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ALINE GALVÃO XAVIER CHRISTIANE SALVADOR PICELO
CLAIDENERY GONÇALVES DOS SANTOS NATÁLIA BRAZ PEREIRA
2ACBM
ATITUDES INDIVIDUAIS NO MANEJO DE EMBALAGENS COMO ESTRATÉGIA DE REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
XII SIMCIBIO – SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SÃO PAULO
2009
ALINE GALVÃO XAVIER CHRISTIANE SALVADOR PICELO
CLAIDENERY GONÇALVES DOS SANTOS NATÁLIA BRAZ PEREIRA
2ACBM
ATITUDES INDIVIDUAIS NO MANEJO DE EMBALAGENS COMO ESTRATÉGIA DE REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Orientador: Profa. Dra. Solange dos Anjos Castanheira
Pesquisa apresentada à orientadora do grupo como parte dos requisitos necessários à apresentação do trabalho no XII SIMCIBIO – Simpósio de Ciências Biológicas – 2009 da Universidade São Judas Tadeu.
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
XII SIMCIBIO – SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SÃO PAULO
2009
SUMÁRIO
1. RESUMO.................................................................................................................... 4
2. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 5
3. METODOLOGIA....................................................................................................... 8
3.1 Caracterização e seleção da área de trabalho....................................................... 8 3.2 Público alvo.......................................................................................................... 9
3.3 Coleta de dados.................................................................................................... 9
3.4 Tabulação dos dados obtidos............................................................................... 9
3.5 Forma de análise dos resultados.......................................................................... 10
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................... 11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 28
6. REFERÊNCIAS......................................................................................................... 29
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1. RESUMO
A visão socioambiental deve ser conservacionista, agrupando idéias de conservação da
qualidade e quantidade de uma natureza-recurso, para não se esgotar nenhum recurso. A pesquisa
ambiental se torna importante para atrelar conhecimento e atitudes conscientes aos indivíduos
urbanos, pois eles não sabem como reduzir o lixo por falta de conceitos de educação ambiental, que
atribui responsabilidade ambiental individual, promovendo sustentabilidade diária. Dessa forma,
objetivou-se a identificação da ecopercepção da população de donas de casa do bairro da Ponte
Grande, em Guarulhos, acerca da importância individual na redução de impactos ambientais
causados pelo excesso de embalagens. A metodologia abrangeu entrevistas aleatórias e os dados
obtidos foram analisados através de gráficos comparativos e do teste do X2 (qui-quadrado). Os
resultados mostraram que a escolaridade não se relaciona com o nível de conhecimento sobre
educação ambiental, mas a maioria dos entrevistados destina o lixo para reciclagem, apesar de a
reutilização ser mais vantajosa, porém a população não pratica por falta de hábito. Contudo,
verificou-se que a maioria da população recicla individualmente, apesar da falta de apoio de outros
órgãos. Este trabalho inseriu propostas de educação ambiental para auxiliar na redução e
reutilização de produtos consumidos, pois apesar da reciclagem, a população não costuma reduzir
nem reutilizar.
Palavras-Chave: educação ambiental, ecopercepção, resíduos sólidos, embalagens.
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2. INTRODUÇÃO
Dias (2002) e Carvalho (2004) concordam que na época em que a ecologia surgiu, em meio
à crise ambiental dos anos 70 e 80, sob uma forte tradição naturalista, um erro foi cometido: os
estudos sobre os ecossistemas; sobre a flora e a fauna; sobre as estruturas dinâmicas; sobre o
metabolismo dos sistemas foram aprofundados. Porém, a espécie humana ficou à margem destes
estudos; as relações de interação permanente entre a vida humana social e a vida biológica da
natureza não foram consideradas. Segundo Sauvé (2005) as proposições da corrente naturalista
reconhecem o valor intrínseco da natureza em detrimento dos recursos fornecidos por ela.
A partir disto, Carvalho (2004) propôs que a visão socioambiental deveria ser orientada por
uma racionalidade interdisciplinar, tornando-se uma visão conservacionista. O meio ambiente não
deve ser visto como sinônimo de natureza intocada, mas o palco das relações interativas entre a
cultura, a sociedade e as bases física e biológica dos processos vitais. Admitindo esta visão
socioambiental, as relações entre os seres humanos e a natureza nem sempre são problemáticas; as
modificações antrópicas podem ser sustentáveis.
Uma visão conservacionista, conforme Sauvé (2005) explanam, agrupa as proposições
centradas na conservação da qualidade e quantidade dos recursos de uma natureza-recurso. O
consumo dos recursos deve seguir uma lógica de conservação, com o objetivo de não esgotar
nenhum dos recursos. Além disso, uma equidade social deve ser estabelecida. Programas de
Educação Ambiental (EA), como os três R’s (redução, reutilização e reciclagem), se associam à
corrente conservacionista. Assim, o consumo pode se tornar ecoconsciente.
Segundo a Associação COREN da Bélgica, citada por Sauvé (2005), “ecoconsumir é,
primeiramente, fazer-se algumas perguntas pertinentes antes de comprar”. Perguntas que indaguem
se a compra realmente corresponde a uma necessidade, evitando uma compra inútil. A escolha do
produto deve ser responsável, examinando seu ciclo de vida. Para esta análise, leva-se em conta o
composto utilizado na confecção do produto, além de considerar se a fabricação respeita as normas
ambientais e se os recursos provêm de fontes renováveis. Em relação ao descarte, eliminação, é
necessário saber se, ao término de sua utilização, ele pode ser empregado de outra maneira, se
existe uma forma de reciclagem etc. São estes tipos de atitudes sustentáveis que tornam a qualidade
ambiental urbana mais alta.
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Segundo Vargas e Ribeiro (2001), o conceito de qualidade ambiental urbana está atrelado a
dois outros conceitos: o de ecossistema urbano e o de qualidade de vida.
Como definido por Odum (1983), um sistema ecológico é a interação entre os seres vivos e
o ambiente não vivo. Em se tratando de um ecossistema urbano é necessário considerar que, em
decorrência das peculiaridades da espécie humana, este envolve outros fatores como os culturais, e
difere de outros ecossistemas heterotróficos naturais, pois apresentam um metabolismo
diferenciado, mais agressivo por unidade de área.
A estrutura dos ecossistemas urbanos compõe-se por um ambiente construído pelo ser
humano, por um meio socioeconômico e pelo ambiente natural (Hengeveld e Voch, 1982 apud
Dias, 2002). As cidades, em suas associações com o meio natural, causam-no modificações
profundas através da criatividade humana e das inovações culturais. Além disso, geram uma alta
demanda de capacidade de produzir pressão ambiental, pela produção e consumo constantes e pela
transformação do ambiente natural por meio da produção de energia e materiais, transformando-os
em produtos, que são consumidos e exportados, além de gerarem resíduos (Dias, 2002; Regales,
1997 apud Vargas e Ribeiro, 2001; Brugmann e Roseland, 1992 apud Vargas e Ribeiro, 2001).
A qualidade do meio ambiente é julgada mediante valores da sociedade, através de
avaliações que devam iniciar-se pela caracterização do meio ambiente urbano, como por exemplo, a
história, o quadro socioeconômico e cultural da população além de seus aspectos físicos e recursos
disponíveis (Vargas e Ribeiro, 2001).
Cada ser humano acrescenta um juízo de valor sobre as condições de qualidade ambiental
urbana que a cidade oferece, de acordo com seus interesses, objetivos e expectativas de vida. Neste
sentido, o conceito de qualidade ambiental urbana vai além dos conceitos de salubridade, saúde,
segurança, bem como das características morfológicas do sítio ou do desenho urbano. Incorpora,
também, os conceitos de funcionamento da cidade fazendo referência ao desempenho das diversas
atividades urbanas e às possibilidades de atendimento aos anseios dos indivíduos que a procuram
(Vargas e Ribeiro, 2001).
