alternativa novembro '10

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alternativa Órgão oficial Juventude Popular de Gondomar jpgondomar.pt.vu nº5/ ano 1 / novembro 2010 O ACORDO DO CENTRÃO: O maior aumento de impostos de sempre; Despesa continua a aumentar; TGV e mais obras megalómanas são para avançar; Salários principescos são para manter; Editorial Austeridade Por Ana Sofia Moreira Claro que o défice português tem de ser controlado e que o endividamento público tem de parar de crescer mas será ético impedir por completo a contratação de pessoal para a GNR, PSP e SEF, numa altura em que se adivinha um crescimento significativo da criminalidade? O Governo, à imagem do seu líder, apregoa exageradamente o Estado Social, mas esquece-se que falar ao desbarato não resolve nenhum problema do país. Além disso, a meu ver, retirar meios às forças de segurança é no mínimo limitar um direito primário dos constituintes desse mesmo Estado Social: o direito à segurança. Pode ser apelada a austeridade orçamental para o que foi dito anteriormente, mas nós, cidadãos deste país, verificamos que somos, pura e simplesmente gozados, quando temos de sustentar, por exemplo, a propaganda do PS “Novas Oportunidades”, criadas para dar o 12º ano a todos e para subir estatísticas, mas que em nada diminuiem o desemprego, nem sequer ensinam; apenas são um desconto de computadores. A “redução de despesa” socialista* Défice do subsector Estado atingiu 11.885 milhões de euros entre Janeiro e Outubro, mais 215 milhões que no ano anterior. O Parlamento rejeitou uma proposta do CDS para suspender as grandes obras públicas em 2011, com os votos contra do PS, Bloco de Esquerda e PCP e a abstenção do PSD, na votação na especialidade do Orçamento do Estado. Empresas públicas como a Caixa Geral de Depósitos e TAP poderão manter salários astronómicos dos seus gestores, tendo regime de excepção na redução salarial dos funcionários públicos. * Com aprovação PSD

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alternativa de novembro 2010

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alternativa Órgão oficial

Juventude Popular de Gondomar jpgondomar.pt.vu

nº5/ ano 1 / novembro 2010

O ACORDO DO CENTRÃO: ü  O maior aumento de impostos de sempre; ü  Despesa continua a aumentar; ü  TGV e mais obras megalómanas são para avançar; ü  Salários principescos são para manter;

Editorial Austeridade

Por Ana Sofia Moreira

Claro que o défice português tem de ser controlado e que o endividamento público tem de parar de crescer mas será ético impedir por completo a contratação de pessoal para a GNR, PSP e SEF, numa altura em que se adivinha um crescimento significativo da criminalidade? O Governo, à imagem do seu líder, apregoa exageradamente o Estado Social, mas esquece-se que falar ao desbarato não resolve nenhum problema do país. Além disso, a meu ver, ret i rar meios às forças de segurança é no mínimo limitar um direito primário dos constituintes desse mesmo Estado Social: o direito à segurança. Pode ser apelada a austeridade orçamental para o que foi dito anteriormente, mas nós, cidadãos deste país, verificamos que somos, pura e simplesmente gozados, quando temos de su s ten ta r , po r exemp lo , a p r o p a g a n d a d o P S “ N o v a s Oportunidades”, criadas para dar o 12º ano a todos e para subir estatísticas, mas que em nada diminuiem o desemprego, nem sequer ensinam; a p e n a s s ã o um d e s c o n t o d e computadores.

A “redução de despesa” socialista*

•  Défice do subsector Estado atingiu 11.885 milhões de euros entre Janeiro e Outubro, mais 215 milhões que no ano anterior.

•  O Parlamento rejeitou uma proposta do CDS para suspender as grandes obras públicas em 2011, com os votos contra do PS, Bloco de Esquerda e PCP e a abstenção do PSD, na votação na especialidade do Orçamento do Estado.

•  Empresas públicas como a Caixa Geral de Depósitos e TAP poderão manter salários astronómicos dos seus gestores, tendo regime de excepção na redução salarial dos funcionários públicos.

