Almanautica 15

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PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO! Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar Ano III – nº 15 nov./dez. 2014 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ISSN: 23577800 15 www.almanautica.com.br VOLVO OCEAN RACE A batalha comecou Leia nesta edição: E tem brazuca na parada! Confusão na Batalha dos Remos Muitos competidores na água causando diversos acidentes. Desorganização? Guia para entender e acompanhar a VOR Previsão do tempo: O que usar? Almanáutica agora no rádio Vela e Educação Física Kite, Jet, Stand Up Aos Domingos, das 10h às 11h

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Pra quem tem o mar na alma e quer mais conteúdo!

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ALMANÁUTICAPRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!

Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano III – nº 15 – nov./dez. 2014 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ISSN: 23577800 15www.almanautica.com.br

VOLVO OCEAN RACE‘

A batalha comecouLeia nesta edição:

E tem brazuca na parada!

Confusão na Batalha dos Remos

Muitos competidores na água causando diversos

acidentes. Desorganização?

Guia para entender e acompanhar a VORPrevisão do tempo: O que usar?Almanáutica agora no rádioVela e Educação FísicaKite, Jet, Stand Up Aos Domingos, das 10h às 11h

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Almanáutica:Jornalista Responsável: Paulo Gorab

ISSN: 23577800 15 Jornal bimestral, com distribuição nacional

nos principais polos náuticos do Brasil. Ano 03, número 15 nov./dez. de 2014

Depto. Jurídico: Dra. Diana MelchheierContato: [email protected] Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial.

Visite nosso site e fique por dentro das novi-dades diariamente:

www.almanautica.com.br

EDITORIAL

Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com

2 MurilloNOVAES

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José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão ama-dor e conta, em crônicas com muito humor, situações vividas a bordo com sua família no livro “É proibido

morar em barco”, à venda na Livraria Moana

Crônicas Flutuantes Coluna do escritor José Paulo de Paula

Estados de ânimo

Olá querido amigo e leitor de alma não apenas náutica, porém ainda úmida e salgada (na maioria das vezes), eis que nos encontramos, aqui em Pindorama, no alvorecer de um novo tempo. Finda-do o período eleitoral, em que os novos (Oi???) representantes de nosso povo foram ungidos, podemos agora mudar de capítulo e voltar a nos relacionar normalmente com aqueles com quem compartilhamos juízos filosófico-polí-ticos e, principalmente, com os quais não concordamos em absolutamente nada. Viva a democracia! Viva o res-peito e a diversidade! Viva o povo bra-sileiro!

Isto posto e já dando prosseguimento à caravana – que não para –, podemos ir direto ao assunto que move nossos corpos, corações e mentes e que anima nossa alma: a imensurável vastidão dos oceanos e seus seres míticos que, mes-mo por vezes, travestidos de humanos, povoam os panteões do altíssimo. E põe alto nisso!

Pois bem, já está rolando, por ora no Atlântico, em breve, noutras e diver-sas águas do planetinha azul, o maior de todos os desafios das competições de oceano para veleiros com tripula-ções completas, a Volvo Ocean Race. Também conhecida pelos gestores mi-diáticos, que só citam patrocinadores quando alguma prata do butim tam-bém pinga em seus bolsilhos sedentos, como “a regata de volta ao mundo”.

Desta feita, o cérebro central por trás do espetáculo, nosso querido amigo e ex-tripulante do Brasil 1, Knut Frostad, o famoso ex-noivo da Mari Becker e CEO da regata (que é também uma em-presa), resolveu mudar tudo. E mudou! Se para melhor ou não, só o caminhar

dos ponteiros nos dirá, no entanto, mi-nha aposta neste prólogo do desafio de quase 40 mil milhas é que será bom. Muito bom!Na sua 12ª edição, a prova, outrora al-cunhada de Whitbread, fez, por mais paradoxal que possa parecer, um movi-mento avante e outro à ré. E ambos me pareceram sensatos! Comecemos pelo retrovisor. Diferen-temente das ultimas três encarnações, quando a coisa toda virou quase um campeonato/festival/quermesse em redor do globo em que as desafiado-ras etapas oceânicas somavam pontos junto a portões de pontuação no meio dos caminhos e às, hoje já conhecidas in-port races, as regatas locais, agora o grande mérito desta regata de oceano é... Velejar bem nos oceanos! Voilà!

O novo sistema de pontuação dá o tro-féu final ao barco que, somadas as nove pernas do percurso, como se fosse uma série de nove regatas, acumular menos pontos no final. Isso mesmo! Tudo vol-tou ao normal da vela, em pontos per-didos (ganha quem faz menos pontos, o primeiro, um ponto; o segundo, dois; o terceiro, três e assim sucessivamen-te; e não o oposto). Agora as regatas de porto constituem uma série à parte, que dá um troféu também à parte e só in-fluem no resultado geral como critério de desempate. Gostei!

Olhando adiante. A escolha de usar bar-cos monotipos (one design) segue uma tendência mundial da vela de alto nível que procura privilegiar mais os traba-lhos das tripulações do que eventuais diferenças de projeto, construção, tec-nologia e, portanto, performance, entre os barcos. Os contras desta opção são conhecidos, a ausência de grandes de-senvolvimentos tecnológicos na floti-lha e a inovação zero. No entanto, com a ênfase no humano o circo de drama, superação, jogo mental, preparo físico e inteligência fica mais emocionante e interessante.

Vez que outra, de forma ligeiramente free-lancer, ministro – mas vai ser chique des-se tanto siô! – cursos de vela na escola do André Homem de Mello, um bom amigo. A escola também é boa... modéstia à parte eu garanto. Possivelmente seja a única no Brasil a fornecer certificados homologados pela “American Sailing Association”. O curso é básico (há também o intermediário e o avançado), ou seja, de maneira geral, salvo eventuais exceções, a turma é for-mada por neófitos com diferentes expecta-tivas que, não raras vezes, estão ligadas a uma possível e desejada mudança de vida – a grande maioria vem de São Paulo ou outra cidade grande. Porquanto, também não raras vezes, além do cara que sabe – hummm! – lidar com apetrechos e capri-chos de mares, ventos e velas, me torno uma espécie assim de psicoterapeuta, ou algo que o valha, o que, diga-se de passa-gem, é muito bom. Os cursos têm a duração de dois dias – Sá-bado e Domingo – e acontecem no Canal de São Sebastião, litoral norte de São Pau-lo, a bordo de um Delta 32, barco ligeiro e confortável. Não costuma faltar um venti-nho camarada e, via de regra, tudo ocorre dentro dos conformes, se é que esse tipo de coisa possa acontecer no mar. Já no exercí-

cio de uma preleção teórica e um pequeno ping-pong para apresentações, deixo bem claro que estão proibidos a bordo, além de motins, claro!, quaisquer aparelhos eletrô-nicos. A ideia é aprender a velejar usando apenas o barco, suas velas, o vento, as on-das, correntes, os pássaros, o sol ... deixar vir à tona uma sensibilidade muitas vezes camuflada pela urbanidade, mas, com cer-teza, latente em cada um. Já surpreendi, to-davia, um aluno dentro do banheiro – ainda que ligeiro e confortável, o barco, a porta do banheiro não tranca direito – a pedir conselhos ao seu ismartifone com GPS, para saber a que velocidade íamos... Na atual fase da humanidade é compreensível. No mais, posso dizer que saem todos dali velejando. Bordos, jaibes, asa de pombo, través, capa, aquartelar, cambar, orçar e etc, etc, etc, se tornam velhos conhecidos em apenas um fim de semana e daí para frente é praticar sempre que possível. Há, no entanto, algumas manobras, feitas no Domingo para coroar o aprendizado, que me renderam o mote para essa crô-nica. São estratégias para o resgate de um infeliz, pouco provável, porém possível, homem-ao-mar! São algumas, as mano-bras, e não cansarei o leitor com detalhes técnicos a respeito. O interessante da coisa é o seguinte: uma espécie de boneco será impiedosamente lançado ao mar! Se de-

pendesse da turma, com certeza haveria voluntários. Conquanto nenhum dono de curso queira correr esse risco, penduramos uma pesada manilha de ferro numa defen-sa redonda e cor de abóbora, bem maior que a cabeça de um homem, que será lan-çada borda afora. Por iniciativa dos pró-prios alunos costumou-se dar um nome a esse estranho personagem. Num primeiro momento a tendência recai sempre sobre algum político; os campeões atuais são: Renan Calheiros, Lula, Sarney – tá sempre na moda – e Dilma, mas já deram as caras a bordo o Levandowisk, Alckimin, Tiririca (coitado, será que sabe nadar?), Bolsonaro, Idi Amin, Bispo Edir Macedo, o Felipão – nos cursos de Julho passado foi o campeão –, Obama e, mais recentemente, o Estado Islâmico inteiro. Note o leitor que, apesar da amostragem ser significativa e bastante eclética, não há como definir tendências ideológicas por falta de metodologia e ri-gor científicos. Anote-se, contudo, peculiaridade interes-sante que faz com que todos, sem exce-ções, mudem radicalmente de ideia quan-do faço lembrar que nossa defensa cor de abóbora TERÁ que ser salva.

Organizar um evento náutico não é fácil. Posso dizer pela experiência adquirida durante mais de sete anos na Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, onde participo da organização do Cruzeiro Costa Leste de dois em dois anos, alem de outros eventos menores. Estou falando de um cruzeiro que sobe a costa com mais de 10 paradas em 30 dias, e que já levou mais de sessenta veleiros e duzentas pessoas em um evento.São contatos, refeições, brindes, datas, co-tações, autorizações, alem de administrar o evento propriamente dito nos dias de seu desenvolvimento. Normalmente muitas pessoas palpitam, outras tantas criticam e poucas trabalham. Isto posto - para justifi-car a opinião vindoura - é preciso atentar a algumas falhas graves, como por exemplo, a coincidência de datas entre eventos im-portantes que concorram e esvaziem um ou outro. Foi o caso tanto da Refeno quanto da Santos-Rio este ano, que concorreram res-pectivamente com o primeiro e o segundo turno das eleições. Esse tipo de coincidência afasta partici-pantes, patrocinadores e reforça a ideia de que velejadores são alienados ou preterem sua cidadania à participação nas atividades náuticas. Mea colpa: Pitonisa do dia seguinte não faz verão... Sei que a crítica, depois do evento não serve muito. Serviria antes, como aler-ta. Em todo caso, #ficaadica.

