Amor

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7/21/2019 Amor http://slidepdf.com/reader/full/amor5695cfda1a28ab9b028fccff 1/179  Coisas que Escrevi Sobre o Amor Silvio Dutra DEZ/2015

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Este livro é uma coletânea de alguns textos que escrevi sobre o tema do amor, especialmente em relação ao amor ágape, tanto na forma de poesia, quanto de prosa.

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Coisas que Escrevi Sobre o Amor

Silvio Dutra

DEZ/2015

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Sumário

Introdução 3

O amor em poesia 5

O amor em prosa 66

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Introdução

Falar sobre o amor significa falar de algo que é

eterno e infinito, pois sendo a essência mesma doDeus eterno e invisível, o amor jamais acaba.

Tudo passa e passará, mas o amor jamais terá fim.Ao contrário, ele aumenta mais e mais em nós pelaeternidade afora em busca da perfeição infinita dopróprio Altíssimo. Então, tudo o que já se escreveusobre o amor e que ainda será escrito ainda é muitopouco quando reconhecemos que ele é infinito.

Desde que esta fonte foi completamente aberta

pelas chagas de Cristo, somos convocados a semprebebermos gratuitamente da mesma, para que oamor aumente mais e mais em nós.

Felizes são aqueles que têm bebido continuamentedas águas cristalinas do amor porque são felizes nãoapenas em si mesmos, como também fazem felizes

todos aqueles que com eles convivem.

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Quão bem-aventurada coisa é poder se recostar aopeito de alguém que ama, assim como apóstoloJoão costumava fazer com Jesus Cristo.

Braços amados e divinos que se abrem para nosreceber e nos encher de todo o regozijo que doamor decorre. Assim, propusemo-nos a jorrar umpequeno filete deste amor nas poucas palavras

deste livro, contando que ele seja um refrigério paratoda alma sedenta, não de água, mas do amor puroe verdadeiro que pode ser encontrado somente emJesus Cristo.

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Minha Oração de Amor

Oh Senhor amado de toda a glória!

Nada há para Lhe pedir nesta hora.Tudo preenches com as riquezas

Da Tua própria Pessoa Majestosa.

Que doce privilégio o ter sido criadoPara que pudesse Te conhecer

E partilhar da Tua vida maravilhosa.

Contemplar-te em espíritoE louvar Teu santo nome

É tudo o que desejo agora.

Nada além que ocupe o pensamentoDeve apagar a paz e a comunhão

Que tenho contigo neste momento.

Glórias eternas... exaltadas

Sejam dadas somente a Ti,O grande Rei da glória.

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Purificados para o Amor

Oh dá-nos a todos um caráter santo

e um coração puro, pela graça renovadopara que haja entre os teus amados

uma fraterna amizade insuspeita.

O pecado levanta entraves e barreirasao fluir da corrente cristalina e santa

que procede das alturas celestiaispara regar as plantas da Tua lavoura,

para limpar as mazelas que são tantas,de forma a andarmos naquela esperança

que juntamente contigo todo o céu anelaver laços, ternos, fortes e verdadeirosem todos aqueles que Te amam.

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Um Modelo a Ser Seguido

Naquele coração se via

mais do Céu do que da Terra.Sem raiz de amargura

ou mesmo erva daninha.

Fontes de águas cristalinas,eram as palavras proferidas.

Refrigério para a alma sedentae cura para as feridas.

Assim era tia Tabita...

tão santa... tão amável,em todo o seu procederespiritual inigualável...de todos tão querida!

De onde aprendeu entãoaquele que acolhe o pecado

bem lá no fundo do coração,e afirma ser bom cristão?

Jesus pode e quer ser vistona minha e na tua vida.

Mas enquanto pensarmos

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que Ele ignora o viver em pecado, jamais será observado em nós

o que havia em Tia Tabita.

Quanta falta ela nos faz!!!

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Aroma de Céu

H

á em minha alma um aroma de céu,

um hino de louvor ao nosso Deus,em meio a um respirar de santidade

que aquece profundamente o coração.

Notas altissonantes do harpejar celestial,

com a doçura da mais pura adoração,uno meu espírito ao do Deus Altíssimo,

pelos laços do amor em Jesus Cristo.

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Quão profundo e incomparável

Q

uão profundo e incomparável

é o amor de Deus.

Quem disporia a fazer o bem,e a receber de bom grado,

a quem lhe tenha ofendido,

e sempre sido ingrato?

Todavia Deus é assim,Tão diferente de você e de mim!porque sempre estende a mão

a quem lhe busca,

para receber dele graça e forçapara acertar o seu passo.

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A mais Linda Poesia

N

ão há mais linda, mais profunda

e inspirada poesiado que a da nossa própria vida...

no momento em que é convertida,e descobre os encantos inefáveis

do amor de Jesus Cristo.

Como a alma se eleva nesta hora...Ela se compunge e chora,não um choro de tristeza,

mas da mais pura alegria...que de nenhuma outra forma

 jamais se expressaria.

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O Puro Amor

De tão acostumados que estamos

A contemplar o mal por todos os cantospodemos pensar que o amor

é como remendo de velhos panos...um mero desviar-se de contendas,

um apaziguamento aparentee o esconder do rilhar de dentes.Comparar o amor com tudo isto

equivale a cuspir na face de Cristo,que em si mesmo é a fontede todo verdadeiro amor...

que em sua majestade e excelência,é sempre humilde, gentil e terno,como Ele revelou lavando os pés

de todos os seus discípulos.O amor que suportou ofensasCom longanimidade extrema.

Que tudo sofreu com paciência,

e que curou toda sorte de doenças.Ah! O amor que não conheceu canseira,que ressuscitou o morto,

consolou o triste,alimentou o faminto,

à custa do próprio sacrifício.

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Ah! O amor que sarou feridasde tantas almas sofridas.

Que nada tendo enriqueceu a tantos,com a mais pura graça divina.

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Chamados às Profundidades do Amor

P

rofundidade com Deus

demanda caminhar com eleem íntima comunhão

por longo tempo.

A cada passo de fidelidademais Deus nos revela em grausda sua infinita profundidade.

E quanto mais o conhecemos,

mais o amamos e somos amados.

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Minha Eterna Namorada

D

e uma coisa podes ter certeza

esposa e amada minha!Serás para todo o sempre

a minha eterna namorada.

Deus te escolheu para mime eu também te escolhi

e decidi amar-te até o fim.

Não fim de término,mas de continuidade até o eterno,porque ainda que não haja no céu

a relação do casamento,tenho por certo que ainda lá,

serei o teu melhor amigo.

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O Amor de Deus Pelos Seus

Enquanto eu dormiao Espírito de Deus me instruía

e ternamente me dizia:“O amor de Deus pelos seus é amor de afeto e cuidado

e também de capacitações e dons.” 

O afeto se manifesta em comunhãocarinhosa e terna, em toda unção,

consolação e fortalecimento.

O cuidado consiste em provisão,

curas, livramentos, proteção,instrução, direção e aperfeiçoamento.

Os dons têm no próprio Espíritoo maior deles de quem decorre

os dons espirituais sobrenaturaise todos os serviços e realizações.

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As capacitações são sobretudopara amarmos como Deus ama

e cultuá-lo e adorá-lo em espírito.Capacitações para andar na verdade,para ser paciente e longânimo,

para praticar o que é justo e santo,para suportar ofensas e perdoar o próximo.

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Agora amado e libertadoprossigo para o alvoproposto por Deus

para todos os seus filhos.

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Onde Vive o Amor

O amor possui o seu habitat...

A sua atmosfera...Sem os quais não pode sobreviver.

A atmosfera é a do Espírito Santo.O habitat é o coração quebrantado.

O peixe não vive fora da água.O amor não vive fora do coração sensível.

Os seres terrestres não vivem fora da atmosfera.O amor não existe e não vive fora do Espírito

Santo.

O Espírito da verdade e da justiçanas quais o amor tem o seu trono.

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Redescobrindo Amor

S

empre que olhamos para o Calvário

e vemos ali o amor de Jesusse derramando em sangue

por nós pecadores,

então nos quebrantamos,e como que amolecidos

pelo Santo Espírito,somos como por assim dizer...

desembrutecidose tornados sensíveis ao amor.

Os olhos lacrimejamo sorriso do coração se abre

a mão afaga com carinhoe a boca beija o rosto amado.

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Oh Quanto eu o Amo

Q

uando a luz de Jesus brilhou e iluminou o meu

interior,eu pude ver quão grandes e tantos eram os meus

pecados.

Mas vi no Seu olhar compadecido e amoroso quenão havia revelado o que havia no porão da minhavida para que me condenar, mas para fazer o que

somente Ele poderia fazer, a saber, limpar ereconstruir tudo o que o pecado havia destruído e

sujado.

Desde então rendi-me aos Seus braços, e tenhopermitido voluntária e prazerosamente que Elefaça o Seu trabalho.

Oh, quanto tenho me regozijado e me deleitado nacomunhão do Seu profundo amor.

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Que Deus Longânimo e Amoroso

nós Temos

Benigno e misericordioso é o Senhor.

Eu andava errado...

confessei-lhe o meu pecado.Pedi que mudasse a minha sorte.Que me desse um novo coração.

Ele me ouviu e me perdoou.A consequência é que agora limpo estou.

Estou em paz com minha consciência,e sinto de Deus, a Sua santa presença.

E toda vez que suceda,de cair outra vez,

ainda que não o queira,sei que posso contar

com o favor do meu Senhor,porque sabe perfeitamenteo quão pecadores somos,

e necessitados do seu poder,do seu perdão e do seu amor.

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Se Ele Ama Eu Também Amo

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risto ama a sua Igreja.

Deu sua vida por ela.Como poderia dizer então,

que amo a Cristo,

se não amasse aos irmãos?

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Substituição por Amor

Se eu visse o meu filho caído,incapaz de se levantar por si mesmo,

derrotado e condenado

por causa de algum pecado,eu me ofereceria de bom grado,para em seu lugar ser castigado,para que ele pudesse ser livrado

para reconstruir a sua vida.

Foi justamente istoque fez por todos nóso Senhor Jesus Cristo.

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Incoerências da Existência

A

mor não entendido,

amor sofrido,amor não correspondido.

Trabalho suado,socorro angustiado,

esforço perdido.

Fartura de pão,ao alcance da mão,e ninguém faminto.

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Restaurado

O coração do pai, partido,sangrando tristeza,

ao ver o estado do filho,entregue ao pecado.

Roupas andrajosas e sujas,corpo ferido e surrado,olhar de um espírito morto,seguindo um rumo errado.

O pai compadecido e fraco,achou forças no Salvador amado,

e correu ao encontro do filho,resgatando-o das garras do pecado.

Lavou-o e pensou-lhe as feridas,colocou-lhe um anel nos dedos,

traje e sapatos novos,e deu-lhe a esperança

de uma nova vida,de um novo começo,

para estar para sempreao seu lado.

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Glórias ao Rei

Um hino triunfal ao nosso Rei eterno,

ao autor e ao significado da nossa vida.

A Jesus seja a glória, o domínio e o poder,porque ninguém mais governa como Ele.

No nosso coração estabeleceu o seu trono,e com o seu cetro nos ensinou o caminho.

Não somente lhe entoamos hinos de louvor,também lhe tributamos todo o nosso amor.

Estamos felizes por termos sido criados para Ele,para o louvor da glória da sua infinita graça.

Para sermos servos, amados, amigos diletos,enriquecidos pela sua vida espiritual e eterna.

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Paz na Terra da Alma

Quando o amor invade o coração,

a alma explode numa linda canção.Uma atmosfera calma nos alcança,

e gera de novo a esperança,de se ter dias da mais pura poesia,em todos os nossos pensamentos.

Toda escura e nefasta influência,foge do nosso ser mais íntimo,

e o amor preenche a sua ausência.

Oh quão incomparável é isto...ser assim penetrado pelo amor divino.

Tudo se faz céu em nós e ao redor.A paz reina enfim na terra da alma,e ali ficará, até que voltemos ao pó.

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Ama o que é Real

Ama conhecendo a quem ama,

não ama com uma amor imaturo,que não sabe qual é a verdade,

qual é a real personalidade,de quem se ama.

Um amor assim não está sujeito,a frustrações, decepções...

porque não se funda em ilusões.

Assim é o amor maduro,

de quem sempre está seguro,apesar das imperfeições,da pessoa a quem se ama.

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Criados para o Amor

“8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o

amor com que vos ameis uns aos outros; porquequem ama aos outros cumpriu a lei.

9 Com efeito: Não adulterarás, não matarás, nãofurtarás, não darás falso testemunho, não

cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudonesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo

como a ti mesmo.10 O amor não faz mal ao próximo. De sorte que ocumprimento da lei é o amor.” (Romanos 13.8-10).

A verdadeira espiritualidade é movida

pelo amor a Deus e ao próximo.

Paulo diz que podemos dartodos os nossos benspara alimentar os pobres,

e os corpos à fogueirapor uma causa nobre,

mas se nos faltar o amor ágape,nada seremos para Deus,

e não herdaremos a eternidade,porque o amor do qual aqui se fala,é sobretudo um amor muito puro,

que procede do próprio Jesus,cheio

de misericórdia e longanimidade,paciência, virtude e bondade.É uma transformação da alma.

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É um pedaço do céu na terra.É Emanuel, Deus conosco.É sofrimento e sacrifício

por amor a Jesus Cristo.

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Dilatando o Coração

Enquanto permanecermos moralistas,

iludidos, pensando ser modelos,de virtude, poder e piedade,

condenando o pecado dos outros,esquecidos da própria vaidade,

nunca poderemos ser instrumentos,nas mãos de Jesus Cristo,

para levar salvação e perdão,a um mundo perdido.

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Escrito com a Alma

O

 que agora escrevo,

não é meramente com as mãos,ou sequer por pensamentos,mas com lágrimas da alma.

Coração quebrado, humilhado,por aflições não contadas,

não tendo em mim qualquer poder,para conseguir afastá-las.

Inda que à mercê da esperançafortalecida pela graça,a minh’alma chora, 

por erros que não cometi...descaminhos de pessoas amadas.

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Melhor Olhar para o Bem

Fixar a atenção nos maus,

sempre acabará mal.Melhor é olhar para o bem,

inclusive nos próprios maus.Sempre se verá algum bem neles.E alguns chegam a um bom final.

Melhor ainda é fixar a atenção,nos que amam o bem.

Não são tantos, é verdade,

em relação aos que amam o mal.Mas achamos neles consolação real.

Todavia há algo que é líquido e certo:Não são os predadores que dominarão,

a terra no final.

No mar predominam os arenques,e não os tubarões.

Na terra predominam as ovelhas,e não os leões.

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Vida da Minha Vida

N

os vales em que sofria,

tive a Tua companhia,e isto me bastou.

Maior foi a Tua graça,do que o meu sofrer,

e perdi o medo de morrer.

Fugiu também de mim,o temor ao sofrimento.

Puseste fim ao meu tormento.

Descobri então enfim,que a verdadeira vida,está somente em Ti.

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Ama-se por Esforço

Não consigo falar de amor

como algo barato e fácil,porque sei o preço que foi pago,

para que pudesse amar e ser amado.

E o amor se aprende,se exercita em esforço,

para ser virtuoso.

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Simplesmente Amo

A

mo-te,

Simplesmente te amo.Inda que desligado eu seja,

tardo de entendimento,grosso na maneira de ser.

Amo-te,Simplesmente te amo.

Amar-te é o que me ocorre de melhorSou plenamente recompensado neste amor.

Nada tendo e a ninguém

Mas tendo tudo e a todos porque te tenho,Estou irremediavelmente ligado à tua vidaAonde quer que eu vá; em tudo que estou

fazendo...Trago-te sempre comigo no meu pensamento.

Estou certo de que a nós não se aplica o dito:

“Até que a morte os separe”  Pois hei de te amar além da morte.