* Com aprovação PSD

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Edição do “alternativa” Ana Sofia Moreira Tiago Isidro da Costa issu.com/jpgondomar

Para quando uma mudança de mentalidade?

Nuno Santos        Era uma vez um povo que vivia ali juntinho ao Oceano Atlântico, no oeste do velhinho Continente Europeu. No início da sua existência, esse povo viveu tempos de grandes glórias e conquistas. Nesses tempos de glória, esse povo tinha orgulho em pertencer à sua nação e não tinha vergonha de o dizer! Mas após esses tempos caiu num sono profundo, que fez com que se criassem certos (maus) hábitos. Enumerando apenas alguns desses (maus) hábitos... ’viver acima das suas capacidades’; ‘fugir a sete pés do pagamento de impostos’; ‘trabalhar o menos possível e obter o máximo possível’; ‘desinteresse geral pelo que se passa no país’... Ou seja, é um povo “laissez-faire” e onde impera “a lei do menor esforço”! Claro que esta mudança negativa de mentalidade demorou um certo tempo a instalar-se… Tal como uma futura mudança positiva demorará! Isto é, certamente que não se espera que de hoje para amanhã estes (maus) hábitos deixem de existir, nem que sejam os elementos mais antigos do povo a ter esta iniciativa. Têm que ser os elementos mais jovens, usando a sua natural inconformidade e irreverência, a fazer esta mudança…Para que se volte a ter orgulho de pertencer a este povo e para que não se tenha vergonha de o afirmar convictamente! Contudo, enquanto esta mudança positiva de mentalidade não se verificar, e “plagiando” um famoso provérbio: “Cada povo tem aquilo que merece!”. Por isso, em vez de este povo se estar sempre a queixar do seu triste destino e de só querer tirar proveito da sua nação, tem é que começar a esforçar-se por oferecer ao seu país o que tem de melhor e assim construir um futuro mais sorridente! Para terminar e para que não hajam dúvidas: Sim, este povo é mesmo o Povo Português!  

                                                                       

Manifestações anti-NATO, as perguntas que importam fazer:

Luís Pedro Mateus Porque é que nunca se viu estas pessoas a fazerem manifestações anti-União Soviética (Pacto Varsóvia), anti-CSTO ou anti-UNASUL (outras alianças militares). É só anti-NATO, não é? Nunca percebi muito bem as motivações, este ódio ao Ocidente. É que no Ocidente são cidadãos livres (até se podem manifestar e tudo), e como cidadãos livres que são, podem perfeitamente deixar este Ocidente capitalista e desumano e i r pa ra um Or iente parad i s íaco fundamentalista islâmico, por exemplo, e desfrutar de todas as suas liberdades. Ou são tão inocentes que acham que uma Civilização, qualquer que ela seja, abdica de ter um poderio militar, na inocente esperança de que as outras a sigam e façam o mesmo? Em nota paralela: depois do ataque da Coreia do Norte à sua vizinha do Sul, matando 4 pessoas e ferindo outras, não haverá nenhuma manifestação anti-regime comunista e ditatorial da Coreia do Norte? Coreia do Norte, sim! NATO não? Não obrigado. Faz algum sentido?

João Tomás Santos Faz algum sentido tirar o abono de família à classe média, que trabalha, e continuar a dar rendimento mínimo a quem muitas vezes não quer trabalhar? Faz algum sentido congelar pensões de 200 euros de pessoas que trabalharam a vida inteira e não conseguir disciplinar, por exemplo, as consultorias do estado? Bastava emagrecer as consultorias do estado e já se podia acompanhar nessas pensões o valor da inflação. Faz algum sentido um aumento da carga fiscal das pequenas e médias empresas, quando o estado não consegue disciplinar o gasto das empresas públicas? O caro leitor já conseguiu encontrar algum sentido nisto tudo? Pois é, eu também não! E assim vamos caminhando num país sem sentido com um governo sem sentido nenhum!