Alimentação Itinerante

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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MG FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO Deyverson Franclein Paranhos Avelino ALIMENTAÇÃO ITINERANTE Coronel Fabriciano 2015

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MG

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

Deyverson Franclein Paranhos Avelino

ALIMENTAÇÃO ITINERANTE

Coronel Fabriciano

2015

pc
Realce
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Deyverson Franclein ParanhosAvelino

ALIMENTAÇÃO ITINERANTE

Monografia apresentada pelo acadêmico

Deyverson Franclein como exigencia do

curso de graduação em Arquietura e

Urbanismo do Centro Universitário do

Leste de MG.

Orientador: Vinícios Ávila

Coronel Fabriciano

2015

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AGRADECIMENTOS

Ao

Prof. Vinicius Ávila do UNILESTE

pelas orientações acadêmicas.

Minha mãe e meu pai, Marlene e Serafim

por me apoiar nessa trajetória

Minha esposa, Mara Assis

devido a compreensão das horas ausentes..

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES:

FIGURA 1. Origem do comércio e evolução do homem ...............................17

FIGURA 2. Intervenção Rotativos.................................. ...............................33

FIGURA 3.Adaptação Rotativos........................................ ............................34

FIGURA 4. Rolando massinha........................................ ...............................35

FIGURA 5. Questionério de entrevista do comércio......................................37

FIGURA 6. Mapeamento de possíveis itinerancias em Timóteo ...................39

FIGURA 7. Fotos de Timóteo......................................... ...............................40

FIGURA 8. Diagrama de horários................................... ...............................41

FIGURA 9. Rota dos sabores em Coronel Fabriciano.... ...............................42

FIGURA 10. Itinerancia intermunicipal.......................... ...............................43

FIGURA 11. Carros para adaptações.............................. ...............................45

FIGURA 12. Spinter........................................................ ...............................45

FIGURA 13. Veículos usados para adaptações............... ...............................46

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LISTA DE ABREVIAÇÕES:

AEA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA AUTOMOTIVA

CEFET CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CONTRAN CONSELHO NACIONAL DE TRANSITO

FIPE FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS

INMETRO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E

TECNOLOGIA

TPU TERMO DE PERMISSÃO DE USO

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................13

2. OBJETIVOS................................................................................14

2.1 Objetivo geral..............................................................14

2.1 Objetivos específicos de pesquisa...............................15

3. JUSTIFICATIVA.......................................................................15

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................16

4.1 Origem do comércio....................................................16

4.2 Comércio itinerante.....................................................18

4.3O Comércio e a identidade social ................................21

4.4 Abordagem social do comércio...................................24

4.5 Comércio de alimento itinerante .................................26

4.6 Legislações para comércio itinerante..........................28

4.6.1 Legislações.....................................................29

5. PROPOSTAS ANÁLOGAS......................................................32

6. SEMINÁRIO..............................................................................35

7. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE TCC2.....................38

7.1 Possibilidades para proposta de TCC2........................44

8. CONCLUSÃO.............................................................................47

9. REFERÊNCIAS..........................................................................49

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RESUMO

O comércio itinerante é uma das atividades comerciais mais antigas do mundo.

Evoluiu ao longo do tempo e se renova a cada dia de forma a atender as

necessidades reais de cada época. Em meio as inovações e o surgimento de

novas formas de comercializar, o seguimento itinerante se destaca como uma

forma direta e rápida de atendimento ao cliente. Aliado as mudanças sociais e

aos avanços tecnológicos como a internet se firma a cada dia como uma opção

forte de comercialização. Estudar a atuação urbana do comércio itinerante no

ambiente e suas influencias é um dos propósitos buscados pela pesquisa. A

dinâmica urbana e o corpo no espaço se tornaram alvos de estudo indispensáveis

para as respostas sobre as melhores formas de atuação comercial a qual justifica

esse trabalho. A pesquisa foi sustentada por estudos sobre o comércio em geral,

desde a necessidade de seu surgimento a suas adaptações ao longo do tempo que

influenciam nos dias atuais, pois dessa forma foi possível identificar os

momentos em que a necessidade de evolução prevaleceu. Claramente foi

compreendido o porquê das novas formas de comercialização que se originaram

a partir da simples troca dos antepassados se fez necessária. Após pesquisas

históricas e referencias atuais surge um novo modelo de comércio itinerante, o

de alimentação. O FOOD TRUCK. O qual ainda tímido e desregrado é possível

identificar falhas e propor soluções. E através de pesquisas técnicas ficaram

evidenciadas as preferencias da população e os reflexos na sociedade Urbana.

Palavras chave: [História do comercio, necessidade de evolução, corpo no

espaço, Sociedade urbana].

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ABSTRACT

The itinerant trade is one of the oldest commercial activities in the world. It

evolved over time and is renewed every day to meet the real needs of each era.

Among the innovations and the emergence of new forms of marketing, the

itinerant follow-up stands out as a direct and fast customer service. Allied social

and technological advances such as the internet changes every day it stands as a

strong option marketing. Study the urban action of itinerant trade on the

environment and their influence is one of the purposes sought by the survey. The

urban dynamics and the body in space have become indispensable to study

targets the answers about the best forms of commercial activity which justifies

this work. The research was supported by studies on trade in general, from the

need for its emergence to its adaptations over time that influence today, because

that way we could identify the times when the need for evolution prevailed. It

was clearly understood why the new forms of marketing that originated from the

simple exchange of ancestors was needed. After historical and current references

research emerges a new itinerant trade model, the supply. The FOOD TRUCK.

Which still shy and unruly can identify gaps and propose solutions. And through

technical research were highlighted the preferences of the population and

reflections on the Urban Society.

Keywords: History of trade, the need for evolution, body in space, urban society.

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1. INTRODUÇÃO

Ja dizia o filósofo Marco Túlio Cícero (107 a.C.) “O prazer dos banquetes

não está na abundância dos pratos e, sim, na reunião dos amigos e na

conversação". Cada vez mais os brasileiros estão procurando comida fora de

casa. O aumento da classe média no país abriu uma porta significativa ao setor

alimentício, onde registrou um crescimento de 12,5% apenas em 2012. Os lucros

da área gourmet saíram de 13% para 17% ao ano nos últimos 20 anos, e o

mercado ainda carece de novos estabelecimentos. Atualmente 31% das pessoas

do país consomem comida na rua semanalmente, número que em um futuro

próximo deve atingir 50% (até 2020). (SEBRAE 2012)

Segundo Antônio Carlos De Faria, responsável pelos estudos e divulgação

do folheto Anuário Brasileiro da Alimentação Fora do Lar (2012) e também do

Portal Alimentação Fora do Lar (2012), a prosperidade do setor é uma crescente

realidade. Dentre as diversas opções de comercio de alimentos que a população

pode desfrutar em meio a correria do dia a dia estão os ambulantes que fornecem

alimentação rápida e de forma itinerante, ou seja, são pessoas a pé com

carrinhos ou em carros adaptados que saem em circulação pela cidades em busca

de seus clientes.

