ALUNO DO FUTURO, ESCOLA DO PASSADO: Modernizando...

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Márcia Rejaine Piotto Oriana Caznoca Rosimari Hernandes Fortes ALUNO DO FUTURO, ESCOLA DO PASSADO: Modernizando as Estratégias de Ensino. Londrina 2012

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Márcia Rejaine Piotto Oriana Caznoca

Rosimari Hernandes Fortes

ALUNO DO FUTURO, ESCOLA DO PASSADO:

Modernizando as Estratégias de Ensino.

Londrina 2012

Márcia Rejaine Piotto Oriana Caznoca

Rosimari Hernandes Fortes

ALUNO DO FUTURO, ESCOLA DO PASSADO: Modernizando as Estratégias de Ensino.

Artigo Científico apresentado ao Curso de Especialização em Psicopedagogia, para obtenção do título de especialista. Orientadora: Profª Drª Damares Tomasin Biazin.

Londrina 2012

PIOTTO, Marcia Rejaine. CAZNOCA, Oriana. FORTES, Rosimari Hernandes. Aluno do Futuro, Escola do Passado: Modernizando as Estratégias de Ensino. 2012. 18 f. Artigo Científico (Conclusão Pós-Graduação em Psicopedagogia) – UniFil-Centro Universitário Filadélfia, Londrina, PR, 2012.

RESUMO

Este artigo apresenta um estudo qualitativo, que tem por finalidade apresentar os conceitos envolvidos na Psicopedagogia Modular, bem como pesquisar a estrutura política educacional do passado e atual, avaliar recursos oferecidos e disponíveis na educação, comparar os resultados da aplicação do ensino tradicional com o ensino fundamentado na Teoria Modular da Mente, que tem como pilares os estudos das Inteligências Múltiplas e da Teoria Triárquica da Inteligência. Por fim, avaliar as possibilidades de sua aplicação. Para isso foi aplicada a técnica de Aulas Modulares contemplando a Teoria Modular da mente, numa escola da rede pública de ensino, numa turma de 1º ano do Ensino Médio. Durante esse estudo pode-se constatar a viabilidade de sistematizar esta nova ferramenta de ensino, a qual possibilita a otimização e potencialização da aprendizagem.

Palavras-chave: Psicopedagogia Modular. Educação. Aprendizagem.

RESUMO

This article presents a qualitative study, which goal is to introduce the concepts involved in Modular Psychopedagogy as well as research the educational political structure of the past and present, evaluate the resources that are offered and available in education, compare the results of applying the traditional teaching with the education basead on the Theory of Modular Mind, which has as pillars the studies of Multiple Intelligences and the Triarchic Theory of Intelligence. Finally, evaluate the possibilities of its application. For this was applied the thecnique of Modular Class contemplating the Modular Theory of Mind, in a public school, in a class of 1 st year of high school. During this study it was possible to prove the feasibility of systematizing this new teaching tool, which enables the optimization and enhancement of learning.

Keywords: Modular Psichopedagogy. Education. Learning.

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* Artigo Científico apresentado ao curso de Especialização em Psicopedagogia.

1 Graduada em Pedagogia pela UNOPAR, Especialista em Educação Especial pela UNOPAR, Especialista em Educação Infantil e Séries/Anos Iniciais pela UniFil, Especialista em Psicopedagogia pela UniFil, [email protected]; 2 Graduada em Pedagogia pela UCB, Especialista em Psicopedagogia pela UniFil, [email protected]; 3 Graduada em Ciência da Computação pela UEL, Especialista em Psicopedagogia pela UniFil, [email protected]; 4 Doutora em Enfermagem Fundamental pela USP, Docente da Disciplina de Metodologia da Pesquisa nos Cursos de Pós-Graduação da UniFil, Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UniFil, [email protected].

ALUNO DO PASSADO, ESCOLA DO FUTURO:

Modernizando as Estratégias de Ensino *

1 Márcia Rejaine Piotto 2 Oriana Caznoca 3 Rosimari Hernandes Fortes 4 Damares Tomasin Biazin

INTRODUÇÃO

Este tema surgiu devido ao problema da estagnação da educação no

momento atual, onde a Instituição não consegue atingir totalmente os objetivos

propostos para a aprendizagem e o professor geralmente não se encontra

preparado para lidar com o aprendiz do século XXI.

A pergunta que fica é: Por que a escola continua com estratégias de

ensino inadequadas para a atual realidade, fazendo com que os alunos

desaprendam?