Lembro também que o Almanáutica agora esta na rádio. Isso mesmo, você agora pode ouvir as no-ticias (e musica da boa!). Nossa parceria com o Programa “A Bor-do”, da rádio Metrópole FM - que pode ser ouvido em todo o Brasil pelo site:www.metro1.com.br ou baixando o applet no seu celular - vai ao ar todos os domin-gos as 10 horas da manhã. Nele as últimas notícias via Almanáutica.E também estamos na web rádio, testando algumas plataformas disponíveis para dei-xar nosso público bem informado. Acesse nosso site que fica em|:www.almanautica.com.br e veja na aba superior (Rádio Almanáutica) os links para saber como ouvir, escolhendo a maneira de sua preferência. São duas web rádios, uma só com música, outra só com notícias “on demand”. Assim, você pode optar pelos melhores horários para ouvir o que quiser. Notícias na hora mais adequada, e música 24 horas por dia. Acesse agora!

Ricardo Amatucci - Editor

De olho nas datasVoltando ao mundo

Foto da capa

A foto de capa mostra os veleiros da VOR. Copyright Volvo Ocean Race /

Divulgação

O novo barco em si, o VOD65, é uma versão um pouco menor e mais segu-ra, mas não menos veloz dos antigos VO70. Aliás, a cara dos dois é bem pa-recida. Com mais anteparas estruturais e borda livre relativamente mais alta, o veleiro deve sofrer menos, quebrar me-nos e molhar menos. Com quilha mais profunda, para aumentar o adriçamen-to, e inclinada em 5 graus pra frente, para ajudar a tirar a proa da água e re-duzir a superfície molhada, o desem-penho deve ficar muito próximos dos antigos 70 pés. Bem, a vitória e quebra do recorde da regata de volta às ilhas Britânicas do novo Abu Dhabi, trei-nando sob o comando do mesmo Ian Walker e praticamente com a mesma tripula da edição passada, aponta neste sentido. Veremos...

Com sete times em barcos iguais e uma pletora de estrelas da vela de oceano (temos, por exemplo, alguns vence-dores da Solitaire du Figaro entre os barcos e a presença de ninguém menos que “o professor” Michel Desjoyeaux, bicampeão da Vendée Globe, no Time Mapfre) misturados a alguns dos me-lhores velejadores olímpicos e de mo-notipos (o já citado bi-medalhista de prata Ian Walker, o seis vezes campeão mundial Chris Nicholson, a lenda es-panhola Iker Martinez, só para citar comandantes) somados a grandes vete-ranos da própria regata e até da Copa América (Bouwe Bekking na sua sexta circunavegação, o navegador Andrew Cape na quinta, Chuny Bermudez tam-bém pela quinta vez, entre outros), a VOR 2014/15 promete ser realmente de altíssimo nível. Para nós brasileiros, fica a torcida pelo André ‘Bochecha’ Fonseca, capitão de turno do espanhol Mapfre, em sua terceira participação e a simpatia pelo time feminino SCA liderado (em terra, obviamente) pelo Joca Signorini. Façam suas apostas! Quem viver verá!! Fui!!

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GIRO

Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com

Umas eOutras

Por Hélio Viana

Histórias de um navegante im re isp c o

Se você está zanzando de barco pela baía da Ilha Grande, dentre as trocentas anco-ragens possíveis, o Saco do Céu é o lugar mais tranquilo para pernoitar. Parece uma lagoa salgada que nas noites sem lua reflete o brilho das estrelas na água, daí o céu no nome. Já o saco é uma enseada abrigada. Existem vários sacos aqui no sul fluminen-se, como o da Longa e o de Mamanguá, lá pros lados de Paraty, que é considerado o único fiorde tropical. O Saco do Céu é, também, uma espécie de centro gastronô-mico da Ilha Grande. Sua orla está coalha-da de bons restaurantes, como o Coqueiro Verde, de Damásio e Márcia, que serve a melhor moqueca mista de frutos do mar da Costa Verde. Isso todo mundo que navega na região sabe, o que pouca gente conhece é o boteco do Cadico, que fica na vilazinha de pescadores no fundo do Saco.

O bar do Cadico é um lugar bem sim-ples, aboletado no alto do morro, depois do riachinho que corta a vila – não con-fundir com o restaurante do seu filho, o Cadiquinho, que também fica no Saco, só que à beira d´água. É o meu point favorito para jogar conversa fora e botar pra dentro umas cervejas bem geladas, das de garra-fa grande, com peixe fresco preparado na hora como tira-gosto. Da última vez que estive lá, e já faz certo tempo, o Seu Cadi-co me levou para conhecer a suíte que ele construiu ao lado da sua casa, para alugar por temporada. De início não entendi seu sorriso maroto enquanto girava a chave na porta. Mas veja só: tem ventilador na pa-rede, espelho no teto e outro, maior ainda, por trás da TV! Parece um quarto de motel, mas não é. Tudo ideia do Cadico pra agra-dar seus hóspedes, que na alta temporada chegam a reservar com antecedência. A suíte é familiar, do contrário seria o único motel em toda a Ilha Grande.A Dieta do Amyr

A Marina Klink me confidenciou que quando o maridão foi hibernar oito meses no inverno antártico de 1990, ela embarcou uma caixa no Paratii vermelho, que só de-veria ser aberta no Natal, contendo alguns totens de mulheres peladas. Aqueles que as bancas de jornal usam para anunciar as re-vistas do público masculino, sabe?E já se passaram 24 anos! Pois é, o verão mais uma vez está aí e me lembrei de uma piadinha infame que na época pesquei na grande rede. Que tal começar a entrar em forma? Emagreça com a dieta do Amyr: quase um ano na Antártica sem comer nin-guém. Como diz o Tutty Vasques, que es-creve no Estadão: ô raça!

Parece, mas não é

Guarapiranga - SP

Santa Catarina

MeteorologiaOceanografia&

Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteoro-lógicos no Operador Nacional do Sistema Elé-trico ONS.

A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h às 11h pela Metropolitana: metro1.com.br

Baixe o app e ouça em qualquer lugar!

Pelo sexto ano o Rally é sucesso absoluto

O dia amanheceu nublado, mas o sol pre-dominou e a paisagem mais uma vez rou-bou a cena do 6º Rally Náutico da Bahia tendo como cenário, as belezas na Baía de Todos os Santos. O evento acontece anual-mente sob a assinatura do Yacht Clube da Bahia e Bahia Marina e esse ano atraiu um maior número de participantes, motivados pela categoria especial, direcionada para os navegadores com pouca experiência e tam-bém para aqueles que obtiveram nas outras edições, colocação abaixo do 15º lugar.Participando pela primeira vez da prova, os integrantes da equipe Luxúria, Pedro Gonçalves e Christian Laranjeiras, ambos de 23 anos estavam concentrados durante o ponto neutro, repassando a prova. “A com-petição é simples, mas requer certo prepa-ro. Tivemos algumas baixas. Faltou plane-jamento e um programa para nos orientar ponto-a-ponto, mas eu me surpreendi po-sitivamente com o evento e vou participar sempre”, explicou Pedro. Capitã da equipe vencedora na categoria Especial, Jessiane Lima da embarcação Pona Boat também competiu pela primeira vez e explicou que a motivação da conquista foi seguir exata-mente as normas da organização. “Foi uma grande festa para mim e minha família. Muito legal ver a integração de todos, cada um assumindo uma função no barco”, co-memora.Segundo a diretora da Bahia Marina, Lei-

lane Loureiro, este ano a prova foi mais competitiva, devido aos novos pontos es-tipulados na rota. “O tempo também favo-receu para o desenvolvimento da competi-ção e outro fator positivo, foi a consultoria de GPS que teve uma grande procura dos participantes para calibrar seus aparelhos e tirar dúvidas”. Mecenas Salles, diretor social do Yacht Clube da Bahia comemora o acerto na nova categoria. Segundo ele, atraiu mais participantes para o Rally Náu-tico da Bahia. “O Rally exige participação maior dos donos de lancha e é um evento que promove o congraçamento do quadro social do clube. Foi mais um ano de suces-so”, celebra.

Resultados:

Categoria Geral1º Lugar – Equipe Marina Boat IV2º Lugar – Equipe Capitão Nelson3º Lugar – Equipe Lorde Jr.

Categoria Bahia1º Lugar – Equipe Lorde Jr.2º Lugar – Equipe Loreta3º Lugar – Equipe Lalá Lulú

Categoria Especial1º Lugar – Equipe Pona Boat I2º Lugar – Equipe Sandrinha II3º Lugar – Equipe Belinha

A Bordo

Equipe Motu BRA 011, desta vez sob co-mando de John King com os tripulantes Fred Barrozo , Fernando Gioia e Eduardo Campos terminaram à frente da equipe Atrevido, de Fábio Bochiarelli, com Re-nato Boranga, Caio Sena e Lucas Swan com poucos pontos de diferença, durante todas as regatas. Na definição do 3º lugar, entre os barcos Carioca Fiote BRA 046, de Roberto Martins e Arretado BRA 044, de Flávio de Andrade, deu Carioca Fiote. Foram necessárias manobras precisas em percurso dificultado por ventos de 13 a 15 rondados, mar batido e fortes correntezas. Os organizadores foram ICRJ (Diretor de Vela Fernando Laranjeira) e Roberto Mar-tins (HPE).

