Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

12
da bauxita ao mercado 2º semestre de 2014 EDIÇÃO ÚNICA REVISTA DIGITAL MEIO AMBIENTE Empresas brasileiras são destaque em sustentabilidade TECNOLOGIA ALCOA aposta em ligas avançadas; mais leve,resistente e aerodinâmica 3M do Brasil / Divulgação Juliana Gatto / blogquartopoder EXPLORAÇÃO O ciclo do alumínio começa na exploração da bauxita RECICLAGEM Sua importância ambiental, ial soc e econômica

description

Um trabalho acadêmico voltado em abordar tudo sobre o Alumínio.

Transcript of Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

Page 1: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

da bauxita ao mercado2º semestre de 2014EDIÇÃO ÚNICA

REVISTA D

IGITAL

MEIO AMBIENTEEmpresas brasileiras são destaque em sustentabilidade

TECNOLOGIAALCOA aposta em ligas avançadas;

mais leve,resistente e aerodinâmica

3M do B

rasil / Divulgação

Julia

na G

atto

/ bl

ogqu

arto

pode

r

EXPLORAÇÃOO ciclo do alumínio começa na exploração da bauxita

RECICLAGEMSua importância ambiental, ial soce econômica

Page 2: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

EDITORIAL

1

Richard Rungue PimentaFundador Pátria Direita / Editor Responsável

Artigo

Cleidenéia Angélica dos SantosFabiano dos Santos RodriguesGeraldo Magno SouzaItalo Corradi MoreiraNatália Candido da SilvaRichard Joseph Gonçalves CostaRichard Rungue PimentaSamuel Costa de Lima

Colaboradores

Prof. Antônio C. S. Souza (Orientador TIG)

Profª. Carolina B. de Abreu (Geoquímica)

Profª. Claudia D. da Conceição (Recursos Hídricos)

Prof. Danilo M. de Magalhães (Sensoriamento Remoto)

Profª. Jacqueline A. Nogueira (Métodos de Lavra)

Profª. Rose L. Guimarães (Desenho Geológico)

Prof. Thiago M. B. Teixeira (Prospecção Mineral/Geoquímica/Geofísica)

Design gráfico Publicidade Comunicação Visual* * *

patriadireita (31)9259-2470 patriadireita/[email protected]

Manuseio de materiais à granel Atuando nos mercados de:

MineraçãoSiderurgia

CimenteirasAgregados

Portos Outros segmentos da indústria.

Em um mercado alicerçado no marketing, nós cuidamos do seu.

Page 3: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

ciclo do alumínio se inicia na Oextração da bauxita, mineral encontrado em abundância no

estado de Minas Gerais. É inquestionável a importância da bauxita e do alumínio, mas para sua explotação é necessário maior preocu-pação ambiental, pois é preciso remo-ver toda a vegetação da área para sua extração. O corpo mineral encontra-se em média 4,5 metros abaixo da camada superficial. Depois de extraído do solo, na fábrica o mineral é fragmentado e adicionado à soda cáustica, que dissol-ve a alumina para a separação de ele-mentos não solúveis. Depois desse processo o mineral é lavado, sedimentado e filtrado para eliminação de impurezas, durante essa fase se origina efluentes com altos índi-ces de soda cáustica, que em contato com qualquer fluxo de água alteraria o seu potencial hidrogeniônico (pH) e reduziria o oxigênio contido na água, o que tornaria imediatamente a água imprópria para consumo e causaria aniquilação de toda fauna aquática da área alterada. Todavia esse impacto

pode ser controlado, com a recuperação da soda cáustica por meio de decanta-ção ou filtração utilizando filtros pren-sa e reutilizando o líquido durante o processo de beneficiamento. O restante dos resíduos, em estado sólido, são colo-cados em aterros. O produto onde a alumina está con-tida é submetido a reações químicas que causam a precipitação do mesmo, dando origem a cristais de alumina que são lavados e secados através da calci-nação. Esse processo gera compostos orgânicos voláteis, oriundos dos fornos e caldeiras utilizados no processo de calcinação, essas emissões são captadas por um sistema de tratamento exclusi-vo para gases. Esse refino transforma o óxido do alumínio (alumina) em um pó fino e branco. Para obtenção do alumí-nio é necessário quebrar esse óxido por meio de eletroquímica. Esse processo requer um uso de energia elétrica demasiado. A produ-ção de energia hidrelétrica, principal energia do país, gera alterações sociais e graves problemas ambientas, tais como o barramento de rios, mudança

do ciclo hídrico, desmatamento, extin-ção de espécies da fauna aquática, etc. Outra fonte de energia, a termelétri-ca, também gera impactos. A queima de óleo diesel, gás e combustíveis fósseis geram gases que colaboram com a mudança c l imát ica do p laneta .Posteriormente a desagregação, se retira o alumínio das cubas, já em esta-do líquido, e só então é encaminhado para fundição. As cubas são altamente tóxicas por terem um revestimento com altos índi-ces de cianeto. Entretanto esse revesti-mento é reciclado e utilizado no pro-cessamento auxiliar em fornos de cimento, devido à sua alta capacidade de absorver calor. Depois de todos esses processos o alumínio fundido segue para laminação, que baseia-se na compressão do metal em cilindros de aço ou ferro fundido com eixos parale-los que giram em torno de si mesmos. A laminação provoca a origem de resídu-os, no qual são vendidos para empresas que fazem o processo dos mesmos, assim se inicia um novo ciclo para a utilização do alumínio.

