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1 ALTUS CIÊNCIA: Revista Acadêmica Multidisciplinar da Faculdade Cidade de João Pinheiro- FCJP-ISSN 2318-4817. Ano VI, vol. 07- Jan-Dez 2018

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ALTUS CINCIA: Revista Acadmica Multidisciplinar da Faculdade Cidade de Joo

Pinheiro- FCJP-ISSN 2318-4817. Ano VI, vol. 07- Jan-Dez 2018

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Pinheiro- FCJP-ISSN 2318-4817. Ano VI, vol. 07- Jan-Dez 2018

ALTUS CINCIA

Revista Acadmica Multidisciplinar da Faculdade

Cidade de Joo Pinheiro- FCJP

ISSN: 2318-4817

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Pinheiro- FCJP-ISSN 2318-4817. Ano VI, vol. 07- Jan-Dez 2018

Estrutura Organizacional

Direo Geral:

Dr. Paulo Cesar de Sousa

Instituio de Ensino

Faculdade Cidade de Joo Pinheiro- FCJP

Diretorias

Direo de Projetos: Dr. Sandro Pereira de Carvalho

Direo Jurdica: Dr. Cludio Mrcio Pessoa Giansanti

Coordenao Administrativa: Profa. Dra. Daniela Cristina Silva Borges

Direo de Clnicas: Dr. Paulo Csar Segundo de Sousa

Coordenao do Ncleo de Pesquisa e Iniciao Cientfica: Profa. Dra. Maria Clia da Silva

Gonalves

ALTUS CINCIA

Revista Multidisciplinar da Faculdade Cidade de Joo Pinheiro- FCJP

ISSN 2318-4817

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Pinheiro- FCJP-ISSN 2318-4817. Ano VI, vol. 07- Jan-Dez 2018

Os artigos publicados nesta revista so de inteira responsabilidade de seus autores.

ALTUS CINCIA - ISSN 2318-4817

Revista Acadmica Multidisciplinar da Faculdade Cidade de Joo Pinheiro- FCJP

EDITORA RESPONSVEL

Profa. Dra. Maria Clia da Silva Gonalves FCJP- IFTM

CONSELHO EDITORIAL:

Profa. Alexandra Maria Pereira Faculdade Cidade de Joo Pinheiro-FCJP/Universidade de

So Paulo- USP

Profa. Dra. Alice Ftima Martins- Universidade Federal de Goias UFG

Profa. Dra. Anna Christina de Almeida- Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG

Profa. Dra. Antnia Fialho Cnde- Universidade de vora (EU) - Portugal

Prof. Dr. Carlos ngelo de Meneses Sousa- Universidade Catlica de Braslia- UCB

Prof. Dr. Csar Francisco de Moura Couto- Instituto Federal do Trinagulo Mineiro- IFTM

Profa. Dra. Cludia Matos Pereira- Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa,

FBAUL - Portugal

Profa. Dra. Daniela Cristina Silva Borges- Faculdade Cidade de Joo Pinheiro-FCJP.

Dr. Enoque Pereira da Silva- Universidade Federal de Viosa-UFV

Profa. Ms. Giselda Shirley da Silva- Faculdade Cidade de Joo Pinheiro-FCJP

Profa. Dra. Helen Ulhoa Pimentel- Universidade Esadual de Motes Calros- UNIMONTES

Profa. Msc. Hildeliza Lacerda Tinoco Boechat Cabral- Universidade de Iguau-UNIG

Profa. Dra. Jaqueline Santos Barradas- Escola superior de Guerra-ESG

Profa. Dra. Jeane Medeiros Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN

Prof. Dr. Joo Brigola- Universidade de vora (EU) - Portugal

Prof. Dr. Jos Alberto Carvalho dos Santos Claro Universidade Federal de So Paulo-

UNIFESP

Profa. Dra. Karla Denise Martins- Universidade Federal de Viosa (UFV)

Prof. Dr. Leonardo Valandro Zanetti- Universidade Federal do Esprito Santo-UFES

Profa. Dra. Letcia Costa Rodrigues Vianna - Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico

Nacional - IPHAN

Prof. Dr. Luiz Sveres - Universidade Catlica de Braslia UCB

Profa. Dra. Magda Fonseca Queiroz Mota- Universidade de Salamanca- Espanha

Prof. Dr. Marcelo Marques Arajo- Universidade Federal de Uberlndia- UFU

Prof. Dr. Marcelo Santiago Berriel- Universidade Feral Rural do Rio de Janeiro- UFRRJ

Profa. Dra. Maria Clia da Silva Gonalves Faculdade Cidade de Joo Pinheiro- FCJP/

Instituto Federal do Trinagulo Mineiro- IFTM

Prof. Dra. Marilena Aparecida de Souza Rosalen- Universidade Federal de So Paulo-

UNIFESP

Profa. Dra. Margareth Vetis Zaganelli-Universidade de Federal do Esprito Santos-UFES

Prof. Dr. Manoel Ramrez Snchez Universidade de Las Palmas de Gran Canaria -Espaa

Profa. Dra. Priscilla Cardoso Rodrigues- UFRR

Profa. Dra. Olga Magalhes- Universidade de vora (EU) - Portugal

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Prof. Dr. Raimundo Mrcio Mota de Castro- Universidade Estadual de Goas - UEG

Prof. Dr. Rafael Reis Ferreira- UFRR

Profa. Ms. Rosa Jussara Bonfim Silva- Universidade de Catlica de Braslia-UCB

Profa. Dra. Rose Elke Debiasi- Universidade Federal do Santa Catarina- UFSC

Profa. Dra. Rossella Del Prete - Universit degli Studi del Sannio- Benevento -Italia

Profa. Dra. Silvia Salardi- Universit degli Studi di Milano-Bicocca- Milo Itlia

Profa. Dra. Soeli Regina Lima- Universidade do Contestado- UNC-Brasil

Profa. Dra. Snia Maria dos Santos- Universidade Federal de Uberlndia -UFU

Prof. Ms. Vandeir Jos da Silva - Faculdade Cidade de Joo Pinheiro-FCJP

Prof. Dr. Vaston Gonalves da Costa- Universidade Federal de Goias- UFG

Profa. Dra.Vera Lcia Caixeta Universidade Federal do Tocantis- UFT

CAPA:

Marcelo Arajo

Correspondncias e artigos para a publicao devero ser encaminhados a

ALTUS CINCIA

Av. Zico Dornelas, 380 - Santa Cruz II - CEP 38770-000 - Joo Pinheiro/MG - Fone: (38)

3561-3900

E-mail: [email protected]

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INDEXAES

CERTIFICAO

http://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/scholar.google.com.brhttp://diadorim.ibict.br/handle/1/1317

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FICHA CATALOGRFICA

Catalogao na fonte: Biblioteca central da Faculdade Cidade de Joo

Pinheiro FCJP

H918

ALTUS CINCIA -Revista Acadmica Multidisciplinar da Faculdade Cidade de

Joo Pinheiro - FCJP, ano 6 n 7 v.7. Jan a Dez.2018

580p.

Periodicidade: Anual- ISSN 2318-4817 1. Cincias da Sade 2. Cincias Sociais

CDU: 3+ 61

1.Cincias da Sade 2. Cincias Sociais

ISSN 2318-4817

CDU 3

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SUMRIO

EDITORIAL ...................................................................................................... 13

CADERNO DE CINCIAS DA SADE ....................................................... 21

ANTIPSICTICOS ATPICOS E O GANHO DE PESO ............................ 22

Gabriel Candido Pereira .................................................................................................................................... 22

Hugo Christiano Soares Melo............................................................................................................................ 22

HIDROTERAPIA COMO TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO NA

ARTRITE IDIOTICA JUVENIL: UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE

DE JOO PINHEIRO MG 2007/2011 ......................................................... 36

Daniele Moreira Alves ...................................................................................................................................... 36

ATUAO DO FISIOTERAPEUTA NA SADE MENTAL: uma

necessidade tangvel, abrangente e contempornea ....................................... 57

Eliana da C. M. Vinha ....................................................................................................................................... 57

Rodrigo Martins Vinha ...................................................................................................................................... 57

AO DO ETANOL NO FIGADO ................................................................ 75

Conceio de Fatima Fonseca ........................................................................................................................... 75

Fernando Fachinelle Rodrigues ......................................................................................................................... 75

O ENFERMEIRO DO TRABALHO FRENTE S DOENAS

OCUPACIONAIS NAS EMPRESAS .............................................................. 91

Welington Dias Tereno ................................................................................................................................... 91

Michelle Barra Caixeta Leo ............................................................................................................................. 91

