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ADVOGADOS ENDEREÇO ADONILSON FRANCO JANAINA CRISTINA MÁXIMO RUBENS PEREIRA DE NOVAES JR DÁVILA BARBOSA SENZIALE MACHADO Al. Santos, 1470 – 4º andar, cjs. 407/408/409 Jardins – São Paulo (SP) – CEP 01418-100 Tel.: (+55) 11 3266 8592 E-mail: [email protected] Web: www.francoadvogados.com.br CORRESPONDENTES: BELO HORIZONTEBLUMENAU CAMPINAS CUIABÁ DISTRITO FEDERAL –FORTALEZA RECIFE - MANAUS PORTO ALEGRE –RIO DE JANEIRO SÃO LUIS ESPECIALIDADES TRIBUTÁRIO SOCIETÁRIO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E SOCIETÁRIO CONSTITUIÇÃO E EXTINÇÃO DE SOCIEDADES DEFESAS FISCAIS CONTRA AUTOS DE INFRAÇÃO DEFESAS ADMINISTRATIVAS EM GERAL MANDADOS DE SEGURANÇA EM DIREITO PÚBLICO AÇÕES DECLARATÓRIAS DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL EXECUÇÃO FISCAL LICITAÇÕES PÚBLICAS (ANÁLISES DE EDITAL, IMPUGNAÇÃO E RECURSOS LICITATÓRIOS ) RECURSOS E DEFESAS PERANTE TRIBUNAIS DE CONTA AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL PROCESSOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA AÇÕES TRABALHISTAS (DEFESAS OU INICIAIS)CONTRATOS PÚBLICOS OU PRIVADOS (INCLUSIVE INTERNACIONAIS EM INGLÊS) PROCESSOS ADMINISTRATIVOS PERANTE MINISTÉRIOS PÚBLICOS PARECERES JURÍDICOS EM DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO MARCAS E PATENTES FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL/EXTRAJUDICIAL ALÍQUOTA ICMS 4% (GUERRA DOS PORTOS) EM PERGUNTAS E RESPOSTAS Esta versão, que substitui a anterior, encontra-se enriquecida com as Perguntas oferecidas pelos participantes do Seminário patrocinado pela Microdata Sistemas, realizado em 23/04/2013 em Americana (SP), e as respectivas Respostas por nós formuladas naquele evento (a partir da Resposta nº 29). I – ESCLARECIMENTOS INTRODUTÓRIOS P1: Quais empresas estão sujeitas à alíquota do ICMS de 4% nas operações de saídas interestaduais? R: Todas as que deem saída interestadual de bens ou mercadorias importados do exterior e que:

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ADVOGADOS ENDEREÇO ADONILSON FRANCO JANAINA CRISTINA MÁXIMO RUBENS PEREIRA DE NOVAES JR DÁVILA BARBOSA SENZIALE MACHADO

Al. Santos, 1470 – 4º andar, cjs. 407/408/409 Jardins – São Paulo (SP) – CEP 01418-100 Tel.: (+55) 11 3266 8592 E-mail: [email protected] Web: www.francoadvogados.com.br

CORRESPONDENTES: BELO HORIZONTE– BLUMENAU – CAMPINAS – CUIABÁ – DISTRITO FEDERAL –FORTALEZA – RECIFE - MANAUS – PORTO ALEGRE –RIO DE JANEIRO – SÃO LUIS

ESPECIALIDADES

• TRIBUTÁRIO • SOCIETÁRIO • PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E SOCIETÁRIO • CONSTITUIÇÃO E EXTINÇÃO DE SOCIEDADES • DEFESAS FISCAIS CONTRA AUTOS DE INFRAÇÃO • DEFESAS ADMINISTRATIVAS EM GERAL • MANDADOS DE SEGURANÇA EM DIREITO PÚBLICO

• AÇÕES DECLARATÓRIAS DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA • ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL • EXECUÇÃO FISCAL • LICITAÇÕES PÚBLICAS (ANÁLISES DE EDITAL, IMPUGNAÇÃO E RECURSOS

LICITATÓRIOS ) • RECURSOS E DEFESAS PERANTE TRIBUNAIS DE CONTA • AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL

• PROCESSOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA • AÇÕES TRABALHISTAS (DEFESAS OU INICIAIS)CONTRATOS PÚBLICOS OU

PRIVADOS (INCLUSIVE INTERNACIONAIS – EM INGLÊS) • PROCESSOS ADMINISTRATIVOS PERANTE MINISTÉRIOS PÚBLICOS • PARECERES JURÍDICOS EM DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO • MARCAS E PATENTES • FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL/EXTRAJUDICIAL

 ALÍQUOTA  ICMS  4%  (GUERRA  DOS  PORTOS)  EM  PERGUNTAS  E  RESPOSTAS  

   

Esta versão, que substitui a anterior, encontra-se enriquecida com as Perguntas oferecidas pelos participantes do

Seminário patrocinado pela Microdata Sistemas, realizado em 23/04/2013 em Americana (SP), e as respectivas

Respostas por nós formuladas naquele evento (a partir da Resposta nº 29).

 I  –  ESCLARECIMENTOS  INTRODUTÓRIOS  

     

P1:  Quais  empresas  estão  sujeitas  à  alíquota  do  ICMS  de  4%  nas  operações  de  saídas  interestaduais?    R:  Todas  as  que  deem  saída  interestadual  de  bens  ou  mercadorias  importados  do  exterior  e  que:    

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a) no   Brasil,   não   sejam   submetidos   a   processo   de   industrialização   (transformação,   beneficiamento,  montagem,  acondicionamento  ou  reacondicionamento,  renovação  ou  recondicionamento  –  RIPI/  10,  art.  4º  e  incisos);  

b) submetidos   a  processo  de   industrialização   resulte   bens   ou  mercadorias   com   conteúdo  de   nacionalização  inferior  a  60%.  

NOTA:  Vide  fluxograma  anexo.    P2:  As  alíquotas  interestaduais  de  7%  e  12%  prosseguem  existindo?  Quando  devem  ser  aplicadas?    R:  Sim.  As  alíquotas  interestaduais  de  7%  e  12%  continuam  sendo  aplicadas  nas  operações  interestaduais  em  que:    a) o   bem   ou   mercadoria   importado,   submetido   a   processo   de   industrialização   no   Brasil,   resulte   bens   ou  mercadorias  com  conteúdo  de  importação  igual  ou  inferior  a  40%  

b) sem  similar  nacional  (de  acordo  com  regras  da  Camex  –  Câmara  de  Comércio  Exterior  –  Resolução  79/2012)  c) submetido   a   processo   de   industrialização   de   acordo   com   o   Processo   Produtivo   Básico   (Lei   de   Informática  nacional  ou  regional  do  Amazonas  

   

 P3:  Por  que  o  Senado  criou  alíquotas  específicas  para  operações  interestaduais  com  produtos  e  mercadorias  importados  (Resolução  SF  13/2012)?  

