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Caro Educador! Este guia tem, como objetivo, contribuir em sua prática pedagógica. Nele você encon- trará indicativos da grande mudança do Ensino Religioso a partir da Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, com redação dada pela Lei n° 9.475, de 22 de julho de 1997. Encontrará, também, alguns conceitos importantes das Ciências Religiosas, que poderão contribuir para o melhor aproveitamento no uso do material. As reflexões sobre as abrangências do Ensino Religioso são pautadas na experiência desenvolvida pela Comissão Inter Provincial Marista de Educação – CIME. O livro didático é uma ferramenta importante para a orientação do trabalho pedagógico e o desenvolvimento deste material teve como estratégia principal a Roda de conversa. Nela, o espaço se abre para que os alunos possam discutir, emitir opiniões e desenvolver o hábito de ouvir e respeitar a opinião alheia. O campo do conhecimento do Ensino Religioso requer tanta precisão e método no discurso como qualquer outro objeto do conhecimento. Acreditamos que o Ensino Religioso Escolar deve ter, como principal valor, o espírito de reverência. Só na reverência é que aceitamos o outro em sua diversidade, em suas crenças, em sua maneira de ser. Foi em busca desse profundo respeito mútuo que escrevemos esta obra, esperando contribuir para a construção de uma cultura que busca a paz por meio da reverência ao outro. Durante todo o percurso da obra, você, educador, vai exercitar, com seus aprendizes, o diálogo e a reverência. “Alguns homens vêem as coisas como elas são e perguntam: Por quê? Eu sonho com as coisas que nunca foram e pergunto: Por que não?” Bernard Shaw (1865-1950), Dramaturgo O mundo do Ensino Religioso agora está em suas mãos. Acreditamos que você cuidará muito bem dele.

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Caro Educador!

Este guia tem, como objetivo, contribuir em sua prática pedagógica. Nele você encon-trará indicativos da grande mudança do Ensino Religioso a partir da Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, com redação dada pela Lei n° 9.475, de 22 de julho de 1997. Encontrará, também, alguns conceitos importantes das Ciências Religiosas, que poderão contribuir para o melhor aproveitamento no uso do material. As reflexões sobre as abrangências do Ensino Religioso são pautadas na experiência desenvolvida pela Comissão Inter Provincial Marista de Educação – CIME.

O livro didático é uma ferramenta importante para a orientação do trabalho pedagógico e o desenvolvimento deste material teve como estratégia principal a Roda de conversa. Nela, o espaço se abre para que os alunos possam discutir, emitir opiniões e desenvolver o hábito de ouvir e respeitar a opinião alheia. O campo do conhecimento do Ensino Religioso requer tanta precisão e método no discurso como qualquer outro objeto do conhecimento.

Acreditamos que o Ensino Religioso Escolar deve ter, como principal valor, o espírito de reverência. Só na reverência é que aceitamos o outro em sua diversidade, em suas crenças, em sua maneira de ser. Foi em busca desse profundo respeito mútuo que escrevemos esta obra, esperando contribuir para a construção de uma cultura que busca a paz por meio da reverência ao outro.

Durante todo o percurso da obra, você, educador, vai exercitar, com seus aprendizes, o diálogo e a reverência.

“Alguns homens vêem as coisas como elas são e perguntam: Por quê?Eu sonho com as coisas que nunca foram e pergunto: Por que não?”

Bernard Shaw (1865-1950), Dramaturgo

O mundo do Ensino Religioso agora está em suas mãos. Acreditamos que você cuidará muito bem dele.

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SumárioPressupostos Teóricos

O Lugar do Ensino Religioso na Escola 3

O Ensino Religioso: Disciplina 4

Eixos Estruturantes do Ensino Religioso 5

A Avaliação no Ensino Religioso 8

Tratamento Didático 8

Estrutura da Coleção

Objetivos e Eixos Temáticos 9

Estrutura Didática 9

Possibilidades de Trabalho 11

Leitura Complementar 19

Referências 20

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Pressupostos Teóricos

O lugar do Ensino Religioso na Escola

“A única esperança real por uma tolerância verdadeira está em descobrir o que ‘nós’ temos em comum e também em respeitar a diversidade”

(LYON, 1998:117 autor contemporâneo).

Nos diversos setores da educação, tem-se discutido muito sobre a questão do Ensino Religioso nas Escolas, para tanto é necessário o conhecimento do teor da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação em seu artigo 33 – Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996 com redação dada pela Lei n° 9.475, de 22 de julho de 1997 que legisla sobre este assunto do seguinte modo:

Art.33 .o – “O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.

A partir do processo constituinte de 1988, o Ensino Religioso foi efetivando sua cons-trução como disciplina escolar, a partir da escola e não de uma ou mais religiões. Assim, a razão de ser do Ensino Religioso tem sua fundamentação na própria função da escola: o conhecimento e o diálogo.

Na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, a escola é o espaço de construção de conhecimentos e, principalmente, de socialização dos conhecimen-tos historicamente produzidos e acumulados. Como todo conhecimento humano é patrimônio da humanidade, o conhecimento religioso deve, também, estar disponível a todos.