Estadual HPE 25

A Regata que homenageia o velejador Pa-olo Pirani foi realizada no Rio de Janeiro e reuniu 19 barcos nas classes J24, Ran-ger 22 e HPE 25 em agosto. A embarcação Carioca Fiote com Roberto Luiz Martins, José Antônio Matos e Gabriel Penido ficou com o 1º lugar na classe HPE 25. Na Ran-ger 22, a vitória ficou para o barco Catraio, com Luiz Beckman, Paulo Sérgio, Jorge Machado e Silvio Bhering. E a Regata Rei Olav, que é realizada para barcos de Ocea-no colocou mais de 30 barcos na água com mais de 200 tripulantes. O percurso de 14 milhas teve largada nas proximidades da Escola Naval, montando a Ilha do Pai, boia em Copacabana e chegando à Ilha da Laje. Dorf, do Comandante Roberto Schnarn-dorf do ICRJ ficou em primeiro lugar na categoria RGS B e em segundo na classi-ficação geral. Já o Bravíssimo 4, do Co-mandante Ian Muniz ficou com a segunda posição nas categorias ORC e IRC.

Rio de Janeiro

a Para não conflitar datas com Brasilei-ro de Slalom e Mundial de RSX Youth, o Estadual de Windsurf do RJ foi transferido para 29 e 30 de Novembro.

Paolo e o Rei Olav

a O Campeonato Estadual do RJ da Clas-se Optimist 2014, será realizado no Clube Naval Piraquê entre os dias 8 e 29/11.

CURTA - RJ

pela Costa

Dia 12 de outubro, cerca de 700 embarcações, desde grandes veleiros de oceano aos monotipos, participaram da tradicional regata da Escola Naval, o maior evento náutico da América Latina. Organizada pelo Grêmio de Vela da Escola Naval, além dos vele-jadores brasileiros, estiveram presentes representações de Marinhas estrangeiras como Argentina, Chile, Equador e Itália. Durante o evento, foram realizadas competições de canoagem, stand up paddle e até veleiros rádio controlados. Apresentaram-se a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais, a Banda Marcial do Colégio Dom Otton Mota, a Retreta da Banda de Música da Escola Naval e a Banda dos Aspirantes do Grêmio de Música da Escola Naval. O veleiro Carioca (Soto 40) foi o fita azul da regata. Na disputa das marinhas amigas, a primeira colocação ficou com o Brasil com Chile em segundo e Itália em terceiro.

Frequentemente recebo essa pergunta: qual programa ou página da web devo usar para as previsões? Em geral a pergunta está li-gada ao descontentamento do navegador com alguma previsão e que provavelmente não foi boa por conta de um vento diferen-te do previsto. Previsão do tempo ou “fo-recast” (da globalização) é o processo de se fazer afirmações sobre determinado(s) evento(s), cujos valores ainda não foram observados. É a exposição da ocorrência futura baseada em ocorrências passadas ou instantâneas.Todos os programas e sistemas que estão na internet, plotam suas previsões utili-zando modelos matemáticos que podem ser globais ou locais. Alguns modelos são mais ou menos adequados para determi-nadas regiões, portanto, não é saudável afirmar que um programa é melhor ou pior que o outro. Ele é mais ou menos adequado para a sua região!Antes de escolher o programa procure ve-rificar se ele utiliza um modelo global ou local. Existem programas que utilizam o

cruzamento de informações de mais de um modelo. É o caso do Navi Weather da em-presa europeia NavSim Technology, cujas previsões resultam da interpolação dos da-dos dos modelos das agências, Met Office (Inglaterra), JMA (Japão) e NOAA (EUA). Este programa tem se mostrado excelente na previsão para a costa brasileira.Os programas e sites menos recomendados são os que utilizam somente um modelo global ou modelos locais de outras regiões que não a de interesse do navegador. Em qualquer caso, quanto mais distante a pre-

visão para o dia de navegação, menor será o percentual de assertividade. Para quem não está familiarizado com interpretação da carta sinótica e imagens de satélite uma boa opção é o Predict Wind, do velejador Jon Bilger (Alinghi - 2010), embora ele mantenha em segredo os modelos mate-máticos utilizados. Para navegações mais distantes da costa brasileira, o UGRIB é

Programas de Previsão de tempo: Qual usar?

Continua na pág. 05

Por: Luciano Guerra

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6º Rally Náutico

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ARio Grande do Sul

Soling

A classe Soling gaúcha - cuja flotilha é a mais ativa do país – disputou o Estadual da Classe. O pódio ficou pequeno para a “família Ilha”, que venceu a disputa. O trio Nelson Ilha, o pai, e Gustavo Ilha e Felipe Ilha, filhos de Nelson, são do Veleiros do Sul. Ao final Nelson comentou: “Mais contente do que ganhar o estadual de Soling, que acho que nunca ganhei, foi o fato de voltar a correr com o Gustavo e o Felipe. Ganhar em “ famí-lia” não tem preço”, concluiu. Don’t let me Down de Cícero Hartmann foi vice-campeão e El Demolidor de Kadu Berghental em terceiro, todos do Veleiros do Sul.

Hobbie Cat

O Campeonato Estadual de Hobie Cat teve as disputas das últimas regatas na raia da Pedra Redonda (RS). Com vento forte e rajadas chegando a 25 nós, a dupla catarinense Ricardo Halla e Marcela Mendes (ICSC) venceu a primeira regata do dia, terminando o campeonato em terceiro lugar. A dupla Cláudio Mika e Aleks Vasconcellos ficou em quarto lugar, terminando a disputa em segundo lugar na geral. Ricardo Halla e Marcela Mendes ficaram em terceiro. A dupla do Veleiros do Sul, Gustavo Lis e Claudia Walter, ficou em segundo e foi a campeã da classe Hobie Cat 16 no Estadual do RS. “Para nós foi um feito heroico, a melhor regata de todo o campeonato. Muitos acabaram virando na última regata. Nós completamos a regata na garra e na experiência”, destacou Cláudio Mika. Na disputa da classe HC 14, João Carlos Lindau disputou a única regata do dia e foi e campeão estadual da classe. Márcio Tozzi, do Veleiros ficou em segundo lugar.

Estadual de Soling e Hobbie Cat

As Classes Soling e Hobbie Cat: “Família” Ilha, Gustavo Lis e Cláudia Walter

Guarapiranga - SP

Disputa no WindDois clubes da Guarapiranga – Team Bra-zil e a Tempo – entraram na disputa para organizar os campeonatos de Raceboard, Techno e RS:One. Organizados pela Team Brazil em 2012, este ano a Tempo saiu na frente e solicitou – e conseguiu – junto à FEVESP o alvará para a organização. A partir daí alguns atletas se manifestaram no Facebook, e dividiram as opiniões de apoiar um ou outro clube. Entretanto o consenso da maioria é que se realize um revezamento entre as entidades para que o esporte como um todo saia vitorioso. “Este ano ficamos esperando por uma “promes-sa” do Clube de Regatas Guanabara no Rio, que deveria organizar o Brasileiro na Baía da Guanabara e nada... Então a Tem-po quis organizar o Brasileiro. Ajudei a fa-zer o AR, montamos o quadro de juízes e enviamos para a ABWS pedir o Alvará, e a CBvela deu o Alvará. Como coordenador tentei promover que os dois clubes traba-lhassem juntos”, explicou Raul Pasqualin, ex-coordenador da Classe. E completou: “Para as crianças que estamos formando e os velejadores, tanto faz se A ou B organi-zam as regatas. O que importa é que sejam regatas justas e bem administradas”. Para Ricardo Winicki Santopws, o Bimba, o re-vezamento também é a solução: “Brasilei-ro na Tempo! E consequentemente o próxi-mo evento de grande porte fica novamente com a Team Brazil e assim por diante... Se por exemplo, um clube tiver mais veleja-dores que o outro, ele sempre vai ganhar a votação tirando todos os eventos do clube menor? Vamos pra água!”, opinou.

A Represa Guarapiranga foi sede do Cam-peonato Sudeste Brasileiro da Classe Din-gue. O evento foi organizado pelo Yacht Clube de Santo Amaro e pela Associação Brasileira da Classe Dingue, contou com a participação de 45 duplas, incluindo 8 du-plas da Baixada Santista. Foram 6 regatas com vento na casa dos 10 nós em um dia de chuva e garoa de domingo. Os destaques da Baixada Santista foram a dupla Daniela Faggiane e Tamires Gomes que ficou em 1º lugar no feminino e a dupla Max Gondo e Mariana Sutilo que ficou em 5º lugar na geral e 3º lugar na categoria sênior.

Dingue: Sudeste

A Copa São Paulo e Campeonato Brasilei-ro de Jet Ski – Grand Prix 2014 definiram seus campeões nas várias categorias (vá-rias mesmo!) em disputas realizadas na Represa da Guarapiranga, como parte da Virada Esportiva, evento realizado pela Prefeitura de São Paulo. Presentes pilotos de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Gran-de do Sul, Bahia, Santa Catarina, Paraná e Goiás e convidados do Paraguai. Na clas-sificação final do Campeonato Brasileiro o destaque ficou para o paranaense radicado no Paraguai, Valdir Scremin, que conquis-tou o título nas categorias Runabout Turbo GP e na Runabout Turbo Limited Super Course Turbo Limited. Na segunda posi-ção da Turbo GP ficou o paulistano Valdir Brito Júnior e o terceiro Umberto Brito, de São Paulo, que também sagrou-se cam-peão na Super Course Turbo Stock, e vice na Runabout Turbo Limited e Super Cour-se Turbo GP. Na categoria Runabout As-pirado Limited o título ficou com a goiana Gisele Kimi Hattori, com o gaúcho Fillipe Bertodo Seilbel, de Canoas, em segundo (campeão na Runabout Aspirado). A Su-per Course Turbo GP teve como vencedor o gaúcho Israel Pereira, de Guaíba. Já na Copa São Paulo de Jet Ski após as duas etapas realizadas o campeão da Runabout Turbo foi o paulistano Umberto Brito, se-guido pelo baiano Michel Montargil Lobo de Salvador, e o paranaense Valdir Scre-min em terceiro. Umberto ainda garantiu o título na Super Course Turbo Stock.

