AMOR PARA ACABAR - vanessacroge.files.wordpress.com · Luzes pra te beijar Fogos pra te atrair...

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Luzes pra te beijar

Fogos pra te atrair

Poema pra te encantar

Canção pra te iludir

Braços pra te aquecer

Olhos pra iluminar

Coração para ferir

Palavras para enganar

Estrada sinuosa

Ciúme, paixão e dor

Vaidade e egoísmo

Confundem-se com amor

Luz pra te iluminar

Fogo pra te aquecer

Poema pra distrair

Canção para ter você

Braços pra te beijar

Olhos pra te dizer

Coração de trair

Palavras pra nos prender

Sina, destino, saga

Seja lá o que for

Onde você estiver

Estarei lá a compor

Canção pra você lembrar

Momento pra se esquecer

Lágrima para secar

Palavras pra te perder

Cartas pra não dizer

Poema pra te rimar

Afronta pra te punir

Amor para acabar

O eterno na promessa

Parece encantador

Mas ela devolve sempre

Um juramento de dor

Braços pra te acorrentar

Canção pra te seduzir

Poema pra resgatar

Palavras pra te ferir

Lágrima pra te regar

Coração para pedir

Luzes para apagar

Perdão pra me redimir

AMOR PARA ACABARBRYT21400014

Pra que tantos planos?

Se são tantos os enganos

Se a força das águas

Leva embora a qualquer hora

Pra que correr tanto?

Se não sei se vou chegar

Se os ventos quando vêm

Levam tudo sem pesar

Desencontros, infortúnios

Quantas vítimas no mundo!

Frestas portas e janelas

Fecham-se em um minuto

Por quê?

Mesmo com tanto querer

Não se pode acreditar

É preciso percorrer

Um tanto mais devagar

Ainda que o anseio seja voar

Pra quê?

Tanta vã filosofia se o jogo é flutuar

Sobre ondas delirantes

Que se voltam para o mar

E ainda que não queiram

Vão nos afogar

O INESPERADO

Pra que sonhar tão alto?

Se iremos acordar

E sobre os nossos pés

Só o chão iremos encontrar

Ainda que bonita e rica a travessia

O acaso ou mesmo a sina

Acabará por nos levar

Por quê?

Se a realidade é tão concreta

É um delírio que buscamos

Parece fazer parte

Dos momentos mais insanos

Sempre uma mentira

Querem nos contar

Pra quê?

Tanta vã filosofia se o jogo é flutuar

Sobre ondas delirantes

Que se voltam para o mar

E ainda que não queiram

Vão nos afogar

E pra longe nos levar...

E pra longe nos levar...

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Olha lá vem um menino

Com passos tão apressados

Olha lá vem um menino

Anda desesperançado

Ele vai pedir a alguém

Ele estende a sua mão

Ele quer um pouco de bem

Mas não é isso que diz não

Olha lá ninguém está vendo

Essa vida é um corre-corre

Andam todos apressados

O mundo todo está atrasado

E ele está em todo lugar

Olha naquele sinal

Olha ali naquela esquina

Também no canavial

Ele está em todo lugar

Mas vejam só que ironia!

Ele é quase invisível

Ninguém consegue enxergar

Ah…Tão carente e sonhador

Anda descalço pelo mundo

SÓ MAIS UM

Desabrigado dessa pátria

Não tem casa, não tem rumo,

Não tem nome, sobrenome

Conta a vida num segundo

Seu destino é passar fome

Onde ele vai dormir?

Já caminha pra estação

Está cansado de pedir

Quer um pedaço de pão

Tem consigo umas moedas

Que não vai dar pra trocar

Por um prato de justiça

Não vai dar mais pra esperar

Olha só que solidão

Olha ele vai pegar

E parou a estação

Outro trem já vai passar

O que foi esse barulho?

O que foi que aconteceu?

Não me diga que mais uma vez

Uma vida se perdeu

Ah…Tão carente e sonhador

Abandonado nesse mundo

Desabrigado dessa pátria

Não tem casa, não tem rumo,

Não tem nome, sobrenome

Traz um desgosto profundo

Uma tristeza que consome

Onde ele vai dormir?

Já caminha pra estação

Está cansado de pedir

E passar humilhação

É criança no tamanho

Mas por dentro já cresceu

Aprendeu com as palmadas

Que essa vida já lhe deu

Olha só que solidão

Olha ele vai pegar

E parou a estação

Outro trem já vai passar

O que foi esse barulho?

Foi um tiro na estação:

Mais um menino que morre

Por um pedaço de pão.