Analisando o cenário atual da educação, observa-se alguns obstáculos

que dificultam as iniciativas para mudanças nessa área, como a falta de

recursos financeiros, incentivo e/ou interesse do governo; insegurança frente à

possibilidade de mudanças nas estratégias de ensino existentes; falta de

preparação e comprometimento dos professores.

É importante que a escola se volte para uma visão que leve em

consideração a pluralidade de cada indivíduo, e proponha atividades que

venham de encontro ao desenvolvimento pleno de cada um, que o faça pensar

para modificar a realidade e que possa apresentar soluções para os problemas.

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Por isso, o presente trabalho tem o propósito de conscientizar o

educador da necessidade de mudanças, e mostrar que é possível educar de

forma mais dinâmica e multidisciplinar, podendo para isto, utilizar a Teoria

Modular da Mente, que trabalha com foco nas oito inteligências e nos três

processos mentais, conforme estudos de Veiga e Garcia (2006).

Para atender a este propósito, este estudo teve por objetivo apresentar

novas estratégias de ensino com o intuito de modernizar a educação, para

otimizar e potencializar a aprendizagem do ser cognoscente. Também se torna

relevante analisar a evolução da estrutura política educacional avaliando os

recursos. oferecidos e disponíveis, por meio de uma Pesquisa Bibliográfica. Por

fim, comparar os resultados da aplicação da aprendizagem tradicional com este

novo enfoque e avaliar as possibilidades da aplicação deste.

METODOLOGIA

A presente investigação caracteriza-se como pesquisa interventiva por

objetivar a integração dos conhecimentos da psicopedagogia com o processo

de aprendizagem na prática acadêmica, a fim de ampliar as condições de

aprendizagem do educando.

O trabalho foi executado em uma Instituição Estadual mantida pelo

Estado do Paraná, que oferece o Ensino Fundamental e o Médio, atende a

vinte e quatro classes em três turnos, sendo estes: doze classes do 1º turno,

nove no 2º turno e três no 3º turno, com um total de sessenta e quatro

professores.

A escola possui uma biblioteca que contempla empréstimo de livros

aos alunos, porém não tem sala de leitura. Desenvolve um projeto voltado à

leitura, aproveita programas de TV e vídeo para discussão em sala de aula,

porém não possui sala de informática para uso dos alunos.

Quanto ao perfil do aluno, em sua grande maioria, eles têm dificuldade

para interpretar diferentes gêneros discursivos, apresentam fraco vocabulário

em diversas disciplinas. Em algumas turmas estão inseridos alunos

indisciplinados, sem iniciativa diante de dificuldades, mas em contrapartida, há

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vários alunos comprometidos com o estudo e quando estimulados demonstram

um aprendizado significativo.

O sistema de avaliação da Instituição baseia-se na metodologia de

avaliação tradicional, que utiliza aplicação de provas escritas, trabalhos

confeccionados pelos alunos ora individual, ora grupal, em classe ou como

tarefa e notas extras referentes à participação nas atividades desenvolvidas e

realizadas dentro da sala de aula, ou seja, a metodologia avaliativa da escola

restringe-se a uma avaliação técnica e rígida, sem maleabilidade na forma de

avaliação.

Dentre as formas de se trabalhar com enfoque na Teoria Modular da

Mente foi escolhido a Aula Modular que se baseia em atividades que

contemplam as oito Inteligências, focando um determinado assunto da grade

curricular da rede de ensino.

O desenvolvimento do trabalho baseou-se na escolha do texto “O

último dia” do livro O Sucesso é Ser Feliz de autoria de Roberto Shinyashiki,

que faz referência a saúde, qualidade de vida, relações intrapessoais e

interpessoais. A partir deste, foram desenvolvidas as atividades focando cada

inteligência em particular.

Na Inteligência Linguística, cada aluno interpretou e elaborou um final

para a história, de acordo com seu entendimento e com suas próprias palavras.

Foi entregue aos alunos exames laboratoriais de sangue como de

colesterol total e HDL, pressão arterial e com as características do paciente,

tais como, se o mesmo é fumante, diabético e a idade. Também foram

entregues duas tabelas, uma referente a Estimativa de Risco de Doenças

Cardiovasculares e outra de Risco de Doenças Cardiovasculares. Focando na

Inteligência Lógico-Matemática, os alunos fizeram uma análise das tabelas e

dos exames, calculando o risco de desenvolver doença cardíaca deste

paciente.

