Alimentação e Somatotipo Relacionado com o Esporte Remo
Embed Size (px)
Transcript of Alimentação e Somatotipo Relacionado com o Esporte Remo
-
Alimentao e Somatotipo relacionado com a atividade do
esporte Remo
Autor: Matias Bertonatti Nutricionista (tec.), Especializado na rea de Nutrio Esportiva e Cincias do exerccio, Diplomado em Preparao Fsica, Treinador e Instrutor em motivao para o incremento do rendimento, Consultor e assessor esportivo.
Ano 2012
-
_________________________________________ _______Resumo
O remo um esporte que por suas condies altamente competitivas exige um
gasto energtico considervel, envolve aspectos fisiolgicos, fsicos e psicolgicos
onde necessrio cobrir as deficincias nutricionais que resultam deste desgaste,
em especial na categoria peso leve. Se fiz um estudo descritivo, observacional,
transversal, com 7 remadores do sexo masculino, com idade mdia de 29,43
anos, representantes da Seleo Brasileira de Remo categoria peso leve, durante
a preparao prvia para a copa do mundo de remo na Nova Zelndia 2010 com o
objetivo de avaliar os aspectos nutricionais e o somatotipo relacionado com o
treinamento e o desgaste fsico do atleta. Os resultados frum que alem de que
as caractersticas fsicas dos remadores esta num timo nvel, o consumo de
macronutrientes e micronutrientes e a proporo dos mesmos em relao ao
gasto energtico no compatvel com as necessidades e as demandas que os
atletas precisam, pudendo ocasionar uma carncia no rendimento e a
competncia do remador.
_____________________________________________Problemtica
O remo um esporte que por suas condies complexas e altamente
competitivas, exige um gasto energtico considervel, que envolve aspectos
fisiolgicos, fsicos e psicolgicos. Durante o treinamento e a competio o
esporte gera um desgaste fsico significativo, por isso necessrio cobrir as
deficincias nutricionais que resultam deste fenmeno, especialmente na
categoria peso leve, onde a alimentao e as estratgias alimentarias ocupa um
impacto muito importante sobre o desenvolvimento do atleta, j que deve
considerar fatores como qualidade dos alimentos, quantidade e proporo dos
mesmos para cada caso particular.
Tambm importante considerar aspectos como o peso, fatores antropomtricos,
composio corporal e somattipo para chegar aos nveis desejados do atleta,
dependem estas variveis duma nutrio adequada e educao nutricional. O
objetivo que o atleta tem os hbitos necessrios para dar a ele os resultados
esperados
Para obter uma perca de peso ou percentual de gordura corporal, muitos atletas
-
utilizam tcnicas rpidas para perca de peso que podem prejudicar o
desenvolvimento fsico e a sade.
O excesso de peso deve ser reduzido custa do excesso de gordura, no da
massa magra e gua. A desidratao tem sido frequentemente usada como uma
maneira rpida de perder peso. Uma reposio adequada de lquido essencial
para o treinamento e bom desempenho fsico.
Devemos sempre calcular o percentual de gordura dentro dos limites seguros para
a sade, e deve monitorar o desempenho fsico, enquanto a reduo de peso.
Normalmente nesses atletas, a dieta inadequada em calorias, carboidratos,
protenas e micronutrientes, por isso a orientao de um bom nutricionista pode
ajudar nesses pontos fracos (Steers.S N.1998).
________________________________________________Objetivos
Analisar a distribuio de alimentos de macro y micronutrientes
Relacionar o gasto energtico com o consumo calrico dirio dos
remadores
Determinar a composio corporal e a valorao antropomtricos dos
remadores
Analisar o Somatotipo e relacionar com os valores de referencia
-
_________________________________________Materiais e metodologia
Foi realizado um estudo descritivo, observacional, transversal, com 7 remadores
do sexo masculino, com idade mdia de 29,43 anos, representantes da Seleo
Brasileira de Remo categoria peso leve, durante a preparao prvia na copa do
mundo de remo na Nova Zelndia 2010
Foi utilizado para avaliar alimentos e coletar dados do remador um questionrio
que foram considerados os cuidados mnimos para evitar dificuldade na
compreenso do entrevistado, com base no Manual do Entrevistador
(Germani,G.2005).