MR

N /

Div

ulg

açã

o

A MRN (Mineração Rio do Norte),operando a explotação de bauxita, em Porto Trombetas, estado do Pará.

٭

2

Todos os processos, desde a bauxita até o mercado٭

Page 4: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

Um dos alicerces da prospecção O sensoriamento remo-

to é imprescindível para diversas áreas, entre elas a mineração. Seu custo, a priori,

pode ser considerado baixo quando compara-do aos seus benefícios, que são irrefutáveis. Sendo assim, o sensoria-mento remoto destaca-se em pesquisas minerári-a s , a u t i l i z a ç ã o d o mesmo para exploração de bauxita é uma das pro-vas incisivas que mos-tram sua importância.

Tomando como exem-plo o Quadrilátero Fer-rífero, situado no Estado de Minas Gerais, com ocorrência de diversos depósitos com concen-tração de bauxita, alguns com dimensões reduzi-das e também vinculados a solos lateríticos, o que torna difícil sua caracte-rização apenas por fotos aéreas. O sensoriamento remo-to por meio de satélites

com bandas espectrais capazes de detectar óxi-dos de ferro e/ou minera-is com íons hidroxila, captam essas interações e posteriormente são trabalhadas em um soft-ware para detectar e real-çar os minerais deseja-dos. A Espectroscopia de Reectância, em especí-co voltada para os raios infravermelhos, é uma opção signicativa para prospecção de bau-xita, pois possibilita a identicação do mineral sem a necessidade de nenhum tipo de sonda-gem ou amostragem da área. Funciona assim para qualquer tipo de elemen-to, pois todos possuem uma assinatura espec-tral especíca, essa assi-natura sendo captada pelo satélite, pode-se saber quais tipos de ele-mentos contém a área em questão.

O QUE É SENSORIAMENTO REMOTO?Sintetizando, o sensoriamento remoto é

um sistema que possibilita a obtenção de

informações sobre qualquer alvo da

superfície terrestre por meio de intera-

ção de radiação eletromagnética com os

elementos dos alvos, sem a necessidade

de qualquer contato físico entre o sensor

e os elementos. Os REM são emitidos

pelo sol ou por sensores presentes em

satélites, plataformas orbitais, aviões ou

até mesmo no nível da superfície terres-

tre. A energia contida nos REM intera-

gem com as moléculas dos elementos em

estudo, parte desse REM é absorvida e

parte transmitida, posteriormente esses

dados vão para uma estação de recepção

e depois traduzidos por softwares para

reconhecimento da área em estudo.

Ilustração do funcionamento

MIR

AN

DA,

E. E

. de

; CO

UTI

NH

O,

A.

C.

(Coo

rd.)

.D

ispo

níve

l em

: w

ww

.cdb

rasi

l.cn

pm.e

mbr

apa.

br

Imagem Landsat, contrasta uma ocorrência mineral na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais.

Todos os elementos possuem uma ''identi-dade'' especíca. O que distingue um elemento do outro, no âmbito do sensori-amento remoto, é uma diferente assina-tura espectral. Para se gerar uma bibli-oteca espectral é necessário a obtenção de amostras para análises em laborató-rio, com o intuito de obter um padrão de interação da radiação eletromagnética com o elemento. Para a geração das bibli-otecas espectrais de depósitos de bauxita brasileiros foi coletada amostras de ocor-rências em vários estados. Através dos resultados obtidos pela análise espectral das amostras na região do visível ao infra-vermelho termal, microscopia eletrôni-ca de varredura e pela difratometria de raios-X, foi descoberto que as bauxitas dos depósitos brasileiros são basicamen-te compostas por hidróxido de alumínio, particularmente a gibbsita, e também compostas por goethita, boehmita e hematita, além de alumino-silicatos. As bibliotecas espectrais são utilizadas como base para a prospecção mineral através do sensoriamento remoto.

Assinaturas espectrais

Sensoriamento Remoto

5

Page 5: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

CRONOLOGIA DO ALUMÍNIOCRONOLOGIA DO ALUMÍNIO

História

3

6000

a.C

.

O s P e r s a s fabricaram potes e recipientes de a r g i l a , q u e continham óxido d e a l u m í n i o (Al2O3).

3000

a.C

.

Argilas com alumina

eram utilizadas por

povos antigos do Egito

e B a b i l ô n i a p a r a

a f a b r i c a ç ã o d e

c o s m é t i c o s ,

m e d i c a m e n t o s e

corantes de tecidos.

esde os pri-Dmórdios da civilização o

alumínio já era utiliza-do em diversos obje-tos. Todavia nas pri-meiras aplicações do metal não se conhecia d o m e s m o c o m o conhecemos nos dias atuais. O alumínio só começou ser produzi-do comercialmente há cerca de 150 anos, como mostra a crono-logia.