Na etapa seguinte, conforme a Inteligência Naturalista, foi solicitado por

escrito que os alunos relatassem de acordo com seus conhecimentos prévios,

quais os alimentos benéficos e maléficos, a fim de promover a prevenção de

doenças cardíacas.

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De acordo com as Inteligências Interpessoal e Intrapessoal, foi

escolhido um trecho do texto focado na relação do personagem principal para

com o próximo, a partir disto, os alunos foram questionados sobre quais as

características necessárias para se ter um bom relacionamento social, fazendo

uma auto-reflexão e se possui tais características.

A próxima etapa do trabalho baseou-se na escolha de uma música,

sendo esta a música Kuduro, devido a sua popularidade e por se apresentar

como uma música que proporciona movimento corporal e ritmo. Foi feito uma

pesquisa da origem e significado da mesma em sua cultura, realizou-se uma

discussão sobre o assunto, na qual foi feito um comparativo das semelhanças

e diferenças culturais e sociais. Por fim foi solicitada a participação de todos na

interpretação corporal, utilizando a coreografia da mesma. Nesta etapa pode-se

contemplar as Inteligências Musical, Espacial e Corporal-Cinestésica.

Ao término do projeto, realizou-se um questionamento com a diretoria,

os professores e os alunos, para que os resultados fossem analisados,

comparados e estudada a viabilidade de sua aplicação na rede de ensino.

As conclusões sobre as reflexões apresentar-se-ão ao final do trabalho,

todavia, para uma melhor compreensão deste novo cenário da psicopedagogia,

necessita-se aprofundar em alguns conceitos históricos e teóricos que

nortearam a presente pesquisa interventiva.

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Para se compreender a educação atual, faz-se necessário verificar a

história da educação brasileira que começa quando os portugueses chegaram

ao Brasil. Além da moral, dos costumes e da religiosidade européia, eles

trouxeram também os métodos pedagógicos repressivos vigentes na Europa

da época (BELLO, 2001).

Inicialmente a educação apresentava-se como privilégio de uma classe

dominante e totalmente exploradora, voltada à elite, classe burguesa. A

educação era vista como forma de dominação social e estratificação, o

interesse na aprendizagem estava fundamentado na dominação através do

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controle do saber. Também existiam muitas restrições ao acesso a educação

formal, tais como a exclusão de mulheres e filho primogênitos dos senhores

(RIBEIRO, 1998).

Além do desinteresse no ensino igualitário e aplicável a todos, houve

ainda a influência dos Jesuítas na educação, que tinham como principal

objetivo converter o índio à fé católica. Para isto teriam que ensiná-los a ler e

escrever, uma vez que a linguagem indígena não era legítima naquela

sociedade. Os Jesuítas impuseram a sua cultura sem considerar a cultura

local. Apesar disto, este método funcionou absoluto até 1759, quando os

jesuítas foram expulsos pelo Marquês de Pombal (BELLO, 2001).

A partir daí, houve um período de caos completo com a tentativa de

implantar métodos que não obtiveram êxito. Isto durou até que a Família Real

veio para o Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte (BELLO, 2001).

Apesar de D. João VI ter aberto Academias Militares, Escolas de

Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e a Imprensa Régia, a

educação continuou a ter uma importância secundária. Segundo Leite (1965),

Azevedo (1976) e Ribeiro (1998), a principal intenção do rei D. João III era usar

a educação como ferramenta para influenciar os adultos, uma maneira de

dominação sobre a classe “ignorante” na busca dos objetivos do Governo

durante a colonização e povoamento brasileiro. Por todo o período do Império,

pouco se fez pela educação brasileira que era de baixa qualidade.

Com a Proclamação da República tentou-se várias reformas, com a

intenção de transformar o ensino em formador de alunos para os cursos

superiores e substituir a predominância literária pela científica, entretanto a

educação brasileira continuava estagnada.

A Revolução de 30 inseriu o Brasil no mundo capitalista de produção.

Com isto, o cenário brasileiro passou a exigir uma mão-de-obra especializada e

consequentemente era preciso investir na educação. Sendo assim, foi criado o

Ministério da Educação e Saúde Pública, que sancionou decretos organizando

o ensino secundário (BELLO, 2001).

Em meados da década de 30, uma nova Constituição foi adotada e

dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de todos, devendo ser

ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. A partir daí são criadas as

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Universidades nos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Esta

Constituição determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e dá

competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação

nacional (BELLO, 2001).