Tenho contigo perfeita unidade.Já não és parte, és minha própria vida.

Amo-te,Simplesmente te amo.

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Caminhando Juntos

É bom sentir a certeza

de que continuamos caminhando juntos;De mãos dadas na mesma direção.

Não paramos, não estamos regredindo, e por issoTemos chegado cada vez mais perto

Do sol da plenitude da felicidade conjugal.

O casamento não é uma instituição falidaPorque o nosso é um exemplo vivo, do contrário

para o mundoE isto tudo porque é Deus mesmo quem nos temharmonizado,

Aperfeiçoado e ensinado a caminhar lado a lado

De verdade,compartilhando experiências,

sofrendo, e se alegrando juntosTendo um mesmo sentir.

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A Ele, toda a nossa gratidão neste diae em cada dia que vivermos.

Posto que é Ele o sol que raiou em nossa vidae nos tem capacitado a viver o verdadeiro amor,que em vez de esfriar nas dificuldades,

cresce mais ainda, e nos aproximafazendo de duas, uma só vida,

para a glória de Deus e para nossa alegria.

Amo você,não com a paixão de um menino

que se esfria e logo acaba,Mas com a firme convicção do varão

que sabe estar vivendocom alguém que lhe completa.

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O Extraordinário dos Extraordinários

Há somente um que é mais do que todos,extraordinário por excelência,

incomparável a qualquer tipode amor humano.

É do amor divino que estou falando.

Quem pode amar quem lhe odeia?Inimigos declarados, perversos, ingratos.

E mais do que amar, morrer por eles,carregando todos os seus pecados?

Não há qualquer outro que eu conheça,que além de amar, perdoa, enriquece,transforma, dando a sua própria vida,

que nos santifica, curando nossas feridas.

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Deserto com Deus é Oásis

Oh Senhor!

Quanto me deleito em Ti,ainda que no ermo solitário.

Melhor é a tua companhia

do que a de milhares.

Fizeste o homem e criaste laços.Mas cada qual

segue o seu próprio caminho.

Laços se rompemou podem ser ilusórios,

Mas o laço que temos contigoé inquebrantável.

Estou bem certo

que os laços entre as pessoasque te são fiéis,serão perfeitos

um dia na eternidade.

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Obrigado por tua doce companhia,amado Espírito Santo!

Obrigado por tua amizade!

Ensina a cada um de teu filhosa viverem na mesma fidelidade

de amor e amizadeque existe na Tua pessoa divina,que nos é tão amada e querida!

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Só Saber que Deus me Ama me Salva?

S

e falasse somente:

“Jesus te ama”, em minhas poesias,

as pessoas gostariam.

Ficariam agradecidas.

A questão é queeste tipo de agrado,

pode encobrir o pecado,como se Deus fizesse

vista grossa para a injustiça.

Há uma exigênciaque deve ser cumprida.

O arrependimento e a fé.A mudança de vida.

Se ficasse satisfeito,apenas com o “Jesus me ama”, 

poderia até mesmoacordar um dia no inferno.

É uma verdade sim. Ele ama.Mas por amor morreu por mim.Para que eu morresse com Ele,

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para toda forma de pecado.

Se não nascer de novo,

e não for, pelo Espírito santificado,continuarei morto em delitos e pecados,sujeito à condenação eterna,apesar de saber com certeza,

que “Jesus me ama”, e nada pôde fazer por mim,

porque não correspondi ao Seu amor,

guardando a Sua Palavra até o fim.

Para meditação:

Pode o simples amor de uma mãe salvar da prisãoum filho malfeitor?

E como poderá o amor de Deus salvar o pecador,se este não se arrepender do seu pecado?

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A Justiça do Evangelho Não é Juízo

Q

uando Deus criou o homem

ele pretendia demonstraro quanto é misericordioso

e também bondoso e amoroso.

Ele sabia em Sua presciênciaque o homem pecaria,

e também toda a sua descendência.

Deus revelaria também

que uma vez que a sua graça é retiradaem razão da desobediênciaa criatura perde a imagem do Criador,

não pode permanecer de péem santidade, porque sem a graça divina

a natureza humana fica corrompida,ou seja, estragada para cumprir o propósito

para o qual fora criada.

Mas Deus demonstraria tambémo seu grande poder para restaurar,

por perdoar e amar,a humanidade que criou,para pertencer a Cristo.

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Contudo, como poderia fazer isto?

Inocentando culpados?

Um Deus justo pode fazê-lo?

O homem não é justoporque não mantevea imagem do Criador.

Não é justo porque não vive

segundo o caráter do Seu Senhor.

O propósito de Deus, no entanto, jamais pode ser frustrado.

Então o que faria para tornar justoo pecador culpado?

Que se opondo ao seu Criadore não querendo se sujeitar à sua vontade,

segue o seu caminho de vaidade?

Que resistindo a se entregar a Jesusresiste também ao recebimento da Sua graça?

E sem a graça, sabemos, somente há ruína,perdição, ódio, desobediência e morte.

Ah! Que situação difícil para ser resolvida!

Difícil para nós, mas não para Deus,

a quem tudo é fácil e possível.

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Difícil e penoso seria sim,o único modo pelo qual

o pecador poderia ser justificado.

Deus visitaria o seu pecado,com juízos, no Seu Filho Amado.

Colocaria sobre Ele nossas transgressões,resistências e descaminhos,

e com o grande golpe do seu juízocastigaria o próprio Cristo,

fazendo com que a justiça exigidafosse por fim atendida.

Jesus tem desde então justiça,e não juízo para oferecer,

pelo Evangelho.

Quem quiser ser justo,para receber a graça

salvadora e transformadora,basta vir a Cristo,

com a mão do coração estendida,e Ele a concederá com agradopara apagar nosso pecado.

Por isso Ele diz que não veioa este mundo para condená-lo,

mas sim, para salvá-lo.

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Oh! Senhor amado!Muito obrigado por sua justiça!

Felizes são os que têm fome e sede

desta sua maravilhosa justiça,pela qual, nós perdidos pecadores,somos saciados,

 justificados e abençoados!

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Tributo à Minha Amada Esposa

Devo pagar o que é devido...

A maior dívida que tenho,depois de nosso Senhor Jesus Cristo

Certamente é contigo.

A dívida de uma união em amorQue nenhuma pessoa

ou qualquer poder deste mundo,Jamais poderão separar.

Quem separará a quem Deus juntou?

Companheira fiel,De todas as horas,Tanto das boas quanto das más.

O que poderia pagartão grande dívida de gratidão?

Senão o amor que te devoto

E sempre devotarei até à morte?

Há dívidas de amorque jamais poderão ser pagas:A que tenho com Jesus Cristo

Por ter-me salvo e amado.Por nos ter unido neste forte laço.

O laço indestrutível do amor

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Que une pessoas que casamPor terem sido unidas por Deus.

Pessoas casadas por Deus

 jamais poderão ser separadas.E certamente foi este o nosso caso.

Há outros laços de amorque não são tão fortesPorque não impõem

um caminhar juntos até a morte.

Mas o laço que nos uneé mais forte do que a morte.

O tempo tem passado...Por quase quarenta anos

continuamos a caminhar juntosComo testemunhas de Deus

Que o casamento feito por EleJamais será destruído.

O amor tem aumentadoÀ medida que o tempo passa.

E a graça de Deus

nos tem mantido unidosPorque em Seu amor divinoEle bem sabe quão duro e difícil

seria para mimTer que te perdere viver solitário.

Sem a tua presença

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Certamente direi:Estou só.

Ninguém mais poderá ocupar

o lugar, o espaçoQue tu ocupas,amada minha

Há tantos anos,no meu coração.

Que o Senhor te acrescente

anos de vidaE que eu possa ter a graçade desfrutá-los a teu ladoContinuando a caminharme sentindo completoporque somos de fato

somente um no Senhor.

Deus mesmo te paguecom Suas bênçãos e graças

Tudo quanto te tenho devidoPorque, somente

a grande riqueza do Deus vivo

pode pagar tão caro tributo,a quem tem me enriquecidocom os seus talentos,

beleza e graça,que jamais poderão

ser apagados pelo tempo.

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A Imperfeição não Pode Impedir o

Amor

E

is que neste mundo de trevas,

encontram-se os próprios cristãos,cheios de defeitos.

Todavia, são todos amados de Deus,porque são seus filhos.

Adotados em Jesus Cristo.

Assim, Deus não ama o que é perfeito.Ama pecadores.

E os amou mesmo quando se encontravamMortos em delitos e pecados,

estando totalmente arruinados.

Viu beleza onde não havia nenhuma.Viu justiça onde abundava a iniquidade.

Porque o amor cobre multidão de pecados.

Todavia, é certo que quanto maisse busca ser aperfeiçoado,

mais nos tornamos íntimos e amados de Deus.

Porque podemos responder melhor

aos Seus anelos para a comunicação

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da Sua graça e do Seu amor.

Pelo justo Juízo

teríamos sido inteiramente consumidos,mas graças a Deuspor nosso Senhor Jesus Cristo.

Que pagou o preço da remoçãoda nossa culpa e do nosso pecado.

Há também nEle atributos divinos

que aplacam a ira da justiça de Deus.E que o tornam terno, misericordioso,

bondoso, gracioso e amoroso.Mesmo para com o pior dos pecadores.

Ficará portanto injustificável perante Eleno dia do Seu grande Juízo,

todo aquele que não buscoulugar de arrependimento.

Porque há em Deusum suprimento de graça abundante

para o nosso livramento.

Há uma mão estendidapara todos os fracos e caídos.

Pronta para levantá-losde toda forma de tormento.

Há uma tal concessão de graça

que Deus jamais nos imputará

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penas pelos nossos pecados,quando sairmos correndo

na direção dos seus braços.

Os erros dos dias vividossem arrependimento

por mais longos que tenham sidoserão todos lançados para sempre

no mar do esquecimento.

Quem dentre os homensestaria pronto a perdoar

nesta profunda dimensão divina?

Como se pode chamar portanto,de cruel, duro e injusto,

a Deus amoroso e santo?

Porque lançará em chamas eternasa todos que pisaram no sangue

que Jesus derramou na cruz?

Rejeitar um Deus quem ama

pessoas com pecados e defeitos?

Que não rejeita a ninguémque se aproxime dEle

em busca de salvação?E que procura para a sua alma

socorro e consolo em suas aflições?

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Ninguém há que se possa compararem amor e bondade ao Senhor.Porque tem suportado ofensas,

não poucas,mas aos milhares.Com toda a longanimidade.

Então, por que permaneceria eunas minhas imperfeições e defeitos,

Se a solução está à mão,

Bem junto da boca e do coração?

Tudo que se nos pedeé que o confessemos como Senhor

como o Rei da vida e do amorcomo o nosso suficiente Salvador.

A trilha da perfeição é ser longânimo,paciente e misericordioso

para com os imperfeitos como nós.

Perfeitos na misericórdia.Porque Ele tem dito:

“Sede misericordiosos assim com é misericordiosoo Vosso Pai.” 

O amor divino não depende portanto,da nossa perfeição

Porque num mundo de pecado,

seria impossível amar quem seja perfeito.

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E não há qualquer motivo para duvidar.Sabemos que Deus nos ama.

Porque nos deu o Seu próprio Filho.

Foi do Seu agrado, por amor de nós,moê-lo naquela rude cruz,com suas próprias mãos

que clamavam por justiça.

Justiça que exigia a morte do pecado.

Por isso visitou com grande irao nosso pecado, no Seu Filho amado.

O sangue do Cordeiro imaculadoescorreu provando que dera Sua vida,

para poder achá-lanão apenas em Si mesmo,

mas em todos aqueles que estavam mortosporque de Deus andavam separados.

Bendito Cordeiro de Deusque tira o pecado do mundo,

quero dizer-te muito obrigado

com a minha vida.

A vida que não é minha,mas Tua.

Permite que eu a gaste totalmentefazendo a Tua vontade

com amor fervoroso e profundo.

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sai da cavernae mostra a cara!” 

Não por força,nem por constrangimento,mas por um amor divino

que me punha em movimento.

E este amor chegou,ficou, não cessou.

Enquanto estiver queimando,e me impulsionando,estarei escrevendo,

não por amor a mim mesmo,mas por amor a vocês

que me deram acolhidaaqui no Recanto.

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16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vosescolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deisfruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo

quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-loconceda.

17 Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros.”

(João 15.9-17)

O Senhor revelou aos apóstolos, com estas palavras,qual é a maneira de permanecer no amor de Deus.

Ele mostrou que isto é possível somente quando sefaz a vontade de Deus, por se honrar e guardar Seusmandamentos.

Muitos têm falhado na comunhão que deveriam tercom Deus e com seus irmãos, porque nãoconsagram suas vidas ao Senhor, e assim não sãodespertados pelo Espírito Santo, para que possamconhecer ao Senhor e à Sua vontade.

Por isso é que se nos ordena que cresçamos na graçae no conhecimento de Jesus (II Pe 3.18), porque estaé a única maneira de sermos tomados de toda aplenitude do amor divino.

Sem esta capacitação espiritual que é recebida doEspírito Santo, quando nos consagramos nas mãos

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de Deus, para fazer a Sua vontade, é impossívelviver e permanecer no Senhor e no Seu amor.

Assim, Ele foi muito claro em nos dizer que énecessário guardar os mandamentos de Deus paraque se possa experimentar o Seu amor; porque oSenhor não manifestará a beleza da Sua intimidadee santidade àqueles que não Lhe honrarem, aindaque tenham nascido de novo do Espírito.

Jesus havia dado Seu próprio exemplo aosapóstolos, em plena submissão à vontade do Pai, eera esta a razão dEle ser amado pelo Pai e desempre exultar e se alegrar em espírito em Seurelacionamento com Ele.

É somente quando se vive neste amor e alegria

espiritual, que somos capacitados pelo Espírito adarmos frutos espirituais para Deus, de maneiraque Ele seja glorificado através das nossas vidas.

O caráter deste amor divino é de amizade paternal,dEle em relação a nós, e amizade fraternal, de nósem relação a nossos irmãos, e de amizade filial, de

nós em relação a Deus.

Jesus demonstrou até que ponto esta amizadeespiritual pode nos levar, a saber, a dar a nossa vidapelos irmãos, assim como Ele entregou a Sua vidapor nós.

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Um Pai Amoroso

P

orque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na

eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santolugar habito; como também com o contrito eabatido de espírito, para vivificar o espírito dosabatidos, e para vivificar o coração dos contritos.Porque não contenderei para sempre, nem

continuamente me indignarei; porque o espíritoperante a minha face se desfaleceria, e as almas queeu fiz. Pela iniquidade da sua avareza me indignei, eo feri; escondi-me, e indignei-me; contudo, rebelde,seguiu o caminho do seu coração. Eu vejo os seuscaminhos, e o sararei, e o guiarei, e lhe tornarei a

dar consolação, a saber, aos que dentre eleschoram.

O propósito de Deus é o de reavivar o espírito dohumilde, e o coração do arrependido, e Eleapresenta a razão disto, a saber que se Ele nãoagisse com amor infinito e condescendência em

relação a eles, mas lidasse com eles lhes dando a justa retribuição às suas transgressões, eles seriamtotalmente consumidos. Porém, na realização destetrabalho de cura, Ele tem que usar alguns remédiosamargos para a recuperação espiritual deles. Porcausa da iniquidade da cobiça deles que era a suaprincipal doença, eles foram feridos pelo Senhor eEle escondeu a Sua face deles, porque isto seria

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necessário para que fossem curados. Mas como elesse comportaram debaixo deste procedimento deDeus em relação a eles? Rebelaram-se e

continuaram seguindo a perversidade do seucoração. Então como faz este Consolador Santo paralidar agora com eles? Ele os deixa entregues à suaenfermidade? Ele os abandona? Não, porque umpai amoroso não lidará assim com os seus filhos.

