Ali Primera

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A Luta feita Canção “Estudante que levas no peito um grande cora- ção tua Pátria Venezuela espera muito de tua fir- meza busca a classe trabalhadora e faz com ela a Revolução” (Vamos gente de minha terra). “Não, não, não basta rezar fazem falta muitas coisas para conseguir a paz (...) E rezam de boa fé e rezam de coração mas também reza o piloto quando sobe no avião para ir bombardear às cri- anças do Vietnã (Não basta rezar) “Podem lavar-lhe a pele que o coração continua igual porque uma estrela ao cair nunca jamais poderá subir” (Napoleão) “Tu me ensinaste a não matar as borboletas que não cortasse as rosas que em teu jardim cultiva- vas Fui aprendendo pouco a pouco a querer aos demais. Pelos humildes, mãe deixa-me lutar” (Mãe deixa-me lutar) “Os que morrem pela vida não podem chamar-se mortos e a partir deste momento é proibido cho- rar por eles” (Os que morrem pela vida) “Canta canta companheiro que tua voz seja dis- paro que com as mãos do povo não haverá canto desarmado” (Os que morrem pela vida) “A Pátria é o homem, jovem” (A Pátria é o homem) “José Leonardo foi suor de negro e cacau quan- do batia o melado para dar ao espanhol que de- pois se tornou gringo e aqui o temos hoje” (José Leonardo) “Em todo Amazonas o saque é tal que ainda que lhes pareça exagero deviam declara-lo Esequibo II. Como zona ocupada e em reclamação” (Ezequibo II) “As vezes penso que o povo é um garoto que vai correndo atrás da esperança que será o sangue jovem e ao sonho velho mas deixando de ser estú- pido então essa esperança será verda- de” (Canção mansa para um povo bravo) “Que triste, se ouve a chuva nos tetos de pape- lão que triste vive minha gente nas casas de pape- lão” (Tetos de Papelão) Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em Manaus O Cantor do Povo Discografía 1969: Vamos gente de minha terra. Produzido pelo partido Comunista da Venezuela 1969: Canções de Protesto. Produzido Juventude Comunista da Venezuela 1971: Guerra Longa. Produzido pelo partido Comunista da Colômbia 1972: De uma vez. Verlag Plane (Alemanha) 1974. O primeiro de Alí Primera. Selo Cigarrón (Venezuela) 1974: Alí Primera, Volume 2. Selo Cigarrón (Venezuela) 1974: Adeus a dor maior. Selo Cigarrón (Venezuela) 1974: Canção para os valentes. Selo Cigarrón (Venezuela) 1975: A pátria é o homem. Selo Cigarrón (Venezuela) 1976: Canção mansa para um povo bravo. Selo Cigarrón (Venezuela) 1977: Quando nomeio a poesía. Selo Cigarrón (Venezuela) 1980: Abrebrecha. Cigarrón (Venezuela) 1981: Ao povo o que é de Cesar. Cigarrón (Venezuela) 1982: Com o sol no meio do céu. Cigarrón (Venezuela) 1984: Entre a raiva e a ternura. Cigarrón (Venezuela) 1985: Por si não o sabia. Cigarrón-Velvet- Sonográfica(Venezuela)

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Alí Primera O Cantor do Povo Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em Manaus-Brasil

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Page 1: Ali Primera

A Luta feita Canção

“Estudante que levas no peito um grande cora-

ção tua Pátria Venezuela espera muito de tua fir-

meza busca a classe trabalhadora e faz com ela

a Revolução” (Vamos gente de minha terra).

“Não, não, não basta rezar fazem falta muitas

coisas para conseguir a paz (...) E rezam de boa fé

e rezam de coração mas também reza o piloto

quando sobe no avião para ir bombardear às cri-

anças do Vietnã (Não basta rezar)

“Podem lavar-lhe a pele que o coração continua

igual porque uma estrela ao cair nunca jamais

poderá subir” (Napoleão)

“Tu me ensinaste a não matar as borboletas que

não cortasse as rosas que em teu jardim cultiva-

vas Fui aprendendo pouco a pouco a querer aos

demais. Pelos humildes, mãe deixa-me lutar” (Mãe

deixa-me lutar)

“Os que morrem pela vida não podem chamar-se

mortos e a partir deste momento é proibido cho-

rar por eles” (Os que morrem pela vida)