 R:  Porque  alguns  Estados,  dentre  eles  Santa  Catarina  e  Paraná,  para  estimularem  o  desembaraço  aduaneiro  através  de  seus  portos  e  dinamizar  suas  economias,  passaram  a  conceder  incentivos  do  ICMS.    

   

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P4:  Como  funcionava  antes  dessa  alteração  introduzida  pela  Resolução  SF  13/2012?    R:     Se   um   contribuinte   estabelecido   no   Estado   de   São   Paulo   (empresa   “A”)   adquire   mercadorias   de   exterior,   no  desembaraço   aduaneiro   no   Porto   de   Santos,   recolhe   18%   de   ICMS.   Se   a   mesma   empresa   “A”   decidisse  desembaraçar  sua   importação  por  qualquer  outro  Estado  que  concedesse  benefício   fiscal,  pagaria  naquele  outro  Estado   zero   no   desembaraço   aduaneiro   (ICMS   diferido).   Na   venda   desse   mesmo   produto   para   São   Paulo,   por  exemplo,  destacaria   ICMS  de  12%  (ICMS  então  devido  em  operações   interestaduais  com  destino  aos  Estados  do  Sul/Sudeste/Centro-­‐Oeste).  Entretanto,  não  recolheria  12%   já  que  receberia  outro  benefício   (crédito  presumido  de  9%).  Logo,  recolhia  àquele  Estado  apenas  3%  (alíquota  efetiva).  O  ganho  obtido  por  “A”  era  igual  a  9%.  

   P5:  E  para  a  empresa  “B”  (cliente  da  empresa  “A”),  qual  a  vantagem  em  adquirir  produto  de  “A”  incentivada  noutro  Estado?    

 R:  A  vantagem  da  empresa  “B”  é  que,  além  de  se  creditar  em  sua  escrita  fiscal  do  ICMS  calculado  à  alíquota  de  12%,  teria  redução  no  preço  de  aquisição  já  que  parte  ou  a  totalidade  do  benefício  obtido  por  “A”  era  repassado  para  “B”.    

   P6:  E  qual  a  vantagem  para  os  Estados  que  concediam  tais  benefícios?    R:  A  vantagem  é  que,  ao  instituir  tais  benefícios  dinamizaram  seus  portos,  incrementando  sua  economia,  além  do  que  passaram  a  receber  ICMS  equivalente  à  alíquota  de  3%  nessas  operações.  Se  antes  esses  Estados  nada  recebiam,  3%  é  melhor  do  que  zero.  Essa  foi  a  lógica  utilizada  por  eles!  

   

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P7:  Ao  instituir  alíquota  de  ICMS  de  4%  para  as  operações  com  importados  o  Senado  Federal  acabou  com  tais  incentivos?  

 R:  Não!  Nas  mesmas  situações  exemplificadas  nas  Perguntas  4  e  5,  substitua-­‐se  a  alíquota  de  12%  pela  de  4%.  E  o  resultado  é  que  esses  Estados  ainda  prosseguem  recebendo  ICMS  equivalente  a  1%,  que  ainda  assim  é  preferível  a  zero.  

   

II  -­‐  SISTEMÁTICA      P8:  Quais  são  as  obrigações  decorrentes  dessa  nova  sistemática?    R:  São  duas  as  obrigações:  a)  aplicar  a  alíquota  do  ICMS  de  4%;  b)  preencher  e  entregar  a  FCI  (Ficha  de  Conteúdo  de  Importação).  

   P9:  O  que  ocorre  se  um  contribuinte  descumprir  essas  obrigações?    R:  Os  efeitos  são  duplos:    

 a)  para  o  fornecedor,  multa  de  1%  do  valor  da  mercadoria,  observado  o  piso  mínimo  de  8  UFESP  (8  x  R$  19,37  =  154,96)  e  máximo  de  50  UFESP  (50  x  R$  19,37  =  968,50)  por  Nota  Fiscal  (Regulamento  ICMS/SP,  art.  527,  VII,  “d”);      

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b)  para  o  destinatário,   enviar   ao   fornecedor  declaração   informando  não   se   ter   creditado  do   ICMS  maior  que  o  devido  +  pedido  de  abatimento,  na  duplicata,  do  valor  do  ICMS  cobrado  a  maior.  

   NOTA:  A  obrigatoriedade  de  cumprir  a  nova  regra  legal  independe  de  o  fornecedor  ter-­‐se  adequado  a  ela,  ou  não.      P10:  A  partir  de  1º  de  maio  o  descumprimento  da  obrigatoriedade  de  informar  na  Nota  Fiscal  o  nº  da  Ficha  

de  Conteúdo  de  Importação  (FCI)  implicará,  para  o  fornecedor,  na  penalidade  informada  na  Pergunta  9.  E  para  o  adquirente?  

 R:  O  descumprimento  de  obrigação  constitui  infração  apenas  para  o  contribuinte  que  a  tenha  descumprido,  no  caso,  o  fornecedor.    

   P11:   Qual   o   prazo   para   guarda   dessas   informações   e   documentações?   Quais   são   os   documentos   a   serem  arquivados?  

 R:  O  prazo  é  aquele  previsto  para  guarda  de  documentos  fiscais  (5  anos).  São  os  seguintes  os  documentos  a  serem  arquivados,  todos  comprobatórios  do  valor  da  importação  ou  do  Conteúdo  de  Importação:  

 a) descrição   das  matérias   primas,  materiais   secundários,   insumos,   partes   e   peças   (importados   ou   que   tenham  Conteúdo  de  Importação),  utilizados  ou  consumidos  no  processo  de  industrialização;  

b) código  de  classificação  NCM/SH;  c) o  código  GTIN  (Numeração  Global  de  Item  Comercial),  quando  o  bem  ou  mercadoria  possuir;  

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d) quantidades  e  valores;  e) Conteúdo  de  Importação  calculado  conforme  Pergunta  12  (vide  a  seguir);  f) Arquivo  digital.  

   P12:  Como  proceder  para  calcular  o  conteúdo  de  importação  e  seu  percentual?    R:  O  contribuinte  deverá  aplicar  a  seguinte  divisão:    

Conteúdo  de  Importação  

(%)  =  

Parcela   importada   do  Exterior  (R$)   =   (valor  da  importação  =  base  cálculo  ICMS  sem  desoneração/diferimento  convertido  

em  R$  +  II  +  IPI  +  IOC  +  impostos  +  taxas  +  contribuições  +  despesas  aduaneiras)  Total   operação   saída  interestadual  (R$)   =   (valor   total   do   bem   ou   mercadoria   +   tributos   incidentes   na   operação   própria   do  

remetente)    NOTA:  Observar  que,  na  operação  de  divisão,  o  próprio   ICMS  deverá   integrar  o  divisor.  Entretanto,  a  alíquota  do  ICMS  será  determinante  para  cálculo  do  Conteúdo  de  Importação  (%).  O  problema  é  que  o  cálculo  do  ICMS  com  alíquota  de  4%,  7%  ou  12%,  resultará  valores  diferentes  (Total  da  Operação  de  Saída  Interestadual)  e,  por  via  de  consequência,  influenciará  no  Conteúdo  de  Importação  (%).  Quando  o  coeficiente  de  Conteúdo  de  Importação  estiver  próximo  de  40%,  será  muito  difícil  determinar  se  o  produto  deve  dar  saída  com  alíquota  de  4%  (por  não  ter  suplantado  o  índice  de  nacionalização  exigido),  ou  não!  

