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UNIVERSIDADE PARANAENSE UNIPAR CURSO DE FARMÁCIA CAMPUS PARANAVAÍ ANA CAROLYNA MELO CALDEIRA LAYS GONÇALVES QUEIROS AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JARDIM OLINDA PR E FATORES ASSOCIADOS PARANAVAÍ - PR 2017

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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

CURSO DE FARMÁCIA – CAMPUS PARANAVAÍ

ANA CAROLYNA MELO CALDEIRA

LAYS GONÇALVES QUEIROS

AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JARDIM OLINDA – PR E

FATORES ASSOCIADOS

PARANAVAÍ - PR

2017

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ANA CAROLYNA MELO CALDEIRA

LAYS GONÇALVES QUEIROS

AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JARDIM OLINDA – PR E

FATORES ASSOCIADOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca

Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia -

Universidade Paranaense – Campus Paranavaí, como

requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em

Farmácia Generalista, sob orientação do Prof.º Msc

Romir Rodrigues.

PARANAVAÍ -PR

2017

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida, por nos revestir de fé, saúde, sabedoria, força e abrir todas as

portas necessárias para que concluíssemos esta caminhada.

Aos familiares, especialmente as nossas mães, Valquiria de Melo Odoricio; Maria Lúcia

Gonçalves Queiroz a quem tanto amamos e admiramos, por acreditarem em nós e incentivarem os

nossos sonhos na árdua e fascinante busca pelo conhecimento.

Aos nossos namorados, Vinícius; Juliano que de forma especial e carinhosa estiveram ao

nosso lado durante todo este tempo, nos apoiando e dando coragem nos momentos de dificuldade.

Ao Professor Romir Rodrigues, pela orientação, confiança, paciência, incentivo,

companheirismo, profissionalismo e apoio constante na realização deste trabalho.

A todos os professores, que contribuíram para nossa formação acadêmica, que além de

transmitirem seus conhecimentos e experiências, souberam apoiar-nos em nossas dificuldades.

Aos amigos, por terem estado ao nosso lado nos apoiando ao longo destes cinco anos.

A nós mesmas, pela confiança e reciprocidade de desejar sempre o bem uma à outra, por

nossa amizade que é um sentimento verdadeiro. Pedimos a Deus que se possível não coloque

grande distância entre nós, e que sejamos profissionais realizadas.

A todos aqueles que tiveram paciência em responder nosso questionário com

espontaneidade e a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização

deste trabalho, nosso muito obrigada!

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“Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante”

(Antoine de Saint-Exupéry)

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................08

2 MATERIAL E MÉTODO............................................................................................................10

3 RESULTADOS..............................................................................................................................11

4 DISCUSSÕES................................................................................................................................17

5 CONCLUSÕES..............................................................................................................................18

REFERÊNCIAS...............................................................................................................................20

ANEXOS...........................................................................................................................................23

Anexo A – Instrumento de Pesquisa Estruturado (Questionário)......................................................24

Anexo B – Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)......................................................26

Anexo C - Instrução para autores da Revista Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar.................27

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AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JARDIM OLINDA – PR E

FATORES ASSOCIADOS

CALDEIRA, Ana Carolyna Melo 1

QUEIROS, Lays Gonçalves 1

RODRIGUES, Romir 2

1 Acadêmicos do Curso de Farmácia Generalista da Universidade Paranaense – Unidade Paranavaí

2 Docente da Universidade Paranaense – Unidade Paranavaí

Endereços:

CALDEIRA, Ana Carolyna Melo

Travessa Antúrios, quadra 151, nº 65 – Centro

Primavera - SP

(18) 98178-2606

[email protected]

QUEIROS, Lays Gonçalves

Rua Rui Barbosa, 113 – Centro

Jardim Olinda - PR

(44) 9 9926-1531

[email protected]

RODRIGUES, Romir

Av Humberto Bruning, 360 – Santos Dumont

Paranavaí-PR

(44) 3421-4000

[email protected]

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AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JARDIM OLINDA – PR E