Com o golpe militar em 1964, todas as iniciativas de melhorar a

educação no Brasil são abortadas, sob o pretexto de que as propostas eram

comunistas e subversivas.

Durante a ditadura militar, em 1971, foi instituída a Lei 5.692, a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A característica mais marcante desta

lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. Nesta

época o método de ensino era centrado em formar pessoas para o mercado de

trabalho e não para a vida social, era voltado aos interesses políticos dos

militares. A discussão sobre as questões educacionais já haviam perdido o seu

sentido pedagógico e assumido um caráter político. Nem a educação nem a

cultura receberam algum benefício nesta época:

[...] Procurou-se evidenciar que a política do governo militar empenhou-se na destruição cultural das forças que poderiam resistir à barbárie. Ao se impor pela força, adotando um modelo conseqüente e coerente com a Doutrina de Segurança Nacional, a ditadura mostrou a sua verdadeira natureza em termos culturais. E cumpriu a „profecia‟ do comandante da invasão da UnB, coronel Darci Lázaro: „Se essa história de cultura vai nos atrapalhar a endireitar o Brasil, vamos acabar com a cultura durante trinta anos‟ (CHIAVENATO, 2004, p.149).

A partir da Ditadura Militar, a educação foi evoluindo lentamente. Foi

criada uma nova Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. Também

foi extinto o Conselho Federal de Educação e criou-se o Conselho Nacional de

Educação, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura, que tornou o

Conselho menos burocrático e mais político. Apesar de toda essa evolução no

processo de ensino, a educação brasileira não atingiu a qualidade almejada

(BELLO, 2001).

Segundo Bello (2001) existem dados oferecidos pelo próprio Ministério

da Educação (MEC) relatando que os estudantes não aprendem o que as

escolas se propõem a ensinar. Mais da metade dos estudantes concluem o

Ensino Fundamental sem saber ler nem escrever.

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Atualmente, dentre os problemas encontrados no sistema educacional

brasileiro se encontra a baixa remuneração e más condições de trabalho dos

profissionais da educação, bem como a exclusão, repetência, evasão escolar e

analfabetismo de crianças, jovens e adultos, o que deteriora ainda mais o

contexto educacional (SANTOS, 2011).

Desenvolver políticas públicas na área de educação deve ser uma das

prioridades da União. O Governo necessita buscar a execução de programas

governamentais que possibilitem a inclusão da classe dominada pela cultura

capitalista e individualista da minoria dominante (SANTOS, 2011).

Os serviços disponibilizados na área da educação pelo Estado devem

ser acompanhados pela qualidade mínima necessária para que nossos

cidadãos possam ter acesso à formação crítica do indivíduo, contribuindo

assim para a construção de seus valores e saberes possibilitando o avanço da

sociedade (SANTOS, 2011).

A PSICOPEDAGOGIA EM UMA NOVA PERSPECTIVA

Após esse breve relato sobre a educação, é de grande relevância fazer

um esboço sobre o cenário da Psicopedagogia, a qual nasceu da necessidade

de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem e suas

dificuldades (BOSSA, 2007).

A práxis psicopedagógica tem sido influenciada por várias teorias,

dentre elas a Teoria Modular da Mente desenvolvida por Veiga e Garcia (2006).

Neste novo enfoque a Psicopedagogia leva em conta a modularidade da mente

humana, onde o cérebro é visto como um sistema composto de oito

inteligências.

Segundo os autores, nas últimas décadas, houve uma evolução

acelerada sobre o conhecimento das estruturas cerebrais responsáveis pelos

processos mentais, que é resultado de sofisticados avanços tecnológicos que

nos possibilitam estudar a atividade cerebral. Por isso, o psicopedagogo, deve

deixar de lado a proposta centrada apenas nas dificuldades de aprendizagem

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para potencializar ao máximo as habilidades do ser cognoscente (VEIGA;

GARCIA, 2006).

A Psicopedagogia

Conforme o artigo 1º do Código de Ética da Associação Brasileira de

Psicopedagogia (ABPP), “a Psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde

e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões

normais e patológicos, considerando a influência do meio - família, escola e

sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da

Psicopedagogia” (Código de Ética e Estatuto-Associação Brasileira de

Psicopedagogia, p.03).

Como somente psicologia e pedagogia não são suficientes para

entender o processo de aprendizagem e suas variáveis e orientar sua prática, a

Psicopedagogia tem buscado conhecimentos específicos de diversas outras

teorias, às quais tem contribuído para o trabalho psicopedagógico: a

Psicanálise, a Psicologia Social, a Epistemologia, a Psicologia Genética, a

Linguística, entre outros.