   P13:  Como  deve  proceder  o  contribuinte  que  no  seu  processo  fabril  utilize  produtos  importados  e  nacionais?    R:  Deve  aplicar  a  fórmula  matemática,  supra  (Pergunta  nº  12)  para  determinar  se  seu  produto  deve  dar  saída  com  alíquota  de  7%,  12%  ou  4%.  

 

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 P14:  Quantas  vezes  deve  ser  preenchida  e  entregue  a  FCI?    R:  A   FCI   deve   ser   preenchida   de   forma   individualizada   por   bem   ou  mercadoria   produzidos,   utilizando-­‐se   o   valor  unitário  calculado  pela  média  aritmética  ponderada  praticado  no  período   imediatamente  anterior  enquanto  não  disponíveis  os  dados  do  último  período  de  apuração.  Deve  ser  entregue  antes  da  saída  interestadual  da  mercadoria  ou  bem,  mediante  utilização  de  software  específico.    

 NOTA:  Deverá  ser  entregue  nova  FCI  toda  vez  que:  a) houver  alteração  em  percentual  superior  a  5%  no  Conteúdo  de  Importação,  ou;  b) houver  alteração  da  alíquota  interestadual  aplicável  à  operação  (por  exemplo,  ao  invés  de  4%,  passar  a  ser  devido  7%  ou  12%  Atentar  para  o  fato  de  que  foram  criadas  novos  Códigos  de  Situação  Tributária  (CST  de  0  a  7)  a  serem  indicados  nas  Notas  Fiscais,  os  quais  definem  com  maior  precisão  as  hipóteses  em  que  aplicável  a  alíquota  de  4%  para  os  produtos  importados.      P15:  Devo  informar  na  Nota  Fiscal  o  valor  da  parcela  importada  do  exterior  (ou  do  valor  da  importação  no  caso  de  o  bem  ou  produto  não  ter  sido  submetido  a  processo  de   industrialização  no  estabelecimento  do  emitente)?  

 R:   Sim.   Para   evitar   que   a   concorrência   tenha   acesso   a   esses   dados   fundamentais   (custo   de   importação),   muitos  contribuintes  estão  indo  ao  Judiciário.  Não  para  deixar  de  preencher  a  FCI,  mas  para  deixar  de  informar  o  custo  de  importação  na  NF.  

 NOTA:  Nosso  Escritório  obteve  liminar  em  benefício  de  mais  de  100  mil  indústrias  do  vestuário  do  Estado  de  São  Paulo,  autorizando-­‐os  a  deixar  de   fornecer   tais   informações.  E,  contra  a  própria  obrigatoriedade  de  aplicar  o   ICMS  de  4%  nas  operações  abrangidas  pela  Resolução  SF  

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13/2012,  ajuizamos  ação  no  Supremo  Tribunal  Federal  juntamente  com  o  Estado  do  Espírito  Santo  (primeiro  ente  público  a  ajuizar  Ação  Direta  de  Inconstitucionalidade  contra  a  Resolução  SF  13/2012).      P16:  O  que  deve  ser  considerado  industrialização  para  efeito  de  preenchimento  da  FCI?      R:  Qualquer   operação   de   industrialização,   o   que   inclui  mera   reembalagem,   tingimento   de   tecido,   estamparia,   etc.,  desde   que   desse   processo   fabril   resulte   alteração   em  percentual   superior   a   5%  no   conteúdo   de   importação   (vide  Pergunta  nº  14).      P17:  Para  que  é  exigido  o  cálculo  do  Conteúdo  de  Importação  e  o  preenchimento  da  FCI?    R:  Para  os  fiscos  dos  Estados  de  origem  da  mercadoria  e  do  destino  dela  manterem  controle  sobre  se  a  mercadoria  que  cruza  suas  fronteiras  deve  ser  tributada  à  alíquota  de  4%  ou,  então,  7%  ou  12%.  

 NOTA:  a) Isso  significa  que  as  vendas  interestaduais  para  consumidores  finais  dispensará  a  apuração  do  cálculo  de  Conteúdo  de  Importação  e  o  

preenchimento  da  FCI.    b)  Mas   não   dispensará   o   cálculo   do   Conteúdo   de   Importação   e   o   preenchimento   da   FCI   as   vendas,   dentro   do   Estado,   de  mercadoria  

importada  ou  com  conteúdo  de  importação  superior  a  40%  (que  tenha,  ou  não,  sido  submetida  a  processo  de  industrialização).  Essa  exigência  deve-­‐se   ao   fato  de  os   Estados   terem  criado  um   sistema  de   rastreabilidade  de  mercadoria   importada,   que   a   acompanhará  durante  todo  o  seu  ciclo  econômico  até  o  encerramento  deste  quando  tiver  por  destino  o  consumidor  final.    

c) Até  que  ocorra  o  encerramento  do  ciclo  econômico  (ou,  antes  disto,  quando  a  mercadoria  atingir  mais  de  60%  de  nacionalização),  cada  agente  econômico  pelo  qual  a  mercadoria   transitar  deverá  conhecer  o  seu  conteúdo  de   importação.  E,  durante  esse  ciclo,  cada  nova  industrialização   de   que   resulte   alteração   em   percentual   superior   a   5%   no   Conteúdo   de   Importação   ou   alteração   da   alíquota  interestadual  aplicável.  

d) Por  isso  é  necessário  levantamento  dos  estoques  em  31/12/2012.  

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e) Para  cálculo  do  Conteúdo  de  Importação  dos  estoques  existentes  em  31/12/2012  a  Fazenda  Paulista  (Portaria  CAT  174)  autorizou  que,  na   impossibilidade  de  determinação  do  valor  da   importação  ou  do  Conteúdo  de   Importação,  poderá   ser  utilizado  o  valor  da  última  importação.  

f) E,  no  caso  de  mercadorias  adquiridas  no  Brasil,  quando  não  for  possível  identificar:    i) o  valor  da  importação,  o  contribuinte  poderá  utilizar  o  valor  constante  da  Nota  Fiscal  de  aquisição  que  identifique  os  CST  1  –  

Estrangeira  –  importação  direta  ou  CST  2  –  Estrangeira  –  Adquirida  no  mercado  interno;  ii)  o  valor  da  parcela  importada  contida  na  industrialização  antecedente;  

ii) o  valor  da  parcela  importada  contida  na  industrialização  antecedente,  o  contribuinte  poderá  considerar  a  mercadoria  como  de  origem  nacional.    

