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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE EMFERMAGEM SAÚDE MENTAL I ALUNAS: Alessandra T. Delazeri Marisa 0

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CURSO DE EMFERMAGEM

SAÚDE MENTAL I

ALUNAS: Alessandra T. Delazeri

Marisa

0

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Lajeado, outubro de 2005.

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CURSO DE EMFERMAGEM

SAÚDE MENTAL I

ALUNAS: Alessandra T. Delazeri

Marisa

Relatório de estágio realizado nas dependências

do HBB, de Lajeado para complementação de

nota do segundo semestre de 2005, do curso de

Enfermagem.

Supervisão: Enf. Fátima.

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Lajeado, outubro de 2005.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 51.1 Depressão ............................................................................................................. 51.2 Depressão com Ansiedade ou Ansiedade com Depressão? .................................. 71.3 Hipotimia ou Depressão ....................................................................................... 131.4 Tipos de Depressão; quanto a origem ................................................................... 141.5 HIV .......................................................................................................... 17

2 PROCESSO DE ENFERMAGEM .................................................................... 242.1 História de vida .................................................................................................... 242.2 Diagnósticos de enfermagem ............................................................................... 252.3 Medicação ............................................................................................................ 262.3.1 Dormonid - Maleato de midazolam ............................................................... 262.3.2 Haldol – Aloperidol ........................................................................................... 342.3.3 Amplictil .......................................................................................................... 352.4 5 Intervenções de enfermagem ............................................................................. 402.5 Evolução ............................................................................................................... 412.6 Prognóstico de enfermagem ................................................................................. 412.7 Exame de estado mental ....................................................................................... 42

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 44

ANEXOS .................................................................................................................... 45

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INTRODUÇÃO

A psiquiatria traz ao longo da sua história alguns marcos que nortearam o atendimento

ao doente mental, como por exemplo, a revolução de Pinel, a introdução dos psicofármacos, o

uso da psicoterapia, o desenvolvimento dos recursos terapêuticos e de diagnóstico, entre

outros. Atualmente estamos vivendo o período de mudanças ideológicas, estruturais e

políticas nas ações de saúde mental, mais especificamente em relação à institucionalização da

assistência.

Os movimentos precursores da Reforma Psiquiátrica brasileira, surgidos nos Estados

Unidos e Europa a partir de meados do século XX, apontavam críticas ao atendimento

dispensado aos portadores de doença mental, quando eram excluídos e segregados da

sociedade, demandando ações com vistas a um atendimento mais humanizado, de forma a

garantir sua dignidade, enquanto cidadão.

No Brasil, depois de 12 anos tramitando no Congresso, foi aprovado por unanimidade

no dia 12 de março de 2001, na Câmara de Deputados, o substitutivo do Projeto de lei (PL

3657/89) do deputado Paulo Delgado, que dispõe sobre a extinção dos manicômios, a

implantação de serviços alternativos e regulamenta a internação psiquiátrica compulsória.

Esta aprovação constitui um avanço histórico, culminado pelo empenho de uma série de

segmentos sociais engajados no Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, embora

signifique que temos um longo caminho pela frente, a fim de incorporar as alterações

decorrentes da lei nas ações de saúde relativas à área.

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Sabemos também que a Organização Mundial da Saúde recomenda investir menos

recursos aos hospitais psiquiátricos, voltando-se às estruturas comunitárias mais elásticas e

contextualizadas, possibilitando-se intervir de maneira mais individual e humana

(EVARISTO, 1998).

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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Depressão

O termo Depressão pode significar um sintoma que faz parte de inúmeros distúrbios

emocionais sem ser exclusivo de nenhum deles, pode significar uma síndrome traduzida por

muitos e variáveis sintomas somáticos ou ainda, pode significar uma doença, caracterizada

por marcantes alterações afetivas. 

O público está certo ao estranhar a ostensiva e constante presença desta tal Depressão

em quase tudo que diz respeito à transtornos emocionais, e os psiquiatras não estão menos

certos ao procurarem descobrir uma ponta de Depressão em quase tudo que lhes aparece pela

frente.

Do ponto de vista clínico seria extremamente fácil e cômodo se a Depressão fosse

caracterizada, exclusivamente, por um rebaixamento do humor com manifestação de tristeza,

choro, abatimento moral, desinteresse, e tudo aquilo que todos sabemos que uma pessoa

deprimida apresenta. 

Desta forma até o amigo íntimo, o vizinho ou o dono da bar da esquina poderiam

diagnosticá-la. A parte mais difícil e trabalhosa da psiquiatria está no diagnóstico dos muitos

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casos de Depressão atípica, incaracterística exclusivamente, por um rebaixamento do humor

com manifestação de tristeza, choro, abatimento moral, desinteresse, e tudo aquilo que todos

sabemos que uma pessoa deprimida apresenta. 

Desta forma até o amigo íntimo, o vizinho ou o dono da bar da esquina poderiam

diagnosticá-la. A parte mais difícil e trabalhosa da psiquiatria está no diagnóstico dos muitos

casos de Depressão atípica, incaracterística ou mascaradas, bem como, perceber traços

depressivos em outras patologias emocionais, como por exemplo, nos casos de Pânico, Fobia,

etc.

Entre as emoções, aquelas decorrentes do estado de humor são as mais estudadas e,

entre essas, a mais pesquisada é a Depressão. 

A sintomatologia depressiva é muito variada e muito diferente entre as diferentes

pessoas. Para entendermos melhor essa diversidade de sintomas depressivos, vamos

considerar que, entre as pessoas, a Depressão seria como uma bebedeira geral, onde cada

pessoa alcoolizada ficasse de um jeito; uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados,

dorminhocos, libertinos... 

A única coisa que todos teriam em comum é o fato de estarem sob efeito do álcool,

todos estariam tontos, com os reflexos diminuídos, etc. Na Depressão também; cada

personalidade se manifestará de uma maneira.

A psicopatologia recomenda como válida a existência de três sintomas depressivos

básicos, os quais darão origem a variadíssimas manifestações desta alteração afetiva. Essa

tríade sintomática da Depressão seria: 1-Sofrimento Moral, 2-InibiçãoGlobal e, 3-

Estreitamento Vivencial.

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Compete à sensibilidade do observador, relacionar um sentimento, um

comportamento, um pensamento ou sentimento, como a expressão individual de um desses

três sintomas básicos, como sendo a expressão pessoal e adequada da personalidade de cada

um diante da Depressão.

1.2 Depressão com Ansiedade ou Ansiedade com Depressão?

Alguns deprimidos podem apresentar sintomas somáticos (físicos), juntamente ou ao

invés dos sintomas emocionais de tristeza, angústia, medo, etc. Esses sintomas físicos

podem ser, por exemplo, dores vagas e imprecisas, tonturas, cólicas, falta de ar, e outras

queixam de caracterização clínica complicada.

Para estes pacientes somáticos, talvez seja mais fácil comunicar sua aflição e

desespero através dos órgãos do que do discurso. Também em crianças e adolescentes a

Depressão pode se dissimular sob a forma de um humor irritável ou rabugento, revoltado e

irrequieto, ao invés da tristeza e abatimento.

Outras pessoas podem manifestar sua Depressão com irritabilidade aumentada, como

por exemplo, crises de raiva, explosividade, sentimentos exagerados de frustração, tendência

para responder a eventos com ataques de ira ou culpando os outros.

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Na Depressão também é muito freqüente um certo prejuízo na capacidade de pensar,

de se concentrar ou de tomar decisões. Os depressivos podem se queixar de

enfraquecimento da memória ou mostrar-se facilmente distraídas. A produtividade

ocupacional costuma estar também prejudicada, notadamente nas profissões

intelectualmente exigentes. Em crianças deprimidas pode haver uma queda abrupta no

rendimento escolar, como resultado da dificuldade de concentração.

Freqüentemente existem pensamentos sobre a morte nos quadros depressivos. Trata-

se, não apenas da ideação suicida típica mas, sobretudo, da preferência em estar morto a

viver "desse jeito". Nos idosos as dificuldades de memória podem ser a queixa principal e

ser confundido com os sinais iniciais de demência.

O prejuízo da memória e outros sinais que poderiam confundir a Depressão com

demência recebem o nome de Pseudodemência Depressiva. Nestes casos, soma-se à lentidão

dos processos psíquicos um exagerado desinteresse, dando a falsa impressão de que a pessoa

não está tendo consciência absoluta da realidade. Na realidade, o que o idoso deprimido tem

é um grande desinteresse em lembrar fatos e em participar dos eventos cotidianos.

Para entender porque e como existem sintomas de Depressão atípica, sintomas que

sugerem apenas indiretamente a presença de Depressão, temos que falar da coexistência da

Depressão com a ansiedade, sabendo que essa última sim, é pródiga em sintomatologia

somática e emocional atípica.

Muito embora os atuais manuais de classificação de doenças mentais tratem

separadamente os quadros ansiosos dos afetivos, pesquisas e autores têm se preocupado em

estabelecer relações entre esses dois estados psíquicos. Kendell (1974), ao longo de cinco

anos de observação constatou que o diagnóstico de Depressão passa para Ansiedade em 2%

dos casos e, em sentido contrário, da Ansiedade para a Depressão, em 24% dos casos. Pode-

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se constatar também que antigos quadros ansiosos costumam evoluir no sentido da

Depressão (Roth, 1972 e 1982). Lesse (1982) sustenta ainda a idéia da evolução do estresse

para Ansiedade e em seguida para Depressão.

São conhecidos os expressivos sintomas depressivos em doentes com transtornos

ansiosos, como aqueles observados por Fawcet (1983), que encontrou sintomas de

Depressão em 65% dos ansiosos e Roth (1972), que detectou em grande número de

pacientes, simultaneamente irritabilidade, agorafobia, ansiedade, culpa e agitação.

O medo, por exemplo, seja de características fóbica ou não, reflete sempre uma grande

insegurança e pode aparecer tanto nos transtornos da ansiedade quanto nos transtornos de

natureza depressiva. A associação da Depressão com crises de pânico foi encontrada,

inicialmente, em proporções que variavam de 64 a 44% dos casos (Clancy, 1979).

O estudo de Stavrakaki e Vargo (1986), reavaliando pesquisas dos últimos 15 anos,

sugeriu três tipos de reflexão sobre a questão Ansiedade versus Depressão: 1. Ansiedade e

Depressão diferem qualitativamente; 2. Ansiedade e Depressão diferem quantitativamente e;

3. Ansiedade se associa à Depressão.

Atualmente tem-se enfatizado muito a teoria unitária, pela qual a Ansiedade e a

Depressão seriam duas modalidades sintomáticas da mesma afecção. As atuais escalas

internacionais de Hamilton para avaliação de Depressão e de Ansiedade, não separaram

nitidamente os dois tipos de manifestações. Outras escalas anteriores também mostravam a

mesma falta de clareza para diferenciação entre esses dois quadros emocionais (Johnstone,

1986; Mendels, 1972).

A tendência unitária Ansiedade-Depressão se reforça ainda na eficácia do tratamento

com antidepressivos, tanto para quadros ansiosos, como é o caso do Pânico, da Fobia Social,

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do Transtorno Obsessivo-compulsivo e mesmo da Ansiedade Generalizada, quanto para os

casos de Depressão, com ou sem componente ansioso importante.

O número de autores que não acreditam na Ansiedade e Depressão como sendo a

mesma coisa, aos quais nos juntamos, é maioria expressiva, entretanto, quase todos

reconhecem existir alguma coisa em comum nesses dois fenômenos.

Acreditamos, pois, na necessidade imperiosa de um antecedente afetivo e de caráter

depressivo para que a ansiedade se manifeste patologicamente. O mesmo requisito afetivo

não se necessita para a ansiedade normal e fisiológica. Talvez seja por isso que os quadros

ansiosos respondem tão bem à terapêutica antidepressiva.

Saber com certeza se a Ansiedade pode ser uma das causas de Depressão ou se, ao

contrário, pode surgir como conseqüência desta ou, ainda, se uma nova entidade clínica

independente se constitui quando ambos fenômenos coexistem num mesmo paciente tem

sido uma questão aberta às pesquisas e reflexões.

Strian e Klicpera (1984) consideraram há tempos que Depressão e Ansiedade

formavam um quadro unitário. Clancy (1978), há mais tempo ainda constatou que o humor

depressivo antecedia com freqüência ao primeiro ataque de pânico. Existem boas

observações do transtorno ansioso aparecer em pessoas portadoras de caráter

predominantemente depressivo na personalidade (Lader, 1975), e alguns até consideram o

paciente ansioso como portador de um tipo de Depressão endógena atípica (Salomon, 1978).

Ansiedade e Depressão também foram cogitadas como aspectos diferentes do mesmo

transtorno afetivo por Downing e Rikels (1974), entendendo-se os casos de pânico, fobia,

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obsessões e somatizações como sendo reflexo de sintomas depressivos que se manifestariam

atipicamente (Gersh e Fowles, 1979).

De fato, a insegurança típica do estado fóbico-ansioso pode ser melhor entendida à luz

de uma autopercepção pessimista e de uma representação temerosa da realidade, ambos de

conotação depressiva. Monedero (1973) considera a angústia como um temor de algo que

vai acontecer e a ansiedade como um temor atual, caracterizado pela procura e impaciência

apressada, enfatizando um componente humor-congruente depressivo da ansiedade.

Há ainda autores que admitem a Depressão como uma complicação freqüente dos

transtornos ansiosos ou que os sintomas ansiosos seriam comuns nas doenças depressivas

primárias, aceitando o fato de pacientes com Depressão primária apresentarem estados

ansiosos graves (Rodney, 1997; Cunningham, 1997). A maioria dos autores, entretanto,

afirma que pacientes com pânico primário, com pânico complicado pela Depressão, com

Depressão Primária complicada por pânico ou com Depressão Primária, oferecem sérias

dificuldades para se diferenciar nitidamente os estados ansiosos dos depressivos.

Uma terceira posição, há tempos cogitada, é a ansiosa-depressiva como transtorno

unitário e emancipado, quer da Ansiedade Generalizada, quer da Depressão Maior

(Stavrakaki, 1986). Esta postura unitária, diferente daquela que considera ansiedade e

Depressão como sendo faces de uma mesma doença, também era sustentada por Paykel

(1971) e por Downing e Rikels (1974). Schatzberg (1983) diz que os pacientes com quadros

mistos de Ansiedade e Depressão exigem terapias diferentes dos grupos de pacientes que

apresentam esses quadros isoladamente. Observa que quando as duas síndromes coexistem a

evolução é mais crônica, a resposta é menor às terapias convencionais e o prognóstico é

pior.