Por questões éticas e religiosas, e pela própria natureza da escola, não é função dela pro-por aos educandos a adesão e vivência desses conhecimentos, como princípios de conduta religiosa e confessional, já que esses serão sempre direcionados por determinadas religiões. Portanto, na escola, o Ensino Religioso tem a função de garantir aos educandos a possibi-lidade de estabelecerem diálogo e adquirirem informações, transformando-as em conheci-mento. Como o conhecimento religioso está no substrato cultural, o Ensino Religioso contribui para a vida coletiva dos educandos, na perspectiva unificadora que a expressão religiosa tem, de modo próprio e diverso, diante dos desafios e conflitos. O Ensino Religioso é, portanto, uma questão diretamente ligada à vida, e que vai se refletir no comportamento, no sentido de orientar a sua ética.

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“Um pouquinho de humanidade já é bastante para reconhecer que a verdade não é monopólio da nossa própria linha religiosa ou política. Temos que aprender a ser mais

tolerantes uns para com os outros. Na verdade, tolerância não é suficiente. Tolerância implica uma falta de ação: é a obrigação de tolerar o mais forte, ou então, a condescendência de tolerar o mais fraco. O que se faz necessário não é a tolerância, e sim um espírito

de reverência, reverência pela diversidade, reverência pelas crenças alheias.”(Rabino Henry I. Sóbel. In : Construindo a paz na sociedade contemporânea. SP, Mimeo, agosto de 96.)

O Ensino Religioso: Disciplina

Ensino Religioso

Fenômeno Religioso

Culturas Tradições Religiosas

Diálogos e Reverência

O ser humano é essencialmente um ser religioso. A História e outras Ciências consta-taram, unanimemente, que “não há povo algum, por mais primitivo que seja, sem Religião, sem uma Tradição Religiosa”.

De fato, ao recuarmos no tempo, sempre encontraremos algum indício de culto religioso e, por mais variadas que sejam as culturas humanas, há nelas alguma forma religiosa.

A universalidade do Fenômeno Religioso não impede que a Tradição Religiosa conserve sua singularidade. Cada Tradição apresenta sempre características próprias, independente-mente da cultura, da forma social, da vida econômica e mesmo da índole psicológica dos povos.

Esta afirmação é testada pela etnologia e pela história das religiões:

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Cícero – “Não há povo tão primitivo, tão bárbaro, que não admita a existência de deuses, ainda que se engane sobre a sua natureza.”

Plutarco – “Podereis encontrar uma cidade sem muralhas, sem edifícios, sem ginásios, sem leis, sem uso de moedas como dinheiro, sem cultura das letras. Mas um povo sem Deus, sem oração, sem juramento, sem ritos religiosos, sem sacrifícios, tal nunca se viu.”

Max Sheler – “Há uma lei essencial: todo espírito finito crê em um Deus ou em um ídolo.”

No mundo secularizado em que vivemos, muitas vezes o ser humano não está engajado em uma religião, comunidade de fé, mas ninguém consegue apagar dele, nem ele próprio, a chama da busca pela transcendência.

“É inerente ao ser humano o desejo de ultrapassar seus limites, de experienciar o divino, o infinito, embora este desejo se manifeste diferencialmente em cada pessoa.”

(ALVES, 1981)

O Fenômeno Religioso pode ser explicado pela existência de um núcleo em que serealizam experiências, vivências, acontecimentos, busca de um sentido e de um significado. Ele atinge a vida em sua globalidade, em sua radicalidade. É o que, para muitos, denomina-se experiência originária, isto é, tão profunda que chega ao mistério, escapa ao conhecimento racional, está para além das especulações e das justificativas racionais.

Eixos Estruturantes do Ensino Religioso

Fundamentos dareligião / religiosidade

Campo simbólico Relações sócio-religiosas

As linguagens que permitem falar do nosso Objeto de Conhecimento são a Analogia, a Metáfora e a Linguagem mística.

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• Tradição Religiosa / Religião:Todas as religiões têm suas doutrinas, suas crenças, seus ritos, seus símbolos, sua ética, que favorecem o relacionamento pessoal com um ser superior.As Ciências Naturais eram, originalmente, religiosas. Somente nos últimos trezentos anos a religião e ciência se separam como caminhos de conhecimento. Atualmente, usa-se o termo Tradição Religiosa para designar Religião, por ele ser mais adequado às reais funções do Fenômeno Religioso.

• Fé/ ReligiãoA fé é o ponto de partida da religião, porque é por meio dela que as crenças são estabelecidas e preservadas. Ter fé é acreditar. Quando acreditamos em nós mesmos, nos outros, na humanidade, na vida, no bem, estamos desenvolvendo um ato de fé. Também quando acreditamos em um ídolo, em suas várias manifestações, estamos fazendo um ato de fé. A Fé possui duas dimensões: pessoal e comunitária.

a) Dimensão Pessoal É pessoal quando está relacionada à experiência individual, ninguém pode fazer em

nosso lugar. Está ligada à história de vida de cada um de nós, ao passado, ao pre-sente, à projeção de futuro.