Patrcia Helena da Silva ..................................................................................................................................... 91

GESTO DE RESDUOS DE SERVIOS DE SADE EM JOO

PINHEIRO: anlise sobre a gesto de resduos de uma Unidade de Sade

Pblica de Joo Pinheiro (MG) ...................................................................... 117

Marcos Antnio da Silva ................................................................................................................................. 117

Patrcia Helena da Silva ................................................................................................................................... 117

Michelle Barra Caixeta Leo ........................................................................................................................... 117

CADERNO DE CINCIAS SOCIAIS .......................................................... 133

EMPREENDEDORISMO SOCIAL: gesto de projetos sociais de

organizaes pblicas e privadas um estudo em Brasilndia de Minas

(MG).................................................................................................................. 134

Maria Cristina Ferreira de Souza ..................................................................................................................... 134

Maria Clia da Silva Gonalves ...................................................................................................................... 134

Renata Suzelli de Souza Gonalves ................................................................................................................. 134

Margareth Vetis Zaganelli ............................................................................................................................... 134

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TURNOVER: Anlise das causas e efeitos da rotatividade de pessoal em uma

empresa de Joo Pinheiro MG .................................................................... 162

Katiane de Jesus Dias ...................................................................................................................................... 162

Brulio Emlio Maciel Faria ............................................................................................................................ 162

A IMPORTNCIA DO SISTEMA DE INFORMAO PARA

CONTROLE E GESTO DE ESTOQUE. ................................................... 196

Maciel Rodrigues Borges ................................................................................................................................ 196

Pedro Henrique Toms .................................................................................................................................... 196

Mrcio da Silva Andrade ................................................................................................................................. 196

Marcos Alves Gomes ...................................................................................................................................... 196

Vaston Gonalves da Costa ............................................................................................................................. 196

ANLISE DA PERCEPO DA POPULAO DE UM BAIRROE O

CENTRO DE JOO PINHEIRO EM RELAO SEPARAO DOS

MATERIAIS RECICLVEIS ....................................................................... 217

Jlio Csar da Silva ......................................................................................................................................... 217

Daniela Cristina Silva Borges.......................................................................................................................... 217

MARKETING VERDE: Suas Implicaes na Administrao e o

Conhecimento Popular sobre seus Conceitos ................................................ 236

Cintia Braga Caetano ....................................................................................................................................... 236

Wanderson Alves Pereira ................................................................................................................................ 236

Saulo Gonalves Pereira ................................................................................................................................. 236

MARKETING PESSOAL: planejamento e estratgias para o

desenvolvimento do indivduo ........................................................................ 258

Luma Luiza de Oliveira Duarte ....................................................................................................................... 258

Unilson Gomes Soares ................................................................................................................................... 258

GESTO DE PESSOAS EM UMA PEQUENA EMPRESA: um estudo de

caso no ramo de supermercados..................................................................... 279

Williane Alves Mota ...................................................................................................................................... 279

Renata Suzelli de Souza Gonalves .............................................................................................................. 279

A EFETIVIDADE DE VENDAS A PARTIR DOS ANNCIOS DO

YOUTUBE: um estudo sobre consumo de beleza, sade e esttica no

universo feminino ............................................................................................ 301

Tamara Lopes de Oliveira ............................................................................................................................... 301

Vaston Gonalves da Costa ............................................................................................................................. 301

Andr Vasconcelos da Silva ............................................................................................................................ 301

Sollon Bevilacqua ............................................................................................................................................ 301

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Pedro Henrique Toms .................................................................................................................................... 301

O PAPEL DA LIDERANA NA ORGANIZAO: UM ESTUDO DE

CASO NA SICOOB CREDIGERAIS DE JOO PINHEIRO (MG) ......... 316

Andressa Moiss Gomes ................................................................................................................................. 316

Brulio Emlio Maciel Faria ............................................................................................................................ 316

IMPACTOS DOS CUSTOS NO TRIBUTVEIS E AS ALTERAES

PROMOVIDAS NA CONTABILIDADE TRIBUTRIA, RESULTANTES

DA ADOO DO CPC PEQUENAS E MDIAS EMPRESAS (PME) .... 339

Ana Clara Fonseca do Amaral ......................................................................................................................... 339

Andr Ernesto Campos .................................................................................................................................... 339

Eloy Paste Jnior ............................................................................................................................................. 339

OS EFEITOS NEGATIVOS DO BENEFCIO/INCENTIVO FISCAL

QUANDO ANALISADOS ISOLADAMENTE POR PARTE DOS

GESTORES SEM UTILIZAR FERRAMENTA ESTRATGICA TAX

AVOIDANCE ................................................................................................... 353

Andr Ernesto Campos .................................................................................................................................... 353

Eloy Paste Jnior ............................................................................................................................................. 353

Ana Clara Fonseca do Amaral ......................................................................................................................... 353

A DISTANSIA E A JUDICIALIZAO DA SADE EM PREJUZO DA

SOCIEDADE ................................................................................................... 366

Rodrigo Grazinoli Garrido .............................................................................................................................. 366

Vvian Boechat Cabral Carvalho ..................................................................................................................... 366

ACESSO JUSTIA: O AUMENTO DA PROTEO ESTATAL

GARANTINDO A SEGURANA DOMSTICA APS A CRIAO DA

DELEGACIA DA MULHER ......................................................................... 381

Adler Luis Xavier ............................................................................................................................................ 381

Rosa Jussara Bonfim Silva .............................................................................................................................. 381

AS MDIAS DIGITAIS E A COMPOSIO DE FAMLIAS: ................. 389

uma estranha possibilidade na opinio dos graduandos do 7 perodo do . 389

Curso de Psicologia do UniFSJ? .................................................................... 389

Ieda Tinoco Boechat ........................................................................................................................................ 389

Carlos Henrique Medeiros de Souza ............................................................................................................... 389

ACESSIBILIDADE: NTICs como instrumento ao quadrado no mbito do

processo judicial eletrnico ............................................................................. 410

Leila Maria Tinoco Boechat Ribeiro ............................................................................................................... 410

Carlos Henrique Medeiros de Souza ............................................................................................................... 410

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PROTEO COLETIVA AO PATRIMNIO CULTURAL: uma anlise

luz da tutela administrativa e dos direitos difusos ........................................ 428

Amanda Albernaz Leite Lemos ....................................................................................................................... 428

Ana Carolina Freitas Marques ......................................................................................................................... 428

Higor Filipe Silva ............................................................................................................................................ 428

Vandeir Jos da Silva ...................................................................................................................................... 428

ENTRE LINKS E LIKES: a composio midiatizada de famlias ............... 450

Ieda Tinoco Boechat ........................................................................................................................................ 450

Carlos Henrique Medeiros de Souza ............................................................................................................... 450

INFIDELIDADE VIRTUAL NO CASAMENTO ........................................ 465

Francielly de Paula Apolinrio ........................................................................................................................ 465

Raquel Veggi Moreira ..................................................................................................................................... 465

Hildeliza Lacerda Tinoco Boechat Cabral ....................................................................................................... 465

Alinne Arquette Leite Novais .......................................................................................................................... 465

Carlos Henrique Medeiros de Souza ............................................................................................................... 465

AS METODOLOGIAS E ESTRATGIAS DE ENSINO APLICADAS

COMO FERRAMENTA PARA DESPERTAR O INTERESSE DO

ACADMICO NO ENSINO SUPERIOR..................................................... 482

Aline Cristina Rodrigues Soles Resende ......................................................................................................... 482

Mayline Nogueira Peres .................................................................................................................................. 482

Eliana da C. Martins Vinha ............................................................................................................................. 482

A IMPORTNCIA DA GEOMETRIA E O SEU ENSINO ATRAVS DO

FUTEBOL ........................................................................................................ 497

Volmar Jose da Mota Junior ........................................................................................................................ 497

Tlio Guimares ........................................................................................................................................... 497

Roseline Martins Sabio .............................................................................................................................. 497

A CONTRIBUIO DOS CONTOS E DAS FBULAS PARA O

DESENVOLVIMENTO DA CRIANA DO ENSINO FUNDAMENTAL I

........................................................................................................................... 524

Franciele Oliveira da Cruz ............................................................................................................................... 524

Maria de Lourdes de Aguiar Ferreira .............................................................................................................. 524

A CONTRIBUIO DA LITERATURA NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM DA LEITURA NA EDUCAO INFANTIL: um

estudo de caso em uma escola da rede privada de Joo Pinheiro (MG) ..... 542

Kele Aparecida da Mota Prado ....................................................................................................................... 542

Giselda Shirley da Silva .................................................................................................................................. 542

Maria Conceio Ferreira ............................................................................................................................... 542

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OS BENEFCIOS DA PARTICIPAO DOS PAIS NA ESCOLA: uma

ajuda para superar desafios no processo de ensino e aprendizagem da

matemtica ....................................................................................................... 565

Leonardo Caixeta de Sousa ............................................................................................................................. 565

Roseline Martins Sabio .................................................................................................................................. 565

NORMAS PARA PUBLICAO ................................................................. 580

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EDITORIAL

com grande alegria que apresentamos comunidade cientfica e acadmica o stimo

volume da Revista Altus Cincia, segundo do ano de 2018. A produo de dois exemplares

em um nico ano reafirma o compromisso da Faculdade Cidade de Joo Pinheiro (FCJP)

como a efetivao de uma poltica de pesquisa e produo cientfica de seus docentes e

discentes, evidenciando tambm a credibilidade que a revista atingiu no mundo cientfico,

uma vez que a mesma recebeu artigos de renomados pesquisadores de diferentes

universidades brasileiras.