Todos os entrevistados consentiram pelo seu treinador e pela Confederao
Brasileira de Remo para a realizao da coleta de dados pertinentes, respeitando
as recomendaes da Declarao de Helsinki e suas vrias emendas. Alm da
utilizao de ferramentas de freqncia de consumo de alimentos,
as medidas antropomtricas que foram realizadas: peso, estatura, dobras
cutneas, permetros e dimetros. Para o registro destas medidas foi aplicado
o protocolo proposto pela International Society for the Advancement of
Anthropometry (ISAK), utilizando o material bsico de antropomtrica (balana e
telmetro modelo EB9002 com a aproximao de 50 g e 1 mm,
respectivamente); medidor de dobras cutneas modelo Harpendem com a
aproximao de 0,2 mm; pina com a aproximao de 1 mm modelo Holtain; fita
antropomtrica Holtain com uma aproximao de 1 mm e lpis demogrfico).
A partir das medidas antropomtricas foram calculados tambm diferentes taxas e
percentagens para determinar a composio corporal dos remadores que
participaram do estudo.
Para analisar a composio antropomtrica e corporais foi utilizado o mtodo de
fracionamento de 5 componentes (Kerr,DA,1988)
O anlise do Somatotipo foi realizada utilizando o mtodo de Heath Carter,
obtendo-se o valor dos trs componentes: endomrfico, mesomorfo e ectomrfico
(HealthCarter,1990).
Alm disso, calculou-se a distncia de disperso do somattipo comparando o
grupo estudado com o somatotipo de referncia (United States Comitte Olimpic/,
Australian Olimpic Comitte).
-
Foi criado e utilizado um banco de dados em ACCESS . Os dados coletados
foram analisados utilizando o programa SPSS software estatstico
Foi realizada uma distribuio de freqncias absolutas e relativas para as
variveis estudadas em tabelas e grficos.
____________________________________________Marco Terico
O remo constitudo de um movimento cclico no qual os membros inferiores e
superiores trabalham sincronizados. A fora e a cadncia da remada podem variar
de acordo com as caractersticas mecnicas do barco e a capacidade fisiolgica
do remador. As caractersticas biomecnicas do ritmo podem ser influenciadas
pelo dimetro muscular, tipo de fibra predominante, eficincia do trabalho e
capacidade metablica.
A intensidade do exerccio varia de acordo com a fase de treinamento, havendo
treinos de baixa intensidade e longa durao e treinos de maior intensidade e
curta durao. Na competio de remo olmpico, que compreende a distncia de 2
mil metros, com durao de 6 a 7 minutos com atletas de elite, as provas podem
durar entre 5 e 20 e 7,5, dependendo do tipo de barco.
Essas competies so de alta intensidade, nas quais as capacidades
anaerbicas altica e ltica, assim como aerbica, so utilizadas no seu mximo1.
Tal esforo demanda altas capacidades metablicas e grande massa muscular, da
qual aproximadamente 70% so utilizados com uma mdia de potncia de 450 a
550W, pois todas as extremidades e o tronco participam da propulso do barco. O
volume mximo de oxignio (VO2 max) dos remadores um dos mais altos j
registrados2, porm o VO2 max relativo dos remadores menor que o de atletas
de longa durao, devido sua maior massa corporal.
fisiologia do remo, indicam que remadores de elite so capazes de realizar altas
cargas de exerccio ao extremo.
Antes de campeonatos mundiais, o volume de treinamento pode atingir 190
minutos dirios, dos quais aproximadamente 55% a 65% so realizados no barco,
e o restante composto de exerccios no especficos, tais como musculao e
alongamento. O remo um esporte cujo treinamento de baixa e/ou moderada
intensidade, com apenas 4% a 10% do tempo total despendido no treinamento em
alta intensidade, podendo explicar por que os msculos de remadores de elite
-
apresentam 70% a 85% de fibras de contrao lenta, porm ambas as fibras - de
contrao lenta e rpida - tm suas atividades aumentadas. (Avaliao nutricional
de remadores competitivos (Santinoni E e Soares E, 2006)
No estudo de nutrio, refere-se forma como o corpo utiliza a energia em
sustanas qumicas localizados dentro do alimento. No organismo, a energia
libertada pelo metabolismo de alimentos, que devem ser fornecidos regularmente
para satisfazer as necessidades de energia para a sobrevivncia do
corpo. Embora, toda a energia aparece como calor, que se dissipa na atmosfera,
os processos nicos que ocorrem no interior das clulas faz primeiro uso possvel
para todas as tarefas necessrias para sustentar a vida. Estes processos so
reaces qumicas que realizam a sntese e manuteno dos tecidos do corpo, a
conduo elctrica da actividade do nervo, o trabalho mecnico de tenso
muscular e produo de calor para manter a temperatura corporal
O gasto energtico a relao entre o consumo de energia e energia necessrios
para o organismo. Para o corpo manter o equilbrio, o consumo de energia deve
ser igual ao usado, o que significa que a energia diria precisa de ser igual ao
gasto de energia diria total
O aumento energtico durante o exerccio devido a um aumento do metabolismo
dentro dos msculos que trabalham. Alm disso, dependendo da intensidade e da
durao do exerccio, juntamente com a massa ssea afecta o gasto de energia
pelo exerccio, que pode aumentar vrias centenas de calorias para obter a
recuperao ps-exerccio e mecanismos de adaptao.
