

Exploration 0371 0710 0851

LB-FSA 0388 0533 0627 0866

NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941

Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem

conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do

discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores

e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente

Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais

elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior

correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel

Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante

de variaacuteveis de ordem mais elevada

64

49 Anaacutelise do Modelo Estrutural

Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as

variaacuteveis latentes do modelo

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes

Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro

passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as

variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das

regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os

resultados do VIF2 do Modelo

Tabela 12 - VIF do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732

Competitividade 1238

Exploitation

Exploration

LB-FSA 1648 1712

NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos

os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)

2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um

coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do

VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de

colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada

de 4

65

411 Qualidade de Ajuste do Modelo

A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade

Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador

de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior

que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O

segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o

quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de

002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo

Modelo

Competitividade 0116

Exploitation 0586

Exploration 0581

LFB-FSA 0270

NLB-FSA 0131

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003

Competitividade 0020

Exploitation

Exploration

LB-FSA 0038 0095

NLB-FSA

Fonte Dados da Pesquisa

Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente

baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o

Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel

Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos

comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute

importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A

Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais

variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo

66

5 ANAacuteLISE DOS DADOS

51 Anaacutelise do Modelo

A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e

suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap

Path Coefficients T statistics

Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo

Variaacutevel

Exoacutegena

Variaacutevel

Endoacutegena

LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs

Ambidestria 0627 0260 -0071

(t-statistic) (11497) (2602) (1105)

LB-FSAs 0226 0369

(t-statistic) (2353) (6489)

Competitividade 0143

(t-statistic) (2703)

(Rsup2) (0393) (0192) (0162)

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Fonte Dados da Pesquisa

Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros

nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path

Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem

sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de

67

um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-

padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2

(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada

como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de

0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por

exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute

explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um

dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de

196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham

o sinal corretamente estimado

Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a

Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do

coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja

uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute

de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido

em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima

o efeito de Ambidestria em NLB-FSA

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese

Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que

orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos

consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais

pudemos chegar

bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages

Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo

de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo

estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA

(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um

efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1

68

bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre

Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar

com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute

correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam

H2

bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de

significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e

NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que

NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita

A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses

Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado

H1 Empresas ambidestras tecircm

associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound -

Firm Specific Advantages)

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

001 Aceita

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located

Bound - Firm Specific Advantages) estaacute

associada positivamente agrave

Competitividade

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H3 A Competitividade estaacute associada

positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific

Advantages)

NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre

Ambidestria e Competitividade

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA e NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001)

001 Aceita

H5 Competitividade media associaccedilatildeo

entre LB-FSA e NLB-FSA

LB-FSA NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

005 Aceita

69

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001) Competitividade

(Yang et al 2015)

Fonte Dados da Pesquisa

70

No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a

ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente

de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a

Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de

001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a

formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA

tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para

verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado

pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-

FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta

mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir

53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo

Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A

pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria

um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para

realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no

qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta

inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e

se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3

3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma

119911 =119886119887

radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887

2)

Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o

coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da

71

A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo

z

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo

variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem

sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que

a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA

A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de

mediaccedilatildeo

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel

Significacircncia

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

Fonte Dados da Pesquisa

De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)

observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos

indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a

Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que

haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade

Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia

que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao

mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o

desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e

relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel

mediadora e variaacutevel dependente

72

qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs

podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com

as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute

efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da

mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na

formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis

LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva

e transfira NLB-FSAs

73

6 DISCUSSAtildeO

Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo

de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos

(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma

Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar

seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para

atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e

produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim

como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e

Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp

Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004

Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo

necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais

produtos e serviccedilos

Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para

a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada

definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a

influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas

decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie

2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a

utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem

organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades

nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos

(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al

2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez

que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias

de empresas multinacionais que atuam no Brasil

Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens

especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave

Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter

1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua

74

com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais

competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp

Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp

Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo

das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais

correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta

com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado

faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as

demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al

2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao

considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um

mercado emergente no caso o Brasil

Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade

para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand

amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese

contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de

capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo

de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai

2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem

preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp

Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente

colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que

ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional

e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)

75

Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras

instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender

ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente

transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da

multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria

obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas

como NLB-FSAs

Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta

de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -

Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas

locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da

multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp

Verbeke 2001)

Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam

que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong

2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver

novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes

(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na

forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke

2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da

Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)

Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades

organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade

da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da

diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a

possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de

NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson

1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo

sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a

76

primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA

(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo

Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional

(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a

Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com

menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que

a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave

Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade

eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria

ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode

obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell

amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese

contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela

EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser

transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke

2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp

Herstely 2007)

77

7 CONCLUSOtildeES

Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-

FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a

Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel

afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem

associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com

a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade

tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de

NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria

de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo

de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos

especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration

e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais

LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado

local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a

Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades

organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua

Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3

confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao

fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e

demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua

Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras

unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um

novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo

de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber

mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um

Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma

que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das

78

empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de

multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs

Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para

a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em

mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas

gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto

de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses

(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem

destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras

variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada

paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada

mercado entre outras

79

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APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

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2006 Christine M Bechman 590

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383

3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

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2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264

5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219

6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies

2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162

7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology

Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140

8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

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2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132

9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity

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126

10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

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2010 Martine R Haas 122

11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

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2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112

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12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103

14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures

Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99

15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99

16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87

18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo

84

19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80

20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77

21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li 75

22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75

23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis

Journal of Mangement Information Systems

2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75

24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm

Technological Forecating amp Social Charge

2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67

97

26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation

Academy of Management Journal

2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective

Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen

59

29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58

31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance

Strategic Management Journal

2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger

58

32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition

Journal of International Business Studies

2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54

34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies

2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52

35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51

36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers

Journal of International Management

2010 Peter Ping Li 51

37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

50

38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46

39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46

98

40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43

41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42

42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance

Journal of International Management

2009 Robin Teigland Molly Wasko 37

43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning

Technological Forecating amp Social Charge

2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37

44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital

International Business Review

2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story

36

45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies

2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36

46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China

Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31

47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India

Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29

48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms

Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28

49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study

Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni

28

50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view

International Business Review

2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber

28

51 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

27

52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs

Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23

53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model

Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21

99

54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners

Journal of International Business Studies

2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21

55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations

Journal of International Business Studies

2015 L Felipe Monteiro 21

56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries

Journal of International Business Studies

2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee

20

57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries

International Business Review

2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20

58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture

Journal of International Management

2007 Malika Richards Yi Yang 19

59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm

International Business Review

2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona

18

60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership

Journal of International Business Studies

2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle

17

61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector

Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio

17

62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China

Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17

63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy

Journal of International Management

2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj

16

64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances

International Business Review

2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan

16

65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates

Journal of International Management

2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey

14

66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies

2016 C Annique Um 11

67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis

Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin

11

100

68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks

Research Policy 2013 Franz Huber 10

69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance

International Business Review

2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10

70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration

Research Policy 2016 Jian Wang 9

71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy

Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9

72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations

Journal of International Management

2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu

8

73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing

The Journal of Strategic Information System

2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan

8

74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons

Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein

6

75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke

6

76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India

Journal of International Management

2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6

77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries

Journal of International Management

2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park

5

78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation

International Business Review

2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak

5

79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt

International Business Review

2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton

5

80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study

Journal of International Business Studies

2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu

4

81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4

101

82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge

2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh

4

84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4

85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization

Journal of International Business Studies

2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt

3

86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases

Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3

87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi

3

88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity

Academy of Management Journal

2014 Janet K Tinoco 2

89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy

Journal of International Management

2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1

90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations

International Business Review

2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell

1

91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity

Technological Forecating amp Social Charge

2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1

92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research

2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1

93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration

Journal of Business Research

2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1

94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities

Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0

102

95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan

Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann

0

96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust

Journal of International Management

2017 Juana Du Christopher Williams 0

97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs

International Business Review

2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten

0

98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review

2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0

99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth

International Business Review

2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson

0

100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems

Technological Forecating amp Social Charge

2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira

0

Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

103

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY

EXPLORATION E EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra

1

The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman

590

1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma

1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times

Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity

Research Policy

2007

Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent

Cognitive Distance

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

3

Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006

Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo

100 simulaccedilotildees

4 Internationalising in small incremental or larger steps

Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk

264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment

1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico

83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu

104

5

Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy

2008

Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

6 Effects of firm resources on growth in multinationality

Journal of International Business Studies

2007

Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162 Crescimento em multinacionalidade

1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria

Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas

7

Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer

132 Estrateacutegia percebida

1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado

325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia

8

Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel David P Lepak

99

Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation

Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)

215 empresas do setor de tecnologia americano

105

9

The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas

122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time

1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto

96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes

10

Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez

112 Performace Value Market Value

Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation

190 empresas de software americano

11

Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy

2008

Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease

Tecnhological Diversification 985 patentes

106

12

How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel

103

Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)

Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes

215 empresas do setor de tecnologia americano

13

Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project

Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration

142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations

14

Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012

Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87 Unit Performance Profitability

Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo

285 European finance organization units

107

15

The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009

Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol

84

Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist

Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)

Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades

16

The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw

80

Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes

Ambidexterity Alignment and Adaptation

4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais

17

Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro

77

Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members

Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958

18

Balancing exploration and exploitation in alliance formation

Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff

75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration

Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year

Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes

19

Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li

75 Inovaccedilatildeo do produto

1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria

Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003

108

20

Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014

Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais

1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees

Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)

21

The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation

Academy of Management Journal

2008

Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past

Economic Conditions and Environmental treat

163 US Theaters

22

Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco

1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional

431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008

109

23

Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy

2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training

RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners

457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas

24

Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray

58

Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global

40 firms for cluster analysis

25

How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013

Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento

-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura

Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses

26

Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science

2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong

51 Sales Grouwth Rate

Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption

206 Manufacturing firms

110

27

The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy

2009

Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off

Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities

229 Patents in Taiwan

28

Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr

46 Organization Slack Available and Rcoverable

Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms

29

Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy

2013

Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43 Change innovation in economic Crisis

hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation

2500 firmas Britacircnicas

30

Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014

Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao

42 Firm Valuation

Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances

753 Patent information from 1984 to 2006

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

111

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies

2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273

2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185

3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142

6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera

132

7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry

Journal of International Business Studies

2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132

8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M

107

9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance

Journal of Product Innovation

2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90

12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75

13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

112

14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets

Journal of Product Innovation

2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry

69

15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63

17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58

18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58

19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54

21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries

Journal of International Management

2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy 2012 Knut Blind 51

24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell 50

25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49

26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi 45

27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43

113

28 Characterizing service networks for moving from products to solutions

Industrial Marketing Management

2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani

43

29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41

30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment

Journal of International Business Studies

2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41

31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD

Journal of International Business Studies

2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki

40

32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management

Journal of International Management

2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39

33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies

2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38

35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection

Journal of International Management

2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38

36 Company competencies as a network the role of product development

Journal of Product Innovation

2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove

38

37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process

Journal of High Technology Management Research

2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37

38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35

39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business

2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim

35

40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness

Journal of Product Innovation

2000 Perks H 32

41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market

International Business Review

2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu

31

114

42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico

Technological Forecast amp Social Change

2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel

31

43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31

44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31

45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility

Journal of World Business

2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park

30

46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries

Journal of International Management

2007 Brent B Allred Walter G Park 29

47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation

Journal of International Management

2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29

48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals

Journal of World Business

2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang

28

49 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

28

50 Technological diversification complementary assets and performance

Technological Forecast amp Social Change

2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw

26

51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers

Journal of International Business Studies

2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25

52 Comparative strategic management An emergent field in international management

Journal of International Management

2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang

24

53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies

2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24

54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations

Journal of International Management

2009 Christopher Williams 23

55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India

Journal of International Management

2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy

23

56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business

2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson

23

115

57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance

Journal of World Business

2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish

23

58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse

22

59 Linking market orientation to international market selection and international performanc

International Business Review

2011 Xinming He Yingqi Wei 21

60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam

Journal of World Business

2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant

20

61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management

2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park

20

62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research

2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos

20

63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers

Journal of World Business

2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20

64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms

Journal of International Management

2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19

65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union

Journal of World Business

2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno

19

66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages

International Business Review

2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite

18

67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships

Journal of International Management

2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18

68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters

Journal of World Business

2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride

17

69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India

Journal of International Management

2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova

17

70 The attraction of contributors in free and open source software projects

Strategic Information System

2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson

15

71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies

Journal of World Business

2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

15

116

72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong

Journal of World Business

2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones

14

73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance

Journal of World Business

2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros

14

74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance

International Business Review

2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen

13

75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management

2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini

13

76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation

Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams

13

77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness

Industrial Marketing Management

2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan

12

78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit

Journal of Business Research

2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12

79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis

Journal of International Management

2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce

11

80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review

2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

8

81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness

International Business Review

2012 Joan Freixanet 8

82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry

Journal of High Technology Management Research

2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8

83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research

2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7

84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research

2013 Chih-Wen Wu 7

85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies

Industrial Marketing Management

2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6

86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China

International Business Review

2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6

87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6

117

88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms

Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella

5

89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector

International Business Review

2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang

4

91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms

Technological Forecast amp Social Change

2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez

4

92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different

Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4

93

The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits

Technological Forecast amp Social Change

2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez

4

94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies

Journal of World Business

2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani

4

95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis

Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka

4

96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries

Journal of International Management

2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4

97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation

Journal of World Business

2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar

4

98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies

Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira

3

99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research

2015 Irene Kilubi 3

100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

118

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes

Variaacuteveis IndependentesControle Amostra

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs

Journal of International Business Studies

2009

Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing

273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias

Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias

169 subsidiaacuterias de 50 EMNs

2

Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010

James R Kroes Soumen Ghosh

185 Outsource Congruence

Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)

196 empresas manufatureiras americanas

3

International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008

Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional

Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster

156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009

Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais

1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)

105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA

119

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues

142

1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo

1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial

12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007

6

Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010

Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera

132 Criatividade

1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes

74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos

7

Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010

Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value

1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos

140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003

8

How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001

Gerda Gemsera Mark A A M Leenders

107

1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over

1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial

Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento

120

9

The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000

Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos

1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados

57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana

10

On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy

2012

Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75 Competitividade para Exportaccedilatildeo

Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo

24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu

11

Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011

Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado

1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega

72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas

12

Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010

Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)

1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado

10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos

13

Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011

Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63 New product market performance

Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras

121 Empresas Multinacionais Chinesas

121

14

Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012

Panagiotis Ganotakis James H Love

58

Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade

Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios

412 PME britacircnicas de segmentos variados

15

Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012

Snejina Michailova Zaidah Mustaffa

58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias

93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009

16

Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009

Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais

Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness

424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia

17

Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015

Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo

Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa

Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica

76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas

18

Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries

Journal of International Management

2006

Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado

65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias

19

Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009

Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma

Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional

131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia

122

20

The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy

2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente

1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas

21

Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell

50

Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades

Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas

187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses

22

Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013

Ricarda B Bouncken Sascha Kraus

49

Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)

Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty

830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes

23

Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi

45

Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso

1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet

280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores

24

Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009

Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43 Desempenho Exportaccedilatildeo

1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador

262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue

123

25

Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013

Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41 Desempenho da Firma (ROA)

1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)

187 PMEs Taiwanesas

26

The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia

38 Desempenho da Firma

1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros

211 respostas de 105 empresas

27 The antecedents and consequences of successful localization

Journal of International Business Studies

2009

Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma

1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)

229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China

28

Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014

Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31 Autonomia da Subsidiaacuteria

1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros

240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas

124

29

Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer

31

Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma

Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital

2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos

30

Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015

Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1 Gestatildeo Verde

1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly

272 empresas chinesas

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

Agrave Deus

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM

liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de

tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o

desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel

Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo

Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das

atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica

Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI

natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado

Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos

Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e

Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy

Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos

meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por

minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo

RESUMO

O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a

formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific

Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese

foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na

discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa

do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no

Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e

serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o

sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute

associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de

capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)

Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a

subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional

Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI

de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da

propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades

internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos

estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-

FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade

Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de

estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs

e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de

contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das

multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de

capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente

Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global

Estrateacutegia Internacional

ABSTRACT

The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy

with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of

Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the

resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the

discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey

was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289

valid responses were received from various segments industry commerce and services

To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial

Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-

FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of

LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs

present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer

knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms

this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory

(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership

and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in

the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on

Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from

the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally

it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of

Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs

in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to

management it supports in the definition of the strategic management model of

multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of

competitive organizational capacities from an emerging country

Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation

International Strategy

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53

Tabela 4 - Construto Ambidestria 54

Tabela 5 - Construto Competitividade 55

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

56

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63

Tabela 12 - VIF do Modelo 64

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12

2 REVISAtildeO LITERARATURA 16

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35

3 HIPOacuteTESES 43

31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44

4 METODOLOGIA 49

41 Abordagem 49

42 Meacutetodo 50

43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65

5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66

51 Anaacutelise do Modelo 66

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70

6 DISCUSSAtildeO 73

7 CONCLUSAtildeO 77

REFEREcircNCIAS 79

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-

CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION 103

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-

CHAVE COMPETITIVENESS 111

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de

Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific

Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs

Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades

organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para

diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da

multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da

matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-

alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem

mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo

ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou

das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-

FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e

que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-

FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias

brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs

Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010

2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a

Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em

recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos

mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of

Managment Research Policy International Business Review Journal of Business

Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes

palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e

Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de

pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade

da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho

das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista

da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos

sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de

NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes

11

Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a

subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw

amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke

2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por

abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que

exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez

1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison

1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez

que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o

mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a

Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora

de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da

multinacional

Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local

Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp

Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas

capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo

independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente

Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp

Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e

desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute

existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para

melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais

localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo

a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non

Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma

a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver

capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost

12

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela

firma para diferentes mercados

Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia

ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais

e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede

da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke

2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias

estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da

estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de

pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local

Bound FSAs

11 Objetivos

111 Geral

O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e

Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave

NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima

permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica

Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs

112 Especiacuteficos

I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e

Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages)

13

II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da

subsidiaacuteria

III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-

FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages

Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa

na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais

e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na

Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na

formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua

rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de

transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens

competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas

multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias

oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp

Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr

2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen

Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning

2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp

Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp

Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter

1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp

Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007

Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp

Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem

vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp

Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas

FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes

14

sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta

amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs

em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu

mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com

menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976

Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney

amp Hesterly 2007 Porter 1990)

Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros

e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no

desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma

Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades

fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias

internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que

permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar

por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary

Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp

Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender

distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa

subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede

diferenciada da multinacional

Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente

como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas

capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global

(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o

fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das

subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de

conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas

desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

15

Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)

mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e

exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem

capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens

competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em

mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke

2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound

- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp

Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da

Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um

tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores

pesquisas (Rossetto 2014)

Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor

compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses

emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de

estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a

capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior

Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves

demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo

estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem

sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de

vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o

fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional

16

2 REVISAtildeO LITERARATURA

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs

As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com

subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir

estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que

busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de

Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo

para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as

fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes

denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco

no Ownership e na Internalization

As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo

da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias

vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e

capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980

1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo

geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente

de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo

notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos

materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e

portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em

que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas

capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp

Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar

capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos

mercados locais e internacionais

Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a

principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir

seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita

desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a

17

funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus

concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos

ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as

demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo

local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural

econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp

Bartlett 1990)

Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma

as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de

estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de

sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo

raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas

sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999

Wernerfelt 1995)

Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes

gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores

como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas

operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e

Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas

e aceitas

Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que

os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais

no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem

dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-

subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a

pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980

Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como

um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem

ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo

Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta

capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo

em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais

Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de

operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta

18

agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da

multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto

grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para

atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras

unidades

A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que

operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de

ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e

operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado

entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam

desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de

capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da

definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as

direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria

Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as

subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo

das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes

possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local

e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)

Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo

contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da

firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos

pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora

de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp

Verbeke 2001)

Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e

Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades

receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon

1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das

estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994

Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem

competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem

19

especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988

Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages

Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do

trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as

estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de

transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um

gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que

satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva

Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a

realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o

conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de

gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem

capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores

como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de

coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja

de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar

produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo

(Rugman 2009)

Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios

elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos

financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia

conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas

e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos

estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados

(Rugman amp Verbeke 2001)

As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o

mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e

outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non

Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees

20

(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -

Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de

vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais

ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam

a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de

atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia

de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma

capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific

Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das

habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou

demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por

exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender

requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para

consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades

organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos

diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila

especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas

formas de produccedilatildeo ou produtos

Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para

entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo

na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma

CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela

firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho

da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao

transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na

cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro

da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede

(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma

busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica

governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de

21

subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades

desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a

subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett

amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)

Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito

da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o

desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades

mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao

desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro

estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos

e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs

Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz

e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de

relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood

(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as

subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade

definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades

individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness

e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel

Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees

para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da

perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional

aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)

tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp

Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo

mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do

mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)

Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais

empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais

uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das

regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de

forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995)

22

Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados

pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a

partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas

CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da

subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram

que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996

a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando

portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a

subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da

EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas

Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost

Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional

reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma

subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees

para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou

desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos

Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das

influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com

o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como

universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -

Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo

objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e

Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz

parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os

fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar

processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e

disponibilidade de matildeo de obra especializada

Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de

conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para

desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e

23

mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma

operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre

nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta

tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global

em um paiacutes desenvolvido

Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como

disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel

internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo

de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo

como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias

como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a

teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration

(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que

direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de

desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim

como para atender as demandas do mercado

Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde

altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias

podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o

desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp

Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood

1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma

FSA (Rugman amp Verbeke 2001)

Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da

localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou

os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados

Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis

potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados

localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das

universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em

PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD

Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente

pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo

24

sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada

com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de

maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa

Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes

considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do

ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia

Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia

do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que

possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-

FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja

um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a

inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional

Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-

se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e

competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme

em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign

2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por

meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)

Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de

paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman

Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da

escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais

complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de

capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico

e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos

niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado

sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades

relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo

de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de

controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo

organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)

aos equipamentos

Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso

modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes

25

emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas

consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento

de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo

como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e

aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees

de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas

multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de

desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode

ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas

para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de

produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas

Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos

determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias

brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar

e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento

criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional

Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de

inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos

ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs

na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para

assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs

transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio

de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese

foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua

capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw

e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)

23 Competitividade

26

A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da

intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de

substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as

estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no

setor

Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade

o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam

substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a

Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp

Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na

lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas

para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no

ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)

Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem

competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do

que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o

consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo

baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual

possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos

com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de

absorver este conhecimento

Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela

empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie

barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da

empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com

capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e

disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo

e eficiecircncia operacional

Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo

de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de

produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing

por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela

27

qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada

(Barney amp Herstley 2007)

O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em

custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de

produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias

competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam

fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos

requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo

enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios

criativos

Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas

estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas

e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de

produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir

para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem

competitiva sustentaacutevel

Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como

satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas

(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual

descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho

da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de

qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis

Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica

causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do

valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado

compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho

operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da

vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira

geralmente vinculada agrave lucratividade

Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva

(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem

competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo

e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o

28

know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos

produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo

Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia

positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas

capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas

anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de

vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos

disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo

influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam

riscos

Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria

Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios

centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de

que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel

delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-

subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo

sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da

localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma

Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de

produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack

Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia

tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco

fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e

processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores

e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -

flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo

para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015)

Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente

organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell

2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades

de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o

desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos

humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode

29

desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o

comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et

al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir

situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e

da produtividade dos subordinados

Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu

estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva

entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva

sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade

e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade

promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos

nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas

capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como

em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a

estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e

demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da

Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo

da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp

Johnston 2009)

Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em

seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo

Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos

administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim

como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de

custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e

nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)

corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de

relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas

espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades

de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e

processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem

especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua

Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de

30

Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior

demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade

Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo

de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores

da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos

humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design

industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos

(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o

sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro

estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em

desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na

configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia

na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a

inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em

produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a

Competitividade da firma

No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim

e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de

manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a

diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de

natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com

10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)

concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo

afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre

produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a

inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da

multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas

poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos

mercados alvo

Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo

na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a

intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com

o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de

preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos

31

negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo

da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no

mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento

Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de

solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos

autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional

fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro

lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver

uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite

a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental

torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)

Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o

tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno

e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio

agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem

por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas

competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas

fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua

maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como

produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos

fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas

dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e

pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na

vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)

que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam

como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e

recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas

Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e

Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias

empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da

firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as

suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as

que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais

resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo

32

radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs

compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar

um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o

ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza

No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade

Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da

gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos

produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131

subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea

de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do

conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de

melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do

VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja

para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos

processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte

para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly

2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)

Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o

escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996

e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)

Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode

ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente

Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que

consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da

organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da

firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento

mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e

sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades

matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria

Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento

e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades

fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a

matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais

matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia

33

ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se

confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o

niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar

conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo

do conhecimento

Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem

compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma

economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel

delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para

implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para

o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam

tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da

EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de

parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente

afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como

importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o

desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e

Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam

desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre

de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses

desenvolvidos

Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)

com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a

confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor

desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o

compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor

desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas

No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade

Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o

conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com

multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos

produtos lanccedilados no mercado

Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas

operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que

34

capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho

operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e

produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de

qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua

Competitividade

Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e

competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas

pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva

tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar

seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para

melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e

desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam

ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar

os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e

Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui

para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration

Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de

Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do

ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de

Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor

posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o

35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo

econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas

cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as

operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por

consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas

e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro

lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas

Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam

no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano

consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse

das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo

agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo

35

24 Ambidestria

O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais

citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas

estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as

estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos

produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente

disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto

(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da

empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser

considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da

deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de

March (1991) e de Levinthal e March (1993)

O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia

entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a

estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido

ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo

a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de

descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash

o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por

exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso

no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos

concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja

superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)

abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual

a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade

mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem

imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa

Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam

ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala

e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo

agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a

36

organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990

1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar

radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees

internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global

de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp

Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro

Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas

ambidestras (March 1991)

No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu

estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas

como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo

fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e

estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o

sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre

Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw

(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute

seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura

pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que

denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41

unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a

Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis

alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por

pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar

o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar

e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura

He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca

ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)

com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual

com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e

adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para

responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito

competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves

necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende

entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros

37

Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a

Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis

cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos

particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do

estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um

facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo

Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma

da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos

sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco

correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns

modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou

adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o

aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)

aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo

e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como

os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as

estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991)

A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo

tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de

negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente

conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman

2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a

firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo

incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior

sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de

identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com

equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as

tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente

demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na

teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas

Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em

que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas

que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de

38

relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as

mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no

longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos

processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades

novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst

amp Raisch 2005)

Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e

Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees

estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo

associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo

de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica

ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)

Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo

no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da

decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista

estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo

orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a

descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho

organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a

eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp

Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)

Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um

melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um

consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do

meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma

alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais

a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem

mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as

tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um

caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para

equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos

existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de

entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas

39

Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria

na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a

criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno

Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo

e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia

organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249

empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees

no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das

organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como

Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute

emergente no mundo organizacional

Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos

como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia

tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa

e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes

concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos

abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e

a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os

processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation

como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos

existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp

Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem

as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental

Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o

ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar

uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende

das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo

Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees

entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e

a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration

e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior

centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as

atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis

40

Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por

Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou

melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou

ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo

para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento

pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel

em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade

(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e

aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e

mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria

Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades

sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa

do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o

veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da

Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)

corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em

serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que

podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um

ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra

tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de

melhoria seja de criaccedilatildeo

Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi

realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases

Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business

Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas

100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e

Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos

quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos

buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando

diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por

tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados

emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia

Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com

141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou

41

compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores

das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e

Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma

empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual

satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com

experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em

comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees

na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao

trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees

interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como

criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a

codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing

(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e

Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as

estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de

diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia

(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas

(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as

condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees

entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades

organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da

organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do

desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para

esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen

Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas

oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se

adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em

mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas

americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio

complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a

Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no

desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration

novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma

criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel

42

Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de

automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e

Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam

como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e

controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)

para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores

satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos

clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e

confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas

estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional

e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma

Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de

Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp

Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)

Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4

ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e

Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades

NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional

43

3 HIPOacuteTESES

31 Modelo

O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He

amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para

atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para

a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a

subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

conforme modelo da tese (Figura 1)

Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

44

32 Hipoacuteteses

Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de

TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que

satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter

competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et

al 2012 Nascimento et al 2014)

Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia

Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al

2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp

Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que

atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-

prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos

institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade

assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com

tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus

concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e

melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute

produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como

por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do

produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras

locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de

se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo

2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp

Lavie 2014 Tiwana 2008)

As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus

operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves

capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as

estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo

Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos

produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)

45

No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de

Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em

termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de

canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode

utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e

pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou

campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-

Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa

amp Faia 2017)

Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais

por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos

sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira

nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-

alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)

Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e

desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam

formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado

mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos

podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais

centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em

privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo

Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como

variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a

variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria

com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em

forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

46

A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam

derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et

al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos

que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando

capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade

superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem

refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas

do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os

concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas

Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede

externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que

necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson

Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)

Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a

subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp

Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-

Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de

tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e

superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da

matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades

desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a

subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang

et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as

demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do

consumidor

Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz

pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este

mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que

47

caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em

absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se

transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman

amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo

de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai

2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes

fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades

especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006

Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006

Raisch amp Birkinshaw 2008)

Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo

em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas

mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho

competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015

Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009

Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao

mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que

seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado

brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis

na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -

Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta

maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp

Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)

consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-

FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir

48

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas

hipoacuteteses adicionais

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade

H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA

49

4 METODOLOGIA

Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de

accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino

(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo

de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a

abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de

anaacutelises dos dados

41 Abordagem

Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)

considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na

qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-

experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas

que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de

perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados

Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa

quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais

assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de

identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses

testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise

dos dados

Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a

pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas

variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de

universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios

ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se

levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com

cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)

50

Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa

de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a

tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem

capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash

Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local

e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

42 Meacutetodo

Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a

determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por

meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr

et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI

ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso

escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo

como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais

Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas

do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras

e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de

segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos

A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento

telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos

departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta

amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado

pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de

Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de

Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com

4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as

atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e

telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas

51

Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7

gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que

pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que

de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das

perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia

Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails

convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento

do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302

questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing

values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas

Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas

possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento

conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Alemanha 65

Estados Unidos 65

Itaacutelia 37

Argentina 15

Franccedila 14

Suiacuteccedila 13

Japatildeo 11

Europa 10

Sueacutecia 8

Espanha 8

Finlacircndia 7

Holanda 6

China 4

Meacutexico 3

Aacuteustria 3

Portugal 3

Dinamarca 3

continua

52

conclusatildeo

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Beacutelgica 2

Canadaacute 2

Inglaterra 2

Austraacutelia 1

Boliacutevia 1

Costa Rica 1

Peru 1

Turquia 1

Ucracircnia 1

Aacutefrica do Sul 1

Aacutesia 1

Total 260 29

90 10

Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa

Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir

observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou

Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield

construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil

Modo de Entrada no Brasil

Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43

Alianccedila ou JV 93 32

Greenfield 71 25

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado

brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias

desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre

mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica

e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir

53

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil

Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado

1901-1910 5 2 2

1911-1920 1 0 2

1921-1930 2 1 3

1931-1940 1 0 3

1941-1950 2 1 4

1951-1960 10 3 7

1961-1970 24 8 15

1971-1980 38 13 28

1981-1990 26 9 37

1991-2000 97 34 71

2001-2015 83 29 100

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

43 Teacutecnica de Pesquisa

Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme

definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados

primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas

importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja

explicar

Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio

com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash

Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com

perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo

estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7

lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas

4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta

tese

54

Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e

Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da

variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado

local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28

P29 P30 descritas na tabela que segue

Tabela 4 - Construto Ambidestria

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou

Exploration He e Wong

(2004)

P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo

P24 Ampliar os tipos de produtos

P25 Abrir novos mercados

P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas

Exploitation He e Wong

(2004)

P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes

P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo

P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo

P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

55

Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por

Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber

Tabela 5 - Construto Competitividade

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua

Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais

concorrentes

P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta

qualidade comparados aos principais concorrentes

P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em

comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente

externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a

responder mais rapidamente agraves demandas do mercado

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade

tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost

Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e

Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram

selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente

desenvolveu novos

LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P31 Produtos

P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo

P33 Processos de marketing

P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located

Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado

de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e

Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com

as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber

56

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria

constantemente transferiu para a matriz novos

NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P36 Produtos

P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo

P38 Processos de marketing

P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados

As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o

modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees

estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre

os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)

Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

conforme exibe a Figura 3

As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)

A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as

variaacuteveis latentes do modelo desta tese

57

Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo

Fonte Dados da pesquisa

Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si

porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que

seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis

Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda

ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos

indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation

No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada

uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo

confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo

indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees

exploradas pelo Modelo

58

Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS

Fonte Dados da pesquisa

45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)

Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo

(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores

e construtos

Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo

reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency

reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem

extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos

e os reflexivos

59

Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo

Fonte Hair Jr et al (2014)

Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de

mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o

compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto

Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees

que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um

Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)

Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os

valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite

Reliability e 05 para o AVE

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna

Cronbachs

Alpha

rho_A Composite

Reliability

Average Variance

Extracted (AVE)

Ambidestria 0913 0915 0929 0623

Competitividade 0878 0884 0911 0672

Exploitation 0878 0879 0916 0733

Exploration 0872 0877 0913 0724

LB-FSA 0889 0900 0923 0750

NLB-FSA 0957 0958 0969 0885

Fonte Dados da Pesquisa

60

O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto

conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre

os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles

devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach

elevado (acima de 07)

O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach

mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume

que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute

considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que

medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado

a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07

O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada

por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado

do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia

natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma

120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2

(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894

Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores

ideiais satildeo dos indicadores acima 07

A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia

das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto

da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue

explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue

esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores

61

47 Validade Convergente (Convergent Validity)

Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel

latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute

observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles

teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores

do Modelo

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0874

q23 0810

q24 0881

q24 0836

q25 0789

q25 0700

q26 0857

q26 0799

q27 0820

q27 0791

q28 0877

q28 0813

q29 0885

q29 0804

q30 0841

q30 0751

q31 0888

q32 0911

q33 0820

q35 0843

q36 0925

q37 0955

q38 0943

q40 0941

q89 0855

q90 0793

q91 0849

q92 0810

q93 0789

Fonte Dados da Pesquisa

Vemos que todos os loadings possuem valores adequados

1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte

consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o

uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05

62

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)

A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos

demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos

diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do

discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker

criterion

Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os

indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre

indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles

refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o

construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois

natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo

O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um

construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz

quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os

demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de

um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em

outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a

seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja

mais associada a seus indicadores

A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas

anteriormente

63

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0308 0620 0878 0572 0232

q24 0313 0663 0882 0578 0204

q25 0297 0503 0782 0452 0096

q26 0346 0618 0856 0521 0217

q27 0335 0815 0645 0446 0049

q28 0361 0879 0630 0475 0137

q29 0308 0886 0605 0448 0245

q30 0265 0843 0552 0456 0179

q31 0300 0470 0628 0889 0333

q32 0370 0569 0637 0911 0324

q33 0305 0354 0425 0820 0318

q35 0370 0426 0451 0841 0346

q36 0243 0179 0207 0346 0925

q37 0214 0156 0189 0343 0955

q38 0267 0193 0250 0369 0943

q40 0245 0147 0198 0370 0941

q89 0854 0320 0349 0312 0205

q90 0791 0339 0384 0404 0190

q91 0849 0266 0281 0284 0251

q92 0812 0318 0260 0339 0228

q93 0789 0264 0215 0217 0179

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Competitividade 0820

Exploitation 0371 0856

Exploration 0371 0710 0851

LB-FSA 0388 0533 0627 0866

NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941

Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem

conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do

discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores

e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente

Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais

elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior

correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel

Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante

de variaacuteveis de ordem mais elevada

64

49 Anaacutelise do Modelo Estrutural

Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as

variaacuteveis latentes do modelo

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes

Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro

passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as

variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das

regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os

resultados do VIF2 do Modelo

Tabela 12 - VIF do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732

Competitividade 1238

Exploitation

Exploration

LB-FSA 1648 1712

NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos

os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)

2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um

coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do

VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de

colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada

de 4

65

411 Qualidade de Ajuste do Modelo

A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade

Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador

de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior

que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O

segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o

quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de

002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo

Modelo

Competitividade 0116

Exploitation 0586

Exploration 0581

LFB-FSA 0270

NLB-FSA 0131

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003

Competitividade 0020

Exploitation

Exploration

LB-FSA 0038 0095

NLB-FSA

Fonte Dados da Pesquisa

Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente

baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o

Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel

Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos

comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute

importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A

Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais

variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo

66

5 ANAacuteLISE DOS DADOS

51 Anaacutelise do Modelo

A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e

suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap

Path Coefficients T statistics

Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo

Variaacutevel

Exoacutegena

Variaacutevel

Endoacutegena

LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs

Ambidestria 0627 0260 -0071

(t-statistic) (11497) (2602) (1105)

LB-FSAs 0226 0369

(t-statistic) (2353) (6489)

Competitividade 0143

(t-statistic) (2703)

(Rsup2) (0393) (0192) (0162)

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Fonte Dados da Pesquisa

Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros

nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path

Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem

sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de

67

um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-

padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2

(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada

como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de

0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por

exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute

explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um

dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de

196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham

o sinal corretamente estimado

Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a

Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do

coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja

uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute

de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido

em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima

o efeito de Ambidestria em NLB-FSA

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese

Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que

orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos

consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais

pudemos chegar

bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages

Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo

de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo

estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA

(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um

efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1

68

bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre

Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar

com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute

correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam

H2

bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de

significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e

NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que

NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita

A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses

Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado

H1 Empresas ambidestras tecircm

associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound -

Firm Specific Advantages)

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

001 Aceita

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located

Bound - Firm Specific Advantages) estaacute

associada positivamente agrave

Competitividade

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H3 A Competitividade estaacute associada

positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific

Advantages)

NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre

Ambidestria e Competitividade

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA e NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001)

001 Aceita

H5 Competitividade media associaccedilatildeo

entre LB-FSA e NLB-FSA

LB-FSA NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

005 Aceita

69

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001) Competitividade

(Yang et al 2015)

Fonte Dados da Pesquisa

70

No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a

ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente

de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a

Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de

001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a

formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA

tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para

verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado

pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-

FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta

mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir

53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo

Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A

pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria

um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para

realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no

qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta

inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e

se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3

3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma

119911 =119886119887

radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887

2)

Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o

coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da

71

A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo

z

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo

variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem

sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que

a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA

A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de

mediaccedilatildeo

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel

Significacircncia

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

Fonte Dados da Pesquisa

De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)

observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos

indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a

Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que

haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade

Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia

que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao

mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o

desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e

relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel

mediadora e variaacutevel dependente

72

qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs

podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com

as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute

efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da

mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na

formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis

LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva

e transfira NLB-FSAs

73

6 DISCUSSAtildeO

Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo

de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos

(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma

Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar

seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para

atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e

produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim

como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e

Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp

Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004

Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo

necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais

produtos e serviccedilos

Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para

a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada

definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a

influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas

decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie

2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a

utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem

organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades

nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos

(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al

2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez

que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias

de empresas multinacionais que atuam no Brasil

Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens

especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave

Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter

1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua

74

com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais

competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp

Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp

Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo

das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais

correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta

com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado

faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as

demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al

2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao

considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um

mercado emergente no caso o Brasil

Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade

para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand

amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese

contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de

capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo

de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai

2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem

preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp

Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente

colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que

ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional

e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)

75

Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras

instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender

ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente

transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da

multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria

obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas

como NLB-FSAs

Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta

de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -

Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas

locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da

multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp

Verbeke 2001)

Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam

que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong

2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver

novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes

(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na

forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke

2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da

Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)

Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades

organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade

da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da

diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a

possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de

NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson

1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo

sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a

76

primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA

(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo

Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional

(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a

Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com

menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que

a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave

Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade

eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria

ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode

obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell

amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese

contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela

EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser

transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke

2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp

Herstely 2007)

