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    AMBIENTE ACSTICOEM CABINA/SALA DE TESTEOrientaes dOs COnselhOs de FOnOaudiOlOgia para O

    ambiente aCstiCO na realizaO de testes audiOlgiCOs

    MARO 2010

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    a acco C/s t

    eoo:Sistema Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia

    Cooo:

    Claudia Taccolini ManzoniCooo:

    Marco Nabuco e Walter Erico Hoffmann

    aco:ngela Ribas, Daniela Soares de Queiroz, Janete Aragones Didon,

    Jos Aparecido Orlandi, Mauricy Cezar Souza e Thelma Costa.

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    1

    Apresentao ..........................................................................................2

    Normas de Referncia.............................................................................4

    Instalaes Fiscas e

    Ambiente Acstico ...................................................................................7

    Cabina Audiomtrica ...............................................................................9

    Avaliao dos Nveis

    de Rudo no Inferior da Cabina .............................................................11

    Outros Recursos para Reduo do Rudo na Realizao dosTestes Audiolgicos ...............................................................................12

    Anexo 1 .................................................................................................13

    Anexo 2 .................................................................................................16

    Anexo 3 .................................................................................................18

    Referncias Bibliogrcas .....................................................................20

    sumriO

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    A Resoluo CFFa n 364/09, que dispe sobre o nvel de pressosonora das cabinas/salas de testes audiolgicos, resultado dasdiscusses sobre calibrao promovidas pelo Sistema dos Conselhos deFonoaudiologia nos ltimos dois anos.

    As discusses tiveram incio por ocasio da mesa Metrologiae Audiologia realizada em maro de 2008 durante o 23 EncontroInternacional de Audiologia EIA, que desencadeou a proposio

    de um grupo de trabalho composto pelo Sistema dos Conselhos deFonoaudiologia e Sociedades Cientcas para aprofundar a questo. Ogrupo contou com a participao de representantes do Instituto Nacionalde Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial INMETRO,Sociedade Brasileira de Acstica SOBRAC, Academia Brasileira deAudiologia ABA e Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia SBFa.

    As reexes deste grupo apontaram para a necessidade de reviso

    da Resoluo CFFa n 296/03 e tambm, da rotina de scalizaodo exerccio prossional dos servios de audiologia. Esta reviso foiamplamente discutida em reunies interconselhos e em maro de 2009o Conselho Federal de Fonoaudiologia revogou a Resoluo CFFa n296/03, substituindo-a pela Resoluo CFFa n 364/09.

    A Lei n 6.965/81 e o Cdigo de tica da Fonoaudiologia estabelecemum conjunto de direitos e responsabilidades, indelegveis, perante osatos praticados, mesmo nas situaes em que o fonoaudilogo no

    o proprietrio dos equipamentos utilizados. Assim, a realizao detestes auditivos requer ateno cuidadosa dos fonoaudilogos sobre asinstalaes fsicas, ambiente acstico e equipamentos dos servios emque atuam, devendo desencadear, dentro dos limites de sua competncia,todas as medidas necessrias para o adequado exerccio prossional.

    ao

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    ao

    Questes envolvendo calibrao e ambiente/cabina constituem temarecorrente de dvidas dos prossionais aos Conselhos de Fonoaudiologia.Este material foi elaborado com objetivo de orientar os fonoaudilogosquanto aos principais cuidados relativos ao ambiente acstico em serviosde audiologia/sade auditiva.

    Boa Leitura!

    Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia

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    Os nveis de presso sonora do rudo ambiente em uma cabinaaudiomtrica ou em uma sala de testes audiolgicos devem ser controladosde modo a evitar o mascaramento dos tons de teste e fornecer resultadosdedignos.