BRYT21400023

Porém sou agraciado

Com o pouco que eu ganhei

Em cada saudade um rosto

A lembrança tão vivaz

Vou esquecendo os desgostos

À mercê dos temporais

Amar e cantar

Aprender

Me doar

É como escolhi ser

Viver aproveitar

Um dia depois do outro

Vou fazendo o que convém

E se de presente eu tenho o

sopro

Aceito contente sem nenhum

desdém

Eu não sei pra onde ir

Eu não tenho onde morar

O vento que move as águas

Me dispersa em algum lugar

Não levo ressentimento

Tenho muito que aprender

Não há nada que me prenda

Só me inspira o bem querer

A minha jornada é curta

Tão fugaz é o viver

Mesmo assim parece eterna

Minha paixão por você

Vivo com pouco dinheiro

Bacharel não me tornei

Porém sou agraciado

Com o pouco que eu ganhei

Em cada encontro uma alegria

E o preço de saber

O quanto dói a despedida

Dor sem dar pra descrever

Pra que duvidar

Da força do tempo

APRENDIZ

Que destrói e refaz

Tudo ao seu grande intento

Se tudo que vai já vem

E o já já não é mais

Se nem um dia se sustém

Mais que o tempo que tem pra

ele durar

Eu não sei pra onde ir

Eu não tenho onde morar

O vento que move as águas

Me dispersa em algum lugar

Não levo ressentimento

Tenho muito que aprender

Não há nada que me prenda

Só me inspira o bem querer

A minha jornada é curta

Tão fugaz é o viver

Mesmo assim parece eterna

Minha paixão por você

Vivo com pouco dinheiro

Bacharel não me tornei

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Cores tristes na cidade

Sobre a noite uma saudade

Brinca o luar tão frio

Envolvente no vazio

Me consome o sono acordado

mesmo eu sonho

O mundo é tão pequeno para

tanto desencontro

Calado eu me pergunto se eu vou

te ver de novo

E comemorar

Apenas um instante sem ter que

me lembrar

Que a alegria do encontro

Transforma-se no fel da

despedida

A porta de entrada

É a que se fecha na saída

Toda vida te proponho

Uma morada em meu olhar

Para ao despertar do sonho

Eu poder abrir os olhos

E não ter que procurar

Você

CORES TRISTES

Tão fraco

Eu tenho andado

Na contramão

O olhar despedaçado

Parado

Cansado

E o coração estranhamente acelerado

Qual a medida da solidão

E o vazio que nasce numa prisão

É como o fogo rasgando o vão

Ou um açoite

Um traiçoeiro escorpião

Tão fraco

Eu tenho andado

Na contramão

O olhar despedaçado

Parado

Cansado

E o coração estranhamente acelerado

ESTRANHAMENTE ACELERADO

Será que estou num labirinto

Obsessão ou loucura o que eu sinto

Punição ou virou vício

Essa dor que vem ao ver você

partindo

Será que ainda vou aguentar

Vagar nessa errante direção

Atrás do muro tem o mundo

E minha vida segue escondida na

cela da solidão

Será que o amor sabe esperar

A sua vez

Qual a hora de curar

Revés do adeus

O silêncio

Um passo atrás

A lágrima

Qual é a hora que esse jogo vai virar

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Faço uma canção de amor

Não quero ver você chorar

Sozinha com a multidão

E teu semblante intenso a me guiar

Agora sinto o seu calor

Mesmo tão distante o seu lugar

E mesmo na escuridão

Os seus olhos a iluminar

Minha alma que tão ternamente te guardou

Teu sorriso eu levo comigo onde eu vou

Quando um dia eu me for

Nunca se esqueça que jamais

Te abandonei amor

Sempre dos seus passos fui atrás

Ninguém jamais soube prever os caminhos da imensidão

E já faz um tempo que lancei ao mar meu coração

Que não sabe mais bater sem ter você

Que não conhece mais os caminhos onde andei

Ninguém jamais soube prever os caminhos da imensidão

E já faz um tempo que lancei ao mar meu coração

Que não sabe mais se achar sem se perder em você

Em você

Em você...