77

7 CONCLUSOtildeES

Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-

FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a

Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel

afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem

associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com

a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade

tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de

NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria

de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo

de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos

especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration

e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais

LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado

local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a

Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades

organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua

Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3

confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao

fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e

demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua

Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras

unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um

novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo

de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber

mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um

Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma

que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das

78

empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de

multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs

Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para

a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em

mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas

gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto

de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses

(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem

destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras

variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada

paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada

mercado entre outras

79

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95

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman 590

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383

3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264

5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219

6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies

2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162

7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology

Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140

8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132

9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak

126

10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas 122

11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112

96

12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103

14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures

Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99

15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99

16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87

18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo

84

19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80

20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77

21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li 75

22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75

23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis

Journal of Mangement Information Systems

2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75

24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm

Technological Forecating amp Social Charge

2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67

97

26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation

Academy of Management Journal

2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective

Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen

59

29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58

31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance

Strategic Management Journal

2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger

58

32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition

Journal of International Business Studies

2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54

34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies

2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52

35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51

36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers

Journal of International Management

2010 Peter Ping Li 51

37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

50

38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46

39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46

98

40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43

41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42

42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance

Journal of International Management

2009 Robin Teigland Molly Wasko 37

43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning

Technological Forecating amp Social Charge

2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37

44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital

International Business Review

2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story

36

45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies

2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36

46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China

Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31

47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India

Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29

48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms

Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28

49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study

Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni

28

50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view

International Business Review

2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber

28

51 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

27

52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs

Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23

53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model

Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21

99

54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners

Journal of International Business Studies

2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21

55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations

Journal of International Business Studies

2015 L Felipe Monteiro 21

56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries

Journal of International Business Studies

2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee

20

57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries

International Business Review

2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20

58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture

Journal of International Management

2007 Malika Richards Yi Yang 19

59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm

International Business Review

2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona

18

60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership

Journal of International Business Studies

2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle

17

61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector

Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio

17

62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China

Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17

63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy

Journal of International Management

2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj

16

64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances

International Business Review

2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan

16

65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates

Journal of International Management

2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey

14

66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies

2016 C Annique Um 11

67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis

Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin

11

100

68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks

Research Policy 2013 Franz Huber 10

69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance

International Business Review

2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10

70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration

Research Policy 2016 Jian Wang 9

71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy

Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9

72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations

Journal of International Management

2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu

8

73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing

The Journal of Strategic Information System

2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan

8

74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons

Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein

6

75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke

6

76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India

Journal of International Management

2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6

77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries

Journal of International Management

2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park

5

78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation

International Business Review

2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak

5

79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt

International Business Review

2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton

5

80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study

Journal of International Business Studies

2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu

4

81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4

101

82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge

2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh

4

84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4

85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization

Journal of International Business Studies

2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt

3

86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases

Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3

87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi

3

88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity

Academy of Management Journal

2014 Janet K Tinoco 2

89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy

Journal of International Management

2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1

90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations

International Business Review

2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell

1

91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity

Technological Forecating amp Social Charge

2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1

92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research

2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1

93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration

Journal of Business Research

2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1

94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities

Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0

102

95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan

Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann

0

96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust

Journal of International Management

2017 Juana Du Christopher Williams 0

97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs

International Business Review

2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten

0

98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review

2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0

99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth

International Business Review

2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson

0

100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems

Technological Forecating amp Social Charge

2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira

0

Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

103

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY

EXPLORATION E EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra

1

The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman

590

1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma

1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times

Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity

Research Policy

2007

Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent

Cognitive Distance

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

3

Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006

Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo

100 simulaccedilotildees

4 Internationalising in small incremental or larger steps

Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk

264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment

1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico

83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu

104

5

Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy

2008

Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

6 Effects of firm resources on growth in multinationality

Journal of International Business Studies

2007

Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162 Crescimento em multinacionalidade

1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria

Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas

7

Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer

132 Estrateacutegia percebida

1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado

325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia

8

Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel David P Lepak

99

Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation

Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)

215 empresas do setor de tecnologia americano

105

9

The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas

122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time

1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto

96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes

10

Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez

112 Performace Value Market Value

Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation

190 empresas de software americano

11

Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy

2008

Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease

Tecnhological Diversification 985 patentes

106

12

How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel

103

Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)

Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes

215 empresas do setor de tecnologia americano

13

Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project

Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration

142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations

14

Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012

Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87 Unit Performance Profitability

Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo

285 European finance organization units

107

15

The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009

Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol

84

Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist

Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)

Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades

16

The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw

80

Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes

Ambidexterity Alignment and Adaptation

4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais

17

Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro

77

Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members

Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958

18

Balancing exploration and exploitation in alliance formation

Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff

75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration

Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year

Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes

19

Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li

75 Inovaccedilatildeo do produto

1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria

Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003

108

20

Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014

Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais

1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees

Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)

21

The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation

Academy of Management Journal

2008

Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past

Economic Conditions and Environmental treat

163 US Theaters

22

Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco

1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional

431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008

109

23

Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy

2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training

RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners

457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas

24

Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray

58

Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global

40 firms for cluster analysis

25

How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013

Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento

-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura

Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses

26

Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science

2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong

51 Sales Grouwth Rate

Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption

206 Manufacturing firms

110

27

The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy

2009

Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off

Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities

229 Patents in Taiwan

28

Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr

46 Organization Slack Available and Rcoverable

Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms

29

Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy

2013

Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43 Change innovation in economic Crisis

hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation

2500 firmas Britacircnicas

30

Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014

Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao

42 Firm Valuation

Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances

753 Patent information from 1984 to 2006

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

111

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies

2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273

2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185

3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142

6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera

132

7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry

Journal of International Business Studies

2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132

8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M

107

9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance

Journal of Product Innovation

2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90

12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75

13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

112

14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets

Journal of Product Innovation

2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry

69

15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63

17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58

18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58

19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54

21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries

Journal of International Management

2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy 2012 Knut Blind 51

24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell 50

25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49

26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi 45

27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43

113

28 Characterizing service networks for moving from products to solutions

Industrial Marketing Management

2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani

43

29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41

30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment

Journal of International Business Studies

2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41

31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD

Journal of International Business Studies

2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki

40

32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management

Journal of International Management

2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39

33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies

2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38

35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection

Journal of International Management

2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38

36 Company competencies as a network the role of product development

Journal of Product Innovation

2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove

38

37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process

Journal of High Technology Management Research

2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37

38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35

39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business

2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim

35

40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness

Journal of Product Innovation

2000 Perks H 32

41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market

International Business Review

2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu

31

114

42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico

Technological Forecast amp Social Change

2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel

31

43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31

44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31

45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility

Journal of World Business

2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park

30

46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries

Journal of International Management

2007 Brent B Allred Walter G Park 29

47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation

Journal of International Management

2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29

48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals

Journal of World Business

2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang

28

49 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

28

50 Technological diversification complementary assets and performance

Technological Forecast amp Social Change

2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw

26

51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers

Journal of International Business Studies

2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25

52 Comparative strategic management An emergent field in international management

Journal of International Management

2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang

24

53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies

2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24

54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations

Journal of International Management

2009 Christopher Williams 23

55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India

Journal of International Management

2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy

23

56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business

2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson

23

115

57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance

Journal of World Business

2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish

23

58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse

22

59 Linking market orientation to international market selection and international performanc

International Business Review

2011 Xinming He Yingqi Wei 21

60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam

Journal of World Business

2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant

20

61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management

2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park

20

62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research

2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos

20

63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers

Journal of World Business

2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20

64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms

Journal of International Management

2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19

65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union

Journal of World Business

2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno

19

66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages

International Business Review

2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite

18

67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships

Journal of International Management

2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18

68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters

Journal of World Business

2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride

17

69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India

Journal of International Management

2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova

17

70 The attraction of contributors in free and open source software projects

Strategic Information System

2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson

15

71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies

Journal of World Business

2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

15

116

72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong

Journal of World Business

2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones

14

73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance

Journal of World Business

2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros

14

74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance

International Business Review

2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen

13

75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management

2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini

13

76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation

Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams

13

77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness

Industrial Marketing Management

2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan

12

78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit

Journal of Business Research

2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12

79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis

Journal of International Management

2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce

11

80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review

2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

8

81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness

International Business Review

2012 Joan Freixanet 8

82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry

Journal of High Technology Management Research

2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8

83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research

2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7

84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research

2013 Chih-Wen Wu 7

85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies

Industrial Marketing Management

2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6

86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China

International Business Review

2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6

87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6

117

88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms

Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella

5

89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector

International Business Review

2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang

4

91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms

Technological Forecast amp Social Change

2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez

4

92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different

Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4

93

The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits

Technological Forecast amp Social Change

2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez

4

94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies

Journal of World Business

2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani

4

95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis

Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka

4

96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries

Journal of International Management

2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4

97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation

Journal of World Business

2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar

4

98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies

Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira

3

99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research

2015 Irene Kilubi 3

100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

118

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes

Variaacuteveis IndependentesControle Amostra

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs

Journal of International Business Studies

2009

Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing

273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias

Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias

169 subsidiaacuterias de 50 EMNs

2

Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010

James R Kroes Soumen Ghosh

185 Outsource Congruence

Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)

196 empresas manufatureiras americanas

3

International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008

Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional

Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster

156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009

Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais

1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)

105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA

119

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues

142

1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo

1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial

12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007

6

Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010

Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera

132 Criatividade

1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes

74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos

7

Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010

Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value

1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos

140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003

8

How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001

Gerda Gemsera Mark A A M Leenders

107

1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over

1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial

Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento

120

9

The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000

Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos

1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados

57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana

10

On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy

2012

Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75 Competitividade para Exportaccedilatildeo

Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo

24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu

11

Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011

Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado

1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega

72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas

12

Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010

Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)

1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado

10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos

13

Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011

Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63 New product market performance

Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras

121 Empresas Multinacionais Chinesas

121

14

Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012

Panagiotis Ganotakis James H Love

58

Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade

Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios

412 PME britacircnicas de segmentos variados

15

Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012

Snejina Michailova Zaidah Mustaffa

58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias

93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009

16

Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009

Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais

Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness

424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia

17

Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015

Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo

Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa

Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica

76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas

18

Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries

Journal of International Management

2006

Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado

65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias

19

Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009

Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma

Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional

131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia

122

20

The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy

2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente

1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas

21

Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell

50

Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades

Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas

187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses

22

Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013

Ricarda B Bouncken Sascha Kraus

49

Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)

Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty

830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes

23

Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi

45

Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso

1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet

280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores

24

Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009

Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43 Desempenho Exportaccedilatildeo

1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador

262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue

123

25

Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013

Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41 Desempenho da Firma (ROA)

1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)

187 PMEs Taiwanesas

26

The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia

38 Desempenho da Firma

1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros

211 respostas de 105 empresas

27 The antecedents and consequences of successful localization

Journal of International Business Studies

2009

Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma

1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)

229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China

28

Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014

Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31 Autonomia da Subsidiaacuteria

1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros

240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas

124

29

Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer

31

Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma

Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital

2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos

30

Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015

Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1 Gestatildeo Verde

1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly

272 empresas chinesas

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM

liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de

tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o

desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel

Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo

Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das

atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica

Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI

natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado

Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos

Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e

Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy

Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos

meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por

minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo

RESUMO

O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a

formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific

Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese

foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na

discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa

do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no

Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e

serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o

sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute

associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de

capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)

Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a

subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional

Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI

de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da

propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades

internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos

estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-

FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade

Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de

estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs

e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de

contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das

multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de

capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente

Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global

Estrateacutegia Internacional

ABSTRACT

The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy

with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of

Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the

resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the

discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey

was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289

valid responses were received from various segments industry commerce and services

To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial

Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-

FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of

LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs

present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer

knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms

this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory

(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership

and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in

the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on

Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from

the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally

it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of

Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs

in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to

management it supports in the definition of the strategic management model of

multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of

competitive organizational capacities from an emerging country

Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation

International Strategy

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53

Tabela 4 - Construto Ambidestria 54

Tabela 5 - Construto Competitividade 55

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

56

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63

Tabela 12 - VIF do Modelo 64

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12

2 REVISAtildeO LITERARATURA 16

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35

3 HIPOacuteTESES 43

31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44

4 METODOLOGIA 49

41 Abordagem 49

42 Meacutetodo 50

43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65

5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66

51 Anaacutelise do Modelo 66

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70

6 DISCUSSAtildeO 73

7 CONCLUSAtildeO 77

REFEREcircNCIAS 79

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-

CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION 103

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-

CHAVE COMPETITIVENESS 111

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de

Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific

Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs

Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades

organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para

diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da

multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da

matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-

alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem

mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo

ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou

das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-

FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e

que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-

FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias

brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs

Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010

2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a

Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em

recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos

mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of

Managment Research Policy International Business Review Journal of Business

Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes

palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e

Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de

pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade

da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho

das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista

da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos

sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de

NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes

11

Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a

subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw

amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke

2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por

abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que

exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez

1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison

1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez

que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o

mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a

Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora

de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da

multinacional

Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local

Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp

Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas

capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo

independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente

Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp

Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e

desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute

existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para

melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais

localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo

a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non

Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma

a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver

capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost

12

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela

firma para diferentes mercados

Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia

ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais

e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede

da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke

2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias

estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da

estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de

pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local

Bound FSAs

11 Objetivos

111 Geral

O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e

Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave

NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima

permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica

Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs

112 Especiacuteficos

I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e

Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages)

13

II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da

subsidiaacuteria

III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-

FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages

Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa

na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais

e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na

Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na

formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua

rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de

transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens

competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas

multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias

oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp

Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr

2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen

Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning

2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp

Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp

Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter

1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp

Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007

Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp

Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem

vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp

Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas

FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes

14

sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta

amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs

em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu

mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com

menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976

Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney

amp Hesterly 2007 Porter 1990)

Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros

e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no

desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma

Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades

fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias

internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que

permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar

por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary

Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp

Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender

distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa

subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede

diferenciada da multinacional

Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente

como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas

capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global

(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o

fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das

subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de

conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas

desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

15

Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)

mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e

exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem

capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens

competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em

mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke

2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound

- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp

Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da

Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um

tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores

pesquisas (Rossetto 2014)

Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor

compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses

emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de

estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a

capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior

Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves

demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo

estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem

sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de

vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o

fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional

16

2 REVISAtildeO LITERARATURA

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs

As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com

subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir

estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que

busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de

Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo

para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as

fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes

denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco

no Ownership e na Internalization

As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo

da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias

vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e

capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980

1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo

geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente

de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo

notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos

materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e

portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em

que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas

capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp

Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar

capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos

mercados locais e internacionais

Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a

principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir

seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita

desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a

17

funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus

concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos

ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as

demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo

local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural

econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp

Bartlett 1990)

Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma

as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de

estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de

sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo

raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas

sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999

Wernerfelt 1995)

Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes

gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores

como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas

operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e

Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas

e aceitas

Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que

os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais

no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem

dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-

subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a

pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980

Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como

um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem

ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo

Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta

capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo

em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais

Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de

operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta

18

agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da

multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto

grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para

atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras

unidades

A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que

operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de

ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e

operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado

entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam

desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de

capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da

definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as

direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria

Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as

subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo

das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes

possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local

e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)

Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo

contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da

firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos

pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora

de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp

Verbeke 2001)

Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e

Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades

receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon

1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das

estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994

Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem

competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem

19

especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988

Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages

Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do

trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as

estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de

transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um

gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que

satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva

Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a

realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o

conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de

gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem

capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores

como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de

coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja

de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar

produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo

(Rugman 2009)

Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios

elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos

financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia

conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas

e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos

estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados

(Rugman amp Verbeke 2001)

As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o

mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e

outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non

Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees

20

(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -

Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de

vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais

ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam

a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de

atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia

de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma

capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific

Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das

habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou

demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por

exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender

requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para

consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades

organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos

diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila

especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas

formas de produccedilatildeo ou produtos

Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para

entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo

na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma

CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela

firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho

da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao

transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na

cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro

da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede

(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma

busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica

governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de

21

subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades

desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a

subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett

amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)

Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito

da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o

desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades

mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao

desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro

estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos

e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs

Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz

e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de

relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood

(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as

subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade

definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades

individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness

e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel

Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees

para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da

perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional

aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)

tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp

Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo

mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do

mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)

Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais

empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais

uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das

regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de

forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995)

22

Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados

pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a

partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas

CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da

subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram

que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996

a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando

portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a

subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da

EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas

Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost

Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional

reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma

subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees

para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou

desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos

Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das

influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com

o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como

universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -

Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo

objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e

Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz

parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os

fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar

processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e

disponibilidade de matildeo de obra especializada

Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de

conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para

desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e

23

mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma

operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre

nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta

tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global

em um paiacutes desenvolvido

Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como

disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel

internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo

de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo

como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias

como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a

teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration

(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que

direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de

desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim

como para atender as demandas do mercado

Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde

altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias

podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o

desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp

Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood

1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma

FSA (Rugman amp Verbeke 2001)

Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da

localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou

os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados

Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis

potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados

localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das

universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em

PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD

Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente

pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo

24

sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada

com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de

maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa

Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes

considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do

ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia

Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia

do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que

possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-

FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja

um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a

inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional

Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-

se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e

competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme

em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign

2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por

meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)

Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de

paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman

Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da

escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais

complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de

capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico

e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos

niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado

sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades

relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo

de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de

controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo

organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)

aos equipamentos

Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso

modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes

25

emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas

consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento

de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo

como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e

aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees

de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas

multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de

desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode

ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas

para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de

produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas

Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos

determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias

brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar

e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento

criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional

Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de

inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos

ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs

na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para

assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs

transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio

de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese

foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua

capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw

e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)

23 Competitividade

26

A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da

intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de

substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as

estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no

setor

Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade

o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam

substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a

Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp

Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na

lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas

para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no

ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)

Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem

competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do

que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o

consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo

baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual

possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos

com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de

absorver este conhecimento

Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela

empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie

barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da

empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com

capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e

disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo

e eficiecircncia operacional

Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo

de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de

produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing

por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela

27

qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada

(Barney amp Herstley 2007)

O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em

custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de

produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias

competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam

fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos

requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo

enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios

criativos

Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas

estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas

e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de

produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir

para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem

competitiva sustentaacutevel

Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como

satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas

(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual

descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho

da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de

qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis

Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica

causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do

valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado

compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho

operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da

vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira

geralmente vinculada agrave lucratividade

Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva

(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem

competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo

e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o

28

know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos

produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo

Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia

positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas

capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas

anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de

vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos

disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo

influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam

riscos

Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria

Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios

centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de

que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel

delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-

subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo

sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da

localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma

Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de

produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack

Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia

tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco

fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e

processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores

e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -

flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo

para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015)

Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente

organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell

2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades

de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o

desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos

humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode

29

desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o

comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et

al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir

situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e

da produtividade dos subordinados

Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu

estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva

entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva

sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade

e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade

promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos

nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas

capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como

em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a

estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e

demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da

Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo

da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp

Johnston 2009)

Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em

seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo

Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos

administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim

como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de

custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e

nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)

corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de

relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas

espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades

de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e

processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem

especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua

Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de

30

Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior

demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade

Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo

de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores

da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos

humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design

industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos

(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o

sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro

estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em

desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na

configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia

na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a

inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em

produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a

Competitividade da firma

No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim

e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de

manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a

diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de

natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com

10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)

concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo

afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre

produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a

inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da

multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas

poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos

mercados alvo

Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo

na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a

intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com

o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de

preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos

31

negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo

da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no

mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento

Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de

solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos

autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional

fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro

lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver

uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite

a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental

torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)

Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o

tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno

e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio

agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem

por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas

competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas

fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua

maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como

produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos

fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas

dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e

pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na

vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)

que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam

como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e

recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas

Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e

Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias

empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da

firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as

suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as

que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais

resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo

32

radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs

compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar

um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o

ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza

No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade

Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da

gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos

produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131

subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea

de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do

conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de

melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do

VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja

para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos

processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte

para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly

2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)

Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o

escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996

e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)

Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode

ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente

Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que

consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da

organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da

firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento

mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e

sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades

matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria

Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento

e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades

fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a

matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais

matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia

33

ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se

confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o

niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar

conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo

do conhecimento

Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem

compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma

economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel

delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para

implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para

o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam

tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da

EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de

parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente

afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como

importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o

desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e

Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam

desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre

de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses

desenvolvidos

Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)

com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a

confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor

desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o

compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor

desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas

No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade

Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o

conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com

multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos

produtos lanccedilados no mercado

Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas

operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que

34

capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho

operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e

produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de

qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua

Competitividade

Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e

competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas

pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva

tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar

seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para

melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e

desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam

ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar

os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e

Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui

para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration

Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de

Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do

ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de

Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor

posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o

35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo

econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas

cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as

operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por

consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas

e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro

lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas

Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam

no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano

consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse

das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo

agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo

35

24 Ambidestria

O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais

citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas

estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as

estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos

produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente

disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto

(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da

empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser

considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da

deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de

March (1991) e de Levinthal e March (1993)

O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia

entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a

estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido

ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo

a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de

descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash

o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por

exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso

no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos

concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja

superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)

abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual

a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade

mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem

imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa

Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam

ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala

e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo

agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a

36

organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990

1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar

radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees

internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global

de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp

Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro

Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas

ambidestras (March 1991)

No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu

estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas

como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo

fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e

estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o

sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre

Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw

(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute

seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura

pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que

denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41

unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a

Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis

alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por

pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar

o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar

e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura

He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca

ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)

com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual

com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e

adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para

responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito

competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves

necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende

entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros

37

Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a

Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis

cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos

particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do

estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um

facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo

Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma

da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos

sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco

correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns

modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou

adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o

aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)

aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo

e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como

os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as

estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991)

A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo

tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de

negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente

conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman

2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a

firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo

incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior

sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de

identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com

equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as

tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente

demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na

teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas

Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em

que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas

que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de

38

relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as

mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no

longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos

processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades

novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst

amp Raisch 2005)

Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e

Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees

estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo

associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo

de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica

ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)

Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo

no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da

decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista

estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo

orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a

descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho

organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a

eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp

Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)

Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um

melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um

consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do

meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma

alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais

a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem

mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as

tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um

caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para

equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos

existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de

entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas

39

Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria

na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a

criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno

Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo

e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia

organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249

empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees

no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das

organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como

Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute

emergente no mundo organizacional

Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos

como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia

tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa

e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes

concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos

abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e

a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os

processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation

como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos

existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp

Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem

as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental

Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o

ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar

uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende

das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo

Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees

entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e

a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration

e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior

centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as

atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis

40

Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por

Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou

melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou

ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo

para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento

pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel

em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade

(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e

aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e

mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria

Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades

sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa

do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o

veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da

Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)

corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em

serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que

podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um

ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra

tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de

melhoria seja de criaccedilatildeo

Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi

realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases

Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business

Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas

100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e

Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos

quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos

buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando

diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por

tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados

emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia

Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com

141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou

41

compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores

das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e

Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma

empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual

satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com

experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em

comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees

na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao

trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees

interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como

criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a

codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing

(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e

Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as

estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de

diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia

(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas

(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as

condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees

entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades

organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da

organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do

desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para

esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen

Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas

oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se

adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em

mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas

americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio

complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a

Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no

desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration

novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma

criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel

42

Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de

automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e

Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam

como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e

controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)

para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores

satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos

clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e

confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas

estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional

e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma

Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de

Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp

Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)

Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4

ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e

Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades

NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional

43

3 HIPOacuteTESES

31 Modelo

O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He

amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para

atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para

a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a

subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

conforme modelo da tese (Figura 1)

Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

44

32 Hipoacuteteses

Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de

TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que

satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter

competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et

al 2012 Nascimento et al 2014)

Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia

Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al

2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp

Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que

atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-

prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos

institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade

assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com

tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus

concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e

melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute

produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como

por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do

produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras

locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de

se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo

2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp

Lavie 2014 Tiwana 2008)

As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus

operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves

capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as

estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo

Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos

produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)

45

No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de

Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em

termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de

canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode

utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e

pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou

campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-

Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa

amp Faia 2017)

Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais

por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos

sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira

nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-

alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)

Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e

desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam

formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado

mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos

podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais

centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em

privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo

Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como

variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a

variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria

com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em

forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

46

A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam

derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et

al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos

que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando

capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade

superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem

refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas

do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os

concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas

Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede

externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que

necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson

Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)

Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a

subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp

Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-

Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de

tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e

superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da

matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades

desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a

subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang

et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as

demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do

consumidor

Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz

pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este

mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que

47

caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em

absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se

transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman

amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo

de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai

2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes

fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades

especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006

Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006

Raisch amp Birkinshaw 2008)

Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo

em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas

mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho

competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015

Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009

Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao

mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que

seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado

brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis

na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -

Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta

maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp

Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)

consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-

FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir

48

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas

hipoacuteteses adicionais

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade

H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA

49

4 METODOLOGIA

Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de

accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino

(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo

de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a

abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de

anaacutelises dos dados

41 Abordagem

Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)

considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na

qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-

experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas

que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de

perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados

Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa

quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais

assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de

identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses

testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise

dos dados

Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a

pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas

variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de

universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios

ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se

levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com

cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)

50

Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa

de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a

tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem

capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash

Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local

e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

42 Meacutetodo

Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a

determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por

meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr

et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI

ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso

escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo

como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais

Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas

do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras

e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de

segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos

A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento

telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos

departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta

amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado

pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de

Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de

Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com

4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as

atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e

telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas

51

Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7

gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que

pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que

de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das

perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia

Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails

convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento

do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302

questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing

values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas

Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas

possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento

conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Alemanha 65

Estados Unidos 65

Itaacutelia 37

Argentina 15

Franccedila 14

Suiacuteccedila 13

Japatildeo 11

Europa 10

Sueacutecia 8

Espanha 8

Finlacircndia 7

Holanda 6

China 4

Meacutexico 3

Aacuteustria 3

Portugal 3

Dinamarca 3

continua

52

conclusatildeo

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Beacutelgica 2

Canadaacute 2

Inglaterra 2

Austraacutelia 1

Boliacutevia 1

Costa Rica 1

Peru 1

Turquia 1

Ucracircnia 1

Aacutefrica do Sul 1

Aacutesia 1

Total 260 29

90 10

Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa

Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir

observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou

Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield

construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil

Modo de Entrada no Brasil

Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43

Alianccedila ou JV 93 32

Greenfield 71 25

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado

brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias

desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre

mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica

e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir

53

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil

Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado

1901-1910 5 2 2

1911-1920 1 0 2

1921-1930 2 1 3

1931-1940 1 0 3

1941-1950 2 1 4

1951-1960 10 3 7

1961-1970 24 8 15

1971-1980 38 13 28

1981-1990 26 9 37

1991-2000 97 34 71

2001-2015 83 29 100

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

43 Teacutecnica de Pesquisa

Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme

definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados

primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas

importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja

explicar

Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio

com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash

Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com

perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo

estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7

lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas

4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta

tese

54

Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e

Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da

variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado

local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28

P29 P30 descritas na tabela que segue

Tabela 4 - Construto Ambidestria

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou

Exploration He e Wong

(2004)

P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo

P24 Ampliar os tipos de produtos

P25 Abrir novos mercados

P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas

Exploitation He e Wong

(2004)

P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes

P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo

P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo

P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

55

Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por

Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber

Tabela 5 - Construto Competitividade

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua

Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais

concorrentes

P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta

qualidade comparados aos principais concorrentes

P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em

comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente

externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a

responder mais rapidamente agraves demandas do mercado

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade

tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost

Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e

Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram

selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente

desenvolveu novos

LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P31 Produtos

P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo

P33 Processos de marketing

P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located

Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado

de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e

Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com

as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber

56

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria

constantemente transferiu para a matriz novos

NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P36 Produtos

P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo

P38 Processos de marketing

P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados

As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o

modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees

estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre

os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)

Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

conforme exibe a Figura 3

As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)

A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as

variaacuteveis latentes do modelo desta tese

57

Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo

Fonte Dados da pesquisa

Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si

porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que

seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis

Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda

ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos

indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation

No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada

uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo

confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo

indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees

exploradas pelo Modelo

58

Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS

Fonte Dados da pesquisa

45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)

Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo

(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores

e construtos

Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo

reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency

reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem

extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos

e os reflexivos

59

Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo

Fonte Hair Jr et al (2014)

Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de

mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o

compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto

Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees

que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um

Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)

Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os

valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite

Reliability e 05 para o AVE

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna

Cronbachs

Alpha

rho_A Composite

Reliability

Average Variance

Extracted (AVE)

Ambidestria 0913 0915 0929 0623

Competitividade 0878 0884 0911 0672

Exploitation 0878 0879 0916 0733

Exploration 0872 0877 0913 0724

LB-FSA 0889 0900 0923 0750

NLB-FSA 0957 0958 0969 0885

Fonte Dados da Pesquisa

60

O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto

conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre

os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles

devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach

elevado (acima de 07)

O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach

mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume

que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute

considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que

medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado

a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07

O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada

por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado

do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia

natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma

120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2

(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894

Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores

ideiais satildeo dos indicadores acima 07

A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia

das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto

da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue

explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue

esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores

61

47 Validade Convergente (Convergent Validity)

Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel

latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute

observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles

teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores

do Modelo

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0874

q23 0810

q24 0881

q24 0836

q25 0789

q25 0700

q26 0857

q26 0799

q27 0820

q27 0791

q28 0877

q28 0813

q29 0885

q29 0804

q30 0841

q30 0751

q31 0888

q32 0911

q33 0820

q35 0843

q36 0925

q37 0955

q38 0943

q40 0941

q89 0855

q90 0793

q91 0849

q92 0810

q93 0789

Fonte Dados da Pesquisa

Vemos que todos os loadings possuem valores adequados

1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte

consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o

uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05

62

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)

A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos

demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos

diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do

discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker

criterion

Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os

indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre

indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles

refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o

construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois

natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo

O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um

construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz

quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os

demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de

um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em

outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a

seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja

mais associada a seus indicadores

A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas

anteriormente

63

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0308 0620 0878 0572 0232

q24 0313 0663 0882 0578 0204

q25 0297 0503 0782 0452 0096

q26 0346 0618 0856 0521 0217

q27 0335 0815 0645 0446 0049

q28 0361 0879 0630 0475 0137

q29 0308 0886 0605 0448 0245

q30 0265 0843 0552 0456 0179

q31 0300 0470 0628 0889 0333

q32 0370 0569 0637 0911 0324

q33 0305 0354 0425 0820 0318

q35 0370 0426 0451 0841 0346

q36 0243 0179 0207 0346 0925

q37 0214 0156 0189 0343 0955

q38 0267 0193 0250 0369 0943

q40 0245 0147 0198 0370 0941

q89 0854 0320 0349 0312 0205

q90 0791 0339 0384 0404 0190

q91 0849 0266 0281 0284 0251

q92 0812 0318 0260 0339 0228

q93 0789 0264 0215 0217 0179

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Competitividade 0820

Exploitation 0371 0856

Exploration 0371 0710 0851

LB-FSA 0388 0533 0627 0866

NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941

Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem

conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do

discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores

e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente

Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais

elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior

correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel

Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante

de variaacuteveis de ordem mais elevada

64

49 Anaacutelise do Modelo Estrutural

Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as

variaacuteveis latentes do modelo

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes

Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro

passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as

variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das

regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os

resultados do VIF2 do Modelo

Tabela 12 - VIF do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732

Competitividade 1238

Exploitation

Exploration

LB-FSA 1648 1712

NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos

os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)

2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um

coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do

VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de

colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada

de 4

65

411 Qualidade de Ajuste do Modelo

A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade

Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador

de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior

que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O

segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o

quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de

002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo

Modelo

Competitividade 0116

Exploitation 0586

Exploration 0581

LFB-FSA 0270

NLB-FSA 0131

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003

Competitividade 0020

Exploitation

Exploration

LB-FSA 0038 0095

NLB-FSA

Fonte Dados da Pesquisa

Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente

baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o

Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel

Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos

comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute

importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A

Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais

variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo

66

5 ANAacuteLISE DOS DADOS

51 Anaacutelise do Modelo

A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e

suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap

Path Coefficients T statistics

Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo

Variaacutevel

Exoacutegena

Variaacutevel

Endoacutegena

LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs

Ambidestria 0627 0260 -0071

(t-statistic) (11497) (2602) (1105)

LB-FSAs 0226 0369

(t-statistic) (2353) (6489)

Competitividade 0143

(t-statistic) (2703)

(Rsup2) (0393) (0192) (0162)

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Fonte Dados da Pesquisa

Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros

nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path

Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem

sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de

67

um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-

padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2

(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada

como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de

0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por

exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute

explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um

dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de

196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham

o sinal corretamente estimado

Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a

Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do

coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja

uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute

de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido

em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima

o efeito de Ambidestria em NLB-FSA

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese

Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que

orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos

consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais

pudemos chegar

bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages

Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo

de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo

estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA

(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um

efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1

68

bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre

Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar

com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute

correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam

H2

bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de

significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e

NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que

NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita

A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses

Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado

H1 Empresas ambidestras tecircm

associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound -

Firm Specific Advantages)

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

001 Aceita

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located

Bound - Firm Specific Advantages) estaacute

associada positivamente agrave

Competitividade

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H3 A Competitividade estaacute associada

positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific

Advantages)

NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre

Ambidestria e Competitividade

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA e NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001)

001 Aceita

H5 Competitividade media associaccedilatildeo

entre LB-FSA e NLB-FSA

LB-FSA NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

005 Aceita

69

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001) Competitividade

(Yang et al 2015)

Fonte Dados da Pesquisa

70

No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a

ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente

de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a

Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de

001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a

formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA

tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para

verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado

pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-

FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta

mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir

53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo

Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A

pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria

um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para

realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no

qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta

inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e

se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3

3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma

119911 =119886119887

radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887

2)

Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o

coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da

71

A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo

z

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo

variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem

sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que

a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA

A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de

mediaccedilatildeo

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel

Significacircncia

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

Fonte Dados da Pesquisa

De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)

observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos

indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a

Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que

haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade

Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia

que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao

mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o

desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e

relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel

mediadora e variaacutevel dependente

72

qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs

podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com

as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute

efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da

mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na

formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis

LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva

e transfira NLB-FSAs

73

6 DISCUSSAtildeO

Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo

de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos

(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma

Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar

seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para

atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e

produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim

como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e

Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp

Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004

Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo

necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais

produtos e serviccedilos

Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para

a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada

definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a

influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas

decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie

2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a

utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem

organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades

nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos

(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al

2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez

que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias

de empresas multinacionais que atuam no Brasil

Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens

especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave

Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter

1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua

74

com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais

competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp

Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp

Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo

das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais

correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta

com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado

faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as

demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al

2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao

considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um

mercado emergente no caso o Brasil

Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade

para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand

amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese

contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de

capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo

de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai

2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem

preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp

Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente

colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que

ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional

e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)

75

Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras

instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender

ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente

transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da

multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria

obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas

como NLB-FSAs

Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta

de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -

Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas

locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da

multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp

Verbeke 2001)

Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam

que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong

2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver

novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes

(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na

forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke

2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da

Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)

Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades

organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade

da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da

diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a

possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de

NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson

1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo

sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a

76

primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA

(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo

Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional

(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a

Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com

menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que

a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave

Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade

eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria

ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode

obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell

amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese

contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela

EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser

transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke

2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp

Herstely 2007)

77

7 CONCLUSOtildeES

Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-

FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a

Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel

afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem

associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com

a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade

tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de

NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria

de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo

de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos

especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration

e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais

LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado

local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a

Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades

organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua

Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3

confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao

fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e

demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua

Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras

unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um

novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo

de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber

mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um

Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma

que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das

78

empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de

multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs

Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para

a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em

mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas

gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto

de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses

(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem

destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras

variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada

paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada

mercado entre outras

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APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman 590

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383

3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264

5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219

6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies

2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162

7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology

Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140

8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132

9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak

126

10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas 122

11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112

96

12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103

14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures

Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99

15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99

16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87

18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo

84

19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80

20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77

21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li 75

22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75

23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis

Journal of Mangement Information Systems

2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75

24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm

Technological Forecating amp Social Charge

2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67

97

26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation

Academy of Management Journal

2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective

Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen

59

29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58

31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance

Strategic Management Journal

2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger

58

32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition

Journal of International Business Studies

2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54

34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies

2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52

35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51

36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers

Journal of International Management

2010 Peter Ping Li 51

37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

50

38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46

39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46

98

40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43

41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42

42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance

Journal of International Management

2009 Robin Teigland Molly Wasko 37

43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning

Technological Forecating amp Social Charge

2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37

44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital

International Business Review

2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story

36

45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies

2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36

46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China

Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31

47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India

Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29

48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms

Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28

49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study

Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni

28

50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view

International Business Review

2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber

28

51 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

27

52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs

Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23

53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model

Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21

99

54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners

Journal of International Business Studies

2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21

55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations

Journal of International Business Studies

2015 L Felipe Monteiro 21

56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries

Journal of International Business Studies

2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee

20

57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries

International Business Review

2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20

58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture

Journal of International Management

2007 Malika Richards Yi Yang 19

59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm

International Business Review

2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona

18

60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership

Journal of International Business Studies

2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle

17

61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector

Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio

17

62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China

Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17

63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy

Journal of International Management

2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj

16

64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances

International Business Review

2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan

16

65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates

Journal of International Management

2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey

14

66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies

2016 C Annique Um 11

67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis

Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin

11

100

68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks

Research Policy 2013 Franz Huber 10

69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance

International Business Review

2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10

70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration

Research Policy 2016 Jian Wang 9

71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy

Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9

72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations

Journal of International Management

2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu

8

73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing

The Journal of Strategic Information System

2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan

8

74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons

Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein

6

75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke

6

76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India

Journal of International Management

2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6

77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries

Journal of International Management

2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park

5

78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation

International Business Review

2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak

5

79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt

International Business Review

2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton

5

80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study

Journal of International Business Studies

2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu

4

81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4

101

82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge

2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh

4

84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4

85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization

Journal of International Business Studies

2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt

3

86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases

Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3

87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi

3

88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity

Academy of Management Journal

2014 Janet K Tinoco 2

89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy

Journal of International Management

2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1

90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations

International Business Review

2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell

1

91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity

Technological Forecating amp Social Charge

2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1

92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research

2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1

93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration

Journal of Business Research

2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1

94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities

Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0

102

95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan

Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann

0

96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust

Journal of International Management

2017 Juana Du Christopher Williams 0

97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs

International Business Review

2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten

0

98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review

2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0

99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth

International Business Review

2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson

0

100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems

Technological Forecating amp Social Charge

2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira

0

Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

103

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY

EXPLORATION E EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra

1

The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman

590

1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma

1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times

Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity

Research Policy

2007

Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent

Cognitive Distance

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

3

Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006

Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo

100 simulaccedilotildees

4 Internationalising in small incremental or larger steps

Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk

264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment

1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico

83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu

104

5

Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy

2008

Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

6 Effects of firm resources on growth in multinationality

Journal of International Business Studies

2007

Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162 Crescimento em multinacionalidade

1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria

Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas

7

Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer

132 Estrateacutegia percebida

1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado

325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia

8

Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel David P Lepak

99

Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation

Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)

215 empresas do setor de tecnologia americano

105

9

The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas

122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time

1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto

96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes

10

Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez

112 Performace Value Market Value

Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation

190 empresas de software americano

11

Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy

2008

Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease

Tecnhological Diversification 985 patentes

106

12

How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel

103

Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)

Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes

215 empresas do setor de tecnologia americano

13

Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project

Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration

142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations

14

Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012

Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87 Unit Performance Profitability

Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo

285 European finance organization units

107

15

The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009

Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol

84

Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist

Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)

Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades

16

The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw

80

Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes

Ambidexterity Alignment and Adaptation

4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais

17

Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro

77

Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members

Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958

18

Balancing exploration and exploitation in alliance formation

Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff

75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration

Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year

Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes

19

Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li

75 Inovaccedilatildeo do produto

1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria

Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003

108

20

Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014

Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais

1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees

Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)