JET SKI GRAND PRIX

Brasileiro de Jet na foto de João Neto

O 33º Campeonato Paranaense da Classe Optimist 2014 aconteceu em Foz do Igua-çu e foi organizado pelo Iate Clube Lago de Itaipu. Ao todo 35 velejadores de 9 a 15 anos, todos do Projeto Velejar é Preciso participaram do evento. Foram realizadas 6 regatas às margens do Lago de Itaipu, em frente ao Iate Clube Lago de Itaipu, com vento rondado, fraco e muito calor. O vete-rano Andrey Godoy conquistou seu 4º títu-

33º Paranaense lo de campeão paranaense Geral na classe Optimist. Flávia Parizzotto foi bicampeã paranaense no feminino. Paulo Ricardo de Oliveira sagrou-se campeão paranaense Estreante e categoria Mirim. E Gabriel Bo-natto venceu na categoria infantil.O Projeto Velejar é Preciso foi fundado oficialmente em janeiro de 2001 e apoia-do pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Foz do Iguaçu, o projeto é re-alizado pelo Iate Clube Lago de Itaipu –

ICLI. Voltado para crianças de famílias de baixa renda e que se encontrem matricula-das na rede de ensino público da cidade, no programa as crianças recebem instruções sobre o esporte e treinamento prático com o objetivo de formar atletas que represen-tem a região. Entre os principais objetivos do projeto estão proporcionar a prática desportiva, formar velejadores e incentivar o estudo.

Opt no Paraná revelando talentos

Paraná

Em outubro aconteceu a primeira etapa da temporada 2014/2015 da Copa do Mundo de Vela em Qingdao, na China. O Brasil foi representado por Bruno Fon-tes (Laser - Iate Clube de Santa Catarina) e pela dupla Henrique Haddad e Bruno Be-thlem De Amorim (470). A Copa do Mundo de Vela é compos-ta por cinco etapas durante a temporada 2014/2015. Além de Qingdao, fazem parte do calendá-rio Melbourne (Dezembro/2014 – Austrá-lia), Miami (Janeiro/2015 – EUA), Hyeres (Abril/2015 – França) e Weymouth & Por-tland (Junho/2015 – Grã-Bretanha).

Copa do mundo emQingdao - China

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5Chegou ao fim a 26ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha. Com mais de 80 inscrições, depois de algumas desistências, partiram do Cabanga Iate Clube 69 embarcações Chegaram a Noronha 55 veleiros.Marcos Medeiros, atual Comodoro do Cabanga Iate Clube e Diretor da Refeno por seis anos, nos contou por telefone que apesar da Marinha não ter flexibilizado a participação de Mestres no Comando das embarcações, e ter exigido a certificação de Capitão, a par-ticipação foi surpreendente. Ele também contou sobre o acidente com o Trimarã Nativo: Comandado por Jorge Neves o trimarã da Classe Mocra perdeu o flutuador de bombordo e capotou durante a noite a mais de 20 nós de velocidade. Marcos Medeiros disse que a balsa salva vidas estava presa de maneira errada e a tripulação passou várias horas à deriva agarrada ao casco, até conseguir soltar a balsa e aguardar o resgate. O Spot caiu na água e não funcionou durante a emergência. Por isso para 2015 já foi decidia a obri-gatoriedade do Epirb a bordo.Entre os favoritos estava o tetracampeão Ave Rara, de Pernambuco comandada por Gustavo Peixoto, também um trimarã da classe Mocra. O Ave Rara abandonou depois que sua vela rasgou pouco depois da largada. Marcos Medeiros também falou sobre a alteração da largada: com 2 bóias a mais fazendo com que os veleiros passassem mais próximos ao grande público que não podia ver de perto os veleiros, a decisão foi um sucesso: agradou ao público e aos patrocinadores. Lars Grael participou a bordo do ve-leiro Tangará II com seu filho Nicholas de 17 anos, e venceu na RGS B sendo o 20º na geral. O Fita Azul foi o Camiranga um Soto 65 do Rio Grande de Sul comandado por Samuel Albrecht.É bom lembrar que o Cabanga Iate Clube organiza a Refeno desde a sua terceira edição, que foi realizada em 1990 e que o atual recorde é do veleiro Adrenalina Pura, da Bahia, com a marca de 14 horas, 34 minutos e 54 segundos em 2007. Para comparação, o Ca-miranga, fita azul deste ano levou 8 horas mais. O dia da largada da próxima Refeno já está confirmado para 26 de setembro de 2015. E para quem pensa em comprar um Epirb é bom saber que a obtenção da licença junto à ANATEL é obrigatória, burocrática e muito demorada, portanto é bom começar a se mexer.

Recife - PE

O trimarã Nativo que participava da 26ª edição da Refeno perdeu o flutuador de bom-bordo e capotou às 23h do sábado 27/09. Embora não tivessem conseguido usar o bote salva-vidas, a tripulação ficou junto ao casco e foi resgatada por um navio petroleiro liberiano, o “Krasnodar” que passava por perto. Abordado pela Capitania dos Portos, todos os ocupantes foram levados até Natal em plenas condições de saúde. O resgate aconteceu a 50 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte. O Nativo é um trimarã da Classe Mocra, de 33 pés de Pernambuco, comandado por Jorge Neves, e tripulado por Álvaro Gonçalves da fonte Neto, Antonio Roberto Borges Da Fonseca Neves, Jorge Alberto Silvestrini, Marcos Vittorazzo e René Ribeiro Hutzler. “Largamos às 14h e du-rante a noite estávamos com uma velocidade muito alta, perto de 20 nós, o que é muito para o veleiro. O vento também estava muito forte. Depois de bater em muitas ondas, o crossbeam (viga de sustentação do barco) quebrou. O barco capotou e ficou emborcado” contou Jorge Neves ao site do G1. Há três anos o mesmo veleiro teve a mesma quebra participando da Refeno. Ainda segundo informações postadas no Facebook, o veleiro foi abandonado (não resgatado).

A 23ª edição da Regata Fernando de No-ronha/Natal foi realizada com mar agitado e ventos fortes, chegando aos 387 nós nas rajadas. Mas a flotilha chegou bem ao Iate Clube do Natal, que realizou a premiação da edição 2014 da tradicional volta da Re-feno. Confira os resultados:Fita Azul: TapiocaMONOCASCO RGS A1º Tapioca2º Inaê3º SognoMONOCASCO RGS B1º Talento2º Fisker3º BepaluhêMONOCASCO RGS C1º Jr 012º Timshel

MULTICASCO A1º Viamar2º Aquamundo3º YakareMULTICASCO B1º Tranquilidade2º Namos3º BorandáMULTICASCO C1º Jahu III2º Muakã

Natal - RN

Tapioca, o Fita Azul da Fenat 2014

Noronha a Natal:A Fenat 2014

XXVI Refeno - 2014

Trimarã abandonado

O trimarã Nativo...

... e a tripulação após o resgate

Programas de Previsão de tempo: Qual usar?(Continuação da pág. 02)

uma boa opção. Mas não tem se revelado uma boa ferramenta para o velejador que pretende uma previsão para um final de se-mana próximo da costa, principalmente na região sudeste.Todos os programas interpretam para o usuário uma sopa de letrinhas e números, jogando um desenho amigável na tela. Apenas realizam a leitura de um arquivo no formato grb ou grb2 e apostam na melhor interação com os usuários. Alguns progra-mas como SeaTrack, OpenCPN, Nobeltec, MaxSea aceitam qualquer arquivo grib ge-rado por modelos matemáticos variados e, capricham no design e nas funcionalidades associadas.

Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteoro-lógicos no Operador Nacional do Sistema Elé-trico ONS.

Sobre páginas de internet de previsão que não necessitam de tanta interpretação, o CPTEC (previsaonumerica.cptec.inpe.br) e seu modelo BRAMS5, é a que recebe o tratamento mais detalhado a sobre a cos-ta e relevo brasileiro, com resultados mais apurados para nossa realidade. E para me despedir, lembre-se: Antes de se lançar ao mar, navegue nas interpretações das cartas sinóticas, meteoromarinha, fotos de satéli-te e aviso aos navegantes! E até a próxima.

Agora também no rádio

Para ouvir músicas e notícias: rádio

Desde outubro o Almanáutica está tam-bém na rádio. São pelo menos duas op-ções para os fãs do Alma: a partir do site www.metro1.com.br na rádio Metrópole FM (ou no rádio mesmo se você for da Bahia), todos os domingos pela manhã, a

partir das 10 horas durante o programa “A Bordo”. Você pode baixar o app e ouvir no seu celular ou pelo próprio site. E a outra

opção é a web rádio, uma tendên-cia mundial. A partir do site do Almanáutica (www.almanautica.com.br) na aba Rádio Almanáutica, você pode ouvir uma excelente programação de músicas e informações variadas produzi-das especialmente para a web rádio.A plataforma usada ainda está em testes, com outras duas, para definir qual a melhor maneira de atingir o público e produzir os programas. A plataforma web rádio visa o público que tem o computador (ou telefone ou tablet) ligado durante o dia e pode ouvir a rádio enquanto trabalha. “O próximo passo de-pois de definir a plataforma será estabele-cer uma programação fixa em horários pré determinados, para facilitar a fixação pelo público”, explicou Ricardo Amatucci, edi-tor do Almanáutica. Segundo Amatucci a programação prevê além de músicas e no-tícias, a previsão do tempo para os finais de semana, dicas de livros, filmes e informa-ções para os navegadores. Confira no site!

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Conheça as inovações do novo VOR One DesignAgora eles são todos iguais

O catarinense André Fonseca, o Bochecha, é o úni-co representante brasileiro na Volvo Ocean Race. Com 36 anos, é a terceira vez que Bochecha partici-pa da competição: 2008-09 no Delta Lloyd, 2005-06, no Brasil 1 e agora na equipe espanhola Mapfre. Em suas palavras: “Nasci e cresci na escola de vela do Iate Clube Veleiros da Ilha, em Santa Catarina”.

