Ana Maria Nogueira Machado

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Fireitos de publicaç#o reser"ados G6)undaç#o &ditora da EN&/5 3)&E45raça da /é$ HIJ IHIIH*KII*/#o 5aulo*/5 ,el6 3Ixxll4L*HH )ax63Ixxll4L*H PPPeditoraunespbr feuQeditoraunespbrFados 7nternacionais de 0atalogaç#o na 5ublicaç#o 30754 308mara1rasileira do >i"ro$ /5$ 1rasil4Machado$ Ana Maria Nogueira

7nformaç#o e controle bibliogr2co6 um olhar sobre a cibernéticaRAnaMaria Nogueira Machado */#o 5aulo6 &ditora EN&/5$ IIL

1ibliograa7/1N JS*HLK*T*J

H 1ibliotecomonia 0ibernética L 0ontrole bibliogr2co 7nformaç#o * /istemas de arma%enagem e recuperaç#o S 7nform2tica T ,eoria da informaç#o 7 ,ítuloIL*HJTS 0FF*ISLíndices para cat2logo sistem2tico6H 0ontrole bibliogr2co e informaç#o6 1iblioteconomia ISL 7nformaç#o e controle bibliogr2co6 1iblioteconomia ISL&ste li"ro é publicado pelo pro9eto Edição de Textos de Docentes e Pós-Graduados da UNEP - 5ró*;eitoria de 5ós*?raduaç#o e 5esquisa daEN&/5 35;O554R)undaç#o &ditora da EN&/5 3)&E4&ditora aliada65ara )2bio$ ?uga$ Alem#o$ 0arol e 5aulinhaUOs céus proclamam a glória de Feus e o rmamento anuncia as obrasdas suas m#osEm dia discursa a outro dia$ e uma noite re"ela conhecimento a outranoite N#o h2 linguagem$ nem h2 pala"ras$ e deles n#o se ou"e nenhumsomV no entanto$ por toda a terra se fa% ou"ir a sua "o%$ e as suaspala"ras até aos conns do mundoU3/almos$ HK6H*4/EM@;7OApresentaç#o 7 7

H 7nformaç#o6 do senso comum ao uso cientíco 7 S7nformaç#o em diferentes contextos 7 S7nformaç#o no contexto da biblioteconomia S7nformaç#o e sistemas complexos K 0ontrole 1ibliogr2co LKAntecedentes históricos LK&"oluç#o das bibliograas e dos cat2logos 70ontrole 1ibliogr2co Eni"ersal  S 70ontrole 1ibliogr2co 1rasileiro SJL 0ontrole 1ibliogr2co como sistema TFa busca manual ao /istema de 0ontrole 1ibliogr2co T

7mpacto das no"as tecnologias 70ontrole 1ibliogr2co e ,eoria dos /istemas JH

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,eoria Matem2tica da 7nformaç#o JKA ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o6 uma abordagem cientíca7nformaç#o e entropia KL7nformaç#o e probabilidade KK7nformaç#o e sistema de comunicaç#o HIT

;uído e redund8ncia HH! 7nformaç#o$ cibernética e 0ontrole 1ibliogr2co HHK7nformaç#o e cibernética HHK0ibernética do 0ontrole 1ibliogr2co HLIA regulaç#o e o controle no /istema de 0ontrole 1ibliogr2co 7 LT0onsideraç+es nais HS;eferências bibliogr2cas 7 S 7A5;&/&N,A<=O

O que é informaç#oW O uso do conceito de informaç#o no cotidiano é omesmo do contexto cientícoW 5odemos chamar informaç#o Grepresentaç#o descriti"a de um documento registrado em um sistema decontrole bibliogr2coW Xue relaç#o h2 entre controle bibliogr2co ecibernéticaW Xuest+es como essas s#o abordadas neste li"ro e podeminteressar Gqueles que trabalham com o conceito de informaç#o e$principalmente$ aos bibliotec2rios e prossionais de 2reas ans

)ocali%ar a aplicaç#o das leis fundamentais da cibernética * a daregulaç#o e a do controle * ao /istema de 0ontrole 1ibliogr2co e analisara informaç#o recuperada por meio dele$ G qual denominamosinformação-potencial,1 é o que nos moti"a a escre"er este texto$ quete"e origem como tese de doutorado$ sob orientaç#o da Fra Maria &uniceXuilici ?on%ale% &ssa informaç#o*potencial$ ainda que n#o quanticada$

apresenta características de impre"isibilidade$ incerte%a e probabilidadeque se aproximam daquelas in"estigadas pela ,eoria Matem2tica da7nformaç#o e também dos no"os paradigmas da ciência$ representadosprincipalmente pelo afastamento gradual das abordagens e posturasexclusi"amente deterministas$ referentes aos sistemas complexos

5ara alcançar esse propósito$ traçamos um dos possí"eis caminhos$que inclui a an2lise de diferentes conceitos de informaç#o$ um panoramado controle bibliogr2co$ o controle bibliogr2coH &xpress#o utili%ada na literatura bibliotecon.mica por ?ilda Maria 1raga

3HKKS4como sistema$ o modo de quanticar a informaç#o de acordo com a ,eoria

Matem2tica da 7nformaç#o e a relaç#o entre controle bibliogr2co ecibernética

/ituamos nossa an2lise da informaç#o em diferentes contextos;essaltamos que$ nos Yltimos cinq(enta anos$ esforços têm sidoen"idados por especialistas de diferentes 2reas do conhecimento$ como a1iologia$ &ngenharia$ Matem2tica$ 0omputaç#o$ >ing(ística e 0iência da7nformaç#o$ no sentido de elucidar as quest+es relati"as G nature%a dainformaç#o

&ntendemos ser rele"ante apresentar o controle bibliogr2co em suasmuitas faces$ passando pela e"oluç#o das bibliograas e dos cat2logos e

também pelo tratamento que recebe a publicaç#o da bibliograa nacional$

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bem como a legislaç#o que a "iabili%a$ porque os textos que tratam doassunto$ com raras exceç+es$ enfati%am um ou outro aspecto do tema

 ,ratamos da e"oluç#o da tecnologia e do grau de automaç#o dossistemas Assinalamos que é perceptí"el o modo de apresentaç#o docontrole da informaç#o após utili%ar*se do potencial tecnológico 3base de

dados$ banco de dados$ sistema on-line). Festacamos o tratamento querecebe cada documento 3an2lise document2ria4 antes de ser introdu%idono sistema

Mostramos que a express#o da informaç#o registrada em um /istemade 0ontrole 1ibliogr2co tem por base a fórmula matem2tica da entropianegati"a$ a mesma que possibilitou a 1olt%mann exprimir a medida daorgani%aç#o das moléculas em um recipiente contendo g2s e a /hannon Z[ea"er medirem a organi%aç#o de uma mensagem

/alientamos que /hannon Z [ea"er trabalharam com uma concepç#oquanticada da informaç#o$ que substitui a linguagem ordin2ria pelasequaç+es matem2ticas$ sem aludir ao signicado ligado G informaç#o&les prop+em uma abordagem técnica do conceito de informaç#o eentendem informaç#o como uma medida da liberdade de escolha naseleç#o de uma mensagem$ medida essa obtida pelo logaritmo do nYmerode escolhas possí"eis das mensagens$ cu9a ocorrência é go"ernada porprobabilidades 7nformaç#o é$ ent#o$ uma propriedade de mensagensdentro de uma multiplicidade delas Xuanto maior é o nYmero de escolhaspossí*"eis de uma mensagem gerada na fonte$ maior é a quantidade deinformaç#o associada a sua ocorrência

!imos ainda como a informaç#o é transmitida$ essencialmente por

sinaisV como ela se degrada sob o efeito do ruído e da entropia e tambémcomo a informaç#o é tratada graças G 2lgebra e aos logaritmosAplicamos duas das leis da cibernética$ a da regulaç#o e a do controle$

ao /istema de 0ontrole 1ibliogr2co e "isuali%amos o efeito que cada umadelas produ% nas rotinas de controle e nos reguladores e$conseq(entemente$ na recuperaç#o da informaç#o* potencial inserida nosistema

Nesta obra$ abordamos esses assuntos em cinco capítulos6No 0apítulo H * U7nformaç#o6 do senso comum ao uso cientícoU *

tratamos do conceito de informaç#o no cotidiano e no contexto cientíco$passando pelo uso que dele fa%em os prossionais bibliotec2rios e de

2reas ans &xaminamos$ ainda$ de que modo as características deimpre"isibilidade$ incerte%a e probabilidade$ próprias da informaç#o*potencial$ obtidas nos sistemas de recuperaç#o da informaç#o$aproximam*se daquelas in"estigadas pela ,eoria Matem2tica da7nformaç#o e dos no"os paradigmas da ciência relacionados aos sistemascomplexos

No 0apítulo * U0ontrole bibliogr2coU * apresentamos uma "is#o geraldo que se entende por controle bibliogr2co desde que o homemcomeçou a registrar o conhecimento por ele elaborado$ com ênfase noperíodo pós*imprensa$ até o uso disseminado dos computadores$ quando

a adoç#o dos processos automati%ados tomou*se imperati"a 7ncluímos oprocesso de implantaç#o e institucionali%aç#o do controle bibliogr2co em

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8mbito nacional e uni"ersal$ e ainda a import8ncia da padroni%aç#ointernacionalmente aceita$ da cooperaç#o entre bibliotecas e daproliferaç#o das redes de informaç#o conectadas mundialmente$ paramaior êxito do sistema

No 0apítulo L * U0ontrole bibliogr2co como sistemaU * expusemos a

idéia central dos "ision2rios 5aul Otlet e !anne"ar 1ush como precursoradas no"as tecnologias da educaç#o &xplicitamos o tratamento dainformaç#o$ desde a busca manual$ documento por documento$ até arecuperaç#o automati%ada$ que en"ol"e umagrande quantidade de obras em uma Ynica busca$ bem como a noç#o desistema que interessa ao controle bibliogr2co

No 0apítulo * U,eoria Matem2tica da 7nformaç#oU * a concepç#oquanticada da informaç#o foi tratada 9untamente com conceitos b2sicosque interessam a essa teoria e$ conseq(entemente$ G cibernética e aocontrole bibliogr2co &ntre eles$ incluímos6 entropia$ probabilidade$sistema de comunicaç#o$ ruído e redund8ncia

No 0apítulo S * U7nformaç#o$ cibernética e controle bibliogr2coU *analisamos uma possí"el relaç#o entre informaç#o$ cibernética e controlebibliogr2co e o modo como o /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$ tanto odescriti"o quanto o exploratório$ parece obedecer Gs leis fundamentais dacibernética$ que incluem as noç+es de regulaç#o e de controle Mostramosque o acesso G representaç#o descriti"a das obras inseridas no /istemade 0ontrole 1ibliogr2co pode se tomar "i2"el n#o só pela concreti%aç#odas no"as tecnologias$ mas também por obedecer a regras genéricas e depadr#o internacional$ em detrimento do acesso ao assunto tratado nosdocumentos$ representado pelo controle bibliogr2co exploratório$ que

depende da adequaç#o da linguagem natural G linguagem document2ria$que precisa ser constantemente aprimorada$ a m de minimi%ar oarticialismo e o reducionismo que a caracteri%am

7 7N)O;MA<=O6 FO /&N/O 0OMEM AO E/O07&N,\)70OU7nformaç#o é informaç#o$ nem matéria nem energiaU3[iener$ HKTH$ p HL47N)O;MA<=O &M F7)&;&N,&/ 0ON,&],O/

7nformaç#o é uma pala"ra que nunca foi f2cil denir$ mas seu usoregular est2 sempre presente em nossa "ida como elementoimprescindí"el * podemos di%er que "i"emos em uma sociedade da

informaç#o Ou ainda$ como aponta '(ppers 3HKKI$ pxiii*xi"46Assim como o homem da idade do bron%e e do ferro lida"a com esses

elementos mas n#o dispunha de estruturas conceituais apropriadas paradeni*los$ também nós$ habitantes da era da informaç#o$ teremos queaguardar o desen"ol"imento das ciências para podermos ir além dasmet2foras na descriç#o do conceito de informaç#o

A pala"ra informaç#o tem sua origem no latim$ do "erbo informare, que signica dar forma ou aparência, colocar em forma, criar, mastambém representar, construir uma idéia ou uma noção 3^eman$HKI4

Na linguagem comum$ o conceito de informaç#o est2 sempre ligado aosignicado e é usado como sin.nimo de mensagem$ notícia$ fatos e idéias

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que s#o adquiridos e passados adiante como conhecimento O homemprocura manter*se informado sobre a "ida política do país e do mundo$sobre os progressos da ciência$ pelo simples pra%er de saber &sse usocomum do conceito de informaç#o exprime uma concepç#oantropomórca do "oc2bulo

As três principais características do conceito antropomórco dainformaç#o s#o apresentadas por 5ereira Ynior Z ?on%ales 3HKKT$ p SS46

a4 sua existência eRou transmiss#o dependeria do recurso dalinguagem simbólica;

b4 a uma dada informaç#o estaria necessariamente associadoum signicado$ ou se9a$ o emissor transmitiria uma informaç#o com aintenç#o de que o receptor a interpretasse de uma maneiracon"encionadaV

c4 a informaç#o possui um car2ter de no"idade$ relati"amenteao conhecimento pré"io do receptor

&ssa concepç#o de informaç#o utili%a uma noç#o que 92 pressup+e algoa ser explicado$ a saber6 a noç#o antropomórca 3e muitas "e%essub9eti"a4 de signicado N#o trataremos em profundidade da noç#o designicado neste trabalhoV no entanto$ poder2 ser tema de um próximotexto

0omo homens li"res$ temos o direito de dar e receber informaç#o e$igualmente$ de expressar nosso pensamento &sse direito encontra*seregistrado ocialmente na Declaración de los derechos dei hombre dei ciudadano, de T de agosto de HJK$ em seu artigo HH6 UA li"recomunicaç#o das opini+es e dos pareceres é um direito dos maispreciosos do homem6 todo cidad#o pode$ portanto$ falar$ escre"er e

imprimir li"remente$ sal"o no caso de responsabilidade por abuso destaliberdade nos casos determinados na leiU !"nciclopédia..., HKI$ pHH*K4 &ntretanto$ a legali%aç#o n#o é suciente para garantir o uso dainformaç#o$ sua disponibilidade e o dese9o de us2*la

&ntendemos que$ para fa%er uso da informaç#o$ indispens2"el se fa%que ela exista$ que se torne conhecida e que se encontre disponí"el0obertas essas condiç+es$ 0ampos 3HKK$ pHI4 lembra a possibilidade dedepararmos com duas situaç+es6 a necessidade de obter a informaç#o oua indiferença diante dela Em grupo seleto de seres humanos$ minorit2rio$requer uma demanda consciente de informaç#o$ reconhece seu "alor e aexige como requisito fundamental para reali%aç#o de ati"idades

cotidianas &ntretanto$ grande parte dos humanos fa% uso limitado dainformaç#o$ expondo*se apenas Gquela transmitida por meio audio"isual

 ,emos a idéia também de que a informaç#o quase sempre sofrer2algum grau de in_uência por parte de quem a emite$ consciente ouinconscientemente Algumas "e%es$ essa interferência é premeditada$com a nalidade de orientar o comportamento dos usu2rios da informaç#ode acordo com interesses de uma classe dominante$ se9a ela qual for

A disponibilidade da informaç#o é possí"el tecnicamente$ mesmo quefatores sociais$ políticos eRou acadêmicos n#o a proporcionem em suatotalidade `s "e%es$ acontece com a informaç#o o mesmo que acontece

com as _orestas e com os rios 0orre perigo de extinç#o esse patrim.nionatural$ e$ por n#o querer perdê*lo$ nos damos conta de que custa caro

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resgat2*lo 0om a informaç#o n#o é diferente U0aímos no absurdo dedi%er que é muito importanteV porém$ n#o atuamos em seu fa"orU 3ibidem$p H4

7nformaç#o tem um custo e$ portanto$ um "alor 5ara taxar ainformaç#o$ n#o é suciente determinar o "alor de seu conteYdoV de"em

ser calculadas todas as etapas posteriores a sua criaç#o$ ediç#o edistribuiç#o$ por exemplo Ao mencionarmos o ser"iço de recuperaç#o dainformaç#o$ ter#o custo todos os processos de aquisiç#o e de organi%aç#odo sistema que o contemplam$ além do meio pelo qual a informaç#o ser2transportada$ bem como o custo das telecomunicaç+es

Ao abordar o estudo referente G informaç#o$ uexiao 3HKJJ4 destacaque h2 mais de quatrocentas deniç+es apresentadas por estudiosos dedistintos campos do saber e de distintas culturas$ situaç#o que tornaine"it2"el o surgimento de interpretaç+es err.neas 7nformaç#o n#o éainda um conceito singularV ao contr2rio$ carac* teri%a*se como umconceito contro"erso e$ Gs "e%es$ enganoso

/ustenta uexiao 3ibidem4 que n#o é possí"el$ nem mesmo necess2rio$pretender que diferentes pross+es$ culturas e po"os utili%em umadeniç#o consensual de informaç#o$ embora este9a con"encido danecessidade de que acordos se9am estabelecidos sobre possí"eishierarquias de deniç+es$ de modo a e"itar confus#o$ quando se discuteacerca delas

- preciso$ em primeiro lugar$ analisar a "asta 2rea em que ainformaç#o pode estar inserida No 8mbito losóco$ o mais abrangentedeles$ discutem*se a causa fundamental$ a nature%a e afunç#o da informaç#o$ e esta se dene de modo abstrato$ mas como

"eículo de inter*relaç#o e interaç#o entre ob9etos e conteYdosA relati"a obscuridade do conceito de informaç#o$ declaram 5ereira Ynior Z ?on%ales 3HKKT$ pST4$tem impedido sua aceitaç#o generali%ada entre cientistas da nature%a$que o recusam sob a alegaç#o de que seria essencialmenteantropomórco Ao ser usado no contexto losócoRcientíco$ comoconceito de base para a explicaç#o dos processos cogniti"os 3humanos en#o*humanos4$ a noç#o de informaç#o n#o pode ser entendida da maneiraantropomórca

Apesar das diculdades$ esclarecem 5ereira Ynior Z ?on%ales 3ibidem4$a concepç#o n#o antropomórca da informaç#o tem desempenhado

importante papel na história recente da ciência e da tecnologia 0itamesses autores$ como exemplo$ a ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o 3,M74 de/hannon Z [ea"er$ que en"ol"e uma concepç#o quanticada dainformaç#o$ substituindo a linguagem ordin2ria pelas equaç+esmatem2ticas$ sem nenhuma referência a seus possí"eis signicados0ontudo$ acrescentam esses pesquisadores$ tem sido na biologiamolecular que a noç#o de informaç#o e seu desdobramento nas idéias decódigo e programa genéticos têm possibilitado a express#o teórica deregularidades dos processos biológicos

5ara os biólogos$ esclarece >Pof 3HKI$ pHHI4$ a informaç#o é o que

determina a "ida6

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O que podemos denominar informaç#o para um ser "i"o é$ pois$ umasérie de estruturas$ de seq(ências$ uma ordem bem determinada - estaordem que representa a informaç#o biológica O conceito de informaç#ocorresponde a este con9unto de dados bastante complexo

Na opini#o de 5ereira Ynior # ?on%ales 3HKKT$ pST*4$ Uo uso da

noç#o de informaç#o constitui o maior desao para aqueles que s#océticos quanto G sua desantropomor%aç#o$ pois as estruturasinformacionais que se propagam do genoma para as proteínas s#oclaramente independentes da linguagem humana$ e da atribuiç#o designicadosU

- possí"el compreender a informaç#o como algo que é colocado emforma$ em ordem$ em algum sistema classicado 7nfor*maç#o n#o é um termo apenas matem2tico$ mas também losóco$ di%^eman 3HKI$ p HST*46pois n#o est2 ligado apenas G quantidade$ mas também G qualidade$ que$ali2s$ tem conex#o com ela 5ortanto$ n#o é apenas uma medida daorgani%aç#o$ é também a organi%aç#o em si$ ligada ao princípio da ordem$isto é$ ao organi%ado * considerado como resultado * e ao organi%ante *considerado como processo A informaç#o é$ pois$ a qualidade darealidade material de ser organi%ada e sua capacidade de organi%ar$ declassicar em sistema$ de criar

Nesse contexto$ além de sugerir alguns elementos para se obter umadeniç#o de informaç#o de uso geral$ Bomann 3HKKL4 prop+e umacuriosa analogia entre as propriedades das subst8ncias químicas e oconceito de informaç#o$ a qual toma e"idente seu interesse por conciliaras diferentes interpretaç+es do termo informaç#o Após assinalar os três

possí"eis estados da matéria * sólido$ líquido e gasoso *$ o autor esclareceque a informaç#o pode encon* trar*se também em três estados$perfeitamente reconhecí"eis6

a4 informaç#o assimilada6 d2*se na mente$ na qual é processada$organi%ada e compreendidaV

b4 informaç#o documentada6 apresenta*se em forma de registrosfísicos$ tal é o caso das publicaç+es em papel$ tas$ discos e qualqueroutro suporte materialV

c4 informaç#o transmitida6 consiste na comunicaç#o dainformaç#o nas di"ersas formas possí"eis

Na 1iblioteconomia e na 0iência da 7nformaç#o$ os pesquisadores têm

proposto diferentes conceitos de informaç#o$ os quais consideramadequados para seu contexto de aplicaç#o ou ainda para explicar umfen.meno especíco de que se ocupam &mbora n#o exista acordo acercado conceito de informaç#o$ é possí"el identicar três grupos distintos combase na re"is#o da literatura existente$ assinala 'ando 3HKK46

a4 informaç#o como entidade ob9eti"a6 compreende o conteYdodos documentosV

b4 informaç#o como entidade sub9eti"a6 representada pelaimagem*estrutura do receptor e suas permutasV

c4 informaç#o como processo6 fa% referência ao processo

diante do qual o su9eito se informa

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Nesse sentido$ a informaç#o pode ser descrita de uma forma ob$eti%a,por meio de texto$ gura etc$ mas seu signicado pode ser sub$eti%o, dependendo dos estados mentais de quem fa% uso dela

No que di% respeito G informaç#o compreendida como entidadeob9eti"a$ 9ulgamos que o conteYdo registrado n#o é diretamente utili%2"el$

uma "e% que exige esforço e capacidade para selecionar$ interpretar eadequar os dados Gs necessidades e propósitos A organi%aç#o e aclassicaç#o que se imprimem a esse registro incrementam suaspossibilidades de utili%aç#o$ mas n#o constituem informaç#o por simesmas$ como tampouco é informaç#o a representaç#o simbólica dotexto por meio da referência bibliogr2ca$ resumo e indexaç#o ou mesmosua incorporaç#o integral em um sistema de recuperaç#o automati%ada$como entendem muitos arqui"istas$ bibliotec2rios e documentalistas OconteYdo dos documentos pode ser registrado e os registros podem sertransferidosV porém$ a informaç#o$ nesse caso$ é uma condiç#oinsepar2"el da fonte que a gera

0onforme 'ando 3HKK4$ a informaç#o sub9eti"a é gerada a partir delamesma$ mediante um processo orientado para dar*lhe sentido$ o qualconecta a informaç#o ob9eti"a e a informaç#o sub9eti"a O conteYdointangí"el e sua representaç#o física est#o inter* relacionados ein_uenciam um ao outro Os conteYdos n#o podem se comunicar naausência de sua representaç#o física$ e a representaç#o física padeceriade signicado sem conteYdo