    A norma internacional ISO 8253-1:1989 (International Organization forStandardization, Acoustics -- Audiometric test methods -- Part 1: Basic

    pure tone air and bone conduction threshold audiometry) estabeleceu

    requisitos e procedimentos necessrios para a realizao da audiometriatonal por via area e ssea e deniu nveis mximos de presso sonorapermissveis para o rudo ambiente onde realizada a pesquisa delimiares tonais utilizando-se fones supra-aurais tpicos e vibradoressseos. Esta norma internacional foi utilizada como referncia nasseguintes normativas brasileiras:

    - Norma Regulamentadora 7 NR 7 Programa de Controle

    Mdico de Sade Ocupacional, Anexo I Quadro II Diretrizese parmetros mnimos para avaliao e acompanhamento daaudio em trabalhadores expostos a nveis de presso sonoraelevados, atualizada pela Portaria n 19, de 09 de abril de 1998,da Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho do Ministriodo Trabalho e Emprego;

    - Resoluo n 364/09 do Conselho Federal de Fonoaudiologia,de 30 de maro de 2009, que dispe sobre o nvel de presso

    sonora das cabinas/salas de testes audiolgicos e d outrasprovidncias (Anexo 1).

    Assim, tanto para cumprimento da NR-7, como da Resoluo CFFan 364/09, o rudo ambiental para realizao da audiometria tonal devepossuir nveis de presso sonora que no excedam aqueles denidos naISO 8253-1.

    no rfc

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    Apesar das publicaes acima relatadas auxiliarem o exerccioprossional dos fonoaudilogos que atuam em audiologia, ainda nofoi publicada norma nacional que dena a metodologia de avaliaodos nveis de presso sonora do rudo no ambiente onde realizada apesquisa de limiares tonais.

    Em funo disto, um grupo de especialistas coordenado porprossionais do INMETRO, denominado GT3, do qual fazem parte os

    Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia, rene-se a cada doismeses para estudar, traduzir e adaptar s realidades brasileiras, normasinternacionais relacionadas eletroacstica.

    A ISO 8253-1, assim como outras normativas, foi objeto de trabalho doGT-3, constituindo o projeto 03:029.01-025/1: Eletroacstica - Mtodospara a realizao de testes audiomtricos Parte 1: Audiometria liminarde tom puro por via area e por via ssea do Comit Brasileiro de

    Eletricidade (CB-03) e aguarda publicao da Associao Brasileira deNormas Tcnicas - ABNT.

    Da mesma forma, outros dois projetos, relacionados avaliao dosnveis de presso sonora no interior de cabinas tambm foram objeto detrabalho do GT-3:

    Projeto 03-029.01-027/1: Eletroacstica - Mtodos paraavaliao de ambientes para testes audiomtricos - Parte 1:

    Medio direta; Projeto 03:029.01-027/2: Eletroacstica - Mtodos paraavaliao de ambientes para testes audiomtricos - Parte 2:Medio indireta atravs da determinao do isolamento.

    Devido importncia destes mtodos para a audiologia, estes foramincorporados Recomendao CFFa n 11, de 20 de maro de 2010, e

    no rfc

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    podem ser utilizados como referncia na rea.

    Como os nveis de rudo do ambiente variam todo o tempo, o idealseria poder monitorar esta variao durante a realizao da avaliaoaudiolgica, em tempo real, mas esta perspectiva no se mostrou vivelat o momento. Assim para que os nveis de rudo permaneam dentrodo recomendado, vrios cuidados devem ser observados com relao sinstalaes fsicas, cabina e aos nveis de presso sonora do ambiente

    de teste.

    no rfc

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    i Fc a acco

    fundamental que os nveis de rudo no ambiente onde se pretendeinstalar o servio de audiologia sejam previamente conhecidos. Aoescolher o local, devemos evitar salas prximas a corredores de muitamovimentao ou localizadas na parte da frente do imvel que estomais expostas aos rudos externos da edicao. Devemos evitartambm proximidade com janelas e portas, salas de mquinas como arcondicionado central, compressor de ar, casa de bombas e outros.

    Escolhido o local, necessrio realizar uma avaliao dos nveis derudo para vericar se esto em conformidade com os recomendados naISO 8253-1. Esta avaliao pode ser realizada tanto pelo fonoaudilogoque possuir os recursos adequados para a medio, como pela empresacontratada para este m.

