Alfabetizacao Letramento Portadores Textos Leitura

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO

    NCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAO - UEMANET

    CURSO DE LICENCIATURA EM MAGISTRIO DAS SRIES INICIAIS DO

    ENSINO FUNDAMENTAL DISTNCIA

    ANA MARIA LIMA RUBIN

    DALVA MARIA COSTA LEITE

    A ALFABETIZAO E O LETRAMENTO POR MEIO DE DIFERENTES

    PORTADORES DE TEXTOS: UMA PROPOSTA METODOLGICAPARA DESENVOLVER HABILIDADES DE LEITURA E ESCRITA NO

    5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    CAXIAS-MA

    2010

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    CDU. 372.41/45

    ANA MARIA LIMA RUBIN

    DALVA MARIA COSTA LEITE

    A ALFABETIZAO E O LETRAMENTO POR MEIO DE DIFERENTES

    PORTADORES DE TEXTOS: UMA PROPOSTA METODOLGICA

    PARA DESENVOLVER HABILIDADES DE LEITURA E ESCRITA NO

    5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    Proposta de Interveno Pedaggica apresentada noCurso de Licenciatura em Magistrio das SriesIniciais do Ensino Fundamental e Distncia daUniversidade Estadual do Maranho, como requisitopara concluso de Curso Superior.

    Orientadora: Prof. Esp. Elizngela Fernandes Martins

    CAXIAS-MA2010

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    RUBIM, Ana Maria Lima

    A alfabetizao e o letramento por meio de diferentes portadoresde textos: uma proposta metodolgica para desenvolverhabilidades de leitura e escrita no 5 ano do ensino fundamental/Ana Maria Lima Rubim, Dalva Maria Costa Leite. Caxias:CESC/UEMA, 2010.

    - 46 p.: il.

    Orientadora: Prof. Elizngela Fernandes MartinsProposta metodolgica (graduao) Curso de Licenciatura

    em Magistrio das Sries Iniciais do ensino Fundamental e Distncia/UEMANET. Centro de Estudos Superiores de Caxias,2010.

    1. Alfabetizao letramento. 2. Alfabetizao leitura. 3.Alfabetizao escrita.I. Leite, Dalva Maria Costa. II. Ttulo.

    CDU. 372.41/45

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    A ALFABETIZAO E O LETRAMENTO POR MEIO DE DIFERENTES

    PORTADORES DE TEXTOS: UMA PROPOSTA METODOLGICA

    PARA DESENVOLVER HABILIDADES DE LEITURA E ESCRITA NO5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    ANA MARIA LIMA RUBIN

    DALVA MARIA COSTA LEITE

    Proposta de Interveno Pedaggica apresentada noCurso de Licenciatura em Magistrio das SriesIniciais do Ensino Fundamental e Distncia daUniversidade Estadual do Maranho, como requisitopara concluso de Curso Superior.

    Data de Aprovao: ____ /____/ 2010.

    BANCA EXAMINADORA:

    __________________________________________________Prof. Elizngela Fernandes Martins UFPI

    Mestranda em Educao(Orientadora)

    __________________________________________________Prof. Gliciane Rios Melnio

    Especialista em Orientao Educacional UCMEspecialista em Gesto Escolar - UFMA

    1 Membro

    __________________________________________________

    Prof. Wilson Jos Lopes Silva

    Especialista em Neuropsicologia Integral IBEPX/FACINTER

    2 Membro

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    Se andarmos apenas por caminhos j

    traados, chegaremos apenas aonde os

    outros j chegaram.

    (Alexander Graham Bell)

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    Dedicamos este trabalho a todos os nossos

    familiares, amigos, professores, que nos

    ajudaram de certa forma para

    conquistarmos os nossos objetivos

    almejados.

    Dedicamo-lhes

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    AGRADECIMENTOS

    Gostaramos de expressar nossa gratido a todos que direta ou indiretamente

    compartilharam ou colaboraram conosco na elaborao e aplicao desta proposta:

    - A Deus, principalmente, fonte de fortaleza e perseverana para atingirmos nosso

    objetivo;

    - A nossa Tutora Elizngela Fernandes Martins, por orientar e colaborar na

    construo do nosso conhecimento cientifico;

    - Aos nossos filhos que pela ousadia e coragem da juventude nos fortaleceram nesta

    Jornada Acadmica;

    - Aos nossos esposos, pela compreenso nas nossas ausncias e estmulo

    constante no decorrer deste curso.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................ 10

    2 CONTEXTO HISTRICO DE ALFABETIZAO E LETRAMENTO ............. 12

    2.1 A alfabetizao e o Letramento no desenvolvimento de habilidades

    Leitoras .......................................................................................................... 14

    2.2 O papel do professor no desenvolvimento das prticas dirias de leitura e

    escrita ............................................................................................................ 16

    2.3 A concepo de Alfabetizao e letramento como necessidade e

    exigncia de uma sociedade letrada............................................................ 17

    3 METODOLOGIA .............................................................................................. 21

    4 CARACTERIZAO DA REALIDADE INVESTIGADA: O processo de

    alfabetizao e letramento ........................................................................... 22

    4.1 Anlise e discusso dos Questionrios aplicados ........................................ 22

    4.1.1 Concepo dos professores ...................................................................... 224.1.2 Concepo dos alunos .............................................................................. 25

    5 SISTEMATIZAO DA PROPOSTA METODOLGICA: A alfabetizao e

    o letramento por meio de diferentes portadores de textos ...................... 30

    5.1 Princpios ...................................................................................................... 30

    5.2 Diretrizes ....................................................................................................... 32

    6 ESTRATGIAS METODOLGICAS .............................................................. 35

    6.1 Leitura e entretenimento ............................................................................... 377 DESCRIO E ANLISE DA PROPOSTA DE INTERVENO .................. 40

    8 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................ 45

    REFERNCIAS .................................................................................................. 47

    APNDICES ....................................................................................................... 49

    ANEXOS ............................................................................................................. 50

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    RESUMO

    Este trabalho prope uma discusso sobre o processo de alfabetizao de alunos do5. ano do Ensino Fundamental, e a utilizao de diferentes textos comomediadores no processo de letramento. Uma das preocupaes que vem atraindoateno dos educadores a dificuldade de leitura e escrita pelos alunos, que seprolonga por todo Ensino Fundamental, fator que ocasiona o alto ndice derepetncia escolar. Com a concepo de que alfabetizao um processo continuoe o letramento tem inicio quando a criana comea a conviver com diferentesmanifestaes de escrita na sociedade e se amplia cotidianamente, elaborou-seesta proposta com a temtica: A Alfabetizao e o Letramento por meio dediferentes portadores de textos: Uma proposta para desenvolver habilidades deleitura e escrita no 5. ano do Ensino Fundamental, onde aborda-se a importnciada alfabetizao e letramento e o papel do professor no desenvolvimento dehabilidades leitoras. A proposta objetivou desenvolver prticas de leitura e escritacom diferentes portadores de textos como contribuio para facilitar e promover aconstruo de habilidades leitoras. Como resultado obteve-se o iniciar do processode desenvolvimento leitor nas crianas refletindo no melhor aprendizado.

    Palavras-Chaves:Alfabetizao. Letramento. Leitura. Escrita.

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    ABSTRACT

    This work proposes a discussion about the process of students of the 5th year of theFundamental Teaching literacy, and the use of different texts as mediators in thelettrering process. One of the concerns that comes attracting the educators attentionis the reading difficulty and written by the students, that is prolonged for everyFundamental Teaching, factor that causes the high index of school repetting. Withthe conception that literacy is a process continue and the lettrering has begin whenthe child begins to live together with different writing manifestations in the society andit is enlarged daily, this proposal was elaborated with the thematic: The Literacy andLettrering by means of different carriers of texts: A proposal to develop readingabilities and written in the 5th year of the Fundamental Teaching, where it isapproached the importance of the literacy and lettrering and the teachers paper inthe abilities readers development. The proposal objectified to develop readingpractices and writing with different carriers of texts as contribution to facilitate and topromote the abilities readers construction. As result was obtained beginning ofdevelopment readers process in the children contemplating in the best learning.

    Key-Words: Literacy. Lettrering. Reading. Writing.

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    1 INTRODUO

    Este trabalho prope uma discusso sobre o processo de alfabetizao de

    alunos do 5 ano do Ensino Fundamental, e a utilizao de diferentes textos como

    mediadores no processo de letramento. Sabe-se que muitos dos problemas

    educacionais relacionados ao aprendizado da leitura e escrita tm incio no Ensino

    Fundamental que na maioria das vezes no atinge os objetivos propostos, que

    alfabetizar e letrar. Uma das preocupaes que vem atraindo ateno dos

    educadores, so as dificuldades de da leitura e da escrita pelos alunos que

    concluem o 5 Ano do Ensino Fundamental, ocasionando o alto ndice de repetncia

    escolar. Pois, apesar dos avanos obtidos no campo educacional, existe um

    aumento significativo de alunos que ao conclurem os anos iniciais do Ensino

    Fundamental, no adquiriram o domnio da leitura e da escrita. Portanto, elaborou-se

    esta proposta com a temtica: Alfabetizao e letramento por meio de diferentes

    portadores de textos: uma proposta metodolgica para desenvolver

    habilidades de leitura e escrita no 5. Ano do ensino fundamental. A motivaodessa temtica foi impulsionada pelo problema: Como promover prticas de leitura e

    escrita para alfabetizar e letrar alunos do 5 ano das escolas pblicas municipais de

    Caxias?

    A proposta objetivou analisar as diferentes prticas pedaggicas

    desenvolvidas em sala de aula, e sua contribuio para o processo de alfabetizao

    e letramento. A inteno compreender como ocorre o processo de construo do

    conhecimento por meio da leitura e da escrita em sala de aula, analisando sua

    operacionalizao no 5 Ano do Ensino Fundamental na U.I.M. Ruy Frazo Soares,

    escola pblica municipal de Caxias-MA.

    Diante desse pressuposto, enfatiza-se que ao promover prticas de leitura

    e escrita por meio de diferentes portadores de textos como elementos motivadores e

    facilitadores da construo de habilidades e competncias leitoras, viabilizar-se-

    um melhor rendimento escolar aos alunos do 5 ano, com vistas a produzir bonsresultados. E que o educando ao concluir o Ensino Fundamental, tenha construdo

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    as habilidades de leitura e escrita para ingressar no 6 ano com todas as

    competncias leitoras.