E a promessa feita por Deus é que Ele agiria conosco

tal com um pai consolando seus filhos. Ele realizaráo Seu trabalho com tal amor infinito, ternura ecompaixão, que isso superará todas astransgressões, e não cessará até que Ele tenhaefetivamente administrado a necessária consolaçãoa eles. Ele agirá nos termos da aliança que fez comeles por meio de Jesus Cristo de ser o Deus e Paideles para sempre.Então os corrigirá em amor para participarem daSua santidade. Ele os aperfeiçoará no Seu amor. Etudo fará para conduzi-los a isto.

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A Grande Prova do Amor

Uma das grandes provas da existência de Deus e

do Seu grande amor e poder, é o fato de quepessoas tão fracas, incapazes, que mal conseguemse ocupar dos seus próprios problemas enecessidades, se dediquem de modo tão diligente e

incansável em buscar a salvação das almas e o bemeterno de seus semelhantes; empenhando nistotodo o seu tempo e vida.

Esquecidos de si mesmos são impulsionados pelopoder de Deus e pelo infinito amor que Ele derrama

nos seus corações pela presença e ação do EspíritoSanto  –  gastam-se inteiramente como velas quequeimam para o único propósito de servirem de luz,da luz de Jesus que neles brilha, para tirarem os seussemelhantes das trevas e da escravidão ao pecado.

Bendito seja Deus pelo Seu inefável amor.

Bendito seja Deus que dá sentido às nossas pobresvidas, enriquecendo-as com a Sua graça para quecumpramos o Seu propósito de amar a humanidadeatravés de instrumentos tão fracos e imperfeitoscomo nós.

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A maior prova desse amor nos foi dada por Jesus, aoderramar a Sua vida por nós na morte de cruz,carregando sobre Si todos os nossos pecados, e para

que pudéssemos continuar recebendo esta vidacelestial e divina que alimenta e vivifica o nossoespírito, para que possamos ter comunhão em amorcom Deus e com todos aqueles que o amam.

É de fato muito comprobatório da existência do Seuamor, o fato de que morreu por pecadores, sem que

houvesse um único justo – alguém que fosse dotadode uma natureza que não o inclinassecontinuamente para o mal e que não fosse seduzidopelas paixões carnais que guerreiam contra a alma.Nisto se comprova o amor, pois morreu por nós,encontrando-nos na condição de pecadores, demodo que pudéssemos viver pela Sua própria vida egraça santificadora.

Em nenhuma religião e em nenhum outro Nomeserá achada esta provisão de graça divina que fazmorrer a nossa velha natureza e que nos dota deuma nova natureza, para que por esta possamos

viver de maneira vitoriosa sobre o pecado, o diaboe o mundo de trevas.

Quando me sinto enfraquecido e inclinado a viversegundo a carne e não segundo o Espírito, eu clamoao Senhor, pois sei que posso contar com aassistência da sua poderosa graça, de modo que

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Escolhidos para o Propósito de Amar

Todos os que atendem ao convite da salvação pela

graça, mediante a fé em Jesus Cristo, são estes quea Bíblia chama de eleitos de Deus.

Este trabalho rico da graça em favor dos eleitos se

tornou possível porque Jesus Cristo os redimiu dosseus pecados com o Seu sangue, como Paulo afirmaem Ef 1.7.

O texto de Romanos 8.28-30 nos ajuda a entender omodo desta eleição.

“E sabemos que todas as coisas concorrem para obem daqueles que amam a Deus, daqueles que sãochamados segundo o seu propósito. Porque os quedantes conheceu, também os predestinou paraserem conformes à imagem de seu Filho, a fim deque ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e

aos que predestinou, a estes também chamou; e aosque chamou, a estes também justificou; e aos que

 justificou, a estes também glorificou.” 

Este texto no diz que aqueles que amam a Deus têmtodas as coisas concorrendo para o bem deles,porque tudo estará cooperando para o seu

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aperfeiçoamento espiritual em santidade,conforme o propósito da vocação deles por Deus.

Estes que agora amam a Deus não foram chamadosporque O conheciam e O amavam antes dachamada deles, mas, porque Deus se revelou a eles,por meio de Jesus Cristo e do trabalho do EspíritoSanto.Assim, eles amam a Deus porque Ele os amouprimeiro.

Além disso, é dito diretamente que esta chamada ésegundo o propósito eterno de Deus de adotarcomo Seus filhos aqueles que dentre os pecadoresviessem a Lhe amar.

Todos aqueles que têm sido diligentes para asantificação das suas vidas podem comprovar parasi mesmos que têm de fato recebido a graçanecessária para conhecer o mistério da vontade deDeus, segundo o Seu bom desejo que propusera emCristo, para que na presente dispensação daplenitude dos tempos, que é a da graça ou do

derramar do Espírito Santo em todas as nações, façaconvergir em Cristo todas as coisas, quer as do céu,quer as da terra, de maneira que Ele tenhaautoridade, tanto sobre os espíritos aperfeiçoadosno céu, quanto sobre os que se encontram ainda naterra, como se vê em Ef 1.9,10.

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Por causa da sua união com Cristo os cristãos têmrecebido por promessa de Deus uma herançaincorruptível no céu, e para terem a certeza de que

serão herdeiros juntamente com Cristo, conformeDeus havia predestinado desde antes da fundaçãodo mundo, para que assim fosse, conforme oconselho da Sua vontade, o Espírito Santo habitanos cristãos como um selo e penhor divino de queentrarão de fato na posse desta herança que elesalcançaram por causa da união deles com Cristo,

como se vê em Ef 1.11 a 14.

O conselho da vontade de Deus é tudo aquilo queEle tem planejado desde toda a eternidadeconforme a Sua exclusiva autoridade e soberania.

Quanto à nossa salvação nós vemos em Hebreus6.17 que este conselho é imutável.

Em Atos 2.23 nós vemos que Jesus foi entregue pornós conforme o conselho determinado e presciênciade Deus. Em Atos 4.28 é dito que a perseguição deHerodes, de Pilatos e do povo contra a Igreja estava

acontecendo conforme Deus havia predeterminadono Seu conselho eterno, porque Ele planejou que oevangelho avançaria em meio a perseguições eoposições, para que Ele receba muita glória nasvitórias sobre os poderes que se opõem à Sua santavontade. Em Atos 20.27 nós vemos Paulo afirmandoaos Efésios que não havia se esquivado de lhes

anunciar todo o conselho de Deus.

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A palavra boulê usada no original grego paraconselho, no texto de Ef 1.11 é a mesma que é usada

em todos estes demais textos, que acabamos decitar.

Então as ações contra a Igreja já estavamdeterminadas por Deus desde antes da fundação domundo, como vemos em At 4.28, para a Suaexclusiva glória, pelo testemunho dos Seus servos

no amor a Ele e à verdade, na medida em que teriama fé deles aperfeiçoada por estas tribulações, quevêm aos cristãos como oposições de Satanás.

É declarado nas Escrituras quanto à salvação dosque creem em Cristo, que o caráter do decretoeterno é imutável, isto é, os que foram salvos, jamais poderão perder a condição de filhos de Deusporque foram marcados por um conselho que éimutável e absoluto quanto a isto.

De igual modo é também imutável o conselhoquanto ao crescimento destes eleitos na graça e no

conhecimento de Jesus, mas ele não é absolutoquanto à sua execução relativamente a todos oscristãos, porque este crescimento não dependerásomente da vontade de Deus, mas também doempenho e diligência de cada cristão emsantificação.

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Ainda que esteja determinado que todos eles serãoperfeitos em santidade na glória, porque Deus ésanto, e importa que Seus filhos sejam santos, no

entanto, enquanto eles estiverem neste mundo severá mais progresso em santidade em uns do queem outros. Haverá amor, demonstrado na práticapor Deus, mais em uns do que em outros.

Mas todos devem crescer em estatura espiritual porum ato de escolha voluntária, porque não há amor

e obediência verdadeiros que não sejamvoluntários.

De modo que quanto maior for a obediência aoSenhor e aos Seus mandamentos, maior será o amorque teremos por Ele.

Todavia, isto implica a necessidade de cooperaçãocom o trabalho do Espírito Santo para que haja oreferido crescimento espiritual em amor.

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Sem Amar Não Somos Reais

N

ós sabemos que já passamos da morte para a

vida, porque amamos os irmãos; aquele que nãoama permanece na morte. (1 João 3:14)

“Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça

todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu

tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes,se não tiver amor, nada serei.” (1 Coríntios 13:2) 

O que se afirma nestes dois textos é que sem amarnão somos reais. Sem o amor em nós nada somos.Por que isto?

Porque fomos criados para sermos como Deus emsantidade e em amor. Deus é o eterno Eu Souporque é amor.

Então é o amor de Deus em nós que nos torna reais,porque é somente assim que podemos existir em

conformidade com o seu propósito eterno emrelação a nós. Sem este amor somos apenas umapálida e evanescente imagem daquilo quedeveríamos ser.

Não é muito difícil aceitar ou entender estaverdade, porque onde o amor não reina, o que reinaé a morte e a destruição  –  destruição de bons

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sentimentos, de bons pensamentos, de bonspropósitos, de relacionamentos harmônicos, enfimde tudo o que é verdadeiramente bom e

permanente.

Então afirma o apóstolo João que aquele que nãoama permanece morto espiritualmente  –  mortopara Deus, morto para a possibilidade de viver emunião com todos os demais que também amam.

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Onde o Amor Não Cresce

Multiplica-se a Iniquidade

A  palavra amor é entendida em múltiplos

significados, mas focaremos o nosso interesse, nomomento, em discorrer somente sobre o amor que

é um dos principais atributos de Deus e que podeser comunicado a nós por meio da fé em JesusCristo.

O apóstolo Paulo se refere a este amor, que édesignado na Bíblia, no original grego, pela palavraágape, como sendo o dom mais duradouro,

precioso e importante que é concedido por Deusaos homens.

De forma que ainda que tivéssemos toda a fé, todoo conhecimento, todas as riquezas, e até mesmotodos os dons sobrenaturais extraordinários doEspírito Santo, e não tivéssemos este tipo de amor,nada nos aproveitaria; nada teríamos de fato e nadaseriamos para Deus.

De tal maneira o amor está vinculado à naturezamesma de Deus, que as características que sãoapontadas por Paulo em I Coríntios 13 como sendo

pertencentes ao amor, são atributos que definem a

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personalidade daquele que as possuem – paciência,longanimidade, fé, esperança, alegria com a justiçaetc.

Deus é espirito e definido em Sua natureza comosendo o próprio amor ágape. Assim, se não somosparticipantes deste amor, estamos separados davida de Deus, e, por conseguinte, mortosespiritualmente (I João 3.14).

Somos convocados a obter e a fazer aumentar maise mais este amor em nós, pela justa cooperação eunião com todos os demais membros do corpo deCristo, porque é nisto que se cumpre o propósitoeterno de Deus em nossa criação.

Não fomos criados para a individualidade e para

gastarmos a vida apenas com nossos própriosinteresses, mas com os de Deus e o de muitos. Esteamor ágape não é então, mero gostar ousentimento, mas, sobretudo ações direcionadas aservir a Deus e ao próximo, especialmente aosdomésticos da fé.

Amor que impõe renúncias, trabalhos, sofrimentos,indo-se à fonte de onde procede  –  Jesus  –  parabuscar renovados suprimentos da Sua graça, pelaqual possamos servir uns aos outros.

Amor sobrenatural, que nos é concedido como

resposta às orações - nossas e da Igreja.

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É este amor ágape que devemos obter e nelecrescer, porque não é algo propriamente de nossanatureza, mas um dom celestial, sobrenatural, e

espiritual. Na verdade, o primeiro e grande fruto doEspírito Santo relacionado por Paulo, na epístolaaos Gálatas.

Como poderíamos amar os nossos inimigos,conforme é necessário para que sejamos imitadoresde Cristo, sem estarmos revestidos do amor ágape,

a saber, do próprio amor de Deus?

O amor que é fruto do afeto natural (fileo) seriasuficiente para isto?

Sendo um amor de edificação, de construção docaráter divino em nós, o amor ágape  sempre é

impelido para instruir, corrigir, repreender edisciplinar mutuamente a todos os que o possuem,e daí vemos nosso Senhor afirmar no livro deApocalipse que Ele repreende e disciplina a todosque ama.

Em consequência disso, o amor ágape é

santificador, pois nos conduz a batalhar para que avontade de Deus seja feita, não somente em nossaprópria vida, mas também nas daqueles aos quaisamamos com este mesmo amor  – o amor do novomandamento de Jesus, com o qual devemos nosamar mutuamente.

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Tanto isto é verdadeiro que onde a iniquidade semultiplica o amor esfria. Onde o amor não cresce,ele diminui.

Por isso necessitamos nos esforçar em viversegundo as ordenanças de Deus, para que o nossoamor aumente progressivamente.

Nisto compreendemos, porque Jesus disse que Oamamos se guardarmos os Seus mandamentos. O

simples amor  fileo, de afeto natural pode não sersantificado e até mesmo se opor ao amor de Deus,como por exemplo, uma mãe que a pretexto deamar o filho, não permite que o pai o discipline noscaminhos do Senhor.

Diz-se desse amor ser o vínculo da perfeição, o

cumprimento da Lei, o meio pelo qual a fé atua, eportanto, é por meio dele que se cumpre opropósito eterno de Deus de ter muitos filhossemelhantes a Cristo.

Daí a importância de que todos os crentes cresçamneste amor, conforme dizer do aposto em Efésios

4.15,16:

“antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em

tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpointeiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todasas juntas, segundo a justa operação de cada parte,

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Curados por Amor

Ó  Senhor por estas coisas vivem os homens, e

inteiramente nelas está a vida do meu espírito;portanto restabelece-me, e faze-me viver.

17 Eis que foi para minha paz que eu estive emgrande amargura; tu, porém, amando a minha alma,a livraste da cova da corrupção; porque lançastepara trás das tuas costas todos os meus pecados.”

(Isaías 38.16,17)

O Senhor havia ordenado ao rei Ezequias que

pusesse em ordem a sua casa, uma vez que morreriaem breve.

Sabemos que o Senhor não voltou atrás quanto à

exigência de colocar em ordem a sua casa  – 

certamente os erros que ele vinha cometendo em

seu reinado, e no possível afastamento dacomunhão com Deus  –  apesar de ter revogado a

sentença de morte imediata, tendo-lhe

acrescentado 15 anos de vida.

Nós lemos nos versos do nosso texto uma parte da

carta de gratidão e memorial que Ezequias escreveu

após ter sido restaurado da sua enfermidade.

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Ele se refere à sua necessidade de restauração

espiritual – para que o Senhor o vivificasse por que

disso dependia a vida do seu espírito.

Ele reconhece que foi para o seu retorno à paz e

comunhão com o Senhor, que havia sido afligido

pelos assírios e por sua enfermidade mortal; e isto

lhe causara grande amargura de espírito.

Então declara que a causa do perdão dos seus

pecados e o livramento da corrupção da sua alma

foi o grande amor do Senhor por ele.

Assim como agiu em relação a Ezequias, Deus faz o

mesmo com todos os seus filhos, pois os repreende

e disciplina, especialmente através de tribulações,

por amá-los, de maneira que abandonem seu viverpecaminoso e venham a andar de maneira ordeira

na Sua santa presença.

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“Não repreenderá perpetuamente nem

para sempre conservará a sua ira.”

(Salmo 103.9)

Quanto tempo dura a ira de uma pai ou de uma

mãe depois de ter repreendido a seu filho?

Se este filho é amado por eles a ira durará parasempre por causa do desatino que cometeu?

Todos os que são pais amorosos sabem muito bemqual é a resposta.

Por vezes nossos filhos se mostram renitentes erebeldes por não pouco tempo em relação adeterminado problema a que têm dado causa.

Todavia, por maior que seja a contrariedade que

isto possa causar em nós, depois de certo tempotornamos a ser favoráveis a eles sem que isto levemuito tempo.