A regulamentação da lei da comida de rua já é discutida e praticada na

cidade de São Paulo e deve se alastrar para o restante do país. As normas

regulamentadoras permite a venda de alimentos em espaços públicos, liberando

também o uso de veículos adaptados para esse tipo de seguimento.

Evidentemente esse modelo representa uma grande oportunidade para quem

quer se aventurar no ramo, porém, é importante saber que legalização para a

venda de alimentos na rua depende do alvará das prefeituras. Ou seja, Significa

que não basta escolher um ponto, estacionar o veículo e vender.

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Dentre as dificuldades para quem vende comida na rua estão às condições

do tempo como chuva, frio e calor forte que podem afastar a clientela. Bem

diferente de um lugar fechado e com ar-condicionado. Por outro lado, trata-se de

um ramo até então bem-sucedido. Os comerciantes itinerantes existem em várias

partes do mundo como Nova York, Londres e Paris. Chefs de cozinha

renomados de São Paulo já sinalizaram que vão investir em tal empreendimento

porque sabem ser um nicho com perspectivas muito interessantes. (DAHE.

RENATA, 2015).

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

A pesquisa tem como foco entender a dinâmica funcional de atuação dos

comerciantes itinerantes, buscando no passado o surgimento de sua necessidade

e também sua evolução até os dias atuais, analisando o progresso das formas de

garantia da qualidade de atendimento e desenvolvimento dos produtos a serem

oferecidos por parte do empresário. Ao mesmo tempo entender de que forma os

cuidados e medidas tomadas atende as expectativas dos consumidores. Fazendo

uma comparativa com restaurantes não itinerantes, a qual conta com amplos

espaços de preparo e fornecimento de alimentos.

Outro fator importante a ser estudado são os meios e formas a qual essa

“cultura” pode e irá influenciar, seja no espaço geográfico, nos costumes

conservadores de cada individuo e até mesmo na quebra de rotina e da paisagem

urbana. O estudo tem como objetivo amplo diagnosticar os impactos de um

empreendimento como esse, analisando de quais formas ele poderá influenciar o

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estilo de vida da população.

2.2. Objetivos expecificos de pesquisa

Dentre as áreas especificas a serem estudadas estão a origem do comércio,

afim de entender a partir de qual momento as necessidades do comércio

itinerante se fizeram necessárias, o comércio itinerante e toda a sua abrangência

de tipologias, o comércio e a identidade social que ele representa no cotidiano

das pessoas, abordagem social do comércio itinerante a fim de entender as

formas de captação e resposta social a evolução das formas de comércio,

percepções criadas e legislações respeitadas para comércio de comida itinerante,

aceitação urbana e as referencias existentes para objeto de estudo. Entender

especificamente a relação do corpo a partir do micro espaço em relação ao

macro espaço das cidades.

3. JUSTIFICATIVA

O ramo alimentício tende a crescer, e há pesquisas que apontam o desejo

dos brasileiros em empreender. Para o arquiteto que antes projetava restaurantes

e lanchonetes apenas para o “chão de terra” tem agora outras possibilidades com

comercio itinerante. Um desafio para novas propostas de projetos sobre rodas.

(SEBRAE 2012)

O que é proposto hoje em tecnologia de adaptações e legislações para

funcionamento dos carros de comida itinerante no Brasil em sua maioria não

atende as reais necessidades do empreendedor, são cópias de países como a

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Inglaterra e EUA que vivem de uma cultura diferente, sendo necessária uma

releitura por parte do comercio brasileiro para se adaptar a realidade local de

atuação.

Enfim, as pessoas continuaram se alimentando, muitas na correria do dia a

dia do trabalho e outras no lazer. Dentre os diversos motivos que levam as

pessoas a se alimentarem na rua esta a resposta do crescimento do setor. Porém

algumas respostas ainda têm de ser buscadas como: Quais as dificuldades em

atender as necessidades do comerciante e dos clientes no mutante espaço do

comercio itinerante? Obedecendo as legislações tanto de adaptações de carros

como as necessidades de um restaurante? Como atrair clientes? Como atuar?

São respostas ainda pouco conhecidas. Uma exigência é certa, os comerciantes

itinerantes necessitam de uma forma de projetar além do m² ( metro quadrado) é

necessário pensar o projeto tridimensionalmente atento ao seu espaço por

volume, considerando mais profundamente as condições climáticas e

geográficas.

“Por trás de cada um desses carros de comida tem a história de alguém

que em algum momento resolveu mudar de vida... muitas vezes jogar tudo para

o alto e recomeçar de outro jeito”. (DAHE. RENATA, 2015).

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1. Origens do comércio

“O desenvolvimento das trocas naturais foi o primeiro passo para que a

atividade comercial se firmasse”. (RAINER. SOUSA, 2015)

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FIGURA 1: Origem do Comércio e evolução do Homem.¹

Fonte: Página - Comércio Exterior O que é? 2012.

Atualmente é impossível identificar com precisão a origem do comércio,

porém há indícios históricos de tipologias comerciais mais relevantes ao fim da

antiguidade e inicio da era medieval.

Caracterizando o comércio ainda na era medieval, podemos identificar a

figura do homem ou chefe familiar em especificas habilidade de trabalho, que

para um maior ganho de produção dedicava maior parte de seu tempo na

realização de suas atividades como a caça, a pesca e o plantio. Desse modo,

garantia o sustento de sua família por um determinado tempo. Porém, ao se

dedicarem a essas determinadas atividades para seu sustento, esses trabalhadores

conhecidos como camponeses não teriam tempo para seu sustento, esses

trabalhadores conhecidos como camponeses não teriam tempo para se dedicar a

1 - Disponivel em: <http://slideplayer.com.br/slide/1777117/> acessado em março de 2015.

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realização de outras atividades que também integravam parte de suas outras

necessidades essenciais, como vestuário, e ferramentas.

Buscando suprir a falta de produtos que se faziam necessária, os

camponeses recorriam à produção de outros para então trocar o que ambos

tinham de excedentes. Assim, as primeiras atividades comerciais se baseavam

em trocas naturais em que as partes estipulavam livremente a quantidade e os

produtos que poderiam envolver as suas negociações.

Além da troca de mercadorias para abastecimento de suas próprias

necessidades algumas iguarias como o milho, arroz, feijão e principalmente o sal

foram uma das primeiras moedas de troca, sugerindo até mesmo a origem da

palavra salário e eram formas de pagamento de impostos para o rei na era

medieval. Com o fim do feudalismo e o nascimento do capitalismo o comércio

ganhou ainda mais forças e os camponeses deram origem aos comerciantes que

em busca de suprir suas necessidades e ter uma maior variedade, saiam do

campo com sua produção excedente e circulavam com carroças e "balaios" pelos

povoados trocando seus produtos. E dessa forma originou-se a primeira

tipologia de comércio itinerante.

4.2. Comércio Itinerante

Inicialmente os comerciantes itinerantes atendiam aos povoados locais e

mais tarde foi de extrema importância no abastecimento dos centros de

concentração de guerras provenientes das cruzadas. Era também muito comum

haver comercialização entre os comerciantes itinerantes locais com viajantes que

passavam pelos povoados rumo a outros destinos.