FATORES ASSOCIADOS

RESUMO

A automedicação é a condição em que o paciente faz uso de medicamentos sem a prescrição ou

orientação de um profissional de saúde, com o intuito de tratar doenças autodiagnosticadas ou

aliviar sintomas. Esta pesquisa teve por objetivo investigar a prevalência da automedicação e suas

variáveis praticadas pela população residente no município de Jardim Olinda-PR. Este estudo de

caráter transversal, com amostra de 303 munícipes, escolhidos de forma aleatória, com idade

superior a 20 anos, de ambos os sexos e de diferentes níveis sociais, nos quais os dados foram

coletados através de um questionário estruturado com questões objetivas e subjetivas, no período de

julho a setembro de 2017. A prevalência da automedicação no município foi de 71,29%, sendo as

mulheres e os indivíduos com maior nível de escolaridade os mais adeptos desta prática. Os

analgésicos foram os medicamentos mais utilizados e os familiares e amigos foram os maiores

influenciadores desta prática. O trabalho demonstrou que maior parte da população desconhece os

riscos dessa prática, revelando a necessidade da realização de programas educativos de controle,

prevenção e conscientização sobre os perigos da automedicação, com a participação efetiva de um

farmacêutico.

Palavras-chave: Automedicação; Analgésicos; Medicamentos sem prescrição.

EVALUATION OF AUTOMEDICATION IN THE MUNICIPALITY OF JARDIM OLINDA

- PR AND ASSOCIATED FACTORS

ABSTRACT

Self-medication is the condition in which the patient makes use of medications without the

prescription or guidance of a health professional, with the intention of treating self-diagnosed

illnesses or relieving symptoms. This study aimed to investigate the prevalence of self-medication

and its variables practiced by the resident population in the city of Jardim Olinda-PR. This cross-

sectional study was carried out with a sample of 303 people randomly selected over 20 years of age

from both sexes and from different social levels, in which the data were collected through a

questionnaire structured with objective and subjective questions, from July to September 2017. The

prevalence of self-medication in the city was 71.29%, with women and individuals with the highest

level of education being the most adept in this practice. Analgesics were the most widely used drugs

and family and friends were the major influencers of this practice. The study showed that the

majority of the population is unaware of the risks of this practice, revealing the need for educational

programs to control, prevent and raise awareness about the dangers of self-medication, with the

effective participation of a pharmacist.

Keywords: Self-medication; Analgesics; Non-prescription medicines

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1 INTRODUÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), define a automedicação como a

condição em que o paciente faz uso de medicamentos sem a prescrição ou orientação de um

profissional de saúde, com o intuito de tratar doenças autodiagnosticadas ou aliviar sintomas. Para

tal, podem ser utilizados medicamentos industrializados ou remédios caseiros (SOUZA et al.,

2011). É uma prática inserida na sociedade desde o início da história da humanidade (CASTRO et

al., 2013).

Dentre outras razões para a prática da automedicação, podemos ressaltar a dificuldade de

acesso aos serviços básicos de saúde e ao profissional responsável pela prescrição do medicamento,

a publicidade e a propaganda massiva, o acesso facilitado a medicamentos de venda livre sugerindo

que os mesmos sejam livres de riscos, a facilidade de obtenção de informações sobre o

medicamento na internet e a falta de programas de educação em saúde (ALBUQUERQUE et al.,

2015). Dentro desta perspectiva, cerca de 80 milhões de brasileiros são adeptos a automedicação

(SILVA et al., 2013), e pelo menos 35% dos medicamentos são adquiridos através da mesma

(CELLA; ALMEIDA, 2012).

Com relação à dinâmica desta prática, vários estudos evidenciam que a escolha do

medicamento é baseada em recomendações de pessoas leigas, principalmente familiares e amigos

(RIBEIRO et al., 2010; SILVA; MARTINS, 2015; SILVA et al., 2017). Em um estudo realizado

por Ribeiro et al. (2010), com a participação de 225 alunos do Instituto Politécnico de Bragança, os

familiares e amigos foram os que mais influenciaram na escolha do medicamento (51,6%)

seguindo-se a iniciativa própria (35,1%). Outros estudos evidenciam que as prescrições antigas e a

publicidade, também são fatores que contribuem na hora de escolher o medicamento (ARAUJO-

JUNIOR; VICENTINI, 2007; SILVA et al., 2017).

A dificuldade de acesso aos serviços básicos de saúde é decorrente da falta de recursos

orçamentários adequados destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), podendo estar associados a

um aumento na prática da automedicação (MUSIAL et al., 2007).