O significado de qualidade de vida urbana tem atores diferentes, com interesses diferentes,
objetivos e expectativas também diferentes. O quadro individual e subjetivo altera-se com o tempo,
na medida em que as mudanças da sociedade acontecem e os repertórios individual e coletivo se
ampliam (Vargas e Ribeiro, 2001).
Como já citado anteriormente, as cidades demandam um consumo extraordinário de energia.
Dias (2002) vai além, comenta que o consumo de energia é acrescido quando há o crescimento e
7
desenvolvimento da sociedade e o ser humano é substituído pelas máquinas, além de um acréscimo
de demanda por materiais e um consequente aumento na geração de resíduos. Assim os sistemas
que se localizam a volta se tornam altamente impactantes, de uma vez que, além de suprir sua
própria demanda, necessitam receber e metabolizar a contínua saída de resíduos de um ecossistema
urbano central.
Gil (2005) comenta sobre a importância da pesquisa em educação ambiental, enfatizando a
importância dos conhecimentos e atitudes dos indivíduos. O indivíduo urbano não sabe como
reduzir a produção de lixo por falta de informação e educação ambiental. A responsabilidade
ambiental deve ser atribuída, primariamente, a cada individuo que reside nas cidades, produtores
diários de resíduos sólidos, promovendo uma sustentabilidade diária, que parte de cada residência
urbana.
Sob este ponto de vista, baseado nestas visões tomadas de forma integrada, insere-se a
ecopercepção em relação ao descarte apropriado das embalagens dos produtos consumidos. Este
trabalho propôs uma discussão acerca do maior problema enfrentado pelos ecossistemas urbanos: o
descarte de resíduos sólidos, principalmente embalagens, que deprime substancialmente a qualidade
ambiental urbana. Dessa forma, objetivou-se a identificação da ecopercepção da população de
donas de casa do bairro da Ponte Grande, em Guarulhos, município vizinho à cidade de São Paulo,
acerca da importância da ação individual na diminuição de impactos ambientais urbanos causados
pelo excesso de resíduos.
8
3. METODOLOGIA
3.1 Caracterização e seleção da área de trabalho
Ponte Grande é um distrito localizado no extremo sudoeste da cidade de Guarulhos. Trata-se
de um bairro essencialmente residencial apresentando, de acordo com dados do censo do ano 2.000,
18.844 habitantes. O local formou-se na várzea do rio Tietê e é um dos bairros mais tradicionais da
cidade e o que contém mais idosos, dando ao local ares de cidade interiorana. Sua principal ligação
com o município de São Paulo, com o qual faz divisa, é a conhecida Ponte Grande, hoje "Viaduto
Migrante Nordestino", que no passado era de madeira, atravessando o largo rio Tietê (Guarulhos,
2009).
O local tem como aspectos geográficos formações de morros e vales, sendo cortados pelos
rios Tietê e Cabuçu (que deságua no limite sul), e pelo córrego Itapegica, que limita o distrito com o
de Várzea do Palácio, desaguando no Tietê próximo a Ponte. O bairro conta também com 6 escolas
de nivel fundamental e médio, e ainda com um setor da Universidade de Guarulhos. Na parte de
lazer encontram-se ao longo da antiga várzea inúmeros campos de futebol e um estádio esportivo,
além do centro do idoso, onde esses desenvolvem atividades para a saúde (Guarulhos, 2009).
O Bairro vem crescendo rapidamente devido a instalação de novas filiais de indústrias
bancárias e automobilísticas e o desenvolvimento de condomínios fechados para moradia. O valor
das casas também vem subindo devido a melhora de qualidade de vida da região que, está sendo
mais valorizada ultimamente (Guarulhos, 2009).
Continua sendo um bairro tranquilo e pouco movimentado, com exceção da Avenida, pois é
um caminho muito utilizado pelos motoristas para chegar na Zona Leste de São Paulo. Os
moradores da Ponte Grande podem encontrar academias, mercados, lojas, locadoras, bancos,
lanchontes, escolas, facilidade de transporte (ônibus) bem perto de suas casas, já que o comércio se
concentra na Avenida Guarulhos, a principal avenida do bairro. O Shopping Internacional de
Guarulhos encontra-se a menos de cinco minutos do bairro. Jardim Munhoz e Vila Augusta são
bairros vizinhos (Guarulhos, 2009).
9
3.2 Público alvo
O público alvo selecionado para responder ao questionário foram as donas de casa, uma vez
que são elas quem, provavelmente, manejam as embalagens dos produtos consumidos nas
residências. Para coleta da amostra, o critério de inclusão considerou como “donas de casa” as
mulheres com idade superior a 30 anos, totalizando uma população de 5.380 mulheres. A
amostragem contém 5% da população de donas de casa, totalizando 269 entrevistadas.
3.3 Coleta de dados
Cada entrevistador treinado foi portador de um envelope com 68 questionários (ANEXO 2),
que foram aplicados utilizando-se o recurso da bola de neve, onde um vizinho indicou o próximo a
ser entrevistado.
O processo de entrevistas das donas de casa foi feito a pé pelas ruas do bairro. Uma líder
comunitária foi o ponto de partida do processo de aplicação dos questionários. A líder comunitária
recomendou a próxima visita e assim sucessivamente, ou seja, cada informante recomendou a
seguinte, permitindo que se mantivesse um caráter aleatório. Cada um dos entrevistadores foi
treinado para abordar o informante identificando-se, explicando-lhe os objetivos do projeto e da
entrevista, caracterizando bem o que será feito com os dados obtidos pela pesquisa e solicitando o
preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido. Quando o possível entrevistado
recusava-se a participar, o entrevistador agradecia e solicitava uma indicação. Caso não quisesse
recomendar outro, retornava-se ao ponto de partida com o líder comunitário. Todo o cuidado foi
tomado para que um mesmo informante não fosse entrevistado duas vezes.
3.4 Tabulação dos dados obtidos
As informações obtidas foram tabuladas por contagem simples e analisadas em função da
diversidade das respostas, através de gráficos. Foi feito um tratamento estatístico dos dados através
do teste do X2 (qui-quadrado), com o uso do programa computacional Microsoft EXCEL2007.
10
Do ponto de vista estatístico, de acordo com Blackwell (1975), a suficiência é obtida com
5% do universo amostral. Dessa forma, optou-se por trabalhar com 5% do total, garantindo
suficiência amostral e fidedignidade da pesquisa. Os dados obtidos foram tabulados e analisados
para se embasar um possível programa de Educação Ambiental.
3.5 Forma de análise dos resultados
Os dados foram analisados com uso de estatística descritiva, apresentando os resultados de
cada comunidade em gráficos comparativos e tabelas, analisando-se o grau de correlação de cada
gráfico apresentado, que remete ao grau de confiança de cada pergunta. O risco foi mínimo.
Respeitou-se a identidade de cada informante, observando-se total sigilo. Não são citados os nomes
e endereços dos entrevistados, nem tampouco o número do questionário.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1: Gráfico da idade dos
Figura 2: Gráfico da escolaridade
A análise do X² aplicada à idade e à escolaridade mostrou que o conceito de Educação
Ambiental não depende do nível de escolaridade dos entrevistados, ressaltando que
para a comunidade de maneira geral
dos problemas reais específicos
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
11 a 20 21 a 30
0,99%
15,84%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
Não alfabetizado
1,96%
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1: Gráfico da idade dos entrevistados
escolaridade dos entrevistados
² aplicada à idade e à escolaridade mostrou que o conceito de Educação
Ambiental não depende do nível de escolaridade dos entrevistados, ressaltando que
de maneira geral, incentivando o indivíduo a participar ativamente da resolução
como ação local. Zitzke (2002) afirma que no ensino ambiental é
21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 61 a 70 71 a 80 81 a 90
15,84% 15,84%
19,80%
24,75%
15,84%
4,95%
0,99%
Idade dos entrevistados
Não alfabetizado Ensino Fundamental I
Ensino Fundamental II
Ensino Médio Ensino Superior
19,60% 18,62%
36,27%
22,54%
Escolaridade
11
² aplicada à idade e à escolaridade mostrou que o conceito de Educação
Ambiental não depende do nível de escolaridade dos entrevistados, ressaltando que esta se orienta
, incentivando o indivíduo a participar ativamente da resolução
Zitzke (2002) afirma que no ensino ambiental é
81 a 90 91 a 100
0,99% 0,99%
Ensino Superior
22,54%
fundamental que cada indivíduo conheça em sua totalidade, e não d
ambiente em que vive; os indivíduos de uma cidade devem ter uma visão ampla de que este
ambiente é constituído por sistemas biológicos, sociais, religiosos, políticos, educacionais,
econômicos, e que estes sistemas interagem e po
que a espécie humana está inserida, e somente com essa visão o indivíduo poderá desenvolver uma
responsabilidade crítica. Assim, a análise de seu comportamento em relação ao meio ambiente
provocará mudanças de atitudes e de hábitos diários, substituindo o confor
socioambiental.