    O letramento uma qualidade essencial ao aluno sendo mais exigidoquando ingressa no 6 ano, pois na vivncia da pr-escola ao 5 ano, este aluno

    convive anualmente com um s professor em sala de aula, desenvolvendo as

    prticas pedaggicas que lhe so peculiar, dando-lhe um acompanhamento efetivo

    embora ministrando disciplinas diversas. Porm, ao ingressar no 6 ano, o aluno se

    depara com um universo diferente. Passando a conviver diariamente com uma

    diversidade de professores, onde cada um ministra uma disciplina diferente com

    contedos e cuidadoso ao aluno que conclui o 5 Ano do Ensino Fundamental, paraque este construa todas as competncias e habilidades de leitura e escrita, evitando

    a estagnao ou descontinuidade do aprendizado nos anos a serem cursados

    futuramente.

    Para tratar desta temtica o presente trabalho segue a seguinte estrutura:

    fundamentao terica sobre alfabetizao e letramento baseado em, autores como:

    Maria Helena Martins, Paulo Freire, Magda Soares, Regina Sodr, Ezequiel

    Theodoro, Joseane Maia, dentre outros; metodologia, caracterizao dos sujeitos dapesquisa, sistematizao da proposta e anlise da proposta.

    Neste contexto, aborda-se sobre a importncia do professor no

    desenvolvimento de prticas dirias de leitura e escrita e da exigncia da sociedade

    sobre o processo de alfabetizar letrar. No segundo captulo descreve-se sobre a

    proposta pedaggica: sua metodologia, os sujeitos da pesquisa, princpios e

    diretrizes, as estratgias metodolgicas utilizados na proposta e finaliza com a

    descrio e anlise dos resultados deste trabalho.

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    2 CONTEXTO HISTRICO DE ALFABETIZAO E LETRAMENTO

    Historicamente, o conceito de alfabetizao definia-se como o ensino

    aprendizado do sistema alfabtico de leitura e escrita, como desenvolvimento

    das capacidades de decodificar os sinais e codificao dos sons em sinais

    grficos.

    Partindo dessa premissa, o alfabetizando considerado uma tbula

    rasa, algum que no tem conhecimentos prvios, em que a aprendizagem

    acontece pela repetio, memorizao, fixao, e o professor detm todos os

    saberes, conhecimentos e experincias necessrias. Atualmente considera-se

    o processo de alfabetizao em seu sentido amplo, ou seja, deve-se

    alfabetizar e letrar na perspectiva dos usos sociais da leitura e da escrita.

    Nesse contexto, o professor o mediador deste processo, devendo ser um

    leitor competente.

    Segundo Sodr (2008), as metodologias de alfabetizao evoluram,

    de acordo com as necessidades. A histria da leitura e escrita foi dividida em

    perodos:

    1 Perodo: Mtodo Sinttico - da antiguidade at meados do sculo XVIII, (omais antigo de todos, tem mais de 2000 anos, ensinava as letras, depois asslabas).

    2 Perodo: Mtodo analtico - oposio do mtodo sinttico, tem incio nosculo XVIII estendendo-se at o incio do sculo XX, alfabetizava compalavras e slabas.

    3 Perodo: Mtodo Paulo Freire - final do sculo XIX utiliza o universovocabular do aluno.

    A alfabetizao tem sido objeto de pesquisa e discusses entre tericos,

    estudiosos e educadores, devido ao alto ndice de alunos que concluem o 5 ano

    do Ensino Fundamental, sem demonstrarem habilidades de leitura e escrita o que

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    tem afetado significativamente no desempenho e no desenvolvimento de crianas,

    jovens e adultos brasileiros.

    Para Soares (2008), alfabetizao um processo de representao defonemas em grafemas e vice-versa, mas tambm um processo de

    compreenso/expresso de significados por meio do cdigo escrito. Isso nos remete

    a um conceito de alfabetizao no sentido de letramento atrelado a importncia de

    inserir prticas de leitura e escrita por meio de diferentes portadores de textos desde

    os anos iniciais, pois quanto mais conhecimento textual o aluno tiver, tanto maior

    ser a compreenso sobre o universo leitor. Mediante a interao com diversos

    textos que a prtica social de leitura e escrita possibilita o envolvimento do leitor queler, reflete, interpreta e sabe fazer a intermediao e interao entre leitura e

    escrita, dando sentido ao texto lido, da a necessidade da conexo entre

    alfabetizao e letramento.

    Partindo desta concepo sobre a alfabetizao, o letramento constitui-

    se em um processo que no pode ser dissociado do aprendizado da leitura e escrita,

    pois ambos contribuem para formao do sujeito.

    Segundo Soares (2003) a inveno do letramento no Brasil se deu em

    meados da dcada de 80 e s em 2001, que o Dicionrio Houaiss registrou as

    palavras letramento e letrado, definindo letramento como um conjunto de prticas

    que denota a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito.

    Letramento palavra de conceito recente, introduzido na linguagem e

    das cincias lingusticas h pouco mais de duas dcadas, seu surgimento se deu em

    decorrncia da necessidade de nomear comportamento e prticas sociais na reada leitura e escrita, que buscassem o domnio do sistema alfabtico e ortogrfico.

    Nessa premissa, legitima-se a concepo de que alfabetizao e

    letramento so processos complementares e anlogos que tm incio quando a

    criana comea a conviver com as mais diversificadas demonstraes de leitura e

    escrita em seu cotidiano (rtulos, placas, propagandas em muro, embalagens,

    anncios televisivos, dentre outros), perdurando durante toda sua existncia.

    Possibilitando maior participao nas prticas sociais que envolvem o ato de leitura

    e escrita como: correspondncias, textos literrios, poemas, msicas, textos

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    informativos, livros infantis, revistas, jornais etc. Compreendendo-se ento que os

    termos letramento e alfabetizao esto relacionados ao exerccio efetivo e

    competente do uso da leitura e da escrita nas situaes em que a criana precisa ler

    e escrever.

    Magda Soares afirma que:

    (...) letramento o resultado da ao de ensinar ou de aprender a ler eescrever: o estado ou a condio que adquire um grupo social ou umindivduo como consequncia de ter-se apropriado da escrita (SOARES,

    1998, p.18).

    Com essa concepo evidencia-se que o processo de letramento

    constitui-se em um desafio permanente, implicando a reflexo das prticas e as

    concepes adotadas ao inserir crianas e adolescentes no mundo da leitura e da

    escrita. Para tanto, se faz necessria uma anlise e recriao de novas

    metodologias de ensino visando garantir eficazmente o duplo direito: no apenas deler e registrar autonomamente palavras numa escrita alfabtica, mas de poder ler,

    compreender, produzir os textos, compartilhar socialmente e saber lidar com

    diferentes tipos de textos em situaes diversas, a fim de formar alunos leitores.

    2.1 A alfabetizao e o letramento no desenvolvimento de habilidades leitoras

    Ao ingressar na Escola as crianas enfrentam bruscamente a rotina de

    metodologias tradicionais em que as letras, as slabas e as palavras aparecem,

    esvaziadas de sentido. Consciente das dificuldades dirias causadas pela

    precariedade ou ausncia do domnio das estratgias de leitura e escrita, os pais

    insistem que os filhos precisam aprender a ler e escrever. Para equacionar esse

    problema precisa-se mergulhar nas pesquisas sobre esse processo de aquisio

    que sirva de esteira para uma prtica que vise o domnio efetivo da leitura e da

    escrita.

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    Para Theodoro (2005), a leitura levanta-se como uma grande fonte de

    inquietao dentro do cenrio educacional brasileiro. Essa afirmativa remete a

    acreditar que o ato de ensinar a ler e escrever constitui-se um grande desafio aos

    professores que esto numa busca constante de estratgias e prticas

    metodolgicas para superar essa carncia, procurando com afinco solues para

    os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem simultnea: leitura e

    escrita. Fator que contribui para ocorrncia das aprendizagens fragmentadas em

    que os alunos aprendem codificar pequenas palavras, mas no sabem escrev-las.

    Sabem grafar, copiar do quadro e do livro, porm no tm habilidades necessrias

    para decifrarem, identificarem, lerem que palavras escreveram. Mesmo assim,

    permanece a concepo de que o aluno que copia, j est apto a desenvolverhabilidades e competncias de leitura e escrita, fazendo da cpia uma atividade

    pedaggica rotineira. A respeito Ferreiro, comenta que:

    (...) a cpia apenas um dos procedimentos usados para apropriar-se daescrita, mas no o nico (nem sequer o mais importante), aprende-semais inventando formas e combinaes do que copiando; aprende-se maistentando produzir junto com os outros uma representao adequada para

    uma ou vrias palavras do que fazendo sozinho, exerccios de copiar listasde palavras ou letras (FERREIRO 2001, p. 102).

    Com base nessa assertiva, evidencia-se a importncia de trabalhar a

    leitura e a escrita utilizando diversos portadores de textos no 5 Ano do Ensino

    Fundamental, tendo em vistas as mudanas e exigncias processadas na sociedade

    letrada em relao ao sujeito considerado alfabetizado, sendo portanto, necessrio,

    um olhar mais cuidadoso e exigente, surgindo assim, a carncia e a urgncia dainsero do letramento, com reviso, reavaliao e a renovao contnua de prticas

    metodolgicas de leitura e escrita para formar alunos leitores e escritores

    competentes, habilidosos e letrados. Porm, necessrio um acompanhamento

    efetivo e sistemtico para verificar o que acontece com a criana que no aprende a

    ler e escrever simultaneamente, considerando que esse processo pode ser mediado

    por textos diversos, e que no existe somente um tipo de texto nico e especifico

    para alfabetizar e letrar.

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    2.2 O papel do professor no desenvolvimento das prticas dirias de leitura e escrita

    Em decorrncia da complexidade que o aprendizado da leitura e daescrita e sua efetivao no contexto scio-cultural do aluno, a Escola defronta-se

    com uma enorme inquietao, que o ensinar a ler e escrever. Ler para entender

    e expressar-se de forma oral e escrita. Da emerge a necessidade de trabalhar a

    leitura e a escrita com diferentes portadores de textos para que o educando ao

    utilizar a leitura, o faa de forma que esta interaja com as demais disciplinas,

    evidenciando que a leitura e a escrita feita diariamente possa despertar no aluno o

    hbito e o gosto pela leitura, contribuindo para sua aprovao no final do ano.

    necessrio que os alunos tenham a compreenso e interpretao

    textual, no apenas a decifrao de cdigos, que persiste em ser uma das questes

    mais polmicas do sistema educacional brasileiro, uma vez que as Escolas pblicas

    e as privadas convivem diariamente com discusses e debates relacionados a esse

    tema.

