Alto Padrão - Ed. 34

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arquitetura | decoração | design | engenharia ano 04 | outubro 2009 R$ 4,90 #34 INOVAR A HORA DE PROJETO DA LOJA STUDIO T QUEBRA PARADIGMAS QUANDO APRESENTA UMA FACHADA SEM VITRINES E FAZ MODIFICAçõES IMPORTANTES NO INTERIOR Pequena abertura na fachada do prédio se abre no interior para que os observadores tenham acesso visual ao show room da loja

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Revista Alto Padrão. Voltada ao público de decoração, arquitetura e design de Blumenau e região. Produzida pela Mundi Editora - Blumenau/SC.

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arquitetura | decoração | design | engenharia ano 04 | outubro 2009

R$ 4,90

#34

inovarA horA de projeto dA lojA studio t

quebrA pArAdigmAs quAndo ApresentA umA fAchAdA sem

vitrines e fAz modificAções importAntes no interior

Pequena abertura na fachada do prédio se abre no interior para que os observadores tenham acesso visual ao show room da loja

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CONSELHO EDITORIAL

Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre, Sherlana Reis, Sônia Roese e Valter Ros de Souza

/Editor executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - [email protected]/Editora: Michele Wilke 01227 JP (MTb/SC)/Editora assistente: Gisele Scopel/repórteres: Ana Paula Lauth, Mariana Tordivelli e Kakau Santos (fotografias) /Editor de arte: Guilherme Faust [email protected]/Projeto Gráfico: Ferver Comunicação/Foto de Capa: Cicero Viégas / Divulgação/Coordenador Comercial: Eduardo Bellidio47 3035.5500 - [email protected]/Diretor Executivo: Niclas [email protected]

DIRETORIA/Presidente: Jorge Luiz Strehl/vice Pres. para assuntos Estratégicos e Ma-teriais: Davi Eduardo Scarense Zimmermann/vice Pres. para assuntos da indústria imobi-liária: Nilton Speranzini/vice Pres. para assuntos de rel. Trabalhis-tas e Sindicais: Adalberto José da Silva/vice Pres. para assuntos de obras Públicas: José Roberto Antunes Santos/vice Pres. para assuntos de Economia e Es-tatística: Marcos Rischbieter/vice Pres. para assuntos da administração: Amauri Alberto Buzzi/vice Pres. Para assuntos de Loteamento: Ricardo Vasselai/Diretor para assuntos de relações intersin-dicais: Maurílio Schmitt/Diretora administrativa: Margareth Volles/1º Secretário: José Carlos May Cardoso/2º Secretário: André Marin d´ Iglesias Y Vieira/1ª Tesoureira: Eunice Marly Hohl Silveira/2º Tesoureiro: Clemar Fernandes de Souza;//Conselho Fiscal/Efetivos: Renato Rossmark Schramm, Valter Ros de Souza, Valter Luiz Torresani/Suplentes: Marco Aurélio Eichstaedt; Alziro Luiz Estevam, Osório Otávio Tomazi//Delegados representantes/Efetivos: Jorge Luiz Strehl, Renato Rossmark Schramm/Suplentes: Amauri Alberto Buzzi, Valter Ros de Souza/Suplentes da Diretoria: Valdir Damião Maf-fezzolli, Giovani Isensee, Airton Xavier Picolli, Reges Francisco Moraes da Cunha, Clóvis Roberto Barbieri e Guilherme Augusto Mattos Voltolini.

/TiraGEM: 4.000 exemplares

/editorial

SuStEntabilidadE noS cantEiroS dE obraS

Crescer sem agredir. Este é o foco atual do setor da construção civil em diversos países pelo mundo. No Brasil, reco-nhecido por buscar técnicas inovadoras e economicamente viáveis, empresários deste segmento não poderiam pensar de maneira diferente. Tanto, que fazem da construção verde, ou green job, uma forma de expandir sem degradar o espaço em que a obra será instalada. A Revista Alto Padrão, atenta às tendências mundiais da construção, paisagismo, arquitetura e decoração, traz nesta edição uma reportagem especial com o enfoque sustentabilidade nos canteiros de obras. Muito mais do que apresentar técnicas empregadas dentro e fora do País, mostramos a experiência de quem atua na região. Queremos comprovar que, além de qualificados, nossos profissionais aplicam benefícios que resultam em menor quantidade de resíduos, mais qualidade de vida e com a vantagem de serem ecologicamente corretos.

arquitetura e natal

Essa edição traz também os projetos da loja Studio T e da Billy Holly Burgers. O primeiro, uma loja repaginada que traz uma proposta inovadora de fachada, eliminando a vitrine. No outro, uma antiga casa é adaptada para receber uma hamburgueria que remete os freqüentadores aos anos dourados.

E como o clima de Natal se aproxima, a equipe de alto padrão foi buscar com professores dos cursos seqüenciais de Furb, conceitos e dicas práticas para a preparação da ceia de Natal e da decoração que transforma as casas no mês de dezembro. Isso e muito mais na edição 34 de Alto Padrão.

Boa leitura!

Jorge Luiz StrehlPresidente Sinduscon Blumenau

banco de imagens

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/sumário

/gastronomia Uma bela ceia de Natal

/design O hobby que virou profissão

/projeto comercial Hamburgueria remete aos anos dourados

/decoração Enfeites para entrar no clima natalino

/tecnologia Empresa apresenta novidades em MDF

/clic Alto Padrão/mercado Alto Padrão/dicas Alto Padrão

/16 /20 /24 /28 /32 /34/36/38

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/arquiteturaProjeto da loja Studio T propõe quebra de paradigma ao substituir vitrine por uma “brincadeira com olho mágico”

/especialConstrutoras investem em projetos e tecnologia que geram produtividade e maior aproveitamento dos materiais nos canteiros de obras

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cicero Viégas / divulgação

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cantEiro dE obraS SuStEntáVElMinimizar os impactos ambientais gerados pela construção civil é uma das preocupações das construtoras conscientes

/especial

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Michele [email protected]

Sustentabilidade é um conceito que está em alta nos últimos tempos e que es-timula o mercado a adotar formas inovado-ras para serem aplicadas nas empresas, nos empreendimentos e nos projetos, trazendo resultado positivo para o meio ambiente, a sociedade e gerações futuras. A construção civil sempre foi conhecida pelo alto poder de provocar danos ambientais através do grande volume de resíduos e de entulhos que os canteiros de obras produzem. Por isso, é importante investir em construções planejadas e executadas, desde o início, com a preocupação de minimizar os impac-tos ambientais e fazer com que os imóveis atinjam a rentabilidade necessária para as construtoras sem prejudicar o ambiente em que estão inseridos.