Cada vez que somos amados ou que amamos, fazemos a experiência do amor, adquirimos a certeza de que o amor existe e é possível – acreditamos e temos fé no amor. Dessa maneira, a fé é uma resposta à vida que envolve a pessoa de forma holística.

b) Dimensão Comunitária Aprendemos a ter fé nas relações com os outros, na família, na escola, nos grupos

de amizade, nas comunidades, nas organizações e nas instituições. Os atos concre-tos de solidariedade, de fraternidade, de justiça revelam as dimensões da fé. Estar com o outro é assumir com ele um compromisso, uma aliança. Por isso a fé se torna sempre uma prática, uma maneira especial de vivermos, de nos relacionarmos com outros seres humanos e de partilharmos nossas experiências.

Assim sendo, a dimensão comunitária da fé tem início na dimensão pessoal.

• CulturaCultura e Tradição Religiosa se constituem em eixos organizadores do conteúdo do Ensino Religioso contido nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso.

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“Falar de cultura, tradição religiosa e religião significa falar de elementos que se conectam, ou seja, que se co-implicam, pois estão em relação. E dessas relações muito pouco sabemos. É por isso que não se pode pensá-los em separado pela lógica da disjunção e nem pela lógica da abstração, então.”

(BORTOLETO, 1999).

Assim sendo, conceituamos cultura como o conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores transmitidos coletivamente e típicos de uma sociedade, de uma civilização.

A Tradição para Buzzi, é “o liame vivo com o passado! A tradição nos faz sentir o quanto estamos unidos aos que nos precederam, o quanto eles continuam atuantes no íntimo de nosso ser.”

• Mito e DoutrinaAs diversas religiões do mundo têm, em comum, uma característica fundamental. Todas visam um objetivo espiritual, seja pela união com um ser supremo ou Deus, seja pela busca de um estado mais elevado (como o empenho budista em atingir a nirvana). Contudo, a maneira de encarar o assunto varia muito. Na maioria das regiões, um conjunto de idéias e ensinamentos, denominado doutrina, em geral, reflete noções básicas sobre a criação, o universo, Deus (ou deuses) e a conduta humana. Quase sempre exemplificada por mitos e narrativas, a doutrina abrange questões essenciais de crenças e práticas, influenciando o comportamento, as leis e a ética religiosa.O pensamento mítico teve início na Grécia, do século XXI ao século VI a.C. Nasceu do desejo de dominação do mundo e para afugentar o medo e a insegurança. A verdade do mito não obedece à lógica nem da verdade empírica, nem da verdade científica. É a verdadeintuída, que não necessita de provas para ser aceita. É uma intuição compreensiva da realidade, é uma forma espontânea de o homem situar-se no mundo.Normalmente, associa-se, erroneamente, o conceito de mito a mentira, ilusão, ídolo e lenda. O mito não é uma mentira, pois é verdadeiro para quem o vive. A narração de determinada história mítica é uma primeira atribuição de sentido ao mundo, sobre o qual a afetividade e a imaginação exercem grande papel.

• TranscendenteAlgo que está além, é mais amplo, não cabe dentro. A palavra transcendente, de modo geral, é usada somente em relação ao mundo dos mistérios das crenças religiosas. Refere-se à existência de seres e realidades que a capacidade humana ainda não consegue captar, mas conseguirá quando for libertada de seus limites.

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• ReligiosidadeA Religiosidade é a experiência interior de cada pessoa com seu transcendente, que pode ser compartilhada com um grupo ou comunidade. Essa experiência pessoal pode ser vivenciada por meio das orações, das atitudes, dos comportamentos, distinguindo o que é bom e o que é ruim para consigo mesmo, para com o outro e para com a natureza.

A avaliação no Ensino Religioso

Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam a avaliação como contínua e sistemá-tica, parte integrante e intrínseca do processo educativo ao determinarem que ela corresponde ao acompanhamento do processo ensino-aprendizagem não à aquisição dos conteúdos.

Para o aluno, a avaliação é um instrumento que permite tomar consciência de suas con-quistas, dificuldades e possibilidades para reorganização e investimento na tarefa de aprender (PCN).

Na educação, e especialmente no Ensino Religioso, a avaliação tem um sentido amplo: além de “alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica com a parte integrante e intrínseca ao processo educativo, envolve outros aspectos: sociabilidade, afetividade, postura, compromisso, integração, participação na expectativa da aprendizagem do aluno e de sua transformação. No caso do Ensino Religioso, isso se observa nas atitudes de reverência para com o transcendente do outro, de respeito à diversidade e ao direito do outro de ser diferente, o desenvolvimento da capacidade de tolerância, assumindo sua identidade pessoal com segu-rança e liberdade”. (PCNs Vol.I – PCNER – Fórum Nacional Permanente do ER.)