“Canta canta companheiro que tua voz seja dis-

paro que com as mãos do povo não haverá canto

desarmado” (Os que morrem pela vida)

“A Pátria é o homem, jovem” (A Pátria é o homem)

“José Leonardo foi suor de negro e cacau quan-

do batia o melado para dar ao espanhol que de-

pois se tornou gringo e aqui o temos hoje” (José

Leonardo)

“Em todo Amazonas o saque é tal que ainda que

lhes pareça exagero deviam declara-lo Esequibo

II. Como zona ocupada e em reclamação” (Ezequibo

II)

“As vezes penso que o povo é um garoto que vai

correndo atrás da esperança que será o sangue

jovem e ao sonho velho mas deixando de ser estú-

pido só então essa esperança será verda-

de” (Canção mansa para um povo bravo)

“Que triste, se ouve a chuva nos tetos de pape-

lão que triste vive minha gente nas casas de pape-

lão” (Tetos de Papelão)

Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em Manaus

O Cantor do Povo

Discografía

1969: Vamos gente de minha terra.

Produzido pelo partido Comunista da

Venezuela

1969: Canções de Protesto. Produzido

Juventude Comunista da Venezuela

1971: Guerra Longa. Produzido pelo

partido Comunista da Colômbia

1972: De uma vez. Verlag Plane (Alemanha)

1974. O primeiro de Alí Primera. Selo

Cigarrón (Venezuela)

1974: Alí Primera, Volume 2. Selo Cigarrón

(Venezuela)

1974: Adeus a dor maior. Selo Cigarrón

(Venezuela)

1974: Canção para os valentes. Selo

Cigarrón (Venezuela)

1975: A pátria é o homem. Selo Cigarrón

(Venezuela)

1976: Canção mansa para um povo bravo.

Selo Cigarrón (Venezuela)

1977: Quando nomeio a poesía. Selo

Cigarrón (Venezuela)

1980: Abrebrecha. Cigarrón (Venezuela)

1981: Ao povo o que é de Cesar. Cigarrón

(Venezuela)

1982: Com o sol no meio do céu. Cigarrón

(Venezuela)

1984: Entre a raiva e a ternura. Cigarrón

(Venezuela)

1985: Por si não o sabia. Cigarrón-Velvet-

Sonográfica(Venezuela)

Page 2: Ali Primera

MUITOS PAÍSES FORAM INFLUENCIADOS POR ESSE

GÊNERO QUE PASSOU A CHAMAR-SE “MUSICA DE

PROTESTO” NA ESPANHA DA DÉCADA DE 1970,

NA FRANÇA SE MANTEVE E CONTINUA VIVA, NA

AMERICA A CHAMARAM TAMBÉM CANÇÃO DE

PROTESTO COM REPRESENTANTES DE DESTAQUE.

ALÍ PRIMERA É “O CANTOR DO POVO” É A VOZ

DOS QUE NÃO A TEM, MAS ELE NÃO GOSTAVA DO

TERMO PROTESTO, PARA ELE ERA A “CANÇÃO

NECESSÁRIA”. UMA ARMA COMO DIZIA O

COMANDANTE CHÁVEZ, NECESSÁRIA PARA A

HUMANIDADE, PARA RECONHECER SUA LUTA, SUA

IDENTIDADE E PARA NÃO ESQUECÊ-LA JAMAIS.

ALÍ PRIMERA CANTOU AO POVO, A SUA LUTA, A

SUA ESSÊNCIA. IDENTIFICOU SUAS CARÊNCIAS E

AS FEZ CANÇÃO, A CANÇÃO NECESSÁRIA PARA

ESSE DESPERTAR PRÓPRIO DAS REVOLUÇÕES.

SUA ATIVIDADE POLÍTICA NASCEU COM ELE,

NASCEU LUTANDO, CRESCEU LUTANDO. SUA

ATIVIDADE MUSICAL SE DESENVOLVEU ENTRE OS

ANOS DE 1969 E 1985 QUANDO NA VENEZUELA

GOVERNAVA A IV REPUBLICA NA MÃOS DE RAUL

LEONI (1964-1969), RAFAEL CALDERA (1969-

1974), CARLOS ANDRÉS PÉREZ (1974-1979),

LUIS HERRERA CAMPINS (1979-1984) E JAIME

LUSINCHI (1984-1989).