A arquiteta Márcia Cristina Sarda Espín-dola, professora de Tecnologia da Arquitetu-ra I do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional de Blumenau (Furb), fez uma pesquisa para concluir o mestra-do apresentando o diagnóstico do resíduo da construção civil gerado em Blumenau. “Antigamente, as construtoras não tinham os programas de qualidade que têm hoje. Por isso, as obras quase não geram mais re-síduos da construção. Na verdade, não são as grandes construtoras que geram resíduos nos canteiros de obras, mas as construções informais e as demolições”, explica Márcia.

Nas reformas e demolições, o material que gera mais resíduo é a cerâmica vermelha com argamassa, proveniente da demolição de paredes. As telhas e cerâmicas também estão entre os materiais mais desperdiçadas nas obras informais. Em 2002, foi editada a resolução 307 do Conselho Nacional do

Meio Ambiente (Conama), que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. “Essa resolução responsabiliza o poder pú-blico a oferecer um lugar de recebimento dos resíduos da construção civil e triagem, além de responsabilizar os geradores de resíduos pela destinação final”, afirma a professora. Mas a Prefeitura de Blumenau ainda não criou um espaço no Município para destinar as sobras das obras.

Por isso, o ideal é que as construtoras criem espaços na própria construção des-tinados para sacos de cimento, madeira, plástico, papelão e cerâmica, entre outros. “O certo é criar baias no canteiro de obras para separar as sobras, assim como o lixo reciclável. Dessa maneira, é possível que este material seja recolhido no canteiro de obras para ser reaproveitado”, explica a ar-quiteta.

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resíduos geram custos elevados

O alto custo é um dos principais aspectos dos resíduos gerados durante uma construção. A arquiteta explica que por esse motivo é neces-sário ter um plano de gerenciamento da obra para evitar qualquer desperdício de material. “A construtora deve elaborar e implementar as diretrizes priorizando a não geração de resíduos. A destinação final deve ser a última alternativa. Primeiro, o gerador deve reduzir as sobras e en-tulhos nos canteiros de obras, tentar reutilizar o material e colocar para reciclagem. Em último caso, deve ser enviado para destinação final, sendo depositado em um lugar específico”, orienta a arquiteta.

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“A construtora deve elaborar e implementar as

diretrizes priorizandoa não geração de resíduos

Márcia Cristina Sarda Espíndola,Arquiteta

Kakau Santos

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Planejamento é indispensávelO engenheiro Adalberto José da Silva, proprietário da Sulbrasil Engenharia e Construção, diz que é

necessário ter um planejamento para controlar todos os processos. “Desde 2004, implantamos o 5S para não haver desperdícios, além de garantir a limpeza e organização nos canteiros de obras”, diz. Em seguida, a empresa implantou a ISO 9001 e o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), que é dividido em quatro níveis. “No ano passado, nós fomos certificados no nível A, que tem o sistema de gestão de qualidade implantado. Esse ano, uma auditoria manteve a empresa no nível A”.

Através desses programas, a empresa consegue ter um sistema produtivo planejado, controlado e retroalimentado para que possa ganhar na produção, garantindo que as obras sejam entregues dentro do prazo determinado, além de evitar desperdícios. “Desenvolvemos ações que garantem que as metas sejam alcançadas ao longo de todo o processo”, afirma Silva.

O sistema de gestão da qualidade da Sulbrasil envolve a análise de projetos, planejamento, controle dos recursos e execução das obras, além das ações corretivas. A empresa faz uma auditoria interna, quinze-nalmente, para garantir que os processos funcionem no nível estabelecido. “Para garantir a qualidade nos canteiros de obras, os funcionários passam por treinamentos constantes. É necessário criar uma conscien-tização, principalmente em relação à segurança dos trabalhadores”, salienta.

Para o engenheiro, o desperdício é resultado de má gestão. “As obras devem ser gerenciadas, além de terem um programa de qualidade que defina os locais de armazenamento, a maneira correta de arma-zenar os produtos e como inspecionar os serviços. O desperdício nem sempre é o entulho, já que existe o desperdício agregado ao produto, principalmente se não houver inspeção e controle. Uma parede desa-linhada, por exemplo, vai ser rebocada com centímetros a mais de argamassa. O desperdício agregado é ainda mais problemático para as construtoras que não contam com um planejamento. Por isso, não adianta investir em tecnologia em um processo desorganizado”, afirma.

A Sulbrasil está desenvolvendo um sistema construtivo com paredes de concretos moldadas no local. “Ao invés de levantar tijolos e rebocar, moldamos a parede toda em concreto. Esse projeto já passou por todos os ensaios necessários e já teve a primeira obra auditada, necessitando apenas ser certificado pelo Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtores Inovadores (Sinat), órgão normalizador de novas tecnologias. “Esse sistema torna o controle da obra mais efetivo”. O sistema foi protocolado na Caixa Econô-mica Federal para que possa ser utilizada no programa Minha Casa, Minha Vida.