Ora, se nós, falhos e limitados pecadores agimosdesta forma, quanto mais o nosso Pai celestial queé perfeito em amor, justiça e bondade?

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Daí o salmista ter se expressado nos termos donosso texto, pois conhecia por experiência própriaqual é o caráter de Deus.

Ele tinha sido alvo do desagrado do Senhor emdeterminadas ocasiões, e no pecado com Bate-Seba, sua harpa ficou desafinada por cerca de umano, e o seu espirito definhava debaixo dos juízoscorretivos de Deus, pois não havia até então achadolugar para arrependimento, convencendo-se da

grande transgressão que havia cometido.

Deus já havia se tornado favorável a ele, mas comose achava endurecido pelo pecado, não pôdecontemplar Seus braços amorosos abertos pararecepcioná-lo, depois de ter-se lavado com aslágrimas do arrependimento.

Mas aprendeu a lição e a compartilha conosco nesteSalmo, de modo que possamos aprender queconforme afirma a Escritura a ira de Deus de umbreve momento não passa, porque de outra formaseríamos todos consumidos.

Lembro-me agora da passagem quando nos foi feitaa promessa do perdão de Cristo por causa doevangelho, no texto de Isaías 40, no qual o Senhorconvoca consoladores para o seu povo, depois detê-lo castigado devidamente pelos seus pecados.

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Assim, então, você que se achou debaixo dapalmatória corretiva do Senhor, que se manifestousobretudo pela falta de paz e pelas próprias

circunstâncias da vida que lhe mostraram o quantoEle estava aborrecido com os seus maus caminhos,tente observar por esta fresta de luz que se abrepara que você possa ver que o tempo da correção jápassou, que é hora de derramar lágrimas não maisde amargura e desânimo, mas de arrependimento,de alegria e de esperança, de um novo recomeçar

com Deus.

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Amor Espiritual e Amor Natural

Nosso Senhor Jesus Cristo disse que o maior

mandamento da Lei é o amor a Deus, e que umsegundo mandamento semelhante a este é o amorao próximo.

E acrescentou ainda um outro mandamento paraseus discípulos, que é o próprio amor dEle entre osirmãos na fé.

Seguramente, este amor que nos deu como umnovo mandamento, ou seja, algo para ser vividopelos cristãos, é o amor ágape que existe somente

na natureza de Deus, e do qual podemoscompartilhar quando somos feitos coparticipantesda natureza divina.

Os apóstolos bem compreenderam e viveram agrande relação que há entre o amor ágape divino ea essência do Espírito Santo, do qual, quanto maischeio estiver o espírito do cristão, mais cheio estarápor conseguinte do referido amor.

É por isso que o apóstolo Paulo diz que ocumprimento da Lei é o amor.

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O apóstolo Tiago chama este amor espiritual queprocede de Deus, de Lei régia.

O apóstolo João afirma não apenas que Deus éamor, como também que aquele que amaimpulsionado pelo amor divino, dará a sua vidapelos irmãos, tal como nosso Senhor Jesus Cristodeu e tem dado a Sua vida por nós, não apenas nosentido de ter morrido na cruz em nosso lugar, maspor compartilhar os dons e a essência da Sua

própria vida divina conosco, pela comunhão quetemos com Ele em espírito.

Paulo diz que o amor de Deus é derramadoabundantemente em nossos corações pelo EspíritoSanto, como que querendo ensinar que não háoutra fonte na qual possamos achar o amor divino,

senão apenas na nossa comunhão com o EspíritoSanto, e submissão à transformação e disciplina queEle aplica em nós na regeneração (novonascimento) e na santificação.

Então se diz antes de tudo que o fruto do EspíritoSanto é o amor, e deste amor se destacamparticularidades que não se encontrarão no meroafeto natural da alma humana.

Há portanto uma aplicação aos nossos espíritos,pelo mover e poder do Espírito Santo, que derramao amor de Deus nos nossos corações, tornando-os

aptos a também a amarem tal como Jesus nos ama.

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E muitas destas particularidades são destacadaspelo apóstolo Paulo no texto de I Coríntios 13.

O amor de Cristo em nossos corações não carregaconsigo qualquer sombra de injustiça, ou decomportamento inconveniente, e estácompletamente despojado de qualquer forma deegoísmo.

O amor com o qual Cristo nos amou e com o qual

devemos amar, por buscarmos estar cheios doEspírito Santo em nosso próprio espírito, podesuportar ofensas, como também até mesmo amarseus inimigos, enquanto lhes dá testemunho dacompleta longanimidade que há em Cristo, embenefício de suas próprias almas, para que tenhama oportunidade de acharem o arrependimento pelo

qual possam encontrar a salvação ou a reconciliaçãocom Deus.

O amor de Deus derramado em nossos coraçõespelo Espírito Santo, nos torna cheios de esperança econfiança no Senhor, e faz com que nosso espíritoseja inabalável e pronto para toda a boa obra,inclusive ao serviço mais humilde e incansável emfavor do nosso próximo.

Como é pelo amor que se dá a plena comunhão dosnossos espíritos com Deus, que é espírito, por isso,o amor jamais acabará, diferentemente de todas as

demais coisas que estão sujeitas a terminarem um

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dia, como os próprios dons sobrenaturais doEspírito Santo relacionados nos capítulos 12 e 14 deI aos Coríntios.

Por isso se afirma na Bíblia que todos os nossos atosdevem ser feitos com amor, e não meramente poramor às pessoas, mas como ao próprio Cristo.

Por isso nosso Senhor afirma que tudo o quetivermos feito com tal amor, até aos pequeninos

entre seus irmãos, está sendo feito a Ele próprio.

Não erremos portanto, o alvo e o vínculo daperfeição espiritual, que é apenas o amor espiritualde Jesus que é implantado em nós pelo EspíritoSanto.

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Deus é Amor Porque é Puro Espírito

O amor divino é marcado sobretudo pela

faculdade do espírito que é chamada de comunhão.

Isto significa dizer que se pode ter somentecomunhão em espírito, e a fonte desta comunhão é

o próprio Deus em nós, o qual é espírito.

Comunhão é ligação. É um cimento que liga seresmorais numa verdadeira união de querer, sentir erealizar. É o compartilhar de vidas que se fundemnuma grande unidade.

A expiação do pecado pela morte de Jesus na cruzobjetivava principalmente este resultado relativo àpromoção da comunhão entre Deus e o homem.

Por isso o apóstolo Paulo destaca em I Cor 13 omodo de manifestação deste amor, ou seja, destacomunhão entre aqueles que se amam em espíritono Senhor, dizendo que tal comunhão éestabelecida em suportar com paciênciaespecialmente a debilidade dos que são fracos; eque não se manifesta de modo invejoso ouorgulhoso, nada fazendo que seja inconveniente, eainda que tal comunhão não é egoísta, e não se

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fundamenta em iras, suspeitas ou injustiças, e quesempre se alegra com a verdade e a justiça.

Assim, o amor tem o seu modo, porque a verdadeiracomunhão do espírito, e que sempre procede deDeus, também tem o seu próprio modo ou caminhopara se manifestar.

Trocando em miúdos: se todas as virtudes(benignidade, longanimidade, alegria, paz etc) que

promovem o amor são espirituais; então aconclusão lógica é de somente em espírito, e emespíritos purificados, podem abundar tais virtudes,e por conseguinte, existir o amor divino.

Daí o nosso título: Deus é amor porque é puroespírito.

Daí também, nosso Senhor ter afirmado queimporta que Deus seja adorado sempre em espíritoe em verdade.

O principal significado de tal afirmação é queimporta termos comunhão com Deus e uns com os

outros em espírito, porque o amor celestial, eterno,divino, sempre emana do espírito, e nunca da almaou do corpo. Pode se manifestar através de ambos,mas nunca terá neles a sua origem.

Foi por este motivo, que nosso Senhor relacionouno discurso que proferiu a Nicodemos, o amor deDeus à necessidade de se nascer de novo do Espírito

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Santo, ou seja, de se ser gerado pelo Seu poder emser espiritual.

“1 Ora, havia entre os fariseus um homem chamado

Nicodemos, um dos principais dos judeus.

2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi,sabemos que és Mestre, vindo de Deus; poisninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, seDeus não estiver com ele.

3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade tedigo que se alguém não nascer de novo, não podever o reino de Deus.

4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode umhomem nascer, sendo velho? porventura pode

tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?

5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digoque se alguém não nascer da água e do Espírito, nãopode entrar no reino de Deus.

6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido

do Espírito é espírito.

7 Não te admires de eu te haver dito: Necessário vosé nascer de novo.

8 O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; masnão sabes donde vem, nem para onde vai; assim é

todo aquele que é nascido do Espírito.

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9 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto?

10 Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, enão entendes estas coisas?

11 Em verdade, em verdade te digo que nós dizemoso que sabemos e testemunhamos o que temosvisto; e não aceitais o nosso testemunho!

12 Se vos falei de coisas terrestres, e não credes,

como crereis, se vos falar das celestiais?

13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceudo céu, o Filho do homem.

14 E como Moisés levantou a serpente no deserto,assim importa que o Filho do homem seja

levantado;

15 para que todo aquele que nele crê tenha a vidaeterna.

16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira quedeu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que

nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, nãopara que julgasse o mundo, mas para que o mundofosse salvo por ele.

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18 Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome dounigênito Filho de Deus.

19 E o julgamento é este: A luz veio ao mundo, e oshomens amaram antes as trevas que a luz, porqueas suas obras eram más.

20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz,e não vem para a luz, para que as suas obras não

sejam reprovadas.

21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fimde que seja manifesto que as suas obras são feitasem Deus.” (Jo 3.1-21)

Veja o modo como nosso Senhor relacionou e pôs

em interdependência, no texto de João 3, estasrealidades celestiais, que nos vêm da parte de Deusaqui embaixo na terra: espírito, amor, reino deDeus, fé, luz e verdade. Ele fez isto porque naverdade elas não podem existir separadamente.

A fé abre a porta para o reino de Deus, que se

manifesta em amor, ou seja, naqueles que nascemdo Espírito, para terem uma vida espiritual, e para acomunhão com Deus e mutuamente com os demaisque têm também nascido do Espírito Santo, paraum caminhar na luz e na verdade.

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estar cheio de raiva, ódio ou ciúme, em sentidonegativo, como também possuía o sentido positivode ser o objeto do zelo de outros para o nosso

próprio bem, como é o caso da referência que se fazao amor do Espírito Santo pelos cristãos em Tg 4.5.

Então há um ciúme que é gerador de divisões econtendas, que não procede do Espírito Santo deDeus, e é contra este tipo de ciúme que devemosnos guardar.

Tal espírito ciumento é marcante especialmentenaqueles que são inseguros e que têm medo deperder para outros a atenção de pessoas do seucírculo de relacionamento.

Então o ciúme se instala no coração humano como

um tipo de ferrugem que corroerá aos poucos aprópria pessoa ciumenta, fazendo com que se torneamarga e ressentida, ao mesmo tempo em queproduz grande desconforto naqueles que são o alvodo seu ciúme, quer seja aquele que diz amar, querseja aquele que julga estar roubando o amor ou aamizade da pessoa que ama.

Tão corrosivo é o espírito ciumento que em nãoraros casos levará a pessoa que se deixa dominarpor ele, a enfermar até mesmo física eemocionalmente.

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II Cor 12.20 “Temo, pois, que, indo ter convosco,não vos encontre na forma em que vos quero, e quetambém vós me acheis diferentes do que

esperáveis, e que haja entre vós contendas, invejas,iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho etumultos.”. 

Gál 5.19-21 “inimizades, porfias, ciúmes, iras,

discórdias, dissensões, facções, invejas...”. 

I Tim 6.4: “é enfatuado, nada entende, mas temmania por questões e contendas de palavras, de quenascem inveja, provocação, difamações, suspeitasmalignas,”. 

Tito 3.3 “Pois nós também, outrora, éramos néscios,

desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte

de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja.Odiosos e odiando-nos uns aos outros.”. 

Tiago 3.14-16 “Se, pelo contrário, tendes em vosso

coração inveja amargurada e sentimento faccioso,nem vos glorieis disso, nem mintais contra averdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do

alto; antes, é terrena, animal, e demoníaca. Poisonde há inveja e sentimento faccioso, aí háconfusão e toda espécie de cousas ruins.” 

Mandemos embora, portanto, o ciúme de nossasvidas.

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No amor de Deus não há qualquer temor, inclusiveeste de temer não ser amado, e ser abandonado,preterido, por causa de outros.

Não permitamos que o ciúme habite no seucoração, porque é um hóspede cuja intenção é a dedestruir a sua vida e amargar a de muitos outros.

Não devemos dar acolhida a este hóspede perverso,porque ele nos disporá à pratica de muitos outros

pecados, como por exemplo o da difamação,porque o ciúme procurará fazer acusações gravescontra a reputação das pessoas das quais sentimosciúme, para desmerece-las ou diminuí-las na estimaque recebem da parte daqueles que supostamenteamamos.

Dizemos supostamente porque o amor verdadeironão é ciumento, e não produzirá este terrível malnaqueles que dizemos amar, lhes impedindo de serelacionarem livremente com outros, por causa donosso ciúme.

Assim, devemos libertar a nós mesmos e libertar

também aqueles que são o objeto do nosso ciúme.

Lembremos sempre que uma pessoa ciumenta nãopode crescer na admiração e estima daqueles dosquais sente ciúme, porque sempre verão o ciúmecomo uma atitude de fraqueza e insegurança que

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carrega consigo muitos outros males, e isto não é defato algo para ser admirado ou estimado.

Busquemos então ser conhecidos não como alguémfraco e inseguro que não permite que os laços deamor e amizade sejam estendidos entre muitos,mas como alguém que promove a realização emanutenção de tais laços.

Não será o ciúme que manterá o nosso cônjuge ao

nosso lado.

Não será o ciúme que preservará a companhia deum amigo.

Não é tornando alguém inimigo daqueles que julgamos serem nossos inimigos, que tornará este

alguém nosso amigo.

O amor é voluntário e necessita de liberdade deexpressão para continuar vivo.

Sufoquemos o amor, limitemos o amor, e ainda queele não morra, é certo que não poderá se expressar

com alegria, admiração e liberdade.

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Como Amar o Cristo Invisível

Nunca será demais sempre recordarmos que o

Deus único e verdadeiro que servimos é invisível, eque todas as realidades espirituais relativas ao seureino são também invisíveis.

A fé não necessita de qualquer apoio visível para serfirmada e aumentada, ao contrário, as coisasvisíveis em relação à fé tendem à idolatria, e porconseguinte, a extingui-la.

Amamos o Cristo invisível, disse o apóstolo Pedro, IPe 1.7,8.

Moisés declarou expressamente que o povo deIsrael não havia visto qualquer aparência de Deusquando ele entrou em aliança com eles no MonteSinai, de modo a desencorajá-los de qualqueradoração que não fosse dirigida exclusivamente àSua pessoa, Deut 4.12,15.

Nosso Senhor deu a seguinte ordenança à suaIgreja:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,

batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do

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Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas ascoisas que vos tenho ordenado.” (Mat 28.19,20a) 

O discipulado é para Cristo e não para os própriosministros. Ninguém deve fazer discípulos para simesmo, e nem lhes ensinar para a própriaconveniência e interesse, senão fazer discípulospara Cristo em relação a tudo o que ele nos temordenado na Sua Palavra para ser guardado pornós.

É portanto lamentável que tantos incentivempessoas a serem suas seguidoras, por saberemdessa fraqueza da natureza carnal humana debuscar apoio no que é visível para o exercício de suadevoção religiosa.

É um triste engano pensar que é mais convenientefirmar a fé em pessoas, porque são visíveis, do queem Cristo, que não vemos com os olhos da carne, eque pode ser somente conhecido em espírito comos olhos da fé.