Obviamente, o esporte do remo como atividade fsica intensa que , tem um custo
de energia que varia com o peso corporal do atleta (Hernndez G, 2009)
Os remadores da categoria peso leve so um grupo que merece especial ateno
quanto ingesto inadequada no apenas de macronutrientes, mas tambm do
valor energtico total e, conseqentemente, de micronutrientes. Geralmente,
esses atletas utilizam vrios mtodos alm da restrio energtica para a reduo
e/ou manuteno da Massa Corporal, como a realizao de exerccios intensos
com vestimentas de plstico, promovendo a perda hdrica, e at mesmo o uso de
diurticos (Koutedakis Y, Pacy PJ, Quevedo RM, Millward DJ, Hesp R, Boreham
C, et al. 1994)
-
As dietas, o jejum e a restrio alimentar crnica de alimentos ricos em
carboidratos diminui os nveis de glicognio. Alm disso, os atletas que esto em
um balano calrico negativo podem comprometer sua capacidade de sintetizar
glicognio. Os baixos nveis de glicognio pode levar fadiga, diminuio do
desempenho e exausto. Durante as sesses repetidas de treinamento,
importante um adequado consumo de carboidrato, obtendo-se comendo entre 55-
60% das calorias totais. Para atletas de resistncia, o consumo de carboidratos
deve ser entre 60 e 70% do total das calorias. Ao realizar treinamentos intensos
dirios de uma dieta mista contendo entre 300-350 gr. de hidratos de carbono
(cerca de 40% das calorias totais) determina apenas uma sntese mnima de
glicognio. Mas uma dieta alta em carboidratos, 500 a 600 gr. por dia (cerca de 60
a 70% do total de calorias), permitem a sntese de quase total do glicognio
muscular. Tambm importante o momento do consumo de carboidratos. Tem
sido mostrado que a velocidade da taxa de sntese de glicognio muscular
aumentado em duas horas aps o exerccio fsico, quando proporcionado, pelo
menos, 1 g. de glicose por kg de peso corporal.
Do ponto de vista metablico, as necessidades de energia do corpo devem ser
atendidas ou cobertas antes que o corpo sintetize protenas para o
desenvolvimento e reparao do msculo. Enquanto existe um nmero de fatores
que afetam a utilizao da protena, a determinao do requerimento da protena
do atleta depende principalmente do balano de energia da dieta, na medida em
que diminui a ingesto calrica, os requerimentos proticos aumentam. Os atletas
que esto sobre restrio calrica precisam consumo de protena maiores que os
atletas que consomem quantidades adequadas de calorias. (Steers.S 1998)
114478 Segundo o American College of Sport Medicine (ACSM), a recomendao
de ingesto para exerccios de resistncia de 1,2 a 1,4g de protena por kg
MC/dia e nos exerccios de fora de 1,6 a 1,7g de protena por kg MC/dia..
Steinacker JM, Lormes W, Lehmann M, Altenburg, 1998)
En quanto aos micronutrientes: Vitaminas e minerais so um grupo de
substncias de natureza orgnicas que esto presentes nos alimentos em
pequenas quantidades, e so essenciais para os processos metablicos que
ocorrem na nutrio das pessoas, sem eles o corpo no tem a capacidade de
aproveitar os elementos de sntese e de energia fornecida pelos alimentos.Tem
-
um papel importante para facilitar a transformao dos substratos em energia
atravs de vias metablicas, intervm como um catalisador nas reaes
bioqumicas.