/especial

“O desperdício agregado é ainda mais problemático para as construtoras. Por isso, não adianta investir em tecnologia em um processo desorganizado

adalberto José da Silva,Engenheiro

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canteiros sem resíduosDiretor-administrativo da Piastra Construção e Incorporação, o engenheiro civil Amauri Alberto Buzzi

diz que a empresa se preocupa com os métodos e materiais utilizados nos canteiros a fim de não gerar resíduos. “Uma das exigências é que todo o material que entrar na obra seja aplicado na construção”, afirma. “Esse sistema é por excelência a melhor expressão da construção sustentável, já que possui um canteiro fixo, que é a fábrica de pré-moldados. Já nas construções convencionais, cada canteiro é uma indústria, produ-zindo resíduos sólidos que ficam no local ou são transportados para um depósito apropriado”, afirma.

A Piastra absorve totalmente os eventuais resíduos no próprio canteiro de obras. Isso é possível em parte porque o sistema construtivo utilizado é o de alvenaria estrutural com blocos de concreto, que permite já na fase estrutural ter a obra pronta. O sistema não necessitaria de reboco, por exemplo, mas por uma questão de estética, o mesmo é utilizado com uma espessura muitas vezes menor que a convencional - são apenas três milímetros de reboco. As lajes são todas maciças com peças que cobrem por inteiro o ambiente e não necessitam de revestimento. “Foram desenvolvidas em meu trabalho de dissertação - Fabricação e Montagem de Laje em Argamassa Armada - em 1998, no curso de pós-graduação em Engenharia de Produção”, explica Buzzi.

A técnica foi repassada a um fabricante que hoje é o fornecedor também de blocos, escada composta metálica, anéis de concreto e demais acessórios. “Os nossos pré-moldados em argamassa armada garan-tem uma durabilidade e resistência superiores pelo maior consumo de cimento. Como são mais estreitos, o transporte é mais fácil e podem ser montados com gruas”. A Piastra, por conseqüência, não utiliza madeira como ferramenta construtiva. Todos os produtos na obra chegam paletizados e as embalagens são separa-das para serem recolhidos por entidades que processam material reciclável. “A maioria dos produtos chega à obra revestida com papelão e plástico ou lata. Todo esse material é recolhido”, diz Buzzi.

A empresa está envolvida no Projeto Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal, que tem como foco a montagem de um protótipo pré-moldado. E está desenvolvendo, com a Cassol Premoldados, o sistema construtivo através da via seca, em que é possível a montagem de até 16 unidades no prazo de 90 dias. “Para garantir a sustentabilidade, temos que aumentar a velocidade e zerar o resíduo. Isso significa eliminar a água na obra. A nossa via seca nada mais é do que um processo de montagem feito com os ele-mentos painéis maciços e alveolares, gesso acartonado, chapas fibrocimento (steel frame), chapas madeira autoclavada entre outros, nas paredes internas e nas externas”, explica Buzzi.

“ Sustentabilidade, emnosso caso, é aumentar a

velocidade e zerar o resíduo:isso significa eliminar

a água da obraamauri alberto Buzzi,

Engenheiro

arquivo / Mundi Editora

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Sustentabilidade em debate O 81º Encontro Nacional da Indústria da

Construção (Enic), realizado em setembro, no Rio de Janeiro, destacou a sustentabi-lidade e o green job, que inclui obras que não causam agressão ambiental. Uma das propostas já em execução apresentadas du-rante o encontro, contempla a fabricação de casas e apartamentos em concreto armado. O processo, que substitui o modelo de alve-naria com uso de argamassa, já é adotado em outros países há anos.

O Projeto de Construção Sustentável

para a Indústria da Construção, da Confede-ração Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foi o principal tema discutido pela Comissão do Meio Ambiente. Este projeto enfoca a necessidade de o setor em adotar como prática a racionalização da energia, o uso da energia solar e o reaproveitamento da água, entre outros tópicos. “A construção brasileira tem se conscientizado de que não há caminho de desenvolvimento moderno sem sustentabilidade e inovação tecnoló-gica”, diz o engenheiro Jorge Luiz Strehl,

presidente do Sinduscon de Blumenau. Atento para a questão ambiental, o 81º

Enic também abordou as oportunidades que as mudanças climáticas podem gerar, des-tacando que o segmento deve se adaptar e inovar para conseguir se manter no mer-cado de forma sustentável. “Temos muito ainda que andar nesse setor, mas acho que o nosso País já tem cadeias de insumos que são destaques mundiais, como é o caso da nossa indústria cimentícia, uma das menos agressivas do mundo”, garante Strehl.

/especial

“A construção brasileira tem se conscientizado de

que não há caminho dedesenvolvimento moderno

sem sustentabilidade

Jorge Luiz Strehl,presidente do Sinduscon

Green jobO trabalho verde estimula que sejam uti-

lizados insumos, principalmente a madeira, com origem certificada. “Além do uso da madeira de reflorestamento, foi destacada a questão da queima de materiais nos cantei-ros de obras e a industrialização à via seca, com baixo consumo de água. Já temos em Blumenau várias empresas que trabalham nesses moldes, mas, se olharmos a constru-ção civil como um todo, no Brasil este setor ainda é muito rudimentar”, acredita o presi-dente do Sinduscon.

Strehl detalha que os materiais utiliza-dos nos canteiros de obras, locais que geram muitos rejeitos, devem ter uma destinação correta. “Em Blumenau, existem obras in-formais que queimam as sobras de tintas, madeiras e sacos de cimento, entre outros materiais, ignorando o código de postura da Prefeitura Municipal, que tem multas previs-tas para quem faz isso”, afirma. O engenhei-ro explica que poucas cidades brasileiras têm um local destinado pelo Município para depositar os rejeitos da construção civil.