    A avaliao dos nveis de presso sonora do rudo ambiente deve serrealizada conforme a metodologia descrita na Recomendao CFFa n

    11 e pressupe a utilizao de um sistema de medio composto poranalisador de teros de oitavas associado a microfone e calibradorde nvel sonoro. A empresa escolhida dentre as inmeras existentes,deve comprovar que estes equipamentos so anualmente calibradosno INMETRO ou laboratrio integrante da RBC - Rede Brasileira deCalibrao. Os certicados de calibrao devem ser do prprio Inmetroou exibir a logomarca da acreditao pela RBC, visualizvel no site doInmetro .

    Tambm importante observar que de acordo com a ISO 8253-1, osnveis de presso sonora devem ser menores ou iguais a 18 dB para adeterminao de limiares tonais de via area e menores ou iguais a 4 dBpara a via ssea.

    Assim, a vericao dos nveis de rudo no ambiente investigado,especialmente para a determinao de limiares tonais de via ssea,

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    exige a utilizao de microfones especiais que permitam medir nveisbem baixos de rudo, como os acima citados.

    Como os nveis de rudo do ambiente so determinantes para aqualidade de servios audiolgicos prestados, fundamental que ofonoaudilogo que atua em servios de audiologia/sade auditivatenha conhecimento sobre a metodologia de medio do rudo. Estedomnio permite que se realize o acompanhamento tcnico da medio,

    especialmente quando executada por servios terceirizados contratados.

    Para os ambientes de teste em que os nveis de rudo excedem osrecomendados pela ISO 8253-1, necessrio realizar modicaesacsticas para reduzir estes nveis, de maneira que no mascarem ossinais de teste. Existem vrias estratgias para reduzir ou isolar o rudoonde a audiometria realizada, sendo que a mais utilizada a cabinaaudiomtrica.

    i Fc a acco

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    A cabina audiomtrica deve promover um nvel de isolamento sucientepara que os nveis de rudo em seu interior no sejam superiores aosnveis determinados na ISO 8253-1. Por exemplo, se a sala escolhidaapresenta nvel de rudo em 1 kHz de 43 dB, deve-se vericar se a curvade isolamento oferecido pela cabina escolhida de, no mnimo, 20 dBpara garantir o nvel mximo permitido na ISO 8253-1 para a conduoarea, que de 23 dB. Outros exemplos de como calcular os nveis de

    isolamento necessrios para uma cabina esto descritos no Anexo 2.A Resoluo RDC n 50, de 21 de fevereiro de 2002 da Agncia

    Nacional de Vigilncia Sanitria - Ministrio da Sade dispe sobre oRegulamento Tcnico para planejamento, programao, elaboraoe avaliao de projetos fsicos de estabelecimentos assistenciais desade. Esta resoluo determina que a cabina audiomtrica deve possuirdimenso mnima de 1,4 m e a sala para comando do exame 4 m.

    Para a compra de uma cabina, especialmente quando a aquisioocorre por processo licitatrio, importante realizar um detalhamentosobre o descritivo tcnico da cabina. Neste sentido, uma orientaopode ser obtida junto ao Sistema de Apoio Elaborao de Projetos deInvestimentos em Sade SomaSUS.

    O SomaSUS uma ferramenta elaborada, pela equipe tcnica daSecretaria Executiva do Ministrio da Sade, para auxiliar gestores etcnicos de instituies de sade a planejar, avaliar e elaborar projetos

    de investimentos em infra-estrutura. Alm da consulta a respeito dascaractersticas fsicas dos servios de sade, o SomaSUS apresentainformaes sobre seus respectivos ambientes e equipamentos,incluindo margens de preo. A cha descritiva E-486 (Anexo 3) refere-sea cabine acstica de campo livre. Nesta cha h a descrio tcnicado equipamento e as caractersticas tcnicas, podendo ser utilizada

    C aoc

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    C aoc

    como uma referncia para a escolha e aquisio da cabina. A consultaao SomaSUS realizada por meio do site do Ministrio da Sade .