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Depois de algum tempo, por praticidade de venda e o fim das constantes

guerras, os comerciantes itinerantes passaram a se encontrar em lugares

específicos dos povoados, facilitando assim o encontro e a comercialização de

seus produtos em locais de maior aglomeração de pessoas. Logo, naturalmente

esses encontros se tornavam acontecimentos culturais que atendiam aos anseios

populares. Surgiram então as primeiras tipologias de comércio fixo, muito

semelhante às feiras dos dias atuais e que mudava totalmente a rotina e a

dinâmica do comércio antes itinerante, fazendo com que a partir de então o

comerciante em seu ponto fixo esperasse o cliente, e não mais buscasse por eles.

Com natural evolução, a comercialização tornou-se cada vez mais

complexa e envolvia uma variedade cada vez maior de produtores, exigindo dos

comerciantes uma maior dinamicidade das formas de atendimento, transporte e

venda de seus produtos.

Embora após séculos da consolidação da nova forma fixa de comercializar

e a popularização da moeda como base de troca não houve a extinção das formas

de comercialização itinerante, e mesmo havendo lojas, mercearias, bares e

padarias em locais fixos da cidade muito parecidos fisicamente com a que se

conhece atualmente eram crescentes o número de ambulantes que nela

circulavam e comercializavam. Reflexo do aumento cada vez maior da

transposição do homem do campo para a cidade, que criava uma necessidade

cada vez maior de abastecimento alimentar. Independente de sua tipologia,

itinerante ou fixa, a população buscava variedade.

Já em 1700, com uma forma de comercialização mais ampla e definida,

houve a criação das primeiras normas e legislação especifica de diferentes

governos a fim de controlar e taxar as tipologias de comércio, e incluía

principalmente as formas itinerantes de comercialização. Em cidades como New

York, antes conhecida como Nova Amsterdam houve uma autorização dos

governantes para a atuação dos comerciantes itinerantes, que igualmente aos

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comerciantes fixos pagavam impostos para atuação na cidade. No entanto, a

concorrência dos “itinerantes” que aumentavam cada vez mais não estava

agradando os empresários e era “mal vista” pelo comércio fixo, que alegavam

um prejuízo ao setor econômico da cidade, por se apropriavam do espaço em

frente as suas lojas, nas calçadas, atrapalhando a venda e a circulação das

pessoas, além de não garantirem a qualidade dos produtos que vendiam.

As prefeituras e os governantes sabiam que simplesmente extinguindo os

comerciantes itinerantes provocariam um desfalque ao abastecimento das

cidades e ao mesmo tempo aumentariam o número de vagabundos pelas ruas

provocando um caos público.

Os comerciantes itinerantes por sua vez lucravam cada vez mais em

proximidades de locais com maior numero de circulação de pessoas, como

igrejas e escolas. Alguns governos sobre pressão de grandes empresários

acabavam removendo os ambulantes das calçadas, fornecendo um espaço

específico para eles. Espaço que diferente das formas de transição anteriores

(Itinerante para fixa) não aconteceu naturalmente e de forma espontânea, e sim

por forças de medidas econômicas e políticas. Ações que teoricamente evitavam

conflitos com os empresários de lojas fixas e ao mesmo tempo ordenavam os

espaços públicos. No entanto ao mesmo tempo em que essas medidas

favoreciam os comerciantes itinerantes e a cidade, trazendo o comerciante

itinerante para um local de comércio fixo, abriam vagas para o surgimento de

novos comerciantes itinerantes que tornavam a ambular pela cidade.

Além dos comerciantes itinerantes que viam uma oportunidade de

crescimento em suas vendas na cidade, outro fator influenciaria mais tarde a

continuidade da forma itinerante de comércio, a indústria. Em pleno vapor a

indústria em meados do século XIX contava amplamente com o comércio

itinerante. As linhas férreas, por exemplo, abasteciam seus empregados levando

em carrinhos adaptados alimentos e bebidas nos trechos onde estivessem

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possibilitando assim o desenvolvimento da indústria e o avanço mundial.

(RAINER. SOUSA, 2015)

Enfim as atividades comerciais começaram de forma itinerante, com

“carrinhos” puxados a mão e carroças, tornando-se um empreendimento de

locais fixo devido a cultura de troca em encontros centralizados e em ambientes

com maior densidade populacional. Porém a forma de comércio itinerante

persistiu devido a necessidade de diferentes setores econômicos durante a

história e também ao empreendedorismo de comerciantes que buscavam clientes

onde eles estivessem, garantindo uma maior rentabilidade.

O comércio passou por grandes evoluções que garantiram maior conforto

e comodidade aos clientes nos dias atuais. Graças a evolução do comércio no

passado há grandes centros de comercialização atualmente, como magazines os

shopping centers e a venda pela internet, formas de comércio que não eram

imaginadas há 100 anos. (RAINER. SOUSA, 2015)

4.3. O comércio e a identidade social

Atualmente o comércio tem diversas maneiras de vender seus produtos:

na própria loja, à distância, pela internet ou itinerante. São variadas as opções

que se desenvolveram do comércio tradicional ao longo da história. Esse

desenvolvimento é a resposta para as necessidades da população que carece cada

vez mais de tempo e praticidade, é algo que a população na dinâmica do dia-a-

dia se identifica. No entanto, muito se ganhou e se perdeu na evolução

comercial, reflexo da nova e diferente rotina do homem contemporâneo.

A forma de comercialização itinerante é um seguimento do comércio

tradicional que mais tem se destacado no cenário do comercio mundial,

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impulsionado pela divulgação via internet. E Por diferentes fatores ligados a

dinâmica urbana o comércio itinerante passa por constantes ajustes de atuação

na sociedade, fazendo com que auto se renovem e atendam as novas exigências

da população, respeitando a cidade e adequando-se ao seu espaço.

“A compreensão do tempo e do espaço, é originada através

de processos materiais que são utilizados pela representação

da vida social, logo cada sociedade, cada meio, reproduz

sentimentos diferentes, proporcionando o surgimento do

espaço de maneira individualizada de acordo com as

origens, pois as relações de poder sempre estão implícitas

nas práticas temporais e espaciais”. (Harvey 1996).

Ao analisar o conceito de espaço dado por Harvey é notável o sentido

dado a cidade como um espaço que sofre interferências de um todo, partindo de

anseios individuais.

Para a compreensão das interferências do comércio sobre sociedade, é

necessária a definição de um conceito básico criado a partir dessa relação. A

IDENTIDADE.

Os comerciantes itinerantes tornam os espaços a qual ocupam e

comercializam em um ponto mais humanizado e de grande peso econômico,

justificado pela a movimentação de fluxos de pessoas, veículos e produtos.

Individualmente todos tem uma história de identidade com algum lugar ou

espaço da cidade, e a simples passagem por determinados lugares contribuem

para a sua dinâmica de funcionamento. Juntamente com a identidade de um

lugar estão inseridos as lembranças e os sentimentos que justificam a atração

que levam a preferência por ele. Os motivos que a levam a estabelecer esse

vínculo sentimental para determinados espaços podem ser fruto de

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“preferencias”. Podendo ser preferencias alimentares, de lazer, ou de

simplesmente uma preferência de trajeto na rotina para o trabalho.