Indústria cimentícia do Brasil é considerada uma das menos nocivas do mundo

Kakau Santosbanco de im

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/arquiteturacicero Viégas / divulgaçãonaScE uM noVo concEito

Inovar é a proposta da Studio T, que traz novidades na organização interna e “olho mágico” no lugar da vitrine

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A Tratto Móbile, especializada em soluções para o mercado movelei-ro empresarial, inovou na proposta da loja localizada na Avenida Martin Luther, em Blumenau. Com o objetivo de impactar e descaracterizar a imagem de 100% voltada ao mobiliário corporativo, surgiu a Studio T. A mudança é perceptível, a começar pela fachada da loja, que teve como inspiração uma brincadeira do diretor da empresa, Johnny Oneda, em fazer um olho mágico – brinquedo que fazia com que a criança enxer-gasse por uma perspectiva diferente. Assim, a fachada remete o interlo-cutor a ver o mobiliário e show room por uma perspectiva inusitada.

Responsável pelo projeto, Nicholas Alencar, da Alencar Projetos e Consultoria, explica que o cliente queria algo diferente e inovador. “Este é um dos maiores desafios em um projeto, quando se envolve inovação, pois, é preciso ir contra uma tendência pré-estabelecida”, diz Nicholas.

Os ambientes da loja eram bastante abertos e, segundo Nicholas, a mudança foi completa, inclusive no interior. “Queríamos algo fora do convencional”, reforça. “O desafio estava lançado, todos os envolvidos se atiraram no projeto meio que em uma loucura controlada e se expon-do em busca do melhor resultado”, prossegue. Ele observa que o cartão de visitas de um estabelecimento comercial é a fachada, a vitrine. É ali que se percebe as características dos produtos oferecidos. “Pode-se dizer que é a primeira relação entre fornecedor e cliente, isso muito antes do contato pessoal”.

A fachada (abaixo) troca a vitrine pelo efeito “olho mágico” que permite a visualização

do interior mais humanizado

Fotos cicero Viégas / divulgação

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Quebra deparadigma

A Tratto, agora Studio T, quebrou este paradigma e abriu mão de uma bela vitrine de vidro com pé direto duplo, para inovar em uma fachada totalmente fechada e somente uma pequena abertura para a visualização interna do show room, formando um prisma e remetendo o cliente a uma sensação nova.

Nicholas destaca que, desde o primei-ro momento, o projeto se preocupou com o cliente. “Pode parecer que uma fachada com esta idéia cause um efeito de afastar o cliente, porém, o que buscamos é o contrário; que-remos recepcioná-los como se estivéssemos em casa e que se sintam dessa forma e não é a fachada quem atrai ou repele, mas sim o anfitrião”, diz Nicholas.

A preocupação com a humanização fez com que quase todos os ambientes internos fossem reformulados. “Foram criados pare-dões de gesso e aplicados papéis de parede; trabalhamos com elevados e porcelanato”, explica.

Além do layout, a loja tem novo mobi-liário, desenhado à mão e que, segundo Ni-cholas, vem recebendo elogios de arquitetos e designers. Ele conta ter trabalhado com a simplicidade e a ausência de cores. Para a ilu-minação da fachada, foram instalados leds e internamente haverá luzes pontuais para va-lorizar os ambientes.

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divulg

ação

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Dos móveis corporativos (acima), a empresa passa a oferecer também as linhas para

jovens e para o público da classe A

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Ficha Técnicaprojeto: loja studio tprofissional: nicholas AlencarÁrea: 420m²início da obra: julho 2009final da obra: outubro 2009fornecedores: neXt engenharia de Automação, perfil pinturas, forrotec e manfredo estrutura metálica

Nicholas Alencar atua há 10 anos na criação e desenvolvimento de projetos e consultoria na área de arquitetura e design.

Alencar Projetos e Consultoria(47) 3041-0009nicholas@alencarprojetos.com.brwww.alencarprojetos.com.br

divulgação

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/gastronomia

Tempo de confraternização, o Natal traz um clima de renova-ção de esperanças e energias. As casas ganham cores vibrantes e luzes nos mais diversos tons. Os aromas também mudam, em especial, aqueles que vêm da cozinha e aguçam o olfato.

Para a professora do curso sequencial de Gastronomia da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Suzana Wascheck (foto), dar uma nova cara à tradicional ceia de Natal é simples. Basta apostar nos ingredientes básicos e incrementar com novas ideias. O peru, o tender e outros pratos típicos dessa época do ano podem se transformar e aparecer à mesa com uma concepção totalmente inovadora se forem usadas a criatividade e a combi-nação de sabores.

Mel e especiarias, como canela e cravo, nozes, vinho, alho e limão funcionam muito bem no Natal. Até mesmo a forma de servir pode ser um atrativo na noite de Natal. Se o anfitrião ti-ver um tempinho extra e disposição, pode substituir o bufê pela apresentação empratada, que dá um toque bastante charmoso e requintado à ceia. Suzana lembra que o mais importante é optar por uma ambientação e pratos que deixem a casa mais aconche-gante e aproveitar esses momentos com a família e amigos.

ao gosto de todos

Hoje, os ingredientes usados para preparar as receitas nata-linas podem ser encontrados a preços acessíveis, mas, se ainda forem um problema, podem ser trocados por uma infinita gama de produtos disponíveis em supermercados, feiras, armazéns e lojas especializadas.

Outra questão importante é saber quem são os convidados e tentar chegar o mais próximo possível do gosto deles, além de ter sempre mais de uma opção, por exemplo, dois tipos de carne. Assim, evita-se o constrangimento durante a festa, tanto para o convidado, quanto para quem convida.