O campo de atuação do Psicopedagogo pode ser clínico, preventivo e

teórico, uns interagindo aos outros. Também pode ter caráter assistencial

quando o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração,

direção e evolução de planos, programas e projetos no setor de educação e

saúde, integrando diferentes campos de conhecimento. Há uma proposta para

o psicopedagogo atuar junto às empresas com o objetivo de favorecer a

aprendizagem do sujeito para uma nova função (BOSSA, 2007).

A Psicopedagogia busca sempre desenvolver e expandir a

personalidade do indivíduo, favorecendo as suas iniciativas pessoais,

promovendo os seus interesses, respeitando os seus gostos, propondo e não

impondo atividades, procurando sugerir pelo menos duas vias para a escolha

do rumo a ser tomado, permitindo a opção. A intervenção psicopedagógica

pretende despertar o desejo de aprender, o qual, uma vez construído, será o

motor que promoverá o desenvolvimento.

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A Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e previní-las. Esse objeto de estudo, que é um sujeito a ser estudado por outro sujeito, adquire características específicas a depender do trabalho clínico ou preventivo (BOSSA, 2007, p.11).

Segundo Bossa (2007) o trabalho clínico exige do psicopedagogo

saber aplicar seus conhecimentos observando como se constitui o sujeito

objeto de estudo, como este se transforma em suas diversas etapas de vida,

quais os recursos de conhecimento de que ele dispõe e a forma pela qual ele

produz conhecimento e aprende.

No trabalho preventivo são avaliados os processos didático-

metodológicos e a dinâmica institucional que interferem no processo de

aprendizagem. Então a Psicopedagogia voltou-se ao âmbito institucional, com

ações mais preventivas do que remediativas, o psicopedagogo transforma a

atenção individual em grupal e a instituição com sua filosofia, valores e

ideologia, passa a ser o objeto de estudo da Psicopedagogia (BOSSA, 2007).

A Teoria Das Inteligências Múltiplas

De acordo com Gardner (2000) os estudos realizados sobre a cognição

humana apresentam fortes evidências de que a mente é multifacetada, a teoria

baseia-se em um potencial biológico, o qual é expressado como resultado da

integração dos fatores genéticos e ambientais. Sendo assim, o ser humano

pode ser inteligente de muitas maneiras. Segundo o autor os Sistemas

Inteligentes podem ser descritos como abaixo.

A Inteligência Linguística é inerente à espécie humana, revela uma

capacidade universal para a fala e é de rápido desenvolvimento entre as

pessoas normais. As pessoas surdas que não aprenderam a linguagem de

sinais, constroem sua própria linguagem manual. Por conseguinte, a

inteligência pode operar independentemente de uma modalidade de estímulo

ou de um determinado canal de saída.

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Quando se lesionam determinadas áreas do cérebro, ocorrem

alterações na estrutura Linguística que faz com que as pessoas, apesar de

compreender a linguagem podem não ser capazes de produzi-las; podem

produzir uma linguagem sem sentido; podem ler, porém ser incapazes de

escrever, entre outros.

A Inteligência Lógico-Matemática está associada à capacidade de

desenvolver raciocínios dedutivos, usar e avaliar relações abstratas, analisar

problemas de uma maneira lógica e também fazer investigação de maneira

científica. Inclui a sensibilidade aos esquemas e relações lógicas, a

categorização, a inferência, a generalização, a classificação, o cálculo e a

demonstração de hipóteses.

Existem indivíduos prodígios em matemática que realizam complexos

cálculos, porém são profundamente deficientes em outros processos mentais.

A Inteligência Espacial é a habilidade para perceber de maneira exata

o mundo viso-Espacial, incluindo a sensibilidade a cor, a linha, a forma, ao

espaço, dando orientação de maneira adequada em uma matriz Espacial.

Sendo assim, uma competência que está vinculada a capacidade de perceber

informações visuais ou espaciais, efetuar transformações e modificações sobre

as percepções iniciais, recriar imagens visuais.

As lesões no lóbulo parietal direito, nas pessoas destras, provocam

perdas cognitivas muito específicas, como a dificuldade para orientar-se, para

reconhecer rostos, identificar detalhes, entre outros.