Os locais de atuação do comércio itinerante tem caráter diversificado e

popular, neles circulam compradores, trabalhadores dentre outros personagens

da vida real. Estas pessoas, examinam, consomem e se permitem fazer parte da

rotina confusa da cidade. Os comerciantes itinerantes por sua vez se tornaram

uma das principais fontes de relações sociais, criaram um espaço de trocas de

saberes e de hábitos culturais, estabelecendo vínculos com as pessoas além do

espaço ocupado ou dos produtos oferecidos, passam a ser humanos em meio a

objetos e viram referências vivas entre prédios arranha céu e a cidade de

concreto.

Ao se incluírem como parte da cidade, os comerciantes itinerantes passam

a vivenciar as condições que ela propõe. Nela provam de experiências diversas,

como o incomodo ao comerciante de loja fixa quando se esta irregular a clientes

mal humorados. Provam da falta de atenção provocada pelas pessoas na correria

do trabalho e ao mesmo tempo saboreiam da alegria de ser percebido por

clientes que encontram o que queriam e saem satisfeitos.

Os comerciantes itinerantes se dissolvem nas grandes paisagens da cidade

e são um movimento considerado pequeno que atendem a uma parcela de menor

poder econômico, no entanto essa parcela de menor poder econômico é maioria

no país. Sendo assim geram um impacto econômico razoável para determinadas

regiões, onde em algumas pequenas cidades são a única opção de comercio

existente. No entanto raramente são pensados ou incluídos em programas de

ordenação da cidade e até então não são previstos na rotina urbana. Tornam-se

uma mancha em mapas sem titulação urbana.

Mesmo sem apoio governamental o crescimento do comércio itinerante é

constante na maioria dos centros urbanos, eles se tornaram uma manifestação de

Page 20: Alimentação Itinerante

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identidade nos espaços públicos da cidade, afinal é o uso do território, e não o

território enquanto físico que fazem dele um elemento de convivência social.

“O território é constituído de formas, mas o utilizado são objetos e ações

que igualam a um espaço humano, ou seja, habitado, é o que expressa”.

(SANTOS, 1988).

O espaço tem sua forma, porém sem a intervenção humana deixa de ser

um ambiente com identidade de “lugar”, passam a ser um espaço onde os

acontecimentos da cidade não existem. (SANTOS, 1988).

A criação de identidade com o comércio itinerante é limitada. Pois trata-se

de um acontecimento temporário na paisagem urbana e na rotina social da

população. É uma arquitetura mutante, onde a identidade criada é desapegada de

localização geográfica.

4.4. Abordagem social do comércio

Ao analisarmos um shopping, nota-se um oferecimento de uma grande

variedade de produtos, com praças de alimentação, ambientes climatizados,

cheiros controlados, que atrai para o consumismo, no entanto ao mesmo tempo

expulsa com cadeiras não confortáveis e espaços micro. As praças de

alimentação dos shoppings são um suporte a lojas onde a maior necessidade é a

do consumo, onde tudo o que se precisa esta concentrado em um mesmo local,

dividido em galerias. Nos shoppings onde tudo parece perfeito a relação social

falha. Torna-se um ambiente de passagem onde quanto mais gente circulando,

comprando e abrindo espaço para novos compradores melhor. Não ha um

encontro sadio, de descontração com amigos sem preocupação com o entorno,

não há paisagens livres de poluição visual, não ha vento nem sol. Há apenas

circulação.

Page 21: Alimentação Itinerante

25

A abordagem comercial atual conta com diversas ferramentas de

divulgação, e são variadas as formas de captação dos clientes. Desde outdoor,

panfletos, carros de som e a internet sendo a ferramenta mais explorada nos dias

de hoje. A comodidade oferecida aos clientes que utilizam a internet tornou-se

alvo das grandes e atentas empresas de serviços que oferecem seus produtos, e é

muito comum não contarem mais com espaços físicos para o atendimento aos

clientes, abrindo mão de lojas fixas para mostruários virtuais.

Ao frequentar feiras ou centros comerciais populares é comum a

abordagem por ambulantes e comerciantes aos gritos promovendo e

barganhando seus produtos. Hoje no espaço virtual da internet não é muito

diferente, afinal, quem nunca se irritou ao abrir o e-mail, ou sites qualquer e ser

bombardeado por janelas comerciais pop-ups oferecendo produtos, desviando

sua atenção e até impedindo sua finalidade de busca?

É interessante observar que cada vez mais as pessoas consomem e

interagem com o mundo sem sair de casa, sintomas do mundo globalizado.

Buscam longe o que querem, sem sair da cadeira. E se de um lado o ambulante

não entra e nem grita promoções dentro das casas do outro o comercio virtual

invade sua privacidade e pechincha sem voz.

O ambiente virtual esta ganhando cada vez mais espaço na rotina social

das pessoas. Elas conversam, namoram, pedem refeições, fazem consultas

médicas, “vivem virtualmente”. Desvalorizando ambientes de encontros físicos,

tornando a interação social dispensável. No entanto a extinção do espaço

comercial é parcial, e “ainda” não é possível viver 100% virtualmente.

Ao analisar o ramo alimentício uma lanchonete, por exemplo, que

trabalha com produtos de entrega a domicilio certamente a cozinha e as formas

de preparo continuam nos moldes tradicionais, necessitando de espaços para o

Page 22: Alimentação Itinerante

26

preparo e despacho dos pedidos de alimentos. Porém em ambientes cada vez

mais reduzidos.

A nova abordagem comercial itinerante tem o proposito de atender da

melhor forma seus clientes, adaptando-se as necessidades rotineiras da

população. Levando o alimento onde estiverem, atento as tecnologias de pedidos

virtuais produzindo e preparando alimentos em espaços dinâmicos de trabalho,

tendo a agilidade na entrega o ponto forte de um empreendimento, é o que o

fazem popular, e são características de identidade do comércio itinerante.

4.5. Comércio de alimento itinerante

O comércio de alimento itinerante tornou-se realidade para

empreendedores do Brasil e do mundo. Atende as necessidades de fornecimento

alimentar de forma rápida e econômica atraindo cada vez mais adeptos.

Atualmente o seguimento representa uma forma de renda para 2% da população

brasileira. (IBGE 2014)

São diversas as formas de fornecimento e distribuição do comércio

itinerante. Bicicletas, carrinhos de mão adaptados, carrocinhas, carros, trailers e

até mesmo ônibus. Porem mesmo em veículos totalmente diversos todos tem

uma necessidade em comum, a adaptação espacial.

As carrocinhas de pipoca, por exemplo, são adaptadas com pequenos

compartimentos para separar os ingredientes de estoque, dos temperos, dos

saquinhos e a fonte de combustíveis (gás). São cercados por vidro para que se

veja o produto e, no entanto não se pode tocar. Os carrinhos de pipoca são leves

e tem escala de empreendimento pequeno e mesmo assim não são isentos de

atender as regras de legislação existentes para funcionamento.