Figura 3: Gráfico da pergunta referente ao local em que a educação ambiental deve ser aprendida
A questão do lixo é uma preocupação mundial, já que atualmente este é
ambientais em escala global que colo
pelo fato da população ser menor e os alimentos serem de produção local. Hoje, a sociedade
moderna sofre com o aumento da quantidade de lixo
demográfico aliado ao alto consumo de produtos industrializados e
descartados sem condições adequadas, levando ao extremo da produção de lixo e,
consequentemente, gerando danos ao meio a
Este trabalho considera lixo somente aquilo que não tem mais utilidade. Segundo BEI
(2004), o lixo está associado à idéia de tudo aquilo que deve desaparecer, porém os resíduos
gerados a partir do consumo muitas vez
como tratamos o lixo representa o rompimento do ciclo de vida de um material ou produto; na
42,00%
44,00%
46,00%
48,00%
50,00%
52,00%
54,00%
Em que local a Educação Ambiental deve ser aprendida?
fundamental que cada indivíduo conheça em sua totalidade, e não de forma compartimentada, o
ambiente em que vive; os indivíduos de uma cidade devem ter uma visão ampla de que este
ambiente é constituído por sistemas biológicos, sociais, religiosos, políticos, educacionais,
econômicos, e que estes sistemas interagem e possuem problemas associados. Este é o ambiente em
que a espécie humana está inserida, e somente com essa visão o indivíduo poderá desenvolver uma
responsabilidade crítica. Assim, a análise de seu comportamento em relação ao meio ambiente
de atitudes e de hábitos diários, substituindo o confor
pergunta referente ao local em que a educação ambiental deve ser aprendida
A questão do lixo é uma preocupação mundial, já que atualmente este é
ambientais em escala global que colocam em risco a vida no planeta. Antigamente havia menos lixo
pelo fato da população ser menor e os alimentos serem de produção local. Hoje, a sociedade
moderna sofre com o aumento da quantidade de lixo no planeta que se deu devido ao crescimento
demográfico aliado ao alto consumo de produtos industrializados e à quantidade de materiais
descartados sem condições adequadas, levando ao extremo da produção de lixo e,
entemente, gerando danos ao meio ambiente (Moura, 2002; Eco debate
Este trabalho considera lixo somente aquilo que não tem mais utilidade. Segundo BEI
(2004), o lixo está associado à idéia de tudo aquilo que deve desaparecer, porém os resíduos
gerados a partir do consumo muitas vezes são tratados como lixo. Em nossa cultura, a maneira
como tratamos o lixo representa o rompimento do ciclo de vida de um material ou produto; na
Na escola Outros ambientes
46,89%
53,10%
Em que local a Educação Ambiental deve ser aprendida?
12
e forma compartimentada, o
ambiente em que vive; os indivíduos de uma cidade devem ter uma visão ampla de que este
ambiente é constituído por sistemas biológicos, sociais, religiosos, políticos, educacionais,
ssuem problemas associados. Este é o ambiente em
que a espécie humana está inserida, e somente com essa visão o indivíduo poderá desenvolver uma
responsabilidade crítica. Assim, a análise de seu comportamento em relação ao meio ambiente
de atitudes e de hábitos diários, substituindo o conformismo pela ação
pergunta referente ao local em que a educação ambiental deve ser aprendida
A questão do lixo é uma preocupação mundial, já que atualmente este é um dos problemas
Antigamente havia menos lixo
pelo fato da população ser menor e os alimentos serem de produção local. Hoje, a sociedade
no planeta que se deu devido ao crescimento
quantidade de materiais
descartados sem condições adequadas, levando ao extremo da produção de lixo e,
co debate, 2009).
Este trabalho considera lixo somente aquilo que não tem mais utilidade. Segundo BEI
(2004), o lixo está associado à idéia de tudo aquilo que deve desaparecer, porém os resíduos
es são tratados como lixo. Em nossa cultura, a maneira
como tratamos o lixo representa o rompimento do ciclo de vida de um material ou produto; na
Em que local a Educação Ambiental deve ser aprendida?
natureza, a reciclagem é uma regra que sustenta a vida. Por isso, este estudo releva a atitude
individual como a mais importante, no que diz respeito ao manejo dos resíduos.
Desta forma, este estudo entende a educação ambiental como um assunto importante para o
desenvolvimento social sustentável e para a garantia da qualidade de vida, considerando que,
segundo Zitzke (2002), a educação ambiental se encontra num estado utópico, devendo ser trazida
para o dia-a-dia da população urbana. Os resultados da figura 3 confirmam esta afirmação, pois uma
parte importante da população, 46,89%, ainda entende que a educação amb
somente à escola, mostrando que não possuem um embasamento
ambiental e atribuem tal responsabilidade a outras instituições e órgãos. Mas, ao contrário dos
dados obtidos com esta questão, Gil (2005) ressalta a
ambiental, enfatizando a importância dos conhecimentos e atitudes dos indivíduos. O indivíduo
urbano não sabe como reduzir a produção de lixo por falta de informação e educação ambiental.
Porém, estes resultados revelam q
sutil, de uma vez que 53,1% da população entrevistada entende
ser aprendida em todos os tipos de ambientes, incluindo a escola. Esta parcela da população citou
sua própria casa como o principal
responsabilidade ambiental deve ser atribuída, primariamente, a cada indivíduo que reside nas
cidades, produtores diários de resíduos sólidos, promovendo uma sustentabil
de cada residência urbana.
Figura 4: Gráfico da pergunta 6, referente ao modo como compra suas frutas e vegetais:
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
Prefere os embalados
Quando vai ao supermercado comprar frutas e vegetais:
natureza, a reciclagem é uma regra que sustenta a vida. Por isso, este estudo releva a atitude
o a mais importante, no que diz respeito ao manejo dos resíduos.
Desta forma, este estudo entende a educação ambiental como um assunto importante para o
desenvolvimento social sustentável e para a garantia da qualidade de vida, considerando que,
tzke (2002), a educação ambiental se encontra num estado utópico, devendo ser trazida
dia da população urbana. Os resultados da figura 3 confirmam esta afirmação, pois uma
parte importante da população, 46,89%, ainda entende que a educação amb
somente à escola, mostrando que não possuem um embasamento adequado
tal responsabilidade a outras instituições e órgãos. Mas, ao contrário dos
dados obtidos com esta questão, Gil (2005) ressalta a relevância da pesquisa em educação
ambiental, enfatizando a importância dos conhecimentos e atitudes dos indivíduos. O indivíduo
urbano não sabe como reduzir a produção de lixo por falta de informação e educação ambiental.