A informaç#o sub9eti"a é gerada na mente do receptor$ tornando*sedifícil sua obser"aç#o ou mesmo sua mediç#o &m contraste$ a informaç#oob9eti"a$ suscetí"el de arma%enamento e de comunicaç#o$ constitui uma

entidade física externa$ a qual se fa% aut.noma e escapa ao controle ou Gin_uência de quem a tenha gerado Ambas as concepç+es encontram*se"inculadas em um processo de comunicaç#o entre uma mente e outra Oque difere um tipo de outro é seu modo de manifestaç#o A informaç#oregistrada$ independentemente do suporte$ encontra*se disponí"el paraacesso$ ao passo que a informaç#o sub9eti"a é processada$ organi%ada ecompreendida na mente e$ portanto$ n#o se encontra disponí"el paraacesso

;essalta Marcial 3HKKT4 que o estudioso 'ando se limita a destacar arelaç#o entre conceitos distintos de um mesmo fen.menoV embora abordeo ponto central do problema$ n#o se compromete quanto G nature%a

ontológica da informaç#o$ mostrando apenas sua relaç#o no contexto dacomunicaç#o humana

7nformaç#o$ para Marcial 3ibidem$ p HKL4$ pode ser entendida como Uasignicaç#o que adquirirem os dados como resultado de um processoconsciente e intencional de adequaç#o de três elementos6 dados do meioambiente$ propósitos e contexto de aplicaç#o$ e estrutura deconhecimento do su9eitoU

A informaç#o$ segundo esses autores$ d2*se na mente$ por isso éinsepar2"el do ser que a gera e a aplica$ n#o é propriedade de umaciência em particular e se destaca de todo produto tangí"el$ suscetí"el de

arma%enamento N#o s#o os dados ou conhecimentos que determinam aqualidade da informaç#o$ sen#o a forma como ela é relacionada e

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interpretada para se adequar a um propósito estabelecido Assim$ acapacidade de gerar informaç#o n#o depende$ de forma exclusi"a$ dosregistros aos quais temos acesso$ mas do amadurecimento e dodesen"ol"imento de habilidades indi"iduais para a manipulaç#o

Ainda que essa se9a uma perspecti"a$ ela n#o é sem problema &m um

contexto amplo$ sustenta 0urr2s 3HKKL4 que a informaç#o n#o existe porsi mesma$ mas é propriedade relacionai entre fontes e receptores0onsidera a informaç#o por dois diferentes enfoques6

a4 a informaç#o como fen.meno$ gerada no meio ambiente esuscetí"el de captar*se de modo conscienteV

b4 a informaç#o como processo$ elaborada por nós mesmos apartir de documentos

&ssa informaç#o$ entendida como processo$ refere*se a uma condiç#oderi"ada de um processo "oliti"o e n#o de um e"ento alheio Gconsciência$ e tem início na mente do su9eito Na geraç#o de informaç#o$utili%am*se dados da própria experiência$ obtidos do meio ambiente comauxílio da obser"aç#o$ e ainda dados de fontes documentais

&m um sentido ligeiramente distinto dos anteriores$ 1elCin Z ;obertson3HKT4 prop+em uma an2lise do conceito de informaç#obaseada na categori%aç#o$ na estrutura Na busca de uma noç#o b2sicacontida nas diferentes express+es do termo informaç#o$ eles encontram aidéia de estruturas sendo alteradas 5rop+em$ ent#o$ que informaç#o éaquilo capa% de transformar ou de mudar estruturas

&ntendemos que 1elCin Z ;obertson 3ibidem4 reconhecem a amplitudeda conceituaç#o por eles elaborada e constroem um espectro deinformaç#o com uma tipologia de complexidade crescente$ a saber6

infracogniti"o 3hereditariedade$ incerte%a$ percepç#o4V cogniti"o indi"idual 3formaç#o de conceitos$ comunicaç#o inter*humana4V

cogniti"o social 3estruturas conceituais sociais4V metacogniti"o 3conhecimento formali%ado4

Nessa perspecti"a$ para uma in"estigaç#o do conceito de informaç#ono contexto da comunicaç#o humana$ importam6 a comunicação inter-humana, que se refere Gs estruturas semióticas$ construídas por umemissor com o ob9eti"o de mudar a imagem de um receptor$ o que implicaque o emissor tem conhecimento da estrutura do receptorV e asestruturas conceituais sociais, que se referem Gs estruturas de

conhecimento coleti"o$ compartilhadas por membros de um mesmo gruposocial

0ompreendendo estrutura de modo geral como ordem$ 1elCin Z;obertson 3ibidem4 prop+em como elemento b2sico para construç#o doconceito de informaç#o$ de interesse para a 0iência da 7nformaç#o$ otexto e o que se pode inferir dele

Fe maneira resumida$ podemos esquemati%ar as idéias de 1elCin # ;obertson$ do modo como as "emos no Xuadro H6Xuadro H * Os conceitos b2sicos da ciência da informaç#oum

texto

é uma coleç#o de signos

propositadamente estruturados porum emissor com a intenç#o de mudar

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a estrutura*da*imagem de umreceptor

informaç#o

é a estrutura de qualquer texto capa%de mudar a estrutura*da*imagem de

um receptor)onte6 )reire 3HKKS4

Mesmo diante de inYmeras interpretaç+es do que se entende porinformaç#o$ o pesquisador sabe que o trabalho cientíco tem inícioquando o signicado dos conceitos é circunscrito com precis#o Atentati"a de denir uni"ocamente os termos utili%ados é própria daati"idade cientíca A partir de HKI$ o conceito de informaç#o passa aser denido como termo cientíco

&m contraste com a "is#o até ent#o trabalhada$ nasce a informação como um elemento ati"o$ independentemente do su9eito 3no sentido

cl2ssico do termo4 para quem a informaç#o se destina A informaç#opassa a ser concebida como algo que n#o ca somente assistindopassi"amente$ mas que informa 3no sentido de dar forma4 o mundomaterial &merge o princípio uni"ersal da informaç#o trabalhando nomundo$ dando forma ao sem*forma$ especicando o car2ter peculiar dasformas "i"as e até a9udando a determinar$ por meio de códigos especiais$os modelos do pensamento humano Nesse sentido$ informaç#o atra"essaos diferentes campos da computaç#o e da física cl2ssica$ da biologiamolecular e da comunicaç#o humana$ da e"oluç#o da linguagem e dae"oluç#o do homem

A complexidade do conceito de informaç#o e sua nature%a especícat#o peculiar est#o exemplarmente ilustradas na célebre obser"aç#o de[iener 3HKTH$ p HL46 U7nformaç#o é informaç#o$ nem matéria nemenergia Nenhum materialismo que n#o admita isto pode sobre"i"er nosdias de ho9eU Ainda de acordo com [iener 3HKKL$ p H*J4$ informaç#o éum termo que6designa o conteYdo daquilo que permutamos com o mundo exterior aoa9ustar*nos a ele$ e que fa% com que nosso a9ustamento se9a nelepercebido O processo de receber e utili%ar informaç#o é o processo denosso a9uste Gs contingências do meio ambiente e de nosso efeti"o "i"ernesse meio ambiente As necessidades e a complexidade da "ida

moderna fa%em$ a este processo de informaç#o$ exigências maiores doque nunca$ e nossa imprensa$ nossos museus$ nossos laboratórioscientícos$ nossas uni"ersidades$ nossas bibliotecas e nossos compêndiosest#o obrigados a atender Gs necessidades de tal processo$ sob pena demalograr em seus escopos Fessarte$ comunicaç#o e controle fa%em parteda essência da "ida interior do homem$ mesmo que pertençam G sua "idaem sociedade

Fesse modo$ o mundo físico n#o pode mais ser "isto somente comomatéria e energia `s poderosas teorias da química e da física$ temos queadicionar a ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o Assim$ para /tonier 3HKKI$pH4$ a nature%a tem que ser interpretada como matéria$ energia einformaç#o

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&ssa noç#o moderna de informaç#o pode ser pesquisada em pelomenos três diferentes direç+es$ assegura 1reton 3HKKH46 no mo"imento de idéias que "isa G distinç#o entre o sentido e a formaV nas técnicas deri"adas das necessidades da transmiss#o de

mensagensV

nas pesquisas sobre a nature%a do raciocínio correto e sobre asconsideraç+es acerca da "erdade dos enunciadosAs pesquisas que con"ergem para essa noç#o de informaç#o

e"idenciam uma distinç#o entre sentido e forma. O sentido é entendidocomo o con9unto de signicaç+es que a mensagem pode conter para osque têm acesso a ela A forma$ por sua "e%$ como a conseq(ência de umconhecimento técnico e de uma busca de ec2cia na transmiss#o dasmensagens 5or exemplo$ a informaç#o 9ornalística$ aquela oferecida pelaimprensa e pelos outros meios de comunicaç#o$ é carregada designicado$ ao passo que as operaç+es reali%adas pelas m2quinas s#odespo9adas dele

5ara ilustrar a diferença entre as noç+es de sentido e forma$ 1reton3HKKH$ pJ4 apresenta o exemplo do telegrama6

Xuando alguém le"a um telegrama ao correio$ sua mensagem é lidapelo encarregado$ mas este Yltimo n#o se interessa pelo sentido do quefoi escrito >e"a em conta apenas os símbolos que ele contém 3com analidade de estabelecer o preço do ser"iço$ mas também para "ericarse esses símbolos correspondem Gs normas habituais4 ,ais símbolos"#o ser transformados em sinais telegr2cos /ímbolos e sinais podem serprocessados independentemente de sua signicaç#o eles constituema forma tomada pela mensagem, 3grifo do autor4

Outra distinç#o$ prossegue 1reton 3ibidem4$ é aquela em que a formade uma mensagem pode ser decomposta em símbolos e em sinais$ ambosconstituídos pelo suporte físico da mensagemA origem dessa decomposiç#o encontra*se nos a"anços técnicos detransmiss#o de mensagens e na utili%aç#o da corrente elétrica

A manipulaç#o dos sinais$ descoberta no nal do século ]!777$ permiteque se descubra que a "ariaç#o de quantidade de um elemento$ por maisan2rquico e impre"isí"el que se9a$ pode ser representada com precis#opor uma soma de funç+es matem2ticas regulares$ e também manifestadaem termos de sinais elétricos As in"estigaç+es acerca das condiç+esfísicas da transmiss#o de mensagem le"am ao aperfeiçoamento da noç#o

de sinal$ ao passo que as in"estigaç+es acerca da codicaç#o demensagens resultam na noç#o de símbolo

0onforme "eremos no 0apítulo $ a articulaç#o entre o sinal e osímbolo é descrita na ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o$ formulada por/hannon Z [ea"er 3HKTL4$ no nal da década de HKI

Nesta seç#o$ analisamos o conceito de informaç#o no senso comum eno contexto cientíco$ passando por "2rias interpretaç+es ;essaltamos adedicaç#o de pesquisadores ao estudar as diferentes conceituaç+es 92existentes do termo e chegamos G "is#o de informaç#o como processo7nformaç#o essa concebida como algo que informa 3no sentido de dar

forma4 o mundo material

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No item seguinte$ "eremos como o conceito de informaç#o é utili%adopelos bibliotec2rios e por outros prossionais ligados G 2reaI"%ORMA&'O "O !O"$($O )A BIBLIO$!O"OMIA

Os prossionais bibliotec2rios estudam o documento em um contextobem denido$ tanto em relaç#o ao suporte que o sustenta quanto em

relaç#o G instituiç#o que o abriga O suporte físico 3papel$ lme$ meioeletr.nico etc4 é certamente tangí"el e passí"el de manipulaç#o em seuconteYdo B2 ainda o espaço físico$ no qual os documentos agregam*selogicamente em coleç+es

Focumento$ de acordo com cl2ssica deniç#o de 1riet 3HKSL4$ é todabase de conteYdo informacional$ xada materialmente e suscetí"el deestudo$ pro"a ou confronto 7nformaç#o$ como "imos no item anterior$ éaquilo de que necessitamos quando fa%e* Etlt7mos escolhas Mensagem é o que é le"ado de um emissor a um receptorpor meio de um processo de comunicaç#o

A nossa experiência como bibliotec2ria e"idencia$ porém$ que esseentendimento a respeito do conceito de informaç#o n#o é conhecido noambiente prossional$ ou n#o é "eiculado 0om o intuito de fortalecer essacon9etura$ apresentamos uma importante declaraç#o O editor da re"istaeletr.nica &etfuture, /tephen ,albott 3HKKJ4$ em duas conferênciasproferidas para bibliotec2rios$ com consider2"el audiência$ desaa aplatéia a di%er o que entende por informação. 5rossional algum emitiuqualquer opini#o ;etoma a tem2tica o palestrante e$ desta feita$ solicitaaos presentes que$ por escrito$ respondam o que entendem por

informação. 5ala"ra alguma foi registrada ,rês aspectos pre"alecem associados ao uso que fa%em da informaç#oos bibliotec2rios e demais prossionais da 2rea6

a4 representaç#o descriti"a de documentosVb4 desen"ol"imento de coleç+esVc4 acesso G informaç#oNessa perspecti"a$ no item 3a4$ aspira*se a ter mais informaç#o

oferecendo tratamento adequado aos documentos que far#o parte dacoleç#oV em 3b4$ aumentando o acer"o em quantidadeV 92 em 3c4$ pensa*seque a capacidade de resposta Gs necessidades de informaç#o encontra*sesolucionada ao se dispor de um sistema automati%ado$ capa% de reali%ar

as mesmas operaç+es que antes se fa%iam manualmente e se assumeque os usu2rios têm maior quantidade de informaç#o pelo fato de teremacesso a sistemas de recuperaç#o da informaç#o$ com uma ou mais basede dados bibliogr2cos ou de textos completos

O acesso a um banco de dados$ na perspecti"a de Marcial 3HKKT4$parece anunciar o m da aquisiç#o compulsi"a de obras$ mudar osesquemas tradicionais de organi%aç#o bibliogr2ca e exigir dosrespons2"eis pela 2rea uma redeniç#o de seus papéis$ em ra%#o tambémda proliferaç#o de empresas dedicadas G "enda dos ser"iços e produtosde informaç#o que competem com a biblioteca Em exemplo encontra*se

na possibilidade de acesso aos recursos da informaç#o$ se9a de casa se9ado escritório$ sem ter que se

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deslocar G biblioteca$ por meio de rede de informaç#o intemacio*nalmente conectada

Assim sendo$ os prossionais da informaç#o poder#o en"idar esforçosna elaboraç#o de estruturas mais eca%es para o acesso ao conteYdoregistrado e na obtenç#o de maiores benefícios$ no uso da tecnologia da

informaç#o$ sobretudo desfa%er o tratamento dispensado a entidadesdistintas$ como se elas fossem iguais$ como é o caso do documentoidenticado como informaç#o e também como mensagem

A disponibilidade tanto de recursos quanto de infra*estrutura é$ semdY"ida$ uma e"idente "antagem$ porém n#o é condiç#o suciente paragerar informaç#o &nganoso é pensar que se est2 mais informado pordispor*se de um maior nYmero de bases de dados$ de acer"o de li"ros ede re"istas ou$ ainda$ por dispor*se de acesso a redes mundiaisinterconectadas

0oncordamos com Marcial 3HKKT$ pHK4$ quando declara que Use oleitor n#o esti"er preparado para interpretar$ reno"ar e reestruturar demodo permanente o conhecimento$ o in"estimento em recursos e ser"içosde informaç#o resultar2 pouco produti"o e$ inclusi"e$ infrutuosoU

No que di% respeito ainda ao acesso G informaç#o$ item 3c4 destetópico$ foram construídos os sistemas de recuperaç#o da informaç#o3/;7s4 com o ob9eti"o de maximi%ar o uso da informaç#o Na perspecti"ade 1raga 3HKKS$ pJS4$ os /;7smanti"eram o conceito de informaç#o atrelado ao documento Na"erdade$ os /istemas de ;ecuperaç#o da 7nformaç#o n#o recuperaminformaç#o$ ou recuperam apenas uma informação-potencial, umaprobabilidade de informaç#o$ que só "ai se consubstanciar a partir do

estímulo externo documento$ se também hou"er uma identicaç#o 3em"2rios ní"eis4 da linguagem desse documento$ e uma alteraç#o$ umareordenaç#o mental receptor*usu2rio 3grifo nosso4

N#o é a informaç#o*potencial que determina a qualidade da possí"elinformaç#o a ser produ%ida$ mas a relaç#o e a interpretaç#o que aqueleque a gera estabelece com os registros recuperados

No posicionamento de 1arreto 3HKKK$ p4$ Uas informaç+esarma%enadas em bases de dados$ arqui"os ou museus possuem acapacidade potencial de produ%ir conhecimento$ o que só se efeti"a apartir de uma aç#o de comunicaç#o mutuamente consentida entre a fonte3os estoques4 e o receptorU

N#o é possí"el pre"er se a informaç#o*potencial "ai gerar ou n#oinformaç#o no indi"íduo receptorV sabemos$ porém$ que uma pequenaalteraç#o nas condiç+es iniciais de codicaç#o da mensagem$ ou doestado emocional do receptor etc$ pode sugerir grandes alteraç+es noprocesso como um todo6 características dos chamados sistemascomplexos

)ocali%ada desse modo$ informaç#o pode ser entendida como umaprobabilidade$ uma incerte%a & essa é a proposta da ,M7 A informaç#o$de acordo com essa teoria$ n#o depende de uma instituiç#o física ou deum suporte material$ mas de um processo de comunicaç#o entre emissor*

canal*receptor$ podendo ser quanticada

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A relaç#o de equi"alência entre informaç#o e documento$ criadaprincipalmente por arqui"istas$ bibliotec2rios e documentalistas$ pode sedesfa%er a partir de /hannon Z [ea"er 3HKTL4$ que estabelecem umano"a identidade da informaç#o com o domínio do quantitati"o e daprobabilidade 7sso ocorre quando des"inculam informaç#o de seu suporte

físico obrigatório$ transportando*a por um canal$ o ar &stabelecem aindaa noç#o da mensagem distinta da informaç#o e a noç#o da dependênciadistinta do estado mental do receptor

Ainda que a informaç#o*potencial recuperada pelos /;ls n#o se9aquanticada$ suas características de impre"isibilidade$ incerte%a eprobabilidade aproximam*na da ,M7$ de /hannon Z [ea"er$ e dos no"osparadigmas da ciência$ representados principalmente pelo afastamentogradual das abordagens e posturas exclusi"amente deterministas$relacionados aos sistemas complexos

5udemos "er neste tópico que os prossionais bibliotec2rios e outros"inculados G 2rea mantêm o conceito de informaç#o ligado ao conceito dedocumento$ mesmo após a criaç#o dos modernos sistemas derecuperaç#o da informaç#o * sistemas que se abrem para uma relaç#omais din8mica entre documento e informaç#o$ mo"imento próprio dossistemas complexos$ com os quais trabalharemos na seq(ênciaI"%ORMA&'O SIS$MAS !OM*L(OS

Ema das contribuiç+es deste trabalho consiste em in"estigar o /istemade 0ontrole 1ibliogr2co no contexto dos sistemas complexos Fe acordocom BaCen 3III4$ sistemas complexos constituem*se de muitas partesou elementos que podem ser ou n#o do mesmo tipo A an2lise maisapropriada para esse tipo de sistema é aquela que parte de uma "is#o

macroscópica 3"is#o do sistema no todo4 5or exemplo$ n#o se conheceum g2s pela lista de seus 2tomos$ mas em termos de quantidadesmacroscópicas$ como press#o e temperatura 5odemos "er no cérebrooutra ilustraç#o de sistema complexo O cérebro$ com sua complexidade$permite que padr+es se9am reconhecidos como a fala$ a audiç#o e oolfato No /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$ caso especíco desta obra$que também pode ser considerado um sistema complexo$ padr+es podemser reconhecidos como autoria$ assunto$ editora$ de qualquer obraindexada no sistema

Outra perspecti"a do entendimento de sistema e"idencia que as partesde um sistema e suas propriedades s#o dados ob9eti"os e que o todo pode

ser dedu%ido das partes 3por considerar que o todo resulta do somatóriodas partes que o comp+em4 7nteressante é checar se diferentes modelosmicroscópicos 3partes do sistema4 podem condu%ir ao mesmo con9untomacroscópico de dados &ssa compreens#o de sistema baseia*se em umconceito reducionista que apresenta limitaç+es 5or exemplo$ conhecer oscomponentes químicos de um sistema n#o signica conhecer a "ida neleexistente O que precisamos entender n#o é o comportamento das partesindi"iduais$ mas sua orquestraç#o ou ati"idade coleti"a &ssa é aabordagem que nos interessa$ a que corresponde aos sistemascomplexos 5ara lidarmos com esses sistemas$ torna*se necess2rio

encontrarmos "ari2"eis adequadas ou quantidades rele"antes quedescre"am suas propriedades

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Ema descriç#o macroscópica le"a*nos a uma compreens#o dainformaç#o de modo a nos importarmos$ n#o exclusi"amente$ com osdados microscópicos Fessa forma$ somos condu%idos a descre"er ocomportamento dos sistemas complexos em termos antropomórcos5orém$ tornou*se uma tradiç#o exorci%ar os antropo*

morsmos e basear as explicaç+es em pontos de "ista mec8nicos Aciência física$ h2 n#o muito tempo$ trabalha"a com habilidades quepossibilita"am a pre"is#o de e"entos futuros Xuanto mais a física lidacom sistemas complexos$ mais a_ora a compreens#o de que no"osconceitos s#o necess2rios

!emos$ na literatura$ que o estudo dos sistemas complexos trouxeno"os elementos de re_ex#o sobre o papel do caos$ do determinismo e doacaso no quadro conceituai construído pelo homem em sua tentati"a deanalisar e pre"er o comportamento da nature%a

Fiferentemente da concepç#o cientíca$ os dicion2rios denem caoscomo confus#o geral dos elementos antes de sua separaç#o e daformaç#o do mundo &m sentido gurado$ caos é entendido como limiteextremo da confus#o$ desordem irremedi2"el Assim$ por exemplo$ oestado anterior G formaç#o do planeta indica que se trata de conceitofundamentalmente referido ao processo de geraç#o do uni"erso$ Gsituaç#o primordial da qual o cosmos teria surgido como resultado deordenaç#o A contraposiç#o cos* mosRcaos corresponde$ portanto$ Goposiç#o ordemRdesordem

Outra caracteri%aç#o para caos "em do grego e signica espaço%a'io. 0aos é o deus primeiro$ a origem$ na mitologia gregaV pai de&rebo$ rio dos infernos e da noite$ do qual surgem as turbulências$ as

_utuaç+es e as confus+es 30urr2s$ HKKL4No uso regular$ ent#o$ a pala"ra UcaosU é associada a um estadodesordenado$ a uma grande confus#o No rigor da ciência$ caos é tratadocomo comportamento aleatório que ocorre em sistemas determinísticos5ara melhor compreens#o desses sistemas$ é preciso retroceder Gperspecti"a do mecanicismo nePtoniano e G busca pela regularidade Feacordo com essa mec8nica$ as pre"is+es feitas por meio do conhecimentodas forças e das equaç+es do mo"imento podem ser conhecidas comcerte%a Em exemplo cl2ssico do mecanicismo refere*se ao futuro$ que édeterminado apenas com base no passado$ em que acaso e incerte%ade"em ser negligenciados O determinismo liga*se G idéia de lei natural e

encontra uma express#o precisa na formulaç#o matem2tica das leisfísicas

A física nePtoniana descre"e um uni"erso em que tudo aconteceprecisamente de acordo com a leiV um uni"erso compacto$cerradamente organi%ado$ no qual todo futuro depende estritamente detodo passado