Page 23: Alimentação Itinerante

27

O comércio itinerante, exclusivamente os automotores assim como

qualquer outro seguem as regras e legislações e de funcionamento dos demais.

No entanto além das regras validas para todos, os automotores seguem normas

especificas da legislação de transito. E qualquer adaptação para esse seguimento

itinerante e automotor deve obedecer as normas do DETRAN e CONTRAN.

(SEBRAE 2014).

No Brasil já existem empresas especializadas em adaptações de veículos

para tal empreendimento. No entanto em sua maioria obedecem a pedidos de

clientes sem qualquer conhecimento técnico que desconhecem suas reais

necessidades de espaço. E vale lembrar que para cada tipologia de comércio

haveria de existir um projeto diferente a qual o estudo dos espaços deveriam se

tornar específicos.

Os movimentos e esforços ergonômicos para o preparo de um macarrão

na chapa, por exemplo, é diferente para o preparo de um sanduiche, mesmo

ambos projetados para o mesmo espaço a dinâmica, e até mesmo a ordem de

acréscimo dos ingredientes são objetos de estudos e percepções para o

desenvolvimento de projetos que futuramente em termo de uso agilizariam o

preparo e fornecimento de alimento aos clientes.

Muitas normas para o projeto e execução de cozinhas em locais fixos já

existem, porém o carro de comida itinerante é novidade e é essa a maior

dificuldade quando se pretende empreender. Até então não há uma normalização

especifica de como montar e funcionar um comércio de comida itinerante. O que

se pode fazer então é analisar as legislações existentes e propor soluções dentro

do que é permitido.

A atuação do comércio itinerante vai além das teorias urbanas e

percepções do corpo, ela esbarra nos conflitos da cidade, em normas de

segurança, direitos tributários e passa a ser uma intervenção entre milhares que

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28

nela já existe, a qual terá de se adaptar e adequar as necessidades da rotina

urbana e aos interesses característicos de um empreendimento comercial,

propondo soluções técnicas para tais situações.

Os espaços adaptados para o comércio de comida itinerante devem passar

por uma série de análises além das percepções individuais da cada

empreendimento, em geral todos tem que atender as normas e legislações

existentes que regem o seguimento.

4.6. Legislação para comércios itinerantes

A infraestrutura necessária para montar um comércio de alimento

itinerante deve ser planejada para poder atender às necessidades de preparação e

comercialização dos alimentos, segundo às exigências da Anvisa (Agência

Nacional de Vigilância Sanitária) municipal e estadual, Prefeitura, Denatran

(Departamento Nacional de Trânsito e Detran (Departamento Estadual de

Trânsito) e Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia). (SEBRAE 2014).

Fazer de um veículo um negócio sobre rodas exige cuidados. Especialistas

afirmam que as alterações não devem envolver as partes mecânica e elétrica

originais do veículo. "Sem o devido cuidado, o carro pode sofrer pane e ter o

funcionamento prejudicado", diz o diretor de segurança veicular da AEA

(Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), Marcus Aguiar. (SEBRAE

2014).

Page 25: Alimentação Itinerante

29

4.6.1. LEGISLAÇÕES

Legislação de transito

O planejamento da cozinha seguindo as regras existentes, assim como a

realização das manutenções preventivas e programadas garantirá o correto

funcionamento do comércio itinerante.

Algumas normas são claras quanto a adaptação de veículos, ela não

permite mudar altura e largura de veículos por exemplo. E qualquer modificação

no veículo deve seguir as determinações da Resolução 292, do Contran

(Conselho Nacional de Trânsito). Alterações no conjunto de molas e no sistema

de suspensão são proibidas também pela norma.

Se houver a necessidade de instalção deequipamentos elétricos, como

chuveiros elétricos, secadores e fornos é preciso checar se a bateria do

automóvel tem potência suficiente para fazer os aparelhos funcionarem. Caso

contrário, o empreendedor precisará de outra fonte de energia. E ser ligados a

um gerador alternativo ou mesmo a tomadas fixas para funcionarem.

Antes de fazer qualquer alteração no veículo o empresário precisa

comunicar o DETRAN (Departamento de Trânsito). Depois de modificado, o

automóvel precisa passar por uma avaliação em um posto regional do órgão para

emissão do CSV (Certificado de Segurança Veicular). Com o CSV em mãos, o

empreendedor deve ir novamente ao DETRAN para alterar a documentação do

veículo.

Há veículos pequenos, médios e grandes. No planejamento de qual

comprar, o empreendedor deverá levar em conta que comida deseja

Page 26: Alimentação Itinerante

30

comercializar, que equipamentos serão necessários dentro do veículo para

garantir a segurança dos alimentos vendidos, as questões relativas à parte

elétrica e hidráulica, material de divulgação da marca, como adesivagem e

pintura e, enfim, quanto poderá investir no negócio. (SEBRAE 2014).

Legislações municipais

O Brasil tem apenas dois estados (RJ e SP) com legislação especifica em

vigor para cozinhas sobre rodas. Ambas em fase de implantação. (SEBRAE

2014).

As duas leis demarcam as condições de uso dos equipamentos, a

necessidade do termo de permissão de uso (TPU), as obrigações dos

permissionários, a exigência de seguir as legislações sanitárias existentes.

(SEBRAE 2014)

Dentro do âmbito municipal o código de postura é o órgão que reúne o

conjunto de normas que regulam a utilização do espaço urbano pelos cidadãos.

É uma lei que regulamenta a melhor convivência das pessoas dentro de sua

cidade. O código foi criado para organizar o perímetro urbano, fazendo com que

o interesse de todos prevaleça sobre o interesse individual.

A utilização de passeios públicos, a instalação de mobiliário urbano, o

exercício de atividades profissionais ao ar livre e a instalação de faixas e

cartazes de publicidade visuais e sonoros em locais públicos são alguns dos itens

contemplados pelo regulamento municipal.

Page 27: Alimentação Itinerante

31

Vigilancia sanitátia / ANVISA

No Brasil há legislação de âmbito nacional, desde 2004, (RDC 216 e

agora RDC 49) que orienta todos os aspectos relativos às boas práticas. Todos os

proprietários de comércio itinerante devem seguir as orientações para que

garantam a elaboração de alimentos seguros, livres de contaminação. (SEBRAE

2014)

A legislação sanitária exige normas semelhantes ao do código de posturas,

porém mais especificas a cada tipo de atividade e alimento. Ela estabelece

procedimentos técnicos para manipulação, descarte de resíduos para a

conservação do ambiente.

Normas de segurança / Bombeiros

Para os comerciantes itinerantes a segurança dos eventos está baseada na

legislação de combate e prevenção de incendio. A utilização de energia elétrica,

gás e produtos químicos se não for corretamente planejada e executada poderá

podera colocar em riscos o proprietário, quem trabalhará no automóvel e os

clientes que estão próximos no momento das vendas.