A Inteligência Corporal-Cinestésica é a capacidade de usar o corpo

ou parte dele de diferentes maneiras e de forma hábil para obter determinados

objetivos e resolver problemas ou criar produtos, utilizando ações motoras

amplas e/ou finas. Inclui habilidades de coordenação, equilíbrio, destreza,

força, flexibilidade, velocidade, capacidades autoperceptivas, táteis assim como

percepção de medidas e volumes.

As desordens neurológicas, que causam perda da habilidade para

executar movimentos e gestos, provam a existência desta capacidade

Corporal-Cinestésica.

A Inteligência Intrapessoal refere-se à capacidade do indivíduo de

conhecer a si mesmo, controlar suas emoções, administrar seus sentimentos,

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projetos, podendo assim construir um modelo de si mesmo e utilizar esse

modelo a favor de si na tomada de decisões. Esta Inteligência permite que o

indivíduo conheça suas capacidades e possa usá-las da melhor forma possível.

De acordo com Gardner (2000) a criança autista é um exemplo de Inteligência

Intrapessoal prejudicada, porém, em outros âmbitos como a música e o cálculo,

podem apresentar capacidades extraordinárias.

Os lóbulos frontais desempenham um papel central na estrutura e troca

de personalidade. As lesões na área inferior frontal produzem bruscas

mudanças de humor, irritabilidade, euforia; ao contrário os danos na parte

superior tendem a ocasionar indiferença e apatia.

A Inteligência Interpessoal é a competência através da qual o

indivíduo se relaciona bem com outras pessoas, distinguindo sentimentos

assim como intenções, motivações, estado de ânimo pertencentes ao outro e

busca reagir em função destes sentimentos. Esta capacidade permite a

descentralização do sujeito para interagir com o outro.

As lesões nos lóbulos frontais podem causar mudanças profundas na

personalidade implicando em um rápido deterioramento das capacidades

sociais.

A Inteligência Musical é a capacidade que permite a pessoa criar,

comunicar e compreender significados compostos por sons, discriminando,

transformando e expressando as diferentes formas musicais. Inclui a

sensibilidade ao ritmo, a melodia, ao timbre e ao tom.

Há uma tendência das áreas neurais que se dedicam à compreensão e

produção Musical estarem situadas no hemisfério direito. Apesar desta

capacidade não estar claramente vinculada com determinadas estruturas

neuronais, constata-se grande dependência desta competência com variáveis

pessoais, como a educação, gênero, entre outros.

A Inteligência Naturalista é a competência que permite o

reconhecimento e a categorização dos objetos naturais, a flora e a fauna, fazer

distinções coerentes no mundo natural e usar esta capacidade de maneira

produtiva. O Naturalista pode distinguir as espécies que são valiosas ou

perigosas e possui a capacidade de categorizar adequadamente organismos

novos ou pouco familiares.

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Segundo Gardner (2000) a Inteligência Naturalista desenvolveu-se a

partir das necessidades dos primeiros humanos, cuja sobrevivência dependia

do reconhecimento das espécies úteis ou nocivas, da modificação climática e

dos recursos alimentícios.

Conforme Veiga e Garcia (2006) dados experimentais confirmam que

determinadas partes do lóbulo temporal se dedicam a classificar, nomear e a

reconhecer coisas naturais, enquanto que outras partes se relacionam com

objetos fabricados pelo homem.

Gardner (2000) apresenta as Inteligências como uma nova definição da

natureza do ser humano, onde o descreve como um organismo que possui um

conjunto básico de inteligências do ponto de vista cognitivo. Não existem duas

pessoas que tenham o mesmo perfil das inteligências, pois estas surgem da

combinação da herança genética e da condição de vida da pessoa, de uma

cultura e uma época. Todos têm a capacidade de desenvolver as oito

inteligências, desde que se receba o estímulo adequado.

Conforme Veiga e Garcia (2006) o ponto chave da Teoria das

Inteligências Múltiplas é que existem muitas maneiras de ser inteligente dentro

destas inteligências. Uma pessoa pode ser incapaz de ler e ter uma alta

capacidade Linguística ao contar histórias fantásticas ou possuir um amplo

vocabulário oral.

Antes de Gardner (2000), a palavra inteligência limitou-se às

capacidades acadêmicas Linguística e Lógico-Matemática. O autor propõe que

deve-se ir além das capacidades de resolver problemas já existentes e centrar-

se mais nas capacidades do ser humano para criar produtos baseando-se em

uma ou mais inteligências.