1809 O francês P. Berthier

descobre um minério avermelhado, que contém 52% de óxido de alumínio, perto da aldeia de Lês Baux, no sul da França. É a descoberta da bauxita, o minério mais comum de alumínio.18

25

O físico dinamarquês Hans Christian Oersted consegue isolar o a l u m í n i o d e o u t r a m a n e i r a , a partir do cloreto de alumínio na forma como é conhecido hoje.

1854

P r i m e i r a o b t e n ç ã o d o alumínio por via q u í m i c a , r e a l i z a d a p o r Henry Deville.

1855

Deville mostra na exposição de Paris o primeiro lingote de um metal muito mais leve que o ferro. Torna-se público o processo de obtenção de alumínio por meio da r e d u ç ã o e l e t r o l í t i c a . E s s e procedimento foi desenvolvido separadamente por Charles Martin Hall e Paul Louis Toussaint Héroult. Esse processo cou conhecido como Hall-Heróult e f o i o q u e p e r m i t i u o estabelecimento da indústria global do alumínio.

1945

Na cidade de Ouro Preto, Minas

G e r a i s , f o i p r o d u z i d o o

primeiro lingote de alumínio do

Hemisfério Sul, na fábrica da

Elquisa. Lingote é um bloco

fundido que subsequentemente

é destinado a outras operações

de fabricação, como laminação

e f o r j a m e n t o q u e v i s a m

a produção de chapas, barras,

pers, etc.

1

zz

z

1

z

Page 6: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

Pesquisas apontam que a taxa de emissão de

gases causadores do efei-to estufa na produção brasileira de alumínio

primário é 63% inferior à média mundial.

Na realidade atual, com

índices cada vez maio-

res de poluição, a polí-

tica de ser mais consciente e men-

surar a emissão de gases na

atmosfera é garantia de sustentabili-

dade e competitividade para qualquer

setor. A associação Brasileira do Alumí-

nio em parceria com a Fundação Espa-

ço Eco realizou uma pesquisa intitula-

da "Avaliação das emissões de gases

de efeito estufa na cadeia de valor do

alumínio", assim também colaborando

para o estudo de mudanças climáticas.

A conclusão da pesquisa: o alumínio

brasileiro é "mais verde" em relação

ao alumínio produzido em outros paí

ses, se comparado a quantidade de

emissões de gases causadores do efeito

estufa na produção do alumínio. "Os investimentos em autoprodu-

ção de energia hidrelétrica, o grid

energético brasileiro e as ações volun-

tárias adotadas historicamente pela

indústria brasileira do alumínio colo-

cam os seus produtos entre os mais

competitivos em relação à pegada de

carbono", destaca o estudo. De acordo

com o International Aluminium Insti-

tute (IAI) a média mundial de emissão

de CO2 é de 7,1 toneladas por

tonelada de alumínio, enquanto

a média brasileira é de apenas

2,7 toneladas por tonelada,

emissões 63% menor. Também conforme o IAI, o

total de emissões de CO2 em

toda a cadeia de valor do alu-

mínio, desde a mineração até à

reciclagem, incluindo consumo

de energia e transporte é de 4,2

toneladas por tonelada do

metal produzido, taxa também

muito abaixo da média mundial, 9,7

toneladas de Co2. A hegemonia da indústria brasilei-

ra não é mantida apenas por uso de

energia basicamente hídrica, renová-

vel e menos poluente que outros países

que produzem alumínio utilizando

energia de combustíveis fósseis, mas

outros pontos cruciais para o destaque

brasileiro são também as tecnologias

utilizadas nos processos e a taxa de

reciclagem que se encontra entre as

mais elevadas do mundo.

Sustentabilidade

Reciclagem infinita

O processo de reciclagem é dispendioso, basicamente o d e r r e t i m e n t o d o m e t a l , tor nando-o novamente em matéria prima, processo no qual se consome muito menos energia do que produzi-lo por meio da mineração. A mineração e o refino deste requer um macro gasto de energia. Enquanto a reciclagem ut i l i za cerca de 700 Ki lo Watts/hora ao ano, equivalente a menos de 5% da energia gasta no processo produção por meio da bauxita, energia suficiente para abastecer uma cidade com 1,5 milhões de habitantes. A energia utilizada para produzir uma simples latinha de alumínio, geraria 20 latinhas recicladas. Cada 1.000kg de alumínio reciclado são 5.000kg de minério bruto poupados. Por esse fato, a recic lagem tor nou-se uma atividade significativa e rentável

para a indústria. Mas devido ao a u m e n t o d a d e m a n d a d o mercado, que cresce a cada dia, a m i n e r a ç ã o s e t o r n a imprescindível. O alumínio pode ser reciclado a partir de produtos com sua vida útil esgotada ou sobras de processos industriais. A reciclagem não altera a estrutura do metal, independente de quantas vezes o metal passou por processo de reciclagem, t o r n a n d o a s s i m o m e t a l in f in i tamente rec ic láve l e podendo gerar produtos do mesmo jaez de outro recém produzido pela mineração. O alumínio garante qualidade, praticidade, leveza, design e segurança. Todas essas vir tudes já bastariam para que o metal figurasse como primeira opção para os fabricantes, mas além disso temos um fator primordial, a SUSTENTABILIDADE.