Um aumento nas necessidades biolgicas como a pratica duma atividade fsica
intensa requer um aumento dessas substncias devido ao esforo fsico maior
A carncia de qualquer um deles provoca mudanas nas reaes bioqumicas em
nosso corpo (Arasa Gil, M 2005)
Antropometra nos desportistas
Antropometria uma tcnica de medio corporais simple, no invasivo, til,
tanto para o estudo da composio corporal como para a descrio da morfologia
por somatotipo e o analises da proporcionalidade de medidas corporais
O estudo da composio corporal envolve a determinao dos componentes
principais do corpo humano e depende da influncia dos factores biolgicos, tais
como idade, sexo, estado nutricional e actividade fsica
Dentro da avaliao dos atletas o componente da massa muscular relacionado
com o desempenho fsico, h uma relao directa entre a fora mxima e a massa
muscular, por conseguinte, quando se prepara o perfil fisiolgico dos atletas, a
massa muscular pode ser um parmetro essencial. (Canda Moreno, AS 1994)
A combinao associada ao fraccionamento de massa corporal de mtodo, com o
mtodo de Somatotipo de Heath-Carter, fornece a informao vlida sobre a
estrutura do corpo humano, e seja o mais representativo do que , no presente, no
domnio da Cineantropometria moderna.
Somatotipo de Heath-Carter Aspectos metodolgicos e tcnicos
Mtodo desenvolvido por Brbara Heath y J.E.Lindsay Carter
um mtodo que quantifica formas do corpo predominantes. Inclui a anlise dos
componentes endo-, meso e ectomorfismo do corpo humano.
expressado com 3 valores seqenciais (principalmente entre 1 e 7) que
representam os valores de endo, meso e ectomorfismo
Endomorfia Expressa o componente da adiposidade que tem a estrutura do
corpo.
-
Mesomorfia expressa a componente da estrucutura msculo-esqueltico que tem
a estrutura do corpo.
Componente ectomorfia expressa a relao de peso-talha e do grau de linearidade
da estrutura do corpo. (American Journal of Physical Anthropology, 1967)
_______________________________________________Resultados
Na tabela numero 1 aparece a distribuio de peso e altura e as diferentes idades
dos remadores onde a media de idade de 29,43 anos, no peso 72,41Kgs e tem
uma media de altura de 1,77 mts.
Idade Anos
Altura Mts.
Peso Kgs
1 22 1.73 68.7 2 30 1.86 73 3 27 1.8 72 4 34 1.64 70.6 5 26 1.84 74.4 6 24 1.77 73.8 7 43 1.78 74.4
Tabela 1. Distribuio de Idades, peso e Talha de cada remador
No Grfico numero 1 podemos observar as comparaes entre as diferentes alturas entre os remadores.
Grfico 1. Distribuio de Altura de cada Remador
1.61.65
1.71.75
1.81.85
1.9
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Altura
-
No grfico numero 2 mostra os diferentes pesos dos remadores comparado com o peso mximo requerido nas competncias para a categoria de peso leve que de 70 Kg.
Grfico 2. Distribuio de Peso dos remadores comparado com o Peso padro para categoria peso Leve
Tabela 3. Comparao entre Calorias Consumidas pelos remadores e a Energia Gastada
No Grfico 3 mostra a comparao entre a Energia gastada por dia por os remadores em relao as calorias consumidas por dia, sendo a media do Gasto energtico de 3157 Kcal e a do consumo calrico do 2161 Kcal.
Grfico 3. Relao entre Calorias Consumidas e a Energia Gastada dos remadores
68.0
70.0
72.0
74.0
76.0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Peso
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Calorias Consumidas
Energia Gastada
Caloras Consumidas
Energa Gastada
1 2417 Kcal 3117 Kcal 2 2120 Kcal 3225 Kcal 3 2343 Kcal 3183 Kcal 4 1740 Kcal 2938 Kcal 5 2305 Kcal 3310 Kcal 6 2488 Kcal 3252 Kcal 7 1713 Kcal 3074 Kcal
70 kg Peso para Competncia
-
No Grfico 4 aparece a uma torta onde esto as diferentes proporciones da media do consumo dos macronutrientes dos remadores.