21

The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation

Academy of Management Journal

2008

Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past

Economic Conditions and Environmental treat

163 US Theaters

22

Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco

1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional

431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008

109

23

Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy

2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training

RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners

457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas

24

Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray

58

Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global

40 firms for cluster analysis

25

How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013

Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento

-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura

Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses

26

Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science

2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong

51 Sales Grouwth Rate

Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption

206 Manufacturing firms

110

27

The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy

2009

Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off

Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities

229 Patents in Taiwan

28

Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr

46 Organization Slack Available and Rcoverable

Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms

29

Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy

2013

Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43 Change innovation in economic Crisis

hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation

2500 firmas Britacircnicas

30

Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014

Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao

42 Firm Valuation

Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances

753 Patent information from 1984 to 2006

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

111

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies

2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273

2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185

3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142

6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera

132

7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry

Journal of International Business Studies

2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132

8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M

107

9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance

Journal of Product Innovation

2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90

12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75

13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

112

14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets

Journal of Product Innovation

2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry

69

15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63

17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58

18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58

19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54

21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries

Journal of International Management

2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy 2012 Knut Blind 51

24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell 50

25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49

26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi 45

27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43

113

28 Characterizing service networks for moving from products to solutions

Industrial Marketing Management

2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani

43

29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41

30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment

Journal of International Business Studies

2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41

31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD

Journal of International Business Studies

2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki

40

32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management

Journal of International Management

2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39

33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies

2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38

35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection

Journal of International Management

2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38

36 Company competencies as a network the role of product development

Journal of Product Innovation

2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove

38

37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process

Journal of High Technology Management Research

2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37

38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35

39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business

2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim

35

40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness

Journal of Product Innovation

2000 Perks H 32

41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market

International Business Review

2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu

31

114

42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico

Technological Forecast amp Social Change

2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel

31

43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31

44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31

45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility

Journal of World Business

2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park

30

46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries

Journal of International Management

2007 Brent B Allred Walter G Park 29

47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation

Journal of International Management

2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29

48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals

Journal of World Business

2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang

28

49 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

28

50 Technological diversification complementary assets and performance

Technological Forecast amp Social Change

2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw

26

51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers

Journal of International Business Studies

2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25

52 Comparative strategic management An emergent field in international management

Journal of International Management

2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang

24

53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies

2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24

54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations

Journal of International Management

2009 Christopher Williams 23

55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India

Journal of International Management

2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy

23

56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business

2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson

23

115

57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance

Journal of World Business

2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish

23

58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse

22

59 Linking market orientation to international market selection and international performanc

International Business Review

2011 Xinming He Yingqi Wei 21

60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam

Journal of World Business

2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant

20

61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management

2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park

20

62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research

2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos

20

63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers

Journal of World Business

2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20

64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms

Journal of International Management

2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19

65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union

Journal of World Business

2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno

19

66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages

International Business Review

2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite

18

67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships

Journal of International Management

2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18

68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters

Journal of World Business

2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride

17

69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India

Journal of International Management

2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova

17

70 The attraction of contributors in free and open source software projects

Strategic Information System

2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson

15

71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies

Journal of World Business

2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

15

116

72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong

Journal of World Business

2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones

14

73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance

Journal of World Business

2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros

14

74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance

International Business Review

2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen

13

75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management

2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini

13

76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation

Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams

13

77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness

Industrial Marketing Management

2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan

12

78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit

Journal of Business Research

2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12

79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis

Journal of International Management

2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce

11

80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review

2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

8

81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness

International Business Review

2012 Joan Freixanet 8

82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry

Journal of High Technology Management Research

2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8

83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research

2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7

84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research

2013 Chih-Wen Wu 7

85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies

Industrial Marketing Management

2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6

86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China

International Business Review

2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6

87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6

117

88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms

Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella

5

89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector

International Business Review

2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang

4

91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms

Technological Forecast amp Social Change

2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez

4

92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different

Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4

93

The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits

Technological Forecast amp Social Change

2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez

4

94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies

Journal of World Business

2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani

4

95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis

Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka

4

96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries

Journal of International Management

2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4

97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation

Journal of World Business

2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar

4

98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies

Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira

3

99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research

2015 Irene Kilubi 3

100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

118

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes

Variaacuteveis IndependentesControle Amostra

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs

Journal of International Business Studies

2009

Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing

273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias

Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias

169 subsidiaacuterias de 50 EMNs

2

Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010

James R Kroes Soumen Ghosh

185 Outsource Congruence

Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)

196 empresas manufatureiras americanas

3

International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008

Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional

Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster

156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009

Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais

1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)

105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA

119

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues

142

1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo

1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial

12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007

6

Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010

Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera

132 Criatividade

1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes

74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos

7

Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010

Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value

1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos

140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003

8

How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001

Gerda Gemsera Mark A A M Leenders

107

1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over

1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial

Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento

120

9

The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000

Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos

1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados

57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana

10

On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy

2012

Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75 Competitividade para Exportaccedilatildeo

Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo

24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu

11

Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011

Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado

1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega

72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas

12

Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010

Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)

1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado

10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos

13

Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011

Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63 New product market performance

Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras

121 Empresas Multinacionais Chinesas

121

14

Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012

Panagiotis Ganotakis James H Love

58

Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade

Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios

412 PME britacircnicas de segmentos variados

15

Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012

Snejina Michailova Zaidah Mustaffa

58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias

93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009

16

Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009

Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais

Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness

424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia

17

Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015

Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo

Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa

Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica

76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas

18

Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries

Journal of International Management

2006

Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado

65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias

19

Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009

Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma

Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional

131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia

122

20

The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy

2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente

1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas

21

Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell

50

Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades

Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas

187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses

22

Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013

Ricarda B Bouncken Sascha Kraus

49

Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)

Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty

830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes

23

Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi

45

Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso

1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet

280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores

24

Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009

Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43 Desempenho Exportaccedilatildeo

1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador

262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue

123

25

Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013

Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41 Desempenho da Firma (ROA)

1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)

187 PMEs Taiwanesas

26

The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia

38 Desempenho da Firma

1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros

211 respostas de 105 empresas

27 The antecedents and consequences of successful localization

Journal of International Business Studies

2009

Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma

1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)

229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China

28

Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014

Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31 Autonomia da Subsidiaacuteria

1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros

240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas

124

29

Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer

31

Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma

Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital

2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos

30

Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015

Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1 Gestatildeo Verde

1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly

272 empresas chinesas

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

RESUMO

O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a

formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific

Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese

foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na

discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa

do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no

Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e

serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o

sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute

associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de

capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)

Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a

subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional

Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI

de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da

propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades

internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos

estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-

FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade

Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de

estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs

e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de

contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das

multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de

capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente

Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global

Estrateacutegia Internacional

ABSTRACT

The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy

with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of

Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the

resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the

discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey

was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289

valid responses were received from various segments industry commerce and services

To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial

Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-

FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of

LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs

present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer

knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms

this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory

(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership

and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in

the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on

Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from

the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally

it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of

Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs

in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to

management it supports in the definition of the strategic management model of

multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of

competitive organizational capacities from an emerging country

Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation

International Strategy

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53

Tabela 4 - Construto Ambidestria 54

Tabela 5 - Construto Competitividade 55

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

56

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63

Tabela 12 - VIF do Modelo 64

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12

2 REVISAtildeO LITERARATURA 16

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35

3 HIPOacuteTESES 43

31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44

4 METODOLOGIA 49

41 Abordagem 49

42 Meacutetodo 50

43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65

5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66

51 Anaacutelise do Modelo 66

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70

6 DISCUSSAtildeO 73

7 CONCLUSAtildeO 77

REFEREcircNCIAS 79

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-

CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION 103

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-

CHAVE COMPETITIVENESS 111

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de

Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific

Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs

Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades

organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para

diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da

multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da

matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-

alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem

mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo

ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou

das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-

FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e

que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-

FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias

brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs

Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010

2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a

Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em

recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos

mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of

Managment Research Policy International Business Review Journal of Business

Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes

palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e

Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de

pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade

da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho

das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista

da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos

sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de

NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes

11

Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a

subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw

amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke

2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por

abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que

exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez

1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison

1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez

que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o

mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a

Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora

de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da

multinacional

Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local

Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp

Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas

capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo

independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente

Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp

Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e

desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute

existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para

melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais

localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo

a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non

Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma

a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver

capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost

12

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela

firma para diferentes mercados

Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia

ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais

e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede

da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke

2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias

estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da

estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de

pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local

Bound FSAs

11 Objetivos

111 Geral

O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e

Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave

NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima

permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica

Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs

112 Especiacuteficos

I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e

Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages)

13

II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da

subsidiaacuteria

III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-

FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages

Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa

na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais

e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na

Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na

formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua

rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de

transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens

competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas

multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias

oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp

Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr

2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen

Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning

2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp

Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp

Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter

1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp

Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007

Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp

Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem

vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp

Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas

FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes

14

sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta

amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs

em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu

mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com

menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976

Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney

amp Hesterly 2007 Porter 1990)

Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros

e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no

desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma

Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades

fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias

internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que

permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar

por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary

Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp

Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender

distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa

subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede

diferenciada da multinacional

Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente

como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas

capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global

(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o

fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das

subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de

conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas

desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

15

Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)

mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e

exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem

capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens

competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em

mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke

2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound

- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp

Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da

Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um

tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores

pesquisas (Rossetto 2014)

Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor

compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses

emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de

estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a

capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior

Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves

demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo

estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem

sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de

vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o

fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional

16

2 REVISAtildeO LITERARATURA

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs

As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com

subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir

estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que

busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de

Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo

para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as

fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes

denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco

no Ownership e na Internalization

As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo

da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias

vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e

capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980

1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo

geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente

de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo

notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos

materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e

portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em

que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas

capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp

Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar

capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos

mercados locais e internacionais

Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a

principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir

seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita

desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a

17

funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus

concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos

ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as

demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo

local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural

econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp

Bartlett 1990)

Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma

as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de

estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de

sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo

raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas

sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999

Wernerfelt 1995)

Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes

gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores

como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas

operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e

Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas

e aceitas

Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que

os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais

no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem

dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-

subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a

pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980

Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como

um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem

ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo

Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta

capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo

em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais

Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de

operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta

18

agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da

multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto

grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para

atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras

unidades

A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que

operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de

ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e

operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado

entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam

desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de

capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da

definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as

direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria

Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as

subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo

das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes

possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local

e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)

Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo

contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da

firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos

pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora

de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp

Verbeke 2001)

Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e

Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades

receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon

1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das

estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994

Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem

competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem

19

especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988

Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages

Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do

trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as

estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de

transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um

gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que

satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva

Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a

realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o

conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de

gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem

capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores

como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de

coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja

de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar

produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo

(Rugman 2009)

Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios

elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos

financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia

conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas

e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos

estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados

(Rugman amp Verbeke 2001)

As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o

mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e

outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non

Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees

20

(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -

Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de

vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais

ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam

a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de

atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia

de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma

capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific

Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das

habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou

demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por

exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender

requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para

consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades

organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos

diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila

especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas

formas de produccedilatildeo ou produtos

Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para

entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo

na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma

CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela

firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho

da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao

transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na

cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro

da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede

(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma

busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica

governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de

21

subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades

desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a

subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett

amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)

Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito

da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o

desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades

mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao

desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro

estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos

e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs

Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz

e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de

relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood

(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as

subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade

definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades

individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness

e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel

Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees

para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da

perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional

aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)

tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp

Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo

mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do

mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)

Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais

empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais

uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das

regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de

forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995)

22

Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados

pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a

partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas

CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da

subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram

que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996

a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando

portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a

subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da

EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas

Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost

Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional

reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma

subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees

para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou

desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos

Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das

influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com

o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como

universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -

Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo

objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e

Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz

parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os

fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar

processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e

disponibilidade de matildeo de obra especializada

Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de

conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para

desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e

23

mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma

operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre

nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta

tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global

em um paiacutes desenvolvido

Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como

disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel

internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo

de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo

como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias

como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a

teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration

(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que

direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de

desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim

como para atender as demandas do mercado

Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde

altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias

podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o

desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp

Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood

1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma

FSA (Rugman amp Verbeke 2001)

Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da

localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou

os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados

Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis

potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados

localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das

universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em

PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD

Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente

pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo

24

sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada

com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de

maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa

Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes

considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do

ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia

Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia

do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que

possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-

FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja

um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a

inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional

Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-

se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e

competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme

em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign

2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por

meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)

Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de

paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman

Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da

escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais

complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de

capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico

e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos

niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado

sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades

relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo

de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de

controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo

organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)

aos equipamentos

Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso

modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes

25

emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas

consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento

de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo

como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e

aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees

de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas

multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de

desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode

ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas

para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de

produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas

Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos

determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias

brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar

e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento

criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional

Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de

inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos

ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs

na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para

assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs

transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio

de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese

foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua

capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw

e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)

23 Competitividade

26

A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da

intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de

substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as

estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no

setor

Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade

o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam

substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a

Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp

Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na

lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas

para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no

ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)

Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem

competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do

que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o

consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo

baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual

possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos

com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de

absorver este conhecimento

Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela

empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie

barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da

empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com

capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e

disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo

e eficiecircncia operacional

Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo

de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de

produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing

por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela

27

qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada

(Barney amp Herstley 2007)

O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em

custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de

produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias

competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam

fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos

requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo

enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios

criativos

Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas

estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas

e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de

produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir

para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem

competitiva sustentaacutevel

Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como

satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas

(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual

descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho

da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de

qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis

Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica

causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do

valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado

compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho

operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da

vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira

geralmente vinculada agrave lucratividade

Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva

(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem

competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo

e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o

28

know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos

produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo

Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia

positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas

capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas

anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de

vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos

disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo

influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam

riscos

Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria

Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios

centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de

que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel

delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-

subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo

sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da

localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma

Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de

produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack

Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia

tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco

fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e

processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores

e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -

flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo

para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015)

Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente

organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell

2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades

de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o

desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos

humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode

29

desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o

comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et

al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir

situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e

da produtividade dos subordinados

Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu

estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva

entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva

sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade

e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade

promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos

nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas

capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como

em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a

estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e

demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da

Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo

da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp

Johnston 2009)

Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em

seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo

Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos

administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim

como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de

custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e

nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)

corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de

relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas

espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades

de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e

processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem

especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua

Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de

30

Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior

demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade

Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo

de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores

da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos

humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design

industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos

(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o

sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro

estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em

desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na

configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia

na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a

inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em

produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a

Competitividade da firma

No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim

e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de

manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a

diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de

natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com

10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)

concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo

afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre

produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a

inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da

multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas

poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos

mercados alvo

Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo

na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a

intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com

o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de

preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos

31

negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo

da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no

mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento

Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de

solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos

autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional

fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro

lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver

uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite

a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental

torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)

Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o

tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno

e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio

agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem

por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas

competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas

fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua

maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como

produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos

fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas

dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e

pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na

vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)

que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam

como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e

recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas

Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e

Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias

empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da

firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as

suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as

que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais

resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo

32

radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs

compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar

um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o

ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza

No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade

Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da

gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos

produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131

subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea

de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do

conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de

melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do

VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja

para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos

processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte

para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly

2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)

Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o

escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996

e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)

Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode

ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente

Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que

consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da

organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da

firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento

mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e

sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades

matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria

Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento

e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades

fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a

matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais

matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia

33

ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se

confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o

niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar

conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo

do conhecimento

Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem

compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma

economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel

delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para

implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para

o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam

tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da

EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de

parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente

afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como

importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o

desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e

Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam

desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre

de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses

desenvolvidos

Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)

com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a

confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor

desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o

compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor

desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas

No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade

Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o

conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com

multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos

produtos lanccedilados no mercado

Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas

operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que

34

capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho

operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e

produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de

qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua

Competitividade

Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e

competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas

pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva

tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar

seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para

melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e

desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam

ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar

os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e

Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui

para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration

Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de

Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do

ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de

Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor

posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o

35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo

econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas

cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as

operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por

consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas

e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro

lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas

Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam

no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano

consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse

das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo

agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo

35

24 Ambidestria

O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais

citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas

estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as

estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos

produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente

disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto

(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da

empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser

considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da

deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de

March (1991) e de Levinthal e March (1993)

O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia

entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a

estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido

ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo

a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de

descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash

o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por

exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso

no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos

concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja

superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)

abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual

a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade

mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem

imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa

Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam

ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala

e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo

agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a

36

organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990

1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar

radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees

internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global

de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp

Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro

Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas

ambidestras (March 1991)

No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu

estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas

como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo

fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e

estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o

sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre

Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw

(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute

seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura

pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que

denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41

unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a

Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis

alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por

pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar

o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar

e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura

He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca

ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)

com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual

com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e

adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para

responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito

competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves

necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende

entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros

37

Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a

Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis

cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos

particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do

estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um

facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo

Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma

da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos

sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco

correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns

modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou

adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o

aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)

aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo

e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como

os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as

estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991)

A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo

tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de

negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente

conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman

2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a

firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo

incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior

sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de

identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com

equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as

tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente

demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na

teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas

Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em

que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas

que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de

38

relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as

mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no

longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos

processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades

novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst

amp Raisch 2005)

Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e

Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees

estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo

associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo

de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica

ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)

Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo

no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da

decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista

estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo

orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a

descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho

organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a

eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp

Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)

Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um

melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um

consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do

meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma

alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais

a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem

mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as

tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um

caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para

equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos

existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de

entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas

39

Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria

na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a

criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno

Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo

e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia

organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249

empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees

no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das

organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como

Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute

emergente no mundo organizacional

Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos

como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia

tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa

e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes

concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos

abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e

a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os

processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation

como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos

existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp

Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem

as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental

Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o

ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar

uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende

das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo

Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees

entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e

a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration

e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior

centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as

atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis

40

Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por

Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou

melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou

ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo

para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento

pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel

em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade

(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e

aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e

mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria

Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades

sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa

do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o

veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da

Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)

corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em

serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que

podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um

ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra

tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de

melhoria seja de criaccedilatildeo

Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi

realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases

Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business

Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas

100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e

Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos

quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos

buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando

diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por

tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados

emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia

Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com

141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou

41

compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores

das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e

Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma

empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual

satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com

experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em

comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees

na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao

trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees

interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como

criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a

codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing

(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e

Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as

estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de

diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia

(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas

(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as

condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees

entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades

organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da

organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do

desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para

esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen

Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas

oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se

adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em

mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas

americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio

complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a

Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no

desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration

novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma

criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel

42

Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de

automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e

Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam

como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e

controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)

para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores

satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos

clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e

confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas

estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional

e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma

Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de

Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp

Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)

Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4

ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e

Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades

NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional

43

3 HIPOacuteTESES

31 Modelo

O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He

amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para

atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para

a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a

subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

conforme modelo da tese (Figura 1)

Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

44

32 Hipoacuteteses

Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de

TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que

satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter

competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et

al 2012 Nascimento et al 2014)

Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia

Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al

2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp

Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que

atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-

prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos

institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade

assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com

tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus

concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e

melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute

produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como

por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do

produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras

locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de

se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo

2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp

Lavie 2014 Tiwana 2008)

As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus

operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves

capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as

estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo

Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos

produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)

45

No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de

Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em

termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de

canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode

utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e

pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou

campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-

Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa

amp Faia 2017)

Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais

por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos

sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira

nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-

alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)

Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e

desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam

formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado

mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos

podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais

centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em

privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo

Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como

variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a

variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria

com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em

forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

46

A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam

derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et

al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos

que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando

capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade

superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem

refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas

do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os

concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas

Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede

externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que

necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson

Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)

Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a

subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp

Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-

Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de

tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e

superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da

matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades

desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a

subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang

et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as

demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do

consumidor

Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz

pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este

mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que

47

caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em

absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se

transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman

amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo

de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai

2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes

fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades

especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006

Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006

Raisch amp Birkinshaw 2008)

Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo

em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas

mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho

competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015

Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009

Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao

mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que

seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado

brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis

na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -

Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta

maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp

Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)

consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-

FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir

48

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas

hipoacuteteses adicionais

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade

H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA

49

4 METODOLOGIA

Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de

accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino

(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo

de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a

abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de

anaacutelises dos dados

41 Abordagem

Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)

considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na

qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-

experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas

que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de

perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados

Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa

quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais

assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de

identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses

testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise

dos dados

Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a

pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas

variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de

universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios

ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se

levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com

cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)