    H uma grande variedade de materiais utilizados na construo eacabamento das cabinas, sendo que o isolamento acstico proporcionadodepender de um conjunto de elementos: materiais empregados,tecnologia, vedao entre as partes, montagem, etc. De modo geral,

    deve-se ter especial cuidado com as aberturas: porta, visor e passagemde cabos/os. Neste sentido, so recomendadas portas com trinco depresso e visor com vidros duplos ou triplos. Para maior segurana dosclientes, as portas devem possuir dispositivo que permita a abertura dedentro para fora. Especial ateno deve ser tomada com relao aoorifcio por onde so passados os cabos/os, que deve ser fechado pormeio da instalao de um painel de interligao ou uso de materiais querealizem sua vedao.

    necessrio cuidado tambm para que o sistema de iluminaointerna da cabina no produza rudo.

    Os materiais internos e externos para revestimento das paredes, pisoe teto da cabina tambm podem ser selecionados de forma a elevar aabsoro sonora, mas convm observar a necessidade de limpeza emanuteno rotineira destes materiais.

    Outro aspecto a ser considerado na escolha da cabina a acessibilidadeoferecida para pessoas com decincia ou mobilidade reduzida, devendo-se observar a altura e largura da porta, alm da inclinao da rampa deacesso.

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    A avaliao dos nveis de presso sonora no interior da cabina pode serrealizada segundo os mtodos descritos na Recomendao CFFa n 11de duas formas: direta e indireta. A indireta realizada pela determinaodo isolamento. A curva de isolamento obtida gerando-se um nvel derudo de banda larga por alto-falante na sala e avaliando-se a diferenaentre os nveis de presso sonora entre a sala e a cabina.

    De posse dos nveis de rudo mximos no ambiente onde dever ser

    instalada a cabina e conhecendo o isolamento sonoro das mesmas, possvel estimar os nveis de rudo no interior da cabina. Desta forma, fundamental que ao procurar um fornecedor de cabina seja solicitada acurva de isolamento sonoro, em teros de oitavas.

    Com essas providncias possvel assegurar condies mnimas paraa realizao de exames audiomtricos segundo a norma ISO 8253-1.

    O fonoaudilogo deve manter o certicado com a curva de isolamento

    da cabina junto aos demais certicados de calibrao dos equipamentosaudiolgicos, disponibilizando-os para os rgos de scalizao quandosolicitado. O certicado deve conter o nmero de srie, fabricante emodelo da cabina. recomendado que tais informaes tambm estejamaxadas no corpo da cabina.

    Tambm pode ser realizada a avaliao direta dos nveis de pressosonora no interior da cabina, nos mesmos moldes do descrito para o

    ambiente de uma sala de teste.

    avo o nv ro o ifo C

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    Toda medio de uma grandeza fsica requer que os resultadosindiquem de forma quantitativa a qualidade da medio, de forma queaqueles que a utilizam possam avaliar sua faixa de dvidas, bem comocomparar os resultados com os de outras medies. Assim, a qualidade/rigor de uma medio expressa em intervalos de incerteza. Os valoresmximos de nveis de presso sonora para o ambiente de teste, denidosna ISO 8253-1, permitem realizar a medio do limiar auditivo com

    incerteza de + 2 dB ou de + 5 dB, segundo os nveis mximos do rudoambiente denidos pela normativa.

    Quando os cuidados elencados ainda forem insucientes para obtenoe manuteno dos nveis mximos de rudo denidos na ISO 8253-1,novas estratgias devem ser buscadas. Inmeras modicaes podemser realizadas na sala de teste (janelas, portas, revestimentos) visando ocontrole e reduo do rudo. conveniente que estas modicaes sejampropostas e acompanhadas por prossionais especializados, contratadospara esta nalidade.