Para atender as necessidades de segurança a cada projeto é necessário

uma análise por parte do corpo de bombeiros, que investigara as circunstancia

de funcionamento para cada tipologia de moradia ou comercio. Para então

estabelecer medidas de prevenção e formas de combate a um eventual incêndio.

Page 28: Alimentação Itinerante

32

5. Propostas análogas

Rotativos

Elaborado por Wellington Cançado e Simone Cortezão projeto visa a

ocupação itinerante de vagas de Estacionamento Rotativo em espaços públicos

em regiões centrais do país, a intervenção dos ROTATIVOS foi realizada de 06

a 10 de novembro de 2006 em São Paulo como um dos projetos selecionados

para a FIAT Mostra Brasil.

As intervenções do projeto Rotativo ocupam os espaços públicos da

cidade. É uma arquitetura sem localização fixa que oferecem programas

variados para o atendimento ao público. A proposta usa veículos utilitários que

são transformados em ambientes interiores e paisagens sobre rodas e

organizados que oferecem espaços para descanso, reflexão, diversão e serviços

variados.

O objetivo é levar atividades culturais e cotidianas para a rotina da

população, oferecendo cinema, galeria de arte, restaurante e terraços-jardim,

além de produzir, expor e disponibilizar vídeos, publicações independentes,

trabalhos de artistas e designers, informações, imagens, sabores, objetos e outros

suprimentos culturais.

Baseados na legislação da cidade de belo horizonte, os Rotativos criaram

uma forma de atuar dentro da cidade de acordo com as leis impostas por ela.

Partindo da ideia que a cidade é pensada para o trafego visando a valorização de

vias veiculares. E foi observando essa tendencia veicular é que os Rotativos

criaram uma estratégia de utilização de espaços urbanos.

A maioria das capitais e grandes cidades brasileiras tem algum sistema de

controle para estacionamento em vagas públicas. Conhecido em Minas Gerais

Page 29: Alimentação Itinerante

33

como Faixa-azul, esses espaços são administrados em sua maioria por empresas

privadas que detêm concessões e têm como objetivo de promover o aumento das

vagas para estacionamento, melhorar a circulação do tráfego, controlar o uso do

espaço público, aumentar a circulação de pessoas em determinadas áreas e

arrecadar dinheiro para a cidade.

O projeto de intervenção dos Rotativos tem um ideal de que as áreas

públicas devem ser utilizadas para atividades coletivas de interesse público,

sejam elas serviços ou jardins. Sendo assim, os Rotativos propõem o aluguel e a

ocupação de vagas em horário comerciais nas regiões centrais, durante sete dias

corridos, para uma frota de cinco itinerantes, através da compra de

aproximadamente 350 cartões de estacionamento rotativo.

Os automoveis são obrigados a circular pela cidade, cumprindo os prazos

máximos de ocupação de cada vaga. No último dia, os carros se encontram em

algum ponto da cidade, de acordo com a disponibilidade de vagas contínuas,

formando uma ocupação coletiva e articulada que resultará num equipamento

público e numa praça linear suspensa, formados pela junção dos veículos.

FIGURA 2: Intervenção Rotativos¹

Fonte: Página da Fiat/ Mostra Brasil. Belo Horizonte: Cria!Cultura, 2006.

1-Disponível.em:<http://danielescobar.com.br/v1/wp-content/uploads/catalogo/fiatMostra.pdf>

acessado em março de 2015

Page 30: Alimentação Itinerante

34

FIGURA 3: Adaptação Rotativos¹

Fonte: Página da Fiat/ Mostra Brasil. Belo Horizonte: Cria!Cultura, 2006.

Rolando Massinha

Além do ponto de vista urbano de atuação do comercio itinerante na

cidade, há tambem o ponto de vista do empreendedor, que vê no comercio

itinerante uma opção de trabalho e estilo de vida. É o caso Rolando Vanucci, um

dos precursores da comida de rua preparada dentro de uma kombi, sucesso há

sete anos na Av. Sumaré. A oportunidade surgiu da necessidade de trabalhar e

virou modelo de empreendedorismo para muita gente.

Rolando massinha atende proximo a centros comerciais a fim de captar

trabalhadores que circulam pela cidade, normalmente comerciantes em horario

de almoço. Sendo assim pode ser classificado como um empreendimento que

atende a necessidade do trabalhador por dar suporte a alimentação da população

nos intervalos de trabalho.

1-Disponível.em:<http://danielescobar.com.br/v1/wp-content/uploads/catalogo/fiatMostra.pdf>

acessado em março de 2015

Page 31: Alimentação Itinerante

35

FIGURA 4: Rolando massinha¹

Fonte: Página da UOL/ Melhores Food Truck’s do Brasil 2014.

6. SEMINÁRIO - SEMANA INTEGRADA

Em pesquisa proposta para a faculdade de arquitetura e urbanismo do

UNILESTE/MG, em um período do semestre conhecido como semana integrada

onde o aluno propõe e expõe suas ideias a respeito de diferentes temas do curso

me propus a levantar dados sobre satisfação e preferencia popular quanto ao

consumo alimentício fora do lar, contribuindo assim para o desenvolvimento

desta monografia.

A ideia da pesquisa era levantar dados numéricos para a geração de

gráficos demonstrativos para objeto de estudos. Ao fim da pesquisa e análise das

respostas ficou notável que as preferencias do consumidor eram variantes quanto

ao local e de suas preferencias, impossibilitando a criação de diagramas

numericos, sendo a converssa partida da então proposta esquisa de maior

relevancia. Ao fim das converssas e após análises gerais das respostas em

1- Disponivel-em:<http://comidasebebidas.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/16/conheca-dez-dos-

melhores-food-trucks-de-sao-paulo.htm> acessado em março de 2015.

Page 32: Alimentação Itinerante

36

comum os entrevistados tinham exigências de qualidade para consumo de

alimentos validos para qualquer ambiente.

As observações que iam alem do questionário alternavam de acordo com a

realidade de cada entrevistado. E em tais observações foi possível identificar e

concluir que a maioria dos consumidores tem preferencia por algum lugar na

hora de consumir alimentos fora de casa, porem frequentaria qualquer outro que

atendessem as expectativas e exigências criadas.

As exigências dos consumidores pesquisados primeiramente são com a

higiene do local, e a maioria dispensa comida preparada ao ar livre, como

churrasquinhos. Boa parte dos participantes almoça no trabalho e não abririam

mão da comida tradicional para um sanduiche ou qualquer outro lanche rápido

exceto nos momentos de lazer.

A qualidade do alimento foi muito questionada, e é um dos fatores que

levam a maioria das pessoas a preferirem um almoço em um restaurante nos dias

de trabalho, seguida pela proximidade e disponibilidade de oferecimento onde se

encontram ou trabalham, já que não há opção para a maioria pesquisada de

outros restaurantes ou formas de alimentação proximas, já que o almoço em sua

maioria é bancado por empresas que fornecem o almoço ao funcionário no local.

Dentre os fatores que mais afastam e espantam os clientes de algum

empreendimento é o mau atendimento, demora na entrega do pedido, má

localização e o custo alto dos alimentos.