Nas classes sociais mais altas, onde as pessoas possuem maior nível de escolaridade, o

índice de automedicação é elevado. Estudos indicam que as pessoas com maior nível de

escolaridade são mais adeptas a automedicação (ARAUJO-JUNIOR; VICENTINI, 2007; SILVA;

MARTINS, 2015). Em pesquisa realizada Por Silva e Martins (2015), os mais adeptos da

automedicação foram os indivíduos que possuíam o nível superior incompleto (33,33%) e o nível

superior completo (28,89%). Por possuírem maior informação, julgam ter percepção sobre a própria

saúde e conhecer sobre as finalidades dos medicamentos que utilizam (MUSIAL et al., 2007;

IURAS et al., 2016).

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No Brasil e em outros países a automedicação é uma prática muito comum, tornando um

problema de saúde pública (OLIVEIRA; PELOGIA, 2011; SILVA et al., 2013), uma vez que o uso

indiscriminado de medicamentos até mesmo os considerados comuns pela população, como os

analgésicos, podem acarretar prejuízos à saúde, principalmente quando associados com algum outro

medicamento (VILARINO et al., 1998).

Dentre os possíveis riscos que a automedicação pode causar para a saúde do indivíduo estão:

reações de hipersensibilidade, resistência bacteriana, interações medicamentosas, erros nas

dosagens, agravos ou mascaramento da doença, dependência e toxicidade (BECKHAUSER, 2010;

SILVA et al., 2012).

A prevalência e fatores associados à automedicação vêm, sendo objeto de análise em

diversos estudos epidemiológicos de base populacional, e os resultados mostram que tal prática

pode variar entre regiões (MENDES, et al., 2004; ARAUJO-JUNIOR; VICENTINI, 2007;

ALMEIDA-JUNIOR et al., 2016). Estudo realizado nas cidades portuguesas de Lisboa e Porto,

demonstrou que a prevalência global da automedicação encontrada foi de 26,2% (MENDES, et al.,

2004). Em pesquisa realizada no município brasileiro de São Miguel Arcanjo (SP) em 2015 aponta

que 75,06% da população são adeptos da automedicação (ALMEIDA-JUNIOR et al., 2016).

Em relação ao gênero, as mulheres se automedicam mais que os homens (ARRAIS et

al.,1997; VILARINO et al., 1998; SILVA et al., 2017). Em pesquisa realizada por Silva et al.

(2017), com a participação de 375 pessoas residentes no município de Cordeiros-BA, 68,3%

pertenciam ao sexo feminino, sendo que destas, 76,9% relataram praticar a automedicação.

A predominância da automedicação por mulheres é atribuída à intensa propaganda de

medicamentos, ao papel social da mulher de prover a saúde de sua família, além do fato de estarem

mais preocupadas com sua saúde (LOYOLA-FILHO et al., 2002; MUSIAL et al., 2007).

Os analgésicos e anti-inflamatórios são Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP’s), não

necessitando de receita médica para compra dos mesmos, o que facilita a automedicação

(ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE, 2004; SILVA et al., 2017).

Vários estudos concluem que os analgésicos e anti-inflamatórios são as classes mais

utilizadas em automedicação (SÁ et al., 2007; CHAVES et al., 2009; SILVA; MARTINS, 2015).

Silva e Martins (2015) constataram em sua pesquisa que entre os entrevistados, 50% se

automedicaram com analgésicos, 20,17% com anti-inflamatórios e 7,02% com antialérgicos. Sá et

al. (2007), em estudo realizado em Salgueiro (PE), apontaram que os analgésicos e anti-

inflamatórios com 46,1% e 13,3% respectivamente, foram os medicamentos mais utilizados em

automedicação.

Estudos realizados em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento apontam que a

automedicação é praticada devido o surgimento de sinais e sintomas menores como dores, gripes e

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alergias (VITOR et al., 2008). A cefaleia é a maior causa da automedicação, afetando indivíduos de

todas as idades e de ambos os sexos (VILARINO et al., 1998; SILVA; MARTINS, 2015). Bertoldi

et al., (2014), constataram em sua pesquisa que o principal problema motivador da automedicação

foi a cefaleia com 30,9%, seguida pela dor em geral com 17,1% e afecções do trato respiratório com

6,3%.