    Outro recurso disponvel a utilizao de fones de ouvido acopladosa dispositivos que oferecem maior atenuao sonora. Os prossionaisdevem estar atentos aos valores de atenuao ofertados, calibraodos fones utilizados e eventuais ocorrncias resultantes desta utilizaoque possam alterar a determinao dos limiares tonais, como episdiosde colabamento de conduto auditivo externo ou formao de onda

    estacionria. imprescindvel que os fones sejam aqueles j conhecidoscomo o TDH39 com almofadas MX 41/AR e o Beyer DT48 ou aquelescom LERNPS - Limiar Equivalente de Referncia do Nvel de PressoSonora conhecidos e disponveis para a correta calibrao, conformeParecer CFFa CS n 30, de 1 de maro de 2008.

    Oo rco ro oro ro o taoco

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    Resoluo CFFa n 364/09 de 30 de maro de 2009: dispe sobre onvel de presso sonora das cabinas/salas de testes audiolgicos e doutras providncias.

    A diretoria do Conselho Federal de Fonoaudiologia, ad referendumdo Plenrio, no uso de suas atribuies legais e regimentais, que lhe soconferidas pela Lei 6.965, de 09 de dezembro de 1981 e pelo Decreto-Lein 87.218, de 31 de maio de 1982;

    Considerando que a Lei n 6.965/81 determina ser competncia doConselho Federal de Fonoaudiologia e seus Conselhos Regionais scalizare orientar o prossional fonoaudilogo;

    Considerando a necessidade de garantir qualidade nos serviosprestados na rea de sade auditiva;

    Considerando que o rudo pode interferir nos resultados de um exameaudiolgico;

    Considerando que o ambiente em que os testes audiolgicos sorealizados deve ter o nvel de rudo controlado;

    Considerando o disposto na Portaria 19, de 09 de abril de 1998, daSecretaria de Segurana e Sade no Trabalho do Ministrio do Trabalho eEmprego;

    Considerando os estudos na rea de calibrao de equipamentos

    audiolgicos, realizados pelo Grupo de Trabalho 3 (GT3), coordenado pelaABNT, desde 1998;

    Considerando as discusses do grupo de trabalho sobre calibraoformado a partir do 23 Encontro Internacional de Audiologia - EIA,composto pelos Conselhos Regionais e Federal de Fonoaudiologia,Academia Brasileira de Audiologia, Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia,

    axo 1 - rooCFF 364/09

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    axo 1

    Sociedade Brasileira de Acstica e INMETRO;

    Considerando as discusses realizadas nas reunies interconselhosde audiologia ocorridas em outubro de 2007, junho e agosto de 2008 emaro de 2009;

    RESOLVE:

    Art. 1 - O ambiente acstico para realizao de avaliaes

    audiolgicas deve atender os nveis estabelecidos pela NormaISO 8253-1 (Tabela 1 anexo 1) como referncia para os nveisde rudo ambiental mximos permitidos na cabina/sala de teste.

    Pargrafo nico - de inteira responsabilidade do prossional amanuteno de nveis sonoros de teste de acordo com a normavigente.

    Art. 2 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao

    no Dirio Ocial da Unio,Art. 3 - Fica revogada a Resoluo CFFa n 296/03, de 22 defevereiro de 2003.

    Tabela 1 (ao lado) Nveis mximos de presso sonora permissveis

    para o rudo ambiente, Lmax, em bandas de 1/3 de oitava para aaudiometria por via area, quando fones de ouvido supra-aurais tpicosso utilizados.

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    axo 1

    Fqcc

    1/3 ov h

    nv xo o oo o o o lx (fc: 20 p)b

    Fx fqc o o

    125 h 8.000 h 250 h 8.000 h 500 h 8.000 h

    31,5 56 66 78

    40 52 62 73

    50 47 57 68

    63 42 52 64

    80 38 48 59100 33 43 55

    125 28 39 51

    160 23 30 47

    200 20 20 42

    250 19 19 37

    315 18 18 33

    400 18 18 24

    500 18 18 18630 18 18 18

    800 20 20 20

    1.000 23 23 23

    1.250 25 25 25

    1.600 27 27 27

    2.000 30 30 30

    2.500 32 32 32

    3.150 34 34 34

    4.000 36 36 36

    5.000 35 35 35

    6.300 34 34 34

    8.000 33 33 33

    no: Utilizando-se os valores acima, o menor nvel do limiar auditivo a ser medido de 0 dB, com uma incertezamxima de + 2 dB devido ao rudo ambiente. Se uma incerteza mxima de + 5 dB devida ao rudo ambiente permitida, os valores podem ser incrementados em 8 dB.