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Atualmente tem-se enfatizado muito a teoria unitária, pela qual a Ansiedade e a

Depressão seriam duas modalidades sintomáticas da mesma afecção. As atuais escalas

internacionais de Hamilton para avaliação de Depressão e de Ansiedade, não separaram

nitidamente os dois tipos de manifestações. Outras escalas anteriores também mostravam a

mesma falta de clareza para diferenciação entre esses dois quadros emocionais (Johnstone,

1986; Mendels, 1972).

A tendência unitária Ansiedade-Depressão se reforça ainda na eficácia do tratamento

com antidepressivos, tanto para quadros ansiosos, como é o caso do Pânico, da Fobia Social,

do Transtorno Obsessivo-compulsivo e mesmo da Ansiedade Generalizada, quanto para os

casos de Depressão, com ou sem componente ansioso importante.

O número de autores que não acreditam na Ansiedade e Depressão como sendo a

mesma coisa, aos quais nos juntamos, é maioria expressiva, entretanto, quase todos

reconhecem existir alguma coisa em comum nesses dois fenômenos.

Acreditamos, pois, na necessidade imperiosa de um antecedente afetivo e de caráter

depressivo para que a ansiedade se manifeste patologicamente. O mesmo requisito afetivo

não se necessita para a ansiedade normal e fisiológica. Talvez seja por isso que os quadros

ansiosos respondem tão bem à terapêutica antidepressiva.

Saber com certeza se a Ansiedade pode ser uma das causas de Depressão ou se, ao

contrário, pode surgir como conseqüência desta ou, ainda, se uma nova entidade clínica

independente se constitui quando ambos fenômenos coexistem num mesmo paciente tem

sido uma questão aberta às pesquisas e reflexões.

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Strian e Klicpera (1984) consideraram há tempos que Depressão e Ansiedade

formavam um quadro unitário. Clancy (1978), há mais tempo ainda constatou que o humor

depressivo antecedia com freqüência ao primeiro ataque de pânico. Existem boas

observações do transtorno ansioso aparecer em pessoas portadoras de caráter

predominantemente depressivo na personalidade (Lader, 1975), e alguns até consideram o

paciente ansioso como portador de um tipo de Depressão endógena atípica (Salomon, 1978).

Ansiedade e Depressão também foram cogitadas como aspectos diferentes do mesmo

transtorno afetivo por Downing e Rikels (1974), entendendo-se os casos de pânico, fobia,

obsessões e somatizações como sendo reflexo de sintomas depressivos que se manifestariam

atipicamente (Gersh e Fowles, 1979).

De fato, a insegurança típica do estado fóbico-ansioso pode ser melhor entendida à luz

de uma autopercepção pessimista e de uma representação temerosa da realidade, ambos de

conotação depressiva. Monedero (1973) considera a angústia como um temor de algo que

vai acontecer e a ansiedade como um temor atual, caracterizado pela procura e impaciência

apressada, enfatizando um componente humor-congruente depressivo da ansiedade.

Há ainda autores que admitem a Depressão como uma complicação freqüente dos

transtornos ansiosos ou que os sintomas ansiosos seriam comuns nas doenças depressivas

primárias, aceitando o fato de pacientes com Depressão primária apresentarem estados

ansiosos graves (Rodney, 1997; Cunningham, 1997). A maioria dos autores, entretanto,

afirma que pacientes com pânico primário, com pânico complicado pela Depressão, com

Depressão Primária complicada por pânico ou com Depressão Primária, oferecem sérias

dificuldades para se diferenciar nitidamente os estados ansiosos dos depressivos.

Uma terceira posição, há tempos cogitada, é a ansiosa-depressiva como transtorno

unitário e emancipado, quer da Ansiedade Generalizada, quer da Depressão Maior

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(Stavrakaki, 1986). Esta postura unitária, diferente daquela que considera ansiedade e

Depressão como sendo faces de uma mesma doença, também era sustentada por Paykel

(1971) e por Downing e Rikels (1974). Schatzberg (1983) diz que os pacientes com quadros

mistos de Ansiedade e Depressão exigem terapias diferentes dos grupos de pacientes que

apresentam esses quadros isoladamente. Observa que quando as duas síndromes coexistem a

evolução é mais crônica, a resposta é menor às terapias convencionais e o prognóstico é

pior.

1.3 Hipotimia ou Depressão

Na Hipotimia (humor baixo) ou Depressão, verifica-se o aumento da reatividade e

sensibilidade para os sentimentos desagradáveis, podendo variar desde o simples mal-estar,

até o estupor melancólico, ou seja, uma apatia extrema por melancolia.

Esse estado de Hipotimia ou Depressão se caracteriza, essencialmente por uma tristeza

profunda, normalmente imotivada, que se acompanha de lentidão e inibição de todos os

processos psíquicos. Em suas formas leves a Depressão se revela por um sentimento de mal-

estar, de abatimento, de tristeza, de inutilidade e de incapacidade para realizar qualquer

atividade.

Os pacientes hipotímicos estão dominados por um profundo sentimento de tristeza

imotivada. No doente deprimido, as percepções são acompanhadas de uma tonalidade afetiva

desagradável: tudo Ihe parece negro. Os doentes perdem completamente o interesse pela vida.

Nada lhes interessa do presente nem do futuro e, do passado, são rememorados apenas os

acontecimentos desagradáveis. As percepções são lentas, monótonas, descoloridas. Ao

paciente parece que os alimentos perderam o sabor habitual. Nos estados depressivos, as

ilusões são mais freqüentes do que as alucinações.

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As idéias deliróides nos pacientes hipotímicos são comuns, expressando geralmente

idéias de culpa, de indignidade, ruína, pecado e de auto-acusação. O pensamento é lento e o

próprio ato de pensar é acompanhado de um sentimento desagradável. O conteúdo do

pensamento exprime motivações dolorosas. O paciente é incapaz de livrar-se de suas idéias

tristes pela simples ação de sua vontade ou dos "pensamentos positivos", como se diz.

O quadro clínico do estado afetivo depressivo é caracterizado pela inibição geral da

pessoa, pela baixa performance global refletida por lentidão e pobreza dos movimentos, pela

mímica apagada, pela linguagem lenta, monótona e pelas dificuldades pragmáticas.

Os sintomas somáticos são bastante evidentes nos pacientes hipotímicos. Os distúrbios

vasomotores se traduzem em mãos frias, algumas vezes pálidas e cianosadas, pela palidez dos

lábios e hipotermia. São freqüentes os espasmos ou dilatações vasculares, com conseqüente

oscilação da pressão arterial. Os pacientes deprimidos dão-nos a impressão de mais velhos. As

perturbações digestivas também são constantes, a língua pode se apresentar saburrosa, há

alterações do apetite, tanto com inapetência quanto com hiperfagia e constipação intestinal.

Os distúrbios circulatórios ocasionam um sentimento subjetivo de opressão na região

cardíaca, causando a chamada angústia precordial.

Em determinados casos, sob a influência de fatores externos ou em conseqüência de

causas internas temporárias, a Depressão pode aumentar de modo considerável, determinando

um estado de excitação ansiosa. Quando o paciente, não encontra solução para seu sofrimento

costuma pensar no suicídio.

A Depressão patológica é um dos sintomas fundamentais do Transtorno Afetivo

Bipolar, em sua fase depressiva. Estados depressivos também podem ser observados em todas

as psicoses e neuroses. No Transtorno Afetivo Bipolar, entretanto, a Depressão tem uma

origem ligada a fatores afetivos internos (sentimentos vitais), que escapam à compreensão do

doente e de seus familiares.

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Nas Distimias, nas Reações Agudas ao Estresse e nas neuroses de modo geral, a

Depressão costuma ser mais reativa, isto é, mais psicogênica (mais anímica que vital),

originando-se de situações psicologicamente compreensíveis e de experiências desagradáveis.

A anormalidade do sentimento depressivo nesses quadros psicogênicos está na intensidade e

na duração desse afeto em comparação às pessoas normais e não em sua qualidade, como

acontece nos Transtornos Afetivos Bipolares.

1.4 Tipos de Depressão; quanto a origem

Os afetos depressivos podem aparecer como uma resposta a SITUAÇÕES REAIS,

através de uma Reação Vivencial depressiva, quando diante de fatos desagradáveis,

aborrecedores, frustrações e perdas. Trata-se, neste caso, de uma resposta a conflitos íntimos e

determinados por fatores vivenciais. Daí denominação DEPRESSÃO REATIVA, ou seja, em

reação a alguma coisa real e acontecida, à uma fonte exógena que pode ser casualmente

relacionada àquela reação.

Esta Depressão Reativa, embora compreensiva por tratar-se de uma reação afetiva à

uma vivência desagradável, não deve ser entendida como normal e fisiológica mas apenas

compreensível. Diante de fatos desagradáveis podemos esperar, fisiologicamente, a tristeza e

não a Depressão e, quanto à isso, não devemos fazer nenhuma confusão. 

Esta última, a Depressão, deve ser uma denominação reservada para as Reações

Vivenciais Anormais proporcionadas por circunstâncias vivenciais desagradáveis, ou seja,

reações desproporcionais em quantidade, qualidade e temporalmente ao agente causal. Os

sentimentos de tristeza que normalmente acompanham situações frustrantes são diferenciados

da Depressão por não comportarem a tríade sintomática de Inibição Psíquica, Estreitamento

de Campo Vivencial e Sofrimento Moral.

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A Depressão pode aparecer ainda acompanhado, ou aparentemente motivado, por

SITUAÇÕES ANÍMICAS. Neste caso, certas perspectivas futuras, certos anseios e objetivos

de vida estão representados intrapsiquicamente de maneira negativa. Há um sentimento

depressivo associado às conjecturas irreais de tal forma que o panorama atual dos

acontecimentos e a expectativa do porvir são funestamente valorizados. Sofre-se por aquilo

que não existe ainda ou, muito possivelmente, nem existirá. Um exemplo disso é a Depressão

experimentada diante da possibilidade da perda de um emprego, ou da perspectiva de vir a

sofrer de grave doença e assim por diante da possibilidade da perda de um emprego, ou da

perspectiva de vir a sofrer de grave doença e assim por diante.

Evidentemente, não se trata aqui, de que tais perspectivas sombrias estejam a

alimentar as Depressões, mas muito pelo contrário, ou seja, a Depressão é quem confere um

significado lúgubre às possibilidades do futuro. Não se pode acreditar que, neste caso, exista

uma relação causal vivencial solidamente vinculada à Depressão, pois, de qualquer forma, as

situações referidas como promovedoras e alimentadoras da Depressão não aconteceram

ainda. 

Em outros termos e de acordo com que se sabe sobre Reações Vivenciais (vide

adiante), falta o elemento estressor, o qual existe apenas na imaginação do paciente. Portanto,

é lícito pensar já numa Depressão mais profundamente arraigada no ser, a qual, embora

atrelada à personalidade, utiliza os elementos vivenciais apenas para nutrir sua necessidade de

sofrimento (uma vez que, ainda não aconteceram concretamente).

Há, finalmente, casos de Depressão procedentes de um temperamento francamente

depressivo, ou seja, a nível de SENTIMENTOS VITAIS. São, neste caso, transtornos da

afetividade emancipados dos elementos vivenciais quanto à causalidade. Isso não impede que

sejam desencadeados por vivências traumáticas. Trata-se de uma Tonalidade Afetiva Básica

rebaixada e, evidentemente, talhada à reagir sempre depressivamente à vida.

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As pessoas que se encontram depressivas durante uma fase de suas vidas, cujo

contexto vivencial sugere-nos uma circunstância sofrível, quer como conseqüência de um fato

único, quer como uma somatória de fatos traumáticos sucessivos, sem que possamos detectar

um temperamento depressivo prévio, provavelmente estarão apresentando uma Depressão

Reativa. Neste caso, esta reação depressiva não pode ser tida como decorrência de uma

Tonalidade Afetiva Depressiva de Base, mas como uma resposta emocional à uma

circunstância de vida. Daí empregar-se, antigamente, a denominação de DEPRESSÃO

EXÓGENA, ou seja, dependente de fatores externos à personalidade da pessoa. 

Depois de estabelecido nesta pessoa o estado depressivo, ainda que, conseqüente a

fatores reais e externos à sua personalidade, tudo mais em sua vida parecerá depressivo, até

que saia desta fase afetiva. Assim sendo, poderá também ser pessimista quanto à sua situação

futura, portanto, depressivo quanto à Situações Imaginárias.

Da mesma forma, os pacientes portadores de Tonalidade Afetiva Depressiva de Base,

por possuírem um temperamento previamente depressivo, independentemente dos fatos

vividos, sempre estarão tingindo de negro suas perspectivas futuras. São portadores da,

anteriormente denominada, DEPRESSÃO ENDÓGENA e, como se viu, relacionada não

apenas ao Sentimentos Vitais como também às Situações Imaginárias.

A questão em se saber a natureza endógena ou exógena do estado depressivo, hoje em

dia, parece não despertar o mesmo interesse de antes. Os indivíduos com características

afetivas depressivas (anteriormente denominados de depressivos endógenos) reagirão sempre

aos estímulos da vida de uma forma consoante ao seu afeto depressivo, portanto, dando-nos a

falsa impressão de apresentarem Depressão Reativa: a maioria dos eventos, para eles, terá

uma conotação negativa. Por outro lado, a clínica tem mostrado, com freqüência,

determinadas vivências bastante suportáveis para alguns, ocasionando, em outros, verdadeiras

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Reações Depressivas. Isso nos sugere que tal Reação Depressiva não deve ser legada apenas

aos elementos vivenciais.

No fundo, considerando o estado afetivo no qual o indivíduo se encontra no momento,

tem sido tarefa muito penosa estabelecer a natureza de sua Depressão. Nestes casos,

recorremos quase sempre à personalidade pregressa do paciente; se a tonalidade afetiva era,

anteriormente, depressiva, há possibilidade de este estado depressivo atual ser de natureza

endógena, mas mesmo assim não será uma implicação obrigatória.

Outras vezes, também de acordo com exemplos cotidianos da prática clínica,

personalidades previamente bem adaptadas e sugerindo uma boa adequação afetiva poderão,

não obstante, apresentar fases de profunda Depressão sem motivação vivencial. Procura-se,

nestes casos de Depressão sem motivação ambiental ou, talvez, em atenção a um conforto do

terapeuta, justifica-la como decorrência da eventual somatória de vivências passadas. Certeza

disso, entretanto, ninguém pode ter.