Foi perguntado também se conhecem ou ouviram falar especificamente

dos veiculos adaptados para alimentação os FOOD TRUCK’s. A maioria já viu

de alguma forma, alguns em filmes, outros em novelas e internet. No entanto

ninguém entre os entrevistados até então havia consumido ou visto a tipologia

especificamente do FOOD TRUCK pessoalmente na região.

Page 33: Alimentação Itinerante

37

Enfim, diante das respostas obtidas a partir observações voluntarias,

conclui-se que a expectativa da maioria dos consumidores é de uma alimentação

saudável, que atenda as expectativas de qualidade e higiene. Que tenha a opção

desejada para cada momento de sua rotina, como trabalho e lazer. A localização

é de estrema importância, e para alguns é imprescindível a opção de entrega. As

exigências devem atender as expectativas de consumo esperado por cada cliente

e ao mesmo tempo ter um preço acessível.

Abaixo imagem do questionário utilizado para entrevista, se tornando ele

um motivo para aproximação das pessoas, pois as respostas e observações

adiquiridas foram alem das perguntas feitas, sendo os comentários e observações

ainda mais valiosas como merito de estudo.

FIGURA 5: Questionário de entrvista do comércio.

Fonte: Elaborada pelo autor

Page 34: Alimentação Itinerante

38

7. APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA TCC2

A tipologia itinerante inicialmente atrai diferentes consumidores pela

novidade e praticidade. Porém tais características não são suficientes para

assegurar a fidelidade dos clientes para que continuem sendo constantes

consumidores.

Embora seja muito comum o comércio ambulante nas ruas pouco se nota

um estudo para melhor atuação no perimetro urbano. É perceptivel a falta de

evolução de atuação dos comerciantes itinerantes ao que diz respeito ao espaço,

publico e a imagem. Ao longo do estudo foi possivel perceber que em grande

maioria a atuação itinerante acontece de forma espontanea. Carros adptados de

forma rustica sem qualquer preocupação com o resultado da imagem final.

Sendo a imagem visual uma das principais formas de captação dos clientes.

Assim como a falta de preocupação com a imagem, falta tambem

preocupação por parte dos comerciantes itinerantes com o espaço de atuação. É

muito cumum se deparar com comerciantes itinerantes interditando o fluxo

natural das vias, se apropriando das calçadas e atrapalhando a passagem das

pessoas. E o estudo espacial não é apenas fluxo, é tambem uma preocupação

fazer um diagnóstico da melhor opção de local de atuação para obter melhores

lucros dentro da legislação atual.

Itinerancia Municipal - Timóteo

Estudando mais profundamente a cidade de Timóteo, foi possivel mapear

e identificar os principais pontos de possiveis atuação do comércio de

alimentação itinerante, lembrando que o centro de Timóteo oferece 500 vagas de

Page 35: Alimentação Itinerante

39

estacionamento rotativo. Houve então a observação do percurso onde durante os

dias e em diferentes horarios a captação de clientes são mais favoraveis na

cidade, criando assim uma itinerancia. Veja no diagrama abaixo:

FIGURA 6: Mapeamento de possiveis itinerancias em Timóteo.¹

Fonte: Elaborada pelo autor a partir do google maps/ 2015

Page 36: Alimentação Itinerante

40

01 – RODOVIARIA, ESCOLA ANTÔNIO SILVA, CEFET.

É um dos melhores pontos de captação dos clientes, pois é a partir da rodoviária que toda a

população da cidade que utiliza os serviços de onibus coletivo se locomove para chegar aos

destinos finais, como a escola, trabalho, centro comercial.

02 – CORETO, GINÁSIO COBERTO, IGREJA CATÓLICA/ CENTRO, ESCRITÓRIO APERAM.

É uma área de grande circulação de pessoas, é proxima a principal praça do centro da

cidade onde acontece a maioria dos eventos unicipais. É também muito proximo a igreja

católica, que em determinados horários há uma disposição paior de pessoas que saem da

missa e vão para o lazer da praça, além dos trabalhadores do escritório central da APERAM,

podendo ser possiveis clientes aos horários de almoço.

03 – FEIRA LIVRE/TIMIRIM, IGREJA DO TIMIRIM, CLUBE CAMPESTRE.

É um ponto proximo ao centro onde acontece a feira livre de timóteo, um comércio

popular que em ponto extratégico e dias marcados poderiam ser de grande rentabilidade por

sua proximidade a igreja e ao clube campestre.

04 – PRAÇAS DO OLARIA, CAMPO DO OLARIA, AVENIDA ACESITA.

É uma praça rescentemente revitalizada, proxima ao campo do bairro Olária onde há

grande circulação de pessoas. Tornou-se comum o lazer para essa área, e a avenida Acesita

conta com cada vez mais novos empreendimentos, e sua maioria para a alimentação.

FIGURA 7: Fotos de Timóteo.¹

Fonte: Elaborada pelo autor a partir do Google MAPS / 2015

1-Disponivel-em:< https://maps.google.com/Timóteo> acessado em abril de 2015.

Page 37: Alimentação Itinerante

41

FIGURA 8: Diagrama de horários.

Fonte: Elaborada pelo autor

1-Disponivel-em:< https://maps.google.com/timóteo> acessado em abril de 2015.

Page 38: Alimentação Itinerante

42

Itinerancia Intermunicipal

Outra opção para o comércio itinerante além da cidade de Timóteo estam

as outras cidades do vale do aço, como Coronel Fabriciano e Ipatinga.

Na imagem abaixo o evento gastronomico Rota dos sabores da cidade de

Coronel Fabriciano / MG. Durante o evento ha exposição das comidas típicas da

região. O evento anual colocou a cidade de Coronel Fabriciano na rota

gastronomica e se tornou o principal polo gurmet do leste de Minas Gerais.

FIGURA 9: Rota dos sabores, Praça da Estação em Coronel Fabriciano/ MG.¹

Fonte: Site da prefeitura de Coronel Fabriciano.

1-Disponivel-em:< www.fabriciano.mg.gov.br> acessado em maio de 2015.

Page 39: Alimentação Itinerante

43

Além da praça da estação, outra opção de atuação intermunicipal para a

cidade de Coronel Fabriciano seria a Porta da faculdade, como o Unileste/mg

onde as atividades ja acontecem.

Em Ipatinga uma boa opção de atuação seria as proximidades do parque

Ipanema, proximo também ao estadium do ipatingão, onde o maior público seria

os que estão à procura de lazer.

FIGURA 10: Itinerancia intermunicipal.

Fonte: Elaborada pelo autor a partir do Google MAPS / 2015

Page 40: Alimentação Itinerante

44

7.1 Possibilidades para projeto de tcc2

Após estudar as possiveis linhas itinerarias, o seguimento dealimentação

itinerante conduzido por veículos motorizados vem se destacando como uma das

melhores alternativa de empreendimento. Ele se tornou atrativo. Virou uma

opção economicamente razoável para o empreendedor, uma comodidade para o

consumidor e uma nova proposta de projeto para o arquiteto. O comércio

itinerante por veículos adaptados representa a renovação social acompanhada de

tecnologia em meio a uma população de relações cada vez mais limitadas, pois

liga diferentes pontos e interage com diferentes regiões.