Cerca de 75% de todo alumínio produzido até hoje está sendo aplicado nas mais diversas áreas, desde utensílios

domésticos à engenharia aeronáutica, grande parte já passou por inúmeros ciclos de reciclagem.

Quanto mais ‘‘verde’’ melhor

‘‘Essa vantagem comparativa da indústria brasileira do alumínio certamente poderá contribuir para que o

País se posicione como liderança nessa transição para uma economia de baixo carbono.’’ Mauricio Born, coordenador do GT Mudanças Climáticas da ABAL

4

Page 7: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

Asondagem Air Core é u m s i s t e m a d e testemunhagem a ar.

Basicamente seu sistema para perfuração de solo é movido a ar comprimido e fluidos de perfuração. Suas principais características são: um sistema a c u r a d o d e s o n d a g e m , respostas rápidas e redução dos custos de campo, o que torna o método potencialmente viável para a fase de pesquisas minerais em profundidade e ore a n d g r a d e n a f a s e d e desenvolvimento da mina, principalmente em minas de bauxita, níquel e caulim. A priori, esse sistema foi criado para prospecção em regiões com potenciais minerais com pouca ou nenhuma fonte de água, recurso usado para s o n d a g e n s r o t a t i v a s a diamantes. Hoje é o método de sondagem mais adequado para se fazer prospecção da bauxita, mas desde que o sistema foi criado também se obteve sucesso nas sondagens de ouro, urânio, carvão, xisto, estanho e n t r e o u t r o s d e p ó s i t o s sedimentares. Esse método de s o n d a g e m t a m b é m é amplamente utilizado pelas mineradoras para se fazer uma varredura preliminar da área

de sondagem, perfurações com a t é 2 . 0 0 0 m e t r o s d e profundidade, em primeira i n s t â n c i a , p a r a u m a demarcação mais precisa para uma sondagem diamantada ou combinada. Resposta em curto prazo de tempo e o baixo preço são fatores virtuosos desse método. A sondagem Air Core utiliza um barrilete triplo, com um tubo interno bi-partido constituído de plástico, onde se mantém condicionado as amostras extraídas; coroa amostradora de pastilhas de w i d i a , i n d i c a d o p a r a perfuração de solos, saprolítos, r o c h a s f r i á v e i s , p o u c o consolidadas e com baixa dureza. Depois de realizado o

processo de perfuração e extração das amostras, as mesmas são recolhidas e lacradas em tubos de PVC, t o m a n d o - s e o s d e v i d o s c u i d a d o s p a r a e v i t a r c o n t a m i n a ç ã o d o s testemunhos. Amostras com teor significativo de ferro ou alumínio, como a bauxita, é a c o n s e l h á v e l s e u c o n d i c i o n a m e n t o e m estruturas de plástico, como exemplo o PVC, pois amostras contendo ferro em contato com outro t i po de meta l , s e oxidados juntamente, alteraria e danificaria as amostras e as estruturas de madeira não possuem vida útil tão grande quanto o plástico.

Prospecção Mineral

Mo

nta

ge

m R

ich

ard

Ru

ng

ue

Divulgação Ação Engenharia

Divulgação GeosolFoto colaborador: UTC Geo

*Acuracidade : Com um sistema de circulação reversa, as amostras são transportadas através de um tubo interno concêntr ico, d iminuindo significativamente o risco de contaminação das amostras.*Áreas complexas para s o n d a g e m : B a c i a s sedimentares, áreas com concentração de argila, areias, lençóis freáticos e cavidades. A testemunhagem a ar é especialmente elaborada para tais tipos de estratos, as hastes não entopem com acumulo de areia; o desenho da sonda e do fluxo de ar na face do bit impedem a aglomeração de argila.*Amostras limpas: Cuttings,

testemunhos e chips chegam à s u p e r f í c i e l i m p o s , s e m estarem envolvidos em lama, espumas ou outros aditivos de sondagem.*Rápida penetração: Mesmo em locais difíceis. A estimativa de produtividade é maior que 100 metros por turno, se tratando de sondagem de exploração. Na sondagem para o desenvolvimento de minas a estimativa alcança até 300 metros por turno.*Cavidades e solo fraturado: Diferente da maioria dos métodos de sondagem, o sistema de testemunhagem a ar, v ira a d ireção do ar comprimido dentro da própria face do bit, e não do lado de

fora da coluna de hastes. Isto não requer uma zona de pressão na frente da broca de perfuração para recuperar as amostras. Outros sistemas de sondagem, ao encontrarem fraturas, fissuras ou cavidades, perdem a pressão do ar através do espaço aberto, com isso a amostra perde-se nas fissuras.*Capacidade de manejar grandes volumes de água: Áreas com grande fluxo de água não di f icultam seu processo de funcionamento. A única necessidade é alta p r e s s ã o d e a r p a r a s e contrapor a pressão de água. O desenho do bit assegura uma ráp ida l impe za dos cuttings.