1.5 HIV

A infecção pelo HIV envolve uma complexa inter-relação da replicação viral com o

sistema imunológico. A expressão clinica nos estágios mais precoces da doença (síndrome

retroviral aguda) é semelhante a qualquer outra infecção viral aguda, e aos achados

característicos nos estágios mais avançados da doença refletem a destruição da imunidade,

principalmente devido à perda de células CD4, que são prioritárias na modulação da defesa

imunológica.

A seqüência de eventos é a seguinte: o HIV é transmitido através da barreira

mucocutânea com extensão para o tecido linfático regional, provavelmente pelas células

dentríticas (dias) → viremia maciça com envolvimento extenso de tecido linfático (dias-

semanas) → resposta imune com controle parcial (atribuída à resposta citotóxica de célula T,

resposta humoral e citocinas) (semanas-meses) → replicação contínua de HIV com níveis

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relativamente constantes de viremia do RNA-HIV e gradual depleção de células CD4 acima

da média de 8-10 anos → destruição maciça do sistema imune, com susceptibilidade para

agentes oportunistas e tumores oportunistas quando a contagem de células CD4 atingem um

número menor que 200/mm3.

Estudos sobre a dinâmica do HIV mostram que a taxa de replicação no estágio

intermediário da doença (pacientes com contagem de células CD4 entre 18 a 460/mm3) é de

10 8 – 10 9/dia, uma média de 680.000.000 de novos virions produzidos diariamente. O alvo

principal do HIV são as células CD4 e a destruição das células representa o efeito clearance

viral pelos linfócitos T citotóxicos (LTC).

Estima-se que a média de células CD4 armazenadas em um adulto sadio é de 1012;

aproximadamente 10% - 25% são infectadas precocemente no curso da infecção pelo HIV,

resultando na destruição de cerca de 109/dia. A estimativa da mutação viral é de cerca de

1/10.000 células. Inicialmente, há uma população relativamente homogênea do HIV, mas no

estagio intermediário da doença há cerca de 106 variantes, e na fase avançada há mais de 108

variantes genéticas.

O curso da infecção sem terapia pode durar mais de 10 anos, desde o início da

infecção até um diagnostico definitivo de AIDS. Em alguns pacientes, a taxa de perda de

células CD4 é muito rápida, com contagens inferiores a 200/mm3 em dois anos; no outro

extremo, são encontrados ‘’não-progressores crônicos’’ – definidos como pacientes com

infecção acima de 8 anos, com uma contagem de células CD4 > 500/mm3 e nenhum

tratamento antiviral. Estas variações no curso da infecção são ainda pouco compreendidas,

mas os fatores contribuintes são, provavelmente, ligados à virulência do HIV, suas mutações e

à resposta imune, especialmente à resposta dos linfócitos T citotóxicos (LTC).

Os estudos muitas vezes dão uma visão relativamente simplista da infecção pelo HIV,

na qual a maioria das manifestações clínicas podem estar correlacionadas com maciças taxas

de replicação de HIV, uma resposta imune parcialmente efetiva e uma perda seqüencial de

células CD4, resultando, eventualmente, em profunda imunossupressão.

20

Page 22: amiga renata

A historia natural da infecção por HIV esta dividida em estágios baseados na

contagem de células CD4 e na expressão clínica. O evento inicial, após a transmissão, é a

‘’síndrome retroviral aguda’’ que pode assemelhar-se à mononucleose infecciosa e é

acompanhada por uma viremia do HIV em alto grau. Segue-se uma recuperação clínica

espontânea, no prazo de 1 a 3 semanas, provavelmente em razão da resposta de CD8, que

resulta num declínio rápido da viremia (RNA-HIV). A soroconversão, geralmente, ocorre de 1

a 3 meses após a transmissão viral, mas já foram descritos casos raros de soroconversão

tardia, após 8 meses de exposição do vírus. O paciente permanece então, assintomático, por

um longo período, durante o qual há um declínio gradual na contagem de células CD4. a

contagem estimada, no sangue periférico, em indivíduos saudáveis é de, aproximadamente,

800 – 1.000/mm3, mas a faixa normal, na maioria dos laboratórios é de cerca de 500 –

1.4000/mm3. os estudos da historia natural com contagens seqüenciais de células CD4

mostram um declínio marcante na síndrome retroviral aguda, uma recuperação parcial com a

soroconversão e, então, um declínio gradual numa significativa taxa de 30-60/mm3/ano

durante 5-8 anos. O declínio é, então, acelerado para 50-100/mm3/ano em dois anos, antes de

uma infecção oportunista definidora de AIDS. Esta é a media de acordo com estudos

baseados nas populações que mostram que o tempo, desde a transmissão do HIV até a

instalação da AIDS, é de cerca de 8-10 anos. Todavia, é importante enfatizar a grande

variação, tanto na trajetória do declínio da contagem de células CD4 em diferentes indivíduos

como as variações laboratoriais na contagem das células CD4. Embora a estimativa seja de 8-

10 anos, alguns pacientes progridem para a AIDS após um ano da soroconversão

documentada e, de acordo com estudos com homens homossexuais no Multicenter AIDS

Cohort Study (MACS), 13% permanecem assintomáticos durante 20 anos sem nenhuma

terapia. Essas variações no curso da infecção pelo HIV podem estar relacionadas à virulência

do vírus e/ou à qualidade e características da defesa imunológica, especialmente a resposta

LTC, que é responsável pela destruição das células CD4 infectadas pelo HIV. Os estudos

sobre a história natural em homens homossexuais mostram a percentagem livre da doença

após soroconversao. Os primeiros 12 anos são baseados em observações longitudinais e os

dados para 14-20 anos são projeções:

2 anos – 97,8% 12 anos – 34,8%

4 anos – 87,8% 14 anos – 26,9%

21

Page 23: amiga renata

6 anos – 72,9% 16 anos – 30,8%

8 anos – 57,7% 18 anos – 16,2%

10 anos – 45,0% 20 anos – 12,7%

Em termos de sobrevivência, os dados do ‘’MACS’’ mostram o seguinte tempo

médio:

Contagem de CD4 200/mm3 – 3,5 anos; 5% vivem 10 ou mais anos

Contagem de CD4 100/mm3 – 2,5 anos

Contagem de CD4 50/mm3 – 1,2 anos

AIDS – diagnóstico definido (definição de 1987) – 1,5 anos; 5%vivem 6 ou mais anos

Deve ser enfatizado que os dados mostrados acima foram obtidos no período em que

análogos nucleosídeos tornam-se disponíveis (1987) e a profilaxia para P. carinii foi

padronizada (1990). Não refletem o impacto do 3TC, da terapia combinada, dos inibidores da

protease ou da profilaxia para outras infecções oportunistas.

A expressão clínica do HIV pode ser atribuída a efeitos do vírus de per si ou a

conseqüências da depleção de células CD4. as condições atribuídas ao HIV são a infecção

retroviral aguda e a infecção pelo HIV de órgãos específicos: linfonodos (linfadenopatia

generalizada persistente), cérebro (demência associada ao HIV), pulmões (pneumonia

linfocítica intersticial), rins (nefropatia associada à AIDS), possivelmente o intestino

(enteropatia idiopática relacionada à AIDS) e doença sistêmica (cansaço e/ou febre). A

imunodepressão é expressa pelas infecções e tumores oportunistas. As infecções oportunistas

clássicas associadas à infecção por HIV são as que refletem defeitos na imunidade celular,

como é visto na quimioterapia para o câncer, transplante de órgãos e linfomas: Pneumocystis

carinni, toxoplasmose, criptococose, micobacteriose disseminada, criptosporidíase,

citomegalovírus disseminado (CMV), Herpes simplex disseminado ou crônico, Varicella

zoster, candidíase de mucosa etc. menos enfatizadas, mas igualmente importantes, são as

infecções bacterianas, envolvendo Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae,

Salmonella, Stapylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa. Os tumores oportunistas

associados são os sarcoma de Kaposi e os linfomas de células B, o câncer cervical associado

ao papilomavírus humano e, possivelmente, outros tumores de tecidos sólidos, que também

vêm aumentando, embora o mecanismo seja desconhecido.

22

Page 24: amiga renata

A maioria das complicações do HIV reflete a contagem de células CD4. Em geral, o

paciente infectado por HIV com a contagem de células CD4 >500/mm3 é assintomático e tem

resposta imunológica próxima da normalidade, considerando-se taxas laboratoriais

padronizadas. Aqueles com contagem de células CD4 entre 200 e 500/mm3, geralmente são

assintomáticos, mas podem ter complicações ocasionais que, freqüentemente, estão

relacionadas agentes relativamente virulentos, que também causam doenças em

imunocompetentes. Como exemplo, temos a tuberculose, a pneumonia pneumocócica, Herpes

zoster e candidíase vaginal. Aqueles com contagem abaixo de 200/mm3 são vulneráveis a

complicações maiores, mas freqüentemente permanecem assintomáticos por longos períodos.

A media de contagm de células CD4 relacionadas as condições definidoras de AIDS é de 20-

100/mm3. Estão incluídas pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP), esofagite por Cândida,

CMV disseminado, Mycobacterium avium disseminado (MAC), encefalite pelo Toxoplasma e

meningite criptocócica. Aqueles com contagem de células CD4 abaixo de 50/mm3 têm um

prognóstico sombrio, a duração média de sobrevivência é de cerca de 15 meses e quase todos

os que morrem por complicações relacionadas ao HIV estão nesta faixa de células CD4. As

causas mais comuns da morte são a pneumonia bacteriana, PCP, MAC disseminado e sepse.

Baseados nestas observações, os itens seguintes representam a seqüência de eventos em

adultos com infecções por HIV.

Transmissão viral. As categorias de risco para casos novos de AIDS relatados nos

EUA, de 1993 a outubro de 1995, são: homens homossexuais, 45%; usuários de drogas

injetáveis, 27%; contato heterossexual, 10%; transmissão perinatal, 1%. A eficiência da

transmissão depende do tipo de exposição e da carga viral da fonte de infecção. A estimativa

de transmissão por contato sexual sem proteção, no qual um parceiro esta infectado, é de

0,2% (1/500); é mais alta durante a síndrome retroviral aguda e no estágio mais avançado da

doença, quando a viremia plasmática é maior; a eficácia da transmissão é três a sete vezes

maior quando há DST associada a uma reação inflamatória ou úlcera genital, e aumenta cerca

de 20 vezes mais quando se considera a transmissão do homem para a mulher.

23

Page 25: amiga renata

Infecção retroviral aguda. Geralmente ocorre 1 a 3 semanas após a exposição, tal

como acidente com agulha em profissionais da saúde. A freqüência com a qual esta síndrome

é observada em pacientes que têm amostras seqüenciais de sangue documentado

soroconversão é de 50% a 90%. Os achados clínicos são os mesmos da mononucleose, tais

como febre, adenopatia, hepatoesplenomegalia, inflamação de garganta, mialgias, exantema

morbiliforme, ulceração mococutânea, diarréia, leucopenia com linfocitose atípica. Alguns

pacientes têm sintomas neurológicos, tais como meningite asséptica, síndrome de Guillain-

Barré ou psicose aguda. A febre é autolimitada, geralmente dura de 1 a 3 semanas. Exames

laboratoriais mostram altas concentrações de HIV no sangue, como é indicado pelo exame

quantitativo ou análise de antígeno p24, acompanhada por testes de sorologia negativa ou

indeterminada para anticorpos. Há também um decréscimo transitório na contagem de células

CD4, algumas vezes em níveis relacionados às infecções oportunistas importantes, tais como

PCP.

Soroconversão. Geralmente ocorre de 6 a 12 semanas após a transmissão. A resposta

LTC segue as respostas humorais e são acompanhadas por uma grande redução nas

concentrações plasmáticas de cópias de RNA-HIV e um retorno da contagem de células CD4

aos níveis altos mas, geralmente, não alcança os níveis anteriores à infecção pelo HIV.

Infecção assintomática. Durante este período, o paciente é assintomático ou pode ter

linfadenopatia generalizada persistente. Geralmente há um declínio gradual de células CD4,

numa proporção de 30-60mm3 por ano, de acordo com ensaios seqüenciais num grande

estudo coorte de pacientes acompanhados por um período prolongado. Este declínio não é

linear devido a variações biológicas de cada individuo e variações substanciais, conforme as

técnicas laboratoriais. Como já foi dito, alguns pacientes têm um declínio rápido das células

CD4 e outros mantêm a contagem acima de 500/mm3 por mais de oito anos.

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Page 26: amiga renata

Infecção sintomática precoce. A contagem usual de células CD4 neste grupo é de

100-300/mm3. complicações comuns neste estagio incluem pneumonia bacteriana, candidíase

vaginal e oral, herpez zoster, púrpura trombocitopênica idiopática e tuberculose pulmonar.

Estas complicações incluem diagnósticos não-definidores de AIDS, como a maioria das

condições da categoria B no sistema de classificação do CDC de 1993 e das condições

previamente chamadas de complexo relacionado a AIDS.

Infecção sintomática tardia. Incluem todos os diagnósticos que definem a AIDS, com

contagens de células CD4 abaixo de 200/mm3.

A duração estimada de sobrevida após alcançar a contagem de células CD4 de

200/mm3 era de 3,5 anos, antes das novas terapias combinadas.

HIV em estágio avançado. Esta categoria aplica-se a pacientes com CD4 abaixo de

50/mm3, reconhecendo-se o fato de que tais pacientes têm limitada expectativa de vida

(sobrevida media de 12-18 meses) e quase todos os pacientes que morrem devido a

complicações relacionadas à AIDS estão nesta faixa de CD4.

25

Page 27: amiga renata

2 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Segundo Horta ‘’... dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a

assistência ao ser humano’’. Servem para guiar as praticas de enfermagem planejadas pelo

enfermeiro.

Etapas do processo de enfermagem:

1. Histórico de enfermagem;

2. Diagnóstico de enfermagem;

3. Plano assistencial;

4. Plano de cuidados;

5. Evolução de enfermagem;

6. Prognóstico de enfermagem.

2.1 História de vida

Dados de Identificação:

Nome: L. K .

Sexo: Feminino

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Page 28: amiga renata

Idade: 31 anos

Peso: 42 kg

Cor: Branca

Estado Civil: Solteira

Nível Cultural: 1º Grau incompleto

Religião: Católica

Procedência: Lajeado

Naturalidade: Lajeado

Sinais Vitais: Estáveis

Profissão: Desempregada

L.K, mãe de 6 filhos, todos de parto normal e de gravidez não planejada por falta de

informações. Mora com 4 filhos, os outros dois, um deu para adoção e o outro para uma irmã.