     

III  –  EFEITOS  TRIBUTÁRIOS  E  CUSTOS    

 P18:  O  que  essas  inovações  impactaram  nos  custos  das  empresas?      R:   Para   as   empresas   importadoras   (Empresa   “A”)   beneficiárias   do   incentivo   do   ICMS   concedido   por   Estados  praticantes  da  “Guerra  dos  Portos”  e  que  prossigam  operando  a  partir  desses  mesmos  Estados  agora  recolhendo  o  ICMS  efetivo  de  1%  ao  invés  de  4%,  seus  custos  foram  reduzidos  conforme  demonstrado  em  Planilha  Anexa  (vide  Informativo   nº   29   disponível   em   nosso   site).   Se   os   benefícios   que   os   importadores   (“A)   obtiveram   forem  repassados   para   o   preço,   o   custo   para   seu   cliente   (Empresa   “B”)   será  mantido   inalterado,   tal   qual   era   antes   da  Resolução  SF  13/2012.  Já,  se  não  forem  repassados,  haverá  aumento  de  custo  para  o  cliente  (Empresa  “B”).  

   P19:   Por   que   o   preço   final   do   produto,   conforme   demonstrado   em   Planilha   Anexa   (vide   Informativo   nº   29  disponível  em  nosso  site)  permanece  inalterado  mesmo  após  a  aplicação  da  diferença  de  alíquota  do  ICMS  de  7%  para  4%  ou  12%  para  4%?  

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   R:  Analisando  a  coluna  “Diferenças”  da  Planilha  Anexa  (vide  Informativo  nº  29  disponível  em  nosso  site)  é  possível  observar  as  seguintes  consequências:  a) A  redução  da  alíquota  do  ICMS  de  12%  para  4%  (naquele  exemplo),  reduziu  o  ICMS  devido  pela  Empresa  “A”  ao  vender  para  “B”  (no  exemplo,  em  16,52)  

b) Do  mesmo  modo,  foram  também  reduzidos  o  PIS  e  a  Cofins  (no  exemplo,  em  1,68)  c) A  soma  dessa  diferença  de  ICMS,  PIS/COFINS  (18,21),  se  repassada  para  o  preço  final  cobrado  de  “B”,  justifica  que  o  preço  final  tenha  sido  reduzido  de  197,45  para  179,24  (=  18,21)  

   P20:  O  importador  (Empresa  “A”)  poderá  ter,  também,  aumento  indireto  de  seu  custo?      R:   Sim.   Suponha-­‐se   que   o   importador   tenha   pago   ICMS   de   18%   no   desembaraço   aduaneiro.   E,   na   venda   da  mercadoria  que  não  tenha  atingido  o  índice  mínimo  de  nacionalização  (61%)  calcule  o  ICMS  para  a  Empresa  “B”  com  a  nova  alíquota  interestadual  (4%).  Suponha-­‐se,  ainda,  que  o  importador  “A”  não  tenha  como  absorver,  com  seus  débitos,  a  integralidade  do  crédito  de  ICMS  que  será  gerado  e  acumulado  mensalmente  (em  termos  nominais,  14%).  Nesse  caso,  haverá  aumento  de  seu  custo,  caso  em  que  poderá  não  repassar  para  seu  cliente  (“B”),  a  redução  de  ICMS  comentada  na  Pergunta  nº  18.  

 NOTA:  As  empresas  importadoras  que  estão  acumulando  crédito  não  sabem  o  que  fazer  para  repassar  esse  aumento  de  custo  já  que  o  ICMS  não  repassado   transforma-­‐se   em   custo.   E   o   problema   tende   a   se   agravar,   razão   pela   qual   alguns   Estados   estão   trabalhando   na   redução   da  alíquota   do   ICMS   incidente   no   desembaraço   aduaneiro.   Mas   isso   não   resolverá   o   problema   porque   uma   indústria   que   importa,   por  exemplo,  poderá  ter  outros  créditos  advindos  de  operação  interestadual  tributada  com  alíquota  de  12%  ou  7%  e,  mesmo  após  não  atingir  61%,  no  mínimo,  de  nacionalização,   seus  produtos  prosseguirem  saindo  com  alíquota  de  4%!  Uma  solução  seria  pedir  Regime  Especial  

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para   o   Estado   autorizando   o   diferimento   do   ICMS   devido   na   importação   para   posterior   apuração   em   conta   gráfica,   caso   em   que   o  recolhimento  seria  feito  posteriormente  e  não  mais  no  momento  do  desembaraço  aduaneiro.      P21:  Em  que  situação,  especialmente,  haverá  aumento  do  custo  tributário?    R:  No  caso  de  microempresas,  haverá,  em  princípio,  aumento  do  custo  de  ICMS.  Veja-­‐se  porque:  a  legislação  do  ICMS  determina  que  a  microempresa,  quando  adquire  mercadoria  em  operação  interestadual,  deve  recolher  ao  Estado  de   São   Paulo   a   diferença   de   alíquota   (ICMS   complementar).   Se   adquire   mercadoria   de   outro   Estado   pagando  alíquota   de   12%,   deve   recolher   aos   cofres   públicos   paulista   6%   (diferença   entre   18%   -­‐   12%).   Entretanto,   se  adquirir  mercadoria  de  outro  Estado  pagando  alíquota  de  4%,  deverá  recolher  14%  (diferença  entre  18%  e  4%).    

   P22:  A  diferença  de  6%  para  14%  representa  aumento  de  custo  do  ICMS  para  a  microempresa  paulista?    R:   Para   responder   a   esta   pergunta   vamos   nos   valer   de   demonstrações   em   contas   gráficas   (utilizando   alíquotas  nominais):  

   

QUADRO  SINÓTICO  I  ANTES  DA  RESOLUÇÃO  SF  13/2012  

   

ICMS  –  CONTA  GRÁFICA  IMPORTADOR    (EMPRESA  “A”)  

MICROEMPRESA  EMPRESA  (“B”)    

(1)   (2)   (3)   (4)   (5)   (6)   (7)  ICMS  

DESEMBARAÇO  CRÉDITO   DÉBITO   SALDO  

 CRÉDITO   DÉBITO  

(ICMS  COMPLEMENTAR)  ICMS  TOTAL  DA  OPERAÇÃO  

      (1)-­‐(2)+(3)       (4)+(6)  

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BC  =  100     BC  =  100          18%   18%   12%          18   18   12   12   0   6   18  

         

QUADRO  SINÓTICO  II  APÓS  RESOLUÇÃO  SF  13/2012  

   

ICMS  –  CONTA  GRÁFICA  IMPORTADOR    (EMPRESA  “A”)  

MICROEMPRESA  EMPRESA  (“B”)    

(1)   (2)   (3)   (4)   (5)   (6)   (7)  ICMS  

DESEMBARAÇO  CRÉDITO   DÉBITO   SALDO  

 CRÉDITO   DÉBITO  

(ICMS  COMPLEMENTAR)  ICMS  TOTAL  DA  OPERAÇÃO  

      (1)-­‐(2)+(3)       (4)+(6)  BC  =  100     BC  =  100          18%   18%   4%          18   18   4   4   0   14   18  

 NOTA:  O   ICMS   total   representado   pelo   somatório   do   recolhido   por   “A”   e   por   “B”   prossegue   igual.   Entretanto,   para   que   esse   efeito   zero   seja  alcançado  é   imperativo  que  “A”  conceda  a  “B”  o  desconto  referido  na  Pergunta  nº  18,  é  claro,  desde  que  ele  possa  assim  proceder  (vide  Pergunta  nº  20).    