    Martins (1994, p.32), afirma que: (...) o debate decodificao versuscompreenso parece estar se esvaziando. Ambas so necessrias leitura.

    Decodificar sem compreender intil; compreender sem decodificar, impossvel.

    Considerando essa afirmativa, concebe-se que o trabalho pedaggico

    deve centrar-se na perspectiva de que o aluno adquira competncias e habilidades

    leitoras para que a alfabetizao e o letramento sejam elementos facilitadores na

    aprendizagem das demais disciplinas, e que ao concluir o 5 Ano do Ensino

    Fundamental, o aluno apresente habilidades e prticas leitoras com vistas a facilitarseu ingresso no 6 ano.

    nas sries iniciais que est a base de todo aprendizado, sendo

    portanto o 5 ano, o fechar de um ciclo em que estas habilidades bsicas j estejam

    adquiridas. J que o 6 ano se constitui numa nova etapa de ensino, em que cada

    disciplina ministrada por diferentes professores, com prticas e metodologias

    diferenciadas, em que na maioria das vezes os conhecimentos prvios do aluno no

    so levados em considerao para seu aprendizado. Segundo Sodr (2008, p.13)

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    Cada um aprende de um jeito diferente, dependendo de sua histria de vida, de

    suas experincias.

    Esta concepo de Sodr, remete a Freire (1997. p 11), que a leitura demundo precede a leitura da palavra, lembrando que ao ingressar na escola a

    criana traz suas marcas culturais, seu currculo oculto, sendo produtora de sua

    prpria linguagem permitindo-lhe formular e expressar-se em conformidade ao

    seu mundo social. falante, formula dilogos, conta histrias, sabe adivinhas,

    parlendas, aprendidas com seus pais, avs, enfim, interage e se comunica com as

    outras crianas que a partir de ento faro parte de seu contexto social dirio, que

    a escola.

    Observando essas habilidades que o aluno detm em seu currculo

    oculto, torna-se mais fcil trabalhar a leitura e a escrita com diferentes portadores de

    textos que estimular sua curiosidade, despertando seu imaginrio para criar e

    recriar textos, histrias, criar novos personagens e at mudar o desfecho de um

    conto ou de uma histria, demonstrando capacidade de sequncia lgica e o

    desenvolvimento do potencial criativo. medida que os alunos vivenciam situaes

    de aprendizagem em que a professora d nfase a determinados elementostextuais, eles procuram identificar estes mesmos elementos tais como: sumrio,

    autor, titulo, ilustrador, capa dentre outros.

    Assim, comeam a demonstrar comportamentos e habilidades de

    leitores e escritores mesmo aqueles que ainda no dominam a leitura e a escrita,

    pois conseguem acompanhar a realizao das atividades juntos com o colega que j

    detm e demonstra a capacidade de leitura e escrita.

    2.3 A concepo de alfabetizao e letramento como necessidade e exigncia de

    uma sociedade letrada

    A efetivao da prtica da leitura e da escrita em sala de aula encontra

    uma enorme barreira advinda do meio social que a criana pertence, quando os

    pais e/ou amigos no lem, dificilmente a criana ou o adolescente valorizar a

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    leitura, por mais que a escola empregue meios persuasivos ou impositivos para

    modificar essa indiferena aos livros. Sendo assim, aprende-se mais com o

    exemplo e a vivncia diria.

    Essas constataes no se constituem em fatores impeditivos para

    incentivar a prtica da leitura com vistas a despertar no aluno o gosto e o prazer de

    ler e, conseqentemente torn-lo leitor hbil e capaz. As sries iniciais o princpio

    da construo de um trabalho mais consistente de compreenso da leitura

    exercitando a escrita e sua capacidade de comunicar-se e expressar-se, e no

    simplesmente o domnio de um cdigo.

    Esta etapa do aprendizado deve ser trabalhada e estimulada a leitura e a

    escrita por meio de diferentes portadores de textos, de situaes e fatos vivenciados

    pela prpria criana, pois nesta fase que ela tem mais facilidade de aprender e

    assimilar novos conceitos. Uma criana mal alfabetizada ter problemas durante

    toda vida escolar, em que se apropria da oralidade, estando mais apta a conceber

    os processos que envolvem a leitura e a escrita, ampliando o vocabulrio e

    formulando idias. Simonette (2007) afirma que:

    (...) importante primeiro evidenciar que a interao e a mediao comfinalidades pedaggicas s tero sentidos e avanos se contextualizadas,significativas e desejadas tanto pela professora quanto pelas crianas (...)(SIMONETTE, 2007, p. 46).

    Essa afirmativa corrobora a compreenso de que de vital importncia

    trabalhar a leitura e a escrita com diferentes portadores de textos com mais nfase

    no 5 Ano do Ensino Fundamental, que muito contribui no processo de

    aprendizagem, e aprovao para o 6 ano. O mero ato de aprovar, para no reprovar

    e diminuir o ndice de repetncia e at da evaso escolar, no intuito de passar o

    aluno para o ano seguinte, na perspectiva de que na srie para qual o aluno foi

    aprovado ele aprenda a ler e escrever - pois a aprendizagem um processo lento e

    gradativo- a escola simplesmente contribui para o aumento de acadmicos que ao

    ingressarem na Universidade apresentam dificuldade em entender textos cientficos.

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    E, tambm produzindo pblico a ser atendido pelos programas de Educao de

    Jovens, adultos e Idosos: EJA, ALFASOL, PBA etc.

    Portanto, h de se ressaltar que at anos atrs a Educao de Jovens eAdultos tinha a especificidade de um Programa de atendimento especializado ao

    pblico que no teve acesso a escola na idade regular. Devido o crescente nmero

    de analfabetos tornou-se uma modalidade de ensino, s confirmando que j existe

    uma porta aberta para o ingresso dos alunos no alfabetizados durante sua

    passagem/permanncia no ensino regular. E assim, o ensino (com repetncia,

    desistncia e evaso escolar) se arrasta por longos anos sem solues ao precrio

    acesso que o aluno tem leitura e a escrita. Embora os Programas de Alfabetizaode Jovens, Adultos e Idosos mostrem grficos com resultados de alfabetizados, ditos

    satisfatrios, estes resultados apenas maqueiam e/ou camuflam, que aquele

    cidado dito alfabetizado, no construiu os conhecimentos necessrios da leitura e

    da escrita, que so atividades complementares, para uso efetivo em sua vivncia

    diria, sem habilidade de ler, escrever, interpretar e produzir textos.

    Dessa forma, continua a fbrica de analfabetos garantindo demanda,

    matriculas e continuidade dos Programas de Educao de Jovens, Adultos eIdosos, que em sua grande maioria apenas diminui o nmero de no alfabetizados

    na carteira de identidade, deixando-os lisonjeados, pois j no coloca a impresso

    digital (o dedo) no local da assinatura, pois j sabe assinar (desenhar) o nome de

    forma precria.

    Analisando tais situaes e tendo como base as experincias de

    professores que alfabetizaram utilizando diversos gneros textuais, refora-se que

    entre as inmeras vantagens de se trabalhar a leitura e a escrita por meio de

    diferentes portadores de textos diariamente em sala de aula, algumas merecem

    destaque: enriquecem o vocabulrio; facilitam a aquisio de experincias leitoras;

    melhora a redao; ativa a imaginao; agua as idias; amplia o conhecimento da

    cultura; favorece a soluo de problemas; possibilita uma aprendizagem reflexiva e

    significativa e permite a insero da criana na sociedade letrada.

    Numa sociedade em que essencial ler e escrever, estas atividadesfundamentais devem ser desenvolvidas pela escola para formao dos alunos

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    leitores e escritores, mas, a aprendizagem da leitura e da escrita ainda um desafio.

    E como afirma os PCNs (Parmetros Curriculares Nacionais) em relao ao uso da

    diversidade de textos:

    Cabe, portanto, escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dostextos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpret-los.Isso inclui os textos das diferentes disciplinas, com os quais o aluno sedefronta sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo assim, noconsegue manejar, pois no h um trabalho planejado com essa finalidade(PCNs, 1997, p. 30).

    Essa abordagem vem corroborar o que se objetiva nesta proposta, que

    tem como foco alfabetizao e o letramento de alunos do 5 Ano do Ensino

    Fundamental por meio de diferentes portadores de textos, fator considerado

    importante para o desenvolvimento das crianas como leitoras. Uma vez que

    possibilita a construo da capacidade de ler e interpretar textos com autonomia, e

    ao adquirir as habilidades de leitura e produo de textos os alunos sejam capazes

    de conhecerem os elementos que compem os textos escritos, os seus estilos e

    autor de maneira que apreendam a forma como os textos devem ser

    interpretados.

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    3 METODOLOGIA

    A referida proposta est embasada numa abordagem quantiqualitativa.

    Referendada por uma pesquisa de cunho bibliogrfico para fundamentar

    teoricamente o processo de alfabetizao e letramento e na pesquisa emprica para

    levantamento de dados e conhecimento do campo de pesquisa, que foi realizada na

    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo Soares da rede pblica municipal de ensino

    de Caxias-MA, localizada num bairro de periferia, chamado Refinaria. Analisando oentorno da Escola, constata-se a existncia de ruas sem esgoto, calamento

    precrio, poucos pontos de comrcio, tornando assim precria a oferta de servios

    bsicos comunidade. No aspecto socioeconmico a grande maioria das crianas

    de famlias carentes oriundas da zona rural, que no tiveram acesso educao

    infantil e so beneficirios de programas sociais do Governo Federal.

    Na coleta de dados teve-se como sujeitos da pesquisa alunos e

    professores do 5 Ano do Ensino Fundamental. Como instrumentos desta coleta

    foram aplicados questionrios com vistas a obteno de dados precisos pertinentes

    ao objeto de estudo, e assim compreender como se dar as prticas pedaggicas

    desenvolvidas pelos professores do 5 Ano do Ensino Fundamental, para a

    construo do aprendizado de leitura e escrita.