Hoje seus filhos encontram-se em um abrigo até que ela volte para casa. Ela é filha adotiva de

pais já falecidos e diz que gostava muito deles. Seus filhos não são do mesmo marido, uma

das filhas é de um ‘’ficante’’ que faleceu porque levou um tiro e os outros cindo de seu ex-

marido, que esta preso por abusar sexualmente de sua filha. Ela relata também que apanhava

do ex-marido e que ele saia com outras mulheres. Trabalhou de domestica com sua irmã mas

hoje vive da pensão que ganha do ex-marido e da bolsa família. Sua primeira relação sexual

foi aos 16 anos onde engravidou. Quando teve seu último filho fez laqueadura. Relata também

que é imunodeprimida e que pegou a doença de ex-marido, além dela, seus dois últimos filhos

também tem a doença. Seu único vicio é o café. Diz que não tem muitas amigas e se dá muito

bem com sua irmã, que lhe ajuda e da forças. Quando descobriu que estava com a doença

ficou muito deprimida, entrando em depressão. Segundo ela não tem mais forças para viver

mas diz que quer melhorar para poder cuidar de seus filhos, que ama muito.

2.2 Diagnósticos de enfermagem

D1- Déficit no volume de líquidos relacionado com pele e mucosas secas e perda de

peso, evidenciada por diarréia .

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Page 29: amiga renata

D2- Alteração na nutrição menos que o corpo necessita, relacionado com peso

corporal abaixo de 20% do ideal, imunidade deficiente e depressão, evidenciado por que a

paciente está apresentando uma ingesta de nutrientes insuficiente para atender as necessidades

metabólicas diárias.

D3- Distúrbios no padrão de sono relacionado com preocupações, depressão e tristeza

evidenciado por queixas de dificuldade de adormecer.

D4- Déficit no auto cuidado:(banho e higiene) relacionado com fraqueza,

desmotivação e depressão, evidenciado pela incapacidade de realizar a higiene oral e corporal.

D5- Alteração nos padrões de sexualidade, relacionada com medo associado a doenças

sexualmente transmissíveis, evidenciado por limitação imposta por doença (HIV)

D6- Processos familiares alterados, relacionados com o impacto da doença (HIV)

evidenciado pela falta de comunicação efetiva ma família.

D7- Alteração da mucosa oral relacionada com diminuição ou falta de salivação,

mucosa oral lesionada e xerostomia (boca ressequida)

Evidenciado pela desidratação e higiene inadequada.

2.3 Medicação

2.3.1 Dormonid - Maleato de midazolam

Agente indutor do sono

Uso adulto

Forma farmacêutica e apresentação - Comprimidos de 15 mg: Caixas com 20 e 30.

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Composição - Ingrediente ativo: 1 comprimido de Dormonid® (Maleato de

midazolam) contém 20,40 mg de maleato de midazolam, que corresponde a 15 mg de 8-cloro-

6-(2-fluorofenil)-1-metil-4H-imidazo[1,5a][1,4] benzodiazepina (midazolam). Excipientes:

Lactose, celulose microcristalina, amido de milho, estearato de magnésio,

hidroxipropilmetilcelulose, copolímero do ácido metacrílico, polietilenoglicol 6000,

polietilenoglicol 400, talco, dióxido de titânio, carboximetilcelulose e índigo carmim.

Informações técnicas

Características químicas e farmacológicas - Dormonid® (Maleato de midazolam) é

um indutor de sono, caracterizado por rápido início e curta duração de ação. Também exerce

efeito ansiolítico, anticonvulsivante e relaxante muscular.

Farmacocinética - Absorção: O midazolam é absorvido rápida e completamente após

administração oral. Após dose de 15 mg, concentrações plasmáticas máximas de 70 a 120

ng/ml são atingidas em uma hora. Alimentos prolongam em uma hora o tempo para a

concentração máxima, indicando redução na velocidade de absorção do midazolam. Sua

meia-vida de absorção é de 5 a 20 minutos. Em razão de substancial eliminação pré-sistêmica,

sua biodisponibilidade absoluta é de 30% a 50%. A farmacocinética do midazolam é linear no

nível de doses orais entre 7,5 e 15 mg. Distribuição: A distribuição tecidual do midazolam é

muito rápida e, na maioria dos casos, uma fase de distribuição não é evidente ou é

essencialmente terminada 1 a 2 horas após administração oral. O volume de distribuição na

concentração de equilíbrio é de 0,7 a 1,2 l/kg. O teor de ligação a proteínas plasmáticas é de

96% a 98%, sendo a maior fração ligada à albumina. Há passagem lenta e insignificante para

o liquor. Em humanos, foi demonstrado que o midazolam atravessa lentamente a placenta e

entra na circulação fetal. Pequenas quantidades de midazolam são encontradas no leite

humano. Biotransformação: O midazolam é quase completamente eliminado por

biotransformação. Menos de 1% da dose é recuperado intacto na urina. O midazolam é

hidroxilado pela fração 3A4 do citocromo P450, sendo o a-hidroximidazolam o principal

metabólito urinário e plasmático. Sessenta a 80% da dose administrada são excretados na

urina como conjugado glicuronado. As concentrações plasmáticas do a-hidroximidazolam

correspondem a 30%-50% das concentrações do fármaco original. Após administração oral,

ocorre substancial eliminação pré-sistêmica de 30% a 60%. A meia-vida de eliminação do

metabólito é 1 hora mais curta. O a-hidroximidazolam é farmacologicamente ativo e contribui

significantemente (cerca de 34%) para os efeitos do midazolam oral. Não há evidência de

29

Page 31: amiga renata

polimorfismo genético no metabolismo oxidativo do midazolam. Eliminação: Em voluntários

sadios jovens, a meia-vida de eliminação é de 1,5 a 2,5 horas. O midazolam não se acumula,

quando administrado em dose única diária. A administração repetida de midazolam não

produz indução de enzimas de biotransformação.

Farmacocinética em populações especiais - Idosos: Não há evidência de alteração na

farmacocinética do midazolam oral em pacientes com mais de 60 anos. Pacientes com

insuficiência hepática: Cirrose hepática pode aumentar a biodisponibilidade absoluta do

midazolam,porredução da bio transformação.

Indicações - Tratamento de curta duração da insônia. Os benzodiazepínicos são

indicados apenas quando o transtorno submete o indivíduo a extremo desconforto, é grave ou

incapacitante. Sedação, antecedendo procedimentos cirúrgicos ou diagnósticos.

Contra-indicações - Insuficiência respiratória grave; insuficiência hepática grave;

síndrome de apnéia do sono; crianças; pacientes com hipersensibilidade conhecida a

benzodiazepínicos ou a qualquer componente do medicamento; miastenia gravis.

Precauções - Tolerância: Pode ocorrer perda de eficácia do efeito hipnótico de

benzodiazepínicos de curta duração de ação, após uso repetido por algumas semanas.

Dependência: O uso de benzodiazepínicos e agentes similares pode levar ao desenvolvimento

de dependência física e psicológica desses produtos. O risco de dependência aumenta com a

dose e a duração do tratamento; é maior também em pacientes com história de abuso de álcool

ou drogas. Uma vez desenvolvida dependência, a interrupção abrupta do tratamento será

acompanhada de sintomas de abstinência. Estes podem consistir em cefaléia, mialgia, extrema

ansiedade, tensão, inquietação, confusão mental e irritabilidade. Em casos graves, os

seguintes sintomas podem ocorrer: desrealização, despersonalização, hiperacusia,

amortecimento e parestesia de extremidades, hipersensibilidade à luz, ruído e contato físico,

alucinações e convulsões. Insônia rebote, uma síndrome transitória, onde sintomas que

levaram ao tratamento com benzodiazepínico ou agentes similares reincidem em forma

aumentada, pode ocorrer na interrupção do tratamento hipnótico. Pode ser acompanhada de

outras reações, incluindo alterações do humor, ansiedade e inquietação. Como o risco de

fenômenos de abstinência ou rebote é maior após descontinuação abrupta do tratamento,

recomenda-se redução gradual da dose.

30

Page 32: amiga renata

Duração do tratamento - A duração do tratamento com hipnóticos benzodiazepínicos

deve ser a mais curta possível (ver Posologia) e não deve exceder 2 semanas. Manutenção por

tempo superior não deve ocorrer sem reavaliação da condição do paciente. O processo de

redução gradual deve ser ajustado individualmente. Pode ser útil informar ao paciente, no

início do tratamento, de que este terá duração limitada, e explicar precisamente como a dose

será progressivamente diminuída. Sobretudo, é importante que o paciente tenha conhecimento

da possibilidade de sintomas rebote, minimizando, desta forma, ansiedade decorrente de tais

sintomas, caso eles se manifestem na descontinuação do medicamento. Há evidências de que,

no caso de benzodiazepínicos de curta duração de ação, sintomas de abstinência podem

ocorrer nos intervalos interdose, especialmente quando se utiliza dose elevada. Amnésia:

Dormonid® (Maleato de midazolam) pode causar amnésia anterógrada. A condição ocorre

mais freqüentemente nas primeiras horas após a ingestão do produto e, portanto, para reduzir

o risco, os pacientes devem se assegurar de que poderão ter um período ininterrupto de sono

de 7 a 8 horas. Efeitos paradoxais e psiquiátricos: Efeitos paradoxais como inquietação,

agitação, irritabilidade, agressividade, e, mais raramente, delírios, acessos de raiva, pesadelos,

alucinações, psicose, comportamento inadequado e outros efeitos comportamentais adversos

podem ocorrer quando se utilizam benzodiazepínicos ou agentes similares. Neste caso, o uso

do medicamento deve ser descontinuado. A ocorrência destes efeitos é mais provável em

idosos. Grupos específicos de pacientes: Benzodiazepínicos não são recomendados como

tratamento principal de transtornos psicóticos. Benzodiazepínicos não devem ser utilizados

isoladamente para tratar depressão ou ansiedade associada à depressão, pois podem facilitar

impulso suicida em tais pacientes. Benzodiazepínicos devem ser utilizados com extremo

cuidado em pacientes com história de abuso de álcool ou drogas. A eliminação do

medicamento pode ser retardada em pacientes em uso de fármacos que inibam ou induzam

certas enzimas hepáticas, particularmente do citocromo P450-3A4 (ver Interações). Não se

recomenda associação de midazolam por via oral com cetoconazol, itraconazol ou fluconazol

(ver Interações). Não se recomenda administração oral concomitante de midazolam e

eritromicina. Se inevitável, deve-se reduzir a dose do midazolam (ver Interações).

Recomenda-se reduzir a dose oral de midazolam, quando associado a diltiazem, verapamil ou

saquinavir (ver Interações). Recomenda-se aumentar a dose oral de midazolam, quando

associado à carbamazepina, fenitoína ou rifampicina (ver Interações). Efeitos na capacidade

de dirigir e operar máquinas: Sedação, amnésia, redução da capacidade de concentração e da

força muscular podem prejudicar a capacidade de dirigir ou operar máquinas. Se a duração do

sono for insuficiente, é maior a probabilidade de redução da atenção (ver Interações).

31

Page 33: amiga renata

Gravidez e lactação - Não há dados suficientes de midazolam para avaliar sua

segurança durante a gravidez. Os benzodiazepínicos devem ser evitados durante a gravidez, a

não ser que não haja alternativa mais segura. Se o produto for prescrito a mulher em idade

fértil, ela deve ser avisada de procurar seu médico para descontinuar o medicamento, em caso

de pretender engravidar ou suspeitar de estar grávida. Se, excepcionalmente, se considerar

essencial a administração de benzodiazepínico durante os 3 últimos meses de gravidez ou

durante o trabalho de parto, podem-se esperar efeitos no recém-nascido, como hipotermia,

hipotonia, redução da sucção e depressão respiratória moderada, atribuíveis à ação

farmacológica do medicamento. Sobretudo, bebês filhos de mulheres que fizeram uso crônico

de benzodiazepínicos durante os últimos estágios da gravidez podem ter desenvolvido

dependência física, com risco de apresentar sintomas de abstinência no período neonatal.

Como o midazolam passa para o leite, Dormonid® (Maleato de midazolam) não deve ser

administrado a mulheres que estejam amamentando.

Interações medicamentosas - A biotransformação do midazolam é mediada

predominantemente pelo citocromo P450 3A4. Aproximadamente 25% do total de enzimas

hepáticas do sistema citocromo P450 em adultos correspondem à subfamília 3A4. Inibidores e

indutores dessa isoenzima podem produzir interações farmacológicas com o midazolam (ver

Precauções).

Estudos de interações com Dormonid® (Maleato de midazolam) Comprimidos -

Inibidores do CYP 3A4: Cetoconazol: A administração concomitante de Dormonid®

(Maleato de midazolam) e cetoconazol aumentou 16 vezes a exposição sistêmica (área sob a

curva) ao midazolam. A interação farmacocinética e farmacodinâmica entre ambos os

fármacos é clinicamente significante. Portanto, não se recomenda o uso oral concomitante de

midazolam e cetoconazol (ver Precauções). Itraconazol: A administração concomitante de

midazolam e itraconazol aumentou 6 a 11 vezes a exposição sistêmica (área sob a curva) ao

midazolam. A interação farmacocinética e farmacodinâmica é clinicamente significante.

Portanto, não se recomenda o uso oral concomitante de midazolam e itraconazol (ver

Precauções). Fluconazol: A administração concomitante de midazolam e fluconazol aumentou

3 a 4 vezes a exposição sistêmica (área sob a curva) ao midazolam. A interação

farmacocinética e farmacodinâmica entre midazolam e fluconazol é clinicamente significante.

Portanto, não se recomenda o uso oral concomitante de midazolam e fluconazol (ver

Precauções). Eritromicina: A administração concomitante de midazolam e eritromicina

32

Page 34: amiga renata

aumentou 3 a 4 vezes a exposição sistêmica (área sob a curva) ao midazolam. Resultados de

testes psicomotores também demonstraram interação clinicamente significante entre esses

fármacos. Não se recomenda a prescrição de midazolam a pacientes em uso de eritromicina.

Se utilizado, deve-se reduzir a dose de midazolam em 50% a 75% (ver Precauções).