Brasil na VOR

Equipes: SCA - Abu Dhabi - DongfengBrunel - Alvimedica - Mapfre - Vestas

1ª PernaAlicante (Espanha) - Cape Town - 6.487 milhas

Previsão de chegada: de 2 a 6 de novembro. In Port Race: 15 de novembro2ª Perna

Cape Town – Abu Dhabi - 6.125 milhas

Navegar da África do Sul para os Emirados Árabes na perna 2, levará a flotilha do hemis-fério sul para o norte, do Oceano Atlântico para o Índico. Em dezembro, acontecem fortes ventos de sudeste e o sistema de baixa pressão Sul Africano. Isto significa que a flotilha deve encontrar ventos fortes após o início da perna 2. Os táticos terão que tomar uma decisão rápida: dirigirem-se para o sul (ventos de oeste) ou ficar perto da costa. Esta não é uma escolha fácil. Como o clima nesta área é variável uma opção aparentemente válida pode rapidamente azedar em apenas algumas horas. A opção mais provável será o sul para tentar pegar qualquer oportunidade de ir rapidamente para o leste. Normalmente essa opor-tunidade virá na forma de um sistema frontal de baixa pressão perto da ponta sul da África.

A desvantagem de escolher esta opção é a Corrente das Agulhas, de até cinco nós contra. Os fortes ventos de oeste e o fluxo oposto dessa corrente podem proporcionar mais mar e a quebra de barcos. Alternativa: Áreas de alta pressão do Índico e do Atlântico se fundem para criar condições de vento fraco a sul do Cabo da Boa Esperança. Nesta situação, o vento vai soprar perto da costa Africana. No entanto a escolha desta opção significa ir contra o vento. O primeiro grande obstáculo será o sistema meteorológico no Oceano Índi-co, sem ventos. A rota mais comum é atravessar pelo lado ocidental e tirar proveito dos ventos de nordeste frescos ao sul de Madagascar. Uma vez passado este sistema, eles devem ter algum sueste rápido. Os barcos que se aproximarem pelo leste podem desfrutar ângulos de vento mais favorá-veis. Mas é época de ciclones tropicais, grandes sistemas de tempestade que se formam perto dos Doldrums e giram cada vez mais violentamente enquanto se dirigem ao sul causando o caos. Depois de tudo isso o último obstáculo são os Doldrums no Oceano Índico. Eles diferem dos do Atlân-tico. São criados pela convergência entre ventos alísios de sudeste a noro-este, e as monções. Reúnem-se a partir de direções opostas, formando uma faixa mais ampla de grandes nuvens cumulus, chuva e ventos inconstantes, sempre ao sul do Equador.Após os Doldrums é uma longa batida até o Golfo. Em seguida, eles per-dem a força numa área de transição entre ventos fracos e esquivos. Os ven-tos predominantes locais sopram de noroeste e são chamados de Shamal. Depois de Ormuz, é rumo direto a Abu Dhabi.

Estratégias...

Entenda a Volvo Ocean RaceO principal evento de vela oceânica do mundo já começou. Os modernos barcos – e agora todos iguais (One Design) - partiram para a primeira etapa da Volvo Ocean Race 2014-15. O trecho entre Alicante, na Espanha, até a Cidade do Cabo, na África do Sul, tem quase 12 mil quilômetros e a duração de, no mínimo, 23 dias. Fernando de Noronha é waypoint obrigatório para os barcos. Acompanhe pelo site oficial da Volvo Ocean Race que fica em www.volvooceanrace.com ou pelo site do Almanáutica!

Crédito das fotos (pela ordem): Sander van der Borsch/Team Alvimedica; David Ramos/VOR, e Volvo Ocean Race

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A prática da vela como ferramenta de edu-cação física, pode explorar diversos aspec-tos do desenvolvimento físico e intelectual do aluno, conforme abaixo:Habilidade motora fina – refere-se às ati-vidades de segurar objetos, que enfatizam o controle motor, a precisão e exatidão do movimento. Amarrar os sapatos, colorir e cortar com tesoura são exemplos de habili-dades motoras fundamentais manipulativas finas. Arco e flecha, tocar violino e jogar dardos têm aspectos motores finos e são atividades que requerem habilidades mo-toras finas especializadas” (GALLAHUE e DONNELLY, 2008, p.57). Ao montar um barco para se velejar, os alunos desenvol-vem a coordenação motora fina ao manipu-lar pequenas peças de montagem complexa, na amarração de cabos onde são utilizados vários tipos diferentes de nós. Como cita

também Magill (2000) utiliza mais espe-cificamente músculos pequenos envolvi-dos na coordenação mãos-olhos, exigindo um alto grau de precisão nos movimentos das mãos e dedos. É percebido também na condução do timão (direção do barco), e nos ajustes da vela, quando um bom velejador deve ter um movimento suave e sutil para ajustar o rumo do barco com relação às variações na direção do ven-to, e na ondulação da água, gerando uma perda mínima de eficiência aero e hidro-dinâmica.Habilidade motora grossa – refere-se aos movimentos que envolvem dar força aos objetos ou receber força dos objetos. Arremessar, receber, chutar, agarrar e re-bater, são consideradas habilidades moto-ras fundamentais manipulativas grossas” (GALLAHUE e DONNELLY, 2008, p.57). Dent (1978) diz que dependendo da intensidade do vento, o mesmo pode gerar uma força resultante lateral tão sig-nificativa que faz a embarcação inclinar para o lado, perdendo eficiência, estabili-dade e controle. O velejador para contra-por esta força escora o barco para o lado oposto pendurando o seu corpo para fora.

Vela e Educação Física (parte II)

Peter Thomas Comber é Professor e instrutor de vela e fala sobre a

modalidade como ensino nas escolas

A dupla Martine Grael e Kahena Kunze foi indicada ao prêmio de melhor velejador do ano, promovido pela Federação Internacional de Vela (ISAF). A entrega será feita em Palma de Maiorca, na Espanha, no dia 4 de novembro. Também concorrem ao prêmio a kitesurfista inglesa Steph Bridge, e a windsurfista francesa Charline Picon. Entre os homens, os indicados são Mat Belcher and Will Ryan (470, AUS), Peter Burling e Blair Tuke (49er, NZL), Bill Hardesty (EUA), Giles Scott (Finn, GBR) e James Spi-thill (AUS). Desde que a classe 49er FX foi criada para fazer parte do programa dos Jogos de 2016, Martine e Kahena têm conquistado resultados expressivos em todos os eventos em que participam. Neste ano elas venceram o Mundial da ISAF, o Aquece Rio, a Copa Brasil de Vela e as etapas de Hyères e Mallorca da Copa do Mundo de Vela, além da Semana Olímpica de Garda Trentino. Todos estes resultados colocaram as meninas no topo do ranking mundial. O prêmio de melhor velejador do ano foi entregue pela primeira vez em 1994 e até hoje os Brasil foi contemplado três vezes: Robert Scheidt venceu em 2001 e 2004 e Torben Grael, pai de Martine, venceu em 2009. O prêmio este ano será um troféu e um relógio Rolex.

No caminho dos melhores...

Martine Grael e Kahena Kunze: indicadas ao prêmio de melhores do ano

Realizado no Iate Clube de Brasília em setembro, teve como resultado, em primeiro, Vida Bandida, de Torben Grael com Guilherme Almeida, em segundo Come Together de Lars Grael e Samuel Gonçalves e em terceiro o veleiro MIISC com Alessandro Pas-colato e Henry Boening.Também aconteceu a 4ª Etapa do Torneio do Cerrado da Classe Optimist, nas categorias veteranos e estreantes. Na competição os jovens atletas disputaram vagas para o Campe-onato Brasileiro da Classe, que será realizado no Rio de Janeiro em 2015.

Resultado:

1º Veterano - Infantil ICB Marina Gomes Garrido2º Veterano - Juvenil CMIC Mayara Chew3º Veterano - Juvenil CMIC Diego Campos Villela

1º Estreante - Juvenil CNB Gabriel Lourena2º Estreante - Juvenil ICB Hanna Reinicke3º Estreante - Juvenil CNB Gabriel Caputo Gouveia

Brasília - DF

Brasileiro de Star e Optimist

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No início de setembro aconteceu na As-sociação Náutica de Itajaí a primeira eta-pa do Estadual de Optimist, que reuniu 19 atletas de diferentes cidades (Itajaí, Joinville e Florianópolis). Foram rea-

Itajaí - SCEstadual de Opt

lizadas no total 5 regatas em dois dias. O campeão geral na categoria Optimist Vete-rano foi o velejador do Iate Clube Veleiros da Ilha, Guilherme Durieux, seguido do ve-lejador Guilherme Berenhauser (ICSC). Em 3º lugar ficou Rafael Servaes (ICSC). Os atletas da ANI também foram ao pódio: Na categoria Optimist Veterano Feminino Ana Carolina da Silva foi a campeã. Matheus Leonardo ficou em 3º lugar na categoria Es-treante Geral Masculino. E João Vitor Ores-tes ficou em 5º na categoria Veterano Geral.

Dezenove atletas na disputa em Itajaí

A edição de 2014 da Semana de Vela de Buenos Aires, campeonato para as classes mo-notipo da América do Sul chegou ao fim no Rio da Prata em outubro. Foram 5 dias de regatas com ventos fortes. O evento aconteceu na sede da Bacia Norte do Yacht Club Argentino com a participação de 635 velejadores de 17 classes nacionais e internacio-nais. Algumas mais conhecidas como a Optimist, Laser, 420, 29er, 49er, Snipe, Soling, Star, J24, além de outras menos familiares como Cadet, F18, M30, Grumete, S33, e OD (One design) 27. Com representantes da Argentina, Austrália, Bermudas, Bra-sil, Chile, Equador, Estados Unidos, França, Guatemala, México, Mônaco, Paraguai e Uruguai. A dupla Eric Belda e Rodrigo Dabus (YCSA), obteve o melhor resultado da delegação paulistana de 420, com o quarto lugar na classe.