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    4 CARACTERIZAO DA REALIDADE INVESTIGADA: O processo

    de alfabetizao e letramento

    Este trabalho a apresentao de uma pesquisa desenvolvida a partir

    da anlise sobre a aprendizagem de leitura e escrita e sua importncia na interao

    e contextualizao com as demais disciplinas, viabilizando a Alfabetizao e

    letramento para desenvolver habilidades de leitura e escrita no 5 Ano do Ensino

    Fundamental, por meio de diferentes portadores de textos. Objetivando a garantir o

    acesso leitura e a escrita, condies essenciais para o ingresso e permanncia da

    criana na escola e incluso na sociedade letrada.

    Nesta perspectiva, foram entrevistados professores e alunos do 5 ano

    da Unidade Integrada Municipal Ruy Frazo Soares, visando detectar os problemas

    que ocasionam a no construo de conhecimentos e capacidades de leitura e da

    escrita, da ento se formulou hipteses possibilitando o alcance do objetivo

    proposto.

    Os professores entrevistados atuam na docncia h mais de cinco anos

    e sua prtica pedaggica ainda marcada por exerccios repetitivos e a

    aprendizagem se dar por memorizao. Os alunos tm uma faixa etria adequada

    para o ano que cursam embora existam alunos repetentes.

    4.1 Anlise e discusso dos Questionrios aplicados

    4.1.1 Concepo dos professores

    Alfabetizao e Letramento: concepo dos professores acerca de leitura:

    Foram entrevistadas 5 (cinco) professoras do Ensino Fundamental daEscola Municipal Ruy Frazo Soares com os questionamentos:

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    Grfico I: Qual o seu grau de instruo?

    Escolaridade

    40%

    40%

    20%

    especializao graduao magistrio Fonte: Professoras do 5 ano do Ensino

    Fundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Conforme se constata no grfico acima, os professores que atuam no 5

    ano, 40% so graduados, 40% especialistas e 20% ensino mdio. Este resultado

    significativo para pesquisa. O professor para desenvolver prticas que viabilize o

    aprendizado, alm da graduao e da formao continuada, necessrio que seja

    portador de conhecimentos adquiridos pelo hbito da leitura e da escrita, ou seja,

    que goste de ler para poder incorporar e ampliar estratgias pedaggicas que

    estimule o aluno a adquirir e desenvolver o comportamento leitor.

    Grfico II: Seus alunos assimilam o que lem com facilidade?

    Assimilao da leitura

    80%

    20%

    s vezes tem dificuldade Fonte: Professoras do 5 ano do Ensino

    Fundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Este percentual mostra em relao pesquisa que existe dificuldade na

    assimilao da leitura, pois 20% encontram dificuldades e 80% s vezes assimilam,

    deixando claro que a maioria dos alunos apresenta um baixo nvel de aprendizageme habilidades de leitura. Da a preocupao em desenvolver esta proposta que tem

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    como objetivo o uso da leitura e da escrita por meio de diferentes portadores de

    textos em alunos do 5 Ano do Ensino Fundamental.

    Grfico III: Quais as dificuldades encontradas nas dinmicas para a leitura?Dificuldades nas dinmicas para leitura

    80%

    20%

    desinteresse do aluno falta de recursos

    Fonte: Professoras do 5 ano do EnsinoFundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Ao serem interrogados acerca das dificuldades nas dinmicas de leitura,

    20% dos professores responderam que a falta de recursos para trabalharem em

    sala de aula e 80% atriburam essa dificuldade ao desinteresse do aluno.

    Considerando estes resultados prope-se que sejam desenvolvidas estratgias de

    leitura e escrita para despertar no aluno o gosto, o prazer e o interesse pela leitura,utilizando diferentes tipos de textos, em que o aluno levado a ler diariamente sem

    o carter conteudista, de forma direcionada, ler somente por prazer.

    Grfico IV: Qual a frequncia do uso da leitura na sala de aula?

    Frequncia do uso da leitura em sala de aula

    80%

    20%

    todos os dias 3 vezes por semana

    Fonte: Professoras do 5 ano do EnsinoFundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Ao analisar o resultado demonstrado neste grfico, verifica-se que 80%dos professores desenvolvem atividades de leitura todos os dias e 20% 3 (trs)

    vezes por semana. Apesar do uso dirio da leitura, ainda persiste em grande

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    nmero de alunos que no desenvolvem habilidades de leitura e escrita o que

    contribui para os alunos concluam o 5 Ano do Ensino Fundamental sem o domnio

    da leitura e da escrita.

    Grfico V: Quais os recursos que voc utiliza

    para facilitar a compreenso da leitura?

    Recursos utilizados para facilitar a leitura

    60%

    40%

    ditado, interpretao e produo de textos

    outros recursos ( gravuras, histrias infantis, parlendas emsica)

    Fonte: Professoras do 5 ano do EnsinoFundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Perguntou-se aos professores quais os recursos utilizados para facilitar a

    compreenso da leitura 60% responderam: ditado, interpretao e produo de

    textos e 40% responderam outros recursos. Com base nessas respostas percebe-se

    que apesar do uso de diferentes estratgias em sala de aula para facilitar acompreenso da leitura, os educandos ainda apresentam dificuldades em

    compreender os textos, por no possurem habilidades de leitura e escrita, fator

    impeditivo para a interao com as demais disciplinas o que contribui para a no

    aprovao e s vezes at a evaso escolar, ou ainda para o passar de ano sem o

    domnio da leitura e da escrita.

    4.1.2 Concepo dos alunos

    Foram entrevistados 61 (sessenta e um) alunos do 5 Ano do Ensino

    Fundamental da Escola Municipal Ruy Frazo Soares, 28 (vinte e oito) no turno

    matutino e 33 (trinta e trs) no turno vespertino, com os questionamentos:

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    Grfico VI: Voc gosta de ler?

    Gosto pela leitura

    57%20%

    13%

    10%

    sim s quando tem prova no s vezes

    Fonte: Alunos do 5 ano do EnsinoFundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Analisando os grficos em que 57% dos alunos gostam de ler, 20% s

    lem quando tem prova, 13% no gostam de ler e 10% s vezes. E mesmo os

    professores afirmando que desenvolvem atividades de leitura em sala de aula, existe

    uma distoro entre as respostas apresentadas e a quantidade de alunos que

    concluem o 5 ano e no dominam a leitura e a escrita. Portanto, ratifica-se que a

    prtica de leitura e escrita por meio de diferentes portadores de textos possibilita o

    desenvolvimento do comportamento leitor, a aprendizagem e o domnio da leitura e

    da escrita aos alunos 5 Ano do Ensino Fundamental.

    Grfico VII: Voc compreende a leitura dos textos?

    Compreenso dos textos pela leitura

    54%27%

    19%

    sim no s vezes Fonte: Alunos do 5 ano do Ensino

    Fundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Ao serem indagados sobre a compreenso da leitura dos textos: 54%

    dos alunos responderam que sim; 27% que no e 19% s vezes. Este resultado teminter-relao com as respostas do item anterior, denotando que o gostar da leitura

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    existe quando h compreenso, havendo ento uma sequncia lgica entre o gostar

    e o compreender. Assim, percebe-se o uso permanente da leitura e da escrita por

    meio de diferentes portadores de textos possibilitar ao aluno a construo e o

    desenvolvimento de sua competncia leitora. Possibilitando assim, uma

    compreenso dos contedos propostos nas diversas disciplinas. Inclusive em

    matemtica, uma disciplina que requer raciocnio lgico, pois para desenvolver esse

    raciocnio, necessrio que o aluno leia o enunciado, compreenda, reflita, questione

    e se posicione para resolver uma situao problema, seja qual for o contedo

    trabalhado.

    Grfico VII: O que voc mais gosta de ler?

    Preferncias de leitura

    40%

    37%

    23%

    revistas com noticias da livros infantis

    revista de quadrinhos Fonte: Alunos do 5 ano do Ensino

    Fundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Considerando que 23% dos alunos responderam que tem preferncia

    por revista de quadrinhos, 37% livros infantis e 40% revista da TV. E que apesar da

    pouca habilidade de leitura e escrita, os alunos tm preferncia por um determinado

    tipo de texto desde que esta faa parte do seu conhecimento, vivncia diria e lhe

    desperte interesse. Na perspectiva de possibilitar a construo do comportamento

    leitor no aluno, relevante enfatizar que o desenvolvimento de estratgias

    metodolgicas com textos ilustrativos favorecem a compreenso e o gosto pela

    leitura, oportunizando a construo da competncia leitora com vistas a criao e

    recriao textual. Portanto, ratifica-se que atividades dirias com leitura e escrita por

    meio de diferentes portadores de textos, contribuir de forma significativa para

    aquisio da habilidade e competncia leitora exigidas aos alunos do 5 Ano do

    Ensino Fundamental.

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    Grfico IX: Qual a dificuldade encontrada na leitura de um texto?

    Dificuldades na leitura de texto

    45%

    30%

    25%

    por que acha o texto grande

    no entende o significado de algumas palavras

    no consegue entender o que leu Fonte: Alunos do 5 ano do Ensino

    Fundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

    Interrogou-se aos alunos qual a dificuldade encontrada na leitura dostextos? 45% responderam que acham os textos grandes, 25% no entendem o que

    lem e 30% no entendem o significado de algumas palavras. Diante destes

    resultados ratifica-se importante trabalhar textos diversificados e significativos, pois

    estes facilitam a compreenso levando o aluno a desenvolver habilidade leitora para

    maior interao com as demais disciplinas no 5 Ano do Ensino Fundamental.

    Portanto para facilitar a compreenso da leitura, necessrio que nas atividades de

    leitura e escrita se desenvolva atividades fazendo a contextualizao e a interaodo texto com a vivncia do aluno, chamando ateno para a pronncia correta de

    algumas palavras e o significado de outras desconhecidas, para que estes tenham

    melhor compreenso e entendimento sobre o contedo do texto apresentado.

    Grfico X: A leitura para voc facilita o entendimento

    das demais disciplinas?

    Fascilidade para entendimento em outras

    disciplinas

    60%25%

    10% 5%

    sim s vezes no um pouco Fonte: Alunos do 5 ano do Ensino

    Fundamental da UIM Ruy Frazo Soares/2010

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    Quando Perguntado aos alunos: A leitura para voc facilita o

    entendimento das demais disciplinas. 60% responderam que sim; 25% s vezes,

    10% no; 5% um pouco e. Estes resultados demonstram uma certa distoro entre

    as respostas e o ndice de alunos que concluem o 5 ano sem o domnio da leitura,

    uma vez que o domnio da leitura imprescindvel para o entendimento das outras

    disciplinas, como elemento facilitador para aprovao reforando a hiptese de que

    a leitura e a escrita por meio de diferentes portadores de textos de forma

    contextualizada desenvolve no educando habilidades e competncias necessrias

    ao aluno que conclui o 5 Ano do Ensino Fundamental.