5or sistemas determinísticos$ entende Moreira 3HKK$ p HH4$ com quemconcordamos$ Uqualquer modelo din8mico baseado em regras bemdenidas e que associam$ em um determinado instante de tempo$ "aloresuní"ocos Gs "ari2"eis que descre"em o sistema$ a partir do conhecimento

dessas mesmas "ari2"eis em instantes anterioresU

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Feterminismo$ acrescenta AraY9o 3HKKS$ p4$ implica a "is#o de umUcomportamento necess2rio e bem regulado para o uni"erso material econtrap+e*se G idéia de acaso &sses dois conceitos$ determinismo eacaso$ e"ocam o antigo debate losóco*teológico sobre necessidade eli"re*arbítrio$ mostrando que o cerne dessa quest#o é muito anterior G

formali%aç#o da ciênciaUA antítese do determinismo é o acaso$ descrito pela teoria da

probabilidade$ isto é$ a descriç#o de como um grande nYmero de e"entospode comportar*se de maneira pre"isí"el$ quando esses mesmos e"entos$ao serem analisados indi"idualmente$ tornam*se impre"isí"eis Aprobabilidade de cara ou coroa em um nYmero grande de lances demoeda é de aproximadamente SI$ embora n#o se9a possí"el pre"ercada lance indi"idual da moeda

Na perspecti"a histórica$ o primeiro desao ao determinismo nasceentre HKI e HKLI com a teoria qu8ntica$ também baseada no c2lculo deprobabilidades$ e o outro desao ocorre entre HKTI e HKI com a teoriado caos$ na qual a pre"is#o nem sempre é possí"el$ em ra%#o de umapersistente instabilidade abrangendo até mesmo os sistemasdeterministas Nesse período$ os cientistas "oltam*se aos estudosconcernentes Gs irregularidades da nature%a e Gs possí"eis identidadesentre essas irregularidades encontradas na nature%a$ ou se9a$ começam aestudar o lado descontínuo e incerto da nature%a

Nesse percurso$ cientistas de 2reas di"ersas do conhecimentoencontram sempre um mesmo padr#o de irregularidade$ especialmenteem relaç#o aos que surgem em escalas diferentes ao mesmo tempo &ssadiscuss#o torna*se particularmente importante em meteorologia$ quando

a pre"is#o do tempo por longos períodos é uma tarefa quase impossí"elO meteorologista &dPard >oren%$ao fa%er uma caricatura de uma situaç#o semelhante$ di%6 UAté o bater deasas de uma borboleta pode mudar as condiç+es iniciais e in_uenciar ocomportamento atmosférico a longo pra%oU 35ires Z 0osta$ HKK$ pL4

0aos e determinismo colidem*se desde os tempos dos gregos$ assinala0urr2s 3HKKL$ pK46

Femócrito com seu a%ar e necessidade$ de um lado$ e Aristóteles e5lat#o com suas leis determinísticas$ de outro$ representam os pólos dacontro"érsia Ao longo dos tempos parece que a batalha foi conquistadapelos deterministas 'ant$ >aplace$ 5oincaré s#o exemplos bem

rele"antes Bo9e em dia$ a balança se inclina para o lado do caosOnde existe caos$ existe uma densidade sem8ntica que "em sendo

explorada por cientistas e lósofos ao longo da história do pensamentoocidental$ desde a Antig(idade6

Fe um lado$ a acepç#o de mistura$ confus#o$ desordem Fe outro$ aacepç#o espacial$ de inter"alo$ de "2cuo Fe um lado$ a desordenadaconcomit8ncia de todas as qualidades$ de todos os pares opostosqualitati"os 3quente*frio$ denso*raro$ claro*escuro etc4$ que precisam serrelati"amente separados para que se instaure o cosmos e seus seresdiferenciados Fe outro$ o onde$ o lugar$ o espaço$ imprescindí"eis G

conguraç#o das coisas distintas Os dois aspectos ora se alternam$ ora

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se con9ugam$ com maior ou menor predomin8ncia de um sobre o outro35essanha$ HKK$ pSK4

Ao referir*se ao caos$ ames 0lerC MaxPell trata*o como pontossingulares ou limites de domínios de atraç#o 3bacias4$ em que um des"ioimperceptí"el é suciente para le"ar o sistema a cair em domínios

diferentes /#o pontos em que in_uências$ cu9a magnitude física é muitopequena para ser le"ada em conta$ podem produ%ir posteriormenteefeitos de grande import8ncia 3Moreira$ HKK4

Fesse modo$ podemos di%er que caos est2 presente nocomportamento de pequenas alteraç+es que le"am a grandes mudançasposteriores$ é instabilidade persistente$ é impre"isibilidade0omportamento caótico é um comportamento desorgani%ado$ n#operiódico e irregular O que caracteri%a um sistema caótico é suasensibilidade Gs condiç+es iniciais$ que imp+e restriç+es a uma pre"is#oprecisa sobre seu comportamento futuro

No li"ro (iência e método, publicado em HKIJ$ o grande matem2ticoe lósofo francês Benri 5oincaré exp+e a problem2tica resultante dasensibilidade do sistema Gs condiç+es iniciais Apresenta esse autoralgumas idéias sobre a impossibilidade de prediç#o$ considerando que oconhecimento do estado inicial de um sistema é cercado de incerte%a3ibidem4

&m um sentido ligeiramente distinto dos anteriores$ a ;oDal /ocietD de>ondres dene caos como Ucomportamento estoc2stico que ocorre em umsistema determinísticoU A primeira "ista$ essa deniç#o pode parecerparadoxal$ uma "e% que estoc2stico é sin.nimo de aleatório$ edeterminista signica ser passí"el de pre"is#o 30hristó"#o Z 1raga$ HKK$

pL4 Ainda nessa perspecti"a$ /tePart 3HKKH4 assinala que ocomportamento determinista é go"ernado por uma lei exata e n#opassí"el de infraç#o$ ao passo que o comportamento estoc2stico é ooposto$ sem lei e irregular$ go"ernado pelo acaso

0orroborando essas armaç+es$ ,amarit et al 3HKK$ pL4 consideramcaos determinístico uma express#o que contém uma aparenteincoerência6 a equaç#o matem2tica que o representa$ xti x

t * c$ emque c é uma constante$ parece sugerir que é possí"el pre"er comexatid#o o comportamento do sistema$ uma "e% conhecida a sua situaç#oinicial &ntretanto$ qualquer pequena incerte%a$ mesmo controlada$ que seadmita no conhecimento dessa situaç#o inicial$ acarretar2 a ignor8ncia

quase absoluta da e"oluç#o do sistema Fesse modo$ o poder de pre"is#oa longo pra%o se desfa%$ completam ,amarit et al 3ibidem4

&m artigo publicado pela re"ista (iência o$e, em um fascículoespecial sobre caos$ ;e%ende 3HKK$ pK4 trata da condiç#o de umsistema quando este apresenta comportamento caótico6

0aos é um estado complexo caracteri%ado pela 3aparente4impre"isibilidade de comportamento e por grande sensibilidade apequenas mudanças nas "ari2"eis do sistema ou nas condiç+es iniciais &obser"ado tanto em sistemas muito simples quanto em sistemascomplexos A condiç#o essencial para um sistema apresentar estado

caótico é ser n#o*linear$ isto é$ apresentar uma resposta n#o proporcionalao estímulo

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O estudo de sistemas n#o*lineares é relati"amente recente eacompanha o explosi"o aumento da capacidade de computaç#o$proporcionada pelo ad"ento dos computadores

Nos sistemas lineares$ di%em 5ires Z 0osta 3HKK4$ quando ascondiç+es de dois experimentos independentes s#o aproximadamente as

mesmas$ os estados nais ser#o também aproximadamente os mesmos5ara os sistemas n#o*lineares$ essa situaç#o deixa de ser "erdade$ e$como resultado$ temos o caos determi* nístico 0onsideremos um rio6quando a 2gua se mo"e em baixa "elocidade sobre um leito$ di%emos queo escoamento tem as características do mo"imento linear$ ou se9a$pre"isí"el$ regular$ descrito em termos matem2ticos de forma simplesVquando a "elocidade da 2gua excede um "alor crítico$ o mo"imento toma*se turbulento$ com redemoinhos locali%ados que se mo"em de maneirairregular$ complicada e err2tica$ características do mo"imento n#o*linear

0om o intuito de melhor "isuali%armos as diferenças entre sistemalinear e n#o*linear$ apresentamos o Xuadro 6Xuadro * Fiferença entre sistema linear e n#o*linear

/istema linear/istema n#o*linear

&m relaç#o aomo"imento 3équalitati"amente diferente4

regular$podendo serdescrito emtermos defunç+esmatem2ticasbem

comportadas

muda comfreq(ência deum mo"imentoaparentementeregular paraum mo"imentocaótico

Mudanças nospar8metros oude"ido aestímulosexternos

em geralsua"e$proporcional Gmudança ouao estímulo

pode produ%iruma diferençaqualitati"aenorme nomo"imento

)en.meno dedispers#o

um pulso deonda nelelocali%adodecair2 de"idoao seualargamento

em contraste$podemos terestruturasaltamentecoerentes eest2"eis$ quepermanecempor longotempo ou$ nocaso ideal$ porum tempoinnito

)onte6 Fados retirados de 5ires c 0osta 3HKK4Os sistemas n#o*lineares$ segundo Moreira 3HKK4$ apresentam

algumas características especiais6

* para certos "alores do par8metro de controle$ o sistema mostra umcomportamento regular$ mas quando um certo "alor crítico deste

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par8metro é atingido$ o sistema passa a exibir bruscamentecomportamento caóticoV

* comportamento caótico em geral n#o ocorre em todos os "alores dospar8metros externos e das condiç+es iniciais do sistemaV

* comportamentos semelhantes podem ser obser"ados em sistemas

totalmente distintos 3uni"ersalidade4O pêndulo$ neste caso$ é uma ilustraç#o esclarecedora Xuando est2

li"re$ isto é$ na ausência de força externa$ seu mo"imento é regularFiante de pequena perturbaç#o$ para alguns "alores das condiç+esiniciais$ seu mo"imento torna*se caóticoV para outros "alores$ seumo"imento mantém*se regular e semelhante ao do pêndulo n#operturbado

Fiante do exposto$ entendemos que a idéia de caos resume a seguintesituaç#o6 pequenas causas$ grandes efeitos &ssa desproporç#o aparentegera situaç+es atípicas para os padr+es médios dos sistemas em queesses fen.menos se incluem

B2 certas classes de fen.menos que apresentam uma regularidade$nas quais um pequeno erro inicial introdu% um pequeno erro no resultadoO curso dos e"entos nesses casos é considerado est2"el F#o*nossubsídios esclarecedores os exemplos que seguem6

a4 a lei dos JIRI6: quando aplicada para determinar a medidade um acer"o de biblioteca$ apresenta uma impressionante in"a* H

H &nunciada por ,ruesPell 3HKTK4 a partir do modelo de 5areto$ de amplagenerali%aç#o &xpressa um padr#o generali%ado de distribuiç#orelati"a a fen.menos naturais e construídos pelo homem &ssagenerali%aç#o e"idencia uma distribuiç#o desigual de dois con9untos

produtores e produtos quando s#o colocados em correspondência Emapequena parte do con9unto produtor corresponde a uma grande partedo con9unto produ%ido ,al fen.meno tem diferentes express+esnuméricas e é caracteri%ado como lei em"#rica$ ou melhor$ éobser"ado$ embora ainda n#o este9a inserido em um contexto teóricode ampla aceitaç#o 3)airthorne$ HKI4

ri8ncia na escala 7ndependentemente do tamanho da coleç#o$ I delaatendem a JI da demanda dos usu2riosV

b4 o comportamento eleitoral6 as pesquisas eleitorais$ le"adasa cabo por conceituadas instituiç+es de pesquisa$ têm uma margemsurpreendente de acerto$ ha9a "ista alguns dos resultados compro"ados

nas Yltimas eleiç+esVc4 uma busca "ia 7nternet6 asseguram >aPrence Z ?iles 3HKKK4

e 1ueno Z !idotti 3III4 que as ferramentas de busca alcançam nom2ximo HT da coleç#o registrada na 7nternet$ em detrimento dos J$em ra%#o das limitaç+es técnicas que en"ol"em o desempenho de cadaferramenta Na literatura relati"a ao assunto$ n#o h2 indicaç#o de umaferramenta de busca ideal Na decis#o por uma delas$ de"em*seconsiderar a tem2tica em quest#o$ a expectati"a de retomo e ainda oescopo da in"estigaç#o 5ode*se também utili%ar mais de uma ferramentapara reali%ar a mesma pesquisa

Outras classes de fen.menos tomam*se sensí"eis Gs perturbaç+esiniciais$ mesmo que se9am aparentemente insignicantes 0onsideremos$

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como exemplo$ um /istema de ;ecuperaç#o de 7nformaç#o6 pequenasalteraç+es em uma política de seleç#o de documentos ou de indexaç#o dedescritores$ ati"idades características das condiç+es iniciais desseprocesso$ pro"ocam grandes alteraç+es na recuperaç#o da informaç#o*potencial Ou ainda$ uma estratégia de busca mal estruturada$ como uma

pala"ra grafada erroneamente 3descriç#oRdiscriç#o4$ pode recuperarreferências indese92"eis e irrele"antes

As indagaç+es que di%em respeito ao caos prosseguem$ e$ por isso$sabemos que o comportamento caótico 92 é quantic2"el e pre"isí"el$desde que disponhamos de um modelo matem2tico$ analítico ou numéricopara descre"er o sistema Os trabalhos recentes sobre o controle do caoscolocam perspecti"as interessantes para a construç#o de m2quinas comcomportamento altamente _exí"el e adaptati"o

 ,emos a idéia de que o estudo por computador$ de modelosmatem2ticos realísticos que reprodu%am os "2rios modelos derecuperaç#o da informaç#o$ pode tra%er um grande benefício para os /;lse$ conseq(entemente$ para o controle bibliogr2co A for*mulaç#o de modelos matem2ticos que le"em em consideraç#o osaspectos fundamentais dos /;7s pode ser de grande "alia quando daan2lise da "ariaç#o desse sistema e igualmente de sua e"oluç#odin8mica

&m nosso entender$ algumas das pesquisas que tratam do caos tomama inform2tica como utensílio para reali%ar seus c2lculos matem2ticos$ e ainform2tica toma os resultados das in"estigaç+es a respeito do caos parareali%ar certos programas$ 9ogos$ simulaç+es bastante atraentes Ae"idência do emprego de simulaç+es tem sido a representaç#o dos

fractais Nessa situaç#o de irmandade entre caos e inform2tica$ surge ainformação$ que se manifesta com grande força$ in"adindo todo o8mbito de aç#o

Nesta seç#o$ analisamos a caracteri%aç#o popular do conceito de caosassociada G confus#o e G desordem$ bem como a contraposiç#ocosmosRcaos que tem correspondência com a oposiç#o or* demRdesordemMostramos$ ainda$ que o /istema de 0ontrole 1ibliogr2co é sensí"el Gsalteraç+es iniciais a ele propostas$ que le"am a grandes mudançasposteriores 3característica do caos4

&m resumo$ "imos neste capítulo como o conceito de informaç#o temsido empregado cotidianamente e como informaç#o passou a ser denida

como termo cientíco$ sendo ainda ob9eto de estudo nas diferentes 2reasdo conhecimento Apresentamos três aspectos que$ até os dias de ho9e$pre"alecem associados ao conceito de informaç#o para os bibliotec2rios$arqui"istas e documenta* listas !imos$ ainda$ que a informaç#o*potencial$recuperada nos sistemas de recuperaç#o da informaç#o$ comcaracterísticas de impre"isibilidade e de incerte%a$ aproxima*se daproposta de /han* non Z [ea"er 3HKTL4$ a ,eoria Matem2tica da7nformaç#o$ e de no"os paradigmas da ciência relacionados aos sistemascomplexos

Na seq(ência$ "amos examinar o controle bibliogr2co em seus

diferentes aspectos$ incluindo o modo como a an2lise document2ria tem

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se operacionali%ado no sistema e como a informaç#o*potencial "em sendorecuperada$ da Antig(idade até nossos dias 0ON,;O>& 171>7O?;@)70OU>i"ros s#o papéis pintados com tintaU35essoa$ HKTK$ +, HJJ4

AN,&0&F&N,&/ B7/,;70O/A publicaç#o do artigo U5rolegomena to 1ibliographic 0ontrolU$ por

&gan Z /hera 3HKK4$ parece ter introdu%ido na literatura bibliotecon.micao conceito de 0ontrole 1ibliogr2co 3014 &sses autores n#o denem otermo$ mas$ ao declararem que 01 oferece acessibilidade ao conteYdo eacessibilidade física do documento$ delineiam a meta operacional do 01

A noç#o de 01 ligada ao uso efeti"o de m2quinas$ ob9eti"ando um mpre"iamente estabelecido$ é obser"ada nesse texto por &gan Z /hera3HKK4 A proximidade da publicaç#o do texto desses autores com aprimeira impress#o da obra (bemetics, em HKJ$ quando Norbert[iener estabelece os fundamentos da ciência do controle e comunicaç#ono animal e na m2quina ou o estudo da regulaç#o e controle dossistemas$ pode n#o ser mera coincidência

Anteriormente G época de [iener$ entendia*se m2quina como umaparelho mec8nico$ elétrico ou eletr.nico construído pelo homem Ospesquisadores &gan Z /hera ainda extraíram sua analogia da mec8nica0om [iener$ a m2quina passa a ser associada ao controle O "oc2buloUm2quinaU$ quando usado na cibernética$ possui um signicado maisamplo6 designa qualquer sistema din8mico que apresente determinadocomportamento obser"2"el * umpêndulo$ um organismo "i"o$ uma sociedade$ um construto mental$ ou

se9a$ um sistema conceituai 3AshbD$ HKI4A no"a express#o 0ontrole 1ibliogr2co é ent#o adotada porprossionais bibliotec2rios e documentalistas e$ em HKSI$ formalmentedenida em um documento emitido pela Enesco e pela >ibrarD of0ongress como Uo domínio sobre os registros escritos e publicados$suprido pela bibliograa e para os ob9eti"os da bibliograaU*+ibliographic..., HKSI4

O uso indiscriminado de 0ontrole 1ibliogr2co para designar desdelistas de referências$ até mesmo qualquer ati"idade ligada Garma%enagem e recuperaç#o da informaç#o$ le"a a Enesco3HKT4 $ porém$ a tratar no"amente o conceito como Uum termo

denido de "2rias maneiras$ mas que transmite a idéia de uma meta quemostrou ser atormentadoramente indení"elU /ituaç#o an2loga ocorreho9e com explos#o da informaç#o$ sistema de informaç#o e biblioteca"irtual$ entre outras

A ampla utili%aç#o da express#o 0ontrole 1ibliogr2co$ aliada a suafragilidade conceituai$ pode ter le"ado [ilson 3HKTJ4 a submeter 01 auma incisi"a in"estigaç#o losóca &stabelece [ilson3HKTJ4 uma distinç#o entre 01 descriti"o$ que proporciona acessoGs características formais e físicas de um documento$ e 01 exploratório$que permite seu domínio do conteYdo tem2tico O 01 descriti"o pode$

pelo menos em teoria$ ser exercido de maneira completa$ mas o chamado01 exploratório$ apenas parcialmente

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O controle pleno da recuperaç#o tem2tica das publicaç+es n#o se fa%t#o*somente com métodos e mecanismos de controle mais potentes$tampouco com a utili%aç#o de computadores de Yltima geraç#o Osentra"es que se apresentam s#o muitosV citaremos os considerados maisimportantes6 as diculdades tra%idas pelos instrumentos da linguagem$

pelo processo dos signos que pode ser estudado no campo de aç#o dasintaxe$ quando se refere Gs relaç+es formais dos signos entre siV nocampo de aç#o da sem8ntica$ quando en"ol"e as relaç+es de signicadoVe ainda no 8mbito pragm2tico$ que implica as relaç+es signicati"as comaquele que utili%a os signos

0abe salientar que$ mesmo no século ]!7$ quando o nYmero detrabalhos publicados é ínmo se comparado aos índices atuais$ apenaslistar  todos os documentos re"ela*se uma meta enganosa$sendo ainda menos possí"el a exploraç#o exausti"a e abrangente de seuconteYdo tem2tico

A abordagem conceituai e teórica$ delineada por /hera 3HKS4$"isuali%a o processo de 01 como parte do sistema geral de comunicaç#oda sociedade ,rata do 01 no 8mbito geral$ particular e interno$ edescre"e os dois primeiros6* o 8mbito geral$ de responsabilidade do go"erno federal$ "isa beneciar

qualquer cidad#o do país e refere*se ao controle dos registros dosmateriais bibliogr2cos que interessam G naç#o$ isto é$ em 8mbitonacional O gerenciamento do sistema d2*se por um órg#o coordenadorcom "erba do go"erno central e participaç#o de membros de todos ossegmentos interessados no 01V

* o 8mbito particular correspondente ho9e G bibliograa especiali%ada ou

por assuntoj acontece quando um grupo de pessoas com necessidadesinformacionais especícas demanda um tipo especial de 01 Ogerenciamento nanceiro ca a cargo do próprio grupo$ bem como oplane9amento das ati"idades a serem desen"ol"idasO 8mbito interno$ apesar de n#o ter sido detalhado por /hera 3HKS4$

refere*se ao tratamento da informaç#o como incumbência das bibliotecase instituiç+es ans

Ao referir*se G bibliograa especiali%ada$ /hera aponta como moti"o depreocupaç#o a excessi"a fragmentaç#o que pode ocorrer com aproliferaç#o de ser"iços bibliogr2cos isolados$ independentes e semcoordenaç#o$ criados sem nenhum "ínculo com o controle bibliogr2co

em 8mbito geral e$ quase sempre$ administrados de acordo comprocedimentos próprios

0om base nesses argumentos$ podemos inferir que o 0ontrole1ibliogr2co pressup+e aç+es plane9adas e articuladas$ en"ol"endocomunicaç#o entre especialistas e também entre especialistas e usu2riosdo sistema$ se9am eles peritos ou leigos&!O>E<=O FA/ 171>7O?;A)7A/ & FO/ 0A,@>O?O/

O uso eciente dos recursos bibliogr2cos de qualquer acer"o dependeessencialmente da organi%aç#o de seu material Armati"a que secompro"a desde que o homem começa a registrar o

conhecimento por ele elaborado$ preocupando*se simultaneamente comseu controle

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Os primeiros cat2logos e bibliograas s#o puramente listas in"entariaise n#o instrumentos bibliogr2cos Nas bibliograas$ a ênfase é dada aosautores e n#o aos li"ros$ s#o biobibliograasV nos cat2logos$ Ynicos tiposde listas bibliogr2cas$ a caracteri%aç#o d2*se pela técnica poucoelaborada$ falta de arran9o e transcriç#o sucinta e pouco precisa dos

títulos 3Melo$ HKJHV 5into$ HKJ4 5ara melhor identicaç#o das obras$ quecrescem quantitati"amente com a in"enç#o da imprensa$ os títuloscomeçam a ser utili%ados e os acer"os das bibliotecas e li"rarias passam aexigir uma organi%aç#o mais criteriosaBibliograa

O sentido da pala"ra UbibliograaU tem por nalidade a transcriç#o dostítulos dos li"ros$ segundo a signicaç#o etimológica dos termos gregosbiblion  li"ros cgraphein  descre"er

As bibliograas$ até o século ]!m$ s#o compilaç+es elaboradas poreruditos$ historiadores e mesmo amadores$ sem recorrer a métodos ouregras rmados em reconhecidos processos técnicos A criaç#o do queho9e chamamos bibliograa d2*se em ra%#o do aumento na produç#o deli"ros e a conseq(ente necessidade de organi%aç#o desse material paraposterior recuperaç#o

