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Alunas denunciam estupros em festas da Medicina da USP · me agarrar, tentar me beijar e abaixou...
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Alunas denunciamestupros em festasde estudantes deMedicina da USP
CPI quer saberquem é o superiorque barrou alertasda Sabesp
USP deve ter fiscaisda CET já em 2015
Volume do SistemaAlto Tietê cai para7%
LUIZ FERNANDO TOLEDO - O ESTADO DE S. PAULO
11 Novembro 2014 | 15h 52
Universitárias narraram abordagens em audiência pública; inquéritofoi instaurado e MP solicitou informações à Fmusp há dois meses
Atualizada às 21h16
SÃO PAULO - Duas alunas da
Faculdade de Medicina da USP
(Fmusp) relataram nesta terça-feira,
11, publicamente estupros sofridos em
festas promovidas por alunos da
instituição na capital. Os depoimentos
foram feitos em audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp),
que teve como objetivo denunciar casos de violência sexual na Fmusp e a
existência de uma “cultura machista” nos trotes praticados contra calouros.
Foi a primeira vez que as alunas falaram sobre os episódios em público -
depoimentos sobre os casos já haviam sido feitos anonimamente. Uma estudante
do 4.ºano, de 24 anos, afirmou que sofreu dois estupros em 2011 em festas
organizadas pela Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz (AAAOC). A jovem,
que preferiu não ser identificada, integra o grupo feminista Geni, que luta pelos
direitos das mulheres.
Alunas denunciamestupros em festas daMedicina da USP
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NELSON AMANCIOJÚNIOR12 de Novembro de 2014 |
12h31O problema ai vem de casa! Os papais sópagam a mesada, não dão educação. Não temnada a ver com governo ou reitoria. Festasregadas a muito álcool e droga! Todo mundotransfere a responsabilidade, ao invés deatacar de fato o problema. A máxima éverdadeira. ....de bêbado (e drogado) não temdono!DENUNCIAR
CARLOS DELPHIMNOGUEIRA DA GAMANETO12 de Novembro de 2014 |
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Um dos episódios, segundo ela, aconteceu na semana de inserção de calouros. No
fim da festa, ela foi abordada por um rapaz, que disse que a acompanharia, por
estar embriagada. “Fui puxada para uma sala de materiais escura. Ele começou a
me agarrar, tentar me beijar e abaixou minha calça.”
A jovem disse que, na época, preferiu não levar o caso adiante e não contou o que
aconteceu a ninguém. “Eu me senti muito silenciada ao longo desses quase quatro
anos que estou na faculdade”, afirmou.
Outro episódio aconteceu na festa Carecas no Bosque, também em 2011, que foi
feita em uma área de propriedade da USP. A universitária estava na festa com o
atual namorado. De madrugada, foi a uma barraca onde eram oferecidas bebidas
alcoólicas e adormeceu. Foi quando um funcionário terceirizado da festa entrou
na barraca e a estuprou. “Eu estava desacordada. Descobri que o funcionário
conseguiu entrar na barraca porque ele deu dinheiro para os seguranças.” O
episódio foi visto por um amigo, que expulsou o rapaz e contou a ela o que tinha
acontecido.
Outra estudante, que também preferiu não ser identificada, contou que sofreu
estupro na festa Cervejada, em 2013, organizada pelos estudantes de Medicina.
Ela disse ter sido abordada por dois alunos, do 4.º e do 5.º ano, que a chamaram
para beber no carro de um deles. Quando a jovem foi até o local, disse ter sido
agarrada. “Passaram a mão nas minhas partes íntimas. Eu gritei para que
parassem e continuaram.”
Sem apuração. A reclamação das estudantes é de que nenhum dos casos foi
apurado e, ao fazer as denúncias, há perseguição dos alunos, que não acreditam
nas histórias. De acordo com os estudantes de Medicina ouvidos na audiência
pública, a violência sexual é “internalizada” na cultura da Fmusp logo no primeiro
ano.
A aluna Ana Luísa Cunha, do grupo Geni, relatou a forma como os trotes são
feitos. “Eles separam as meninas dos meninos, colocam elas sentadas no chão e
formam uma roda em volta, em pé.” Na sequência, os rapazes - na maioria,
veteranos - entoam um hino que faz apologia ao estupro. “Muitas delas falam que
ficam com muito medo”, disse a estudante.
Inquérito. O Ministério Público Estadual solicitou à Fmusp, há dois meses,
informações sobre casos de trotes violentos e violação de direitos humanos em
festas. Um inquérito foi instaurado no fim de agosto pela promotora Paula
Figueiredo Silva, depois de receber denúncias de estudantes. “Queremos fortalecer
os mecanismos de apuração da repressão. A universidade não deve apenas dar o
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As jovens. Segundo elas, nenhum dos casos foi apurado
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ensino técnico, mas formar o cidadão”, disse a promotora na audiência pública.
A AAAOC informou que ainda está se organizando para comentar as declarações
das estudantes. Ao fim da reunião, a reportagem procurou a Fmusp, que não
respondeu sobre o caso até as 21 horas desta terça.
Homofobia. O estudante de medicina Felipe Scalisa, organizador da audiência
pública e um dos fundadores do Núcleo de Estudos em Gênero, Saúde e
Sexualidade (Negs) da Fmusp, relatou ainda que há perseguição aos coletivos
dentro da instituição. De acordo com ele, quando começaram as denúncias de
casos de homofobia - ao menos sete episódios graves - e violência, a reação foi de
humilhação. "Os alunos do grupo Show Medicina (entidade de estudantes que
organiza os trotes) apresentaram uma peça de teatro em que me interpretavam
em um personagem para me humilhar. Isso por ter explicitado a lei do silêncio que
acontece na faculdade. Há uma perseguição clara".
O grupo citado por Scalisa foi o mesmo que apagou o grafite do túnel José Roberto
Melhem, que liga as Avenidas Paulista, Rebouças e Dr. Arnaldo, para divulgar
uma festa de medicina. "O mais grave é como os alunos não conseguem enxergar a
violência. Eles banalizam, naturalizam. Com isso, perseguem e agridem as pessoas
que emitem alguma crítica.
TAGS: MPE, USP, Medicina
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