Tratamento Didático

O tratamento didático do conhecimento religioso se dá com base nas relações que os educandos vão estabelecendo com o objeto de estudo do Ensino Religioso, que é o Fenômeno Religioso. Isso acontece na perspectiva da concepção de conhecimento.

Assim, a relação sujeito (educando) e objeto (Fenômeno Religioso) se estabelece pelo tratamento didá-tico que supõe observação, reflexão, informação.

ObservaçãoReflexão

Informação

Sujeito Objeto

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Estrutura da Coleção

Objetivos e Eixos Temáticos

A seguir apresentamos os eixos temáticos e os objetivos de cada ano para melhor compreensão da verticalidade dos conhecimentos que serão trabalhos.

1.o ANO DO FUNDAMENTAL Ia) Eixo Temático: Identificar atitudes e costumes religiosos na vida dos alunos, na família e

na escola. b) Objetivo: Identificar atitudes religiosas como modos diferentes de vivenciar a dimensão

religiosa.

2 .o ANO DO FUNDAMENTAL Ia) Eixo Temático: Observação do fato religioso na família.b) Objetivo: Identificar as manifestações religiosas para reconhecer suas diferentes formas.

4 .o ANO DO FUNDAMENTAL Ia) Eixo Temático: O Fenômeno Religioso na sociedade em que o aluno vive.b) Objetivo: Comparar as manifestações religiosas para reconhecer a pluralidade religiosa

na composição da sociedade local.

6 .o ANO DO FUNDAMENTAL Ia) Eixo Temático: A Religiosidade e a Tradição Religiosa na história do povo brasileiro.b) Objetivo: Conhecer as manifestações religiosas dos diferentes povos que formaram a

nação brasileira, compreendendo as várias concepções do Transcendente para possibi-litar uma relação dialogal na construção da identidade religiosa.

Estrutura Didática

Cada livro está dividido em quatro unidades que serão trabalhadas durante todo o ano. Dessa maneira, pode-se explorar os assuntos conforme as necessidades da turma. É possível ampliar as idéias e incentivar a pesquisa, de acordo com o interesse dos alunos pelas questões apresentadas. Isso ganha visibilidade na forma como as unidades estão organizadas:

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• Página de aberturaTema de cada unidade é apresentado por meio de imagens e pequenos textos que buscam contextualizar e problematizar os conteúdos que serão trabalhados na unidade.

• Propostas de leitura diversificadasSituação de leituras diversas como: imagens, textos, informativos e literários, filmes, etc.

• Conteúdos específicos de cada unidade organizados por blocos integradosO trabalho com os conteúdos se faz por meio de atividades diversas e construção de registros e de pesquisa. Todas as propostas de atividades estão organizadas por ícones, que é um recurso didático visual que facilita e organiza o processo de aprender do aluno e ensinar do professor, observe a seguir:

Ro d a d econversa Este ícone é uma das principais ferramentas para o exercício

do diálogo e da reverência.Para dar início à roda de conversa é necessário que se esteja em círculo, em um

lugar confortável que pode ser: a sala de aula, a biblioteca, o pátio da escola, a quadra esportiva ou qualquer lugar em que os alunos estejam bem instalados. Pode-se formar o círculo utilizando-se cadeiras e carteiras, sentados no chão ou mesmo em pé, se o assunto for curto. Antes de iniciar a roda de conversa é importante que todos saibam o tema que será tratado, o tempo da atividade e as regras para facilitar a participação.

Chame a atenção dos alunos sobre a importância de uma roda que facilita a participação de todos, a fim de que possam se olhar e serem vistos – isso facilita prestar atenção no que o colega está falando.

Nas rodas de conversa, o principal objetivo é trabalhar a oralidade e estimular a par-ticipação dos alunos, é importante demonstrar alegria em ouvir o que cada um tem a dizer em suas participações. Elogie as atitudes de participação e respeite o que os alunos dizem, esses são elementos motivadores da participação.

Seja o mediador e procure ficar atento para que o tema seja explorado e que se evite a dispersão.

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Esse ícone procura desenvolver no aluno o encantamento pela busca do conhecimento por meio da pesquisa. O objetivo é formar um aluno pes-quisador, comunicador e solidário.

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Pesquisa

As atividades têm como objetivo levar os educandos a buscarem informações por meio da pesquisa em variadas fontes, como: na conversa com os adultos, com colegas e com o professor, em entrevistas, pesquisas em revistas, livros, jornais, e na Internet.

Neste ícone, há um incentivo especial para a leitura. O aluno não deve apenas ler, mas compreender, interpretar e saber sintetizar o que foi dito. É importante trabalhar o sentido da leitura como uma busca individual e, ao mesmo tempo, coletiva do conhecimento.

Esta atividade é o momento de reflexão sobre as atitudes diárias das famílias, exercitando, no aluno, a observação crítica. Lembre-se sempre de finalizar as discussões comparando as respostas trazidas pelos alunos com os valores trabalhados.

