ALDO JOSÉ BRUNHARA O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMAÇÃO DE ...
Transcript of ALDO JOSÉ BRUNHARA O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMAÇÃO DE ...
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM GESTAtildeO INTERNACIONAL
ALDO JOSEacute BRUNHARA
O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO
LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS
SAtildeO PAULO
2017
ALDO JOSEacute BRUNHARA
O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO
LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS
Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de Empresas
com ecircnfase em Gestatildeo Internacional pela Escola
Superior de Propaganda e Marketing ndash ESPM
Orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini
SAtildeO PAULO
2017
ALDO JOSEacute BRUNHARA
O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO
LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS
Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de
Empresas com ecircnfase em Gestatildeo Internacional
pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ndash
ESPM
Aprovado em _______ de _______________________ de ____________
Banca Examinadora
______________________________________________________________________
Presidente Prof Dr Felipe Mendes Borini Orientador ESPM
______________________________________________________________________
Membro Interno Prof Dr Eduardo Eugecircnio Spers ESPM
______________________________________________________________________
Membro Interno Prof Dr Juacutelio Ceacutesar Bastos de Figueiredo ESPM
______________________________________________________________________
Membro Externo Prof Dr Belmiro do Nascimento Joatildeo PUC-SP
______________________________________________________________________
Membro Externo Profa Dra Fernanda Ribeiro Cahen FEI
Agrave Deus
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM
liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de
tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o
desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel
Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo
Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das
atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica
Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI
natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado
Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos
Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e
Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy
Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos
meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por
minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo
RESUMO
O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a
formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific
Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese
foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na
discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa
do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no
Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e
serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o
sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute
associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de
capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)
Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a
subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional
Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI
de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da
propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades
internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos
estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-
FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade
Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de
estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs
e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de
contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das
multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de
capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente
Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global
Estrateacutegia Internacional
ABSTRACT
The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy
with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of
Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the
resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the
discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey
was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289
valid responses were received from various segments industry commerce and services
To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial
Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-
FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of
LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs
present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer
knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms
this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory
(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership
and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in
the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on
Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from
the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally
it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of
Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs
in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to
management it supports in the definition of the strategic management model of
multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of
competitive organizational capacities from an emerging country
Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation
International Strategy
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53
Tabela 4 - Construto Ambidestria 54
Tabela 5 - Construto Competitividade 55
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
56
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63
Tabela 12 - VIF do Modelo 64
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12
2 REVISAtildeO LITERARATURA 16
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35
3 HIPOacuteTESES 43
31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44
4 METODOLOGIA 49
41 Abordagem 49
42 Meacutetodo 50
43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65
5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66
51 Anaacutelise do Modelo 66
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70
6 DISCUSSAtildeO 73
7 CONCLUSAtildeO 77
REFEREcircNCIAS 79
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-
CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION 103
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-
CHAVE COMPETITIVENESS 111
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de
Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific
Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs
Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades
organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para
diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da
multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da
matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-
alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem
mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo
ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou
das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-
FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e
que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-
FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias
brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs
Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010
2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a
Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em
recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos
mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of
Managment Research Policy International Business Review Journal of Business
Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes
palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e
Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de
pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade
da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho
das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista
da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos
sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de
NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes
11
Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a
subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw
amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke
2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por
abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que
exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez
1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison
1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez
que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o
mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a
Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora
de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da
multinacional
Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local
Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp
Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas
capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo
independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente
Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp
Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e
desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute
existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para
melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais
localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo
a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non
Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma
a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver
capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost
12
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela
firma para diferentes mercados
Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia
ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais
e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede
da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke
2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias
estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da
estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de
pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local
Bound FSAs
11 Objetivos
111 Geral
O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e
Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave
NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima
permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica
Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs
112 Especiacuteficos
I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e
Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages)
13
II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da
subsidiaacuteria
III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-
FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages
Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa
na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais
e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na
Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na
formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua
rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de
transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens
competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas
multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias
oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp
Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr
2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen
Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning
2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp
Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp
Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter
1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp
Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007
Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp
Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem
vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp
Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas
FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes
14
sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta
amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs
em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu
mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com
menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976
Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney
amp Hesterly 2007 Porter 1990)
Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros
e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no
desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma
Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades
fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias
internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que
permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar
por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary
Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp
Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender
distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa
subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede
diferenciada da multinacional
Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente
como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas
capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global
(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o
fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das
subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de
conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas
desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
15
Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)
mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e
exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem
capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens
competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em
mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke
2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound
- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp
Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da
Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um
tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores
pesquisas (Rossetto 2014)
Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor
compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses
emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de
estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a
capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior
Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves
demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo
estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem
sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de
vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o
fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional
16
2 REVISAtildeO LITERARATURA
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs
As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com
subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir
estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que
busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de
Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo
para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as
fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes
denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco
no Ownership e na Internalization
As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo
da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias
vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e
capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980
1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo
geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente
de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo
notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos
materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e
portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em
que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas
capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp
Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar
capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos
mercados locais e internacionais
Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a
principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir
seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita
desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a
17
funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus
concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos
ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as
demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo
local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural
econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp
Bartlett 1990)
Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma
as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de
estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de
sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo
raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas
sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999
Wernerfelt 1995)
Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes
gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores
como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas
operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e
Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas
e aceitas
Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que
os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais
no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem
dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-
subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a
pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980
Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como
um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem
ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo
Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta
capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo
em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais
Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de
operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta
18
agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da
multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto
grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para
atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras
unidades
A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que
operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de
ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e
operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado
entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam
desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de
capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da
definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as
direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria
Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as
subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo
das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes
possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local
e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)
Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo
contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da
firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos
pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora
de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp
Verbeke 2001)
Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e
Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades
receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon
1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das
estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994
Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem
competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem
19
especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988
Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages
Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do
trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as
estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de
transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um
gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que
satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva
Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a
realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o
conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de
gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem
capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores
como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de
coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja
de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar
produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo
(Rugman 2009)
Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios
elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos
financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia
conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas
e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos
estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados
(Rugman amp Verbeke 2001)
As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o
mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e
outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non
Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees
20
(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -
Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de
vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais
ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam
a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de
atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia
de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma
capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific
Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das
habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou
demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por
exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender
requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para
consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades
organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos
diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila
especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas
formas de produccedilatildeo ou produtos
Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para
entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo
na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma
CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela
firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho
da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao
transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na
cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro
da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede
(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma
busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica
governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de
21
subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades
desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a
subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett
amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)
Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito
da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o
desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades
mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao
desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro
estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos
e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs
Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz
e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de
relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood
(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as
subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade
definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades
individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness
e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel
Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees
para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da
perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional
aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)
tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp
Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo
mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do
mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)
Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais
empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais
uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das
regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de
forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995)
22
Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados
pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a
partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas
CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da
subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram
que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996
a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando
portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a
subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da
EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas
Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost
Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional
reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma
subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees
para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou
desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos
Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das
influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com
o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como
universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -
Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo
objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e
Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz
parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os
fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar
processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e
disponibilidade de matildeo de obra especializada
Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de
conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para
desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e
23
mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma
operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre
nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta
tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global
em um paiacutes desenvolvido
Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como
disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel
internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo
de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo
como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias
como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a
teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration
(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que
direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de
desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim
como para atender as demandas do mercado
Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde
altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias
podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o
desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp
Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood
1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma
FSA (Rugman amp Verbeke 2001)
Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da
localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou
os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados
Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis
potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados
localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das
universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em
PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD
Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente
pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo
24
sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada
com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de
maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa
Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes
considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do
ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia
Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia
do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que
possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-
FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja
um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a
inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional
Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-
se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e
competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme
em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign
2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por
meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)
Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de
paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman
Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da
escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais
complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de
capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico
e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos
niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado
sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades
relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo
de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de
controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo
organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)
aos equipamentos
Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso
modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes
25
emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas
consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento
de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo
como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e
aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees
de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas
multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de
desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode
ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas
para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de
produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas
Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos
determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias
brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar
e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento
criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional
Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de
inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos
ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs
na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para
assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs
transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio
de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese
foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua
capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw
e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)
23 Competitividade
26
A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da
intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de
substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as
estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no
setor
Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade
o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam
substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a
Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp
Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na
lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas
para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus
concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no
ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)
Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem
competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do
que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o
consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo
baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual
possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos
com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de
absorver este conhecimento
Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela
empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie
barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da
empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com
capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e
disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo
e eficiecircncia operacional
Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo
de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de
produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing
por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela
27
qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada
(Barney amp Herstley 2007)
O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em
custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de
produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias
competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam
fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos
requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo
enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios
criativos
Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas
estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas
e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de
produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir
para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem
competitiva sustentaacutevel
Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como
satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas
(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual
descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho
da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de
qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis
Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica
causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do
valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado
compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho
operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da
vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira
geralmente vinculada agrave lucratividade
Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva
(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem
competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo
e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o
28
know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos
produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo
Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia
positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas
capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas
anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de
vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos
disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo
influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam
riscos
Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria
Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios
centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de
que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel
delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-
subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo
sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da
localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma
Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de
produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack
Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia
tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco
fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e
processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores
e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -
flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo
para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015)
Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente
organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell
2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades
de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o
desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos
humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode
29
desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o
comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et
al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir
situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e
da produtividade dos subordinados
Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu
estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva
entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva
sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade
e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade
promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos
nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas
capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como
em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a
estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e
demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da
Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo
da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp
Johnston 2009)
Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em
seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo
Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos
administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim
como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de
custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e
nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)
corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de
relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas
espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades
de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e
processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem
especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua
Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de
30
Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior
demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade
Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo
de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores
da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos
humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design
industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos
(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o
sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro
estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em
desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na
configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia
na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a
inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em
produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a
Competitividade da firma
No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim
e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de
manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a
diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de
natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com
10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)
concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo
afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre
produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a
inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da
multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas
poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos
mercados alvo
Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo
na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a
intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com
o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de
preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos
31
negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo
da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no
mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento
Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de
solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos
autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional
fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro
lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver
uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite
a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental
torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)
Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o
tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno
e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio
agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem
por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas
competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas
fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua
maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como
produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos
fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas
dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e
pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na
vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)
que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam
como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e
recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas
Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e
Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias
empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da
firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as
suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as
que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais
resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo
32
radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs
compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar
um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o
ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza
No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade
Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da
gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos
produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131
subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea
de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do
conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de
melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do
VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja
para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos
processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte
para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly
2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)
Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o
escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996
e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)
Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode
ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente
Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que
consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da
organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da
firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento
mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e
sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades
matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria
Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento
e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades
fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a
matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais
matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia
33
ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se
confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o
niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar
conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo
do conhecimento
Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem
compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma
economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel
delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para
implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para
o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam
tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da
EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de
parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente
afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como
importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o
desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e
Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam
desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre
de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses
desenvolvidos
Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)
com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a
confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor
desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o
compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor
desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas
No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade
Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o
conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com
multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos
produtos lanccedilados no mercado
Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas
operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que
34
capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho
operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e
produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de
qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua
Competitividade
Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e
competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas
pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva
tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar
seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para
melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e
desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam
ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar
os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e
Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui
para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration
Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de
Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do
ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de
Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor
posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o
35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo
econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas
cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as
operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por
consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas
e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro
lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam
no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano
consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse
das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo
agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo
35
24 Ambidestria
O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais
citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas
estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as
estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos
produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente
disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto
(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da
empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser
considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da
deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de
March (1991) e de Levinthal e March (1993)
O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia
entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a
estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido
ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo
a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de
descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash
o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por
exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso
no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos
concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja
superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)
abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual
a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade
mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem
imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa
Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam
ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala
e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo
agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a
36
organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990
1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar
radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees
internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global
de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp
Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro
Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas
ambidestras (March 1991)
No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu
estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas
como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo
fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e
estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o
sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre
Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw
(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute
seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura
pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que
denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41
unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a
Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis
alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por
pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar
o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar
e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura
He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca
ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)
com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual
com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e
adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para
responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito
competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves
necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende
entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros
37
Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a
Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis
cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos
particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do
estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um
facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo
Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma
da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos
sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco
correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns
modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou
adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o
aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)
aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo
e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como
os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as
estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991)
A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo
tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de
negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente
conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman
2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a
firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo
incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior
sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de
identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com
equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as
tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente
demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na
teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas
Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em
que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas
que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de
38
relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as
mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no
longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos
processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades
novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst
amp Raisch 2005)
Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e
Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees
estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo
associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo
de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica
ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)
Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo
no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da
decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista
estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo
orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a
descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho
organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a
eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp
Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)
Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um
melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um
consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do
meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma
alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais
a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem
mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as
tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um
caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para
equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos
existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de
entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas
39
Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria
na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a
criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno
Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo
e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia
organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249
empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees
no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das
organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como
Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute
emergente no mundo organizacional
Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos
como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia
tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa
e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes
concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos
abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e
a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os
processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation
como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos
existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp
Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem
as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental
Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o
ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar
uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende
das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo
Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees
entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e
a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration
e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior
centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as
atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis
40
Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por
Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou
melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou
ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo
para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento
pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel
em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade
(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e
aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e
mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria
Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades
sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa
do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o
veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da
Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)
corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em
serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que
podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um
ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra
tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de
melhoria seja de criaccedilatildeo
Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi
realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases
Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business
Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas
100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e
Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos
quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos
buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando
diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por
tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados
emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia
Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com
141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou
41
compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores
das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e
Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma
empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual
satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com
experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em
comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees
na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao
trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees
interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como
criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a
codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing
(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e
Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as
estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de
diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia
(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas
(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as
condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees
entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades
organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da
organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do
desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para
esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen
Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas
oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se
adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em
mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas
americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio
complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a
Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no
desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration
novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma
criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel
42
Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de
automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e
Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam
como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e
controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)
para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores
satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos
clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e
confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas
estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional
e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma
Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de
Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp
Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)
Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4
ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e
Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades
NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional
43
3 HIPOacuteTESES
31 Modelo
O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He
amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para
atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para
a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a
subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
conforme modelo da tese (Figura 1)
Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
44
32 Hipoacuteteses
Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de
TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que
satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter
competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et
al 2012 Nascimento et al 2014)
Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia
Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al
2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp
Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que
atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-
prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos
institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade
assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com
tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus
concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e
melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute
produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como
por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do
produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras
locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de
se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo
2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp
Lavie 2014 Tiwana 2008)
As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus
operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves
capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as
estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo
Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos
produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)
45
No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de
Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em
termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de
canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode
utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e
pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou
campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-
Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa
amp Faia 2017)
Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais
por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos
sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira
nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-
alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)
Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e
desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam
formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado
mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos
podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais
centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em
privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo
Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como
variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a
variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria
com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em
forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
46
A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam
derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et
al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos
que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando
capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade
superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem
refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas
do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os
concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas
Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede
externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que
necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson
Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)
Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a
subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp
Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-
Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de
tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e
superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da
matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades
desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a
subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang
et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as
demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do
consumidor
Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz
pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este
mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que
47
caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em
absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se
transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman
amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo
de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai
2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes
fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades
especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006
Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006
Raisch amp Birkinshaw 2008)
Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo
em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas
mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho
competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015
Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009
Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao
mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que
seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado
brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis
na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -
Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta
maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp
Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)
consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-
FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir
48
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas
hipoacuteteses adicionais
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade
H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA
49
4 METODOLOGIA
Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de
accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino
(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo
de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a
abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de
anaacutelises dos dados
41 Abordagem
Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)
considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na
qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-
experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas
que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de
perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados
Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa
quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais
assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de
identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses
testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise
dos dados
Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a
pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas
variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de
universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios
ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se
levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com
cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)
50
Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa
de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a
tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem
capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash
Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local
e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
42 Meacutetodo
Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a
determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por
meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr
et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI
ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso
escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo
como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais
Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas
do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras
e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de
segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos
A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento
telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos
departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta
amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado
pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de
Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de
Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com
4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as
atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e
telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas
51
Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7
gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que
pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que
de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das
perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia
Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails
convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento
do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302
questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing
values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas
Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas
possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento
conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Alemanha 65
Estados Unidos 65
Itaacutelia 37
Argentina 15
Franccedila 14
Suiacuteccedila 13
Japatildeo 11
Europa 10
Sueacutecia 8
Espanha 8
Finlacircndia 7
Holanda 6
China 4
Meacutexico 3
Aacuteustria 3
Portugal 3
Dinamarca 3
continua
52
conclusatildeo
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Beacutelgica 2
Canadaacute 2
Inglaterra 2
Austraacutelia 1
Boliacutevia 1
Costa Rica 1
Peru 1
Turquia 1
Ucracircnia 1
Aacutefrica do Sul 1
Aacutesia 1
Total 260 29
90 10
Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa
Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir
observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou
Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield
construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil
Modo de Entrada no Brasil
Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43
Alianccedila ou JV 93 32
Greenfield 71 25
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado
brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias
desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre
mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica
e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir
53
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil
Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado
1901-1910 5 2 2
1911-1920 1 0 2
1921-1930 2 1 3
1931-1940 1 0 3
1941-1950 2 1 4
1951-1960 10 3 7
1961-1970 24 8 15
1971-1980 38 13 28
1981-1990 26 9 37
1991-2000 97 34 71
2001-2015 83 29 100
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
43 Teacutecnica de Pesquisa
Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme
definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados
primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas
importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja
explicar
Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio
com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash
Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com
perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo
estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7
lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas
4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta
tese
54
Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e
Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da
variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado
local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28
P29 P30 descritas na tabela que segue
Tabela 4 - Construto Ambidestria
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou
Exploration He e Wong
(2004)
P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo
P24 Ampliar os tipos de produtos
P25 Abrir novos mercados
P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas
Exploitation He e Wong
(2004)
P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes
P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo
P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo
P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
55
Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por
Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber
Tabela 5 - Construto Competitividade
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua
Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais
concorrentes
P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta
qualidade comparados aos principais concorrentes
P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em
comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente
externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a
responder mais rapidamente agraves demandas do mercado
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade
tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost
Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e
Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram
selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente
desenvolveu novos
LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P31 Produtos
P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo
P33 Processos de marketing
P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located
Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado
de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e
Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com
as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber
56
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria
constantemente transferiu para a matriz novos
NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P36 Produtos
P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo
P38 Processos de marketing
P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados
As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o
modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees
estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre
os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)
Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
conforme exibe a Figura 3
As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)
A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as
variaacuteveis latentes do modelo desta tese
57
Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo
Fonte Dados da pesquisa
Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si
porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que
seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis
Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda
ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos
indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation
No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada
uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo
confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo
indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees
exploradas pelo Modelo
58
Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS
Fonte Dados da pesquisa
45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)
Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo
(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores
e construtos
Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo
reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency
reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem
extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos
e os reflexivos
59
Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo
Fonte Hair Jr et al (2014)
Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de
mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o
compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto
Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees
que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um
Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)
Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os
valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite
Reliability e 05 para o AVE
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna
Cronbachs
Alpha
rho_A Composite
Reliability
Average Variance
Extracted (AVE)
Ambidestria 0913 0915 0929 0623
Competitividade 0878 0884 0911 0672
Exploitation 0878 0879 0916 0733
Exploration 0872 0877 0913 0724
LB-FSA 0889 0900 0923 0750
NLB-FSA 0957 0958 0969 0885
Fonte Dados da Pesquisa
60
O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto
conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre
os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles
devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach
elevado (acima de 07)
O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach
mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume
que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute
considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que
medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado
a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07
O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada
por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado
do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia
natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma
120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2
(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894
Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores
ideiais satildeo dos indicadores acima 07
A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia
das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto
da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue
explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue
esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores
61
47 Validade Convergente (Convergent Validity)
Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel
latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute
observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles
teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores
do Modelo
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0874
q23 0810
q24 0881
q24 0836
q25 0789
q25 0700
q26 0857
q26 0799
q27 0820
q27 0791
q28 0877
q28 0813
q29 0885
q29 0804
q30 0841
q30 0751
q31 0888
q32 0911
q33 0820
q35 0843
q36 0925
q37 0955
q38 0943
q40 0941
q89 0855
q90 0793
q91 0849
q92 0810
q93 0789
Fonte Dados da Pesquisa
Vemos que todos os loadings possuem valores adequados
1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte
consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o
uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05
62
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)
A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos
demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos
diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do
discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker
criterion
Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os
indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre
indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles
refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o
construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois
natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo
O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um
construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz
quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os
demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de
um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em
outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a
seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja
mais associada a seus indicadores
A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas
anteriormente
63
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0308 0620 0878 0572 0232
q24 0313 0663 0882 0578 0204
q25 0297 0503 0782 0452 0096
q26 0346 0618 0856 0521 0217
q27 0335 0815 0645 0446 0049
q28 0361 0879 0630 0475 0137
q29 0308 0886 0605 0448 0245
q30 0265 0843 0552 0456 0179
q31 0300 0470 0628 0889 0333
q32 0370 0569 0637 0911 0324
q33 0305 0354 0425 0820 0318
q35 0370 0426 0451 0841 0346
q36 0243 0179 0207 0346 0925
q37 0214 0156 0189 0343 0955
q38 0267 0193 0250 0369 0943
q40 0245 0147 0198 0370 0941
q89 0854 0320 0349 0312 0205
q90 0791 0339 0384 0404 0190
q91 0849 0266 0281 0284 0251
q92 0812 0318 0260 0339 0228
q93 0789 0264 0215 0217 0179
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Competitividade 0820
Exploitation 0371 0856
Exploration 0371 0710 0851
LB-FSA 0388 0533 0627 0866
NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941
Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem
conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do
discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores
e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente
Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais
elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior
correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel
Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante
de variaacuteveis de ordem mais elevada
64
49 Anaacutelise do Modelo Estrutural
Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as
variaacuteveis latentes do modelo
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes
Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro
passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as
variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das
regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os
resultados do VIF2 do Modelo
Tabela 12 - VIF do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732
Competitividade 1238
Exploitation
Exploration
LB-FSA 1648 1712
NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos
os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)
2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um
coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do
VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de
colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada
de 4
65
411 Qualidade de Ajuste do Modelo
A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade
Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador
de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior
que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O
segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o
quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de
002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo
Modelo
Competitividade 0116
Exploitation 0586
Exploration 0581
LFB-FSA 0270
NLB-FSA 0131
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003
Competitividade 0020
Exploitation
Exploration
LB-FSA 0038 0095
NLB-FSA
Fonte Dados da Pesquisa
Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente
baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o
Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel
Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos
comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute
importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A
Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais
variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo
66
5 ANAacuteLISE DOS DADOS
51 Anaacutelise do Modelo
A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e
suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap
Path Coefficients T statistics
Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo
Variaacutevel
Exoacutegena
Variaacutevel
Endoacutegena
LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs
Ambidestria 0627 0260 -0071
(t-statistic) (11497) (2602) (1105)
LB-FSAs 0226 0369
(t-statistic) (2353) (6489)
Competitividade 0143
(t-statistic) (2703)
(Rsup2) (0393) (0192) (0162)
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Fonte Dados da Pesquisa
Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros
nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path
Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem
sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de
67
um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-
padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2
(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada
como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de
0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por
exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute
explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um
dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de
196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham
o sinal corretamente estimado
Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a
Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do
coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja
uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute
de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido
em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima
o efeito de Ambidestria em NLB-FSA
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese
Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que
orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos
consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais
pudemos chegar
bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages
Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo
de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo
estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA
(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um
efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1
68
bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre
Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar
com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute
correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam
H2
bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de
significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e
NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que
NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita
A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses
Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado
H1 Empresas ambidestras tecircm
associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound -
Firm Specific Advantages)
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
001 Aceita
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located
Bound - Firm Specific Advantages) estaacute
associada positivamente agrave
Competitividade
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H3 A Competitividade estaacute associada
positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific
Advantages)
NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre
Ambidestria e Competitividade
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA e NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001)
001 Aceita
H5 Competitividade media associaccedilatildeo
entre LB-FSA e NLB-FSA
LB-FSA NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
005 Aceita
69
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001) Competitividade
(Yang et al 2015)
Fonte Dados da Pesquisa
70
No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a
ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente
de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a
Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de
001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a
formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA
tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para
verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado
pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-
FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta
mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir
53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo
Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A
pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria
um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para
realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no
qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta
inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e
se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3
3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma
119911 =119886119887
radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887
2)
Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o
coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da
71
A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo
z
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo
variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem
sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que
a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA
A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de
mediaccedilatildeo
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel
Significacircncia
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
Fonte Dados da Pesquisa
De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)
observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos
indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a
Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que
haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade
Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia
que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao
mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o
desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e
relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel
mediadora e variaacutevel dependente
72
qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs
podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com
as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute
efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da
mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na
formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis
LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva
e transfira NLB-FSAs
73
6 DISCUSSAtildeO
Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo
de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos
(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma
Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar
seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para
atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e
produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim
como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e
Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp
Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004
Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo
necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais
produtos e serviccedilos
Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para
a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada
definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a
influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas
decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie
2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a
utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem
organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades
nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos
(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al
2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez
que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias
de empresas multinacionais que atuam no Brasil
Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens
especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave
Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter
1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua
74
com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais
competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp
Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp
Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo
das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais
correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta
com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado
faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as
demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al
2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao
considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um
mercado emergente no caso o Brasil
Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade
para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand
amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese
contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de
capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo
de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai
2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem
preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp
Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente
colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que
ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional
e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)
75
Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras
instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender
ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente
transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da
multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria
obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas
como NLB-FSAs
Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta
de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -
Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas
locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da
multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp
Verbeke 2001)
Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam
que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong
2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver
novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes
(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na
forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke
2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da
Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)
Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades
organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade
da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da
diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a
possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de
NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson
1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo
sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a
76
primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA
(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo
Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional
(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a
Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com
menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que
a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave
Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade
eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria
ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode
obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell
amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese
contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela
EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser
transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke
2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp
Herstely 2007)
77
7 CONCLUSOtildeES
Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-
FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a
Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel
afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem
associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com
a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade
tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de
NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria
de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo
de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos
especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration
e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais
LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado
local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a
Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades
organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua
Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3
confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao
fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e
demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua
Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras
unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um
novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo
de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber
mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um
Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma
que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das
78
empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de
multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs
Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para
a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em
mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas
gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto
de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses
(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem
destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras
variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada
paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada
mercado entre outras
79
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Management Journal 58(2) 538ndash566
Zhao M Park S H amp Zhou N (2014) MNC Strategy and social adaptation in
emerging markets Journal of International Business Studies 45 842ndash861
95
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman 590
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383
3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264
5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219
6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies
2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162
7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology
Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140
8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132
9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak
126
10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas 122
11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112
96
12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103
14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures
Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99
15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99
16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87
18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo
84
19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80
20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77
21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li 75
22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75
23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis
Journal of Mangement Information Systems
2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75
24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm
Technological Forecating amp Social Charge
2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67
97
26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation
Academy of Management Journal
2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective
Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen
59
29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58
31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance
Strategic Management Journal
2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger
58
32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition
Journal of International Business Studies
2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54
34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies
2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52
35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51
36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers
Journal of International Management
2010 Peter Ping Li 51
37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
50
38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46
39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46
98
40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43
41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42
42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance
Journal of International Management
2009 Robin Teigland Molly Wasko 37
43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning
Technological Forecating amp Social Charge
2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37
44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital
International Business Review
2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story
36
45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies
2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36
46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China
Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31
47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India
Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29
48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms
Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28
49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study
Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni
28
50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view
International Business Review
2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber
28
51 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
27
52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs
Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23
53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model
Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21
99
54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners
Journal of International Business Studies
2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21
55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations
Journal of International Business Studies
2015 L Felipe Monteiro 21
56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries
Journal of International Business Studies
2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee
20
57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries
International Business Review
2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20
58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture
Journal of International Management
2007 Malika Richards Yi Yang 19
59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm
International Business Review
2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona
18
60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership
Journal of International Business Studies
2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle
17
61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector
Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio
17
62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China
Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17
63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy
Journal of International Management
2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj
16
64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances
International Business Review
2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan
16
65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates
Journal of International Management
2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey
14
66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies
2016 C Annique Um 11
67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis
Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin
11
100
68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks
Research Policy 2013 Franz Huber 10
69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance
International Business Review
2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10
70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration
Research Policy 2016 Jian Wang 9
71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy
Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9
72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations
Journal of International Management
2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu
8
73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing
The Journal of Strategic Information System
2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan
8
74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons
Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein
6
75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke
6
76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India
Journal of International Management
2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6
77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries
Journal of International Management
2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park
5
78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation
International Business Review
2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak
5
79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt
International Business Review
2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton
5
80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study
Journal of International Business Studies
2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu
4
81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4
101
82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge
2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh
4
84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4
85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization
Journal of International Business Studies
2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt
3
86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases
Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3
87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi
3
88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity
Academy of Management Journal
2014 Janet K Tinoco 2
89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy
Journal of International Management
2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1
90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations
International Business Review
2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell
1
91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity
Technological Forecating amp Social Charge
2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1
92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research
2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1
93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration
Journal of Business Research
2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1
94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities
Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0
102
95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan
Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann
0
96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust
Journal of International Management
2017 Juana Du Christopher Williams 0
97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs
International Business Review
2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten
0
98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review
2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0
99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth
International Business Review
2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson
0
100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems
Technological Forecating amp Social Charge
2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira
0
Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
103
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY
EXPLORATION E EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra
1
The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman
590
1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma
1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times
Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity
Research Policy
2007
Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent
Cognitive Distance
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
3
Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006
Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo
100 simulaccedilotildees
4 Internationalising in small incremental or larger steps
Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk
264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment
1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico
83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu
104
5
Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy
2008
Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
6 Effects of firm resources on growth in multinationality
Journal of International Business Studies
2007
Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162 Crescimento em multinacionalidade
1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria
Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas
7
Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer
132 Estrateacutegia percebida
1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado
325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia
8
Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel David P Lepak
99
Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation
Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)
215 empresas do setor de tecnologia americano
105
9
The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas
122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time
1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto
96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes
10
Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez
112 Performace Value Market Value
Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation
190 empresas de software americano
11
Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy
2008
Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease
Tecnhological Diversification 985 patentes
106
12
How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel
103
Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)
Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes
215 empresas do setor de tecnologia americano
13
Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project
Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration
142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations
14
Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012
Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87 Unit Performance Profitability
Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo
285 European finance organization units
107
15
The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009
Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol
84
Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist
Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)
Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades
16
The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw
80
Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes
Ambidexterity Alignment and Adaptation
4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais
17
Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro
77
Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members
Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958
18
Balancing exploration and exploitation in alliance formation
Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff
75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration
Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year
Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes
19
Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li
75 Inovaccedilatildeo do produto
1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria
Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003
108
20
Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014
Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais
1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees
Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)
21
The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation
Academy of Management Journal
2008
Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past
Economic Conditions and Environmental treat
163 US Theaters
22
Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco
1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional
431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008
109
23
Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy
2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training
RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners
457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas
24
Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray
58
Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global
40 firms for cluster analysis
25
How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013
Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento
-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura
Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses
26
Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science
2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong
51 Sales Grouwth Rate
Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption
206 Manufacturing firms
110
27
The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy
2009
Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off
Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities
229 Patents in Taiwan
28
Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr
46 Organization Slack Available and Rcoverable
Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms
29
Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy
2013
Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43 Change innovation in economic Crisis
hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation
2500 firmas Britacircnicas
30
Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014
Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao
42 Firm Valuation
Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances
753 Patent information from 1984 to 2006
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
111
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies
2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273
2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185
3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142
6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera
132
7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry
Journal of International Business Studies
2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132
8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M
107
9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance
Journal of Product Innovation
2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90
12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75
13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
112
14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets
Journal of Product Innovation
2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry
69
15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63
17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58
18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58
19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54
21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries
Journal of International Management
2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy 2012 Knut Blind 51
24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell 50
25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49
26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi 45
27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43
113
28 Characterizing service networks for moving from products to solutions
Industrial Marketing Management
2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani
43
29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41
30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment
Journal of International Business Studies
2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41
31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD
Journal of International Business Studies
2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki
40
32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management
Journal of International Management
2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39
33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies
2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38
35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection
Journal of International Management
2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38
36 Company competencies as a network the role of product development
Journal of Product Innovation
2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove
38
37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process
Journal of High Technology Management Research
2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37
38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35
39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business
2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim
35
40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness
Journal of Product Innovation
2000 Perks H 32
41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market
International Business Review
2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu
31
114
42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico
Technological Forecast amp Social Change
2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel
31
43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31
44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31
45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility
Journal of World Business
2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park
30
46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries
Journal of International Management
2007 Brent B Allred Walter G Park 29
47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation
Journal of International Management
2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29
48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals
Journal of World Business
2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang
28
49 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
28
50 Technological diversification complementary assets and performance
Technological Forecast amp Social Change
2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw
26
51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers
Journal of International Business Studies
2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25
52 Comparative strategic management An emergent field in international management
Journal of International Management
2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang
24
53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies
2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24
54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations
Journal of International Management
2009 Christopher Williams 23
55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India
Journal of International Management
2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy
23
56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business
2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson
23
115
57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance
Journal of World Business
2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish
23
58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse
22
59 Linking market orientation to international market selection and international performanc
International Business Review
2011 Xinming He Yingqi Wei 21
60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam
Journal of World Business
2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant
20
61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management
2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park
20
62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research
2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos
20
63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers
Journal of World Business
2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20
64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms
Journal of International Management
2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19
65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union
Journal of World Business
2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno
19
66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages
International Business Review
2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite
18
67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships
Journal of International Management
2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18
68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters
Journal of World Business
2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride
17
69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India
Journal of International Management
2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova
17
70 The attraction of contributors in free and open source software projects
Strategic Information System
2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson
15
71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies
Journal of World Business
2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
15
116
72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong
Journal of World Business
2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones
14
73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance
Journal of World Business
2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros
14
74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance
International Business Review
2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen
13
75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management
2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini
13
76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation
Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams
13
77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness
Industrial Marketing Management
2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan
12
78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit
Journal of Business Research
2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12
79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis
Journal of International Management
2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce
11
80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review
2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
8
81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness
International Business Review
2012 Joan Freixanet 8
82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry
Journal of High Technology Management Research
2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8
83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research
2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7
84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research
2013 Chih-Wen Wu 7
85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies
Industrial Marketing Management
2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6
86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China
International Business Review
2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6
87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6
117
88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms
Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella
5
89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector
International Business Review
2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang
4
91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms
Technological Forecast amp Social Change
2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez
4
92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different
Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4
93
The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits
Technological Forecast amp Social Change
2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez
4
94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies
Journal of World Business
2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani
4
95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis
Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka
4
96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries
Journal of International Management
2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4
97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation
Journal of World Business
2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar
4
98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies
Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira
3
99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research
2015 Irene Kilubi 3
100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
118
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes
Variaacuteveis IndependentesControle Amostra
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs
Journal of International Business Studies
2009
Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing
273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias
Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias
169 subsidiaacuterias de 50 EMNs
2
Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010
James R Kroes Soumen Ghosh
185 Outsource Congruence
Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)
196 empresas manufatureiras americanas
3
International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008
Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional
Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster
156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009
Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais
1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)
105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA
119
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues
142
1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo
1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial
12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007
6
Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010
Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera
132 Criatividade
1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes
74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos
7
Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010
Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value
1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos
140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003
8
How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001
Gerda Gemsera Mark A A M Leenders
107
1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over
1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial
Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento
120
9
The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000
Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos
1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados
57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana
10
On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy
2012
Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75 Competitividade para Exportaccedilatildeo
Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo
24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu
11
Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011
Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado
1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega
72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas
12
Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010
Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)
1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado
10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos
13
Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011
Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63 New product market performance
Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras
121 Empresas Multinacionais Chinesas
121
14
Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012
Panagiotis Ganotakis James H Love
58
Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade
Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios
412 PME britacircnicas de segmentos variados
15
Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012
Snejina Michailova Zaidah Mustaffa
58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias
93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009
16
Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009
Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais
Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness
424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia
17
Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015
Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo
Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa
Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica
76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas
18
Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries
Journal of International Management
2006
Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado
65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias
19
Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009
Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma
Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional
131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia
122
20
The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy
2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente
1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas
21
Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell
50
Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades
Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas
187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses
22
Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013
Ricarda B Bouncken Sascha Kraus
49
Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)
Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty
830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes
23
Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi
45
Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso
1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet
280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores
24
Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009
Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43 Desempenho Exportaccedilatildeo
1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador
262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue
123
25
Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013
Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41 Desempenho da Firma (ROA)
1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)
187 PMEs Taiwanesas
26
The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia
38 Desempenho da Firma
1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros
211 respostas de 105 empresas
27 The antecedents and consequences of successful localization
Journal of International Business Studies
2009
Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma
1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)
229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China
28
Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014
Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31 Autonomia da Subsidiaacuteria
1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros
240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas
124
29
Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer
31
Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma
Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital
2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos
30
Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015
Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1 Gestatildeo Verde
1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly
272 empresas chinesas
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
ALDO JOSEacute BRUNHARA
O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO
LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS
Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de Empresas
com ecircnfase em Gestatildeo Internacional pela Escola
Superior de Propaganda e Marketing ndash ESPM
Orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini
SAtildeO PAULO
2017
ALDO JOSEacute BRUNHARA
O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO
LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS
Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de
Empresas com ecircnfase em Gestatildeo Internacional
pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ndash
ESPM
Aprovado em _______ de _______________________ de ____________
Banca Examinadora
______________________________________________________________________
Presidente Prof Dr Felipe Mendes Borini Orientador ESPM
______________________________________________________________________
Membro Interno Prof Dr Eduardo Eugecircnio Spers ESPM
______________________________________________________________________
Membro Interno Prof Dr Juacutelio Ceacutesar Bastos de Figueiredo ESPM
______________________________________________________________________
Membro Externo Prof Dr Belmiro do Nascimento Joatildeo PUC-SP
______________________________________________________________________
Membro Externo Profa Dra Fernanda Ribeiro Cahen FEI
Agrave Deus
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM
liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de
tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o
desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel
Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo
Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das
atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica
Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI
natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado
Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos
Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e
Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy
Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos
meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por
minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo
RESUMO
O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a
formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific
Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese
foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na
discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa
do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no
Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e
serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o
sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute
associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de
capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)
Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a
subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional
Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI
de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da
propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades
internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos
estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-
FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade
Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de
estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs
e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de
contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das
multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de
capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente
Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global
Estrateacutegia Internacional
ABSTRACT
The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy
with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of
Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the
resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the
discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey
was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289
valid responses were received from various segments industry commerce and services
To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial
Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-
FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of
LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs
present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer
knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms
this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory
(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership
and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in
the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on
Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from
the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally
it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of
Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs
in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to
management it supports in the definition of the strategic management model of
multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of
competitive organizational capacities from an emerging country
Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation
International Strategy
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53
Tabela 4 - Construto Ambidestria 54
Tabela 5 - Construto Competitividade 55
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
56
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63
Tabela 12 - VIF do Modelo 64
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12
2 REVISAtildeO LITERARATURA 16
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35
3 HIPOacuteTESES 43
31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44
4 METODOLOGIA 49
41 Abordagem 49
42 Meacutetodo 50
43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65
5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66
51 Anaacutelise do Modelo 66
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70
6 DISCUSSAtildeO 73
7 CONCLUSAtildeO 77
REFEREcircNCIAS 79
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-
CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION 103
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-
CHAVE COMPETITIVENESS 111
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de
Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific
Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs
Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades
organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para
diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da
multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da
matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-
alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem
mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo
ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou
das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-
FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e
que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-
FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias
brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs
Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010
2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a
Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em
recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos
mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of
Managment Research Policy International Business Review Journal of Business
Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes
palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e
Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de
pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade
da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho
das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista
da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos
sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de
NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes
11
Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a
subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw
amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke
2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por
abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que
exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez
1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison
1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez
que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o
mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a
Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora
de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da
multinacional
Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local
Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp
Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas
capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo
independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente
Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp
Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e
desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute
existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para
melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais
localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo
a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non
Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma
a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver
capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost
12
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela
firma para diferentes mercados
Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia
ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais
e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede
da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke
2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias
estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da
estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de
pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local
Bound FSAs
11 Objetivos
111 Geral
O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e
Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave
NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima
permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica
Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs
112 Especiacuteficos
I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e
Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages)
13
II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da
subsidiaacuteria
III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-
FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages
Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa
na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais
e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na
Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na
formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua
rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de
transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens
competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas
multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias
oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp
Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr
2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen
Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning
2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp
Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp
Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter
1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp
Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007
Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp
Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem
vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp
Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas
FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes
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sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta
amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs
em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu
mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com
menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976
Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney
amp Hesterly 2007 Porter 1990)
Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros
e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no
desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma
Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades
fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias
internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que
permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar
por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary
Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp
Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender
distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa
subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede
diferenciada da multinacional
Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente
como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas
capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global
(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o
fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das
subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de
conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas
desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
15
Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)
mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e
exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem
capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens
competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em
mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke
2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound
- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp
Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da
Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um
tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores
pesquisas (Rossetto 2014)
Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor
compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses
emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de
estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a
capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior
Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves
demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo
estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem
sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de
vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o
fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional
16
2 REVISAtildeO LITERARATURA
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs
As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com
subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir
estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que
busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de
Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo
para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as
fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes
denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco
no Ownership e na Internalization
As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo
da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias
vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e
capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980
1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo
geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente
de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo
notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos
materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e
portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em
que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas
capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp
Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar
capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos
mercados locais e internacionais
Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a
principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir
seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita
desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a
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funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus
concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos
ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as
demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo
local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural
econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp
Bartlett 1990)
Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma
as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de
estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de
sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo
raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas
sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999
Wernerfelt 1995)
Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes
gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores
como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas
operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e
Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas
e aceitas
Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que
os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais
no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem
dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-
subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a
pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980
Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como
um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem
ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo
Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta
capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo
em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais
Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de
operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta
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agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da
multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto
grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para
atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras
unidades
A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que
operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de
ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e
operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado
entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam
desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de
capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da
definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as
direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria
Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as
subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo
das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes
possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local
e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)
Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo
contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da
firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos
pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora
de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp
Verbeke 2001)
Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e
Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades
receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon
1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das
estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994
Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem
competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem
19
especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988
Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages
Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do
trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as
estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de
transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um
gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que
satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva
Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a
realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o
conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de
gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem
capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores
como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de
coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja
de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar
produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo
(Rugman 2009)
Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios
elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos
financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia
conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas
e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos
estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados
(Rugman amp Verbeke 2001)
As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o
mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e
outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non
Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees
20
(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -
Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de
vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais
ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam
a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de
atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia
de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma
capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific
Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das
habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou
demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por
exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender
requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para
consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades
organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos
diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila
especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas
formas de produccedilatildeo ou produtos
Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para
entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo
na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma
CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela
firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho
da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao
transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na
cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro
da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede
(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma
busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica
governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de
21
subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades
desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a
subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett
amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)
Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito
da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o
desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades
mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao
desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro
estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos
e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs
Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz
e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de
relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood
(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as
subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade
definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades
individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness
e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel
Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees
para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da
perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional
aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)
tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp
Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo
mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do
mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)
Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais
empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais
uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das
regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de
forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995)
22
Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados
pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a
partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas
CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da
subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram
que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996
a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando
portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a
subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da
EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas
Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost
Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional
reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma
subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees
para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou
desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos
Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das
influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com
o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como
universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -
Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo
objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e
Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz
parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os
fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar
processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e
disponibilidade de matildeo de obra especializada
Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de
conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para
desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e
23
mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma
operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre
nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta
tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global
em um paiacutes desenvolvido
Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como
disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel
internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo
de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo
como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias
como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a
teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration
(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que
direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de
desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim
como para atender as demandas do mercado
Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde
altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias
podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o
desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp
Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood
1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma
FSA (Rugman amp Verbeke 2001)
Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da
localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou
os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados
Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis
potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados
localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das
universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em
PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD
Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente
pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo
24
sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada
com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de
maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa
Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes
considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do
ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia
Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia
do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que
possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-
FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja
um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a
inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional
Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-
se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e
competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme
em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign
2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por
meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)
Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de
paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman
Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da
escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais
complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de
capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico
e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos
niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado
sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades
relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo
de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de
controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo
organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)
aos equipamentos
Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso
modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes
25
emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas
consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento
de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo
como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e
aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees
de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas
multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de
desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode
ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas
para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de
produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas
Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos
determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias
brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar
e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento
criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional
Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de
inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos
ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs
na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para
assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs
transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio
de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese
foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua
capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw
e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)
23 Competitividade
26
A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da
intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de
substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as
estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no
setor
Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade
o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam
substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a
Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp
Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na
lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas
para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus
concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no
ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)
Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem
competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do
que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o
consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo
baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual
possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos
com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de
absorver este conhecimento
Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela
empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie
barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da
empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com
capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e
disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo
e eficiecircncia operacional
Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo
de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de
produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing
por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela
27
qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada
(Barney amp Herstley 2007)
O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em
custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de
produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias
competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam
fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos
requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo
enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios
criativos
Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas
estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas
e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de
produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir
para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem
competitiva sustentaacutevel
Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como
satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas
(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual
descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho
da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de
qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis
Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica
causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do
valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado
compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho
operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da
vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira
geralmente vinculada agrave lucratividade
Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva
(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem
competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo
e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o
28
know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos
produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo
Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia
positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas
capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas
anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de
vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos
disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo
influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam
riscos
Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria
Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios
centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de
que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel
delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-
subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo
sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da
localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma
Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de
produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack
Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia
tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco
fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e
processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores
e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -
flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo
para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015)
Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente
organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell
2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades
de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o
desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos
humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode
29
desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o
comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et
al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir
situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e
da produtividade dos subordinados
Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu
estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva
entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva
sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade
e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade
promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos
nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas
capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como
em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a
estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e
demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da
Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo
da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp
Johnston 2009)
Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em
seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo
Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos
administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim
como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de
custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e
nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)
corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de
relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas
espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades
de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e
processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem
especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua
Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de
30
Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior
demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade
Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo
de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores
da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos
humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design
industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos
(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o
sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro
estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em
desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na
configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia
na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a
inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em
produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a
Competitividade da firma
No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim
e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de
manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a
diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de
natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com
10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)
concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo
afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre
produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a
inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da
multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas
poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos
mercados alvo
Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo
na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a
intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com
o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de
preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos
31
negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo
da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no
mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento
Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de
solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos
autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional
fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro
lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver
uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite
a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental
torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)
Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o
tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno
e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio
agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem
por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas
competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas
fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua
maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como
produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos
fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas
dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e
pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na
vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)
que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam
como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e
recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas
Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e
Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias
empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da
firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as
suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as
que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais
resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo
32
radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs
compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar
um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o
ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza
No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade
Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da
gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos
produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131
subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea
de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do
conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de
melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do
VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja
para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos
processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte
para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly
2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)
Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o
escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996
e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)
Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode
ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente
Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que
consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da
organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da
firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento
mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e
sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades
matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria
Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento
e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades
fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a
matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais
matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia
33
ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se
confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o
niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar
conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo
do conhecimento
Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem
compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma
economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel
delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para
implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para
o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam
tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da
EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de
parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente
afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como
importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o
desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e
Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam
desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre
de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses
desenvolvidos
Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)
com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a
confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor
desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o
compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor
desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas
No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade
Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o
conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com
multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos
produtos lanccedilados no mercado
Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas
operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que
34
capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho
operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e
produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de
qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua
Competitividade
Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e
competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas
pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva
tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar
seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para
melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e
desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam
ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar
os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e
Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui
para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration
Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de
Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do
ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de
Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor
posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o
35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo
econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas
cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as
operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por
consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas
e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro
lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam
no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano
consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse
das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo
agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo
35
24 Ambidestria
O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais
citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas
estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as
estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos
produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente
disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto
(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da
empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser
considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da
deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de
March (1991) e de Levinthal e March (1993)
O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia
entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a
estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido
ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo
a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de
descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash
o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por
exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso
no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos
concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja
superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)
abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual
a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade
mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem
imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa
Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam
ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala
e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo
agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a
36
organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990
1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar
radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees
internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global
de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp
Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro
Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas
ambidestras (March 1991)
No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu
estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas
como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo
fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e
estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o
sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre
Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw
(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute
seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura
pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que
denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41
unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a
Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis
alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por
pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar
o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar
e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura
He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca
ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)
com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual
com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e
adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para
responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito
competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves
necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende
entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros
37
Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a
Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis
cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos
particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do
estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um
facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo
Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma
da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos
sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco
correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns
modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou
adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o
aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)
aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo
e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como
os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as
estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991)
A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo
tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de
negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente
conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman
2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a
firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo
incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior
sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de
identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com
equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as
tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente
demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na
teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas
Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em
que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas
que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de
38
relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as
mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no
longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos
processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades
novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst
amp Raisch 2005)
Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e
Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees
estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo
associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo
de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica
ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)
Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo
no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da
decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista
estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo
orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a
descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho
organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a
eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp
Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)
Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um
melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um
consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do
meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma
alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais
a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem
mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as
tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um
caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para
equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos
existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de
entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas
39
Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria
na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a
criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno
Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo
e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia
organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249
empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees
no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das
organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como
Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute
emergente no mundo organizacional
Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos
como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia
tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa
e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes
concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos
abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e
a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os
processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation
como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos
existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp
Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem
as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental
Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o
ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar
uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende
das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo
Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees
entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e
a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration
e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior
centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as
atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis
40
Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por
Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou
melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou
ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo
para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento
pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel
em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade
(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e
aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e
mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria
Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades
sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa
do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o
veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da
Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)
corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em
serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que
podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um
ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra
tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de
melhoria seja de criaccedilatildeo
Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi
realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases
Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business
Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas
100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e
Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos
quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos
buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando
diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por
tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados
emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia
Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com
141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou
41
compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores
das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e
Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma
empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual
satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com
experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em
comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees
na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao
trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees
interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como
criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a
codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing
(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e
Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as
estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de
diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia
(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas
(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as
condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees
entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades
organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da
organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do
desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para
esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen
Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas
oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se
adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em
mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas
americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio
complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a
Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no
desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration
novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma
criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel
42
Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de
automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e
Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam
como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e
controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)
para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores
satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos
clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e
confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas
estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional
e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma
Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de
Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp
Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)
Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4
ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e
Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades
NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional
43
3 HIPOacuteTESES
31 Modelo
O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He
amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para
atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para
a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a
subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
conforme modelo da tese (Figura 1)
Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
44
32 Hipoacuteteses
Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de
TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que
satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter
competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et
al 2012 Nascimento et al 2014)
Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia
Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al
2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp
Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que
atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-
prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos
institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade
assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com
tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus
concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e
melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute
produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como
por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do
produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras
locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de
se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo
2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp
Lavie 2014 Tiwana 2008)
As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus
operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves
capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as
estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo
Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos
produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)
45
No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de
Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em
termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de
canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode
utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e
pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou
campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-
Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa
amp Faia 2017)
Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais
por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos
sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira
nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-
alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)
Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e
desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam
formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado
mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos
podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais
centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em
privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo
Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como
variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a
variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria
com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em
forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
46
A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam
derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et
al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos
que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando
capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade
superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem
refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas
do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os
concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas
Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede
externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que
necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson
Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)
Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a
subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp
Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-
Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de
tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e
superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da
matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades
desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a
subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang
et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as
demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do
consumidor
Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz
pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este
mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que
47
caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em
absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se
transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman
amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo
de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai
2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes
fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades
especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006
Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006
Raisch amp Birkinshaw 2008)
Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo
em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas
mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho
competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015
Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009
Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao
mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que
seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado
brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis
na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -
Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta
maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp
Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)
consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-
FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir
48
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas
hipoacuteteses adicionais
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade
H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA
49
4 METODOLOGIA
Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de
accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino
(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo
de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a
abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de
anaacutelises dos dados
41 Abordagem
Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)
considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na
qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-
experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas
que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de
perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados
Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa
quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais
assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de
identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses
testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise
dos dados
Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a
pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas
variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de
universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios
ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se
levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com
cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)
50
Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa
de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a
tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem
capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash
Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local
e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
42 Meacutetodo
Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a
determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por
meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr
et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI
ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso
escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo
como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais
Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas
do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras
e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de
segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos
A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento
telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos
departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta
amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado
pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de
Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de
Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com
4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as
atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e
telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas
51
Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7
gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que
pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que
de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das
perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia
Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails
convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento
do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302
questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing
values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas
Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas
possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento
conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Alemanha 65
Estados Unidos 65
Itaacutelia 37
Argentina 15
Franccedila 14
Suiacuteccedila 13
Japatildeo 11
Europa 10
Sueacutecia 8
Espanha 8
Finlacircndia 7
Holanda 6
China 4
Meacutexico 3
Aacuteustria 3
Portugal 3
Dinamarca 3
continua
52
conclusatildeo
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Beacutelgica 2
Canadaacute 2
Inglaterra 2
Austraacutelia 1
Boliacutevia 1
Costa Rica 1
Peru 1
Turquia 1
Ucracircnia 1
Aacutefrica do Sul 1
Aacutesia 1
Total 260 29
90 10
Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa
Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir
observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou
Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield
construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil
Modo de Entrada no Brasil
Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43
Alianccedila ou JV 93 32
Greenfield 71 25
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado
brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias
desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre
mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica
e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir
53
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil
Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado
1901-1910 5 2 2
1911-1920 1 0 2
1921-1930 2 1 3
1931-1940 1 0 3
1941-1950 2 1 4
1951-1960 10 3 7
1961-1970 24 8 15
1971-1980 38 13 28
1981-1990 26 9 37
1991-2000 97 34 71
2001-2015 83 29 100
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
43 Teacutecnica de Pesquisa
Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme
definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados
primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas
importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja
explicar
Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio
com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash
Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com
perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo
estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7
lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas
4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta
tese
54
Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e
Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da
variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado
local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28
P29 P30 descritas na tabela que segue
Tabela 4 - Construto Ambidestria
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou
Exploration He e Wong
(2004)
P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo
P24 Ampliar os tipos de produtos
P25 Abrir novos mercados
P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas
Exploitation He e Wong
(2004)
P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes
P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo
P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo
P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
55
Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por
Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber
Tabela 5 - Construto Competitividade
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua
Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais
concorrentes
P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta
qualidade comparados aos principais concorrentes
P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em
comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente
externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a
responder mais rapidamente agraves demandas do mercado
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade
tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost
Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e
Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram
selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente
desenvolveu novos
LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P31 Produtos
P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo
P33 Processos de marketing
P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located
Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado
de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e
Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com
as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber
56
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria
constantemente transferiu para a matriz novos
NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P36 Produtos
P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo
P38 Processos de marketing
P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados
As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o
modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees
estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre
os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)
Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
conforme exibe a Figura 3
As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)
A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as
variaacuteveis latentes do modelo desta tese
57
Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo
Fonte Dados da pesquisa
Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si
porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que
seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis
Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda
ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos
indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation
No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada
uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo
confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo
indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees
exploradas pelo Modelo
58
Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS
Fonte Dados da pesquisa
45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)
Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo
(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores
e construtos
Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo
reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency
reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem
extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos
e os reflexivos
59
Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo
Fonte Hair Jr et al (2014)
Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de
mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o
compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto
Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees
que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um
Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)
Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os
valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite
Reliability e 05 para o AVE
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna
Cronbachs
Alpha
rho_A Composite
Reliability
Average Variance
Extracted (AVE)
Ambidestria 0913 0915 0929 0623
Competitividade 0878 0884 0911 0672
Exploitation 0878 0879 0916 0733
Exploration 0872 0877 0913 0724
LB-FSA 0889 0900 0923 0750
NLB-FSA 0957 0958 0969 0885
Fonte Dados da Pesquisa
60
O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto
conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre
os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles
devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach
elevado (acima de 07)
O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach
mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume
que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute
considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que
medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado
a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07
O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada
por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado
do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia
natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma
120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2
(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894
Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores
ideiais satildeo dos indicadores acima 07
A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia
das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto
da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue
explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue
esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores
61
47 Validade Convergente (Convergent Validity)
Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel
latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute
observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles
teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores
do Modelo
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0874
q23 0810
q24 0881
q24 0836
q25 0789
q25 0700
q26 0857
q26 0799
q27 0820
q27 0791
q28 0877
q28 0813
q29 0885
q29 0804
q30 0841
q30 0751
q31 0888
q32 0911
q33 0820
q35 0843
q36 0925
q37 0955
q38 0943
q40 0941
q89 0855
q90 0793
q91 0849
q92 0810
q93 0789
Fonte Dados da Pesquisa
Vemos que todos os loadings possuem valores adequados
1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte
consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o
uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05
62
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)
A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos
demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos
diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do
discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker
criterion
Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os
indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre
indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles
refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o
construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois
natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo
O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um
construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz
quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os
demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de
um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em
outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a
seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja
mais associada a seus indicadores
A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas
anteriormente
63
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0308 0620 0878 0572 0232
q24 0313 0663 0882 0578 0204
q25 0297 0503 0782 0452 0096
q26 0346 0618 0856 0521 0217
q27 0335 0815 0645 0446 0049
q28 0361 0879 0630 0475 0137
q29 0308 0886 0605 0448 0245
q30 0265 0843 0552 0456 0179
q31 0300 0470 0628 0889 0333
q32 0370 0569 0637 0911 0324
q33 0305 0354 0425 0820 0318
q35 0370 0426 0451 0841 0346
q36 0243 0179 0207 0346 0925
q37 0214 0156 0189 0343 0955
q38 0267 0193 0250 0369 0943
q40 0245 0147 0198 0370 0941
q89 0854 0320 0349 0312 0205
q90 0791 0339 0384 0404 0190
q91 0849 0266 0281 0284 0251
q92 0812 0318 0260 0339 0228
q93 0789 0264 0215 0217 0179
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Competitividade 0820
Exploitation 0371 0856
Exploration 0371 0710 0851
LB-FSA 0388 0533 0627 0866
NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941
Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem
conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do
discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores
e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente
Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais
elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior
correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel
Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante
de variaacuteveis de ordem mais elevada
64
49 Anaacutelise do Modelo Estrutural
Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as
variaacuteveis latentes do modelo
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes
Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro
passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as
variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das
regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os
resultados do VIF2 do Modelo
Tabela 12 - VIF do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732
Competitividade 1238
Exploitation
Exploration
LB-FSA 1648 1712
NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos
os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)
2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um
coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do
VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de
colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada
de 4
65
411 Qualidade de Ajuste do Modelo
A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade
Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador
de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior
que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O
segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o
quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de
002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo
Modelo
Competitividade 0116
Exploitation 0586
Exploration 0581
LFB-FSA 0270
NLB-FSA 0131
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003
Competitividade 0020
Exploitation
Exploration
LB-FSA 0038 0095
NLB-FSA
Fonte Dados da Pesquisa
Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente
baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o
Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel
Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos
comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute
importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A
Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais
variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo
66
5 ANAacuteLISE DOS DADOS
51 Anaacutelise do Modelo
A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e
suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap
Path Coefficients T statistics
Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo
Variaacutevel
Exoacutegena
Variaacutevel
Endoacutegena
LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs
Ambidestria 0627 0260 -0071
(t-statistic) (11497) (2602) (1105)
LB-FSAs 0226 0369
(t-statistic) (2353) (6489)
Competitividade 0143
(t-statistic) (2703)
(Rsup2) (0393) (0192) (0162)
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Fonte Dados da Pesquisa
Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros
nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path
Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem
sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de
67
um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-
padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2
(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada
como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de
0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por
exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute
explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um
dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de
196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham
o sinal corretamente estimado
Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a
Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do
coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja
uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute
de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido
em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima
o efeito de Ambidestria em NLB-FSA
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese
Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que
orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos
consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais
pudemos chegar
bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages
Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo
de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo
estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA
(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um
efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1
68
bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre
Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar
com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute
correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam
H2
bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de
significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e
NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que
NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita
A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses
Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado
H1 Empresas ambidestras tecircm
associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound -
Firm Specific Advantages)
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
001 Aceita
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located
Bound - Firm Specific Advantages) estaacute
associada positivamente agrave
Competitividade
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H3 A Competitividade estaacute associada
positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific
Advantages)
NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre
Ambidestria e Competitividade
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA e NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001)
001 Aceita
H5 Competitividade media associaccedilatildeo
entre LB-FSA e NLB-FSA
LB-FSA NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
005 Aceita
69
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001) Competitividade
(Yang et al 2015)
Fonte Dados da Pesquisa
70
No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a
ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente
de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a
Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de
001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a
formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA
tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para
verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado
pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-
FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta
mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir
53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo
Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A
pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria
um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para
realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no
qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta
inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e
se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3
3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma
119911 =119886119887
radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887
2)
Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o
coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da
71
A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo
z
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo
variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem
sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que
a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA
A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de
mediaccedilatildeo
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel
Significacircncia
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
Fonte Dados da Pesquisa
De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)
observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos
indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a
Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que
haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade
Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia
que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao
mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o
desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e
relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel
mediadora e variaacutevel dependente
72
qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs
podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com
as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute
efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da
mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na
formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis
LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva
e transfira NLB-FSAs
73
6 DISCUSSAtildeO
Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo
de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos
(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma
Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar
seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para
atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e
produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim
como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e
Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp
Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004
Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo
necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais
produtos e serviccedilos
Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para
a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada
definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a
influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas
decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie
2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a
utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem
organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades
nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos
(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al
2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez
que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias
de empresas multinacionais que atuam no Brasil
Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens
especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave
Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter
1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua
74
com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais
competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp
Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp
Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo
das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais
correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta
com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado
faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as
demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al
2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao
considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um
mercado emergente no caso o Brasil
Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade
para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand
amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese
contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de
capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo
de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai
2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem
preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp
Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente
colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que
ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional
e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)
75
Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras
instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender
ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente
transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da
multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria
obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas
como NLB-FSAs
Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta
de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -
Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas
locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da
multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp
Verbeke 2001)
Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam
que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong
2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver
novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes
(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na
forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke
2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da
Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)
Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades
organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade
da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da
diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a
possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de
NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson
1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo
sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a
76
primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA
(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo
Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional
(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a
Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com
menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que
a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave
Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade
eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria
ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode
obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell
amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese
contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela
EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser
transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke
2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp
Herstely 2007)
77
7 CONCLUSOtildeES
Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-
FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a
Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel
afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem
associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com
a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade
tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de
NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria
de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo
de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos
especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration
e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais
LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado
local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a
Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades
organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua
Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3
confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao
fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e
demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua
Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras
unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um
novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo
de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber
mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um
Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma
que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das
78
empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de
multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs
Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para
a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em
mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas
gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto
de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses
(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem
destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras
variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada
paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada
mercado entre outras
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APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman 590
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383
3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264
5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219
6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies
2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162
7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology
Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140
8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132
9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak
126
10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas 122
11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112
96
12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103
14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures
Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99
15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99
16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87
18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo
84
19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80
20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77
21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li 75
22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75
23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis
Journal of Mangement Information Systems
2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75
24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm
Technological Forecating amp Social Charge
2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67
97
26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation
Academy of Management Journal
2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective
Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen
59
29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58
31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance
Strategic Management Journal
2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger
58
32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition
Journal of International Business Studies
2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54
34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies
2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52
35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51
36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers
Journal of International Management
2010 Peter Ping Li 51
37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
50
38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46
39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46
98
40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43
41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42
42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance
Journal of International Management
2009 Robin Teigland Molly Wasko 37
43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning
Technological Forecating amp Social Charge
2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37
44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital
International Business Review
2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story
36
45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies
2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36
46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China
Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31
47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India
Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29
48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms
Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28
49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study
Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni
28
50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view
International Business Review
2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber
28
51 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
27
52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs
Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23
53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model
Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21
99
54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners
Journal of International Business Studies
2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21
55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations
Journal of International Business Studies
2015 L Felipe Monteiro 21
56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries
Journal of International Business Studies
2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee
20
57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries
International Business Review
2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20
58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture
Journal of International Management
2007 Malika Richards Yi Yang 19
59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm
International Business Review
2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona
18
60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership
Journal of International Business Studies
2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle
17
61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector
Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio
17
62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China
Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17
63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy
Journal of International Management
2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj
16
64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances
International Business Review
2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan
16
65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates
Journal of International Management
2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey
14
66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies
2016 C Annique Um 11
67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis
Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin
11
100
68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks
Research Policy 2013 Franz Huber 10
69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance
International Business Review
2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10
70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration
Research Policy 2016 Jian Wang 9
71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy
Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9
72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations
Journal of International Management
2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu
8
73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing
The Journal of Strategic Information System
2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan
8
74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons
Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein
6
75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke
6
76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India
Journal of International Management
2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6
77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries
Journal of International Management
2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park
5
78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation
International Business Review
2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak
5
79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt
International Business Review
2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton
5
80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study
Journal of International Business Studies
2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu
4
81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4
101
82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge
2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh
4
84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4
85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization
Journal of International Business Studies
2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt
3
86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases
Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3
87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi
3
88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity
Academy of Management Journal
2014 Janet K Tinoco 2
89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy
Journal of International Management
2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1
90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations
International Business Review
2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell
1
91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity
Technological Forecating amp Social Charge
2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1
92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research
2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1
93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration
Journal of Business Research
2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1
94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities
Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0
102
95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan
Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann
0
96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust
Journal of International Management
2017 Juana Du Christopher Williams 0
97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs
International Business Review
2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten
0
98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review
2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0
99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth
International Business Review
2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson
0
100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems
Technological Forecating amp Social Charge
2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira
0
Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
103
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY
EXPLORATION E EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra
1
The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman
590
1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma
1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times
Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity
Research Policy
2007
Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent
Cognitive Distance
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
3
Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006
Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo
100 simulaccedilotildees
4 Internationalising in small incremental or larger steps
Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk
264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment
1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico
83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu
104
5
Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy
2008
Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
6 Effects of firm resources on growth in multinationality
Journal of International Business Studies
2007
Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162 Crescimento em multinacionalidade
1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria
Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas
7
Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer
132 Estrateacutegia percebida
1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado
325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia
8
Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel David P Lepak
99
Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation
Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)
215 empresas do setor de tecnologia americano
105
9
The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas
122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time
1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto
96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes
10
Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez
112 Performace Value Market Value
Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation
190 empresas de software americano
11
Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy
2008
Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease
Tecnhological Diversification 985 patentes
106
12
How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel
103
Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)
Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes
215 empresas do setor de tecnologia americano
13
Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project
Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration
142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations
14
Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012
Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87 Unit Performance Profitability
Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo
285 European finance organization units
107
15
The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009
Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol
84
Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist
Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)
Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades
16
The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw
80
Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes
Ambidexterity Alignment and Adaptation
4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais
17
Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro
77
Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members
Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958
18
Balancing exploration and exploitation in alliance formation
Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff
75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration
Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year
Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes
19
Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li
75 Inovaccedilatildeo do produto
1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria
Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003
108
20
Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014
Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais
1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees
Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)
21
The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation
Academy of Management Journal
2008
Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past
Economic Conditions and Environmental treat
163 US Theaters
22
Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco
1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional
431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008
109
23
Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy
2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training
RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners
457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas
24
Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray
58
Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global
40 firms for cluster analysis
25
How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013
Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento
-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura
Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses
26
Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science
2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong
51 Sales Grouwth Rate
Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption
206 Manufacturing firms
110
27
The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy
2009
Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off
Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities
229 Patents in Taiwan
28
Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr
46 Organization Slack Available and Rcoverable
Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms
29
Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy
2013
Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43 Change innovation in economic Crisis
hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation
2500 firmas Britacircnicas
30
Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014
Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao
42 Firm Valuation
Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances
753 Patent information from 1984 to 2006
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
111
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies
2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273
2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185
3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142
6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera
132
7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry
Journal of International Business Studies
2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132
8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M
107
9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance
Journal of Product Innovation
2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90
12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75
13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
112
14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets
Journal of Product Innovation
2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry
69
15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63
17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58
18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58
19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54
21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries
Journal of International Management
2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy 2012 Knut Blind 51
24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell 50
25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49
26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi 45
27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43
113
28 Characterizing service networks for moving from products to solutions
Industrial Marketing Management
2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani
43
29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41
30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment
Journal of International Business Studies
2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41
31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD
Journal of International Business Studies
2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki
40
32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management
Journal of International Management
2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39
33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies
2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38
35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection
Journal of International Management
2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38
36 Company competencies as a network the role of product development
Journal of Product Innovation
2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove
38
37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process
Journal of High Technology Management Research
2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37
38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35
39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business
2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim
35
40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness
Journal of Product Innovation
2000 Perks H 32
41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market
International Business Review
2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu
31
114
42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico
Technological Forecast amp Social Change
2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel
31
43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31
44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31
45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility
Journal of World Business
2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park
30
46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries
Journal of International Management