   

IV  –  QUESTÕES  JURÍDICAS  RELEVANTES    

   

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P23:  Posso  deixar  de  informar  a  parcela  importada  do  exterior  ou  valor  da  importação  (no  caso  de  o  bem  ou  produto  não  ter  sido  submetido  a  processo  de  industrialização)?  

     

R:  Não,  sob  pena  de  autuação!  Exceto  se  autorizado  por  medida  judicial  (liminar  em  Mandado  de  Segurança).        

P24:  Existe  risco  de  natureza  penal  decorrente  do  descumprimento  do  dever  de  prestar  informação  ao  fisco?    R:  Sim,  em  tese.  Isto  porque  a  Lei  8137/90  comina  pena  de  reclusão  de  2  a  5  anos  toda  vez  o  contribuinte  fornecer  Nota  Fiscal  em  desacordo  com  a  legislação  (art.  1º,  V).  

 NOTA:  Portanto,  além  da  multa  (Pergunta  nº  9),  há  o  risco  penal  a  ser  considerado.        P25:   Existe   alguma   perspectiva   de   a   nova   exigência   introduzida   pela   Resolução   SF   13/2012   vir   a   ser  cancelada?  

 R:  Sim,  duas  são,  em  princípio,  as  razões  que  possibilitarão  a  revogação  dessa  exigência:    a)  se  o  Supremo  Tribunal  Federal  julgar  Ação  Direta  de  Inconstitucionalidade  ajuizada  naquela  Corte  pelo  Estado  do  Espírito  Santo  e  outros,  a  qual  nosso  Escritório  fez  integrar  mais  de  100  mil  empresas  paulistas  com  fundamento  na  inconstitucionalidade  da  Resolução  SF  13;    

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b)   se   o   Congresso  Nacional   estabelecer   alíquota   uniforme   para   todo   o   território   nacional,   independentemente   da  origem  ou  procedência  da  mercadoria,  em  substituição  àquelas  atualmente  existente  (7%  ou  12%).  Mas,  para  isto,  o  Congresso  precisará  negociar  com  todos  os  Estados  Federativos.  

 NOTA:  Nossa   expectativa   é   que   o   Congresso   não   conseguirá   consenso   e   o   Supremo   Tribunal   Federal   acabará   por   julgar   inconstitucional   a  Resolução  SF  13/2012,  voltando  tudo  ao  status  quo  anterior.      P26:  O  PIS-­‐importação  e  COFINS-­‐Importação  cuja  inclusão  do  ICMS  em  sua  base  de  cálculo  foi  agora  julgado  inconstitucional  pelo  Supremo  Tribunal  Federal  (num  caso  concreto,  portanto,  válido  apenas  para  aquele  contribuinte  específico),  influencia  no  cálculo  do  ICMS?  

 R:  Para  demonstrar  o  efeito  que  a  exclusão  do  ICMS  das  bases  de  cálculo  do  PIS-­‐Importação  e  COFINS-­‐Importação  provocam,  aproveitamos  a  Planilha  Anexa   (vide   Informativo  nº  29  disponível   em  nosso   site)  por  meio  da  qual  demonstramos  que  tal  efeito  corresponde  a  0,6%  sobre  o  valor  da  importação.  

 NOTA:  Somente  os  contribuintes  que  ajuizarem  Ação  poderão  ser  beneficiados  com  a  decisão  do  STF.  E  a  importância  de  agilizar  a  decisão  sobre  o  ajuizamento  da  ação  deve-­‐se  ao  fato  de  que  se  o  STF  decidir  pelo  direito  à  restituição/compensação  dos  valores  pagos  no  passado,  quanto  mais  rapidamente  a  ação  for  ajuizada,  menor  será  o  período  prescrito  do  direito  de  restituição/compensação.    

 P27:  A  nova  alíquota  de  4%  resulta  em  aumento  do  ICMS  nas  operações  interestaduais  sujeitas  a  substituição  tributária  (MVA-­‐ST  Ajustada)?  

   R:  Segundo  nossas  projeções  há  aumento  substancial  do  ICMS  devido  ao  Estado  de  destino  da  mercadoria  (Empresa  

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“B”).  Por  outro  lado,  há  redução  do  ICMS  devido  ao  Estado  remetente  (Empresa  “A”).      NOTA:  Em  nossos  cálculos  para  uma  mercadoria  no  valor  de  100,  com  MVA  Ajustada  de  50%,  o  ICMS  devido  no  Estado  de  origem  da  mercadoria  (onde  a  operação  interestadual  é  tributada  a  12%),  o  resultado  é  o  seguinte:       Antes  da  Resolução  SF  13/2012   Após  Resolução  SF  13/2012   Diferenças  ICMS  Total   18   13,55   -­‐24,72  ICMS  Próprio  (devido  ao  Estado  do  remetente)   12   4   -­‐66,67  ICMS  Retido  (SP)   6   9,55   +59,17          P28:   Se   o   contribuinte   paulista   deverá   atribuir   ao   seu   estoque   existente   em   31.12.2012   o   ICMS   de   4%,  mesmo  tendo  pago  ao  seu  fornecedor,  18%,  12%  ou  7%,  terá  havido  alteração  no  seu  custo  de  estoque?  

   R:   Sim,   se   o   contribuinte   não   conseguir   repassar   para   o   seu   cliente   a   diferença   entre   o   ICMS   pago   na   aquisição  (importação)   e   4%.   Ou   seja,   o   fisco   paulista   não   exigiu   o   estorno   e   também   não   impediu   o   aproveitamento   da  diferença  de  crédito  de  ICMS  (18%  pago  na  importação  versus  4%  agora  devido  na  saída  interestadual).  Mas  se  o  contribuinte   não   tiver   como   repassar   essa   diferença,   terá   que   suportar   esse   aumento   de   custo.   Num   exemplo  simulado  a  partir  da  Planilha  Anexa  (vide  Informativo  nº  29  disponível  em  nosso  site),  observamos  que  se  o  ICMS  de   18%  pago   na   importação,   considerada   uma  base   100   (valor   da   importação)   terá   sido   recolhido   28,01.   E,   na  saída,  o  débito  terá  sido  igual  a  7,17.  Portanto,  nesse  exemplo,  o  ICMS  que  poderá  ser  perdido  se  inexistirem  outras  operações  geradoras  de  débito,  será  igual  a  16,52  para  cada  100!!!  