Veículos adaptados

Entre as opções itinerantes os veiculos adaptaveis são uma boa alternativa.

Existe atualmente a possibilidade de adaptar um veículo comuns ou os que ja

saem fabrica adaptados, possibilitando e facilitando um futuro empreendimento.

Segundo a diretora comercial de uma empresa especializada em adaptação de

veículos, Gislene Gonçalves Viana, os modelos mais utilizados como negócios

móveis são vans e furgões.

Na lista, entram Citroën Jumper, Fiat Ducato, Iveco Daily, Mercedez

Sprinter, Peugeot Boxer e Renault Master. O valor desses veículos 0 km varia de

R$ 75 mil a R$ 110 mil, de acordo com a tabela Fipe, referência para consulta

de preços de automóveis.

Page 41: Alimentação Itinerante

45

FIGURA 11: Carros para adaptação¹

Fonte: Montagem do autor a partir de imagens do google imagens/ maio. 2015.

Em questão de espaço, o carro mais atrativo é a Mercedez Sprinter. Ela

oferece um espaço maior “em planta” e mais alto, facilitando a locomoção de

uma pessoa no seu interior.

FIGURA 12: Sprinter²

Fonte: Google imagens

1-Disponivel-em:< https://maps.google.com/imagens> acessado em abril de 2015.

2-Disponivel-em:< https://maps.google.com/imagens/sprinter> acessado em abril de 2015.

Page 42: Alimentação Itinerante

46

Outros comuns usados são Fiorino, Kombi e Townernormalmente. Com

base na tabela FIPE, os preços variam de R$ 25 mil a R$ 60 mil para modelos 0

km, ja os usados variam em até R$ 15 mil.

FIGURA 13: Veiculos usados para adaptações.¹

Fonte: Montagem do autor a partir de imagens do google imagens/ maio. 2015.

Como continuidade desse trabalho, tenho como necessidade uma proposta

de projeto para a elaboração de um comercio de alimento itinerante, onde os

conceitos de uso, permanencia e intervenção no espaço sejam criados a partir

das teorias estudadas e conhecimentos adiquiridos. Valorizando a pessoa e seu

entorno, tendo a dinâmica do micro espaço e o convivio social a principal

diretriz do projeto.

Por fim, o comercio itinerante atual necessita de uma melhor compreensão

de seu publico, que aliado ao diagnóstico do espaço e da imagem repassa a

população uma credibilidade que atrai ao consumo e as transformam em clientes

tornando no minimo agradavel a paisagem urbana de quem esta em seu entorno.

São variadas as opções de carros para adaptações assim como tambem

deve ser variada as propostas de projeto.

1-Disponivel-em:< https://maps.google.com/imagens> acessado em abril de 2015.

Page 43: Alimentação Itinerante

47

8. CONCLUSÃO

“Se não esta bom, ligue o carro, siga em frente e estacione em outro

lugar.” (Deyverson 2015)

No Brasil, como resultado da globalização muitas pessoas viram a

possibilidade de empreender e expandir seus negócios ou abrir um primeiro

restaurante num modelo diferente, com contato direto com o público, de baixo

custo, sem a necessidade de manter um ponto comercial fixo.

A tendência virou moda e incentiva o empreendedorismo, pois muitos

consumidores passaram a buscar os caminhões como forma de acesso a

alimentos mais sofisticados e a preços acessíveis.

Em geral, pode-se resumir o comércio itinerante como uma das

alternativas de comércio convencionais mais populares existentes. No entanto

ele vai muito além da venda e da compra de produtos.

Ao ponto de vista arquitetônico é preciso entender a dinâmica do

comércio e seu entorno. É preciso ter a noção de que qualquer interferência na

rotina urbana repercute aos acontecimentos do dia-a-dia, sendo favoráveis ou

não a cidade e as pessoas.

A analise de situação do comércio itinerante nos leva a perceber que não

apenas os carros sofreram adaptações, mas também o estilo de vida da cada um

e a rotina urbana de todos.

Ao longo do estudo para a elaboração dessa monografia foi possível

avaliar onde a tipologia comercial itinerante falha e as medidas que apos

reflexão poderiam a corrigi-la. Foi compreendida a relação do corpo

naturalmente itinerante no espaço, também itinerante. Uma resposta mutante as

mudanças sociais e aos acontecimentos rotineiros da cidade.

Page 44: Alimentação Itinerante

48

Enfim, os problemas do comercio itinerante e sua atuação na cidade não

foram resolvidos, eles foram estudados e compreendidos. As respostas as

duvidas que embasaram a pesquisa foram sim respondida, e carecem de

continuidade como proposta de projeto, aperfeiçoando métodos de atuação para

melhor uso do espaço e composição do ambiente itinerante, atendo as

necessidades da rotina social da população no trabalho e no laser a partir de

conhecimentos adiquiridos.

Page 45: Alimentação Itinerante

49

REFERÊNCIAS:

ABRASEL – Associação Brasileira de bares e restaurantes. Disponivel em:

< http://www.pe.abrasel.com.br/noticias/510-11022014-ipca-recua-para-055-

em-janeiro-menor-taxa-para-o-mes-em-cinco-anos>. Acesso em: 26 de março.

2015.

ANVISA – Agencia nacional de vigilância sanitária. Resolucao RDC 216 e

agora RDC 49 de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento

Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diario Oficial

da Uniao de 10 de dezembro de 2004.

DAHE, RENATA - nutri news, Food Truck a comida sobre rodas é a nova

moda. Disponivel em: <URL: http://nutrinews.com.br/revistas/ed274.pdf>.

Acessado em 06 fevereiro de 2015.

FAG BRASIL. Veículos especializados. Disponivel em:

<http://fagbrasil.com/food-truck/ > acessado em maio de 2015.

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<http://danielescobar.com.br/v1/wpcontent/uploads/catalogo/fiatMostra.pdf>

Acessado em 3 de julho de 2103.

G1. NOTICIAS - Mercado de food truck é tendência de bom negócio.

Disponível em:

<http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2015/01/mercado-de-food-trucks-e-

tendencia-de-bom-negocios> acessado em janeiro de 2015.

Page 46: Alimentação Itinerante

50

HARVEY, D. Condições pós moderna: uma pesquisa sobre as origens da

mudança cultural. 8ª Ed. São Paulo, 1996.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. Cidades@.

Disponivel em:

<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php>. Acesso em: 26 de março. 2015.

SANTOS, M. Território e sociedade. 2ª Ed. São Paulo. Ed. Fundação Abramo

2000.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de apoio a micro e pequenas. Uma nova

tendência. Disponivel em:

< http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Food-Truck:-uma-nova-

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WIKPÉDIA, a enciclopédia livre – food truck. Disponivel em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Food_truck >

RAINER. SOUSA – Brasil escola; História do comércio. Disponivel em:

http://www.brasilescola.com/historia/historia-do-comercio.htm. Acessado em 12

de março 2015.