Porém, estes resultados revelam que essa situação já vem acontecendo de maneira um pouco
de uma vez que 53,1% da população entrevistada entendem que a educação ambiental deve
ser aprendida em todos os tipos de ambientes, incluindo a escola. Esta parcela da população citou
principal local. Gil (2005) concorda com tal informação e
responsabilidade ambiental deve ser atribuída, primariamente, a cada indivíduo que reside nas
cidades, produtores diários de resíduos sólidos, promovendo uma sustentabilidade diária, que p
pergunta 6, referente ao modo como compra suas frutas e vegetais:
Prefere os embalados Escolhe separadamente
13,63%
86,36%
Quando vai ao supermercado comprar frutas e vegetais:
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natureza, a reciclagem é uma regra que sustenta a vida. Por isso, este estudo releva a atitude
o a mais importante, no que diz respeito ao manejo dos resíduos.
Desta forma, este estudo entende a educação ambiental como um assunto importante para o
desenvolvimento social sustentável e para a garantia da qualidade de vida, considerando que,
tzke (2002), a educação ambiental se encontra num estado utópico, devendo ser trazida
dia da população urbana. Os resultados da figura 3 confirmam esta afirmação, pois uma
parte importante da população, 46,89%, ainda entende que a educação ambiental está atrelada
adequado sobre a educação
tal responsabilidade a outras instituições e órgãos. Mas, ao contrário dos
da pesquisa em educação
ambiental, enfatizando a importância dos conhecimentos e atitudes dos indivíduos. O indivíduo
urbano não sabe como reduzir a produção de lixo por falta de informação e educação ambiental.
ue essa situação já vem acontecendo de maneira um pouco
que a educação ambiental deve
ser aprendida em todos os tipos de ambientes, incluindo a escola. Esta parcela da população citou
. Gil (2005) concorda com tal informação e comenta que a
responsabilidade ambiental deve ser atribuída, primariamente, a cada indivíduo que reside nas
idade diária, que parte
pergunta 6, referente ao modo como compra suas frutas e vegetais:
Quando vai ao supermercado comprar frutas e vegetais:
Figura 5: Gráfico comparativo dos motivos da escolha de vegetais e frutas embalados.
Figura 6: Gráfico comparativo dos motivos da escolha separada dos vegetais e frutas.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Higiene
66,66%
Porque prefere escolher os embalados?
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Qualidade Preferência
71%
Porque prefere escolher separadamente?
comparativo dos motivos da escolha de vegetais e frutas embalados.
comparativo dos motivos da escolha separada dos vegetais e frutas.
Higiene Mais barato Qualidade Praticidade Falta de opção
66,66%
8,33% 8,33% 8,33% 8,33%
Porque prefere escolher os embalados?
Preferência Hábito PreservaçãoAmbiental
Preço Indiferente
6% 7%2%
13%
Porque prefere escolher separadamente?
14
comparativo dos motivos da escolha de vegetais e frutas embalados.
comparativo dos motivos da escolha separada dos vegetais e frutas.
Falta de opção
8,33%
Indiferente
1%
15
Esta pesquisa teve como base para a ecopercepção no manejo de resíduos sólidos os três R’s
aplicados ao consumo ecoeficiente: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Estes são os três passos básicos
para a utilização ecoconsciente dos resíduos sólidos gerados pela população, principalmente a
urbana. Eles devem fazer parte dos hábitos de consumo dessa população (TILZ, 2004; Reviverde;
Gonçalves, 2009).
O ‘R’ que deve ser posto em primeiro lugar é o ‘R’ da redução do desperdício, pois antes de
se pensar em reutilizar ou reciclar, deve-se evitar a produção daquilo que se tornará resíduo,
diminuindo substancialmente a aplicação da Reutilização e da Reciclagem. A redução reflete a
economia de todas as formas possíveis. Toda compra gera um resíduo; na maioria das vezes, este
resíduo é imediato, ou seja, dispensável (TILZ, 2004; Reviverde; Gonçalves, 2009).
Essa reflexão, da redução do desperdício, deve ser gerada no momento em que se adquiri
algum produto. É importante levar em consideração a real necessidade de um determinado item.
Este tipo de reflexão visa gerar mudanças dos hábitos atuais por uma relação que torne sustentável a
produção e o consumo. Este hábito foi identificado na população, assim como indica a figura 4, em
que 86,36% dos entrevistados escolhem suas frutas e vegetais separadamente, dispensando as
embalagens, que na maioria das vezes é de isopor, material que possui reciclagem em apenas
algumas poucas localidades. Porém a figura 6 revela que apenas 2% da população entrevistada
consideram esta atitude como forma de preservação ambiental, enquanto 71% se preocupam
principalmente com a qualidade do produto, que, quando embalado, não permite a possibilidade de
escolha. Dos entrevistados, 13% alegam que o preço dos produtos a granel é menor, pois desta
maneira se leva somente o necessário (BEI; TILZ, 2004; Crempe et al, 2007; Reviverde; Gonçalves,
2009).
Atitudes como estas também refletem redução do desperdício, pois o indivíduo compra
somente o necessário para o consumo, gerando-se a consciência necessária para procurar sempre
produtos mais duráveis. Além disso, ao ser aplicada a idéia de redução dos resíduos, evita-se que
materiais tóxicos, que levam anos para se decompor totalmente na natureza, se tornem lixo (TILZ,
2004; Reviverde; Gonçalves, 2009).
Figura 7: Gráfico da pergunta 4, que questiona o destino das embalagens dos alimentos industrializados
consumidos nas residências.
O segundo ‘R’, da reutilização, propõe o segundo passo básico na utilização consciente dos
resíduos: consiste no uso secundário de embalagens. Essa atitude evita que aquilo que não é lixo vá
para o lixo, aumentando o tempo de vida dos produtos. A população entrevistada
atitude como prática ativa; a partir dos dados da figura
alimentos industrializados consumidos nas residências vão diretamente para a reciclagem, enquanto
apenas 1,85% destas embalagens são reutiliz
como uma forma de reutilização (Crempe et al, 2007). É
reciclagem é muito importante, porém deve ser a última medida a ser tomada em relação ao
manuseio dos resíduos, o que não acontece na população entrevistada (Reviverde, 2009)
A reutilização aborda diversas atitudes, como: reaproveitamento de recipientes de plástico,
de vidro ou de caixas de papelão; aplicação da criatividade no uso de resíduos no artesanato e em
utensílios do dia-a-dia. Alguns exemplos de reutilização são o uso de garrafas PET por artistas
plásticos na confecção de sofás ou cortinas. Dentro de várias casas foi observada a utilização de
garrafas PET como vasos para plantas
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Lixo comum
42,59%
As embalagens dos alimentos industrializados consumidos em sua
pergunta 4, que questiona o destino das embalagens dos alimentos industrializados
, da reutilização, propõe o segundo passo básico na utilização consciente dos
resíduos: consiste no uso secundário de embalagens. Essa atitude evita que aquilo que não é lixo vá
para o lixo, aumentando o tempo de vida dos produtos. A população entrevistada
atitude como prática ativa; a partir dos dados da figura 7, observa-se que 50% das embalagens dos
alimentos industrializados consumidos nas residências vão diretamente para a reciclagem, enquanto
apenas 1,85% destas embalagens são reutilizadas e 1,85% vendidas, atitude também considerada
como uma forma de reutilização (Crempe et al, 2007). É relevante observar que a atitude de
reciclagem é muito importante, porém deve ser a última medida a ser tomada em relação ao
ue não acontece na população entrevistada (Reviverde, 2009)
A reutilização aborda diversas atitudes, como: reaproveitamento de recipientes de plástico,
de vidro ou de caixas de papelão; aplicação da criatividade no uso de resíduos no artesanato e em
dia. Alguns exemplos de reutilização são o uso de garrafas PET por artistas
plásticos na confecção de sofás ou cortinas. Dentro de várias casas foi observada a utilização de
garrafas PET como vasos para plantas.