   

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V  –  PERGUNTAS  COMPLEMENTARES  (FEITAS  PELOS  PARTICIPANTES  DO  SEMINÁRIO)  

   

P29:  Se  o  custo  de  importação  do  mês  de  abril/2013  não  está  fechado  em  01/05/2013,  posso  utilizar  a  título  de  valor  da  parcela  de  importação  o  custo  de  importação  de  março/2013?  

 R:  Sim!  Essa  resposta  se   fundamenta  nas  disposições  do  art.  6º  da  Portaria  CAT  174.  Embora  esse  dispositivo  não  tenha  a  ver  com  o  conteúdo  da  pergunta  aqui  reproduzida,  é  aplicável  por  analogia.  

   P30:   O   Conteúdo   de   Importação   deverá   ser   calculado   utilizando-­‐se   o   valor   unitário   calculado   pela  média  aritmética  ponderada  do  mês  anterior?    

 R:  Sim!  Enquanto  não  disponíveis  os  dados  do  último  período  de  apuração  (vide  Pergunta  nº  15).      P31:  Se  no  mês  anterior  não  existirem  saídas  interestaduais  de  um  dado  produto,  como  calcular  o  Conteúdo  de  Importação?  

   R:  Se  no  mês  anterior  inexistirem  saídas  interestaduais  daquele  produto  poderão  ser  aplicados  os  dados  utilizados  pela  última  vez,  isto  é,  último  período  de  apuração  (vide  Pergunta  15).  

   

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P32:  O  Conteúdo  de  Importação  é  calculado  somente  sobre  as  saídas  interestaduais?    R:   O   Conteúdo   de   Importação   deverá   ser   calculado   e   informado   sempre,   inclusive   em   operações   internas     (não  apenas  nas  saídas  interestaduais)  (vide  Pergunta  17,  “b”).  

     P33:   Se   a   empresa  pratica   preços   diferenciados  de   venda  para  uma  mesma  mercadoria,   significa   isto   que  haverá  Conteúdos  de  Importação  (CI)  diferenciados  para  uma  mesma  mercadoria?  

 R:  Sim.  Lembrando-­‐se  que  na  fórmula  para  apuração  do  Conteúdo  de  Importação  (vide  Pergunta  nº  12),  no  divisor  deve   ser   informado   o   valor   total   do   bem   ou   da   mercadoria.   Isto   significa   que   se   a   empresa   pratica   preços  diferenciados,   cada   preço   praticado   determinará   um   CI   também   diferenciado   (e,   portanto,   nova   FCI).   Isso   é  absolutamente  comum  e  não  trará  qualquer  risco  para  a  empresa  já  que  expressará  a  realidade  de  suas  transações  comerciais.  

     P34:  Código  do  produto  do  fornecedor,  diferente  do  código  interno  do  adquirente.  Qual  código  utilizar?      R:  Bem,  presume-­‐se  que  na  formulação  da  pergunta  não  se  esteja  referindo  ao  Código  NCM  pois,  como  sabido,  esse  código  (NCM)  somente  será  alterado  se  um  produto,  submetido  a  processo  de  industrialização,  resultar  num  outro  enquadrado  em  outro  código  da  TIPI  (que  equivale  ao  código  NCM).  Estabelecida  essa  premissa,  tenha-­‐se  claro  que  

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o  código  do  bem  ou  mercadoria  nem  sempre  é  utilizado  pelo  industrializador.  A  omissão  dessa  informação  na  Nota  Fiscal  não  é  punível  como  infração  à  obrigação  tributária  de  natureza  acessória.  Supondo  que  ambos,   fornecedor  e  adquirente,  utilizem-­‐se  de  código   interno  próprio,  no  caso  de   indicação  desse  código  interno  próprio  na  FCI  por  ocasião  do    preenchimento  desta,  obviamente  deverá  ser  utilizado  aquele  código  aplicado  pelo  emitente  da  FCI.  Portanto,  o  fornecedor,  quando  emitir  a  FCI,  indicará  o  seu  código.  Suponha-­‐se  que  o  adquirente,  por  sua  vez,  precisará  também  emitir  uma  FCI  por  ocasião  da  venda.  Nesse  caso,  utilizará  o  seu  próprio  código   interno   para   o   produto,   e   assim   sucessivamente,   tantos   quantos   forem   os   ciclos   econômicos   do  mesmo  produto.  Em  suma,  código  interno  a  ser  informado  na  FCI  será  sempre  aquele  utilizado  pelo  fornecedor.  

   P35:   No   caso   de   industrialização   por   encomenda   feita   para   terceiros   (encomendante)   com   utilização   de  produtos  importados  representando  mais  de  40%,  esses  40%  devem  ser  calculados  sobre  o  total  cobrado  ou  sobre  o  valor  dos  materiais  aplicados?  

   R:  Muito  interessante  e  apropriada  a  pergunta,  dada  a  importância  de  entender  bem  esse  aspecto.  Afinal,  a  mão  de  obra  aplicada  pelo  industrializador  (encomendado),  é  ou  não  computada  no  índice  de  nacionalização  (ou,  no  dizer  da  legislação,  Conteúdo  de  Importação)?  A  resposta  é:  sim!  Quando  na  fórmula  para  determinação  do  Conteúdo  de  Importação,   no   divisor   deve   ser   inserido   o   valor   total   do   bem   ou   mercadoria,   no   caso   de   o   industrializador  (encomendado)  estar  preenchendo  a  FCI,  ele  indicará  o  valor  total  do  bem  ou  mercadoria  já  com  a  agregação  do  valor  da  matéria  prima  e  mão  de  obra  por  ele  cobradas  (MP  +  MO)  do  encomendante.  E,  assim,  determinará  o  novo  CI.   Lembrando   que   deverá   ser   entregue   nova   FCI   para   o  mesmo   produto   toda   vez   que   houver   alteração   no   CI  superior  a  5%  (Portaria  CAT  174,  art.  6º,  §  2º).  

   

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P36:        Tenho  que   informar  a  FCI  quando  enviar  um  produto   (tecido  cru)  para  estampar  ou   tingir  em  uma  tinturaria  dentro  do  Estado  de  SP?  