SaborES EncantadoSCeia de Natal pode trazer novos ingredientes sem perder a magia

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ALTOpadrão/gastronomia

buche Pralinè • chef Fabrice lenud

Pão-de-ló 4 ovos 125g de açúcar 125g de farinha de trigo

Creme manteiga 150g de claras 300g de açúcar 600g de manteiga 100g de pralinè 100g de crocante (opcional)

Calda 150ml de água, 150g de açúcar , 20ml de rum

Montagem 1. Hidratar a placa de pão-de-ló com a calda de açúcar; 2. Espalhar uma camada de creme manteiga, avelã e crocante; 3. Rolar feito um rocambole; 4. Cobrir de creme manteiga; 5. Estriar com um garfo e enfeitar com produtos nata-linos.

lombo trançado

ingredientes 1 lombo de porco de 2,2 kg 1 limão (suco) Sal aromatizado com sálvia 3 dentes de alho 50g de cebola 300ml de cerveja Ervas secas para um chá (erva doce, orégano, estragão, etc.) 300g de bacon

Para acompanhar 1 abacaxi 3 kiwis200g de cerejas ao Marrasquino com cabinho (ou cerejas frescas)

Farofa de frutas secas

ingredientes 150g de damasco, 150g de tâmaras ou amei-xas, 150g de pêras secas , 150g de nozes, 250g de farinha de caju ou de amêndoas, 150g de farinha de mandioca (biju), 150g de manteiga

Preparo Cortar as frutas secas em pedaços grandes. Cla-rificar a manteiga e passar as frutas deixando tostar um pouco. Acrescentar as farinhas e dei-xar tostar. Servir com o lombo trançado.

Preparo Fazer um chá com as ervas secas, a cebola, o alho e as cascas do limão. Misturar o sal e a sálvia e macerar no pilão. Cortar o lombo em três tirar paralelas, temperar com o sal aromatizado e mergulhar no chá já frio. Deixar marinar por uma hora, no mínimo. Tirar da marinada e trançar. Em uma frigideira alta, colocar um fio de óleo e fritar o bacon em cubos de 1cm até ficar crocante. Reservar e selar o lombo na gordura do bacon. Levar para assar em forno pré-aquecido por 40 minutos a 170ºC. Servir com as frutas e farofa de frutas secas.

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/design

Estilo aliado ao bom gosto foi a mistura que deu certo para os empresários Tiago e Andreza Santos, da Aluminarte Atelier. As primeiras peças criadas por Tiago ainda são o carro chefe da em-presa, fundada em outubro de 2005. Os quadros em alumínio escovado ganham desenhos que são batidos manualmente, ponto a ponto. Com o tempo, eles ganharam molduras diversificadas e detalhes que agregam beleza e um diferencial ao trabalho. No início, Tiago fazia as peças com um martelo, mas, mais tarde, aprimorou o pro-cesso para a produção dos quadros.

Para alavancar os negócios, os empresários decidiram investir em feiras onde poderiam dar maior visibilidade aos produtos. Uma delas foi

a Gift Fair, em 2006, a maior feira de artigos de presente e decoração para casa da América Latina, realizada no Expocenter Norte, em São Paulo. Esse grande passo exigiu que a empresa criasse novidades, já que lojistas de todo o País e do mundo vão até lá para ver as inovações e fazer os estoques das lojas.

Tiago e Andreza avaliam que o sucesso dos negócios é resultado de muita observação. “Fazemos muitas pesquisas de tendência, feiras e estamos sempre antenados em novos mate-riais e tecnologias”, afirmam os empresários que começaram vendendo os artigos de porta em porta. Na época, o retorno era quase zero. As feiras trouxeram notoriedade e hoje eles aten-

dem todo o mercado nacional, além de países da América do Sul.

A participação em feiras renomadas requer uma dedicação intensa da parte de criação, pois, a cada edição, o público pede mais lançamentos. Em agosto de 2009, a Aluminarte esteve pre-sente na feira da Associação Brasileira das Em-presas de Utilidades e Presentes (Abup), restrita para associados que passam por uma rigorosa seleção. Para Andreza, o perfil da feira profis-sionaliza os lojistas, que sentem o produto mais valorizado. Os estandes com luminárias, tapetes, mesas, acessórios para cozinha e presentes para a casa ocupam quatro andares no Shopping Frei Caneca, em São Paulo.

Para PrESEntEar coM EStiloDe um hobby nasceu o ateliê que cria e comercializa peças decorativas e presentes no Brasil e América do Sul

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Atualmente, a empresa tem uma gama de produtos bastante diversificada, voltada para de-coração e utilitários em materiais como o alumínio, aço inox, madeiras certificadas e revestimentos. São porta-CDs, caixa para chás, porta-talheres, porta-jóias, bandejas, revisteiros, cachepôs de velas, castiçais, entre outros, além da linha Teca, com 40 produtos que exibem design atual e so-fisticado.

O acabamento das peças pode ser em tecido, lâmina de madeira e fibra de bananeira, produzida em uma comunidade de Luís Alves. Os quadros também receberam uma roupagem diferente e são apresentados com uma combinação de mol-duras, detalhes em tecido ou o toque aveludado dos flocados. Esse ano, a empresa passou a fabricar dois modelos de moldura. Uma delas é feita em pinus tratado para imitar madeira rústica e a outra é feita em MDF comercial, imitando assoalho.

Sintonia entre técnicas e materiais

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Questão deconsciência

O cuidado com o meio ambiente se resume em uma palavra: ati-tude. Pensar como uma empresa grande desde o início fez com que o ateliê desenvolvesse técnicas de sustentabilidade. A reciclagem do lixo, destinação correta dos resíduos e programas preventivos de saúde ocupacional, que avaliam a condição de trabalho e segurança dos fun-cionários, fazem parte da rotina e da filosofia da empresa.

Recentemente, começaram a utilizar um equipamento de estam-paria para uma nova linha de produtos. Mesmo com o volume pequeno de resíduos, uma estação de tratamento de água já foi instalada. Para eles, essa não é uma questão apenas de exigência, mas de orgulho em fazer o melhor para o Planeta. “Cada um é responsável pelo lixo que gera”, conclui Tiago.

/design

Mais

infor

maç

ões

Aluminarte Atelier de Decorações(47) 3041.1492www.aluminarte.com.br

Sem nenhuma pretensão de transformar o hobby em negócio lucrativo, Tiago começou a produzir os quadros como passatempo, reproduzindo uma peça que tinha visto. A brincadeira virou coisa séria quando percebeu que a cada dia aumentavam os pedidos de amigos que queriam dar as peças como presente. Andreza e Tiago decidiram fechar a confecção e mudar os rumos dos negócios.