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    axo 2

    A tabela ao lado demonstra como calcular o isolamento necessrio aoadquirir uma cabina, a partir dos nveis de rudo existentes na sala ondeser instalada.

    Os nveis de rudo de uma sala hipottica encontram-se descritos naColuna 1. As Colunas 2 e 4 apresentam os nveis mximos permitidospara a realizao de exames audiomtricos por conduo area e ssearespectivamente, segundo a norma ISO 8253-1. Os valores que so

    ultrapassados no ambiente em que a cabine ser instalada esto emnegrito, para cada tipo de audiometria (area ou ssea).

    O isolamento que uma cabina deve prover, para que esses examessejam realizados de acordo com a ISO 8253-1, se encontram nas Colunas3 (conduo area) e Coluna 5 (conduo ssea) respectivamente. Nasfreqncias cujos valores so XX, os nveis de rudo esto abaixo doexigido pela ISO 8253-1.

    Exemplicando: Na situao hipottica apresentada, o nvel de rudomedido na freqncia de 500 Hz de 31 dB (coluna 1). Considerando queo valor mximo para conduo area determinado na norma ISO 8253-1 de 18 dB (coluna 2), o isolamento necessrio que uma cabina deveoferecer neste caso para a determinao de limiares de 13 dB (coluna3): valor coluna 1 menos o valor da coluna 2 ou [31 18 = 13]. J para adeterminao de limiares por conduo ssea, como o valor de referncia de apenas 8 dB (coluna 4), o isolamento que a cabina deve oferecer

    nesta freqncia de 23 dB (coluna 5): valor da coluna 1 menos o valor dacoluna 4 ou [31 - 8 = 23].

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    axo 2

    Fqcc

    1/3

    ovh

    nv o oo 1/3 ov - b

    Co 1nv

    oo

    (

    Coo Coo

    Co 2isO 8253-1(250 h 8

    kh)

    Co 3ioo

    oooco

    Co 4isO 8253-1250 h 8

    kh

    Co 5ioo

    oooco

    31,5 53 66 XX 63 XX

    40 52 62 XX 56 XX

    50 49 57 XX 49 XX

    63 47 52 XX 44 3

    80 45 48 XX 39 6

    100 42 43 XX 35 7

    125 39 39 XX 28 11

    160 37 30 7 21 16

    200 37 20 17 15 22

    250 37 19 18 13 24

    315 36 18 18 11 25400 32 18 14 9 23

    500 31 18 13 8 23

    630 31 18 13 8 23

    800 26 20 6 7 19

    1 000 25 23 2 7 18

    1 250 25 25 XX 7 18

    1 600 24 27 XX 8 16

    2 000 24 30 XX 8 162 500 22 32 XX 6 16

    3 150 20 34 XX 4 16

    4 000 19 36 XX 2 17

    5 000 18 35 XX 4 14

    6 300 16 34 XX 9 7

    8 000 16 33 XX 15 1

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    e486 - C acc Co lv

    so: Cabine Acstica de Campo Livre, Sistema de Campo Livre

    dco tcc: Cabine fechada, de campo livre, com revestimentoacstico, montada em piso suspenso, utilizada em avaliaes audiomtricas.

    Ccc tcc/aco: Alm da descrio bsica, deveconter caractersticas e/ou informaes referentes a(o): Denir revestimento

    interno e externo; Possuir iluminao com lmpada uorescente compacta;Possuir abertura para troca trmica e equilbrio pressosttico; Necessidadede estar apoiada sobre amortecedores de vibrao; Possuir visor com trsvidros isolantes (dois paralelos e um em diagonal); Especicar trinco depresso, facilitando a abertura da porta pelo lado de dentro; Dobradiascom tratamento anti-ferrugem (ao inoxidvel ou cromados); Possuirentrada frontal para os cabos dos equipamentos; Apresentar uma isolaode pelo menos 50dB a 500Hz com paredes duplas e recheio isolante nas

    paredes, teto, piso e porta; Denir necessidade e caractersticas do pisoantiderrapante.

    nc c f-: No se aplica.