 R:  Bem,  para   início  de  conversa,   todas  as   regras  disciplinadas  pelo   conjunto  de  normas  aqui   citada,   são  aplicáveis  apenas   para   produtos   importados.   Se   o   tecido   cru   referido   na   pergunta   é   importado,   então   na   remessa   para  industrialização,  na  condição  de  industrializador  encomendante,  deverá  preencher  uma  FCI,  ainda  que  se  trate  de  operação  interna.  Isto  porque,  quando  o  industrializador  encomendado  for  devolver  a  mercadoria  estampada  ou  tingida,  precisará  do  Conteúdo  de   Importação  (CI),   informado  na  remessa,  para  calcular  o  novo  CI.  Desse  modo,  quando  o  encomendante  vier  a  dar  saída  interestadual,  saberá  qual  o  novo  CI  a  ser  informado  em  sua  Nota  Fiscal  de  venda  e,  portanto,  poderá  determinar  se  naquela  operação  incidirá  alíquota  de  4%,  7%  ou  12%.  

   NOTA  IMPORTANTE:  A  presente  resposta  não  encontra  amparo  pleno  na  legislação  (o  art.  5º  da  Portaria  CAT  174  trata  apenas  da  remessa  do  encomendante  para  o  industrializador  encomendado  e,  ainda  assim,  nas  operações  interestaduais).  Mas  decorre  do  nosso  entendimento  sobre  os  desdobramentos  e  consequências  futuras  relacionadas  com  o  ciclo  econômico  da  mercadoria  tingida/estampada.      P37:  Como  o  governo  fiscalizará  e  como  será  tributado  o  estoque  (sistema  PEPS)?    R:  O  governo   fiscalizará  pela   forma  mais  eficiente  possível,   isto  é,  através  das   informações   fornecidas  diretamente  pelo  próprio  contribuinte  via  FCI  e  indicações  na  NF.      O  ICMS  do  estoque  existente  em  31.12.2012  será  integralmente  tributado,  nas  saídas  interestaduais,  à  alíquota  de  4%.   Portanto,   se   a   data   de   corte   é   31/12/2012   (os   estoques   existentes   até   essa   data   são   tributados   à   alíquota  interestadual  de  4%  e  a  partir  de  01/01/13  serão  também),  não  há  razão  para  o  controle  pelo  método  PEPS.  O  estoque  existente  na  empresa  em  31.12.2012  carrega  um  ICMS  de  18%  pago  no  desembaraço  aduaneiro.  Se,  na  saída  a  partir  de  01.01.13,  o  ICMS  devido  é  de  4%,  logo,  todas  as  vezes  em  que  as  empresas  não  puderem  utilizar  a  

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diferença   (18%   -­‐   4%   =   14%),   essa   diferença   será   assumida   pelas   empresas   como   custo   já   que   não   poderá   ser  repassada  para  reduzir  o  saldo  mensal  (débito)  de  ICMS  (vide  Pergunta  nº  28,  supra).  

   P38:  Empresa  adquire  corantes  de  importador  estabelecido  fora  do  Estado  de  São  Paulo  e  aplica  no  tecido  de  seu  cliente.  Pergunta  se  precisará  preencher  a  FCI.  

   R:  Sim!  Isto  porque,  para  a  empresa  adquirente  o  corante  é  produto  100%  importado.  Portanto,  o  tecido  enviado  por  seu  cliente  para  ser  nele  aplicado  o  corante  poderá  ter  seu  Conteúdo  de  Importação  alterado.  Quando,  na  condição  de  industrializador  encomendado  for  devolver  o  tecido  tingido,  precisará  informar  o  Conteúdo  de  Importação  (CI).  Desse  modo,  quando  o  cliente  do  industrializador  encomendado  vier  a  dar  saída  interestadual,  saberá  qual  o  novo  CI  a  ser  informado  na  Nota  Fiscal  de  venda  dele,  portanto,  determinar  se  naquela  operação  incidirá  alíquota  de  4%,  7%  ou  12%.  

   NOTA  IMPORTANTE:  A  presente  resposta  não  encontra  amparo  pleno  na  legislação  (o  art.  5º  da  Portaria  CAT  174  trata  apenas  da  remessa  do  encomendante  para  o  industrializador  encomendado  e,  ainda  assim,  nas  operações  interestaduais).  Mas  decorre  do  nosso  entendimento  sobre  os  desdobramentos  e  consequências  futuras  relacionadas  com  o  ciclo  econômico  da  mercadoria  tingida.      P39:  O  Fisco  pode  autuar  o  período  retroativo  a  1º  de  maio  em  relação  ao  qual  o  contribuinte  tenha  deixado  de  atender  às  exigências  da  legislação?  

     

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R:   Sim!   Isto   porque   a   regra   que   manda   aplicar   a   alíquota   de   4%   vige   desde   01.01.13.   A   única   exigência   legal  postergada  para  1º  de  maio  tem  a  ver  com  a  entrega  da  FCI.  Portanto,  em  relação  à  FCI  não  há  penalidade  alguma,  exceto  na  hipótese  de  seu  descumprimento  a  partir  de  1º  de  maio.  Já  quanto  à  aplicação  da  alíquota  de  4%,  desde  janeiro  há  risco  de  autuação  por  seu  descumprimento  (vide  Perguntas  nºs  9  e  24).  

   P40:  Empresa  que  revende  mercadoria  importada,  para  efeito  de  informação  na  Nota  Fiscal  pode  utilizar  o  valor  da  última  Nota  Fiscal  de  aquisição?  

   R:       Se   a   empresa   adquire   produtos   para   revenda   (portanto,   não   os   submete   a   processo   de   industrialização),   em  relação  a  essas  operações  não  produzirá  FCI  para  amparar  a  revenda.  Apenas  informará  para  o  seu  cliente,  na  Nota  Fiscal,  o  valor  unitário  da  importação  (Portaria  CAT  174,  art.  8º,  II).    Portanto,  pode  ser  utilizado  o  valor  da  última  Nota   Fiscal   de   aquisição   do   produto   importado   para   revenda.   O   problema   ocorrerá   se   a   empresa   tiver   liminar  judicial   para  não   informar   esse   valor,   caso   em  que  o   seu   cliente  não  disporá  da   informação  necessária  para   ele  fornecer  ao  cliente  dele  no  caso  de  não  ser  tal  cliente  consumidor  final  (vide  Pergunta  nº  48).  

   P41:  Qual  será  a  alíquota  do  ICMS  relativa  aos  produtos  em  estoque?      R:             O   destaque   do   ICMS   na   venda   de   produtos   em   estoque   em   31.12.2012   será   feito   à   alíquota   de   4%   (vide  Pergunta  nº  29).  

   

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P42:  Já  existe  campo  na  Nota  Fiscal  para  a  inclusão  das  informações  ora  exigidas?      R:    Não!  E  enquanto  não   forem  criados  campos  próprios  na  NF-­‐E,  deverão  ser   informados  no  campo  “Informações  Adicionais”,   por  mercadoria,   o   valor   da   parcela   importada,   o   nº   da   FCI   e   o   Conteúdo   de   Importação,   indicando  assim:   “Resolução  SF  13/12,  Valor  da  Parcela   Importada:  R$   (...);  Nº  da  FCI:   (...);   Conteúdo  de   Importação:  %   (...);  Valor  da  Importação:  R$  (...)”  (Portaria  CAT  174,  art.  10).  