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    5 SISTEMATIZAO DA PROPOSTA METODOLGICA: A

    alfabetizao e o letramento por meio de diferentes portadores

    de textos

    5.1 Princpios

    Facilitar a construo do conhecimento da leitura e da escrita (por meio diferentes

    portadores de textos)

    As prticas diferenciadas de leitura e escrita, possibilitam o processo de

    alfabetizao e letramento onde o aluno ir desenvolver habilidades de leitura e

    escrita necessrias ao 5 Ano do Ensino Fundamental, por ser alunos oriundos de

    uma camada social menos favorecida que no convivem com pais leitores. Cabendo

    ao professor criar um ambiente propcio para prtica de leitura onde os alunos se

    sintam motivados a ler por prazer, sem o carter conteudista. Nessa perspectiva,

    pode-se dizer que o exerccio contnuo destas prticas contribui para construir vrias

    habilidades, capacidade de ler e escrever para atingir diferentes objetivos.

    Ratificando essa concepo Maia afirma que:

    Embora haja uma certa unanimidade acerca do papel da famlia noscontatos iniciais da criana com a leitura, cabe ao ensino fundamental, anfase e a continuidade do processo de formao de leitores (MAIA, 2007,

    p.18).

    Considerando essa assertiva, torna-se imperativo possibilitar a

    alfabetizao e o letramento ao aluno que conclui o 5 Ano do Ensino Fundamental,

    por meio do uso efetivo do processo da leitura e da escrita utilizando diferentes

    portadores de textos, que constitui-se em elemento motivador e facilitador para que

    o aluno construa o seu conhecimento e comportamento leitor, fazendo da leitura

    uma prtica prazerosa. Ao utilizar diferentes tipos de textos na prtica pedaggica

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    diria o professor leva o aluno excitao leitora, ou seja, agua a sua curiosidade

    viabilizando-lhe a construo do conhecimento para sua insero no mundo letrado.

    Promover a partir da leitura e da escrita, a interao entreprofessor/aluno/conhecimento

    Para promover a interao aluno/conhecimento, necessrio que o

    professor seja um leitor, que goste de ler para poder incorporar e desenvolver

    prtica de leitura e da escrita: ler textos literrios, livros, revistas, jornais, todo e

    qualquer texto informativo e formativo, ter conhecimentos e habilidades de redao,

    para transformar a sala de aula, em um lugar especial, levando a criana no ler

    somente o que a escola determina, mas ler para desenvolver o vocabulrio,

    favorecer interao com o mundo e que o conhecimento v alm dos muros da

    escola. Pois a cada leitura o professor estar buscando, indagando, e pesquisando.

    E, ao pesquisar estar constatando, ao constatar poder intervir e ao intervir estar

    educando. Nessa perspectiva, pesquisa conhecimento do novo e

    consequentemente, anunciar a novidade.

    Para Sol (1998, p. 18), a atividade de leitura e de estratgiasadequadas para compreender os textos requer uma interveno explicitamente

    dirigida a essa aquisio. O aprendiz precisa da informao, do apoio, do incentivo e

    dos desafios proporcionados pelo professor ou pelo especialista na matria em

    questo. Desta forma, o leitor incipiente pode ir dominando progressivamente

    aspectos da tarefa de leitura que, em princpios, so inacessveis a ele.

    Nessa perspectiva, imprescindvel a interao

    professor/aluno/conhecimento, em que o processo de leitura e escrita por meio dediferentes portadores de textos torna-se necessrio, uma vez que propicia condies

    favorveis de aprendizagem, onde a construo e validao de conhecimentos e

    saberes se faz por situaes que possibilitem a sistematizao para que o

    professor com sua prtica pedaggica viabiliza e desperta no aluno o prazer, a

    curiosidade, a vontade de conhecer o novo, predispondo-se aprender a aprender.

    Pois na atividade leitura como em outros procedimentos necessrio que a criana

    tenha ao seu alcance a ajuda insubstituvel do professor, que pode se transformar

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    em um desafio apaixonante o que para muitos um caminho duro e cheio de

    obstculos. Ratificando essa concepo, Braga (2002, p. 21) afirma que:

    Se o ato de ler implica ler o mundo, mesmo antes, e at depois, de termosacesso ao cdigo escrito, pressupe-se que entra em jogo toda aexperincia existencial do leitor e que, portanto, ler um processo ativo,depende da interao texto-leitor.

    Contextualizar a aprendizagem escolar com a vivncia diria do aluno, utilizando

    diferentes portadores de textos

    A leitura e a escrita por meio de diferentes portadores de textos,

    (literrios, poticos, informativos, descritivos e outros), permite ao aluno a sua

    insero e participao na cultura letrada em que por meio das experincias

    vivenciadas em seu contexto histrico social ter oportunidade de ampliar e

    diversificar conhecimentos, o que proporcionar o desenvolvimento de sua

    capacidade intelectual compreendendo que sua prtica cotidiana no difere daprtica escolar, confrontando-se, frequentemente, com situaes de interao

    escola/famlia/sociedade.

    Esta situao pode ser observada na ao ldica quando a criana

    relaciona o real com o imaginrio, s relaes sociais familiares e relaes sociais

    escolares, quanto maior for a diversidade da criana maior ser de sua ludicidade,

    que depender da faixa etria e do desenvolvimento cognitivo da criana, pois

    quanto maior for a faixa etria, tambm maior ser o nmero de relaes sociais o

    que permite ampliar sua capacidade criadora e domnio de percepo e concepo.

    5.2 Diretrizes

    Consolidar a prtica de leitura e escrita adquirida na alfabetizao em vista oprocesso de letramento

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    Sabe-se que a leitura na escola tem por objetivo levar o aluno anlise

    e compreenso das ideias dos autores e buscar no texto os elementos bsicos e

    essenciais para a compreenso do lido, portanto, necessrio que durante a leitura

    o aluno se envolva, se emocione e adquira uma viso crtica e reflexiva dos vrios

    materiais escritos que foram portadores das mensagens lidas e que na maioria das

    vezes esto presentes na comunidade em que vive.

    Segundo Ezequiel Theodoro (2005, p.34):

    Ao ser alfabetizado, o aluno vai ser capaz de ler todos os tipos de

    mensagens escritas. O momento ps-alfabetizao parece ficar nachamada habilidade de compreenso (...) sem dvida que a alfabetizao uma condio necessria a formao do leitor (...). H que lembrar, ainda,a orientao necessria no momento ps-alfabetizao, que dcontinuidade a iniciao em leitura.

    Portanto, a leitura e a escrita utilizada por meio de diferentes portadores

    de textos, configura-se como uma das prticas pedaggicas, que poder consolidar

    os saberes e conhecimentos construdos durante a fase de alfabetizao e oletramento, oportunizando ao aluno que conclui o 5 Ano do Ensino Fundamental,

    desenvolver habilidade e competncia leitora, a partir de vivncias e experincias

    com uma diversidade de textos.

    Despertar a conscincia crtica e a insero social do aluno a partir da leitura e

    escrita por meio de diferentes portadores de textos

    Na concepo de letramento como uma necessidade e exigncia da

    sociedade letrada, a sala de aula deve ser um espao de formao de leitores,

    aonde a criana vai buscando a compreenso e o sentido do que ler e escreve. A

    partir de ento, formula hipteses, reflete sobre as questes que a professora

    destaca como significativa, capaz de interagir, concordar e discordar, se posiciona

    a cerca do que est sendo estudado para construo do conhecimento. Enfim,

    consegue se apropriar de diferentes conhecimentos gerados por uma sociedade, emque essencial ler e escrever habitualmente, para insero, participao e

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    permanncia nessa sociedade, objetivando a no excluso do processo de

    sociabilidade .

    Despertar no aluno o gosto pela leitura por meio das aes prticas.

    O gosto de leitura e a escrita se d pelo ato de ler, feitas em sala de aula

    diariamente sem o carter conteudista, desperta no aluno a vontade de ler, de

    manusear o livro, observar as gravuras, levando a criar novas histrias ou at outro

    desfecho para a histria j lida anteriormente pelo professor em sala de aula,

    possibilitando-o a inventar, reinventar, criar e recriar a mesma histria com novos

    enredos, novos personagens.

    De incio, esta prtica de ler histrias, recitar poesias, geralmente

    aceita com certas dificuldades (falta de ateno, desconcentrao, dentre outros).

    Porm, com a prtica diria e efetiva, nota-se gradativamente a mudana de

    comportamento em relao leitura, pois ao lidar, conviver e conhecer com

    diferentes portadores de textos o aluno faz reflexo, formula hipteses e tira

    concluses, o que contribui significativamente para que este adquira o hbito e ogosto pela leitura e a escrita.

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    6 ESTRATGIAS METODOLGICAS

    Leitura e escrita utilizando diferentes portadores de textos: uma prtica

    necessria em sala de aula:

    Para incentivar a leitura abordaremos tipos diversificados de textos,

    enfoques diferentes de interpretao proporcionando o desenvolvimento de

    estratgias e habilidades para aprendizagem de leitura e escrita. Portanto, para

    desenvolver esta proposta apresenta-se aqui diferentes atividades que podero ser

    desenvolvidas em classe e extra-classe. Esses procedimentos possibilitaro

    trabalhar estratgias que suprimiro as dificuldades diagnosticadas por meio dos

    questionrios aplicados, portanto, se desenvolver metodologias de leitura e escrita

    por meio de diferentes portadores de textos:

    - Resgatando a cidadania: Hino Nacional: letra, CD, microsystem, dicionrio. Ler,cantar, destacar as palavras desconhecidas. Procurar seus significados no

    dicionrio.

    cantar o Hino Nacional com os alunos, fazer a leitura do prprio

    Hino, contextualizando a letra com a histria do Brasil, pedir aos

    alunos que leiam o hino chamando ateno para correta pronncia

    das palavras, solicitar que os alunos destaquem as palavras

    desconhecidas, procurem seu significado no dicionrio, e

    reescrevam estrofes do Hino, e faam a releitura dessas estrofes.

    - Ditado divertido: estimulando a grafia correta, a partir do significado do objeto

    apresentado aos alunos.