CANÇÃO PRA VOCÊ

Todos os dias quando acordo

Involuntariamente te procuro por aqui

Vai um tempo até eu me lembrar

Que não vou te reencontrar se não for dentro de mim

E enquanto o sol invade o meu olhar

Sinto a saudade chega vem me acompanhar

Espero a noite chegar pro sol se esconder

A chuva cair o vento proceder

Para então ficar em paz com a minha solidão

É tão difícil esperar desabrochar essa flor

E eu não sei mais ficar sem você meu amor

Meu caminho estendido está totalmente ao seu dispor

Não sei dizer o que foi em você

Assim exatamente que me arrebatou

Acho até que foi esse seu jeito

Totalmente distraído que primeiro me encantou

E de tanto imaginar

De tanto querer

Sinto uma lágrima me conduz até você

DESABROCHARBRYT21400012 BRYT21400018

Vem senta aqui

Vem tomar o chá que te fiz

Vem curar o mal que te diz

Que a dor é maior

Sei da tristeza

Tudo é tão injusto e mal

Mas não admita que seja

Esse o natural

Canta que a vida te balança

Entre a lágrima e o riso

Colha já uma esperança

Dança tua alma leve

Veja não se desespere

Há uma ponte pra chegar ao outro lado

Olhe pra si

Não dê tanto espaço ao sofrer

Tome esse chá que adocei

Com todo o bem querer

Hoje lembrei

CAMOMILA

De quando debruçada em ti

Eu cantei te vendo dormir

Pra te proteger

Lembre-se do amor da gente

De um jeito reinvente

A alegria que estampava o seu olhar

Se abra

Dê espaço à emoção

Tire do livro o seu sorriso

E camomila pra acalmar o coração

Singela, serena

Camila, morena

Alma delicada como pétala de flor

Camomila para desentristecer

Choro com saudade pra solidão desfazer

Canção pra te ninar

E chá de amor para curar

BRYT21400011

Eu vi lá no alto do morro a luz

Eu vi casinhas tão simples quase a

desmoronar

A pipa voando festiva no céu multicor

E atrás dela num menino alegria fundir-

se com a dor

Vi unir-se ao verde da floresta o cru da

favela

A riqueza chocar-se de frente com a

extrema pobreza

Uma cena omitida marginal revelando

beleza

Realidade a tecer fantasias pro carnaval

Vi mendigo dançar na chuva

Cantarolar Tim Maia

Como se bem vinda a água

Fizesse todos iguais

Eu vi e já não posso esquecer

A lágrima secar sob o sol

No azul se esconder

CIDADE E CANÇÃO

Eu vi lá no alto do morro a luz

Eu vi a cidade suspensa “escrita no mar”

As sirenes buzinas soando fazendo

canção

Nos metrôs multidão confundir-se com

solidão

Violência e a força do dinheiro ameaçar

a existência

A ave perdida voando na mira do

atirador

A esperança a correr como um Rio no

mês de Janeiro

E a hora que a vida em festa sorriu

Vi mendigo dançar na chuva

Cantarolar Tim Maia

Como se bem vinda a água [do céu]

Fizesse todos iguais

Eu vi e já não posso esquecer

A lágrima voltar a molhar

Sobre nós chover

BRYT21400017

Não sei o que te deu

Não te reconheci

Quando olhei pra você

E chorando te vi

Será que foi eu

Ou um outro amor

Ou só tristeza da vida

Alguma mágoa contida te desaguou

Ou a canção que tocou

Tão triste sincera

Ampliou o vazio da nossa solidão

A dor de uma espera

Qual a desilusão

Ou um sonho esquecido

Um passado relido te amedrontou

Faz um tempo eu quis te ver crescer mais

Te revelar

Te afugentar da dor

Ir além

Mostrar o tempo capaz

De regenerar

Reescrever um amor

FAZ UM TEMPOELA SAMBA ELE ROCK

Ela gosta de samba, ele é tão rock ‘n’ rollEla tão apegada, ele foge do amor

Sempre em seu mundo tão distante Astronauta a caminho da ilusão

Cara no vento passos no improvisoE ela pensando em ganhar seu coração

Sem perceberEla é tão engajada

Bandeira, luta, emoçãoEle tão distraído

Ao estilo ‘on the road’Contradição surrealista

Ele a observa com alguma indagaçãoOpostos que se tocam

E se complementam Uma busca surge de uma atração

Estranha sugestãoE vejam só o amorEm meio ao acaso

Foi tudo tão sincero E de um jeito raro

Ele com sua guitarraSentiu que era pra valer

Ela admitindoDecidiu pagar pra ver

Virou paixão, canção expandidaCombinação meio bossa, meio novaLevada de samba, harmonia do jazz

E só importam com o bem que isso faz

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BRYT21400022

Vê lá! Quantas mortes no jornal

Quanta miséria e destruição no país do carnaval

É tanta gente que espera um novo amanhecer

Que chora, sorri e implora

Faz tanta festa por pouco prazer e

Conta as moedas pra sobreviver

Conta os minutos que vêm lhe prender

Explica a esse dia que ele é só mais um

Que ele vai passar como cada um

Explica a esse dia que ele é só mais um

Que ele vai passar sem deixar nenhum

Os passos pelo caminho podem se perder

E as cores da primavera empalidecer

Explica à juventude que ela vai passar

Não medirá a saudade pra lhe consolar

Explica à juventude que ela vai passar

Não medirá a saudade pra lhe fazer chorar

Corre, vê...