2007 Brent B Allred Walter G Park 29
47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation
Journal of International Management
2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29
48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals
Journal of World Business
2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang
28
49 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
28
50 Technological diversification complementary assets and performance
Technological Forecast amp Social Change
2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw
26
51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers
Journal of International Business Studies
2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25
52 Comparative strategic management An emergent field in international management
Journal of International Management
2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang
24
53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies
2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24
54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations
Journal of International Management
2009 Christopher Williams 23
55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India
Journal of International Management
2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy
23
56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business
2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson
23
115
57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance
Journal of World Business
2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish
23
58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse
22
59 Linking market orientation to international market selection and international performanc
International Business Review
2011 Xinming He Yingqi Wei 21
60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam
Journal of World Business
2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant
20
61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management
2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park
20
62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research
2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos
20
63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers
Journal of World Business
2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20
64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms
Journal of International Management
2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19
65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union
Journal of World Business
2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno
19
66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages
International Business Review
2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite
18
67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships
Journal of International Management
2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18
68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters
Journal of World Business
2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride
17
69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India
Journal of International Management
2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova
17
70 The attraction of contributors in free and open source software projects
Strategic Information System
2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson
15
71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies
Journal of World Business
2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
15
116
72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong
Journal of World Business
2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones
14
73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance
Journal of World Business
2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros
14
74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance
International Business Review
2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen
13
75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management
2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini
13
76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation
Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams
13
77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness
Industrial Marketing Management
2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan
12
78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit
Journal of Business Research
2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12
79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis
Journal of International Management
2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce
11
80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review
2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
8
81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness
International Business Review
2012 Joan Freixanet 8
82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry
Journal of High Technology Management Research
2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8
83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research
2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7
84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research
2013 Chih-Wen Wu 7
85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies
Industrial Marketing Management
2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6
86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China
International Business Review
2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6
87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6
117
88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms
Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella
5
89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector
International Business Review
2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang
4
91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms
Technological Forecast amp Social Change
2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez
4
92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different
Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4
93
The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits
Technological Forecast amp Social Change
2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez
4
94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies
Journal of World Business
2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani
4
95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis
Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka
4
96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries
Journal of International Management
2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4
97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation
Journal of World Business
2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar
4
98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies
Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira
3
99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research
2015 Irene Kilubi 3
100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
118
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes
Variaacuteveis IndependentesControle Amostra
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs
Journal of International Business Studies
2009
Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing
273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias
Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias
169 subsidiaacuterias de 50 EMNs
2
Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010
James R Kroes Soumen Ghosh
185 Outsource Congruence
Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)
196 empresas manufatureiras americanas
3
International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008
Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional
Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster
156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009
Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais
1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)
105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA
119
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues
142
1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo
1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial
12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007
6
Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010
Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera
132 Criatividade
1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes
74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos
7
Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010
Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value
1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos
140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003
8
How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001
Gerda Gemsera Mark A A M Leenders
107
1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over
1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial
Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento
120
9
The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000
Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos
1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados
57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana
10
On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy
2012
Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75 Competitividade para Exportaccedilatildeo
Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo
24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu
11
Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011
Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado
1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega
72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas
12
Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010
Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)
1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado
10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos
13
Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011
Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63 New product market performance
Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras
121 Empresas Multinacionais Chinesas
121
14
Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012
Panagiotis Ganotakis James H Love
58
Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade
Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios
412 PME britacircnicas de segmentos variados
15
Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012
Snejina Michailova Zaidah Mustaffa
58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias
93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009
16
Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009
Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais
Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness
424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia
17
Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015
Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo
Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa
Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica
76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas
18
Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries
Journal of International Management
2006
Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado
65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias
19
Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009
Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma
Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional
131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia
122
20
The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy
2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente
1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas
21
Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell
50
Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades
Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas
187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses
22
Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013
Ricarda B Bouncken Sascha Kraus
49
Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)
Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty
830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes
23
Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi
45
Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso
1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet
280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores
24
Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009
Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43 Desempenho Exportaccedilatildeo
1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador
262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue
123
25
Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013
Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41 Desempenho da Firma (ROA)
1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)
187 PMEs Taiwanesas
26
The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia
38 Desempenho da Firma
1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros
211 respostas de 105 empresas
27 The antecedents and consequences of successful localization
Journal of International Business Studies
2009
Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma
1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)
229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China
28
Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014
Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31 Autonomia da Subsidiaacuteria
1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros
240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas
124
29
Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer
31
Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma
Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital
2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos
30
Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015
Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1 Gestatildeo Verde
1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly
272 empresas chinesas
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
ALDO JOSEacute BRUNHARA
O IMPACTO DA AMBIDESTRIA NA FORMACcedilAtildeO DE CAPACIDADES NAtildeO
LOCAIS EM SUBSIDIAacuteRIAS DE EMPRESAS MULTINACIONAIS
Tese apresentada como requisito para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de DOUTOR em Administraccedilatildeo de
Empresas com ecircnfase em Gestatildeo Internacional
pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ndash
ESPM
Aprovado em _______ de _______________________ de ____________
Banca Examinadora
______________________________________________________________________
Presidente Prof Dr Felipe Mendes Borini Orientador ESPM
______________________________________________________________________
Membro Interno Prof Dr Eduardo Eugecircnio Spers ESPM
______________________________________________________________________
Membro Interno Prof Dr Juacutelio Ceacutesar Bastos de Figueiredo ESPM
______________________________________________________________________
Membro Externo Prof Dr Belmiro do Nascimento Joatildeo PUC-SP
______________________________________________________________________
Membro Externo Profa Dra Fernanda Ribeiro Cahen FEI
Agrave Deus
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM
liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de
tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o
desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel
Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo
Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das
atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica
Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI
natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado
Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos
Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e
Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy
Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos
meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por
minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo
RESUMO
O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a
formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific
Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese
foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na
discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa
do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no
Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e
serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o
sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute
associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de
capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)
Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a
subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional
Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI
de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da
propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades
internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos
estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-
FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade
Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de
estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs
e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de
contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das
multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de
capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente
Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global
Estrateacutegia Internacional
ABSTRACT
The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy
with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of
Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the
resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the
discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey
was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289
valid responses were received from various segments industry commerce and services
To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial
Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-
FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of
LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs
present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer
knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms
this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory
(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership
and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in
the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on
Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from
the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally
it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of
Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs
in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to
management it supports in the definition of the strategic management model of
multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of
competitive organizational capacities from an emerging country
Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation
International Strategy
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53
Tabela 4 - Construto Ambidestria 54
Tabela 5 - Construto Competitividade 55
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
56
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63
Tabela 12 - VIF do Modelo 64
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12
2 REVISAtildeO LITERARATURA 16
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35
3 HIPOacuteTESES 43
31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44
4 METODOLOGIA 49
41 Abordagem 49
42 Meacutetodo 50
43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65
5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66
51 Anaacutelise do Modelo 66
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70
6 DISCUSSAtildeO 73
7 CONCLUSAtildeO 77
REFEREcircNCIAS 79
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-
CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION 103
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-
CHAVE COMPETITIVENESS 111
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de
Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific
Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs
Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades
organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para
diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da
multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da
matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-
alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem
mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo
ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou
das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-
FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e
que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-
FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias
brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs
Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010
2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a
Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em
recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos
mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of
Managment Research Policy International Business Review Journal of Business
Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes
palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e
Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de
pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade
da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho
das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista
da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos
sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de
NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes
11
Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a
subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw
amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke
2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por
abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que
exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez
1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison
1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez
que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o
mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a
Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora
de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da
multinacional
Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local
Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp
Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas
capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo
independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente
Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp
Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e
desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute
existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para
melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais
localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo
a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non
Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma
a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver
capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost
12
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela
firma para diferentes mercados
Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia
ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais
e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede
da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke
2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias
estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da
estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de
pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local
Bound FSAs
11 Objetivos
111 Geral
O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e
Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave
NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima
permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica
Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs
112 Especiacuteficos
I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e
Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages)
13
II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da
subsidiaacuteria
III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-
FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages
Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa
na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais
e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na
Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na
formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua
rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de
transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens
competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas
multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias
oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp
Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr
2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen
Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning
2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp
Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp
Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter
1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp
Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007
Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp
Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem
vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp
Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas
FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes
14
sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta
amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs
em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu
mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com
menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976
Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney
amp Hesterly 2007 Porter 1990)
Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros
e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no
desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma
Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades
fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias
internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que
permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar
por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary
Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp
Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender
distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa
subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede
diferenciada da multinacional
Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente
como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas
capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global
(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o
fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das
subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de
conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas
desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
15
Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)
mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e
exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem
capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens
competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em
mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke
2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound
- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp
Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da
Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um
tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores
pesquisas (Rossetto 2014)
Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor
compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses
emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de
estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a
capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior
Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves
demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo
estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem
sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de
vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o
fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional
16
2 REVISAtildeO LITERARATURA
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs
As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com
subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir
estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que
busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de
Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo
para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as
fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes
denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco
no Ownership e na Internalization
As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo
da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias
vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e
capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980
1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo
geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente
de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo
notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos
materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e
portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em
que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas
capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp
Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar
capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos
mercados locais e internacionais
Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a
principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir
seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita
desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a
17
funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus
concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos
ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as
demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo
local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural
econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp
Bartlett 1990)
Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma
as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de
estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de
sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo
raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas
sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999
Wernerfelt 1995)
Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes
gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores
como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas
operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e
Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas
e aceitas
Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que
os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais
no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem
dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-
subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a
pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980
Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como
um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem
ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo
Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta
capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo
em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais
Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de
operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta
18
agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da
multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto
grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para
atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras
unidades
A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que
operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de
ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e
operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado
entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam
desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de
capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da
definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as
direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria
Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as
subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo
das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes
possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local
e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)
Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo
contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da
firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos
pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora
de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp
Verbeke 2001)
Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e
Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades
receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon
1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das
estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994
Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem
competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem
19
especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988
Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages
Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do
trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as
estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de
transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um
gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que
satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva
Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a
realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o
conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de
gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem
capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores
como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de
coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja
de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar
produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo
(Rugman 2009)
Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios
elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos
financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia
conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas
e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos
estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados
(Rugman amp Verbeke 2001)
As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o
mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e
outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non
Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees
20
(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -
Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de
vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais
ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam
a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de
atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia
de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma
capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific
Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das
habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou
demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por
exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender
requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para
consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades
organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos
diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila
especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas
formas de produccedilatildeo ou produtos
Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para
entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo
na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma
CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela
firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho
da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao
transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na
cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro
da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede
(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma
busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica
governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de
21
subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades
desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a
subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett
amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)
Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito
da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o
desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades
mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao
desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro
estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos
e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs
Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz
e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de
relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood
(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as
subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade
definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades
individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness
e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel
Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees
para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da
perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional
aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)
tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp
Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo
mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do
mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)
Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais
empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais
uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das
regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de
forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995)
22
Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados
pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a
partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas
CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da
subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram
que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996
a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando
portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a
subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da
EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas
Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost
Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional
reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma
subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees
para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou
desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos
Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das
influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com
o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como
universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -
Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo
objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e
Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz
parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os
fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar
processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e
disponibilidade de matildeo de obra especializada
Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de
conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para
desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e
23
mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma
operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre
nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta
tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global
em um paiacutes desenvolvido
Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como
disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel
internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo
de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo
como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias
como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a
teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration
(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que
direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de
desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim
como para atender as demandas do mercado
Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde
altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias
podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o
desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp
Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood
1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma
FSA (Rugman amp Verbeke 2001)
Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da
localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou
os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados
Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis
potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados
localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das
universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em
PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD
Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente
pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo
24
sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada
com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de
maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa
Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes
considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do
ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia
Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia
do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que
possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-
FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja
um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a
inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional
Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-
se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e
competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme
em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign
2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por
meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)
Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de
paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman
Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da
escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais
complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de
capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico
e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos
niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado
sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades
relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo
de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de
controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo
organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)
aos equipamentos
Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso
modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes
25
emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas
consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento
de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo
como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e
aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees
de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas
multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de
desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode
ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas
para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de
produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas
Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos
determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias
brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar
e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento
criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional
Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de
inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos
ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs
na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para
assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs
transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio
de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese
foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua
capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw
e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)
23 Competitividade
26
A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da
intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de
substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as
estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no
setor
Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade
o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam
substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a
Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp
Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na
lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas
para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus
concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no
ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)
Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem
competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do
que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o
consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo
baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual
possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos
com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de
absorver este conhecimento
Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela
empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie
barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da
empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com
capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e
disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo
e eficiecircncia operacional
Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo
de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de
produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing
por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela
27
qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada
(Barney amp Herstley 2007)
O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em
custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de
produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias
competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam
fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos
requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo
enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios
criativos
Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas
estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas
e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de
produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir
para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem
competitiva sustentaacutevel
Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como
satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas
(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual
descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho
da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de
qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis
Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica
causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do
valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado
compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho
operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da
vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira
geralmente vinculada agrave lucratividade
Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva
(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem
competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo
e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o
28
know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos
produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo
Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia
positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas
capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas
anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de
vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos
disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo
influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam
riscos
Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria
Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios
centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de
que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel
delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-
subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo
sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da
localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma
Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de
produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack
Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia
tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco
fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e
processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores
e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -
flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo
para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015)
Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente
organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell
2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades
de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o
desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos
humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode
29
desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o
comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et
al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir
situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e
da produtividade dos subordinados
Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu
estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva
entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva
sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade
e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade
promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos
nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas
capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como
em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a
estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e
demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da
Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo
da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp
Johnston 2009)
Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em
seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo
Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos
administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim
como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de
custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e
nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)
corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de
relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas
espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades
de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e
processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem
especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua
Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de
30
Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior
demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade
Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo
de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores
da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos
humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design
industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos
(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o
sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro
estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em
desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na
configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia
na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a
inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em
produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a
Competitividade da firma
No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim
e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de
manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a
diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de
natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com
10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)
concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo
afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre
produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a
inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da
multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas
poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos
mercados alvo
Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo
na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a
intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com
o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de
preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos
31
negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo
da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no
mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento
Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de
solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos
autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional
fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro
lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver
uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite
a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental
torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)
Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o
tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno
e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio
agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem
por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas
competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas
fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua
maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como
produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos
fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas
dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e
pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na
vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)
que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam
como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e
recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas
Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e
Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias
empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da
firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as
suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as
que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais
resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo
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radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs
compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar
um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o
ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza
No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade
Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da
gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos
produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131
subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea
de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do
conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de
melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do
VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja
para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos
processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte
para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly
2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)
Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o
escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996
e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)
Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode
ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente
Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que
consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da
organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da
firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento
mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e
sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades
matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria
Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento
e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades
fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a
matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais
matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia
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ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se
confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o
niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar
conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo
do conhecimento
Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem
compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma
economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel
delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para
implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para
o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam
tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da
EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de
parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente
afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como
importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o
desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e
Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam
desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre
de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses
desenvolvidos
Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)
com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a
confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor
desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o
compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor
desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas
No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade
Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o
conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com
multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos
produtos lanccedilados no mercado
Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas
operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que
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capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho
operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e
produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de
qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua
Competitividade
Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e
competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas
pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva
tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar
seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para
melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e
desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam
ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar
os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e
Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui
para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration
Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de
Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do
ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de
Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor
posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o
35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo
econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas
cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as
operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por
consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas
e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro
lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam
no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano
consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse
das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo
agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo
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24 Ambidestria
O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais
citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas
estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as
estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos
produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente
disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto
(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da
empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser
considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da
deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de
March (1991) e de Levinthal e March (1993)
O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia
entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a
estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido
ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo
a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de
descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash
o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por
exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso
no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos
concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja
superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)
abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual
a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade
mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem
imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa
Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam
ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala
e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo
agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a
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organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990
1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar
radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees
internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global
de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp
Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro
Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas
ambidestras (March 1991)
No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu
estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas
como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo
fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e
estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o
sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre
Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw
(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute
seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura
pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que
denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41
unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a
Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis
alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por
pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar
o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar
e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura
He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca
ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)
com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual
com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e
adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para
responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito
competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves
necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende
entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros
37
Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a
Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis
cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos
particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do
estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um
facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo
Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma
da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos
sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco
correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns
modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou
adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o
aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)
aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo
e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como
os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as
estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991)
A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo
tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de
negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente
conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman
2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a
firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo
incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior
sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de
identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com
equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as
tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente
demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na
teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas
Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em
que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas
que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de
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relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as
mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no
longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos
processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades
novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst
amp Raisch 2005)
Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e
Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees
estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo
associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo
de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica
ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)
Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo
no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da
decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista
estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo
orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a
descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho
organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a
eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp
Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)
Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um
melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um
consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do
meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma
alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais
a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem
mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as
tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um
caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para
equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos
existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de
entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas
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Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria
na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a
criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno
Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo
e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia
organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249
empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees
no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das
organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como
Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute
emergente no mundo organizacional
Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos
como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia
tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa
e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes
concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos
abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e
a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os
processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation
como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos
existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp
Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem
as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental
Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o
ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar
uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende
das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo
Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees
entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e
a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration
e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior
centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as
atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis
40
Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por
Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou
melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou
ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo
para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento
pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel
em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade
(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e
aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e
mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria
Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades
sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa
do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o
veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da
Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)
corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em
serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que
podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um
ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra
tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de
melhoria seja de criaccedilatildeo
Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi
realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases
Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business
Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas
100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e
Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos
quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos
buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando
diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por
tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados
emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia
Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com
141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou
41
compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores
das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e
Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma
empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual
satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com
experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em
comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees
na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao
trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees
interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como
criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a
codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing
(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e
Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as
estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de
diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia
(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas
(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as
condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees
entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades
organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da
organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do
desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para
esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen
Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas
oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se
adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em
mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas
americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio
complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a
Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no
desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration
novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma
criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel
42
Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de
automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e
Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam
como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e
controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)
para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores
satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos
clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e
confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas
estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional
e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma
Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de
Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp
Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)
Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4
ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e
Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades
NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional
43
3 HIPOacuteTESES
31 Modelo
O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He
amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para
atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para
a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a
subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
conforme modelo da tese (Figura 1)
Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
44
32 Hipoacuteteses
Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de
TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que
satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter
competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et
al 2012 Nascimento et al 2014)
Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia
Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al
2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp
Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que
atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-
prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos
institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade
assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com
tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus
concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e
melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute
produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como
por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do
produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras
locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de
se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo
2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp
Lavie 2014 Tiwana 2008)
As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus
operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves
capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as
estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo
Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos
produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)
45
No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de
Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em
termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de
canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode
utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e
pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou
campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-
Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa
amp Faia 2017)
Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais
por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos
sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira
nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-
alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)
Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e
desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam
formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado
mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos
podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais
centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em
privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo
Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como
variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a
variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria
com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em
forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
46
A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam
derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et
al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos
que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando
capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade
superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem
refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas
do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os
concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas
Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede
externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que
necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson
Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)
Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a
subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp
Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-
Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de
tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e
superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da
matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades
desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a
subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang
et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as
demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do
consumidor
Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz
pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este
mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que
47
caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em
absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se
transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman
amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo
de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai
2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes
fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades
especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006
Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006
Raisch amp Birkinshaw 2008)
Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo
em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas
mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho
competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015
Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009
Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao
mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que
seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado
brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis
na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -
Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta
maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp
Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)
consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-
FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir
48
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas
hipoacuteteses adicionais
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade
H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA
49
4 METODOLOGIA
Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de
accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino
(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo
de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a
abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de
anaacutelises dos dados
41 Abordagem
Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)
considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na
qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-
experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas
que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de
perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados
Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa
quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais
assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de
identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses
testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise
dos dados
Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a
pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas
variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de
universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios
ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se
levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com
cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)
50
Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa
de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a
tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem
capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash
Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local
e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
42 Meacutetodo
Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a
determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por
meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr
et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI
ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso
escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo
como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais
Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas
do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras
e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de
segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos
A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento
telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos
departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta
amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado
pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de
Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de
Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com
4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as
atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e
telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas
51
Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7
gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que
pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que
de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das
perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia
Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails
convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento
do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302
questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing
values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas
Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas
possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento
conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Alemanha 65
Estados Unidos 65
Itaacutelia 37
Argentina 15
Franccedila 14
Suiacuteccedila 13
Japatildeo 11
Europa 10
Sueacutecia 8
Espanha 8
Finlacircndia 7
Holanda 6
China 4
Meacutexico 3
Aacuteustria 3
Portugal 3
Dinamarca 3
continua
52
conclusatildeo
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Beacutelgica 2
Canadaacute 2
Inglaterra 2
Austraacutelia 1
Boliacutevia 1
Costa Rica 1
Peru 1
Turquia 1
Ucracircnia 1
Aacutefrica do Sul 1
Aacutesia 1
Total 260 29
90 10
Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa
Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir
observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou
Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield
construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil
Modo de Entrada no Brasil
Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43
Alianccedila ou JV 93 32
Greenfield 71 25
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado
brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias
desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre
mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica
e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir
53
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil
Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado
1901-1910 5 2 2
1911-1920 1 0 2
1921-1930 2 1 3
1931-1940 1 0 3
1941-1950 2 1 4
1951-1960 10 3 7
1961-1970 24 8 15
1971-1980 38 13 28
1981-1990 26 9 37
1991-2000 97 34 71
2001-2015 83 29 100
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
43 Teacutecnica de Pesquisa
Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme
definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados
primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas
importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja
explicar
Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio
com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash
Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com
perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo
estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7
lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas
4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta
tese
54
Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e
Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da
variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado
local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28
P29 P30 descritas na tabela que segue
Tabela 4 - Construto Ambidestria
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou
Exploration He e Wong
(2004)
P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo
P24 Ampliar os tipos de produtos
P25 Abrir novos mercados
P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas
Exploitation He e Wong
(2004)
P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes
P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo
P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo
P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
55
Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por
Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber
Tabela 5 - Construto Competitividade
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua
Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais
concorrentes
P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta
qualidade comparados aos principais concorrentes
P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em
comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente
externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a
responder mais rapidamente agraves demandas do mercado
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade
tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost
Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e
Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram
selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente
desenvolveu novos
LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P31 Produtos
P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo
P33 Processos de marketing
P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located
Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado
de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e
Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com
as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber
56
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria
constantemente transferiu para a matriz novos
NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P36 Produtos
P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo
P38 Processos de marketing
P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados
As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o
modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees
estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre
os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)
Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
conforme exibe a Figura 3
As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)
A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as
variaacuteveis latentes do modelo desta tese
57
Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo
Fonte Dados da pesquisa
Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si
porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que
seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis
Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda
ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos
indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation
No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada
uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo
confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo
indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees
exploradas pelo Modelo
58
Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS
Fonte Dados da pesquisa
45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)
Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo
(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores
e construtos
Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo
reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency
reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem
extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos
e os reflexivos
59
Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo
Fonte Hair Jr et al (2014)
Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de
mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o
compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto
Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees
que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um
Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)
Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os
valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite
Reliability e 05 para o AVE
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna
Cronbachs
Alpha
rho_A Composite
Reliability
Average Variance
Extracted (AVE)
Ambidestria 0913 0915 0929 0623
Competitividade 0878 0884 0911 0672
Exploitation 0878 0879 0916 0733
Exploration 0872 0877 0913 0724
LB-FSA 0889 0900 0923 0750
NLB-FSA 0957 0958 0969 0885
Fonte Dados da Pesquisa
60
O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto
conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre
os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles
devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach
elevado (acima de 07)
O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach
mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume
que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute
considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que
medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado
a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07
O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada
por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado
do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia
natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma
120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2
(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894
Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores
ideiais satildeo dos indicadores acima 07
A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia
das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto
da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue
explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue
esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores
61
47 Validade Convergente (Convergent Validity)
Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel
latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute
observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles
teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores
do Modelo
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0874
q23 0810
q24 0881
q24 0836
q25 0789
q25 0700
q26 0857
q26 0799
q27 0820
q27 0791
q28 0877
q28 0813
q29 0885
q29 0804
q30 0841
q30 0751
q31 0888
q32 0911
q33 0820
q35 0843
q36 0925
q37 0955
q38 0943
q40 0941
q89 0855
q90 0793
q91 0849
q92 0810
q93 0789
Fonte Dados da Pesquisa
Vemos que todos os loadings possuem valores adequados
1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte
consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o
uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05
62
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)
A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos
demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos
diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do
discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker
criterion
Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os
indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre
indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles
refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o
construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois
natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo
O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um
construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz
quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os
demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de
um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em
outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a
seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja
mais associada a seus indicadores
A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas
anteriormente
63
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0308 0620 0878 0572 0232
q24 0313 0663 0882 0578 0204
q25 0297 0503 0782 0452 0096
q26 0346 0618 0856 0521 0217
q27 0335 0815 0645 0446 0049
q28 0361 0879 0630 0475 0137
q29 0308 0886 0605 0448 0245
q30 0265 0843 0552 0456 0179
q31 0300 0470 0628 0889 0333
q32 0370 0569 0637 0911 0324
q33 0305 0354 0425 0820 0318
q35 0370 0426 0451 0841 0346
q36 0243 0179 0207 0346 0925
q37 0214 0156 0189 0343 0955
q38 0267 0193 0250 0369 0943
q40 0245 0147 0198 0370 0941
q89 0854 0320 0349 0312 0205
q90 0791 0339 0384 0404 0190
q91 0849 0266 0281 0284 0251
q92 0812 0318 0260 0339 0228
q93 0789 0264 0215 0217 0179
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Competitividade 0820
Exploitation 0371 0856
Exploration 0371 0710 0851
LB-FSA 0388 0533 0627 0866
NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941
Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem
conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do
discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores
e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente
Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais
elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior
correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel
Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante
de variaacuteveis de ordem mais elevada
64
49 Anaacutelise do Modelo Estrutural
Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as
variaacuteveis latentes do modelo
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes
Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro
passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as
variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das
regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os
resultados do VIF2 do Modelo
Tabela 12 - VIF do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732
Competitividade 1238
Exploitation
Exploration
LB-FSA 1648 1712
NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos
os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)
2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um
coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do
VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de
colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada
de 4
65
411 Qualidade de Ajuste do Modelo
A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade
Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador
de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior
que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O
segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o
quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de
002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo
Modelo
Competitividade 0116
Exploitation 0586
Exploration 0581
LFB-FSA 0270
NLB-FSA 0131
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003
Competitividade 0020
Exploitation
Exploration
LB-FSA 0038 0095
NLB-FSA
Fonte Dados da Pesquisa
Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente
baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o
Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel
Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos
comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute
importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A
Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais
variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo
66
5 ANAacuteLISE DOS DADOS
51 Anaacutelise do Modelo
A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e
suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap
Path Coefficients T statistics
Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo
Variaacutevel
Exoacutegena
Variaacutevel
Endoacutegena
LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs
Ambidestria 0627 0260 -0071
(t-statistic) (11497) (2602) (1105)
LB-FSAs 0226 0369
(t-statistic) (2353) (6489)
Competitividade 0143
(t-statistic) (2703)
(Rsup2) (0393) (0192) (0162)
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Fonte Dados da Pesquisa
Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros
nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path
Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem
sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de
67
um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-
padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2
(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada
como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de
0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por
exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute
explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um
dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de
196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham
o sinal corretamente estimado
Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a
Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do
coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja
uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute
de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido
em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima
o efeito de Ambidestria em NLB-FSA
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese
Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que
orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos
consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais
pudemos chegar
bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages
Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo
de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo
estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA
(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um
efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1
68
bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre
Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar
com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute
correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam
H2
bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de
significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e
NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que
NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita
A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses
Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado
H1 Empresas ambidestras tecircm
associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound -
Firm Specific Advantages)
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
001 Aceita
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located
Bound - Firm Specific Advantages) estaacute
associada positivamente agrave
Competitividade
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H3 A Competitividade estaacute associada
positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific
Advantages)
NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre
Ambidestria e Competitividade
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA e NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001)
001 Aceita
H5 Competitividade media associaccedilatildeo
entre LB-FSA e NLB-FSA
LB-FSA NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
005 Aceita
69
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001) Competitividade
(Yang et al 2015)
Fonte Dados da Pesquisa
70
No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a
ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente
de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a
Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de
001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a
formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA
tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para
verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado
pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-
FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta
mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir
53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo
Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A
pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria
um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para
realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no
qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta
inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e
se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3
3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma
119911 =119886119887
radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887
2)
Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o
coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da
71
A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo
z
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo
variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem
sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que
a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA
A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de
mediaccedilatildeo
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel
Significacircncia
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
Fonte Dados da Pesquisa
De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)
observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos
indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a
Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que
haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade
Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia
que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao
mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o
desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e
relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel
mediadora e variaacutevel dependente
72
qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs
podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com
as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute
efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da
mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na
formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis
LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva
e transfira NLB-FSAs
73
6 DISCUSSAtildeO
Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo
de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos
(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma
Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar
seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para
atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e
produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim
como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e
Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp
Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004
Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo
necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais
produtos e serviccedilos
Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para
a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada
definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a
influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas
decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie
2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a
utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem
organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades
nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos
(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al
2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez
que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias
de empresas multinacionais que atuam no Brasil
Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens
especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave
Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter
1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua
74
com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais
competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp
Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp
Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo
das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais
correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta
com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado
faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as
demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al
2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao
considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um
mercado emergente no caso o Brasil
Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade
para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand
amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese
contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de
capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo
de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai
2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem
preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp
Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente
colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que
ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional
e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)
75
Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras
instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender
ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente
transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da
multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria
obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas
como NLB-FSAs
Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta
de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -
Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas
locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da
multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp
Verbeke 2001)
Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam
que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong
2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver
novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes
(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na
forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke
2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da
Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)
Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades
organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade
da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da
diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a
possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de
NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson
1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo
sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a
76
primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA
(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo
Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional
(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a
Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com
menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que
a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave
Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade
eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria
ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode
obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell
amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese
contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela
EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser
transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke
2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp
Herstely 2007)
77
7 CONCLUSOtildeES
Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-
FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a
Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel
afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem
associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com
a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade
tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de
NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria
de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo
de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos
especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration
e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais
LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado
local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a
Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades
organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua
Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3
confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao
fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e
demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua
Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras
unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um
novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo
de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber
mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um
Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma
que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das
78
empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de
multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs
Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para
a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em
mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas
gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto
de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses
(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem
destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras
variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada
paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada
mercado entre outras
79
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2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
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3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
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4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264
5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219
6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies
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162
7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology
Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140
8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
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2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132
9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity
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126
10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
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2010 Martine R Haas 122
11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
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12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
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103
13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
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14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures
Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99
15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99
16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87
18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo
84
19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80
20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77
21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li 75
22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75
23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis
Journal of Mangement Information Systems
2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75
24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm
Technological Forecating amp Social Charge
2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67
97
26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation
Academy of Management Journal
2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective
Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen
59
29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58
31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance
Strategic Management Journal
2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger
58
32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition
Journal of International Business Studies
2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54
34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies
2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52
35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51
36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers
Journal of International Management
2010 Peter Ping Li 51
37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
50
38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46
39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46
98
40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43
41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42
42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance
Journal of International Management
2009 Robin Teigland Molly Wasko 37
43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning
Technological Forecating amp Social Charge
2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37
44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital
International Business Review
2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story
36
45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies
2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36
46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China
Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31
47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India
Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29
48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms
Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28
49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study
Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni
28
50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view
International Business Review
2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber
28
51 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
27
52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs
Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23
53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model
Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21
99
54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners
Journal of International Business Studies
2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21
55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations
Journal of International Business Studies
2015 L Felipe Monteiro 21
56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries
Journal of International Business Studies
2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee
20
57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries
International Business Review
2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20
58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture
Journal of International Management
2007 Malika Richards Yi Yang 19
59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm
International Business Review
2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona
18
60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership
Journal of International Business Studies
2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle
17
61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector
Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio
17
62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China
Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17
63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy
Journal of International Management
2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj
16
64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances
International Business Review
2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan
16
65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates
Journal of International Management
2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey
14
66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies
2016 C Annique Um 11
67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis
Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin
11
100
68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks
Research Policy 2013 Franz Huber 10
69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance
International Business Review
2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10
70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration
Research Policy 2016 Jian Wang 9
71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy
Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9
72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations
Journal of International Management
2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu
8
73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing
The Journal of Strategic Information System
2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan
8
74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons
Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein
6
75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke
6
76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India
Journal of International Management
2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6
77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries
Journal of International Management
2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park
5
78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation
International Business Review
2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak
5
79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt
International Business Review
2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton
5
80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study
Journal of International Business Studies
2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu
4
81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4
101
82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge
2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh
4
84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4
85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization
Journal of International Business Studies
2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt
3
86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases
Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3
87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi
3
88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity
Academy of Management Journal
2014 Janet K Tinoco 2
89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy
Journal of International Management
2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1
90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations
International Business Review
2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell
1
91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity
Technological Forecating amp Social Charge
2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1
92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research
2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1
93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration
Journal of Business Research
2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1
94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities
Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0
102
95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan
Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann
0
96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust
Journal of International Management
2017 Juana Du Christopher Williams 0
97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs
International Business Review
2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten
0
98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review
2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0
99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth
International Business Review
2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson
0
100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems
Technological Forecating amp Social Charge
2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira
0
Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
103
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY
EXPLORATION E EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra
1
The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman
590
1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma
1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times
Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity
Research Policy
2007
Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent
Cognitive Distance
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
3
Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006
Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo
100 simulaccedilotildees
4 Internationalising in small incremental or larger steps
Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk
264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment
1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico
83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu
104
5
Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy
2008
Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
6 Effects of firm resources on growth in multinationality
Journal of International Business Studies
2007
Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162 Crescimento em multinacionalidade
1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria
Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas
7
Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer
132 Estrateacutegia percebida
1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado
325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia
8
Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel David P Lepak
99
Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation
Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)
215 empresas do setor de tecnologia americano
105
9
The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas
122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time
1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto
96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes
10
Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez
112 Performace Value Market Value
Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation
190 empresas de software americano
11
Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy
2008
Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease
Tecnhological Diversification 985 patentes
106
12
How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel
103
Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)
Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes
215 empresas do setor de tecnologia americano
13
Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project
Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration
142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations
14
Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012
Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87 Unit Performance Profitability
Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo
285 European finance organization units
107
15
The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009
Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol
84
Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist
Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)
Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades
16
The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw
80
Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes
Ambidexterity Alignment and Adaptation
4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais
17
Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro
77
Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members
Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958
18
Balancing exploration and exploitation in alliance formation
Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff
75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration
Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year
Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes
19
Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li
75 Inovaccedilatildeo do produto
1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria
Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003
108
20
Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014
Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais
1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees
Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)
21
The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation
Academy of Management Journal
2008
Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past
Economic Conditions and Environmental treat
163 US Theaters
22
Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco
1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional
431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008
109
23
Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy
2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training
RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners
457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas
24
Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray
58
Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global
40 firms for cluster analysis
25
How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013
Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento
-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura
Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses
26
Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science
2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong
51 Sales Grouwth Rate
Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption
206 Manufacturing firms
110
27
The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy
2009
Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off
Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities
229 Patents in Taiwan
28
Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr
46 Organization Slack Available and Rcoverable
Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms
29
Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy
2013
Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43 Change innovation in economic Crisis
hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation
2500 firmas Britacircnicas
30
Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014
Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao
42 Firm Valuation
Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances
753 Patent information from 1984 to 2006
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
111
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies
2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273
2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185
3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142
6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera
132
7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry
Journal of International Business Studies
2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132
8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M
107
9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance
Journal of Product Innovation
2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90
12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75
13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
112
14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets
Journal of Product Innovation
2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry
69
15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63
17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58
18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58
19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54
21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries
Journal of International Management
2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy 2012 Knut Blind 51
24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell 50
25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49
26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi 45
27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43
113
28 Characterizing service networks for moving from products to solutions
Industrial Marketing Management
2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani
43
29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41
30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment
Journal of International Business Studies
2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41
31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD
Journal of International Business Studies
2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki
40
32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management
Journal of International Management
2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39
33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies
2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38
35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection
Journal of International Management
2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38
36 Company competencies as a network the role of product development
Journal of Product Innovation
2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove
38
37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process
Journal of High Technology Management Research
2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37
38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35
39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business
2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim
35
40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness
Journal of Product Innovation
2000 Perks H 32
41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market
International Business Review
2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu
31
114
42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico
Technological Forecast amp Social Change
2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel
31
43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31
44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31
45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility
Journal of World Business
2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park
30
46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries
Journal of International Management
2007 Brent B Allred Walter G Park 29
47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation
Journal of International Management
2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29
48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals
Journal of World Business
2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang
28
49 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
28
50 Technological diversification complementary assets and performance
Technological Forecast amp Social Change
2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw
26
51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers
Journal of International Business Studies
2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25
52 Comparative strategic management An emergent field in international management
Journal of International Management
2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang
24
53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies
2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24
54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations
Journal of International Management
2009 Christopher Williams 23
55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India
Journal of International Management
2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy
23
56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business
2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson
23
115
57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance
Journal of World Business
2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish
23
58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse
22
59 Linking market orientation to international market selection and international performanc
International Business Review
2011 Xinming He Yingqi Wei 21
60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam
Journal of World Business
2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant
20
61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management
2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park
20
62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research
2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos
20
63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers
Journal of World Business
2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20
64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms
Journal of International Management
2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19
65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union
Journal of World Business
2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno
19
66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages
International Business Review
2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite
18
67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships
Journal of International Management
2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18
68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters
Journal of World Business
2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride
17
69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India
Journal of International Management
2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova
17
70 The attraction of contributors in free and open source software projects
Strategic Information System
2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson
15
71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies
Journal of World Business
2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
15
116
72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong
Journal of World Business
2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones
14
73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance
Journal of World Business
2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros
14
74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance
International Business Review
2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen
13
75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management
2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini
13
76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation
Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams
13
77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness
Industrial Marketing Management
2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan
12
78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit
Journal of Business Research
2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12
79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis
Journal of International Management
2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce
11
80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review
2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
8
81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness
International Business Review
2012 Joan Freixanet 8
82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry
Journal of High Technology Management Research
2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8
83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research
2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7
84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research
2013 Chih-Wen Wu 7
85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies
Industrial Marketing Management
2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6
86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China
International Business Review
2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6
87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6
117
88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms
Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella
5
89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector
International Business Review
2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang
4
91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms
Technological Forecast amp Social Change
2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez
4
92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different
Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4
93
The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits
Technological Forecast amp Social Change
2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez
4
94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies
Journal of World Business
2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani
4
95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis
Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka
4
96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries
Journal of International Management
2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4
97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation
Journal of World Business
2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar
4
98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies
Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira
3
99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research
2015 Irene Kilubi 3
100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
118
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes
Variaacuteveis IndependentesControle Amostra
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs
Journal of International Business Studies
2009
Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing
273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias
Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias
169 subsidiaacuterias de 50 EMNs
2
Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010
James R Kroes Soumen Ghosh
185 Outsource Congruence
Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)
196 empresas manufatureiras americanas
3
International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008
Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional
Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster
156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009
Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais
1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)
105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA
119
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues
142
1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo
1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial
12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007
6
Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010
Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera
132 Criatividade
1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes
74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos
7
Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010
Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value
1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos
140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003
8
How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001
Gerda Gemsera Mark A A M Leenders
107
1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over
1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial
Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento
120
9
The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000
Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos
1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados
57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana
10
On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy
2012
Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75 Competitividade para Exportaccedilatildeo
Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo
24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu
11
Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011
Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado
1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega
72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas
12
Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010
Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)
1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado
10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos
13
Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011
Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63 New product market performance
Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras
121 Empresas Multinacionais Chinesas
121
14
Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012
Panagiotis Ganotakis James H Love
58
Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade
Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios
412 PME britacircnicas de segmentos variados
15
Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012
Snejina Michailova Zaidah Mustaffa
58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias
93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009
16
Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009
Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais
Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness
424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia
17
Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015
Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo
Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa
Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica
76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas
18
Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries
Journal of International Management
2006
Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado
65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias
19
Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009
Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma
Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional
131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia
122
20
The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy
2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente
1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas
21
Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell
50
Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades
Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas
187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses
22
Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013
Ricarda B Bouncken Sascha Kraus
49
Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)
Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty
830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes
23
Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi
45
Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso
1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet
280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores
24
Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009
Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43 Desempenho Exportaccedilatildeo
1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador
262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue
123
25
Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013
Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41 Desempenho da Firma (ROA)
1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)
187 PMEs Taiwanesas
26
The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia
38 Desempenho da Firma
1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros
211 respostas de 105 empresas
27 The antecedents and consequences of successful localization
Journal of International Business Studies
2009
Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma
1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)
229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China
28
Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014
Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31 Autonomia da Subsidiaacuteria
1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros
240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas
124
29
Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer
31
Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma
Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital
2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos
30
Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015
Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1 Gestatildeo Verde
1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly
272 empresas chinesas
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
Agrave Deus
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM
liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de
tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o
desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel
Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo
Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das
atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica
Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI
natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado
Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos
Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e
Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy
Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos
meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por
minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo
RESUMO
O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a
formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific
Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese
foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na
discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa
do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no
Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e
serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o
sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute
associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de
capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)
Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a
subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional
Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI
de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da
propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades
internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos
estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-
FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade
Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de
estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs
e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de
contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das
multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de
capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente
Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global
Estrateacutegia Internacional
ABSTRACT
The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy
with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of
Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the
resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the
discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey
was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289
valid responses were received from various segments industry commerce and services
To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial
Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-
FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of
LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs
present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer
knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms
this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory
(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership
and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in
the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on
Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from
the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally
it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of
Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs
in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to
management it supports in the definition of the strategic management model of
multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of
competitive organizational capacities from an emerging country
Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation
International Strategy
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53
Tabela 4 - Construto Ambidestria 54
Tabela 5 - Construto Competitividade 55
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
56
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63
Tabela 12 - VIF do Modelo 64
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12
2 REVISAtildeO LITERARATURA 16
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35
3 HIPOacuteTESES 43
31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44
4 METODOLOGIA 49
41 Abordagem 49
42 Meacutetodo 50
43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65
5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66
51 Anaacutelise do Modelo 66
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70
6 DISCUSSAtildeO 73
7 CONCLUSAtildeO 77
REFEREcircNCIAS 79
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-
CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION 103
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-
CHAVE COMPETITIVENESS 111
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de
Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific
Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs
Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades
organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para
diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da
multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da
matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-
alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem
mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo
ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou
das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-
FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e
que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-
FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias
brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs
Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010
2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a
Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em
recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos
mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of
Managment Research Policy International Business Review Journal of Business
Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes
palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e
Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de
pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade
da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho
das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista
da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos
sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de
NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes
11
Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a
subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw
amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke
2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por
abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que
exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez
1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison
1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez
que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o
mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a
Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora
de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da
multinacional
Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local
Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp
Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas
capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo
independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente
Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp
Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e
desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute
existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para
melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais
localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo
a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non
Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma
a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver
capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost
12
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela
firma para diferentes mercados
Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia
ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais
e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede
da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke
2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias
estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da
estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de
pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local
Bound FSAs
11 Objetivos
111 Geral
O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e
Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave
NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima
permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica
Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs
112 Especiacuteficos
I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e
Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages)
13
II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da
subsidiaacuteria
III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-
FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages
Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa
na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais
e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na
Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na
formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua
rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de
transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens
competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas
multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias
oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp
Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr
2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen
Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning
2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp
Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp
Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter
1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp
Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007
Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp
Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem
vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp
Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas
FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes
14
sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta
amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs
em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu
mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com
menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976
Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney
amp Hesterly 2007 Porter 1990)
Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros
e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no
desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma
Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades
fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias
internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que
permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar
por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary
Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp
Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender
distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa
subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede
diferenciada da multinacional
Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente
como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas
capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global
(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o
fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das
subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de
conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas
desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
15
Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)
mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e
exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem
capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens
competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em
mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke
2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound
- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp
Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da
Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um
tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores
pesquisas (Rossetto 2014)
Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor
compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses
emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de
estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a
capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior
Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves
demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo
estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem
sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de
vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o
fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional
16
2 REVISAtildeO LITERARATURA
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs
As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com
subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir
estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que
busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de
Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo
para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as
fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes
denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco
no Ownership e na Internalization
As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo
da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias
vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e
capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980
1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo
geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente
de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo
notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos
materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e
portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em
que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas
capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp
Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar
capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos
mercados locais e internacionais
Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a
principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir
seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita
desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a
17
funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus
concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos
ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as
demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo
local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural
econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp
Bartlett 1990)
Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma
as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de
estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de
sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo
raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas
sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999
Wernerfelt 1995)
Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes
gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores
como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas
operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e
Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas
e aceitas
Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que
os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais
no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem
dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-
subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a
pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980
Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como
um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem
ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo
Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta
capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo
em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais
Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de
operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta
18
agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da
multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto
grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para
atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras
unidades
A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que
operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de
ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e
operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado
entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam
desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de
capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da
definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as
direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria
Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as
subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo
das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes
possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local
e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)
Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo
contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da
firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos
pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora
de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp
Verbeke 2001)
Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e
Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades
receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon
1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das
estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994
Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem
competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem
19
especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988
Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages
Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do
trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as
estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de
transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um
gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que
satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva
Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a
realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o
conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de
gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem
capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores
como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de
coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja
de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar
produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo
(Rugman 2009)
Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios
elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos
financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia
conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas
e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos
estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados
(Rugman amp Verbeke 2001)
As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o
mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e
outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non
Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees
20
(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -
Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de
vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais
ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam
a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de
atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia
de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma
capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific
Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das
habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou
demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por
exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender
requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para
consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades
organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos
diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila
especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas
formas de produccedilatildeo ou produtos
Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para
entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo
na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma
CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela
firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho
da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao
transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na
cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro
da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede
(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma
busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica
governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de
21
subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades
desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a
subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett
amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)
Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito
da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o
desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades
mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao
desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro
estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos
e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs
Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz
e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de
relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood
(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as
subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade
definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades
individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness
e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel
Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees
para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da
perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional
aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)
tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp
Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo
mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do
mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)
Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais
empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais
uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das
regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de
forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995)
22
Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados
pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a
partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas
CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da
subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram
que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996
a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando
portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a
subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da
EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas
Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost
Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional
reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma
subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees
para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou
desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos
Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das
influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com
o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como
universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -
Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo
objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e
Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz
parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os
fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar
processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e
disponibilidade de matildeo de obra especializada
Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de
conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para
desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e
23
mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma
operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre
nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta
tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global
em um paiacutes desenvolvido
Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como
disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel
internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo
de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo
como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias
como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a
teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration
(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que
direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de
desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim
como para atender as demandas do mercado
Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde
altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias
podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o
desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp
Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood
1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma
FSA (Rugman amp Verbeke 2001)
Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da
localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou
os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados
Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis
potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados
localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das
universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em
PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD
Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente
pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo
24
sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada
com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de
maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa
Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes
considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do
ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia
Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia
do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que
possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-
FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja
um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a
inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional
Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-
se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e
competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme
em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign
2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por
meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)
Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de
paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman
Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da
escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais
complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de
capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico
e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos
niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado
sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades
relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo
de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de
controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo
organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)
aos equipamentos
Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso
modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes
25
emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas
consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento
de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo
como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e
aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees
de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas
multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de
desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode
ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas
para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de
produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas
Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos
determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias
brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar
e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento
criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional
Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de
inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos
ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs
na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para
assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs
transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio
de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese
foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua
capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw
e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)
23 Competitividade
26
A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da
intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de
substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as
estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no
setor
Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade
o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam
substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a
Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp
Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na
lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas
para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus
concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no
ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)
Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem
competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do
que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o
consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo
baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual
possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos
com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de
absorver este conhecimento
Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela
empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie
barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da
empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com
capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e
disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo
e eficiecircncia operacional
Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo
de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de
produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing
por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela
27
qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada
(Barney amp Herstley 2007)
O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em
custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de
produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias
competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam
fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos
requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo
enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios
criativos
Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas
estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas
e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de
produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir
para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem
competitiva sustentaacutevel
Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como
satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas
(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual
descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho
da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de
qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis
Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica
causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do
valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado
compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho
operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da
vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira
geralmente vinculada agrave lucratividade
Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva
(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem
competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo
e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o
28
know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos
produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo
Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia
positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas
capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas
anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de
vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos
disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo
influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam
riscos
Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria
Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios
centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de
que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel
delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-
subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo
sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da
localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma
Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de
produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack
Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia
tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco
fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e
processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores
e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -
flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo
para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015)
Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente
organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell
2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades
de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o
desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos
humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode
29
desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o
comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et
al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir
situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e
da produtividade dos subordinados
Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu
estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva
entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva
sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade
e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade
promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos
nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas
capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como
em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a
estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e
demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da
Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo
da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp
Johnston 2009)
Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em
seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo
Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos
administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim
como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de
custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e
nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)
corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de
relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas
espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades
de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e
processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem
especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua
Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de
30
Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior
demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade
Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo
de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores
da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos
humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design
industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos
(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o
sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro
estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em
desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na
configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia
na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a
inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em
produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a
Competitividade da firma
No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim
e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de
manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a
diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de
natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com
10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)
concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo
afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre
produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a
inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da
multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas
poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos
mercados alvo
Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo
na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a
intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com
o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de
preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos
31
negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo
da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no
mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento
Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de
solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos
autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional
fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro
lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver
uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite
a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental
torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)
Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o
tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno
e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio
agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem
por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas
competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas
fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua
maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como
produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos
fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas
dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e
pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na
vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)
que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam
como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e
recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas
Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e
Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias
empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da
firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as
suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as
que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais
resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo
32
radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs
compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar
um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o
ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza
No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade
Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da
gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos
produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131
subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea
de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do
conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de
melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do
VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja
para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos
processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte
para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly
2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)
Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o
escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996
e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)
Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode
ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente
Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que
consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da
organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da
firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento
mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e
sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades
matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria
Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento
e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades
fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a
matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais
matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia
33
ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se
confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o
niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar
conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo
do conhecimento
Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem
compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma
economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel
delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para
implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para
o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam
tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da
EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de
parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente
afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como
importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o
desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e
Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam
desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre
de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses
desenvolvidos
Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)
com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a
confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor
desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o
compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor
desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas
No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade
Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o
conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com
multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos
produtos lanccedilados no mercado
Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas
operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que
34
capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho
operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e
produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de
qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua
Competitividade
Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e
competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas
pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva
tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar
seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para
melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e
desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam
ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar
os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e
Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui
para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration
Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de
Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do
ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de
Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor
posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o
35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo
econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas
cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as
operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por
consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas
e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro
lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam
no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano
consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse
das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo
agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo
35
24 Ambidestria
O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais
citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas
estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as
estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos
produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente
disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto
(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da
empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser
considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da
deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de
March (1991) e de Levinthal e March (1993)
O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia
entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a
estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido
ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo
a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de
descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash
o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por
exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso
no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos
concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja
superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)
abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual
a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade
mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem
imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa
Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam
ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala
e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo
agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a
36
organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990
1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar
radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees
internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global
de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp
Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro
Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas
ambidestras (March 1991)
No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu
estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas
como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo
fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e
estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o
sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre
Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw
(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute
seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura
pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que
denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41
unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a
Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis
alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por
pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar
o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar
e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura
He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca
ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)
com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual
com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e
adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para
responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito
competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves
necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende
entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros
37
Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a
Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis
cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos
particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do
estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um
facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo
Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma
da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos
sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco
correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns
modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou
adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o
aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)
aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo
e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como
os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as
estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991)
A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo
tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de
negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente
conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman
2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a
firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo
incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior
sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de
identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com
equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as
tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente
demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na
teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas
Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em
que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas
que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de
38
relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as
mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no
longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos
processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades
novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst
amp Raisch 2005)
Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e
Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees
estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo
associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo
de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica
ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)
Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo
no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da
decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista
estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo
orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a
descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho
organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a
eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp
Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)
Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um
melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um
consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do
meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma
alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais
a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem
mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as
tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um
caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para
equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos
existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de
entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas
39
Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria
na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a
criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno
Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo
e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia
organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249
empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees
no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das
organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como
Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute
emergente no mundo organizacional
Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos
como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia
tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa
e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes
concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos
abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e
a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os
processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation
como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos
existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp
Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem
as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental
Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o
ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar
uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende
das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo
Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees
entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e
a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration
e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior
centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as
atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis
40
Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por
Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou
melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou
ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo
para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento
pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel
em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade
(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e
aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e
mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria
Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades
sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa
do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o
veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da
Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)
corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em
serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que
podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um
ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra
tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de
melhoria seja de criaccedilatildeo
Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi
realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases
Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business
Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas
100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e
Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos
quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos
buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando
diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por
tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados
emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia
Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com
141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou
41
compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores
das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e
Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma
empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual
satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com
experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em
comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees
na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao
trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees
interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como
criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a
codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing
(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e
Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as
estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de
diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia
(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas
(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as
condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees
entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades
organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da
organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do
desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para
esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen
Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas
oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se
adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em
mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas
americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio
complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a
Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no
desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration
novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma
criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel
42
Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de
automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e
Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam
como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e
controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)
para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores
satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos
clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e
confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas
estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional
e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma
Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de
Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp
Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)
Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4
ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e
Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades
NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional
43
3 HIPOacuteTESES
31 Modelo
O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He
amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para
atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para
a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a
subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
conforme modelo da tese (Figura 1)
Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
44
32 Hipoacuteteses
Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de
TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que
satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter
competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et
al 2012 Nascimento et al 2014)
Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia
Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al
2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp
Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que
atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-
prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos
institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade
assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com
tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus
concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e
melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute
produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como
por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do
produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras
locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de
se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo
2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp
Lavie 2014 Tiwana 2008)
As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus
operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves
capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as
estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo
Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos
produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)
45
No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de
Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em
termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de
canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode
utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e
pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou
campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-
Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa
amp Faia 2017)
Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais
por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos
sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira
nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-
alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)
Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e
desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam
formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado
mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos
podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais
centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em
privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo
Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como
variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a
variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria
com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em
forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
46
A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam
derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et
al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos
que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando
capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade
superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem
refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas
do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os
concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas
Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede
externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que
necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson
Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)
Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a
subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp
Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-
Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de
tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e
superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da
matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades
desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a
subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang
et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as
demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do
consumidor
Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz
pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este
mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que
47
caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em
absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se
transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman
amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo
de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai
2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes
fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades
especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006
Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006
Raisch amp Birkinshaw 2008)
Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo
em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas
mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho
competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015
Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009
Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao
mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que
seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado
brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis
na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -
Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta
maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp
Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)
consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-
FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir
48
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas
hipoacuteteses adicionais
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade
H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA
49
4 METODOLOGIA
Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de
accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino
(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo
de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a
abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de
anaacutelises dos dados
41 Abordagem
Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)
considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na
qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-
experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas
que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de
perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados
Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa
quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais
assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de
identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses
testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise
dos dados
Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a
pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas
variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de
universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios
ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se
levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com
cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)
50
Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa
de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a
tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem
capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash
Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local
e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
42 Meacutetodo
Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a
determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por
meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr
et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI
ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso
escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo
como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais
Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas
do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras
e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de
segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos
A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento
telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos
departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta
amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado
pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de
Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de
Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com
4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as
atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e
telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas
51
Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7
gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que
pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que
de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das
perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia
Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails
convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento
do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302
questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing
values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas
Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas
possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento
conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Alemanha 65
Estados Unidos 65
Itaacutelia 37
Argentina 15
Franccedila 14
Suiacuteccedila 13
Japatildeo 11
Europa 10
Sueacutecia 8
Espanha 8
Finlacircndia 7
Holanda 6
China 4
Meacutexico 3
Aacuteustria 3
Portugal 3
Dinamarca 3
continua
52
conclusatildeo
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Beacutelgica 2
Canadaacute 2
Inglaterra 2
Austraacutelia 1
Boliacutevia 1
Costa Rica 1
Peru 1
Turquia 1
Ucracircnia 1
Aacutefrica do Sul 1
Aacutesia 1
Total 260 29
90 10
Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa
Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir
observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou
Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield
construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil
Modo de Entrada no Brasil
Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43
Alianccedila ou JV 93 32
Greenfield 71 25
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado
brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias
desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre
mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica
e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir
53
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil
Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado
1901-1910 5 2 2
1911-1920 1 0 2
1921-1930 2 1 3
1931-1940 1 0 3
1941-1950 2 1 4
1951-1960 10 3 7
1961-1970 24 8 15
1971-1980 38 13 28
1981-1990 26 9 37
1991-2000 97 34 71
2001-2015 83 29 100
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
43 Teacutecnica de Pesquisa
Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme
definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados
primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas
importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja
explicar
Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio
com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash
Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com
perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo
estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7
lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas
4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta
tese
54
Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e
Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da
variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado
local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28
P29 P30 descritas na tabela que segue
Tabela 4 - Construto Ambidestria
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou
Exploration He e Wong
(2004)
P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo
P24 Ampliar os tipos de produtos
P25 Abrir novos mercados
P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas
Exploitation He e Wong
(2004)
P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes
P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo
P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo
P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
55
Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por
Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber
Tabela 5 - Construto Competitividade
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua
Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais
concorrentes
P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta
qualidade comparados aos principais concorrentes
P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em
comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente
externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a
responder mais rapidamente agraves demandas do mercado
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade
tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost
Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e
Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram
selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente
desenvolveu novos
LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P31 Produtos
P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo
P33 Processos de marketing
P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located
Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado
de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e
Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com
as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber
56
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria
constantemente transferiu para a matriz novos
NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P36 Produtos
P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo
P38 Processos de marketing
P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados
As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o
modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees
estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre
os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)
Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
conforme exibe a Figura 3
As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)
A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as
variaacuteveis latentes do modelo desta tese
57
Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo
Fonte Dados da pesquisa
Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si
porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que
seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis
Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda
ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos
indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation
No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada
uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo
confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo
indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees
exploradas pelo Modelo
58
Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS
Fonte Dados da pesquisa
45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)
Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo
(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores
e construtos
Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo
reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency
reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem
extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos
e os reflexivos
59
Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo
Fonte Hair Jr et al (2014)
Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de
mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o
compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto
Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees
que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um
Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)
Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os
valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite
Reliability e 05 para o AVE
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna
Cronbachs
Alpha
rho_A Composite
Reliability
Average Variance
Extracted (AVE)
Ambidestria 0913 0915 0929 0623
Competitividade 0878 0884 0911 0672
Exploitation 0878 0879 0916 0733
Exploration 0872 0877 0913 0724
LB-FSA 0889 0900 0923 0750
NLB-FSA 0957 0958 0969 0885
Fonte Dados da Pesquisa
60
O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto
conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre
os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles
devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach
elevado (acima de 07)
O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach
mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume
que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute
considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que
medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado
a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07
O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada
por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado
do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia
natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma
120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2
(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894
Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores
ideiais satildeo dos indicadores acima 07
A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia
das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto
da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue
explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue
esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores
61
47 Validade Convergente (Convergent Validity)
Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel
latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute
observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles
teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores
do Modelo
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0874
q23 0810
q24 0881
q24 0836
q25 0789
q25 0700
q26 0857
q26 0799
q27 0820
q27 0791
q28 0877
q28 0813
q29 0885
q29 0804
q30 0841
q30 0751
q31 0888
q32 0911
q33 0820
q35 0843
q36 0925
q37 0955
q38 0943
q40 0941
q89 0855
q90 0793
q91 0849
q92 0810
q93 0789
Fonte Dados da Pesquisa
Vemos que todos os loadings possuem valores adequados
1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte
consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o
uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05
62
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)
A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos
demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos
diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do
discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker
criterion
Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os
indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre
indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles
refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o
construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois
natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo
O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um
construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz
quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os
demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de
um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em
outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a
seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja
mais associada a seus indicadores
A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas
anteriormente
63
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0308 0620 0878 0572 0232
q24 0313 0663 0882 0578 0204
q25 0297 0503 0782 0452 0096
q26 0346 0618 0856 0521 0217
q27 0335 0815 0645 0446 0049
q28 0361 0879 0630 0475 0137
q29 0308 0886 0605 0448 0245
q30 0265 0843 0552 0456 0179
q31 0300 0470 0628 0889 0333
q32 0370 0569 0637 0911 0324
q33 0305 0354 0425 0820 0318
q35 0370 0426 0451 0841 0346
q36 0243 0179 0207 0346 0925
q37 0214 0156 0189 0343 0955
q38 0267 0193 0250 0369 0943
q40 0245 0147 0198 0370 0941
q89 0854 0320 0349 0312 0205
q90 0791 0339 0384 0404 0190
q91 0849 0266 0281 0284 0251
q92 0812 0318 0260 0339 0228
q93 0789 0264 0215 0217 0179
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Competitividade 0820
Exploitation 0371 0856
Exploration 0371 0710 0851
LB-FSA 0388 0533 0627 0866
NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941
Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem
conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do
discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores
e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente
Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais
elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior
correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel
Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante
de variaacuteveis de ordem mais elevada
64
49 Anaacutelise do Modelo Estrutural
Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as
variaacuteveis latentes do modelo
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes
Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro
passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as
variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das
regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os
resultados do VIF2 do Modelo
Tabela 12 - VIF do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732
Competitividade 1238
Exploitation
Exploration
LB-FSA 1648 1712
NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos
os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)
2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um
coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do
VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de
colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada
de 4
65
411 Qualidade de Ajuste do Modelo
A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade
Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador
de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior
que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O
segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o
quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de
002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo
Modelo
Competitividade 0116
Exploitation 0586
Exploration 0581
LFB-FSA 0270
NLB-FSA 0131
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003
Competitividade 0020
Exploitation
Exploration
LB-FSA 0038 0095
NLB-FSA
Fonte Dados da Pesquisa
Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente
baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o
Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel
Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos
comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute
importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A
Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais
variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo
66
5 ANAacuteLISE DOS DADOS
51 Anaacutelise do Modelo
A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e
suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap
Path Coefficients T statistics
Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo
Variaacutevel
Exoacutegena
Variaacutevel
Endoacutegena
LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs
Ambidestria 0627 0260 -0071
(t-statistic) (11497) (2602) (1105)
LB-FSAs 0226 0369
(t-statistic) (2353) (6489)
Competitividade 0143
(t-statistic) (2703)
(Rsup2) (0393) (0192) (0162)
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Fonte Dados da Pesquisa
Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros
nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path
Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem
sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de
67
um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-
padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2
(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada
como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de
0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por
exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute
explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um
dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de
196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham
o sinal corretamente estimado
Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a
Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do
coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja
uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute
de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido
em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima
o efeito de Ambidestria em NLB-FSA
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese
Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que
orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos
consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais
pudemos chegar
bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages
Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo
de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo
estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA
(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um
efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1
68
bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre
Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar
com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute
correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam
H2
bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de
significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e
NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que
NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita
A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses
Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado
H1 Empresas ambidestras tecircm
associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound -
Firm Specific Advantages)
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
001 Aceita
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located
Bound - Firm Specific Advantages) estaacute
associada positivamente agrave
Competitividade
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H3 A Competitividade estaacute associada
positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific
Advantages)
NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre
Ambidestria e Competitividade
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA e NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001)
001 Aceita
H5 Competitividade media associaccedilatildeo
entre LB-FSA e NLB-FSA
LB-FSA NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
005 Aceita
69
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001) Competitividade
(Yang et al 2015)
Fonte Dados da Pesquisa
70
No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a
ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente
de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a
Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de
001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a
formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA
tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para
verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado
pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-
FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta
mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir
53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo
Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A
pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria
um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para
realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no
qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta
inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e
se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3
3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma
119911 =119886119887
radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887
2)
Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o
coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da
71
A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo
z
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo
variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem
sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que
a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA
A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de
mediaccedilatildeo
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel
Significacircncia
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
Fonte Dados da Pesquisa
De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)
observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos
indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a
Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que
haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade
Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia
que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao
mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o
desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e
relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel
mediadora e variaacutevel dependente
72
qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs
podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com
as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute
efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da
mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na
formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis
LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva
e transfira NLB-FSAs
73
6 DISCUSSAtildeO
Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo
de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos
(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma
Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar
seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para
atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e
produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim
como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e
Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp
Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004
Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo
necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais
produtos e serviccedilos
Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para
a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada
definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a
influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas
decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie
2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a
utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem
organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades
nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos
(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al
2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez
que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias
de empresas multinacionais que atuam no Brasil
Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens
especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave
Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter
1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua
74
com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais
competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp
Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp
Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo
das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais
correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta
com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado
faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as
demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al
2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao
considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um
mercado emergente no caso o Brasil
Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade
para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand
amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese
contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de
capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo
de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai
2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem
preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp
Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente
colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que
ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional
e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)
75
Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras
instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender
ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente
transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da
multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria
obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas
como NLB-FSAs
Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta
de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -
Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas
locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da
multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp
Verbeke 2001)
Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam
que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong
2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver
novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes
(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na
forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke
2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da
Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)
Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades
organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade
da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da
diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a
possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de
NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson
1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo
sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a
76
primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA
(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo
Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional
(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a
Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com
menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que
a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave
Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade
eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria
ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode
obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell
amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese
contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela
EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser
transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke
2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp
Herstely 2007)
77
7 CONCLUSOtildeES
Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-
FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a
Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel
afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem
associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com
a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade
tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de
NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria
de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo
de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos
especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration
e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais
LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado
local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a
Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades
organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua
Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3
confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao
fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e
demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua
Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras
unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um
novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo
de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber
mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um
Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma
que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das
78
empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de
multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs
Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para
a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em
mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas
gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto
de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses
(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem
destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras
variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada
paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada
mercado entre outras
79
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95
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman 590
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383
3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264
5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219
6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies
2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162
7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology
Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140
8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132
9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak
126
10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas 122
11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112
96
12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103
14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures
Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99
15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99
16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87
18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo
84
19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80
20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77
21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li 75
22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75
23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis
Journal of Mangement Information Systems
2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75
24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm
Technological Forecating amp Social Charge
2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67
97
26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation
Academy of Management Journal
2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective
Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen
59
29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58
31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance
Strategic Management Journal
2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger
58
32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition
Journal of International Business Studies
2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54
34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies
2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52
35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51
36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers
Journal of International Management
2010 Peter Ping Li 51
37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
50
38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46
39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46
98
40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43
41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42
42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance
Journal of International Management
2009 Robin Teigland Molly Wasko 37
43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning
Technological Forecating amp Social Charge
2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37
44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital
International Business Review
2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story
36
45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies
2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36
46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China
Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31
47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India
Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29
48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms
Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28
49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study
Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni
28
50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view
International Business Review
2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber
28
51 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
27
52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs
Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23
53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model
Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21
99
54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners
Journal of International Business Studies
2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21
55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations
Journal of International Business Studies
2015 L Felipe Monteiro 21
56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries
Journal of International Business Studies
2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee
20
57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries
International Business Review
2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20
58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture
Journal of International Management
2007 Malika Richards Yi Yang 19
59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm
International Business Review
2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona
18
60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership
Journal of International Business Studies
2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle
17
61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector
Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio
17
62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China
Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17
63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy
Journal of International Management
2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj
16
64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances
International Business Review
2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan
16
65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates
Journal of International Management
2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey
14
66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies
2016 C Annique Um 11
67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis
Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin
11
100
68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks
Research Policy 2013 Franz Huber 10
69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance
International Business Review
2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10
70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration
Research Policy 2016 Jian Wang 9
71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy
Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9
72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations
Journal of International Management
2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu
8
73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing
The Journal of Strategic Information System
2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan
8
74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons
Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein
6
75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke
6
76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India
Journal of International Management
2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6
77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries
Journal of International Management
2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park
5
78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation
International Business Review
2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak
5
79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt
International Business Review
2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton
5
80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study
Journal of International Business Studies
2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu
4
81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4
101
82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge
2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh
4
84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4
85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization
Journal of International Business Studies
2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt
3
86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases
Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3
87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi
3
88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity
Academy of Management Journal
2014 Janet K Tinoco 2
89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy
Journal of International Management
2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1
90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations
International Business Review
2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell
1
91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity
Technological Forecating amp Social Charge
2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1
92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research
2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1
93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration
Journal of Business Research
2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1
94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities
Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0
102
95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan
Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann
0
96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust
Journal of International Management
2017 Juana Du Christopher Williams 0
97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs
International Business Review
2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten
0
98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review
2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0
99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth
International Business Review
2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson
0
100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems
Technological Forecating amp Social Charge
2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira
0
Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
103
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY
EXPLORATION E EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra
1
The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman
590
1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma
1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times
Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity
Research Policy
2007
Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent
Cognitive Distance
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
3
Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006
Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo
100 simulaccedilotildees
4 Internationalising in small incremental or larger steps
Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk
264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment
1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico
83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu
104
5
Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy
2008
Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
6 Effects of firm resources on growth in multinationality
Journal of International Business Studies
2007
Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162 Crescimento em multinacionalidade
1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria
Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas
7
Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer
132 Estrateacutegia percebida
1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado
325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia
8
Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel David P Lepak
99
Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation
Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)
215 empresas do setor de tecnologia americano
105
9
The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas
122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time
1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto
96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes
10
Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez
112 Performace Value Market Value
Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation
190 empresas de software americano
11
Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy
2008
Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease
Tecnhological Diversification 985 patentes
106
12
How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel
103
Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)
Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes
215 empresas do setor de tecnologia americano
13
Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project
Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration
142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations
14
Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012
Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87 Unit Performance Profitability
Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo
285 European finance organization units
107
15
The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009
Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol
84
Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist
Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)
Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades
16
The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw
80
Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes
Ambidexterity Alignment and Adaptation
4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais
17
Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro
77
Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members
Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958
18
Balancing exploration and exploitation in alliance formation
Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff
75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration
Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year
Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes
19
Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li
75 Inovaccedilatildeo do produto
1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria
Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003
108
20
Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014
Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais
1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees
Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)
21
The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation
Academy of Management Journal
2008
Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past
Economic Conditions and Environmental treat
163 US Theaters
22
Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco
1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional
431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008
109
23
Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy
2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training
RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners
457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas
24
Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray
58
Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global
40 firms for cluster analysis
25
How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013
Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento
-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura
Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses
26
Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science
2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong
51 Sales Grouwth Rate
Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption
206 Manufacturing firms
110
27
The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy
2009
Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off
Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities
229 Patents in Taiwan
28
Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr
46 Organization Slack Available and Rcoverable
Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms
29
Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy
2013
Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43 Change innovation in economic Crisis
hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation
2500 firmas Britacircnicas
30
Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014
Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao
42 Firm Valuation
Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances
753 Patent information from 1984 to 2006
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
111
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies
2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273
2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185
3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142
6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera
132
7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry
Journal of International Business Studies
2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132
8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M
107
9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance
Journal of Product Innovation
2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90
12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75
13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
112
14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets
Journal of Product Innovation
2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry
69
15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63
17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58
18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58
19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54
21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries
Journal of International Management
2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy 2012 Knut Blind 51
24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell 50
25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49
26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi 45
27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43
113
28 Characterizing service networks for moving from products to solutions
Industrial Marketing Management
2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani
43
29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41
30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment
Journal of International Business Studies
2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41
31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD
Journal of International Business Studies
2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki
40
32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management
Journal of International Management
2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39
33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies
2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38
35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection
Journal of International Management
2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38
36 Company competencies as a network the role of product development
Journal of Product Innovation
2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove
38
37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process
Journal of High Technology Management Research
2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37
38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35
39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business
2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim
35
40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness
Journal of Product Innovation
2000 Perks H 32
41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market
International Business Review
2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu
31
114
42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico
Technological Forecast amp Social Change
2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel
31
43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31
44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31
45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility
Journal of World Business
2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park
30
46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries
Journal of International Management
2007 Brent B Allred Walter G Park 29
47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation
Journal of International Management
2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29
48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals
Journal of World Business
2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang
28
49 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
28
50 Technological diversification complementary assets and performance
Technological Forecast amp Social Change
2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw
26
51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers
Journal of International Business Studies
2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25
52 Comparative strategic management An emergent field in international management
Journal of International Management
2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang
24
53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies
2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24
54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations
Journal of International Management
2009 Christopher Williams 23
55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India
Journal of International Management
2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy
23
56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business
2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson
23
115
57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance
Journal of World Business
2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish
23
58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse
22
59 Linking market orientation to international market selection and international performanc
International Business Review
2011 Xinming He Yingqi Wei 21
60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam
Journal of World Business
2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant
20
61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management
2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park
20
62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research
2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos
20
63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers
Journal of World Business
2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20
64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms
Journal of International Management
2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19
65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union
Journal of World Business
2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno
19
66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages
International Business Review
2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite
18
67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships
Journal of International Management
2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18
68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters
Journal of World Business
2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride
17
69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India
Journal of International Management
2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova
17
70 The attraction of contributors in free and open source software projects
Strategic Information System
2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson
15
71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies
Journal of World Business
2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
15
116
72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong
Journal of World Business
2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones
14
73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance
Journal of World Business
2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros
14
74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance
International Business Review
2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen
13
75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management
2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini
13
76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation
Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams
13
77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness
Industrial Marketing Management
2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan
12
78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit
Journal of Business Research
2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12
79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis
Journal of International Management
2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce
11
80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review
2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
8
81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness
International Business Review
2012 Joan Freixanet 8
82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry
Journal of High Technology Management Research
2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8
83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research
2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7
84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research
2013 Chih-Wen Wu 7
85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies
Industrial Marketing Management
2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6
86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China
International Business Review
2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6
87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6
117
88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms
Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella
5
89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector
International Business Review
2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang
4
91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms
Technological Forecast amp Social Change
2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez
4
92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different
Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4
93
The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits
Technological Forecast amp Social Change
2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez
4
94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies
Journal of World Business
2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani
4
95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis
Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka
4
96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries
Journal of International Management
2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4
97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation
Journal of World Business
2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar
4
98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies
Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira
3
99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research
2015 Irene Kilubi 3
100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
118
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes
Variaacuteveis IndependentesControle Amostra
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs
Journal of International Business Studies
2009
Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing
273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias
Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias
169 subsidiaacuterias de 50 EMNs
2
Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010
James R Kroes Soumen Ghosh
185 Outsource Congruence
Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)
196 empresas manufatureiras americanas
3
International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008
Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional
Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster
156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009
Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais
1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)
105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA
119
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues
142
1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo
1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial
12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007
6
Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010
Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera
132 Criatividade
1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes
74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos
7
Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010
Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value
1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos
140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003
8
How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001
Gerda Gemsera Mark A A M Leenders
107
1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over
1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial
Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento
120
9
The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000
Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos
1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados
57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana
10
On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy
2012
Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75 Competitividade para Exportaccedilatildeo
Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo
24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu
11
Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011
Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado
1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega
72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas
12
Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010
Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)
1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado
10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos
13
Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011
Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63 New product market performance
Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras
121 Empresas Multinacionais Chinesas
121
14
Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012
Panagiotis Ganotakis James H Love
58
Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade
Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios
412 PME britacircnicas de segmentos variados
15
Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012
Snejina Michailova Zaidah Mustaffa
58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias
93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009
16
Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009
Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais
Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness
424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia
17
Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015
Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo
Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa
Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica
76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas
18
Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries
Journal of International Management
2006
Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado
65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias
19
Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009
Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma
Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional
131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia
122
20
The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy
2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente
1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas
21
Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell
50
Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades
Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas
187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses
22
Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013
Ricarda B Bouncken Sascha Kraus
49
Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)
Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty
830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes
23
Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi
45
Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso
1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet
280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores
24
Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009
Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43 Desempenho Exportaccedilatildeo
1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador
262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue
123
25
Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013
Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41 Desempenho da Firma (ROA)
1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)
187 PMEs Taiwanesas
26
The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia
38 Desempenho da Firma
1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros
211 respostas de 105 empresas
27 The antecedents and consequences of successful localization
Journal of International Business Studies
2009
Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma
1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)
229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China
28
Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014
Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31 Autonomia da Subsidiaacuteria
1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros
240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas
124
29
Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer
31
Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma
Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital
2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos
30
Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015
Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1 Gestatildeo Verde
1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly
272 empresas chinesas
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo inicialmente a todo apoio recebido pelo nuacutecleo de pesquisa em Inovaccedilatildeo da ESPM
liderada pelo orientador Prof Dr Felipe Mendes Borini pelo acolhimento do meu projeto de
tese assim como por sua atenccedilatildeo empenho paciecircncia e direcionamento para o
desenvolvimento desta pesquisa sem a qual natildeo seria possiacutevel
Agradeccedilo aos Professores do PMDGI - Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo
Internacional da ESPM por sua dedicaccedilatildeo criacuteticas construtivas e apoio na conclusatildeo das
atividades acadecircmicas e pelas vaacutelidas sugestotildees durante toda a minha jornada acadecircmica
Aos colegas da primeira turma do doutorado da ESPM assim como agraves secretaacuterias do PMDGI
natildeo somente pela convivecircncia mas pela amizade que semeamos meu muito obrigado
Um especial agradecimento aos meus amigos incentivadores Alexandre Passarelli Carlos
Eduardo Peres Amacircncio Joatildeo Guerreiro Ricardo Pitelli Roberto Diniz e agrave Sheila Ladeira e
Ana Luacutecia Pereira pelas vaacutelidas sugestotildees agraves amigas Silvia Gerson Norma Musumeci Nancy
Mendes Sgroi Neusa Souza e colegas de trabalho pelo suporte nos momentos difiacuteceis e aos
meus pais (in memoriam) e aos meus familiares pelo apoio contante e pela compreensatildeo por
minha ausecircncia para conclusatildeo deste objetivo
RESUMO
O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a
formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific
Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese
foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na
discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa
do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no
Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e
serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o
sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute
associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de
capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)
Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a
subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional
Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI
de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da
propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades
internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos
estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-
FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade
Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de
estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs
e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de
contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das
multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de
capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente
Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global
Estrateacutegia Internacional
ABSTRACT
The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy
with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of
Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the
resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the
discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey
was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289
valid responses were received from various segments industry commerce and services
To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial
Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-
FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of
LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs
present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer
knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms
this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory
(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership
and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in
the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on
Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from
the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally
it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of
Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs
in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to
management it supports in the definition of the strategic management model of
multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of
competitive organizational capacities from an emerging country
Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation
International Strategy
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53
Tabela 4 - Construto Ambidestria 54
Tabela 5 - Construto Competitividade 55
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
56
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63
Tabela 12 - VIF do Modelo 64
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12
2 REVISAtildeO LITERARATURA 16
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35
3 HIPOacuteTESES 43
31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44
4 METODOLOGIA 49
41 Abordagem 49
42 Meacutetodo 50
43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65
5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66
51 Anaacutelise do Modelo 66
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70
6 DISCUSSAtildeO 73
7 CONCLUSAtildeO 77
REFEREcircNCIAS 79
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-
CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION 103
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-
CHAVE COMPETITIVENESS 111
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de
Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific
Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs
Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades
organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para
diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da
multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da
matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-
alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem
mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo
ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou
das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-
FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e
que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-
FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias
brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs
Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010
2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a
Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em
recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos
mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of
Managment Research Policy International Business Review Journal of Business
Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes
palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e
Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de
pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade
da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho
das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista
da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos
sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de
NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes
11
Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a
subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw
amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke
2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por
abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que
exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez
1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison
1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez
que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o
mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a
Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora
de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da
multinacional
Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local
Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp
Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas
capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo
independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente
Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp
Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e
desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute
existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para
melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais
localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo
a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non
Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma
a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver
capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost
12
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela
firma para diferentes mercados
Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia
ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais
e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede
da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke
2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias
estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da
estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de
pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local
Bound FSAs
11 Objetivos
111 Geral
O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e
Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave
NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima
permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica
Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs
112 Especiacuteficos
I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e
Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages)
13
II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da
subsidiaacuteria
III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-
FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages
Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa
na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais
e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na
Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na
formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua
rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de
transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens
competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas
multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias
oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp
Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr
2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen
Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning
2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp
Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp
Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter
1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp
Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007
Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp
Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem
vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp
Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas
FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes
14
sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta
amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs
em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu
mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com
menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976
Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney
amp Hesterly 2007 Porter 1990)
Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros
e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no
desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma
Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades
fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias
internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que
permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar
por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary
Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp
Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender
distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa
subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede
diferenciada da multinacional
Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente
como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas
capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global
(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o
fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das
subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de
conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas
desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
15
Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)
mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e
exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem
capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens
competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em
mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke
2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound
- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp
Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da
Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um
tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores
pesquisas (Rossetto 2014)
Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor
compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses
emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de
estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a
capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior
Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves
demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo
estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem
sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de
vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o
fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional
16
2 REVISAtildeO LITERARATURA
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs
As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com
subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir
estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que
busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de
Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo
para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as
fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes
denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco
no Ownership e na Internalization
As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo
da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias
vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e
capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980
1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo
geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente
de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo
notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos
materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e
portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em
que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas
capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp
Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar
capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos
mercados locais e internacionais
Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a
principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir
seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita
desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a
17
funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus
concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos
ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as
demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo
local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural
econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp
Bartlett 1990)
Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma
as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de
estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de
sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo
raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas
sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999
Wernerfelt 1995)
Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes
gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores
como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas
operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e
Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas
e aceitas
Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que
os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais
no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem
dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-
subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a
pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980
Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como
um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem
ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo
Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta
capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo
em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais
Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de
operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta
18
agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da
multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto
grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para
atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras
unidades
A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que
operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de
ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e
operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado
entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam
desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de
capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da
definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as
direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria
Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as
subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo
das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes
possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local
e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)
Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo
contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da
firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos
pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora
de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp
Verbeke 2001)
Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e
Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades
receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon
1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das
estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994
Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem
competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem
19
especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988
Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages
Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do
trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as
estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de
transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um
gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que
satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva
Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a
realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o
conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de
gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem
capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores
como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de
coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja
de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar
produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo
(Rugman 2009)
Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios
elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos
financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia
conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas
e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos
estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados
(Rugman amp Verbeke 2001)
As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o
mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e
outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non
Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees
20
(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -
Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de
vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais
ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam
a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de
atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia
de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma
capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific
Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das
habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou
demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por
exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender
requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para
consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades
organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos
diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila
especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas
formas de produccedilatildeo ou produtos
Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para
entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo
na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma
CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela
firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho
da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao
transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na
cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro
da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede
(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma
busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica
governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de
21
subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades
desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a
subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett
amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)
Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito
da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o
desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades
mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao
desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro
estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos
e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs
Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz
e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de
relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood
(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as
subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade
definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades
individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness
e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel
Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees
para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da
perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional
aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)
tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp
Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo
mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do
mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)
Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais
empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais
uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das
regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de
forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995)
22
Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados
pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a
partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas
CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da
subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram
que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996
a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando
portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a
subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da
EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas
Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost
Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional
reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma
subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees
para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou
desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos
Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das
influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com
o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como
universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -
Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo
objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e
Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz
parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os
fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar
processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e
disponibilidade de matildeo de obra especializada
Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de
conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para
desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e
23
mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma
operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre
nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta
tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global
em um paiacutes desenvolvido
Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como
disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel
internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo
de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo
como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias
como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a
teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration
(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que
direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de
desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim
como para atender as demandas do mercado
Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde
altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias
podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o
desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp
Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood
1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma
FSA (Rugman amp Verbeke 2001)
Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da
localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou
os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados
Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis
potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados
localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das
universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em
PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD
Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente
pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo
24
sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada
com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de
maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa
Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes
considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do
ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia
Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia
do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que
possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-
FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja
um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a
inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional
Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-
se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e
competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme
em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign
2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por
meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)
Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de
paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman
Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da
escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais
complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de
capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico
e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos
niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado
sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades
relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo
de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de
controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo
organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)
aos equipamentos
Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso
modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes
25
emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas
consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento
de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo
como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e
aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees
de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas
multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de
desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode
ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas
para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de
produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas
Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos
determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias
brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar
e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento
criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional
Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de
inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos
ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs
na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para
assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs
transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio
de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese
foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua
capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw
e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)
23 Competitividade
26
A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da
intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de
substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as
estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no
setor
Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade
o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam
substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a
Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp
Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na
lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas
para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus
concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no
ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)
Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem
competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do
que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o
consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo
baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual
possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos
com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de
absorver este conhecimento
Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela
empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie
barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da
empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com
capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e
disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo
e eficiecircncia operacional
Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo
de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de
produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing
por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela
27
qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada
(Barney amp Herstley 2007)
O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em
custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de
produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias
competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam
fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos
requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo
enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios
criativos
Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas
estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas
e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de
produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir
para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem
competitiva sustentaacutevel
Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como
satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas
(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual
descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho
da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de
qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis
Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica
causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do
valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado
compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho
operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da
vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira
geralmente vinculada agrave lucratividade
Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva
(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem
competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo
e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o
28
know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos
produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo
Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia
positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas
capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas
anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de
vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos
disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo
influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam
riscos
Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria
Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios
centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de
que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel
delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-
subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo
sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da
localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma
Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de
produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack
Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia
tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco
fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e
processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores
e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -
flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo
para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015)
Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente
organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell
2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades
de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o
desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos
humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode
29
desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o
comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et
al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir
situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e
da produtividade dos subordinados
Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu
estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva
entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva
sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade
e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade
promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos
nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas
capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como
em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a
estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e
demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da
Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo
da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp
Johnston 2009)
Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em
seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo
Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos
administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim
como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de
custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e
nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)
corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de
relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas
espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades
de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e
processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem
especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua
Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de
30
Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior
demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade
Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo
de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores
da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos
humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design
industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos
(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o
sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro
estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em
desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na
configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia
na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a
inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em
produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a
Competitividade da firma
No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim
e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de
manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a
diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de
natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com
10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)
concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo
afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre
produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a
inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da
multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas
poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos
mercados alvo
Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo
na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a
intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com
o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de
preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos
31
negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo
da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no
mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento
Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de
solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos
autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional
fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro
lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver
uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite
a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental
torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)
Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o
tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno
e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio
agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem
por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas
competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas
fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua
maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como
produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos
fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas
dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e
pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na
vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)
que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam
como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e
recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas
Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e
Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias
empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da
firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as
suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as
que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais
resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo
32
radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs
compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar
um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o
ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza
No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade
Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da
gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos
produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131
subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea
de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do
conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de
melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do
VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja
para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos
processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte
para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly
2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)
Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o
escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996
e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)
Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode
ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente
Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que
consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da
organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da
firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento
mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e
sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades
matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria
Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento
e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades
fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a
matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais
matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia
33
ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se
confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o
niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar
conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo
do conhecimento
Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem
compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma
economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel
delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para
implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para
o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam
tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da
EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de
parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente
afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como
importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o
desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e
Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam
desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre
de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses
desenvolvidos
Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)
com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a
confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor
desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o
compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor
desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas
No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade
Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o
conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com
multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos
produtos lanccedilados no mercado
Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas
operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que
34
capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho
operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e
produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de
qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua
Competitividade
Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e
competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas
pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva
tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar
seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para
melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e
desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam
ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar
os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e
Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui
para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration
Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de
Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do
ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de
Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor
posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o
35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo
econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas
cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as
operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por
consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas
e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro
lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam
no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano
consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse
das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo
agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo
35
24 Ambidestria
O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais
citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas
estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as
estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos
produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente
disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto
(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da
empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser
considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da
deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de
March (1991) e de Levinthal e March (1993)
O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia
entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a
estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido
ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo
a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de
descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash
o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por
exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso
no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos
concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja
superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)
abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual
a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade
mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem
imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa
Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam
ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala
e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo
agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a
36
organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990
1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar
radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees
internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global
de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp
Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro
Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas
ambidestras (March 1991)
No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu
estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas
como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo
fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e
estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o
sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre
Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw
(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute
seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura
pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que
denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41
unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a
Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis
alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por
pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar
o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar
e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura
He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca
ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)
com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual
com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e
adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para
responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito
competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves
necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende
entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros
37
Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a
Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis
cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos
particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do
estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um
facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo
Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma
da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos
sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco
correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns
modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou
adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o
aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)
aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo
e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como
os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as
estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991)
A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo
tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de
negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente
conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman
2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a
firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo
incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior
sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de
identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com
equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as
tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente
demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na
teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas
Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em
que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas
que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de
38
relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as
mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no
longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos
processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades
novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst
amp Raisch 2005)
Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e
Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees
estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo
associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo
de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica
ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)
Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo
no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da
decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista
estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo
orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a
descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho
organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a
eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp
Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)
Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um
melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um
consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do
meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma
alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais
a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem
mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as
tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um
caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para
equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos
existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de
entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas
39
Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria
na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a
criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno
Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo
e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia
organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249
empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees
no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das
organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como
Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute
emergente no mundo organizacional
Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos
como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia
tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa
e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes
concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos
abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e
a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os
processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation
como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos
existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp
Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem
as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental
Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o
ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar
uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende
das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo
Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees
entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e
a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration
e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior
centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as
atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis
40
Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por
Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou
melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou
ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo
para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento
pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel
em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade
(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e
aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e
mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria
Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades
sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa
do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o
veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da
Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)
corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em
serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que
podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um
ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra
tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de
melhoria seja de criaccedilatildeo
Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi
realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases
Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business
Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas
100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e
Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos
quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos
buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando
diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por
tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados
emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia
Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com
141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou
41
compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores
das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e
Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma
empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual
satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com
experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em
comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees
na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao
trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees
interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como
criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a
codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing
(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e
Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as
estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de
diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia
(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas
(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as
condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees
entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades
organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da
organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do
desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para
esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen
Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas
oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se
adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em
mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas
americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio
complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a
Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no
desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration
novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma
criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel
42
Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de
automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e
Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam
como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e
controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)
para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores
satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos
clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e
confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas
estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional
e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma
Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de
Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp
Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)
Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4
ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e
Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades
NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional
43
3 HIPOacuteTESES
31 Modelo
O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He
amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para
atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para
a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a
subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
conforme modelo da tese (Figura 1)
Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
44
32 Hipoacuteteses
Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de
TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que
satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter
competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et
al 2012 Nascimento et al 2014)
Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia
Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al
2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp
Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que
atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-
prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos
institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade
assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com
tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus
concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e
melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute
produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como
por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do
produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras
locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de
se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo
2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp
Lavie 2014 Tiwana 2008)
As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus
operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves
capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as
estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo
Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos
produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)
45
No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de
Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em
termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de
canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode
utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e
pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou
campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-
Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa
amp Faia 2017)
Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais
por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos
sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira
nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-
alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)
Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e
desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam
formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado
mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos
podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais
centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em
privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo
Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como
variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a
variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria
com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em
forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
46
A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam
derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et
al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos
que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando
capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade
superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem
refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas
do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os
concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas
Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede
externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que
necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson
Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)
Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a
subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp
Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-
Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de
tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e
superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da
matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades
desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a
subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang
et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as
demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do
consumidor
Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz
pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este
mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que
47
caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em
absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se
transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman
amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo
de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai
2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes
fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades
especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006
Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006
Raisch amp Birkinshaw 2008)
Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo
em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas
mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho
competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015
Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009
Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao
mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que
seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado
brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis
na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -
Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta
maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp
Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)
consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-
FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir
48
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas
hipoacuteteses adicionais
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade
H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA
49
4 METODOLOGIA
Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de
accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino
(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo
de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a
abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de
anaacutelises dos dados
41 Abordagem
Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)
considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na
qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-
experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas
que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de
perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados
Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa
quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais
assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de
identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses
testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise
dos dados
Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a
pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas
variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de
universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios
ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se
levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com
cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)
50
Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa
de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a
tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem
capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash
Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local
e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
42 Meacutetodo
Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a
determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por
meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr
et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI
ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso
escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo
como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais
Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas
do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras
e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de
segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos
A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento
telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos
departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta
amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado
pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de
Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de
Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com
4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as
atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e
telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas
51
Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7
gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que
pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que
de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das
perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia
Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails
convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento
do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302
questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing
values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas
Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas
possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento
conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Alemanha 65
Estados Unidos 65
Itaacutelia 37
Argentina 15
Franccedila 14
Suiacuteccedila 13
Japatildeo 11
Europa 10
Sueacutecia 8
Espanha 8
Finlacircndia 7
Holanda 6
China 4
Meacutexico 3
Aacuteustria 3
Portugal 3
Dinamarca 3
continua
52
conclusatildeo
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Beacutelgica 2
Canadaacute 2
Inglaterra 2
Austraacutelia 1
Boliacutevia 1
Costa Rica 1
Peru 1
Turquia 1
Ucracircnia 1
Aacutefrica do Sul 1
Aacutesia 1
Total 260 29
90 10
Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa
Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir
observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou
Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield
construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil
Modo de Entrada no Brasil
Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43
Alianccedila ou JV 93 32
Greenfield 71 25
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado
brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias
desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre
mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica
e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir
53
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil
Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado
1901-1910 5 2 2
1911-1920 1 0 2
1921-1930 2 1 3
1931-1940 1 0 3
1941-1950 2 1 4
1951-1960 10 3 7
1961-1970 24 8 15
1971-1980 38 13 28
1981-1990 26 9 37
1991-2000 97 34 71
2001-2015 83 29 100
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
43 Teacutecnica de Pesquisa
Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme
definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados
primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas
importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja
explicar
Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio
com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash
Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com
perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo
estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7
lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas
4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta
tese
54
Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e
Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da
variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado
local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28
P29 P30 descritas na tabela que segue
Tabela 4 - Construto Ambidestria
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou
Exploration He e Wong
(2004)
P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo
P24 Ampliar os tipos de produtos
P25 Abrir novos mercados
P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas
Exploitation He e Wong
(2004)
P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes
P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo
P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo
P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
55
Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por
Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber
Tabela 5 - Construto Competitividade
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua
Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais
concorrentes
P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta
qualidade comparados aos principais concorrentes
P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em
comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente
externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a
responder mais rapidamente agraves demandas do mercado
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade
tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost
Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e
Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram
selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente
desenvolveu novos
LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P31 Produtos
P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo
P33 Processos de marketing
P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located
Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado
de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e
Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com
as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber
56
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria
constantemente transferiu para a matriz novos
NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P36 Produtos
P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo
P38 Processos de marketing
P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados
As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o
modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees
estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre
os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)
Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
conforme exibe a Figura 3
As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)
A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as
variaacuteveis latentes do modelo desta tese
57
Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo
Fonte Dados da pesquisa
Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si
porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que
seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis
Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda
ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos
indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation
No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada
uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo
confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo
indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees
exploradas pelo Modelo
58
Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS
Fonte Dados da pesquisa
45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)
Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo
(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores
e construtos
Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo
reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency
reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem
extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos
e os reflexivos
59
Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo
Fonte Hair Jr et al (2014)
Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de
mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o
compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto
Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees
que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um
Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)
Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os
valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite
Reliability e 05 para o AVE
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna
Cronbachs
Alpha
rho_A Composite
Reliability
Average Variance
Extracted (AVE)
Ambidestria 0913 0915 0929 0623
Competitividade 0878 0884 0911 0672
Exploitation 0878 0879 0916 0733
Exploration 0872 0877 0913 0724
LB-FSA 0889 0900 0923 0750
NLB-FSA 0957 0958 0969 0885
Fonte Dados da Pesquisa
60
O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto
conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre
os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles
devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach
elevado (acima de 07)
O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach
mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume
que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute
considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que
medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado
a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07
O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada
por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado
do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia
natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma
120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2
(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894
Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores
ideiais satildeo dos indicadores acima 07
A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia
das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto
da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue
explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue
esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores
61
47 Validade Convergente (Convergent Validity)
Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel
latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute
observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles
teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores
do Modelo
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0874
q23 0810
q24 0881
q24 0836
q25 0789
q25 0700
q26 0857
q26 0799
q27 0820
q27 0791
q28 0877
q28 0813
q29 0885
q29 0804
q30 0841
q30 0751
q31 0888
q32 0911
q33 0820
q35 0843
q36 0925
q37 0955
q38 0943
q40 0941
q89 0855
q90 0793
q91 0849
q92 0810
q93 0789
Fonte Dados da Pesquisa
Vemos que todos os loadings possuem valores adequados
1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte
consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o
uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05
62
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)
A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos
demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos
diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do
discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker
criterion
Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os
indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre
indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles
refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o
construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois
natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo
O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um
construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz
quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os
demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de
um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em
outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a
seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja
mais associada a seus indicadores
A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas
anteriormente
63
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0308 0620 0878 0572 0232
q24 0313 0663 0882 0578 0204
q25 0297 0503 0782 0452 0096
q26 0346 0618 0856 0521 0217
q27 0335 0815 0645 0446 0049
q28 0361 0879 0630 0475 0137
q29 0308 0886 0605 0448 0245
q30 0265 0843 0552 0456 0179
q31 0300 0470 0628 0889 0333
q32 0370 0569 0637 0911 0324
q33 0305 0354 0425 0820 0318
q35 0370 0426 0451 0841 0346
q36 0243 0179 0207 0346 0925
q37 0214 0156 0189 0343 0955
q38 0267 0193 0250 0369 0943
q40 0245 0147 0198 0370 0941
q89 0854 0320 0349 0312 0205
q90 0791 0339 0384 0404 0190
q91 0849 0266 0281 0284 0251
q92 0812 0318 0260 0339 0228
q93 0789 0264 0215 0217 0179
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Competitividade 0820
Exploitation 0371 0856
Exploration 0371 0710 0851
LB-FSA 0388 0533 0627 0866
NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941
Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem
conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do
discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores
e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente
Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais
elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior
correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel
Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante
de variaacuteveis de ordem mais elevada
64
49 Anaacutelise do Modelo Estrutural
Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as
variaacuteveis latentes do modelo
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes
Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro
passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as
variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das
regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os
resultados do VIF2 do Modelo
Tabela 12 - VIF do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732
Competitividade 1238
Exploitation
Exploration
LB-FSA 1648 1712
NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos
os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)
2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um
coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do
VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de
colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada
de 4
65
411 Qualidade de Ajuste do Modelo
A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade
Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador
de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior
que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O
segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o
quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de
002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo
Modelo
Competitividade 0116
Exploitation 0586
Exploration 0581
LFB-FSA 0270
NLB-FSA 0131
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003
Competitividade 0020
Exploitation
Exploration
LB-FSA 0038 0095
NLB-FSA
Fonte Dados da Pesquisa
Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente
baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o
Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel
Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos
comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute
importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A
Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais
variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo
66
5 ANAacuteLISE DOS DADOS
51 Anaacutelise do Modelo
A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e
suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap
Path Coefficients T statistics
Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo
Variaacutevel
Exoacutegena
Variaacutevel
Endoacutegena
LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs
Ambidestria 0627 0260 -0071
(t-statistic) (11497) (2602) (1105)
LB-FSAs 0226 0369
(t-statistic) (2353) (6489)
Competitividade 0143
(t-statistic) (2703)
(Rsup2) (0393) (0192) (0162)
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Fonte Dados da Pesquisa
Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros
nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path
Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem
sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de
67
um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-
padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2
(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada
como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de
0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por
exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute
explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um
dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de
196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham
o sinal corretamente estimado
Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a
Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do
coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja
uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute
de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido
em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima
o efeito de Ambidestria em NLB-FSA
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese
Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que
orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos
consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais
pudemos chegar
bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages
Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo
de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo
estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA
(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um
efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1
68
bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre
Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar
com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute
correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam
H2
bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de
significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e
NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que
NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita
A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses
Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado
H1 Empresas ambidestras tecircm
associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound -
Firm Specific Advantages)
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
001 Aceita
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located
Bound - Firm Specific Advantages) estaacute
associada positivamente agrave
Competitividade
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H3 A Competitividade estaacute associada
positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific
Advantages)
NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre
Ambidestria e Competitividade
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA e NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001)
001 Aceita
H5 Competitividade media associaccedilatildeo
entre LB-FSA e NLB-FSA
LB-FSA NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
005 Aceita
69
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001) Competitividade
(Yang et al 2015)
Fonte Dados da Pesquisa
70
No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a
ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente
de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a
Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de
001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a
formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA
tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para
verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado
pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-
FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta
mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir
53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo
Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A
pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria
um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para
realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no
qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta
inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e
se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3
3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma
119911 =119886119887
radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887
2)
Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o
coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da
71
A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo
z
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo
variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem
sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que
a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA
A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de
mediaccedilatildeo
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel
Significacircncia
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
Fonte Dados da Pesquisa
De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)
observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos
indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a
Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que
haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade
Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia
que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao
mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o
desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e
relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel
mediadora e variaacutevel dependente
72
qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs
podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com
as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute
efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da
mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na
formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis
LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva
e transfira NLB-FSAs
73
6 DISCUSSAtildeO
Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo
de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos
(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma
Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar
seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para
atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e
produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim
como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e
Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp
Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004
Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo
necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais
produtos e serviccedilos
Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para
a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada
definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a
influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas
decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie
2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a
utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem
organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades
nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos
(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al
2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez
que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias
de empresas multinacionais que atuam no Brasil
Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens
especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave
Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter
1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua
74
com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais
competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp
Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp
Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo
das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais
correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta
com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado
faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as
demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al
2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao
considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um
mercado emergente no caso o Brasil
Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade
para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand
amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese
contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de
capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo
de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai
2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem
preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp
Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente
colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que
ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional
e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)
75
Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras
instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender
ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente
transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da
multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria
obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas
como NLB-FSAs
Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta
de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -
Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas
locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da
multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp
Verbeke 2001)
Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam
que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong
2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver
novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes
(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na
forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke
2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da
Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)
Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades
organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade
da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da
diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a
possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de
NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson
1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo
sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a
76
primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA
(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo
Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional
(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a
Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com
menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que
a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave
Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade
eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria
ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode
obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell
amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese
contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela
EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser
transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke
2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp
Herstely 2007)
77
7 CONCLUSOtildeES
Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-
FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a
Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel
afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem
associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com
a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade
tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de
NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria
de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo
de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos
especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration
e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais
LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado
local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a
Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades
organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua
Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3
confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao
fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e
demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua
Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras
unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um
novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo
de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber
mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um
Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma
que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das
78
empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de
multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs
Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para
a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em
mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas
gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto
de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses
(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem
destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras
variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada
paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada
mercado entre outras
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APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman 590
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383
3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264
5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219
6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies
2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162
7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology
Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140
8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132
9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak
126
10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas 122
11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112
96
12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103
14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures
Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99
15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99
16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87
18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo
84
19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80
20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77
21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li 75
22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75
23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis
Journal of Mangement Information Systems
2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75
24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm
Technological Forecating amp Social Charge
2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67
97
26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation
Academy of Management Journal
2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective
Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen
59
29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58
31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance
Strategic Management Journal
2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger
58
32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition
Journal of International Business Studies
2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54
34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies
2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52
35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51
36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers
Journal of International Management
2010 Peter Ping Li 51
37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
50
38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46
39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46
98
40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43
41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42
42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance
Journal of International Management
2009 Robin Teigland Molly Wasko 37
43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning
Technological Forecating amp Social Charge
2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37
44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital
International Business Review
2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story
36
45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies
2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36
46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China
Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31
47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India
Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29
48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms
Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28
49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study
Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni
28
50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view
International Business Review
2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber
28
51 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
27
52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs
Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23
53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model
Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21
99
54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners
Journal of International Business Studies
2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21
55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations
Journal of International Business Studies
2015 L Felipe Monteiro 21
56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries
Journal of International Business Studies
2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee
20
57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries
International Business Review
2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20
58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture
Journal of International Management
2007 Malika Richards Yi Yang 19
59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm
International Business Review
2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona
18
60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership
Journal of International Business Studies
2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle
17
61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector
Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio
17
62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China
Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17
63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy
Journal of International Management
2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj
16
64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances
International Business Review
2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan
16
65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates
Journal of International Management
2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey
14
66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies
2016 C Annique Um 11
67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis
Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin
11
100
68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks
Research Policy 2013 Franz Huber 10
69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance
International Business Review
2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10
70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration
Research Policy 2016 Jian Wang 9
71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy
Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9
72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations
Journal of International Management
2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu
8
73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing
The Journal of Strategic Information System
2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan
8
74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons
Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein
6
75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke
6
76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India
Journal of International Management
2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6
77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries
Journal of International Management
2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park
5
78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation
International Business Review
2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak
5
79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt
International Business Review
2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton
5
80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study
Journal of International Business Studies
2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu
4
81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4
101
82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge
2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh
4
84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4
85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization
Journal of International Business Studies
2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt
3
86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases
Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3
87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi
3
88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity
Academy of Management Journal
2014 Janet K Tinoco 2
89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy
Journal of International Management
2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1
90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations
International Business Review
2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell
1
91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity
Technological Forecating amp Social Charge
2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1
92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research
2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1
93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration
Journal of Business Research
2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1
94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities
Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0
102
95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan
Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann
0
96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust
Journal of International Management
2017 Juana Du Christopher Williams 0
97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs
International Business Review
2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten
0
98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review
2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0
99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth
International Business Review
2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson
0
100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems
Technological Forecating amp Social Charge
2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira
0
Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
103
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY
EXPLORATION E EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra
1
The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman
590
1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma
1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times
Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity
Research Policy
2007
Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent
Cognitive Distance
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
3
Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006
Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo
100 simulaccedilotildees
4 Internationalising in small incremental or larger steps
Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk
264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment
1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico
83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu
104
5
Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy
2008
Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
6 Effects of firm resources on growth in multinationality
Journal of International Business Studies
2007
Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162 Crescimento em multinacionalidade
1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria
Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas
7
Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer
132 Estrateacutegia percebida
1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado
325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia
8
Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel David P Lepak
99
Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation
Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)
215 empresas do setor de tecnologia americano
105
9
The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas
122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time
1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto
96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes
10
Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez
112 Performace Value Market Value
Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation
190 empresas de software americano
11
Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy
2008
Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease
Tecnhological Diversification 985 patentes
106
12
How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel
103
Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)
Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes
215 empresas do setor de tecnologia americano
13
Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project
Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration
142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations
14
Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012
Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87 Unit Performance Profitability
Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo
285 European finance organization units
107
15
The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009
Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol
84
Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist
Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)
Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades
16
The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw
80
Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes
Ambidexterity Alignment and Adaptation
4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais
17
Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro
77
Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members
Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958
18
Balancing exploration and exploitation in alliance formation
Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff
75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration
Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year
Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes
19
Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li
75 Inovaccedilatildeo do produto
1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria
Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003
108
20
Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014
Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais
1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees
Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)
21
The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation
Academy of Management Journal
2008
Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past
Economic Conditions and Environmental treat
163 US Theaters
22
Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco
1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional
431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008
109
23
Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy
2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training
RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners
457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas
24
Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray
58
Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global
40 firms for cluster analysis
25
How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013
Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento
-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura
Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses
26
Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science
2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong
51 Sales Grouwth Rate
Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption
206 Manufacturing firms
110
27
The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy
2009
Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off
Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities
229 Patents in Taiwan
28
Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr
46 Organization Slack Available and Rcoverable
Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms
29
Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy
2013
Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43 Change innovation in economic Crisis
hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation
2500 firmas Britacircnicas
30
Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014
Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao
42 Firm Valuation
Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances
753 Patent information from 1984 to 2006
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
111
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies
2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273
2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185
3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142
6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera
132
7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry
Journal of International Business Studies
2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132
8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M
107
9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance
Journal of Product Innovation
2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90
12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75
13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
112
14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets
Journal of Product Innovation
2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry
69
15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63
17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58
18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58
19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54
21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries
Journal of International Management
2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy 2012 Knut Blind 51
24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell 50
25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49
26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi 45
27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43
113
28 Characterizing service networks for moving from products to solutions
Industrial Marketing Management
2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani
43
29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41
30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment
Journal of International Business Studies
2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41
31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD
Journal of International Business Studies
2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki
40
32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management
Journal of International Management
2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39
33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies
2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38
35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection
Journal of International Management
2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38
36 Company competencies as a network the role of product development
Journal of Product Innovation
2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove
38
37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process
Journal of High Technology Management Research
2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37
38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35
39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business
2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim
35
40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness
Journal of Product Innovation
2000 Perks H 32
41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market
International Business Review
2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu
31
114
42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico
Technological Forecast amp Social Change
2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel
31
43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31
44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31
45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility
Journal of World Business
2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park
30
46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries
Journal of International Management
2007 Brent B Allred Walter G Park 29
47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation
Journal of International Management
2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29
48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals
Journal of World Business
2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang
28
49 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
28
50 Technological diversification complementary assets and performance
Technological Forecast amp Social Change
2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw
26
51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers
Journal of International Business Studies
2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25
52 Comparative strategic management An emergent field in international management
Journal of International Management
2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang
24
53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies
2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24
54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations
Journal of International Management
2009 Christopher Williams 23
55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India
Journal of International Management
2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy
23
56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business
2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson
23
115
57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance
Journal of World Business
2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish
23
58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse
22
59 Linking market orientation to international market selection and international performanc
International Business Review
2011 Xinming He Yingqi Wei 21
60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam
Journal of World Business
2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant
20
61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management
2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park
20
62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research
2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos
20
63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers
Journal of World Business
2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20
64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms
Journal of International Management
2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19
65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union
Journal of World Business
2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno
19
66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages
International Business Review
2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite
18
67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships
Journal of International Management
2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18
68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters
Journal of World Business
2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride
17
69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India
Journal of International Management
2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova
17
70 The attraction of contributors in free and open source software projects
Strategic Information System
2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson
15
71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies
Journal of World Business
2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
15
116
72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong
Journal of World Business
2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones
14
73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance
Journal of World Business
2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros
14
74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance
International Business Review
2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen
13
75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management
2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini
13
76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation
Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams
13
77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness
Industrial Marketing Management
2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan
12
78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit
Journal of Business Research
2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12
79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis
Journal of International Management
2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce
11
80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review
2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
8
81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness
International Business Review
2012 Joan Freixanet 8
82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry
Journal of High Technology Management Research
2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8
83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research
2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7
84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research
2013 Chih-Wen Wu 7
85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies
Industrial Marketing Management
2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6
86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China
International Business Review
2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6
87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6
117
88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms
Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella
5
89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector
International Business Review
2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang
4
91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms
Technological Forecast amp Social Change
2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez
4
92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different
Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4
93
The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits
Technological Forecast amp Social Change
2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez
4
94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies
Journal of World Business
2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani
4
95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis
Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka
4
96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries
Journal of International Management
2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4
97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation
Journal of World Business
2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar
4
98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies
Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira
3
99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research
2015 Irene Kilubi 3
100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
118
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes
Variaacuteveis IndependentesControle Amostra
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs
Journal of International Business Studies
2009
Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing
273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias
Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias
169 subsidiaacuterias de 50 EMNs
2
Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010
James R Kroes Soumen Ghosh
185 Outsource Congruence
Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)
196 empresas manufatureiras americanas
3
International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008
Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional
Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster
156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009
Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais
1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)
105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA
119
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues
142
1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo
1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial
12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007
6
Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010
Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera
132 Criatividade
1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes
74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos
7
Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010
Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value
1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos
140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003
8
How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001
Gerda Gemsera Mark A A M Leenders
107
1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over
1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial
Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento
120
9
The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000
Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos
1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados
57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana
10
On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy
2012
Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75 Competitividade para Exportaccedilatildeo
Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo
24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu
11
Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011
Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado
1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega
72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas
12
Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010
Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)
1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado
10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos
13
Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011
Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63 New product market performance
Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras
121 Empresas Multinacionais Chinesas
121
14
Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012
Panagiotis Ganotakis James H Love
58
Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade
Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios
412 PME britacircnicas de segmentos variados
15
Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012
Snejina Michailova Zaidah Mustaffa
58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias
93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009
16
Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009
Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais
Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness
424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia
17
Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015
Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo
Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa
Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica
76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas
18
Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries
Journal of International Management
2006
Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado
65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias
19
Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009
Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma
Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional
131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia
122
20
The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy
2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente
1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas
21
Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell
50
Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades
Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas
187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses
22
Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013
Ricarda B Bouncken Sascha Kraus
49
Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)
Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty
830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes
23
Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi
45
Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso
1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet
280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores
24
Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009
Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43 Desempenho Exportaccedilatildeo
1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador
262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue
123
25
Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013
Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41 Desempenho da Firma (ROA)
1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)
187 PMEs Taiwanesas
26
The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia
38 Desempenho da Firma
1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros
211 respostas de 105 empresas
27 The antecedents and consequences of successful localization
Journal of International Business Studies
2009
Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma
1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)
229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China
28
Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014
Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31 Autonomia da Subsidiaacuteria
1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros
240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas
124
29
Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer
31
Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma
Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital
2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos
30
Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015
Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1 Gestatildeo Verde
1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly
272 empresas chinesas
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
RESUMO
O objetivo desta tese foi o de verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria com a
formaccedilatildeo de capacidades natildeo locais (NLB-FSAs - Non Located Bound - Firm Specific
Advantages) em subsidiaacuterias de Empresas Multinacionais O marco teoacuterico que sustentou a tese
foi a visatildeo baseada em recursos em negoacutecios internacionais e o paradigma OLI refletido na
discussatildeo das capacidades organizacionais de subsidiaacuterias estrangeiras A pesquisa quantitativa
do tipo survey foi conduzida em abril de 2017 com subsidiaacuterias estrangeiras que operam no
Brasil Foram recebidas 289 respostas vaacutelidas de segmentos variados induacutestria comeacutercio e
serviccedilos Para testar o modelo teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas foram aplicadas utilizando-se o
sistema PLS (Partial Least Squares) Os resultados confirmam que a Ambidestria estaacute
associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSA de maneira indireta A Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de
capacidades locais em forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages)
Subsidiaacuterias com LB-FSAs apresentam maior Competitividade que por sua vez possibilita a
subsidiaacuteria transbordar o conhecimento na forma de NLB-FSAs para a rede da multinacional
Em termos teoacutericos a pesquisa fortalece a teoria VBR - Visatildeo Baseada em Recursos e do OLI
de Dunning (1980) mais especificamente Ownership e Internalization em que por meio da
propriedade e exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as EMNs desenvolvem capacidades
internalizadas na forma de NLB-FSAs a partir de mercados emergentes Com relaccedilatildeo aos
estudos sobre Ambidestria a tese evidencia que empresas ambidestras desenvolvem NLB-
FSAs a partir das capacidades LB-FSAs que possibilitam a melhoria da Competitividade
Adicionalmente preenche um gap nos estudos sobre Ambidestria uma vez que haacute ausecircncia de
estudos sobre o impacto da Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais LB-FSAs
e NLB-FSAs por subsidiaacuterias de empresas multinacionais que atuam no Brasil Em termos de
contribuiccedilatildeo para gestatildeo auxilia na definiccedilatildeo do modelo de gestatildeo estrateacutegica das
multinacionais uma vez que ao usar estrateacutegias ambidestras possibilita o desenvolvimento de
capacidades organizacionais competitivas a partir de um paiacutes emergente
Palavras-chave Ambidestria Capacidades natildeo locais Subsidiaacuterias Inovaccedilatildeo Global
Estrateacutegia Internacional
ABSTRACT
The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy
with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of
Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the
resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the
discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey
was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289
valid responses were received from various segments industry commerce and services
To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial
Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-
FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of
LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs
present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer
knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms
this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory
(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership
and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in
the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on
Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from
the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally
it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of
Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs
in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to
management it supports in the definition of the strategic management model of
multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of
competitive organizational capacities from an emerging country
Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation
International Strategy
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53
Tabela 4 - Construto Ambidestria 54
Tabela 5 - Construto Competitividade 55
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
56
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63
Tabela 12 - VIF do Modelo 64
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12
2 REVISAtildeO LITERARATURA 16
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35
3 HIPOacuteTESES 43
31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44
4 METODOLOGIA 49
41 Abordagem 49
42 Meacutetodo 50
43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65
5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66
51 Anaacutelise do Modelo 66
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70
6 DISCUSSAtildeO 73
7 CONCLUSAtildeO 77
REFEREcircNCIAS 79
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-
CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION 103
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-
CHAVE COMPETITIVENESS 111
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de
Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific
Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs
Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades
organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para
diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da
multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da
matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-
alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem
mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo
ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou
das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-
FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e
que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-
FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias
brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs
Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010
2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a
Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em
recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos
mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of
Managment Research Policy International Business Review Journal of Business
Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes
palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e
Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de
pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade
da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho
das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista
da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos
sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de
NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes
11
Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a
subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw
amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke
2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por
abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que
exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez
1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison
1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez
que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o
mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a
Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora
de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da
multinacional
Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local
Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp
Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas
capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo
independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente
Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp
Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e
desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute
existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para
melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais
localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo
a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non
Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma
a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver
capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost
12
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela
firma para diferentes mercados
Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia
ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais
e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede
da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke
2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias
estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da
estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de
pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local
Bound FSAs
11 Objetivos
111 Geral
O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e
Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave
NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima
permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica
Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs
112 Especiacuteficos
I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e
Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages)
13
II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da
subsidiaacuteria
III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-
FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages
Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa
na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais
e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na
Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na
formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua
rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de
transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens
competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas
multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias
oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp
Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr
2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen
Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning
2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp
Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp
Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter
1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp
Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007
Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp
Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem
vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp
Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas
FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes
14
sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta
amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs
em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu
mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com
menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976
Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney
amp Hesterly 2007 Porter 1990)
Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros
e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no
desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma
Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades
fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias
internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que
permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar
por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary
Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp
Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender
distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa
subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede
diferenciada da multinacional
Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente
como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas
capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global
(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o
fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das
subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de
conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas
desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
15
Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)
mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e
exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem
capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens
competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em
mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke
2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound
- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp
Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da
Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um
tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores
pesquisas (Rossetto 2014)
Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor
compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses
emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de
estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a
capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior
Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves
demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo
estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem
sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de
vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o
fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional
16
2 REVISAtildeO LITERARATURA
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs
As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com
subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir
estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que
busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de
Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo
para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as
fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes
denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco
no Ownership e na Internalization
As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo
da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias
vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e
capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980
1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo
geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente
de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo
notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos
materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e
portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em
que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas
capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp
Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar
capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos
mercados locais e internacionais
Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a
principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir
seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita
desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a
17
funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus
concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos
ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as
demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo
local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural
econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp
Bartlett 1990)
Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma
as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de
estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de
sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo
raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas
sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999
Wernerfelt 1995)
Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes
gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores
como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas
operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e
Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas
e aceitas
Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que
os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais
no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem
dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-
subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a
pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980
Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como
um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem
ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo
Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta
capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo
em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais
Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de
operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta
18
agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da
multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto
grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para
atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras
unidades
A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que
operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de
ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e
operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado
entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam
desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de
capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da
definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as
direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria
Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as
subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo
das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes
possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local
e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)
Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo
contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da
firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos
pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora
de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp
Verbeke 2001)
Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e
Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades
receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon
1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das
estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994
Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem
competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem
19
especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988
Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages
Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do
trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as
estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de
transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um
gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que
satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva
Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a
realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o
conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de
gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem
capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores
como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de
coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja
de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar
produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo
(Rugman 2009)
Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios
elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos
financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia
conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas
e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos
estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados
(Rugman amp Verbeke 2001)
As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o
mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e
outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non
Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees
20
(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -
Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de
vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais
ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam
a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de
atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia
de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma
capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific
Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das
habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou
demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por
exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender
requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para
consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades
organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos
diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila
especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas
formas de produccedilatildeo ou produtos
Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para
entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo
na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma
CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela
firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho
da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao
transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na
cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro
da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede
(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma
busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica
governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de
21
subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades
desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a
subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett
amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)
Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito
da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o
desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades
mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao
desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro
estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos
e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs
Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz
e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de
relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood
(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as
subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade
definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades
individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness
e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel
Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees
para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da
perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional
aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)
tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp
Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo
mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do
mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)
Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais
empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais
uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das
regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de
forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995)
22
Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados
pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a
partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas
CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da
subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram
que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996
a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando
portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a
subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da
EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas
Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost
Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional
reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma
subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees
para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou
desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos
Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das
influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com
o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como
universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -
Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo
objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e
Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz
parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os
fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar
processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e
disponibilidade de matildeo de obra especializada
Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de
conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para
desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e
23
mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma
operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre
nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta
tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global
em um paiacutes desenvolvido
Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como
disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel
internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo
de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo
como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias
como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a
teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration
(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que
direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de
desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim
como para atender as demandas do mercado
Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde
altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias
podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o
desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp
Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood
1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma
FSA (Rugman amp Verbeke 2001)
Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da
localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou
os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados
Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis
potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados
localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das
universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em
PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD
Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente
pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo
24
sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada
com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de
maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa
Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes
considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do
ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia
Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia
do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que
possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-
FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja
um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a
inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional
Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-
se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e
competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme
em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign
2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por
meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)
Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de
paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman
Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da
escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais
complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de
capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico
e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos
niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado
sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades
relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo
de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de
controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo
organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)
aos equipamentos
Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso
modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes
25
emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas
consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento
de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo
como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e
aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees
de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas
multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de
desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode
ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas
para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de
produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas
Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos
determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias
brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar
e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento
criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional
Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de
inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos
ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs
na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para
assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs
transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio
de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese
foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua
capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw
e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)
23 Competitividade
26
A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da
intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de
substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as
estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no
setor
Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade
o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam
substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a
Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp
Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na
lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas
para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus
concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no
ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)
Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem
competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do
que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o
consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo
baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual
possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos
com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de
absorver este conhecimento
Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela
empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie
barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da
empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com
capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e
disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo
e eficiecircncia operacional
Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo
de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de
produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing
por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela
27
qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada
(Barney amp Herstley 2007)
O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em
custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de
produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias
competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam
fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos
requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo
enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios
criativos
Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas
estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas
e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de
produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir
para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem
competitiva sustentaacutevel
Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como
satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas
(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual
descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho
da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de
qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis
Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica
causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do
valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado
compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho
operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da
vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira
geralmente vinculada agrave lucratividade
Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva
(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem
competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo
e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o
28
know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos
produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo
Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia
positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas
capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas
anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de
vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos
disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo
influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam
riscos
Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria
Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios
centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de
que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel
delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-
subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo
sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da
localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma
Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de
produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack
Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia
tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco
fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e
processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores
e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -
flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo
para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015)
Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente
organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell
2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades
de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o
desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos
humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode
29
desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o
comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et
al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir
situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e
da produtividade dos subordinados
Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu
estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva
entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva
sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade
e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade
promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos
nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas
capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como
em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a
estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e
demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da
Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo
da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp
Johnston 2009)
Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em
seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo
Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos
administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim
como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de
custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e
nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)
corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de
relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas
espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades
de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e
processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem
especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua
Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de
30
Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior
demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade
Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo
de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores
da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos
humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design
industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos
(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o
sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro
estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em
desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na
configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia
na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a
inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em
produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a
Competitividade da firma
No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim
e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de
manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a
diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de
natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com
10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)
concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo
afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre
produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a
inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da
multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas
poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos
mercados alvo
Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo
na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a
intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com
o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de
preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos
31
negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo
da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no
mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento
Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de
solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos
autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional
fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro
lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver
uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite
a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental
torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)
Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o
tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno
e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio
agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem
por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas
competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas
fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua
maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como
produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos
fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas
dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e
pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na
vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)
que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam
como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e
recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas
Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e
Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias
empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da
firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as
suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as
que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais
resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo
32
radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs
compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar
um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o
ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza
No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade
Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da
gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos
produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131
subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea
de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do
conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de
melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do
VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja
para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos
processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte
para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly
2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)
Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o
escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996
e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)
Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode
ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente
Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que
consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da
organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da
firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento
mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e
sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades
matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria
Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento
e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades
fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a
matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais
matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia
33
ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se
confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o
niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar
conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo
do conhecimento
Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem
compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma
economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel
delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para
implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para
o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam
tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da
EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de
parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente
afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como
importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o
desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e
Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam
desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre
de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses
desenvolvidos
Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)
com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a
confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor
desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o
compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor
desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas
No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade
Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o
conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com
multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos
produtos lanccedilados no mercado
Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas
operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que
34
capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho
operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e
produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de
qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua
Competitividade
Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e
competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas
pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva
tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar
seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para
melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e
desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam
ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar
os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e
Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui
para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration
Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de
Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do
ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de
Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor
posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o
35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo
econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas
cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as
operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por
consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas
e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro
lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam
no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano
consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse
das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo
agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo
35
24 Ambidestria
O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais
citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas
estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as
estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos
produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente
disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto
(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da
empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser
considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da
deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de
March (1991) e de Levinthal e March (1993)
O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia
entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a
estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido
ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo
a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de
descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash
o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por
exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso
no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos
concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja
superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)
abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual
a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade
mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem
imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa
Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam
ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala
e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo
agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a
36
organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990
1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar
radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees
internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global
de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp
Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro
Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas
ambidestras (March 1991)
No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu
estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas
como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo
fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e
estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o
sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre
Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw
(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute
seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura
pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que
denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41
unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a
Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis
alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por
pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar
o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar
e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura
He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca
ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)
com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual
com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e
adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para
responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito
competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves
necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende
entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros
37
Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a
Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis
cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos
particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do
estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um
facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo
Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma
da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos
sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco
correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns
modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou
adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o
aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)
aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo
e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como
os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as
estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991)
A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo
tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de
negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente
conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman
2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a
firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo
incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior
sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de
identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com
equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as
tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente
demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na
teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas
Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em
que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas
que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de
38
relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as
mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no
longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos
processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades
novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst
amp Raisch 2005)
Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e
Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees
estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo
associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo
de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica
ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)
Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo
no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da
decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista
estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo
orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a
descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho
organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a
eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp
Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)
Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um
melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um
consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do
meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma
alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais
a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem
mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as
tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um
caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para
equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos
existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de
entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas
39
Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria
na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a
criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno
Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo
e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia
organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249
empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees
no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das
organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como
Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute
emergente no mundo organizacional
Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos
como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia
tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa
e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes
concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos
abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e
a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os
processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation
como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos
existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp
Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem
as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental
Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o
ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar
uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende
das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo
Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees
entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e
a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration
e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior
centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as
atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis
40
Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por
Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou
melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou
ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo
para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento
pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel
em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade
(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e
aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e
mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria
Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades
sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa
do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o
veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da
Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)
corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em
serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que
podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um
ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra
tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de
melhoria seja de criaccedilatildeo
Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi
realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases
Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business
Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas
100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e
Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos
quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos
buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando
diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por
tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados
emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia
Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com
141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou
41
compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores
das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e
Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma
empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual
satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com
experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em
comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees
na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao
trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees
interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como
criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a
codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing
(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e
Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as
estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de
diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia
(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas
(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as
condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees
entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades
organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da
organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do
desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para
esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen
Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas
oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se
adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em
mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas
americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio
complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a
Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no
desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration
novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma
criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel
42
Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de
automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e
Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam
como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e
controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)
para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores
satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos
clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e
confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas
estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional
e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma
Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de
Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp
Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)
Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4
ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e
Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades
NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional
43
3 HIPOacuteTESES
31 Modelo
O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He
amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para
atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para
a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a
subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
conforme modelo da tese (Figura 1)
Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
44
32 Hipoacuteteses
Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de
TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que
satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter
competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et
al 2012 Nascimento et al 2014)
Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia
Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al
2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp
Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que
atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-
prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos
institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade
assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com
tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus
concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e
melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute
produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como
por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do
produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras
locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de
se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo
2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp
Lavie 2014 Tiwana 2008)
As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus
operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves
capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as
estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo
Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos
produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)
45
No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de
Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em
termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de
canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode
utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e
pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou
campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-
Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa
amp Faia 2017)
Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais
por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos
sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira
nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-
alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)
Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e
desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam
formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado
mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos
podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais
centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em
privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo
Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como
variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a
variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria
com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em
forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
46
A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam
derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et
al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos
que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando
capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade
superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem
refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas
do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os
concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas
Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede
externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que
necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson
Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)
Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a
subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp
Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-
Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de
tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e
superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da
matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades
desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a
subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang
et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as
demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do
consumidor
Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz
pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este
mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que
47
caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em
absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se
transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman
amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo
de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai
2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes
fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades
especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006
Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006
Raisch amp Birkinshaw 2008)
Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo
em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas
mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho
competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015
Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009
Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao
mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que
seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado
brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis
na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -
Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta
maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp
Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)
consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-
FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir
48
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas
hipoacuteteses adicionais
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade
H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA
49
4 METODOLOGIA
Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de
accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino
(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo
de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a
abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de
anaacutelises dos dados
41 Abordagem
Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)
considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na
qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-
experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas
que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de
perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados
Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa
quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais
assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de
identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses
testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise
dos dados
Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a
pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas
variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de
universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios
ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se
levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com
cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)
50
Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa
de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a
tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem
capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash
Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local
e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
42 Meacutetodo
Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a
determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por
meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr
et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI
ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso
escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo
como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais
Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas
do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras
e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de
segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos
A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento
telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos
departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta
amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado
pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de
Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de
Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com
4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as
atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e
telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas
51
Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7
gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que
pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que
de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das
perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia
Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails
convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento
do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302
questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing
values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas
Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas
possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento
conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Alemanha 65
Estados Unidos 65
Itaacutelia 37
Argentina 15
Franccedila 14
Suiacuteccedila 13
Japatildeo 11
Europa 10
Sueacutecia 8
Espanha 8
Finlacircndia 7
Holanda 6
China 4
Meacutexico 3
Aacuteustria 3
Portugal 3
Dinamarca 3
continua
52
conclusatildeo
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Beacutelgica 2
Canadaacute 2
Inglaterra 2
Austraacutelia 1
Boliacutevia 1
Costa Rica 1
Peru 1
Turquia 1
Ucracircnia 1
Aacutefrica do Sul 1
Aacutesia 1
Total 260 29
90 10
Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa
Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir
observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou
Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield
construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil
Modo de Entrada no Brasil
Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43
Alianccedila ou JV 93 32
Greenfield 71 25
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado
brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias
desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre
mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica
e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir
53
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil
Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado
1901-1910 5 2 2
1911-1920 1 0 2
1921-1930 2 1 3
1931-1940 1 0 3
1941-1950 2 1 4
1951-1960 10 3 7
1961-1970 24 8 15
1971-1980 38 13 28
1981-1990 26 9 37
1991-2000 97 34 71
2001-2015 83 29 100
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
43 Teacutecnica de Pesquisa
Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme
definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados
primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas
importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja
explicar
Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio
com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash
Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com
perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo
estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7
lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas
4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta
tese
54
Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e
Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da
variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado
local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28
P29 P30 descritas na tabela que segue
Tabela 4 - Construto Ambidestria
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou
Exploration He e Wong
(2004)
P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo
P24 Ampliar os tipos de produtos
P25 Abrir novos mercados
P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas
Exploitation He e Wong
(2004)
P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes
P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo
P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo
P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
55
Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por
Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber
Tabela 5 - Construto Competitividade
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua
Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais
concorrentes
P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta
qualidade comparados aos principais concorrentes
P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em
comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente
externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a
responder mais rapidamente agraves demandas do mercado
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade
tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost
Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e
Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram
selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente
desenvolveu novos
LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P31 Produtos
P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo
P33 Processos de marketing
P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located
Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado
de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e
Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com
as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber
56
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria
constantemente transferiu para a matriz novos
NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P36 Produtos
P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo
P38 Processos de marketing
P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados
As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o
modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees
estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre
os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)
Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
conforme exibe a Figura 3
As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)
A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as
variaacuteveis latentes do modelo desta tese
57
Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo
Fonte Dados da pesquisa
Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si
porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que
seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis
Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda
ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos
indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation
No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada
uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo
confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo
indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees
exploradas pelo Modelo
58
Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS
Fonte Dados da pesquisa
45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)
Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo
(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores
e construtos
Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo
reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency
reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem
extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos
e os reflexivos
59
Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo
Fonte Hair Jr et al (2014)
Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de
mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o
compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto
Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees
que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um
Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)
Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os
valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite
Reliability e 05 para o AVE
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna
Cronbachs
Alpha
rho_A Composite
Reliability
Average Variance
Extracted (AVE)
Ambidestria 0913 0915 0929 0623
Competitividade 0878 0884 0911 0672
Exploitation 0878 0879 0916 0733
Exploration 0872 0877 0913 0724
LB-FSA 0889 0900 0923 0750
NLB-FSA 0957 0958 0969 0885
Fonte Dados da Pesquisa
60
O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto
conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre
os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles
devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach
elevado (acima de 07)
O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach
mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume
que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute
considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que
medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado
a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07
O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada
por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado
do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia
natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma
120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2
(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894
Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores
ideiais satildeo dos indicadores acima 07
A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia
das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto
da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue
explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue
esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores
61
47 Validade Convergente (Convergent Validity)
Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel
latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute
observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles
teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores
do Modelo
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0874
q23 0810
q24 0881
q24 0836
q25 0789
q25 0700
q26 0857
q26 0799
q27 0820
q27 0791
q28 0877
q28 0813
q29 0885
q29 0804
q30 0841
q30 0751
q31 0888
q32 0911
q33 0820
q35 0843
q36 0925
q37 0955
q38 0943
q40 0941
q89 0855
q90 0793
q91 0849
q92 0810
q93 0789
Fonte Dados da Pesquisa
Vemos que todos os loadings possuem valores adequados
1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte
consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o
uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05
62
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)
A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos
demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos
diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do
discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker
criterion
Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os
indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre
indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles
refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o
construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois
natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo
O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um
construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz
quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os
demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de
um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em
outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a
seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja
mais associada a seus indicadores
A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas
anteriormente
63
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0308 0620 0878 0572 0232
q24 0313 0663 0882 0578 0204
q25 0297 0503 0782 0452 0096
q26 0346 0618 0856 0521 0217
q27 0335 0815 0645 0446 0049
q28 0361 0879 0630 0475 0137
q29 0308 0886 0605 0448 0245
q30 0265 0843 0552 0456 0179
q31 0300 0470 0628 0889 0333
q32 0370 0569 0637 0911 0324
q33 0305 0354 0425 0820 0318
q35 0370 0426 0451 0841 0346
q36 0243 0179 0207 0346 0925
q37 0214 0156 0189 0343 0955
q38 0267 0193 0250 0369 0943
q40 0245 0147 0198 0370 0941
q89 0854 0320 0349 0312 0205
q90 0791 0339 0384 0404 0190
q91 0849 0266 0281 0284 0251
q92 0812 0318 0260 0339 0228
q93 0789 0264 0215 0217 0179
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Competitividade 0820
Exploitation 0371 0856
Exploration 0371 0710 0851
LB-FSA 0388 0533 0627 0866
NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941
Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem
conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do
discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores
e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente
Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais
elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior
correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel
Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante
de variaacuteveis de ordem mais elevada
64
49 Anaacutelise do Modelo Estrutural
Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as
variaacuteveis latentes do modelo
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes
Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro
passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as
variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das
regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os
resultados do VIF2 do Modelo
Tabela 12 - VIF do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732
Competitividade 1238
Exploitation
Exploration
LB-FSA 1648 1712
NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos
os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)
2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um
coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do
VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de
colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada
de 4
65
411 Qualidade de Ajuste do Modelo
A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade
Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador
de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior
que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O
segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o
quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de
002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo
Modelo
Competitividade 0116
Exploitation 0586
Exploration 0581
LFB-FSA 0270
NLB-FSA 0131
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003
Competitividade 0020
Exploitation
Exploration
LB-FSA 0038 0095
NLB-FSA
Fonte Dados da Pesquisa
Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente
baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o
Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel
Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos
comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute
importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A
Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais
variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo
66
5 ANAacuteLISE DOS DADOS
51 Anaacutelise do Modelo
A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e
suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap
Path Coefficients T statistics
Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo
Variaacutevel
Exoacutegena
Variaacutevel
Endoacutegena
LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs
Ambidestria 0627 0260 -0071
(t-statistic) (11497) (2602) (1105)
LB-FSAs 0226 0369
(t-statistic) (2353) (6489)
Competitividade 0143
(t-statistic) (2703)
(Rsup2) (0393) (0192) (0162)
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Fonte Dados da Pesquisa
Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros
nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path
Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem
sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de
67
um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-
padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2
(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada
como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de
0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por
exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute
explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um
dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de
196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham
o sinal corretamente estimado
Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a
Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do
coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja
uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute
de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido
em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima
o efeito de Ambidestria em NLB-FSA
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese
Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que
orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos
consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais
pudemos chegar
bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages
Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo
de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo
estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA
(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um
efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1
68
bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre
Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar
com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute
correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam
H2
bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de
significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e
NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que
NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita
A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses
Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado
H1 Empresas ambidestras tecircm
associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound -
Firm Specific Advantages)
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
001 Aceita
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located
Bound - Firm Specific Advantages) estaacute
associada positivamente agrave
Competitividade
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H3 A Competitividade estaacute associada
positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific
Advantages)
NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre
Ambidestria e Competitividade
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA e NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001)
001 Aceita
H5 Competitividade media associaccedilatildeo
entre LB-FSA e NLB-FSA
LB-FSA NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
005 Aceita
69
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001) Competitividade
(Yang et al 2015)
Fonte Dados da Pesquisa
70
No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a
ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente
de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a
Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de
001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a
formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA
tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para
verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado
pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-
FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta
mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir
53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo
Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A
pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria
um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para
realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no
qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta
inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e
se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3
3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma
119911 =119886119887
radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887
2)
Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o
coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da
71
A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo
z
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo
variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem
sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que
a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA
A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de
mediaccedilatildeo
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel
Significacircncia
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
Fonte Dados da Pesquisa
De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)
observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos
indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a
Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que
haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade
Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia
que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao
mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o
desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e
relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel
mediadora e variaacutevel dependente
72
qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs
podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com
as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute
efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da
mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na
formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis
LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva
e transfira NLB-FSAs
73
6 DISCUSSAtildeO
Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo
de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos
(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma
Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar
seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para
atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e
produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim
como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e
Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp
Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004
Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo
necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais
produtos e serviccedilos
Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para
a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada
definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a
influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas
decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie
2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a
utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem
organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades
nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos
(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al
2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez
que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias
de empresas multinacionais que atuam no Brasil
Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens
especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave
Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter
1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua
74
com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais
competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp
Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp
Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo
das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais
correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta
com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado
faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as
demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al
2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao
considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um
mercado emergente no caso o Brasil
Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade
para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand
amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese
contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de
capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo
de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai
2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem
preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp
Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente
colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que
ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional
e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)
75
Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras
instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender
ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente
transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da
multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria
obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas
como NLB-FSAs
Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta
de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -
Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas
locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da
multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp
Verbeke 2001)
Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam
que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong
2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver
novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes
(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na
forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke
2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da
Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)
Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades
organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade
da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da
diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a
possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de
NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson
1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo
sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a
76
primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA
(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo
Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional
(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a
Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com
menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que
a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave
Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade
eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria
ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode
obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell
amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese
contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela
EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser
transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke
2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp
Herstely 2007)
77
7 CONCLUSOtildeES
Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-
FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a
Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel
afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem
associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com
a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade
tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de
NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria
de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo
de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos
especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration
e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais
LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado
local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a
Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades
organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua
Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3
confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao
fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e
demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua
Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras
unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um
novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo
de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber
mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um
Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma
que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das
78
empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de
multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs
Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para
a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em
mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas
gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto
de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses
(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem
destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras
variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada
paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada
mercado entre outras
79
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3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
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4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies
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5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
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6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies
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7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology
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9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity
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10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas 122
11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112
96
12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103
14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures
Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99
15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99
16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87
18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo
84
19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80
20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77
21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li 75
22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75
23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis
Journal of Mangement Information Systems
2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75
24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm
Technological Forecating amp Social Charge
2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67
97
26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation
Academy of Management Journal
2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective
Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen
59
29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58
31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance
Strategic Management Journal
2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger
58
32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition
Journal of International Business Studies
2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54
34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies
2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52
35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51
36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers
Journal of International Management
2010 Peter Ping Li 51
37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
50
38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46
39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46
98
40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43
41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42
42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance
Journal of International Management
2009 Robin Teigland Molly Wasko 37
43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning
Technological Forecating amp Social Charge
2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37
44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital
International Business Review
2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story
36
45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies
2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36
46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China
Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31
47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India
Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29
48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms
Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28
49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study
Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni
28
50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view
International Business Review
2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber
28
51 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
27
52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs
Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23
53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model
Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21
99
54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners
Journal of International Business Studies
2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21
55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations
Journal of International Business Studies
2015 L Felipe Monteiro 21
56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries
Journal of International Business Studies
2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee
20
57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries
International Business Review
2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20
58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture
Journal of International Management
2007 Malika Richards Yi Yang 19
59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm
International Business Review
2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona
18
60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership
Journal of International Business Studies
2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle
17
61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector
Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio
17
62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China
Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17
63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy
Journal of International Management
2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj
16
64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances
International Business Review
2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan
16
65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates
Journal of International Management
2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey
14
66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies
2016 C Annique Um 11
67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis
Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin
11
100
68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks
Research Policy 2013 Franz Huber 10
69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance
International Business Review
2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10
70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration
Research Policy 2016 Jian Wang 9
71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy
Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9
72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations
Journal of International Management
2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu
8
73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing
The Journal of Strategic Information System
2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan
8
74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons
Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein
6
75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke
6
76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India
Journal of International Management
2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6
77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries
Journal of International Management
2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park
5
78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation
International Business Review
2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak
5
79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt
International Business Review
2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton
5
80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study
Journal of International Business Studies
2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu
4
81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4
101
82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge
2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh
4
84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4
85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization
Journal of International Business Studies
2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt
3
86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases
Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3
87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi
3
88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity
Academy of Management Journal
2014 Janet K Tinoco 2
89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy
Journal of International Management
2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1
90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations
International Business Review
2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell
1
91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity
Technological Forecating amp Social Charge
2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1
92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research
2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1
93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration
Journal of Business Research
2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1
94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities
Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0
102
95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan
Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann
0
96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust
Journal of International Management
2017 Juana Du Christopher Williams 0
97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs
International Business Review
2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten
0
98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review
2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0
99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth
International Business Review
2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson
0
100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems
Technological Forecating amp Social Charge
2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira
0
Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
103
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY
EXPLORATION E EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra
1
The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman
590
1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma
1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times
Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity
Research Policy
2007
Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent
Cognitive Distance
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
3
Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006
Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo
100 simulaccedilotildees
4 Internationalising in small incremental or larger steps
Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk
264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment
1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico
83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu
104
5
Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy
2008
Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
6 Effects of firm resources on growth in multinationality
Journal of International Business Studies
2007
Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162 Crescimento em multinacionalidade
1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria
Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas
7
Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer
132 Estrateacutegia percebida
1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado
325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia
8
Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel David P Lepak
99
Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation
Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)
215 empresas do setor de tecnologia americano
105
9
The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas
122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time
1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto
96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes
10
Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez
112 Performace Value Market Value
Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation
190 empresas de software americano
11
Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy
2008
Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease
Tecnhological Diversification 985 patentes
106
12
How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel
103
Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)
Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes
215 empresas do setor de tecnologia americano
13
Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project
Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration
142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations
14
Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012
Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87 Unit Performance Profitability
Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo
285 European finance organization units
107
15
The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009
Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol
84
Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist
Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)
Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades
16
The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw
80
Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes
Ambidexterity Alignment and Adaptation
4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais
17
Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro
77
Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members
Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958
18
Balancing exploration and exploitation in alliance formation
Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff
75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration
Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year
Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes
19
Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li
75 Inovaccedilatildeo do produto
1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria
Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003
108
20
Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014
Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais
1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees
Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)
21
The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation
Academy of Management Journal
2008
Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past
Economic Conditions and Environmental treat
163 US Theaters
22
Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco
1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional
431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008
109
23
Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy
2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training
RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners
457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas
24
Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray
58
Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global
40 firms for cluster analysis
25
How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013
Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento
-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura
Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses
26
Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science
2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong
51 Sales Grouwth Rate
Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption
206 Manufacturing firms
110
27
The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy
2009
Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off
Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities
229 Patents in Taiwan
28
Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr
46 Organization Slack Available and Rcoverable
Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms
29
Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy
2013
Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43 Change innovation in economic Crisis
hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation
2500 firmas Britacircnicas
30
Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014
Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao
42 Firm Valuation
Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances
753 Patent information from 1984 to 2006
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
111
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies
2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273
2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185
3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142
6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera
132
7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry
Journal of International Business Studies
2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132
8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M
107
9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance
Journal of Product Innovation
2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90
12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75
13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
112
14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets
Journal of Product Innovation
2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry
69
15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63
17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58
18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58
19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54
21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries
Journal of International Management
2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy 2012 Knut Blind 51
24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell 50
25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49
26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi 45
27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43
113
28 Characterizing service networks for moving from products to solutions
Industrial Marketing Management
2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani
43
29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41
30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment
Journal of International Business Studies
2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41
31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD
Journal of International Business Studies
2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki
40
32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management
Journal of International Management
2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39
33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies
2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38
35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection
Journal of International Management
2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38
36 Company competencies as a network the role of product development
Journal of Product Innovation
2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove
38
37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process
Journal of High Technology Management Research
2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37
38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35
39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business
2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim
35
40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness
Journal of Product Innovation
2000 Perks H 32
41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market
International Business Review
2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu
31
114
42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico
Technological Forecast amp Social Change
2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel
31
43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31
44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31
45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility
Journal of World Business
2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park
30
46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries
Journal of International Management
2007 Brent B Allred Walter G Park 29
47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation
Journal of International Management
2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29
48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals
Journal of World Business
2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang
28
49 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
28
50 Technological diversification complementary assets and performance
Technological Forecast amp Social Change
2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw
26
51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers
Journal of International Business Studies
2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25
52 Comparative strategic management An emergent field in international management
Journal of International Management
2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang
24
53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies
2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24
54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations
Journal of International Management
2009 Christopher Williams 23
55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India
Journal of International Management
2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy
23
56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business
2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson
23
115
57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance
Journal of World Business
2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish
23
58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse
22
59 Linking market orientation to international market selection and international performanc
International Business Review
2011 Xinming He Yingqi Wei 21
60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam
Journal of World Business
2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant
20
61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management
2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park
20
62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research
2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos
20
63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers
Journal of World Business
2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20
64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms
Journal of International Management
2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19
65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union
Journal of World Business
2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno
19
66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages
International Business Review
2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite
18
67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships
Journal of International Management
2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18
68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters
Journal of World Business
2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride
17
69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India
Journal of International Management
2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova
17
70 The attraction of contributors in free and open source software projects
Strategic Information System
2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson
15
71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies
Journal of World Business
2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
15
116
72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong
Journal of World Business
2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones
14
73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance
Journal of World Business
2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros
14
74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance
International Business Review
2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen
13
75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management
2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini
13
76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation
Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams
13
77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness
Industrial Marketing Management
2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan
12
78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit
Journal of Business Research
2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12
79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis
Journal of International Management
2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce
11
80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review
2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
8
81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness
International Business Review
2012 Joan Freixanet 8
82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry
Journal of High Technology Management Research
2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8
83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research
2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7
84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research
2013 Chih-Wen Wu 7
85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies
Industrial Marketing Management
2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6
86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China
International Business Review
2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6
87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6
117
88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms
Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella
5
89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector
International Business Review
2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang
4
91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms
Technological Forecast amp Social Change
2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez
4
92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different
Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4
93
The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits
Technological Forecast amp Social Change
2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez
4
94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies
Journal of World Business
2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani
4
95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis
Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka
4
96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries
Journal of International Management
2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4
97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation
Journal of World Business
2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar
4
98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies
Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira
3
99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research
2015 Irene Kilubi 3
100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
118
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes
Variaacuteveis IndependentesControle Amostra
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs
Journal of International Business Studies
2009
Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing
273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias
Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias
169 subsidiaacuterias de 50 EMNs
2
Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010
James R Kroes Soumen Ghosh
185 Outsource Congruence
Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)
196 empresas manufatureiras americanas
3
International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008
Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional
Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster
156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009
Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais
1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)
105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA
119
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues
142
1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo
1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial
12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007
6
Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010
Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera
132 Criatividade
1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes
74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos
7
Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010
Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value
1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos
140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003
8
How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001
Gerda Gemsera Mark A A M Leenders
107
1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over
1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial
Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento
120
9
The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000
Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos
1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados
57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana
10
On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy
2012
Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75 Competitividade para Exportaccedilatildeo
Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo
24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu
11
Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011
Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado
1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega
72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas
12
Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010
Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)
1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado
10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos
13
Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011
Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63 New product market performance
Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras
121 Empresas Multinacionais Chinesas
121
14
Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012
Panagiotis Ganotakis James H Love
58
Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade
Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios
412 PME britacircnicas de segmentos variados
15
Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012
Snejina Michailova Zaidah Mustaffa
58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias
93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009
16
Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009
Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais
Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness
424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia
17
Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015
Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo
Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa
Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica
76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas
18
Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries
Journal of International Management
2006
Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado
65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias
19
Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009
Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma
Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional
131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia
122
20
The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy
2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente
1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas
21
Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell
50
Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades
Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas
187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses
22
Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013
Ricarda B Bouncken Sascha Kraus
49
Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)
Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty
830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes
23
Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi
45
Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso
1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet
280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores
24
Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009
Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43 Desempenho Exportaccedilatildeo
1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador
262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue
123
25
Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013
Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41 Desempenho da Firma (ROA)
1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)
187 PMEs Taiwanesas
26
The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia
38 Desempenho da Firma
1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros
211 respostas de 105 empresas
27 The antecedents and consequences of successful localization
Journal of International Business Studies
2009
Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma
1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)
229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China
28
Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014
Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31 Autonomia da Subsidiaacuteria
1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros
240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas
124
29
Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer
31
Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma
Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital
2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos
30
Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015
Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1 Gestatildeo Verde
1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly
272 empresas chinesas
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
ABSTRACT
The objective of this thesis was to verify the association of the Ambidexterity strategy
with the formation of non-localized capacities (NLB-FSAs) in subsidiaries of
Multinational Companies The theoretical framework that underpinned the thesis was the
resource-based view in international business and the OLI paradigm reflected in the
discussion of the organizational capacities of foreign subsidiaries The quantitative survey
was conducted in April 2017 with foreign subsidiaries operating in Brazil A total of 289
valid responses were received from various segments industry commerce and services
To test the model multiple regression techniques were applied using the PLS (Partial
Least Squares) system The results confirm that Ambidexterity is associated with NLB-
FSA formation indirectly Ambidexterity leads to local capacity building in the form of
LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) Subsidiaries with LB-FSAs
present greater competitiveness which in turn enables the subsidiary to transfer
knowledge in the form of NLB-FSAs for the multinationals network In theoretical terms
this research strengthens the RBV - Resource Based View and Dunningrsquos OLI theory
(1980) more specifically Ownership and Internalization whereby through the ownership
and exploitation of its resources abroad MNEs develop and internalized capabilities in
the form of NLB-FSAs from emerging markets Regarding to the studies on
Ambidexterity the thesis shows that ambidextrous companies develop NLB-FSAs from
the LB-FSAs capabilities that allow the improvement of Competitiveness Additionally
it fulfills a gap in the studies on Ambidexterity since there are no studies on the impact of
Ambidexterity on the formation of organizational capacities LB-FSAs and NLB-FSAs
in subsidiaries of multinational companies operating in Brazil In terms of contribution to
management it supports in the definition of the strategic management model of
multinationals since by using ambidextrous strategies it enables the development of
competitive organizational capacities from an emerging country
Keywords Ambidexterity Non-local Capacities Subsidiaries Global Innovation
International Strategy
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz) 51
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil 52
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil 53
Tabela 4 - Construto Ambidestria 54
Tabela 5 - Construto Competitividade 55
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) 55
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
56
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna 59
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo 61
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo 63
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo 63
Tabela 12 - VIF do Modelo 64
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo 65
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo 65
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo 66
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses 68
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo 71
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel 71
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 Objetivos 12 111 Geral 12 112 Especiacuteficos 12
2 REVISAtildeO LITERARATURA 16
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs 16
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages 19 23 Competitividade 25 24 Ambidestria 35
3 HIPOacuteTESES 43
31 Modelo 43 32 Hipoacuteteses 44
4 METODOLOGIA 49
41 Abordagem 49
42 Meacutetodo 50
43 Teacutecnica de Pesquisa 53 44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados 56 45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo) 58
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability) 59 47 Validade Convergente (Convergent Validity) 61
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity) 62 49 Anaacutelise do Modelo Estrutural 64
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes 64 411 Qualidade de Ajuste do Modelo 65
5 ANAacuteLISE DOS DADOS 66
51 Anaacutelise do Modelo 66
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese 67 53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo 70
6 DISCUSSAtildeO 73
7 CONCLUSAtildeO 77
REFEREcircNCIAS 79
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-
CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E EXPLOITATION 95
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION 103
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-
CHAVE COMPETITIVENESS 111
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS
DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS 118
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
O recorte desta tese volta-se agraves associaccedilotildees das atividades da estrateacutegia de
Ambidestria com a Competitividade e a formaccedilatildeo de Non Local Bound Firm Specific
Advantages ndash NLB-FSAs em subsidiaacuterias brasileiras de empresas multinacionais - EMNs
Rugman e Verbeke (2001) definem as NLB-FSAs como sendo as capacidades
organizacionais que possuem duas caracteriacutesticas principais podem ser utilizadas para
diversos mercados e satildeo facilmente difundidas e absorvidas dentro da rede da
multinacional Adicionalmente podem ser criadas a partir de vaacuterias origens a partir da
matriz que desenvolve centralmente capacidades para atender a diferentes mercados-
alvo a partir de um conjunto de subsidiaacuterias de paiacuteses que conjuntamente desenvolvem
mandatos da matriz capacidades organizacionais para atender a vaacuterios mercados-alvo
ou mesmo de uma uacutenica subsidiaacuteria que pode desenvolver NLB-FSAs de mandatos ou
das SSAs - Subsidiary Specifics Advantages que formam capacidades em forma de LB-
FSAs (Local Bound Specific Advantages) destinadas para atender a um mercado-alvo e
que podem ser absorvidas pela matriz para a rede de multinacional na forma de NLB-
FSAs Esta tese tem como objeto de anaacutelise as estrateacutegias ambidestras de subsidiaacuterias
brasileiras que desenvolvem LB-FSAs e que satildeo transbordadas como NLB-FSAs
Sobre a Ambidestria segundo Gupta Smith e Shalley (2006) Popadiuk (2010
2012) Popadiuk e Bido (2016) Popadiuk et al (2014) e Martins e Rossetto (2014) a
Ambidestria eacute um tema bastante complexo e merece estudos mais aprofundados Em
recente pesquisa utilizamos o Science Direct Ebsco e o Portal Capes nos 15 perioacutedicos
mais influentes incluindo Journal of International Business Studies Academy of
Managment Research Policy International Business Review Journal of Business
Research entre outros e identificamos os 100 artigos mais citados com as seguintes
palavras-chave Ambidexterity Exploration Exploitation (Apecircndice 1) e
Competitiveness (Apecircndice 4) Desta forma pudemos constatar limitada quantidade de
pesquisas que pudessem responder sobre a influecircncia da Ambidestria na Competitividade
da firma como por exemplo a de He e Wong (2004) sobre o impacto no desempenho
das vendas e a de Zhao Park e Zhou (2014) sobre a Competitividade do ponto de vista
da diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica Pudemos entatildeo identificar a inexistecircncia de estudos
sobre a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de capacidades em formas de
NLB-FSAs em subsidiaacuterias estrangeiras de paiacuteses emergentes
11
Contudo nos estudos de gestatildeo de subsidiaacuterias existem diversos fatores para a
subsidiaacuteria operar como fornecedora de NLB-FSAs (Bartlett amp Ghoshal 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw
amp Ensign 2002 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986 Rugman amp Verbeke
2001) e isso pode ocorrer por diversos fatores quando existe a definiccedilatildeo estrateacutegica por
abundacircncia de recursos no mercado alvo por requerimentos institucionais locais que
exigem ajustes ou por mandatos definidos pela matriz (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995 DrsquoCruz 1986 Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Jarillo amp Martiacutenez
1990 Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009 Oliveira Jr amp Borini 2006 Roth amp Morrison
1992) Mediante o exposto o propoacutesito deste trabalho eacute ampliar tais estudos uma vez
que ao utilizar estrateacutegias ambidestras para melhorar ou desenvolver produtos para o
mercado local a subsidiaacuteria pode criar capacidades especiacuteficas que contribuam para a
Competitividade e que possibilitem que a mesma possa assumir o papel de fornecedora
de capacidades que contribuam para a vantagem competitiva sustentaacutevel da
multinacional
Desse modo o desenvolvimento a formaccedilatildeo e a transferecircncia de Non Local
Bound Firm Specific Advantages ndash NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Quadros et al 2014 Morero 2015 Rugman amp
Verbeke 2001) decorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver ou melhorar suas
capacidades organizacionais que possam ser transbordados para a organizaccedilatildeo
independentemente da obtenccedilatildeo de mandatos ou papeacuteis definidos previamente
Nesta tese trabalhamos com a hipoacutetese de que se a empresa for ambidestra (He amp
Wong 2004) utilizando o equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e
desenvolver novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute
existentes (Exploitation) formam-se as LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001) uma variaacutevel que atua como mediadora para
melhoria da Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015) Ao melhorar sua
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades organizacionais
localmente as LB-FSAs satildeo transferidas para a matriz e outras unidades da rede Logo
a subsidiaacuteria transfere o conhecimento adquirido da LB-FSA como NLB-FSAs - Non
Located Bound - Firm Specific Advantages (Rugman amp Verbeke 2001) E desta forma
a formaccedilatildeo do NLB-FSAs ocorre quando a subsidiaacuteria eacute capaz de desenvolver
capacidades organizacionais (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost
12
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) que possam ser absorvidos pela
firma para diferentes mercados
Desta maneira a hipoacutetese central que norteia esta tese eacute de que a estrateacutegia
ambidestra fomenta o desenvolvimento de LB-FSAs que contribuem para a
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) por meio da diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais
e consequentemente abre a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede
da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw amp Hood 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke
2001) Assim a tese defendida neste trabalho relata a respeito das subsidiaacuterias
estrangeiras instaladas no Brasil e que as NLB-FSAs dependem de maneira indireta da
estrateacutegia de Ambidestria de Exploration e Exploitation Em vista disso o problema de
pesquisa baseia-se na seguinte questatildeo Qual a relaccedilatildeo entre Ambidestria e Non Local
Bound FSAs
11 Objetivos
111 Geral
O objetivo geral eacute verificar se a Ambidestria da estrateacutegia de Exploration e
Exploitation estaacute associada agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) A tese eacute que a Ambidestria estaacute associada de maneira indireta agrave
NLB-FSAs Em outras palavras a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSAs Esta uacuteltima
permite maior Competitividade da subsidiaacuteria logo uma maior importacircncia estrateacutegica
Esta importacircncia permite agrave subsidiaacuteria transbordar a LB-FSAs como NLB-FSAs
112 Especiacuteficos
I Verificar a associaccedilatildeo positiva da estrateacutegia ambidestra (Exploration e
Exploitation) na formaccedilatildeo de capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific
Advantages)
13
II Verificar a associaccedilatildeo positiva das LB-FSAs com a Competitividade da
subsidiaacuteria
III Verificar a associaccedilatildeo positiva da Competitividade na formaccedilatildeo de NLB-
FSAs Non Located Bound - Firm Specific Advantages
Em termos de contribuiccedilatildeo esta tese busca corroborar para o campo de pesquisa
na aacuterea de Administraccedilatildeo de Empresas na linha de pesquisas de estrateacutegias internacionais
e inovaccedilatildeo especificamente no setor de influecircncia das atividades ambidestras de
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) (He amp Wong 2004 March 1991) na
Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990) e consequentemente na
formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender ao mercado local como LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantage) que possam ser transferidas agrave matriz e agrave sua
rede de subsidiaacuterias como Non Local Bound Firm Specific ndash NLB-FSA (Frost
Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) Desta forma a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente a subsidiaacuteria assume o papel de
transportadora de importantes fluxos de conhecimentos que geram vantagens
competitivas para a firma (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
Assim esta tese procura ampliar a compreensatildeo das estrateacutegias das empresas
multinacionais - EMNs no que tange agrave participaccedilatildeo e inserccedilatildeo estrateacutegica de subsidiaacuterias
oriundas de paiacuteses emergentes (Amatucci amp Bernardes 2007 Aulakh 2007 Bartlett amp
Ghoshal 2000 Boehe 2007 2008 Bonaglia amp Goldstein 2007 Borini amp Oliveira Jr
2010 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Buckley et al 2007 Borini et al 2009 Cahen
Stal amp Dhanaraj 2016 Child amp Rodrigues 2005 Cuervo-Cazurra 2012 Dunning
2009 Fleury 1999 Fleury amp Fleury 2007 Fleury Fleury amp Borini 2013 Khanna amp
Palepu 1997 1999 2006 Lana et al 2017 Narula 2006 Narula 2012 Nguyen amp
Rugman 2015 Oliveira Jr amp Borini 2009 Pinheiro Borini amp Pereira 2017 Porter
1990 Ramamurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rugman 2009 Rocha Silva amp
Carneiro 2007 Srai 2013 Stal amp Campanaacuterio 2007 Tarune Cyrino amp Penido 2007
Watanabe 2007 Xu 2007 Yang et al 2015 Zeng amp Willanmson 2007 Zhao Park amp
Zhou 2014) como fontes de desenvolvimento de capacidades organizacionais que gerem
vantagens especiacuteficas como formas de FSAs - Firm Specific Advantages (Rugman amp
Verbeke 2001) para a firma em forma de produtos ou processos de tal maneira que estas
FSAs possam contribuir para a Competitividade da subsidiaacuteria local e sendo relevantes
14
sejam compartilhadas dentro da rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1999 Gupta
amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Desse modo fortalece o campo de conhecimento sobre as estrateacutegias das EMNs
em adquirir recursos e compensar uma desvantagem competitiva da multinacional em seu
mercado de origem por meio da geraccedilatildeo de vantagens especiacuteficas da firma seja com
menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 Dunning 1988 Hymer 1976
Rugman 1981 Teece Pisano amp Shuen 1997) ou diferenciaccedilatildeo mercadoloacutegica (Barney
amp Hesterly 2007 Porter 1990)
Por conseguinte contribui para a abordagem de que as subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes possam deixar de ser apenas receptoras de tecnologia de mercados maduros
e desenvolvidos (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Vernon 1966) para evoluiacuterem no
desenvolvimento de capacidades organizacionais que possam ser atrativas para a firma
Desta forma deixam de ser apenas receptoras e passam a ser fornecedoras de capacidades
fortalecendo a evoluccedilatildeo do conhecimento no campo de desenvolvimento das estrateacutegias
internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1998 Gupta amp Govindarajan 1994 Hedlund 1986)
Assim sobre transferecircncia para outras unidades em novos produtos ou processos que
permitam a subsidiaacuteria assumir o papel de formadora de NLB-FSAs na rede (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para se responsabilizar
por tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir as SSAs (Subsidiary
Specific Advantages) transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp
Verbeke 2001) por meio de produtos ou processos que permitam a EMN atender
distintos mercados Corroborando assim com os conhecimentos da inovaccedilatildeo reversa
subsidiaacuteria-matriz com maior inserccedilatildeo da subsidiaacuteria na inovaccedilatildeo global dentro da rede
diferenciada da multinacional
Mediante o exposto estudar as Empresas Multinacionais - EMNs principalmente
como as subsidiaacuterias inovam e influenciam a corporaccedilatildeo seja na inovaccedilatildeo de suas
capacidades organizacionais seja de local para global ou ainda de global para global
(Oliveira Jr Boehe amp Borini 2009) contribui para entender os antecedentes sobre o
fluxo de conhecimento da firma (Michailova amp Mustaffa 2012) e nas formas das
subsidiaacuterias em assumirem papeacuteis de transportadora de importantes fluxos de
conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades especiacuteficas
desenvolvidas localmente (Birkinshaw amp Hood 1998 Birkinshaw Morrison amp Hulland
1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp Verbeke 2001)
15
Adicionalmente a tese fortalece a teoria do OLI de Dunning (1980 1988 2000)
mais especificamente Ownership e Internalization em que a partir da propriedade e
exploraccedilatildeo de seus recursos no exterior as subsidiaacuterias das EMNs desenvolvem
capacidades para atender a demanda local e que se transformam em vantagens
competitivas pela internalizaccedilatildeo da firma por novas capacidades desenvolvidas em
mercados emergentes (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke
2001) Logo procura abordar o dilema da formaccedilatildeo de NLB-FSAs Non Located Bound
- Firm Specific Advantages a partir da estrateacutegia de Ambidestria (March 1991 He amp
Wong 2004) dividida em dois construtos Exploration e Exploitation e da evoluccedilatildeo da
Competitividade de uma subsidiaacuteria (Porter 1980 1990 1999 Yang et al 2015) um
tema que possui mais estudos a partir da deacutecada de 2000 e que ainda demanda maiores
pesquisas (Rossetto 2014)
Em termos de contribuiccedilatildeo para gestatildeo a tese almeja contribuir com melhor
compreensatildeo das estrateacutegias que permitam que a firma adquira conhecimentos em paiacuteses
emergentes sendo o modelo de estrateacutegia de Ambidestria com o balanceamento de
estrateacutegias e recursos entre Exploration e Exploitation inicialmente aumentando a
capacidade da unidade em atuar em mercados distantes de sua origem com maior
Competitividade agrave subsidiaacuteria permitindo criar e adaptar produtos que atendam agraves
demandas do mercado consumidor local Diante disso coopera ainda para a gestatildeo
estrateacutegica de empresas multinacionais no sentido de que as adequaccedilotildees locais podem
sim contribuir para a firma inclusive com o retorno da inovaccedilatildeo agrave origem por meio de
vantagens especiacuteficas ndash NLB-FSAs que possam contribuir para o desenvolvimento e o
fortalecimento de vantagens competitivas sustentaacuteveis da multinacional
16
2 REVISAtildeO LITERARATURA
21 Estrateacutegia das empresas Multinacionais- EMNs
As Empresas Multinacionais ndash EMNs com operaccedilotildees fiacutesicas internacionais e com
subsidiaacuterias espalhadas em diferentes regiotildees do mundo satildeo obrigadas a definir
estrateacutegias localizaccedilotildees estruturas e funccedilotildees internas diferenciadas Uma corrente que
busca explicar este fenocircmeno consiste no pensamento da teoria do Paradigma Ecleacutetico de
Dunning (1980 1988 2000) aliando as teorias do custo de transaccedilatildeo e internalizaccedilatildeo
para elucidar os fatores caracteriacutesticos que justifiquem a produccedilatildeo internacional e as
fontes das vantagens e capacidades da firma desenvolvidas por determinantes
denominados de OLI ndash Ownership Location e Internalization Esta tese possui seu foco
no Ownership e na Internalization
As vantagens de Ownership permitem a internacionalizaccedilatildeo devido agrave exploraccedilatildeo
da excelecircncia da firma quando esta parte para o exterior aproveitando de suas proacuteprias
vantagens no acircmbito corporativo criadas e desenvolvidas com resultantes de recursos e
capacidades proacuteprias da matriz As vantagens de Location conforme Dunning (1980
1988 2000) estatildeo relacionadas agrave exploraccedilatildeo das vantagens auferidas pela localizaccedilatildeo
geograacutefica da matriz corporativa e de suas subsidiaacuterias ou seja tratam-se principalmente
de vantagens comparativas relacionadas ao acesso a mercados e fatores de produccedilatildeo
notadamente agravequeles relacionados agrave disponibilidade custo e qualidade de recursos
materiais (mateacuteria-prima) e humanos (matildeo de obra) refletindo em custos menores e
portanto preccedilos finais reduzidos O terceiro fator do OLI a Internalization consiste em
que a exploraccedilatildeo das vantagens exige uma internalizaccedilatildeo a absorccedilatildeo de novas
capacidades (Buckley amp Casson 1976 Rugman 1981 Rugman 1992 Rugman amp
Verbeke 2001) partindo da premissa de que a empresa tem a funccedilatildeo de internalizar
capacidades por exemplo produccedilatildeo ou marketing para realizar suas atividades nos
mercados locais e internacionais
Corrobora com Buckley e Casson (1976) Chesnais (1996) afirmando que a
principal vantagem da internalizaccedilatildeo eacute adquirir a capacidade e o know-how para atingir
seus objetivos que por meio de transaccedilotildees internas na proacutepria organizaccedilatildeo permita
desenvolver vantagens comparativas natildeo oferecidas no ambiente externo passando a
17
funcionar como caracteriacutestica proacutepria da firma e impossiacutevel de ser reproduzida por seus
concorrentes criando assim um diferencial sustentaacutevel em seus produtos ou serviccedilos
ofertados no mercado local ou internacional Essas adequaccedilotildees visam atender as
demandas e as necessidades locais assim como manter sua Competitividade de atuaccedilatildeo
local de forma que cumpra com os ambientes de cada paiacutes ou regiatildeo em niacutevel cultural
econocircmico ambiental regulatoacuterio entre outros (Ghoshal amp Nohria 1989 Ghoshal amp
Bartlett 1990)
Nesta linha de pensamento Bartlett e Ghoshal (1989) afirmam que desta forma
as empresas multinacionais ndash EMNs ndash desenvolvem capacidades e tipologias de
estruturas de gestatildeo internacional de suas subsidiaacuterias ampliando suas possibilidades de
sobrevivecircncia no mercado internacional e criando assim capacidades internas que satildeo
raras valiosas e difiacuteceis de imitar essenciais para criar e manter vantagens competitivas
sustentaacuteveis (Barney 1991 Barney amp Herstely 2007 Porter 1990 1996 1999
Wernerfelt 1995)
Inicialmente as pesquisas sobre as tipologias buscavam descrever as atitudes
gerenciais e de recursos humanos (Perlmutter 1969) mas posteriormente outros autores
como Adler e Ghadar (1990) encontraram diferentes tipologias para descrever essas
operaccedilotildees das Empresas Multinacionais ndash EMNs entretanto as tipologias de Bartlett e
Ghoshal (1989) ndash Multidomeacutestica Global e Transnacional ndash tecircm sido as mais debatidas
e aceitas
Assim como Harzing (2000) Ferreira (2011) corrobora com as afirmaccedilotildees de que
os estudos de Bartlett e Ghoshal com foco na compreensatildeo dos papeacuteis das multinacionais
no mercado global principalmente em como se relacionam e nos papeacuteis que assumem
dentro da rede das corporaccedilotildees multinacionais relaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz-
subsidiaacuterias podem ser consideradas como uma das mais notaacuteveis contribuiccedilotildees para a
pesquisa sobre negoacutecios internacionais desde o final da deacutecada de 1980
Estes autores entendem que o modelo internacional pode ser considerado como
um modelo global e que mediante o exposto as tipologias de Bartlett e Ghoshal podem
ser resumidas em trecircs modelos a Multidomeacutestica a Global e a Transnacional O modelo
Multidomeacutestico combina uma operaccedilatildeo com baixa integraccedilatildeo entre as unidades e a alta
capacidade de resposta ao mercado local O modelo Global busca maior padronizaccedilatildeo
em niacutevel global com nenhuma adaptaccedilatildeo dos produtos para os mercados locais
Destacadamente o modelo Transnacional tem sido muito influente como um modelo de
operaccedilatildeo com alta capacidade integrativa entre as unidades e alta capacidade de resposta
18
agraves necessidades do mercado local que opera em rede definida como rede diferenciada da
multinacional Embora no modelo Transnacional a matriz defina papeacuteis e haja um alto
grau de controle a subsidiaacuteria recebe autonomia para desenvolver capacidades para
atender as demandas locais e operar de forma colaborativa e integrada com outras
unidades
A partir desta compreensatildeo esta tese possui suporte nas multinacionais que
operam no modelo Transnacional de Bartlett e Ghoshal (1989) com configuraccedilotildees de
ativos e recursos dispersos interdependentes especializados com papeacuteis diferenciados e
operaccedilotildees mundiais integradas e ainda com conhecimento desenvolvido e compartilhado
entre diversas unidades Portanto permitem que subsidiaacuterias brasileiras possam
desenvolver capacidades organizacionais e inovar globalmente tornando-se uma fonte de
capacidades dentro da rede diferenciada uma vez que a partir da cooperaccedilatildeo e da
definiccedilatildeo de papeacuteis entre as unidades o fluxo de conhecimento possa ocorrer em todas as
direccedilotildees matriz-subsidiaacuteria subsidiaacuteria-matriz e subsidiaacuteria-subsidiaacuteria
Assim na rede diferenciada das EMNs a intensidade das relaccedilotildees entre as
subsidiaacuterias pode ser medida pela distribuiccedilatildeo de recursos e pela forma como a gestatildeo
das trocas internas de relacionamento ou seja o fluxo de conhecimento entre as partes
possibilita as adequaccedilotildees que atendam por um lado as necessidades do mercado local
e por outro as estrateacutegias corporativas (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999)
Desta maneira permite que as subsidiaacuterias inovem em projetos de adequaccedilatildeo
contribuindo com vantagens competitivas (Porter 1990) para vaacuterias frentes dentro da
firma tanto para a matriz como coligadas deixando de assumir papeacuteis riacutegidos e definidos
pelo centro pela matriz (Rugman amp Verbeke 1992 2001) e um papel de transportadora
de importantes fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de
capacidades especiacuteficas desenvolvidas localmente (Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998
Birkinshaw Morrison amp Hulland 1995 Gupta amp Govindarajan 1994 Rugman amp
Verbeke 2001)
Sobre os papeacuteis das subsidiaacuterias inicialmente segundo Birkinshaw Hood e
Jonsson (1998) estes foram vistos como uma forma de acessar mercados em localidades
receptoras de tecnologia existentes de mercados maduros e desenvolvidos (Vernon
1966) No entanto nos anos seguintes ocorreu uma evoluccedilatildeo no desenvolvimento das
estrateacutegias internacionais (Bartlett amp Ghoshal 1989 1999 Gupta amp Govindarajan 1994
Hedlund 1986) como forma de adquirir recursos e compensar uma desvantagem
competitiva da empresa em seu mercado de origem e que pudesse gerar uma vantagem
19
especiacutefica e com um menor custo de transaccedilatildeo (Cantwell 1989 Dunning 1980 1988
Hymer 1976 Rugman 1981 Rugman amp Verbeke 2001 Teece Pisano amp Shuen 1997)
22 FSAs ndash Firm Specific Advantages
Apesar de Rugman e Verbeke (1992 2001) destacarem que os resultados do
trabalho de Bartllet e Ghoshal se tornaram um dos principais aspectos para explicar as
estrateacutegias das multinacionais principalmente do ponto de vista da teoria do custo de
transaccedilatildeo e da teoria de VBR (Visatildeo Baseada em Recursos) demonstraram que havia um
gap teoacuterico para elucidar como a EMN desenvolve e adquire vantagens especiacuteficas que
satildeo internalizadas e que permitem uma operaccedilatildeo internacional de forma competitiva
Para estes autores as subsidiaacuterias das EMNs precisam de capacidades para a
realizaccedilatildeo de seus projetos por meio da internalizaccedilatildeo de um ativo tais como o
conhecimento para desenvolvimento de produtos ou de produccedilatildeo de um processo de
gestatildeo e de marketing ativos sobre os quais a firma tem controle e desenvolvem
capacidades para atender o mercado estas capacidades satildeo denominadas por estes autores
como FSAs - Firm Specific Advantages Em outras palavras eacute a capacidade da firma de
coordenar e absorver um conhecimento uma competecircncia que gere uma vantagem seja
de produccedilatildeo comercializaccedilatildeo ou personalizaccedilatildeo de serviccedilos satildeo habilidades em realizar
produtos ou processos organizacionais e outras atividades como marketing e distribuiccedilatildeo
(Rugman 2009)
Nguyen e Rugman (2015) tambeacutem destacam que as FSAs incluem vaacuterios
elementos podendo ser recursos fiacutesicos como equipamentos e maacutequinas ou recursos
financeiros assim como a capacidade dos recursos humanos em realizar com eficiecircncia
conhecimento e processos de inovaccedilatildeo atendimento aos clientes habilidade para vendas
e gestatildeo da marca Assim o desenvolvimento de FSAs depende da gestatildeo dos recursos
estrateacutegicos (Bartlett amp Ghoshal 1989 Rugman amp Verbeke 1992) que satildeo internalizados
(Rugman amp Verbeke 2001)
As FSAs satildeo tambeacutem divididas em duas categorias uma para atender somente o
mercado local denominadas LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) e
outras desenvolvidas para atender a uma pluralidade de mercados as NLB-FSAs (Non
Located Bound ndash Firm Specific Advantages) mesmo que com poucas adaptaccedilotildees
20
(Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente uma FSA pode originar-se de uma CSA -
Country Specific Advantages que eacute a capacidade da firma construiacuteda a partir de
vantagens do paiacutes como menor custo laboral grande disponibilidade de recursos naturais
ndash energia mineacuterios recursos florestais etc na qual a combinaccedilatildeo de ambas possibilitam
a identificaccedilatildeo de nichos de posicionamento estrateacutegicos da firma em seu mercado de
atuaccedilatildeo (Rugman amp DCruz 2000 Rugman 2009) vantagens geradas pela abundacircncia
de recursos ou facilidades locais que permitam que a subsidiaacuteria desenvolva uma
capacidade gerando assim vantagens denominada SSAs - Subsidiary Specific
Advantages que podem ser transbordadas para a rede de subsidiaacuteria em forma de uma
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
Desta forma as capacidades da firma podem ser desenvolvidas a partir das
habilidades internas da organizaccedilatildeo assim como por vantagens comparativas ou
demandas especiacuteficas do paiacutes do mercado de atuaccedilatildeo (Rugman amp Verbeke 2001) Por
exemplo a) adaptaccedilotildees locais para criar e adaptar produtos e soluccedilotildees para atender
requerimentos especiacuteficos dos consumidores b) necessidade de menores preccedilos para
consumidores da base da piracircmide de tal forma que a firma desenvolva capacidades
organizacionais que proporcionem produtos e processos de produccedilatildeo com custos
diferenciados e c) por requerimentos institucionais miacutenimos ou de seguranccedila
especiacuteficos ao mercado que demande da firma desenvolvimento de adaptaccedilotildees ou novas
formas de produccedilatildeo ou produtos
Assim a subsidiaacuteria eacute obrigada a desenvolver capacidades organizacionais para
entregar aos consumidores produtos ou serviccedilos de acordo com o ambiente competitivo
na qual estaacute inserida podendo desta forma gerar vantagens competitivas a partir de uma
CSA que pode ser transbordada para outras unidades da EMN (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) e transformada em uma NLB-FSA Sendo que esta FSA absorvida pela
firma torna-se uma capacidade especiacutefica da empresa que permite melhor desempenho
da organizaccedilatildeo em um ambiente globalizado e competitivo (Porter 1990) e ao
transbordarem entre as unidades da empresa permitem que ela atue em elos distintos na
cadeia de valor (Srai 2013) assim como que a subsidiaacuteria assuma diversos papeacuteis dentro
da rede diferenciada como centro de capacidades de pesquisa e inovaccedilatildeo para a rede
(Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Corroboram neste sentido Nguyen e Rugman (2015) ao afirmarem que a firma
busca utilizar seus recursos de forma otimizada que satildeo geridos sob uma uacutenica
governanccedila e em um ambiente global e competitivo e as EMNs utilizam de sua rede de
21
subsidiaacuterias para transferir os conhecimentos adquiridos suas capacidades
desenvolvidas como forma de compartilhamento de conhecimento seja na matriz para a
subsidiaacuteria da subsidiaacuteria para outras subsidiaacuterias ou da subsidiaacuteria para matriz (Bartlett
amp Ghoshal 1989 Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998)
Estudos posteriores como os de Nguyen e Rugman (2015) exploraram o conceito
da teoria das EMNs analisando o conceito de que as SSAs atuam como um drive para o
desempenho da subsidiaacuteria demonstrando relaccedilatildeo positiva das vantagens de atratividades
mercadoloacutegicas dos paiacuteses (CSAs) corroborando no que tange agraves adaptaccedilotildees e ao
desenvolvimento de produtos e serviccedilos para atender as demandas locais Em outro
estudo Lin e Lin (2016) destacam tambeacutem a importacircncia das disponibilidades de recursos
e vantagens especiacuteficas dos paiacuteses (CSAs) na formaccedilatildeo de SSAs em subsidiaacuterias de paiacuteses
emergentes e consequentemente transbordadas como FSAs
Vaacuterios autores buscam explicar este fenocircmeno de relacionamentos entre a matriz
e suas subsidiaacuterias Rugman e DrsquoCruz (2000) analisam este fenocircmeno de rede de
relacionamentos como processos interorganizacionais Neste sentido Birkinshaw e Hood
(1998) contribuem para as interpretaccedilotildees sobre o fluxo do conhecimento entre as
subsidiaacuterias de uma multinacional e os papeacuteis a serem desempenhados por cada unidade
definidos com o objetivo de cobrir gaps especificamente e as necessidades
individualizadas da organizaccedilatildeo utilizando sua rede para superar o liability of foreigness
e criar uma vantagem competitiva sustentaacutevel
Segundo Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) satildeo trecircs as principais explicaccedilotildees
para o fluxo de conhecimento entre as unidades inicialmente surge a partir da
perspectiva interna da empresa de seu lsquomodus operandisrsquo de sua cultura organizacional
aberta ao compartilhamento de ideias e melhores praacuteticas (Ghoshal amp Nohria 1989)
tambeacutem depende do papel definido e desempenhado pela subsidiaacuteria (Birkinshaw amp
Morrison 1995 Gupta amp Govindarajan 1994) e ainda o interesse da firma pelo
mercado consumidor pode ser explicado pela relevacircncia e perspectiva de crescimento do
mercado (Bartlett amp Ghoshal 1989)
Por fim outra visatildeo ndash uma escolha empreendedora ndash eacute a de que a EMN mais
empreendedora pode optar por delegar autonomia agrave subsidiaacuteria aos executivos locais
uma vez que os gestores locais possuem maior e melhor conhecimento do mercado e das
regras locais facilitando desta forma adaptaccedilotildees e desenvolvimento de capacidades de
forma mais raacutepida e correta para atender as demandas locais (Birkinshaw Morrison amp
Hulland 1995)
22
Diante disso estes papeacuteis definidos para a subsidiaacuteria podem ser influenciados
pela capacidade de geraccedilatildeo e transferecircncia de conhecimentos desenvolvidos por ela a
partir de vantagens comparativas de localizaccedilatildeo do paiacutes (Dunning 1980) denominadas
CSA (Country Specific Advantages) sendo que posteriormente esta capacidade local da
subsidiaacuteria pode ser transbordada e absorvida pela firma como FSAs (Firm Specific
Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
Conforme estudo realizado por Michailova e Mustaffa (2012) que identificaram
que dos 99 artigos sobre fluxo de conhecimento em multinacionais publicados entre 1996
a 2006 nos mais influentes perioacutedicos 95 abordavam esta temaacutetica demonstrando
portanto que ainda eacute um tema relevante inclusive com papeacuteis que permitam que a
subsidiaacuteria desempenhe mesmo que por mandatos um Centro de Excelecircncia da rede da
EMN (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) na formaccedilatildeo de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001)
No que tange ao conceito de COE ndash Centro de Excelecircncia nas Empresas
Multinacionais ndash EMNs corroborando com Birkinshaw Hood e Jonsson (1998) Frost
Birkinshaw e Ensign (2002) definem que se trata de uma unidade organizacional
reconhecida pela matriz como uma importante fonte de criaccedilatildeo de valor podendo ser uma
subsidiaacuteria no exterior com capacidades avanccediladas para identificar e gerar novas aptidotildees
para a empresa ou para outras subsidiaacuterias em termos de fabricaccedilatildeo pesquisa ou
desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos
Ainda segundo estes autores o Centro de Excelecircncia eacute visto como o resultado das
influecircncias do ambiente externo e interno Nos fatores externos temos as interaccedilotildees com
o mercado da induacutestria dos recursos disponiacuteveis e das instituiccedilotildees locais como
universidades e centro de pesquisas Por fatores internos da empresa pelo niacutevel de IDE -
Investimento Direto Externo no paiacutes temos os recursos disponibilizados pela matriz - natildeo
objetos desta pesquisa ndash que foram justificados anteriormente Corroboram Cantwell e
Mudambi (2005) ao argumentar que assumir um papel de fornecedora de NLB-FSAs faz
parte do processo evolutivo das responsabilidades da subsidiaacuteria e confirmam que os
fatores determinantes estatildeo na proacutepria subsidiaacuteria como sua capacidade de liderar
processos de inovaccedilatildeo nas influecircncias locais especiacuteficas como relevacircncia do mercado e
disponibilidade de matildeo de obra especializada
Outro estudo de Adenfelt e Lagerstroumlm (2006) sobre a forma de como o fluxo de
conhecimento ocorre nos centros de PampD confirmou que tanto no modelo para
desenvolver conhecimentos por meio do estabelecimento de papeacuteis especiacuteficos e
23
mandataacuterios agrave subsidiaacuteria para formaccedilatildeo de NLB-FSAs como no modelo de uma
operaccedilatildeo em rede com times de pesquisa transnacionais o fluxo do conhecimento ocorre
nas duas vertentes ndash local para global e global para local ndash corroborando assim com esta
tese de que a inovaccedilatildeo local em um paiacutes emergente pode influenciar a inovaccedilatildeo global
em um paiacutes desenvolvido
Em vista disso as decisotildees centralizadas e advindas da matriz como
disponibilidade de recursos e definiccedilatildeo de mandatos para desempenhar tal papel em niacutevel
internacional satildeo definidos pelo ciclo de vida por periacuteodos ou por niacutevel de especializaccedilatildeo
de cada localidade Ainda segundo estes autores as estrateacutegias para definiccedilatildeo do escopo
como formadoras de NLB-FSAs estatildeo focadas no desenvolvimento de competecircncias
como estrateacutegias supply driven e demand driven comparadas de forma analoacutegica com a
teoria de aprendizado organizacional de March (1991) com as estrateacutegias de Exploration
(supply driven) para as atividades de desenvolvimento de competecircncias novas e que
direcionam o mercado e Exploitation (demand driven) para as atividades de
desenvolvimento de competecircncias para a melhoria de capacidades organizacionais assim
como para atender as demandas do mercado
Estes papeacuteis ainda podem ser definidos por estaacutegios com as condiccedilotildees desde
altamente ateacute as menos favoraacuteveis para cada niacutevel de desenvolvimento de competecircncias
podendo no estaacutegio 2 atingir o niacutevel de criatividade tecnoloacutegica ou seja o
desenvolvimento de competecircncias que criem vantagens para a firma (Cantwell amp
Mudambi 2005) podendo inclusive serem transbordadas por ela (Birkinshaw amp Hood
1998) na rede da multinacional (Bartlett amp Ghoshal 1986 1999) como forma de uma
FSA (Rugman amp Verbeke 2001)
Apesar de natildeo ser objeto desta pesquisa sobre os determinantes na definiccedilatildeo da
localizaccedilatildeo para formaccedilatildeo de NLB-FSAs o estudo de Siedschlag et al (2013) analisou
os fatores cruciais de 443 decisotildees de localizaccedilatildeo de EMNs localizadas nos Estados
Unidos e na Europa entre 1999 e 2006 sendo consideradas as seguintes variaacuteveis
potencial de mercado benefiacutecios por empregado aglomeraccedilatildeo de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD taxa de desemprego percentual dos impostos aplicados
localmente percentagem de capital humano economicamente ativo classificaccedilatildeo das
universidades (top universities) intensidade de patentes intensidade dos negoacutecios em
PampD intensidade das accedilotildees governamentais em PampD e intensidade total de PampD
Este estudo confirmou que a decisatildeo da localizaccedilatildeo eacute influenciada positivamente
pela proximidade com os centros regionais de excelecircncia e de pesquisa em inovaccedilatildeo
24
sendo que no caso europeu a intensidade de registro de patentes estaacute mais relacionada
com a proximidade aos Centros de Excelecircncia do que no caso dos Estados Unidos e de
maneira semelhante os gastos do governo em PampD tecircm maior influecircncia na Europa
Corroborou tambeacutem o estudo de Beerkens (2009) sobre os mercados emergentes
considerando a Indoneacutesia e Malaacutesia demonstrou tambeacutem a influecircncia positiva do
ambiente externo local na criaccedilatildeo de seus proacuteprios Centros de Excelecircncia
Desta forma dentro do modelo transnacional eacute considerada positiva a influecircncia
do desenvolvimento de capacidades organizacionais que se tornam FSAs e que
possibilitem a subsidiaacuteria da multinacional local assumir o papel de formadora da NLB-
FSAs em pesquisa e desenvolvimento e de processos produtivos de tal forma que haja
um fluxo de conhecimento de inovaccedilatildeo do ambiente local do paiacutes emergente para a
inovaccedilatildeo global dentro da rede diferenciada da multinacional
Assim nossa contribuiccedilatildeo para as teorias de desenvolvimento das EMNs dapara-
se na ampliaccedilatildeo do conhecimento de capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo e
competecircncias especiacuteficas da subsidiaacuteria que permitam com que a unidade se transforme
em NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign
2002 Rugman amp Verbeke 2001) transferindo conhecimento para outras unidades por
meio de FSAs a partir de um paiacutes emergente o Brasil (Rugman amp Verbeke 2001)
Agrave luz da discussatildeo de como medir a capacidade organizacional da empresa de
paiacuteses emergentes Figueiredo (2001 2004) amplia o modelo de Katz (1987) Dahlman
Ross-Larson e Westphal (1987) e Lall (1987 1992 1994) baseado na mediccedilatildeo da
escalada das funccedilotildees simples em que a evoluccedilatildeo ocorre agrave medida que as atividades mais
complexas satildeo desenvolvidas e implementadas dividindo por um lado as atividades de
capacidades rotineiras analisadas sob os niacuteveis de competecircncias tecnoloacutegicas em baacutesico
e renovado Por outro lado as capacidades organizaciomais podem ser analisadas nos
niacuteveis extra baacutesicos preacute-intermediaacuterio intermediaacuterio intermediaacuterio superior e avanccedilado
sendo as capacidades observadas sob o prisma de quatro variaacuteveis de funccedilotildees e atividades
relacionadas 1) a forma de investimentos na gestatildeo do desenvolvimento e implementaccedilatildeo
de capacidades de engenharia de projetos de estudos de viabilidade e tecnologia de
controle sobre as faacutebricas 2) nas funccedilotildees e atividades relacionadas ao processo
organizacional da produccedilatildeo 3) no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e 4)
aos equipamentos
Ainda segundo Figueiredo (2004) o estudo de Hobday (1999) expotildee um valioso
modelo para estudos sobre as atividades tecnoloacutegicas da induacutestria eletrocircnica de um paiacutes
25
emergente neste caso originaacuteria da Malaacutesia com as atividades dividas em duas
consideraccedilotildees 1) o de capacidades tecnoloacutegicas como a pesquisa e o desenvolvimento
de produtos e serviccedilos de ponta de alta tecnologia e 2) as capacidades de produccedilatildeo
como as atividades tecnoloacutegicas rotineiras como o apoio aos serviccedilos de engenharia e
aos desenvolvimentos de pouca adaptaccedilatildeo ou de curto prazo que demandem adaptaccedilotildees
de menor importacircncia na cadeia de valor Neste caso afirmam ainda que as empresas
multinacionais que operavam neste setor de eletrocircnico executavam poucas atividades de
desenvolvimento de capacidades tecnoloacutegicas uma vez que o mercado emergente pode
ser considerado pela rede da multinacional como uma fonte de vantagens comparativas
para o processamento para a produccedilatildeo demandando mais de suas capacidades de
produccedilatildeo do que das tecnoloacutegicas
Em estudo com 60 empresas brasileiras sobre os elementos tecnoloacutegicos
determinantes das capacidades dinacircmicas de inovaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo em subsidiaacuterias
brasileiras Costa e Porto (2014) observam que em termos de Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD as empresas aproveitam a inserccedilatildeo internacional para localizar
e assimilar conhecimentos e mesmo que seus centros de excelecircncias para Pesquisa e
Desenvolvimento - PampD tenham o poder centralizado na matriz geram um conhecimento
criacutetico permitindo o compartilhamento na rede diferenciada da multinacional
Neste estudo a capacidade de gerar e transferir a capacidade organizacional de
inovaccedilatildeo da empresa eacute medida pela transferecircncia para outras unidades em novos produtos
ou processos que permitam que a subsidiaacuteria assuma o papel de formadora de NLB-FSAs
na rede (Cantwell amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) sendo que para
assumir tal papel a subsidiaacuteria deve ser capaz de desenvolver e transferir SSAs
transbordadas para rede em formas de NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) por meio
de produtos ou processos que permitam a EMN atender mercados distintos Nesta tese
foi considerada como variaacutevel dependente a formaccedilatildeo de NLB-FSAs medida por sua
capacidade de inovaccedilatildeo em capacidades organizacionais adaptada de Frost Birkinshaw
e Ensign (2002) e Andersson Dellestrandamp Pedersen (2014)
23 Competitividade
26
A Competitividade de um setor segundo Porter (1990 1999) depende da
intensidade de cinco forccedilas principais as ameaccedilas de novos entrantes a ameaccedila de
substitutos o poder dos fornecedores o poder dos clientes sobre a empresa e as
estrateacutegias de posicionamentos dos concorrentes atuais que jaacute exercem suas atividades no
setor
Em vista disso na visatildeo baseada na induacutestria as forccedilas competitivas da rivalidade
o poder dos fornecedores e dos compradores assim como os novos produtos que possam
substituir a empresa e os novos concorrentes entrantes no mercado impulsionam a
Competitividade e a rentabilidade da induacutestria (Porter 1990 1999 Snowdon amp
Stonehouse 2006) Uma maior intensidade de competiccedilatildeo impacta negativamente na
lucratividade do setor assim as empresas buscam desenvolver barreiras a estas forccedilas
para obter vantagem competitiva sustentaacutevel e a obter vantagem competitiva perante seus
concorrentes desenvolvendo estruturas que liderem os recursos que satildeo escassos no
ambiente onde a firma estaacute inserida (Kistruck Lount Jr Smith amp Moss 2016)
Segundo Barney e Hesterly (2007) para que uma empresa possua vantagem
competitiva eacute necessaacuterio ser capaz de gerar maior valor econocircmico para seus clientes do
que seus concorrentes sendo o valor econocircmico considerado como os benefiacutecios que o
consumidor percebe ao adquirir os produtos e serviccedilos da empresa Sob a teoria da visatildeo
baseada em recursos (VBR) uma vantagem competitiva sustentaacutevel trata de qual
possibilidade a empresa tem entre capacidades e recursos para criar produtos e serviccedilos
com valor que sejam raros difiacuteceis de imitar e que a organizaccedilatildeo tenha a capacidade de
absorver este conhecimento
Ainda segundo estes autores a vantagem competitiva pode ser seguida pela
empresa por seus objetivos estrateacutegicos de lideranccedila em custo de tal forma que crie
barreiras de entradas de novos concorrentes por meio da capacidade de produccedilatildeo da
empresa com maiores escalas de produccedilatildeo possibilitando menores custos com
capacidades de utilizaccedilatildeo de tecnologia e maquinaacuterios mais eficientes proximidade e
disponibilidade de insumos capacidades internas de produccedilatildeo com maior especializaccedilatildeo
e eficiecircncia operacional
Adicionalmente pode ser adquirida uma vantagem competitiva por diferenciaccedilatildeo
de seus produtos por meio de diferenccedilas nos atributos dos produtos na complexidade de
produccedilatildeo pela customizaccedilatildeo de acordo com as solicitaccedilotildees dos clientes pelo marketing
por sua reputaccedilatildeo por outros mecanismos ndash como o mix de produtos ofertados ndash pela
27
qualidade por canais de vendas e pelo atendimento ao cliente de forma diferenciada
(Barney amp Herstley 2007)
O debate que pode ocorrer eacute seraacute que a vantagem competitiva em lideranccedila em
custo pode sobreviver em conjunto com uma vantagem competitiva em diferenciaccedilatildeo de
produtos Segundo Porter (1990) as empresas que almejam ambas as estrateacutegias
competitivas ficam presas no meio entre uma e outra estrateacutegia competitiva e acabam
fracassando As estrateacutegias competem com diferentes prioridades a lideranccedila em custos
requer monitoramento constante dos custos de insumos e matildeo de obra e padronizaccedilatildeo
enquanto a diferenciaccedilatildeo requer o oposto a variedade de insumos e funcionaacuterios
criativos
Por outro lado para Barney e Hesterly (2007) eacute possiacutevel um alinhamento das duas
estrateacutegias pois uma maior diferenciaccedilatildeo de produtos pode proporcionar maiores vendas
e consequentemente contribuir para a reduccedilatildeo dos custos operacionais e maior escala de
produccedilatildeo ou seja este dilema das contradiccedilotildees organizacionais existe e pode contribuir
para o desenvolvimento de capacidades internas que permitam a empresa obter vantagem
competitiva sustentaacutevel
Vaacuterios estudos sobre vantagens competitivas discutem como classificaacute-las como
satildeo criadas e as dificuldades da estrateacutegia em operacionalizar tais vantagens competitivas
(Vasconcelos amp Brito 2004) assim como estudo de Klassen e Whybark (1999) no qual
descreve os cinco tipos de ambientes tecnoloacutegicos que promovem o melhor desempenho
da firma 1 - o desenho dos produtos 2 - o ambiente de manufatura 3 - o ambiente de
qualidade total 4 - o ecossistema industrial e 5 - as tecnologias acessiacuteveis
Adicionalmente em ensaios teoacutericos Brito e Brito (2012) consideram uma loacutegica
causal entre vantagem competitiva e desempenho da empresa sendo que a absorccedilatildeo do
valor criado pela vantagem competitiva gera lucro e o valor natildeo apropriado
compartilhado com o cliente gera crescimento de mercado ou o melhor desempenho
operacional Consideram ainda estes autores a importacircncia de analisar a criaccedilatildeo da
vantagem competitiva a partir de muacuteltiplas variaacuteveis natildeo somente a financeira
geralmente vinculada agrave lucratividade
Sobre os recursos que contribuem para a criaccedilatildeo da vantagem competitiva
(Alcantara et al 2015) em estudo no setor de alimentos observaram que a vantagem
competitiva foi gerada a partir da implementaccedilatildeo da estrateacutegia por meio de diversificaccedilatildeo
e que os recursos que contribuiacuteram foram a capacidade da empresa de saber fazer o
28
know-how de conhecimento sobre o negoacutecio a gestatildeo da qualidade dos processos
produtivos de melhoria contiacutenua e o investimento em inovaccedilatildeo
Corroborando em um estudo com 480 empresas Alves (2016) sugere a influecircncia
positiva na criaccedilatildeo de vantagem competitiva em empresas de serviccedilos que utilizam suas
capacidades de marketing tecnoloacutegicas e natildeo tecnoloacutegicas sendo considerados nas
anaacutelises os seguintes quesitos a qualidade do serviccedilo entregue a qualidade da equipe de
vendas e de distribuiccedilatildeo a habilidade em diferenciar o produto o mix de produtos
disponiacuteveis a velocidade na introduccedilatildeo de novos produtos e as capacidades que satildeo
influenciadas pelo empreendedorismo das empresas que sejam inovadoras e assumam
riscos
Sobre a importacircncia competitiva na definiccedilatildeo do papel da subsidiaacuteria
Doumlrrenbaumlcher e Gammelgaard (2006) em estudo com 65 gerentes em 11 escritoacuterios
centrais na matriz na Alemanha e 13 nas subsidiaacuterias na Hungria trazem resultados de
que a Competitividade das subsidiaacuterias foram positivamente relacionados com o papel
delegado pela matriz e com as decisotildees micropoliacuteticas das negociaccedilotildees entre matriz-
subsidiaacuteria Corrobora ainda na identificaccedilatildeo de trecircs fatores que influenciam na decisatildeo
sobre o papel da subsidiaacuteria 1 - capacidade teacutecnica de produccedilatildeo 2 - vantagens da
localizaccedilatildeo do paiacutes e 3 - das estrateacutegicas centrais da firma
Assim cabe agrave estrateacutegia operacional o desenvolvimento da capacidade de
produzir e entregar Estas satildeo impactadas pela estrateacutegia da empresa que segundo Slack
Chambers e Johnston (2009) as operaccedilotildees aleacutem de implementar e apoiar a estrateacutegia
tambeacutem a impulsionam por meio da inovaccedilatildeo e da melhoria contiacutenua mediante cinco
fatores de desempenho operacionais 1 - produzir com melhor qualidade nos produtos e
processos com reduccedilatildeo de desperdiacutecio gerando melhoria da satisfaccedilatildeo dos consumidores
e impulsionando outros fatores de desempenho 2 - velocidade 3 - confiabilidade 4 -
flexibilidade e 5 - custos sob controle de forma contiacutenua e monitorada contribuindo
para melhor desempenho operacional (Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015)
Esta capacidade que depende do fator humano uma vez que atua em um ambiente
organizacional se torna cada vez mais dinacircmico complexo e competitivo (Kang amp Snell
2009 Zhang et al 2015) Morris e Snell (2011) em seus estudos com 187 subunidades
de 20 EMNs confirmam que o capital intelectual da firma influencia positivamente o
desenvolvimento o compartilhamento e a implementaccedilatildeo das praacuteticas de recursos
humanos Diante disso dependendo da gestatildeo do capital intelectual a firma pode
29
desenvolver ou compartilhar determinadas capacidades Em outro estudo sobre o
comportamento de 76 supervisores e 516 subordinados em 6 firmas chinesas Zhang et
al (2015) confirmam relaccedilatildeo positiva entre o comportamento holiacutestico e capaz de gerir
situaccedilotildees complexas do supervisor com o aumento da proficiecircncia da adaptabilidade e
da produtividade dos subordinados
Do ponto de vista da terceirizaccedilatildeo da operaccedilatildeo Kroes e Ghosh (2010) em seu
estudo com 196 empresas americanas de manufatura concluem que haacute relaccedilatildeo positiva
entre as estrateacutegias de terceirizaccedilatildeo e a estrateacutegia de obtenccedilatildeo de vantagem competitiva
sob o acircngulo de cinco variaacuteveis custo tempo de resposta ao cliente inovaccedilatildeo qualidade
e flexibilidade Logo a qualidade a confiabilidade a velocidade e a flexibilidade
promovem por um lado reduccedilatildeo de custos de estoques com entregas dentro dos prazos
nos niacuteveis de estoque no controle dos desperdiacutecios e por outro melhoria de suas
capacidades organizacionais internas (Barney amp Hesterly 2007) tanto em processo como
em teacutecnicas de produccedilatildeo Por conseguinte contribuem para a subsidiaacuteria utilizar a
estrateacutegia de Ambidestria criando ou ajustando seus produtos agraves necessidades e
demandas locais (Zhao Park amp Zhou 2014) e consequentemente para a melhoria da
Competitividade da empresa seja ao niacutevel de lideranccedila em custos seja na diferenciaccedilatildeo
da empresa no mercado atuante (Ritzman amp Krajewski 2004 Slack Chambers amp
Johnston 2009)
Sobre a terceirizaccedilatildeo em offshoring Di Gregorio Musteen e Thomas (2009) em
seu estudo com 105 PMEs - pequenas e meacutedias empresas do estado americano do Novo
Meacutexico - encontraram evidecircncias de que a terceirizaccedilatildeo em offshore de serviccedilos
administrativos e teacutecnicos estaacute associada ao aumento das vendas internacionais assim
como o fortalecimento da Competitividade destas firmas contribuindo para a reduccedilatildeo de
custos expansatildeo dos relacionamentos comerciais liberaccedilatildeo de seus recursos escassos e
nivelamento de suas capacidades com parceiros internacionais Nieto e Rodriacuteguez (2011)
corroboram e contribuem demonstrando que mediante a anaacutelise de dados de
relacionamento do Spanish Technological Innovation Panel com 12000 empresas
espanholas durante o periacuteodo de 2004-2007 a terceirizaccedilatildeo em offshore das atividades
de PampD fortalecem as capacidades da firma de inovaccedilatildeo principalmente de produtos e
processos Concluem estes autores que a firma busca no exterior uma vantagem
especiacutefica da localizaccedilatildeo assim como especializaccedilotildees que permitam melhorar sua
Competitividade e o desempenho da inovaccedilatildeo Corrobora com estes autores o estudo de
30
Belderbos Du e Goerzen (2015) no qual as empresas que buscam PampD no exterior
demonstraram relaccedilatildeo positiva com a produtividade
Sobre os fatores que contribuem para o tempo no desenvolvimento e introduccedilatildeo
de novos produtos Scannell Vickey e Droge (2000) em seu estudo com 57 fornecedores
da induacutestria automobiliacutestica americana destacam quatro aspectos gestatildeo dos recursos
humanos integraccedilatildeo interna proximidade com fornecedores e interfaces para o design
industrial Sendo que uma reduccedilatildeo do tempo de lanccedilamento de novos produtos
(Exploration) ou melhorias dos produtos existentes (Exploitation) satildeo a chave para o
sucesso da inovaccedilatildeo e da produtividade e consequentemente da Competitividade Outro
estudo como o de Gemser e Leenders (2001) confirmam relaccedilatildeo positiva da inovaccedilatildeo em
desenho industrial em produto ou processo no desempenho da firma seja no impacto na
configuraccedilatildeo dos insumos necessaacuterios da aparecircncia do produto do aumento da eficiecircncia
na utilizaccedilatildeo e funcionalidade da mateacuteria-prima Adicionalmente destacam que a
inovaccedilatildeo no design industrial tem maior impacto em produtos maduros do que em
produtos emergentes e que a estrateacutegia em melhoria do design industrial fortalece a
Competitividade da firma
No que tange ao impacto da diversificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo para o mercado Kim Kim
e Hoskisson (2010) em sua pesquisa com 140 empresas multinacionais coreanas de
manufaturas durante o periacuteodo de 2003 demonstram relaccedilatildeo negativa entre a
diversificaccedilatildeo de produtos no mercado internacional e o desempenho da firma Apesar de
natildeo ser objeto desta tese em outro estudo sobre a influecircncia das instituiccedilotildees locais com
10000 empresas de 33 paiacuteses durante 10 anos Chacar Newburry e Vissa (2010)
concluem que as regras controle e instabilidades das instituiccedilotildees locais do mercado alvo
afetam o desempenho de Competitividade da firma seja em restriccedilotildees e regras sobre
produtos e qualidade seja como o lsquomodus operandisrsquo da firma o processo produtivo a
inovaccedilatildeo ou a disponibilidade de matildeo de obra Assim a diversificaccedilatildeo internacional da
multinacional e consequentemente a Competitividade satildeo afetadas natildeo somente pelas
poliacuteticas internas da matriz mas tambeacutem pelas instabilidades institucionais dos
mercados alvo
Sobre as contradiccedilotildees entre o impacto positivo e negativo das regras e a legislaccedilatildeo
na inovaccedilatildeo e consequentemente na Competitividade Blind (2012) analisou a
intensidade de inovaccedilatildeo de 21 paiacuteses da OCDE entre 1998 e 2004 e correlacionou com
o ambiente regulatoacuterio sob seis variaacuteveis legislaccedilatildeo sobre Competitividade controle de
preccedilos desenvolvimento de produtos e serviccedilos ambiente regulatoacuterio da economia e dos
31
negoacutecios proteccedilatildeo da propriedade intelectual e o framework juriacutedico-legal para proteccedilatildeo
da Competitividade entre as empresas Entre seus principais achados concluiu que no
mercado dos paiacuteses da OCDE - Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento
Econocircmico - o ambiente regulatoacuterio influenciou positivamente a inovaccedilatildeo por meio de
solicitaccedilatildeo de patentes uma vez que estes ambientes promovem proteccedilatildeo aos direitos
autorais Consequentemente em ambientes com altos niacuteveis de estabilidade institucional
fomentam a inovaccedilatildeo e possibilitam o aumento da Competitividade da firma Por outro
lado afirma que a longo prazo em um mercado extremamente competitivo poderaacute haver
uma inversatildeo reduzindo o incentivo agrave inovaccedilatildeo E se por um lado a legislaccedilatildeo permite
a livre concorrecircncia por outro o excesso de regras e leis como o caso do setor ambiental
torna-se reduzido o niacutevel de Competitividade e de inovaccedilatildeo (Yang et al 2015)
Tendo ainda a inovaccedilatildeo como fonte para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva o
tema foi abordado em estudo de Carvalho et al (2015) com 1139 empresas de pequeno
e meacutedio porte empresas apoiadas pelo programa do Sebrae ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio
agrave Micro e Pequenas Empresas Agentes Locais de Inovaccedilatildeo (ALI) ndash programa que tem
por objetivo promover a praacutetica de inovaccedilatildeo como forma de manter as empresas
competitivas e dar sobrevida ao pequeno negoacutecio pois uma em cada trecircs empresas
fecham as portas antes dos trecircs anos de vida Identificou ainda que as empresas em sua
maioria buscam inovar nas dimensotildees que possam criar vantagens mercadoloacutegicas como
produto e marca e que outras dimensotildees satildeo pouco exploradas como as de cadeia dos
fornecedores processos e agregaccedilatildeo de valor e pode-se inferir que este gap nestas
dimensotildees possivelmente eacute derivado pela carecircncia de habilidades de gestatildeo estrateacutegica e
pelo tamanho do negoacutecio Adicionalmente corrobora sobre a influecircncia da inovaccedilatildeo na
vantagem competitiva estudos de Tsai Su e Chen (2011) e de Silva e Machado (2017)
que abordam que as boas praacuteticas de gestatildeo do conhecimento em redes abertas funcionam
como capacidades dinacircmicas da empresa que permitem absorver conhecimentos e
recursos complementares necessaacuterios para gerar vantagens competitivas
Sobre o impacto do fluxo do conhecimento na inovaccedilatildeo o estudo de Bouncken e
Kraus (2013) analisaram o fluxo de conhecimento entre 830 PMEs ndash pequenas e meacutedias
empresas de TI alematildes ndash que operam em moacutedulo de cluster e o impacto nas inovaccedilotildees da
firma Considerou-se nesta pesquisa inovaccedilatildeo radical as que promovem melhorias as
suas capacidades organizacionais de produtos e processos existentes e revolucionaacuteria as
que ocorrem para substituir completamente aquilo que jaacute existe Entre os principais
resultados demonstram que a competiccedilatildeo entre as empresas pode impulsionar a inovaccedilatildeo
32
radical e prejudicar a inovaccedilatildeo revolucionaacuteria e ser ainda mais forte quando as PMEs
compartilham o conhecimento com seus parceiros Entretanto por outro lado pode gerar
um efeito positivo se a PME integrar o conhecimento de seus parceiros e quando o
ambiente tecnoloacutegico for de grande incerteza
No que tange ao impacto da gestatildeo do conhecimento na Competitividade
Kiessling et al (2009) apresentaram um estudo demostrando um impacto positivo da
gestatildeo do conhecimento nos resultados da organizaccedilatildeo em termos de melhoria dos
produtos das pessoas e da inovaccedilatildeo da firma Neste estudo foram consideradas 131
subsidiaacuterias de um paiacutes emergente a Croaacutecia e destacam-se que muitas pesquisas na aacuterea
de gestatildeo estrateacutegica tecircm focado no conhecimento tanto do indiviacuteduo e na gestatildeo do
conhecimento como forma de proporcionar Competitividade agrave firma em termos de
melhoria e criaccedilatildeo de novos produtos e serviccedilos Apoiam-se estes autores na teoria do
VBR sendo o conhecimento um recurso que contribui para implementar estrateacutegias seja
para melhoria dos recursos existentes (Exploitation) seja para criar novos produtos
processos ou serviccedilos (Exploration) de tal forma que pode ser considerada uma fonte
para obtenccedilatildeo de vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney 1991 Barney amp Hesterly
2007 Berman Down amp Hill 2002 Winter 1995)
Michailova e Mustaffa (2012) realizaram outro estudo bibliograacutefico e definem o
escopo de sua pesquisa sobre fluxo de conhecimento dentro das subsidiaacuterias entre 1996
e 2009 pois na visatildeo destas autoras e de outros como Bartlett e Ghoshal (1997)
Forsgren (2008) Kogut e Zander (2003) a existecircncia da Competitividade da firma pode
ser atribuiacuteda a sua capacidade de gerar e transbordar conhecimento internamente
Corroborando com Argote e Ingram (2000) e com Nonaka e Takeuchi (1995) que
consideram que a habilidade para transferir conhecimento entre as unidades da
organizaccedilatildeo eacute um fator importante para o desenvolvimento de vantagem competitiva da
firma Noorderhaven e Harzing (2009) estudaram a transferecircncia do conhecimento
mercadoloacutegico de distribuiccedilatildeo desenho de produtos e processos e praacuteticas de gestatildeo e
sistema tanto para receber como para enviar estes conhecimentos entre as unidades
matriz-subsidiaacuteria e subsidiaacuteria
Estes autores confirmam influecircncia positiva entre transferecircncia de conhecimento
e o niacutevel de interaccedilatildeo social da rede das EMNs e que as subsidiaacuterias com capacidades
fortes e relevantes tendem a transferir mais conhecimento do que a receber tanto para a
matriz como para outras unidades Adicionalmente sugerem que as relaccedilotildees verticais
matriz-subsidiaacuteria tecircm pouca influecircncia nas unidades que operam com maior autonomia
33
ou seja recebem e transferem com menor intensidade Entretanto esta relaccedilatildeo natildeo se
confirma nas relaccedilotildees horizontais entre subsidiaacuterias demonstrando que neste caso o
niacutevel de capacidade tecnoloacutegica da unidade pode ser mais relevante para receber ou enviar
conhecimento assim como as relaccedilotildees sociais entre os gestores podem influenciar o fluxo
do conhecimento
Em outro estudo Jindra Giroud e Scott-Kennel (2009) buscam tambeacutem
compreender o impacto das ligaccedilotildees verticais da subsidiaacuteria de uma EMN em uma
economia emergente e destacam que o impacto local depende da natureza do papel
delegado agrave subsidiaacuteria Por exemplo uma unidade com maior autonomia para
implementar iniciativas e que possua sua proacutepria tecnologia aumenta seu potencial para
o compartilhamento desta tecnologia com seus clientes e fornecedores locais Destacam
tambeacutem estes autores que muitos estudos apontam que a superioridade tecnoloacutegica da
EMN contribui para uma vantagem competitiva uacutenica e que possa explicar o interesse de
parceiros locais em realizar parcerias estrateacutegicas com a estrangeira Adicionalmente
afirmam que as subsidiaacuterias que tenham papel de PampD satildeo aquelas que atuam como
importante fonte de Competitividade da firma e que podem contribuir para o
desenvolvimento da economia emergente apesar de que conforme Awate Larsen e
Mudambi (2014) PampD de empresas multinacionais de paiacuteses emergentes buscam
desenvolver diferentes produtos e processos Entretanto em termos de velocidade ocorre
de forma mais lenta e com maior dificuldade das empresas originaacuterias de paiacuteses
desenvolvidos
Recentemente conforme estudo de Centenaro Bonemberger e Laimer (2016)
com 63 profissionais de 13 empresas do setor metalomecacircnico a aprendizagem e a
confianccedila entre os colaboradores da organizaccedilatildeo foram os fatores que possibilitam melhor
desempenho na gestatildeo do conhecimento e como resultado final influenciam o
compartilhamento do conhecimento taacutecito ou o expliacutecito contribuindo assim para melhor
desempenho da empresa e geraccedilatildeo de vantagens competitivas
No que tange a parcerias como forma de busca de inovaccedilatildeo e Competitividade
Kotabe Jiang e Murray (2011) sugerem que a firma que busca absolver e transformar o
conhecimento tecnologia para produtos ou processos por meio de parcerias com
multinacionais ou agecircncias governamentais pode fortalecer o desempenho dos novos
produtos lanccedilados no mercado
Em termos de impacto das capacidades tecnoloacutegicas nas vantagens competitivas
operacionais Fonseca e Figueiredo (2014) identificam evidecircncias em seu estudo de que
34
capacidades tecnoloacutegicas inovadoras possibilitam agrave empresa aprimorar seu desempenho
operacional nos quesitos de indicadores teacutecnicos (consumo de energia e aacutegua e
produtividade no trabalho) e consequentemente nos indicadores comerciais (iacutendice de
qualidade e percentual de produccedilatildeo exportada) contribuindo assim para sua
Competitividade
Em outro estudo sobre artigos abordando capacidades dinacircmicas e
competitividade entre 1992 e 2012 Cardoso e Kato (2015) observaram que muitas
pesquisas se proliferaram nos uacuteltimos anos e que confirmam que a vantagem competitiva
tambeacutem pode ser gerada como resultado da capacidade dinacircmica da empresa em explorar
seus recursos ou seja agir por meio do Exploitation utilizando suas capacidades para
melhorar seus produtos e serviccedilos ou por Exploration permitindo que a empresa crie e
desenvolva novos produtos eou entrem em novos mercados Desta forma destacam
ainda estes autores devido agrave relevacircncia da discussatildeo haacute uma necessidade de continuar
os estudos sobre este tema Importacircncia tambeacutem destacada por Guerra Tondolo e
Camargo (2016) que afirmam que a compreensatildeo das capacidades dinacircmicas contribui
para facilitar o entendimento dos conceitos de Exploitation e Exploration
Em termos de posicionamento competitivo do Brasil segundo relatoacuterio de
Competitividade da Fundaccedilatildeo Dom Cabral (2015) sobre o Foacuterum Econocircmico Mundial do
ano de 2016 o paiacutes apresentou queda de 18 posiccedilotildees no ranking global de
Competitividade ficando na posiccedilatildeo de nuacutemero 75 sendo a Suiacuteccedila o paiacutes melhor
posicionado em niacutevel mundial e o Chile o melhor paiacutes da Ameacuterica Latina ocupando o
35ordm lugar Entre os fatores que justificam a queda brasileira aleacutem da estagnaccedilatildeo
econocircmica destacam-se problemas sistecircmicos da precaacuteria infraestrutura problemas nas
cargas tributaacuterias o baixo niacutevel da qualidade educacional e a baixa produtividade que as
operaccedilotildees das empresas instaladas no Brasil possuem Adicionalmente e por
consequecircncia estes fatores acabam dificultando a criaccedilatildeo de novas capacidades internas
e impulsionam a melhoria e a adaptaccedilatildeo dos produtos agraves necessidades locais Por outro
lado segundo agrave Associaccedilatildeo Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras (ANPEI 2016) algumas subsidiaacuterias de empresas multinacionais que operam
no Brasil como a Whirlpool por exemplo naquele mesmo ano liderou pelo terceiro ano
consecutivo o ranking de pedidos de patentes de Invenccedilatildeo ou seja demonstra o interesse
das empresas estrangeiras em inovar e adaptar seu portfoacutelio de produtos e sua produccedilatildeo
agraves necessidades locais como forma de melhorar seu posicionamento competitivo
35
24 Ambidestria
O termo Ambidestria inicialmente utilizado por Duncan (1976) tem sido mais
citado no trabalho de March (1991) e que o define como sendo o equiliacutebrio das duas
estrateacutegias de aprendizagem da firma de Exploration ou Exploitation Sendo que as
estrateacutegias que disputam os mesmos recursos necessaacuterios para criar por exemplo novos
produtos e serviccedilos satildeo denominados Exploration para refinar os recursos atualmente
disponiacuteveis determinados Exploitation Segundo estudo bibliomeacutetrico de Rossetto
(2014) a pesquisa sobre o tema da Ambidestria das atividades de aprendizagem da
empresa estaacute dividida em dois construtos Exploration e Exploitation podendo ser
considerada um fenocircmeno recente uma vez que haacute maior incidecircncia de artigos a partir da
deacutecada de 2000 e que foram desenvolvidos com base principalmente nos artigos de
March (1991) e de Levinthal e March (1993)
O primeiro (March 1991) debate sobre a organizaccedilatildeo que aprende e a dicotomia
entre a utilizaccedilatildeo de duas estrateacutegias de utilizaccedilatildeo do aprendizado por um lado a
estrateacutegica do Exploitation com as atividades de melhoria de conhecimento jaacute adquirido
ou seja um refinamento dos processos das rotinas dos produtos melhorando a execuccedilatildeo
a eficiecircncia e os custos da empresa e por outro o Exploration com as atividades de
descobrimento de novos mercados tecnologia processos com maior risco e inovaccedilatildeo ndash
o desbravar e explorar novos horizontes Aborda tambeacutem os impactos da decisatildeo por
exemplo se a empresa centralizar sua estrateacutegia em Exploitation pode apresentar sucesso
no curto prazo poreacutem a longo prazo as inovaccedilotildees disruptivas de Exploration dos
concorrentes poderatildeo substituir seus produtos e serviccedilos possibilitando que a firma seja
superada por estes concorrentes Em seu segundo artigo Levinthal e March (1993)
abordam este dilema da decisatildeo denominando-o como um trade-off das decisotildees no qual
a Ambidestria ou seja o balanceamento pode fortalecer a estrateacutegia de Competitividade
mas sugere certo grau de conservadorismo nas decisotildees uma vez que existem
imperfeiccedilotildees na aprendizagem da empresa
Assim as decisotildees organizacionais demandam escolhas estrateacutegicas que precisam
ser tomadas na produccedilatildeo para decidir por operar com maior eficiecircncia em maior escala
e com menor custo versus a flexibilidade de permitir produzir com maior customizaccedilatildeo
agraves demandas do cliente (Carlsson 1989) No mercado sucede a decisatildeo de posicionar a
36
organizaccedilatildeo como liacuteder em custos ou em produtos diferenciados (Porter 1980 1990
1996 1999) na inovaccedilatildeo ocorre a decisatildeo em focar de forma incremental ou inovar
radicalmente de forma disruptiva (Tushman amp OrsquoReilly 1996) ateacute nas operaccedilotildees
internacionais das multinacionais existe a decisatildeo por operar com uma integraccedilatildeo global
de sua produccedilatildeo ou ter representatividade para entrega e produccedilatildeo local (Bartlett amp
Ghoshal 1989) Desta maneira as decisotildees podem seguir por um caminho ou por outro
Entretanto algumas empresas conseguem optar por utilizar as duas decisotildees empresas
ambidestras (March 1991)
No que tange agrave estrutura requerida para uma organizaccedilatildeo ambidestra em seu
estudo sobre estrateacutegias de inovaccedilatildeo He e Wong (2004) afirmam que em outras pesquisas
como as de Tushman e OrsquoReilly (1996) os construtos Exploration e Exploitation satildeo
fundamentalmente diferentes e desta forma demandam diferentes estrateacutegias e
estruturas processos e capacidades e assim dividem os recursos da firma e para o
sucesso da organizaccedilatildeo ambidestra deve haver o gerenciamento das tensotildees entre
Exploration e Exploitation Ainda em termos de estrutura segundo Gibson e Birkinshaw
(2004) a forma tradicional de uma organizaccedilatildeo operar com Ambidestria estrateacutegica eacute
seguir com as estruturas separadas Entretanto destacam estes autores que a estrutura
pode ser compartilhada reduzindo custos e aumentando a eficiecircncia naquilo que
denominam de Ambidestria contextual Em seu estudo com 4195 executivos com 41
unidades de negoacutecios e 10 empresas multinacionais os autores afirmam que a
Ambidestria contextual eacute um construto multidimensional com duas variaacuteveis
alinhamento e adaptabilidade compondo um elemento em separado mas interligado por
pessoas comprometidas funccedilotildees e sistemas que permitem decisotildees raacutepidas entre alinhar
o produto ou processos padronizar inovar criar novos produtos (Exploration) ou adaptar
e melhorar aquilo que jaacute existe (Exploitation) dentro da mesma estrutura
He e Wong (2004) consideraram empresa ambidestra como a firma que coloca
ecircnfase de forma igualitaacuteria nas duas dimensotildees Corroboram Gibson e Birkinshaw (2004)
com esta explicaccedilatildeo e afirmam entretanto que a estrutura ambidestra pode ser contextual
com uma composiccedilatildeo organizacional em que os indiviacuteduos demonstram alinhamento e
adaptabilidade para decidir e reconfigurar suas decisotildees e atividades rapidamente para
responder aos desafios do ambiente em que estaacute inserido que na atualidade eacute muito
competitivo e demanda menor custo (eficiecircncia) e tambeacutem adaptaccedilotildees e ajustes agraves
necessidades dos consumidores Esta estrutura contextual ambidestra depende
entretanto de autonomia e de um contexto organizacional solidaacuterio entre seus membros
37
Corrobora com estes autores o estudo de Liang Lu e Wang (2012) que afirmam que a
Ambidestria contextual demonstra relaccedilatildeo positiva como mediador entre as variaacuteveis
cultura organizacional e o desempenho para a inovaccedilatildeo de novos produtos
particularmente em empresas de alta tecnologia da Inglaterra e da China objetos do
estudo destes autores ou seja a estrutura Ambidestria contextual atua como um
facilitador em ambientes dinacircmicos como o da tecnologia da informaccedilatildeo
Em pesquisa posterior Raish e Birkinshaw (2008) afirmaram que no paradigma
da organizaccedilatildeo a Ambidestria eacute emergente e identificaram que a maior parte dos estudos
sobre Ambidestria organizacional entre 1991 a 2007 focou em temas sobre cinco
correntes teoacutericas a primeira aborda temas relacionados nas decisotildees da firma em alguns
modelos de aprendizagem organizacional (March 1991) aprendizagem generativa ou
adaptativa (Senge 1990) o Exploitation como a utilizaccedilatildeo dos recursos existentes e o
aprendizado ocorrendo nas atividades de Exploration (Vassolo Anand amp Folta 2004)
aprendizado individual ou grupal (Kilburg 2000) e tambeacutem estudos que destacam o tipo
e o grau do aprendizado (Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004) assim como
os que afirmam que o correto balanceamento dos tipos de aprendizagem fortalecem as
estrateacutegias de longo prazo (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991)
A segunda corrente trata da Ambidestria com foco nas decisotildees da inovaccedilatildeo
tecnoloacutegica incremental com adaptaccedilotildees dos produtos processos ou conceitos de
negoacutecios e a radical ou destrutiva para novos produtos e conceitos analogamente
conceituadas como Exploitation e Exploration respectivamente (Benner amp Tushman
2003 Smith amp Tushman 2005) Sendo que a organizaccedilatildeo ambidestra na inovaccedilatildeo eacute a
firma que habilidosamente consegue gerir estrateacutegias simultacircneas de inovaccedilatildeo
incremental e radical (Tushman amp OrsquoReilly 1996) e que as organizaccedilotildees com maior
sucesso satildeo empresas que utilizam decisotildees estrateacutegias ambidestras pois satildeo capazes de
identificar e utilizar seus recursos adequadamente de acordo com as necessidades com
equiliacutebrio em suas decisotildees e assim uma organizaccedilatildeo ambidestra consegue conciliar as
tensotildees e os conflitos internos demandados pelas mudanccedilas e tarefas que o ambiente
demanda e a Ambidestria organizacional pode ser considerada um novo paradigma na
teoria das organizaccedilotildees ainda em desenvolvimento e que demanda maiores pesquisas
Uma terceira corrente de estudos aborda a adaptaccedilatildeo organizacional aquela em
que satildeo tratadas as decisotildees estrateacutegicas organizacionais entre continuidade e mudanccedilas
que o ambiente demanda da firma ndash em destaque para o papel da lideranccedila como fator de
38
relevacircncia para o sucesso da firma ambidestra sendo a alta gerecircncia direcionada para as
mudanccedilas radicais e a meacutedia gerecircncia para mudanccedilas incrementais (Huy 2002) e que no
longo prazo uma organizaccedilatildeo ambidestra deve balancear a continuidade de seus produtos
processos serviccedilos e negoacutecios com a mudanccedila e a abertura para novas oportunidades
novos negoacutecios novos produtos serviccedilos e processos (Brown amp Eisenhardt 1997 Probst
amp Raisch 2005)
Na quarta corrente no campo da gestatildeo estrateacutegica a pesquisa de Raisch e
Birkinshaw (2008) tambeacutem identificou estudos sobre o dilema entre as decisotildees
estrateacutegicas indutivas que analogamente estatildeo relacionadas agrave Exploitation pois estatildeo
associadas ao conhecimento jaacute existente e a autocircnoma associada agrave Exploration a criaccedilatildeo
de novos conhecimentos corroborando com a afirmaccedilatildeo de que a organizaccedilatildeo estrateacutegica
ambidestra eacute capaz de combinar ambas em duas decisotildees estrateacutegicas (Burgelman 2002)
Uma quinta corrente identificou temas relacionados ao desenho da organizaccedilatildeo
no que tange a sua eficiecircncia e flexibilidade tambeacutem abordada do ponto de vista da
decisatildeo ambidestra sendo um paradoxo organizacional uma vez que a visatildeo mecanicista
estaacute relacionada ao aumento da eficiecircncia da centralizaccedilatildeo e da hierarquia e a visatildeo
orgacircnica das estruturas com a flexibilidade operacional a autonomia e a
descentralizaccedilatildeo Sendo a empresa ambidestra do ponto de vista de desenho
organizacional a firma com habilidade de gerir uma organizaccedilatildeo complexa que busque a
eficiecircncia no curto prazo e a inovaccedilatildeo no longo prazo (Adler et al 1996 Gibson amp
Birkinshaw 2004 Tushman amp OrsquoReilly 1996)
Sobre este dilema da Ambidestria de como equilibrar os dois construtos para um
melhor desempenho da empresa Gupta Smith amp Shalley (2006) afirmam que existe um
consenso na necessidade de equiliacutebrio destes dois construtos mas ainda haacute incertezas do
meacutetodo de como operacionalizar este equiliacutebrio sendo o equiliacutebrio pontual uma
alternativa para equalizar esta dicotomia possivelmente envolvendo periacuteodos nos quais
a empresa centraliza mais esforccedilos para criar (Exploration) e em outros periacuteodos reuacutenem
mais esforccedilos para melhorar (Exploitation) Um exemplo sobre as formas de equilibrar as
tensotildees das decisotildees ambidestras em estudo recente Lana et al (2017) apresentam um
caso de uma empresa brasileira do setor de tecnologia da informaccedilatildeo no qual para
equilibrar as tensotildees das decisotildees ambidestras de Exploitation melhorando os produtos
existentes com as de Exploration criando novos produtos utilizou-se de vaacuterios modos de
entrada nos mercados e estruturas operacionais isoladas
39
Popadiuk (2007) tambeacutem corrobora com a afirmaccedilatildeo de que a correta Ambidestria
na gestatildeo dos ativos intangiacuteveis pode possibilitar agrave empresa melhores desempenhos e a
criaccedilatildeo de vantagens competitivas podendo ser obtidas do ambiente externo e interno
Ainda segundo este autor a Ambidestria pode ser adquirida a partir do ambiente externo
e interno da empresa em pelo menos seis dimensotildees conhecimento inovaccedilatildeo eficiecircncia
organizacional orientaccedilatildeo estrateacutegica competiccedilatildeo e parceiras Em outro estudo com 249
empresas dos setores da induacutestria do serviccedilo e do comeacutercio sendo 857 com operaccedilotildees
no estado de Satildeo Paulo Popadiuk (2012) constatou que aproximadamente 40 das
organizaccedilotildees foram classificadas como ambidestras 14 como de Exploration 9 como
Exploitation e 37 sem definiccedilatildeo demonstrando que a estrateacutegia ambidestra eacute
emergente no mundo organizacional
Sobre as variaacuteveis de acordo como estudo de Rossetto (2014) alguns artigos
como o de Danneels (2002) utilizou variaacuteveis de alavancagem da competecircncia
tecnoloacutegica pura e o estudo de Su Tsang e Peng (2009) que utilizou as variaacuteveis Pesquisa
e Desenvolvimento - PampD marketing manufatura parcerias com fornecedores clientes
concorrentes e universidades e instituto de pesquisa Por outro lado muitos estudos
abordaram as variaacuteveis para as mais comuns ao Exploration como o desenvolvimento e
a comercializaccedilatildeo de novos produtos (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006) os
processos ou mercados (Mom Van Den Bosch amp Volberda 2007) e ao Exploitation
como o refinamento de atividades ndash fornecimento e melhoria de produtos e serviccedilos
existentes (Jansen Van Den Bosch amp Volberda 2006 Mom Van den Bosch amp
Volberda 2007) Adicionalmente os estudos de Li Lin e Chu (2008) utilizam e dividem
as variaacuteveis Exploration inovaccedilatildeo radical e Exploitation inovaccedilatildeo incremental
Adicionalmente para Kurtz e Varvakis (2013) eacute importante destacar que o
ambiente externo tambeacutem pode influenciar na decisatildeo estrateacutegica da empresa para utilizar
uma estrateacutegia ambidestra utilizando somente Exploration ou Exploitation pois depende
das condiccedilotildees externas do setor ou de seu mercado de atuaccedilatildeo
Ainda em outro estudo mais recente Popadiuk e Bido (2016) discutem as relaccedilotildees
entre centralizaccedilatildeo das decisotildees do poder da formalizaccedilatildeo operacional da burocracia e
a conectividade informal no ambiente organizacional com as estrateacutegias de Exploration
e Exploitation e entre seus principais achados destacam-se que empresas com maior
centralizaccedilatildeo de poder tendem a inibir as atividades de Exploration (criar) tornando as
atividades de desenvolvimento de novos produtos ou serviccedilos mais difiacuteceis
40
Sobre a capacidade de aprendizado da firma seja por Exploration seja por
Exploitation pode ser compreendida pela capacidade dinacircmica da empresa em criar ou
melhorar os recursos que geram valor seja em conhecimento sobre processos rotinas ou
ateacute mesmo em replicar melhores praacuteticas para contribuir com a criaccedilatildeo ou sustentaccedilatildeo
para um posicionamento no mercado (Eisenhardt amp Martin 2000) Este conhecimento
pode ser taacutecito natildeo registrado ou documentado ou expliacutecito com conhecimento disponiacutevel
em manuais procedimentos internos que formalizam como fazer ou processar uma atividade
(Nonaka amp Takeuchi 1995) e podem ser combinatoacuterias que geram capacidade de resumir e
aplicar o conhecimento atual e desenvolvido em oportunidades tecnoloacutegicas e
mercadoloacutegicas (Kogut amp Zander 2003) que seria outra forma de considerar a Ambidestria
Ainda de acordo com Kogut e Zander (2003) as empresas satildeo comunidades
sociais que se especializam no reconhecimento criaccedilatildeo e transferecircncia interna e externa
do conhecimento justificando que as multinacionais surgem a partir do sucesso de ser o
veiacuteculo capaz de transferir conhecimento aleacutem de suas fronteiras e que dependendo da
Ambidestria podem ser oriundas do Exploitation ou do Exploration Teece (2007)
corrobora com a definiccedilatildeo das capacidades gerenciais ndash capacidade dos gestores ndash em
serem sensiacuteveis na identificaccedilatildeo de oportunidades no ambiente externo da empresa que
podemos classificar como Exploration e com as capacidades do gestor em atuar em um
ambiente de renovaccedilatildeo contiacutenua podendo neste caso atuar com a estrateacutegia ambidestra
tanto de Exploitation como de Exploration dependendo da oportunidade seja de
melhoria seja de criaccedilatildeo
Adicionalmente para maior clareza e definiccedilatildeo das variaacuteveis desta tese foi
realizado um estudo sobre artigos publicados entre 2006 e 2017 Por meio das bases
Science Direct Ebsco portal Capes e o perioacutedico JIBS - Journal of International Business
Studies uma vez que este natildeo estaacute contemplado nas bases de dados foram identificadas
100 publicaccedilotildees tendo como base as palavras-chave Ambidexterity Exploration e
Exploitation relacionadas no Apecircndice 1 E ainda um filtro para selecionar os 30 artigos
quantitativos mais citados relacionados no Apecircndice 2 Observou-se que estes estudos
buscaram estudar o fenocircmeno das estrateacutegias de Exploration e Exploitation utilizando
diferentes variaacuteveis e optou-se para esta tese pelas variaacuteveis de He amp Wong (2004) por
tratar-se sobre o impacto da Ambidestria no desempenho de empresas de mercados
emergentes neste caso Singapura e Malaacutesia
Entre os estudos destacam-se Beckman (2006) em seu estudo longitudinal com
141 empresas do setor de alta tecnologia da regiatildeo do Sillicon Valey buscou
41
compreender a influecircncia do conhecimento preacutevio dos membros dos grupos fundadores
das firmas no comportamento estrateacutegico de utilizaccedilatildeo das estrateacutegias de Exploration e
Exploitation Demonstrou que times formados por indiviacuteduos que trabalharam em uma
empresa comum ou seja que tiveram experiecircncia de um ambiente organizacional usual
satildeo mais engajados em atividades de Exploitation e times compostos por pessoas com
experiecircncias diversas oriundo de distintas empresas satildeo mais engajados em
comportamentos de Exploration Miller et al (2007) realizaram mais de cem simulaccedilotildees
na modelagem baseada em agentes e pretendem ampliar as conclusotildees referentes ao
trade-off entre Exploration e Exploitation de March (1991) incluindo as relaccedilotildees
interpessoais e a compreensatildeo especial da localizaccedilatildeo (encontros presenciais) como
criacuteticos para a transferecircncia do conhecimento natildeo somente o aprendizado muacutetuo e a
codificaccedilatildeo do conhecimento defendido por March Nooteboom et al (2007) Gilsing
(2008) Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) Chang Huang e Dai (2009) e
Yang Zheng e Zhao (2014) consideraram a formaccedilatildeo das patentes para compreender as
estrateacutegias das organizaccedilotildees comparando as variaacuteveis Exploration e Exploitation de
diversas formas com distacircncia cognitiva (Nooteboom et al 2007) com a tecnologia
(Gilsing et al 2008 Quintana-Garciacutea e Benavides-Velasco (2008) e alianccedilas externas
(Yang amp Steensma 2014) Voss Sirdeshmukh e Voss (2008) focaram em examinar as
condiccedilotildees econocircmicas e as ameaccedilas do ambiente assim como o impacto nas decisotildees
entre Exploration e Exploitation da firma Em seu estudo com 285 unidades
organizacionais Jansen Simsek e Cao (2012) buscaram identificar a efetividade da
organizaccedilatildeo ambidestra em muacuteltiplos contextos e demonstraram relaccedilatildeo positiva do
desempenho organizacional ambidestra em condiccedilotildees de estruturas descentralizada Para
esta pesquisa utilizaram as variaacuteveis independentes para Ambidestria adaptada de Jansen
Van den Bosch e Volberda (2006) ndash Exploration novos produtos e serviccedilos buscar novas
oportunidades e novos mercados e Exploitation regularmente implementam-se