A empresa conta com seis colaboradores diretos – Andreza comanda o setor administrativo e Tiago cuida da produção e em-balagem. Empregos indiretos, estão em torno de 10. Ela é formada em Estilismo pelo Senai e ele cursa o terceiro semestre de Design de Produtos. Para Tiago, o curso ajuda a atuar na racionalidade e funcio-nalidade do produto, trazendo soluções além da estética.

a arte de fazer dolazer uma profissão

Tiago Matter Santos cursa Design de Produ-tos na Universidade Regional de Blumenau (Furb). A prática, porém, começou antes, como hobby, quando resolveu reproduzir uma peça pronta. Ao perceberem o potencial das criações de Tiago, ele e a esposa Andreza decidiram abrir o ateliê de design que faz sucesso em vários partes do Brasil e vende também para países da América do Sul.

Os porta-retratos em alumínio recebem gravuras ou inscrições que deixam a peça mais bonita e podem indicar ocasiões especiais

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uMa ViagEM aoS anoS douradoSProjeto da Billy Holly Burgers propicia espaços que remetem os frequentadores aos anos 1950/60

/projeto comercial

Ana Paula [email protected]

O projeto de reforma alterou completamente o layout da antiga casa localizada na Alameda Rio Branco, 403, para abrigar uma hamburgueria temáti-ca que remete à cultura dos anos 1950/60. O projeto da Billy Holly Burgers & Co. foi elaborado pela arquite-ta Mariane Moretto Ludvig, com o auxílio da também arquiteta Daniela Moser Righetto.

Mariane conta que a intenção já era implantar uma hamburgueria temática no local, então ela e a cliente visitaram vários restaurantes com este estilo, como The Fifties, P.J. Clarke’s, em São Paulo, e Peggy Sue, em Curitiba.

“Foi quase um mês de pesquisas e viagens. Queríamos trazer de volta o que retrata as décadas de 1950 e 1960, como hambúrguer no prato, milk shake e sundae”, conta.

Por ser antiga, a estrutura da residência não poderia ser alterada, mas poucos detalhes foram mantidos. O piso permaneceu de cimento pintado. As arquitetas também deram continuidade ao lambri de madeira já existente.

A cozinha sofreu grandes modificações. O lugar da porta foi trocado e também foram feitos dois passa-pratos, um para louça suja, outro para limpa, assim, não há necessidade de o garçom entrar na cozinha para pegar os alimentos. O ambiente foi todo elaborado em aço inox e recebeu a aprovação da Vi-gilância Sanitária antes de ser inaugurado. “O inox foi escolhido por questões de higiene e funcionalidade”, informa Daniela.

Foi criada também uma área especifica, fora da cozinha, para preparação dos sorvetes. O espaço é dividido com o bar e o caixa.

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charme no deckO deck, antes totalmente aberto, passou por uma

grande mudança. Foi criada uma platibanda de ma-deira e colocados janelões de vidro. O piso, também de madeira, foi aproveitado. Daniela observa que para isolamento térmico foi colocado um teto de gesso acartonado com uma manta específica.

Neste ambiente, as arquitetas criaram uma parede de tijolos como acabamento. O detalhe foi inspirado na lanchonete P.J. Clarke’s, tradicional de Nova Iorque. O visual da parede ganhou leveza com a colocação de quatro espelhos, arandelas e duas TVs de LCD.

O lado externo da casa foi mantido, com mesas e cadeiras. As arquitetas pensaram num local que poderia ser utilizado por fumantes. Na entrada do restaurante, fica um carrinho de cachorro quente para quem deseja um lanche rápido.

Juke Box na entrada da hamburgueria ajuda a transportar os frequentadores para o clima dasdécadas de 1950 e 1960. Abaixo, o deck, que recebeu uma platibanda de madeira e janelas de vidro

Fotos

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decoração e móveisOs móveis relembram a época. Mariane enfatiza que nos cantos da casa, onde era possível, foram colo-

cados encostos acolchoados. A construção foi pintada de cinza e, a partir daí, as cores dentro do restaurante foram direcionadas, como o verde água, que remete à década de 1950.

A casa foi dividida por setores com auxílio de quadros nesta separação. “Os quadros foram comprados através de um site, indicado pelos designers Bettina Margarida e Bruno Barbieri, que criaram a identidade do restaurante”, destaca Mariane. Ela ressalta que a intenção no futuro é encher ainda mais de quadros e cartazes. “É característico destes locais ter bastante informação sobre a época”, observa.

Na entrada, está a Juke Box da proprietária do restaurante. A réplica é idêntica a do filme De Volta para o Futuro. O setor onde são preparados os sorvetes possui imagens relacionadas ao produto. No bar, foram colocadas figuras coloridas de bebidas e café.

Uma mesa grande, que convida ter mais pessoas, é chamada “canto dos amigos”. Nessa área, ficam os quadros que remetem aos personagens do cinema da década. Além disso, objetos que rememoram a época fazem parte da decoração de todo restaurante.

A iluminação foi direcionada para as mesas através de pêndulos que criam cantos aconchegantes. “Fo-ram trabalhadas lâmpadas econômicas, direcionadas ao trabalho, mas também considerando a estética”, aponta Daniela.

Nos banheiros, foram colocados adesivos plotados de filmes e uma brincadeira com imagens de artis-tas americanos. O feminino traz a foto de Elvis Presley e James Dean, enquanto no masculino está Marilyn Monroe.

...remetem ao imaginário dos anos dourados

Fotos

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tosALTOpadrão/projeto comercial

as ar

quite

tas Mais Informaçõesmariane moretto [email protected](47) 3037-1805 / 99327900

graduada pela universidade regional de blumenau (furb), em 2000, a arquiteta mariane moretto ludvig (e) atua como profissional liberal. formada no mesmo ano, também pela furb, daniela moser righetto é pós-graduada em design de móveis direcionados a exportação, na universidade do vale do itajaí (univali).