Por isso os próprios apóstolos de Cristo se

afadigavam no ensino da Palavra de Deus, porquesabiam o quão danoso seria para os cristãostornarem-se, eles próprios, o fundamento da sua fé.O que eles fizeram deve ser imitado por todos osministros do Senhor, que têm o dever de seafadigarem na Palavra para apresentarem ao povo

somente a Cristo, e este crucificado.

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Não é nossa missão apresentarmo-nos a nósmesmos, senão somente Aquele que morreu eressuscitou por nós.

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Sem Amar Não Somos Reais

“Nós sabemos que já passamos da morte para a

vida, porque amamos os irmãos; aquele que nãoama permanece na morte.” (1 João 3:14) 

“Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça

todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu

tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes,se não tiver amor, nada serei.” (1 Coríntios 13:2) 

O que se afirma nestes dois textos é que sem amarnão somos reais.

Sem o amor em nós nada somos.

Por que isto?

Porque fomos criados para sermos como Deus emsantidade e em amor. Deus é o eterno Eu Souporque é amor.

Então é o amor de Deus em nós que nos torna reais,porque é somente assim que podemos existir emconformidade com o seu propósito eterno emrelação a nós. Sem este amor somos apenas umapálida e evanescente imagem daquilo quedeveríamos ser.

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Não é muito difícil aceitar ou entender estaverdade, porque onde o amor não reina, o que reinaé a morte e a destruição - destruição de bons

sentimentos, de bons pensamentos, de bonspropósitos, de relacionamentos harmônicos, enfimde tudo o que é verdadeiramente bom epermanente.

Então afirma o apóstolo João que aquele que nãoama permanece morto espiritualmente - morto

para Deus, morto para a possibilidade de viver emunião com todos os demais que também amam.

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Amor Perfeitamente Bom e Gentil

Deus não tem prazer em condenar ninguém.

Ele é tão puro, bom, amoroso e terno, que não seriapossível guardar qualquer indisposição perversa emseu interior.

Pensamos muito mal sobre Deus quando pensamosque ele está cheio de amargura, rancor ousentimentos semelhantes contra aqueles que vivemno pecado.

Estes sentimentos são inerentes a criaturas caídas,

como nós, mas jamais poderiam ser imputados àMajestade Santíssima do céu.

Nós que nos reprovamos, nós que nos condenamos,nós que nos destruímos, nós que estamos cheios deamarguras ressentidas que necessitam serexpurgadas pela graça divina.

Apesar disso, o Senhor, em sua infinita bondade elonganimidade, se compadece de nós, e nosestende a mão para fazer sempre o que é bom paranós.

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Agora, não será de se admirar que Ele nada possafazer por aqueles que teimam de modo voluntário eobstinado em viver na prática constante do mal; em

não consentirem em sequer investigar a causa dobem e da justiça; que odeiam o amor e os que amamo bem; que reprovam e condenam a si mesmos,escolhendo o sofrimento eterno nestas cadeias deira, impureza, violência, malícia, indiferença, e emtudo o que é negativo em que vivem.

Mas de tal ordem é a bondade de Deus, que eleestenderá a mão e mudará a sorte, mesmo destes,ainda que seja no final de suas vidas, quando sevoltarem para ele arrependidos em busca de perdãoe transformação.

Não é portanto por qualquer tipo de maldade que

exista em Deus que muitos serão achados afastadospara sempre dele e do seu amor. Não foi afinal,Deus que assim o desejou, mas eles que assimdecidiram.

João 8.15: Vós julgais segundo a carne, eu aninguém julgo.

João 12.47: Se alguém ouvir as minhas palavras enão as guardar, eu não o julgo; porque eu não vimpara julgar o mundo, e sim para salvá-lo.

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Mateus 12.36: Digo-vos que de toda palavra frívolaque proferirem os homens, dela darão conta no Diado Juízo;

Mateus 12.37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.

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Permanecer no Amor e na Verdade

Desde que Deus criou o primeiro homem, séculos

e séculos se passaram.

Quão diferentes foram as gerações em sua própriaépoca quanto às artes, à tecnologia; aos processos

de produção, etc.

Todavia, a necessidade essencial básica do serhumano, perante Deus, tem permanecidoinalterada.

Muito desta necessidade se refere a afetos,

intenções, e ao tipo de caráter que o homem devepossuir.

Mais do que capacidade operativa, trabalho,serviços, obras, espera-se o amor ao Senhor, o qualse traduz muito mais nos pontos destacadosanteriormente, do que em qualquer outra coisa.

Esta verdade está claramente declarada na palavrade repreensão dirigida por Jesus Cristo à Igreja deÉfeso, em Apocalipse 2.4,5.

Ele também definiu o amor como sendo o guardar

os Seus mandamentos.

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Note que a grande maioria destes mandamentospouco tem a ver com ações, e por isso, apesar deterem sido numerosas as obras de Éfeso, Jesus

mostrou que eram dignos de repreensão porquefalhavam justamente no essencial.

Em outra passagem das Escrituras Jesus apontou ovalor do viver pela fé, quando disse aos judeus quea obra que se esperava deles era que cressem nEle.

E que somente aqueles que permanecessem na SuaPalavra seriam identificados como Seus discípulos.

Jesus nos foi enviado pelo Pai para nos ensinar eaplicar em nossas vidas a fé, o arrependimento, aadoração, a oração, o louvor, a paciência, alonganimidade, a alegria, a misericórdia, a paz, o

perdão, a justiça, a mansidão, o amor..., coisas estasque têm muito mais a ver com a necessidade danossa transformação individual, do que com asnossas ações e obras, as quais a par de seremimportantes, nenhum valor terão diante de Deus, senão forem acompanhadas por estas virtudescitadas, que são possíveis de serem obtidassomente pela graça, mediante a fé e santificação doEspírito Santo.

Obras, conhecimento, política, investigaçãocientífica e filosófica, tecnologia, e tudo o mais quese relacione a este mundo e ao plano temporal, e

mesmo concílios religiosos, debates apologéticos,

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processos para crescimento numérico de igrejas, eoutros assuntos correlatos, por si só, em nadacontribuem para o propósito de formar o homem

interior que é segundo o coração de Deus, pois istosó é possível por meio da santificação na verdade, aantiga verdade revelada na Bíblia conforme opróprio Jesus afirmou em João 17.17: “Santifica-osna verdade; a tua palavra é a verdade.” 

Fujamos portanto, da tentação de desprezar a

meditação e prática bíblica em prol decontextualizações modernas que nos afastam dosprincípios e mandamentos imutáveis da Palavra deDeus, a bem de nossas próprias almas.

Examinemos tudo e retenhamos o que é bom,porque afinal somente uma coisa é necessária, e de

nada aproveita ao homem ganhar o mundo inteiroe por fim perder a sua alma.

“Por esta razão, importa que nos apeguemos, com

mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos.” (Hebreus 2.1)

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carregando sobre Si todos os nossos pecados, e paraque pudéssemos continuar recebendo esta vidacelestial e divina que alimenta e vivifica o nosso

espírito, para que possamos ter comunhão em amorcom Deus e com todos aqueles que o amam.

É de fato muito comprobatório da existência do Seuamor, o fato de que morreu por pecadores, sem quehouvesse um único justo - alguém que fosse dotadode uma natureza que não o inclinasse

continuamente para o mal e que não fosse seduzidopelas paixões carnais que guerreiam contra a alma.

Nisto se comprova o amor, pois morreu por nós,encontrando-nos na condição de pecadores, demodo que pudéssemos viver pela Sua própria vida egraça santificadora.

Em nenhuma religião e em nenhum outro Nomeserá achada esta provisão de graça divina que fazmorrer a nossa velha natureza e que nos dota deuma nova natureza, para que por esta possamosviver de maneira vitoriosa sobre o pecado, o diaboe o mundo de trevas.

Quando me sinto enfraquecido e inclinado a viversegundo a carne e não segundo o Espírito, eu clamoao Senhor, pois sei que posso contar com aassistência da sua poderosa graça, de modo quedigo juntamente com o salmista ao concluir o Salmo

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"Ando errante como ovelha desgarrada; procura oteu servo, pois não me esqueço dos teusmandamentos." (Salmo 119.176)

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Deus Não me Ama

Esta é a queixa de muitos, ainda que seja apenas no

recôndito de seus pensamentos.

E ela pode ser vista até mesmo, temporariamente,em dados momentos da vida dos santos mais

eminentes, quando submetidos a circunstânciasdestinadas a provar a sua fé.

Todavia, esta queixa é uma constante naqueles quenão amam a Deus, quando as coisas não caminhamna direção que eles desejavam.

Apressadamente concluem: “posso comprovar istopelas minhas presentes condições de vida.” 

“Por acaso é ser amado e assistido por Deus quando

se vive na pobreza em que tenho vivido?” 

“Quando não se tem as qualificações, dons e

habilidades que tantas pessoas possuem e que lhesfaz pessoas prósperas neste mundo?” 

“Por acaso é ser amado com esta enfermidade que

carrego por anos sucessivos?” 

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A esta lista de argumentos, muitos outros poderiamser acrescentados, mas estes poucos nos bastampara ilustrarem o ponto que pretendemos enfocar.

Nesta noite de 10-05-2015 tive um sonho muitorevelador no qual vi pessoas que tinham profissõesque não demandavam qualificaçõesempreendedoras, e nem mesmo capacitação pararesolver situações desafiadoras, uma vez que nãoteriam a mínima possibilidade de atender a tais

requisitos. Caso fossem necessários, certamentenão permaneceriam empregadas.

Então ouvi uma voz que dizia alto e bom som: “Nisto

se comprova o amor e cuidado divino para com taispessoas.” 

E isto se aplicava também aos que eram qualificadospara tais desempenhos, pois se não fosse pelos donse capacitações recebidas de Deus, jamais poderiamcumprir as funções para as quais foram designadasa desempenhar neste mundo.

Assim, soa muito estranha ao ouvido divino a

queixa de que não somos amados por Ele em razãode não sermos habilitados, ou prósperos em bensterrenos etc.

A declaração de Jesus relativa à viúva pobre destacamuito mais o Seu amor e cuidado por ela, do que

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propriamente um elogio ao fato de ter ofertado domodo que é esperado por Deus.

Por acaso esta única passagem das Escrituras não ébastante suficiente para exemplificar o amor deDeus pelos que são pobres neste mundo?

E quanto ao que se queixa de sua enfermidadeprolongada... este não possui um grande motivopara louvar a graça divina que o mantêm em vida?

Não lhe é dada a oportunidade de aumentar o seugalardão pelo testemunho de uma boa consciênciapara com Deus, e de paciência na tribulação?

Não podemos medir de fato o tamanho do amor ecuidado de Deus por nós, pela régua curta e estreita

da nossa razão natural, quanto àquilo que somos ouque possamos fazer, uma vez que é Ele que a tudo ea todos governa, e dá a cada um segundo a medidada sua própria capacidade.

Contentemo-nos portanto com a porção que Ele nostem designado neste mundo, e exaltemos em todas

as circunstâncias, o Seu grande, amoroso epoderoso Nome.

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Não Há Amor a Deus

Sem Obediência

A verdade relativa ao que Deus é em pessoa, e o

que Ele opera na humanidade, não é boa e

agradável somente ao próprio Deus como tambéma nós.

Na realidade, não podemos estar em comunhãoamorosa com Deus sem estarmos santificados nacitada verdade,

à qual Jesus se referiu em sua oração em favordaqueles que nele cressem, pedindo ao Pai que lhessantificasse na verdade da Sua Palavra divina (João17.17).

Por isso Ele define o amor não como merosentimento, mas sobretudo como prática dos seus

mandamentos (João 14.15,21; 15.10), conforme seencontram registrados na Bíblia, porque são eles, esomente eles, que definem a natureza celestial quenos convém obter, e o padrão de comportamentoque dela decorre.

Antes de conhecer ao Senhor Jesus Cristo, pelas

Escrituras Sagradas, eu cria e havia criado um Jesus

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a quem eu pensava amar, apesar de agircontrariamente a tudo o que Ele nos tem ordenado.

Hoje, eu sei que estava enganado, porque Ele é omesmo para todos os que nele creem do modo peloqual convém crermos, e que somente podemoschegar a este conhecimento por meio da conversão,pelo arrependimento e pela fé nEle, e segundo ainstrução que recebemos do Espírito Santo, nãosomente para conhecermos a sua vontade, como

também para ter o poder espiritual necessário paracumpri-la, porque isto é possível somente pelaoperação da sua graça que nos é concedida.

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Nada Poderá nos Separar do Amor de

Deus

Satanás trabalha para que o cristão não saiba ou

duvide que se encontra firme para sempre nas mãosde Deus, como se afirma em Romanos 5.2 e em

muitas outras passagens bíblicas.

É impressionante como ele consegue cegar o cristãopara as afirmações feitas pelo próprio Jesus, comoesta que encontramos em Jo 10.27-29: “As minhas

ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elasme seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais

perecerão, eternamente, e ninguém as arrebataráda minha mão.

Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; eda mão do Pai ninguém pode arrebatar.”. 

Ah, como isso fere ao diabo, saber que Ele não

poderá ter no inferno a nenhum dos que Jesusgenuinamente justificou e regenerou.

Por isso ele trabalha para infundir a dúvida nocristão, de que pertence realmente a Deus parasempre, e que Deus o aceita completamente comofilho, apesar de suas imperfeições e limitações.

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O diabo deseja que você creia que de alguma forma,você pode perder sua redenção e ele soprará sobrevocê para que se sinta inseguro e intimidado.

Por isso você deve colocar o capacete da esperançada salvação.

Esta esperança significa que você pode aguardá-lacomo coisa segura e certa, porque Deus é fiel paracumprir a promessa de salvá-lo eternamente e de

que ninguém tirará você das mãos de Jesus e dasmãos do Pai, como se lê em João 10.27-29 eRomanos 8.32-39:

“João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz;

eu as conheço, e elas me seguem.

João 10:28 Eu lhes dou a vida eterna; jamaisperecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.

João 10:29 Aquilo que meu Pai me deu é maior doque tudo; e da mão do Pai ninguém podearrebatar.” 

“Rom 8:31 Que diremos, pois, à vista destas coisas?Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Rom 8:32 Aquele que não poupou o seu próprioFilho, antes, por todos nós o entregou, porventura,não nos dará graciosamente com ele todas ascoisas?

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Rom 8:33 Quem intentará acusação contra oseleitos de Deus? É Deus quem os justifica.

Rom 8:34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quemmorreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está àdireita de Deus e também intercede por nós.

Rom 8:35 Quem nos separará do amor de Cristo?Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, oufome, ou nudez, ou perigo, ou espada?

Rom 8:36 Como está escrito: Por amor de ti, somosentregues à morte o dia todo, fomos consideradoscomo ovelhas para o matadouro.

Rom 8:37 Em todas estas coisas, porém, somos maisque vencedores, por meio daquele que nos amou.

Rom 8:38 Porque eu estou bem certo de que nem amorte, nem a vida, nem os anjos, nem osprincipados, nem as coisas do presente, nem doporvir, nem os poderes,

Rom 8:39 nem a altura, nem a profundidade, nem

qualquer outra criatura poderá separar-nos doamor de Deus, que está em Cristo Jesus, nossoSenhor.” 

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Um Pai Amoroso

P

orque assim diz o Alto e o Sublime, que habita

na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto esanto lugar habito; como também com o contrito eabatido de espírito, para vivificar o espírito dosabatidos, e para vivificar o coração dos contritos.

16 Porque não contenderei para sempre, nemcontinuamente me indignarei; porque o espíritoperante a minha face se desfaleceria, e as almas queeu fiz.

17 Pela iniquidade da sua avareza me indignei, eo feri; escondi-me, e indignei-me; contudo,

rebelde, seguiu o caminho do seu coração.