Conhecendo os Momentos de uma Família

Possibilidades de Trabalho

Página 5 – Página de AberturaSolicite a leitura das imagens e questione os alunos sobre o que elas representam. Aproveite o momento para observar o comportamento e a fluência da linguagem oral e visual dos alunos. Ouça com atenção as perguntas e os posicionamentos sobre o assunto, intervenha, formule e responda perguntas, oriente para que eles manifestem a opinião e respeitem a do outro.Os Direitos da Criança dizem que toda criança tem direito a ter uma família, ou alguém que a proteja e a ame.

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Chame a atenção dos alunos para a importância da família e para as diversas composições familiares. Uma família é formada por: mãe, pai, irmãos, tios, avós, primos. Podemos também considerar da família pessoas que convivem comunitariamente conosco. Assim, existem famílias de muitos tamanhos: há famílias formadas só por um casal; famílias que só têm pai, mãe e um filho; outras com mais de um filho; famílias que são formadas só pela mãe e o filho ou filha e o padrasto. Existem muitas famílias em que, além de pais e filhos, moram também outros parentes como: tios, tias, ou avós.

Página 6 – Roda de ConversaNo primeiro dia de aula, é muito importante que você prepare um ambiente acolhedor. Prepare uma dinâmica diferenciada para a apresentação dos alunos; solicite que, além do nome, digam onde moram, com quem moram e o que gostam de fazer.É muito importante explicar também a função das aulas do Ensino Religioso, que elas servem para explicar esse fenômeno nas diversas sociedades. É fundamental que os alunos entendam, também, que a roda de conversa é um momento de discussão sobre um tema e a participação de todos é que fará com que a aula seja interessante. Nessa página está destacada a palavra “perguntando”. Comente com os alunos a importância dessa palavra em todo o processo de ensino aprendizado.

Página 7Organize os alunos para que conversem a respeito de suas famílias com os demais colegas. O ponto de partida para essa atividade é a família de Savico. Explore a atividade discutindo sobre os diversos tipos de família existentes.

Página 8 – PesquisaTrabalhe com os alunos a “origem do nome” de cada família e a importância do nome na construção da identidade.Incentive-os a construírem a árvore genealógica da família. Com base nessa atividade, eles poderão montar o Livro da Família, trabalhando as características pessoais de cada membro. Explore materiais para a construção do livro, um bom exemplo para esse tipo de atividade é o scrapbook. É um livro desenvolvido para guardar memórias de família e, para isso, utilizam-se materiais diversos como: fitas, envelopes, clipes, adesivos, papéis diversos (coloridos, estampados, diversas texturas). Utilize, como base, um caderno de desenho para facilitar a confecção.

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Página 9 – PesquisaMotive os alunos a compararem e perceberem as diferenças entre as famílias.

Página 10 – Roda de ConversaEsta roda de conversa tem como objetivo valorizar os encontros familiares. Dê ênfase para a reunião familiar de domingo. Em algumas tradições religiosas o domingo é considerado um dia especial (sagrado), momento de partilha, colaboração e fraternidade entre os membros da família.

Página 11 – PesquisaExplore a atividade para falar sobre a importância da alimentação correta, principalmente na primeira infância. Mostre os grupos importantes de alimentos, com a pirâmide de alimentos. Incentive-os a levarem frutas e sucos para a merenda escolar. Fale dos horários corretos da alimentação, quantidade, qualidade e higiene.

Página 12 – AtividadeAntes de orientar a atividade, incentive os alunos a pensarem no que gostam de fazer junto com a família.Na atividade “conhecendo os momentos de uma família”, os alunos devem discutir a respeito de como a família participa das tarefas do dia-a-dia. Página 13Em círculo, motive os alunos a falarem sobre as brincadeiras que fazem com os pais, irmãos, primos, avós e com os colegas. Procure mostrar a importância das brincadeiras para a vida das pessoas. Aproveite para falar, também, sobre os conflitos existentes nas relações e quanto o diálogo, o sorriso, o abraço e o perdão, auxiliam na resolução dos conflitos.

Página 14 – AtividadeConverse com os alunos sobre as atividades que os pais podem desenvolver junto com os filhos. Diga a eles, também, que a bicicleta será um recurso que Savico utilizará muitas vezes para fazer novas descobertas. Na atividade “Conhecendo os momentos de uma família”, os alunos devem discutir a respeito de como é o diálogo com seus pais no dia-a-dia.

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Página 15 – AtividadeTrabalhe a questão dos conflitos, que eles não são de todo negativos. Eles ocorrem porque as pessoas são diferentes, mesmos os irmãos gêmeos não precisam concordar sempre um com o outro. O importante é que haja diálogo entre as pessoas. A convivência faz com que apareçam as diferenças e é desse modo que aprendemos a nos relacionar com as pessoas que convivem conosco.É normal que as pessoas discordem uma das outras em muitas questões, porém, discordar não quer dizer que tudo tem que acabar em confusão, em briga ou até mesmo gritos.

Página 16 – PesquisaSolicite aos alunos que citem fatos que representem para eles a paz.