As redes que se movem pra pegar você

Ah! Não tem como escapar

O tempo vai passando

E a vida onde vai dar?

De gente como nós que vive a se defender

Que quando morre nem vira notícia na TV

LABIRINTODa última vez que eu te vi partir

Meu bem acho que eu aprendi

Não sou tão forte como eu pensei

Me senti mal como não pude prever

E agora só uma coisa me mantém

Um sentimento

Uma doce intuição

De que não é o fim

Da última vez que você foi amor

Eu sei te causei algum rancor

Me portei mal com o seu coração

Não cogitei querer o seu perdão

E agora uma esperança me contém

Quem sabe a chance de reconsideração

Te traga aqui

Mais perto de mim

Ou será o fim?

Sabe, escrevi uma canção

Enviei ao céu como uma oração

Pedi pra que você seja feliz

Sempre leve

Sempre doce

Sempre assim

Ainda que distante

Ainda que distante

DA ÚLTIMA VEZBRYT21400016

BRYT21400015

AMOR PARA ACABARVoz: Vanessa CrogeViolão solo: Rodrigo BezagioViolão base e 7 cordas: Vinicius ChamorroBaixo e Arranjo Cello: Junior Dunga Cello: Noelle BonassinPercussão: Andrigo Luciano Costa (Tatá)Bateria: Rafael Vieira

O INESPERADOVoz e vocais: Vanessa CrogeViolão base, baixo e guitarra: Matheus DuarteTeclado: Rafael Nannetti Bateria: Rafael Vieira*Solo de guitarra idealizado por Jim Oliveira

SÓ MAIS UMVoz: Vanessa CrogeViolões: Vinicius ChamorroBaixo: Junior DungaPercussão: Andrigo Luciano Costa (Tatá)

APRENDIZVoz: Vanessa CrogeArranjo: Junior DungaGuitarra: Vinicius ChamorroBaixo: Junior DungaTeclado: Davi SartoriPercussão: Andrigo Luciano Costa (Tatá)Bateria: Renato Martins

CORES TRISTESVoz: Vanessa CrogeViolão aço e guitarra: Matheus DuarteViolão nylon: Vinicius ChamorroBaixo acústico: Junior DungaTeclado: Rafael NannettiPercussão: Andrigo Luciano Costa (Tatá)Bateria: Rafael Vieira

ESTRANHAMENTE ACELERADOVoz: Vanessa CrogeViolão base, baixo e guitarra: Matheus DuarteTeclado: Rafael NannettiBateria: Rafael Vieira

CANÇÃO PRA VOCÊVoz e vocais: Vanessa CrogeViolão: Vinicius ChamorroGuitarras: Rodrigo BezagioBaixo: Junior DungaTeclado: Davi SartoriBateria: Rafael Vieira

DESABROCHARVoz: Vanessa CrogeGuitarra base e guitarra solo: Rodrigo BezagioViolão aço, baixo e guitarra slide: Matheus DuarteTeclado: Davi SartoriBateria: Rafael Vieira

CAMOMILAVoz: Vanessa CrogeViolão: Vinicius Chamorro

CIDADE E CANÇÃOVoz: Vanessa CrogeArranjo: Junior DungaViolão base e violão 7 cordas: Vinicius ChamorroClarinete: Daniel MirandaPercussão: Andrigo Luciano Costa (Tatá)

FAZ UM TEMPOVoz: Vanessa CrogeGuitarra: Rodrigo BezagioGuitarra e baixo: Matheus DuarteBateria: Rafael Vieira

ELA SAMBA ELE ROCKVoz: Vanessa CrogeViolão e baixo: Junior DungaViolão: Vinicius ChamorroGuitarra: Matheus DuarteTeclado: Rafael NannettiPercussão: Andrigo Luciano Costa (Tatá)Bateria: Rafael Vieira

LABIRINTOVoz e vocais: Vanessa CrogeArranjo: Junior DungaViolões: Vinicius ChamorroBaixo: Junior DungaTeclado: Davi SartoriPercussão: Andrigo Luciano Costa (Tatá)Bateria: Renato Martins

DA ÚLTIMA VEZVoz: Vanessa CrogeGuitarra: Rodrigo Bezagio Baixo: Junior DungaTeclado: Davi SartoriBateria: Rafael Vieira

Todas as letras e músicas são de autoria de Vanessa Croge.Gravado, mixado e masterizado no Nico’s Studio em Curitiba, Paraná.Gravação, edição, mixagem e masterização: Vinicius Braganholo.Produção: Matheus Duarte, co-produção: Vanessa Croge.

Fotografia: Brunno CovelloDireção de arte: Amanda Beninca

FICHA TÉCNICA