Semana de Vela de Buenos Aires

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Após comunicado oficial enviado pela ADERE (Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia), os organizadores do Iguaçu River SUP, e que seria válido como campeonato brasileiro de SUP em corredeiras (River SUP), informaram o cancelamento da competição em 2014. O motivo é a estiagem que afetou os níveis de água no reservatório Itaipu Binacional, onde seriam realizadas as disputas. Totalmente seco o local comprometeu também a piracema e os treinamentos da equipe Brasileira de Canoagem... Cola-bora, São Pedro!

SUP

E o SUP secou...

Orla do Pôr do Sol, no Mosqueiro em Sergipe foi o local escolhido para sediar a 2ª etapa nordestina de SUP 2014, dentro do calendário do Campeonato Brasileiro de Race. O percurso com largada e chegada na Orla do Pôr do Sol, passa por pontos como a Croa do Goré e Praia do Viral, locais de piscinas naturais e grande fluxo de turistas da região. O estado de Sergipe possui seis bacias hidrográficas e oferece excelentes condições para a prática do SUP. Estima-se que Aracaju tenha por volta de 3 mil praticantes.

...Mas não em Sergipe

SUP Magazine Awards

Os maiores atletas, filantropos e cineastas ligados ao SUP reuniram-se para uma noite de festa e gala para o 2014 SUP Awards, premiação realizada pela SUP Ma-gazine, a maior revista dedicada ao esporte. Centenas de convidados reuniram-se no casino em San Clemen-te, na Califórnia e comemoraram os melhores remado-res (masculino e feminino), as expedições, os esforços filantrópicos e os filmes de 2014. E o brasil foi desta-que nas palavras da organização: “O Brasil está aqui para ficar. Não são apenas os brasileiros matando no Stand Up World Tour, mas eles têm o amor dos fãs também, com Caio Vaz e Nicole Pacelli tomando luga-res de topo no masculino e feminino. Eles são surfistas

talentosos e nós estamos felizes porque eles estão aqui”. Na lista de premiados dos melhores do mundo, Caio Vaz ficou em terceiro (atrás de Connor Baxter e Kai Lenny), e Nicole Pacelli em segundo, atrás de Izzi Gomez. O filme H2mexicO levou o melhor filme do ano. Nele, oito superstars do esporte mostram como levaram o esporte a um patamar inédito de sucesso mundial.

A regata 52 Super Series representa o ní-vel mais alto de regatas de monocasco em tempo real, e abraça a liberdade de fazer as escolhas de design e tecnologia. O circui-to tem continuado a crescer desde que foi criado em 2012 por um grupo de proprietá-rios apaixonados de TP52.A 52 Super Series abrange dois circuitos de eventos ligados, começando no início da temporada nos EUA e seguido por uma sé-rie de quatro regatas, sempre realizada em belos locais da Europa, entre maio e setem-bro. Já foram realizadas as etapas italianas de Capri e Porto Cervo e a primeira da Espanha em Palma de Mallorca. A última ocorreu em Ibiza, de 17 a 21 de setembro. Souza Ramos e sua equipe não tiveram uma participação muito efetiva, ficando com o oitavo e último lugar na etapa.Lançado em abril 2014 Phoenix é o mais novo barco da frota. De propriedade do empresário brasileiro Eduardo de Souza Ramos, o veleiro Phoenix é um projeto da Botin Partners, o mesmos projetistas vencedores dos 52 da Quantum Racing e da Azzurra. Construído em Valência, é o primeiro da nova geração de 2015, em-barcações a serem construídas antes das mudanças de regras e que deverão acele-rar os barcos ainda mais. Sob o comando do medalhista olímpico Santiago Lange, a tripulação é composta jovens velejadores olímpicos brasileiros. É aguardar a evolu-ção da equipe que certamente virá, posto a qualidade do time Phoenix. Foto: Martinez Studio

Eduardo Souza Ramos voltou à briga

O Phoenix briga em Ibiza: último...

A empresa Clear Blue Hawaii lançou um caiaque totalmente transparente. Trata-se do Molokini. Um caiaque para dois passageiros de policarbonato, o mes-mo usado para produtos a prova de balas. Um sistema de quilha retrátil incluído na versão padrão melhora a navegabilidade, especialmente para remadas de longa dis-tância. Em um dia ensolarado a visibilida-de pode chegar a profundidades de mais de 20 metros. Preço? Algo como R$4.800,00 (lá fora). Um “normal” aqui no Brasil custa entre 1 e 2 mil reais. Nada mal, né?!

Caiaque up to date...

Fundo transparente: 20 metros pra ver

Battle of the Paddle 2014 No início e outubro rolou em Salt Creek Beach, em Dana Point, Califórnia maior com-petição do mundo de Stand Up, a Battle of the Paddle. Com percursos novos e tecni-camente desafiadores - muita onda na praia de Salt Creek, a novidade deste ano foi a categoria chamada de Prone Paddleboard – de bruços na tradução ao pé da letra, mas que também permite que os competidores fiquem agachados na prancha. De 19 a 23 de novembro será a vez do Brasil receber a segunda edição brasileira do maior evento de Stand Up Paddle do mundo. A Barra da Lagoa em Santa Catarina será o palco da compe-tição. “Minha estréia foi uma experiência insana. Com ondas de até dois metros e “que-bra coco” forte, senti muita dificuldade para varar a rebentação pela falta de experiência nesse formato de prova”, comentou o brasileiro Paulo dos Reis, que competiu em Salt Creek. Devido à quantidade de pranchas e condições no mar, muitos acidentes acontece-ram. A organização poderia ter pensado melhor no evento como um todo. Nicole Pacelli, campeão mundial de SUP chegou a criticar no Facebook as condições...

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Nayara Licarião é hexacampeã brasileira de kitesurf, mora e veleja em João Pessoa

kite

A Ilha de Itaparica realizou entre os dias 09 e 15 de outubro, a segunda edição da Club Med Sailing Week, reunindo diversas modalidades aquáticas em uma semana de competições. A primeira classe a entrar na água foi o kitesurf que contou com atletas de diversos estados, muitos deles usando o Kite Foil, a nova tendência da modali-dade Race. Em um percurso rápido de duas voltas na raia, os atletas disputaram duas regatas em ventos com média de 14 nós. Na primeira regata, vitória de Wilson Bodete (PB), em segundo ficou Roberto Veiga (SC) e em terceiro Ian (PB). Na se-gunda regata tivemos a vitória de Bruno Lobo (MA), segundo Wilson Bodete (PB) e terceiro Ian (PB). As disputas contam para definir o ranking da temporada do Circuito Brasileiro de Kitesurf modalidade Racing. Também acontece durante o even-to, a Copa Club Med de Stand Up Paddle para iniciantes, amadores e profissionais, além de uma Clínica de Optimist para os

níveis Veterano, Estreante e Escola de Vela e uma clínica de Kite Surf, ministrada pelo velejador Gustavo Foerster.O evento é organizado pela LG Soluções Corporativas em parceria com o Club Med com a supervisão técnica da Associação Brasileira de Kite e CBvela.

Fotos Gisa de Paula

Club Med: Kite Racing

A Fórmula Kite (as regatas de kite), ga-nhou um lugar para disputar junto com todas as demais Classes Olímpicas, a final da Copa do Mundo Isaf, que será realizada entre os dias 27 e 30 de novembro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.Homens e mulheres vão compor uma úni-ca flotilha composta de 16 velejadores e 4 velejadoras. Os critérios de classificação para a partici-pação foram os seguintes:

e Os dois primeiros vencedores e a ven-cedora da Delta Lloyd Regata 2014

e Os top 5 velejadores e as top 3 veleja-doras do Campeonato Mundial disputado na Turquia em julho.

Olimpíadas: De olho no Kite

e Os vencedores masculinos de cada Campeonato Continental (Américas do Sul

e Norte, Europa, Ásia, Oceania).

e As últimas vagas serão ocupadas pelos 4 primeiros velejadores classificados no ranking da ISAF em 10 de setembro de 2014.

Infelizmente não teremos nenhum brasi-leiro nessa etapa final, mas como a classe também foi inclusa para participar de al-gumas etapas da Isaf 2014/2015 Sailing World Cup, fica a esperança de em breve podermos ter um atleta brasileiro nestas disputas. Falando em regatas no Brasil, depois da primeira etapa na Paraíba, tivemos a se-gunda etapa do Campeonato brasileiro disputado na II Club Med Sailing Week. Mais uma vez tivemos o Paraibano Wil-son Bodete na primeira posição, e a gran-de revelação Bruno Lobo (MA) ocupando a segunda posição e Ian Germoglio (PB) fechando o pódio. A etapa final será dis-putada mais uma vez na Ilha da Magia, em São Luís (MA) de 30 de outubro a 2 de novembro. Bons Ventos!

Nayara Licarião

O laser voadorO laser standard de Robert Schei-dt, usado no campeonato europeu e mundial de 2013 e na Semana Olímpica de abril de 2014, na Itália, apareceu com no-vidades. A empresa australiana Glide Free aproveitou a onda do “foil” e desenvol-veu uma modificação na bolina e no leme, transformando o laser tradicional em um

“Laser Foil”. Trata-se de uma adaptação simples: uma “asa” na parte inferior das partes móveis e que emprestam ao velho monotipo, ares de voador. Se nosso hen-decacampeão (é assim que se denomina quem já subiu 11 vezes ao lugar mais alto do pódio) Scheidt já “voa baixo” no mono-tipo original, o que dirá com foil...