Página 17 – AtividadeDiscuta com os alunos que as pessoas têm maneiras diferentes de ser. Algumas mudam de humor facilmente, outras nem tanto, contudo é preciso respeitar cada momento das pessoas. Peça que eles observem as expressões dos colegas para que saibam como agir quando as pessoas expressarem alegria, tristeza, cansaço etc.

Página 18 – PesquisaMotive os alunos para a pesquisa e para a observação das diferenças nas atitudes das pessoas.

Página 19 – Página de AberturaA leitura das imagens é uma ferramenta importante para desenvolver o tema da unidade. Procure explorar todas as cenas e situações que aparecem fazendo relação com o cotidiano dos alunos.

Página 20 – Roda de ConversaOriente os alunos para que percebam que cada família tem um sobrenome diferente que as identifica: Pereira, Souza, Oliveira, Ramos, Lopes, Silva, Fernandes, Meira, Borba, Gava, Ramalho. Discuta com eles que, às vezes, pessoas da mesma família podem ter sobrenomes diferentes pois casam com pessoas de outras famílias. Peça que falem de seus primos, tios e avós e de seus próprios pais.

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Página 21 Junto com os alunos, relacione, no quadro-de-giz, o nome das famílias de todos os alunos da sala. Com isso, eles verificam que há sobrenomes diferentes, há pessoas com um sobrenome e outras com mais de um.

Página 22 – PesquisaRetome com os alunos o conceito de costume durante a orientação da atividade e solicite exemplos de costumes relacionados com as famílias dos alunos.

Página 23 – PesquisaConverse com os alunos sobre identidade religiosa. Além do sobrenome, cada família tem uma tradição religiosa que deve ser respeitada. Oriente os alunos para preencherem a ficha com os dados da pessoa da família que eles entrevistaram. Os alunos poderão fazer mais de uma entrevista e anotar nos cadernos.

Página 24 – Roda de ConversaO casamento é citado e valorizado por todas as tradições religiosas. É um momento que as famílias fazem questão de compartilhar com outras famílias. Questione os alunos:- Quem já participou de uma cerimônia de casamento?- O que aconteceu?- Como as pessoas estavam vestidas e por quê?- Por que as pessoas se casam?

Página 25 – AtividadeOriente os alunos sobre o que é necessário providenciar para a cerimônia religiosa e para a festa de casamento.

Página 26 – PesquisaConverse com os alunos que a entrevista é muito importante pois é uma forma de conhecermos um pouco mais sobre as pessoas. Depois de realizada a entrevista, discuta com eles as respostas que obtiveram e sobre as diferenças encontradas.Na atividade “Conhecendo os momentos de uma família”, os alunos devem conversar a respeito do amor e respeito no casamento, as frases possibilitam uma discussão sobre alguns conceitos preestabelecidos culturalmente em relacionamentos de casais, leve os alunos a refletirem e estabelecerem uma postura crítica perante as situações semelhantes.

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Página 27 – AtividadeDiscuta com os alunos sobre a pesquisa realizada e a importância de se conhecer as imagens e as diferentes tradições religiosas existentes no mundo.

Página 28 – AtividadeÉ importante lembrar que as pessoas têm costumes e tradições diferentes e precisam ser compartilhados e respeitados. Alguns costumes religiosos: casamento, oração em família, ir ao templo, ler a bíblia com freqüência, etc.

Página 29 – AtividadeDeixe que os alunos manifestem sua opinião sobre os costumes de orar, rezar.Incentive-os a dizerem se fazem isso, como fazem, onde, com quem e o que sentem.

Página 30 – AtividadeA Bíblia Sagrada conta a história do povo de Deus e também a vida e a pregação de Jesus Cristo. Fale com os alunos que há diversos livros sagrados para outras tradições religiosas, além da cristã. Há, ainda, a tradição oral, um instrumento fantástico de ensinamento, presente até hoje em algumas tradições religiosas.

Página 31 – AtividadeTrabalhe as imagens e mostre aos alunos que as roupas, objetos, postura, podem ter um significado todo especial para cada tradição religiosa e fazem parte dos costumes.

Página 32 Destaque e explore a linguagem simbólica. Motive os alunos a pesquisarem os grupos existentes na comunidade ou na cidade em que vivem. Valorize a presença dos símbolos no dia-a-dia das pessoas. Diga que os símbolos podem ser religiosos ou não.

Página 33 – PesquisaIncentive os alunos a pesquisarem quais os grupos religiosos presentes na comunidade em que vivem.

Página 34 – AtividadeFaça uma retrospectiva de tudo que eles aprenderam nas duas unidades, antes de passar para a terceira. Peça que registrem seus conhecimentos por meio de desenhos.

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Página 35 – Página de AberturaFaça a leitura das imagens e solicite que os alunos identifiquem qual faz parte da tradição religiosa da família deles.

Página 36 – Roda de ConversaPergunte aos alunos como eles exercitam a fé. Fale sobre crença religiosa e como ela faz crescer a fé. A fé se torna segura e estável quando se aprende o que já foi pensado sobre ela.