Em marco na história da bibliograa ocorre na 1iblioteca deAlexandria$ fundada por 5tolomeu 7$ especicamente na organi%aç#o docat2logo sob a direç#o do poeta e bibliotec2rio grego 0alímaco$ cerca deLIS*I a0 A necessidade de ordenar as referências bibliogr2cas deproduç#o cientíca indi"idual se fe% sentir no século 77$ quando ?aleno$médico grego$ relaciona trabalhos de sua própria autoria para que estesn#o se9am confundidos com os de outros autores 30aldeira$ HKJ4

&m um plano mais amplo$ outro acontecimento consider2"el dahistória da bibliograa ocorre em HSS$ poucas décadas após a in"enç#oda imprensa ,rata*se do repertório +ibliotheca uni%ersalis, do bibliólosuíço 0onrad ?esner$ que intenta arrolar todas as obras publicadas emlatim$ grego e hebraico Além dos títulosdos trabalhos$ ?esner complementa a lista com anotaç+es$ a"aliaç+es ecoment2rios sobre a nature%a e o "alor de cada um dos documentos30ampello # Magalh#es$ HKK4

Apesar de ser considerada uma bibliograa que abrange todas as 2reasdo conhecimento$ conhecida como geral$ +ibliotheca uni%ersalis n#ochega a ser uni"ersal$ uma "e% que abarca uma quinta parte da produç#o

bibliogr2ca européia0om o mesmo ob9eti"o$ o de reunir toda a produç#o bibliogr2ca

editada no mundo$ em HJKS$ na cidade de 1ruxelas$ 5aul Otlet e Benri dela )ontaine criam o epertoire bibliographiue uni%ersel, queconsegue reunir aproximadamente on%e milh+es de chas$ representandoas bibliotecas da &uropa e dos &stados Enidos Além dos dadosbibliogr2cos dos textos indexados$ a obra inclui a locali%aç#o física decada um deles As diculdades nanceiras e a %isão utópica dessetrabalho constituem entra"es para o 7nstituto 7nternacional de 1ibliograa$respons2"el pela publicaç#o do material$ prosseguir com as ati"idades$

que se encerram por ocasi#o da 5rimeira ?uerra Mundial 35into$ HKJV0ampello Z Magalh#es$ HKK4

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Ainda com relaç#o ao epertoire bibliographiue uni%ersel, seusautores fa%em referência aos

A"anços na teleleitura 3leitura G dist8ncia4 e na teleinscriç#o 3escrita Gdist8ncia4$ destacando a ausência de um complexo de m2quinas * umcérebro mec8nico e coleti"o * associados para reali%ar$ entre outras$ as

seguintes operaç+es6 classicaç#o e recuperaç#o autom2tica dosdocumentosV manipulaç#o mec8nica de todos os dados registrados paraobter no"as combinaç+es de fatos$ no"as relaç+es de idéias 35ereira$HKKS$ p HI4

Ao considerarmos essas pala"ras$ "emos o imagin2rio de 5aul Otlet eBenri de la )ontaine pro9etado ho9e na realidade "irtual$ potencialmentereal$ exibida atra"és das redes de computadores mundialmenteconectadas

No"as tentati"as de produç#o de bibliograas uni"ersais "eri* cam*senos séculos subseq(entes$ mas a geraç#o de bibliograas$ geral eespecíca$ em diferentes 2reas do conhecimento humano$ algumas delaspropulsoras de no"as tecnologias$ d2*se nos séculos ]7] e ]] No XuadroL$ apresentamos as primeiras bibliograas internacionaisXuadro L * 5rimeiras bibliograas internacionais7nício ,ítulo 5roduto Obser"aç#o

HJHI %i&lio'ra"hie

de (a )rance1ibliograa decar2ter geral

publicadaaté ho9e como mesmotítulo

HJ

LI

Pharmaceuti

sches Central-%latt "araChemisches

 *entral&latt 

1ibliograa

que controla aliteraturaperiódica dequímica

ho9e com

seissubdi"is+es

HJK

(ndex+edicus

1ibliograaque controla aliteraturaperiódica demedicina

publicadaaté ho9e como mesmotítulo

HJJ

En'inneerin'(ndex 

1ibliograaque controla aliteraturaperiódica deengenharia

ho9e comtrêssubdi"is+es

HJKSHKI

,evie o. AmericanChemical,esearch

 "araChemical

 A&stracts

1ibliograaque controla aliteraturaperiódica dequímica

ho9e comde%esseissubdi"is+es

HKI ,eadersGuide to 1ibliograaque controla a ho9e comtrês

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Periodical/iterature

literaturaperiódica deliteratura nos&EA

subdi"is+es

HK

LLCummulative%oo0 (ndex 

0ontrola osli"ros dalíngua inglesa

publicada

até ho9e como mesmotítulo

HKSI %ri tish Nati

onal%i&lio'ra"h1 

1ibliograa decar2ter geral

publicadaaté ho9e como mesmotítulo

HKTH

cienceCitation(ndex 

índices decitaç+es

k publicadaaté ho9e como mesmo

títuloHKT

7/1N37nternational/tandard1ooCNumber4 *sistema denumeraç#ocapa% deindi"iduali%arqualquer

título de li"ro

0ódigo comno"e dígitosmais umdígito decontrole$apro"ado pela7/O HIJ deHK

no 1rasil$ osistema foiimplantadoem HKJ porrepresentantes do /N&>$7170,$ 71?&$A1N, A partirde HKJ$ aA1N, apro"a

a N1; HISHque xacondiç+espara aatribuiç#o do7/1N

HKI

7//N37nternational/tandard/erialNumber4 *sistema denumeraç#ocapa% deindi"iduali%arqualquertítulo deperiódico

0ódigo comsete dígitosacrescido deum dígito decontrole$apro"adopela 7/O LKde HKJT

a N1;HISS xa ascondiç+espara denir epromo"er ouso do 7//Nno 1rasil

)onte6 0ar"alho Z 0aldeira 3HKJ4V 5into 3HKJ4V 1iblioteca daEN&/5 *Marilia

O desen"ol"imento industrial no nal do século ]7] e as grandes

guerras do século ]] proporcionam um aumento de conhecimentotecnológico O acYmulo de publicaç+es nessa 2rea le"a as indYstrias e os

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institutos de pesquisas a criarem ser"iços de informaç#o para usoexclusi"o de seus membros &strategicamente$ naquele momento$ n#o"isam disseminar a informaç#o para o desen"ol"imento cientíco etecnológico em geral$ mas acabam impulsionando a difus#o dabibliograa$ como mostram as impress+es das publicaç+es a seguir6

7nício 5roduto Obser"aç#o

HKI Atomindex0ontrola a literatura sobreenergia at.mica

HKIAir 5ollutionAbstracts

0ontrola a literatura sobremeio ambiente

HKS Agrindex0ontrola a literatura sobreagricultura

)ica para nós e"idente$ após essas colocaç+es$ que bibliograa existe apartir da necessidade que o homem tem de organi%ar o conhecimentogerado por ele$ para melhor utili%2*lo /ua origem remonta ou mesmo

antecede os tabletes de terracota da 1iblioteca de Assurbanipal e aospergaminhos da 1iblioteca de Alexandria 5orém$ é no século ]7]$ emHJJS$ que bibliograa recebe sua primeira deniç#o ocial$ por Faniel?rand$ na /rande encclopédie, como sendo a Uciência do li"ro sob oponto de "ista de sua descriç#o e de sua classicaç#oU 3)igueiredo Z0unha$ HKT$ pHT4

&m HKL$ o 0entre de /Dnthse Bistorique$ em 5aris$ destaca oselementos do trabalho bibliogr2co que consiste em pesquisar$ descre"ere classicar documentos$ determinando que bibliograa Udestina*se$ no"asto domínio do li"ro$ G pesquisa$ G descriç#o e G classicaç#o de títulos$"isando G utili%aç#o pr2tica$ cientíca ou comercialU 3ibidem4

Na obra (ours de bibliographie, >ouise*Noelle Malcls 3HKS$ pT4resume os conceitos que lhe foram atribuídos até ent#o e dene61ibliograa é o conhecimento de todos os textos impressos oumultigrafados )undamenta*se na pesquisa$ na transcriç#o$ na des*criç#o e no arran9o desses textos$ "isando organi%ar ser"iços ou elaborarrepertórios destinados a facilitar o trabalho intelectual

A funç#o da bibliograa$ para )igueiredo Z 0unha 3 HKT$ p HK4$consiste em fornecer dados relati"os G produç#o bibliogr2ca de umdeterminado país ou de um con9unto de países$ e informar sobre aati"idade intelectual internacional ou nacional$ em cada um dos ramos do

conhecimento humano s#o obras de pesquisa ou de consulta$ e n#o deleitura ou estudo$ que$ indicando o que 92 foi reali%ado$ ou est2 emreali%aç#o nos domínios do saber$ "isam a facilitar o trabalho cientíco$técnico ou cultural

;econhecida$ desde logo$ como um meio indispens2"el para a pesquisae para o desen"ol"imento cientíco e tecnológico$ a bibliograa ainda éob9eto de preocupaç#o para estudiosos que procuram aprimorar técnicase métodos para melhor controlar e di"ulgar o material bibliogr2coexistente!atálogos

O cat2logo de bibliotecas$ nas pala"ras de /hera Z &gan 3HKTK$ p HH4$

Ucomeçou como simples in"ent2rio$ ou relaç#o do conteYdo dedeterminada coleç#o 5odia ser arran9ado alfabeticamente por autor$

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título$ ou assunto$ segundo as disciplinas gerais$ ou simplesmenteconforme a posiç#o dos li"ros na estanteU

As antigas listas de li"reiros le"am o processo bibliogr2co um passoadiante$ prosseguem /hera Z &gan 3pH4$ao indicar as obras disponí"eis$ assentando$ destarte$ os alicerces para

nosso moderno sistema de bibliograas especiali%adas 5ode remontar*seainda aos li"reiros o início de certas funç+es descriti"as da catalogaç#otais como tamanho$ nYmero de p2ginas$ tipos e estado da encadernaç#o$preço e até alguma descriç#o do conteYdo

As funç+es b2sicas atribuídas ao cat2logo$ em "2rias épocas$ podemdi"idir*se em duas categorias principais6 as relacionadas com o in"ent2rio$que determinam r2pida e precisamente a exis*tência de um documento$ e as que se prendem G recuperaç#o$ peloacesso por assunto

As primeiras preocupaç+es com a padroni%aç#o da descriç#obibliogr2ca podem ser detectadas no trabalho de AndreP Maunsell que$em HSKS$ publica o (atalogue of"nglish 0rinted +oos. &sse trabalhoapresenta alguma sistemati%aç#o$ na qual os registros de entrada s#orecuperados pelo sobrenome do autor$ título eRou assunto$ no caso deobras an.nimas$ e pelo autor e tradutor$ quando a publicaç#o é tradu%ida35into$ HKJ4

Nesse mesmo século ]!7$ proliferam os cat2logos com nalidadecomercial e originam*se as chamadas feiras de li"ros$ tornando*seconhecidas as de >eipi%ig e )ranCfurt$ sendo essa Yltima até ho9ereconhecida internacionalmente No século seguinte$ os cat2logos dasgrandes bibliotecas apresentam*se impressos$ com uma certa

sistemati%aç#o$ "isando facilitar seu manuseio e ainda um certo padr#ona descriç#o das obras&m HKH$ a )rança edita o código nacional de catalogaç#o$ que origina

o primeiro cat2logo em chas com entradas por autor$ regras paralocali%aç#o das obras e ainda estabelecimento de referências Aquele queé considerado o primeiro dos modernos códigos de catalogaç#o surge noano de HJLK$ de AnthonD 5ani%%i$ intitulado +ritish 2useum3 41 regras.

 ,ais regras pro"ocam um mo"imento conhecido por +atalha das regras,do qual participam n#o só bibliotec2rios$ mas também usu2rios do Museue até membros da 08mara dos 0omuns 31arbosa$ HKJ4

&ntre as principais características do +ritish museum3 41 regras, 

destacam*se a "alori%aç#o da p2gina de rosto$ a introduç#o do conceitode autoria coleti"a e o cabeçalho de entrada de autor$ conforme designa ap2gina de rosto$ acatando a "ontade do autor

Assiste*se a um desen"ol"imento da sistemati%aç#o da pr2ticacatalogr2ca$ no nal do século ]7] e início do ]]$ começando com5ani%%i e passando por 0utter$ o primeiro teórico da catalogaç#o$ quebusca sair de uma simples pr2tica para uma metodologia mais cientíca

A import8ncia da estrutura dos cat2logos de bibliotecas é realmentedenida por 0harles Ami 0utter em ules for a Dictionar (atalog, publicada no ano de HJT Nessa obra$ 0utter enfati%a seus ob9eti"os e

funç+es$ armando6

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o cat2logo de"e ser instrumento que permita6 a4 encontrar um li"ro doqual se conheça o autor$ o título ou o assuntoV b4 mostrar o que existenuma coleç#o de um determinado autor$ ou sobre uma determinadaediç#o de sua obra 3apud 1arbosa$ HKJ$ pL*4

No sentido com o qual foi editada$ ules for a Dictionar (atalog, 

 9untamente com A> ules for 5iling (atalog (ards, s#o consideradasainda as obras mais importantes 0erca de cem anos depois da impress#ode ules fora Dictionar (atalog, é publicada$ como resultado da0onferência 7nternacional sobre 5rincípios de 0atalogaç#o$ em 5aris$ emHKTH$ uma Declaração de princ6pios, na qual as funç+es e a estruturados cat2logos$ com pequenas diferenças$ s#o as mesmas expostas por0utter

A mudança perceptí"el na ati"idade catalogr2ca do século ]] é$ narealidade$ o requinteV toma*se altamente sosticada$ e a catalogaç#odescriti"a começa a demandar decis+es complexas$ acarretando umatraso consider2"el no processamento técnico das obras

&m HKSL$ /eDmour >ubet%CD cria o (ataloging ules and 0rincipies3a (ritiue of787 ules for"ntr and a 0roposed Design for theire%ision, que defende o estabelecimento de regras baseadas emprincípios e n#o em casos Analisa e critica muitas das regras relati"as Gentrada de cabeçalhos$ constantes do código da American >ibraiDAssociation 3A>A4$ indagando sobre a necessidade e o "alor de cada uma

&ntendemos que >ubet%CD pro"a a fragilidade do código da A>A pelainconsistência$ repetiç#o e arbitrariedade de suas normas$ decorrentes$em grande parte$ da ausência de um plano e da organi%aç#o sistem2ticadestas &sse pesquisador tem por ob9eti"o construir um código baseado

mais em condiç+es de autoria do que em tipo de trabalho$ o que resultaem uma reduç#o dr2stica do nYmero de regras e$ conseq(entemente$ emsua uniformi%aç#o A partir da obra de >ubet%CD$ nota*se umapreocupaç#o com a racionali%aç#o das ati"idades relati"as G catalogaç#o$baseada em regras$ que ele chama de condiç+es

&m HKTH$ institui*se a cooperaç#o internacional automati%ada$ tanto nocampo da catalogaç#o quanto no campo da bibliograa 0ada ramicaç#oimportante do sistema bibliotec2rio opta pela automaç#o$ porém de mododiferente A 2rea da saYde decide pelacriaç#o de um programa de recuperaç#o dos dados bibliogr2cosatuali%ados pelo 2edlars 3Medicai >iterature AnalDsis and ;etrie"al4$ ao

passo que a >ibrarD of 0ongress desen"ol"e um sistema de comunicaç#ocomputadori%ada de informaç+es bibliogr2cas de monograas em inglêspor intermédio do MA;0 3catalogaç#o para leitura G m2quina4

O formato MA;0$ da >ibrarD of 0ongress$ que começa efeti"amente emHKTT$ é considerado pela 7nternational /tandard Organi%ation 37/O4 oprimeiro pro9eto de automaç#o com in_uência internacional e estabelecenormas de descriç#o bibliogr2ca em forma mecanicamente legí"el$ emuma linguagem*padr#o 5or ter sido considerada uma linguagem*padr#opara interc8mbio de informaç+es bibliogr2cas$ o MA;0 passa a interessaroutros países que$ com as alteraç+es de"idas a cada um deles$ adotam*no

na compilaç#o de suas bibliograas nacionais e ser"iços centrali%ados nacatalogaç#o

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No 1rasil$ em HK$ o ent#o 7nstituto 1rasileiro de 1ibliograa eFocumentaç#o 3711F4 começa a usar essa catalogaç#o legí"el porcomputador$ pelo chamado 5ro9eto 0A>0O 35ro9eto de 0atalogaç#o0ooperati"a Automati%ado4$ que se baseia no formato MA;0 e contemplaas necessidades brasileiras

O pro9eto MA;0 impulsiona a catalogaç#o a a9ustar*se G mecani%aç#o am de possibilitar que um li"ro se9a catalogado uma Ynica "e% em seupaís de origem$ proporcionando$ entre outras facilidades$ uma r2pidatroca de informaç+es

O precursor dessa catalogaç#o Ynica é 0harles ePett O pro9eto por eleconstruído$ em HJS$ mostra*se tecnicamente inexe* q(í"el$ mas comconcepç#o b2sica correta6 tornar acessí"eis os registros disponí"eis nocat2logo do 7nstituto /mithsoniano a todas as bibliotecas que neles têminteresse e$ ainda$ criar um centro nacional de bibliograa em parceriacom respeit2"eis bibliotecas americanas Fesse modo$ n#o h2 duplicidadede trabalho$ o que permite maior agilidade do processo técnico dosdocumentos UA catalogaç#o seria feita somente uma "e% e das chapasassim produ%idas poderia ser elaborado um cat2logo nacional A ironia éque$ embora a idéia fosse boa$ a tecnologia para confecç#o e estoque daschapas era t#o elementarU 3BicCeD$ HK$ pSTJ4

O a"anço tecnológico que "iabili%a o plano de ePet d2*se no século]]$ circunst8ncia adequada para a >ibrarD of 0ongress aperfeiçoar osistema por ele proposto$ antes mesmo que um cat2logo nacionalpudesse tomar*se realidade A catalogaç#o de qualquer obra na fonte$uma Ynica "e%$ em seu país de origem$ passa a ser requisito obrigatóriodo 0ontrole 1ibliogr2co Eni"ersal

 ,oda essa seq(ência de fatos contribui para a organi%aç#o da ;euni#o7nternacional de &specialistas em 0atalogaç#o 3;7&04$ em HKTK$ em0openhague A ;7&0 tem como ob9eti"o conseguir uma padroni%aç#ointernacional da catalogaç#o descriti"a$ considerada imprescindí"el aobom desempenho da catalogaç#o compartilhada e necess2ria Gdisseminaç#o da informaç#o 3Maia$ HKS4

Nesse sentido$ a >ibrarD of 0ongress trabalha em duas frentes6aprimorar o mecanismo de processamento r2pido dos materiaisbibliogr2cos em "2rias línguas e agili%ar a distribuiç#o de chascatalogr2cas de modo ecienteV e também participar ati"amente doprocesso de re"is#o do código de catalogaç#o As duas primeiras ediç+es

do 0ódigo de 0atalogaç#o Anglo*Americano 3AA0;4 ocorrem no períodode HKT e HKJ A segunda ediç#o torna*se conhecida como AA0;* etrata de uma abordagem integrada na catalogaç#o de di"ersos materiaisbibliogr2cos A traduç#o para o português acontece entre os anos deHKJL e HKJS

Ainda em HKJ$ o atual 7nstituto 1rasileiro de 7nformaç#o em 0iência e ,ecnologia 37170,4$ antes 711F$ lança o (at9logo coleti%o nacional de publicaç:es periódicas 300N4$ resultado da cooperaç#o deaproximadamente mil bibliotecas brasileiras$ que exibe o estado decoleç+es periódicas existentes nas bibliotecas e instituiç+es de pesquisas

do 1rasil 0oncomitantemente$ o 7170, cria o /er"iço de 0omutaç#o1ibliogr2ca para oferecer cópia de artigo de periódico constante do 00N

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aos interessados &sse cat2logo é distribuído em microcha até HKKI$depois em 0F*;OM 3disco compacto somente para leitura4 e ho9edisponí"el também "ia 7nternet

Fiante da e"oluç#o das bibliograas e dos cat2logos$ e"idenciamosque6

a pesquisa$ além dos limites do cat2logo de uma biblioteca$ reclama acooperaç#o entre bibliotecas em 8mbito nacional einternacionalV a necessidade de bibliograas$ principalmente dasespeciali%adasV e a indicaç#o das bibliotecas que agregam os documentospertinentes G in"estigaç#o e ao modo eca% de obtê*losV nas diferentes iniciati"as de ambos$ sal"o exceç+es$ n#o s#o

de"idamente "alori%adas as condiç+es exigidas para seu plenofuncionamento$ ou se9a$ malogram padr#o$ norma$ cooperaç#onacional e internacional e falham também as aç+es plane9adas earticuladas que de"em en"ol"er especialistas e usu2rios do sistemaBo9e$ por entendermos imperati"as as forças que nos impelem rumo G

padroni%aç#o internacional$ G cooperaç#o recíproca entre países e Gsredes de informaç#o automati%adas$ consideramos que cada cat2logo ecada bibliograa locais disp+em de potencial para contribuir com aimplantaç#o do /istema de 01$ tanto em 8mbito nacional quantouni"ersal0ON,;O>& 171>7O?;@)70O EN7!&;/A>

A express#o 0ontrole 1ibliogr2co é recente$ data de HKK$ porém suapr2tica remonta G Antig(idade Até ?uttenberg in"entar a imprensa$período de produç#o restrita de li"ros$ 0ontrole 1ibliogr2co é "isto comouma ati"idade possí"el de ser praticada$ uma "e% que as bibliotecas

guardam em seus acer"os coleç+es quase completas As bibliotecas s#oas primeiras instituiç+es respons2"eis pelo 01$ e os cat2logos ebibliograas nelas existentes os primeiros instrumentos para "iabili%2*lo

O 0ontrole 1ibliogr2co Eni"ersal 301E4$ ideali%ado pela )>A e adotadopela Enesco$ de"e ser entendido como um programa com ob9eti"os delongo alcance e cu9as ati"idades le"am G formaç#o de uma rede uni"ersalde controle e interc8mbio de informaç+es bibliogr2cas$ de modo a tornarprontamente disponí"eis$ com rapide% e de forma uni"ersalmentecompatí"el$ os dados bibliogr2cos b2sicos de todas as publicaç+eseditadas em todos os países 3Anderson$ HK$ HKJV Melo$ HKJHV 0aldeira$HKJV 0am* pello Z Magalh#es$ HKK4

Ainda ho9e$ a )>A lidera o 01E e fa% uso da 0atalogaç#o de >eituraMec8nica$ possí"el pela cooperaç#o do 5ro9eto MA;0$ que exige a adoç#ode princípios internacionalmente aceitos$ com esforços direcionados Gcoordenaç#o de sistemas e normas para o desen"ol"imento do 01nacional

Em marco respeit2"el na história do 01 é$ inquestiona"elmente$ ain"enç#o da imprensa e$ como conseq(ência$ o desen"ol"imento maisacelerado da pesquisa O registro do conhecimento dissemina*se apenasna forma de li"ro até HTTS$ mas o crescimento da ciência experimentalexige a criaç#o de um no"o tipo de suporte bibliogr2co$ o periódico

cientíco <ournal des =ça%ans é citado como o primeiro material dogênero 30ampello Z Magalh#es$ HKK4