adaptaccedilotildees aos produtos existentes e serviccedilos e eacute ampliada agrave economia de escala em
mercados jaacute existentes Fernhaber e Patel (2012) apresentaram estudo com 215 empresas
americanas de tecnologia e os desafios das empresas jovens em gerir um portfoacutelio
complexo de produtos utilizando como base teoacuterica a capacidade absortiva e a
Ambidestria e encontraram suporte para efeitos positivos destes construtos no
desempenho da firma Neste caso utilizaram as seguintes variaacuteveis para Exploration
novas tecnologias novos produtos e serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma
criativa e entrada de novos mercados segmentos e novos clientes-alvo e para a variaacutevel
42
Exploitation melhoria de custo qualidade e confiabilidade de produtos e aumento de
automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Seguindo Gibson e Birkinshaw (2004) Patel Messersmith e
Lepak (2013) em sua pesquisa com 215 empresas de tecnologia americanas utilizam
como variaacuteveis a congruecircncia da Ambidestria organizacional e o sistema de gestatildeo e
controle do desempenho das pessoas Dessa forma assim como Fernhaber e Patel (2012)
para Exploration utilizaram novas tecnologias novos produtos ou serviccedilos inovadores
satisfaccedilatildeo dos clientes entrada em novos mercados e segmentos assim como novos
clientes-alvo e para Exploitation utilizaram melhoria do custo da qualidade e
confiabilidade dos produtos Concluem estes autores que o sistema de gestatildeo de pessoas
estaacute positivamente relacionado como ferramenta para medir a Ambidestria organizacional
e contribuir como mediador para o crescimento e melhor desempenho da firma
Adicionalmente outros estudos tambeacutem analisaram o impacto das variaacuteveis de
Exploration e Exploitation nas alianccedilas estrateacutegicas (Gilsing et al 2008 Lavie amp
Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie 2014 Tiwana 2008)
Nesta tese com base nas variaacuteveis de He e Wong (2004) ndash expostas na Tabela 4
ndash a Ambidestria visa explicar que ao balancear recursos entre Exploration (criar) e
Exploitation (melhorar) a estrateacutegia ambidestra possibilita a formaccedilatildeo de capacidades
NLB-FSAs que possam ser absorvidas pela rede da multinacional
43
3 HIPOacuteTESES
31 Modelo
O modelo desta tese busca verificar a associaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria (He
amp Wong 2004) com a formaccedilatildeo das capacidades organizacionais desenvolvidas para
atender agraves necessidades locais na forma de LB-FSAs e consequentemente voltadas para
a melhoria da Competitividade (Yang et al 2015) da subsidiaacuteria Assim ao melhorar a
Competitividade desenvolvendo e adaptando suas capacidades localmente possibilita a
subsidiaacuteria transferir este conhecimento adquirido para a matriz e a outras unidades da
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
conforme modelo da tese (Figura 1)
Figura 1 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
44
32 Hipoacuteteses
Entre os tipos de capacidades organizacionais estatildeo incluiacutedos os produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo os processos de marketing os sistemas organizacionais como os de
TI - Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento que
satildeo desenvolvidas ou adaptadas pela subsidiaacuteria para entrar em mercados e se manter
competitiva (Barney amp Hesterly 2007 He amp Wong 2004 Muritiba 2009 Muritiba et
al 2012 Nascimento et al 2014)
Ao buscar sua inserccedilatildeo em um mercado distante a EMN pode usar a estrateacutegia
Ambidestra de Exploration e Exploitation (Gupta Smith amp Shalley 2006 Lana et al
2017 Levinthal amp March 1993 March 1991 Popadiuk 2007 2010 2012 Popadiuk amp
Bido 2016 Rossetto 2014) No que tange ao Exploration para criar novos produtos que
atendam somente aquele mercado-alvo que por exemplo possam requerer mateacuteria-
prima que esteja disponiacutevel somente naquele mercado ou que atendam aos requerimentos
institucionais locais como as regras e padrotildees de uniformizaccedilatildeo de produtos e qualidade
assim como as preferecircncias do consumidor local ou como criar novos produtos com
tecnologia de ponta que possibilite agrave subsidiaacuteria se destacar no mercado perante seus
concorrentes Por outro lado a EMN pode utilizar-se da estrateacutegia de Exploitation e
melhorar os produtos disponiacuteveis em seu portfoacutelio como adequaccedilatildeo de um item que jaacute eacute
produzido pela EMNs mas que precisa ser adaptado para atender ao mercado-alvo como
por exemplo adaptaccedilotildees de caracteriacutesticas do produto tamanho peso cor nome do
produto assim como utilizar alguma mateacuteria-prima local e adequaccedilotildees ao uso e regras
locais como consumo de energia tipo de conectores de energia entre outras formas de
se adaptar (Cardoso amp Kato 2015 Gilsing et al 2008 Guerra Tondolo amp Camargo
2016 Lavie amp Rosenkopf 2006 Melo Filho Gonccedilalves amp Cheng 2014 Stettner amp
Lavie 2014 Tiwana 2008)
As capacidades organizacionais estatildeo tambeacutem nos processos ou seja no modus
operandi da firma como por exemplo operaccedilatildeoproduccedilatildeo No que se refere agraves
capacidades organizacionais de processos de operaccedilatildeoproduccedilatildeo ao se lanccedilarem as
estrateacutegias de Exploration (criar) busca-se desenvolver um novo processo de produccedilatildeo
Por outro lado na estrateacutegia de Exploitation (melhorar) busca-se aperfeiccediloar os processos
produtivos (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Guedes amp Di Serio 2013)
45
No que tange agraves capacidades de processos de marketing em termos de
Exploration desenvolvem-se novas teacutecnicas de gestatildeo e implantaccedilatildeo do marketing em
termos de planejamento estrateacutegico novas formas de pesquisa de mercado e meios de
canal de comunicaccedilatildeo com os clientes Em termos de Exploitation a subsidiaacuteria pode
utilizar-se de algum ajuste na gestatildeo do marketing adaptar as teacutecnicas de gestatildeo e
pesquisa mercadoloacutegica assim como novas formas de lanccedilamentos de produtos ou
campanha de marketing entre outros (Crotti Pacheco amp Lara 2015 Jansen amp Silveira-
Martins 2017 Moura amp Floriani 2017 Vargas amp Silveira-Martins 2017 Vieira Rosa
amp Faia 2017)
Com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de capacidades em sistemas organizacionais
por exemplo de tecnologia da informaccedilatildeo a estrateacutegia de Exploration busca criar novos
sistemas e softwares de gestatildeo exclusivos para aquele mercado e da mesma maneira
nas estrateacutegias de Exploitation adapta os sistemas de gestatildeo para atender ao mercado-
alvo (Guedes amp Di Serio 2013 Dolz Iborra amp Safoacuten 2015 Prange 2012)
Adicionalmente e da mesma maneira os processos de PampD ndash Pesquisas e
desenvolvimentos (Nascimento et al 2014) ao usarem a estrateacutegia de Exploration criam
formas de desenvolvimento de produtos ou serviccedilos exclusivos para determinado
mercado e de Exploration ao melhorar os produtos e serviccedilos em ambos os casos
podendo realizar as estrateacutegias ambidestras de PampD em parceria com fornecedores locais
centros de pesquisa e desenvolvimento locais tanto em universidades puacuteblicas como em
privadas assim como em laboratoacuterios ou centros de inovaccedilatildeo
Desta forma com base no estudo de He e Wong (2004) esta tese utiliza como
variaacuteveis independentes atividades de Exploration e de Exploitation que compotildeem a
variaacutevel Ambidestria Portanto esta pesquisa trabalha com a hipoacutetese de que a subsidiaacuteria
com estrateacutegia ambidestra desenvolve ou adapta suas capacidades organizacionais em
forma de capacidades para atender as demandas do mercado local em forma de LB-FSAs
(Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) conforme segue
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
46
A subsidiaacuteria busca criar ou adaptar capacidades organizacionais que permitam
derrotar seus concorrentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et
al 2016 Porter 1990 1999) Ela pode fazer capacidades em forma de produtos e serviccedilos
que atendam os requerimentos e a preferecircncia do consumidor ou tambeacutem possibilitando
capacidades que garantam ganho de participaccedilatildeo de mercado e produtos com qualidade
superior ao de seus concorrentes Tais capacidades organizacionais podem tambeacutem
refletir em uma agilidade maior da subsidiaacuteria percebendo as demandas e as mudanccedilas
do ambiente externo Por exemplo o lanccedilamento de um novo produto antes que os
concorrentes ou efetuar promoccedilotildees ou accedilotildees de marketing que fortaleccedilam suas vendas
Adicionalmente a capacidade LB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) pode atrair uma rede
externa de relacionamentos isso pode permitir que a subsidiaacuteria busque inovaccedilatildeo que
necessita na rede externa de relacionamentos (Andersson amp Forsgren 2000 Andersson
Forsgren amp Holm 2002 Sato amp Stehrer 2015)
Assim ao criar ou refinar melhorar e adaptar as capacidades organizacionais a
subsidiaacuteria obteraacute maior Competitividade (Adenfelt amp Lagerstroumlmm 2006 Costa amp
Porto 2014 Guerra Tondolo amp Camargo 2016 Scandelari amp Cunha 2013 Silveira-
Martins amp Rossetto 2014 Storopoli et al 2015 Yang et al 2015 Zhao et al 2014) de
tal forma que consiga atender agraves demandas locais com qualidade e rapidez necessaacuterias e
superaccedilatildeo de seus concorrentes Desta maneira trabalhamos com a seguinte hipoacutetese
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
A subsidiaacuteria ao se tornar mais competitiva ganha respeito e reconhecimento da
matriz aumentando assim o interesse da EMN em compreender como as capacidades
desenvolvidas ou adaptadas localmente na forma de LB-FSAs possibilitaram a
subsidiaacuteria em obter Competitividade (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Yang
et al 2015) derrotando seus concorrentes ao ser mais aacutegil ao responder rapidamente as
demandas locais com produtos de qualidade e que atendam agraves necessidades do
consumidor
Esta melhor Competitividade da subsidiaacuteria gerar aumento no interesse da matriz
pela subsidiaacuteria o que possibilita a matriz delegar mandatos para a subsidiaacuteria Este
mandato por sua vez concede maior relevacircncia agraves capacidades LB-FSAs sendo que
47
caso estas LB-FSAs sejam relevantes para a matriz existe grande potencial da uacuteltima em
absorver essas capacidades organizacionais Em outras palavras a LB-FSA se
transformaria em uma NLB-FSA (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
(Andersson Dellestrandamp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman
amp Verbeke 2001) Desta forma a subsidiaacuteria inova e influencia a corporaccedilatildeo na inovaccedilatildeo
de suas capacidades organizacionais de uma operaccedilatildeo local para global (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Rocha amp Carneiro 2007 Srai
2013) impulsionando a subsidiaacuteria a assumir papel de transportadora de importantes
fluxos de conhecimentos e de vantagens competitivas criadas a partir de capacidades
especiacuteficas desenvolvidas localmente na forma de NLB-FSAs (Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998 Cantwell amp Mudambi 2005 Doumlrrenbaumlcher amp Gammelgaard 2006
Fernhaber amp Patel 2012 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Gammelgaard 2006
Raisch amp Birkinshaw 2008)
Diante disso a maior Competitividade da subsidiaacuteria obtida pela diferenciaccedilatildeo
em entregar produtos de maior qualidade e que atenda rapidamente agraves demandas
mercadoloacutegicas e do ambiente e com menores custos permite agrave subsidiaacuteria desempenho
competitivo superior ao de seus concorrentes (Belderbos Du amp Goerzen 2015
Centenaro Bonemberger amp Laimer 2016 Di Gregorio Musteen amp Thomas 2009
Kim Kim amp Hoskisson 2010 Kroes amp Glosh 2010 Nieto amp Rodrigues 2011) E ao
mesmo tempo que melhore a Competitividade local da subsidiaacuteria possibilitando que
seja transbordado agrave matriz e agraves outras subsidiaacuterias o aprendizado realizado em mercado
brasileiro e consequentemente a subsidiaacuteria brasileira passa a desempenhar novos papeacuteis
na rede da multinacional agora como fonte de conhecimentos de NLB-FSAs de produtos
operaccedilatildeoproduccedilatildeo processos de marketing sistemas organizacionais como os de TI -
Tecnologia da Informaccedilatildeo assim como a PampD - Pesquisa e Desenvolvimento Desta
maneira esta tese trabalha na hipoacutetese de que ao se tornar competitiva (Barney amp
Hesterly 2007 Brito amp Brito 2012 Kistruck et al 2016 Porter 1990 1999)
consequentemente possibilita agrave subsidiaacuteria transferir as LB-FSAs em formas de NLB-
FSAs ou seja capacidades organizacionais dentro da rede conforme a hipoacutetese a seguir
48
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Consequentemente em razatildeo do caminho proposto satildeo desdobradas duas
hipoacuteteses adicionais
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre Ambidestria e Competitividade
H5 Competitividade media associaccedilatildeo entre LB-FSA e NLB-FSA
49
4 METODOLOGIA
Segundo Creswell (2010) e Crotty (1998) a metodologia trata de um plano de
accedilatildeo que associa meacutetodos e resultados meacutetodos e teacutecnicas e procedimentos Severino
(2007) corrobora com estes autores e afirma que a seccedilatildeo sobre metodologia aborda o tipo
de pesquisa o universo e amostra e os procedimentos Neste item detalhamos a
abordagem da tese o meacutetodo e as teacutecnicas de pesquisa os construtos e as teacutecnicas de
anaacutelises dos dados
41 Abordagem
Nesta tese utiliza-se a abordagem de pesquisa quantitativa Creswell (2010)
considera a pesquisa quantitativa como sendo pesquisas positivas ou poacutes-positivistas na
qual satildeo usadas as estrateacutegias de verificaccedilatildeo em projetos experimentais e natildeo-
experimentais realizadas a partir de um conjunto de variaacuteveis selecionadas e controladas
que possibilitam a observaccedilatildeo e interpretaccedilotildees relevantes dos dados obtidos por meio de
perguntas estruturadas aplicadas a um nuacutemero de participantes preacute-selecionados
Assim como Creswell (2010) Campbell e Stanley (1963) afirmam que a pesquisa
quantitativa inclui experimentos e os ldquoquase experimentosrdquo e estudos correlacionais
assim como estudos especiacuteficos de assunto uacutenico Inclui tambeacutem modelos de
identificaccedilatildeo e anaacutelises causais entre variaacuteveis da pesquisa com as questotildees ou hipoacuteteses
testa ou verifica teorias e explicaccedilotildees por meio de procedimentos estatiacutesticos e anaacutelise
dos dados
Neuman e McCormick (1995) acreditam tambeacutem como Creswell (2010) que a
pesquisa quantitativa evoluiu com a inclusatildeo de experimentos complexos com muitas
variaacuteveis e tratamentos com modelos elaborados de equaccedilotildees estruturais Em termos de
universo e amostra utilizam-se sujeitos em condiccedilatildeo de anaacutelise podendo ser aleatoacuterios
ou natildeo aleatoacuterios (Keppel 1991) e em termos de procedimentos utilizam-se
levantamentos com questionaacuterios ou entrevistas estruturadas para coleta de dados com
cruzamentos de dados que permitam generalizaccedilotildees (Babbie 1990)
50
Portanto esta pesquisa tem como abordagem quantitativa a aplicaccedilatildeo de pesquisa
de campo do tipo survey para as variaacuteveis objeto da pesquisa e buscamos justificar a
tese de que as subsidiaacuterias de multinacionais que operam no Brasil desenvolvem
capacidades para atender as demandas locais denominadas de LB-FSAs (Local Bound ndash
Firm Specific Advantages) e que este fator gera maior Competitividade da unidade local
e que estas Competitividades motivam a transferecircncia do conhecimento adquirido para a
rede diferenciada da multinacional na forma de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm
Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke 2001)
42 Meacutetodo
Segundo Hegenberg (1976) o meacutetodo eacute o ldquocaminho pelo qual se chega a
determinado resultadordquo Nesta tese optou-se pelo levantamento de dados primaacuterios por
meio da teacutecnica de coleta do tipo survey (Collis amp Hussey 2005 Cressel 2010 Hair Jr
et al 2005) definidos a partir de estudos do nuacutecleo de pesquisa em inovaccedilatildeo do PMDGI
ndash Programa de Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM Em vista disso
escolhemos por uma pesquisa quantitativa em conjunto com outros pesquisadores tendo
como objeto de estudo as subsidiaacuterias de multinacionais
Em termos de universo e amostra este trabalho selecionou o mailing da base das empresas
do MDIC- Ministeacuterio da Induacutestria e Comeacutercio Exterior composta por 5032 empresas brasileiras
e estrangeiras Destas foram selecionadas 972 empresas estrangeiras que atuam no Brasil de
segmentos variados induacutestria comeacutercio e serviccedilos e tambeacutem de origem de paiacuteses distintos
A coleta de dados ocorreu por meio do envio de e-mails e acompanhamento
telefocircnico mediante questionaacuterio de pesquisa a diretores ou liacutederes de equipes dos
departamentos de marketing engenharia de pesquisa e desenvolvimento e inovaccedilatildeo desta
amostra no mecircs de abril de 2017 O envio da pesquisa em campo foi operacionalizado
pelo Centro de Pesquisa das Ciecircncias Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul sob a supervisatildeo do nuacutecleo de pesquisa e inovaccedilatildeo do PMDGI ndash Programa de
Mestrado e Doutorado em Gestatildeo Internacional da ESPM ndash Escola Superior de
Propaganda em Marketing pela plataforma de pesquisas Survey Monkey contando com
4 pesquisadores exclusivamente dedicados para tal ocupaccedilatildeo durante 60 dias para as
atividades de preacute-teste confirmaccedilatildeo do recebimento do questionaacuterio via e-mail e
telefone follow up e tabulaccedilatildeo das respostas
51
Sobre o preacute-teste este foi realizado com 10 especialistas sendo 3 professores e 7
gestores de empresas para a verificaccedilatildeo da compreensatildeo do questionaacuterio sendo que
pequenos ajustes foram feitos no vocabulaacuterio a partir das sugestotildees recebidas para que
de tal forma pudessem melhorar a compreensatildeo das questotildees sem mudar a essecircncia das
perguntas validadas por testes anteriores dos autores em referecircncia
Apoacutes ajustes na nomenclatura de alguns termos foram enviados 972 e-mails
convites ao mailing das empresas estrangeiras operantes no Brasil para o preenchimento
do questionaacuterio com o link do Survey Monkey Destes foram recebidos 302
questionaacuterios entretanto 13 foram eliminados por estarem incompletos com missing
values totalizando assim 289 respostas vaacutelidas
Sobre a origem das empresas da amostra vaacutelida vale destacar que 90 destas
possuem origem em paiacuteses desenvolvidos e 10 em paiacuteses em desenvolvimento
conforme classificaccedilatildeo UNCTAD demonstrado na Tabela 1 a seguir
Tabela 1 - Paiacutes de Origem da Empresa (Matriz)
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Alemanha 65
Estados Unidos 65
Itaacutelia 37
Argentina 15
Franccedila 14
Suiacuteccedila 13
Japatildeo 11
Europa 10
Sueacutecia 8
Espanha 8
Finlacircndia 7
Holanda 6
China 4
Meacutexico 3
Aacuteustria 3
Portugal 3
Dinamarca 3
continua
52
conclusatildeo
Paiacutes Desenvolvidos Em Desenvolvimento
Beacutelgica 2
Canadaacute 2
Inglaterra 2
Austraacutelia 1
Boliacutevia 1
Costa Rica 1
Peru 1
Turquia 1
Ucracircnia 1
Aacutefrica do Sul 1
Aacutesia 1
Total 260 29
90 10
Fonte Elaborado pelo autor Dados da pesquisa
Adicionalmente em termos de modo de entrada no Brasil na Tabela 2 a seguir
observa-se que das 289 empresas 43 entraram no paiacutes pelo modo de Aquisiccedilatildeo ou
Fusatildeo 32 por alianccedila ou Joint Venture e 25 por investimento direto Greenfield
construindo a empresa a partir ldquodo zerordquo
Tabela 2 - Modo de Entrada no Brasil
Modo de Entrada no Brasil
Aquisiccedilatildeo ou Fusatildeo 125 43
Alianccedila ou JV 93 32
Greenfield 71 25
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
Ainda sobre a amostra vaacutelida no que tange ao tempo de entrada no mercado
brasileiro na Tabela 3 podemos observar o periacuteodo de iniacutecio da operaccedilatildeo das subsidiaacuterias
desta tese sendo que o ldquoboomrdquo das entradas no Brasil ou seja 63 da amostra ocorre
mais recentemente ndash apoacutes a deacutecada de 1990 ndash quando sucede a estabilizaccedilatildeo econocircmica
e o advento do Plano Real conforme demonstrado a seguir
53
Tabela 3 - Periacuteodo do Iniacutecio da Operaccedilatildeo no Brasil
Periacuteodo subsidiaacuterias Acumulado
1901-1910 5 2 2
1911-1920 1 0 2
1921-1930 2 1 3
1931-1940 1 0 3
1941-1950 2 1 4
1951-1960 10 3 7
1961-1970 24 8 15
1971-1980 38 13 28
1981-1990 26 9 37
1991-2000 97 34 71
2001-2015 83 29 100
289 100
Fonte Elaborado pelo autor Dados da Pesquisa
43 Teacutecnica de Pesquisa
Esta tese utilizou como teacutecnica de pesquisa o questionaacuterio Survey Conforme
definido por Hair Jr et al (2005) trata-se de um procedimento para coleta de dados
primaacuterios um instrumento cientificamente trabalhado para medir as caracteriacutesticas
importantes de fontes individuais sejam empresas ou fenocircmenos que a pesquisa deseja
explicar
Nesta pesquisa a operacionalizaccedilatildeo foi desenvolvida a partir de um questionaacuterio
com 21 perguntas desenvolvidas no Nuacutecleo de Pesquisa em Inovaccedilatildeo do PMDGI ndash
Programa de Mestrado e Doutorado da ESPM As questotildees foram definidas com
perguntas fechadas (Newman 2006) indicando o niacutevel de concordacircncia com a questatildeo
estabelecidas respostas em escala Likert de 1 a 7 sendo 1 lsquodiscordo totalmentersquo e 7
lsquoconcordo totalmentersquo apresentadas conforme Modelo de Pesquisa na Figura 2 Tabelas
4 5 6 e 7 por construto escolhidas a partir do referencial teoacuterico com aderecircncia a esta
tese
54
Figura 2 ndash Modelo Proposto pela Tese
Fonte Elaborado pelo autor
Para a variaacutevel Ambidestria foram utilizadas as variaacuteveis Exploration e
Exploitation testadas por He e Wong (2004) selecionadas para medir a associaccedilatildeo da
variaacutevel Ambidestria na formaccedilatildeo de capacidades organizacionais para atender o mercado
local com as perguntas P23 P24 P25 P26 e a Exploitation com as perguntas P27 P28
P29 P30 descritas na tabela que segue
Tabela 4 - Construto Ambidestria
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos 3 anos a minha empresa priorizou
Exploration He e Wong
(2004)
P23 Introduzir produtos de nova geraccedilatildeo
P24 Ampliar os tipos de produtos
P25 Abrir novos mercados
P26 Entrar em novas aacutereas tecnoloacutegicas
Exploitation He e Wong
(2004)
P27 Melhorar a qualidade dos produtos existentes
P28 Melhorar a flexibilidade da produccedilatildeo
P29 Reduzir o custo da produccedilatildeo
P30 Melhorar o rendimento ou reduzir o consumo de mateacuteria-prima
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Exploration
Exploitation
NLB-FSAs
P25
P26
P27
P28
P29
P33 P35
P36
P37
P38
P40
P24
P30
Competitividade
P89
P90
P91
H1
H2
P92
P93
P32 P31
P23
Ambidestria LB-FSAs
H3
A
55
Para o construto Competitividade foram selecionadas as questotildees testadas por
Yang et al (2015) sendo escolhidas as perguntas P89 P90 P91 P92 P93 a saber
Tabela 5 - Construto Competitividade
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Em relaccedilatildeo ao mercado em que atua
Competitividade Yang et al (2015) P89 Na maior parte das vezes derrotou seus principais
concorrentes
P90 Na maioria das vezes forneceu produtos da mais alta
qualidade comparados aos principais concorrentes
P91 Respondeu mais rapidamente agraves demandas dos mercados em
comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P92 Respondeu mais rapidamente agraves mudanccedilas do ambiente
externo em comparaccedilatildeo aos meus principais concorrentes
P93 Construiu uma rede de relacionamento que ajudou a
responder mais rapidamente agraves demandas do mercado
Fonte Elaborado pelo autor Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
No construto LB-FSA (Local Bound ndash Firm Specific Advantages) a capacidade
tecnoloacutegica eacute medida pela capacidade organizacionais de inovaccedilatildeo adaptado de Frost
Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e Rugman e
Verbeke (2001) que satildeo realizadas pela subsidiaacuteria para atender ao mercado local Foram
selecionadas as perguntas P31 P32 P33 e P35
Tabela 6 - Construto LB-FSAs (Local Bound ndash Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos minha subsidiaacuteria constantemente
desenvolveu novos
LB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P31 Produtos
P32 Processos de operaccedilatildeo produccedilatildeo
P33 Processos de marketing
P35 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
Nesta pesquisa a capacidade tecnoloacutegica do construto NLB-FSAs (Non Located
Bound - Firm Specific Advantages) eacute medida por capacidades organizacionais adaptado
de Frost Birkinshaw amp Ensign (2002) Andersson Dellestrand amp Pedersen (2014) e
Rugman e Verbeke (2001) que satildeo transferidas para a rede diferenciada analisada com
as questotildees P36 P37 P38 e P40 a saber
56
Tabela 7 - Construto NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Construto Literatura Perguntas de Pesquisa
Nos uacuteltimos trecircs anos a minha subsidiaacuteria
constantemente transferiu para a matriz novos
NLB-FSAs Frost Birkinhsaw amp Ensign
(2002) Andersson
Dellestrand amp Pedersen
(2014) Rugman amp Verbeke
(2001)
P36 Produtos
P37 Processos de operaccedilotildeesproduccedilatildeo
P38 Processos de marketing
P40 Novas praacuteticas eou sistemas organizacionais
Fonte Questionaacuterio (Survey) da Pesquisa
44 Teacutecnica de Anaacutelise dos Dados
As teacutecnicas de regressatildeo muacuteltiplas e anaacutelise fatorial foram aplicadas para testar o
modelo no sistema PLS (Partial Least Squares) e combinadas formam as equaccedilotildees
estruturais permitindo verificar a covariacircncia e o niacutevel de correlaccedilatildeo e dependecircncia entre
os construtos Ambidestria LB-FSAs (Local Bound - Firm Specific Advantages)
Competitividade e NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
conforme exibe a Figura 3
As hipoacuteteses iniciais satildeo apresentadas da seguinte forma
H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage)
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantage) estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantage)
A figura a seguir representa de forma visual a relaccedilatildeo entre os indicadores e as
variaacuteveis latentes do modelo desta tese
57
Figura 3 - Relaccedilatildeo entre Indicadores e Variaacuteveis Latentes do Modelo
Fonte Dados da pesquisa
Na Figura 3 natildeo haacute relacionamento estabelecido das variaacuteveis latentes entre si
porque satildeo os diferentes relacionamentos que podem ser estabelecidos entre elas que
seratildeo testados no Modelo apresentado na Figura 2
A uacutenica exceccedilatildeo eacute a variaacutevel Ambidestria que jaacute aparece relacionada agraves variaacuteveis
Exploration e Exploitation devido ao fato da Ambidestria ser um construto de segunda
ordem Em outras palavras Ambidestria eacute uma variaacutevel latente formada a partir dos
indicadores que compotildeem as variaacuteveis latentes Exploration e Exploitation
No diagrama do Modelo apresentado a seguir os indicadores que compotildeem cada
uma das variaacuteveis latentes satildeo omitidos pois como a anaacutelise do modelo externo
confirmou a validade dos construtos natildeo haacute nada de novo para se observar na relaccedilatildeo
indicador-construto e portanto temos uma imagem visualmente mais limpa das relaccedilotildees
exploradas pelo Modelo
58
Figura 4 ndash Modelo da Pesquisa via PLS
Fonte Dados da pesquisa
45 Modelo de Mensuraccedilatildeo (ou Modelo Externo)
Comeccedilamos a anaacutelise do Modelo proposto pela anaacutelise do Modelo de Mensuraccedilatildeo
(ou Modelo Externo) O Modelo de Mensuraccedilatildeo diz respeito agrave relaccedilatildeo entre indicadores
e construtos
Como observado por Hair Jr et al (2014) a avaliaccedilatildeo de Modelos de Mensuraccedilatildeo
reflexivos se baseia na confiabilidade de consistecircncia interna (internal consistency
reliability) assim como na validade Antes de seguir com a anaacutelise apresentamos a imagem
extraiacuteda de Hair Jr et al (2014) para ressaltar a diferenccedila entre os indicadores formativos
e os reflexivos
59
Figura 5 - Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo e Modelo de Mensuraccedilatildeo Formativo
Fonte Hair Jr et al (2014)
Como ilustra a Figura 5 uma boa forma de distinguir ambos os modelos de
mensuraccedilatildeo eacute pensar se o construto (variaacutevel latente) eacute refletido pelos indicados que o
compotildeem ou se estes indicadores tambeacutem podem refletir outras coisas aleacutem do construto
Neste caso temos um Modelo Reflexivo Ao passo que se o contruto possui dimensotildees
que os indicadores combinados natildeo conseguem representar plenamente temos um
Modelo Formativo No caso desta pesquisa temos um Modelo de Mensuraccedilatildeo Reflexivo
46 Confiabilidade de Consistecircncia Interna (Internal Consistency Reliability)
Vemos que para o Modelo todos os caacutelculos de consistecircncia interna atingem os
valores miacutenimos esperados 07 para o Alfa de Cronbach para o rho e para o Composite
Reliability e 05 para o AVE
Tabela 8 - Testes de Consistecircncia Interna
Cronbachs
Alpha
rho_A Composite
Reliability
Average Variance
Extracted (AVE)
Ambidestria 0913 0915 0929 0623
Competitividade 0878 0884 0911 0672
Exploitation 0878 0879 0916 0733
Exploration 0872 0877 0913 0724
LB-FSA 0889 0900 0923 0750
NLB-FSA 0957 0958 0969 0885
Fonte Dados da Pesquisa
60
O Alfa de Cronbach denota o quanto os indicadores inseridos em cada construto
conseguem mensuraacute-lo de forma adequada Eacute como se fosse uma meacutedia da variaccedilatildeo entre
os indicadores de um mesmo construto Se um bloco de variaacuteveis eacute unidimensional eles
devem ser altamente correlacionados e portanto devem exibir um Alfa de Cronbach
elevado (acima de 07)
O Dillon-Goldensteinrsquos rhocirc possui a mesma funccedilatildeo que o Alpha de Cronbach
mas usa como base os loadings em vez da correlaccedilatildeo das variaacuteveis Assim ele natildeo assume
que todas as variaacuteveis tecircm o mesmo peso na definiccedilatildeo da variaacutevel latente Este iacutendice eacute
considerado melhor do que o Alfa de Cronbach pois leva em consideraccedilatildeo em que
medida a variaacutevel latente tambeacutem consegue explicar o bloco de indicadores relacionado
a ela Ele eacute considerado bom em valor acima de 07
O Composite Reliability eacute uma alternativa ao Alfa de Cronbach recomendada
por Hair Jr et al (2014) Eacute formado pela relaccedilatildeo entre a somatoacuteria do loading ao quadrado
do indicador e a soma entre a somatoacuteria do loading ao quadrado do indicador e a variacircncia
natildeo explicada do construto Formalmente ele eacute representado da seguinte forma
120588119888 =(sum 119897119894119894 )sup2
(sum 119897119894119894 )2 + sum 119907119886119903(119890119894)119894
Segundo Hair Jr et al (2014 p 102) este iacutendice varia entre 0 e 1 e seus valores
ideiais satildeo dos indicadores acima 07
A Variacircncia Extraiacuteda Meacutedia (Average Variance Extracted ndash AVE) eacute a meacutedia
das comunalidades (communalities) dos indicadores Substantivamente ele indica quanto
da variacircncia do total de indicadores que compotildeem o construto este uacuteltimo consegue
explicar Um valor miacutenimo adequado eacute de 05 indicando que o construto consegue
esclarecer pelo menos 50 da variacircncia de seus indicadores
61
47 Validade Convergente (Convergent Validity)
Este eacute o criteacuterio utilizado para avaliar a correlaccedilatildeo entre os indicadores e a variaacutevel
latente que eles refletem Em termos praacuteticos na anaacutelise de validade convergente eacute
observado se os loadings dos indicadores tecircm valor miacutenimo de 07 implicando que eles
teriam comunalidade miacutenima1 de 049 A seguir satildeo exibidos os loadings dos indicadores
do Modelo
Tabela 9 - Loadings dos Indicadores do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0874
q23 0810
q24 0881
q24 0836
q25 0789
q25 0700
q26 0857
q26 0799
q27 0820
q27 0791
q28 0877
q28 0813
q29 0885
q29 0804
q30 0841
q30 0751
q31 0888
q32 0911
q33 0820
q35 0843
q36 0925
q37 0955
q38 0943
q40 0941
q89 0855
q90 0793
q91 0849
q92 0810
q93 0789
Fonte Dados da Pesquisa
Vemos que todos os loadings possuem valores adequados
1 Lembrando que comunalidade nada mais eacute do que o loading elevado ao quadrado Dependendo da fonte
consultada a recomendaccedilatildeo pode ser de um loading miacutenimo de 07 ou de 0708 A justificativa para o
uacuteltimo valor seria de que 0708sup2 gt 05
62
48 Validade Discriminente (Discriminant Validity)
A Validade Discriminante demonstra o quanto um construto eacute diferente dos
demais presentes na anaacutelise A ideia eacute que cada construto seja uacutenico e que dois construtos
diferentes natildeo representem a mesma coisa Duas formas de mensurar a validade do
discriminante eacute por meio da anaacutelise dos cross-loadings e pelo Fornell-Larcker
criterion
Os cross-loadings nada mais satildeo do que a correlaccedilatildeo entre os construtos e os
indicadores que compotildeem os demais construtos A ideia eacute que a correlaccedilatildeo entre
indicadores e construtos devem ser maiores entre indicadores e os construtos que eles
refletem Caso haja alguma correlaccedilatildeo maior entre indicadores de um construto A e o
construto B pode ser necessaacuterio ter que considerar manter tal indicador na anaacutelise pois
natildeo fica claro qual construto o indicador realmente estaacute refletindo
O Criteacuterio de Fornell-Larcker compara a raiz quadrada dos AVE de um
construto com as correlaccedilotildees deste com os demais construtos A ideia eacute que a raiz
quadrada do AVE de um construto deve ser maior do que sua correlaccedilatildeo com todos os
demais construtos Substantivamente isso implica uma comparaccedilatildeo entre a variaccedilatildeo de
um construto com seus indicadores e a comparaccedilatildeo de um construto com os demais Em
outras palavras busca-se observar se a variacircncia de um construto estaacute mais associada a
seus indicadores ou a outros construtos O ideal eacute que a variacircncia de um construto esteja
mais associada a seus indicadores
A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os dados das medidas citadas
anteriormente
63
Tabela 10 - Cross-Loadings dos Indicadores do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
q23 0308 0620 0878 0572 0232
q24 0313 0663 0882 0578 0204
q25 0297 0503 0782 0452 0096
q26 0346 0618 0856 0521 0217
q27 0335 0815 0645 0446 0049
q28 0361 0879 0630 0475 0137
q29 0308 0886 0605 0448 0245
q30 0265 0843 0552 0456 0179
q31 0300 0470 0628 0889 0333
q32 0370 0569 0637 0911 0324
q33 0305 0354 0425 0820 0318
q35 0370 0426 0451 0841 0346
q36 0243 0179 0207 0346 0925
q37 0214 0156 0189 0343 0955
q38 0267 0193 0250 0369 0943
q40 0245 0147 0198 0370 0941
q89 0854 0320 0349 0312 0205
q90 0791 0339 0384 0404 0190
q91 0849 0266 0281 0284 0251
q92 0812 0318 0260 0339 0228
q93 0789 0264 0215 0217 0179
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 11 - Criteacuterio de Fornell-Larcker dos Construtos do Modelo
Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Competitividade 0820
Exploitation 0371 0856
Exploration 0371 0710 0851
LB-FSA 0388 0533 0627 0866
NLB-FSA 0258 0180 0225 0380 0941
Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar pelos resultados expostos que todos os valores aparecem
conforme o esperado Ou seja natildeo haacute nenhuma violaccedilatildeo em termos de validade do
discrimante A correlaccedilatildeo mais forte dos construtos eacute com seus respectivos indicadores
e natildeo com outros construtos Destacam-se nestas tabelas que a variaacutevel latente
Ambidestria natildeo foi incluiacuteda na anaacutelise pois tratando-se de um construto de ordem mais
elevada ou seja construiacutedo a partir de outras variaacuteveis latentes certamente haveria maior
correlaccedilatildeo de seus indicadores com as variaacuteveis latentes que originaram a variaacutevel
Ambidestria Como Hair Jr et al (2014) afirmam natildeo faz sentido a anaacutelise de discrimante
de variaacuteveis de ordem mais elevada
64
49 Anaacutelise do Modelo Estrutural
Conforme Hair Jr et al (2014) o Modelo Estrutural descreve as relaccedilotildees entre as
variaacuteveis latentes do modelo
410 Anaacutelise de colinearidade entre as variaacuteveis latentes
Como o Modelo Estrutural eacute um conjunto de regressotildees lineares um primeiro
passo para analisar o Modelo Estrutural eacute avaliar a existecircncia de colinearidade entre as
variaacuteveis latentes que seratildeo tratadas como variaacuteveis independentes em cada uma das
regressotildees que seratildeo implementadas A seguir satildeo apresentadas as tabelas com os
resultados do VIF2 do Modelo
Tabela 12 - VIF do Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 1648 1000 1000 1000 1732
Competitividade 1238
Exploitation
Exploration
LB-FSA 1648 1712
NLB-FSA Fonte Dados da Pesquisa
Podemos observar que natildeo decorre nenhum problema de colinearidade pois todos
os valores de VIF estatildeo abaixo de 5 e portanto satildeo aceitaacuteveis (Hair Jr et al 2014)
2 VIF significa Variation Inflation Factor Este eacute um iacutendice que mensura quanto da variacircncia de um
coeficiente de regressatildeo aumentou devido aos possiacuteveis problemas de colinearidade A raiz quadrada do
VIF indica o grau em que o erro padratildeo de uma regressatildeo foi elevado devido aos problemas de
colinearidade Por exemplo um VIF de 400 significa que o erro padratildeo dobrou pois 2 eacute a raiz quadrada
de 4
65
411 Qualidade de Ajuste do Modelo
A seguir satildeo apresentadas tabelas com o Iacutendice de Relevacircncia ou Validade
Preditiva (Qsup2) (ou indicador de Stone-Geisser) e o Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador
de Cohen) O primeiro avalia a qualidade da prediccedilatildeo do Modelo seu valor deve ser maior
que 0 Quanto mais proacuteximo de 1 mais proacuteximo o Modelo estaria de ser perfeito O
segundo estima novamente o Modelo incluindo e excluindo construtos para estimar o
quatildeo importante cada construto eacute para o Modelo Segundo Hair et al (2014) valores de
002 015 e 035 satildeo considerados respectivamente pequenos meacutedios e grandes
Tabela 13 - Iacutendice de Relevacircncia ou Validade Preditiva (Qsup2) do Modelo
Modelo
Competitividade 0116
Exploitation 0586
Exploration 0581
LFB-FSA 0270
NLB-FSA 0131
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 14 - Tamanho do Efeito (fsup2) (ou indicador de Cohen) no Modelo
Ambidestria Competitividade Exploitation Exploration LB-FSA NLB-FSA
Ambidestria 0051 5786 6035 0648 0003
Competitividade 0020
Exploitation
Exploration
LB-FSA 0038 0095
NLB-FSA
Fonte Dados da Pesquisa
Na Tabela 13 podemos verificar que apesar de alguns valores serem relativamente
baixos todos os itens possuem valor superior a zero e portanto podemos concluir que o
Modelo tem poder de prediccedilatildeo aceitaacutevel
Na Tabela 14 podemos observar a importacircncia relativa que cada um dos construtos
comporta Pelos valores apresentados nesta tabela observamos que a Ambidestria eacute
importante em relaccedilatildeo a LB-FSA e pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA A
Competitividade tambeacutem se mostra pouco importante em relaccedilatildeo a NLB-FSA As demais
variaacuteveis encontram-se entre uma influecircncia fraca e meacutedia no Modelo
66
5 ANAacuteLISE DOS DADOS
51 Anaacutelise do Modelo
A Figura 6 e Tabela 15 a seguir apresentam os Path Coefficients do Modelo e
suas estatiacutesticas t apoacutes a realizaccedilatildeo de bootstrap
Path Coefficients T statistics
Figura 6 - Path Coefficients e estatiacutesticas t do Modelo
Fonte Dados da Pesquisa
Tabela 15 - Coeficientes de Regressatildeo do Modelo
Variaacutevel
Exoacutegena
Variaacutevel
Endoacutegena
LB-FSAs Competitividade NLB-FSAs
Ambidestria 0627 0260 -0071
(t-statistic) (11497) (2602) (1105)
LB-FSAs 0226 0369
(t-statistic) (2353) (6489)
Competitividade 0143
(t-statistic) (2703)
(Rsup2) (0393) (0192) (0162)
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Fonte Dados da Pesquisa
Antes de analisar os resultados eacute preciso lembrar o que representam os nuacutemeros
nos diagramas Na Figura 6 os valores que aparecem no meio das setas satildeo os Path
Coefficients o efeito que o aumento de um desvio-padratildeo na variaacutevel independente tem
sobre a variaacutevel dependente Assim por exemplo vemos que no modelo o aumento de
67
um desvio-padratildeo em Ambidestria faz com que LB-FSA aumente em 0627 o desvio-
padratildeo O nuacutemero que aparece dentro de cada variaacutevel latente na Figura 6 eacute o Rsup2
(coeficiente de determinaccedilatildeo) da regressatildeo no qual aquela variaacutevel latente foi tomada
como variaacutevel dependente Em termos praacuteticos ele indica em porcentagem (variando de
0 a 1) o quanto da variaccedilatildeo daquela variaacutevel latente foi explicada naquela regressatildeo Por
exemplo ainda no modelo desta figura temos que 393 da variaccedilatildeo de LB-FSA eacute
explicado pela Ambidestria Tambeacutem apresentamos nesta figura a estatiacutestica t de cada um
dos coeficientes exibidos e esperamos que os valores apresentados estejam acima de
196 Isso indica que haacute 005 de significacircncia de que os coeficientes na Figura 6 tenham
o sinal corretamente estimado
Assim por exemplo podemos afirmar com 005 de significacircncia de que a
Ambidestria tem um efeito positivo sobre a Competitividade pois a estatiacutestica t do
coeficiente estimado na Figura 6 eacute de 2602 Entretanto natildeo podemos afirmar que haja
uma relaccedilatildeo entre Ambidestria e NLB-FSA pois a estatiacutestica t do coeficiente estimado eacute
de apenas 1105 Assim para o Modelo temos que o uacutenico coeficiente que natildeo eacute vaacutelido
em um intervalo de confianccedila de 005 de significacircncia de que eacute o coeficiente que estima
o efeito de Ambidestria em NLB-FSA
52 Anaacutelise das Hipoacuteteses sob o Prisma do Modelo da Tese
Neste item apresentamos consideraccedilotildees sobre o Modelo agrave luz das hipoacuteteses que
orientam esta tese A seguir retomamos as hipoacuteteses uma a uma e fazemos
consideraccedilotildees sobre os resultados do Modelo da tese obtidos e as conclusotildees agraves quais
pudemos chegar
bull H1 Empresas ambidestras tecircm associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages
Os resultados apresentados na Tabela 15 confirmam esta hipoacutetese Nosso modelo
de regressatildeo mostra com um miacutenimo de 001 de significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo
estatisticamente significativa entre a variaacutevel Ambidestria e a variaacutevel LB-FSA
(coeficiente de 0627) Assim o Modelo nos permite afirmar que a Ambidestria tem um
efeito positivo sobre LB-FSA e podemos confirmar H1
68
bull H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages estaacute
associada positivamente agrave Competitividade
Na Tabela 15 podemos observar que o coeficiente da regressatildeo de LB-FSA sobre
Competitividade eacute estatisticamente significativo (0226) de modo que podemos afirmar
com um miacutenimo de 001 de significacircncia que um aumento em LB-FSA estaacute
correlacionado a um aumento em Competitividade Portanto os resultados confirmam
H2
bull H3 A Competitividade estaacute associada positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Os resultados obtidos (Tabela 15) permitem afirmar com um miacutenimo de 001 de
significacircncia que haacute uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre Competitividade e
NLB-s de modo que um aumento de um desvio-padratildeo em Competitividade faz com que
NLB-FSA aumente em 0143 desvio-padratildeo Assim a H3 eacute aceita
A Tabela 16 a seguir apresenta os resultados das Hipoacuteteses
Tabela 16 - Resultados das Hipoacuteteses
Hipoacutetese Construto Significacircncia Resultado
H1 Empresas ambidestras tecircm
associaccedilatildeo positiva sobre a formaccedilatildeo de
capacidades LB-FSAs (Located Bound -
Firm Specific Advantages)
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
001 Aceita
H2 A formaccedilatildeo de LB-FSAs (Located
Bound - Firm Specific Advantages) estaacute
associada positivamente agrave
Competitividade
LB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H3 A Competitividade estaacute associada
positivamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
(Non Located Bound - Firm Specific
Advantages)
NLB-FSA (Frost Birkinhsaw amp
Ensign 2002 Andersson
Dellestrand amp Pedersen 2014 Rugman amp Verbeke 2001)
Competitividade (Yang et al
2015)
001 Aceita
H4 LB-FSA media a associaccedilatildeo entre
Ambidestria e Competitividade
Ambidestria (Exploration e
Exploitation) (He amp Wong 2004)
LB-FSA e NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001)
001 Aceita
H5 Competitividade media associaccedilatildeo
entre LB-FSA e NLB-FSA
LB-FSA NLB-FSA (Frost
Birkinhsaw amp Ensign 2002
005 Aceita
69
Andersson Dellestrand amp
Pedersen 2014 Rugman amp
Verbeke 2001) Competitividade
(Yang et al 2015)
Fonte Dados da Pesquisa
70
No que tange aos resultados do modelo da tese pode-se observar que a
ambidestria contribui positivamente para a formaccedilatildeo de LB-FSAs (Tabela 15 coeficiente
de 0627 com um miacutenimo de 001 de significacircncia) e tambeacutem afeta positivamente a
Competitividade das subsidiaacuterias (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de
001 de significacircncia) Entretanto natildeo eacute possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 A Competitividade das subsidiaacuterias por sua vez contribui para a
formaccedilatildeo da NLB-FSA (Tabela 15 coeficiente de 0143 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) e tambeacutem vemos que as inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSA
tendem a gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
A partir dos resultados anteriormente descritos a pesquisa foi ampliada para
verificar o impacto indireto da variaacutevel Ambidestria sobre a Competitividade mediado
pela LB-FSA (H4) que foi aceita e o impacto indireto da variaacutevel LB-FSA em NLB-
FSA mediado pela Competitividade (H5) que tambeacutem foi aceito Os testes desta
mediaccedilatildeo satildeo apresentados no item a seguir
53 Testes de Mediaccedilatildeo do Modelo
Os testes de mediaccedilatildeo do modelo servem para testar o efeito que uma variaacutevel A
pode gerar sobre a variaacutevel C atraveacutes da variaacutevel B Isso implicaria que a variaacutevel A teria
um efeito direto e outro efeito indireto em C atraveacutes da variaacutevel mediadora B Para
realizar estes testes utilizamos o teste de Sobel que estima um modelo de regressatildeo no
qual a variaacutevel mediadora eacute inclusa junto agrave variaacutevel independente para observar se esta
inclusatildeo resulta na diminuiccedilatildeo do efeito da variaacutevel independente sobre a dependente e
se o efeito da variaacutevel mediadora permanece estatisticamente significativo3
3 A estatiacutestica do teste de Sobel eacute calculada da seguinte forma
119911 =119886119887
radic(11988721198781198641198862) + (1198862119878119864119887
2)
Onde a eacute o coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre a variaacutevel independente e a variaacutevel mediadora b eacute o
coeficiente da regressatildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel mediadora e variaacutevel dependente 119878119864119886 eacute o erro padratildeo da
71
A seguir eacute apresentado o teste de Sobel para o Modelo
Tabela 17 - Teste de Sobel para o Modelo
z
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade 2361
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA 5752
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1865
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA 1780
p lt 005 p lt 001 p lt 0001
Os resultados do teste de Sobel mostram que LB-FSA e Competitividade satildeo
variaacuteveis mediadoras estatisticamente significativas do efeito que a Ambidestria tem
sobre Competitividade e NLB-FSA respectivamente Os testes tambeacutem demonstram que
a Competitividade media o efeito de LB-FSA em NLB-FSA
A Tabela 18 a seguir consolida um resumo dos resultados dos dois testes de
mediaccedilatildeo
Tabela 18 - Resultados - Mediaccedilatildeo Sobel
Significacircncia
Ambidestria -gt LB-FSA -gt Competitividade Sim 001
Ambidestria -gt LB-FSA -gt NLB-FSA Sim 001
Ambidestria -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
LB-FSA -gt Competitividade -gt NLB-FSA Sim 005
Fonte Dados da Pesquisa
De acordo com os resultados que obtivemos do teste de Sobel (Tabela 18)
observamos que haacute mediaccedilatildeo estatisticamente significativa que relaciona os efeitos
indiretos da Ambidestria tanto com a formaccedilatildeo de LB-FSA quanto com a
Competitividade e a formaccedilatildeo de NLB-FSA Do mesmo modo como foi observado que
haacute efeito indireto de LB-FSA sobre NLB-FSA exercido pela variaacutevel Competitividade
Em resumo os resultados confirmaram com um miacutenimo de 001 de significacircncia
que as subsidiaacuterias que utilizam a estrateacutegia da Ambidestria Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades em forma de LB-FSAs para atender ao
mercado local (Tabela 15 coeficiente de 0627) assim como as LB-FSAs melhoram o
desempenho competitivo por meio de sua adaptaccedilatildeo com diferenciaccedilatildeo rapidez e
relaccedilatildeo entre variaacutevel independente e variaacutevel mediadora e 119878119864119887 eacute o erro padratildeo da relaccedilatildeo entre variaacutevel
mediadora e variaacutevel dependente
72
qualidade da unidade local (Tabela 15 coeficiente de 026 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia) Adicionalmente estas inovaccedilotildees locais representadas por LB-FSAs
podem gerar NLB-FSAs (Tabela 15 coeficiente de 0369 com um miacutenimo de 001 de
significacircncia)
Nota-se entatildeo que os resultados apresentados demonstram estar alinhados com
as hipoacuteteses Contudo somente natildeo foi possiacutevel afirmar que a Ambidestria leva
diretamente agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs uma vez que a estatiacutestica t do coeficiente estimado
eacute de apenas 1105 (Tabela 15) Entretanto os testes de mediaccedilatildeo confirmaram que haacute
efeitos indiretos da Ambidestria sobre NLB-FSA confirmando que quando ocorre da
mediaccedilatildeo das LB-FSAs e da Competitividade indiretamente a Ambidestria contribui na
formaccedilatildeo das NLB-FSAs E a partir desta compreensatildeo pode-se inferir que as variaacuteveis
LB-FSA e Competitividade satildeo de extrema relevacircncia para que a subsidiaacuteria desenvolva
e transfira NLB-FSAs
73
6 DISCUSSAtildeO
Ao aceitar a H1 na qual haacute a associaccedilatildeo positiva da Ambidestria com a formaccedilatildeo
de LB-FSAs esta tese corrobora com a teoria da VBR - Visatildeo Baseada em Recursos
(Barney amp Hesterly 2007) e o lsquoOwnershiprsquo e o lsquoInternalizationrsquo da Teoria do Paradigma
Ecleacutetico de Dunning (1980 1988 2000) no sentido de que a firma busca criar ou adaptar
seus recursos e internalizar neste caso capacidades internas organizacionais para
atender as demandas mercadoloacutegicas por meio de produtos processo de operaccedilatildeo e
produccedilatildeo processos de marketing e novas praacuteticas eou sistemas organizacionais assim
como com os estudos sobre a utilizaccedilatildeo da estrateacutegia Ambidestra de Exploration e
Exploitation para atender as demandas locais e melhorar sua Competitividade (Brown amp
Eishenardt 1997 Burgelman 2002 Gupta Smith amp Shalley 2006 He amp Wong 2004
Popadiuk 2007 2012 Probst amp Raisch 2005 Raisch amp Birkinshaw 2008) a organizaccedilatildeo
necessita criar capacidades organizacionais balanceadas entre criar e adaptar os atuais
produtos e serviccedilos
Apesar de no entanto a tese natildeo se aprofundar em anaacutelises sobre a estrutura para
a operacionalizaccedilatildeo da estrateacutegia de Ambidestria seja ela separada ou compartilhada
definida como contextual (Gibson amp Birkinshaw 2004) tambeacutem natildeo almejou analisar a
influecircncia do ambiente externo e as alianccedilas estrateacutegicas com parceiros locais nas
decisotildees Ambidestras (Gilsing etal 2008 Lavie amp Rosenkopf 2006 Stettner amp Lavie
2014 Tiwana 2008) Por outro lado contribui para enriquecer o conhecimento sobre a
utilizaccedilatildeo da Ambidestria nas decisotildees estrateacutegicas de desenvolvimento da aprendizagem
organizacional por meio de geraccedilatildeo de conhecimento para criar ou adaptar capacidades
nas formas de LB-FSAs (Gupta Smith amp Shalley 2006 Levinthal amp March 1993
March 1991 Vassolo Anand amp Folta 2004) A tese tambeacutem amplia os atuais estudos
(Gibson amp Birkinshaw 2004 He amp Wong 2004 Kurtz amp Varvakis 2013 Lana et al
2017 Patel Messersmith amp Lepak 2013 Popadiuk 2007 2010 2012 2016) uma vez
que haacute ausecircncia de estudos sobre Ambidestria na formaccedilatildeo de LB-FSAs por subsidiaacuterias
de empresas multinacionais que atuam no Brasil
Ao aceitar a H2 esta pesquisa contribui para a teoria de geraccedilatildeo de vantagens
especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke 2001) confirmando que a formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais nas formas de LB-FSAs estaacute positivamente associada agrave
Competitividade Corrobora tambeacutem com a teoria da visatildeo baseada na induacutestria (Porter
1990 1999) na compreensatildeo do posicionamento da subsidiaacuteria no mercado em que atua
74
com foco na estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo que contribui para capacidades organizacionais
competitivas sustentaacuteveis em mercados emergentes (Barney amp Hesterly 2007 Brito amp
Brito 2012 Buckley amp Casson 1976 Kistruck et al 2016 Porter 1990 Rugman amp
Verbeke 2001 Yang et al 2015) Assim contribui com os estudos para a compreensatildeo
das estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo das organizaccedilotildees no sentido de derrotar suas principais
correntes pois ao fornecer produtos de maior qualidade e com menor tempo de resposta
com maior agilidade nas respostas agraves demandas dos clientes ou agraves ameaccedilas do mercado
faz buscar capacidades que ajudem a subsidiaacuteria a responder mais rapidamente as
demandas do mercado e consequemente sua Competitividade local (Alcantara et al
2015 Alves 2016 Kang amp Snell 2009 Slack Chambers amp Johnston 2009 Yang et al
2015 Zhang et al 2015) Desta maneira esta tese amplia o escopo destes estudos ao
considerar a associaccedilatildeo da Competitividade com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
transbordadas para a rede da multinacional a partir de subsidiaacuterias que operam em um
mercado emergente no caso o Brasil
Ao aceitar a H3 confirmando que haacute associaccedilatildeo positiva entre a Competitividade
para a formaccedilatildeo de capacidades que atendam a multimercados da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages) (Andersson Dellestrand
amp Pedersen 2014 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001) a tese
contribui para a teoria VBR uma vez que corrobora com estudos sobre a busca de
capacidades organizacionais da EMN em mercados distantes emergentes e sobre o fluxo
de conhecimento entre as empresas (Bartlett amp Goshal 1998 Birkinshaw Hood amp
Jonsson 1998) mais especificamente no processo de inovaccedilatildeo reversa (Adenfelt amp
Lagerstroumlm 2006 Amatucci amp Bernardes 2007 Awate Larsen amp Mudambi 2014
Boehe 2007 2008 Borini Stefano amp Vernerey 2007 Borini et al 2009 Borini amp
Oliveira Jr 2010 Cuervo-Cazurra 2012 Narula 2012 Oliveira Jr Boehe amp Borini
2009 Rocha amp Carneiro 2007 Ramamaurti 2004 Ramamurti amp Singh 2009 Srai
2013) em que a subsidiaacuteria transborda agrave matriz e sua rede capacidades que possibilitem
preencher gaps e gerem capacidades e vantagens competitivas sustentaacuteveis (Barney amp
Hesterly 2007 Porter 1990 1999 Rugman amp Verbeke 2001) Adicionalmente
colabora com estes estudos sobre o papel desempenhado pela subsidiaacuteria uma vez que
ao melhorar sua Competitividade aumenta sua relevacircncia dentro da rede da multinacional
e passa a atuar como formadora de NLB-FSAs na rede da multinacional (Cantwell amp
Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002)
75
Assim a tese defendida neste trabalho confirma que as subsidiaacuterias estrangeiras
instaladas no Brasil que utilizam a estrateacutegia de Ambidestria de Exploration (criar) e
Exploitation (refinar) desenvolvem capacidades tecnoloacutegicas de inovaccedilatildeo para atender
ao mercado local as LB-FSAs obtendo melhor Competitividade e consequentemente
transferem capacidades nas formas de NLB-FSAs para a rede diferenciada da
multinacional Em vista disso a unidade local ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria
obteacutem indiretamente a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais que satildeo compartilhadas
como NLB-FSAs
Portanto a tese aceita as hipoacuteteses apresentadas (Tabela 16) e responde agrave pergunta
de pesquisa podendo afirmar que as empresas ambidestras desenvolvam NLB-FSAs -
Non Located Bound - Firm Specific Advantages Sendo que ao atender as demandas
locais com a formaccedilatildeo de LB-FSAs e consequentemente melhorando sua
Competitividade da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al
2015) abre-se a possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da
multinacional na forma de NLB-FSAs (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014
Birkinshaw Hood amp Jonsson 1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp
Verbeke 2001)
Portanto mediante o exposto as hipoacuteteses apresentadas satildeo aceitas e confirmam
que a organizaccedilatildeo ao utilizar a estrateacutegia de Ambidestria implementada (He amp Wong
2004) a partir do equiliacutebrio de seus recursos entre as estrateacutegias de criar e desenvolver
novos produtos e serviccedilos (Exploration) e melhorar produtos e serviccedilos jaacute existentes
(Exploitation) formam capacidades organizacionais para atender a demanda local na
forma de LB-FSAs (Located Bound - Firm Specific Advantages) (Rugman amp Verbeke
2001) sendo a LB-FSA uma variaacutevel que atua como mediadora para a melhoria da
Competitividade da subsidiaacuteria (Yang et al 2015)
Deste modo e consequentemente ao desenvolver e adaptar suas capacidades
organizacionais localmente na forma de LB-FSAs contribuem para a Competitividade
da subsidiaacuteria (Barney amp Hesterly 2007 Porter 1990 Yang et al 2015) por meio da
diferenciaccedilatildeo em rapidez e qualidade para atender as demandas locais e abre-se a
possibilidade de transbordar estas capacidades para a rede da multinacional na forma de
NLB-FSA (Andersson Dellestrand amp Pedersen 2014 Birkinshaw Hood amp Jonsson
1998 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002 Rugman amp Verbeke 2001)
Adicionalmente ao final da pesquisa fomos instigados a ampliar este estudo
sobre o papel das variaacuteveis LB-FSA e Competividade como mediadoras no caso a
76
primeira na obtenccedilatildeo de Competitividade (H4) e a segunda na formaccedilatildeo da NLB-FSA
(H5) Desta forma os resultados corroboram para ampliaccedilatildeo do debate sobre a formaccedilatildeo
Competitividade e das capacidades que geram vantagens especiacuteficas para a multinacional
(Rugman amp Verbeke 2001) Sendo que para a formaccedilatildeo da Competitividade (H4) a
Ambidestria pode ateacute levar a formaccedilatildeo da Competitividade mas de uma forma com
menor intensidade do que a Ambidestria leva agrave formaccedilatildeo de LB-FSA (Tabela 15) e que
a variaacutevel LB-FSA desempenha o papel de variaacutevel mediadora para levar a subsidiaacuteria agrave
Competitividade No caso ao aceitar a H5 confirma-se que a variaacutevel Competitividade
eacute mediadora entre a transferecircncia de uma LB-FSA em NLB-FSA Assim a subsidiaacuteria
ao receber o reconhecimento da matriz como fonte de capacidades organizacionais pode
obter mandatos para pesquisa e desenvolvimento para a rede da multinacional (Cantwell
amp Mudambi 2005 Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Em outras palavras a tese
contribui para a ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a melhor estrateacutegia a ser utilizada pela
EMN quando da entrada em mercados distantes para obter capacidades que possam ser
transbordadas e transformadas em vantagens especiacuteficas da firma (Rugman amp Verbeke
2001) contribuindo assim para sua vantagem competitiva sustentaacutevel (Barney amp
Herstely 2007)
77
7 CONCLUSOtildeES
Com relaccedilatildeo agrave pergunta de pesquisa sobre as relaccedilotildees da Ambidestria com a NLB-
FSAs - Non Located Bound - Firm Specific Advantages natildeo foi possiacutevel afirmar que a
Ambidestria possui relaccedilatildeo direta na formaccedilatildeo das NLB-FSAs Entretanto eacute possiacutevel
afirmar que a estrateacutegia de Ambidestria Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) tem
associaccedilatildeo positiva na formaccedilatildeo de LB-FSAs e que esta possui associaccedilatildeo positiva com
a formaccedilatildeo da Competitividade da subsidiaacuteria assim como a variaacutevel Competitividade
tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais em forma de
NLB-FSAs Ou seja a Ambidestria tem relaccedilatildeo indireta com a formaccedilatildeo de NLB-FSAs
Com relaccedilatildeo ao objetivo geral da pequisa esta tese confirma que a Ambidestria
de estrateacutegia de Exploration (criar) e Exploitation (melhorar) estaacute associada agrave formaccedilatildeo
de NLB-FSA de maneira indireta e da mesma maneira com relaccedilatildeo aos objetivos
especiacuteficos Confirma o objetivo especiacutefico 1 que a estrateacutegia ambidestra (Exploration
e Exploitation) tem associaccedilatildeo positiva com a formaccedilatildeo de capacidades organizacionais
LB-FSAs - Located Bound - Firm Specific Advantages destinadas a atender ao mercado
local O objetivo 2 confirma de que haacute associaccedilatildeo positiva entre a LB-FSAs com a
Competitividade da subsidiaacuteria uma vez que ao balancear a estrateacutegia e os recursos entre
Exploration (criar) e Exploitation (refinar) desenvolvem e melhoram as suas capacidades
organizacionais em forma de LB-FSAs que contribuem para melhorar sua
Competitividade e derrotar seus principais concorrentes E o objetivo especiacutefico 3
confirma que a Competitividade tem relaccedilatildeo positiva com agrave formaccedilatildeo de NLB-FSAs
A Competitividade eacute obtida pela estrateacutegia de diferenciaccedilatildeo da subsidiaacuteria ao
fornecer produtos de maior qualidade ou maior rapidez para atender aos requerimentos e
demandas e agraves mudanccedilas do mercado local Consequentemente ao melhorar sua
Competitividade podemos inferir que a subsidiaacuteria atrai o interesse da matriz e de outras
unidades para compartilhar o conhecimento adquirido no mercado brasileiro em forma de
NLB-FSAs (Rugman amp Verbeke 2001) Por conseguinte a EMN passa a absorver um
novo conhecimento uma nova capacidade que contribui para a manutenccedilatildeo ou criaccedilatildeo
de vantagens competitivas para a firma Da mesma forma a subsidiaacuteria pode receber
mandatos da matriz para a formaccedilatildeo de capacidades especiacuteficas para a rede como um
Centro de Excelecircncia (Frost Birkinshaw amp Ensign 2002) Desta forma a tese confirma
que as estrateacutegias de Ambidestria Exploration e Exploitation das subsidiaacuterias das
78
empresas multinacionais que operam no Brasil contribuem indiretamente na formaccedilatildeo de
capacidades organizacionais que satildeo transbordadas para a rede da multinacional na forma
de NLB-FSAs (Non Located Bound - Firm Specific Advantages)
Em termos de limitaccedilotildees esta tese restringiu seus estudos sobre as subsidiaacuterias de
multinacionais no Brasil e nas variaacuteveis endoacutegenas Ambidestria LB-FSAs
Competitividade e NLB-FSAs Em vista disso o avanccedilo destes estudos apoiaraacute tanto para
a ampliaccedilatildeo da compreensatildeo sobre a teoria estrateacutegica de atuaccedilatildeo de multinacionais em
mercados emergentes como para o incremento de conhecimentos de decisotildees estrateacutegicas
gerenciais Portanto eacute de suma importacircncia realizar novos trabalhos tendo como objeto
de estudo outros paiacuteses emergentes assim como estudos comparativos entre paiacuteses
(mercados) anaacutelises segmentadas por setor induacutestria comeacutercio serviccedilos Cabe tambeacutem
destacar que novas pesquisas podem ser realizadas para verificar a associaccedilatildeo de outras
variaacuteveis na formaccedilatildeo e transferecircncia das NLB-FSAs como o institucionalismo de cada
paiacutes a cultura local de como fazer negoacutecios o niacutevel de educaccedilatildeo e da renda de cada
mercado entre outras
79
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Zhao M Park S H amp Zhou N (2014) MNC Strategy and social adaptation in
emerging markets Journal of International Business Studies 45 842ndash861
95
APEcircNDICE 1 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY EXPLORATION E
EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman 590
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity Research Policy 2007 Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383
3 Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
4 Internationalising in small incremental or larger steps Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk 264
5 Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy 2008 Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219
6 Effects of firm resources on growth in multinationality Journal of International Business Studies
2007 Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162
7 Exploration and exploitation in innovation systems The case of pharmaceutical biotechnology
Research Policy 2006 Victor Gilsing Bart Nooteboom 140
8 Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer 132
9 Walking the tighthrope An Assessment of the relationship between high-performance work systems and organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel Jake G Messersmith David P Lepak
126
10 The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas 122
11 Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez 112
96
12 Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy 2008 Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
13 How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel 103
14 Commercializing generic technology The case of advanced materials ventures
Research Policy 2006 Elicia Maine Elizabeth Garnsey 99
15 Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Ankaj C Patel David P Lepak 99
16 Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliaance ambidestry
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
17 Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012 Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87
18 The dynamics of multmarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009 Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassolo
84
19 The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw 80
20 Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team desgin
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro 77
21 Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li 75
22 Balancing exploration and exploitation in alliance formation Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkof 75
23 Exploitation and Exploration Networks in Open Source Software Development An Artifact-Level Analysis
Journal of Mangement Information Systems
2015 Orcun Temizkan Ram L Kumar 75
24 Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014 Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
25 Corporate foresight Its three roles in enhancing the innovation capacity of a firm
Technological Forecating amp Social Charge
2011 Rene Rohrbeck Hans Georg Gemu 67
97
26 The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation and exploitation
Academy of Management Journal
2008 Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
27 Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
28 Co-authorship networks and research impact A social capital perspective
Research Policy 2013 Eldon Y Lia Chien Hsiang Liaoa Hsiuju Rebecca Yen
59
29 Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy 2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
30 Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray 58
31 Sailing into the wind exploring the relationship among ambidexterity vacillation and organizacional performance
Strategic Management Journal
2012 Peter Boumgarden Jackson Nickerson Todd R Zenger
58
32 How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013 Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
33 Product and geographic scope changes of multinational enterprises in response to international competition
Journal of International Business Studies
2009 Thomas Hutzschenreuter Florian Grone 54
34 Start-up rates and innovation A cross-country examination Journal of International Business Studies
2012 Sergey Anokhin Joakim Wincent 52
35 Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science 2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong 51
36 Toward a learning-based view of internationalization The accelerated trajectories of cross-border learning for latecomers
Journal of International Management
2010 Peter Ping Li 51
37 Adding interpersonal learning and tacit knowledge to Marchs exploration-exploitation model
Academy of Management Journal
2006 Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
50
38 The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy 2009 Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46
39 Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr 46
98
40 Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy 2013 Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43
41 Exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014 Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao 42
42 Knowledge transfer in MNCs Examining how intrinsic motivations and knowledge sourcing impact individual centrality and performance
Journal of International Management
2009 Robin Teigland Molly Wasko 37
43 Organizational ambidexterity Integrating deliberate and emergent strategy with scenario planning
Technological Forecating amp Social Charge
2010 Wendy Bodwell Thomas J Chermack 37
44 Complementary effect of entrepreneurial and market orientations on export new product success under differing levels of competitive intensity and financial capital
International Business Review
2012 Nathaniel Boso John W Cadogan Vicky M Story
36
45 The MNE as a portfolio Interdependencies in MNE growth trajectory Journal of International Business Studies
2011 Lilach Nachum Sangyoung Song 36
46 Knowledge flows in the solar photovoltaic industry Insights from patenting byTaiwan Korea and China
Research Policy 2012 Ching-Yan Wua John A Mathews 31
47 Heterogeneous MNC subsidiaries and technological spillovers Explaining positive and negative effects in India
Research Policy 2010 Anabel Marin Subash Sasidharanb 29
48 Shareholder returns and the explorationndashexploitation dilemma RampD announcements by biotechnology firms
Research Policy 2007 Peter Mc Namara Charles Baden-Fuller 28
49 The impact of virtual technologies on knowledge-based processes An empirical study
Research Policy 2009 Antonino Vaccaroa Francisco Velosoa Stefano Brusoni
28
50 Exploring the role of knowledge management practices on exports A dynamic capabilities view
International Business Review
2014 Cristina Villar Joaquiacuten Alegre Joseacute Pla-Barber
28
51 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
27
52 Innovation investments market engagement and financial performance A study among Australian manufacturing SMEs
Research Policy 2010 Tung-Shan Liao John Rice 23
53 Proactive RampD management and firm growth A punctuated equilibrium model
Research Policy 2011 Ram Mudambi Tim Swift 21
99
54 Resource security Competition for global resources strategic intent and governments as owners
Journal of International Business Studies
2014 A Erin Bass and Subrata Chakrabarty 21
55 Selective attention and the initiation of the global knowledge-sourcing process in multinational corporations
Journal of International Business Studies
2015 L Felipe Monteiro 21
56 Learning from age difference Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries
Journal of International Business Studies
2012 Young-Choon Kim Jane W Lu Mooweon Rhee
20
57 Managerial knowledge-sharing in chaebols and its impact on the performance of their foreign subsidiaries
International Business Review
2008 Jeoung Yul Lee Ian C MacMillan 20
58 Determinants of foreign ownership in international RampD joint ventures Transaction costs and national culture
Journal of International Management
2007 Malika Richards Yi Yang 19
59 Foreign ownership strategies of UK and US international franchisors An exploratory application of Dunningrsquos envelope paradigm
International Business Review
2007 John H Dunning Yong Suhk Pakb Sam Beldona
18
60 Courting the multinacional Subnational institutional capacity and foreign market insidership
Journal of International Business Studies
2014 Sineacutead Monaghan Patrick Gunnigle Jonathan Lavelle
17
61 Demand-pull and technology-push public support for eco-innovation The case of the biofuels sector
Research Policy 2015 Valeria Costantini Francesco Crespi Chiara Martini Luca Pennacchio
17
62 MNCsrsquo offshore RampD networks in host countryrsquos regional innovation system The case of Taiwan-based firms in China
Research Policy 2012 Meng-chun Liu Shin-Horng Chen 17
63 Decoupling management and technological innovations Resolving the individualismndashcollectivism controversy
Journal of International Management
2013 Matej Cerne Marko Jaklic Miha Skerlavaj
16
64 Exploration and exploitation fit and performance in international strategic alliances
International Business Review
2012 Bo Bernhard Nielsen Siegfried Gudergan
16
65 Coordination at the Edge of the Empire The Delegation of Headquarters Functions through Regional Management Mandates
Journal of International Management
2012 Eva A Alfoldi L Jeremy Clegg Sara L McGaughey
14
66 The liability of localness in innovation Journal of International Business Studies
2016 C Annique Um 11
67 How firms innovate through RampD internationalization An S-curve hypothesis
Research Policy 2012 Chung-Jen Chen Yi-Fen Huangb Bou-Wen Lin
11
100
68 Knowledge-sourcing of RampD workers in different job positions Contextualising external personal knowledge networks
Research Policy 2013 Franz Huber 10
69 Affects of alliance entrepreneurship on common vision alliance capability and alliance performance
International Business Review
2012 Saba Khalid Jorma Larimo 10
70 Knowledge creation in collaboration networks Effects of tie configuration
Research Policy 2016 Jian Wang 9
71 Exploitative and exploratory innovations in knowledge network and collaboration network A patent analysis in the technological field of nano-energy
Research Policy 2016 Jiancheng Guan Na Liu 9
72 The Smirk of Emerging Market Firms A Modification of the Dunnings Typology of Internationalization Motivations
Journal of International Management
2014 Kaveh Moghaddam Deepak Sethi Thomas Weber Jun Wu
8
73 Site-shifting as the source of ambidexterity Empirical insights from the field of ticketing
The Journal of Strategic Information System
2014 Jimmy Huang Sue Newell Jingsong Huang Shan-Ling Pan
8
74 The moderating role of internal and external resources on the performance effect of multitasking Evidence from the RampD performance of surgeons
Research Policy 2013 Carsten Schultz Jonas Schreyoegg Constantin von Reitzenstein
6
75 Where and how to search Search paths in open innovation Research Policy 2016 Henry Lopez-Vega Fredrik Tell Wim Vanhaverbeke
6
76 Governance Structure Innovation and Internationalization Evidence From India
Journal of International Management
2013 Deeksha A Singh Ajai S Gaur 6
77 Innovative Knowledge Transfer Patterns of Group-Affiliated Companies The effects on the Performance of Foreign Subsidiaries
Journal of International Management
2014 Jeoung Yul Lee Young-Ryeol Park Pervez N Ghauri Byung Il Park
5
78 An exploration of managerial discretion and its impact on firm performance Task autonomy contractual control and compensation
International Business Review
2010 Yanni Yan Chan Yan Chong Simon Mak
5
79 Risk bias and the link between motivation and new venture post-entry international growt
International Business Review
2013 Andreea N Kiss David W Williams Susan M Houghton
5
80 Dual values-based organizational identification in MNC subsidiaries A multilevel study
Journal of International Business Studies
2015 Adam Smale Ingmar Bjorkman Mats Ehrnrooth Sofia John Kristiina Makela Jennie Sumeliu
4
81 Interfirm networks in periods of technological turbulence and stability Research Policy 2015 Mathijs de Vaan 4
101
82 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
83 Corporate foresight An emerging field with a rich tradition Technological Forecating amp Social Charge
2015 Rene Rohrbeck Cinzia Battistella Eelko Huizingh
4
84 The relevance of innovation leadership for environmental benefits A firm-level empirical analysis on French firm
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Virgile Chassagnon Naciba Haned 4
85 How does Regional Institutional Complexity affect MNE Internationalization
Journal of International Business Studies
2016 Jean-Luc Arregle Toyah L Miller Michael A Hitt
3
86 Towards understanding variety in knowledge intensive business services by distinguishing their knowledge bases
Research Policy 2016 Katia Pina Bruce S Tethe 3
87 Extending organizational antecedents of absorptive capacity Organizational characteristics that encourage experimentation
Technological Forecating amp Social Charge
2015 Ana Luiza Lara de Araujo Burcharth Christopher Lettl John Parm Ulhoi
3
88 Double dealing the influences of diverse business process on organizacional ambidexterity
Academy of Management Journal
2014 Janet K Tinoco 2
89 Demand Heterogeneity Learning Diversity and Innovation in an Emerging Economy
Journal of International Management
2015 Zhenzhen Xie Jiatao Li 1
90 Subsidiary exploration and the innovative performance of large multinational corporations
International Business Review
2015 Feng Zhang Guohua Jiang John A Cantwell
1
91 The relationship between organisational foresight and organisational ambidexterity
Technological Forecating amp Social Charge
2015 AgnėPaliokaitė NerijusPacėsa 1
92 Managing ambidexterity in creative industries A survey Journal of Business Research
2017 Yuanyuan Wu Shikui Wu 1
93 Performance implications of marketing exploitation and exploration Moderating role of supplier collaboration
Journal of Business Research
2015 Hillbun (Dixon) Ho Ruichang Lu 1
94 University research and knowledge transfer A dynamic view of ambidexterity in british universities
Research Policy 2017 Abhijit Sengupta Amit S Ray 0
102
95 The sectoral configuration of technological innovation systems Patterns of knowledge development and diffusion in the lithium-ion battery technology in Japan
Research Policy 2017 Annegret Stephan Tobias S Schmidt Catharina R Bening Volker H Hoffmann
0
96 Innovative Projects Between MNE Subsidiaries and Local Partners in China Exploring Locations and Inter-organizational Trust
Journal of International Management
2017 Juana Du Christopher Williams 0
97 Beyond path dependence Explorative orientation slack resources and managerial intentionality to internationalize in SMEs
International Business Review
2014 Angels Dasiacute Mariacutea Iborra Vicente Safoacuten
0
98 National economic disparity and cross-border acquisition resolution International Business Review
2017 Mi-Hee Lim Ji-Hwan Lee 0
99 Transaction services and SME internationalization The effect of home and host country bank relationships on international investment and growth
International Business Review
2017 Kent Eriksson Oystein Fjeldstad Sara Jonsson
0
100 Tracing the flows of knowledge transfer Latent dimensions and determinants of universityndashindustry interactions in peripheral innovation systems
Technological Forecating amp Social Charge
2016 Manuel Fernandez-Esquinas Hugo Pinto Manuel Perez Yruela Tiago Santos Pereira
0
Nenhum artigo encontrado Journal of Product Innovation Management
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
103
APEcircNDICE 2 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DAS PALAVRAS-CHAVE AMBIDEXTERITY
EXPLORATION E EXPLOITATION
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes Variaacuteveis Independentes Controle Amostra
1
The Influence of Founding Team Company Affiliations on Firm Behavior
Academy of Management Journal
2006 Christine M Bechman
590
1- Comportamento de Exploration e Exploitation 2-Desempenho da Firma
1-Experiecircncia anterior dos membros da equipe em empresas diferentes 2- Experiecircncia anteriores dos membros da equipe nas mesmas empresas 3- Variaacuteveis de controle Induacutestria Financiamento do Capital da firma (Capital Venture) controle dos times
Estudo longitudinal com 141empresas de alta tecnologia da regiatildeo do Silicon Valley
2 Optimal cognitive distance and absorptive capacity
Research Policy
2007
Bart Nooteboom Wim Van Haverbeke Geert Duysters Victor Gilsing Ad van den Oord
383 Exploratitive Patent e Exploitative Patent
Cognitive Distance
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
3
Adding Interpersonal Learning and tacit knowledge to Marchs Exploration-Exploitation Model
Academy of Management Journal
2006
Kent D Miller Meng Zhao Roger J Calantone
278
Amplia Marchrsquos 1991 com analises de 1- Aprendizado individual de uma organizaccedilatildeo por coacutedigo 2- Indicadores de aprendizado local e a distacircncia no conhecimento 3-Interaccedilotildees entre os paracircmetros de aprendizagem do indiviacuteduo e a organizaccedilatildeo por coacutedigo
100 simulaccedilotildees
4 Internationalising in small incremental or larger steps
Journal of International Business Studies
2007 Harry G Barkema Rian Drogendijk
264 Desempenho de FDI-Foreign Direct Investment
1-Experiecircncia Internacional 2-Experiecircncia Contratual no paiacutes recebedor 3-Experiecircncia em FDI do paiacutes recebedor Variaacuteveis de controle distacircncia cultural Crescimento econocircmico crescimento econocircmico
83 respostas vaacuteildas de 159 enviadas para subsidiaacuterias operando no leste europeu
104
5
Network embeddedness and the exploration of novel technologies Technological distance betweenness centrality and density
Research Policy
2008
Victor Gilsing Bart Nooteboom Wim Vanhaverbeke Geert Duysters Ad van den Oord
219 Explorative patents Technological distance Network density Betweenness centrality
Utiliza dados de 116 empresas dos setores quiacutemico automotivo e farmacecircutico
6 Effects of firm resources on growth in multinationality
Journal of International Business Studies
2007
Chiung-Hui Tseng Patriya Tansuhaj William Hallagan and James McCulloug
162 Crescimento em multinacionalidade
1- Recursos de Conhecimento Tecnoloacutegicos e Marketing 2- Recursos de Propriedade Folga Organizacional Financeiros (internos) Financeiros (externos) Variaacutevel de controle Tamanho e idade da firma segmento da induacutestria
Amostra composta para o primeiro ano 257 segundo 243 e 3oano 242 empresas manufatureiras americanas
7
Extending the internationalization process model Increases and decreases of MNE commitment in emerging economies
Journal of International Business Studies
2011 Grazia D Santangelo Klaus E Meyer
132 Estrateacutegia percebida
1- Vazios Institucionais 2- Incertezas Institucionais Variaacuteveis de controle Localizaccedilatildeo Experiecircncia Comercial Diversificaccedilatildeo do negoacutecio Adaptaccedilatildeo local Investimento Greenfield Manufatura tamanho e idade da subsidiaacuteria respondente expatriado
325 observaccedilotildees de subsidiaacuterias 160 na Hungria 50 na Lituacircncia e 115 na Polocircnia
8
Walking the tighrope an assessment of the relationship between high-performance work systems and organziational ambidexterity
Academy of Management Journal
2013 Pankaj C Patel David P Lepak
99
Firm growth sales and employee growth e HPWS- high-performance human resource practices scale included eight dimensions selective staffing extensive training internal mobility employment security broad job design results-ori- ented appraisal rewards and participation
Oumlrganizational Ambidexterity Congruence (Exploration and Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes based on Lubatkin et al (2006)
215 empresas do setor de tecnologia americano
105
9
The Double-Edged Swords of Autonomy and External Knowledge Analyzing team Effectiveness in a Multinational Organization
Academy of Management Journal
2010 Martine R Haas
122 1- Efetividade estrateacutegica do time e 2-Efetividade operacional do time
1-Autonomia do time trabalho de gestatildeo dos processos de nomeaccedilatildeo das tarefas ou do time gestatildeo dos recursos gestatildeo dos objetivos das tarefas do time 2- Conhecimento Externo escritoacuterio no paiacutes do resto da organizaccedilatildeo dos clientes do paiacutes e da comunidade global 3- Caracteriacutestica do conhecimento conhecimento externo do paiacutes conhecimento teacutecnico externo Caracteriacutesticas das tarefas novas e complexas Variaacuteveis de controle detalhes do time tamanho localizaccedilatildeo satisfaccedilatildeo posse organizacional e tipo do projeto
96 times de trabalho de uma multinacional (50 financcedilas e 46 teacutecnicos) com 485 membros respondentes
10
Ambidexterity under scrutiny exploration and exploitation via internal organizational alliances and acquisitions
Strategic Management Journal
2014 Uriel Stettner Dovev Laviez
112 Performace Value Market Value
Internal Organization exploration Acquisition Exploration Alliance Exploration Firm Assets Firm solvency Firm RampD intensity Produt life-cycle Internal Organizationl mode Alliance mode Acquisition mode Hardware experience Internal organizacional experience Alliance experience Acquition Experience and Organization Separation
190 empresas de software americano
11
Innovative competence exploration and exploitation The influence of technological diversification
Research Policy
2008
Cristina Quintana-Garciacutea Carlos A Benavides-Velasco
103
Innovative Competence Exploitative innovative competence Exploratory innovative competencerease
Tecnhological Diversification 985 patentes
106
12
How do young firms manage product portfolio complexity The role of absorptive capacity and ambidexterity
Strategic Management Journal
2012 Stephanie A Fernhaber Pankaj C Patel
103
Produt Portfofio Complex e Perfomance (Sales Employee and Profit Growth)
Capacidade absortiva ( Acquisition Assimiliation Transformation and Exploitation) e Ambidestria( Exploration amp Exploitation) Exploration Novas Tecnologias Novos produtos ou serviccedilos inovadores satisfaccedilatildeo dos clientes de forma criativa entrada em novos mercadossegmentos novos clientes-alvo Exploitation Melhoria Custo e Qualidade e confiabilidade dos produtos Aumento do niacutevel de automaccedilatildeo da operaccedilatildeo Pesquisa constante satisfaccedilatildeo dos clientes Maior participaccedilatildeo em clientes existentes
215 empresas do setor de tecnologia americano
13
Do bringing ties complement strong ties An empirical examination of alliance ambidexterity
Strategic Management Journal
2008 Amrit Tiwana 96
Aliance Ambidexterity product of alignment with project alliance objectives and adaptation to new information that emerged over the course of the project
Alliance Ties Portfolio e variaacutevel mediadora Knowledge Integration
142 individual team participants in 42 project alliances spanning various organizations
14
Ambidexterity and performance in multinunit context cross-level moderating effects of structural and resource attributes
Strategic Management Journal
2012
Justin JP Jansen Zeki Simsek Qing Cao
87 Unit Performance Profitability
Unit Ambidexterity Exploration and Exploitation Adaptado de Jansen Van den Bosch and Volberda (2006) Exploration we experiment with new products and services in our local marketrsquo and lsquowe frequently utilize new opportunities in new markets Exploitation we regularly implement small adaptations to existing products and servicesrsquo and lsquowe increase economies of scale in existing marketsrsquo
285 European finance organization units
107
15
The dynamics of multimarket competition in exploration and exploitation activities
Academy of Management Journal
2009
Jaideep Anand Luiz F Mesquita Roberto S Vassol
84
Rates of Explorative Activities (RampD) and Exploitatives Activities(Sales) in Entry and Exist
Multimarket Contact in Explorative (RampD) and Explorative (Sales)
Atividades da Induacutestria biofarmacecircutica americana de 1989 a 1999 Exploration 10 novos mercados 3043 atividades e Exploitation 6 novos mercados e 1855 atividades
16
The antecedents consequences and mediating role of organizational ambidexterity
Academy of Management Journal
2004 Cristina B Gibson Julian Birkinshaw
80
Performance No sentido de satisfaccedilatildeo e obtenccedilatildeo do potencial dos individuos colaboradores e clientes
Ambidexterity Alignment and Adaptation
4195 respostas individuais de 41 unidades de negoacutecios de 10 empresas multinacionais
17
Filling empty seats how status and organizacional hierarchies affect exploration and exploitation in team design
Academy of Management Journal
2006 Fabrizio Perretti Giacomo Negro
77
Exploratory Feature (1) the presence of newcomers and Exploitative (2) new combinations of team members
Recognition by external audience 6448 motion films de 1929 and 1958
18
Balancing exploration and exploitation in alliance formation
Academy of Management Journal
2006 Dovev Lavie Lori Rosenkoff
75 Function Exploration Structure Exploration and Attribute Exploration
Exploration Experience and Tendency Number of allianced formed per year
Analise multivariada variou entre 972 e 1946 observaccediloes
19
Product innovation in emerging market-based international joint ventures An organizational ecology perspective
Journal of International Business Studies
2008 Changhui Zhou Jing Li
75 Inovaccedilatildeo do produto
1- Condiccedilotildees iniciais balanccedilo da propriedade parceria estatal tamanho do projeto 2- indicadores ambientais niacutevel de inovaccedilatildeo na induacutestria legitimaccedilatildeo do FDi aglomeraccedilatildeo das atividades inovadoras Variaacuteveis de controle empregados ativo idade proporcionalidade do capital crescimento mercadoloacutegico competiccedilatildeo na induacutestria
Estudo longitudinal de 3555 Joint Ventures internacionais na China entre 1999 e 2003
108
20
Speed of the Internationalization process The role of diversity and depth in experiential learning
Journal of International Business Studies
2014
Joseacute C Casillas and Ana M Moreno-Meneacutendez
70
Velocidade da responsa as atividades dos concorrentes internacionais
1-Diversidade de paiacuteses 2-Experiecircncia no paiacutes 3-Diversidades das operaccedilotildees 4-Experiecircncia das operaccedilotildees Variaacuteveis de controle da firma tamanho idade setor diversificaccedilatildeo capital aberto ou fechado e dist6ancia fiacutesica e cultural das operaccedilotildees
Estudo longitudinal com 889 empresas espanholas durante 23 anos (1986-2008)
21
The effects of slack resources and environmental threat on product exploration and exploitation
Academy of Management Journal
2008
Glenn B Voss Deepak Sirdeshmukh Zannine Giraud Voss
60
Product Exporation creating revolutionary new conceptual approaches exerimenting with radical new works chalenging traditional artistics noundaires Product Exploitation Maximzizin contributions artisticproduction skills offering new shows close to our stremghts producing shows similar to those that have done well in the past
Economic Conditions and Environmental treat
163 US Theaters
22
Arriving at the Starting Line The Impact of Coomunity and Financial Logics on the new Banking Ventures
Academy of Management Journal
2012 Juan Almandoz 58
1-Tempo para estabelecer o banco e 2-o Estabelecimento do banco
1-Niacutevel da direccedilatildeo experiecircncia com banco origem dos diretores (locais ou natildeo) experiecircncia executiva 10 de propriedade o tamanho da diretoria assentos compartilhados na posiccedilatildeo de presidente 2- Niacutevel do banco Capital social almejado concentraccedilatildeo bancaria (niacutevel do ambiente) base para depoacutesito (niacutevel paiacutes) crescimento da receita crescimento populacional
431 grupos organizados que solicitaram aprovaccedilatildeo para abertura de agecircncias bancarias nos EUA entre abril de 2006 e junho 2008
109
23
Gaining from interactions with universities Multiple methods for nurturing absorptive capacity
Research Policy
2011 Kate Bishopa Pablo DrsquoEsteb Andy Neely
58
Explorative Learning Capability Improved learning information and patents Exploitative Learning downstream related and Ambidexteriry (Explorative andor Expoitative learning) Problem Solving Recruitment and Training
RampD intensity Continuos RampD Influence of Geo distance characteristics of univeristy partners
457 respostas de firmas colaborativas com as universidades britacircnicas
24
Internationalization paths of Indian pharmaceutical firms-A strategic group analysis
Journal of International Management
2007 Raveendra Chittoor Sougata Ray
58
Neste estudo foi realizado agrupamento em cluster sendo Strategic Group1 Exploiters Group 2 Explores Group3 Outsources Group 4 Emerging Globals e 5 Global
40 firms for cluster analysis
25
How remote are RampD labs Distance factors and international innovative activities
Journal of International Business Studies
2013
Davide Castellani Alfredo Jimenez Antonello Zanfei
56
Investimento em Produccedilatildeo e Investimento em PampD-Pesquisa e Desenvolvimento
-1Distacircncia geograacutefica localizaccedilatildeo em fronteira fuso horaacuterio idioma religiatildeo2-Institucional Colocircnia ou origem do sistema juriacutedico Acordos de livre comeacutercio multi e bilaterais Efeitos das regrais do paiacutes de origem e paiacutes recebedor e do setor de atuaccedilatildeo 3-Investimento em PampD e Manufatura
Investimentos de 6320 empresas em 59 paiacuteses
26
Exploration vs Exploitation An Empirical Test of the Ambidexterity Hypothesis
Organization Science
2004 Zi-Lin He Poh-Kam Wong
51 Sales Grouwth Rate
Explorative Innovation Strategy Introduce new generate of products Extende Product Range Open up New Markets and Exploitative Innovation Strategy Improve existing product quality Improve production flexibility Reduce Production Cost and Improve yield or reduce material consumption
206 Manufacturing firms
110
27
The determinants of academic research commercial performance Towards an organizational ambidexterity perspective
Research Policy
2009
Yuan-Chieh Chang Phil Y Yangb Ming-Huei Chen
46 Number of Patent Grant of license and Equity number of spin-off
Institutional legitimacy Organizationalsupports Networking capabilities and Personal entrepreneurial capabilities
229 Patents in Taiwan
28
Exploration and exploitation innovation processes The role of organizational slack in R amp D intensive firms
The Journal of High Technology Management Research
2006 Scott W Geiger Marianna Makr
46 Organization Slack Available and Rcoverable
Science Search and Techological Breadth 208 Tecnhological firms
29
Economic crisis and innovation Is destruction prevailing over accumulation
Research Policy
2013
Daniele Archibugia Andrea Filippettic Marion Frenz
43 Change innovation in economic Crisis
hellipas Dummy Variable Explorative ow important were each of the following factors in your decision to innovate (i) increase range of goods or services (ii) entering new markets or increased market sharerdquo value 1 others 0 Exploitative i) improving quality of goods or services (ii) improving flexibility for producing goods or services (iii) increasing capacity for producing goods or services (iv) reducing costs per unit produced and Ambidexterity firm is in the upper quartiles with respect to both ndash exploration and exploitation
2500 firmas Britacircnicas
30
Research notes and commentaries exploration or exploitation Small firmss alliance strategies with large firms
Strategic Management Journal
2014
Haibin Yang Yanfeng Zheng Xia Zhao
42 Firm Valuation
Exploration Alliance Focus on upstream activities such as drug discovery and developmento and Exploitation Alliance focous on downstream activities such as manufacturing and marketing alliances
753 Patent information from 1984 to 2006
Fonte Science Direct Ebsco JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em 01 abr 2017
111
APEcircNDICE 3 ndash PESQUISA DE ARTIGOS RESULTADO DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs Journal of International Business Studies
2009 Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing 273
2 Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010 James R Kroes Soumen Ghosh 185
3 International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008 Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009 Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Marıa Jesus Nieto and Alicia Rodrıgue 142
6 Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010 Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet K Vadera
132
7 The dynamic value of MNE political embeddedness The case of the Chinese automobile industry
Journal of International Business Studies
2010 Pei Sun Kamel Mellahi Eric Thun 132
8 How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001 Gemser Gerda Leenders Mark A A M
107
9 Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010 Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
10 The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000 Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
11 Individual differences environmental scanning innovation framing and champion behavior key predictors of project performance
Journal of Product Innovation
2001 Howell Jane M Sheab Christine M 90
12 On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy 2012 Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75
13 Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011 Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
112
14 The impact of new product launch strategies on competitive reaction in industrial markets
Journal of Product Innovation
2002 Debruyne Marion Moenaertb Rudy Griffinc Abbie Hartd Susan Hultinke Erik Jan Robben Henry
69
15 Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010 Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
16 Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011 Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63
17 Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012 Snejina Michailova Zaidah Mustaffa 58
18 Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012 Panagiotis Ganotakis James H Love 58
19 Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009 Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
20 Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015 Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54
21 Subsidiary role development The effect of micro-political headquartersndashsubsidiary negotiations on the product market and value-added scopeof foreign-owned subsidiaries subsidiaries
Journal of International Management
2006 Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
22 Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009 Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
23 The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy 2012 Knut Blind 51
24 Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell 50
25 Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013 Ricarda B Bouncken Sascha Kraus 49
26 Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi 45
27 Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009 Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43
113
28 Characterizing service networks for moving from products to solutions
Industrial Marketing Management
2013 Heiko Gebauer Marco Paiola Nicola Saccani
43
29 Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013 Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41
30 Knowledge transfer in multinational corporations Productive and counterproductive effects of language-sensitive recruitment
Journal of International Business Studies
2014 Vesa Peltokorpi and Eero Vaara 41
31 How global is RampD Firm-level determinants of home-country bias in RampD
Journal of International Business Studies
2013 Rene Belderbos Bart Leten Shinya Suzuki
40
32 Developing new innovation models Shifts in the innovation landscapes in emerging economies and implications for global RampD management
Journal of International Management
2009 Jiatao Li Rajiv Krishnan Kozhikode 39
33 The antecedents and consequences of successful localization Journal of International Business Studies
2009 Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
34 The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia 38
35 Performance effects of MNC headquartersndashsubsidiary conflict and the role of boundary spanners The case of headquarter initiative rejection
Journal of International Management
2011 Andreas Schotter Paul W Beamish 38
36 Company competencies as a network the role of product development
Journal of Product Innovation
2000 Hanne Harmsen Klaus G Grunert Karsten Bove
38
37 Industrial competitiveness analysis Using the analytic hierarchy process
Journal of High Technology Management Research
2006 Sajee B Sirikrai John CS Tang 37
38 Regional economic integration and RampD investment1113095 Research Policy 2007 Alvaro Cuervo-Cazurra C Annique Un 35
39 Performance of domestic and foreign-invested enterprises in China Journal of World Business
2006 Dean Xu Yigang Pan Changqi Wu Bennett Yim
35
40 Marketing information exchange mechanisms in collaborative new product development the influence of resource balance and competitiveness
Journal of Product Innovation
2000 Perks H 32
41 Managerial ownership diversification and firm performance Evidence from an emerging market
International Business Review
2012 Chiung-Jung Chen Chwo-Ming Joseph Yu
31
114
42 Development of internal resources and capabilities as sources of differentiation of SME under increased global competition A field study in Mexico
Technological Forecast amp Social Change
2007 Daniel Maranto-Vargas Rocio Gomez-Tagle Rangel
31
43 Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31
44 Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer 31
45 Strategic choice during economic crisis Domestic market position organizational capabilities and export flexibility
Journal of World Business
2009 Seung-Hyun Lee Paul W Beamish Ho-Uk Lee Jong-Hun Park
30
46 The influence of patent protection on firm innovation investment in manufacturing industries
Journal of International Management
2007 Brent B Allred Walter G Park 29
47 Subsidiary marketing knowledge and strategic development of the multinational corporation
Journal of International Management
2006 Ulf Holm D Deo Sharma 29
48 Outward internationalization of private enterprises in China The effect of competitive advantages and disadvantages compared to home market rivals
Journal of World Business
2012 Xiaoya Liang Xiongwen Lu Lihua Wang
28
49 International diversification and performance A study of global law firms
Journal of International Management
2006 David M Brock Tal Yaffe Mark Dembovsky
28
50 Technological diversification complementary assets and performance
Technological Forecast amp Social Change
2008 Yi-Chia Chiu Hsien-Che Lai Tai-Yu Lee Yi-Ching Liaw
26
51 Competitive interactions the international investment patterns of Japanese automobile manufacturers
Journal of International Business Studies
2008 Elizabeth L Rose Kiyohiko Ito 25
52 Comparative strategic management An emergent field in international management
Journal of International Management
2011 Yadong Luo Jinyun Sun Stephanie Lu Wang
24
53 MNC strategy and social adaptation in emerging markets Journal of International Business Studies
2014 Meng Zhao Seung Ho Park Nan Zhou 24
54 Subsidiary-level determinants of global initiatives in multinational corporations
Journal of International Management
2009 Christopher Williams 23
55 Rules of the Game for Emerging Market Multinational Companies from China and India
Journal of International Management
2013 Tanvi Kothari Masaaki Kotabe Priscilla Murphy
23
56 How subsidiaries gain power in multinational corporations Journal of World Business
2014 Ram Mudambi Torben Pedersen Ulf Andersson
23
115
57 An exploration of multinational enterprise knowledge resources and foreign subsidiary performance
Journal of World Business
2013 Yulin Fang Michael Wade Andrew Delios Paul W Beamish
23
58 The effects of MNC parent effort and social structure on subsidiary absorptive capacity
Journal of International Business Studies
2014 Stephanie C Schleimer Torben Pederse
22
59 Linking market orientation to international market selection and international performanc
International Business Review
2011 Xinming He Yingqi Wei 21
60 Sub-national institutions firm strategies and firm performance A multilevel study of private manufacturing firms in Vietnam
Journal of World Business
2013 Thang V Nguyen Ngoc TB Le Scott E Bryant
20
61 Improving sustainability An international evolutionary framework Journal of International Management
2009 Dong Chen William Newburry Seung Ho Park
20
62 Country effect on firm performance A multilevel approach Journal of Business Research
2011 Rafael G Burstein Goldszmidt Luiz Artur Ledur Brito Flavio Carvalho de Vasconcelos
20
63 Born global firms The differences between their short- and long-term performance drivers
Journal of World Business
2012 Kalanit Efrat Aviv Shoham 20
64 Internationalization Innovation and Institutions The 3 Is Underpinning the Competitiveness of Emerging Market Firms
Journal of International Management
2013 Vikas Kumar Ram Mudambi Sid Gray 19
65 Do family ties shape the performance consequences of diversification Evidence from the European Union
Journal of World Business
2012 Fernando Muntildeoz-Bullooacuten Maria J Saacutenchez-Bueno
19
66 Firm performance and international diversification The internal and external competitive advantages
International Business Review
2010 Alfredo M Bobillo Felix Loacutepez-Iturriaga Fernando Tejerina-Gaite
18
67 Complex technological capabilities in emerging economy firms The role of organizational relationships
Journal of International Management
2011 Anna Lamin Denise Dunlap 18
68 Resource determinants of strategy and performance The case of British exporters
Journal of World Business
2012 Elena Beleska-Spasova Keith W Glaister Chris Stride
17
69 Effects of Partnership Quality Talent Management and Global Mindset on Performance of Offshore IT Service Providers in India
Journal of International Management
2013 Revti Raman Doren Chadee Banjo Roxas Snejina Michailova
17
70 The attraction of contributors in free and open source software projects
Strategic Information System
2013 Carlos Santos George Kuk Fabio Kon John Pearson
15
71 International ambidexterity and firm performance in small emerging economies
Journal of World Business
2013 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
15
116
72 An investigation of marketing capabilities and upgrading performance of manufacturers in mainland China and Hong Kong
Journal of World Business
2009 Teck-Yong Eng J Graham Spickett-Jones
14
73 Acquisitions by emerging market multinationals Implications for firm performance
Journal of World Business
2014 Peter J Buckley Stefano Elia Mario Kafouros
14
74 Upstream internationalization process Roles of social capital in creating exploratory capability and market performance
International Business Review
2013 Yong Kyu Lew Rudolf R Sinkovics Olli Kuivalainen
13
75 The Brazilian Multinationals Approaches to Innovation Journal of International Management
2013 Afonso Fleury Maria Tereza Leme Fleury Felipe Mendes Borini
13
76 Political instability pro-business market reforms and their impacts on national systems of innovation
Research Policy 2012 Gayle Allard Candace A Martinez Christopher Williams
13
77 The structuration of relational space Implications for firm and regional competitiveness
Industrial Marketing Management
2013 John Nicholson Dimitrios Tsagdis Ross Brennan
12
78 Industry growth and the knowledge spillover regime Does outsourcing harm innovativeness but help profit
Journal of Business Research
2013 Michael A Stanko Xavier Olleros 12
79 Coordinating decentralized research and development laboratories A survey analysis
Journal of International Management
2011 Dimitris Manolopoulos Klas Eric Soderquist Robert Pearce
11
80 RampD internationalization and innovation performance International Business Review
2015 Chia-Wen Hsu Yung-Chih Lien Homin Chen
8
81 Export promotion programs Their impact on companiesrsquo internationalization performance and competitiveness
International Business Review
2012 Joan Freixanet 8
82 Competition and challenges of mobile banking A systematic review of major bank models in the Thai banking industry
Journal of High Technology Management Research
2014 Jarunee Wonglimpiyarat 8
83 The effect of network relationship on the performance of SMEs Journal of Business Research
2016 Feng-Jyh Lin Yi-Hsin Lin 7
84 Global-innovation strategy modeling of biotechnology industry Journal of Business Research
2013 Chih-Wen Wu 7
85 International RampD partnerships and intrafirm RampDndashmarketingndashproduction integration of manufacturing firms in emerging economies
Industrial Marketing Management
2014 Teck-Yong Eng Sena Ozdemir 6
86 Industry globalization and the performance of emerging market firms Evidence from China
International Business Review
2012 Nitin Pangarkar Jie Wu 6
87 Firm lifecycles and evolution of industry productivity Research Policy 2013 Ari Hyytinen Mika Maliranta 6
117
88 Technology and costs in international competitiveness From countries and sectors to firms
Research Policy 2015 Giovanni Dosi Marco Grazzi Daniele Moschella
5
89 When do firms rely on their knowledge spillover recipients for guidance in exploring unfamiliar knowledge
Research Policy 2014 Hongyan Yang H Kevin Steensma 4
90 The two faces of foreign management capabilities FDI and productive efficiency in the UK retail sector
International Business Review
2012 Xiaolan Fu Christian Helmers Jing Zhang
4
91 The relationship between innovation and export behaviour The case of Galician firms
Technological Forecast amp Social Change
2016 Oscar Rodil Xavier Vence Maria del Carmen Sanchez
4
92 The link between RampD innovation and productivity Are micro firms different
Research Policy 2016 Julian Baumann Alexander S Kritikos 4
93
The importance of the complementarity between environmental management systems and environmental innovation capabilities A firm level approach to environmental and business performance benefits
Technological Forecast amp Social Change
2015 Javier Amores-Salvado Gregorio Martin-de Castro Jose Emilio Navas-Lopez
4
94 Strategic complexity and global expansion An empirical study of newcomer Multinational Corporations from small economies
Journal of World Business
2012 Asta Dis Oladottir Bersant Hobdari Marina Papanastassiou Robert Pearce Evis Sinani
4
95 Openness to international markets and the diffusion of standards compliance in Latin America A multi level analysis
Research Policy 2012 Isabel Maria Bodas Freitas Michiko Iizuka
4
96 FDI and Technology as Levering Factors of Competitiveness in Developing Countries
Journal of International Management
2013 Isabel Alvarez Raquel Marin 4
97 Embedding knowledge and value of a brand into sustainability for differentiation
Journal of World Business
2013 Suraksha Gupta Michael Czinkota TC Melewar
4
98 The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry Market-orientation vs technology-acquisition strategies
Research Policy 2016 Alejandro German Frank Marcelo Nogueira Cortimiglia Jose Luis Duarte Ribeiro Lindomar Subtil de Oliveira
3
99 Strategic technology partnering A framework extension Journal of High Technology Management Research
2015 Irene Kilubi 3
100 Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015 Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017
118
APEcircNDICE 4 ndash TOP 30 PESQUISA DE ARTIGOS QUANTI - RESULTADOS DA PALAVRA-CHAVE COMPETITIVENESS
Tiacutetulo Perioacutedico Ano Autores Citaccedilotildees Variaacuteveis Dependentes
Variaacuteveis IndependentesControle Amostra
1 Knowledge-sharing and social interaction within MNEs
Journal of International Business Studies
2009
Niels Noorderhaven Anne-Wil Harzing
273 Fluxo de Conhecimento para e de outras subsidiaacuterias
Em 4 construtos 1-Conhecimento mercadoloacutegico 2-Conhecimento de distribuiccedilatildeo 3-Desenho de produtos 4-Pratica e gestatildeo de sistemas analisados com as variaacuteveis independentes Intensidade de interaccedilatildeo social Tipos de Interaccedilatildeo (subsidiaacuteria-matriz ou subsidiaacuteria-subsidiaacuteria) capacidades e autonomia das subsidiaacuterias sendo analisado a transferecircncia e o recebimento do conhecimento para e da a matriz e para e de outras subsidiaacuterias
169 subsidiaacuterias de 50 EMNs
2
Outsourcing congruence with competitive priorities Impact on supply chain and firm performance
Journal of Operation Management
2010
James R Kroes Soumen Ghosh
185 Outsource Congruence
Outsource Drivers e Competitive Drivers cost time innovativeness quality and flexibility (Leong et al 1990 Ward et al 1998)
196 empresas manufatureiras americanas
3
International entrepreneurship and geographic location an empirical examination of new venture internationalization
Journal of International Business Studies
2008
Stephanie A Fernhaber Brett Anitra Gilbert Patricia P McDougall
177 1-Intensidade internacional e 2- Escopo internacional
Concentraccedilatildeo da Induacutestria em cluster
156 anuacutencios de novos investimentos setor de TI americano
4 Offshore outsourcing as a source of international competitiveness for SMEs
Journal of International Business Studies
2009
Dante Di Gregorio Martina Musteen Douglas E Thomas
176
1- Extensatildeo internacional das vendas vendas internacionais sobre o total de vendas 2- Escopo da Internacionalizaccedilatildeo das vendas mercados internacionais
1-Terceirizaccedilatildeo Offshore das atividades de serviccedilos administrativos e teacutecnicos 2- Terceirizaccedilatildeo Offshore da produccedilatildeo 3- Orientaccedilatildeo empreendedora 4- Patentes 5- Certificaccedilatildeo ISO 6- Niacutevel de conhecimento de espanhol e outros idiomas da alta gerecircncia 6-Crescimento no niacutevel de empregados 7-Nuacutemero de empregados e 8-Idade da firma e 9-Experiecircncia em investimento externo direto (Offshoring cativo)
105 Pequenas e meacutedias empresas do estado do Novo Meacutexico- EUA
119
5 Offshoring of RampD Looking abroad to improve innovation performance
Journal of International Business Studies
2011 Mariacutea Jesuacutes Nieto Alicia Rodriacutegues
142
1- Niacutevel de Inovaccedilatildeo (outputs) 2-Inovaccedilatildeo Produto 3- Inovaccedilatildeo Processo
1- Terceirizaccedilatildeo Offshore 2-Offshoring Cativo e 3- Offshoring PampD e variaacuteveis de controle 1- Esforccedilo de Inovaccedilatildeo 2- Cooperaccedilatildeo3- Atividade internacional 4-Idade e tamanho da firma 5-Particiapaccedilatildeo de grupo empresarial
12000 empresas de manufatura e serviccedilos espanholas periacuteodo 2004-2007
6
Win or lose the battle for creativity the power and perils of intergroup competition
Academy of Management Journal
2010
Markus Baer Roger ThAJ Leenders Greg R Oldham Abhueet KVadera
132 Criatividade
1-Competiccedilatildeo entre os membros (inter grupo) e 2-Troca de participantes
74 pessoas inscritas em competiccedilatildeo de criatividade inter grupos
7
Does market-oriented institutional change in an emerging economy make business-group-affiliated multinationals perform better An institution-based view
Journal of International Business Studies
2010
Hicheon Kim Heechun Kim Robert E Hoskisson
106
1- Return on ivested capital (ROIC)receita liacutequida antes dos impostos mais juros sobre o ativo total da firma 2-MBV- Market-to book value
1- Diversificaccedilatildeo internacional 2-Afiliaccedilatildeo a um grupo de negoacutecios 3- Mudanccedila institucional em dois periacuteodos de mudanccedilas do mercado (durante crise 1997) e depois Variaacuteveis de controle Intensidade de RampD tamanho e idade da firma crescimento das vendas intensidade exportaccedilatildeo e diversificaccedilatildeo de produtos
140 empresas de manufatura Coreanas multinacionais durante periacuteodo 1993 e 2003
8
How integrating industrial design in the product development process impacts on company performance
Journal of Product Innovation
2001
Gerda Gemsera Mark A A M Leenders
107
1- Desempenho da firma Lucro crescimento das vendas eTurn over
1- Intensidade de Investimento em desenho industrial 2- Inovaccedilatildeo em desenho industrial
Dados coletados de empresas holandesas sendo 23 com alto investimento em design industrial e 24 com baixo ou nenhum investimento
120
9
The ability to minimize the timing of new product development and introduction an examination of antecedent factors in the North American automobile supplier industry
Journal of Product Innovation
2000
Droumlge Cornelia Jayaram Jayanth Vickery Shawnee K
90
Tempo de Desenvolvimento e Introduccedilatildeo de novos produtos
1-Gestatildeo dos recursos humanos (Organizaccedilatildeo aberta Posiccedilotildees multi tarefas e treinamento multi funcional autonomia do funcionaacuterio rotaccedilatildeo de funccedilotildees 2-Integraccedilao de Sinergia padronizaccedilatildeo times multifuncionais de inovaccedilatildeo 3- Proximidade com fornecedores (desenvolvimento e parceira entregas just in time) 4- interface da produccedilatildeo com desenho (engenharia anaacutelise de valor redesenho desenho para manufatura) e 5- nuacutemero de empregados
57 respostas vaacutelidas de fornecedores da induacutestria automobiliacutestica americana
10
On the green and innovative side of trade competitiveness The impact of environmental policies and innovation on EU exports
Research Policy
2012
Valeria Costantini Massimiliano Mazzanti
75 Competitividade para Exportaccedilatildeo
Poliacuteticas de Meio Ambiente e Inovaccedilatildeo
24360 observaccedilotildees entre 1996 e 2007 de exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo de paiacuteses do Mercado Comum Europeu
11
Seeing through the eyes of a rival competitor acumen basesd on rival-centric perceptions
Academy of Management Journal
2011
Wenpin Tsai Kuo-Hsien Su Ming-Jer Chen
73
1-Perspicaacutecia Competitiva e 2-Ganho de participaccedilatildeo de mercado
1- Inserccedilatildeo na competitividade relacional (engajamento mercadoloacutegico com outras companhias aeacutereas passageiros atendidos rotas) 2- Inserccedilatildeo competitividade estrutural (nuacutemero de contatos diretos com qualquer firma da rede) 3- Recursos capacitados disponiacuteveis para entrega
72 relaccedilotildees de previsibilidade da competitividade de empresas aeacutereas americanas
12
Bringing institutions into performance persistence research Exploring the impact of product financial and labor market institutions
Journal of International Business Studies
2010
Aya S Chacar William Newburry Balagopal Vissa
68
Desempenho da firma medido pelo FSR (Firm-Specific Rent)
1-Forccedila das leis anti trust 2- Efetividade das leis de resposbilidade sobre o produto 3- Desenvolvimento dos mercardos para fundos puacuteblicos 4-Desenvolvimento dos mercados para controle coporativo 5- Flexibilidade para o mercado de trabalho sem especializaccedilatildeo 6- Disponilbilidade de trabalho qualificado
10000 empresas de 33 paiacuteses durante um periacuteodo de 10 anos
13
Managerial ties knowledge acquisition realized absorptive capacity and new product market performance of emerging multinational companies A case of China
Journal of World Business
2011
Masaaki Kotabe Crystal Xiangwen Jiang Janet Y Murray
63 New product market performance
Vieacutes Politico Vieacutes do Negoacutecio Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de agecircncias governamentais Aquisiccedilatildeo do conhecimento a partir de empresas multinacionais parceiras
121 Empresas Multinacionais Chinesas
121
14
Export propensity export intensity and firm performance The role of the entrepreneurial founding team
Journal of International Business Studies
2012
Panagiotis Ganotakis James H Love
58
Exportaccedilatildeo Intensidade de Exportaccedilatildeo e Produtividade
Capital humano 1- Experiecircncia geral comercial gerencial teacutecnica e setorial 2- Educaccedilatildeo geral teacutecnica e de negoacutecios
412 PME britacircnicas de segmentos variados
15
Subsidiary knowledge flows in multinational corporations Research accomplishments gaps and opportunities
Journal of World Business
2012
Snejina Michailova Zaidah Mustaffa
58 Estudo blibliograacutefico sobre Knowledge flow em subsidiaacuterias
93 artigos publicados em 15 perioacutedicos considerados de alta relevacircncia entre 1996 e 2009
16
Subsidiary roles vertical linkages and economic development Lessons from transition economies
Journal of World Business
2009
Bjorn Jindra Axele Giroud Joanna Scott-Kennel
57
Extensatildeo e Intensidade das ligaccedilotildees verticais entre uma subsidiaacuteria de uma empresa estrangeira e as firmas locais
Initiativas da Subsidiaacuteria Capacidade tecnoloacutegica e Embeddedness Internal (de empresas coligadas da subsidiaacuteria) and External (de clientes domeacutesticos) Technological Embeddedness
424 subsidiaacuterias estrangeiras nos paiacuteses Estocircnia Slovecircnia Hungria Eslovaacutequia e Polocircnia
17
Paradoxical Leader Behaviors in people management antecedents and consequence
Academy of Management Journal
2015
Yan Zhang David A Waldman Yu-Lan Han Xiao-Bei Li
54 Comportamento Proficiente Adaptativo e Proativo
Variaacuteveis de supervisatildeo Pensamento holiacutestico e Complexidade integrativa
Variaacuteveis da firma Estrutura orgacircnica
76 supervisores e 516 subordinados de 6 firmas Chinesas
18
Subsidiary role development The effect of micro-political headquarters-subsidiary negotiations on the produts market and value-added scope of foreign-owned subsidiaries
Journal of International Management
2006
Christoph Dorrenbacher Jens Gammelgaard
53
Estudo procurou comprrender as razotildees para o desenvolvimento do papel da subsidiaacuteria 1-Estrateacutegia e intenccedilotildees da Matriz Eficiecircncia ou busca de novos mercados 2- Capacidade da subsidiaacuteria Produccedilatildeo PampD ou empreendedora 3-Vantagens do local ligaccedilotildees com universidades habilidades locais desenvolvimento do mercado
65 gerentes entrevistados 26 na matriz na Alemanha 36 na Hungria e 3 em outras subsidiaacuterias
19
Exploring knowledge management to organizational performance outcomes in a transitional economy
Journal of World Business
2009
Timothy S Kiessling R Glenn Richey Juan Meng Marina Dabic
53
Resultados Organizacionais medidos em trecircs variaacuteveis (1) Melhoria dos colaboradores (2) Melhoria dos produtos e (3) Inovaccedilatildeo da firma
Conhecimento do Colaborador e Conhecimento Organizacional
131 Subisidaacuterias de Multinacionais localizadas na Croaacutecia
122
20
The influence of regulations on innovation A quantitative assessment for OECD countries
Research Policy
2012 Knut Blind 51 Intensidade de Patente
1-COMP Legislaccedilatildeo eacute eficiente para prevenir competiccedilatildeo injusta 2-PRECcedilO Controle de preccedilos natildeo afeta precificaccedilatildeo de produtos na maioria das induacutestrias 3-PRODUTO legislaccedilatildeo sobre produtos e serviccedilos natildeo afetam as atividades do negoacutecio 4-ENVIR o ambiente regulatoacuterio e de compliance natildeo afeta a competitividade dos negoacutecios 5-IPR Propriedade intelectual os direitos satildeo adequadamente protegidos 6-LEGAL o framework legal e regulatoacuterio favorece a competitividade entre as empresas
21
Intellectual capital configurations and organizational capability An empirical examination of human resource subunits in the multinational enterprise
Journal of International Business Studies
2011 Shad S Morris Scott A Snell
50
Dimensotildees das Capacidades Geraccedilatildeo Compartilhamento e Implementaccedilatildeo de capacidades
Capital Intelectual Humano 1- Experiecircncia Local 2- Experiecircncia Internacional Capital Social 1-Interaccedilatildeo social 2-Compartilhamento da Visatildeo Capital Organizacional 1- Codificaccedilatildeo de sistemas
187 respostas recebidas de HR e exceutivos de 44 diferentes paiacuteses
22
Innovation in knowledge-intensive industries The double-edged sword of coopetition
Journal of Business Research
2013
Ricarda B Bouncken Sascha Kraus
49
Inovaccedilatildeo Radical (por Melhorias) e Inovaccedilatildeo Revolucionaacuteria (completamente novas)
Regularidade do relacionamento Proximidade do relacionamento Coopeticcedilatildeo Compatilhamento de informaccedilotildees inlearning (from our patner) Uncertainty
830 Pequenas e Meacutedias empresas de TI alematildes
23
Subsidiary roles and reverse knowledge transfer An investigation of the effects of coordination mechanisms
Journal of International Management
2011 Larissa Rabbiosi
45
Niacuteivel de transferecircncia de Conhecimento Reverso
1-Definiccedilatildeo do planejamento e dos projetos de RampD etc 2-Introduccedilatildeo de novas tecnologias 3-Mudanccedilas nos produtos e serviccedilos 4-Contrataccedilatildeo e Demissatildeo da forccedila de trabalho da subsidiaacuteria 5- Trabalho em Equipe 6- Transferecircncia temporaacuterias dos gerentes 7- Transferecircncia temporaacuteria de profissionais 8-Troca de documentos modelos etc 9- Ferramentas Internet
280 transaccedilotildees entre subsidiaacuterias e matriz dentre 84 empresas italianas com mais de 50 colaboradores
24
Effect of perceived environmental uncertainty on exporterndashimporter inter-organisational relationships and export performance improvement
International Business Review
2009
Margaret Jekanyika Matanda Susan Freeman
43 Desempenho Exportaccedilatildeo
1-Incerteza ambiental 11 Turbulecircncia mercadoloacutegica 12 Volatilidade ambiental 13 Intensidade Competitiva (preccedilo qualidade competidores) 2- Relacionamento Inter Organizacional 21 Cooperaccedilatildeo 22 Compromisso 23 Poder e 3 Melhorias no desempenho exportador
262 exportadores de produtos frescos do Zimbabue
123
25
Internationalization and firm performance of SMEs The moderating effects of CEO attributes
Journal of World Business
2013
Wen-Tsung Hsu Hsiang-Lan Chen Chia-Yi Cheng
41 Desempenho da Firma (ROA)
1-Vendas ao Exterior comparado com as vendas totais 2-Ativos no Exterior comparado com com os ativos totais 3-Grau de Internacionalizaccedilatildeo (nuacutemero de paiacuteses)
187 PMEs Taiwanesas
26
The effects of internal resources and partnership quality on firm performance An examination of Indian BPO providers
Journal of International Management
2009 Somnath Lahiri Ben L Kedia
38 Desempenho da Firma
1- Capital Humano 2- Capital Organizacional 3-Capacidade Gerencial 4- Qualidade Parceiros
211 respostas de 105 empresas
27 The antecedents and consequences of successful localization
Journal of International Business Studies
2009
Kenneth S Law Lynda Jiwen Song Chi-Sum Wong Donghua Chen
38
1-Sucesso na Localizaccedilatildeo e 2-Desempenho da firma
1- Praacuteticas de Recursos Humanos relacionados a localizaccedilatildeo 2- Fatores de suporte da matriz- Autonomia da subsidiaacuteria Papel estrateacutegico do departamento dos recursos humanos 3- Fatores de comprometimento da empresa local compromisso da alta gestatildeo para a localizaccedilatildeo Variaacuteveis de controle tipo da induacutestria (manufatura serviccedilos de alta tecnologia) tipo de propriedade (JV) de participaccedilatildeo estrangeira no capital paiacutes de origem tamanho da firma (nuacutemero de empregados)
229 EMNs da Repuacuteblica Popular da China
28
Autonomy delegation to foreign subsidiaries An enabling mechanism for emerging-market multinationals
Journal of International Business Studies
2014
Stephanie Lu Wang Yadong Luo Xiongwen Lu Jinyun Sun Vladislav Maksimov
31 Autonomia da Subsidiaacuteria
1-Trampolim das Intenccedilotildees para adquirir tecnologias avanccediladas marcas super poderosas melhorar a reputaccedilatildeo internacional adquirir talentos criacuteticos e ceacuterebros poderosos 2- Perceber constrangimentos institucionais domeacutesticos capturar o grau de regulamento domeacutestico de restriccedilotildees burocraacuteticas ameaccedilas de protecionismo local corrupccedilatildeo e poliacuteticas inadequadas e natildeo transparentes 3-Assitecircncia Governamental de FDI de firmas com subsidio ou participaccedilatildeo governamental Variaacutevel moderadora nuacutemero de anos que a matriz participa em JV ou alianccedilas de cooperaccedilatildeo com empresas estrangeiras ou montam produtos ou processam materiais estrangeiros antes da formaccedilatildeo do JV 4- Aquisiccedilatildeo e Fusatildeo como modo de entrada variaacutevel dummy 1- estabelecimento da subsidiaacuteria por aquisiccedilatildeo ou fusatildeo e 0 outros
240 Executivos secircnior da matriz de 240 empresas multinacionais Chinesas
124
29
Competitive consequences of interfirm collaboration How joint ventures shape industry profitability
Journal of International Business Studies
2010 Tony W Tong Jeffrey J Reuer
31
Rentabilidade da Induacutestria percentagem da renda operacional sobre os ativos da firma
Intensidade dos tipos de JVs contando o nuacutemero de investimentos em JV do tipo i emu ma induacutestria j no ano t e escaldo pelo nuacutemero de firmas da induacutestria j no ano j Variaacuteveis de controle volume de vendas intensidade de PampD crescimento em intensidade de capital
2552 JV domeacutesticos e internacionais americanos
30
Strategic flexibility green management and firm competitiveness in an emerging economy
Technological Forecast amp Social Change
2015
Jianjun Yang Feng Zhang Xu Jiang Wei Sun
1 Gestatildeo Verde
1- Flexibilidade Estrateacutegica 2-Suporte Institucional 3- Poliacuteticas de Gestatildeo Verde 4-Legitimidade Organizacional 5-Competitividade da Firma51) your company often defeats your main competitors in the marketplace 52 your company can provide higher quality products and services to customers as compared with the main competitors 53 your company can respond more rapidly to market demands as compared with the main competitors 54 your company can respond more promptly to environmental changes as compared with the main competitors 55 the relational networking of your company can help in responding marking demands rapidly
272 empresas chinesas
Fonte Science Direct Ebsco Portal Capes JIBS - Journal of International Business Elaborado pelo Autor Realizado em mar 2017