50

Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa

de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a

tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem

capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash

Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local

e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

42 Meacutetodo

Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a

determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por

meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr

et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI

ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso

escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo

como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais

Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas

do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras

e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de

segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos

A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento

telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos

departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta

amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado

pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de

Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de

Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com

4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as

atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e

telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas

51

Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7

gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que

pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que

de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das

perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia

Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails

convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento

do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302

questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing

values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas

Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas

possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento

conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Alemanha 65

Estados Unidos 65

Itaacutelia 37

Argentina 15

Franccedila 14

Suiacuteccedila 13

Japatildeo 11

Europa 10

Sueacutecia 8

Espanha 8

Finlacircndia 7

Holanda 6

China 4

Meacutexico 3

Aacuteustria 3

Portugal 3

Dinamarca 3

continua

52

conclusatildeo

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Beacutelgica 2

Canadaacute 2

Inglaterra 2

Austraacutelia 1

Boliacutevia 1

Costa Rica 1

Peru 1

Turquia 1

Ucracircnia 1

Aacutefrica do Sul 1

Aacutesia 1

Total 260 29

90 10

Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa

Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir

observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou

Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield

construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil

Modo de Entrada no Brasil

Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43

Alianccedila ou JV 93 32

Greenfield 71 25

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado

brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias

desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre

mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica

e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir

53

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil

Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado

1901-1910 5 2 2

1911-1920 1 0 2

1921-1930 2 1 3

1931-1940 1 0 3

1941-1950 2 1 4

1951-1960 10 3 7

1961-1970 24 8 15

1971-1980 38 13 28

1981-1990 26 9 37

1991-2000 97 34 71

2001-2015 83 29 100

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

43 Teacutecnica de Pesquisa

Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme

definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados

primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas

importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja

explicar

Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio

com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash

Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com

perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo

estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7

lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas

4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta

tese

54

Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e

Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da

variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado

local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28

P29 P30 descritas na tabela que segue

Tabela 4 - Construto Ambidestria

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou

Exploration He e Wong

(2004)

P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo

P24 Ampliar os tipos de produtos

P25 Abrir novos mercados

P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas

Exploitation He e Wong

(2004)

P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes

P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo

P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo

P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

55

Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por

Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber

Tabela 5 - Construto Competitividade

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua

Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais

concorrentes

P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta

qualidade comparados aos principais concorrentes

P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em

comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente

externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a

responder mais rapidamente agraves demandas do mercado

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade

tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost

Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e

Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram

selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente

desenvolveu novos

LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P31 Produtos

P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo

P33 Processos de marketing

P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located

Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado

de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e

Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com

as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber

56

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria

constantemente transferiu para a matriz novos

NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P36 Produtos

P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo

P38 Processos de marketing

P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados

As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o

modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees

estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre

os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)

Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

conforme exibe a Figura 3

As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)

A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as

variaacuteveis latentes do modelo desta tese

57

Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo

Fonte Dados da pesquisa

Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si

porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que

seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis

Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda

ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos

indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation

No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada

uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo

confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo

indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees

exploradas pelo Modelo

58

Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS

Fonte Dados da pesquisa

45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)

Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo

(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores

e construtos

Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo

reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency

reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem

extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos

e os reflexivos

59

Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo

Fonte Hair Jr et al (2014)

Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de

mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o

compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto

Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees

que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um

Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)

Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os

valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite

Reliability e 05 para o AVE

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna

Cronbachs

Alpha

rho_A Composite

Reliability

Average Variance

Extracted (AVE)

Ambidestria 0913 0915 0929 0623

Competitividade 0878 0884 0911 0672

Exploitation 0878 0879 0916 0733

Exploration 0872 0877 0913 0724

LB-FSA 0889 0900 0923 0750

NLB-FSA 0957 0958 0969 0885

Fonte Dados da Pesquisa

60

O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto

conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre

os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles

devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach

elevado (acima de 07)

O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach

mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume

que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute

considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que

medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado

a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07

O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada

por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado

do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia

natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma

120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2

(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894

Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores

ideiais satildeo dos indicadores acima 07

A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia

das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto

da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue

explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue

esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores

61

47 Validade Convergente (Convergent Validity)

Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel

latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute

observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles

teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores

do Modelo

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0874

q23 0810

q24 0881

q24 0836

q25 0789

q25 0700

q26 0857

q26 0799

q27 0820

q27 0791

q28 0877

q28 0813

q29 0885

q29 0804

q30 0841

q30 0751

q31 0888

q32 0911

q33 0820

q35 0843

q36 0925

q37 0955

q38 0943

q40 0941

q89 0855

q90 0793

q91 0849

q92 0810

q93 0789

Fonte Dados da Pesquisa

Vemos que todos os loadings possuem valores adequados

1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte

consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o

uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05

62

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)

A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos

demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos

diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do

discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker

criterion

Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os

indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre

indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles

refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o

construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois

natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo

O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um

construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz

quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os

demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de

um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em

outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a

seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja

mais associada a seus indicadores

A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas

anteriormente

63

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0308 0620 0878 0572 0232

q24 0313 0663 0882 0578 0204

q25 0297 0503 0782 0452 0096

q26 0346 0618 0856 0521 0217

q27 0335 0815 0645 0446 0049

q28 0361 0879 0630 0475 0137

q29 0308 0886 0605 0448 0245

q30 0265 0843 0552 0456 0179

q31 0300 0470 0628 0889 0333

q32 0370 0569 0637 0911 0324

q33 0305 0354 0425 0820 0318

q35 0370 0426 0451 0841 0346

q36 0243 0179 0207 0346 0925

q37 0214 0156 0189 0343 0955

q38 0267 0193 0250 0369 0943

q40 0245 0147 0198 0370 0941

q89 0854 0320 0349 0312 0205

q90 0791 0339 0384 0404 0190

q91 0849 0266 0281 0284 0251

q92 0812 0318 0260 0339 0228

q93 0789 0264 0215 0217 0179

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Competitividade 0820

Exploitation 0371 0856

Exploration 0371 0710 0851

LB-FSA 0388 0533 0627 0866

NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941

Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem

conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do

discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores

e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente

Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais

elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior

correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel

Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante

de variaacuteveis de ordem mais elevada

64

49 Anaacutelise do Modelo Estrutural

Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as

variaacuteveis latentes do modelo

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes

Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro

passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as

variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das

regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os

resultados do VIF2 do Modelo

Tabela 12 - VIF do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732

Competitividade 1238

Exploitation

Exploration

LB-FSA 1648 1712

NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos

os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)

2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um

coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do

VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de

colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada

de 4

65

411 Qualidade de Ajuste do Modelo

A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade

Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador

de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior

que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O

segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o

quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de

002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo

Modelo

Competitividade 0116

Exploitation 0586

Exploration 0581

LFB-FSA 0270

NLB-FSA 0131

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003

Competitividade 0020

Exploitation

Exploration

LB-FSA 0038 0095

NLB-FSA

Fonte Dados da Pesquisa

Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente

baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o

Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel

Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos

comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute

importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A

Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais

variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo

66

5 ANAacuteLISE DOS DADOS

51 Anaacutelise do Modelo

A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e

suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap

Path Coefficients T statistics

Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo

Variaacutevel

Exoacutegena

Variaacutevel

Endoacutegena

LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs

Ambidestria 0627 0260 -0071

(t-statistic) (11497) (2602) (1105)

LB-FSAs 0226 0369

(t-statistic) (2353) (6489)

Competitividade 0143

(t-statistic) (2703)

(Rsup2) (0393) (0192) (0162)

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Fonte Dados da Pesquisa

Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros

nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path

Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem

sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de

67

um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-

padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2

(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada

como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de

0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por

exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute

explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um

dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de

196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham

o sinal corretamente estimado

Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a

Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do

coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja

uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute

de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido

em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima

o efeito de Ambidestria em NLB-FSA

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese

Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que

orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos

consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais

pudemos chegar

bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages

Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo

de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo

estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA

(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um

efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1

68

bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre

Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar

com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute

correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam

H2

bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de

significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e

NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que

NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita

A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses

Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado

H1 Empresas ambidestras tecircm

associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound -

Firm Specific Advantages)

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

001 Aceita

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located

Bound - Firm Specific Advantages) estaacute

associada positivamente agrave

Competitividade

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H3 A Competitividade estaacute associada

positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific

Advantages)

NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre

Ambidestria e Competitividade

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA e NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001)

001 Aceita

H5 Competitividade media associaccedilatildeo

entre LB-FSA e NLB-FSA

LB-FSA NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

005 Aceita

69

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001) Competitividade

(Yang et al 2015)

Fonte Dados da Pesquisa

70

No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a

ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente

de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a

Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de

001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a

formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA

tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para

verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado

pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-

FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta

mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir

53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo

Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A

pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria

um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para

realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no

qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta

inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e

se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3

3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma

119911 =119886119887

radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887

2)

Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o

coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da

71

A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo

z

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo

variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem

sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que

a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA

A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de

mediaccedilatildeo

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel

Significacircncia

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

Fonte Dados da Pesquisa

De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)

observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos

indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a

Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que

haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade

Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia

que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao

mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o

desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e

relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel

mediadora e variaacutevel dependente

72

qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs

podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com

as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute

efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da

mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na

formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis

LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva

e transfira NLB-FSAs

73

6 DISCUSSAtildeO

Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo

de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos

(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma

Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar

seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para

atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e

produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim

como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e

Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp

Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004

Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo

necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais

produtos e serviccedilos

Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para

a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada

definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a

influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas

decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie

2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a

utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem

organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades

nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos

(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al

2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez

que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias

de empresas multinacionais que atuam no Brasil

Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens

especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave

Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter

1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua

74

com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais

competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp

Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp

Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo

das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais

correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta

com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado

faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as

demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al

2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao

considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um

mercado emergente no caso o Brasil

Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade

para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand

amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese

contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de

capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo

de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai

2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem

preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp

Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente

colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que

ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional

e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)

75

Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras

instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender

ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente

transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da

multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria

obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas

como NLB-FSAs

Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta

de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -

Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas

locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da

multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp

Verbeke 2001)

Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam

que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong

2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver

novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes

(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na

forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke

2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da

Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)

Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades

organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade

da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da

diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a

possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de

NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson

1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo

sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a

76

primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA

(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo

Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional

(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a

Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com

menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que

a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave

Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade

eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria

ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode

obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell

amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese

contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela

EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser

transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke

2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp

Herstely 2007)

77

7 CONCLUSOtildeES

Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-

FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a

Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel

afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem

associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com

a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade

tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de

NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria

de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo

de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos

especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration

e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais

LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado

local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a

Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades

organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua

Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3

confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao

fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e

demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua

Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras

unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um

novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo

de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber

mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um

Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma

que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das

78

empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de

multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs

Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para

a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em

mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas

gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto

de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses

(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem

destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras

variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada

paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada

mercado entre outras

79

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APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

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2006 Christine M Bechman 590

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383

3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264

5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219

6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies

2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162

7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology

Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140

8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132

9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity

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126

10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas 122

11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112

96

12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103

14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures

Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99

15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99

16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87

18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo

84

19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80

20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77

21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li 75

22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75

23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis

Journal of Mangement Information Systems

2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75

24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm

Technological Forecating amp Social Charge

2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67

97

26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation

Academy of Management Journal

2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective

Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen

59

29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58

31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance

Strategic Management Journal

2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger

58

32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition

Journal of International Business Studies

2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54

34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies

2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52

35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51

36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers

Journal of International Management

2010 Peter Ping Li 51

37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

50

38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46

39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46

98

40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43

41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42

42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance

Journal of International Management

2009 Robin Teigland Molly Wasko 37

43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning

Technological Forecating amp Social Charge

2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37

44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital

International Business Review

2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story

36

45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies

2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36

46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China

Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31

47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India

Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29

48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms

Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28

49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study

Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni

28

50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view

International Business Review

2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber

28

51 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

27

52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs

Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23

53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model

Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21

99

54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners

Journal of International Business Studies

2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21

55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations

Journal of International Business Studies

2015 L Felipe Monteiro 21

56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries

Journal of International Business Studies

2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee

20

57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries

International Business Review

2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20

58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture

Journal of International Management

2007 Malika Richards Yi Yang 19

59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm

International Business Review

2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona

18

60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership

Journal of International Business Studies

2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle

17

61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector

Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio

17

62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China

Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17

63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy

Journal of International Management

2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj

16

64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances

International Business Review

2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan

16

65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates

Journal of International Management

2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey

14

66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies

2016 C Annique Um 11

67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis

Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin

11

100

68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks

Research Policy 2013 Franz Huber 10

69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance

International Business Review

2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10

70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration

Research Policy 2016 Jian Wang 9

71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy

Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9

72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations

Journal of International Management

2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu

8

73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing

The Journal of Strategic Information System

2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan

8

74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons

Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein

6

75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke

6

76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India

Journal of International Management

2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6

77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries

Journal of International Management

2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park

5

78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation

International Business Review

2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak

5

79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt

International Business Review

2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton

5

80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study

Journal of International Business Studies

2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu

4

81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4

101

82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge

2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh

4

84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4

85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization

Journal of International Business Studies

2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt

3

86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases

Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3

87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi

3

88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity

Academy of Management Journal

2014 Janet K Tinoco 2

89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy

Journal of International Management

2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1

90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations

International Business Review

2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell

1

91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity

Technological Forecating amp Social Charge

2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1

92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research

2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1

93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration

Journal of Business Research

2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1

94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities

Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0

102

95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan

Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann

0

96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust

Journal of International Management

2017 Juana Du Christopher Williams 0

97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs

International Business Review

2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten

0

98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review

2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0

99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth

International Business Review

2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson

0

100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems

Technological Forecating amp Social Charge

2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira

0

Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

103

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY

EXPLORATION E EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra

1

The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman

590

1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma

1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times

Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity

Research Policy

2007

Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent

Cognitive Distance

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

3

Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006

Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo

100 simulaccedilotildees

4 Internationalising in small incremental or larger steps

Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk

264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment

1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico

83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu

104

5

Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy

2008

Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

6 Effects of firm resources on growth in multinationality

Journal of International Business Studies

2007

Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162 Crescimento em multinacionalidade

1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria

Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas

7

Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer

132 Estrateacutegia percebida

1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado

325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia

8

Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel David P Lepak

99

Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation

Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)

215 empresas do setor de tecnologia americano

105

9

The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas

122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time

1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto

96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes

10

Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez

112 Performace Value Market Value

Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation

190 empresas de software americano

11

Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy

2008

Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease

Tecnhological Diversification 985 patentes

106

12

How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel

103

Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)

Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes

215 empresas do setor de tecnologia americano

13

Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project

Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration

142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations

14

Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012

Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87 Unit Performance Profitability

Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo

285 European finance organization units

107

15

The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009

Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol

84

Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist

Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)

Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades

16

The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw

80

Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes

Ambidexterity Alignment and Adaptation

4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais

17

Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro

77

Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members

Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958

18

Balancing exploration and exploitation in alliance formation

Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff

75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration

Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year

Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes

19

Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li

75 Inovaccedilatildeo do produto

1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria

Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003

108

20

Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014

Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais

1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees

Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)

21

The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation

Academy of Management Journal

2008

Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past

Economic Conditions and Environmental treat

163 US Theaters

22

Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco

1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional

431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008

109

23

Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy

2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training

RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners

457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas

24

Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray

58

Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global

40 firms for cluster analysis

25

How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013

Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento

-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura

Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses

26

Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science

2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong

51 Sales Grouwth Rate

Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption

206 Manufacturing firms

110

27

The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy

2009

Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off

Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities

229 Patents in Taiwan

28

Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr

46 Organization Slack Available and Rcoverable

Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms

29

Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy

2013

Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43 Change innovation in economic Crisis

hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation

2500 firmas Britacircnicas

30

Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014

Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao

42 Firm Valuation

Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances

753 Patent information from 1984 to 2006

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

111

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies

2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273

2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185

3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142

6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera

132

7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry

Journal of International Business Studies

2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132

8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M

107

9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance

Journal of Product Innovation

2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90

12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75

13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

112

14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets

Journal of Product Innovation

2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry

69

15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63

17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58

18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58

19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54

21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries

Journal of International Management

2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy 2012 Knut Blind 51

24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell 50

25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49

26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi 45

27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43

113

28 Characterizing service networks for moving from products to solutions

Industrial Marketing Management

2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani

43

29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41

30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment

Journal of International Business Studies

2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41

31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD

Journal of International Business Studies

2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki

40

32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management

Journal of International Management

2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39

33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies

2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38

35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection

Journal of International Management

2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38

36 Company competencies as a network the role of product development

Journal of Product Innovation

2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove

38

37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process

Journal of High Technology Management Research

2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37

38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35

39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business

2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim

35

40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness

Journal of Product Innovation

2000 Perks H 32

41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market

International Business Review

2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu

31

114

42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico

Technological Forecast amp Social Change

2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel

31

43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31

44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31

45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility

Journal of World Business

2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park

30

46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries

Journal of International Management

2007 Brent B Allred Walter G Park 29

47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation

Journal of International Management

2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29

48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals

Journal of World Business

2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang

28

49 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

28

50 Technological diversification complementary assets and performance

Technological Forecast amp Social Change

2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw

26

51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers

Journal of International Business Studies

2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25

52 Comparative strategic management An emergent field in international management

Journal of International Management

2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang

24

53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies

2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24

54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations

Journal of International Management

2009 Christopher Williams 23

55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India

Journal of International Management

2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy

23

56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business

2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson

23

115

57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance

Journal of World Business

2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish

23

58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse

22

59 Linking market orientation to international market selection and international performanc

International Business Review

2011 Xinming He Yingqi Wei 21

60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam

Journal of World Business

2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant

20

61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management

2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park

20

62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research

2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos

20

63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers

Journal of World Business

2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20

64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms

Journal of International Management

2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19

65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union

Journal of World Business

2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno

19

66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages

International Business Review

2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite

18

67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships

Journal of International Management

2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18

68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters

Journal of World Business

2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride

17

69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India

Journal of International Management

2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova

17

70 The attraction of contributors in free and open source software projects

Strategic Information System

2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson

15

71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies

Journal of World Business

2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

15

116

72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong

Journal of World Business

2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones

14

73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance

Journal of World Business

2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros

14

74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance

International Business Review

2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen

13

75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management

2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini

13

76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation

Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams

13

77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness

Industrial Marketing Management

2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan

12

78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit

Journal of Business Research

2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12

79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis

Journal of International Management

2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce

11

80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review

2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

8

81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness

International Business Review

2012 Joan Freixanet 8

82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry

Journal of High Technology Management Research

2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8

83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research

2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7

84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research

2013 Chih-Wen Wu 7

85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies

Industrial Marketing Management

2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6

86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China

International Business Review

2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6

87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6

117

88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms

Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella

5

89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector

International Business Review

2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang

4

91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms

Technological Forecast amp Social Change

2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez

4

92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different

Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4

93

The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits

Technological Forecast amp Social Change

2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez

4

94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies

Journal of World Business

2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani

4

95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis

Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka

4

96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries

Journal of International Management

2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4

97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation

Journal of World Business

2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar

4

98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies

Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira

3

99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research

2015 Irene Kilubi 3

100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

118

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes

Variaacuteveis IndependentesControle Amostra

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs

Journal of International Business Studies

2009

Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing

273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias

Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias

169 subsidiaacuterias de 50 EMNs

2

Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010

James R Kroes Soumen Ghosh

185 Outsource Congruence

Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)

196 empresas manufatureiras americanas

3

International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008

Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional

Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster

156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009

Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais

1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)

105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA

119

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues

142

1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo

1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial

12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007

6

Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010

Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera

132 Criatividade

1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes

74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos

7

Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010

Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value

1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos

140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003

8

How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001

Gerda Gemsera Mark A A M Leenders

107

1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over

1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial

Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento

120

9

The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000

Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos

1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados

57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana

10

On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy

2012

Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75 Competitividade para Exportaccedilatildeo

Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo

24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu

11

Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011

Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado

1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega

72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas

12

Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010

Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)

1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado

10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos

13

Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011

Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63 New product market performance

Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras

121 Empresas Multinacionais Chinesas

121

14

Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012

Panagiotis Ganotakis James H Love

58

Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade

Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios

412 PME britacircnicas de segmentos variados

15

Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012

Snejina Michailova Zaidah Mustaffa

58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias

93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009

16

Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009

Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais

Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness

424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia

17

Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015

Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo

Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa

Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica

76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas

18

Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries

Journal of International Management

2006

Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado

65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias

19

Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009

Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma

Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional

131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia

122

20

The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy

2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente

1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas

21

Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell

50

Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades

Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas

187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses

22

Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013

Ricarda B Bouncken Sascha Kraus

49

Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)

Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty

830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes

23

Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi

45

Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso

1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet

280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores

24

Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009

Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43 Desempenho Exportaccedilatildeo

1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador

262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue

123

25

Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013

Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41 Desempenho da Firma (ROA)

1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)

187 PMEs Taiwanesas

26

The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia

38 Desempenho da Firma

1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros

211 respostas de 105 empresas

27 The antecedents and consequences of successful localization

Journal of International Business Studies

2009

Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma

1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)

229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China

28

Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014

Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31 Autonomia da Subsidiaacuteria

1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros

240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas

124

29

Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer

31

Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma

Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital

2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos

30

Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015

Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1 Gestatildeo Verde

1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly

272 empresas chinesas

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

ABSTRACT

The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy

with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of

Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the

resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the

discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey

was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289

valid responses were received from various segments industry commerce and services

To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial

Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-

FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of

LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs

present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer

knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms

this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory

(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership

and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in

the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on

Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from

the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally

it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of

Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs

in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to

management it supports in the definition of the strategic management model of

multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of

competitive organizational capacities from an emerging country

Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation

International Strategy

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53

Tabela 4 - Construto Ambidestria 54

Tabela 5 - Construto Competitividade 55

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

56

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63

Tabela 12 - VIF do Modelo 64

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12

2 REVISAtildeO LITERARATURA 16

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35

3 HIPOacuteTESES 43

31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44

4 METODOLOGIA 49

41 Abordagem 49

42 Meacutetodo 50

43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65

5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66

51 Anaacutelise do Modelo 66

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70

6 DISCUSSAtildeO 73

7 CONCLUSAtildeO 77

REFEREcircNCIAS 79

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-

CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION 103

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-

CHAVE COMPETITIVENESS 111

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS

DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de

Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific

Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs

Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades

organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para

diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da

multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da

matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-

alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem

mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo

ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou

das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-

FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e

que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-

FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias

brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs

Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010

2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a

Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em

recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos

mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of

Managment Research Policy International Business Review Journal of Business

Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes

palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e

Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de

pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade

da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho

das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista

da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos

sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de

NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes

11

Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a

subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw

amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke

2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por

abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que

exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez

1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison

1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez

que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o

mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a

Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora

de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da

multinacional

Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local

Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp

Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas

capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo

independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente

Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp

Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e

desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute

existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para

melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais

localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo

a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non

Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma

a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver

capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost

12

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela

firma para diferentes mercados

Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia

ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais

e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede

da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke

2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias

estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da

estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de

pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local

Bound FSAs

11 Objetivos

111 Geral

O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e

Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave

NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima

permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica

Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs

112 Especiacuteficos

I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e

Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific

Advantages)

13

II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da

subsidiaacuteria

III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-

FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages

Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa

na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais

e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na

Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na

formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua

rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost

Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de

transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens

competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas

multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias

oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp

Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr

2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen

Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning

2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp

Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp

Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter

1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp

Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007

Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp

Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem

vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp

Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas

FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes

14

sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta

amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs

em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu

mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com

menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976

Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney

amp Hesterly 2007 Porter 1990)

Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros

e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no

desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma

Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades

fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias

internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)

Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que

permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar

por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary

Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp

Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender

distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa

subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede

diferenciada da multinacional

Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente

como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas

capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global

(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o

fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das

subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de

conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas

desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland

1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)

15

Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)

mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e

exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem

capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens

competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em

mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke

2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound

- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp

Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da

Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um

tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores

pesquisas (Rossetto 2014)

Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor

compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses

emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de

estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a

capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior

Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves

demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo

estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem

sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de

vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o

fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional

16

2 REVISAtildeO LITERARATURA

21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs

As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com

subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir

estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que

busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de

Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo

para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as

fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes

denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco

no Ownership e na Internalization

As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo

da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias

vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e

capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980

1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo

geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente

de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo

notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos

materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e

portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em

que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas

capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp

Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar

capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos

mercados locais e internacionais

Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a

principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir

seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita

desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a

17

funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus

concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos

ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as

demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo

local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural

econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp

Bartlett 1990)

Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma

as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de

estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de

sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo

raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas

sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999

Wernerfelt 1995)

Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes

gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores

como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas

operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e

Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas

e aceitas

Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que

os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais

no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem

dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-

subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a

pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980

Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como

um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem

ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo

Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta

capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo

em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais

Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de

operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta

18

agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da

multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto

grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para

atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras

unidades

A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que

operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de

ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e

operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado

entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam

desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de

capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da

definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as

direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria

Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as

subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo

das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes

possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local

e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)

Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo

contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da

firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos

pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora

de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de

capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998

Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp

Verbeke 2001)

Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e

Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades

receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon

1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das

estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994

Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem

competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem

19

especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988

Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)

22 FSAs ndash Firm Specific Advantages

Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do

trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as

estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de

transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um

gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que

satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva

Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a

realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o

conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de

gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem

capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores

como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de

coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja

de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar

produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo

(Rugman 2009)

Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios

elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos

financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia

conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas

e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos

estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados

(Rugman amp Verbeke 2001)

As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o

mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e

outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non

Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees

20

(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -

Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de

vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais

ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam

a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de

atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia

de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma

capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific

Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das

habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou

demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por

exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender

requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para

consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades

organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos

diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila

especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas

formas de produccedilatildeo ou produtos

Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para

entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo

na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma

CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela

firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho

da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao

transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na

cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro

da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede

(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma

busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica

governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de

21

subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades

desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a

subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett

amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)

Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito

da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o

desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades

mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao

desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro

estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos

e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses

emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs

Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz

e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de

relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood

(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as

subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade

definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades

individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness

e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel

Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees

para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da

perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional

aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)

tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp

Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo

mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do

mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)

Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais

empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais

uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das

regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de

forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp

Hulland 1995)

22

Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados

pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a

partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas

CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da

subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific

Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram

que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996

a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando

portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a

subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da

EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)

No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas

Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost

Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional

reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma

subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees

para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou

desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos

Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das

influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com

o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como

universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -

Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo

objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e

Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz

parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os

fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar

processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e

disponibilidade de matildeo de obra especializada

Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de

conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para

desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e

23

mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma

operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre

nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta

tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global

em um paiacutes desenvolvido

Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como

disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel

internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo

de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo

como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias

como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a

teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration

(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que

direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de

desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim

como para atender as demandas do mercado

Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde

altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias

podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o

desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp

Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood

1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma

FSA (Rugman amp Verbeke 2001)

Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da

localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou

os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados

Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis

potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados

localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das

universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em

PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD

Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente

pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo

24

sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada

com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de

maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa

Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes

considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do

ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia

Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia

do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que

possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-

FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja

um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a

inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional

Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-

se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e

competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme

em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign

2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por

meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)

Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de

paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman

Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da

escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais

complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de

capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico

e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos

niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado

sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades

relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo

de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de

controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo

organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)

aos equipamentos

Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso

modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes

25

emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas

consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento

de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo

como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e

aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees

de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas

multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de

desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode

ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas

para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de

produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas

Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos

determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias

brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar

e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e

Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento

criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional

Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de

inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos

ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs

na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para

assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs

transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio

de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese

foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua

capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw

e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)

23 Competitividade

26

A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da

intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de

substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as

estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no

setor

Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade

o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam

substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a

Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp

Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na

lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas

para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no

ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)

Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem

competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do

que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o

consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo

baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual

possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos

com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de

absorver este conhecimento

Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela

empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie

barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da

empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com

capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e

disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo

e eficiecircncia operacional

Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo

de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de

produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing

por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela

27

qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada

(Barney amp Herstley 2007)

O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em

custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de

produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias

competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam

fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos

requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo

enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios

criativos

Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas

estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas

e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de

produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir

para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem

competitiva sustentaacutevel

Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como

satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas

(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual

descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho

da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de

qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis

Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica

causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do

valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado

compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho

operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da

vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira

geralmente vinculada agrave lucratividade

Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva

(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem

competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo

e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o

28

know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos

produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo

Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia

positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas

capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas

anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de

vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos

disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo

influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam

riscos

Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria

Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios

centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de

que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel

delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-

subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo

sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da

localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma

Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de

produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack

Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia

tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco

fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e

processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores

e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -

flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo

para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015)

Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente

organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell

2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades

de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o

desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos

humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode

29

desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o

comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et

al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir

situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e

da produtividade dos subordinados

Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu

estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva

entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva

sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade

e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade

promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos

nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas

capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como

em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a

estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e

demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da

Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo

da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp

Johnston 2009)

Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em

seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo

Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos

administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim

como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de

custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e

nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)

corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de

relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas

espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades

de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e

processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem

especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua

Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de

30

Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior

demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade

Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo

de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores

da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos

humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design

industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos

(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o

sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro

estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em

desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na

configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia

na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a

inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em

produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a

Competitividade da firma

No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim

e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de

manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a

diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de

natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com

10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)

concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo

afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre

produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a

inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da

multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas

poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos

mercados alvo

Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo

na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a

intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com

o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de

preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos

31

negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo

da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no

mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento

Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de

solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos

autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional

fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro

lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver

uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite

a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental

torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)

Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o

tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno

e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio

agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem

por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas

competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas

fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua

maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como

produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos

fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas

dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e

pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na

vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)

que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam

como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e

recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas

Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e

Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias

empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da

firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as

suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as

que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais

resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo

32

radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs

compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar

um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o

ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza

No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade

Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da

gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos

produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131

subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea

de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do

conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de

melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do

VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja

para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos

processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte

para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly

2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)

Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o

escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996

e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)

Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode

ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente

Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que

consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da

organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da

firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento

mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e

sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades

matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria

Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento

e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades

fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a

matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais

matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia

33

ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se

confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o

niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar

conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo

do conhecimento

Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem

compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma

economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel

delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para

implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para

o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam

tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da

EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de

parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente

afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como

importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o

desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e

Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam

desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre

de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses

desenvolvidos

Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)

com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a

confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor

desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o

compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor

desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas

No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade

Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o

conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com

multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos

produtos lanccedilados no mercado

Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas

operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que

34

capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho

operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e

produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de

qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua

Competitividade

Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e

competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas

pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva

tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar

seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para

melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e

desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam

ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar

os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e

Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui

para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration

Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de

Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do

ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de

Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor

posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o

35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo

econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas

cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as

operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por

consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas

e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro

lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas

Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam

no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano

consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse

das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo

agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo

35

24 Ambidestria

O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais

citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas

estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as

estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos

produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente

disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto

(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da

empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser

considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da

deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de

March (1991) e de Levinthal e March (1993)

O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia

entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a

estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido

ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo

a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de

descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash

o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por

exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso

no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos

concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja

superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)

abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual

a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade

mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem

imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa

Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam

ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala

e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo

agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a

36

organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990

1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar

radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees

internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global

de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp

Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro

Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas

ambidestras (March 1991)

No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu

estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas

como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo

fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e

estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o

sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre

Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw

(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute

seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura

pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que

denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41

unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a

Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis

alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por

pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar

o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar

e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura

He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca

ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)

com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual

com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e

adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para

responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito

competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves

necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende

entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros

37

Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a

Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis

cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos

particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do

estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um

facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo

Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma

da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos

sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco

correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns

modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou

adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o

aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)

aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo

e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como

os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as

estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991)

A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo

tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de

negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente

conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman

2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a

firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo

incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior

sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de

identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com

equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as

tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente

demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na

teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas

Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em

que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas

que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de

38

relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as

mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no

longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos

processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades

novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst

amp Raisch 2005)

Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e

Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees

estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo

associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo

de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica

ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)

Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo

no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da

decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista

estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo

orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a

descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho

organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a

eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp

Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)

Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um

melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um

consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do

meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma

alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais

a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem

mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as

tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um

caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para

equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos

existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de

entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas

39

Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria

na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a

criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno

Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo

e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia

organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249

empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees

no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das

organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como

Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute

emergente no mundo organizacional

Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos

como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia

tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa

e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes

concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos

abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e

a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os

processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation

como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos

existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp

Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem

as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental

Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o

ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar

uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende

das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo

Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees

entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e

a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration

e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior

centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as

atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis

40

Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por

Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou

melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou

ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo

para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento

pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel

em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade

(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e

aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e

mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria

Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades

sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa

do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o

veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da

Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)

corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em

serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que

podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um

ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra

tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de

melhoria seja de criaccedilatildeo

Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi

realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases

Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business

Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas

100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e

Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos

quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos

buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando

diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por

tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados

emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia

Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com

141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou

41

compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores

das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e

Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma

empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual

satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com

experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em

comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees

na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao

trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees

interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como

criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a

codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing

(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e

Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as

estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de

diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia

(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas

(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as

condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees

entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades

organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da

organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do

desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para

esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen

Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas

oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se

adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em

mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas

americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio

complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a

Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no

desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration

novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma

criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel

42

Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de

automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e

Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam

como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e

controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)

para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores

satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos

clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e

confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas

estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional

e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma

Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de

Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp

Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)

Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4

ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e

Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades

NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional

43

3 HIPOacuteTESES

31 Modelo

O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He

amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para

atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para

a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a

Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a

subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

conforme modelo da tese (Figura 1)

Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

44

32 Hipoacuteteses

Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de

TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que

satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter

competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et

al 2012 Nascimento et al 2014)

Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia

Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al

2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp

Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que

atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-

prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos

institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade

assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com

tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus

concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e

melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute

produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como

por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do

produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras

locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de

se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo

2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp

Lavie 2014 Tiwana 2008)

As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus

operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves

capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as

estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo

Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos

produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)

45

No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de

Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em

termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de

canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode

utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e

pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou

campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-

Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa

amp Faia 2017)

Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais

por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos

sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira

nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-

alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)

Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e

desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam

formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado

mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos

podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais

centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em

privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo

Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como

variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a

variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria

com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em

forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs

(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

46

A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam

derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et

al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos

que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando

capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade

superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem

refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas

do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os

concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas

Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede

externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que

necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson

Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)

Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a

subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp

Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-

Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de

tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e

superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da

matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades

desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a

subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang

et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as

demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do

consumidor

Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz

pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este

mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que

47

caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em

absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se

transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman

amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo

de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai

2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes

fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades

especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006

Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006

Raisch amp Birkinshaw 2008)

Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo

em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas

mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho

competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015

Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009

Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao

mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que

seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado

brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis

na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos

operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -

Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta

maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp

Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)

consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-

FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir

48

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas

hipoacuteteses adicionais

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade

H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA

49

4 METODOLOGIA

Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de

accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino

(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo

de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a

abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de

anaacutelises dos dados

41 Abordagem

Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)

considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na

qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-

experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas

que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de

perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados

Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa

quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais

assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de

identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses

testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise

dos dados

Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a

pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas

variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de

universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios

ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se

levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com

cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)

50

Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa

de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a

tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem

capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash

Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local

e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a

rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm

Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)

42 Meacutetodo

Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a

determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por

meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr

et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI

ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso

escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo

como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais

Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas

do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras

e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de

segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos

A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento

telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos

departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta

amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado

pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de

Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de

Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com

4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as

atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e

telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas

51

Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7

gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que

pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que

de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das

perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia

Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails

convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento

do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302

questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing

values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas

Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas

possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento

conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir

Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Alemanha 65

Estados Unidos 65

Itaacutelia 37

Argentina 15

Franccedila 14

Suiacuteccedila 13

Japatildeo 11

Europa 10

Sueacutecia 8

Espanha 8

Finlacircndia 7

Holanda 6

China 4

Meacutexico 3

Aacuteustria 3

Portugal 3

Dinamarca 3

continua

52

conclusatildeo

Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento

Beacutelgica 2

Canadaacute 2

Inglaterra 2

Austraacutelia 1

Boliacutevia 1

Costa Rica 1

Peru 1

Turquia 1

Ucracircnia 1

Aacutefrica do Sul 1

Aacutesia 1

Total 260 29

90 10

Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa

Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir

observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou

Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield

construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo

Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil

Modo de Entrada no Brasil

Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43

Alianccedila ou JV 93 32

Greenfield 71 25

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado

brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias

desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre

mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica

e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir

53

Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil

Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado

1901-1910 5 2 2

1911-1920 1 0 2

1921-1930 2 1 3

1931-1940 1 0 3

1941-1950 2 1 4

1951-1960 10 3 7

1961-1970 24 8 15

1971-1980 38 13 28

1981-1990 26 9 37

1991-2000 97 34 71

2001-2015 83 29 100

289 100

Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa

43 Teacutecnica de Pesquisa

Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme

definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados

primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas

importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja

explicar

Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio

com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash

Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com

perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo

estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7

lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas

4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta

tese

54

Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese

Fonte Elaborado pelo autor

Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e

Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da

variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado

local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28

P29 P30 descritas na tabela que segue

Tabela 4 - Construto Ambidestria

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou

Exploration He e Wong

(2004)

P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo

P24 Ampliar os tipos de produtos

P25 Abrir novos mercados

P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas

Exploitation He e Wong

(2004)

P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes

P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo

P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo

P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Exploration

Exploitation

NLB-FSAs

P25

P26

P27

P28

P29

P33 P35

P36

P37

P38

P40

P24

P30

Competitividade

P89

P90

P91

H1

H2

P92

P93

P32 P31

P23

Ambidestria LB-FSAs

H3

A

55

Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por

Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber

Tabela 5 - Construto Competitividade

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua

Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais

concorrentes

P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta

qualidade comparados aos principais concorrentes

P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em

comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente

externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes

P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a

responder mais rapidamente agraves demandas do mercado

Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade

tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost

Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e

Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram

selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35

Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente

desenvolveu novos

LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P31 Produtos

P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo

P33 Processos de marketing

P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located

Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado

de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e

Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com

as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber

56

Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Construto Literatura Perguntas de Pesquisa

Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria

constantemente transferiu para a matriz novos

NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign

(2002) Andersson

Dellestrand amp Pedersen

(2014) Rugman amp Verbeke

(2001)

P36 Produtos

P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo

P38 Processos de marketing

P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais

Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa

44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados

As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o

modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees

estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre

os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)

Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

conforme exibe a Figura 3

As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma

H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)

A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as

variaacuteveis latentes do modelo desta tese

57

Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo

Fonte Dados da pesquisa

Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si

porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que

seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2

A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis

Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda

ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos

indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation

No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada

uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo

confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo

indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees

exploradas pelo Modelo

58

Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS

Fonte Dados da pesquisa

45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)

Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo

(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores

e construtos

Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo

reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency

reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem

extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos

e os reflexivos

59

Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo

Fonte Hair Jr et al (2014)

Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de

mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o

compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto

Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees

que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um

Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo

46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)

Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os

valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite

Reliability e 05 para o AVE

Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna

Cronbachs

Alpha

rho_A Composite

Reliability

Average Variance

Extracted (AVE)

Ambidestria 0913 0915 0929 0623

Competitividade 0878 0884 0911 0672

Exploitation 0878 0879 0916 0733

Exploration 0872 0877 0913 0724

LB-FSA 0889 0900 0923 0750

NLB-FSA 0957 0958 0969 0885

Fonte Dados da Pesquisa

60

O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto

conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre

os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles

devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach

elevado (acima de 07)

O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach

mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume

que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute

considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que

medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado

a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07

O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada

por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado

do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia

natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma

120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2

(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894

Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores

ideiais satildeo dos indicadores acima 07

A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia

das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto

da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue

explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue

esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores

61

47 Validade Convergente (Convergent Validity)

Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel

latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute

observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles

teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores

do Modelo

Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0874

q23 0810

q24 0881

q24 0836

q25 0789

q25 0700

q26 0857

q26 0799

q27 0820

q27 0791

q28 0877

q28 0813

q29 0885

q29 0804

q30 0841

q30 0751

q31 0888

q32 0911

q33 0820

q35 0843

q36 0925

q37 0955

q38 0943

q40 0941

q89 0855

q90 0793

q91 0849

q92 0810

q93 0789

Fonte Dados da Pesquisa

Vemos que todos os loadings possuem valores adequados

1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte

consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o

uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05

62

48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)