Roxitromicina: A administração concomitante de midazolam e roxitromicina aumentou a

exposição sistêmica (área sob a curva) ao midazolam em aproximadamente 50%. Portanto, é

improvável que a fraca interação farmacocinética e farmacodinâmica seja clinicamente

significante e não deve impedir o uso terapêutico seguro do midazolam. Azitromicina: A

administração concomitante de midazolam e azitromicina não teve efeito na exposição

sistêmica (área sob a curva) ao midazolam. É improvável que o pequeno efeito da

azitromicina na taxa de absorção do midazolam seja clinicamente significante. Estes fármacos

podem ser administrados concomitantemente, sem necessidade de ajuste de dose do

midazolam. Diltiazem: A administração concomitante de midazolam e diltiazem aumentou

quase 4 vezes a exposição sistêmica (área sob a curva) ao midazolam. A interação

farmacocinética e farmacodinâmica é clinicamente significante. Portanto, não se recomenda o

uso oral concomitante de midazolam e diltiazem; entretanto, se isto não puder ser evitado, a

dose de midazolam deve ser reduzida em, no mínimo, 50% (ver Precauções). Verapamil: A

administração concomitante de midazolam e verapamil aumentou quase 3 vezes a exposição

sistêmica (área sob a curva) ao midazolam. As alterações farmacocinéticas foram

clinicamente significantes; portanto, a dose usual de midazolam deve ser reduzida em no

mínimo 50% durante tratamento concomitante com verapamil (ver Precauções). Saquinavir:

A administração concomitante de dose única oral de 7,5 mg de midazolam após 3 a 5 dias de

tratamento com saquinavir (1.200 mg t.i.d.) em 12 voluntários sadios aumentou a exposição

ao midazolam em concentrações mais de 2 vezes maiores. O saquinavir aumentou a meia-vida

de eliminação do midazolam de 4,3 para 10,9 horas e, a biodisponibilidade absoluta de 41%

para 90%. O aumento das concentrações plasmáticas do midazolam durante o tratamento com

saquinavir intensificaram os efeitos sedativos; portanto, durante tratamento com saquinavir, a

dose oral de midazolam deve ser reduzida em 50%(ver Precauções). Cimetidina: A

administração concomitante de midazolam e cimetidina aumentou cerca de um terço a

exposição sistêmica (área sob a curva) ao midazolam ou não teve efeito na farmacocinética do

midazolam. Os achados não indicam uma interação clinicamente significante entre midazolam

e cimetidina. Ambos os fármacos podem ser administrados concomitantemente sem

necessidade de ajuste de dose do midazolam. Ranitidina: A administração concomitante de

midazolam e cimetidina aumentou a exposição sistêmica (área sob a curva) ao midazolam em

33

Page 35: amiga renata

23% a 66% ou não teve efeito na farmacocinética do midazolam. Os achados sugerem que

uma interação clinicamente significante entre midazolam e ranitidina é improvável na prática

clínica e que não é necessário ajuste de dose do midazolam. Terbinafina: A administração

concomitante de midazolam e terbinafina não teve efeito na farmacocinética ou

farmacodinâmica do midazolam. Indutores do CYP3A4: Carbamazepina e fenitoína: Em

pacientes com epilepsia, em uso de carbamazepina e/ou fenitoína, a exposição sistêmica (área

sob a curva) ao midazolam foi de apenas 6% em relação à observada em voluntários sadios e

efeitos sedativos foram mínimos ou ausentes. Os resultados demonstram uma interação

clinicamente significante entre o midazolam e fármacos anticonvulsivantes. Doses maiores de

midazolam são necessárias em pacientes em uso de carbamazepina ou fenitoína (ver

Precauções). Rifampicina: A administração concomitante de midazolam e rifampicina reduziu

a exposição sistêmica (área sob a curva) ao midazolam em 96%. Durante tratamento

concomitante, os efeitos farmacodinâmicos foram consideravelmente menores que os

verificados com o midazolam em monoterapia. Os resultados demonstram uma interação

clinicamente significante entre midazolam e rifampicina. Portanto, em pacientes em

tratamento com rifampicina, são necessárias doses mais elevadas de midazolam para produzir

sedação suficiente (ver Precauções). Etanol: Deve-se evitar o uso concomitante com álcool. O

efeito sedativo pode ser aumentado quando Dormonid® (Maleato de midazolam) for utilizado

em associação a álcool. Isto afeta a capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Reações adversas - Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer em associação a

Dormonid® (Maleato de midazolam) Comprimidos: Sonolência diurna, embotamento

emocional, redução da atenção, confusão mental, fadiga, cefaléia, tontura, fraqueza muscular,

ataxia ou diplopia. Estes fenômenos ocorrem predominantemente no início do tratamento e

em geral desaparecem com a continuação da administração. Outros eventos adversos, como

distúrbios gastrintestinais, alteração da libido ou reações cutâneas têm sido relatados

ocasionalmente. Quando utilizado como pré-medicação, este medicamento pode contribuir

para sedação pós-operatória. Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em indivíduos

suscetíveis. Amnésia: Amnésia anterógrada pode ocorrer em doses terapêuticas, com risco

aumentado em doses maiores. Efeitos amnésticos podem estar associados a comportamento

inadequado (ver Precauções). Depressão: Depressão preexistente pode ser agudizada com o

uso de benzodiazepínicos. Efeitos paradoxais e psiquiátricos: Efeitos paradoxais como

inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, e, mais raramente, delírios, acessos de

raiva, pesadelos, alucinações, psicose, comportamento inadequado e outros efeitos

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Page 36: amiga renata

comportamentais adversos podem ocorrer quando se utilizam benzodiazepínicos ou agentes

similares. Neste caso, o uso do medicamento deve ser descontinuado. A ocorrência destes

efeitos é mais provável em idosos. Dependência: Mesmo em doses terapêuticas pode haver

desenvolvimento de dependência: a descontinuação do tratamento pode resultar em sintomas

de abstinência ou rebote (ver Precauções). Dependência psicológica pode ocorrer. Abuso tem

sido relatado em pacientes com história de abuso de múltiplas drogas.

Posologia - O tratamento deve ser o mais curto possível. Em geral, a duração do

tratamento varia de poucos dias ao máximo de 2 semanas. O processo de retirada gradual

deve ser ajustado individualmente. Em certos casos, a continuação além do período máximo

de tratamento pode ser necessária; nesta eventualidade, não se deve prosseguir, sem

reavaliação da condição do paciente. Devido a seu rápido início de ação, Dormonid®

(Maleato de midazolam) deve ser ingerido imediatamente antes de deitar, com um pouco de

água, sem mastigar o comprimido.

Dose padrão - Adultos: Entre 7,5 e 15 mg. Em pacientes idosos e debilitados, a dose

recomendada é 7,5 mg . Uma dose mais baixa também é recomendada para pacientes com

insuficiência respiratória crônica, em razão do risco de depressão respiratória. O tratamento

deve ser iniciado com a menor dose recomendada. A dose máxima não deve ser excedida, em

razão do aumento do risco de efeitos adversos sobre o sistema nervoso central.

Instruções posológicas especiais - Em pacientes com insuficiência hepática, a dose

recomendada é 7,5 mg. Dormonid® (Maleato de midazolam) pode ser tomado em qualquer

horário, desde que se assegure que o paciente terá no mínimo 7 a 8 horas de sono não-

interrompido.

Medicação pré-operatória - No período pré-operatório, Dormonid® (Maleato de

midazolam) deve ser administrado 30 a 60 minutos antes do procedimento.

Superdose - Sintomas: Superdose de benzodiazepínicos em geral se manifesta por

depressão do sistema nervoso central, em graus variáveis, de sonolência a coma. Os sintomas

de superdose com Dormonid® (Maleato de midazolam) se apresentam principalmente como

intensificação de efeitos farmacológicos como sonolência, confusão mental, letargia ou

excitação paradoxal. Como com outros benzodiazepínicos, superdose não apresenta ameaça à

vida, a não ser que associada a outros depressores do sistema nervoso central (incluindo

35

Page 37: amiga renata

álcool). Em casos brandos, os sintomas incluem sonolência, confusão mental e letargia; em

casos mais graves, os sintomas podem incluir ataxia, hipotonia, hipotensão, arreflexia,

depressão cardiorrespiratória, apnéia e, raramente, coma. Tratamento: No tratamento de

superdose com qualquer produto medicinal, deve-se considerar que múltiplos agentes podem

ter sido ingeridos. Em seguida à superdose oral de benzodiazepínicos, deve-se induzir vômito

(em 1 hora), se o paciente estiver consciente, ou realizar lavagem gástrica com proteção de

vias aéreas, se o paciente estiver inconsciente. Se não houver vantagem no esvaziamento

gástrico, deve-se administrar carvão ativado para reduzir a absorção. Especial atenção deve

ser dada às funções respiratória e cardíaca, em cuidado intensivo. O antagonista específico de

benzodiazepínico, flumazenil pode ser útil. Recomenda-se cuidado ao se administrar

flumazenil em casos de intoxicação exógena mista e em pacientes epilépticos em uso de

benzodiazepínicos.

2.3.2 Haldol – Aloperidol

O haldol é o haloperidol, um neuroléptico do grupo das butirofenonas. Além da

indicação para tratamento dos sintomas psicóticos: pode ser usado também para evitar enjôos

e vômitos de qualquer origem, para controlar agitação, agressividade devido a outras

perturbações mentais, ou ainda para tratar o distúrbio de Gilles La Tourette.    

A dose mais comum varia entre 5 e 15mg por dia podendo chegar 100mg por dia sem

nenhum risco. A dose recomendada para crianças entre 15 e 40 Kg de peso corpora

(entre 3 e 12 anos) é de 0,05mg/Kg/dia até o máximo de ,015mg/Kg/dia. A elevação

da dose deve ser gradual, respeitando intervalos de 7 dias aproximadamente entre uma e outra

elevação, tanto para adultos como para crianças. A aplicação de depósito (Depot) só deve ser

realizada depois que o paciente demonstrou ter bons resultados com a administração via oral

Principais efeitos colaterais:

Os efeitos sobre o sistema motor, como o enrijecimento muscular, a inquietação

(dificuldade de ficar parado) e a vontade de ficar mexendo com as pernas, mesmo estando

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Page 38: amiga renata

parado, assim como movimentos musculares (principalmente na face) são os principais efeitos

colaterais. Dentre todas, a síndrome neuroléptica maligna é a mais grave e rara de todos os

efeitos colaterais.

Considerações importantes

Não pode ser usado em pacientes com doença de Parkinson, com problemas cerebrais

orgânicos ou com alergias ao princípio ativo. Deve ser usado com controle em pacientes

epiléticos. Apesar de já ter sido usado durante a gestação sem provocar problemas seu uso não

é deve ser feito livremente no primeiro trimestre de gestação.

2.3.3 Amplictil

Cloridrato de clorpromazin

Forma farmacêutica e apresentações

Comprimido. Caixa com 20 comprimidos a 25 mg de clorpromazina, sob a forma de

cloridrato de clorpromazina;

Comprimido. Caixa com 20 comprimidos de 100 mg de clorpromazina, sob a forma

de cloridrato de clorprom

Informações técnicas

Propriedades

AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) tem como princípio ativo o cloridrato de

clorpromazina, que possui uma ação estabilizadora no sistema nervoso central e periférico e

uma ação depressora seletiva sobre o SNC, permitindo, assim, o controle dos mais variados

tipos de excitação. É, portanto, de grande valor no tratamento das perturbações mentais e

emocionais. AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) tem propriedades neurolépticas,

vagolíticas, simpatolíticas, sedativas e antieméticas

Indicações

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Page 39: amiga renata

NEUROPSIQUIATRIA - Pode ser prescrito em quadros psiquiátricos agudos, ou

então no controle de psicoses de longa evolução.

CLÍNICA GERAL - Manifestação de ansiedade e agitação, soluços incoercíveis,

náuseas e vômitos e neurotoxicoses infantis; também pode ser associado a barbitúricos no

tratamento do tétano.

CIRURGIA - Como agente pré-anestésico.

OBSTETRÍCIA - Em analgesia obstétrica e no tratamento da eclâmpsia.

AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) é indicado nos casos em que haja

necessidade de uma ação neuroléptica, vagolítica, simpatolítica, sedativa ou antiemética.

Contra-indicações

Absolutas

- Glaucoma de ângulo fechado.

- Em pacientes com risco de retenção urinária, ligado a problemas uretroprostáticos;

- Uso concomitante com levodopa. (ver item Interações Medicamentosas).

Outras contra-indicações de AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) são: comas

barbitúricos e etílicos; sensibilidade às fenotiazinas; doença cardiovascular grave; depressão

severa do sistema nervoso central.

Além disso, constituem-se em contra-indicações relativas do AMPLICTIL (Cloridrato

de clorpromazina) o uso concomitante com álcool, lítio e sultoprida (ver Interações

Medicamentosas).

A relação risco-benefício deverá ser avaliada nos seguintes casos: discrasias

sangüíneas; câncer da mama; distúrbios hepáticos; doença de Parkinson; distúrbios

convulsivos; úlcera péptica.

AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) deverá ser administrado com cautela em

pacientes idosos e/ou debilitados.

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Page 40: amiga renata

Advertências

Em caso de hipertermia deve-se suspender o tratamento, pois este sinal pode ser um

dos elementos da Síndrome Maligna (palidez, hipertermia e distúrbios vegetativos) que tem

sido descrita com o uso de neurolépticos.

Assim como com outros neuroléticos, foram relatados casos raros de prolongamento

do intervalo QT com a clorpromazina.

Precauções

- Nos primeiros dias de tratamento, principalmente em hipertensos e hipotensos, é

necessário que os pacientes se deitem durante meia hora em posição horizontal, sem

travesseiro, logo após a tomada do medicamento. Esta precaução deve ser rigorosamente

seguida quando se administra o AMPLICTIL® (Cloridrato de clorpromazina) Injetável.

- A vigilância clínica e, eventualmente eletroencefalográfica deve ser reforçada em

pacientes epilépticos, devido à possibilidade de diminuição do limiar epileptógeno.

- Recomenda-se evitar o tratamento prolongado, quando se tratar de mulheres que

possam vir a engravidar.

- Não utilizar AMPLICTIL® (Cloridrato de clorpromazina) durante a gestação ou

período de aleitamento sem que seja avaliada a relação risco-benefício.