Ficha

técn

ica projeto: hamburgueria temática dos anos 50profissionais: mariane moretto ludvig e daniela moser righettoinício da obra: julho de 2009 termino da obra: setembro de 2009fornecedores: lights on, fanco & bachot – fábrica de móveis, viva casa, Art & cozinha, sempre viva, Almir silveira maguila – construção e acabamento.

...cenas do cinema e miniaturas de lambretas e carros antigos...

Objetos da época, quadros de comerciais ou de...

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/decoração

A busca pelo espírito natalino é o tempero que dá intensidade aos trabalhos feitos pelo artista plástico Gabriel Corrêa. Há 15 anos trabalhando com artesanato, Gabriel gosta de sair do tradicional, uma particularidade que se sobressai pelo es-tilo extremamente observador. “Qualquer detalhe pode ser levado para um traba-lho”, ressalta o artista.

Para ele, o verde, o vermelho e o dourado são as cores que dão um charme todo especial ao Natal, mas o que deve predominar em uma decoração natalina é o gosto pessoal de cada um. Ele ressal-ta que hoje é muito fácil deixar a casa, o escritório ou qualquer lugar em clima de festas de final de ano. As lojas de R$ 1,99 estão cheias de árvores de todos os tipos e cores e os enfeites são os mais variados. As luzes trazem um efeito extraordinário e, assim como as árvores, não podem faltar na decoração. Elas podem ser pe-quenas ou um grande holofote. As velas são excelentes artifícios, já que, além das cores e formatos, produzem uma ilumina-ção bastante aconchegante.

Uma alternativa que funciona muito bem na decoração é a customização de materiais diferentes. Gaiolas, chaleiras antigas e até pneus geram milhares de possibilidades e dão um toque único ao ambiente.

natal PEdE EnFEitES E luzESDecoração natalina ajuda a criar atmosfera de paz e harmonia no final do ano

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gabriel corrêa

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criatividade é questão de práticaAs guirlandas dão as boas-vindas aos

visitantes e, além de um formoso orna-mento, podem transformar-se em deli-ciosos enfeites quando feitos com balas ou bombons. Os arranjos de mesa indicam a sintonia com a festa natalina. Velas, cacho-pas, pinhas, folhas secas, cola quente e um pouco de criatividade são ingredientes de uma receita que não tem como dar errado. Frutas secas também podem fazer parte da decoração.

Para o artista plástico Gabriel Cor-rêa (foto), é preciso cuidado na hora de enfeitar a mesa de jantar. “Os enfeites não podem ser grandes ou altos a ponto de atrapalhar a visão”, explica. Para ele, quanto mais variados os locais de decora-ção, melhor o efeito. “Os detalhes podem chamar a atenção, por isso aposto em pe-quenos enfeites nos lustres, janelas e todos os lugares possíveis”, aponta. Para agradar os convidados, Gabriel gosta de fazer lem-brancinhas como saquinhos com balas, saches, imãs de geladeira, sempre com um bilhete agradecendo a presença de todos.

Para o artista plástico, criatividade é uma questão de prática. “Quanto mais você faz, melhor fica”, diz Gabriel, ressaltando a necessidade de desenvolver o senso de observação para ver novas oportunidades em tudo. Para concluir um artesanato, ele considera que vale copiar de outros já fei-tos, adaptar, criar e reciclar. Gabriel acredi-ta que o mais importante é que as pessoas vivam intensamente o Natal e a decoração ajuda a entrar nessa atmosfera.

gabriel corrêaVera beduschi

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gabriel corrêa

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Em um evento que combinou arquitetura e gastronomia, representantes da empresa pro-dutora de artigos relacionados à fabricação de móveis, rede Placacentro Masisa, e a Possamai Comércio de Madeiras trouxeram as novidades em painéis de madeira para móveis e arquitetura de interiores.

O jantar realizado no Restaurante Moinho do Vale trouxe um cardápio requintado para os arquitetos convidados a participar da apresenta-ção. Antes dos pratos serem servidos, os partici-pantes puderam conhecer a nova linha de pro-dutos, apresentada pelo analista de projetos da Masisa, arquiteto Carlos Tietjen (foto). Para ele, a proposta do evento não é a venda direta, mas explanar o que a empresa vem desenvolvendo

em termos de design e tecnologia. Carlos ainda ressalta que essa é uma forma de se aproximar dos profissionais e mostrar as tendências do mercado. “Procuramos demonstrar de onde vêm as ideias, cores e texturas que utilizamos nesses materiais inovadores”, ressalta.

Segundo Carlos, o mercado requer cons-tantes inovações que agreguem design e sus-tentabilidade. Através da observação da moda, do comportamento e do cotidiano das pessoas, surgem técnicas e materiais que podem levar até um ano de estudo e desenvolvimento para aten-der aos anseios desse público exigente.

Dois estilos de revestimento foram apresen-tados no encontro: o Morgana e o Magnólia. O primeiro traz uma linha off white, mescla arqui-

tetura, moda, nuances de luz e champagne. O segundo se evidencia em tons de lilás e nos gra-fismos. Diante dessa perspectiva, foram alcança-dos resultados que aliam requinte e sofisticação ao trabalho dos arquitetos. As lâminas reprodu-zem o efeito de madeiras nobres ou envelheci-das, tecidos e até pedra. Usando alta tecnologia, a empresa sincronizou os poros da impressão com os veios da madeira, conseguindo um efeito visual mais próximo das texturas originais.

De acordo com o responsável pelo setor de vendas da Possamai, Lauro Richard Possamai, o processo de fabricação é rigoroso nos cuidados com o meio ambiente. Toda a madeira utilizada é proveniente de reflorestamento e a água e ener-gia são recicladas no processo.