    Caixa com diversos objetos (apresentar aos alunos um objeto de

    cada vez, para que eles escrever corretamente o nome do objeto),

    aps o ditado convida-se um aluno para ir ao quadro escrever o

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    nome de um dos objetos apresentados, para que a turma verifique

    se a grafia est correta.

    Bingo Educativo ou de Valores: destacando palavras que despertam e cultivam anoo de valores ticos, morais e religiosos.

    Distribuio de cartelas aos alunos para marcao das palavras que

    representem os valores descritos. Em que os trs primeiros

    vencedores sero premiados (prmios: livro de literatura infantil, -

    caderno, lpis com borracha e rgua - caixa de lpis de cor, tinta

    guache e pincis

    Leituras poticas

    - Trabalhar a rima, enfatizando textos poticos, identificar o autor.

    Apresentar o texto potico em um cartaz, pedir aos alunos que

    escrevam outro texto potico utilizando o mesmo ttulo, sem perder

    o sentido o texto original.

    Utilizao de Parlenda que faa parte dos conhecimentos prvios do aluno.

    Apresentar a parlenda por meio de cartaz, fazer a leitura desta junto

    com os alunos, solicitar que a leiam individualmente e a

    reescrevam, utilizando o mesmo ttulo, desenvolvendo a criatividade

    por meio da ludicidade;

    Apresentao de adivinhas para desenvolver a criatividade e o raciocnio da

    criana valorizando seus conhecimentos prvios.

    Utilizao de cartaz contendo adivinhas, que ao responder

    corretamente, o aluno era instigado a encontrar a resposta, que

    encontrava-se escrita em forma de tarjeta no meio da vriaspalavras dentro de uma pequena caixa.

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    6.1 Leitura e entretenimento

    Leitura de jornal e revistas

    Solicitar que os alunos tragam jornais e revistas, para leitura

    individual e em grupo, e produzam textos a partir de uma

    reportagem que desperte sua ateno.

    Projeo de filmes desenho animado, que desperte e desenvolva o

    comportamento leitor

    Apresentar um filme de desenho animado (de 5 a 10 minutos de

    durao), utilizando recursos multimdia, que suscite no aluno o

    comportamento leitor e solicitar que os alunos descrevam

    caractersticas dos personagens tais como: sentimentos e atitudes

    explicitando, dessa forma, a construo e o desenvolvimento do

    comportamento do leitor.

    Despertar o gosto pela leitura por meio de msica

    Apresentar a msica aquarela em de slides por meio de recursos

    multimdia, contextualizar a letra da msica, dividir a turma em

    grupos, distribuir a letra da msica em estrofes aos grupos, solicitar

    que cada grupo reproduza a estrofe recebida por meio dedesenhos, como forma de desenvolver a ludicidade e a capacidade

    criadora.

    Produo Textual

    -Ler e interpretar textos, identificando personagens

    Incentivar aos alunos a reproduzir textos, contextualizando a prtica

    com relatos de experincias vivenciadas, com vistas a desenvolver

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    a capacidade de se comunicar com coerncia de forma escrita e

    oral.

    - Redigir cartas e subscrever envelopes

    Incentivar aos alunos a redigir cartas, visando o desenvolvimento da

    capacidade de se comunicar com coerncia de forma escrita e

    ainda fazer a contextualizao de que a carta ainda um dos

    meios de comunicao muito utilizado. Explicitando a importncia

    do endereamento para que esta seja entregue ao destinatrio.

    Criar textos a partir da exposio de gravura

    Apresentar cpias de gravuras para que os alunos produzam textos

    dando ttulos, personagens, sentimentos e atitudes de forma

    reflexiva, sequenciada e coerente.

    Uso de caa palavras para desenvolver a capacidade e o raciocnio lgico

    Apresentar cpia de Caa palavras em forme de textos

    informativos, solicitar aos alunos que descrevam sua opinio acerca

    da mensagem trazida no contexto do caa palavra.

    Realizar visitao em locais que desenvolvam a aptido leitora do aluno

    Visitao Academia Caxiense de letras com vistas a conhecer o

    contexto histrico cultural da Academia Caxiense de Letras;

    Solicitar ao Presidente da Academia que profira palestra aos

    alunos, explicitando o que uma academia de letras, o que

    necessrio para fazer de uma academia de letras, destacando os

    escritores e poetas caxienses.

    Registrar o passeio visita em vdeo e DVD.

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    Incentivar aos alunos a descrevem a visitao Academia

    Caxiense de Letras, visando a produo de um livro, como uma das

    atividades da culminncia da proposta.

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    7 DESCRIO E ANLISE DA PROPOSTA DE INTERVENO

    Objetivando desenvolver a temtica Alfabetizao e letramento: Uma

    proposta para desenvolver habilidades de leitura e escrita no 5 ano do Ensino

    Fundamental, por meio de diferentes portadores de textos, aplicou-se a proposta de

    interveno pedaggica na Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo Soares, na

    cidade de Caxias, estado do Maranho no 5 Ano do Ensino Fundamental, turno

    matutino, com 37 alunos.

    Durante a aplicao das atividades da proposta de interveno

    pedaggica utilizou-se diferentes portadores de textos: (narrativos, poticos,

    informativos, msicas, parlendas, advinhas, exposio de gravura, ditado de

    objetos, visitao a ambientes de leitura). Objetivando tornar a sala de aula um

    ambiente propcio ao desenvolvimento de prticas de leitura e escrita, como

    atividades prazerosas, iniciava-se com dinmicas, rodas de conversas, contao de

    histria e momento das novidades em que os alunos relatavam alguma novidade

    relacionada ao seu cotidiano. Estratgias essas que possibilitavam uma interao

    entre alunos/alunos/acadmicas, tornando ntida essa interao e esse prazer pela

    leitura, pois antes de comear a aula os alunos perguntavam que nova metodologia

    seria desenvolvida naquela aula.

    Para despertar e estimular o hbito da leitura e da escrita, as aplicadoras

    faziam leituras de contos da literatura infantil, apresentando a obra literria em todosos seus aspectos, dando nfase a ilustrao, autor e ilustrador, a fim de despertar

    na criana a curiosidade, o prazer e o interesse pela leitura permitindo o

    desenvolvimento das competncias e habilidades leitoras. A utilizao dessa

    estratgia metodolgica de leitura, isso remete a afirmao de Braga (2002, p.21)

    Se o ato de ler implica ler o mundo, mesmo antes, e at depois, de termos acesso

    ao cdigo escrito, pressupe-se que entra em jogo toda a experincia existencial do

    leitor e que, portanto, ler um processo ativo, depende da interao texto-leitor.

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    Embora existindo equilbrio de faixa etria e todos participando das

    atividades, boa parte dos alunos conseguiam realizar as atividades sem a

    interveno das aplicadoras. Mas, a maioria necessitava de um acompanhamento

    mais efetivo, para suscitar, estimular e facilitar a realizao das tarefas, com

    coerncia e sequncia lgica, nestes a maior dificuldade estava relacionada a

    ortografia e concordncia. Havendo ainda aqueles que a dificuldade apresentada era

    a leitura e escrita propriamente dita, decodificao dos cdigos, entendimento e

    formulao de idias, apesar de serem instigados de forma ldica no sabiam

    escrever, grfica e ortograficamente, sendo necessrio o auxilio das aplicadoras

    para citarem letra por letra para escreverem as palavras, havendo ainda aqueles que

    trocavam o m pelon, (que ficavam em dvida e perguntavam, om aquele que tem

    duas ou trs pernas?)o p pelob, ot pelod, o f pelove a slaba ga pelaletrah.

    Exemplo na palavra gatinho,escreviam h-tinho, grafia de letras maisculas no meio

    das palavras, no tinham noo de utilizao da margem de caderno, notadamente

    quando existiam palavras que eram necessrias a separao silbica de uma linha

    para outra.

    Nas atividades em que eram necessrias o uso do dicionrio, a minoria

    sabia manuse-lo, obedecendo a sequncia alfabtica para localizarem as palavras.

    Quanto aos demais havia sempre a necessidade do auxlio e interveno das

    professoras-acadmicas.

    Das atividades propostas todas foram desenvolvidas. Porm, algumas

    merecem destaques e comentrios, para registrar o desenvolvimento e o

    comportamento leitor do aluno:

    Nas atividades de leitura em que as produes textuais eram

    desenvolvidas com poemas, parlendas e adivinhas, a maioria

    dos alunos apresentou capacidade cognitiva de desenvolv-las,

    mesmo com suas limitaes de decodificao, grafia e

    ortografia. O que vem confirmar a concepo de vrios tericos

    que a prtica de leitura escrita se torna mais prazerosa quando

    o professor desenvolve atividades que faam parte dos

    conhecimentos prvios da criana. A exemplo disso cita-se o

    comportamento leitor do aluno Denlson (12 anos), que ao

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    apresentarmos as adivinhas, ele nos falou: Tia! meu pai, minha

    madrasta e meu av gostam de apostar para ver quem o mais

    adivinho, quem sabe mais adivinhao, eles sabem muitas. S

    que agora no me lembro de todas para apostar com a

    senhora. (aluno Denlson, 12 anos)

    Textos informativos e significativos so relevantes na construo

    do conhecimento e no desenvolvimento da habilidade de leitura

    e escrita, como pudemos constatar ao desenvolver a atividade

    CAA-PALAVRA, Comida estranhas Insetos, que dava

    nfase a entomofogia, onde se fez a leitura, esclarecendo osignificado de algumas palavras e hbitos alimentares de

    algumas sociedades orientais asiticas. No final da atividade foi

    solicitado aos alunos que descrevessem o que acharam desse

    hbito. Os textos foram os mais variados possveis, sendo que

    alguns alunos relacionaram o hbito de se alimentar com insetos

    como uma agresso natureza. Porm um nos chamou

    ateno. O aluno Jos Neto (13 anos) escreveu: eu acho muito

    nojento comer insetos, pois se eu comer o mosquito da dengue

    eu morro. satisfatrio perceber a interao e a

    contextualizao que o aluno fez ao desenvolver esta atividade,

    pois esta o levou a reflexo, formulou conceitos e se posicionou

    de maneira crtica, reflexiva e significativa. Embora sem o

    conhecimento cientfico sistematizado, ele compreende as

    consequncias da doena transmitida pela picada do mosquito

    da dengue.