Segundo os dados publicados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-

Farmacológicas (SINITOX), os medicamentos são responsáveis por 28% de intoxicação humana no

país, ocupando o primeiro lugar entre as intoxicações humanas registradas no Brasil, sendo os anti-

inflamatórios, os antigripais, os benzodiazepínicos e os antidepressivos as classes de medicamentos

que mais intoxicam (SINITOX, 2013).

A automedicação responsável é uma prática aconselhável pela OMS, tendo como objetivo

promover o uso racional dos medicamentos isentos de prescrição (MIP’s) e evitar a auto prescrição

(MARQUES et al., 2013), desde que sejam utilizados MIP’s, com segurança, qualidade e eficácia

comprovadas e seja feita de forma responsável para combater de sintomas menores sob a orientação

de um farmacêutico (ANVISA, 2001).

Segundo Santos (2003), o profissional farmacêutico é o único legal, qualificado

academicamente para orientar o usuário do medicamento acerca do produto que está adquirindo. No

geral, a obrigação desse profissional envolve o aconselhamento e toda atenção ao paciente no que

diz respeito ao uso do medicamento, para que o paciente se sinta melhor com um tratamento

adequado. Os farmacêuticos são profissionais de saúde cuja formação inclui disciplinas que

abordam não só em relação a composição, mas também aos efeitos farmacológicos e os danos que

um medicamento administrado incorretamente pode causar (CASTRO, et al., 2006). Sendo assim, o

farmacêutico deve atuar de modo complementar ao médico (CHIAROTI, et al., 2010).

Diante da importância do tema, o objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência da

automedicação e suas variáveis praticadas pela população maior de 20 anos residentes no município

de Jardim Olinda-PR, analisando o perfil desta população, identificando as principais classes

medicamentosas utilizadas na prática da automedicação, bem como a maneira como são escolhidas.

2 MATERIAL E MÉTODO

Pesquisa tipo transversal, realizada no município de Jardim Olinda-PR, localizado na região

noroeste do Paraná, com população estimada de 1.409 habitantes, conforme Censo 2010 (IBGE,

2016), no período de julho a setembro de 2017, com amostra constituída de 303 habitantes,

calculados pelo programa Statdisk 10.4s (Intervalo de Confiança = 95%) Nesta amostra foram

identificados 216 entrevistados que praticam automedicação.

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Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais, escolhidos de forma aleatória,

utilizando um questionário estruturado com questões objetivas e subjetivas, respondidas por

indivíduos de ambos os sexos, residentes no município.

Neste questionário foram utilizadas perguntas envolvendo variáveis como: sexo, idade,

escolaridade, renda mensal, profissão, assistência de saúde, frequências de uso de medicamentos,

proporção de automedicação, uso de medicamentos sem prescrição médica e tipo de medicamentos

utilizados. O único critério de inclusão no estudo foi idade do entrevistado superior a 20 anos.

Os dados foram analisados por meio da análise estatística descritiva, através das frequências

absolutas e percentuais, sendo os resultados organizados em gráficos.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da

Universidade Paranaense, em 30 de junho de 2017, CAAE 69090517.6.0000.0109.

Participaram indivíduos que estiveram de acordo e assinaram o Termo de Consentimento

Livre Esclarecido, ressaltando-se a liberdade para participação do estudo, a garantia de anonimato e

a ausência de qualquer risco.

3 RESULTADOS

A amostra foi constituída de 303 habitantes, onde observou-se que 62,05% (188) são do

sexo feminino e 37,95% (115) do sexo masculino, onde 54,13% (164) são casados, 36,63% (111)

são solteiros e 9,24% (28) são separados ou viúvos, no qual a 75,57% (229) pertencem a faixa etária

dos 20 aos 49 anos, conforme figura 01.

Figura 01 - Distribuição por faixa etária na amostra constituída por 303 instrumentos de avaliação

(questionário) sobre automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de

julho a 30 de setembro de 2017. Paraná, 2017.

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A renda financeira mensal concentrou-se 45,87% (139) com menos de um salário-mínimo,

38,28% (116) com dois a três salários-mínimos, 13,53% (41) com quatro a cinco salários-mínimos e

2,31% (07) com seis a sete salários-mínimos.