A Psicopedagogia Modular

A Psicopedagogia Modular estuda o aspecto cognitivo sob o enfoque

das novas descobertas a respeito da mente humana em diversos campos

como, a Neurociência, desenvolvimento das capacidades mentais, estudos

antropológicos sobre os processos cognitivos; e outros. Surge então, uma nova

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concepção proposta por Veiga e Garcia (2006) para a Psicopedagogia, que se

denomina Psicopedagogia Modular.

Ela se baseia em oito sistemas inteligentes (Lógico-Matemática,

Linguística, Musical, Naturalista, Corporal-Cinestésica, Espacial, Intrapessoal e

Interpessoal) definidos por Gardner (2000) e nos três processos mentais

Analítico, Criativo e Prático, definidos por Sternberg (1986, 1987, 1990, 1991,

1992, 1997, apud VEIGA; GARCIA, 2006).

Conforme a Teoria Triárquica de Sternberg e Grigorenko (2003), o

processo mental Analítico é a capacidade de analisar, julgar, avaliar e

comparar; está presente nos problemas abstratos ou do tipo acadêmico. O

processo mental Criativo é a capacidade de criar e inventar diante de algo

novo. E o processo mental Prático está ligado a problemas concretos, mais

familiares ao sujeito, relacionados com o meio em que está inserido o indivíduo

(VEIGA; GARCIA, 2006).

Na visão de Gardner (2000) o ambiente educacional tem vinculado a

competência dos alunos à inteligência acadêmica, ou seja Linguística que é a

capacidade de usar as palavras de forma oral ou escrita; e Lógico-Matemática,

que possibilita usar os números de maneira efetiva e raciocinar

adequadamente. Todavia exclui todas as outras capacidades para solucionar

problemas.

Na visão de Sternberg e Grigorenko (2003) a escola valoriza apenas a

inteligência analítica, que é a capacidade de analisar, avaliar, comparar ideias

para solucionar problemas, deixando de fora as inteligências prática e criativa.

Ao valorizar a inteligência analítica e/ou as inteligências Linguística e

Lógico-Matemática, a Instituição acaba falhando na descoberta de outros

potenciais de seus alunos (VEIGA; GARCIA, 2006).

Os testes de inteligência utilizados para medir o desempenho

acadêmico e inteligência, não conseguem capturar a capacidade plena da

mente humana. Gardner (2000) afirma que todo ser humano funciona de modo

diferente, apresentando um perfil particular que os diferencia entre si, o que

não os torna nem melhores ou piores; nem mais ou menos competentes,

apenas seres individualizados.

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A função do psicopedagogo modular é identificar este perfil e propor

uma intervenção para desenvolvê-lo de maneira harmônica em busca da

inteligência plena do educando, facilitando seu sucesso no contexto escolar e

fora dele (VEIGA; GARCIA, 2006).

Os profissionais que atuam nas escolas e que buscam aperfeiçoar sua

prática, vêm despertando cada vez mais seu interesse na visão da Teoria

Modular da Mente que apresenta o cérebro organizado em múltiplos sistemas,

rede, circuitos neurais e módulos.

A Psicopedagogia não ficou alheia a isto, um novo olhar

psicopedagógico deixa de enfocar as patologias das dificuldades de

aprendizagem para levar em conta a pluralidade das competências intelectuais

que atuam no processo de aprendizagem, ou seja, a modularidade da mente.

A Psicopedagogia Modular tem como objetivo o desenvolvimento das

habilidades do ser cognoscente, trabalhando na potencialização de suas

facilidades, buscando de forma dinâmica e interventiva fazê-lo superar suas

dificuldades.

Conforme Veiga e Garcia (2006) a diferença entre a visão da

Psicopedagogia Modular e a Psicopedagogia “Tradicional” em relação às

dificuldades de aprendizagem é que enquanto a Psicopedagogia “Tradicional”

trabalha no diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, considerando o

cérebro como um módulo único, a Psicopedagogia Modular traça o perfil

cognitivo do indivíduo, possibilitando um diagnóstico das dificuldades e

facilidades de aprendizagem deste, considerando o cérebro como um conjunto

de módulos.

A ESCOLA DO FUTURO

Diante deste cenário, o que se deve esperar de uma escola do futuro?

De acordo com Gardner (2000) a escola do futuro tem a necessidade de ser

focada (centrada) no aluno (e não em uma visão uniforme), pois, hoje em dia já

está provado que os indivíduos possuem mentes e habilidades muito diferentes

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umas das outras, devendo a educação ser modelada de forma a responder a

essas diferenças, maximizando o potencial intelectual de cada aluno.