    Com a projeo do filme em forma de desenho animado com o

    ttulo a menina que odiava livros, percebeu-se um resultado

    satisfatrio, em relao ao gosto pela leitura, pois o pai de uma

    das alunas, a Jessica, de 11 anos, visitou a sala de aula, e se

    disse espantado com o comportamento da filha que nos ltimos

    dias s vivia lendo e em todo local da casa se encontrava umlivro at no banheiro. Isso se atribuiu a atitude da personagem

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    do filme. Mais uma vez fez-se a relao com a concepo de

    estudiosos sobre leitura, nos remetendo a afirmao de Maia

    (2007): Embora haja uma certa unanimidade acerca do papel

    da famlia nos contatos iniciais da criana com a leitura, cabe ao

    ensino fundamental, a nfase e a continuidade do processo de

    formao de leitores.

    Nas atividades com msicas em que a diversidade de texto foi

    trabalhada a msica aquarela (letra: Vincius de Moraes e

    Msica de Toquinho) e o Hino Nacional, (Letra: Joaquim Osrio

    Duque Estrada e Msica: Francisco Manoel da Silva), apesar decontextos um tanto diferenciados, as crianas participaram de

    forma ativa demonstrando a ludicidade e a capacidade criadora.

    A msica Aquarela foi apresentada com slides, embora com as

    limitaes de leitura e escrita, externaram suas emoes e

    sentimentos por meio de desenhos de acordo com que as

    estrofes sugeriam. Na atividade de leitura e escrita com o Hino

    Nacional, em que se fez uma contextualizao da letra com a

    histria do Brasil, a importncia do hino nacional destacando

    autores da letra e da msica, a identificao deste hino como um

    dos smbolos nacionais, que executado em cerimnias oficiais,

    nas escolas, etc., o que oportunizou as crianas demonstrarem

    interesse, concentrao, despertarem a curiosidade sobre as

    palavras desconhecidas, e pronunciadas na maioria das vezes,

    de forma incorreta. Os alunos no sabiam o significado e o

    porqu do incio do hino Ouviram do Ipiranga, s margens

    plcidas. Aps a contextualizao com o momento histrico da

    Independncia do Brasil, os alunos tiveram um maior

    entendimento e compreenso sobre o significado e a mensagem

    contida na letra do Hino Nacional. Reforando o que diz Sol

    (1998, p. 18):

    A atividade de leitura e de estratgias adequadas para compreender ostextos requer uma interveno explicitamente dirigida a essa aquisio. O

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    aprendiz precisa da informao, do apoio, do incentivo e dos desafiosproporcionados pelo professor ou pelo especialista na matria em questo.Desta forma, o leitor incipiente pode ir dominando progressivamenteaspectos da tarefa de leitura que, em princpios, so inacessveis a ele.

    Com a visitao Academia Caxiense de Letras, em que houve

    palestra proferida pelo presidente, os alunos puderam conhecer

    o contexto histrico e cultural da Academia. Oportunidade em

    que uma TV Local, ao ver a quantidade de os alunos chegando

    a Academia, nos acompanhou e fez uma matria sobre essa

    visita e palestra, inclusive entrevistando as aplicadoras da

    proposta, e uma das alunas, acerca da atividade desenvolvida.

    O relato dessa visita foi registrado pelos alunos, em um livro e

    produzido um vdeo sobre essa atividade, que fez parte da

    culminncia da aplicao da interveno desta proposta.

    Oportunidade em que foi entregue a cada aluno, professora da

    Classe e Diretora um exemplar do livro produzido pelos

    alunos, bem como o registro da visitao Academia em um

    DVD.

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    8 CONSIDERAES FINAIS

    Com os diversos portadores de textos utilizados durante a aplicao da

    proposta de interveno pedaggica, ocasionada pelo problema: Como promover

    prticas de leitura e escrita para alfabetizar e letrar alunos do 5 ano das escolas

    pblicas municipais de Caxias? Evidenciou-se a dificuldade, angstia e a

    inquietao das crianas que ainda no desenvolveram as competncias e as

    habilidades de leitura e escrita, mesmo cursando o 5 Ano do Ensino Fundamental.Percebeu-se que aqueles que no sabem ler e escrever sentem-se excludos do

    processo de aprendizagem que envolve leitura e escrita, em relao aqueles que

    apresentam capacidade leitora, j estes ltimos sentem-se privilegiados e at

    lisonjeados por possuir habilidade leitora.

    Trabalhando-se com diferentes portadores de textos percebeu-se que os

    alunos ampliar a construo do conhecimento, desenvolvendo a conscincia crtica,

    tendo em vista que essa diversidade de texto incita, desperta no aluno o interesse

    pela leitura e escrita, devido as prticas desenvolvidas terem propiciado a interao

    do lido com o vivido, ou seja, a contextualizao do que a escola ensina, com seus

    conhecimentos prvios e extra-escola, onde esses conhecimentos construdos sero

    teis em seu vivncia e prtica diria.

    Ressalta-se com nfase que embora no 5 Ano do Ensino Fundamental,

    da UIM Ruy Frazo Soares, a maioria dos alunos no apresentam as capacidadesde leitura e escrita, ou seja, no atingiram o nvel satisfatrio de alfabetizao e

    letramento, estas crianas trazem em seu currculo oculto, saberes e conhecimentos

    prvios que se trabalhados diariamente com leitura e escrita por meio de diferentes

    portadores de textos, certamente iro contribuir na construo de habilidades e

    competncias leitoras para ingressarem no 6 ano alfabetizados e letrados.

    Portanto, acredita-se que ao ser trabalhado textos diversificados em sala

    de aula, como prtica permanente a criana possa conceber e perceber a leitura e

    escrita como elementos estruturais para transformar quantiqualitativamente o

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    desenvolvimento de seu comportamento leitor, em que a interao textual ir

    transform-lo num leitor-escritor diferenciado, mais atento capaz de perceber o

    envolvimento que se estabelece entre autor-leitor-leitura-texto-escrita, em que a

    prtica de leitura abre novos horizontes para o leitor dando a este maior capacidade

    de expressar seu pensamento de forma clara, reflexiva e objetiva, considerando que

    inevitavelmente ele vivencia alternativas diferenciadas de ser e existir na sociedade.

    Porm, o pleno desenvolvimento com diferenciadas situaes somente pode ser

    conseguido com a transformao, ou seja, com o conhecimento do contedo

    extrado do documento selecionado para ler.

    Com essas constataes, acredita-se que com o resultado da aplicaoda proposta obteve-se o iniciar de um processo de desenvolvimento leitor nas

    crianas refletindo no melhor aprendizado, que se trabalhado de forma intensiva,

    contextualizada e interativa por meio de diferentes portadores de textos, estaremos

    contribuindo para que o aluno ao concluir o 5 ano, esteja alfabetizado, letrado com

    as habilidades e competncias leitoras exigidas para ingressar no 6 ano, com o

    nvel de letramento satisfatrio, nessa nova etapa do Ensino Fundamental.

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    REFERNCIAS

    ALMEIDA, Regina Sodr. Alfabetizao.So Luis: UEMANET, 2008.

    BRAGA, Regina Maria. Construindo o leitor competente: atividade de leiturainterativa para a sala de aula/Regina Maria Braga, Maria de Ftima Silvestre, - SoPaulo: Petrpolis

    BRASIL, Ministrio da Educao. Ensino Fundamental de nove anos.Nascimento

    Ariclia Ribeiro do. FNDE: Estao Grfica, 2006.

    BRASIL, Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curricularesnacionais: lngua portuguesa: Ensino de primeira quarta srie. Braslia: 144p.

    CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar: um dilogo entre a teoria e prtica.Petrpolis RJ: Vozes 2005.

    FERREIRO, Emilia. Com todas as letras.7 ed. So Paulo: Cortez, 1999.

    _________. Reflexes sobre alfabetizao.24 ed. Atualizada. So Paulo: Cortez,

    2001.

    FREIRE, Paulo. 1921 A importncia do ato de ler: em trs artigos que secompletam.34 ed. So Paulo: Cortez, 1997. (Coleo questes de nossa poca;v.13).

    MAIA, Joseane. Literatura na formao de leitores e professores. So Paulo:Paulinas, 2007, (Coleo literatura & ensino).

    MARTINS, Maria Helena. O que leitura.19 ed. So Paulo: Brasiliense, 1994.

    RODRIGUES, Auro de Jesus. Metodologia Cientifica: completo e essencial para avida universitria. So Paulo: Avercamp, 2006.

    SOARES, Magda. Alfabetizao e Letramento. 5 ed. So Paulo: Contexto, 2008.

    SOL, Isabel. Estratgias de leitura. Trad. Cludia Schilling. 6 ed. Porto Alegre:ArtMed. 1998.

    SIMONETTI, Amlia. O Desafio de Alfabetizar e Letrar. Fortaleza-CE: IMEPH,2007

    SILVA, Ezequiel Theodoro da. O Ato de ler: fundamentos psicolgicos para umapedagogia da leitura. 10 Ed. So Paulo Cortez, 2005.

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    48

    ________. 1948 - Conferncia sobre leitura: trilogia pedaggica. 2 ed. Campinas,SP: Autores Associados, 2005 (Coleo Linguagem e Sociedade).

    _________. Os (des)caminhos da escola: traumatismos educacionais. 7 ed. So

    Paulo, Cortez, 2002. (Coleo Questes da nossa poca; v. 58).

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    APNDICES

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    Ilustrssima Senhora:Professora Eliete Arajo PereiraDiretora da Unidade Integrada Municipal Ruy FrazoCaxias MA

    Senhora Diretora,

    Somos Acadmicas do Curso de Licenciatura em Magistrio das SriesIniciais do Ensino Fundamental distncia do CESC/UEMA. E para apresentaodo Trabalho de Concluso de Curso necessrio apresentar a proposta deinterveno pedaggica, que tem como temtica: A Alfabetizao e o Letramentopor meio de diferentes portadores de textos: Uma proposta para desenvolverhabilidades de leitura e escrita no 5. ano do Ensino Fundamental,

    Assim, solicitamos sua aquiescncia para realizarmos nossa pesquisanessa Escola. Portanto inicialmente aplicaremos os questionrios (aluno eprofessor) que servir de embasamento na aplicao da proposta de intervenopedaggica.