Fatores exponenciais para sua utilização

6

Testemunhagem a ar

Alimentadores

Britadores

Peneiras

Conjuntos Móveis

Sistemas de Manuseio

Moinhos

Pontes Rolantes

Rompedores

Máq. de Pátio

Classificadores

www.mde.ind.br

Page 8: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

Novas tecnologias em alumínio

Tecnologia

oje, a produção de meios Hde transporte econômicos e com baixos índices de

emissões de CO2 é a meta de todos o s f a b r i c a n t e s d o r a m o . Há uma pressão exercida pela dependência petrolífera, mudanças climáticas e novas demandas do mercado, como veículos mais econômicos e menos poluentes. A substituição de materiais pesados por alumínio, três vezes mais leve que o aço, se torna a alternativa mais eficiente para atender essa demanda do mercado, além da economia de combustível, veículos mais leves desgastam menos seus componentes e pneus. Até então apenas o alumínio consegue assoc iar leveza e r e s i s t ê n c i a . O m e r c a d o aeroespacial encontra-se em a s c e n s ã o, n ã o a p e n a s p e l o desenvolvimento econômico de vários países emergentes, mas t a m b é m c o m a e v o l u ç ã o tecnológica, criando aeronaves cada vez mais seguras, eficientes, modernas e com maior capacidade. A fabricante Airbus calcula que para comportar passageiros até 2030 deve-se fabricar mais 23 mil novas aeronaves , para uma demanda de 31,5 mil aviões. Com a crescente do mercado, a indústria de alumínio tem investido em pesquisas de novas ligas e uma economia eficiente para continuar l i d e r a n d o o f o r n e c i m e n t o d e m a t é r i a p r i m a para construção de av iões . A Alcoa aposta em um trunfo que promete a diminuição de 10% do peso da aeronave e em 30% os c u s t o s d e m a n u t e n ç ã o e manufatura se comparadas às de materiais compósitos. Novas tecnologias usadas em ligas

avançada e alumínio-lítio fazem parte da nova gama de produtos, com densidade 7% menor em e maior resistência à corrosão. A Alcoa sugere que melhorias em aerodinâmica para fuselagem reduzirão o arrasto de superfície cerca de 6%. Apostando nessa nova tecnologia , Airbus e Alcoa fecharam uma de 1 bilhão de d ó l a r e s i n v e s t i d o s p a r a fornecimento de alumínio e outros materiais, para a fabricação do modelo A380, como o intuito d e s e r o m a i o r a v i ã o d e p a s s a g e i r o s d a h i s t ó r i a . O alumínio tem alto nível de plasticidade, diferente de outros metais, por isso é capaz de absorver certos t ipos de impactos e continuar sendo utilizado até o esgotamento de sua vida útil ou futuros reparos. Um exemplo nas aeronaves são col isões com pássaros e perto das portas de embarque que sofrem diariamente com os caminhões que conectam à e l a s p a r a e m b a r q u e e desembarque, o uso de outro tipo de metal impossibilitaria o vôo, pois trincariam com o impacto. Outra vantagem do alumínio é sua resistência elevada ao uso. Diferente de outros metais, quando dan i f i cado pode-se observar suas trincas e corrosão sem o uso de um sistema de i n s p e ç ã o v i a u l t r a s s o m .

Menos peso e mais eficiência, mercado aeroespacial aposta em novas ligas e tecnologias avançadas para

atender uma demanda crescente

O peso mais baixo e as

tecnologias aerodinâmicas

aumentarão a eficiência do

combustível em até 12%,

valor que chega à 27%

quando se leva em conta

os novos motores

Destaca Eric Roegner,

presidente da Alcoa

‘‘

’’

Foto

: Airbus/

Div

ulg

açã

o

A safira é feita de óxido de alumínio, um composto trans-parente, que não pode ser encontrado na natureza. Em seu estado natural, a safira vem junto com ferro, resultando na sua coloração azul, ou outras impurezas como titânio, cobal-to e cromo. Por essa razão, é preciso fabricar a safira empre-gada em vidro artificialmente. O óxido de alumínio é um óti-mo isolador térmico e elétrico, além de ser muito duro em sua forma cristalina (feita em labo-ratório). Ele é usado como componente de ferramentas de corte, em equipamentos elé-tricos e óticos, em janelas de avião, em fornalhas de alta temperatura e uma série de outras aplicações. Há seis vari-ações do composto, o que resulta em uma pequena mu-dança nos seus índices. No geral, a safira pura apresenta resistência à compressão de 1.700 a 2.900 MPa, resistência à fratura de 3 a 12 MPa-m½, módulo de elasticidade de 200 a 390 GPa e densidade de 3,42 a 4,16 g/cm³. Na confecção do vidro de safira, o primeiro passo é aplicar pressão e calor ao óxido de alumínio a tempe-ratura chega a ce rca de 2.200 ºC. Num período de 16 ou 17 dias, ela vai esfriando lenta-mente e, nesse tempo, ela rece-be tratamento para eliminar suas tensões internas. O resul-tado é uma pedra bruta de sa-fira transparente, que poste-riormente é cortada com laser ou diamante para ganhar forma de displays.