Altus Cincia uma revista multidisciplinar e est composta por dois Cadernos:

cincias da Sade e Cincias e Sociais.

A primeira seo de Cincias da Sade e contm seis artigos assim dispostos:

Os pesquisadores Gabriel Candido Pereira e Hugo Christiano Soares Melo tiveram

por objetivo realizar uma investigao qualitativa bibliogrfica acerca da relao existente

entre a utilizao dos AA e o ganho ponderal de peso nos indivduos, baseada em evidncias

clnicas, atravs de uma busca nas bases Pubmed e Embase limitada aos ltimos 10 anos, nas

lnguas portuguesa e inglesa. Ainda que a origem do ganho de peso nos pacientes em uso de

AA permanea desconhecida, novas teorias que associam os efeitos destes frmacos com as

vias das adipocinas tem recebido destaque, porm, se faz necessrio o desenvolvimento de

novos estudos clnicos que comprovem tais propostas e auxiliem no melhor manejo dos

pacientes.

O segundo artigo foi escrito pela fisioteraupeuta Daniele Moreira Alves e uma

anlise dos dados levantados durante a realizao de Hidroterapia como Tratamento

Fisioteraputico na Artrite Idioptica Juvenil: Estudo de Caso na Cidade de Joo Pinheiro

MG. O objetivo analisar os efeitos da Hidroterapia como Tratamento Fisioteraputico e,

consequentemente, contribuir com a literatura da Atrite Idioptica Juvenil. Tomou-se como

objeto de estudo uma paciente portadora de AIJ do tipo pauciarticular, idade cinco anos,

submetida avaliao inicial, por meio de uma ficha de avaliao fisioteraputica a qual foi

aplicada a responsvel, contendo mtodo qualitativos (dados pessoais, dados mdicos,

inspeo, avaliao pulmonar, dados vitais, palpao, avaliao da marcha e capacidade

visual e auditiva, escala de E.V.A) e por mtodo quantitativos incluindo gniometria,

perimetria e fonte iconogrficas.

O terceiro artigo de autoria de Eliana da C. M. Vinha e Rodrigo Martins Vinha,

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tiveram por objetivo investigar as possibilidades de atuao do fisioterapeuta nos programas

de sade mental. A metodologia utilizada foi a reviso bibliogrfica fundamentada em artigos

publicados em qualquer temporalidade, uma vez que a temtica pouco divulgada, e tambm

por meio de livros relacionados ao tema.

Conceio de Fatima Fonseca e Fernando Fachinelle Rodrigues estabeleceram

como objetivo do trabalho levar conhecimento sobre a toxidade do etanol no fgado e suas

consequncias que podem ser leves ou graves. O lcool causa leso nas clulas do fgado

impedindo estas de realizar suas funes, como o fgado um rgo com enormes variedades

de funes o mau funcionamento desse rgo pode acarretar srios problemas sade. A

esteatose heptica alcolica que se inicia com o acumulo de triglicerdeos nos hepatcitos que

progressivamente evolui para a hepatite onde a clula de Ito ativada se transforma em

miofibroblastos produzido colgeno I e II que se acumula no espao de Disse.

Os enfermeiros Welington Dias Tereno, Michelle Barra Caixeta Leo e Patrcia

Helena da Silva tiveram o objetivo de investigar as atribuies do enfermeiro do trabalho no

ambiente laboral das empresas, mostrar que esse profissional extremamente importante nas

industrias desenvolvendo promoo, preveno e recuperao dos trabalhadores. Teve

tambm o cuidado de mostrar a dificuldade que o enfermeiro do trabalho encontra para atuar

nas organizaes com quadro de funcionrios inferior a 3.501 colaboradores. O trabalho ainda

objetivou a demonstrar a dificuldade em que os gestores encontram para aplicao correta das

normas de segurana, avaliar o grau de entendimento dos colaboradores em relao aos riscos

em que esto expostos no dia-dia, compreender se os mesmos sabem a importncia do uso dos

equipamentos de proteo individual EPIs e as penalidades que esto sujeitos caso

desobedecer s normas de segurana.

Marcos Antnio da Silva, Patrcia Helena da Silva e Michelle Barra Caixeta Leo

estabeleceram como objetivo analisar os Resduos de Servios de Sade (RSS), na

perspectiva do uso de EPIs, observando-se a relevncia da preveno de contaminao. Em

um primeiro momento, ser analisado as normas regulamentadoras. Aps, ser apresentado as

classificaes dos Resduos de Servios de Sade (RSS). Os pesquisadores observaram

tambm por meio de entrevista semiestruturada, algumas narrativas dos entrevistados acerca

do uso de equipamento de segurana e a conscientizao para a proteo do trabalhador.

O Caderno de Cincias Sociais est organizado em sees de Administrao,

Contbeis, Direito e Educao

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A primeira seo foi organizada contendo nove artigos de Administrao e est assim

constituda:

As pesquisadoras, Maria Cristina Ferreira de Souza, Maria Clia da Silva

Gonalves; Renata Suzelli de Souza Gonalves e Margareth Vetis Zaganelli fizeram uma

anlise dos empreendimentos voltados para as causas sociais. O estudo objetivou

compreender como a comunidade carente do municpio de Brasilndia de Minas, no Estado

de Minas Gerais assistida, e qual relao das empresas privadas e rgos pblicos em

projetos de assistncia social.

Os administradores, Katiane de Jesus Dias e Brulio Emlio Maciel Faria,

efetivaram uma anlise das causas e efeitos do Turnover, numa empresa com vinte e cinco

anos de atuao no comrcio local de Joo Pinheiro-MG. A observao da rotatividade de

pessoal nesta organizao motivou a investigao acerca das questes relacionadas ao

fenmeno. Os dados coletados por meio da pesquisa de carter descritivo explicativo, de vis

qualitativo com aspectos quantitativos, so relacionados com obras acerca do tema, com

objetivo de identificar causas, efeitos e controle da Rotatividade de Pessoal.

O grupo de pesquisadores composto por, Maciel Rodrigues Borges, Pedro Henrique

Toms, Mrcio da Silva Andrade, Marcos Alves Gomes e Vaston Gonalves da Costa

teve como objetivo principal apresentar a implantao de um Sistema de Controle de Estoque

em uma empresa, na cidade de Catalo (GO), cujo foco : levantar ou apontar os impactos

positivos que um sistema de controle e gesto capaz de proporcionar em um estoque. Para o

desenvolvimento foi utilizado duas metodologias. Na primeira parte apresentou-se uma

sntese bibliogrfica voltada temtica em foco, percorrendo obras e autores, e na segunda

parte o artigo tratou de uma anlise documental na empresa objeto de estudo, em que foi

apresentado o passo a passo com abordagem quantitativa, em que a referida empresa

beneficia-se com o uso de um software (novo sistema), capaz de gerenciar entrada e sada de

mercadorias, controle mensal de vendas e informaes concisas para a tomada de decises.

Jlio Csar da Silva e Daniela Cristina Silva Borges analisaram o comportamento

da populao de um bairro e o centro de Joo Pinheiro no manejo dos resduos slidos,

relacionado com a prtica da separao dos materiais reciclveis. Para a realizao desta

pesquisa, foram aplicados 120 questionrios, 60 para cada local pesquisado. Eles demonstram

que com a prtica da separao dos resduos no domicilio e implantao de uma coleta

seletiva eficiente e consequentemente a conscientizao da populao diminuiriam os

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resduos destinados ao lixo e minimizariam os impactos ambientais.