/tecnologia

altErnatiVaS Para a MadEiraEmpresa traz a Blumenau especialista para falar das tendências e aplicações do MDF

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imovação e sustentabilidade rendem prêmios ao produtoAnualmente, a revista Casa Claudia realiza

o Prêmio Planeta Casa para reconhecer as me-lhores iniciativas voltadas à sustentabilidade em seis categorias: produtos, design de interiores, materiais de construção, projetos arquitetônicos, empreendimentos imobiliários e ação social. O objetivo é valorizar empresas e profissionais das áreas de arquitetura, construção e decoração engajados com o desenvolvimento sustentável, destacando ações, produtos e projetos arquitetô-

nicos e de design de interiores que promovam a conservação do meio ambiente.

Em 2008, a Masisa ganhou o prêmio na ca-tegoria produtos com o Masisa Nature, que, além de reproduzir a beleza da madeira natural, agre-ga tecnologia synchrone pore, que permite total coincidência entre o desenho do padrão madei-rado e os relevos impressos na chapa.

Em 2007, esse diferencial já havia rendido aos produtos da linha Nature o prêmio Best of

The Best, como uma das principais inovações apresentadas na Interzum, feira do setor realiza-da na Alemanha.

“Essa é uma alternativa para os fabricantes de móveis que buscam preservar o meio am-biente sem perder em qualidade, beleza ou so-fisticação”, afirma Jorge Hillmann, diretor geral da Masisa Brasil. Para ele, esse prêmio representa um importante reconhecimento, totalmente ali-nhado ao posicionamento da marca.

Lâmina imitando fresno claro é um dos produtos da linha Masisa Nature O fresno escuro apresenta cor e textura diferenciadas

Fotos divulgação

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uM cEMitério inuSitadoAfeição pelos gatos fez Edith Gaertner construir túmulos individuais para os felinos

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ALTOpadrão/clic Alto Padrão

curiosidadeEm 2000, o Cemitério dos Gatos foi apresentado em rede nacional, no pro-

grama Fantástico, da Rede Globo, pelo jornalista Maurício Kubrusly e também faz parte do livro “Me Leva Brasil”, também do jornalista global.

Sobrinha-neta do Dr. Blumenau, Edith Gaertner é doadora de parte do patrimônio do complexo museológico de Blumenau. Ela tinha vários gatos e dedicava a eles especial atenção. Os que morriam eram sepultados nos fundos do terreno da re-sidência, onde hoje é o Museu da Família Colonial.

Os felinos eram enterrados com direi-to a funeral e cortejo fúnebre, dando

origem ao Cemitério dos Gatos, que se tor-nou atração para os visitantes do Museu.

Segundo o historiador José Ferreira da Silva, que dá nome ao Arquivo Histórico Municipal de Blumenau, existia no Cemi-tério dos Gatos 50 sepulturas. Com a res-tauração e revitalização, após a morte de Edith Gaertner, foram conservados nove túmulos, onde estão sepultados os gatos

Putze, Mirko, Mirl, Musch, Sittah, Schnurr,

Peterle, Pepito e Bum. Os túmulos possuem os nomes dos

bichos em placas de mármore. No local há também um monumento dedicado aos gatos, uma escultura de Miguel Barba.

O cemitério dos gatos de Edith Gaer-tner é um dos únicos três de que se tem notícia no mundo. O Museu da Família Co-lonial, onde estão enterrados os bichanos, fica na Alameda Duque de Caxias, nº 78.

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/mercado Alto PadrãoFotos Kakau Santos

Plano dE luzA brincadeira com a iluminação garante ao ambiente um charme a mais. Unidas aos acessórios de decoração, as arandelas funcionam como luminárias de parede que proporcionam climas diferentes de acordo com o estilo pessoal de cada um.

Cristal de luzA forma arredondada da arandela da Old Artesan é feita com metal cromado e cristal asfour. A peça proporciona em ambientes inter-nos um visual simples, porém ele-gante. R$ 171,90 na Novara.

ao natural A iluminação decorativa com referências naturais fica por conta dos produtos da

marca Via Bacci. A arandela feita de palha de milho dá um toque es-pecial em casas de praias e jardins. R$ 107,00 na Lights On.

360º A marca BTC criou uma arandela re-donda e giratória que oferece efeitos

de iluminação diferentes. Com um lado fosco e outro transparente, a peça é discreta e versátil. R$ 237,00 na Lights On.

Em evidência Os quadros pendurados na parede são iluminados com estilo graças à Linha Es-

pecial da Lux Peças. Em metal cromado, essa arandela tem um braço móvel que permite o direcionamento da luz. R$ 218,00 na Lights On.

Manufaturado Ideal para iluminar jardins de inverno, a arandela de cerâmica da Geo Luz é feita à mão e emite feixes de luz que formam harmoniosos desenhos. R$ 329,00 na Lights On.

Dentro e fora A Fábrica de Móveis desen-volveu o modelo quadrado de madeira escura que ilu-mina ambientes internos e externos. A peça funciona como um coringa que vai bem em qualquer parede. R$ 305,00 na Lights On.

Trançado Espaços com traços futuristas recebem iluminação extra com a linha Metaphoras da Metal G. A arandela é feita de acrílico preto e branco com tranças que refletem lindos desenhos. R$ 250,00 na Novara.

aspecto campestreO visual rústico do ambiente pode ser reforçado com o modelo da li-nha Sophia, da Metal G. Um belo feixe de luz cintila pelo acrílico e pelo ratan que compõem a peça. R$189,00 na Novara.

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odorizzi

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O que agrada a fisioterapeuta dermato-funcional Ana Paula Lenzi Tarnowsky na decoração de um ambiente é a harmonização entre as peças, sem perder o charme e a funcionalidade. Ela aprecia objetos que possuam valor

sentimental. Também gosta de peças com design úni-co e atual, trazidas de viagens ou que pertenceram a pessoas da família. “Gosto da modernidade, da esté-tica contemporânea associada ao clássico e detalhes

em cores”, afirma. Recentemente, em obra ma suíte, Ana Paula prioriza o conforto e misturou peças clássicas

e românticas. “Os móveis seguem uma linha contemporâ-nea, valorizando a integração dos ambientes”, conta.

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