18 Eu vejo os seus caminhos, e o sararei, e o guiarei,e lhe tornarei a dar consolação, a saber, aos quedentre eles choram.".

O propósito de Deus é o de reavivar o espírito dohumilde, e o coração do arrependido (verso 15), eEle apresenta a razão disto, a saber que se Ele nãoagisse com amor infinito e condescendência emrelação a eles, mas lidasse com eles lhes dando a justa retribuição às suas transgressões, eles seriamtotalmente consumidos (verso 16).

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Porém, na realização deste trabalho de cura, Eletem que usar alguns remédios amargos para arecuperação espiritual deles.

Por causa da iniquidade da cobiça deles (verso17) que era a sua principal doença, eles foramferidos pelo Senhor e Ele escondeu a Sua face deles,porque isto seria necessário para que fossemcurados.

Mas como eles se comportaram debaixo desteprocedimento de Deus em relação a eles?

Rebelaram-se e continuaram seguindo aperversidade do seu coração.

Então como faz este Consolador Santo para lidar

agora com eles?

Ele os deixa entregues à sua enfermidade?

Ele os abandona?

Não, porque um pai amoroso não lidará assim com

os seus filhos.

E a promessa feita por Deus é que Ele agiria conoscotal com um pai consolando seus filhos.

Ele realizará o Seu trabalho com tal amor infinito,ternura e compaixão, que isso superará todas as

transgressões, e não cessará até que Ele tenha

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efetivamente administrado a necessária consolaçãoa eles (verso 18).

Ele agirá nos termos da aliança que fez com eles pormeio de Jesus Cristo de ser o Deus e Pai deles parasempre.

Então os corrigirá em amor para participarem daSua santidade.

Ele os aperfeiçoará no Seu amor. E tudo fará paraconduzi-los a isto.

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“A misericórdia triunfa sobre o juízo.”  

(Tiago 2.13b)

C

onheça o Homem que Criou Um Método para

Você Parar de EsquecerEstudo e MemorizaçãoO que teria levado o apóstolo Tiago a fazer tal

afirmação senão o fato de saber que nosencontramos, desde que Jesus morreu eressuscitou, na dispensação da Graça, em quevigora uma nova aliança com Israel, na qual nãoapenas a nação de Israel é considerada o povo daaliança, como no período do Velho Testamento,

mas todas as pessoas de todas as nações queestejam unidas a Cristo pela fé.

Nesta é exigido que os aliançados sejammisericordiosos para com todos os pecadores,assim como Deus tem sido plenamentemisericordioso para conosco.

Ele determinou ser completamente longânimo emisericordioso nesta dispensação, inclusive paracom os Seus inimigos que vivem deliberadamentena impiedade, e não apenas com aqueles quetivessem sido alcançados pela Graça, tendo sido justificados pela fé nEle no período da dispensaçãoda Lei, e mesmo antes deste período, conforme foi

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o caso por exemplo de Enoque, Noé, Abraão, entreoutros.

Que a misericórdia triunfa sobre o juízo está sendopatentemente demonstrado pelo Senhor nestadispensação da Graça; pois todos os que searrependem de seus pecados e que simplesmenteconfiam em Cristo, são perdoados.

Nunca antes de Jesus ter feito a expiação dos nossos

pecados na cruz do Calvário, e ter instituído umaNova Aliança com base no sangue do Seu sacrifico,houve na Terra uma tal disponibilidade de graçasalvadora e misericordiosa para todas as nações  – as páginas do Velho Testamento demonstram estefato, especialmente nos chamados livros históricos.

Como o juízo divino é estabelecido com base natransgressão da Sua Lei, a qual é o reflexo exato daSua vontade, então podemos dizer que a Graça temtriunfado sobre a Lei nesta presente dispensação,porque é por meio dela que somos resgatados dacondenação da Lei, no que tange aos juízos da Lei,

por causa da nossa fé em Jesus Cristo, pois somosconsiderados por Deus como tendo morrido para aLei, por termos sido considerados participantes damorte de Cristo na cruz  –  e a Lei não tem podersobre mortos, senão somente sobre quem está vivo.

A Lei e a Graça pertencem à mesma fonte que é

Deus, mas a Lei não pode ser eficaz para a nossa

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salvação e livramento do poder do pecado, porqueé somente uma norma e não um poder. Ela assim,ao contrário, em vez de nos ajudar eficazmente

neste propósito da nossa salvação, nos condena justamente, porque somos pecadorestransgressores da vontade de Deus.

Então este trabalho eficaz poderia ser realizadosomente pela Graça, que não somente nos perdoa,como também é o poder que mortifica o pecado que

habita em nossa natureza terrena. Não se penseentretanto na Lei e na Graça como sendo coisasantagônicas. Ambas concorrem juntamente para opropósito da nossa salvação.

A Lei, conduzindo-nos ao conhecimento da vontadede Deus, e da Sua bondade e juízos, e aoconvencimento da nossa condição pecaminosa, juntamente com o testemunho do Espírito Santo, ea Graça, nos capacitando a viver em conformidadecom as exigências da Lei, até aquela perfeição deobediência que teremos à vontade de Deus quandoformos introduzidos na glória celestial.

De maneira que a Graça não anula a Lei, antes aconfirma, pois nos foi dada com o propósito devivermos eternamente com Deus com uma justiçaque excede até mesmo em muito todas asexigências da Lei de Moisés.

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Assim que nem sequer um jota ou til serãoeliminados da Lei até que tudo se cumpra, quandoCristo entregar o Reino ao Pai no qual não mais

existirá o pecado, e por conseguinte a necessidadede uma Lei escrita, porque “não se promulga Lei

para quem é justo, mas para transgressores erebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios eprofanos, parricidas e matricidas, homicidas,impuros, sodomitas, raptores de homens,mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à

sã doutrina,” – I Tim 1.9,10

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que se purifique de seus pecados no sangue deCristo, sem o que, será sujeito ao juízo eterno deDeus, que haverá de se manifestar no futuro, por ter

recusado mudar pelo recebimento da justiça deCristo que Ele está oferecendo gratuitamente atodos na dispensação da graça. .

Como não chegamos a conhecer Adão e Eva quandose encontravam em perfeição absoluta no jardim doÉden, e nem as condições de perfeição que havia em

toda a criação, antes de o homem e a terra teremsido amaldiçoados por Deus por causa do pecado,então, torna-se não apenas difícil, mas até mesmoimpossível, conceber como seria a nossa vida semqualquer pecado, ou influência do pecado. Agora,conscientes ou não da realidade do pecado, Deusnos impõe responsabilidade por todos os nossosatos, pensamentos e omissões perante Ele, porquenos tem estendido a possibilidade de optarmos porum viver em consonância com o que Ele haviaplanejado para que fôssemos, simplesmente pela fénEle, que nos faz participantes da Sua graça, pelaqual somos transformados. E a imputação desta

responsabilidade traz em consequênciarecompensas e bênçãos para os obedientes, ecastigos e juízos sobre aqueles que Lhedesobedecem.

É exatamente a revelação desta realidade queachamos nos escritos bíblicos, e especialmente nos

profetas, protestando veementemente contra os

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pecados não somente do povo de Deus, mas de todaa humanidade, não por motivos de uma afetaçãomoralista, mas para o cumprimento do propósito de

Deus de que haja paz e amor entre os homens. Nãovemos por isso, um Deus justo negociando compecadores nos termos dos pecados deles, lhesfazendo concessões ou lhes dando promessas desuspensão de Seus juízos, ainda que não sedisponham a mudar o seu procedimento, porqueafinal, lhes preparou um escape, um meio de

fazerem a Sua vontade, através da fé em JesusCristo.

Deste modo, todo o povo de Israel é conclamado aescutar, especialmente os sacerdotes e a corte dorei, porque é declarado que o juízo era contra eles,dado terem sido um laço e uma rede na qualapanharam todo o povo de Israel, mantendo-ospresos aos seus pecados (Os 4.1). As coisas que elesfaziam em oculto e toda a prostituição cultual delesestava patente aos olhos do Senhor, que éOnipresente e Onisciente. Procedendo daquelaforma não podiam se voltar para Deus e fazer a Sua

vontade, porque estavam dominados por umespírito de prostituição ao qual haviam seafeiçoado, e por causa do qual não podiamconhecer ao Senhor. Se o homem não se humilhar enão reconhecer que é dependente do Senhor parapoder fazer a Sua vontade, não receberá graça dElepara que possa estar de pé na Sua presença, por um

procedimento que Lhe seja agradável.

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E se não houver a operação da graça, a iniquidadese espalhará em seu coração, e tornará cada vez

mais difícil que venha a se humilhar diante doSenhor para que seja salvo de seus pecados, porqueem vivendo no pecado, sequer ocupará seuspensamentos com a existência de Deus, quantomais sobre a necessidade de conhecê-lO de modopessoal e íntimo, e também a Sua vontade, para queseja praticada e obedecida. Porque para se ter o real

conhecimento de Deus é necessário que sejamostransformados paulatinamente à semelhança doseu caráter divino.

Por isso nem todos se dispõem a isto, porque estãoapegados à vida que é contrária a quase tudo o queexiste no caráter de Deus. Quando o coração estáendurecido de tal forma, nada adianta religiosidadeexterna manifestada em ritos e cerimônias, com ofito de desviar a ira de Deus, como por exemplo aapresentação de sacrifícios que os israelitascostumavam fazer, porque não será desta formaque o Senhor se deixará achar, senão somente por

uma real conversão de coração.

Judá deveria aprender dos juízos que seriamtrazidos pelo Senhor a Israel, quando fossemlevados ao cativeiro pela Assíria, e assim, tanto Judáquanto a tribo de Benjamim que se encontravam noReino do Sul, deveriam evitar incorrer no mesmo

 juízo, desviando-se de seus pecados.

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Viver no Amor de Deus

O

 amor divino é oposto à malícia e toda forma de

maldade, porque o amor é benigno.

à inveja e ao ciúme, porque o amor não é invejosoou ciumento.

à busca de glória pessoal em coisas vãs, porque oamor não se vangloria.

à soberba, ou seja, ao orgulho, porque o amor nãoé soberbo.

à falta de sobriedade e moderação, porque o amornunca se porta inconvenientemente.

Ao egoísmo, porque o amor não busca os seuspróprios interesses, mas os de Cristo.

O amor é também oposto à impaciência, porque o

amor não se exaspera, ou seja, ele não se irrita,não se deixando provocar facilmente, sobretudoquando provado pelas injustiças e perseguições.

O amor não é vingativo, porque nunca se ressentedo mal que lhe façam.

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O amor é também oposto à injustiça, porque sealegra somente com a prática da justiça.

E é também oposto à mentira, porque o amor sealegra somente com a verdade.

A intolerância, porque o amor tudo pode sofrer e jamais desistirá de amar.

A incredulidade, porque o amor crê em tudo o que

a boca do Senhor tem proferido na Sua Palavra.

É também oposto à desesperança, porque o amorsempre esperará com firme confiança no Senhor, nocumprimento de todas as boas promessas que nosfez na Bíblia.

O amor é também oposto ao desânimo diante dasdificuldades porque o amor tudo suporta, eportanto, nada pode destruí-lo. E é por tudo issoque o amor jamais acaba.

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Alegria e Paz na Comunhão com Jesus

Q

uando descobrimos quem é de fato o Senhor

Jesus e o quanto Ele nos ama e cuida de nós, aconsequência natural é que nos regozijaremossempre nEle, e manifestaremos isto com a nossaadoração e louvor voluntários, com alegria decoração.

Quando crescemos no conhecimento da graça e deJesus, e passamos a conhecer cada vez melhor, qualé o caráter, amoroso, justo e bondoso do nosso Rei,nada deste mundo poderá nos tornar insatisfeitos.

Tudo suportaremos por amor a Ele com alegria em

nossos corações, não somente como expressão denossa gratidão, mas, sobretudo, porque seráimpossível viver de outro modo, estandopermanentemente em espírito diante da SuaGrandeza e Majestade.

Ainda que sejamos contristados por breve tempo

com muitas aflições, estas não podem roubar aalegria que temos na nossa comunhão com oSenhor.

Podemos dizer juntamente com o apóstolo Paulo,as seguintes palavras:

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” Em tudo somos atribulados, porém não

angustiados; perplexos, porém não desanimados;perseguidos, porém não desamparados; abatidos,

porém não destruídos; levando sempre no corpo omorrer de Jesus, para que também a sua vida semanifeste em nosso corpo.” – 2 Coríntios 4:8-10

Esta alegria sobrenatural, que é fruto do Espírito,habita em nosso coração de tal maneira quepodemos ser achados contentes em toda e qualquer

circunstância.

Nós podemos aprender isto, assim como Paulohavia aprendido (Fp 4.11).

A alegria e coroa dos ministros do evangelho é verque seus amados irmãos, que estão sob o seucuidado permanecem firmes no Senhor,perseverando na fé em meio às tribulações que têmque enfrentar neste mundo, com a plena convicçãode que por maiores e duradouras que sejam estastribulações, pode ser dito delas que são leves epassageiras, comparadas com o peso de glória a ser

revelado àqueles que perseveram (2 Cor 4.16,17).

Agora, esta alegria que os crentes têm em Cristo nãoé uma alegria carnal, ou seja, oriunda da carne, quetenha seus motivos na carne. É alegria puramenteespiritual.

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Nem mesmo as nossas presentes necessidadesneste mundo são motivo para nos roubar estaalegria espiritual no Senhor, porque devemos

aprender a não andar ansiosos por coisa alguma; aomesmo tempo em que devemos fazer conhecidos osnossos pedidos diante de Deus por meio da oraçãoe da súplica, sendo-Lhe gratos pelas respostas quenos der, ainda que seja um “não”, ou um “espere”;

porque é somente assim, reconhecendo Suasoberania, que a Sua paz poderá guardar nosso

coração e nosso pensamento, em nossa comunhãocom Cristo Jesus (Fp 4.6).

Como esta alegria é fruto da graça, onde ela estiverpresente também será achada a paz espiritual que éoutro fruto da graça. Esta paz não significa ausênciade problemas ou a realização de todas as nossasaspirações. A paz que Deus nos dá é sobrenatural.Ela não pode ser explicada pela razão, porqueexcede todo o entendimento.

É paz comunicada diretamente ao nosso espírito,pelo Espírito de Deus. Ela não é o fruto dos nossos

pensamentos.

É paz no meio do conflito, a qual nos visita muitasvezes inesperadamente; vinda do alto, comoresposta à nossa oração e comunhão com o Senhor,e permanece em nós ao lado da gratidão, da alegriae do amor, enquanto permanecermos nesta

comunhão.

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Deste modo, é requerida uma real santificação denossas vidas para a preservação desta alegria, paz e

comunhão com Deus.Sem santificação não podemos ter o nossopensamento fixado naquilo que é verdadeiro,honesto, justo, puro, amável, de boa fama e quepossua virtude e louvor (Fp 4.8).

Não admira portanto que aqueles que vivem em

comunhão mental com coisas que sejamabomináveis ao Senhor, se queixem de terem faltade alegria e paz espiritual. Eles poderão até mesmoexibir um comportamento alegre, mas será umaalegria oriunda da carne, e não do Espírito Santo,cujo fruto é também alegria.

Deus é inteiramente santo e justo. Ele é luz perfeita.Ele é perfeito amor e bondade.

Então, que comunhão poderíamos ter com Ele, nosagradando das coisas que são das trevas erejeitando aquelas que são da luz?

A nossa mente corrompida pelo pecado originaldeve ser renovada pelo Espírito Santo, com aPalavra de Deus e as coisas que são aprovadas, asaber, que são verdadeiras, honestas, justas, puras,amáveis, e que possuam boa fama, virtude e louvor.Por isso não é possível amar o mundo, as coisasreprovadas que há no mundo, e ter ao mesmo

tempo, o amor e a aprovação de Deus.