O Marketing ambiental, ou Marketing verde a ttica de marketing voltada ao

processo de venda de produtos e servios que so baseados em benefcios ao meio ambiente.

a estratgia de vinculao do produto, marca ou servio a uma imagem ecologicamente

consciente. Sendo assim, conhecer sobre o Marketing Verde de grande importncia. Isso foi

o estudo realizado pelos pesquisadores: Cintia Braga Caetano, Wanderson Alves Pereira e

Saulo Gonalves Pereira.

Luma Luiza de Oliveira Duarte e Unilson Gomes Soares no decorrer do artigo

abordaram sobre a definio de marketing, marketing pessoal e sua importncia para a

carreira profissional. Versou-se sobre como uma organizao pode se favorecer ao utilizar no

processo de gerencial, tcnicas de marketing. Para tanto, os pesquisadores trataram sobre as

etapas do processo de marketing, o papel do marketing no direcionamento estratgico e sobre

como se realizar um plano de marketing. Na sequncia eles versaram sobre a gerncia do

marketing versus indivduo. Buscaram demonstrar o quanto o capital humano importante

para a organizao. O profissional do marketing deve valer-se de estratgias diversas para ser

conhecido, reconhecido, ter uma carreira permanente e consolidada no mercado de trabalho.

Williane Alves Mota e Renata Suzelli de Souza Gonalves demonstram que a

gesto de pessoas uma atividade que predomina desde o incio da humanidade, vindo at a

Revoluo Industrial, onde passou pela primeira fase. Diante desse fato, ela foi evoluindo

graas aos estudos feitos na era da escola clssica de administrao. No que tange a gesto de

pessoas observou-se que a organizao continha um dficit em relao a aplicao dos

mtodos e teorias dos recursos humanos (RH). Com est pesquisa elas procuraram constatar a

existncia da gesto de pessoas, bem como analisar se o gestor entendia a importncia do

processo de gesto na organizao universo da pesquisa assim como averiguar o clima

organizacional e a comunicao na empresa investigada.

Desde sua concepo que a Internet tem sido gradativamente empregada pelo

Marketing para associar anncios de empresas que intentem por divulgar suas marcas e/ou

alavancar vendas de produtos. Mais recentemente, as redes sociais vm angariando uma fatia

considervel do Marketing, podendo destacar a rede de canais de vdeos YouTube foi o que

demonstrou o grupo de pesquisadores Tamara Lopes de Oliveira ,Vaston Gonalves da

Costa, Andr Vasconcelos da Silva, Sollon Bevilacqua e Pedro Henrique Toms.

Andressa Moiss Gomes e Brulio Emlio Maciel Faria tiveram como objetivo

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analisar se o papel do lder na Sicoob Credigerais de Joo Pinheiro verificando se a atuao

dele influencia no desempenho das atividades executadas dentro da organizao. Props-se

tambm averiguar a importncia do papel do lder na Sicoob Credigerais de Joo Pinheiro,

assim como analisar se a tecnologia um fator motivacional em relao s atividades

prestadas e desenvolvidas na cooperativa, investigar quais so as dificuldades encontradas

pelo lder e quais so os modelos de liderana executada pela Sicoob Credigerais.

A segunda seo do Caderno de Cincias Sociais est composta por dois artigos da

Contabilidade:

Ana Clara Fonseca do Amaral, Andr Ernesto Campos e Eloy Paste Jnior

Demonstram que com a adoo do CPC PME, as empresas passaram por vrias

transformaes entre elas destacam-se a alterao na legislao tributria e nos custos no

tributrios que esto inseridos dentro do framework de Scholes et al. (2014). Os pesquisadores

tiveram como intuito mostrar atravs de uma pesquisa bibliogrfica as consequncias no

conformes para as empresas que de uma forma mope analisam somente o aspecto tributrio,

como por exemplo o impacto de um incentivo fiscal quando uma empresa recebe proposta de

instalar a sua sede em outra regio da atual, qual o impacto deste incentivo, h somente

benefcios? A concluso do acervo bibliogrfico demonstra que sem uma anlise

considerando todas as partes, todos os tributos e todos os custos, nem sempre o incentivo

fiscal benfico, pois sempre h um custo implcito em um incentivo fiscal, por outro lado,

um incentivo fiscal atrelado com um estruturado planejamento tributrio, a empresa pode

maximizar seus resultados.

A terceira seo do Caderno de Cincias Sociais contm sete artigos oriundos do

Direito, dispostos da seguinte maneira:

Rodrigo Grazinoli Garrido e Vvian Boechat Cabral Carvalho objetivaram

investigar a judicializao da sade quando j no mais se justifica qualquer interveno

mdica, j que o organismo da pessoa no mais responde por se encontrar em fim de vida.

Eles analisam de que forma a judicializao da sade concorre para promover a distansia e o

consequente prejuzo sociedade na medida em que o atendimento a um paciente invivel

implica restrio de atendimento a outros casos de cura provvel? A metodologia empregada

foi qualitativa, baseada em estudiosos da temtica, tais como Leocir Pessini, Felipe Assensi,

Jos de Oliveira Asceno, dentre outros.

Adler Luis Xavier e Rosa Jussara Bonfim Silva tiveram por inteno levantar dados

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e concluses do quanto a criao da delegacia da mulher foi primordial para a facilitao do

acesso justia visando estender a proteo domstica de forma que atinja todas as mulheres,

principalmente as cidads de condio desamparada, sem recursos e instruo para a obteno

da justia.

Ieda Tinoco Boechat e Carlos Henrique Medeiros de Souza evidenciaram que

novas mdias digitais em seu amplo uso na sociedade midiatizada vem alcanando as famlias

em seu modo de se relacionar, de se comunicar e, tambm, de se constituir. Entretanto, o

modo midiatizado de constituir famlia suscita certo estranhamento quando apresentado em

Congressos e em sala de aula no Doutorado e nos Cursos de Graduao e Ps-Graduao em

Psicologia.

Leila Maria Tinoco Boechat Ribeiro e Carlos Henrique Medeiros de Souza

Investigaram como as novas tecnologias da informao e comunicao vm revolucionando

as prticas sociais, a produo de conhecimento e recentemente o Judicirio em todo o pas.

Em atendimento aos comandos da Lei n 11.419/06, sistemas de processamento eletrnico so

implantados objetivando imprimir maior celeridade e eficincia na prestao jurisdicional.

Os pesquisadores, Amanda Albernaz Leite Lemos, Ana Carolina Freitas

Marques, Higor Filipe Silva e Vandeir Jos da Silva escreveram um artigo no qual

afirmam que patrimnio pblico estatal aquele que est na administrao dos governantes,

mas que so, no limite, bens pblicos da cidadania, sendo desse modo, o patrimnio dos

cidados brasileiros. vlido fazer uma reflexo a respeito do tema, visto que o patrimnio

pblico, na atualidade, tido como uma figura jurdica apta proteo e promoo da

pessoa humana, fato possvel atravs da substituio do direito subjetivo individual que tem

sido substitudo pelos direitos fundamentais - tanto os individuais, como os coletivos. Nele

os autores visaram explanar sobre o Instituto da Proteo ao Patrimnio Cultural, postivado

constitucionalmente por meio do artigo 23, III da Constituio Federal de 1988.

Ieda Tinoco Boechat e Carlos Henrique Medeiros de Souza demonstram que no

momento histrico em que as mdias digitais so amplamente utilizadas nas mais diversas

atividades humanas e modificam comportamentos, seu uso vem interferindo tambm no

contexto interacional familiar, quando elas passam, por exemplo, a promover o encontro entre

casais que optam por constituir famlia.

O grupo de pesquisadores composto por Francielly de Paula Apolinrio, Raquel

Veggi Moreira, Hildeliza Lacerda Tinoco Boechat Cabral, Alinne Arquette Leite Novais

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e Carlos Henrique Medeiros de Souza explicou que a Internet transformou as relaes

pessoais e, em consequncia, surgiram novas e desafiadoras situaes familiares e conjugais.

A facilidade de se comunicar por meio das redes sociais digitais, de forma sigilosa,

possibilitou s pessoas casadas iniciarem relacionamentos virtuais com terceiros. Para os

pesquisadores diante disso, a infidelidade virtual vem ganhando importncia no Direito das

Famlias, na ordem civil-constitucional brasileira por configurar infrao ao dever de

fidelidade recproca entre os cnjuges, elencado no artigo 1.566 do Cdigo Civil Brasileiro

(CCB), dentre os deveres do casamento.

A quarta seo desse caderno de Educao est composta por cinco artigos:

Aline Cristina Rodrigues Soles Resende, Mayline Nogueira Peres e Eliana da C.