- É desaconselhável o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

Reações adversas

Observadas as recomendações acima citadas, AMPLICTIL (Cloridrato de

clorpromazina) apresenta boa tolerabilidade. Como reações adversas o paciente pode

apresentar: sedação ou sonolência; discinesias precoces (torcicolo espasmódico, crises

oculógiras, trismo, etc que melhoram com a administração de antiparkinsoniano

anticolinérgico); síndrome extrapiramidal que melhora com a administração de

antiparkinsonianos anticolinérgicos; discinesias tardias que podem ser observadas, assim

como para todos os neurolépticos, durante tratamentos prolongados (nestes casos os

antiparkinsonianos não agem ou podem piorar o quadro); hipotensão ortostática; efeitos

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Page 41: amiga renata

atropínicos (secura da boca, obstipação intestinal, retenção urinária), prolongamento do

intervalo QT, impotência, frigidez, amenorréia, galactorréia, ginecomastia,

hiperprolactinemia; reações cutâneas como fotodermias e pigmentação da pele; ganho de

peso, às vezes, importante; depósito pigmentar no segmento anterior do olho;

excepcionalmente leucopenia ou agranulocitose, e, por isso é recomendado o controle

hematológico nos 3 ou 4 primeiros meses de tratamento; foi observada icterícia por ocasião de

tratamentos com clorpromazina, porém, a relação com o produto é questionável.

Informações ao paciente

AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) é um medicamento que age no sistema

nervoso central sendo indicado, entre outros casos, em pacientes que necessitam de

medicação sedativa, pré-anestésica ou antiemética.

AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) Comprimidos deve ser mantido em

temperatura ambiente, ao abrigo da luz e umidade. AMPLICTIL (Cloridrato de

clorpromazina) Gotas deve ser protegido do calor e luz e AMPLICTIL (Cloridrato de

clorpromazina) Injetável deve ser protegido da luz. O prazo de validade de AMPLICTIL

(Cloridrato de clorpromazina) é de 60 meses para comprimidos e ampolas e de 36 meses para

gotas. Verifique sempre o prazo de validade e não tome medicamentos com o prazo vencido,

pois é prejudicial para sua saúde. Confira sempre o nome do medicamento no rótulo, para não

haver enganos.

Não utilize AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) caso haja sinais de violação

e/ou danificações da embalagem.

O uso de AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) durante a gravidez ou período de

amamentação deve ser orientado pelo seu médico. Caso a paciente venha a engravidar,

durante ou logo após o tratamento com AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) seu

médico deve ser avisado para a orientação adequada. Informar ao médico se estiver

amamentando.

Siga a orientação do seu médico respeitando sempre os horários, as doses e a duração

do tratamento. Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

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Page 42: amiga renata

Nunca dê a um amigo ou parente este medicamento. Somente o médico pode

prescrevê-lo.

De modo geral AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) é bem tolerado. Alguns

pacientes, porém, podem apresentar sonolência, torcicolo, queda de pressão, impotência,

frigidez, alterações menstruais, sedação, boca seca, retenção urinária, alterações na pele ou

alergias, ganho de peso e prisão de ventre, além de outras reações. Caso ocorra alguma reação

desagradável, procure seu médico, que ele lhe dará a orientação adequada.Em caso de febre, o

tratamento com AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) deve ser suspenso e o médico

comunicado.

Pacientes idosos, que tenham retenção urinária por problemas de próstata ou uretra,

não devem tomar AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina).

Informe seu médico caso você tenha doença de coração, fígado, rim ou Parkinson, ou

se estiver fazendo uso de outros medicamentos.

Não se recomenda AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina) para crianças com

menos de 2 anos de idade.

Deve-se evitar bebidas alcoólicas durante o tratamento com AMPLICTIL®

(Cloridrato de clorpromazina), pois elas aumentam seu efeito sedativo. O uso de AMPLICTIL

(Cloridrato de clorpromazina) por pacientes condutores de veículos ou que operam máquinas

deve ser feito com precaução, devido ao risco de sonolência.

Considerando que AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina)) pode interagir com

outros medicamentos, informar o médico se estiver tomando levodopa, lítio, sultoprida,

antidiabéticos, antiácidos, anti-hipertensivos antidepressivos ou outros medicamentos de ação

sobre o sistema nervoso central.

Pacientes idosos

Pacientes idosos, que tenham retenção urinária por problemas de próstata ou uretra, não

devem tomar AMPLICTIL (Cloridrato de clorpromazina). Deve-se realizar ajuste posológico

para pacientes idosos, conforme descrito no item posologia.

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Page 43: amiga renata

2.4 Intervenções de enfermagem

1- Esclarecer a paciente sobre todos os procedimentos realizados;

2- Realizar controle de SV e comunicar alterações;

3- Avaliar nível de consciência;

4- Monitorar a função respiratória, sat O2 e perfusão;

5- Auxilia-la na ingesta alimentar;

6- Oferecer liquido com cuidado se sedada;

7- Observar aceitação e/ou dificuldade para VO;

8- Auxilia-la na higiene corporal uma vez ao dia;

9- Realizar ou auxiliar higiene oral três vezes ao dia;

10- Manter e observar permeabilidade do acesso nervoso;

11- Realizar contenção química e mecânica S/N;

12- Monitorar contenção mecânica evitando garroteamento;

13- Realizar troca de equipe cada 72 horas;

14- Manter acompanhamento familiar 24 horas;

15- Informar e apoiar a família para ajudar;

16- Retirar do ambiente objetos que possam feri-la;

17- Atentar para não se colocar em situação de risco;

18- Manter ambiente calmo e arejado;

19- Ouvir a paciente atentamente sem criticá-la;

20- Atentar para o uso de preservativo;

21- Valorizar a parte sadia de sua personalidade no resgate da saúde mental;

22- Observar a paciente constantemente;

24- Encaminhar para o CAPS;

25- Atentar para importância do uso correto dos retro virais;

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Page 44: amiga renata

26- Estimular a praxiterapia e ludoterapia a gosto do paciente;

27- Informar sobre a importância do acompanhamento médico;

28- Explicar o uso da medicação;

29- Oportunizar a paciente a falar de seus anseios e dúvidas na integridade de sua

saúde mental;

30- Afirmar a importância do controle rigoroso da sua medicação.

2.5 Evolução

Paciente internou no dia 13-09-05, vindo da recepção com acompanhamento familiar,

deambulando, interna por motivo de desidratação, deprimida, chorosa, fraca, mucosas secas,

emagrecida; instalado soro com eletrólitos e medicada para sinais e sintomas. Realizado

exames laboratoriais e raio X AP e P e solicitado acompanhamento psiquiátrico. Ela se

encontra mais animada, com boa aceitação da dieta e com eliminações fisiológicas normais.

Luciane, encontra-se bastante sonolenta, astenica, confusa, com pouca aceitação da

dieta e mantém contenção em MSSS, fala coisas desconexas e encontra-se pouco

colaborativa.

Como ela está bastante sonolenta a Enfermeira circulou o horário do dormonid VO

porque familiar comunicou que a paciente não consegue se alimentar.

Paciente encontra-se com instabilidade emocional, chorosa e gritando.

Hoje ela esta calma, mais colaborativa e tolerante ao manejo. Normocorada, com

soroterapia por abocth no MSD a 40 gts por minuto continuo. Apresenta lesões na boca e faz

uso de antifúngico. Realizado praxiterapia e estimulado ludoterapia. Mantém sonda vesical de

demora com diurese normal em aspecto e volume e não evacua a aproximadamente 8 dias,

segundo familiar. Apresenta sinais de escarra de pressão. Orientado mudança de decúbito no

leito.

2.6 Prognóstico de enfermagem

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Page 45: amiga renata

LK, paciente é bastante duvidosa devido as suas condições social familiar, pois a

paciente mora sozinha e tem problemas sérios de vínculos familiares dos quais todos

apresentam conflitos e atitudes inadequadas em suas relações.Visto que a paciente além da

depressão está imunodeprimida necessitando de um tratamento correto, alimentação saudável

e vida tranqüila. É quase impossível frente a quase todas as suas necessidades chegar a manter

esse quadro para equilíbrio da sua saúde. Na real necessidade e de como os fatos se

apresentam o prognóstico só poderá ser bom se o serviço social acolher essa paciente bem de

perto. Diante da visita realizada pelo serviço social observou-se grande interesse na ajuda a

paciente, com isso poderá transformar esse prognóstico para melhor.

2.7 Exame de estado mental

L.K encontra-se normotenaz, olhando para o entrevistador e para os estímulos da sua

atenção, quanto a vigilância está normovigil, se dirigindo normalmente aos estímulos diante

da entrevista. Sua sensopercepção está normal pois tem conhecimento dos objetos, do

ambiente bem como de seu corpo e todos os sentidos. Quanto a sua orientação está

autopsiquicamente orientada, pois sabe quem ela é e alopsicamente orientada sabendo onde se

encontra, data, mês bem como quem são os estagiários e quem são os profissionais do setor. A

consciência está inalterada, estando lúcida e desperta, com a capacidade de responder todas as

perguntas que lhe eram feitas, com poder de analise e síntese. Seu pensamento esta normal

pois conseguia formular as respostas com produção lógica, com curso preservado se dirigindo

a um fim determinado com conteúdos sem delírios. Sua linguagem está normolálica, falando

normalmente sem problemas, com a inteligência preservada tendo a capacidade de raciocinar

e compreender as perguntas que lhe eram feitas. O afeto encontra-se eutímico pois ela se

emocionava em determinados fatos de sua história. Quanto ao humor está normal pois

manteve o temperamento conforme os fatos, assim como a conduta também está normal, com

atitudes, gestos e impulsos adequados ao que se refere a sua história de vida.

44

Page 46: amiga renata

CONCLUSÃO

Ao realizarmos o estágio de Saúde Mental l, no HBB para nós foi de muita

importância e enriquecimento, pois através dos estágios que nos foi proposto junto ao

paciente, podemos entender a seriedade da Saúde Mental para o ser humano. E de como nós,

futuros profissionais da saúde devemos estar preparados para ter capacidade de compreender

o componente emocional das doenças e saber lidar com ela, de como os seres humanos

respondem as crises e mudanças pessoais, suas próprias reações a esses fenômenos e ter o

conhecimento das pessoas, suas necessidades e sentimentos

45

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bassit, W.O. Conceito de Família.in: D’ INÁCIO, M(org) Doença Mental e Sociedade: uma discussão interdiciplinar. Rio de Janeiro, Quad,1992. p278-287.

http://www.psiqued.med.br.

MANUAL DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM. Uma abordagem baseada na Teoria das Necessidades Humanas e na Classificação diagnostica de NANDA. Silvana Alves Benedet e Maria Bettina Camargo Bub – editora Bernúcia,,

Assistência clinica ao paciente com HIV/AIDS –John G. Bartlett

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Page 48: amiga renata

ANEXOS

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Medicações

Nome: 1 Flumazen

Genérico: Flumazenil

Apresentação: Solução injetável

Indicação: É indicado para reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos centrais

aos benzodiazepínicos. É usado em UTI, em casos onde a anestesia foi induzida e/ou mantida

com benzodiazepínicos.

Posologia: Indicado apenas para uso venoso. É compatível com dextrose a 5%, Ringer

lactato e solução salina a 0,9 %. Se o flumazenil é retirado para uma seringa ou misturado

com qualquer uma destas soluções, ele deve ser descartado após 24 horas. Para garantir a

esterelidade, deve ser mantido no recipiente até o momento do uso. Para minimizar a

ocorrência de dor, deve ser administrado através de uma infusão endovenosa de fluxo livre e

em um vaso de grande calibre.

Contra indicação: Contra indicado em pacientes com hipersensibilidade aos

componentes da formula ou aos benzodiazepínicos, em pacientes que tenham recebido

benzodiazepínico para controle de uma condição fatal e em pacientes que apresentam sinais

graves de superdosagem com antidepressivos cíclicos. Pacientes com traumatismo craniano

severo tratados com flumazenil para reverter os efeitos dos benzodiazepínicos, poderão

desenvolver um aumento da pressão intracraniana.

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Efeito colateral: Reações adversas graves têm ocorrido em todas as situações clinicas,

sendo que as convulsões são muito mais reportadas. A administração de flumazenil tem sido

associada com o inicio das convulsões em pacientes que estão utilizando benzodiazepínicos

ou que tenham ingerido grande quantidade de outras drogas.

As reações adversas mais freqüentes associadas ao flumazenil sozinho são: tontura,

dor no local da injeção, sudorese, cefaléia, visão anormal, vasodilatação cutânea, náusea e

vômito, agitação, instabilidade emocional.

Efeitos adversos associados a administração do flumazenil e/ou reversão dos efeitos

benzodiazepínicos: confusão, convulsões, sonolência, audição anormal.

As reações a seguir ocorreram com freqüência menos que 1% mas foram incluídas nos

alertas para os médicos: arritmia, bradicardia, taquicardia, hipertensão, dor no peito, soluções,

desordens na fala. Há casos de ataque de pânico.

Validade da medicação: 24 meses a partir da data de fabricação.

Precauções: Os fatores de risco para convulsões incluem: retirada concomitante da

droga, terapia recente com doses repetidas de benzodiazepínicos parenterais, espasmos

mioclônicos ou atividades convulsivas antes da administração do flumezenil em caos de

superdosagem ou envenenamento com antidepressivos cíclicos. Injeções rápidas de

flumezenil devem ser evitadas em pacientes expostos a altas doses e/ou por longos períodos

aos benzodiazepínicos, ate uma semana antes do uso de flumezenil, pois pode ocorrer

síndrome da retirada, incluindo agitação, ansiedade, instabilidade emocional, leve confusão e

distorsões sensoriais.

Pico de ação: o inicio da reversão ocorre dentro de 1 a 2 minutos após a administração

EV ser completada. O efeito máximo ocorre de 6 a 10 minutos.

Eliminação: é eliminado quese que completamente (99%) por via renal. A eliminação

é completa em 72 horas.

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Antagonismo: O flumazenil é um derivado benzodiazepínico que antagoniza as ações

dos benzodiazepinicos no SNC.

Superdosagem: Doses EV grandes de flumazenil em pacientes sadios não produz

reações adversas graves. A reversão com uma dose alta de flumazenil pode produzir

ansiedade, agitação, aumento do tônus muscular, hiperesia e convulsões.

2 Nome: Carbilitium

Genérico: Carbonato de lítio

Apresentação: Comprimidos

Indicação: No tratamento da fase maníaca da psicose maníaco-depressiva. Profilaxia

da mania recorrente. Prevenção da fase depressiva. Tratamento de hiperatividade

psicomotora.

Posologia: Variável conforme o caso, sendo consideradas úteis doses terapêuticas

variando de 2 a 6 comprimidos ao dia, devendo portanto, serem ajustadas a cada caso. O

produto exige um controle da litemia, ou seja, nível plasmótico de lítio, pois é, através dele

que chegamos ao nível terapêutico.

Contra indicação: É contra indicado a pacientes com má função renal e em indivíduos

recebendo diuréticos ou com dieta baixa em sal, porque a depleção do cloreto de sódio

aumenta a toxicidade do lítio. Não deve ser usado durante a gravidez e período de

aleitamento. O uso deste medicamento é contra indicado em caso de hipersensibilidade ao

carbonato de lítio e/ou demais componentes da formulação.