Reciclados Reutilizados Vendidos Outros
50%
1,85% 1,85%
As embalagens dos alimentos industrializados consumidos em sua residência são:
16
pergunta 4, que questiona o destino das embalagens dos alimentos industrializados
, da reutilização, propõe o segundo passo básico na utilização consciente dos
resíduos: consiste no uso secundário de embalagens. Essa atitude evita que aquilo que não é lixo vá
para o lixo, aumentando o tempo de vida dos produtos. A população entrevistada não possui esta
se que 50% das embalagens dos
alimentos industrializados consumidos nas residências vão diretamente para a reciclagem, enquanto
adas e 1,85% vendidas, atitude também considerada
observar que a atitude de
reciclagem é muito importante, porém deve ser a última medida a ser tomada em relação ao
ue não acontece na população entrevistada (Reviverde, 2009).
A reutilização aborda diversas atitudes, como: reaproveitamento de recipientes de plástico,
de vidro ou de caixas de papelão; aplicação da criatividade no uso de resíduos no artesanato e em
dia. Alguns exemplos de reutilização são o uso de garrafas PET por artistas
plásticos na confecção de sofás ou cortinas. Dentro de várias casas foi observada a utilização de
Outros
3,70%
As embalagens dos alimentos industrializados consumidos em sua
Figura 8: Gráfico da perguntas 7 sobre a utilização refis dos produtos consumidos
Figura 9: Gráfico comparativo dos motivos de utilização dos refis.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Você utiliza refis dos produtos consumidos?
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Economia
58,82%
Porque utiliza refis dos produtos consumidos?
guntas 7 sobre a utilização refis dos produtos consumidos
comparativo dos motivos de utilização dos refis.
Sim Não
39,21%
60,78%
Você utiliza refis dos produtos consumidos?
Economia Quando disponivel
Praticidade Preservação ambiental
Hábito
58,82%
8,82%5,88%
20,59%
5,88%
Porque utiliza refis dos produtos consumidos?
17
Hábito
5,88%
Figura 10: Gráfico comparativo dos motivos da não utilização dos refis.
A utilização de refis dos produtos consumidos é uma a
de reutilização, porém, conforme dados da figura 8
dos produtos consumidos, a maioria deles utiliza
líquidos. Dos entrevistados, 58,82% que utilizam refis dos produtos consumidos, como mostra a
figura 9, justificam que esta atitude é economicamente viável, pois os refis são mais baratos;
20,59% preocupam-se com a preservação ambiental, pois a redução de e
figura 10 revela que 68,75% da população não possu
população explica que a razão da não utilização dos refis é a falta de oferta no mercado (TILZ,
2004; Reviverde; Gonçalves, 2009).
A reciclagem, o terceiro ‘
prima para a confecção de novos produtos a partir de processos industriais, isto é, enviar o material
novamente para o ciclo de vida útil. Além disso, a reciclagem tem a finalidade de reduzir
de resíduos que não podem ser reaproveitados (TILZ, 2004; Crempe et al, 2007; Reviverde;
Gonçalves, 2009). O índice de reciclabilidade de um material depende do seu potencial para se
transformar no mesmo produto original, a partir de um mínimo de
Portanto, os melhores produtos em termos de reciclabilidade são aqueles que podem voltar a ter as
mesmas características físico-químicas do produto original e com a mesma qualidade (BEI, 2004).
Produtos como o PET, mais conhecid
um dos raros tipos de plástico que pode ser despolimerizado, ou seja, ter sua condensação revertida,
recuperando os polímeros básicos de origem. O maior mercado para o PET pós
é o de produção de fibras para fabricação de cordas (multifilamento), fios de costura
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Não gosta
Porque não utiliza refis dos produtos consumidos
comparativo dos motivos da não utilização dos refis.
A utilização de refis dos produtos consumidos é uma atitude interessante dentro do conceito
rém, conforme dados da figura 8, apenas 39,21% dos entrevistados utilizam refis
dos produtos consumidos, a maioria deles utiliza refis de produtos específicos, como sabonetes
58,82% que utilizam refis dos produtos consumidos, como mostra a
, justificam que esta atitude é economicamente viável, pois os refis são mais baratos;
se com a preservação ambiental, pois a redução de embalagens é imediata.
revela que 68,75% da população não possuí o hábito de comprar refis. Porém, esta mesma
população explica que a razão da não utilização dos refis é a falta de oferta no mercado (TILZ,
2004; Reviverde; Gonçalves, 2009).
, o terceiro ‘R’, consiste na transformação de determinado resíduo em matéria
prima para a confecção de novos produtos a partir de processos industriais, isto é, enviar o material
novamente para o ciclo de vida útil. Além disso, a reciclagem tem a finalidade de reduzir
de resíduos que não podem ser reaproveitados (TILZ, 2004; Crempe et al, 2007; Reviverde;
Gonçalves, 2009). O índice de reciclabilidade de um material depende do seu potencial para se
transformar no mesmo produto original, a partir de um mínimo de processos físico
Portanto, os melhores produtos em termos de reciclabilidade são aqueles que podem voltar a ter as
químicas do produto original e com a mesma qualidade (BEI, 2004).
mais conhecido como o plástico das embalagens de refrigerantes
um dos raros tipos de plástico que pode ser despolimerizado, ou seja, ter sua condensação revertida,
recuperando os polímeros básicos de origem. O maior mercado para o PET pós
dução de fibras para fabricação de cordas (multifilamento), fios de costura
Não gosta Falta hábito Praticidade Falta oferta
8,33%
68,75%
4,16%
18,75%
Porque não utiliza refis dos produtos consumidos?
18
titude interessante dentro do conceito
, apenas 39,21% dos entrevistados utilizam refis
de produtos específicos, como sabonetes
58,82% que utilizam refis dos produtos consumidos, como mostra a
, justificam que esta atitude é economicamente viável, pois os refis são mais baratos;
mbalagens é imediata. A
o hábito de comprar refis. Porém, esta mesma
população explica que a razão da não utilização dos refis é a falta de oferta no mercado (TILZ,
consiste na transformação de determinado resíduo em matéria
prima para a confecção de novos produtos a partir de processos industriais, isto é, enviar o material
novamente para o ciclo de vida útil. Além disso, a reciclagem tem a finalidade de reduzir o volume
de resíduos que não podem ser reaproveitados (TILZ, 2004; Crempe et al, 2007; Reviverde;
Gonçalves, 2009). O índice de reciclabilidade de um material depende do seu potencial para se
processos físico-químicos.
Portanto, os melhores produtos em termos de reciclabilidade são aqueles que podem voltar a ter as
químicas do produto original e com a mesma qualidade (BEI, 2004).
o como o plástico das embalagens de refrigerantes é
um dos raros tipos de plástico que pode ser despolimerizado, ou seja, ter sua condensação revertida,
recuperando os polímeros básicos de origem. O maior mercado para o PET pós-consumo no Brasil
dução de fibras para fabricação de cordas (multifilamento), fios de costura
19
(monofilamento) e cerdas de vassouras e escovas. Outra parte é destinada à modelagem de
autopeças, lâminas para termoformadores e formadores a vácuo (manequins plásticos), garrafas de
detergente, mantas não tecidas, carpetes e enchimentos de travesseiros. É possível reprocessar o
polímero do PET para retirar resinas alquídicas usadas na produção de tintas. O mercado mundial
de embalagens PET produzidas com material reciclado está em expansão (BEI, 2004).
O plástico, em termos gerais, é um material que compõem cerca de 60% das embalagens
plásticas no Brasil, como recipientes de produtos de limpeza e higiene e potes de alimentos. É
também matéria-prima básica de bobinas, fibras têxteis, tubos e conexões, calçados,
eletrodomésticos, além de utensílios domésticos e outros produtos. O plástico filme é uma película
plástica geralmente usada em sacolas de supermercados. Quando encaminhadas para a reciclagem,
voltam ao mercado como matéria-prima para fabricação de artefatos plásticos, como sacos de lixo
(BEI, 2004). Porém, de acordo com as informações de Agenda Ambiental (2006) apud Fabro,
Lindemann e Vieira (2007), são produzidas anualmente no Brasil 210 mil toneladas de plástico
filme, o que representa 9,7% de todo o lixo nacional. E as vantagens que tornam o plástico
resistente são as mesmas que conferem um aspecto negativo, pois sua degradação no ambiente
demora 300 anos para ocorrer.