Martins Vinha analisaram se as metodologias de ensino aplicadas no Ensino Superior so

utilizadas de modo que o acadmico sinta-se instigado a querer aprender cada vez mais e

promover a reflexo do ensinar no sculo XXI. Para as pesquisadoras, embora as

metodologias e estratgias no Ensino Superior tragam inmeros desafios, desenvolver a

autonomia dos alunos para que eles possam construir seu prprio aprendizado, talvez esta

possa ser a funo primordial do professor no sculo XXI, estar atento as evolues

tecnolgicas e sociais de forma que o seu aluno seja motivado a aprender com sentido para

sua via pessoal e profissional.

Volmar Jose da Mota Junior, Tlio Guimares e Roseline Martins Sabio

afirmam que a Geometria uma ferramenta para interpretao da nossa vida. Segundo os

autores para se chegar aos resultados esperados de uma aprendizagem satisfatria,

necessrio tornar a Geometria uma cincia prtica, til, interessante e principalmente aplicada

ao cotidiano. Atravs de fatores externos como as delimitaes do futebol e de suas

caractersticas, todas estas associadas Geometria, podemos tornar o ensino da Matemtica

mais interessante.

Franciele Oliveira da Cruz e Maria de Lourdes de Aguiar Ferreira tiveram por

objetivo apresentar a contribuio da tipologia textual narrao com vis na literatura,

especificamente a literatura infantil, para a formao indenitria e desenvolvimento cognitivo

e psicolgico da criana tornando-as futuros leitores letrados.

Kele Aparecida da Mota Prado, Giselda Shirley da Silva e Maria Conceio

Ferreira realizaram uma pesquisa com o objetivo de investigar e analisar a contribuio da

Literatura Infantil no processo de aprendizagem da leitura e alfabetizao. Para elas a

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Literatura Infantil mostra como a criatividade pode ser representada na vida da criana,

expandindo seus sonhos e oferecendo subsdios para uma possvel realizao, tornando-se um

meio essencial para a aquisio do conhecimento.

Leonardo Caixeta de Sousa e Roseline Martins Sabio realizaram um estudo com

o objetivo de discutir sobre os benefcios e a participao da famlia no cotidiano familiar e

escolar, como ela influencia na construo dos valores ticos e sociais na infncia da criana,

como a relao da famlia e escola auxilia o professor no desenvolvimento de metodologias,

isto , estratgias visando o aprendizado e a compreenso do contedo, tais como as

brincadeiras e jogos podem ajudar no desenvolvimento cognitivo da criana e o uso de

metodologias de resoluo de problemas pode criar um ambiente mais propcio

aprendizagem das matrias que so to temidas pelos alunos.

Agradecemos a valiosa colaborao dos autores desse volume, e, reafirmamos a

importncia do debate acadmico/cientfico provocado por esses dilogos interdisciplinares

promovido pela revista da Faculdade Cidade de Joo Pinheiro (FCJP). Convidamos toda a

comunidade acadmica a participar deste projeto editorial e desejamos a todos uma boa

leitura!

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CADERNO DE CINCIAS

DA SADE

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ANTIPSICTICOS ATPICOS E O GANHO DE PESO

Gabriel Candido Pereira1

Hugo Christiano Soares Melo 2

Resumo: Os antipsicticos atpicos (AA) frequentemente esto relacionados a efeitos

adversos graves, destacando-se o ganho de peso e os efeitos metablicos associados. A gnese

desse aumento ponderal ainda no bem estabelecida, todavia estudos apontam para

substncias relacionadas ao controle de apetite e saciedade, alm de fatores inflamatrios.

Alm dos fatores hormonais, as diferenas de estilo de vida, alimentao e atividade fsica

influenciam consideravelmente no ganho de peso, podendo causar estigmatizao e

dificuldades nas relaes interpessoais, afetando a qualidade de vida do paciente e sua adeso

ao tratamento. Assim, o objetivo do estudo foi realizar uma investigao qualitativa

bibliogrfica acerca da relao existente entre a utilizao dos AA e o ganho ponderal de peso

nos indivduos, baseada em evidncias clnicas, atravs de uma busca nas bases Pubmed e

Embase limitada aos ltimos 10 anos, nas lnguas portuguesa e inglesa. Ainda que a origem

do ganho de peso nos pacientes em uso de AA permanea desconhecida, novas teorias que

associam os efeitos destes frmacos com as vias das adipocinas tem recebido destaque,

porm, se faz necessrio o desenvolvimento de novos estudos clnicos que comprovem tais

propostas e auxiliem no melhor manejo dos pacientes.

Palavras-chave: Antipsicticos Atpicos. Obesidade. Distrbios Metablicos

Abstract: Atypical antipsychotics (AA) are often related to serious adverse effects, with

emphasis on weight gain and associated metabolic effects. The genesis of this increase in

weight is still not well established, but studies point to substances related to appetite control

and satiety, in addition to inflammatory factors. In addition to hormonal factors, differences in

lifestyle, diet and physical activity have a considerable influence on weight gain; it can cause

stigma and difficulties in interpersonal relationships, affecting the patient's quality of life and

adherence to treatment. Thus, the objective of the study was to conduct a qualitative

bibliographic investigation about the relation between the use of AA and weight gain in

individuals, based on clinical evidence, through a search in Pubmed and Embase bases limited

to the last 10 years, in Portuguese and English. Although the origin of weight gain in patients

taking AA remains unknown, new theories associating the effects of these drugs with adipokine pathways have been highlighted, however, it is necessary to develop new clinical studies that prove

such proposals and the best management of patients.

1 Acadmico do curso de Farmcia da Faculdade Patos de Minas. 2 Docente. Graduao em Cincias Biolgicas pela Universidade Federal de Uberlndia. Mestrado em Gentica e

Bioqumica pela Universidade Federal de Uberlndia. Doutorado em Gentica e Bioqumica pela Universidade

Federal de Uberlndia.Autor para correspondncia: [email protected]

Recebido em 01/07/2018

Aprovado em 30/07/2018

mailto:[email protected]

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Keywords: Atypical Antipsychotics. Obesity. Metabolic Disorders

1 INTRODUO

Os distrbios psicticos, bem como os sintomas relacionados, intrigam os clnicos h

muitas dcadas, uma vez que sua apresentao psicopatolgica multifacetada acarreta grande

impacto na vida dos indivduos acometidos (AMATO, 2016).

Dentre as psicopatias, a esquizofrenia apontada como o principal transtorno, que

atinge cerca de 1% da populao. Inicia-se em geral antes dos 25 anos e afeta pessoas de

todas as classes sociais. As alteraes mais significativas causadas pela esquizofrenia so

distoro do pensamento, percepo, cognio e emoes (SCHIMITZ et al., 2015).

Desde o surgimento dos antipsicticos no final da primeira metade do sculo XX, o

prognstico de pacientes com esquizofrenia melhorou notavelmente. Todavia, como qualquer

outro tipo de droga, apresentam efeitos colaterais que podem ter um grande impacto na sade

fsica dos pacientes, bem como em sua qualidade de vida e no processo de adeso ao

tratamento. Dentre eles esto a maior prevalncia distrbios endcrinos e metablicos, alm

do risco elevado de desenvolvimento de doenas cardiovasculares no caso dos AA (PATO et

al., 2017).

Alm dos riscos clnicos, tais efeitos colaterais so limitantes para satisfao dos

pacientes com o seu prprio corpo, pois podem desencadear sofrimento psquico, como

tambm interferir na adeso, alm de outras intervenes psicossociais (ZHANG &

MALHOTRA, 2011).

Os antipsicticos de segunda gerao, tambm denominados antipsicticos atpicos

(AA) foram desenvolvidos na tentatira reduzir os efeitos extrapiramidais, hiperprolactinemia,

e promover ao teraputica sobre sintomas negativos, tais como embotamento afetivo,

reduo da volio e alterao na interao social (MCKINNEY & RENK, 2011)

A utilizao dos AA tem sido associada a uma ampliao de riscos cardiovasculares,

em decorrncia de complicaes metablicas, como ganho de peso, diabetes mellitus (DM) e

dislipidemia. Essas alteraes so fortemente relacionadas a maior morbimortalidade e a

origem de seus mecanismos tem recebido crescente ateno (AMATO, 2016).

Assim, distrbio metablico induzido por AA uma das maiores preocupaes da

farmacoterapia psiquitrica atual. Ainda que a origem do ganho de peso nos pacientes em uso

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de AA permanea desconhecida em sua totalidade, novas teorias que associam os efeitos

destes frmacos com as vias das adipocinas vm se tornando cada vez mais fortes (AMATO,

2016) e (FERREIRA & TORRES, 2016).

Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo discutir a relao entre o uso dos

AA e o ganho de peso nos pacientes durante o tratamento.

2 MTODO

Conduziu-se uma busca na literatura nas bases de dados Pubmed e Bireme,

abrangendo estudos publicados nos ltimos 10 anos, no perodo de 2008 a 2018, nas lnguas

portuguesa e inglesa. Utilizaram-se os termos antipsicticos atpicos e obesidade. Foram

includos no estudo, ensaios clnicos randomizados e metanlises de ensaios clnicos que

avaliaram a relao entre o uso de antipsicticos atpicos com desordens metablicas tais

como a obesidade. Estudos pertinentes encontrados na lista de referncias dos estudos por

busca manual, bem como revises de atualizao foram includos na reviso.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Psicopatia

A psicopatia pode ser compreendida como um estado mental patolgico, sendo um

construto psicolgico dimensional construdo ao longo de dcadas de pesquisas clnicas e

empricas. Embora ainda existam dificuldades e limitaes no que se refere sua definio, a

psicopatia atualmente pode ser avaliada por meio de instrumentos psicomtricos. O uso de

tais instrumentos tem expandido a rede nomolgica do construto, correlacionando-o a outras

variveis e aprofundando o conhecimento cientfico sobre o assunto (GOMES & ALMEIDA,

2010) e (HAUCK et al., 2009).

caracterizada por desvios, principalmente, de carter, que desencadeiam

comportamentos antissociais. Esses desvios tendem a se estruturar logo desde a infncia.

Assim, na maioria dos casos, alguns dos seus sintomas podem ser perceptveis nesta fase ou

at na adolescncia, atravs de comportamentos agressivos que, durante estes perodos, so

designados de transtornos de conduta. A psicopatia uma desordem que tende a se tornar-se

crnica e causar prejuzos na vida do prprio indivduo e de quem com ele convive e, at

mesmo, na sociedade (HAUCK et al., 2009).

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A psicose um sintoma de doena mental caracterizada por um senso distorcido ou at

mesmo inexistente da realidade. Os transtornos psicticos comuns abrangem os transtornos de

humor, como depresso maior e mania, podendo apresentar caractersticas psicticas, psicose

induzida por substncias, demncia com aspectos psicticas, delirium com caractersticas

psicticas, transtorno psictico breve, transtorno delirante, transtorno esquizoafetivo e

esquizofrenia (GOODMAN & GILMAN, 2012).

Em geral, as sndromes psicticas so caracterizadas por sintomas tpicos, tais como

alucinaes e delrios, pensamento desorganizado e comportamento bizarro, como fala e risos

imotivados. So recorrentes sintomas paranoides, como ideias delirantes e alucinaes

auditivas (DALGALARRONDO, 2008).

Ainda, conforme Dalgalarrondo (2008), os autores de orientao psicodinmica

enfatizam a perda de contato com a realidade como dimenso central da psicose. Nessa

perspectiva o paciente passaria a viver fora da realidade, sem ser regido pelo princpio de

realidade.

Os transtornos psicticos incluem sintomas positivos como fala desorganizada,

alucinaes, iluses e comportamento agitado. O paciente esquizofrnico tambm pode

apresentar sintomas negativos, como apatia, avolio, alogia. So recorrentes dficits

cognitivos, sobretudo dficits de memria operacional, velocidade de processamento e

cognio social (GOODMAN & GILMAN, 2012).

A esquizofrenia a mais comum forma de psicose, com base em sua frequncia e

importncia clnica. Apresenta prevalncia mundial de aproximadamente 1%, todavia, os

pacientes com esquizofrenia apresentam caractersticas que se estendem alm daquelas

encontradas em outras doenas psicticas (GOODMAN & GILMAN, 2012).

Pacientes esquizofrnicos tm em geral uma esperana de vida 20% menor que a

populao geral, com prejuzo de cerca de 25 anos de vida. O risco relativo para a mortalidade

por causas naturais, especialmente doenas cardiovasculares, infecciosas e endcrina 2,41

vezes maior que um indivduo no portador da desordem (PATO et al., 2017).

No Brasil, a esquizofrenia o transtorno mental responsvel pelo maior nmero de

internaes no Sistema nico de Sade (SUS). Esta patologia agrupa um conjunto de diversas

psicoses de etiologia gentica e bioqumica. Uma das hipteses que suportam O tratamento

farmacolgico da esquizofrenia justificado principalmente pela hiptese da hiperfuno

dopaminrgica presente nos pacientes (BRASIL, 2015).

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De acordo com Moreira e colaboradores (2010), os antipsicticos so frmacos

indicados para a teraputica das psicoses, os quais modificaram acentuadamente o modo de

tratamento das doenas mentais graves, possibilitando assim uma mudana radical de

tratamento institucional para manejo predominantemente ambulatorial.

Existem hoje no mercado duas grandes classes de antipsicticos: os tpicos e os

atpicos. Nos dois casos, o mecanismo de ao tem relao direta com o bloqueio de

receptores D2 de dopamina (DA). Os avanos no tratamento surgiram a partir da explorao

de mecanismos alternativos para psicose e da experincia com agentes antipsicticos atpicos,

tal como a clozapina (GOODMAN & GILMAN, 2012) e (FERREIRA & TORRES, 2016).

3.2 Antipsicticos

A hiptese de DA da psicose origina-se da descoberta de que a clorpromazina e a

reserpina apresentavam propriedades antipsicticas teraputicas na esquizofrenia ao diminuir

o processo de neurotransmisso dopaminrgica (GOODMAN & GILMAN, 2012).

Os frmacos antipsicticos tm representado um importante componente teraputico

em diversas condies psicticas, podendo ser classificados em antipsicticos de primeira

gerao ou tpicos (AT) e de segunda gerao ou atpicos (AA) (SCHIMITZ et al., 2015).

A principal diferena existente entre as duas classificaes reside no mecanismo de

ao, visto que, os AT atuam em grande parte no bloqueio de receptores dopaminrgicos (D2)

reduzindo assim, os sintomas positivos, medida que os AA, bloqueiam os receptores

serotoninrgicos 5-HT2A (GOODMAN & GILMAN, 2012) e (SCHIMITZ et al., 2015).

As drogas antipsicticas disponveis no Brasil seguem abaixo, no quadro 1.

Quadro 1 Classes de Antipsicticos

Classe Substncia Nome Comercial

Antipsicticos Tpicos - Baixa Potncia

Clorpromazina Amplictil

Levomepromazina Neozine

Periciazina Neuleptil

Tioridazina Melleril

Antipsicticos Tpicos - Alta Potncia Haloperidol Haldol

Haldol decanoato

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Flufenazina Flufenan

Pimozida Orap

Trifluoperazina Stelazine

Sulpirida Dogmatil

Pipotiazina Piportil L4

Zuclopentixol Clopixol

Penfluridol Semap

Antipsicticos Atpicos

Risperidona Risperdal

Risperdal-Consta

Olanzapina

Zyprexa

Zyprexa-Zydis

Zyprexa IM

Quetiapina Seroquel

Seroquel XRO

Ziprasidona Geodon

Geodon IM

Aripiprazol Abilify

Amissulprida Socian

Clozapina Leponex

Paliperidona Invega

Invega Sustenna

Asenapina Saphris

Fonte: Adaptado de (GOODMAN & GILMAN, 2012).

3.2.1 Antipsicticos Tpicos

O uso clnico dos AT teve inccio a partir da descoberta da clorpromazina, uma

fenotiazina inicialmente empregada como tranquilizante, sendo assim, considerada o primeiro

antipsictico. Posteriormente, foram sintetizadas as fenotiazinas alifticas, piperaznicas,

piperidnicas. Tambm foram desenvolvidos outros frmacos, como as butirofenonas e os

tioxantenos (SCHIMITZ et al., 2015).

As fenotiazinas com ao antipsictica so agentes bloqueadores centrais da DA e

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exercem esta ao, em maior ou menor grau, em todas as quatro grandes vias dopaminrgicas

cerebrais. Possuem estrutura tricclica na qual dois aneis de benzeno esto ligados a um atomo

de enxofre e outro de nitrogenio. Seus efeitos extrapiramidais so vinculados via nigro-

estriatal, e efeitos antipsicticos e eventuais efeitos adversos cognitivos ao bloqueio

mesolmbico e mesocortical (GOODMAN & GILMAN, 2012).