    Ov: Existe modelo adaptado para cadeira de rodas, comdimenses maiores.

    poc: 50W

    po: No Aplicato: Mobilirio Hospitalar

    a coo eqo

    Co: MGR13

    no: rea de comando para: audiometria, potenciais evocados eestudo do sono

    axo 3

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    Os melhoramentos e adequaes na descrio tcnica do equipamentodevem ser feitos, caso a caso, com o auxlio de prossionais qualicados,de acordo com a realidade local e com as reais necessidades do servio.

    O fato do equipamento estar relacionado na base de dados do Somasusno signica que o mesmo seja passvel de aprovao pelo Ministrioda Sade. Em caso de dvidas, dever ser feita consulta rea tcnicaresponsvel pela anlise do pleito de nanciamento.

    axo 3

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    Brasil. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Pesquisa de produtospara sade registrados. Disponvel em: http://portal.anvisa.gov.br

    Brasil. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Resoluo RDC n50, de 21 de fevereiro de 2002: dispe sobre o Regulamento Tcnico para planejamento,programao, elaborao e avaliao de projetos fsicos de estabelecimentos assistenciaisde sade. Braslia: Ministrio da Sade; 2002. Disponvel em: http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria Executiva do Ministrio da Sade. Sistema de Apoio Organizao e Elaborao de Projetos de Investimentos em Sade. Cabine acstica decampo livre. Disponvel em: http://portal.saude.gov.br

    Brasil. Ministrio do Trabalho e Emprego. Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho.Portaria n 19 em 09 de abril de 1998. Braslia: Ministrio do Trabalho e Emprego; 1998.Disponvel em: http://www.mte.gov.br/legislacao/portarias/1998/p_19980409_19.pdf

    Conselho Federal de Fonoaudiologia. Atas das reunies do Grupo de Trabalho sobreCalibrao em 6 de junho e em 6 de agosto de 2008.

    Conselho Federal de Fonoaudiologia. Atas das reunies interconselhos de audiologia em 4 e5 de outubro de 2007, 6 de junho de 2008, 6 de agosto de 2008, 13 e 14 de maro de 2009.

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    2008. Disponvel em: http://www.fonoaudiologia.org.brConselho Federal de Fonoaudiologia. Recomendao CFFa n 11 em 20 de maro de2010: Dispe sobre os mtodos para avaliao de ambientes para ensaios audiomtricos.Braslia: CFFa, 2010. Disponvel em: http://www.fonoaudiologia.org.br

    Conselho Federal de Fonoaudiologia. Resoluo CFFa n 364/09 em 30 de maro de 2009:Dispe sobre o nvel de presso sonora das cabinas/salas de

    testes audiolgicos e d outras providncias. Braslia: CFFa, 2009. Disponvel em: http://www.fonoaudiologia.org.br

    Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial - INMETRO. Rede

    Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade. Disponvel em: http://www.inmetro.gov.br/metlegal/rnml.asp

    International Organization for Standardization. ISO 8253-1: 1989: Acoustics -- Audiometrictest methods -- Part 1: Basic pure tone air and bone conduction threshold audiometry

    Hoffmann, W. E. ISO 8253 comentada. Apresentao em Power Point. So Paulo,Reunio do Grupo de Trabalho sobre Calibrao, 2008.

    Nabuco, M. Guia prtico para adquirir sua cabina para testes audiolgicos. Documentoem Word. So Paulo, Reunio do Grupo de Trabalho sobre Calibrao, 2008.

    RefernciasBibliogrcas

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    COnselhOs Federal e regiOnais de FOnOaudiOlOgia