Grfico 4. Distribuio da media do consumo de Macronutrientes dos Remadores
O Grfico 5 mostra a comparao dos micronutrientes consumidos pelos remadores em relao as recomendaes estabelecidas RDR para esportistas de alto nvel de treinamento.
Grfico 5. Relao entre o consumo de micronutrientes (media) em comparao com os Valores Normais recomendados (RDR)
60.29%19.43%
20.29%
H.Carbono
Proteina
Gordura
00.20.40.60.8
11.21.41.61.8
2
Valores Remador Valores Normais
-
A tabela numero 3, mostra a proporo em porcentagem da composio corporal dos remadores distribudas em 5 componentes segundo o mtodo de KERR, D.A
% Gordura % Muscular % sea % Residual %Pele
1 18.10% 49.80% 12.10% 14.90% 5.10% 2 20.00% 51.00% 13.00% 11.00% 5.00% 3 16.10% 51.30% 12.70% 14.70% 5.20% 4 14.20% 51.90% 14.80% 13.80% 5.30% 5 19.60% 47.20% 15.40% 12.10% 5.70% 6 16.90% 51.70% 13.10% 13.20% 5.10% 7 15.90% 53.40% 12.10% 13.40% 5.20%
Tabela 3. Distribuio e Proporo em % das Composies Corporais dos Remadores
O Grfico 6 e 7 mostram a comparao do Porcentagem de Gordura e Muscular respectivamente dos remadores, onde a media de porcentagem de Gordura de 17, 26 % e a media de porcentagem muscular de 51%.
Grfico 6. Distribuio das Propores de Porcentagem de Gordura dos diferentes remadores
Grfico 7. Distribuio das Propores de Porcentagem Muscular dos diferentes remadores
0.00%5.00%
10.00%
15.00%20.00%25.00%
0 1 2 3 4 5 6 7 8
% Gordura
46.00%
48.00%
50.00%
52.00%
54.00%
0 1 2 3 4 5 6 7 8
% Muscular
-
A Somatocarta do grfico 8 mostra a comparao entre os diferentes somatotipos dos remadores em estudo em relao ao Somatotipo Padro da categoria Peso Leve para remadores Olmpicos
Grfico 8. Somatocarta dos diferentes Somatotipos dos remadores em Estudo comparado com os dos Remadores Olmpicos Categoria peso leve
Endomorfo Mesomorfo Ectomorfo
Peso Leve Olmpico
1.9 4.2 3.4
1
1.9 4.5 2.5 2
1.8 3.4 4 3
0.9 4.8 3.3 4
0.9 7 0.8 5
1.6 4.6 3.6 6
1.2 5.1 2.5 7
0.9 4.5 2.6
Tabela 4. Comparao dos Somatotipos dos remadores estudados com os dos remadores Olmpicos Peso Leve
-
________________________________________Discusso Durante a pesquisa realizada com os remadores categoria peso leve representantes da seleo brasileira durante o treinamento prvio a competncia do Campeonato Mundial disputado na Nova Zelndia no ano 2010. Acho-se que tendo uma media de idade de 29,43 anos, com uma altura media de 1,77 mts e um peso mdio de 72,41 Kg sendo este ultimo por encima do peso Maximo permitido para as categorias peso leve.
Acho-se tambm que a media das Calorias consumidas durante o dia esta muito por embaixo das gastadas existindo uma relao de 2167 Kcal consumidos e 3157 Kcal gastados, o que gera uma diminuio do rendimento do remador. Ao mesmo tempo na avaliao da distribuio dos Macronutriente consumidos pode-se apreciar que a proporo das protenas aparenta estar muito alta, mas na realidade dum 1,5 grs/kg/peso que esta dentro dos valores recomendveis o recomendvel, tendo em conta que as calorias consumidas esto muito por embaixo do gasto energtico o que se encontram diminudas na realidade so os Carboidratos que por mais que na distribuio mostre um 60 % das calorias consumidas, no alcanam os 8 a 9 grs/kg/peso recomendvel.