Efeito colateral: A medicação com lítio apresenta ausência de efeitos tóxicos sob

‘’condições de controle’’. Se por eventualidade, quaisquer dos sintomas abaixo ocorrerem

durante a litioterapia, deverá ser interrompida a medicação e o médico deverá ser informado.

Diarréia persistente, vômitos ou náuseas severas e persistente, visão prejudicada, fraqueza

generalizada, dificuldade para andar, pulso irregular, tremores intensos, cãibras, grande

desconforto, tontura acentuada, sudorese de pés e pernas.

50

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Validade da medicação: 24 meses a partir da data de fabricação impressa em sua

embalagem externa.

Precauções: O produto é contra indicado em pacientes que apresentam

hipersensibilidade ao carbonato de lítio e/ou quaisquer componentes da formulação, gravidez

e lactação. Evite dirigir automóveis ou operar maquinas complexas até a comprovação de que

o carbolitium não compromete o desempenho funcional. Para manter o nível de água no

organismo durante o tratamento com o produto, recomenda-se beber pelo menos 1 a 1 ½

litros de água por dia e dieta normal de sal.. informe seu medico sobre qualquer medicamento

que esteja usando, antes do inicio, ou durante o tratamento.

Pico de ação: a absorção completa ocorre em cerca de 8 horas com pico de

concentração ocorrendo 2 a 4 horas após a dose oral. A absorção é no trato gastrintestinal.

Excreção: É eliminado do organismo pela urina.

Superdosagem: Como não há antídoto especifico para a intoxicação por lítio, o

tratamento é de apoio. Se a função renal for adequada, a excreção poderá ser discretamente

acelerada através da diurese osmótica e solução de bicarbonato de sódio intravenoso. A

diálise é o meio mais eficaz de remover o íon do organismo e deverá ser levado em conta no

caso de superdosagem.

3 Nome: Benerva

Genérico: Cloridrato de Tiamina

Apresentação: Comprimidos revestidos

Indicação: Neurites e polineurites (como tratamento adjuvante); Neurites e

cardiomiopatia causadas por consumo excessivo de álcool; Síndrome de Wernicke-Korsakoff;

Necessidades aumentadas de vitamina B1 (gravidez, amamentação, pessoas idosas); Beribéri

(deficiência grave e típica de vitamina B1).

51

Page 53: amiga renata

Posologia: Um a dois comprimidos ao dia, ou a critério medico.

Contra indicação: Hipersensibilidade conhecida aos componentes da formula.

Efeito colateral: Não existem informações sobre os efeitos adversos provocados pela

vitamina B1 administrada por VO. Reações alérgicas podem ocorrer quando o paciente for

sensível a um ou mais componentes do produto. Caso ocorra algum efeito colateral, suspenda

o uso deste produto e informe imediatamente seu médico.

Validade do medicamento: Tem validade a partir da sua data de fabricação, indicada

na embalagem externa.

Precauções: Este produto esta contra indicado a pacientes sensíveis a um ou mais

componentes do produto. Informe ao seu medico sobre qualquer medicamento que esteja

usando, antes do inicio ou durante o tratamento.

Excreção: É excretado sob a forma de metabólitos, sendo a maior parte através dos

rins. A absorção ocorre na porção superior do duodeno.

Superdosagem: Não foram descritos até o momento, sintomas de superdosagem com o

uso deste produto.

Neozine - Maleato de Levomepromazina

Informações ao Paciente:

É medicamento de sedação, redução a dor e melhora a ansiedade

Cuidados de Administração:

Seguir rigorosamento orientação médica

Reações Adversas:

- Pode apresentar sonolência, desfalecimento, palpitações e reações sulfebris

Contra indicações e Precausões:

- Hipersensibilidade à levomepromazina eo demais componentes do produto.

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Page 54: amiga renata

- Três primeiros meses de gravidez.

- Doença miocardica , hepática ou renal grave

- Pacientes idosos sem orientação medica

Indicações

Em casos que haja necessidade de uma ação neuroleptica, sedativa ou antiálgica

Cloridrato de fluoxetina - Fluoxetina

Indicações:

Tratamento da depressão maior, BULEMIA nervosa e distúrbio obsessivo-

compulsivo (doc)

Contra Indicações:

É contra indicado a pacientes em uso de fármacos inibidores da monoaminoxidase

(IMAO) se necessitar da substituição respeitar no mínimo 14 dias após começar o outro

tratamento, reações graves e até fatais em pacientes com uso de fluoxetina e um IMAO

Reações desagradáveis:

- Rigides

- Hepetermia

- Agitação que progride para o delírio

Pacientes idosos devem ter ajustes nas doses e de acordo com a necessidade.

Gardenal – Fenobarbital

Anticomvulsivo, medida que age no SNC, prevenindo convulsões em pacientes com

epilepsia ou crises convulsivas.

Reações Adversas:

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Page 55: amiga renata

Podem ocorrer sonolência, dificuldade para acordar, falar, problemas de condenação

motora,e equilíbrio,anemia,vertigem, com cefaléia reações alérgicas.

Contra Indicações:

Insuficiência respiratória Grave,

Insuficiência Hepática ou renal grave,

Antecedentes de hipersensibilidade aos barbiturios ou aos demais componentes do

produto.

Precauções e Advertências:

- Pode levar a dependência,

- Proibido estritamente o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento, devido

ao efeitos do SNC.

- Em crianças com tratamento de feno em longa duração é necessário a associação de

tratamento profilático para raquitismo.

Riscos relacionados aos Anticomvulsivo:

- Mães que fazem tratamento com Anticomvulsivo podem ter mal formação congênita

no feto,onde poderá nascer com fenda labial e cardiopatias congênitas.

- A interrupção do tratamento pode causar agravamento da doença na mãe com

conseqüência nociva ao feto.

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Page 56: amiga renata

Exame de estado mental

Iracema Cordeiro Viega, 77 anos, sexo feminino, cor branca, 42 kg, viúva, religião

católica, procedente de Arvorezinha, agricultora aposentada, grau de instrução: 1° grau

incompleto.

Teve 7 filhos, todos de parto normal sendo que 6 teve em casa com uma parteira e 1

teve que ir ao hospital. Todas as vezes que engravidou não foram planejadas mas diz que ama

todos os seus filhos. Todos mamaram no peito e foram criados em casa. Como ela tinha que

trabalhar, levava seus filhos junto na roça. Diz que todos era tranqüilos e tiveram uma

educação rígida. Como no tempo não tinha bico ela enrolava uma bala em um pano e dava

para eles chupar, mas só de vez em quando. Ela se casou aos 21 anos onde teve sua primeira

relação sexual, com seu marido. A três anos atrás seu marido faleceu e ela entrou em

depressão. Então procurou a ajuda de um padre que lhe dava conselhos. Ela diz acreditar

muito em Deus e tem muita fé de melhorar. Ela fez uma cirurgia no estômago, pois esta com

câncer. Ela desconfiou que estava com algum problema porque não conseguia se alimentar

normalmente, tudo fazia mal e sentia muita queimação no estômago, então procurou um

médico que a encaminhou para Lajeado onde ela realizou a cirurgia. Agora sente-se melhor e

esta se recuperando bem. Antes da cirurgia sentia um pouco de medo mas agora já esta

tranqüila. Seu único vicio é o chimarrão mas diz que a alguns anos atrás fumava. Após sair do

hospital irá ficar na casa de uma filha até estar melhor pois mora sozinha.

Paciente veio da portaria deambulando, internou para procedimento cirúrgico de

gastrostomia, com sinais vitais estáveis, diurese presente e segundo ela não evacua a mais ou

menos 3 dias. Possui abocth n° 20 para soroterapia no MSE.

Medicação em uso:

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Page 57: amiga renata

- Plasil EV S/N

- Dipirona S/N

- Heparina 5000UI SC

- Omeprazol EV 12/12 horas

- Citoprofeno EV 12/12 horas

Exame de estado mental

I.C.V, encontra-se normotenaz e normovigil pois tem a capacidade de manter a

atenção no entrevistador e também aos estímulos externos pois quando sua filha saiu do

quarto ela pediu se ela iria demorar para voltar, após isso voltou seu foco para o entrevistador.

Sua sensopercepção também está normal pois ela conhece o ambiente, seu corpo bem como

todos os sentidos. Quanto a orientação encontra-se autopsiquicamente orientada, sabendo

quem ela é e alopsicamente orientada, sabendo onde se encontra, quem são as pessoas que a

rodeiam, dia, mês e ano. A consciência esta inalterada estando lúcida e disperta com a

capacidade de responder as perguntas que lhe eram feitas. Seu pensamento esta normal pois

conseguia assimilar as perguntas e formular respostas com produção lógica e curso

preservado, se dirigindo a um fim determinado com conteúdo sem delírios. A linguagem esta

normolálica, falando normalmente, com sua inteligência preservada, conseguindo

compreender e assimilar as questões que eram levantadas. O afeto encontra-se eutímico,

experimentando as emoções e sentimentos diante da sua história. Quanto ao humor, esta

normal pois manteve o temperamento conforme os fatos, assim como a conduta também esta

normal, com atitudes, gestos e impulsos adequados ao que se refere a sua história de vida.

Intervenções de enfermagem

1. Esclarecer para a paciente todos os procedimentos realizados;

2. Monitorar sinais vitais, drenagem, vômito e fezes, observando cor, aspecto e

quantidade;

3. Trocar o curativo da FO se necessário e lavar 1 vez por dia ao redor da sonda,

com água e sabão;

4. Testar a posição e permeabilidade da sonda 1 vez por turno;

5. Manter acesso venoso permeável e observar sinais de infecção;

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Page 58: amiga renata

6. Realizar troca de equipo a cada 72 horas;

7. Orientar para higiene corporal e oral;

8. Estimular ludoterapia e praxiterapia a gosto da paciente;

9. Orientar família sobre todos os cuidados na promoção da saúde;

10. Oportunizar a paciente a falar dos seus anseios e dúvidas na integridade da

saúde mental;

11. Esclarecer a pacientes e familiares como lidar com sua dieta (preparo e

administração);

12. Informar sobre a importância do acompanhamento médico;

13. Explicar o uso da medicação em especial para o manejo da dor.

Iloyde Fredolina Bangemann, 67 anos, sexo feminino, solteira, aposentada, católica,

peso 65 Kg, procedente de Lajeado e hipertensa.

Nasceu de parto normal, tem mais três irmãos e diz que gosta muito deles. Quanto a

seu nome não gosta muito. Na infância chupava o dedo e aos 8 anos de idade foi para um

internato de irmãs onde ficou até terminar os estudos, após, voltou para casa dos pais e

lecionou por algum tempo em uma escola próxima a sua casa mas parou logo em seguida

porque não gostava muito. Sua mãe era costureira e seu pai marceneiro. Ela diz que a mãe

apanhava muito do pai que bebia e saia com outras mulheres. Quem sustentava a casa era sua

mãe. Ela aprendei então a costurar, o que se tornou sua profissão. Na adolescência gostava

muito de ir a bailes e dançar. Namorou por muito tempo um rapaz que pensava que seria seu

marido mas surgiram algumas fofocas a respeito dele e ela acabou o deixando. Mais tarde

arranjou outro namorado e teve sua primeira relação sexual, aos 21 anos de idade. Disse que

foi bom mas o namoro não deu certo. Foi fumante por muitos anos mas teve que parar após

um AVC. Ela diz que sentia tonturas e dores no braço esquerdo, então procurou um

cardiologista que tinha problemas cardíacos. Fez cirurgia cardíaca onde colocou duas pontes

de safena e se recuperou muito bem pois sabia que não era sua hora de ir para perto de sua

mãe no céu. Atualmente faz tratamento para o colesterol e triglicerídeos, pressão alta e

depressão, além de se cuidar na alimentação. Quanto a depressão diz que se sentia inferior aos

outros mas agora com o tratamento esta super bem. É uma pessoa forte, com força de vontade

e animada. Quando se sente triste gosta de ir na casa de umas amigas conversar um pouco e se

distrair. Ela gosta também de ouvir a rádio Gaúcha e assistir a novela das 18 horas.

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Page 59: amiga renata

Paciente interna para realizar acompanhamento clinico. Apresenta-se calma, lúcida,

comunicativa, com boa aceitação da dieta. Encontra-se com dispnéia, hipertensa, taquicardica

e taquipnéica. Refere eliminações fisiológicas normais. Hoje apresenta-se dispnéica, com

palidez e tontura ao deambular. Foi orientada a permanecer no leito. Esta com abocath n° 20

para soroterapia no MSD que foi colocado por mim.

Medicação utilizada:

- Amenofilina ½ ampola 6/6 horas

- Atenolol 50 mg 1cp

- Lasix 1 cp VO

- Digoxina 0,25 1 cp

- Liptor 20 mg 1 cp

- Aass 100 mg 1 cp

- Liquemine 1ml SC 5000UI

- Enalapril 10 mg 12/12 horas

- Monocordil 20 mg 1 cp

- Solução glicosada 500ml mais KCl 10% 30ml 40 gts

- Gluconato 1 ampola EV lentamente

Exame de estado mental

Paciente I.F.B, encontra-se normotenaz, mantendo o foco no entrevistador ou para

estímulos da sua atenção e normovigil, mantendo a atenção aos estímulos externos, se

dirigindo normalmente a entrevista. Sua sensopercepção também esta normal pois ela conhece

o ambiente, seu corpo, bem como todos os sentidos. Quanto a orientação encontra-se

autopsiquicamente orientada, sabendo quem ela é e alopsicamente orientada, sabendo onde se

encontra, que são as pessoas que a rodeiam (estagiarias e profissionais do setor), dia, mês e

ano. A consciência esta inalterada, com a capacidade de responder as perguntas que lhe eram

feitas lucidez. O pensamento esta normal, formulando respostas com produção lógica e curso

preservado, se dirigindo a um fim determinado com conteúdo normal, sem idéias suicidas e

homicidas. Sua linguagem esta normolálica, falando normalmente, com sua inteligência

preservada, conseguindo compreender e assimilar as questões que eram levantadas. O afeto

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Page 60: amiga renata

encontra-se eutímico, experimentando as emoções e sentimentos diante da sua historia de

vida. Quanto ao humor, encontra-se normal, assim como a conduta também esta normal, com

gestos, atitudes e impulsos adequados no que se refere a sua historia de vida.