    Na certeza de contar com sua ateno e apoio, subscrevemo-nos,

    Ana Maria Lima Rubin

    Dalva Maria Costa Leite

    ENTREVISTA COM O PROFESSOR

    1) Qual o seu grau de instruo:( ) 3. Magistrio ( ) 4. Adicional ( ) Nvel Superior Completo ( ) Ps-Graduao

    2) Seus alunos assimilam o que lem com facilidade?( ) sim ( ) no ( ) tem dificuldade ( ) as vezes.

    3) Quais as dificuldades encontradas nas dinmicas para a leitura?( ) falta de recurso ( )Falta de incentivo( ) desinteresse do aluno ( ) pouca habilidade

    4) Qual a freqncia do uso da leitura na sala de aula?( ) Todos os dias ( ) 3 vezes por semana ( ) 2 vezes por semana

    5) Quais os recursos que voc utiliza para facilitar a compreenso da leitura?

    ( ) Ditado ( ) interpretao do texto ( ) produo do texto( ) outros

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    QUESTIONRIO /ALUNO

    1) Voc gosta de ler?( )sim ( )no ( ) s quando tem prova ( ) as vezes

    2) Voc compreende a leitura dos textos?( ) sim ( )no ( ) as vezes

    3) O que voc mais gosta de ler?( ) revista de quadrinhos ( ) livros infantis ( ) revista com noticias da TV

    4) Qual a dificuldade encontrada na leitura de um texto?( ) porque acha grande ( ) no consegue entender o que leu( ) no entende o significado de algumas palavras

    5) A leitura para voc facilita o entendimento das demais disciplinas?( ) sim ( ) no ( ) um pouco ( ) s vezes

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    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo SoaresDisciplina: Lngua PortuguesaAno: 5Data: 1 de junho de 2010

    Professoras Pesquisadoras: Ana Maria Lima Rubin e Dalva Maria Costa Leite

    PLANO DE AULA

    Objetivos: Ampliar a capacidade de leitura por meio de texto narrativo Despertar o gosto pela leitura e escrita de maneira ldica

    Contedo: Leitura de histria Lunetando de forma contextualizada

    Metodologia: Roda de conversa Informaes sobre o autor e ilustrador Antecipar um pouco da histria, gerando expectativa para aguar a

    curiosidade do aluno Deixar explicito o objetivo da leitura Ler a histria na ntegra Propor bons questionamentos Atividade Xerocopiada da texto

    Recursos: Livro de histria Atividade Xerocopiada Lpis e borracha

    Avaliao: Participao dos alunos nas atividades desenvolvidas

    Referncias: Lunetando/Mrcia Leite. Ilustraes Mariangela Haddad. So Paulo: Spicione,

    2005 (Coleo biblioteca Marcha Criana).

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    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo SoaresDisciplina: Lngua PortuguesaAno: 5Data: 2 de junho de 2010

    Professoras Pesquisadoras: Ana Maria Lima Rubin e Dalva Maria Costa Leite

    PLANO DE AULA

    Objetivo: Desenvolver a habilidade de leitura e escrita Despertar o interesse e o gosto pela leitura e escrita

    Contedo: Ditado de Objetos Poesia Namorinho no Porto Leitura e escrita

    Metodologia: Roda de Conversa; Leitura em voz alta: do livro A maior Boca do Mundo Autora: Lcia Pimentel

    Ges. Ilustrao de Cludia Scatamacchia; Leitura e interpretao da poesia namorinho no porto; A partir da poesia criar sua verso sem perder o sentido do texto original; Apresentar os objetos um de cada vez, para que os alunos escrevam o

    nomes destes corretamente; Montagem de Painel.

    Recursos: Cartaz Papel A 4 Lpis e borracha Livro didtico Quadro e Acessrios

    Avaliao: Participao dos alunos nas atividades desenvolvidas

    Referncias: SIMONETTI, Amlia. O Desafio de Alfabetizar e Letrar. Fortaleza:

    Editora:IMEPH, 2007. MARSICO, Maria Teresa. Lngua Portuguesa. 4 srie Ensino

    Fundamental. Edio reform. So Paulo: Scipione, 2005 (Coleo MarchaCriana)

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    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo SoaresDisciplina: Lngua PortuguesaAno: 5Data: 8 de junho de 2010

    Professoras Pesquisadoras: Ana Maria Lima Rubin e Dalva Maria Costa Leite

    PLANO DE AULA

    Objetivo: Desenvolver a habilidade de leitura e escrita; Reproduzir a parlenda Hoje Domingo, modificando as rimas.

    Contedo: Parlenda Leitura e escrita

    Metodologia: Dinmica (som vocal de instrumentos musicais); Leitura pelas pesquisadoras, em voz alta, do conto de Ana Maria Machado: A

    Galinha que criava um ratinho e ilustrao de Maria Massarani; Roda de conversa sobre a aula anterior; Socializao da atividade; Apresentao e explorao da Parlenda Hoje Domingo, por meio de

    cartaz; Reproduo e ilustrao individual da Parlenda modificando o texto original; Socializao dos textos produzidos; Montagem de Painel.

    Recursos: Cartaz Papel A 4 Lpis e borracha Livro didtico

    Quadro e AcessriosAvaliao:

    Participao dos alunos nas atividades desenvolvidas

    Referncias:SIMONETTI, Amlia. O Desafio de Alfabetizar e Letrar. Fortaleza: Editora: IMEPH,2007.

    MARSICO, Maria Teresa. Lngua Portuguesa. 4 srie Ensino Fundamental.Edio reform. So Paulo: Scipione, 2005 (Coleo Marcha Criana).

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    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo SoaresDisciplina: Lngua PortuguesaAno: 5Data: 10 de junho de 2010

    Professoras Pesquisadoras: Ana Maria Lima Rubin e Dalva Maria Costa Leite

    PLANO DE AULA

    Objetivo: Estimular o gosto pela leitura atravs de msica Interpretar a cano aquarela; Conhecer a diversidade de textos; Conscientizar os alunos para a necessidade de mudana de comportamentos

    e atitudes.

    Contedo: Leitura e escrita Msica Aquarela

    Metodologia:

    Dinmica: encontre seu par, utilizando bales com frases a seremcomplementadas por outras, distribudas em vrios bales; Leitura em voz alta do Livro: Uma Viagem Lua, autor: Mary Frana e

    ilustrador: Eliardo Frana; Roda de conversa sobre a atividade do dia anterior; Apresentao de slides em DVD da msica aquarela com representaes

    em desenhos ilustrativos da msica; Realizar Leitura compartilhada da letra da msica; Contextualizao da letra da msica Aquarela; Trabalho em grupo: Produo de cartaz, com desenhos ilustrativos e

    representativos de uma estrofe da msica entregue a cada grupo; Montagem de Mural.

    Recursos: Livro paradidtico Bales TV, aparelho DVD e DVD mdia Letra da Msica Xerocopiada Cartolina Lpis de Cor, pincel

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    Avaliao: Participao dos alunos nas atividades desenvolvidas

    Referncias: FRAGA, Jlia. Lngua Portuguesa com certeza: 4 srie: So Paulo: Editora

    do Brasil, 1997. Slide da msica aquarela. Disponvel em: www.yotube.com. Acesso em 05 de

    junho de 2010.

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    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo SoaresDisciplina: Lngua PortuguesaAno: 5Data: 15 de junho de 2010

    Professoras Pesquisadoras: Ana Maria Lima Rubin e Dalva Maria Costa Leite

    PLANO DE AULA

    Objetivo: Promover o contato com diferentes tipos de textos; Desenvolver a capacidade do raciocnio lgico; Incentivar a consulta ao dicionrio para os diversos significados das palavras.

    Contedo: Leitura e escrita Caa Palavras Texto informativo

    Metodologia: Roda de conversa sobre a atividade do dia anterior Leitura em voz alta do Livro: Lcia J vou indo. Autor e ilustrador: Maria

    Heloisa Penteado. Caa palavras relacionadas a instrumentos, transporte e animais martimos. Uso e manuseio do dicionrio, para conhecer o significado das palavras

    desconhecidas.

    Recursos: Texto xerocopiado Lpis e borracha Dicionrio Quadro e acessrios

    Avaliao: Participao dos alunos nas atividades desenvolvidas

    Referncias: Coquetel Simples Novato. n 92. Editora: EDIOURO, 2009 (Autor

    desconhecido).

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    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo SoaresDisciplina: Lngua PortuguesaAno: 5Data: 17 de junho de 2010

    Professoras Pesquisadoras: Ana Maria Lima Rubin e Dalva Maria Costa Leite

    PLANO DE AULA

    Objetivo: Desenvolver a capacidade de raciocnio; Estimular o interesse pela leitura e escrita atravs da observao imaginativa; Conhecer a diversidade de textos; Aumentar a agilidade mental.

    Contedo: Leitura e escrita Desenho animado: Filme a menina que odiava livros Adivinhas

    Metodologia: Dinmica: Barata Voa, voa; Leitura em voz alta do Livro Camilo, o Comilo Autor: Ana Maria Machado

    e ilustrador : Fernando Nunes; Roda de conversa sobre a atividade do dia anterior; Projeo do desenho animado (filme de 10 minutos) em recursos multimidia; Produo textual: reescrever a histria do filme: A menina que odiava livros; Apresentao do contedo: adivinhas; Explorao do contedo e utilizao de tarjetas; Distribuir Tarjetas com as possveis respostas das adivinhas; Oportunizar a criao ou a citao de adivinhas j conhecidas; Transcrever as atividades do quadro no caderno.

    Recursos:

    Livro paradidtico Papel A4 Lpis e borracha Multimdia: Data show e DVD

    Avaliao: Participao dos alunos nas atividades desenvolvidas

    Referncias: FRAGA, Jlia. Lngua Portuguesa com certeza 4. srie. So Paulo:

    Editora do Brasil, 1997. A menina que odiava livros (desenho animado). Disponvel em:

    www.yotube.com. Acesso em 11 de junho de 2010.

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    Unidade Escolar Municipal Ruy Frazo SoaresDisciplina: Lngua PortuguesaAno: 5Data: 22 de junho de 2010

    Professoras Pesquisadoras: Ana Maria Lima Rubin e Dalva Maria Costa Leite

    PLANO DE AULA

    Objetivo: Desenvolver capacidade de, habilidade de leitura e escrita; Reconhecer artigos, classificando-os definidos e indefinidos destacando

    gnero e nmero; Compreender, interpretar e produzir textos; Promover o contato com diferentes tipos de textos.

    Contedo: Leitura e escrita Leitura e escrita Artigos: definidos e indefinidos

    Metodologia:Leitura em voz alta