Via Tech Tudo

Proteção feitade safira

De smartphones à janelas de aviões, garante maiordurabilidade de produtos

7

Page 9: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

Entrevista com Roberto Duarte

Roberto DuarteDiretor de Operações

Da indústria à economia Roberto Duarte, diretor de o p e r a ç õ e s , d a M D E -Manufatura e Desenvolvi-mento de equipamentos Ltda, fornece com exclusivi-dade uma entrevista que aborda sucintamente temas presentes no cotidiano da maioria das indústrias brasi-leiras. A MDE é uma empresa que se destaca em fornecimento de sistemas completos para processamento minerais e

agregados, fabricação de produtos, prestação de servi-ços e montagem de compo-nentes. Há mais de 13 anos de atuação, com excelência, nos mercados de mineração, siderurgia, cimenteiras, agregados, portos, entre outros segmentos da indús-tria. Em parceria com a Astec Industries Inc., a MDE passa a ser também fornecedora de sistemas

para atender à demanda de britagem, classificação, moa-gem e lavagem. Otimizando o trabalho de empresas renomadas mundi-almente, com o padrão de qualidade reconhecido pela IQNet International Certifi-cation Network, RINA e ONIP - Organização Nacio-nal da Indústria do Petróleo, a MDE vêm se consolidando como referência no mercado nacional e internacional.

Por favor, fale um pouco da área de atuação da MDE.Há mais de 13 anos no mercado, a MDE - Manufatura e Desenvolvimen-to de Equipamentos Ltda, é uma empresa reconhecida nacionalmente como uma das maiores fornecedoras de sistemas completos de manuseio de materiais à granel, atuando nos mer-cados de Mineração, Siderurgia, Cimenteiras, Agregados, Portos e outros Segmentos da Indústria.

Onde a MDE utiliza o alumínio?No fornecimento de cobertura para os transportadores de correias e nas telhas de fechamento dos prédios de transferências.

Qual benefício o alumínio leva à empresa?No processo de mineração de bauxita. A MDE atua fornecendo os equipa-mentos de britagem e para manuseio deste minério, permitindo assim que este material chegue às siderúrgicas, que é o segundo passo no processo produtivo para chegar ao alumínio em forma de lingotes.

A MDE tem contato direto com a bauxita? Qual tipo processo vocês utilizam?Como colocado antes, a MDE atua no fornecimento de equipamentos para britagem e manuseio da bauxita.

Qual compromisso a MDE tem com a sustentabilidade?Para MDE sustentabilidade ambiental significa encontrar formas inovadoras de minimizar nosso impacto no meio ambiente e reduzir nossos custos com a conservação de água e energia, bem como procurar constantemente reali-zar mudanças no ambiente corporati-vo e no hábito das pessoas, instalando lixeiras para reciclagem, promovendo campanhas internas para o seu uso, descarte correto do lixo permitindo uma melhor higienização do ambien-te.

O que o senhor mudaria na política empresarial brasileira?

Difusão de novas tecnologias que transforme o atual cenário empresari-al, uma vez que ameaça a sobrevivên-cia de empresas, exige buscar novos mercados. Para enfrentar estes desafi-os, portanto, as empresas devem apoi-ar-se na inovação tecnológica para capturar mercados e criar vantagens competitivas, entretanto, a respeito

desse esforço, é necessário o incentivo por parte do poder público nas empre-sas.

A desaceleração das indústrias cau-sou um impacto no PIB do país, na sua opinião, o que o Brasil precisa para mudar esse cenário econômi-co?Precisamos de uma reforma tributá-ria, reforma das leis trabalhistas, investimento em capacitação técnica e investimento em logística.

Com uma visão a longo prazo, qual próximo passo a MDE pretende dar? Quais são as expectativas?Infelizmente na situação atual do país, com a politica do atual governo do PT, que visa o assistencialismo e popu-lismo, muita corrupção e falta de visão para o futuro. Toda e qualquer ação passa pela mudança de cenário, pois caso contrario qualquer investimento para o futuro torna-se perigoso até no sentido de sobrevivência das empre-sas, ou seja, estamos em plena reces-são.

Para finalizar, gostaria que o senhor fizesse uma breve síntese sobre o setor minerário brasileiro.O cenário para o setor é preocupante porque a tendência é de queda nos preços internacionais e de aumento do custo no Brasil.

as empresas devem apoiar-se na inovação tecnológica para

capturar mercados e criar vantagens competitivas,

entretanto, a respeito desse esforço é necessário o incentivo por parte do

poder público nas empresas

‘‘

’’

‘‘Uma grande tradição carrega

consigo uma grande responsabilidade,

a excelência é nosso compromisso.’’