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Não há um caminho fácil para a paz. Não há umcaminho fácil para a consolação do Espírito Santo,

porque Ele sempre santificará primeiro, e depoisconsolará. Não se pode contar com Sua consolaçãoenquanto permanecemos deliberadamente naprática do pecado, amando as trevas, em vez da luz.

Mas todo aquele que se consagrar ao Senhor,sujeitando-se à disciplina do Espírito Santo, poderá

dizer junto com o apóstolo: “posso todas as coisasnaquele que me fortalece” (Fp 4.13). 

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Prova-se o Amor a Deus Pela

Obediência à Sua Palavra

É

muito comum se ouvir de lábios que professam

amar a Deus coisas que contrariam completamentea Sua Palavra. Por mais sincero que seja o

pensamento de que se ama a Deus de fato, nestecaso, não há realmente qualquer amor a Ele afinal.

O Deus e Pai de nosso Jesus Cristo, e o próprio Jesustêm definido na Bíblia que é somente aquele quehonra e guarda a Sua Palavra que o ama de fato.

Desta forma, quando alguém afirma que não háqualquer tipo de morte porque todos vivem parasempre no amor divino, ele está indo diretamentena contramão de tudo o que a Bíblia afirma de capaa capa; pois, segundo a Palavra de Deus, não hásomente morte física, como também espiritual e

eterna.Nisto e em muitas outras afirmações que sejamfeitas, ainda que com a intenção de ser tão amorosoe bom, segundo o seu próprio modo de pensar, atéo ponto de superar a própria bondade e amor deDeus, é escolher viver em auto ilusão e de maneiraexcluída do amor e comunhão com Deus, porque

esta comunhão é possível somente quando se honra

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e se obedece a toda palavra que procede da boca deDeus nas Escrituras Sagradas.

Foi justamente para livrar da condição de morteespiritual e eterna que Jesus se manifestou, e estebenefício é exclusivo para aqueles que nele creem eguardam a Sua Palavra.

“Nada acrescentareis à palavra que vos mando,

nem diminuireis dela, para que guardeis os

mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vosmando.” (Deuteronômio 4.2) “ Aquele que tem os meus mandamentos e os

guarda, esse é o que me ama; e aquele que me amaserá amado por meu Pai, e eu também o amarei eme manifestarei a ele. Disse-lhe Judas, não oIscariotes: Donde procede, Senhor, que estás paramanifestar-te a nós e não ao mundo? RespondeuJesus: Se alguém me ama, guardará a minhapalavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele efaremos nele morada. Quem não me ama nãoguarda as minhas palavras; e a palavra que estaisouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.”

 – João 14:21-24

“ Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profeciadeste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualqueracréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelosescritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisadas palavras do livro desta profecia, Deus tirará a

sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das

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coisas que se acham escritas neste livro.” – Apocalipse 22:18-19

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Encerraremos o nosso livro com um sermão emdomínio público de Charles Haddon Spurgeon que

traduzimos do original em inglês.

Membros de Cristo

“Porque somos membros do seu corpo, da sua

carne e dos seus ossos.” Efésios 5.30 

Ontem, quando eu tive a dolorosa tarefa de falar

no funeral de nosso querido amigo, o Sr. WilliamOlney, falei sobre o texto que eu vou usá-lonovamente agora. O estou retomando porque eu

realmente não preguei sobre esse texto, senão queapenas trouxe à memória de vocês uma expressãofavorita dele que eu ouvi muitas vezes de seuslábios em oração. Ele frequentemente falou desermos um com Cristo numa união viva, amorosa,duradoura, três palavras que, além de serem umaaliteração são muito descritivas da natureza de

nossa união com Cristo. Essas três palavras, vocês selembrarão, foi o título do meu sermão na presençadessa congregação notável que encheu este lugarpara honrar a memória do nosso irmão, cuja maiorambição era honrar seu Senhor, a quem ele serviutão fielmente.

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Paulo aqui se refere unicamente aos verdadeiroscrentes, homens que receberam a vida pela graçadivina e são feitos vivos para Deus. Desses afirma,

não por ficção, nem por exagero poético, senão porum fato indiscutível: “Nós somos membros do seu

corpo, da sua carne e dos seus ossos.” Que há uma

real união entre Cristo e o Seu povo não é umaficção, nem o sonho de uma imaginação febril. Opecado nos separou de Deus, e para desfazer o queo pecado tem produzido, Cristo nos une a si mesmo

numa união real maior do que qualquer outra uniãono mundo.

Esta união é muito próxima e muito amorosa ecompleta. Estamos tão perto de Cristo, que nãopoderíamos chegar mais perto, porque nós somosum com Ele. Somos tão amados por Cristo que jánão podemos ser mais amados. Considere quãoíntimo e terno é o vínculo, quando é certo que Cristonos amou e se entregou por nós. É uma união maisíntima do que qualquer outra que possa existirentre os homens. “Ninguém tem maior amor do que

este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”

Éramos seus inimigos quando Cristo morreu paranos salvar e um com Ele, que dEle obtivemos a nossavida, e nEle está escondida essa mesma vida. É,portanto, uma união muito amada e muito próxima,que Cristo tem estabelecido entre Ele e Seusremidos; e esta união não poderia ser maiscompleta do que é.

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É também uma união extremamente maravilhosa.Quanto mais vocês pensarem nela, maissurpreendidos ficarão, e serão possuídos de um

santo temor diante dessa maravilha da graça. Kentdisse muito bem:

” Oh sagrada união, firme e forte, Como é grande a graça, quão doce a canção ,Que vermes da terra possam serUm com a Divindade Encarnada!” 

Porém, é assim. Até mesmo a encarnação de Cristonão é mais maravilhosa do que a sua união viva como Seu povo. É algo que devemos considerarfrequentemente; é a maravilha dos céus; é a maisimportante das coisas que “os anjos anseiam

observar”. Talvez eles não possam ver muito sobrea superfície desta verdade, mas quanto mais sededicarem à sua contemplação, e na medida emque, em sua meditação receberem a ajuda doEspírito Santo, poderão ver mais neste maravilhosomar de vidro misturado com fogo. A minha alma sealegra com a doutrina de que Cristo e Seu povo são

eternamente um.

Esta é uma doutrina muito consoladora. Quem aentende tem um oceano de música em sua alma.Quem realmente pode entendê-la e alimentar-sedela, se sentará muitas vezes em lugares celestiaiscom o seu Senhor, e terá uma antecipação do dia,

quando estiver com Ele e for semelhante a Ele.

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Mesmo agora, uma vez que somos um com Ele, nãohá distância entre nós, estamos mais perto dele doque poderíamos estar de qualquer outra coisa. A

própria ideia de união nos faz esquecer todadistância: verdadeiramente, a distância éaniquilada completamente. O amor nos une tãointimamente com Cristo, que ele se torna mais paranós do que nosso próprio ser, e embora não ovejamos, contudo, pela fé, nos regozijamos comalegria indizível e cheia de glória.

Aliás, posso dizer que esta doutrina é muito prática.Não é apenas um torrão de açúcar para sua boca; éuma luz para o seu caminho, pois “Aquele que diz

que permanece nele, esse deve andar como eleandou.” Devemos  cuidar para que o amor querodeava os pés de Cristo, esteja sempre brilhandoem nosso caminho. Devemos tentar fazer o bem,seguindo os passos de nosso Senhor. Seriadesmentir esta doutrina se vivêssemos em pecado;pois, se formos um com Ele, então devemos estarno mundo como ele estava; e cheio do Seu Espírito,devemos buscar reproduzir a Sua vida diante do

mundo.

Estes pensamentos podem nos servir como umaintrodução para uma consideração mais completadeste grande assunto; começarei dizendo que, naSagrada Escritura, a união entre Cristo e Seu povo éexplicada de várias maneiras. Então eu vou tentar

mostrar que a metáfora do nosso texto está cheia

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de significado; e, em terceiro lugar, lhesdemonstrarei que a doutrina da nossa união comCristo tem suas lições práticas. Ao deleitar os nossos

corações com a verdade gloriosa de que “somosmembros do seu corpo, da sua carne e dos seusossos”, tenhamos a determinação de viver como

aqueles que estão assim unidos ao Senhor da vida!

I. Nosso primeiro pensamento é que esta união éexplicada de várias maneiras. Este fato bendito está

acima do nosso mais elevado pensamento: não nossurpreende então, que a linguagem não consigadescrevê-lo de forma adequada! Símile após símileé usado. Eu somente vou mencionar quatro deles.

A união entre Cristo e o crente é descrita como aunião do fundamento (alicerce) e a pedra.“Achegando-nos a ele, pedra viva, rejeitada, naverdade pelos homens, mas para Deus, escolhida epreciosa, vós também, como pedras vivas, soisedificados como casa espiritual”. Estamos sobre Ele

da mesma forma que a pedra repousa sobre oalicerce. Bem podemos cantar:

“Toda a minha esperança em Ti está posta, Toda a minha ajuda de Ti a tenho!” 

Em sua dependência, a pedra é uma com o alicerce.No momento da nossa necessidade, mais nosapertamos a Cristo; quanto mais os nossos corações

estejam aflitos, mais lançamos toda a nossa

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ansiedade sobre Ele. É a pedra que adere à fundação(alicerce). É possível que o vento leve uma pedraleve. Mas nos agarramos a Ele em todo o tempo,

confiando inteiramente nEle, assim como a pedrarepousa sobre a rocha que está embaixo. A pedranão suporta o seu próprio peso: somente descansaali onde é colocada. Então nós descansamos emCristo. Ele é o fundamento e descansamos nEle.

Além disso, a pedra adere ao alicerce, formando

uma unidade. No decurso do tempo, a pedra ficamuito mais ligada à fundação. Quando a massa écolocada no início, e está úmida, vocês poderiamagitar a pedra. Mas logo que a massa se seca, apedra fica colada ao cimento, e se mantém firme.Nas velhas muralhas romanas, você não poderiaremover uma pedra, porque o cimento que une umapedra a outra, é tão forte quanto a própria pedra, e,de fato, o que nos une a Cristo é mais forte do quenós. Podemos ser quebrados, mas o vínculo deamor que nos sustenta em Cristo como umpoderoso cimento, nosso fundamento, nunca podeser quebrado.

Na verdade, nós nos tornamos um com Ele, como jámuitas vezes tenho visto pedras nas paredes de umantigo castelo se tornarem uma com a outra. Vocênão pode separá-las, elas estavam formando umaúnica peça com a parede, e teria sido necessáriodestruir a parede antes que pudessem separar as

pedras uma das outras. Da mesma forma, nós, pela

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insignificantes sejamos, somos tijolos ou pedrasnesse grandioso templo de graça todo-poderosa!Talvez alguns membros estejam colocados onde

todos possam vê-los. Outros podem estarembutidos na parede, onde ninguém pode nos ver;mas quem se importa? Se estamos na parede, tudobem. Onde quer que estejamos colocados estamosunidos a Cristo; e, portanto, ninguém temprecedência sobre os demais, porque todos nósestamos igualmente construídos sobre um

fundamento, Jesus Cristo nosso Senhor, em quemnós crescemos diariamente, cada vez mais próximosa Ele na experiência, e apegando-nos cada vez maisfirmemente a Ele através da fé.

O segundo aspecto que é usado pelas Escrituraspara representar a nossa união com Cristo é avideira e os ramos. “Eu sou a  videira, vós sois osramos”, é a palavra de Cristo aos seus discípulos. O

símile (comparação) anterior do fundamento e dapedra, não sugere qualquer ideia de vida. Por estarazão, quando o apóstolo o usou, teve que falar deCristo como uma pedra viva, e também de nós,

como pedras vivas. É uma figura um poucoestranha, e contudo é estritamente verdadeira; poisvocês e eu, não temos mais vida espiritual em nósdo que as pedras, exceto quando um milagre nos dávida; e então, apesar de vivermos, somos comopedras aparentemente inertes e sem vida, masrealmente temos sido revividos por uma obra

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sobrenatural, e temos sido feitos pedras vivas.Porém, a figura não parece harmônica.

No entanto, este segundo símile nos comunica aideia da vida, pois uma videira não é videira se estámorta, e seus ramos não são verdadeiros ramos, amenos que estejam vivos. Há uma união viva entreCristo e Seu povo, e eu espero poder apelar para aexperiência de muitos dos meus leitores, que sabemque há uma união viva entre eles e Cristo. Bem-

aventurado é o homem que pode dizer: “Eu já nãovivo, mas Cristo vive em mim, e a vida que vivoagora na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, queme amou e se entregou por mim.” 

A união é algo mais do que uma união de vida: éuma união de vida dependente. O ramo está ligadode tal modo ao caule que ele recebe toda a sua seivadele, não poderia viver a menos que os sucos devida fluam do tronco até ele. E assim é a nossa vida.Cristo derrama seu sangue de vida em nós.Perpetuamente, enquanto que Ele exista, estaráfluindo para o Seu povo. Na verdade, quando suas

feridas foram abertas, Ele sangrou vida em nós, equando o seu coração foi aberto, ele mudou osnossos corações e lhes deu vida, embora tivessemsido antes corações de pedra. Somos de tal maneiraum com Cristo, que a princípio recebemos nossavida dEle, e nós a continuamos recebendo dEle acada momento.

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Como consequência da vida de Cristo em nós,crescemos. O crescimento do ramo é realmente ocrescimento da videira. É porque o caule cresce que

o crescimento é transmitido ao ramo. Como Cristoderrama Sua força de vida em nós, nos faz crescer,para o louvor da glória de Sua graça.

Produzir fruto é o objetivo final de nossa união comCristo. Nós somos um com Ele para que possamosdar frutos para o Seu louvor. Queridos amigos,

estamos realmente fazendo isso? Acaso estamossatisfeitos com uma união nominal com Cristo,embora não produzamos frutos para Sua honra?Deveríamos estar muito angustiados quando somosestéreis e infrutíferos. Devemos lembrar que ogrande Agricultor tem uma faca afiada, e estáescrito: “Todo ramo em mim que não dá fruto, o

tira.” Oh, que nenhum dos meus leitores possa estar

em Cristo, de um modo falso, senão que todosestejam nEle numa união tão verdadeira e vital, quenos conduza a dar frutos para o Seu louvor; poisentão, embora sejamos podados, nunca seremoscortados da videira!

A terceira metáfora da qual se serve o Salvador emrelação a esta união, é o marido e a esposa. “Porque

o marido é a cabeça da mulher, como tambémCristo é a cabeça da igreja.” Aqui encontramos uma

união, não somente de vida, mas também de amor.Vale ressaltar que as duas palavras, “vida” e “amor”

sejam tão semelhantes entre si. Nas coisas

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de sua vida; pois assim Cristo “verá a sua

posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade deJeová prosperará na sua mão.” 

A esposa, também, é quem cuida da casa. Ela cuidados assuntos domésticos de seu marido. E assim oSenhor Jesus Cristo quer que seu povo cuide de Seusinteresses, e de tudo o que Lhe pertence, porque Elenos tem dado essas coisas, como o marido confia oseu tesouro para a esposa. Ele nos tem deixado

como guardiões de tudo o que ele tem. Num certosentido, somos os mordomos de Sua casa, mas emoutro sentido mais íntimo estamos unidos a elepelos laços matrimoniais que jamais podem serdissolvidos. É um assunto muito doce, mas eu nãoposso demorar-me muito nele. Permitam que seuspróprios pensamentos se tornem fragrantes comesse aroma. Independentemente de quão íntimopossa ser a união do marido e da esposa, a uniãoentre o crente e Cristo é ainda mais íntima. Oh, quea compreendêssemos cada dia mais!

“Oh, Jesus! Sê para mim 

Uma realidade viva e brilhante;Mais presente para a ávida visão da fé,Do que qualquer outro objeto externo visto.Mais amado, mais intimamente próximo,Que o mais doce laço terrenal!” 