Página 37 – AtividadeFaça uma pesquisa oral perguntando aos alunos em que momento eles sentiram a fé mais forte em suas famílias e por quê? Discuta com os alunos a importância da fé nos diversos momentos da vida das pessoas.

Página 38 – AtividadeOs verdadeiros valores humanos estão em nossas ações. As pequenas ações diárias que as pessoas praticam, tornam-se grandes ações, pois podem modificar a vida das pessoas, por exemplo, cumprimentar um vizinho, ajudar alguém necessitado, entre outras.

Página 39Discuta com os alunos para que eles compreendam o que é religiosidade, que está ligado a: orar, ir ao templo, ler o livro sagrado, diálogo em família sobre as crenças, etc.

Página 40 – AtividadeExplore, de modo lúdico, as palavras já vistas. Reveja com os alunos os conceitos ligados a cada palavra.

Página 41 – AtividadePergunte para seus alunos se eles são convidados para participar de algum momento especial na igreja, templo, ou local religioso que freqüentam. Peça que digam o que sentem com essa participação. Ouça e valorize seus relatos!

Página 42 – PesquisaPeça para os alunos trazerem gravuras de templos, igrejas. Em sala, construam um painel identificando características desses lugares sagrados. O envolvimento da família

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nessa atividade é fundamental para que desperte a curiosidade, não só do aluno, mas também da família.

Página 43 – AtividadeAborde, com os alunos, a figura dos líderes das tradições a que eles pertencem: Qual a função dessa pessoa? Como ela foi escolhida para essa atividade? Trabalhe, também, o significado de cada palavra que está em negrito, para isso escreva a palavra no quadro de giz enquanto os alunos preenchem os quadrinhos.

Página 44 – AtividadeProcure mostrar aos alunos a importância da convivência na comunidade religiosa, a valorização e o crescimento espiritual das pessoas pela participação em eventos e nos diversos serviços. Peça que observem o que cada um pode oferecer para beneficiar a comunidade em que vivem.

Página 45Fale da importância da atividade voluntária. Procure saber o que eles conhecem a respeito e verifique se alguém na família deles exerce esse tipo de atividade. Dê exemplos de palavras que podem ser usadas como doar, ajudar e participar.

Página 46 – AtividadeEsclareça melhor os termos que aparecem no texto, por exemplo: sermão e sabedoria que são bastante abstratos.

Página 47Destaque o poder da oração como um diálogo com o Ser Superior, Transcendente. Em todas as tradições religiosas essa comunicação com o Transcendente está presente e possui uma variedade grande de nomes e formas de ser praticada. Desenvolva, com os alunos, uma pesquisa sobre como são feitas as orações em algumas tradições religiosas.

Página 48 – PesquisaEstimule os alunos a falarem se fazem orações e explique a importância desse tipo de diálogo com o Ser Transcendente.

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Página 49 – Página de AberturaOs símbolos surgiram, ao longo da história da humanidade, para lembrar situações vividas pelos povos, fortalecendo os laços de unidade entre as pessoas e o divino. Converse com os alunos sobre as imagens de abertura da unidade.

Página 50 – Roda de ConversaLembre que os símbolos são importantes porque sempre dão sentido à nossa vida e relembram uma história – eles podem ser pessoais, de um povo, uma cultura etc. Converse sobre símbolos pessoais de cada um, peça que cada aluno traga seu símbolo ou desenhe um símbolo significativo e explique para os demais colegas o porquê de o mesmo trazer lembranças e sentimentos íntimos. Fale dos símbolos religiosos significativos nas tradições religiosas. Alguns símbolos: livros sagrados, cruz, a estrela de Davi, a meia lua, crucifixos, estatuetas de santos, entre outros. Reforce a idéia de que os símbolos religiosos devem ser respeitados pois representam a fé dos seres humanos, assim, desrespeitar um símbolo seria o mesmo que desrespeitar uma pessoa. Nós podemos até não concordar com a fé das pessoas mas todos merecem o nosso respeito.

Página 51 – AtividadeSistematize o conhecimento na atividade de falso e verdadeiro. As questões 1 e 4 são verdadeiras.

Página 52 Combine com os alunos para que eles tragam símbolos sagrados e expliquem seu significado. Prepare um lugar especial para que coloquem esses símbolos.

Página 53 – AtividadeNesse momento, o aluno é levado a fazer uma relação entre os símbolos e os grupos religiosos. Procure lembrar que cada símbolo pertence a uma crença, a um povo, a uma tradição religiosa. Não é necessário que o aluno conheça cada uma dessas tradições, pois isso será sistematizado a partir do sétimo ano.

Página 54 – PesquisaIncentive os alunos a pesquisarem sobre os símbolos que representem a tradição religiosa das famílias deles.

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Página 55 – Roda de conversaExplique para seus alunos que rito é um conjunto de ações, gestos, cerimônias de uma determinada tradição religiosa. Chame a atenção dos alunos para observarem a vida ao seu redor, todas as ações que praticamos desde que acordamos até adormecermos, são rituais.Pergunte aos alunos como eles participam de rituais em suas tradições religiosas.