Em 2005 o Brasil produziu 1.200 toneladas de sacolas plásticas de fácil degradação
ambiental, as oxibiodegradáveis, por iniciativa de uma empresa paulistana que concede aditivos às
indústrias plásticas para serem somados ao processo de produção, deixando o produto final
facilmente degradável em 100 anos ou até menos. Desse modo agrega esse benefício a todos os
outros do plástico tradicional, inclusive a possibilidade de reutilização e reciclagem. Tal aditivo
rompe as cadeias poliméricas que compõem os plásticos, para que fiquem suficientemente pequenas
para serem degradadas por microrganismos (Degradável, 2006 apud Fabro, Lindemann eVieira,
2007).
O Instituto Pró-Verde (2009) tomou uma iniciativa que vem sendo muito utilizada em várias
partes do país, a de comercializar sacolas de pano produzidas a partir de algodão cru, matéria-prima
de uso renovável, que não agride o meio ambiente em seu processo de produção e é um tecido
resistente, não recebendo nenhum beneficiamento químico na sua manufatura. Sua degradação no
ambiente demora apenas 10 anos, aproximadamente, sendo um grande salto na aplicação do
desenvolvimento sustentável, pois são resistentes, biodegradáveis, reutilizáveis e retornáveis.
Figura 11: gráfico da pergunta 3sobre a responsabilidade da coleta do lixo reciclável.
De acordo com os dados referentes
que a responsabilidade sobre a separação do lixo para reciclagem é da prefeitura, sendo que a
responsabilidade ambiental deve ser atribuída primeiramente a cada indivíd
Contudo, 42,86% da população já
conjunto com a prefeitura e com empresas
qual explana que, a partir da identificação
proposta de ecodesenvolvimento
através da construção de um projeto político
projeto seria uma forma de ampliar o nível de consciência individual e coletiva, visando à ação e
participação política na busca de uma melhor
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
Prefeitura
43,57%
A coleta seletiva do lixo reciclável é responsabilidade:
pergunta 3sobre a responsabilidade da coleta do lixo reciclável.
De acordo com os dados referentes à figura onze, 43,57% das pessoas entrevistadas acham
que a responsabilidade sobre a separação do lixo para reciclagem é da prefeitura, sendo que a
responsabilidade ambiental deve ser atribuída primeiramente a cada indivíduo
42,86% da população já vêem essa responsabilidade como atitudes individuais e em
conjunto com a prefeitura e com empresas. Esta observação comprova a teoria de Zitzke (2002)
a partir da identificação dos problemas socioambientais,
proposta de ecodesenvolvimento, baseado na sustentabilidade ecológica e participação comunitária
através da construção de um projeto político-pedagógico. A chamada educação popular desse
forma de ampliar o nível de consciência individual e coletiva, visando à ação e
participação política na busca de uma melhoria da qualidade de vida.
Prefeitura Minha Empresas Outros
43,57% 42,86%
5,71%7,86%
A coleta seletiva do lixo reciclável é responsabilidade:
20
pergunta 3sobre a responsabilidade da coleta do lixo reciclável.
, 43,57% das pessoas entrevistadas acham
que a responsabilidade sobre a separação do lixo para reciclagem é da prefeitura, sendo que a
uo, como diz Gil (2005).
atitudes individuais e em
a teoria de Zitzke (2002), na
, deve-se aplicar uma
baseado na sustentabilidade ecológica e participação comunitária
pedagógico. A chamada educação popular desse
forma de ampliar o nível de consciência individual e coletiva, visando à ação e à
Outros
7,86%
A coleta seletiva do lixo reciclável é responsabilidade:
Figura 12: gráfico referente à
consumidos nas residências.
Foi identificado na população entrevistada que falta informação sobre como separar o lixo
reciclável. Porém o processo é fácil, como explica Vannuchi (2009): a primeira etapa
lixo orgânico do lixo inorgânico (ou
os restos de frutas e vegetais podem seguir para um sistema de compostagem
(2002) como a reciclagem da fração orgânica do lixo
ou lixões e causam problemas ambientais; além disso, a compostagem
e também obtém produtos para maior fertilidade do solo, devolvendo
indicado na figura doze, 77,7% da população encaminha o lixo orgâ
comum; apenas 8,3% utilizam estes restos como adubo para as plantas, dentre estes houve quem
comentou que os encaminha para um sítio, onde também são utilizados como adubo.
Vanucchi (2009) comenta que nem todo lixo seco pode se
corroborando com os conceitos de reutilização de Crempe et al (2007) e Reviverde (2009). Vidro,
papel, alumínio, ferro, papelão, plástico, frascos de xampu, caixinhas de leite, revistas e jornais são
recicláveis, porém podem ser reutilizados
pirex, espelhos, acrílico, papel plastificado (embalagens de biscoito), fotografias e fitas adesivas não
são recicláveis, por isso, conforme TILZ (2004), Reviverde e Gonçalves (2009), e
de atitudes de redução. Não é necessário separar por tipo de material, apenas o que pode ser
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Lixo
77,70%
Os restos de frutas e vegetais consumidos em sua
referente à pergunta 5, a qual questiona o descarte dos restos de frutas e vegetais
Foi identificado na população entrevistada que falta informação sobre como separar o lixo
reciclável. Porém o processo é fácil, como explica Vannuchi (2009): a primeira etapa
lixo orgânico do lixo inorgânico (ou o material úmido do seco). Vannuchi (2009) ainda ressalta que
podem seguir para um sistema de compostagem
a reciclagem da fração orgânica do lixo, que visa reduzir o lixo
m problemas ambientais; além disso, a compostagem possui vantagens biológicas
produtos para maior fertilidade do solo, devolvendo-se nutrientes
77,7% da população encaminha o lixo orgânico diretamente para o lixo
estes restos como adubo para as plantas, dentre estes houve quem
comentou que os encaminha para um sítio, onde também são utilizados como adubo.
Vanucchi (2009) comenta que nem todo lixo seco pode ser encaminhado à coleta seletiva,
corroborando com os conceitos de reutilização de Crempe et al (2007) e Reviverde (2009). Vidro,
papel, alumínio, ferro, papelão, plástico, frascos de xampu, caixinhas de leite, revistas e jornais são
m ser reutilizados até mesmo dentro da residência. Cerâmica, lâmpadas,
pirex, espelhos, acrílico, papel plastificado (embalagens de biscoito), fotografias e fitas adesivas não
são recicláveis, por isso, conforme TILZ (2004), Reviverde e Gonçalves (2009), e
de atitudes de redução. Não é necessário separar por tipo de material, apenas o que pode ser
Adubo Reaproveitados Animais Outros
8,30% 7,40% 6,48%
Os restos de frutas e vegetais consumidos em sua residência são:
21
pergunta 5, a qual questiona o descarte dos restos de frutas e vegetais
Foi identificado na população entrevistada que falta informação sobre como separar o lixo
reciclável. Porém o processo é fácil, como explica Vannuchi (2009): a primeira etapa é separar o
o material úmido do seco). Vannuchi (2009) ainda ressalta que
podem seguir para um sistema de compostagem, explicado por Moura
reduzir o lixo destinado aos aterros
possui vantagens biológicas
se nutrientes. Porém, como
nico diretamente para o lixo
estes restos como adubo para as plantas, dentre estes houve quem
comentou que os encaminha para um sítio, onde também são utilizados como adubo.
r encaminhado à coleta seletiva,
corroborando com os conceitos de reutilização de Crempe et al (2007) e Reviverde (2009). Vidro,
papel, alumínio, ferro, papelão, plástico, frascos de xampu, caixinhas de leite, revistas e jornais são
mesmo dentro da residência. Cerâmica, lâmpadas,
pirex, espelhos, acrílico, papel plastificado (embalagens de biscoito), fotografias e fitas adesivas não
são recicláveis, por isso, conforme TILZ (2004), Reviverde e Gonçalves (2009), estes são passíveis
de atitudes de redução. Não é necessário separar por tipo de material, apenas o que pode ser
Outros
0
22
reciclado do que não pode. Todas as embalagens devem estar destampadas. E o vidro deve ser
devidamente acondicionado para evitar ferimentos.