Todo o imaginário humano é incapaz de explicar a

união entre Cristo e Seu povo; porém a comparação

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em nosso texto é agora a cabeça e os membros. Oapóstolo diz de Cristo que “somos membros do seu

corpo, seu sangue e ossos.” Cristo é a Cabeça e nós

somos membros do seu corpo. Quão maravilhosa éessa união! Na primeira metáfora, a do fundamentoe a pedra, tínhamos a ideia do apoio; na segunda, ada videira e os ramos, a ideia de vida;, a união entremarido e mulher nos deu a ideia de amor; e agoraaqui temos a sugestão de identidade. Há duas vidasno marido e na mulher, mas há apenas uma vida

para a cabeça e o corpo, e, neste sentido, estametáfora revela a verdadeira relação de Cristo como Seu povo, mais claramente do que qualquer outra.

Existe uma ligação maravilhosa entre a cabeça e osmembros do corpo. É uma união de vida, e umaunião do corpo que sempre continua. O maridopode ter que viajar para longe de sua esposa, masisso nunca pode acontecer que a cabeça viaje longedo corpo. Se eu chegasse a ouvir de algum homemcuja cabeça foi cortada de seu corpo 300 milímetros,ou pelo menos meia polegada, eu diria que essehomem estava morto. Deve haver uma união

perpétua entre a cabeça e os membros, casocontrário, ocorre a morte, e, fixem bem, a morte,não somente do corpo, mas da cabeça. Quando sãodivididos, morrem. Quão glorioso é estepensamento quando aplicado ao Senhor e Seu povoredimido! Sua união é para sempre. Eles morreriamse fossem separados dEle, mas Ele deixaria de ser,

se perdesse seus membros, porque, de alguma

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forma ou outra, estão tão unidos, que Ele não estarásem eles; não pode ficar sem eles, porque issosignificaria que a Cabeça da igreja foi separada dos

membros do Seu corpo místico. É por isso quecantamos:

“E isso eu descubro, nós dois estamos tão unidos,Que Ele não estaria na glória, deixando-me paratrás.” 

II. Tendo lhes mostrado desta maneira estes quatrosímiles (e há outros, mas eu não tenho tempo parafalar sobre eles), agora chego ao que está diante denós no texto, e assinalo que a metáfora está cheiade significado: “Somos membros do seu corpo, de

sua carne e de seus ossos.” Há sete pontos sobre os

quais gostaria de chamar a sua atenção.

Há aqui união de vida, união de relacionamento eunião de serviço. Vejam o que quero dizer. A mãonunca estuda o que ela pode fazer pela cabeça; masquando a cabeça deseja que a mão seja levantada,a mão é levantada imediatamente; e quando a

cabeça deseja que a mão baixe, ela baixainstantaneamente. Não há deliberação oudiscussão sobre isso. Em um corpo saudável, acabeça e os membros são praticamente um. Se vocêestivesse doente, poderia ser diferente. Às vezes eutenho visto, numa pessoa semiparalisada, que aperna se agita sem seguir a instrução da cabeça;

tenho visto uma mão tremer sem a vontade da

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maneira uma com a cabeça, que se esforça porresguardá-la.

Entre a cabeça e os membros há também uma uniãode sentimento. Se a cabeça dói, vocês sentem essador em todos as partes  –  estão completamenteenfermos. E se o seu dedo dói, a cabeça se sentemal. Há tal coordenação entre todas as partes docorpo que “se um membro sofre, todos os membros

sofrem com ele, e se um membro é honrado, todos

os membros se regozijam com ele. Vós soisportanto, corpo de Cristo, e membros uns dosoutros.” Cristo é a nossa Cabeça, e a Cabeça sofre

especialmente pelos membros. Não tenho certezade que é sempre tão claro que uma das mãos, sofrapela outra mão, como é muito claro que a cabeçasofre por causa de qualquer das mãos. Assim sucedecom a igreja. Nem sempre pode estar claro quetodos os membros se sentem em afinidade uns comos outros, mas sempre é muito claro que Cristo seidentifica com cada um dos membros do Seu povo.De alguma forma, há uma conexão mais rápida dacabeça com a mão, do que a de uma mão em relação

à outra. E há uma afinidade mais profunda entreCristo e Seu povo, do que a que normalmente háentre um e outro de Seus servos. Está escrito no quediz respeito ao seu povo que “Em toda a angústiadeles Ele foi angustiado.” Em todas as tuas aflições,

filho de Deus, a tua Cabeça celestial sente dor!

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Há também uma união de necessidade mútua entreos membros e a cabeça. A cabeça precisa do corpo.Agora, tenho que falar com cuidado quando

relaciono o pensamento com Cristo, porém aindaassim é verdade. O que seria da minha cabeça semo meu corpo? Seria um espetáculo terrível. E Cristosem o seu povo estaria incompleto. Um Cristo quemorre sem redimir a ninguém! Um Cristo vivo, semninguém para viver por Sua vida, seria um fracassohorrível! Cristo no Calvário, e as almas afundando

no inferno, sem que ninguém seja salvo por seuprecioso sangue! Cristo encarnado na cruz, sem queninguém seja salvo por Sua encarnação e Suamorte! Seria uma visão horrível. Diz-se que a igrejaé a plenitude de Cristo: “a igreja, que é o Seu corpo,

a plenitude daquele que enche todas as coisas.”

Esta é uma expressão maravilhosa. Agora, aplenitude da cabeça é o corpo; retire o corpo dacabeça, e o que resta? Quanto ao corpo, o quepoderia ser sem a cabeça? Se você perdesse acabeça, não teria nenhuma velocidade de pé, nemde mão, nem força de coração. Não; nada sobrapara cabeça se é separada do corpo; e nada sobra

para o corpo se é separado da cabeça. Há entre elesuma união de necessidade mútua.

Além disso, entre a cabeça e os membros há umaunião de natureza. Não intentarei descrever acomposição química da carne humana; mas ébastante claro que minha cabeça é feita da mesma

carne que os meus membros. Não existe diferença

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entre a carne de um e a carne de outros. Assim,embora a nossa Cabeça da aliança esteja agora nocéu, e os seus pés na terra, Cristo é tanto um por

natureza com o Seu povo, que é homem verdadeirode homem verdadeiro, e também Deus verdadeiro,de Deus verdadeiro. Se você negar sua humanidade,não creio que mantenha por muito tempo Suadivindade. E se negar sua Deidade, tem destruídotristemente a perfeição de Sua humanidade; poisnão poderia ser um homem perfeito, se fizesse os

homens crerem que era Deus, quando não o era.Para nós, Ele é o Deus-Homem em uma pessoa, aquem amamos e adoramos; Sua natureza é amesma que a nossa, e estamos unidos a Ele parasempre.

“Senhor Jesus, nós somos um contigo? Oh, altura! Ó profundidade do amor!Contigo morremos no madeiro,E em Ti vivemos acima “. 

“Oh, ensina-nos, Senhor, para conhecer ereconhecer

Este mistério maravilhoso,Que Tu conosco é verdadeiramente umE nós somos um contigo!” 

Entre Cristo e Seu povo há também uma união deposse. Nada que pertença à minha cabeça deixa depertencer à minha mão. Qualquer coisa que minha

cabeça reclame, como própria, minha mão pode

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também reivindicar como sua. Pobre pecador,qualquer coisa que pertença a Cristo pertence a ti!Cristo é rico, como poderias ser pobre? Seu Pai é teu

Pai, e Seu céu é teu céu; és de tal maneira um comEle, que todas as vastas possessões de sua riquezate são dadas gratuitamente. Ele te outorga Seutesouro, não somente, “até a metade do meureino”, senão todo o reino. Unido a Ele, tudo o que

Ele tem te pertence.

Entre o Senhor e Sua igreja há também uma uniãode condição presente. Cristo é amado pelo coraçãode Seu Pai. “Este é o meu Filho amado, em quem

tenho prazer”, foi a palavra que veio do céu abertoa respeito de Cristo; e como se Deus se deleita emCristo, também está satisfeito com vocês que estãoem Cristo. Sim, Ele tem tanto contentamento emvocês, como tem em Cristo; porque vê a vocês emCristo, e a Cristo em vocês. Deus não estabelecedivisões entre vocês e Cristo, a quem uniu a vocês.“Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o

homem.” Certamente Deus nunca irá separar o que

Ele uniu em Cristo.

Nem sequer em seus pensamentos se separemvocês de Cristo, por suporem que não são tãoamados por Deus da maneira que o é a Cabeça dopacto.

Finalmente, há uma união de destino futuro.

Qualquer coisa que seja de Cristo, vocês serão

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participantes de todas elas. Como podem morrer seCristo vive? Como pode morrer o corpo se a cabeçavive? Se cruzarmos as águas, elas não podem nos

cobrir enquanto não cobrirem a cabeça. Enquanto acabeça de um homem está acima da água, ele nãopode se afogar. E Cristo lá em cima na eternidade daglória, nunca pode ser vencido; nem tampoucopoderá ser vencido quem é um com ele. Parasempre, a menos que Cristo morra, a menos queexpire o Filho imortal de Deus, vocês que estão

unidos a Ele no propósito de Deus e na fé com a qualagora se apegam a Ele, viverão e reinarão. “Porque

eu vivo, vós também vivereis.” Acaso não é isso um

descanso para todo o temor de destruição? Vocêssão tão um com Ele que, quando o sol se tornar numcarvão queimado, e a lua se tornar um coágulo desangue, quando as estrelas caírem como folhas deoutono, e os céus e a terra derreterem, voltando aser nada desde onde a Onipotência os tiverchamado, vocês viverão, porque Quem é a suaCabeça viverá. “Cremos que também viveremos

com ele; sabendo que, havendo Cristo ressuscitadodentre os mortos, já não morre mais, a morte não

tem mais domínio sobre ele.” Onde ele for, nós oseguiremos.

Ouvi dizer que quando um ladrão consegue colocara cabeça entre as barras da janela, o seu corpo podefacilmente entrar. Eu não tenho tanta certeza, maseu sei que ali onde meu Senhor passou, os membros

devem certamente passar. “Eu sou o que vive, e

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estive morto; mas eis que estou vivo pelos séculosdos séculos”, é uma palavra que tem a intenção de

confortá-los. Guardem-na com vocês. “Somos

membros do seu corpo, da sua carne e dos seusossos”, e nós cantamos com Doddridge:

“Desde que Cristo e nós somos um, Por que deveríamos duvidar ou temer?Se no céu Ele tem estabelecido o seu trono ,Ali também estabelecerá Seus membros.” 

III. Finalmente, e muito brevemente, esta doutrinatem suas lições práticas, que vou tentar explicar deforma simples, de tal forma que aqueles que sãomembros de Cristo possam trazer mais alegria eglória à nossa Cabeça do que temos feito até agora.

Para começar, eu diria que, se somosverdadeiramente um com Cristo, não devemos terqualquer dúvida sobre isso. Costumava ser umamoda, e eu temo que em alguns lugares ainda é,pensar que desconfiar de nossa própria condição eduvidar quanto ao que se refere à nossa salvação, é

uma espécie de virtude. Eu conheci pessoas boasque não se atreviam a dizer que eles foram salvos,eles “esperavam” ser, e eu conheci outras pessoas

que não tinham certeza de terem sido lavadas nosangue precioso de Cristo, eles “confiavam” que o

eram. Esse estado mental não é um crédito nempara Cristo ou para nós mesmos.

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Se eu contasse ao meu filho uma coisa, e ele medissesse: “Pai, eu espero que você mantenha sua

palavra”, não sentiria que ele estivesse me tratando

como deveria. Certamente, crer em Cristo semreservas é a forma de honrá-lo. Se somos um comEle, perderíamos o consolo do fato de não sabermoscom certeza sobre a nossa união abençoada;(perderíamos muito da confiança que nos viria dofato, se não apreendêssemos claramente arealidade), e nos subtrairíamos muito da alegria que

traz, e saberíamos pouco sobre o significado dessapalavra: “a alegria do Senhor é a vossa força”, se

não cremos de modo simples como crianças.Esta é uma época de dúvida; mas, no que a mimconcerne, não duvidarei; eu já duvidei o suficiente,e mais do que suficiente; acabei com minhasdúvidas há muito tempo; posso dizer com Paulo:“Eu sei em quem tenho crido, e eu tenho certeza

que é capaz de guardar o meu depósito até aqueledia.” A salvação é pela fé. A condenação vem pela

dúvida. A dúvida é a morte de todo o consolo, adestruição de toda a força, o inimigo de Deus e dohomem.

Se somos um com Cristo, deveríamos percorrer omundo como príncipes; deveríamos ser comoAbraão entre os seus companheiros, que nãoreclamou nenhum principado, nem tomou qualquercoroa, mas ainda assim ele poderia dizer ao rei deSodoma o que ele tinha prometido solenemente ao

Senhor, “que desde um fio, nem uma correia de

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não tenho ouvido de algumas pessoas queprofessam ser cristãs, que não têm tido comunhãocom Cristo por muitos dias? Uma vez eu conversei

com um irmão que falou muito sobre muitas coisas;e quando ele se queixou disto e daquilo, me dirigi aele, e lhe perguntei: “Irmão, quando foi a última vez

que você teve íntima comunhão com Cristo?” Ele

respondeu: “Oh, você me pegou fora da balança!”

Quando lhe perguntei, “o que você quer dizer com

isso?” respondeu: “Eu temo que eu não tenho tido

qualquer comunhão com Cristo por meses.” Eususpeitava que era assim, porque senão a conversanão teria sido como foi.

Que coisa mais triste para uma esposa que deveviver com o marido em casa, sem poder lhe falar pormuitas semanas! Mas quão pior é que nós, queprofessamos ser um com Cristo, não termosnenhuma comunicação com ele por longos meses!Isto é algo perfeitamente horrível. Deus nos livre detal coisa! Pensemos continuamente em nossoSenhor, e vivamos sempre com Ele, porque somosum com Ele!

Ademais, sendo um com Cristo, servir-lhe deve sermuito natural. Certamente que existimos apenaspara cumprir a Sua vontade, e para glorificar Seunome. Para que servem as minhas mãos e os pés, anão ser para serem levados a se moverem pelaminha cabeça? Seriam estorvos a menos que eles

estejam prontos para obedecer o comando da

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nada, lhes leve a suspeitar que há uma alegria queé desconhecida para vocês, e uma vida que não têmencontrado; e quando souberem que é assim,

“Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-oenquanto está perto.” Se você buscá-Lo de todo ocoração, você certamente vai encontrá-lo, e embreve também será conduzido a uma “viva,

amorosa e duradoura união” com Cristo. 

Lembre-se que o mais leve toque de fé é suficiente

para salvar a alma. Aquela pobre mulher que veiopor detrás de Cristo no meio da multidão, somentetocou na orla de Suas vestes, e contudo este tímidotoque lhe trouxe salvação e saúde. Porém saiu dElepara ela, e foi salva de sua enfermidade. Se vocêsomente pudesse tocar o Senhor com o dedo de suafé, ah, mesmo se fosse com seu dedo mindinho,você seria abençoado; apesar de sua mão estartremendo com a paralisia da incredulidade, se vocêtem fé suficiente para tocá-lo, para entrar emcontato com ele, terá posto em funcionamento todaa maquinaria da salvação.

Que Deus lhe dê fé para encontrar a vida eternaagora mesmo! Por que não? Se o meu queridoamigo estivesse aqui agora, de quem estes panos deluto são um memorial, ele me diria, “oh, diga-lhespara provarem e ver que o Senhor é bom; bem-aventurados são aqueles que confiam nEle!” Vocês

sabem quanto William Olney amava esta estrofe

que cantamos ontem:

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“Oh, basta fazer uma prova do Seu amor; A experiência comprovará

Bem-aventurados são aqueles, e somente aqueles ,Que confiam em Sua verdade!” 

Que Deus abençoe a todos, por meio de Cristo,nosso Senhor! Amém.

Texto de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e

adaptado pelo Pr Silvio Dutra.