Página 56 – AtividadeExplore a idéia de ritos, tanto religiosos quanto não-religiosos.

Página 57 – AtividadeDiscuta com os alunos o significado das palavras que aparecem no caça-palavras.

Página 58 – Roda de conversaChame a atenção dos alunos sobre as características de o Brasil ser um país cristão e que há várias festas religiosas, normalmente organizadas pela igreja. Questione os alunos de como e por que comemoramos o Natal. Verifique com eles o significado do Natal para cada um. Explique o que significa o Natal na tradição religiosa católica em que Jesus Cristo é o líder do cristianismo e deixou vários ensinamentos.Construam maquetes de presépios e façam uma exposição na sala de aula.

Página 59 – PesquisaFaça uma brincadeira com balões infláveis das mesmas cores, conforme abaixo:Os balões azuis deverão conter papéis com os nomes de festas de tradições religiosas. Os balões amarelos terão papéis com personagens e símbolos dessas mesmas tradições.Depois de encher os balões, solte-os.Conforme os alunos pegarem, terão de furar o balão, e verificar qual tiraram;Os alunos terão que falar sobre uma festa (balão azul) ou sobre uma personagem ou símbolo (balão amarelo).

Página 60 – AtividadeOs textos apresentam festas da tradição religiosa católica. Procure falar sobre festas de outras tradições (budismo, judaísmo, umbanda, entre outras)

Página 61 Estimule os alunos a pesquisaram como acontecem os três rituais em diversas tradições religiosas. Em um segundo momento, deixe que eles exponham o que pesquisaram.

21Leitura Complementar

Martinho LuteroO fundador do Protestantismo

1483 Nascimento de Martin Luther (Martinho Lutero) em Eisleben, na Saxônia (Alemanha).1497 Lutero estuda em Magdeburgo, junto aos monges.1501 A Universidade de Erfurt conferiu a Lutero o título de bacharel em Artes.1505 Lutero quase morre em uma tempestade no campo, pelo temor, promete a Santa Anna tornar-se

monge, se sobrevivesse. No mesmo mês, Lutero ingressa para o convento de Erfurt.1507 Primeira missa de Lutero, porém, sem grandes resultados.1512 O Monge Martinho Lutero torna-se doutor em Teologia.1514 O Papa Leão X (De Médici) concede a INDUGÊNCIA plena a todos os fiéis que, havendo con-

fessado e comungado, contribuam para a construção da Basílica de São Pedro (Vaticano).1517 Lutero prega suas 95 teses sobre o valor e a eficácia das indulgências. É o primeiro passo

para a Reforma protestante, em que se inicia o combate à hipocrisia e à corrupção da igreja.1518 Lutero é ordenado para ir a Roma, mas recorre ao príncipe Frederico, o Sábio e é julgado em

território alemão.1520 A Bula dá ao monge rebelde sessenta dias para se retratar. Lutero queima a Bula, na praça de

Wittenberg, e isso representa a separação definitiva do monge para com a Madre Igreja. 1521 Excomunhão de Martinho Lutero. É ordenada a queima de todos os livros publicados por

Lutero. Morte do Papa Leão X.1522 Assume o novo Papa, Adriano VI. Em seu curto papado, tenta acabar com as indulgências

devido à perda de fiéis católicos. Morre no ano seguinte, em 1523 aos 64 anos de vida.1524 Revolta dos camponeses na Saxônia. O Movimento ganha toda Alemanha meredional e

central.

Página 62 – PesquisaEstimule os alunos para a pesquisa e oriente-os para que percebam a diferença existente entre os diversos tipos de festa.

Página 63 – AtividadeLeve os alunos a perceberem que, embora as pessoas possam desenvolver essas atividades em conjunto e que haja um local para isso, pescaria, brincar de bola, andar no parque e trabalhar, não correspondem a rituais religiosos.

Página 64 – AtividadeFaça uma revisão de todos os conhecimentos adquiridos sobre religiosidade, durante as unidades. Estimule-os a se expressarem livremente sobre esses assuntos.

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1525 Casa-se com Catarina von Bora, uma ex-freira1526 A Igreja condena Lutero à forca. Os príncipes e nobres da Saxônia não permitem a morte de

seu Teólogo, iniciando a separação entre Alemanha e Roma.1532 Fundação Oficial da Igreja Luterana na Alemanha.1534 Lutero publica a Bíblia escrita em Alemão que, até então, era escrita apenas em Latim. Com

essa obra Lutero transforma radicalmente o idioma de seu povo e dá a base para o Alemão moderno.

1546 Morte de Lutero, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos, em Eisblen.1555 Após sangrentas guerras, no ano de 1555 foi declarada a tão sonhada Paz Religiosa de Augsburg

que reconhecia, oficialmente, a existência de duas Confissões Religiosas na Alemanha – A Católica e a Luterana. A partir daí, a Igreja Luterana se expandiu conquistando boa parte da Alemanha e praticamente toda a Escandinávia.

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