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Fe meados do século ]!77 até os dias de ho9e$ a literatura periódicaaumenta ininterruptamente O sinali%ador dessa realidade s#o os dadospublicados no >lrich?s @nternational 0eriodicals Director, que$ emsua ediç#o de III$ com cinco "olumes$ relaciona perto de HSJ mil títulosde periódicos regulares e irregulares$ além de HI mil títulos que 92 ti"eram

cessadas suas publicaç+esA complexidade do ambiente informacional n#o se limita$ porém$ ao

"olume de publicaç+es$ mas também G "ariedade de tipos de publicaç+esEm nYmero consider2"el deles ocupa ho9e esse uni"erso da informaç#o$

 9untamente com o li"ro e o periódico6 documentos ociais$ anais dee"entos$ dissertaç+es e teses$ relatórios técnicos e cientícos$ entreoutros$ e as conhecidas publicaç+es eletr.nicas$ nas quais a informaç#o sedes"incula de seu suporte físico tradicional

A di"ersidade de registro bibliogr2co$ ho9e existente$ torna o 01 umsistema cada "e% mais complexo$ exigindo responsabilidade tanto dosetor pri"ado quanto do setor pYblico$ com a nalidade de buscar no"assoluç+es que o "iabili%em

A partir do século ]7]$ o 01 foi sendo estabelecido e sistemati%ado$ demodo a possibilitar uma an2lise sob diferentes abordagens6 a dosprossionais bibliotec2rios e documentalistas$ que contribuem para odesen"ol"imento e o aperfeiçoamento de técnicas que agili%am arecuperaç#o da informaç#oV a in_uência de instituiç+es internacionaiscomo >ibrarD of 0ongress$ Enesco$ )>A$ noregistro e controle das publicaç+es$ principalmente no estabelecimento denormas e padr+esV a organi%aç#o de e"entos que possibilitam o encontrode especialistas e$ como conseq(ência$ a interaç#o de idéias e

experiênciasV e da editoraç#o$ que publica códigos$ em "2rios idiomas$com o intuito de padroni%ar pr2ticas de 01O assunto também desperta o interesse do go"erno federal$ e o

tratamento da informaç#o assume um car2ter político$ como instrumentode desen"ol"imento e fonte de poder A informaç#o$ "ista desse modo$pode tanto ser distorcida quanto suprimida$ como 92 "imos no primeirocapítulo deste li"ro &m qualquer das situaç+es$ acarreta limitaç#o dasalternati"as de escolha no 8mbito da sociedade ci"il e do cidad#o$ emparticular

0om relaç#o a esse respeito$ 0aldeira 3HKJ4 relata uma se* q(ência defatos que culmina com a institucionali%aç#o do 016 reali%am*se e"entos

internacionais e criam*se grupos de trabalho para estudar os princípios dacatalogaç#o 3HKS4V sente*se a necessidade de cooperaç#o internacionalno campo de atuaç#o da bibliograa e da catalogaç#o 3HKTH4V procura*seestabelecer normas internacionais de descriç#o bibliogr2ca 3HKTK4V o0ontrole 1ibliogr2co Eni"ersal 301E4 é tema principal de importantesreuni+es 3HKL4V incenti"a*se cada país a coordenar seus próprios ser"içosda informaç#o$ tendo em "ista um sistema mundial 3HK4 &sse con9untode ati"idades garante a execuç#o do sistema de 01$ em 8mbito uni"ersal

As diretri%es que de"em ser"ir de guia para os países enga9ados naobtenç#o de um efeti"o 01 e$ ainda$ as estruturas de sustentaç#o do 01E$

com base no 01 de cada naç#o$ s#o apro"adas em HK$ quando da

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reali%aç#o do 0ongresso 7nternacional sobre 1ibliograas Nacionais$ nacidade de 5aris

Outro e"ento$ o /emin2rio sobre 01E no ;io de aneiro$ em HK$coordenado pela )>A$ assinala o grau de complexidade que emana daorgani%aç#o de um sistema de 01 e ressalta a import8ncia da cooperaç#o

entre bibliotecas$ da criaç#o de uma Agência 1ibliogr2ca Nacional 3A1N4e da 7ndYstria e do 0omércio >i"reiros$ para se obter sucesso no 0ontrole1ibliogr2co Nacional$ que de"e preceder qualquer tentati"a em 8mbitomundial

&m cada país$ a A1N de"e ligar*se$ preferencialmente$ ao /istemaNacional de 1ibliotecas$ com a nalidade de fa%er transitaras recomendaç+es traçadas pelos órg#os coordenadores do programa de01E /ugere a Enesco que a A1N funcione como um órg#o setorial da1iblioteca Nacional$ em ra%#o da semelhança de ati"idades das duasinstituiç+es

O que mais importa$ porém$ é que G A1N se9a atribuída$ por lei$ aresponsabilidade de coordenar os mecanismos que facilitem os processosde captaç#o e registro bibliogr2co deniti"o dos documentos$ comob9eti"o de tornar acessí"el o conhecimento produ%ido no país e decumprir determinaç+es relati"as ao depósito legal ,ais incumbênciasefeti"am*se$ primordialmente$ com a de"ida aplicaç#o dos códigos enormas bibliogr2cas$ aceitos internacionalmente como o 0ódigo de0atalogaç#o Anglo*Americano 3AA0;4$ da Fescriç#o 1ibliogr2ca7nternacional Normali%ada 37/1F4$ do NYmero 7nternacional Normali%adopara 5ublicaç+es /eriadas 37//N4 e do NYmero 7nternacional Normali%adopara >i"ros 37/1N4

A reali%aç#o desses encargos "ai se concreti%ar caso a A1N$ além deser criada por dispositi"o legal$ assegure que seus ob9eti"os e funç+esse9am xados$ bem como alocados os recursos humanos$ materiais enanceiros necess2rios G produç#o de uma bibliograa nacional$ resultadoconcreto desse trabalho

&m relaç#o ao compromisso da 7ndYstria e do 0omércio >i"reiros para ocumprimento do 01 no 1rasil$ h2 legislaç#o que o prescre"e O dispositi"olegal brasileiro referente ao depósito legal data de HJ e obriga cadaeditora instalada em território nacional a remeter um exemplar de cadadocumento por ela impresso G 1iblioteca Nacional e ainda pune aquelaque desobedecer a ele

Fas muitas ino"aç+es implantadas nos Yltimos trinta anos ao sistemade 01$ s#o quatro as de maior e mais duradouro signicado$ conformeaponta MarCuson 3HKT$ pH4$ com quem concordamos6

a4 o conceito de 01 como uma responsabilidade federalVb4 a associaç#o bibliogr2ca entre os setores pYblico e

pri"ado com ns lucrati"osVc4 a aplicaç#o de computadores ao 01V ed4 desen"ol"imento das redes bibliotec2rias0om o ad"ento dos computadores ou$ mais especicamente$ com seu

uso em larga escala$ a partir de HKI$ os princípios que regem o 01

passam por uma no"a re"is#o Os métodos tradicionais de controle da

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literatura mostram*se inecientes e antiecon.micos$ e a adoç#o dosprocessos automati%ados toma*se imperati"a

Fiante do que "imos$ podemos inferir que$ fatalmente$ o êxito do 01Edepende do empenho de cada país cooperante no sentido de que ha9a umplane9amento nacional$ integrado em 8mbito internacional$ com nalidade

de constituir um sistema global de"idamente gerenciado&m seu artigo U>e controle bibliographique uni"ersel6 é"alua* tion et

perspecti"esU$ /u%anne Bonoré 3HKL4 arma queesforços de"em ser con9ugados para a criaç#o de um sistemainternacional de permuta da informaç#o$ pelo qual a descriç#obibliogr2ca normali%ada de cada publicaç#o de"er2 ser estabelecida emseu país de origem e distribuída por uma agência nacional Os meios dedistribuiç#o de"em ser chas ou registros legí"eis por m2quinas Aeciência do sistema depender2 da m2xima normali%aç#o da forma e doconteYdo da descriç#o bibliogr2ca

&sse pensamento é con"ergente com as pala"ras de Anderson 3HK$pll4$ ao armar que para o estabelecimento do 01E é necess2rioo imediato registro bibliogr2co de cada obra logo após a sua publicaç#o$em seu país de origem$ de acordo com normas internacionais$ aplic2"eis asistemas manuais ou mecani%ados$ e imediatamente disponí"eis numaforma intemacionalmente aceita

&m discurso proferido$ >iebaers 3HKL$ p HL4 mostra que ofuncionamento do sistema de 01E exige suportes imprescindí"eis$ como6 H

H4 plane9amento a curto e longo pra%o$ baseado em inquéritos elaboradoscom ob9eti"idade e conseq(ente seleç#o e an2lise de dadosV 4 pro9etosde cooperaç#o bibliotec2ria "isando$ particularmente$ G integraç#o de

unidades ou ser"iços dispersos e desarticuladosV L4 unicaç#o deprocessos técnicosV 4 le"antamento dos recursos repi(gr2cos eaudio"isuais disponí"eisV S4 acessibilidade ao material bibliogr2co$ o queimplica a eliminaç#o das barreiras que entra"ama ampla circulaç#o do li"roV T4 existência ou organi%aç#o de bibliograasnacionais$ regionais locais e especiali%adas$ cu9a periodicidade se9aregularV 4 organi%aç#o e atuali%aç#o de cat2logos coleti"os de li"ros$publicaç+es periódicas$ de assuntos e de materiais ou UmeiosU n#oimpressosV J4 catalogaç#o*na*fonte *cataloging-in-publication); K4automaç#o dos ser"iços bibliotec2riosV HI4 apoio por parte dos órg#osociais

A Enesco$ organismo internacional com incumbência de facilitar oacesso de todos G literatura e G arte$ percebendo a import8ncia dainformaç#o cientíca como elemento propulsor do desen"ol"imentoecon.mico$ fe% reali%ar em HKH uma reuni#o da qual participaramrepresentantes de oitenta países$ entre eles o 1rasil$ com o intuito deestudar e apro"ar a "iabilidade da formaç#o de um sistema mundial deinformaç#o cientíca e tecnológica

Felibera*se a partir desse e"ento$ em HK$ a criaç#o do Enisist3/istema 7nternacional de 7nformaç#o 0ientíca4$ um programaintergo"ernamental da Enesco$ para coordenar ati"idades relacionadas ao

interc8mbio de informaç+es que "isam ao desen"ol"imento da ciência eda tecnologia A otimi%aç#o dos meios de comunicaç#o entre sistemas e

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de transmiss#o da informaç#o$ a formaç#o de especialistas da informaç#oe ainda a elaboraç#o de políticas para o estabelecimento de redes deinformaç#o s#o alguns dos ob9eti"os preconi%ados pelo Enisist 3'alPasser$HKH4

A esse respeito$ é de consider2"el "alor a contribuiç#o da )ederaç#o

7nternacional de 7nformaç#o e Focumentaç#o 3)7F4 que se empenha naformaç#o de sistemas de informaç#o 9unto Gs Organi%aç+es 7nternacionaisn#o ?o"ernamentais 3ON?s4

 ,endo como escopo a geraç#o de sistemas$ n#o apenas em ciência etecnologia$ mas também em ciências humanas$ em HK o programa deassistência da Enesco ratica a idéia do Natis 3/istemas Nacionais de7nformaç#o4 &m 8mbito nacional$ esse programa "isa atender umacategoria mais ampla de usu2rios e igualmente oferecer meios para odesen"ol"imento de um sistema de biblioteca$ arqui"o e documentaç#oao país que por ele ti"er interesse

O mo"imento coeso para a implantaç#o do Natis no 1rasil$ pelasindicaç+es noticiadas na seq(ência$ re"ela a certe%a da proximidade deobtenç#o de um 01 efeti"o6

a4 o 711F$ unidade subordinada ao 0onselho Nacional para oFesen"ol"imento em 0iência e ,ecnologia 30N5q4$ atuar2 como órg#onormati"o para a implementaç#o do Natis no 1rasil$ dentro dos programasbibliogr2cos internacionaisV

b4 as entidades brasileiras cooperar#o no estabelecimento de um01 nacional$ de acordo com as diretri%es do 01E$ programa 7)>AREnescoV

c4 a 1iblioteca Nacional atuar2 como órg#o respons2"el pelodepósito legal de toda produç#o bibliogr2ca brasileira e di"ulgar2 a

bibliograa brasileira corrente dentro das diretri%es estabelecidas pelo01EVd4 ha"er2 adoç#o de formato Ynico para o processamento de

dados bibliogr2cos referentes G produç#o nacional 3Melo$ HKJH4&m HKT$ no 1rasil$ materiali%a*se a idéia de um sistema nacional de

informaç#o$ com a fundaç#o do 7170, 3substituto do 711F4$ órg#o do 0N5q$cu9a responsabilidade é a de coordenar o /istema Nacional de 7nformaç#o0ientíca e ,ecnológica

No ano seguinte$ HK$ a Enesco certica*se da coincidência deob9eti"os entre os programas Enisist e Natis e condu% a criaç#o de umno"o órg#o$ o 5rograma ?eral de 7nformaç#o 35?74$ que reYne os ob9eti"os

de ambas as instituiç+es6 fa"orecer a cooperaç#o entre os &stadosmembros do programa$ assegurar a continuidade e o desen"ol"imentodas aç+es empreendidas pelo Enisist$ fomentar o conceito de planicaç#oglobal dos sistemas nacionais de informaç#o * Natis$ incrementar acontribuiç#o das bibliotecas quanto ao desen"ol"imento da educaç#o$ciência e cultura$ e aplicar técnicas modernas de registro$ tratamento erecuperaç#o da informaç#o

A partir dessa exposiç#o$ entendemos que o emprego apropriado detodas as recomendaç+es de 01 nos países cooperantes do 01E garante$certamente$ o acesso mais r2pido G informaç#o e oferece condiç#o de

segurança G preser"aç#o do patrim.nio intelectual de cada naç#o&ntretanto$ o arrefecimento do entusiasmo de alguns$ produ%ido por

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obst2culos de nature%a técnica e por diculdades con9unturais$ aliado Gfalta de uma política que dena o papel dos organismos participantes$cooperam para que ha9a um processo de desaceleraç#o do 01E O0ontrole 1ibliogr2co 1rasi*leiro$ parte do sistema 01E$ continua a merecer cuidados especiais com

enfoque G problem2tica do depósito legal$ Gs instituiç+es pYblicas epri"adas en"ol"idas no processo$ e G bibliograa nacional0ON,;O>& 171>7O?;@)70O 1;A/7>&7;O

A publicaç#o do material bibliogr2co denominado bibliograa nacionalé a modalidade mais difundida do 01 em qualquer país cooperante do01E Nesse documento de"e ser registrado todo conhecimento humanogerado e editado por uma naç#o$ o qual ser2 incorporado ao acer"o da1iblioteca Nacional$ como garantia da conser"aç#o daquele patrim.niobibliogr2co$ com base na legislaç#o do depósito legal

Na perspecti"a da Enesco$ a manutenç#o desses dois instrumentos$1iblioteca Nacional e 1ibliograa Nacional$ é que estabelece a base para o01 em cada país que$ por sua "e%$ constitui a estrutura de sustentaç#o do01E

No 1rasil$ a 1iblioteca Nacional tem origem com a ;eal 1iblioteca daA9uda$ pertencente G corte portuguesa e tra%ida para nosso território porocasi#o da "inda de Fom o#o !7 e da família real$ em HJHI &xistem$porém$ 1ibliotecas Nacionais cu9a fundaç#o remonta ao século ]!$ como ada )rança

/urpreendentemente$ o papel e as funç+es da 1iblioteca Nacionalapenas no ano de HKSS passam por esquadrinhamento e an2lise comênfase em seus recursos e n#o em suas ati"idades &m trabalho

apresentado no /impósio sobre 1ibliotecas Nacionais$ em !iena$ em HKSJ$)ranC )rancis 3HKTI$ pH4 dene a 1iblioteca Nacional Ucomo a que tem ode"er de colecionar e preser"ar$ para a posteridade$ os trabalhos dosescritores do respecti"o paísU ,odas as demais atribuiç+es destinadas G1iblioteca Nacional em todo lugar emergem dessa base proposta por)ranC )rancis$ assegura Anderson 3HK4

!eremos$ na seq(ência$ o tratamento que recebe no 1rasil a publicaç#oda bibliograa nacional$ imprescindí"el para o bom andamento de um 01$bem como a legislaç#o brasileira que a torna "i2"el$ aquela referente aodepósito legal)e+-sito Legal

Fepósito >egal 3F>4 pode ser entendido como uma exigência$ por forçade lei$ da remessa G 1iblioteca Nacional de um exemplar de todas aspublicaç+es produ%idas em território nacional$ por qualquer meio ouprocesso 3Anderson$ HKV 0ampello Z Magalh#es$ HKK4

O ob9eti"o principal do F> é assegurar a coleta$ a guarda e a difus#o daproduç#o intelectual brasileira$ tendo em "ista a preser"aç#o e aformaç#o da 0oleç#o Memória Nacional 0omplementando$ 0aldeira3HKJ4 e 0ampello Z Magalh#es 3HKK4 assinalam que o ob9eti"o prim2riodo F> é elaborar a bibliograa nacional e formar o con9unto de obras querepresenta a herança cultural de uma naç#o e que$ em geral$ é abrigado

na 1iblioteca Nacional

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5ara efeito de F>$ considera*se publicaç#o n#o só a obra impressa empapel$ mas também as registradas em qualquer suporte físico$ resultantede processo de produç#o destinada G "enda ou G distribuiç#o gratuita Osprincipais tipos s#o6 monograas 3li"ros$ folhetos n#o destinados G propaganda$ publicaç+es

ociais$ atas$ relatórios técnicos4V periódicos 39ornais$ re"istas e boletins com circulaç#o nacional$ regional

ou institucional$ incluindo os editados por qualquer tipo de órg#o$grupo$ associaç#o política$ empresarial$ sindical$ religiosa$ ideológica4V

publicaç+es em fascículosV tas cassete$ >5s$ tas de "ídeo$ lmes$ 0Fs$ contendo som eR ou

imagemV folhetos$ li"retos e partituras musicaisV fotos$ estampas$ desenhos$ medalhasV mapas$ plantas$ carta%es

B2 certos tipos de obras que o F> n#o recebe 5or exemplo6 material de propaganda$ incluindo folhetos de ofertas de bens mó"eis

e imó"eis$ folders de candidatos políticos$ con"ites para "isita atemplos$ brindes 3como agendas e marcadores de li"ros4V

recortes de 9ornais$ G exceç#o de publicaç+es do tipo clipping; publicaç+es fotocopiadasV obras n#o editadas$ como originais de li"ros$ que de"em ser en"iados

ao &scritório de Fireitos AutoraisV teses uni"ersit2rias n#o editadas$ sendo de competência das

uni"ersidades de origem sua guarda e tratamentoA preocupaç#o com o F> no 1rasil data da época do 7mpério e o

primeiro dispositi"o legal sancionado é o Fecreto >egislati"o nLL$ de Lde 9ulho de HJ$ que Uobriga os impressores a remetter na 0.rte 21ibliotheca 5ublica Nacional$ e nas 5ro"íncias 2 1ibliotheca da 0apital$hum exemplar de todos os impressos que sahirem das respecti"as

 ,DpographiasU *(ollecção..., HJ4:O Fecreto n HJL$ apro"ado em T de no"embro de HJSL$ estabelece

as instruç+es a serem obser"adas na execuç#o do Fecreto nLL &m seuartigo primeiro$ recomenda que Utodos os impressos que sahirem das

 ,Dpographias do Município da 0.rte ser#o remettidos 2 1ibliotheca 5ublicaNacional no dia de sua publicaç#o e distribuiç#oU O segundo artigo xaque$ Un#o se "ericando a remessa no dia designado$ o 1ibliothecario a

exigir2 do impressor$ o qual ser2 obrigado a fa%e*la dentro de "inte equatro horas$ sob as penas do artigo HJ do 0ódigo 0riminalU Ao ndaresse pra%o$ o artigo sexto estabelece que Uo 1ibliothecario dar2immediatamente parte ao 5romotor 5ublico da desobediencia ocorrida$ am de tomar*se eecti"a a puniç#o alli declarada pelos meios marcadosna >eiU !(ollecção..., HJSL4

O aperfeiçoamento da determinaç#o dos decretos LL e HJL culminano Fecreto n HJS$ de I de de%embro de HKI *(ollecção..., HKIJ4$que amplia a obrigatoriedade do F> aos administradores de ocinas$tipograas$ litograa$ fotograa ou gra"ura situados no Fistrito )ederal e

nos &stados &sse mesmo decreto$ em seu artigo quinto$ preconi%a que Ua

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1ibliotheca Nacional publicar2 regularmente um boletim bibliographicoque ter2 por m principal registrar as acquisiç+es eectuadas em "irtude H

H A 1iblioteca da EN&/5*Marília possui em seu acer"o a coleç#o completadas leis do 7mpério e da ;epYblica do 1rasil 3/eç#o de Obras ;aras4

57

desta >eiU 7nstruç+es apro"adas nos anos de HK e HKLI complementamaquelas 92 existentes

 ,entati"as "êm sendo empreendidas para a reformulaç#o do Fecreto nHJS$ por meio de pro9etos de lei exibidos no 0ongresso Nacional Aprimeira delas$ o 5ro9eto nSSK declara explicitamente o ob9eti"o do F>$conforme recomendaç#o da Enesco$ mas é deniti"amente arqui"ado emHKJK$ após tramitar pelos órg#os competentes Outro exemplo é o 5ro9etode >ei nLJIL$ encaminhado em HL de de%embro de HKJJ ao 0ongressoNacional$ mas que se encontra ainda em tramitaç#o A Yltima aç#oen"ol"endo esse documento d2*se em J de setembro de HKKK

Os dois Yltimos pro9etos empregam meios para moderni%ar a legislaç#o"igente no que tange Gs sanç+es$ G terminologia dos no"os processosgr2cos e G extens#o do F> também para a 1iblioteca da 08mara dosFeputados$ e indicam que h2 preocupaç#o por parte dos dirigentes da 1Nem transformar o F> em instrumento efeti"o de preser"aç#o e di"ulgaç#oda cultura em nosso país

Ema an2lise da legislaç#o brasileira relati"a ao F> permite* nos armarque$ teoricamente$ essa é a soluç#o para contornar os obst2culosconcernentes ao controle$ G elaboraç#o e G di"ulgaç#o do materialbibliogr2co produ%ido no 1rasil ,oda"ia$ a realidade mostra*nos que n#obasta o estabelecimento de uma legislaç#o que regule o F>$ pois este$

mesmo prescrito por lei$ n#o se tem efeti"ado &sse desconhecimento ouo n#o*cumprimento da lei coopera para tornar ainda mais complexos osproblemas referentes ao 0ontrole 1ibliogr2co 1rasileiroBibliograa nacional

1ibliograa nacional de"e ser entendida como um repertório querelaciona material bibliogr2co de todos os assuntos$ publicado dentro doterritório de determinado país A publicaç#o periódica desse suporte deinformaç#o possibilita a acumulaç#o dos registros bibliogr2cos quecertamente re_ete a cultura e a e"oluç#o da naç#o ao longo do tempo etem utilidade e "alor histórico$ podendo re"elar tendências$ progressos einteresses do país

As bases do conceito moderno de bibliograa nacional foramestabelecidas no 0ongresso 7nternacional sobre 1ibliograas Nacionais$em HK$ que te"e como ob9eti"os6 estabelecer padr#o mínimo para a cobertura$ o conteYdo e a forma da

bibliograa nacional com o m de interc8mbio dos registrosV obter consenso quanto G apresentaç#o$ ao arran9o e G periodicidade da

bibliograa nacionalV estudar a possibilidade de compartilhar recursos que auxiliem os

países a alcançar o 01$ se9a utili%ando métodos manuais$ se9autili%ando métodos computadori%ados