Intervenções de enfermagem:

1. Esclarecer para a paciente todos os procedimentos realizados;

2. Controlar sinais vitais e comunicar alterações;

3. Auxiliar nos cuidados de higiene e conforto conforme rotina;

4. Manter repouso no leito conforme prescrição médica;

5. Elevar cabeceira;

6. Medicar conforme prescrição médica;

7. Estimular a troca de decúbito;

8. Afirmar e valorizar pontos positivos da paciente;

9. Observar ingesta alimentar;

10. Supervisionar ingesta hídrica;

11. Oferecer segurança, conforto e atenção;

12. Avaliar nível de consciência;

13. Monitorar função respiratória;

14. Manter acesso venoso permeável;

15. Orientar a paciente quanto a sua dieta;

16. Orientar a família nos cuidados de promoção a saúde;

17. Encaminhar para uma dieta saudável e controle de sua doença;

18. Afirmar a importância do controle rigoroso da sua medicação

19. Estimular acompanhamento médico freqüente.

RD, 73anos, 77 kg, 1,71cm, cor branca, sexo masculino, estado civil casado, religião

católico, 1º grau incompleto, procedente de Santa Maria, natural da mesma, seus sinais vitais

são estáveis.

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Page 61: amiga renata

Nasceu de parto normal em casa, mamou no peito até seus dois anos de idade, teve

mais cinco irmãos, e lembra que era uma criança muito chorona, pois não tinha muito carinho

de seus pais devido a demanda dos serviços para o sustento da família, pois foram criados

com a ajuda de uma tia que cuidava das crianças em quanto seus pais trabalhavam.Conta que

várias vazes internou em hospitais pois era uma criança muito doente devido sua imunidade

ser muito baixa. Lembra também, que quando criança aconteceu um fato que lhe marcou

muito e que até hoje nunca mais esqueceu, ele ganhou uma cabritinha de seu tio quando tinha

sete anos, e que adorava aquele animalzinho, quando um dia seu pai resolveu matar o animal

para comer e que foi o dia mais triste de sua vida. Ao lembrar esse fato se emocionou muito.

Na adolescência conta que gostava muito de jogar bola, de sair com os amigos para as festas,

pescar ,caçar, namorar e que tinha muita amizades foi quando teve o gosto pelo cigarro sendo

que bebida alcoólica nunca gostou, e de que até hoje não bebe nenhum tipo de bebida com

álcool.

Não lembra em sua vida de algum dia alguém lhe magoar, pois sempre teve amigos de

verdade e que amigos sinceros não magoam uns aos outros. Teve cinco filhos, o que considera

a melhor coisa do mundo, o filho mais velho está com CA, mas sua doença esta estável e que

na família, não tem ninguém com doença cardíaca e que foi o único a desenvolver a doença.

Considera sua família muito unida, acredita no amor e que ele existe, tem muita fé,

pois acredita em deus, e que sem ele podemos fazer nada ou ser alguém na vida. Sua fé

aumentou muito mais depois que descobriu sua verdadeira doença, a mais ou menos quatro

anos atrás quando os sintomas começaram aparecer, tais como falta de ar, dores no peito e

vários outros sintomas, sendo que a maior parte do tempo ficava andando do hospital para

casa e vice-versa o que lhe causava ainda mais sofrimento. Então procurou um médico

especialista que lhe pedira vários exames para depois começar fazer o tratamento e que se não

resolvesse faria então a cirurgia cardíaca como única alternativa se o seu caso estivesse bem

avançado, o que depois dos exames feito o medico lhe disse que teria que fazer a cirurgia

cardíaca.Hoje se sente outra pessoa , e que a família e sua esposa em especial, foram o grande

suporte para seus anseios e alivio para a sua alma.

Paciente, chega ao hospital acompanhado de seus familiares e em uma cadeira de roda,

orientado no tempo e espaço.

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Page 62: amiga renata

Interna pós-cateterismo para submeter-se a cirurgia cardíaca onde permaneceu pós-

cirurgia alguns dias na UTI devido a complexidade do procedimento. Hoje se encontra calmo,

tranqüilo, comunicativo, referindo falta de ar, recolocado O2 a 2l por cateter nasal, aceitando

bem a dieta com eliminações fisiológicas presente.

Medicações em uso:

AAS 100 mg cp/200 VO 1x dia

Vartfarina 5mg cp VO 1 x dia

Atenol 50 mg cp VO 3 x dia

Cloreto de Potássio x/pe VO 3 x dia

Haloperidol 5 mg amp IV (SN) se agitar

Ciprofloxacina 200 mg/10 IV 2 x dia

Dogoxina 0,25 mg cp VO 1 x dia

Paracetamol 500 mg cp VO (SN)

Itratopio sol 20 ml 3 x dia

Fenoterol sol 20 ml 3 x dia

Captopril 12,5 mg VO 3 x dia

Ranitidina xpe VO 1 x dia

Clonazepam gts 20 ml VO 3 x dia

Amiodarona 200 mg VO 1x dia

Furosemida 40 mg 2 x dia

Sulfato ferrozo 2 x dia

EEM

Em relação ao seu exame do estado mental, encontra-se em sua atenção mornotenas,

pois tem a capacidade de manter o foco em uma atividade, olhando para o entrevistador ou

para novos estímulos, quanto a sua vigilância esta normovigil, pois mantém atenção aos

estímulos externos.Sua senso-percepção é normal, pois toma conhecimento do próprio corpo

bem como de todos os sentidos, relata fatos de sua história, tendo memória íntegra

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Page 63: amiga renata

conseguindo registrar informações antigas e recentes, seu pensamento é produtivo uma vez

que pensa de uma forma clara e elaborada, mas em certos momentos inibe seus pensamentos,

pensando muito lentamente relata.Sua linguagem está normolálica, uma vez que fala numa

velocidade normal e sem problema.Sua inteligência preservada, tem a capacidade de

assimilar, compreender e raciocinar logicamente e apresenta em alguns momentos, raciocino

lento mas lógico, manipulando conceitos,traduzindo o abstrato para o concreto com conteúdo

normal, diante de todos os fatos trazidos através das perguntas, quando entrevistado.

Seu afeto apresenta-se eutímico (normal) com capacidade de experimentar emoções e

sentimentos frente a determinadas situações e a experiência emocional imediata com

extimulos externos. Quando falava de sua vida se emocionou, diante aos diferentes momentos

de sua história, seu humor está deprimido, em sua conduta observa-se normal, tendo

comportamento e atitudes adequadas, em seus aspectos mais amplos no que se refere toda sua

história.

Intervenções de Enfermagem

1. Comunicar o paciente dos procedimentos realizados;

2. CSNR observar e comunicar alterações;

3. Obs. nível de consciência;

4. Obs. Padrão resp. e perfusão periférica;

5. Vigiar sangramentos e curativos;

6. Trocar curativo FO 1 x dia e S/N;

7. Atentar para queixas do paciente;

8. Supervisionar a ingestão alimentar, afirmar a importância de seguir orientações

médicas;

9. Esclarecer a importância dos exercícios respiratórios e mostrar como apagar a vela

e cheirar a flor;

10. Auxiliar na higiene oral, pós principais refeições;

11. Auxiliar no banho uma vez por dia;

12. Manter acompanhamento familiar bem informado para ajudar;

13. Realizar troca de equipo e dânula a cada 72 horas;

14. Conversar com o paciente chamando-o pelo nome;

15. Manter e observar a permeabilidade do aceno venoso;

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Page 64: amiga renata

16. Manter o ambiente calmo, seguro e arejado;

17. Realizar praxiterapia e hudoterapia conforme o gosto e condição do paciente;

18. Administrar medicações corretamente;

19. Respeitar os sentimentos do paciente;

20. Dar atenção especial a solicitação do paciente;

21. Fazer todas as anotações no prontuário;

22. Controlar todas as eliminações, anotar aspectos e quantidades.

Orientações de Alta

Recomendar aumento gradual da atividade física, diariamente, ir a caminhadas

com acompanhamento e plano;

Evitar exercícios prolongados e fatigantes;

Não carregar objetos que pesam;

Conscientizar o paciente da importância do equilíbrio entre atividade física e

repouso;

Orientar que dentro de um mês devera fazer uma revisão com seu médico p/ novas

orientações a seguir;

Informar ao paciente que somente c/ ordem médica iniciar esportes;

Atividades domesticas (mulher) após 3º mês de P O;

Esclarecer da importância da tranqüilidade de nos primeiros 15 dias em casa e a

importância quando sentir – se cansaço descansar;

Evitar locais aglomerados;

Devera dormir 8 horas (noite);

Tomar banho diariamente de preferência vigiado por alguém nos primeiros dias e

se na ferida operatória estiver secreção comunicar ao seu médico o mais breve possível;

Procure não permanecer sentado por muitas horas;

Não cruze as pernas p/ facilitar circulação caso muito edema nos membros MI

manter elevadas ou usar meias elásticas ajudam no retorno venoso;

Mantém cuidado com o osso externo esse levara dois meses para consolidar;

Não exponha ao sol a cicatrizes antes de um mês;

Não viaje longe até 2 horas;

Inicie sua atividade sexual, depois de um mês de forma passiva e c/ o parceiro

costumeiro;

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Page 65: amiga renata

Procure alimentação saudável;

Use café moderadamente pois é estimulante do sistema nervoso;

Se for diabético exija orientação de uma nutricionista;

Evite o fumo, coloca sua vida em risco;

Dirija automóvel após 2 meses da alta hospitalar, após 4 semanas poderá retornar

ao seu trabalho por meio turno.Retornará em período integral após liberação do seu médico,

ou 8 semanas após alta;

Organize seu horário de alimentação e descanso;

Procure não se colocar em situação de stress;

Procure usar medicamentos corretamente;

Agende por alta a consulte com o seu médico local e apresente o relatório

cirúrgico para que ele conheça bem seu caso cirúrgico;

Tenha sempre à mão o nº de seu médico e a instituição onde se operou;

P.U, 56 anos, 64kg, 1,65cm, cor branca, sexo masculino, estado civil casado, religião

católico, profissão desempregado, procedente de Lajeado, 2 grau incompleto, natural de Santa

Clara, sinais vitais estáveis.

Nascido de parto normal em casa, na época morava na colônia, tem dois irmãos,

gostava muito de seus pais que já são falecidos, mamou no peito até os dois anos de idade era

uma criança muito mimada, chupava bico até quase os seus sete anos de idade. Quando

criança lembra que caiu do armário e machucou seu rosto e que tem uma cicatriz até hoje,

também caiu de bicicleta e quebrou a perna e que esses fatos ele nunca esquece. Começou a

beber na adolescência, pois tinha vários amigos, e quando ia jogar futebol com os colegas

depois saiam para beber e ficavam ate altas horas se divertindo e quando voltava para casa ia

até o porão da casa de seu avô para beber mais um pouco.Quando adulto casou-se com sua

companheira e teve duas filhas, e que trabalhava como pedreiro em várias construções, pois

era uma pessoa que gostava de trabalhar.O tempo foi passando e cada dia ele pegava mais

gosto pela bebida, quando saia todos os dias para beber, depois trouxe para dentro de casa e

passou a beber toda hora.Sua esposa então se deu canta que ele estava doente e que precisava

de ajuda, mas ele se negou e não aceitou em conseqüência perdeu o emprego e já não

conseguia trabalho devido o vicio.Então sua esposa começou a trabalhar para o sustento da

família, além da bebida tem o cigarro que também se viciou e que não consegue deixar, pois

acha que não faz mal a sua saúde e que ajuda em sua ansiedade. HÁ quatro anos atrás foi

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Page 66: amiga renata

internado em uma clínica para dependentes químicos onde permaneceu por um ano e meio,

quando voltou para casa limpo, mas não conseguiu permanecer e voltou a beber. Então sua

família deixa-o de lado e não mais se importaram com ele, pois ele não aceitava ajuda e nem

queria se ajudar. O tempo passou e ele teve várias internações hospitalar devido sua

dependência, quando um dia quis por si só e que gostaria de refazer o tratamento, devida suas

filhas não aceitarem mais como pai.

Paciente chega ao hospital acompanhado de familiares, mais funcionários do CAPS,

orientado no tempo e espaço, refere etilista, tontura, tremores, sinais vitais estáveis, trazendo

prescrição médica consigo. Hoje ele se encontra lúcido, calmo, comunicativo, tolerante ao

manejo, boa aceitação da dieta, sinais vitais normais, necessidades fisiológicas presentes e

aceitando bem as medicações.

Medicações em Uso

Soro glicose 5 + frutovitam IV 1 x dia

Sonebom IV 20 hs

Dormoned 15 IV (SN)

Psiccedim 25 VO 3 x dia

EEM

P.U.exame do estado mental encontra-se em sua atenção normotenas, pois é capaz de

manter sua atenção em uma atividade, quanto a vigilância encontra-se normovigil, pois tem a

capacidade de manter a Atenção aos estímulos, sua senso percepção permite o conhecimento

dos fatos e objetos sendo que sua visão um pouco embaraçada, sua memória está normal pois

registra informações antigas com significado emocional, sua orientação está auto psíquica e

alopsiquica, pois consegue dizer quem é sua pessoa e as que a rodeiam e se situa no tempo e

espaço tendo capacidade de dizer a hora e que dia é da semana e onde está. A sua consciência

esta boa encontra-se lúcido pois esta desperto pois desperta muito bem aos estímulos e

reconhece a realidade dos fatos, o seu pensamento assimila, formula e maneja bem as idéias,

pensa de uma forma elaborada, dirigindo-se ao fim determinado preservando sempre o que é

falado, a sua linguagem está normal, pois consegue falar normalmente enquanto relata os

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Page 67: amiga renata

fatos com a entrevistadora, sendo que sua inteligência está normal pois consegue assimilar,

compreender, manipular conceitos, traduzir o abstrato para o concreto e vice- versa. Seu afeto

está deprimido, em certos momentos demonstra-se uma pessoa deprimida, pois gostaria de

estar em sua casa e não mais no hospital.Quanto a sua conduta esta normal pois consegue ter

atitudes de uma pessoa normal, pois seus gestos não são exagerados.

Intervenções de Enfermagem

- CSVR;

- Obs ingesta alimentar;

- Oferecer segurança e conforto psicofísico;

- Proteger de objetos que posam feri-lo;

- Realizar praxiterapia e ludoterapia;

- Afirmar e valorizar pontos positivos do paciente;

- Evitar comparações e competições com outros pacientes;

- Obs medicar s/n e contenções;

- Orientar e apoiar familiares para auto ajuda;

- Valorizar a importância do CAPS;

- Educar para uso medicamentoso;

- Encaminhar para alcoólicos anônimos (AA);

- Não prometer o que não via cumprir.

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