8

Page 10: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

A PALAVRA DO ALUNOESTATAIS, UM RETROCESSO ECONÔMICO

Qualquer um, sem viés à ideologias utó-picas, como a maioria da esquerda, sabe que devemos confiar mais no livre mer-cado do que no Estado. Discursos contra iniciativas privadas, não passam de uma verborréia sem embasamentos empíri-cos. Geralmente, indivíduos com uma retórica alicerçada em defesa à estatiza-ção são subsidiados pela mesma. Empre-sas estatais que foram privatizadas cres-ceram absurdamente, tomando como exemplo a Vale, gerando muito mais empregos, investimentos e impostos. Tal empresa cresceu mais de 2.900%, comparação contrastante à quando foi leiloada (a empresa tinha uma divida de 4 bilhões de dólares), lucro infinitamen-te maior para o Brasil que seu lucro quan-do estatal; esse é um dos milhares de exemplos do fracasso estatal, a história está escrita para se perscrutar. Quando temos livre mercado de empresas priva-das, elas irão concorrer entre si procu-rando maior nível de excelência para suprir a demanda do mercado. Empresas privadas punem a incompetência e pre-miam o sucesso, caso contrário, irão à bancarrota e deixarão seu lugar para outra empresa mais competente. Toda-via a realidade das estatais e repartições públicas muda completamente o cená-rio, pessoas só fazem aquilo que serão cobradas, os donos não estão presentes nas empresas e os acionistas estão espa-lhados por todo o país, devemos esperar a benevolência dos políticos para com a população, os cargos são escolhidos por afinidade e troca de favores políticos, não por competência como na empresa privada. O lucro da empresa não é prio-ridade, não há cobrança dos sócios e chefes, se a empresa oferecer produtos caros e de péssima qualidade não fechará e irá à falência para que outra empresa com projetos e produtos melhores tome seu lugar. Na estatal é invertido os valo-res, uma área com déficit e mal adminis-trada alega falta de recursos para ofere-cer melhores serviços, assim é injetado mais dinheiro público na incompetência e mais funcionários onerosos nos corre-dores conversando sobre futebol, novela e tomando cafezinho. O fracasso estatal é premiado ao invés de ser punido, um belo cenário para ''cabide de emprego''. Quem conhece um pouco mais da histó-ria e acompanha política, não apenas em épocas eleitorais, sabe que em países que

se encontravam com inflação exorbitan-te, economia decadente, déficit público fora de controle, máfias sindicais estag-nando o país e alto índice de desempre-go, só superaram a crise econômica ape-lando à privatização. Exemplos como a França em 83, a Inglaterra depois de ser assumida por Margaret Thatcher e até mesmo a China no auge de seu regime socialista. Richard Rungue Mineração UNIBH

ÁGUA: DA ABUNDÂNCIA À ESCASSEZ

Quando se fala de água, sabemos que Brasil é um dos países mais ricos do planeta, pois aqui se concentra cerca de 12% da água doce superficial disponível no planeta. Dito isto, surge uma inevitável: Por que passamos por uma crise de consumo e abastecimento se temos tamanha abundância de água? A resposta para tal questionamento está em diversos fatores, sobretudo na distribuição da água no território nacional, a região norte possui 68% da água do Brasi l e apenas 7% da população, enquanto as regiões mais populosas como a Nordeste com 29% e a sudeste com 43%, contam apenas com 3% e 6%, respectivamente. Além do problema da distribuição, ainda precisamos nos preocupar em reduzir os d e s p e r d í c i o s , v i s t o q u e aproximadamente 40% da água f o r n e c i d a p a r a o c o n s u m o é desperdiçada pela população e por dificuldades técnicas na manutenção dos du tos que compõem a r ede de distribuição. Bem sabemos que temos o aquífero guarani, um depósito de água subterrâneo de dimensões colossais, ocupando uma área de 1 milhão e 200 mil km², dividida entre 4 países, sendo que 70% de sua área total está em território brasileiro, porém estudos recentes dão conta que nem sempre sua água é boa para consumo doméstico, podendo ser, em a lguns casos, inadequada até mesmo para agricultura.Outro fator que dificulta seu amplo aproveitamento é a profundidade, que pode chegar a mais de 1.000 metros em algumas regiões. Dentre as medidas adotadas pelo governo para minimizar os problemas causados pela má distribuição da água no território nacional está a transposição do rio São Francisco, que consiste em bombear a

água do ‘‘velho Chico’’ através de canais, e com ela abastecer outros rios do nordeste, que é a região que mais sofre com a falta de água, tal projeto promete l e v a r á g u a à 2 0 0 m u n i c í p i o s , beneficiando cerca de 6,8 milhões de nordestinos, além de reativar cerca de 2.000km de rios secos, irrigando uma área total de 300 mil hectares. Porém a i n d a r e s t a m d ú v i d a s s o b r e a aplicabilidade do projeto, uma vez que sua viabilidade é questionada por vários especialistas que alegam que a água do rio São Francisco não sera suficiente para abastecer os outros rios e que a tendência é que ela diminua com o passar to tempo, isso sem contar o impacto ambiental que o desvio causaria, além disso, ainda tem o agravante de que a água desviada irá fornecer primeiramente projetos agrícolas, não sendo priorizado o consumo humano. Divisões de opiniões a parte, o fato é que o projeto está sendo executado pelo governo federal, resta saber, claro, se ele será mesmo eficaz. Samuel Lima Mineração UNIBH