&m HJJT$ nasce a primeira bibliograa nacional brasileira6 +oletimdas acuisiç:es mais importantes feitas pela +ibliotheca

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&acional, apresentando as seç+es de imprensa$ manuscrito$ estampa enumism2tica Fois anos depois de iniciado$ após a ediç#o do terceiro"olume$ o referido boletim deixa de ser publicado

0om o compromisso de cumprir o que preconi%a o artigo quinto doFecreto n HJS$ de I de de%embro de HKI$ o +oletim +ibliogr9Aco, 

da 1iblioteca Nacional$ passa ent#o a ser editado regularmente$ até queproblemas administrati"os imp+em a interrupç#o da publicaç#o por trintaanos$ nos períodos de HK* HKLI$HKL*HKL$ HKLK*HK$HKT*HKSI e deHKTJ*HK$ acarretando perdas consider2"eis G bibliograa nacional$ que

 9amais poder#o ser recuperadas&mbora beneciada pela legislaç#o do depósito legal$ a 1iblioteca

Nacional n#o consegue manter a produç#o regular e atuali%ada do+oletim +ibliogr9Aco. O 7nstituto Nacional do >i"ro 37N74$ que nasce emHKL$ apro"eitando*se dessa omiss#o da 1iblioteca Nacional$ nos anos desuspens#o do referido boletim$ lança*se no campo da bibliograa com aimpress#o da obra +ibliograAa brasileira, com arran9o de cat2logo*dicion2rio O 7N> publica apenas on%e "olumes da +ibliograAabrasileira, no período correspondente aos anos de HKLJ*HKSS

&m HKST$ o 7N> passa a editar a e%ista do 8i%ro que$ desde seuprimeiro "olume$ di"ulga uma bibliograa brasileira corrente &m HKTJ$ omesmo instituto publica o primeiro fascículo da +iblio-graAa brasileira mensal, que apresenta as referências bibliogr2casobedecendo a uma ordem sistem2tica$ índices onom2sticos ebiblionímicos e ainda uma lista de periódicos e de editoras

No campo da iniciati"a pri"ada$ enquanto a 1iblioteca Nacional maisuma "e% se descuida da publicaç#o do +oletim +ibliogr9Aco, o

bibliógrafo Antonio /im+es dos ;eis tem a pretens#o de$ so%inho$referenciar toda a produç#o bibliogr2ca do país Nos anos de HK*HKL$publica de%esseis "olumes de sua obra +ibliograAa nacional, comarran9o alfabético por matérias e índices tem2tico e onom2stico$ que "ema fracassar depois disso &m uma época em que a explos#o bibliogr2ca éum con"ite ao trabalho de equipe$ o aludido prossional tentasolitariamente$ e de modo artesanal$ conser"ar a tradiç#o de bibliógrafosantigos$ relata )onseca 3HK4

Outro in"estimento particular$ que apresenta uma ino"aç#o$ é o+oletim +ibliogr9Aco +rasileiro, que este"e sob responsabilidade doescritor osé 0ru% Medeiros 5ublicado em do%e nYmeros$ abrangendo os

anos de HKS*HKT$ contém nos primeiros apenas referênciasbibliogr2cas e$ depois de HKSJ$ resenha da bibliograa brasileira$ com asreferências organi%adas em arran9o sistem2tico 3)onseca$ HK4

No tocante G literatura cientíca e tecnológica$ seu controle é aindamais complexo no 1rasil Mesmo contando com as bibliograas editadaspelo 7170,$ e com a atuaç#o de outras consider2"eis instituiç+es$ h2determinadas fontes bibliogr2cas$ como teses e dissertaç+es$ relatórios$traduç+es$ que têm tiragens limitadas e distribuiç#o mal articulada &ssesempecilhos$ além de outros$ afetam a organi%aç#o e a publicaç#o dasbibliograas e igualmente a sua atuali%aç#o

5ara melhor concebermos o panorama da bibliograa nacional$optamos por arrolar as mais signicati"as no Xuadro

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0om base nos dados explicitados nesse item e mais bem "isuali%adosno Xuadro $ cam e"identes6 a duplicidade desnecess2ria de trabalho em determinados períodos de

duas respeit2"eis instituiç+es brasileiras$ a 1iblioteca Nacional e o7nstituto Nacional do >i"roV

a periodicidade irregular das obrasV a interrupç#o e o atraso das publicaç+esXuadro * Algumas organi%aç+es brasileiras e suas contribuiç+esbibliogr2cas

7nstituiç#o 5roduto5eríodo depublicaç#o

1ibliotecaNacional 31N4

%oletim dasac2uisiç3esmaisim"ortantes.eitas "ela%i&liotecaNacional

HJJT*HJJJ

%oletim%i&lio'r45co

HKHJ*HKJinterrompido por LIanos

7nstituto Nacionaldo >i"ro 37N>4

Documentos6istóricos HKJ%i&lio'ra5a%rasileira

Corrente

HKLJ*HKSS

%i&lio'ra5a%rasileira+ensal

HKTJ*HK

7nstituto1rasileiro de1ibliograa eFocumentaç#o3711F4

,evista do /ivro HKST*HKI,elatório HKS*HKS%i&lio'ra5a%rasileira deDocumentação

"H*S$HKHH*HKJI

7nstituto1rasileiro de7nformaç#o em0iência e

 ,ecnologia 37170,4

Cat4lo'oColetivoNacional CCN

HKJ*até

ho9e%i&lio'ra5a%rasileira deCiência da(n.ormação

HKJI

7nstituto Nacionalde &studos5edagógicos37N&54 7nstituto1rasileiro de

?eograa e&statística 371?&4

%i&lio'ra5a%rasileira deEducação

HKSL*atého9e

 Anu4rioEstat#stico do

%rasil

HKIJ*atého9e

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1ibliotecaMunicipal M2riode Andrade

%oletim%i&lio'r45co

HKL*HKS

EN&/5RE/5REnicamp Uni&i&li

HKKL*atého9e

0entro >atino*Americano e do0aribe de7nformaç#o em0iências da/aYde 31ireme4

/ilacs HKJH*atého9e

)undaç#o ?etYlio!argas 3)?!4

%i&lio'ra5aEcon7mico-social

HKSI*HKS

%i&liodataHK*até

ho9e)onte6 0ar"alho Z 0aldeira 3HKJ4V 5into 3HKJ4V base de dados 00N*71H0,

 ,ais falhas acarretam descontinuidade dos registros bibliogr2cos$ semaparente possibilidade de correç#o$ e denotam a debilidade dos planosnacionais e ainda a desatenç#o$ principalmente de nossos go"ernantes

5or ser a rapide% na obtenç#o da informaç#o o ponto crucial do0ontrole 1ibliogr2co$ a inclus#o dos elementos bibliogr2cos nasbibliograas nacionais carece de uma cobertura mais exausti"a$ criteriosae precisa$ além de uma periodicidade bastante denida

5udemos e"idenciar$ neste capítulo$ que as forças que nos impelem

rumo G padroni%aç#o internacionalmente aceita parecem inexor2"eis Ofato de o 01E ser tema principal dos mais importantes e"entos da 2rea$em todo o mundo$ parece oferecer sustento a essa armaç#o Odesen"ol"imento das bibliograas e dos cat2logos$ a catalogaç#o de cadaitem uma Ynica "e%$ conhecida como catalogaç#o na fonte$ a prescriç#opor lei do depósito legal e o estabelecimento de um con9unto de normastécnicas para garantir a "iabili%aç#o do sistema de 01E s#o algumas dascontribuiç+es que$ como acabamos de analisar$ fundamentam aimperiosidade da padroni%aç#o

A 9unç#o desses elementos forma uma totalidade com contornos bemdenidos A esse con9unto é dado o nome de sistema e$ nesse casoespecíco$ /istema de 0ontrole 1ibliogr2co 0ontrole 1ibliogr2co e oemprego de no"as tecnologias e o 0ontrole 1ibliogr2co como sistema derecuperaç#o da informaç#o s#o os temas a serem analisados no próximocapítuloL 0ON,;O>& 171>7O?;@)70O 0OMO /7/,&MAUXue coisa é o li"roW Xue contém sua fr2gil arquitetura aparenteW/#o pala"ras$ apenas$ ou é a sua exposiç#o de uma obra condenteW Feque lenho brotouW Xue nobre instinto de prensa fe% surgir esta obra dearte que "i"e 9unto a nós$ sente o que sinto e "2 clareando o mundo emtoda parteWU

3Frummond de Andrade$ HKL$ pSJT4)A BUS!A MA"UAL AO SIS$MA ) !O"$ROL BIBUO.R/%I!O

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A literatura mostra*nos que$ até o nal dos anos TI$ o nYmero deartigos referente a códigos e regulamentos de 01 é a"assalador$ emcontraste com o nYmero de artigos que tratam da utili%aç#o do sistema edos critérios de custo Na década seguinte$ constata*se que$ embora ha9atrabalhos que tratem das diretri%es de um 01$ um nYmero signicati"o de

textos indica uma preocupaç#o com o uso do sistema$ com areorgani%aç#o do _uxo de todas as ati"idades que o en"ol"em e com ocusto de sua produç#o 3MarCuson$ HKT4

Nos decênios de HKJI e HKKI$ é menos expressi"a a quantidade dedocumentos concernentes ao 01 em qualquer de seus aspectos Ema2temati"a possí"el para essa reduç#o relaciona*se ao aumentoconsider2"el de bases de dados especiali%adas &m todo le"antamentobibliogr2co por nós efetuado para escre"er este li"ro$ apenas umtexto relaciona controle bibliogr2co com cibernética ,rata*se do artigoU,he cibemetics of bibliographic control6 toPard a theorD of documentretrie"al /DstemsU$ de Bans B [ellisch$ tradu%ido para o português$ emHKJ$ por ,arcísio ^andonade$ obra que tem ser"ido de ancoradouro parao desen"ol"imento deste trabalho

A essência do trabalho de [ellisch 3HKJI4 encontra*se na aplicaç#o dasleis fundamentais da cibernética aos sistemas de controle bibliogr2co Oautor demonstra que as potencialidades da automaç#o tornam "i2"el o 01descriti"o$ ao passo que o 01 da recuperaç#o tem2tica permanecelimitado em ra%#o da dispers#o da "ariedade sem8ntica e do car2tersub9eti"o da rele"8ncia

A ;e"oluç#o 7ndustrial e o de_agrar da 5rimeira ?uerra Mundial s#orespons2"eis por um aumento consider2"el de conhecimento tecnológico$

fatos que le"am 5aul Otlet 3HKL$ pSH4 a pre"er$ durante o 0ongressoMundial de Focumentaç#o Eni"ersal$ em 5aris$ Ua utili%aç#o dedispositi"os mec8nicos que forneceriam informaç+es a partir de umregistro centrali%ado a leitores dos postos mais longínquosU$ ante"endo ouso das telecomunicaç+es na documentaç#o

Na mesma perspecti"a de 5aul Otlet$ !anne"ar 1ush 3HKS4$ baseadona estrutura con"encional de uma biblioteca$ ideali%a o /istema Memex3precursor dos sistemas hipertextos4$ que é$ segundo ele$ um dispositi"ono qual um indi"íduo arma%enaria todos os seus li"ros$ registros ecomunicaç+es$ e seria mecani%ado de tal forma que pudesse serconsultado com alta _exibilidade e "elocidade$ um suplemento ampliado e

próximo da própria memória do indi"íduoO pro9eto referente ao /istema Memex é apresentado com detalhes$

porém a tecnologia disponí"el na época n#o permitia sua implementaç#oA an2lise que ?on%2le% de ?ome% 3HKKS4 e !idotti Z /antos 3HKKS4 fa%emda exposiç#o de 1ush mostra que ele se "olta Gs no"as tecnologias$ aindapotenciais$ capa%es de duplicar articialmente os processos associati"osdo su9eito conhecedor$ transformando essa massa disforme e opaca deregistros em unidades discretas e signicati"as de informaç#o

A idéia matri% dessas primeiras m2quinas computadoras é anterior aotrabalho de 1ush$ assegura [iener 3HKKL4V remonta ao início do século

]7]$ com 1abbage O modo de esse pesquisador "er a m2quinacomputadora é surpreendentemente moderno$ mas

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Ambos$ modo prim2rio de busca e modelo de controle$ destinam*se aprodu%ir aspectos de uma mesma realidade - uma "antagem para arecuperaç#o da informaç#o por meio do sistema que$ além de n#odelimitar o nYmero de documentos a ser inserido no programa$ adapta*sea uma "ariedade de circunst8ncias e constitui método mais cientíco de

buscaNo caso do 01$ que é o tema de nosso estudo$ uma das soluç+es

possí"eis encontra*se em produ%ir modelos substitutos para osdocumentos a serem inseridos no sistema$ ou se9a$ criar um sistema quefuncione independentemente da presença física do material bibliogr2coO documento real torna*se necess2rio enquanto é feita a coleta dos dadospara o registro e$ em seguida$ é transferido para o acer"o$ do qual poder2ser recuperado 0ontudo$ o acesso físico da obra n#o é assunto para estaobra e$ além disso$ pode constituir um outro sistema$ t#o complexoquanto o sistema de 01

7nspecionar documentos um a um mostra*se um modo demasiadolento de conseguir a informaç#o dese9ada$ mesmo em um redu%idonYmero de obras 0omo ser2$ ent#o$ recuperar informaç#o ho9e$ quando"i"enciamos uma "erdadeira explos#o document2riaW

&studos reali%ados por 0aldeira 3HKJ4 atestam que$ até o início dadécada de HKJI$ de% milh+es de trabalhos cientícos ha"iam sidopublicados no mundo e que o acréscimo estimado a partir dessa data é deseiscentos mil títulos a cada ano Antes donal do milênio$ o Elrich:s registra HSJ mil títulos de periódicos 3a primeirapublicaç#o periódica é de HTTS4 &m uma perspecti"a similar$ Anderla3HKK4 mostra que$ entre HTTI e HKTI$ todos os índices de "olume da

ciência multiplicam*se por um fator de cerca de um milh#o e que aliteratura cientíca como um todo cresce ao ano$ isto é$ dobra de"olume a cada quin%e anos

O cérebro do homem n#o suporta o peso desse conhecimentoacumulado e registrado em diferentes suportes No entanto$ os cérebrosautomati%ados poder#o organi%ar esse montante e torn2* lo "i2"el aocérebro humano Nesse sentido$ entende ;uDer 3HKK$ p4 que6

O equilíbrio se restabelece se$ 9unto Gs m2quinas de potência$ n#o carmais o cérebro humano nu e sim o cérebro e mais as m2quinas deinformaç#o$ capa%es de desempenhar o papel daquilo que$ no sistemaner"oso$ exerce funç+es reguladoras autom2ticas A relaç#o6

cérebro humano nupeso do organismo peso das m2quinas de potência n#o é melhor

para o homem que para os répteis microcéfalosMas a relaç#o6

cérebro humano nu m2quinas autom2ticas de informaç#o m2quinas depotênciatende a restabelecer$ e em plano superior$ a boa situaç#o de que parte ohomem$ que ainda n#o se tomou um U"ertebrado*mecani%adoU

0om base nesses dados$ de que modo um pesquisador pode tomarconhecimento de textos rele"antes em sua 2rea de atuaç#oW

Ema das soluç+es$ a que nos parece mais "i2"el$ encontra*se notratamento da informaç#o em 8mbito particular e geral$ tornando*a

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disponí"el por meio do /istema de 0ontrole 1ibliogr2co ou /istema de;ecuperaç#o da 7nformaç#o$ que obedece Gs leis fundamentais dacibernética$ a da regulaç#o e a do controle7M5A0,O FA/ NO!A/ ,&0NO>O?7A/

B2 milhares de anos$ o homem cria a linguagem escrita e promo"e

uma "erdadeira guerra no processo de comunicaç#o Outragrande re"oluç#o nessa 2rea acontece com a in"enç#o da imprensa Aproduç#o em série$ ou editoraç#o$ materiali%a a multiplicaç#o do saber$concreti%ando a escrita como meio potencial de comunicaç#o de massa A;e"oluç#o 7ndustrial$ certamente$ xa um no"o marco no processo decomunicaç#o

No"as tecnologias de comunicaç#o surgem$ ao mesmo tempo que asexistentes se aperfeiçoam A aceleraç#o que a cibernética imprime aoprocesso de comunicaç#o estimula ainda mais a formulaç#o de uma no"aperspecti"a re"olucion2ria

Fe acordo com /oares 3III4$ é possí"el di"idir em três etapas ae"oluç#o da tecnologia6* fase pré*industrial$ caracteri%ada pelo aparecimento de m2quinas

rudimentares muito espaçadasV* re"oluç#o industrial$ dominada pela mecani%aç#o de todos os setores

da produç#o$ grandes in"enç+es e desen"ol"imento técnico aceleradoV* re"oluç#o pós*industrial$ marcada pela generali%aç#o da automaç#o e

pela instauraç#o da inteligência articial no domínio da organi%aç#osocialA primeira dessas etapas gasta milh+es de anos para produ%ir

mecanismos primiti"os$ em nYmero redu%idoV na segunda$ o incremento

cientíco e a eciência técnica aceleram a mecani%aç#o e$ em um século$produ%*se mais conhecimento do que em toda a história anterior dahumanidade Na Yltima fase$ aprofunda*se o desen"ol"imento datecnologia e criam*se m2quinas que$ na ;e"oluç#o 7ndustrial$ n#o foramsequer imaginadas

/eguindo [iener 3HKTH4$ h2 três espécies de m2quinas As m2quinassimples do século ]!777$ sem gerar trabalho$ modicam a relaç#oforçaRdeslocamento Far corda em um relógio$ por exemplo$ transformaem mo"imento a energia de uma mola As m2quinas motri%es de grandepotência do século ]7]$ como a m2quina a "apor$ trabalham com umafonte de energia externa$ o car"#o$ a gasolina A energia utili%ada passa

de estados menos pro"2"eis 3temperatura superior ao meio4 para osestados mais pro"2"eis 3temperatura idêntica ao meio4$ o que determinao princípio de 0arnot6 calor somente gera trabalho quando h2 uma quedabrusca de temperatura

As m2quinas de informaç#o$ a terceira espécie de m2quinas$ ainda queescapem ao princípio de 0arnot$ n#o podem fugir ao princípio daconser"aç#oV n#o podem criar gratuitamente informaç#o$ do mesmomodo que as m2quinas motri%es n#o podem criar gratuitamente trabalho

 ,eoricamente$ elas podem conser"ar ou redu%ir a informaç#o quetransmitem Em automó"el$ mesmo dotado da mais moderna tecnologia$

n#o funciona sem algum tipo de combustí"el O /istema de 0ontrole1ibliogr2co também n#o funciona sem o documento que o alimenta

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A descoberta da degradaç#o da energia le"a os pesquisadores aconsiderarem quest+es referentes G origem da energia Fe modo an2logo$a concepç#o da m2quina autom2tica exige da ciência uma explicaç#ocientíca acerca da informaç#o A m2quina de informaç#o$ assegura;uDer 3HKK$ pLH4$ Uusa a informaç#o como alimento do mesmo modo

que as m2quinas térmicas usam o car"#o$ mas$ diferentemente destas$ela n#o desgasta necessariamente a informaç#oU

5odemos calcular o grau de automaç#o de um processo mensurando aparticipaç#o do homem em seu funcionamento Xuanto menor é aatuaç#o do homem$ maior é a automaç#o do sistema Ema ilustraç#oa9uda*nos a "isuali%ar esse procedimento O pax2 senta*se em almofadasde cetim$ enquanto escra"as o abanam com penas de a"estru% Os diaspassam$ as penas têm um alto custo e$ para refrescar$ adquire*se um"entilador que resol"e$ Gs "e%es - preferí"el um condicionador de ar$ queé control2"el O condicionador autom2tico$ depois de programado$ p2rade trabalhar por si só quando a temperatura atinge o ní"el requerido e"olta G ati"idade quando a temperatura ultrapassa limites indese92"eis &$portanto$ uma m2quina munida de realimentaç#o 3tema que ser2abordado no 0apítulo S4

No /istema de 0ontrole 1ibliogr2co ocorre situaç#o semelhante Oaumento na produç#o de li"ros e a conseq(ente necessidade deorgani%aç#o desse material exigem um aprimoramento nas condiç+es desua recuperaç#o &m uma primeira etapa$ o prossional encarregado pelatarefa de retirar das obras os dados exigidos pelo controle elabora umacha matri% e$ a partir dela$ desdobra quantas chas se fa%emnecess2rias$ utili%ando a m2quina de escre"er Na fase subseq(ente$ o

trabalho manual centra*se na confecç#o da chamatri%$ enquanto uma m2quina pre"iamente programada incumbe* se dodesdobramento 0om o ad"ento do computador$ o homem insere oselementos necess2rios para o controle bibliogr2co da obra diretamentena m2quina que executa os demais procedimentos

B2 uma lógica nessas ilustraç+es 3abanoR"entiladorRcondicio* nadorVm2quina de escre"erRm2quina de desdobrarRcomputador4 &ssa lógicare"ela*nos esses dispositi"os como artefatos equi"alentes$ pro9etados coma mesma nalidadeV re"ela*nos ainda um índice crescente de automaç#oe$ conseq(entemente$ uma reduç#o da responsabilidade do homem porseu funcionamento

0om relaç#o ao grau de automaç#o dos sistemas$ 1ennaton 3HKJT4mostra*nos que h2 pelo menos três est2gios No primeiro deles$ aquelecorrespondente aos abanos e G confecç#o manual$ n#o só da cha matri%$mas também das desdobradas$ o ser humano en"ol"e*se com a m2quina$tanto com sua capacidade de discernimento quanto com sua força físicaNa fase seguinte$ a dos "entiladores e a da execuç#o manual apenas dacha matri%$ o homem abdica de atuar como elemento motri%$ mas retémpara si o exercício integral do controle da m2quina Na etapa doscondicionadores e dos computadores$ acentua*se a des"inculaç#ohumana e cede*se Gs m2quinas a funç#o de administrar seu próprio

comportamento

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A automaç#o dos ser"iços liberta o cérebro do homem$ assim como asm2quinas de grande potência libertam seus mYsculos A memória dam2quina até ultrapassa a memória do homem$ quando é possí"el tradu%irem nYmero um problema ou algoritmi%2*lo &ntretanto$ nossa memórian#o é simplesmente um arqui"o de informaç+es linearmente ordenadas A

memória humana arma%ena dados com critério$ as idéias ocorrem porassociaç+es e os registros s#o corrigidos constantemente

A dependência do homem em relaç#o Gs no"as tecnologias$ registraF:A%e"edo 3HK4$ parece indicar uma perda constante e acentuada daliberdade por parte do indi"íduo na sociedade atual 5reocupado com talestado de coisas$ [iener 3HKKL4 trata desse assunto de forma indireta$relacionando dois padr+es do comportamento comunicati"o6 a rigide% e aaprendi%agem 3com liberdade4 >embra esse autor que a liberdade n#o éalgo imposto ou doado ao homem$ resulta de seu próprio organismo queexige umcomportamento peculiar$ o comportamento li"re O organismo$ prossegue[iener 3ibidem$ pJ4$n#o é como a m.nada de relo9oaria de >eibnit%$ com a sua harmoniapreestabelecida com o uni"ersoV busca ele$ na realidade$ um no"oequilíbrio com o uni"erso e suas futuras contingências /eu presente édi"erso de seu passado e seu futuro difere do seu presente No organismo"i"o$ como no próprio uni"erso$ a repetiç#o exata é absolutamenteimpossí"el