Laser de Scheidt usado pela empresa

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Papo de Cozinha

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f A filha de Torben Grael, Martine Gra-el, foi sondada pela equipe feminina da Volvo Ocean Race, SCA, para participar da equipe ainda este ano. Ela não aceitou por causa do foco nas Olimpíadas. Filha de peixe...

f O Campeonato Paulista de Vela Adap-tada, organizado pelo Clube Paradespor-tivo Superação, aconteceu Guarapiranga (Clube ASBAC) em setembro e foi um sucesso.

f Após mais de 60 dias do desapare-cimento do veleiro argentino Tunante II, nenhuma notícia dos tripulantes. A balsa salva-vidas foi localizada sem ninguém a bordo, apenas com os documentos.

Quando o mundo subaquático é apresen-tado a alguém, descobre-se mais, pois as vertentes de especialidades são muitas e variadas. Assim também acontece quando a pessoa resolve “apenas saber se existe” uma caixa estanque para a câmera que ela já tem... Com a câmera e a caixa forman-do um conjunto, proporciona-se condi-ções de guardar em fotos, suas memórias, seus mergulhos, o que ela viu de melhor, o peixe, a tartaruga, sua dupla, as forma-ções rochosas, moréias, nudibrânquio, um naufrágio...Nesse momento eu digo que esse ser humano está contaminado pelo vírus poderoso que vai lhe acompanhar dai para frente: A Fotografia Subaquática. Essa também é uma das especialidades de mergulho populares nas credenciadoras e com tantos equipamentos oferecidos no mercado ficou fácil e divertido capturar imagens de suas aventuras. Com a espe-cialização em Fotografia Subaquática você conseguirá rapidamente fazer fotos de boa qualidade, mesmo usando as câmeras mais simples. Num curso de Foto Sub são passa-dos conceitos básicos de como ajustar sua câmera (velocidade, abertura, ISO...), mas você vai ver e ouvir muito sobre a luz, pois é comum a falta dela no mergulho.

Também vai aprender sobre composição e edição. Para a prática segura da fotografia subaquática você deve ser credenciado no mergulho básico. Para escolher um con-junto de fotosub, estude para saber quais outros equipamentos complementares ne-cessitará, como base, braços, flashes e ilu-minação. O mercado oferece uma direção básica de duas marcas: Canon ou Nikon, mas existem outras marcas: Sony, Panaso-nic, Sea&Sea, Intova e Sealife, o mesmo com caixas estanques. Portanto, o melhor na hora de sua escolha é conversar com al-guém que já faz da prática da fotosub sua paixão.

Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 da Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI

Foto Sub

Túnel do Tempo

Os 337 passageiros da primeira classe do R.M.S. Titanic, que afundou na madrugada de 15 de abril de 1912, puderam saborear uma ceia farta antes de o navio se chocar com um iceberg. O cardápio que resistiu ao naufrágio foi leiloado em março de 2012 por 122 mil dólares (R$ 270 mil). Por ele percebe-se o refinamento das refeições e mesmo a fartura e variedade das refeições a bordo. Escolhemos duas entradas refina-das para nossa sugestão desta edição...

Ovos a Argenteuil

De 1871 a 1878 o pintor Monet viveu em Argenteuil, uma cidade pequena à beira do Rio Sena, perto de Paris, onde pintou al-guns dos quadros mais alegres e famosos do movimento impressionista. É de lá a origem dessa receita presente no Titanic.

Unte forminhas ou pequenas tigelas com margarina ou manteiga. Depois coloque um pouco de creme de leite e quebre os ovos com muito cuidado para não estoura-rem, e leve ao forno médio (180ºC) até que os ovos estejam cozidos. Salgue a gosto e coloque um pouco de pimenta do reino moída na hora. Decore com cebolinhas, pontas de aspargos, ou outra opção verde

e fresca. Se quiser, derrube sobre os ovos um pouco de molho de tomate previamente preparado ou um fio de azeite (ou ainda os dois). Sirva imediatamente com torradas.

Ostras com molho de vodca, limão, raiz-forte e cebolinha

Molho: Em uma panela coloque uma co-lher de manteiga e dois dentes de alho pas-

sados no espremedor, ¼ de cebola ralada no ralo fino e deixe suar. Junte o caldo de um limão siciliano e acrescente 2 colheres de sopa de vodca e aguarde o álcool eva-porar. Apague o fogo e misture 1 colher de sopa de creme de leite fresco e meia de raiz forte, mexendo bem para misturar. Tem-pere o molho com uma pitada de sal, de pimenta-do-reino moída na hora e de noz--moscada. Ostras: Coloque esse molho (frio) sobre as ostras em uma travessa e leve ao forno alto (250ºC) para aquecer por 5-10 minutos. Não deixe passar para não “emborrachar” a carne da ostra. Antes de servir coloque ras-pas de limão siciliano e cebolinhas picadas muito pequenininhas sobre elas. Não exa-gere nessas quantidades finais. Sirva como entrada para pratos de peixe acompanhado de um vinho branco frisante gelado.

Titanic: Classe e requinte no jantar

Ovos do Titanic: requintado e fácil

Última refeição...mas com classe!

A fotografia acima foi tirada pelo aviador inglês Alfred G. Buckham (1879-1956) ao sobrevoar Salvador, em 1931, e publicada na Fortune Magazine. O original que pode ser visto na internet é uma das poucas ima-gens que mostra a antiga Sé, demolida em 1933. A igreja era contemporânea do mo-derno Elevador Lacerda, já com a segunda torre, concluída em 1930.

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Bibliotecade

Bordo

Oficina do Capitão 11

Claro, como sempre, a primeira coisa a fa-zer é ter um ferro de solda e alguns mate-rias a bordo. Caso contrário nem você nem aquele seu “amigo papai sabe-tudo” vão poder resolver o problema.A solda tem como finalidades permitir um bom contato elétrico e boa rigidez mecâ-nica para que os elementos soldados não se soltem. Dois componentes mal solda-dos afetam o fluxo da corrente levando a falhas no circuito. Uma boa solda requer um pouco de prática, nada que você não possa fazer.

Qual soldador?

Existem vários tipos de dispositivos usa-dos na soldagem, embora os caseiros – re-comendados para serviços gerais nos bar-cos - resumam-se aos ferros de solda de 15 a 40 W ou os a gás. Um ferro de solda é constituído de uma base oca, dentro da qual existe uma resistência aquecedora.

Mãos à solda...Perca a timidez e comece a fazer suas próprias soldagens no barco. É fácil!

Iniciando o trabalho

Para uma adesão adequada entre as super-fícies metálicas as mesmas devem ser lim-pas. Além da limpeza das partes a serem

Ferro de solda: barato e fácil de usarUma ponta metálica será aquecida quan-do o ferro for ligado derretendo o material que derrete e depois de resfriado, faz a liga entre os componentes soldados.

O estanho

Esse material – comumente chamado de estanho - é composto basicamente de dois materiais de baixo ponto de fusão, o es-tanho e o chumbo. Ás vezes pode conter pequenas quantidades de outros materiais para usos especiais. Essa liga tem um ponto de fusão ao redor de 360º a 370º, tornando-a ideal para fazer juntas entre dois metais. A solda é identificada a par-

Estanho encapsulado: fácil guardartir da proporção entre estanho e chumbo: 40/60, 50/50, 60/40... O material da ponta na maior parte dos casos é de cobre cober-to com outro material. Para conservar essa ponta e evitar que enferruje, você pode es-tanhar com uma camada da solda ao termi-nar o trabalho.

Apetrecho para apoiar o ferro quentesoldadas, o uso de uma pasta apropriada para solda também ajuda a solda derretida a fluir, fazendo assim com que não fiquem buracos ou áreas não soldadas. É composta de breu com um tipo de ácido. Não tendo a pasta, você pode usar vinagre (ácido acé-tico).O ambiente de trabalho é de muita impor-tância, principalmente no quesito seguran-ça. A ponta aquecida do ferro de soldar pode causar acidentes graves, desde uma queimadura grave até estragar a mesa ou fazer um buraco no estofado. Uma boa idéia é forrar o local de trabalho com jornal e trabalhar sobre uma tábua de cozinha. Em geral, o tamanho dos fios de um ferro de solda são muito pequenos, portanto uma boa extensão que deixe folga para movimentos é essencial. Se quiser, use um apoiador específico para quando tiver que colocar o ferro de solda de lado (foto acima).

Passo a passo

1 – Coloque o ferro para aquecer. Após al-guns minutos teste, encostando um pouco de estanho para ver se derrete.

2 - Limpe o ferro de solda colocando-o dentro da pasta. Estanhe sua ponta.

3 - Encoste a ponta ao mesmo tempo nos dois componentes a serem soldados. No caso de dois fios, eles podem ser enrolados antes.

4 - Aplique solda sobre a junção dos com-ponentes.

5 - Retire o ferro rapidamente.

Com um pouquinho de prática...