SE SENTINDO ANIMADO COM O FUTURO

Hoje vejo meu futuro com mais otimismo, depois de ingressar na faculdade, primeiramente que é a realização de um sonho e outra que vou crescer muito como pessoa e também na sociedade. Como já tenho experiência na área de mineração o curso me dará o meu tão sonhado avanço profissional que busco, podendo assim contribuir com trabalho e força de vontade para um futuro melhor. Uma coisa que achei muito interessante no curso de Tecnólogo em Mineração é que hoje não vejo mais o mundo como via antes, quando vejo uma encosta não olho mais como apenas um amontoado de pedras, terra e mato. Hoje fico analisando e identificando os horizontes, tipo mineral, vegetação, relevo que está presente naquele local e que tipo de rocha foi formado. É o tipo de coisa que a buscar do saber faz com a gente, amplia nossos horizontes e nos mostra novos c a m i n h o s h á t r i l h a r e q u e a s possibilidades de sucesso são infinitas. Fabiano Santos Mineração UNIBH

9

Page 11: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)

Desde que começaram as noticias sobre o esquema de corrupção em empresas estatais nos últimos

meses, esse fato não foi nenhuma surpresa para o povo brasileiro. Talvez o que tenha chamado à atenção, e isso eu digo que também fiquei simplesmente espantado, foi o fato de que fizeram da ‘‘nossa maior empresas’’, uma verdadeira mamadeira de dinheiro. Ora como fomos inocentes ao acreditar que os desvios de INSS, Prefeituras e outras entidades públicas poderiam ser maiores que o verdadeiro Petrolão. Já dizia um professor da Federal do Rio de Janeiro:

Apesar dessa introdução bem petroleira, esse assunto nada mais é do que um quadro para de comparação com o setor mineral. Claro que guardada as devidas proporções não representamos muito próximo dos vultuosos valores do setor de óleo e gás, entretanto somos sim um setor estratégico para qualquer sociedade moderna. Apesar dessa suma importância, o governo brasileiro simplesmente esqueceu que o Brasil possui uma riqueza geológica e mineral deslumbrante e o que vemos hoje é o verdadeiro abandono da mineração. Nos últimos anos vimos os investimentos n o s e t o r m i n e r a l d e s p e n c a r e m abruptamente. Algo básico não estava mais sendo encontrado no país, o que chamamos de Segurança Jurídica. A decisão do Sr. Ministro de Minas e Energia, de suspender todos os pedidos de pesquisa mineral, os p a r á g r a f o s s e m a n e x o e complementarmente sem sentido do PL nº5.807/13, causaram o verdadeiro espanto

nos empresários, que ao perceberem que seus investimentos poderiam não serem mais seus, transferiram fundos para outros locais mais promissores e menos arriscados. O presidente da Xtrata chegou afirmar que para a empresa era melhor investir na República Democrática do Congo do que no Brasil. Não que o Congo não mereça investimentos, mas é um país que atravessa uma crise interna com guerrilhas. A Anglo American por meio de sua ex-presidente Cynthia Carroll afirmou em entrevista à BBC que a empresa havia se esquecido de co locar os inúmeros pre fe i tos dos municípios em que o seu mineroduto atravessaria na folha de pagamento, além é claro de fiscais de meio ambiente. Basta olhar

o projeto e perceber os atrasos e os gastos que já ultrapassam a cifra dos bilhões de reais. A consequência ‘‘DISSO TUDO’’ ficou clara em 2013, quando em uma manobra política o governo tentou ‘‘empurrar’’ a aprovação do ‘‘novo Marco Regulatório de Mineração’’ colocando-o em caráter de urgência,

assim se perdesse não seria em ano eleitoral. Mas como o Marco não foi aprovado a debandada de investimentos somente se confirmou e para piorar a China diminuiu as compras de minério de ferro fazendo a cotação da commoditie cair para abaixo das expectativas dos analistas financeiros. O desemprego no setor aumentou e diversas empresas fecharam as portas O hilário dessa situação é que o atual Marco da Mineração (DL 227/1967) é considerado moderno, os profissionais brasileiros estão entre os melhores do mundo, as riquezas geológicas nacionais estão entre as três maiores do planeta. Somos um país minerador! Basta olhar a nossa história. Prefiro continua acreditando que a lógica irá vencer e novos tempos vindouros surgirão, só espero que os nossos investimentos não sumam em nenhum mineroduto de dinheiro. Como diz um velho ditado ‘‘a esperança é a última que morre’’.

’’’’

10

Page 12: Alumínio, da bauxita ao mercado(revista)