No que diz respeito à profissão, a amostra foi composta por 95,05% (288) dos cidadãos não

ligados à área da saúde e 4,95% (15) por profissionais de saúde. Considerando a assistência à

saúde, dos 303 questionários respondidos, 91,42% (277) utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS),

onde 93,40% (283) fizeram uso de medicamento e 6,50% (20) não utilizaram medicamento no ano

de 2016.

No entanto, relatam que 71,29% (216) usaram medicamentos não prescritos pelo médico

(caracterizando a automedicação), 22,11% (67) com prescrição médica, conforme figura 02.

Figura 02 - Distribuição da frequência de uso de medicamentos e proporção de automedicação na amostra

constituída por 303 instrumentos de avaliação (questionário) sobre automedicação, realizados no município

de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de setembro de 2017. Paraná, 2017.

Em relação a frequência da prática da automedicação, dos 216 entrevistados adeptos à

automedicação, 43,05% (93) praticam a automedicação com alguma frequência, 26,38% (57) com

muita frequência e 30,55% (66) raramente recorrem a automedicação, demonstrados na figura 03.

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Figura 03 - Distribuição da frequência da automedicação nos 216 entrevistados que praticam a

automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de setembro de

2017. Paraná, 2017.

Em relação aos 216 entrevistados que praticam a automedicação, observou-se que 65,74%

(142) são do sexo feminino e 34,26% (74) do sexo masculino, no qual a 83,79% (181) pertenciam a

faixa etária dos 20 aos 49 anos, conforme figura 04.

Figura 04 - Distribuição da frequência da faixa etária por sexo nos 216 entrevistados que praticam a

automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de setembro de

2017. Paraná, 2017.

Em relação à escolaridade, dos 216 entrevistados que praticam a automedicação, os maiores

percentuais encontram-se no ensino médio completo 39,35% (85), superior completo 27,31% (59) e

11,57% (25) com ensino fundamental incompleto, demonstrados na figura 05.

Figura 05 - Distribuição da escolaridade, na amostra constituída por 216 entrevistados que praticam

automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de setembro de

2017. Paraná, 2017.

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No grupo automedicação, em relação à classe farmacológica de medicamentos utilizadas,

40,74% (88) usaram analgésicos, 14,81% (32) anti-inflamatórios, 8,33% (18) antialérgicos e demais

proporções demonstradas na figura 06.

Figura 06 - Distribuição das classes farmacológicas utilizadas na automedicação, em 216 instrumentos de

avaliação sobre automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a

30 de setembro de 2017. Paraná, 2017

Neste grupo, a automedicação foi utilizada para amenizar principalmente 29,17% (63)

cefaleia ou enxaqueca, 25,00% (21) dores (abdominal, dente, tonsilas, ósseo-muscular, articular) e

7,87% (17) para afecções do trato respiratório (congestão nasal, resfriado, gripe e sinusites) e

demais sintomatologias demonstradas na figura 07.

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Figura 07 - Distribuição dos problemas de saúde que levaram a automedicação, em 216 entrevistados que

praticam a automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de

setembro de 2017. Paraná, 2017.

Os critérios para a escolha do medicamento utilizado na automedicação foram 37,95% (82)

por indicação de familiar ou amigo, 26,85% (58) por escolha própria, 13,89% (30) através de

prescrições anteriores, 8,33% (18) por publicidade em veículos de comunicação e demais critérios

demonstrados na figura 08.

Figura 08 - Distribuição dos facilitadores de automedicação, registrados em 216 entrevistados que praticam

a automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de setembro

de 2017. Paraná, 2017.

Quando questionados sobre o que justificava a automedicação em detrimento à consulta

médica, os 216 habitantes que recorreram à automedicação 48,61% (105) relacionam os sintomas a

problemas de saúde menor, 33,80% (73) por falta de tempo de ir ao médico, 8,33% (18) por outros

motivos, 6,48% (14) por falta de vagas para consulta médica, conforme figura 09.

Figura 09 - Distribuição das justificativas de automedicação, registrados em 216 entrevistados que praticam

a automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de setembro

de 2017. Paraná, 2017.