A capacidade que tem o homem de selecionar e de escolher comliberdade é algo inerente G espécie humana A restriç#o imposta a esseexercício n#o é mais que acidente ou exceç#o G regra A cibernética$

conforme F:A%e"edo 3HK$ p4$ em nada obsta tais atitudes li"res$ Uaocontr2rio$ de certa forma$ dirige certos tipos de ati"idades menoshumanas para 2reas como a automaç#o$ permitindo ao homem quededique maior parte do seu tempo a ati"idades mais adequadas ao seuorganismo criati"o e complexoU

Etili%ando*se da automaç#o$ o processo de difus#o do conhecimento eos processos de busca e recuperaç#o da informaç#o$ que operam porassociaç#o$ têm se alterado de modo signicati"o nas três Yltimasdécadas A aplicaç#o da inform2tica$ o crescimento ininterrupto daliteratura cientíca e a preocupaç#o em reuni*la$ atuali%2*la e torn2*lamais acessí"el a todos impulsionam o desen"ol"imento acelerado de

no"as tecnologiasEm dos primeiros textos que retratam o impacto das no"as tecnologias

de informaç#o no processo de comunicaç#o é aquele escrito por >ancasterem HK 5ara esse autor$ os computadores nas bibliotecas s#o aplicadospara automati%ar operaç+es internas e para permitir acesso Gs fontes deinformaç#o de documentos nelas inexistentes 0om base nessa utili%aç#o$>ancaster "isuali%a um campo de informaç#o no intangí"el formatoeletr.nico

- perceptí"el o no"o modo de apresentaç#o do controle da informaç#ocientíca e tecnológica$ utili%ando*se do potencial tecnológico &ntre

outros ganhos$ encontra*se a criaç#o das chamadas bases de dados &ssano"a disposiç#o di% respeito$ principalmente$ Gs formas de acesso Gs

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informaç+es bibliogr2cas ,ais formas permitem ao pesquisadoridenticar com rapide% a informaç#o que lhe é pertinente

As bases de dados ou arqui"os legí"eis por computador s#o fontes deinformaç#o organi%adas de modo a permitir a pesquisa em um modo

interati"o ou con"ersacional$ por meio de um terminal de computador oumesmo de um microcomputador 30unha$ HKJK$ pS4 As informaç+escontidas nas bases de dados classicam*se em6

a4 bibliogr2cas ou referenciais6 quando o documento originalé apenas referenciado$ condicionando o usu2rio a uma buscacomplementarV

b4 fatuais ou fonte6 quando a informaç#o é apresentada naíntegra$ com conteYdo numérico ou textual$ o que toma quaseimperceptí"el a distinç#o entre acessibilidade bibliogr2ca eacessibilidade física$ ho9e bastante morosa 30ianconi$ HKJ$ pS4

As bases de dados$ com seus complexos esquemas de representaç#o ede recuperaç#o de informaç#o$ constituem o simulacro da memóriacoleti"a cientíca da qual pesquisador algum pode prescindir para ordenare reconstruir seus conhecimentos ,êm como suporte uma tecnologia quepermite imitar uma atmosfera con"ersacional$ uma interaç#o em temporeal em uma linguagem que se aproxima da linguagem natural

Em cientista interroga um banco de dados G procura de informaç+esque façam com que ele possa reconstruir seu conhecimento eorientar o seu trabalho no sentido estabelecido pela comunidade cientícaou acadêmica em que ele est2 ou dese9a estar inserido &ste estado écaracteri%ado por um alto grau de indeniç#o em relaç#o ao assunto

sobre o qual o pesquisador procura informaç+es suas interrogaç+es sóconseguem se reali%ar durante o ato da busca 3/aD#o$ HKKT$ p LH4A interaç#o de quem busca informaç#o com os registros arma%enados

na base de dados é que estabelece o foco da quest#o & o ato derecuperar a informaç#o precisa$ registrada nos arqui"os legí"eis porcomputador$ articulado com os conhecimentos anteriormente adquiridosque propiciam o nascimento de conhecimentos mais nítidos$ queapressam e também e"olucionam a ciência

No início de HKI$ existiam menos de de% bases de dados disponí"eisatra"és dos mais signicati"os bancos de dados O le"antamentopublicado pelo FirectorD of Online Fatabases$ em

HKJ$ registra um nYmero aproximado de HSII bases de dados 1anco dedados ou sistema on-line de recuperaç#o da informaç#o$ segundo >opes3HKJS$ pSS4$ pode ser denido como aquele que permite interrogar$diretamente$ as bases de dados arma%enadas nas memórias doscomputadores

5ara colocar disponí"el em sistema on-line o conhecimento registrado$"alendo*se das bases de dados e$ conseq(entemente$ dos bancos dedados$ cada documento ter2 que receber um tratamento$ reali%ado porintermédio de esquemas simbólicos que descre"em a forma descriti"a efísica 3código de catalogaç#o4 e o conteYdo das obras 3an2lise

document2ria4

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Ema das etapas da an2lise document2ria$ e a mais importante paranosso trabalho$ é a terminologia B2 três conceitos de terminologiaapresentados por )elber 3HKJ4$ os quais se complementam$ em nossoentender6* 2rea de conhecimento que trata dos conceitos e suas

representaç+esV* con9unto de termos que representa o sistema de conceitos de um

campo especiali%adoV* publicaç#o na qual o sistema de conceitos de um campo especiali%ado

encontra*se representado por termosOs primeiros intentos de ordenaç#o sistem2tica da terminologia

acontecem quando a comunidade cientíca percebe a import8ncia dadi"ulgaç#o da literatura que$ além de crescer em "olume$ cresce emespecicidade

5reocupada com essa quest#o$ a Organi%aç#o 7nternacional deNormali%aç#o 37/O4 publica$ em HKTK$ a Norma n.l.BC-Eermino- logia -Focabul9rio *$ que$ em HKKI$ passa por uma re"is#o técnica0orroborando essa informaç#o$ /et%er 3HKKK4 obser"a6o que é arma%enado na m2quina n#o é a informaç#o$ apenas suarepresentaç#o em forma de dados$ a qual pode ser transformada pelam2quina$ mas n#o seu signicado$ uma "e% que este depende de quemest2 entrando em contato com a informaç#o ,al representaç#o torna*sepossí"el por meio das linguagens document2rias$ que s#o articiais$necessitam de regras explícitas para seu uso$ estabelecem uma relaç#ouní"oca e redutora entre o signicante e o signicado e cobrem conceitosde um domínio especíco do conhecimento humano

Fe acordo com /aD#o 3HKKT$ pLHT4$ linguagens document2rias Us#ometalinguagens deri"adas da linguagem natural$ com sem8ntica e sintaxeprópriasU A formaç#o da memória eletr.nica depende dessa estrutura derepresentaç#o simbólica 5odem tanto dar ênfase a fatos e descobertasquanto promo"er seu esquecimento$ ou ainda$ conforme AraY9o Z )reire3HKKT4$ mais esconder do que re"elar ao usu2rio a informaç#o de que elenecessita 0omo ilustraç#o G linguagem document2ria pontual$ umapesquisa em base de dados re"ela textos importantes sobre fecundidadede mulheres idosas que$ certamente$ n#o seriam descobertos caso aaplicaç#o da linguagem articial fosse inadequada

)ica e"idente a relaç#o que comporta uma Ynica forma de

interpretaç#o entre o termo e o conceito nas linguagens document2rias$no exemplo registrado por /aD#o 3HKKT4 ,rata*se de incorporar um artigoimportante sobre o uso do óleo de dendê e de 9o9oba produ%idos nointerior da 1ahia$ como combustí"el automoti"o em substituiç#o ao óleodiesel$ em uma base de dados internacional sobre fontes de energia Oindexador poder2 esbarrar na falta de termos adequados para arepresentaç#o correta desse lubricante$ o que poder2 resultar emdistorç#o na representaç#o e conseq(ente des"io na recuperaç#o dodocumento

Ema pesquisa sobre procedimentos de leitura document2ria de

indexadores$ na 2rea de ciências da saYde oral$ reali%ada por )u9ita3HKKK4$ aponta que as maiores diculdades encontradas por esses

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prossionais referem*se G identicaç#o de termos e a sua adequaç#o coma linguagem document2ria empregada pelo sistema A determinaç#o daspala"ras*cha"e depende também do domínio que tem o indexador 3queusualmente é um bibliotec2rio e n#o o especialista4 quando da exploraç#oda estrutura textual

5odemos acrescer a isso o compromisso ou n#o do indexador com osistema - "erídico que a consagrada obra a6'es do +rasil, de /érgio1uarque de Bolanda$ foi indexada em bot8nicaV que o li"ro Acinaliter9ria, de 7"o 1arbieri$ foi encontrado na prateleira reser"ada aomaterial da 2rea de mec8nica$ em uma conceituada li"raria Xual seria otratamento destinado ao artigo intitulado U5or que a hiena riU$ de Fi"a0arraro de Andrade$ que tem como tema central a quest#o do sal2rio e domercado de trabalho do bibliotec2rio$ caso o indexador n#o lesse o textoW

Os entra"es apresentados n#o representam empecilho para ocrescimento da indYstria on-line de informaç#o iniciada na década deHKI &studos reali%ados por Fe 5aula 3HKK4 mostram que$ em HKK$ dasquatrocentas bases de dados existentes$ HS possibilitam recuperaç#oem linhaV em HKKS$ essa porcentagem encontra* se no patamar dos KSA disponibilidade retrospecti"a das bases de dados situa*se na década deHKI$ com exceç+es para6 0F7 3teses4$ com registro de dados desde HJTHV&171 3energia4$ HJTTV e o 5hilosopher:s 7ndex$ HKI$ entre outras$ registra5into 3HKJ4

No 1rasil$ a 2rea da saYde é a que mais se distingue na produç#o debase de dados A 1ireme 30entro >atino*Americano e do 0aribe de7nformaç#o em 0iências da /aYde4$ instituiç#o "inculada G &scola 5aulistade Medicina$ é respons2"el pela preparaç#o da base de dados >ilacs

3>iteratura >atino*Americana em 0iências da /aYde4 ,rata*se de umabase de dados bem estruturada e com ní"el de padroni%aç#o aceito pelacomunidade cientíca internacional - um instrumento de pesquisa quereYne os testemunhos da ati"idade de pesquisa do 1rasil e dos demaispaíses da América >atina e do 0aribe$ de modo a reconstruir$ para quem oconsultar$ conhecimento$ fatos e dados pertinentes a nossa realidade

Outros segmentos de pesquisa em 8mbito nacional preocupam*se coma geraç#o de base de dados No entanto$ é saliente a quantidade desseinstrumento de pesquisa no contexto internacional - o que relatamos nosXuadros S e T$ respecti"amenteXuadro S * 5rincipais bancos de dados no 1rasil

1anco

NU debasesdedados Nature%a

AruandaR/erpro

HH0adastros industriais$marcas e patentes

1ireme HL @rea da saYde0enagri ! 0iências agrícolas

07NR0N&N J&nergia nuclear$ física$eletr.nica e energia

elétrica&mbrapa 5ublicaç+es produ%idas

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pela própria &mbrapa)?!

0at2logo coleti"o de li"rose dados económico*estatísticos

7170, 0iência da informaç#o$

cat2logo coleti"o deperiódicos$ teses

5rodasenH

0oncentraç#o nas 2reas dedireito e 9urisprudência

)onte6 0unha 3HKJK$ HKK4V 0ianconi 3HKJ4Xuadro T * 5rincipais bancos de dados no exterior

1anco

N debasesdedados Nature%a

Fialog7nformation/er"ice

LJI A maioria referenciais ebibliogr2cas$praticamente em todas as2reas

Orbit RXuestel

JI

A maioria referenciais ebibliogr2cas$praticamente em todas as2reas

/,NI

5rincipalmente numéricas$com ênfase na 2rea dequímica

1;//earch/er"ice

JIA maioria referenciais ebibliogr2cas$praticamente em todas as2reas

&cho0omunidade&uropéia

LI A maioria referenciais ebibliogr2cas$praticamente em todas as2reas$ com descritores emsete línguas

América

On*line

SI ogos$ correio eletr.nico$

teleconferência$ anYncios$nanças$ notici2rio$ ,!$teatro

0ompu/er"e

JI)inanças$ telecompras$

 9ogos$ ciências e medicina)onte6 0unha 3HKJK$ HKK4V 0ianconi 3HKJ4

O acesso a essas bases coloca o pesquisador diante de umaconsider2"el quantidade de documentos$ que$ conforme "imos no0apítulo H deste li"ro$ pode ou n#o gerar informaç#o

Nas mais signicati"as bases de dados internacionais$ arma /aD#o3HKKT4$ pre"alece essencialmente a ciência concebida no 5rimeiro Mundo$

em detrimento da literatura cientíca dos demais países$ que têm nelasrepresentadas apenas S de sua produç#o

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!em ao encontro do que declara /aD#o 3ibidem4 a experiência quepudemos angariar em nossa tra9etória prossional$ que re"ela aindignaç#o do usu2rio ao término de uma pesquisa bibliogr2ca em basesde dados especiali%adas internacionais$ nos assuntos concernentes ao1rasil A depender da especicidade do tema$ nenhuma referência pode

ser recuperada Assim$ para esse pesquisador$ interessado em matériasgenuinamente brasileiras$ resta a busca demorada$ que procede comlentid#o$ e$ excessi"amente trabalhosa$ a manual

&ssas conhecidas tecnologias da informaç#o$ que ho9e possibilitam ainterligaç#o eletr.nica dos acer"os de bibliotecas e deser"iços bibliogr2cos em rede mundial$ podem representar promissorasperspecti"as para o desen"ol"imento do /istema de 01E Ema redeuni"ersal de informaç#o com o potencial da 7nternet$ por exemplo$ temautoridade para imprimir um modo mais oportuno para o 01$ diferentedesse que "em sendo operacionali%ado Até o momento$ porém$ poucotem se concreti%ado Em dos entra"es$ abordado por ,rier 3HKK4$ comquem concordamos$ refere*se G ausência de padroni%aç#o dos códigospara arma%enamento$ recuperaç#o e transmiss#o dos documentoseletr.nicos

5udemos "er$ neste item$ que a disponibilidade de estruturas maiseca%es de dados permite uma "antagem estratégica para apro"eitarracionalmente o conhecimento registradoV que a informaç#o recuperadan#o deixa de ser uma técnica para facilitar o acesso a esse conhecimento$porém n#o de"e ser confundida com informaç#oV que o controlebibliogr2co$ que se encontra"a fadado ao descaso antes das ino"aç+estecnológicas$ a partir delas encontra*se ainda aquém do esperado

0ON,;O>& 171>7O?;@)70O & ,&O;7A FO/ /7/,&MA/A demarcaç#o moderna da noç#o de sistema é atribuída a !on1ertalanD 3HKTJ4 que$ na época do pós*guerra$ sistemati%a as no"asidéias cientícas que permeiam a ciência h2 meio século &sse autor cria a

 ,eoria ?eral dos /istemas$ uma abordagem sistêmica$ como contínuare"is#o do mundo$ do sistema como um todo e de cada um de seuscomponentes O sucesso desse método pode ser conseq(ência dainsatisfaç#o da comunidade cientíca com a "is#o mecanicista$ queimpera como modelo uni"ersal

Fe acordo com 0hia"enato 3HKK$ pT4$ Ua ,eoria ?eral dos /istemasn#o busca solucionar problemas ou tentar soluç+es pr2ticas$ mas sim

produ%ir teorias e formulaç+es conceituais que possam criar condiç+es deaplicaç+es na realidade empíricaU &mbora a pala"ra sistema tenha sidodenida de "2rias formas$ h2 uma concord8ncia6 sistema é um modelo denature%a geral$ um con9unto de partes coordenadas para atingir umcon9unto de ob9eti"os Fe acordo com !on 1ertalanD 3HKTJ4$ sistemapode serentendido como um con9unto de unidades reciprocamente relacionadasentre si e com o ambiente 5ara Amaral 3HK4$sistema é todo o con9unto de dois ou mais elementos que interagem Aoimaginar*se o uni"erso composto de gal2xias que interagem$ temos uma

"is#o do maior sistema perceptí"el Ao imaginar*se o homem com todasas moléculas que o constituem e interagem$ temos uma outra "is#o de

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sistema &nm$ ao imaginar*se o 2tomo e as partículas que o comp+em einteragem$ temos uma "is#o de um sistema que$ em relaç#o ao homem$ émicroscópica Xuando se "isuali%a desde o Eni"erso até uma partículaat.mica$ temos o que se chama uma "is#o sistêmica

0om base nas deniç+es apresentadas$ podemos entender sistema

como o con9unto de elementos em inter*relaç#o entre si e com oambiente$ com a nalidade de alcançar determinados ob9eti"os0on"encionalmente$ existem "2rias classicaç+es de sistema$ bem comopropriedades ou características comuns a cada uma delas Xuanto a suanature%a$ di% 0hia"enato 3III$ pL4$ os sistemas podem ser fechados ouabertos$ entendendo que$ na realidade$ Un#o existe um sistematotalmente fechado 3que seria hermético4$ nem totalmente aberto 3queseria e"anescente4 ,odo sistema tem algum grau de relacionamento e dedependência com o ambienteU

Os sistemas fechados s#o aqueles que pouco interc8mbio apresentamcom o meio ambiente que os circunda e na mesma proporç#o in_uenciame s#o in_uenciados por ele ,ais sistemas mantêm$ com relaç#o ao meioexterno$ poucas entradas e saídas$ as quais Uguardam entre si umarelaç#o de causa e efeito6 a uma determinada entrada 3causa4 ocorresempre uma determinada saída 3efeito4 5or essa ra%#o$ o sistemafechado é também chamado sistema mec8nico ou determinísticoU3ibidem4

O /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$ ob9eto de nosso trabalho$ recebe aclassicaç#o de sistema aberto /istema aberto$ de acordo com0hia"enato 3HKK4$ é aquele que troca informaç#o com o meio ambiente$que se adapta a mudanças para garantir a própria sobre"i"ência$ que

mantém reciprocidade com as forças do ambiente e que otimi%a aqualidade de sua estrutura$ quando os elementos do sistema seorgani%am$ aproximando*se de uma ope*raç#o adaptati"a As organi%aç+es em geral$ os sistemas "i"os e$principalmente$ o homem s#o exemplos de sistemas abertos

Outro enfoque de sistema$ pela ótica do sistema din8mico integral ousistema integral$ é dado pelo russo Afanasie" 3HK4 /istema din8micointegral$ de acordo com esse autor$ é o con9unto de componentes cu9ainteraç#o engendra no"as qualidades$ fruto da integraç#o$ n#o existentesnos componentes )ornece Afanasie" o exemplo da célula "i"a formadapor compostos químicos$ sem "ida$ como a proteína e os 2cidos nucléicos

&sses compostos$ ao interagir$ formam um todo Ynico$ uma célula quetem características de seres "i"os$ com capacidade de metaboli%aç#o e dereproduç#o$ frutos da integraç#o e da interaç#o

Na perspecti"a de Afanasie"$ s#o quatro as peculiaridades essenciaisdo sistema integral6

a4 a existência de qualidades resultantes da integraç#o e daformaç#o do sistemaV

b4 a composiç#o que é inerente ao sistema$ isto é$ cada sistemapossui seu próprio con9unto de componentes e partes$ que forma oaspecto substancial do sistema integral$ a base de sua estrutura e

de sua organi%aç#oV

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c4 a organi%aç#o ou a estrutura interna$ um modo especíco deinteraç#o e interconex#o dos componentesV a conser"aç#o e ofuncionamento do sistema dependem$ em grande parte$ da autonomiarelati"a e da estabilidade da estruturaV

d4 o car2ter especíco de sua interaç#o com as condiç+es

externas$ o meio ambiente$ isto é$ ob9eti"os e fen.menos que n#o fa%emparte do sistema$ mas com os quais o sistema se relaciona$ modicando*os e modicando*se

5artindo do pressuposto de que todos os sistemas s#o tipos desistemas integrais$ se9am eles de qualquer nature%a * mec8nicos$ físicos$químicos$ biológicos e sociais$ naturais$ articiais ou mistos *$ Afanasie"di"ide*os em duas grandes classes6

a4 sistemas autogo"ernados6 têm regulaç#o própria e tra%emnaturalmente em si processos de direç#o e de go"ernoV de"em possuir$pelo menos$ a capacidade de conser"ar a estabilidade deseus par8metros fundamentais em face das mudanças do meio ambiente$a denominada homeostase O /istema de 0ontrole 1ibliogr2co pertencea essa classe dos sistemas integraisV

b4 sistemas dirigidos ou sistemas go"ernados6 inerentes aos sistemasde ordem biológica e social e também aos sistemas mec8nicos criadospelo homem

A funç#o da direç#o$ de acordo com Afanasie" 3HK4$ é manter aestabilidade do sistema$ bem como sua determinaç#o qualitati"a eequilíbrio din8mico com o meio ambiente No entender de AraY9o 3HKKS$pT4$ é possí"el que tais condiç+es se9am obtidas por meio da Umudançaoportuna e eca% da estrutura do sistema em conson8ncia com as no"as

condiç+esUAntes de ser incorporado pela cibernética$ o conceito de direç#o éempregado em 2reas como a biologia e a sociologia - a cibernética$porém$ que sistemati%a e generali%a o conceito de direç#o$ que e"idenciaas leis gerais da direç#o - a cibernética que demonstra que os processosde go"emoRdireç#o ocorrem em sistemas din8micos com alto grau decomplexidade e que possuem uma forte rede de dependências n#o*lineares Acrescido a isso$ a cibernética destaca a unidade que existeentre direç#o e informaç#o$ utili%ando*se da noç#o de quantidade deinformaç#o criada por /hanon Z [ea"er )ormula o ob9eti"o ideal dadireç#o$ o curso ótimo do processo

Ao "er o sistema como algo est2"el e din8mico ao mesmo tempo e quese insere em um meio ambiente$ modicando*o e sendo por elemodicado$ a "is#o de Afanasie" 3HK4 diferencia* se da de !on1ertalanD 3HKTJ4$ que aborda o mundo como um con9unto de sistemas esubsistemas em implicaç+es

A noç#o de ordem 3interaç#o e integraç#o dos componentes dosistema4 e a noç#o de estrutura 3a estabilidade do sistema decorre deuma estrutura temporal4 encontram*se coesas e inteligí"eis em Afanasie"3HK4 O fator tempo$ para esse autor$ é uma condiç#o necess2ria para aestabilidade do sistema e n#o simplesmente um dos componentes do

mecanismo regulador do sistema

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O fen.meno da entropia no sistema ocorre em sistemas fechados epode ser e"itado por meio da importaç#o de energia 3in*formaç#o4 do meio ambiente$ usando como "eículo os sistemas abertos$na ótica de !on 1ertalanD 3HKTJ4 5ara Afanasie"$ a quest#o da entropiaé abordada no contexto dos sistemas autogo"ernados e o processo de

direç#o é a ordenaç#o do sistemaAmbos$ !on 1ertalanD e Afanasie"$ postulam que o todo é maior que

a soma das partes ou que a qualidade do sistema n#o se redu% G somadas propriedades dos seus componentes 0om o intuito de esclarecer essaproposiç#o$ 0hurchman 3HKTJ4 relata a história de um grupo de cegos quese reYne com a nalidade de compreender o todo elefante$ a partir daspartes tocadas6 patas$ orelhas$ presas$ dorso$ rabo$ tromba etc 0om basena 2rea apalpada$ cada cego descre"e de modo singular o sistema elefante6 como uma coluna$ um tronco imenso$ uma cobra$ um grandeleque Nenhum deles nem sequer "islumbra o elefante como um todo