Pasta para soldar: facilita e limpa

Soldador a gás: onde não há eletricidade

Nelson Mattos Filho nasceu em Natal, em 1962. Era administrador de empresas, “até descobrir que o vento e o mar traçam rotas por um mundo onde os sonhos são vividos, e não sonhados”, como conta em seu li-vro... Hoje ele veleja pelo Brasil a bordo de seu veleiro, o Avoante. Ao lado de sua compa-nheira, Lucia, já percorreu a costa brasi-leira o suficiente para deixar boas estórias. Muitas delas publicadas em jornal, na “Tri-buna do Norte” em Natal. Outras em seu recente livro “Diário do Avoante”.“Estava em uma correria desenfreada e sem controle, num mundo que a cada dia cobrava mais. As pessoas cultivando uma deslumbrada e explícita luta de competi-ção, corroendo personalidades e jogando por terra sólidos castelos de honradez e amizade, num simples piscar de olhos”, diz ele, em um trecho logo no início do livro. Por isso resolveu mudar. Morar a bordo, viajar e contar o que viu. Quem já velejou pelo nordeste brasileiro vai recordar de sua própria viagem. E quem ainda sonha, certamente vai ficar com água na boca. Os relatos de Nelson são pitorescos, pessoais, mas também revelam uma visão genero-sa do Brasil litorâneo, pelos olhos de um navegador-poeta. Vale a leitura.O veleiro, o Avoante, é um 33 pés e é nele que Nelson divide sua vida com a esposa há mais de oito anos. Ele foi comprado em 2000 sem o mastro e com o motor fundido. Mas como muitos, Nelson trabalhou para que seu sonho virasse realidade e trans-formou o Avoante. Transformou também

Diário do Avoante

sua vida. E de Lucia. “Até o ano de 1998, não pensávamos nem sabíamos nada sobre barcos; tínhamos uma vida muito atarefada”, contou Nelson o inicio do livro. Quando ele comprou o veleiro, um amigo em comum perguntou a Lucia se ela “embarcaria na aventura”. Ela foi cate-górica: “Se Nelson embarcar, eu descaso!”. “Foi a primeira e única mentira que Lucia me contou”, comenta Mattos.Em capítulos como, “Deixe a vida passar”, “Papo de um dia de chuva”, Mamãe” ou ainda “Um paraíso”, Nelson deixa fluir seu lado mais poético, embora contar “causos” seja seu forte. Já em outros como “O bar-co fujão”, “A primeira Refeno” ou “Uma velejada difícil”, esse lado de contador de histórias vem a tona. Para nosso deleite. Esse é um livro para ler na rede ou no pôr--do-sol, no cockpit. Se eu fosse você, não perderia mais tempo! Este livro e muitos outros, você encontra na Livraria Moana, a mais confiável da web: www.moanalivros.com.br

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INFORMATIVO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO

Palavra de

PRESIDENTE

ABVC

CONVÊNIOSA ABVC mantém convênios para os só-cios. Veja alguns abaixo e outros no site:IATE CLUBES

- Aratú Iate Clube - Cabanga Iate Clube- Iate Clube Guaíba- Iate Clube de Rio das Ostras- Iate Clube do Espírito Santo- Marina Porto Bracuhy- Iate Clube Brasileiro- Jurujuba Iate Clube

DESCONTOS

Brancante Seguros7Mares EquipamentosBotes RemarConinco - Tintas e RevestimentosShip’s Chandler: Loja Náutica em Paraty Enautic : Loja Náutica VirtualDivevision Loja VirtualE muitos outros. Consulte nosso site para saber dos detalhes de cada parceiro. Seja sócio da ABVC: você só terá vanta-gens. Se já é associado, traga um amigo!

O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.

Midias SociaisNosso fórum ou lista de discussão, funcio-na no Yahoo Grupos. Se você é associado e ainda não participa, basta enviar um e-mail para [email protected] e solicitar a participação. Estamos também no FA-CEBOOK. Lá não é preciso ser associado para participar. Conheça e participe!

Produtos ABVCOs produtos da grife ABVC estão à sua disposição para compras via internet. São camisetas, flâmulas para embarcações, bol-sas estanques, entre diversos outros produ-tos que podem ser adquiridos na loja virtu-al da ABVC. Acesse e conheça:

www.atracadouro.com.br/abvc

Caros Associados,

Desde o último Almanáutica, estamos acompanhando o desenrolar das buscas ao Veleiro Tunante II, argentino desaparecido em nossas águas desde 26 de agosto.Este triste episódio reforça a necessidade de sempre, sempre, sempre estarmos com a manutenção de nossos veleiros em dia, sem descuidar de nada.Reforça a necessidade de não nos lançar-mos ao mar sem uma clara definição me-teorológica.Esperamos que termine em breve com o encontro dos quatro tripulantes sãos e sal-vos.

Sucesso total nossa participação no São Paulo Boat Show. Desde as inúmeras as-sociações que se fizeram ao durante os dias do evento, ao lançamento do Cruzeiro Internacional na Croácia, agradeço aos vi-sitantes que transformaram nosso estande em um ponto de encontro de velejadores.

Nosso novo site está no mar, na web. Mais moderno, melhor interação. Acesse www.abvc.com.br e comente em [email protected].

Logo, logo está chegando o novo guia de nosso navegador Helio Magalhães. Com patrocínio da ABVC, nosso associados terão grande benefício na aquisição deste roteiro náutico importante da costa de São Paulo e Rio de Janeiro.

A diretoria da ABVC em peso participou do Simpósio de Segurança do Navegador Amador em São Sebastião-SP. Quatro embarcações da Marinha do Brasil, além de um navio Patrulha de um navio do Corpo de Bombeiros, dois helicópteros e do troller Lord Gato fizeram do Dia de Mar um grande aprendizado prático das técni-cas de segurança e salvamento aos mais de 120 integrantes do seleto grupo que se lançou ao mar em busca da balsa de sobre-vivência.Este mês de novembro também ocorre mais uma eleição da Diretoria da ABVC que será realizada em 29 de novembro na Rua Bela Cintra, 1970, São Paulo. Fique atento e participe.

Fique atento também a chamada do Cru-zeiro Costa dos Tamoios que se realizará de 06 a 13 de dezembro!

Bons Ventos,

Maurício Napoleão

Cruzeiro Costa dos Tamoios 2014

Edital de Convocação para Assembléia Geral

Associação Brasileira de Velejadores de CruzeiroPrezados associados da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro,

De acordo com o Estatuto vigente, convocamos todos os associados em dia com suas obrigações a comparecerem dia 29 de novembro de 2014 na rua Bela Cintra, 1970, São Paulo – SP, CEP 01415-002, para a realização da Assembléia Geral.

A Assembléia terá início às 11:00h com segunda chamada às 11:30h para, com qualquer quórum deliberar a seguinte ordem do dia:

a) Eleger a nova diretoria da associação;b) Aprovar as contas e balancetes do biênio anterior;

c) Definir o calendário de eventos de 2015/2016;d) Outros assuntos de interesse.

Mauricio Napoleão Presidente

Acontece de 06 a 13 de Dezembro de 2014, a 4ª edição do Cruzeiro Costa dos Tamoios, realizada pela ABVC (Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro). O roteiro en-volve a passagem por diversas praias e ilhas, saindo de Ubatuba (SP) com destino a Paraty (RJ), contornando a Ponta da Joatinga, adentrando em Paraty Mirim, Saco do Mamanguá, Ilha da Cotia e encerrando na cidade de Paraty. O objetivo do Cruzeiro Costa Tamoios é integrar navegadores experientes com aqueles que ainda não realizaram grandes navegadas, e desmistificar a passagem pela Ponta da Joatinga.O Costa dos Tamoios vem em 2014 se afirmar como um cruzeiro familiar de médio per-curso, assim como os Cruzeiros Costa Verde e Costa Fluminense, que se distinguem dos maiores: o Costa Sul vai até Florianópolis e o Costa Leste, até a Bahia. Com o Costa dos Tamoios, há a possibilidade de conhecer locais e praias do litoral paulista e do carioca, constituindo uma experiência prévia para aqueles que desejam realizar cruzeiros mais longos. O nome escolhido para o cruzeiro se refere a uma aliança de povos indígenas do tronco lingüístico tupi que habitavam a costa dos atuais Estados de São Paulo (litoral norte) e Rio de Janeiro (vale do Paraíba fluminense). Esta aliança, liderada pela tribo Tupinam-bá, congregava também as tribos Guaianazes e Aimorés. O termo “tamoio” não se trata, portanto de uma única tribo ou nação indígena específica, como muitos pensam. O termo vem de “tamuya”, que significa “os anciãos”, indicando que eles eram das mais antigas tribos tupis, e os que mais prezavam pelos costumes tradicionais. As inscrições e a programação completa em nosso site.

Venha com a ABVC para a Croácia em julho de 2015

SP Boat Show

Aconteceu nos dias 16 a 19 de outubro de 2014, em São Sebastião e Ilhabela, a 13ª edição do Simpósio de Segurança do Navegador Amador. O evento contou com a pre-sença do Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, Comandante da Mari-nha. O principal objetivo do Simpósio é transmitir conhecimentos de segurança aos navegadores amadores, destacando ainda a responsabilidade individual, que é fator primordial para a redução de acidentes. O Simpósio reuniu diversas atrações como o “Dia de Mar”, com treinamentos avançados (foto) e capacitações práticas e provas para as categorias de Arrais Amador, Motonauta, Mestre, Capitão e palestras. A ABVC participou de forma ativa com a maioria de seus Diretores e Vice-Presidentes, como forma de incentivar a segurança em todos os polos náuticos.

Simpósio em Ilhabela

A ABVC fez uma parceria com a Dream Yacht Charter para melhorar as opções de vela oceânica para os seus associados. Essa nova parceria se realiza com a segunda maior operadora de charter náutico do planeta e levará você para os melhores cantos do mundo: Um cruzeiro internacional, para a Croácia entre os dias 18 e 25 de julho de 2015.O local de saída fica próximo a Sibenik na Marina Zaton – lado oposto da entrada do Lago Prokljan no Rio Krka WayPoint – 43°46′39.66″ N – 15°49′48.22″ E – A Marina fica a 60Km do aeroporto internacional de Split – Croácia. Como resultado da parceria, os associados terão descontos de 10% sobre os valores. Caso a flotilha ultrapasse 10 embarcações, mais 5%. Os contatos para a compra dos passeios poderão ser feitos diretamente com a ABVC no e-mail [email protected]. Mais detalhes a partir do site da ABVC em www.abvc.com.br.

A ABVC esteve presente novamente com seu estande no São Paulo Boat Show em setembro. Lá aconteceram dois eventos importantes. Primeiro foi o pré-lançamento do livro de Hélio Magalhães, o “Guia Santos – Rio, Um roteiro para o Mar”, com dicas de na-vegação, turismo e lazer, história e cultura dos locais entre as cidades título. A ABVC é um dos patrocinadores do guia, que terá uma edição especial para os asso-ciados. Depois, aconteceu o lançamento do cruzei-ro para a Croácia (ver matéria acima). Os valores - que já são muito em conta concor-rendo com os charters aqui no Brasil - ainda terão descontos especiais para os sócios.A ABVC fecha 2014 com excelentes bene-fícios para seus associados!