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Todavia, no grupo automedicação, 74,54% (161) habitantes relataram não utilizarem

medicamentos prescritos por médicos e automedicação. Mas, em 25,46% (55) usaram

medicamentos prescritos por médicos e automedicação, onde os medicamentos prescritos são

30,91% (17) anti-hipertensivos, 18,18% (10) antidiabéticos, 10,91% (06) anti-inflamatórios, 7,27%

(04) hormônio tireoidiano. Analgésicos e antibióticos com 5,45% (03) cada, antiasmáticos e

antidepressivos com 3,64% (02) cada e antipsicóticos, ansiolíticos, anticoncepcional, antilipêmico,

antisecretores, polivitaminicos, retinóides e vasodilatadores cerebrais com 1,82% (01) cada.

No grupo automedicação, 78,24% (169) não relataram efeitos adversos ao utilizarem

automedicação e 21,76% (47) descreveram como efeitos colaterais mais incidentes 29,79% (14)

sonolências, 25,53% (12) dor epigástrica e 19,15% (09) tonturas e demais efeitos adversos

mostrados na figura 10.

Figura 10 - Distribuição dos efeitos adversos observados em 47 instrumentos de avaliação de habitantes que

praticam automedicação, realizados no município de Jardim Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de

setembro de 2017. Paraná, 2017.

Ao pesquisar sobre o hábito de ler a bula antes de utilizar o medicamento, dos 216

questionários de habitantes que praticam automedicação, 63,43% (137) não leem a bula e 36,57%

(79) possuem o hábito de ler a bula, onde neste grupo 45,57% (36) não entendem o que está escrito.

No entanto, 44,44% (96) afirmam que a automedicação traz risco à saúde e 55,56% (120) não traz

risco à saúde, conforme figura 11.

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Figura 11 - Distribuição das variáveis: leitura da bula, entendimento da linguagem da bula e riscos da

automedicação, em 216 entrevistados que praticam a automedicação, realizados no município de Jardim

Olinda-PR, no período de 01 de julho a 30 de setembro de 2017. Paraná, 2017.

4 DISCUSSÕES

A automedicação está inserida nas diferentes regiões do Brasil, traduzindo-se em um grave

problema de saúde pública, visto que, sem a devida orientação pode ser um fenômeno

potencialmente nocivo à saúde individual e coletiva, pois nenhum medicamento é inócuo ao

organismo (ALMEIDA-JUNIOR et al., 2016).

No presente trabalho os resultados mostraram que 93,40% dos entrevistados usaram

medicamentos no ano anterior, e 71,29% recorreram à automedicação, sendo mais predominante

entre as idades de 20 a 49 anos. Tais resultados assemelham-se aos encontrados por outros autores

(ARAUJO-JUNIOR; VICENTINI, 2007; ALMEIDA-JUNIOR et al., 2016; SILVA et al., 2017).

Na amostra analisada (303 habitantes), o total de entrevistados do sexo feminino foi de

62,05% (188), sendo que destes 75,53% (142) praticam a automedicação. Com relação ao sexo

masculino, 37,95% (115) da amostra, 64,34% (74) se automedicam. O presente trabalho está de

acordo com outros estudos (ARRAIS et al., 1997; SILVA et al., 2017) os quais sugerem que a

automedicação é praticada principalmente por mulheres.

Com relação à escolaridade, a maioria dos que se automedicaram possuem o ensino médio

completo 39,35% (85) e o ensino superior completo 27,31% (59). Esses dados demonstram que o

nível de instrução é um fator importante na pratica da automedicação, como relata Silva e Martins

(2015).

As classes farmacológicas mais utilizadas em automedicação foram os analgésicos com

40,74%, seguidos pelos anti-inflamatórios 14,81% e antialérgicos 8,33%, semelhante aos resultados

encontrados em outros estudos (SÁ et al., 2007; CHAVES et al., 2009; SILVA; MARTINS, 2015),

estas classes foram usadas para amenizar principalmente 29,17% de cefaleia ou enxaqueca, 25,00%

das dores e 7,87% para afecções do trato respiratório, semelhantes ao estudo realizado por Vilarino

et al. (1998) e Bertoldi et al. (2014).