A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos

demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos

diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do

discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker

criterion

Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os

indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre

indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles

refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o

construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois

natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo

O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um

construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz

quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os

demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de

um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em

outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a

seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja

mais associada a seus indicadores

A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas

anteriormente

63

Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

q23 0308 0620 0878 0572 0232

q24 0313 0663 0882 0578 0204

q25 0297 0503 0782 0452 0096

q26 0346 0618 0856 0521 0217

q27 0335 0815 0645 0446 0049

q28 0361 0879 0630 0475 0137

q29 0308 0886 0605 0448 0245

q30 0265 0843 0552 0456 0179

q31 0300 0470 0628 0889 0333

q32 0370 0569 0637 0911 0324

q33 0305 0354 0425 0820 0318

q35 0370 0426 0451 0841 0346

q36 0243 0179 0207 0346 0925

q37 0214 0156 0189 0343 0955

q38 0267 0193 0250 0369 0943

q40 0245 0147 0198 0370 0941

q89 0854 0320 0349 0312 0205

q90 0791 0339 0384 0404 0190

q91 0849 0266 0281 0284 0251

q92 0812 0318 0260 0339 0228

q93 0789 0264 0215 0217 0179

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo

Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Competitividade 0820

Exploitation 0371 0856

Exploration 0371 0710 0851

LB-FSA 0388 0533 0627 0866

NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941

Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem

conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do

discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores

e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente

Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais

elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior

correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel

Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante

de variaacuteveis de ordem mais elevada

64

49 Anaacutelise do Modelo Estrutural

Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as

variaacuteveis latentes do modelo

410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes

Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro

passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as

variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das

regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os

resultados do VIF2 do Modelo

Tabela 12 - VIF do Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732

Competitividade 1238

Exploitation

Exploration

LB-FSA 1648 1712

NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa

Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos

os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)

2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um

coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do

VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de

colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada

de 4

65

411 Qualidade de Ajuste do Modelo

A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade

Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador

de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior

que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O

segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o

quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de

002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes

Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo

Modelo

Competitividade 0116

Exploitation 0586

Exploration 0581

LFB-FSA 0270

NLB-FSA 0131

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo

Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA

Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003

Competitividade 0020

Exploitation

Exploration

LB-FSA 0038 0095

NLB-FSA

Fonte Dados da Pesquisa

Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente

baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o

Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel

Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos

comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute

importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A

Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais

variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo

66

5 ANAacuteLISE DOS DADOS

51 Anaacutelise do Modelo

A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e

suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap

Path Coefficients T statistics

Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo

Fonte Dados da Pesquisa

Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo

Variaacutevel

Exoacutegena

Variaacutevel

Endoacutegena

LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs

Ambidestria 0627 0260 -0071

(t-statistic) (11497) (2602) (1105)

LB-FSAs 0226 0369

(t-statistic) (2353) (6489)

Competitividade 0143

(t-statistic) (2703)

(Rsup2) (0393) (0192) (0162)

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Fonte Dados da Pesquisa

Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros

nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path

Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem

sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de

67

um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-

padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2

(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada

como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de

0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por

exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute

explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um

dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de

196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham

o sinal corretamente estimado

Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a

Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do

coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja

uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute

de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido

em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima

o efeito de Ambidestria em NLB-FSA

52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese

Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que

orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos

consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais

pudemos chegar

bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages

Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo

de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo

estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA

(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um

efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1

68

bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute

associada positivamente agrave Competitividade

Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre

Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar

com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute

correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam

H2

bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de

significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e

NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que

NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita

A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses

Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses

Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado

H1 Empresas ambidestras tecircm

associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de

capacidades LB-FSAs (Located Bound -

Firm Specific Advantages)

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

001 Aceita

H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located

Bound - Firm Specific Advantages) estaacute

associada positivamente agrave

Competitividade

LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H3 A Competitividade estaacute associada

positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

(Non Located Bound - Firm Specific

Advantages)

NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp

Ensign 2002 Andersson

Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)

Competitividade (Yang et al

2015)

001 Aceita

H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre

Ambidestria e Competitividade

Ambidestria (Exploration e

Exploitation) (He amp Wong 2004)

LB-FSA e NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001)

001 Aceita

H5 Competitividade media associaccedilatildeo

entre LB-FSA e NLB-FSA

LB-FSA NLB-FSA (Frost

Birkinhsaw amp Ensign 2002

005 Aceita

69

Andersson Dellestrand amp

Pedersen 2014 Rugman amp

Verbeke 2001) Competitividade

(Yang et al 2015)

Fonte Dados da Pesquisa

70

No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a

ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente

de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a

Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de

001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a

formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA

tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para

verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado

pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-

FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta

mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir

53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo

Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A

pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria

um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para

realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no

qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta

inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e

se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3

3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma

119911 =119886119887

radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887

2)

Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o

coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da

71

A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo

Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo

z

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780

p lt 005 p lt 001 p lt 0001

Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo

variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem

sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que

a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA

A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de

mediaccedilatildeo

Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel

Significacircncia

Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001

Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001

Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005

Fonte Dados da Pesquisa

De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)

observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos

indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a

Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que

haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade

Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia

que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao

mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o

desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e

relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel

mediadora e variaacutevel dependente

72

qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs

podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de

significacircncia)

Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com

as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva

diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado

eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute

efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da

mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na

formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis

LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva

e transfira NLB-FSAs

73

6 DISCUSSAtildeO

Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo

de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos

(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma

Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar

seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para

atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e

produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim

como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e

Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp

Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004

Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo

necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais

produtos e serviccedilos

Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para

a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada

definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a

influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas

decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie

2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a

utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem

organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades

nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993

March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos

(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al

2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez

que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias

de empresas multinacionais que atuam no Brasil

Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens

especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave

Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter

1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua

74

com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais

competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp

Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp

Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo

das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais

correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta

com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado

faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as

demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al

2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al

2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao

considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um

mercado emergente no caso o Brasil

Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade

para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand

amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese

contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de

capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo

de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp

Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp

Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014

Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp

Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini

2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai

2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem

preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp

Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente

colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que

ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional

e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp

Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)

75

Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras

instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e

Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender

ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente

transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da

multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria

obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas

como NLB-FSAs

Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta

de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -

Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas

locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua

Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al

2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da

multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014

Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp

Verbeke 2001)

Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam

que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong

2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver

novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes

(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na

forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke

2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da

Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)

Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades

organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade

da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da

diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a

possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de

NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson

1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)

Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo

sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a

76

primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA

(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo

Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional

(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a

Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com

menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que

a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave

Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade

eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria

ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode

obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell

amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese

contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela

EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser

transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke

2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp

Herstely 2007)

77

7 CONCLUSOtildeES

Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-

FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a

Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel

afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem

associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com

a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade

tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de

NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs

Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria

de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo

de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos

especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration

e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais

LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado

local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a

Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre

Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades

organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua

Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3

confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs

A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao

fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e

demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua

Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras

unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de

NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um

novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo

de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber

mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um

Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma

que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das

78

empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de

capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma

de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)

Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de

multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs

Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para

a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em

mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas

gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto

de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses

(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem

destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras

variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada

paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada

mercado entre outras

79

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95

APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E

EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman 590

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383

3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264

5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219

6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies

2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162

7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology

Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140

8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132

9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak

126

10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas 122

11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112

96

12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103

14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures

Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99

15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99

16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87

18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo

84

19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80

20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77

21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li 75

22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75

23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis

Journal of Mangement Information Systems

2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75

24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm

Technological Forecating amp Social Charge

2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67

97

26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation

Academy of Management Journal

2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective

Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen

59

29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58

31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance

Strategic Management Journal

2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger

58

32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition

Journal of International Business Studies

2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54

34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies

2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52

35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51

36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers

Journal of International Management

2010 Peter Ping Li 51

37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model

Academy of Management Journal

2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

50

38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46

39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46

98

40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43

41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42

42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance

Journal of International Management

2009 Robin Teigland Molly Wasko 37

43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning

Technological Forecating amp Social Charge

2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37

44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital

International Business Review

2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story

36

45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies

2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36

46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China

Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31

47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India

Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29

48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms

Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28

49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study

Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni

28

50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view

International Business Review

2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber

28

51 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

27

52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs

Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23

53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model

Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21

99

54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners

Journal of International Business Studies

2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21

55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations

Journal of International Business Studies

2015 L Felipe Monteiro 21

56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries

Journal of International Business Studies

2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee

20

57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries

International Business Review

2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20

58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture

Journal of International Management

2007 Malika Richards Yi Yang 19

59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm

International Business Review

2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona

18

60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership

Journal of International Business Studies

2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle

17

61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector

Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio

17

62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China

Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17

63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy

Journal of International Management

2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj

16

64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances

International Business Review

2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan

16

65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates

Journal of International Management

2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey

14

66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies

2016 C Annique Um 11

67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis

Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin

11

100

68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks

Research Policy 2013 Franz Huber 10

69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance

International Business Review

2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10

70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration

Research Policy 2016 Jian Wang 9

71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy

Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9

72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations

Journal of International Management

2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu

8

73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing

The Journal of Strategic Information System

2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan

8

74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons

Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein

6

75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke

6

76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India

Journal of International Management

2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6

77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries

Journal of International Management

2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park

5

78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation

International Business Review

2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak

5

79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt

International Business Review

2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton

5

80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study

Journal of International Business Studies

2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu

4

81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4

101

82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge

2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh

4

84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4

85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization

Journal of International Business Studies

2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt

3

86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases

Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3

87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation

Technological Forecating amp Social Charge

2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi

3

88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity

Academy of Management Journal

2014 Janet K Tinoco 2

89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy

Journal of International Management

2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1

90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations

International Business Review

2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell

1

91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity

Technological Forecating amp Social Charge

2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1

92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research

2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1

93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration

Journal of Business Research

2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1

94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities

Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0

102

95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan

Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann

0

96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust

Journal of International Management

2017 Juana Du Christopher Williams 0

97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs

International Business Review

2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten

0

98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review

2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0

99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth

International Business Review

2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson

0

100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems

Technological Forecating amp Social Charge

2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira

0

Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

103

APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY

EXPLORATION E EXPLOITATION

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra

1

The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior

Academy of Management Journal

2006 Christine M Bechman

590

1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma

1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times

Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley

2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity

Research Policy

2007

Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord

383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent

Cognitive Distance

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

3

Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model

Academy of Management Journal

2006

Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone

278

Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo

100 simulaccedilotildees

4 Internationalising in small incremental or larger steps

Journal of International Business Studies

2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk

264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment

1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico

83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu

104

5

Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density

Research Policy

2008

Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord

219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality

Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico

6 Effects of firm resources on growth in multinationality

Journal of International Business Studies

2007

Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug

162 Crescimento em multinacionalidade

1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria

Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas

7

Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies

Journal of International Business Studies

2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer

132 Estrateacutegia percebida

1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado

325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia

8

Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity

Academy of Management Journal

2013 Pankaj C Patel David P Lepak

99

Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation

Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)

215 empresas do setor de tecnologia americano

105

9

The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization

Academy of Management Journal

2010 Martine R Haas

122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time

1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto

96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes

10

Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions

Strategic Management Journal

2014 Uriel Stettner Dovev Laviez

112 Performace Value Market Value

Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation

190 empresas de software americano

11

Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification

Research Policy

2008

Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco

103

Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease

Tecnhological Diversification 985 patentes

106

12

How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity

Strategic Management Journal

2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel

103

Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)

Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes

215 empresas do setor de tecnologia americano

13

Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity

Strategic Management Journal

2008 Amrit Tiwana 96

Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project

Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration

142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations

14

Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes

Strategic Management Journal

2012

Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao

87 Unit Performance Profitability

Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo

285 European finance organization units

107

15

The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities

Academy of Management Journal

2009

Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol

84

Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist

Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)

Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades

16

The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity

Academy of Management Journal

2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw

80

Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes

Ambidexterity Alignment and Adaptation

4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais

17

Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design

Academy of Management Journal

2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro

77

Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members

Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958

18

Balancing exploration and exploitation in alliance formation

Academy of Management Journal

2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff

75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration

Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year

Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes

19

Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective

Journal of International Business Studies

2008 Changhui Zhou Jing Li

75 Inovaccedilatildeo do produto

1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria

Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003

108

20

Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning

Journal of International Business Studies

2014

Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez

70

Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais

1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees

Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)

21

The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation

Academy of Management Journal

2008

Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss

60

Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past

Economic Conditions and Environmental treat

163 US Theaters

22

Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures

Academy of Management Journal

2012 Juan Almandoz 58

1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco

1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional

431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008

109

23

Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity

Research Policy

2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely

58

Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training

RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners

457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas

24

Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis

Journal of International Management

2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray

58

Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global

40 firms for cluster analysis

25

How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities

Journal of International Business Studies

2013

Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei

56

Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento

-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura

Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses

26

Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis

Organization Science

2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong

51 Sales Grouwth Rate

Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption

206 Manufacturing firms

110

27

The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective

Research Policy

2009

Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen

46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off

Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities

229 Patents in Taiwan

28

Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms

The Journal of High Technology Management Research

2006 Scott W Geiger Marianna Makr

46 Organization Slack Available and Rcoverable

Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms

29

Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation

Research Policy

2013

Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz

43 Change innovation in economic Crisis

hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation

2500 firmas Britacircnicas

30

Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms

Strategic Management Journal

2014

Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao

42 Firm Valuation

Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances

753 Patent information from 1984 to 2006

Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017

111

APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies

2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273

2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185

3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142

6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera

132

7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry

Journal of International Business Studies

2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132

8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M

107

9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance

Journal of Product Innovation

2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90

12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75

13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

112

14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets

Journal of Product Innovation

2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry

69

15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63

17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58

18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58

19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54

21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries

Journal of International Management

2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy 2012 Knut Blind 51

24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell 50

25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49

26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi 45

27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43

113

28 Characterizing service networks for moving from products to solutions

Industrial Marketing Management

2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani

43

29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41

30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment

Journal of International Business Studies

2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41

31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD

Journal of International Business Studies

2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki

40

32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management

Journal of International Management

2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39

33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies

2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38

35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection

Journal of International Management

2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38

36 Company competencies as a network the role of product development

Journal of Product Innovation

2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove

38

37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process

Journal of High Technology Management Research

2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37

38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35

39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business

2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim

35

40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness

Journal of Product Innovation

2000 Perks H 32

41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market

International Business Review

2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu

31

114

42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico

Technological Forecast amp Social Change

2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel

31

43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31

44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31

45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility

Journal of World Business

2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park

30

46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries

Journal of International Management

2007 Brent B Allred Walter G Park 29

47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation

Journal of International Management

2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29

48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals

Journal of World Business

2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang

28

49 International diversification and performance A study of global law firms

Journal of International Management

2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky

28

50 Technological diversification complementary assets and performance

Technological Forecast amp Social Change

2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw

26

51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers

Journal of International Business Studies

2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25

52 Comparative strategic management An emergent field in international management

Journal of International Management

2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang

24

53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies

2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24

54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations

Journal of International Management

2009 Christopher Williams 23

55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India

Journal of International Management

2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy

23

56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business

2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson

23

115

57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance

Journal of World Business

2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish

23

58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity

Journal of International Business Studies

2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse

22

59 Linking market orientation to international market selection and international performanc

International Business Review

2011 Xinming He Yingqi Wei 21

60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam

Journal of World Business

2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant

20

61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management

2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park

20

62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research

2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos

20

63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers

Journal of World Business

2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20

64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms

Journal of International Management

2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19

65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union

Journal of World Business

2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno

19

66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages

International Business Review

2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite

18

67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships

Journal of International Management

2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18

68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters

Journal of World Business

2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride

17

69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India

Journal of International Management

2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova

17

70 The attraction of contributors in free and open source software projects

Strategic Information System

2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson

15

71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies

Journal of World Business

2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

15

116

72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong

Journal of World Business

2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones

14

73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance

Journal of World Business

2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros

14

74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance

International Business Review

2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen

13

75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management

2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini

13

76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation

Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams

13

77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness

Industrial Marketing Management

2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan

12

78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit

Journal of Business Research

2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12

79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis

Journal of International Management

2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce

11

80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review

2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen

8

81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness

International Business Review

2012 Joan Freixanet 8

82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry

Journal of High Technology Management Research

2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8

83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research

2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7

84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research

2013 Chih-Wen Wu 7

85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies

Industrial Marketing Management

2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6

86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China

International Business Review

2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6

87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6

117

88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms

Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella

5

89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge

Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4

90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector

International Business Review

2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang

4

91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms

Technological Forecast amp Social Change

2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez

4

92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different

Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4

93

The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits

Technological Forecast amp Social Change

2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez

4

94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies

Journal of World Business

2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani

4

95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis

Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka

4

96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries

Journal of International Management

2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4

97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation

Journal of World Business

2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar

4

98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies

Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira

3

99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research

2015 Irene Kilubi 3

100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017

118

APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS

Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes

Variaacuteveis IndependentesControle Amostra

1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs

Journal of International Business Studies

2009

Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing

273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias

Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias

169 subsidiaacuterias de 50 EMNs

2

Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance

Journal of Operation Management

2010

James R Kroes Soumen Ghosh

185 Outsource Congruence

Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)

196 empresas manufatureiras americanas

3

International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization

Journal of International Business Studies

2008

Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall

177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional

Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster

156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano

4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs

Journal of International Business Studies

2009

Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas

176

1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais

1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)

105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA

119

5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance

Journal of International Business Studies

2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues

142

1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo

1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial

12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007

6

Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition

Academy of Management Journal

2010

Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera

132 Criatividade

1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes

74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos

7

Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view

Journal of International Business Studies

2010

Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson

106

1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value

1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos

140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003

8

How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance

Journal of Product Innovation

2001

Gerda Gemsera Mark A A M Leenders

107

1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over

1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial

Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento

120

9

The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry

Journal of Product Innovation

2000

Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K

90

Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos

1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados

57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana

10

On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports

Research Policy

2012

Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti

75 Competitividade para Exportaccedilatildeo

Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo

24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu

11

Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions

Academy of Management Journal

2011

Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen

73

1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado

1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega

72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas

12

Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions

Journal of International Business Studies

2010

Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa

68

Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)

1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado

10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos

13

Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China

Journal of World Business

2011

Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray

63 New product market performance

Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras

121 Empresas Multinacionais Chinesas

121

14

Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team

Journal of International Business Studies

2012

Panagiotis Ganotakis James H Love

58

Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade

Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios

412 PME britacircnicas de segmentos variados

15

Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities

Journal of World Business

2012

Snejina Michailova Zaidah Mustaffa

58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias

93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009

16

Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies

Journal of World Business

2009

Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel

57

Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais

Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness

424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia

17

Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence

Academy of Management Journal

2015

Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li

54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo

Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa

Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica

76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas

18

Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries

Journal of International Management

2006

Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard

53

Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado

65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias

19

Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy

Journal of World Business

2009

Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic

53

Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma

Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional

131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia

122

20

The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries

Research Policy

2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente

1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas

21

Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise

Journal of International Business Studies

2011 Shad S Morris Scott A Snell

50

Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades

Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas

187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses

22

Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition

Journal of Business Research

2013

Ricarda B Bouncken Sascha Kraus

49

Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)

Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty

830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes

23

Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms

Journal of International Management

2011 Larissa Rabbiosi

45

Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso

1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet

280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores

24

Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement

International Business Review

2009

Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman

43 Desempenho Exportaccedilatildeo

1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador

262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue

123

25

Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes

Journal of World Business

2013

Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng

41 Desempenho da Firma (ROA)

1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)

187 PMEs Taiwanesas

26

The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers

Journal of International Management

2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia

38 Desempenho da Firma

1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros

211 respostas de 105 empresas

27 The antecedents and consequences of successful localization

Journal of International Business Studies

2009

Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen

38

1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma

1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)

229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China

28

Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals

Journal of International Business Studies

2014

Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov

31 Autonomia da Subsidiaacuteria

1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros

240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas

124

29

Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability

Journal of International Business Studies

2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer

31

Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma

Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital

2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos

30

Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy

Technological Forecast amp Social Change

2015

Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun

1 Gestatildeo Verde

1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly

272 empresas chinesas

Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017