3.2.2 Antipsicticos Atpicos

primeira vista, os AA mostraram-se superiores aos AT visto que, controlam os

sintomas esquizofrnicos com menor incidncia de sintomas extrapiramidais, o que tende a

favorecer a adeso do paciente ao tratamento (RUMMEL-KLUGE et al., 2012).

Com o surgimento da clozapina, observou-se que este frmaco apresentou eficcia no

controle dos sintomas positivos e negativos da esquizofrenia, com menor capacidade em

induzir efeitos extrapiramidais, sendo o prottipo para os AT (SCHIMITZ et al., 2015).

Existem diferenas entre os antipsicticos atpicos importantes em termos do perfil

dos efeitos colaterais, e esses efeitos adversos ocorrem apenas em alguns pacientes. A

situao real que eles ainda no esto bem identificados os grupos de risco para desenvolver

cada um dos esses efeitos adversos (LEUCHT et al., 2013).

A clozapina foi testada pela primeira vez na dcada de 1960, na Europa. Observou-se

que produzia agranulocitose em taxa muito mais elevada (de 1% a 2%) do que aquela

observada nos antipsicticos-padro, o que levou sua retirada do mercado. Em 1988

retornou a ser comercializada, contudo, sua principal indicao passou a ser o tratamento

esquizofrenia refratria a outros antipsicticos (OLIVEIRA et al., 2015).

Pesquisas indicam que estes frmacos no apresentam afinidade apenas pelos

receptores D2, mas sim, alta afinidade por receptores serotoninrgicos, noradrenrgicos,

histaminrgicos e colinrgicos, onde atuam como antagonistas (COHEN et al., 2016) (PARK

et al., 2018).

O Ministrio da Sade, por meio do Protocolo Clnico e Teraputico para

Esquizofrenia de 2013 prope que todos os antipsicticos, com exceo da clozapina, podem

ser utilizados no tratamento sem ordem preferencial, aos pacientes esquizofrnicos que se

enquadrem nos critrios de incluso (BRASIL, 2013).

Os tratamentos devem seguir a monoterapia, de acordo com o perfil de segurana e a

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tolerabilidade de cada indivduo. Em caso do uso de qualquer uma dessas drogas por pelo

menos seis semanas sem melhora de pelo menos 30% na escala de Avaliao Psiquitrica

Breve (BPRS 142-144), dever ser realizada uma nova tentativa com algum outro

antipsictico. Caso ocorra avano clnico, deve-se manter a prescrio do antipsictico em

monoterapia. Se houver falha teraputica, indicado confirmar a adeso do paciente e

somente caso permanea o insucesso, deve-se associar outro antipsictico (BRASIL, 2013).

3.3 Ganho de peso e distrbios metablicos

A obesidade atualmente um grande problema de sade pblica mundial, sendo

reconhecida como doena oficialmente desde o ano de 1985.Tal condio patolgica pode ser

entendida como acmulo excessivo de gordura quando comparada com valores preconizados

para determinada estatura, gnero e idade. Assim sendo, representa uma doena complexa, de

etiologia multifacetada, com sua prpria fisiopatologia, comorbidades e capacidades

desabilitantes (PRADO et al., 2009).

Conforme a Sociedade Brasileira de Obesidade (SBD) (2016), a sndrome metablica

(SM) surge como um importante e crescente problema de sade pblica global, e est

relacionada a diversos fatores, tais como o estilo de vida, urbanizao, aumento da obesidade,

estresse e sedentarismo.

Essa sndrome caracteriza-se por um conjunto de fatores de risco para diabetes

mellitus tipo 2 (DM2) e doenas cardiovasculares, tendo como componentes centrais a

obesidade abdominal, resistncia insulina, dislipidemia e hipertenso (FREITAS et al.,

2016).

A desregulao metablica que se manifesta inicialmente como ganho de peso pode

resultar rapidamente em obesidade, com dislipidemia concomitante e tolerncia glicose que

pode evoluir para DM2 (REYNOLDS & KIRK, 2010).

Em comparao com a populao em geral, os pacientes com esquizofrenia so duas vezes

mais propensos a sofrer de alteraes metablicas. Conforme Sicras-Mainar e colaboradores

(2015), a prevalncia flutua entre 11% e 69% dependendo da metodologia utilizada e da

amostra do estudo. Pesquisas recentes estimam valores prximos de 32,5% (MITCHELL et

al., 2013).

No Brasil ainda no existem estudos representativos da prevalncia da SM em

pacientes com esquizofrenia, mas sabe-se que ela pode contribuir para a reduo considervel

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da expectativa de vida destes pacientes (ELKIS et al., 2008).

3.3.1 Potencial de ganho de peso por antipsicticos atpicos

Conforme Goodman e Gilman (2012), o ganho de peso tem sido o efeito adverso

gerador de maior consternao entre pacientes e mdicos, sobrepondo at mesmo a sndrome

piramidal. O mecanismo pelo qual os antipsicticos induzem o ganho de peso complexo e

multideterminado, todavia, o estmulo do apetite recebe maior destaque, visto que

medicamentos com antagonismo significativo de H1 induzem a estimulao do apetite atravs

de efeitos em locais hipotalmicos. Alm disso, ainda existem poucas evidncias que

assegurem que a diminuio da atividade provocada pela sedao seja o principal contribuinte

para o ganho de peso (GOODMAN & GILMAN, 2012).

Tabela 1 - Potencial de ganho de peso de medicamentos

Potencial Droga

Baixo aripiprazol, asenapina, ziprasidona

Neutro amisulprida, haloperidol, lurasidona

Significativo clorpromazina, clozapina, olanzapina

Elevado quetiapina, risperidona, paliperidona, tiridazina

Fonte: Adaptado de (DE HERT et al., 2011).

Notadamente, a clorpromazina e os AA olanzapina e clozapina so considerados pela

literatura como os agentes de maior risco, mas o ganho de peso e observado com quase todas

as drogas antipsicticas (GOODMAN & GILMAN, 2012).

A olanzapina, clozapina, quetiapina e AT de baixa potncia estimulam o apetite e a

preferncia por alimentos doces ou gordurosos, o que supe uma ao direta sobre sistemas

metablicos e centros nervosos ligados ao controle da saciedade e do peso (BARTOLI et al.,

2015).

Conforme Amato (2016), as estimativas para ganho de peso em at dez semanas de

tratamento foram: ziprasidona 0,04 kg; risperidona 2,10 kg; olanzapina 4,15 kg; e clozapina

4,45 kg.

Para a clozapina e a olanzapina, os ganhos de peso macios de 50 kg ou mais podem

ser evidenciados e os ganhos de peso anuais de 13 kg em mdia so relatados. Os AT

haloperidol e flufenazina, e os AA asenapina, ziprasidona e aripiprazol, esto associados ao

ganho de peso mdio anual inferior a 2 kg em pacientes com esquizofrenia (GOODMAN &

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GILMAN, 2012).

Neurnios presentes em diferentes ncleos hipotalmicos sintetizam substncias

orexgenas, que elevam o apetite, e anorexgenas, que reduzem a sensao de fome (AMATO,

2016).

Efeitos ligados modulao da sinalizao hormonal da fome so apontados como

fundamentais para o ganho de peso com AA. Alguns marcadores de inflamao, como TNF,

IL1, IL6, IL e leptina, tem concentraes elevadas em pacientes obesos, enquanto a IL10 e a

adiponectina, que so substncias anti-inflamatrias, em geral apresentam-se mais baixas

(SINGH et al., 2015).

As concentraes de leptina srica so responsveis pela transmisso de informaes

referentes energia acumulada no tecido adiposo ao hipotlamo. Se o acmulo for alto ocorre

diminuio do apetite e aumento do dispndio energtico, como forma de controle. Em obesos

estes mecanismos esto comprometidos, visto que, ainda que tenham elevadas concentraes

de leptina, ocorre resistncia aos seus efeitos (MARTINS et al., 2012).

A entrada da leptina no SNC acontece atravs de um sistema de transporte saturvel,

uma vez que os ndices dessa substncia esto aumentados nos obesos, e pode ser uma das

chaves para a compreenso da resistncia leptnica (SINGH et al., 2015).

Os neurnios produtores de neuropeptdeo Y (NPY), um peptdeo orexgeno,

projetam-se para outras reas cerebrais que contm receptores de leptina. Assim sendo, as

concentraes de leptina so influenciadas pelo NPY. A reduo de leptina e insulina aumenta

a expresso de NPY no ncleo arqueado, promovendo aumento da tendncia ingesto

alimentar, lipognese e reduo do consumo energtico (LEITE & BRANDO-NETO,

2009).