A VERDADEIRA LUTA É CONTRA O

ANALFABETISMO, A BARBÁRIE, O ANTI-

IMPERIALISMO, AS INJUSTIÇAS SOCIAIS, A

EXPLORAÇÃO, A CORRUPÇÃO E SOBRE TUDO, SEU

CANTO SE LEVANTOU CONTRA O PODER QUE

OPRIMIA.

“Este dia de reencontro tem para mim um

significado especial. Vir na casa de Alí

Primera, ao ninho de Carmen Adela e seus

sonhos, é reconfortante e o calor que aqui

sobrevive nos enche o sangue de forças

imensas, espectral.

Alí, teu canto sempre foi arma para a luta,

teu exemplo e tua guitarra seguem gravados

em nossas bandeiras.

Carmen Adela, neste dia das mães, a senti

aqui, com a brisa fresca de teu Paraguaná

seca, os beijos de minha mãe e o fogo

sagrado da pátria.

Aqui estaremos junto ao canto e a

esperança, com Alí na vanguarda, Agora e

para sempre!!!

Punto Fijo, 07 de maio de 1994”

Hugo Chávez Frias Comandante Eterno

As desigualdades, a pobreza material e

espiritual, o sonho bolivariano, a humanidade,

mas sobre tudo a justiça e o amor a seu povo

foram os temas centrais de sua musica.

Cantou para mundo, não só para Venezuela

porque entendeu que a luta era global e não

estava próximo de sua definição, havia que dar

forma ao novo homem, enche-lo de esperança

e por isso cantou, para ficar na voz, e na

mente e no coração de todas e todos através

do tempo.

Cantou para dar voz ao povo, mas não queria

que a chamassem de musica de protesto,

porque não era uma queixa, era um chamado à

consciência e a esperança. Creio firmemente

em uma mudança onde as mulheres e homens

livres de verdade derrotarão essa miséria,

essas injustiças que se haviam instalado nas

almas de muitos. Era então a Canção

Necessária..! Alí Primera é o “Cantor do Povo”

Ely Rafael Primera Rosell, nasceu em 31 de

outubro de 1941 em Coro, Estado Falcon-

Venezuela, todos o chamavam de Alí porque

seus avós eram árabes, e esse é o nome com

que a Grande Pátria o conheceu, Alí

Primera.

Compositor e ativista que militou no Partido

Comunista da Venezuela (PCV). Cresceu na

Península de Paraguaná com sua mãe Dona

Carmen Adela Rosell e seus irmãos; aos 19

anos inicia sua caminhada pela vida, primeira

parada na cidade de Caracas para terminar

seus estudos de educação básica e em

seguida estudar Química na UCV. Mas o

caminho foi outro, a claridade e a

determinação, características próprias de

sua extraordinária personalidade o

impulsionaram a tomar uma decisão

importante, deixar de estudar química na

casa que vence as sombras porque ele não

ia trabalhar para as petroleiras, essas que

descreveu em seu canto, essas que

contaminavam, que exploravam e que

saqueavam as riquezas dos povos. Passou

assim a lutar com e pelo povo através de

seu canto revolucionário.

O Homem

Alí foi quem escreveu, arranjou e cantou

todas as suas canções, sempre as cantou

com a alma, essa interpretação o fez único e

estabeleceu imediatamente pelas suas letras

irreverentes e sua voz terna, um vínculo com

seu povo. Essa maneira de ver e entender, e

sobre tudo, expressar a realidade é o que

torna a Alí Primera na categoria de

Compositor da Venezuela.

Compositor se define como um musico que

escreve. Compõe e canta suas próprias

canções, geralmente solista e falam de

temas sociais ou políticos. Devemos

esclarecer que esse conceito básico tem

muitas variantes que ainda são discutidas.

O “Compositor” ou “Canção do Autor” não

faz referencia a nenhum musico e, teve origem

na Canção Francesa ou “Chanson Française”

a fins da Idade Media e começos do

Renascimento (século XV). Se tratava de

canções relacionadas com o amor, a critica

social ou política; essa característica a

vincula principalmente ao povo, ou “pessoas

comuns”, foi uma maneira de expressar-se, de

protestar sem mobilizar-se.

Canção do Autor