     

P43:  No  caso  de  aquisição  de  produto  importado  100%  acabado,  somente  embalado  no  Brasil,  é  obrigatória  a  informação,  na  Nota  Fiscal  de  Venda,  do  custo  desse  produto?  

   

R:     No  caso  de  empresa  adquirir  produto   importado  que  é  apenas  embalado  no  Brasil,   terá  que   informar  na  Nota  Fiscal  de  venda  o  custo  desse  produto,  isto  é,  o  valor  unitário  da  importação  (Portaria  CAT  174,  at.  8º,  II).  

     

P44:   Quando   o   produto   é   adquirido   tributado   por   alíquota   de   4%   e   não   é   submetido   a   processo   de  industrialização  que  altere  o  Conteúdo  de  Importação,  a  saída  deve  ser  igualmente  tributada  à  alíquota  de  4%?  

   

R:     Sim! Nos   casos  em  que  a   empresa  adquire  produto   importado   tributado  à  alíquota  de  4%  e  não  o   submete  a  processo  de  industrialização  capaz  de  alterar  o  Conteúdo  de  Importação  (prosseguindo  contendo  40%  ou  mais  de  material  importado),  a  saída  será  igualmente  tributada  à  alíquota  de  4%.  

   

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P45:  Quando  a  empresa  adquire  produtos  de  importador  sujeita-­‐se  às  novas  regras  legais?      

 R:     Sim!  Quando  a  empresa  adquire  produtos/mercadorias  através  de   importador,   todos  os  esclarecimentos  aqui  indicados,  no  que  cabíveis,  são  aplicáveis.  

   P46:   Se   a   matéria   prima   importada   não   tiver   produção   no   Brasil   esse   produto   não   é   submetido   à   nova  norma?  

   R:    Correto!      Se  a  matéria  importada  não  tiver  similar  nacional  a  nova  regra  legal  (4%,  FCI,  Conteúdo  de  Importação,  etc),  não  é  aplicável.  

   P47:       Empresa   adquire   corantes   de   importador   estabelecido   fora   do   Estado   de   São   Paulo   e   os   aplica   no  tecido  de  seu  cliente.  Pergunta  se  precisará  preencher  a  FCI.        

R:  Sim!  Isto  porque  para  a  empresa  adquirente  o  corante  é  produto  100%  importado.  Portanto,  o  tecido  enviado  por  seu  cliente  para  ser  nele  aplicado  o  corante  poderá  ter  o  Conteúdo  de  Importação  dele  alterado.  Quando  a  empresa,  na   condição  de   industrializadora   encomendada   for  devolver  o   tecido   tingido,   precisará   informar  o  Conteúdo  de  Importação   (CI).   Desse  modo,   quando   o   seu   cliente   vier   a   dar   saída   interestadual,   saberá   qual   o   novo   CI   a   ser  informado  na  Nota  Fiscal  de  venda,  portanto,  determinar  se  naquela  operação  incidirá  alíquota  de  4%,  7%  ou  12%.  

       

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 NOTA  IMPORTANTE:  A  presente  resposta  não  encontra  amparo  pleno  na  legislação  (o  art.  5º  da  Portaria  CAT  174  trata  apenas  da  remessa  do  encomendante  para  o  industrializador  encomendado  e,  ainda  assim,  nas  operações  interestaduais).  Mas  decorre  do  nosso  entendimento  sobre  os  desdobramentos  e  consequências  futuras  relacionadas  com  o  ciclo  econômico  da  mercadoria  tingida.      P48:    Qual  o  procedimento  a   ser   adotado  para  preencher  uma  FCI  quando  o   fornecedor  da  matéria  prima  importada  estiver  amparado  por  medida  liminar  judicial?  

   

R:   No   caso   de   o   fornecedor   de   matéria   prima   ser   beneficiário   de   medida   liminar,   isso   em   nada   atrapalhará   o  preenchimento  de  sua  FCI  já  que  a  liminar  que  o  beneficia  apenas  dispensa-­‐o  de  informar  o  valor  da  importação,  não   o   desobrigando   do   preenchimento   da   FCI.   É   esse,   em   geral,   o   alcance   da   liminar.   Entretanto,   supondo-­‐se,  apenas   para   argumentar,   que   o   fornecedor   tenha   sido   dispensado   também   do   preenchimento   da   FCI,   então   a  empresa  precisará   formular  uma  Consulta  à  Secretaria  da  Fazenda  para  que  ela   responda  como  proceder  nesse  caso,   já   que   o   não   preenchimento   de   FCI   pelo   fornecedor   impedirá   que   a   empresa   adquirente   formalize   o  preenchimento  de  sua  FCI.  Observar  que  a  formulação  da  Consulta  aqui  sugerida  tem  o  objetivo  de  tornar  oficial  algo   que,   se   apenas   verbal,   poderá   ser   questionado   pelo   fisco   resultando   em   autuação   posto   não   se   constituir  meios   de   prova,   daí   a   importância   da   Consulta   formal.   Lembramos   existir   um   rito   próprio   para   formulação   de  perguntas   à   Fazenda   o   qual,   se   inatendido,   o   processo   administrativo   de   Consulta   será   arquivado   sem   que   a  Fazenda  formalize  a  responda.  

   P49:    Matriz  adquire  mercadoria  com  FCI,  transfere  para  sua  filial  e  esta  a  revende  para  terceiro  estabelecido  fora  do  Estado.  Como  preencher  a  FCI  e  qual  alíquota  do  ICMS  aplicável?  

 

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R:  Deverá  ser  emitida  FCI  para  a  amparar  a   transferência  para  a   filial  a  qual,  quando  efetuar  a  venda  para   fora  do  Estado,  utilizará  os  dados  da  FCI   recebida.  A  alíquota  aplicável  na  venda   interestadual   será  4%   já  que  o   teor  da  pergunta  sugere  não  ter  sido  promovida  qualquer  industrialização,  quer  pela  matriz,  quer  por  sua  filial.  

     

MATERIAL  DE  PROPRIEDADE  DE  FRANCO  ADVOGADOS  ASSOCIADOS  PROIBIDA  SUA  REPRODUÇÃO  POR  QUALQUER  MEIO,  DE  PARTES  OU  SUA  INTEGRALIDADE,  PARA  QUALQUER  PROPÓSITO  EXCETO  IMPRESSÃO  PARA  

LEITURA  DESCUMPRIMENTOS  SERÃO  PUNIDOS  NA  FORMA  DA  LEI  

APRESENTADO  EM  23/04/2013  –  UNISAL  –  AMERICANA  (SP)  NO  SEMINÁRIO  SOBRE  O  ICMS  INTERESTADUAL  DE  4%  (Guerra  dos  Portos)  PATROCÍNIO  DE  MICRODATA  SISTEMAS  INTEGRADOS  

   

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