Na maioria das disciplinas, os conteúdos podem ser apresentados de

inúmeras maneiras: por professores, através de livros, software, hardware ou

outros meios. A escolha do meio pode significar a diferença entre uma

experiência educacional bem sucedida e uma mal sucedida. Por exemplo, uma

aula de história pode ser apresentada através de modos de conhecimento

Linguístico, Lógico-Matemática, Espacial e/ou Intrapessoal, assim como uma

aula de geometria pode valer-se de competências Espaciais, Lógico-

Matemática e Linguísticas (GARDNER, 2000).

Muitas vezes o uso do computador, que permite a criação de uma

variedade de configurações espaciais, pode ajudar o aluno a dominar um

conteúdo que tenha dificuldade de visualizar em sua própria mente. Levando

em consideração que existem diferentes estilos de aprendizagem, de ensino e

inteligências individuais, não se deve insistir que todos os alunos aprendam a

mesma coisa da mesma maneira (GARDNER, 2000).

Conforme Gardner (2000) as escolas dizem preparar seus alunos para

a vida, mas será que a vida se limita a raciocínios lógicos e verbais? Como

visto, a mente humana é um sistema complexo composto de módulos que

devem ser estimulados. Portanto, é imprescindível repensar os objetivos e

métodos educacionais, se voltando para a valorização das diferenças humanas

para cada estilo de aprendizagem, garantindo o crescimento do potencial

intelectual individualizado de cada pessoa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Baseado em todo este contexto, o presente trabalho foi realizado em

uma escola de Ensino Fundamental e Médio, com o intuito de apresentar uma

nova estratégia de ensino com o objetivo de inovar os métodos educacionais,

otimizando e potencializando a aprendizagem do ser cognoscente, com

enfoque na Teoria Modular da Mente. Para tanto foi realizada:

16

a) análise da estrutura política educacional atual, e os

recursos oferecidos/disponíveis para reestruturação da educação;

b) aplicação de estratégia de ensino baseado na Teoria

Modular da Mente;

c) comparação dos resultados da aplicação da aprendizagem

tradicional com a Teoria Modular da Mente; e,

d) avaliação das possibilidades de aplicação de novas

estratégias de aprendizagem.

Durante a intervenção observou-se que os alunos participaram

ativamente das aulas e interagiram uns com os outros, expressando-se de

maneira clara. As estratégias e dinâmicas utilizadas refletiram positivamente

sobre eles, tornando-os conscientes do seu potencial cognitivo e da existência

das várias condições favoráveis para o processo de aprendizagem.

De acordo com a análise dos questionários, conclui-se que a Aula

Modular desenvolve o raciocínio, facilita a aprendizagem de maneira criativa,

tornando os conteúdos mais fáceis, com isso proporcionando o desejo de

aprender.

A estratégia de Aula Modular auxilia no conhecimento das

características do aluno, quais são suas facilidades e dificuldades, na busca da

potencialização do seu saber. As aulas são mais dinâmicas, descontraídas,

consequentemente há um maior interesse e interação entre todos, professor-

aluno, aluno-aluno, aluno-professor, e desta forma o aprender torna-se mais

significativo para a vida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao se levar em conta os objetivos do estudo, pode-se observar que a

aplicação de novas estratégias de aprendizagem, baseadas na Teoria Modular

da Mente não necessita de recursos financeiros e/ou materiais que extrapolem

as possibilidades oferecidas pelas redes de ensino, independentes de estas

serem governamentais ou particulares. Não há necessidade de gastos que não

sejam apenas os de cunho intelectual e de preparação dos profissionais de

17

ensino. Os educadores têm que estar pré-dispostos a compartilhar de uma

nova estratégia de ensino, que exige conhecimento que é adquirido através de

pesquisa, foco e comprometimento com a educação.

O objetivo inicial que era de conscientizar o educador da necessidade

de mudanças nas metodologias de ensino, foi cumprido, ou seja, a aplicação

de novas estratégias de ensino é completamente viável à rede de ensino.

Existe a possibilidade de educar de forma mais dinâmica e multidisciplinar,

podendo para isto, utilizar a Teoria Modular da Mente, que trabalha com foco

nas oito inteligências, conforme estudos de Veiga e Garcia (2006) baseados

nas teorias de Gardner (2000) e Sternberg e Grigorenko (2003).

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