Em comparao, pacientes quando virgens de tratamento, no tem aumento de

adipocinas, enquanto aqueles em uso de AA possuem aumento destes sinalizadores, o que

levou hiptese de que o ganho de peso observado com o uso de AA pode ter relao com as

vias da inflamao e a aspectos genticos (PRADO et al., 2009).

discutido que, pacientes mais jovens e ainda no tratados com AA so mais

suscetveis ao ganho de peso com qualquer agente antipsictico, incluindo aqueles

considerados neutros quanto ao peso. Tal fato leva a crer que o bloqueio de DA pode

desempenhar um papel aditivo no ganho de peso (SINGH et al., 2015).

Entende-se que o antagonismo de 5-HT2C possa estar relacionado na promoo de

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ganho de peso para os medicamentos que possuem alta afinidade por receptores H1, como a

clozapina e a olanzapina. Todavia, aparentemente no tem efeito na ausncia de bloqueio

significativo de H1, como observado com a ziprasidona, que neutro para elevao do peso e

possui afinidade elevada por 5-HT2C (GOODMAN & GILMAN, 2012).

necessrio ressaltar que outros fatores como diferenas de estilo de vida,

alimentao e prtica de exerccios fsicos tambm influenciam no ganho de peso.

4 CONCLUSO

evidente que o uso de frmacos AA tem sido fundamental no tratamento de doenas

psicticas crnicas. Todavia, observa-se o aumento de peso como um dos principais efeitos

adversos. Sugere-se que a capacidade de interao dos AA com receptores histaminrgicos H1

seja responsvel pelo aumento de peso, cujo mecanismo de ao no est bem elucidado, at o

momento. Teorias que associam os efeitos dos antipsictico com as vias das adipocinas

tambm tem tornando cada vez mais comuns na literatura. Desta forma, destaca-se a

importncia de estudos mais aprofundados acerca de tais possibilidades, para o

desenvolvimento de novas opes para o tratamento.

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HIDROTERAPIA COMO TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO NA

ARTRITE IDIOTICA JUVENIL: UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE

DE JOO PINHEIRO MG 2007/2011

Daniele Moreira Alves1

Resumo: O presente estudo uma anlise dos dados levantados durante a realizao de

Hidroterapia como Tratamento Fisioteraputico na Artrite Idioptica Juvenil: Estudo de Caso

na Cidade de Joo Pinheiro MG. O objetivo analisar os efeitos da Hidroterapia como

Tratamento Fisioteraputico e, consequentemente, contribuir com a literatura da Atrite

Idioptica Juvenil. Tomou-se como objeto de estudo uma paciente portadora de AIJ do tipo

pauciarticular, idade cinco anos, submetida avaliao inicial, por meio de uma ficha de

avaliao fisioteraputica a qual foi aplicada a responsvel, contendo mtodo qualitativos

(dados pessoais, dados mdicos, inspeo, avaliao pulmonar, dados vitais, palpao,

avaliao da marcha e capacidade visual e auditiva, escala de E.V.A) e por mtodo

quantitativos incluindo gniometria, perimetria e fonte iconogrficas. Posteriormente aplicada

paciente a Escala Analgica Visual (E.V.A), para avaliao da dor. Procedeu-se o

levantamento de dados por meio de entrevista oral me e semi-estruturada mdica,

responsvel pela paciente e observaes durante o tratamento hidrocinesioterpico realizado.

Por meio de abordagens qualitativas, tornou-se possvel entender os resultados que foram

descritos e analisados. Considerou-se que o tratamento proposto aps a anlise dos dados

obtidos, proporciona melhoras significativas de flexibilidade, postura, ADM e alongamento

muscular, as quais poderiam ser maiores atravs da manuteno do tratamento realizado em

intervalos menos. Sendo assim, sugere-se a realizao de novas pesquisas, utilizando de forma

especfica o Mtodo de Bad Ragaz, a fim de revalidar a utilizao da mesma como tcnica

fisioteraputica em pacientes com Artrite Idioptica Juvenil.

Palavras Chave: Artrite Idioptica Juvenil. Hidroterapia. Tratamento Fisioteraputico.

Mtodo Bad Ragaz.

Summary: This study is na analysis of data collected during the course of hydrotherapy and

physical therapy in Juvenile Idiopathic Arthritis: A Case Study in the City of Joo Pinheiro

MG. Aiming to analyse the effects of hydrotherapy and physical therapy, and therefore

contribute of th literature of JIA. Taken as na object of study patient with pauciarticular JIA

type, age five years, subject to the initial assessment, through a physical therapy evaluation

form which was applied to the oficial, containing qualitativa methods (personal data, medical

data, inspection, pulmonar assessment, vital signs, palpation, assessment of gait and eyesight

and hearing, VAS scale) and quantitative methods including goniometry, girth and

1 Fisioterapeuta pela Faculdade Cidade de Joo Pinheiro FCJP; Ps-Graduada em Docncia do Ensino Superior

pela FINOM.E-mail: [email protected]

Recebido em 20/05/2018

Aprovado em 18/07/2018

mailto:[email protected]

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photogrammetry. Still being applied to patient visual analog scale (VAS) for pain assessment.

Undertook the survey data through the oral interview the mother and semi-structured patient

and physician responsible for the observations performed during therapy equatic therapy.

Through qualitative approaches becomes possible to understand the results and these are

described and analyzed. It is considered that the proposed treatment after the data analysis,

provides significant improvements in flexibility, posture, ROM adn muscle stretching, which

could be higher by maintaining the treatment carried out at shorter intervals. As suggested to

conduct further research, specifically usin the method of Bad Ragaz, in order to validate its

use as a physiotherapy technique in patients with JIA.

Keywords: Juvenile Idiopathic Arthritis. Hydrotherapy. Physical Therapy. Bad Ragaz

Method.

INTRODUO

A fisioterapia est fundamenta na assistncia e servios prestados de forma direta ou

indireta realizados pelo fisioterapeuta, buscando examinar, combater e prevenir deficincias e

limitaes funcionais, que possam desenvolver incapacidades para realizao de Atividades

de Vida Dirias (AVDs), juntamente com orientaes e pesquisas cientficas.

A presente pesquisa visou analisar a Hidroterapia como Tratamento Fisioterapeutico

na Artrite Idioptica Juvenil: Estudo de Caso na Cidade de Joo Pinheiro MG situada no

Noroeste de Minas, segundo Senso IBGE (2010) a cidade composta por 45.260 habitantes.

Possui area de 10.711.570 Km segundo o documento de reas dos Municpios Mineiros,

elaborado pelo Instituto de Geocincia Aplicadas IGA, datado de 1995 (Joo Pinheiro [on

line], 2011).

A escolha pelo universo de pesquisa se deu aps o convvio em meio familiar com um

caso de AIJ. Desde ento, a busca por conhecimentos tericos e cientficos tornou-se

constante. Aps ter realizado vrias pesquisas em livros, artigos buscados em revistas e sites

especializados como Scielo sobre a definio, diagnstico e prognstico da doena, nos quais

foram observados que o tratamento envolvido se baseia em uma equipe multiprofissional,

pois, alm do tratamento medicamentoso so necessrias intervenes Fisioteraputicas,

Terapia Ocupacional e Psicloga.

Segundo Deliberato (2002, p. 3), o tratamento fisioterapeutico atua desenvolvendo

aes de preveno. Avaliao, tratamento e reabilitao, usando nessas aes programas de

orientaes e promoo a sade, alm de agentes fsicos como o movimento, a gua, o calor,

o frio e a eletricidade. Com base na reflexo do autor, esses agentes fsicos tornaram-se

motivo das incessantes buscas pelo tratamento ideal por meio da fisioterapia, tendo em vista

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ampliao de tcnicas que envolvem o corpo e a patologia como um todo.

A partir desses acontecimentos e aps ter adquirido conhecimento terico e prtico,

foi resultado a idealizao desta pesquisa e consequentemente reforada a percepo quanto

utilizao da hidroterapia como tratamento fisioteraputico, em pacientes com Artrite

Idioptica Juvenil atravs do estudo de caso, sendo observada no decorrer da pesquisa a

importncia da hidroterapia e principalmente a falta de informaes disponveis sobre o

assunto.

Tendo como base para pesquisa as seguintes observaes: Qual critrio deve ser

utilizado para diagnosticar a Artrite Idioptica Juvenil? Quais benefcios a Hidroterapia pode

proporcionar ao paciente portador da Artrite Idioptica Juvenil? O que deve ser levado em

considerao quanto indicao do tratamento fisiot