Todos os materiais devem ser lavados de modo a eliminar deles qualquer resíduo que possa
provocar mau cheiro ou comprometer o reaproveitamento do material. Vannuchi (2009) atenta que
para não ficar na dependência dos catadores autônomos, é possível levar o material reciclável
diretamente às centrais de triagem. O material também pode ser separado para que seja recolhido
pelo serviço municipal de coleta seletiva porta a porta, entretanto o bairro não possui sistema de
coleta seletiva da prefeitura. Apesar disso, foi identificada uma atitude positiva de alguns moradores
que se organizam para instalar um posto de coleta seletiva em uma rua específica. Esta é uma
atitude individual importante, que pode ser explorada e expandida pelo bairro.
Apesar de Vannuchi (2009) alertar sobre a dependência dos catadores, as entrevistas foram
reveladoras, pois, como a coleta depende da disponibilidade do serviço em cada cidade, as pessoas
que destinam o lixo para a reciclagem comentaram serem os catadores os maiores atores do
recolhimento do lixo reciclável. Vasconcelos (2006) enfatiza que há ganhos socioeconômicos
quando boa parte do lixo reciclado é recolhida por catadores autônomos ou cooperativas de
catadores, pois estes grupos são formados, geralmente, por moradores de rua que têm nessa
atividade sua principal fonte de renda. Não é prática comum entre a população a sugestão de
Vannuchi (2009) de que os resíduos sólidos podem ser descartados em pontos de entrega voluntária
instalados em estacionamentos de bancos, supermercados, escolas e condomínios.
Segundo Vasconcelos (2006), depois de coletado e separado em centros de triagem da
prefeitura ou de cooperativas de catadores, o lixo reciclado é comprado por indústrias a preços
vantajosos, onde é reutilizado na fabricação de novos produtos. As latinhas de alumínio de
refrigerante e cerveja, por exemplo, viram matéria-prima para produção de latas novas.
Em 2006, o Brasil reciclou 9 bilhões de latas de alumínio, o equivalente a 121 mil toneladas.
Isso significou 97,5% da produção nacional, o que torna o país campeão mundial na reciclagem do
produto. O alumínio possui a liga metálica mais pura, portanto volta em forma de lâmina para
produção de latas ou é repassada para fundição de autopeças. Pode ser transformada em produto
igual ao de sua origem (BEI, 2004). Porém, Moura (2002) e Eco debate (2009) ressaltam uma
informação importante mascarada pela situação apresentada: para trabalhar em coleta e triagem é
preciso mão-de-obra barata, ou seja, homens que ganham pouco porque não teriam nenhuma outra
oportunidade de emprego. Essa é a razão pela qual no Brasil os índices de coleta e reciclagem de
latas de alumínio são tão elevados. A verdade é que os dirigentes públicos dão pouca atenção para o
23
assunto do lixo, um tema de pouca repercussão eleitoral. Na maioria das cidades a coleta seletiva é
mantida no âmbito da assistência social, como um meio de ocupar a população mais pobre, quando
de fato deveria funcionar como uma produtiva indústria. O mesmo processo ocorre com outros
materiais, como papel, papelão, plástico, vidro e sucata.
Segundo Moura (2002), até os anos 70, no Brasil, o lixo era queimado por incineradores,
havendo pouca coleta. Em 1979, com a proibição do lixo em céu aberto feito pela EPA (Engenharia
de Proteção Ambiental), surgiram os aterros com a vantagem de recuperar o metano eliminado para
usar como fonte de energia. Mas não se reconhece isso como reciclagem e sim como transferência
do problema, pois o lixo transformara-se em poluição do ar. As melhores soluções são redução da
geração de resíduos, reciclagem e compostagem, já citadas anteriormente. Vasconcelos (2006)
complementa esta informação comentando que, com a coleta seletiva, há a redução da degradação
do meio ambiente e da exploração de recursos naturais, sendo estas vantagens da reciclagem, pois
grandes quantidades de resíduos que antes iam para aterros sanitários e lixões retornam para o ciclo
produtivo. Só com a reciclagem de latinhas de alumínio, deixou-se de extrair, no ano de 2006, cerca
de 600 mil toneladas de bauxita, matéria prima para a fabricação do produto.
Um grande problema ainda enfrentado por nosso país é o das pilhas comuns, embora
também contenham substâncias tóxicas, não contam ainda com um sistema de recolhimento
organizado pelos fabricantes, mesmo com a Resolução 257, aprovada e publicada pelo Conama, e
complementada pela 263, de 12/11/1999, que disciplina o gerenciamento de pilhas e baterias em
todo o território nacional. A resolução estabelece que as pilhas e baterias que contenham chumbo,
cádmio, mercúrio e seus compostos deverão, após o esgotamento energético, ser devolvidas pelos
usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada
pelas respectivas indústrias, para que sejam repassadas aos fabricantes ou importadores que por sua
vez adotarão os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequados (BEI, 2004).
Porém existem empresas privadas que fazem seu próprio recolhimento, assim como bancos,
que além de efetuarem o recolhimento de pilhas, ainda incentivam projetos entre empresas e
catadores autônomos para criar um sistema de coleta seletiva que fecha um ciclo entre produtor de
resíduo e reciclador industrial. Outras empresas que fazem tal recolhimento de pilhas e também de
baterias de celular são empresas de telefonia, supermercados e lojas dos diversos ramos comerciais.
Além destes, um outro destino para pilhas usadas é devolve-las ao fabricante, através de depósitos
nos postos de coleta ou até mesmo via correio (Banco Real, 2009).
24
Quanto às baterias de celular, estas não devem ser colocadas no lixo, pois contêm
componentes tóxicos, como cádmio, chumbo e mercúrio. Todos eles afetam o sistema nervoso
central, o fígado, os rins e os pulmões. Já existem muitas possibilidades de encaminhamento dessas
baterias para reciclagem, sob responsabilidade dos fabricantes (BEI, 2004).
Atualmente, a produção de lixo no Brasil é estimada em aproximadamente 35 milhões de
toneladas por ano, o equivalente a cerca de 100 mil toneladas por dia. A composição em média é
feita por matéria orgânica (65%), papel e papelão (25%), metais (4%), plástico (3%) e vidro (3%).
(Moura, 2002).
Segundo Eco debate (2009) falta locais apropriados para tanto detrito, com especial
gravidade no caso dos resíduos sólidos provenientes de uma infinidade de produtos presentes no
cotidiano, muitos com uma sobrevida de até centenas de anos e a maioria sendo usada apenas uma
vez, sem a preocupação da Redução ou da Reutilização. Para esses, a reciclagem age como um
atenuante do problema, entretanto isso exige, além da ampliação da coleta seletiva de lixo, um
entendimento básico e ações individuais fundamentadas. O entendimento não foi identificado na
população, pois os dados da figura 3 revelam ainda um conceito pouco fundamentado sobre a
Educação Ambiental.
Vanucchi (2009) comenta sobre o óleo de cozinha, que deve ser armazenado em recipientes
fechados e levado diretamente às cooperativas ou empresas que o utilizem na fabricação de sabão
ou que possam dar um destino a ele. Segundo BEI (2004), apesar de ser um resíduo, o óleo usado é
comprado pelos rerrefinadores, desestimulando o despejo nas redes de esgotos. No Brasil, 18% de
todo óleo básico consumido é rerrefinado. Foi possível dissipar a informação de que a igreja local
recolhe o óleo do bairro, pois durante uma entrevista essa informação foi fornecida.