Os Micronutrientes consumidos, considerados Vitaminas, Minerais encontram-se por embaixo dos valores normais de acordo com a RDR: Nos Minerais, o clcio num 5,71%, responsvel da formao dos ossos, da contrao muscular e de muitas das funes nervosas. O Zinco num 9,09% que tem a funo da produo das protenas, do crescimento em geral e do normal funcionamento do sistema imunolgico. Em quanto as vitaminas, a Vitamina B12 e Acido Flico, sumamente ligados entre elas, encontram-se por embaixo num 16,67 % e 5%, respectivamente, sua carncia esta relacionada com a causa de anemia megaloblstica, j que so vitaminas responsvel na formao de glbulos vermelhos, crescimento corporal e regenerao de tecidos, alem de intervir no metabolismo dos Glicdios, Protenas e gorduras
Foi feito tambm um anlises antropomtrico onde determino-se a composio corporal dos remadores e o Somatotipo. Em quanto a avaliao da composio corporal, acho-se que os remadores mostraram um alto grau do componente muscular, media de 51 % , e enquanto a media do porcentagem de massa adiposa tinham uma media de 17,26%.
Na determinao do Somatotipo que mede o perfil fsico dos atletas, acho se que media dos remadores mostrava uma media de 1,4 para endomorfismo, 4,8 para mesomorfismo, e 2,8 para ectomorfismo, sendo o padro para os remadores olmpicos categoria peso leve, 1,9; 4,2; 3,4 respectivamente. O que significa que os valores mdios dos remadores em estudo encontram se muito perto dos valores padres.
-
________________________________________Concluso importante considerar o papel da alimentao dentro do remo, j que um
esporte que apresenta um desgaste fsico muito alto, esse gasto calrico precisa
ser coberto para poder otimizar o rendimento, por isso que no tem que
descuidar a qualidade, a quantidade, a proporo da alimentao de cada atleta,
em especial na categoria peso leve, que uma categoria onde o peso um fator
presente em momento todo
importante que exista na conscincia de cada atleta que a alimentao deve ser
considerada como uma ferramenta imprescindvel dentro do esporte, e que seus
hbitos alimentares dependem muito do desenvolvimento na hora do treinamento
e das regatas.
Uma boa educao alimentaria ajudaria para que o atleta aprenda a considerar os
diferentes aspectos nutricionais e a importncia que oferece um plano de
alimentao para evitar uma perca de suas capacidades e aperfeioar todos os
benefcios adquiridos durante o treinamento para obter seu maior nvel de
competncia
-
_______________________________________Bibliografia
1-Alfonzo Hernndez, Gladys Dra. Estimacin del gasto energtico en remeros cubanos de alto nivel por el mtodo factoriaL, , La habana, Cuba 2009) 2-American Journal of Physical Anthropology, 27, 57-74, 1967)
3-Arasa Gil, Manuel. Manual de nutricin deportiva, FEDA Editorial Paidotribo Polgono Les Guixeres. 2005
4-Canda Moreno, AS Estimacin Antropomtrica de la masa muscular en deportistas de alto nivel. 1994
5-Carter, J.E.L. y Heath B.H. Somatotyping. Development and applications. Cambridge: Cambridge University Press. 1990
6-Germani, G. 2005. Manual del encuestador. Trabajos e Investigaciones del Instituto de Sociologa. Publicacin interna N 22. Departamento de sociologa. Facultad de Filosofa y Letras. Universidad de Buenos Aires: Pp 1:30.
7-Kerr, D. A. (1988) An anthropometric method for the fractionation of skin, adipose, muscle, bone, and residual tissue masses in males and females age 6 to 77 years. Unpublished Masters Thesis. Simon Fraser University, BC, Canada.
8-Koutedakis Y, Pacy PJ, Quevedo RM, Millward DJ, Hesp R, Boreham C, et al. The effects of two different periods of weight-reduction on selected performance parameters in elite lightweight oarswomen. Int J Sports Med. 1994; 5(8):472-7.)
9-Santinoni Erika e Soares Eliane de Abreu. Avaliao nutricional de remadores competitivos, Rev. Nutr., Campinas, 19(2):203-214, mar./abr., 2006)
10-Steers, Suzanne N. Aspectos nutricionales para deportistas que deben reducir el peso. G-SE. Revista de Actualizacin en Ciencias del Deporte. Vol. 6 N 16. 1998).
11-Steinacker JM, Lormes W, Lehmann M, Altenburg D. Training of rowers before world championship. Med Sci Sports Exerc. 1998; 30(7):1158-63.
12-United States Comitte Olimpic/ USAOC , Australian Olimpic Comitte / AOC , Australian Sports Institute / ASI e Montreal Olimpic Games Project / MOGAP