A justificava para a automedicação em detrimento à consulta médica é relacionado a 48,61%

por considerar os sintomas á problemas de saúde menor, 33,80% por falta de tempo de ir ao médico,

8,33% por outros motivos e 6,48% por falta de vagas para consulta médica, no qual os critérios

utilizados para a escolha do medicamento para automedicação são 37,95% por indicação de amigos

ou familiar, 26,85% por escolha própria, 13,89% através de prescrições anteriores e 8,33% por

publicidade, semelhantes a pesquisa de vários autores (PEIXOTO, 2008; RIBEIRO et al., 2010;

SILVA; MARTINS, 2015; SILVA et al., 2017).

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No grupo automedicação, 25,46% usaram simultaneamente medicamentos prescritos por

médicos e automedicação, sendo os principais medicamentos prescritos foram 30,91% anti-

hipertensivos, 18,18% antidiabéticos, 10,91% anti-inflamatórios, 7,27% hormônio tireoidiano,

conforme estudo realizado por Peixoto (2008). Indivíduos que agem desta forma, se automedicam e

usam concomitantemente medicamentos prescritos pelo médico, correm um risco substancialmente

maior de provocar danos à saúde, pois a polifarmácia aumenta a incidência de reações adversas a

medicamentos (MARQUES, 2006).

Apenas 21,76% dos entrevistados descreveram os efeitos colaterais mais incidentes como:

29,79% sonolências, 25,53% dor epigástrica e 19,15% tonturas, a maioria afirmou não ter

apresentado efeitos colaterais após a utilização de medicamentos. Resultados semelhantes aos

encontrados por Silva et al.(2017), onde 75,5% dos entrevistados declararam não apresentar efeitos

indesejados. Esse resultado pode ser justificado pelo fato de muitos indivíduos não identificarem

esses sintomas como efeito negativo dos medicamentos utilizados.

Infelizmente ao analisar sobre a leitura da bula antes do uso do fármaco, 63,43% não leem a

bula, no qual 45,57% não entendem a linguagem da bula. Em estudo semelhante realizado pelo

Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ, 2016), no Rio de Janeiro, 62,4% dos

entrevistados declararam não ler a bula do medicamento e 23,9% declararam não entender o que

está escrito na bula. Apesar da simplificação da apresentação e linguagem utilizada nas bulas dos

medicamentos segundo RDC nº 47/2009, muitos indivíduos ainda não têm entendimento da

linguagem das bulas.

5 CONCLUSÕES

A prática da automedicação no presente estudo foi elevada (71,29%), sendo as mulheres e os

indivíduos com maior nível de escolaridade os mais adeptos desta prática. A classe de

medicamentos mais utilizada foram os analgésicos, visto que a automedicação foi influenciada

principalmente por familiares e amigos. Estes padrões são confirmados em vários estudos

realizados tanto no Brasil como no exterior.

Todavia, a maior parte dos entrevistados relataram que, a automedicação não oferece riscos

à saúde (55,56%), tornando-se essencial a realização de programas educativos de controle,

prevenção e conscientização sobre os perigos da automedicação, com a participação efetiva de um

profissional farmacêutico.

É impossível frear a prática da automedicação e sua proibição causaria uma desordem no

sistema público de saúde, uma vez que esse sistema não consegue atender as necessidades de toda a

população, assim é necessário que o farmacêutico assuma sua responsabilidade na prática da

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automedicação responsável, visto que ele é o profissional ideal para atuar na promoção do uso

racional de medicamentos.

Com a prática da automedicação responsável e a inclusão do tema automedicação nas

campanhas preventivas do governo federal, é possível evitar os prejuízos causados pelo uso

indiscriminado de medicamentos, promovendo assim, melhorias na qualidade de vida do paciente,

tendo o farmacêutico como vetor do processo.

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ANEXOS

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Anexo A – Instrumento de Pesquisa Estruturado (Questionário)

QUESTIONÁRIO

1. Sexo: ( ) masculino ( ) feminino 2. Idade: ________anos (≥ 20 anos ≤ 70 anos)

3. Estado Civil

( ) Solteiro (a)

( ) Casado (a)

( ) Viúvo (a)

( ) Divorciado/ Separado (a)

4. Escolaridade

( ) Ensino Fundamental ( ) Completo ( ) Incompleto

( ) Ensino Médio ( ) Completo ( ) Incompleto

( ) Ensino Superior ( ) Completo ( ) Incompleto

5. Profissão

( ) Profissional de saúde ( ) Não profissional da saúde

6. Condição socioeconômica (em salários mínimos)

( ) ≤ 1. ( ) 2 a 3. ( ) 4 a 5. ( ) 6 a 7. ( ) 8 a 9. ( ) ≥ 10.

7. Utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS)? ( ) Sim. ( ) Não.

8. Fez o uso de medicamentos no último ano?

( ) Sim ( ) Não

Se respondeu NÃO, na pergunta anterior, o questionário acaba aqui.

9. Os medicamentos foram todos prescritos pelo médico?

( ) Sim ( ) Não

AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JARDIM OLINDA – PR E

FATORES ASSOCIADOS

Automedicação: uso de medicamentos sem prescrição médica.

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Se respondeu SIM, na pergunta anterior, o questionário acaba aqui.

10. No último ano, com qual frequência recorreu à automedicação?

( ) Raramente ( )Alguma frequência ( ) Muita frequência

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Responder o restante do questionário tendo em vista a última vez que se automedicou.

11. Qual medicamento utilizado na última automedicação?

________________________________________________________________.( ) não sabe.

12. O que você estava sentindo?

_______________________________________________________________. ( ) não sabe.

13. Qual critério para escolha do medicamento?

( ) Escolha própria ( ) Indicação de Familiar ou amigo

( ) Indicação do Farmacêutico ( ) Indicação do Balconista de farmácia

( ) Prescrições anteriores ( ) Publicidade ( TV, revistas, Internet)

( ) Outros

14. O que justifica a automedicação em vez da consulta médica?

( ) Sintomas simples, não justifica consulta ( ) Falta de tempo

( ) Tempo Excessivo para obter consulta ( ) Falta de vagas no médico

( ) Outros

15. Quando se automedicou encontrava-se a tomar medicamentos prescritos pelo médico?

( ) Sim ( ) Não

15.1 Se respondeu sim na pergunta anterior, quais medicamentos se encontrava a tomar?

__________________________________________________________________________.

16. Surgiu algum problema relacionado com a medicação com que se automedicou?

( ) Sim ( ) Não

16.1 Se respondeu sim na pergunta anterior, qual foi o problema?

___________________________________________________________________________.

17. Você costuma ler a bula do medicamento?

( ) Sim ( ) Não

17.1 Entende o que está escrito?

( ) Sim ( ) Não

18. Você acha que a automedicação pode trazer algum risco à saúde?

( ) Sim ( ) Não

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Anexo B – Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (TCLE)

Nome da Pesquisa: AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JARDIM

OLINDA-PR E FATORES ASSOCIADOS

Pesquisadores: ANA CAROLYNA MELO CALDEIRA e LAYS GONÇALVES QUEIROS

Pesquisador Principal: ROMIR RODRIGUES. Rua Mateus, 222 – Jd Ouro Branco, CEP

87704-220 Paranavaí-PR, (44) 3034-7177 [email protected] Endereço Comercial: Av Humberto

Bruning, 360 Jd Santos Dumont , Lab Hematologia Clínica, (44) 3421-4000 – Paranavaí-PR

Para a realização desta pesquisa, eu (participante da pesquisa e/ou responsável por

um participante) serei submetido à realização dos seguintes procedimentos:

Através da participação voluntária na pesquisa sobre automedicação através de

respostas a um instrumento de pesquisa estruturado (questionário) com perguntas

objetivas e claras e estou ciente poderei solicitar esclarecimentos para sanar as dúvidas

em relação a cada pergunta.

Riscos: Não há riscos para pesquisado e pesquisador.

Após ler e receber as explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de:

1- Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos, riscos,

benefícios e outros relacionados à pesquisa;

2- Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de permitir minha participação ou

de qualquer indivíduo sob minha responsabilidade de estudo;

3- Não ser identificado e ser mantido o caráter confidencial das informações relacionadas à

privacidade.

Declaro por meio deste, estar ciente do exposto e concordar com minha participação na

pesquisa, assim como qualquer indivíduo sob minha responsabilidade.

Nome do voluntário / Responsável: _______________________________

RG: CPF: __________________________

Assinatura:

Eu ROMIR RODRIGUES, declaro por meio deste que forneci todas as informações

referentes ao estudo ao participante e/ou responsável.

RG: 38722247

CPF: 541.907.469-91

Assinatura do pesquisador: , / /

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Anexo C - Instrução para autores da Revista Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar

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