Figura 13: gráfico da pergunta 2, referente ao destino da embalagem de alimentos consumidos na rua.
Este trabalho considera importante o conhecimento da população acerca do pictograma de
embalagens, que é uma ferramenta que auxilia no descarte de resíduos sólidos recicláveis.
de conhecimento dos pictogramas é uma razão plausível para 26,72% da população entrevistada,
como indicado na figura 4, descartar as embalagens de alimentos consumidos na rua
lixeira disponível, ao invés de procurar uma lixeira específica, como fazem 9,48% desta população.
Segundo a Associação Brasileira de Embalagem
Reciclagem – CEMPRE (2009),
comportamento na sociedade moderna. A
comunicativa de educação ambiental. Dessa forma, o pictograma serve como uma identificação
rápida e fácil que indica que a embalagem é r
além disso, facilita também o tipo de material, permitindo sua correta separação.
Abaixo seguem os pictogramas de embalagens e seus significados:
Pictogramas para embalagens em geral:
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Chão
2,58%
Quando consome algum alimento na rua, o que faz com a embalagem?
pergunta 2, referente ao destino da embalagem de alimentos consumidos na rua.
Este trabalho considera importante o conhecimento da população acerca do pictograma de
uma ferramenta que auxilia no descarte de resíduos sólidos recicláveis.
de conhecimento dos pictogramas é uma razão plausível para 26,72% da população entrevistada,
como indicado na figura 4, descartar as embalagens de alimentos consumidos na rua
lixeira disponível, ao invés de procurar uma lixeira específica, como fazem 9,48% desta população.
Segundo a Associação Brasileira de Embalagem – ABRE e o Compromisso Empresarial para a
, a comunicação é a maior aliada para que ocorra uma mudança de
comportamento na sociedade moderna. A embalagem pode ser trabalhada como uma ferramenta
comunicativa de educação ambiental. Dessa forma, o pictograma serve como uma identificação
rápida e fácil que indica que a embalagem é reciclável e que deve ser descartada seletivamente,
além disso, facilita também o tipo de material, permitindo sua correta separação.
Abaixo seguem os pictogramas de embalagens e seus significados:
Pictogramas para embalagens em geral:
Chão Lixo (na rua)
Lixeira específica
Guarda Outros
2,58%
26,72%
9,48%
53,44%
7,75%
Quando consome algum alimento na rua, o que faz com a embalagem?
25
pergunta 2, referente ao destino da embalagem de alimentos consumidos na rua.
Este trabalho considera importante o conhecimento da população acerca do pictograma de
uma ferramenta que auxilia no descarte de resíduos sólidos recicláveis. A falta
de conhecimento dos pictogramas é uma razão plausível para 26,72% da população entrevistada,
como indicado na figura 4, descartar as embalagens de alimentos consumidos na rua em qualquer
lixeira disponível, ao invés de procurar uma lixeira específica, como fazem 9,48% desta população.
e o Compromisso Empresarial para a
para que ocorra uma mudança de
embalagem pode ser trabalhada como uma ferramenta
comunicativa de educação ambiental. Dessa forma, o pictograma serve como uma identificação
eciclável e que deve ser descartada seletivamente,
além disso, facilita também o tipo de material, permitindo sua correta separação.
Outros
7,75%
Quando consome algum alimento na rua, o que faz com a embalagem?
26
Figura 14. Embalagem reciclável Figura 15. Embalagem reciclável Figura 16. Longa Vida reciclável
Figura 17. Alumínio reciclável Figura 18. Aço reciclável Figura 19. Vidro reciclável
Pictogramas para embalagens de plástico:
Figura 20. PET - Poli (tereftalato de
etileno)
Figura 21. PEAD – Polietileno de alta
densidade
Figura 22. PVC – Poli (cloreto de
vinila)
Figura 23. PEBD – Polietileno de
baixa densidade
Figura 24. PP – Polipropileno Figura 25. PS – Poliestireno
Pictogramas para embalagens de papel, papel cartão e papel ondulado:
27
Figura 26. Papel reciclável Figura 27. Produto Reciclado
Fonte: ABRE, 2009.
A tabela a seguir mostra os dados da equação e o grau de correlação (R²) com as curvas
originas referentes a cada gráfico. A correlação indica o nível de confiabilidade da amostra. Quanto
mais perto de 1 estiver o número apresentado, tanto maior é a confiabilidade.
Tabela I: dados da equação e do grau de correlação (R²) de cada gráfico apresentado
Pergunta Equação R² Idade y = -0,0117x + 0,1697 0,1222 Escolaridade y = 0,0578x + 0,0245 0,5588 Local de aprendizado da EA y = 0,0621x + 0,4068 1 Destino das embalagens de alimentos consumidos na rua y = 0,371x + 0,0888 0,0795 Responsabilidade da coleta seletiva y = -0,1443x + 0,6107 0,7828 Destino das embalagens dos industrializados y = -0,1259x + 0,5778 0,6792 Destino dos restos de frutas e vegetais y = -0,1572x + 0,6714 0,5874 Como compra frutas e vegetais y = 0,7273x - 0,591 1 Razão da escolha separada y = -0,0954x + 0,5007 0,4386 Razão da escolha de embalados y = -0,1167x + 0,5499 0,5 Utilização de refis y = 0,2157x + 0,1764 1 Porque utiliza refis y = -0,0941x + 0,4823 0,4361 Porque não utiliza refis y = -0,0333x + 0,3333 0,0208
28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ecopercepção realizada ao longo deste trabalho salientou que a educação ambiental não
está diretamente relacionada com o grau de escolaridade dos entrevistados, porém depende do
conhecimento sobre educação ambiental. Revelou ainda que a população em sua maioria não
pratica ativamente a redução de resíduos e não encontra na reutilização de produtos consumidos
uma alternativa eficaz para a diminuição de lixo e, consequentemente, de impactos ambientais.
Outra informação significante obtida com este estudo foi que a população não possui o
costume de fazer uso de refis de produtos consumidos, mas as pessoas que utilizam têm como
finalidade única a economia feita, não existindo uma conscientização em relação à diminuição de
resíduos. Apesar de uma parte muito pequena da população estar preocupada com o excesso de
resíduos.
Este trabalho evidenciou que, mesmo não sendo presente o apoio de prefeituras, empresas,
órgãos e instituições, a reciclagem vem se tornando mais presente no bairro da Ponte Grande por
iniciativa dos próprios moradores. E talvez até mesmo por tal defasagem, os moradores não têm
consciência do destino certo que devem dar ao lixo orgânico, descartando-o junto ao lixo comum e
ampliando os níveis volumétricos dos resíduos sólidos.
Por essa falta de informação sobre o destino para o lixo orgânico, uma proposta feita por
este trabalho é uma oficina de reaproveitamento de alimentos, visando à conscientização da
população sobre como designar restos de frutas e vegetais adequadamente, evitando desperdícios e
acúmulo de lixo.
Com tais informações obtidas ao longo das entrevistas, propõe-se realizar na kolping da
igreja local oficinas de sabão, com o objetivo de elucidar a população sobre a reutilização, além de
mostrar que há uma forma eficiente e economicamente vantajosa de dar um destino adequado ao
óleo usado recolhido na igreja.
Outra proposta de educação ambiental a ser implantada em uma das ruas no bairro da Ponte
Grande é a ampliação da coleta seletiva, visto que este local apresentou grande interesse por parte
dos moradores no tocante ao destino apropriado ao lixo.
Este trabalho abre oportunidades, finalmente, à realização de outras pesquisas que tenham
como intuito a ampliação dos conhecimentos relacionados ao descarte, reutilização e reciclagem do
lixo, não somente focalizado em embalagens, tema deste estudo, mas também referente a outros
assuntos relacionados, como a reciclagem e reutilização de metais, vidros e papéis.
29
6. RERERÊNCIAS
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materiais. Sem data. Disponível em: http://www.abre.org.br/meio_simbologia.php. Acesso em: 04
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