Fois enfoques a respeito de sistemas foram abordados6 pela ótica da ,eoria dos /istemas$ de !on 1ertalanD$ e dos /istemas 7ntegrais$ deAfanasie" Fo modo como entendemos o /istema de 0ontrole 1ibliogr2coou /istema de ;ecuperaç#o da 7nformaç#o$ ele se encaixa na classicaç#ode sistema aberto da ,eoria dos /istemas e na classe dos sistemasautogo"ernados dos /istemas 7ntegrais

O /istema de ;ecuperaç#o da 7nformaç#o$ plane9ado com a nalidadede possibilitar a recuperaç#o da informaç#o potencialmente contida emdocumentos nele registrados$ começa a "igorar com essa nomenclaturana década de HKSI &ntretanto$ a origem dos /;7s remonta G Antig(idade$Gs bibliotecas de Assurbanipal e de Alexandria Articialmente construídos

pelo homem$ os /;7s resistem a muitas transformaç+es e ho9e se exibemcomo modernos sistemas que incluem bases de dados em condiç+es dearma%enar um nYmero consider2"el de itens de informaç#o emminYsculos chips e em condiç+es de en"iar grande "olume demensagem$ a "elocidade bastante r2pida$ a qualquer parte de nossoplaneta

A manifestaç#o simult8nea de e"entos como os estudos de !on1ertalanD 3HKTJ4$ resultando na "is#o sistêmica$ e de Afanasie" 3HK4tendo como conseq(ência o sistema din8mico integral$ o crescimentoexagerado da literatura especiali%ada ou n#o e a utili%aç#o doscomputadores em larga escala %eram emergir e tomar* se sólida a

entidade /istema de ;ecuperaç#o da 7nformaç#o

A designaç#o /istema de ;ecuperaç#o da 7nformaç#o ou mesmo/istema de 7nformaç#o 3/74$ como comumente se emprega$ é$ no mínimo$inadequada &ssa terminologia é considerada imprópria por umrespeit2"el nYmero de estudiosos da 2rea$ entre eles AraY9o 3HKKS4$0hristó"#o Z 1raga 3HKK4$ 1arreto 3HKKK4 &ntendem esses autores que afalta de uma "is#o consolidada sobre os fen.menos informaç#o esistemas de informaç#o pode ser a respons2"el por essa disseminaç#oinadequada$ que acaba por populari%ar tais denominaç+es

A fragilidade de propriedade nessa quest#o acaba gerando umaconfus#o entre o ob9eto trabalhado$ o documento em si 3apresentado por

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diferentes suportes4 e o possí"el efeito que o conteYdo desse documentopode causar sobre o usu2rio 3a informaç#o4

Os registros arma%enados nas bases de dados que alimentam os /;7sguardam informaç#o potencial e s#o formalmente organi%ados$processados e recuperados com a nalidade de maximi%ar o uso da

informaç#o ,al informaç#o constitui a memória humana registrada a quese refere Bomann 3HKKL4V a entidade ob9eti"a proposta por 'ando 3HKK4e /et%er 3HKKK4 ou o que 1elCin Z ;obertson 3HKT4 tratam comoinformaç#o cogniti"o*social6 estruturas conceituais sociais$ referentes aoconhecimento coleti"o registrado

Os /;7s$ sistemas construídos com a nalidade de organi%ar edisseminar a literatura$ crescem em "olume$ mas em parte deixam decumprir os desígnios inicialmente propostos A hipótese le"antada porAraY9o 3HKKS$ pSS4 para explicar tal situaç#o é a de que o /;7 Uenquantosistema articialRsocial est2 atingindo o seu limite de crescimento$saturando*se$ exigindo$ assim$ uma in"ers#o no seu crescimentoexponencial A re"ers#o do sistema de informaç#o a tamanhos menores$mais adequados$ é condiç#o necess2ria 3mas n#o suciente4 G suasobre"i"ência enquanto sistema socialU Ema re"ers#o compatí"el com acapacidade de absorç#o dos segmentos sociais que fa%em uso dessesistema$ retorno para uma no"a interpretaç#o

5resencia*se$ neste momento$ a transiç#o do crescimento dos /;7spara a saturaç#o$ que parece estar le"ando os processos do sistema auma estagnaç#o e n#o a uma concreti%aç#o A preocupaç#o dos /;7s é ade acompanhar a explos#o da informaç#o em de*trimento das possí"eis consequências que esse crescimento possa

acarretar A capacidade de arma%enamento$ processamento etransmiss#o de informaç#o em potencial constante das bases de dados$por exemplo$ é bastante superior G capacidade de assimilaç#o do usu2rioque fa% uso delas

A entropia é outro fen.meno a ser considerado na an2lise de umsistema complexo 0omo uma lei uni"ersal$ a segunda lei datermodin8mica estabelece que todas as formas de organi%aç#o emsistemas fechados tendem G desordem ou G morte &m toda a literaturapor nós le"antada$ n#o h2 referência G noç#o de entropia relacionada aos/;7s$ com exceç#o do texto escrito por AraY9o 3HKKS4$ tampouco nós adesen"ol"emos neste texto /eria dese92"el$ porém$ que em outro

momento essa tem2tica fosse abordada!imos$ neste capítulo$ como o domínio do processamento autom2tico

da informaç#o é decorrência do entendimento da noç#o de informaç#o emseu sentido mais rigoroso$ o cientíco &"idenciamos que as no"astecnologias$ aqui representadas pelas bases de dados$ bancos de dados esistema on-line, com seus complexos esquemas de representaç#o erecuperaç#o da informaç#o$ constituem o simulacro da memória coleti"acientíca &xaminamos ainda essa representaç#o descriti"a da memóriacientíca como sistema$ e como esse sistema possibilita a recuperaç#o dainformaç#o potencialmente contida em documentos nele registrados

Nas p2ginas reser"adas ao estudo da ,eoria Matem2tica da7nformaç#o$ enfocaremos o trabalho de /hannon Z [ea"er 3HKTL4 no que

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se refere G quanticaç#o da informaç#o !eremos ainda conceitos b2sicosreferentes a essa teoria que$ certamente$ interessam ao /istema de0ontrole 1ibliogr2co ,&O;7A MA,&M@,70A FA 7N)O;MA<=OUO meio é a mensagem O meio é a massagem O meio é a mixagem O

meio é a micagem A mensagem é o meio Fe chegar ao MeioO Meio é o ser em lugar dos seres$ isento de lugar$ dispensando meios de_uorescerU3Frummond de Andrade$ HK$ pJ4A $ORIA MA$M/$I!A )A I"%ORMA&'O0UMA ABOR)A.M !I"$1%I!A

A concepç#o quanticada da informaç#o$ que substitui os termos dalinguagem habitual pelas equaç+es matem2ticas$ n#o alude G qualidadeou ao conteYdo e signicado da informaç#o ;eferimo* nos G ,M7 tambémdesignada como ,eoria da 7nformaç#o ou ainda ,eoria da ,ransmiss#o de/inais$ que compreende também a comunicaç#o$ "isto que n#o h2informaç#o fora de um sistema de sinais e fora de um meio paratransmitir esses sinais

O que comunicamosW 7nformaç#o$ simples ou complexa$ nas relaç+eshumanas ou sociais e também biológicas(omunicação é um termo que "em sendo utili%ado de maneiraindiscriminada$ até mesmo por intelectuais que se esquecem deque$ por exemplo$ na comunicaç#o humana$ os homens só assimilam ainformaç#o de que sentem necessidade eRou que lhes se9a inteligí"el Ouainda$ para falar como [iener 3HKKL$ pK4$ Un#o é a quantidade deinformaç#o en"iada que é importante para a aç#o$ mas$ antes$ a

quantidade de informaç#o que$ penetrando em um instrumento decomunicaç#o$ é arma%enada$ sendo o bastante para ser"ir comodisparador da aç#oU

Na ,M7$ o que importa$ essencialmente$ é a medida de informaç#ogerada e transmitida por uma fonte ,al medida$ di% 5ignatari 3HKTK$pH4$n#o é algo destacado dos próprios sinais$ n#o é algo de que os sinaisse9am meros portadores$ como in"ólucros ou "eículos que pudessemcarregar e descarregar seu conteYdo I teor ou taxa de informaç#o é umapropriedade ou potencial dos sinais e est2 intimamente ligado G idéia deseleç#o$ escolha e discriminaç#o

A ,M7 foi desen"ol"ida em conseq(ência do pós*guerra nas indYstrias

de telecomunicaç+es 0oncentra*se na medida de informaç#o$ no sentidoquantitati"o das mensagens$ e ocupa*se dos sinais em sua realidade físicae no plano sint2tico$ descartando a sua dimens#o sem8ntica epragm2tica A ,M7 ensina a medir quantitati"amente a informaç#o contidanas mais "ariadas mensagens$ quer se trate de um relatório de empresaquer de um poema de 0arlos Frummond de Andrade$ uma con"ersatelef.nica ou um concerto de "iolino$ um boletim meteorológico ou asanotaç+es de um caderno escolar

O primeiro estudioso a propor uma medida exata da informaç#oassociada G emiss#o de símbolos e a utili%ar*se do termo informaç#o no

sentido matem2tico foi ; ! > BartleD Eransmissão de informação é otítulo dado ao estudo pioneiro de BartleD 3HKJ4$ apresentado no

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0ongresso de ,elegraa e ,elefonia em HK e publicado no ano seguinte$em que prop+e estabelecer uma medida quantitati"a de informaç#o capa%de melhorar o desempenho do sistema de transmiss#o em si e de "ericarfalhas de operaç#o nos equipamentos deste$ desconsiderando o papel doruído durante a transmiss#o da mensagem

&ntende BartleD 3HKJ4 que a capacidade de um canal de transmitirsímbolos est2 diretamente relacionada G de tradu%ir mensa*gem de um sistema em uma medida puramente física de informaç#o Apartir dessa compreens#o$ emite consideraç+es acerca da comunicaç#o6 h2 símbolos como pontos$ pala"ras$ traços etc que fa%em parte de um

"ocabul2rio con"encionado que é conhecido das partes comunicantesV uma seq(ência de símbolos é transmitida ao receptor da mensagem$

por meio de sucessi"as seleç+esV existe precis#o na informaç#o transmitida quando uma seleç#o é feita

de acordo com critério de rele"8ncia$ o qual exclui as mensagens quen#o lhe satisfa%em5rocedida a seleç#o$ espera*se encontrar um nYmero de sentenças que

de"e exprimir a medida quantitati"a de informaç#o No exemplo U^iraldo6autor de literatura para criançaU$ "oltamos nossa atenç#o especicamentepara os li"ros de ^iraldo e n#o para obras de outros escritores$ tampoucopara outra literatura que n#o se9a a infantil B2$ no entanto$ apossibilidade de "ericar outras propriedades dessa literatura$ como ailustraç#o$ as cores$ o tamanho do li"ro e da letra Etili%ando no"asseleç+es de informaç#o$ podemos obter resposta para esse no"oquestionamento$ e o esperado é que se encontre um nYmero nal desentenças e que este imprima a medida quantitati"a de informaç#o

BartleD 3HKJ4 associou a quantidade de informaç#o ligada a umaseleç#o ao logaritmo do nYmero de símbolos disponí"eis 3a mesmaequaç#o que mais tarde é usada por /hannon$ com logaritmo na base 46

B log/ ent#o HIB /Onde6B é a quantidade de informaç#o/ é o nYmero de símbolos de uma mensagem 3mensagem entendida

como o con9unto estruturado de determinados elementos que "ai da fonteao receptor ;etornaremos ao tema no item U7nformaç#o e /istema de0omunicaç#oU$ neste capítulo4

No mesmo contexto$ a obra cl2ssica que consolida a ,M7 é Ehe

2athematical Eheor of (ommunication, escrita por 0laude/hannon e [arren [ea"er e publicada no <ornal Eécnico dos8aboratórios de Eelefones +ell, em HKJ Antes$ porém$ em HKL J$/hannon defende a tese que "ersa sobre a aplicaç#o da 2lgebra booleanaaos circuitos de comutaç#o elétrica 5or meio da 2lgebra formulada por?eorge 1oole$ um método eciente é encontrado para tradu%ir emsímbolos algébricos os argumentos lógicos A 2lgebra de 1oole utili%aapenas três operadores de base 3e$ ou$ n#o4 e$ contudo$ permite que seefetue uma "asta gama de operaç+es lógicas e aritméticas ,aisoperadores têm sido empregados ho9e para formular as estratégias de

busca nos sistemas de recuperaç#o da informaç#o

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O trabalho elaborado por /hannon Z [ea"er 3HKTL4 consiste$essencialmente$ em um con9unto de teoremas que busca a maneira maisr2pida$ econ.mica e eciente de en"iar mensagens de um lugar paraoutro A ,M7 por eles elaborada é teoricamente 2rida e$ pro"a"elmente$teria menor difus#o no meio cientíco caso [ea"er n#o a ti"esse tornado

mais acessí"el$ comenta 0ampbell 3HKJL4Ainda que as proposiç+es demonstradas por /hannon 3HKTL4 tenham

como pYblico*al"o os engenheiros de r2dio e de telefone$ podem serusadas para in"estigar qualquer sistema que en"ie mensagens de umafonte para um receptor A express#o matem2tica usada por esse autorpara a quantidade de informaç#o tem a mesma forma da equaç#odesen"ol"ida no século ]7] para o princípio da entropia que foi tambémusada por BartleD$ em HKJ

0onforme "eremos$ os trabalhos de /hannon lidam com assuntos ques#o preocupaç+es do meio intelectual contempor8neo6 ordem edesordem$ ruído e controle do ruído$ probabilidades$ incerte%a e os limitesda incerte%a

Outro pesquisador que trouxe importantes contribuiç+es Gs origens da ,M7 foi Norbert [iener ,anto /hannon quanto [iener trabalharamdurante os anos de guerra em pro9etos militares [iener é conhecidocomo fundador da cibernética$ que inclui a ,M7 como uma entre muitasidéias complementares$ conforme explicitaremos no próximo capítulo

Na seq(ência$ "amos analisar alguns conceitos b2sicos de interesse G ,M76 entropia$ probabilidade$ sistema de comunicaç#o$ ruído eredund8ncia 3igualmente importantes para entendermos a informaç#orecuperada em um /istema de 014

I"%ORMA&'O "$RO*IAO termo entropia tem sua origem no grego entropé, que quer di%erretorno$ ou conforme 1ennaton 3HKJT$ pLJ4$ Ualgo situado entre enrolar ee"oluir * tem muito a "er com a direç#o na qual as coisas setransformamU

O debate sobre a "erdadeira nature%a do conceito de entropia n#o temsoluç#o claramente denida$ mesmo depois de muita discuss#o Oentendimento mais próximo do senso comum apresenta entropia como amedida da desordem entre as partículas$ a medida da energia n#oapro"eitada ou que n#o se pode distinguir ou controlar Ainda assim$ oconceito de entropia "em sendo amplamente utili%ado$ da teologia G

biologia$ passando pela ling(ística e pela psicologia /hannon 3HKTL4utili%a o termo entropia em sua ,M7 apenas como uma met2fora paraintrodu%ir a noç#o de incerte%a

Fe acordo com F:A%e"edo 3HKH4$ a primeira manifestaç#o de umentendimento sobre o princípio da entropia encontra*se na publicaç#o dotrabalho eGeH:es sobre o signiAcado do poder do fogo, em HJ$de autoria de /adi 0arnot O uni"erso$ segundo 0arnot$ e"olui para umestado nal no qual n#o existe diferença de ní"el energético O uni"erso$do mesmo modo que as demais coisas$ marcha para a morte nal$ pelocessar do processo e"oluti"o$ por ni"elamento energético$ quando a

entropia atingir seu m2ximo

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Outra concepç#o do conceito de entropia é dada por ;udolf 0lausius&le estabelece as duas leis para o comportamento da energia6 a primeiralei da termodin8mica enuncia que energia é conser"ada$ n#o é criadanem destruída$ e a segunda lei di% que enquanto a energia n#o altera asua quantidade total$ pode perder qualidade ` medida de perda de

qualidade$ 0lausius d2 o nome de entropia &ntropia é$ ent#o$ uma relaç#oentre calor e temperatura e pode ser designada por uma funç#o6 calor temperatura Fois "ersos sinteti%am as conclus+es de 0lausius$ di%0ampbell 3HKJL46a energia do uni"erso é uma constante a entropia do uni"erso caminhapara o m2ximo

Xuando uma quantidade de calor de um corpo quente _ui para dentrode um corpo frio$ a entropia do corpo quente aumen*ta Xuando a mesma quantidade de calor de um corpo quente _ui parafora dele$ a entropia diminui Ao di"idirmos a quantidade de calor que _uido corpo quente pela temperatura do corpo frio$ a fraç#o resultante ter2um "alor maior$ se comparada com a di"is#o da quantidade de calor que_ui do corpo quente pela temperatura original do corpo quente

Na transferência do calor ocorre aumento de entropia &sse ganhoacontece toda "e% que o calor _ui de uma temperatura maior para outramenor 0alor é uma forma de energia que se manifesta no trabalho$eletricidade$ lu% e processos químicos etc ,odas as formas de energia$quando utili%adas$ con"ertem*se em calor Faí a tendência de se di%er quetoda a energia do uni"erso e"olui para um estado de desordem A energiaé indestrutí"el$ a quantidade de energia no uni"erso n#o muda e sim suaforma$ que pode ser transformada em outro tipo de energia

Os conceitos de ordem e desordem s#o relacionais No contexto dabiblioteconomia$ por exemplo6 o bibliotec2rio A decide arrumar a aparentedesordem dos papéis e documentos dispostos sobre a mesa de trabalhoda professora N$ segundo o critério que para ele é o mais indicado para asituaç#o A sistem2tica empregada$ porém$ possui pouca ou nenhumarelaç#o com a ordenaç#o dos papéis e documentos que existe na menteda mestra Nesse caso$ a desordem$ para o bibliotec2rio$ é a ordem para adocente

&m HJSK$ MaxPell argumenta que é possí"el obter informaç#o sobre ocomportamento de um g2s como um todo$ calculando a "elocidadepro"2"el de suas partículas em uma determinada "elocidade Assegura

que em um sistema que englobe um grande nYmero de partes$ oconhecimento do comportamento pro"2"el das partes desemboca em umconhecimento das propriedades gerais do todo 3apud &pstein$ HKJT4

5or "olta de HJJT$ 1olt%mann desen"ol"e um no"o e mais geraltratamento da entropia$ baseado na probabilidade$ a partir da leitura deMaxPell Fi% ter resol"ido o dilema entre irre"ersibi* lidade datermodin8mica e determinismo nePtoniano$ fa%endo da entropia umapropriedade estatística de um enorme nYmero de partículas Assim$ oa"anço irre"ersí"el em direç#o G desordem absoluta é somente umaprobabilidade

Nesse esquema$ entropia m2xima d2*se no estado de equilíbrio$quando h2 m2xima desordem possí"el$ com todos os contrastes

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o usu2rio em pouco tempo locali%a o li"ro dese9ado$ caso a bibliotecaeste9a em um bom estado de ordem e os que a utili%am obedeçam Gssuas regras$ pois h2 uma Ynica maneira possí"el de arran9ar essedocumento na estanteV

a biblioteca opta por arran9ar os li"ros nas estantes de acordo com a

cor da capa de cada um deles O usu2rio encontra o materialbibliogr2co dese9ado em tempo menor$ caso saiba a cor da capadese9ada &sse arran9o contém uma certa ordem e transmite algumainformaç#o$ porém em quantidade menor que a primeiraV

as regras foram abandonadas$ e os documentos colocadosaleatoriamente nas estantesAo aplicarmos a equaç#o da entropia de 1olt%mann a esses arran9os$

"eremos que é baixa a entropia na primeira biblioteca$ pois o nYmero demaneiras em que os li"ros podem ser arran9 ados nas prateleiras épequeno$ ao passo que a entropia da terceira biblioteca é alta e signicafalta de informaç#o$ incerte%a

5odemos rearran9ar o acer"o da terceira bibliotecaWA resposta pode ser obtida pelo exemplo imagin2rio$ proposto por

MaxPell6 um g2s em um estado de entropia m2xima podeser colocado no"amente em ordem Fiante dessa hipótese$ em HJH$ oautor cria um ser$ conhecido como dem.nio de MaxPell &ssa criaturapequena$ inteligente e 2gil$ atua no interior de um "aso fechado e isoladoque contém g2s em temperatura uniforme e uma parede di"isória separaos compartimentos A e 1 0onsiste sua tarefa em permitir a passagem dasmoléculas mais r2pidas do compartimento A para o 1$ e das mais lentasdo 1 para o A$ por orifícios que ele mesmo abre e fecha &ssa ati"idade

pode ele"ar a temperatura de 1 e abaixar a temperatura de A ou "ice*"ersaA partir da informaç#o relati"a G "elocidade de cada molécula$ o

dem.nio cria ordem a partir da desordem Agindo contra o segundoprincípio da termodin8mica 3quando o calor concentrado em um corpo seespalha pelos corpos "i%inhos$ h2 um acréscimo de desorgani%aç#o4$ odem.nio de MaxPell gera uma fonte de energia disponí"el

Bipoteticamente$ esse ser que n#o usa nenhuma energia ao abrir efechar os furos poderia atingir o resultado dito impossí"el pelatermodin8mica e re"erter um processo irre"ersí"el Mesmo que o dem.niode MaxPell n#o use energia ao abrir e fechar os buracos$ ele precisa de

informaç#o para distinguir as moléculas r2pidas das "agarosas$asseguram 0ampbell 3HKJL4 e &pstein 3HKJT4$ entre outros

A informaç#o por si só é suciente para redu%ir a entropia de umsistema e fa%er sua energia acessí"el e Ytil no"amenteW 5ode essacriatura executar tal tarefa meramente pela obser"aç#o eexperimentaç#oW A resposta a essas quest+es é6 n#o

Na busca de informaç#o sobre as moléculas no compartimento escurode g2s$ o dem.nio de MaxPell precisa de uma fonte de lu% ,al"e% elepossa receber uma pequena lanterna de bolso Ainda assim$ le"anta*seuma grande diculdade Etili%ando uma lanterna$ o dem.nio produ% uma

certa quantidade de ordem$ um contraste entre a alta classicaç#o deenergia da lu% e a baixa classicaç#o de energia das moléculas de g2s A

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segunda lei da termodin8mica decreta que essa ordem tende adesordenar*se$ aumentando a entropia$ e a tra%er todo o sistema$incluindo o dem.nio$ a um estado de equilíbrio

Nesse sentido$ [iener 3HKKL$ pLI4 assegura que a física modernareconhece que o dem.nio só obtém a informaç#o$ que confere a ele poder

para abrir ou fechar portas$ por meio de algo como um órg#o sensório$que$ para tais propósitos$ ser2 um olho6

A lu% que indde sobre o olho do dem.nio n#o é um suplemento domo"imento mec8nico$ destituído de energia$ mas partilha$ funda*mentalmente$ das propriedades do próprio mo"imento mec8nico A lu%n#o pode ser recebida por nenhum instrumento a menos que o atin9a$ en#o pode indicar a posiç#o de qualquer partícula sem igualmente atingi*la 7sso signica$ ent#o$ que mesmo de um ponto de "ista puramentemec8nico$ n#o podemos considerar a c8mara de g2s como apenascontendo g2s6 ela contém$ mais exatamente$ g2s e lu%$ que podem ou n#oestar em equilíbrio /e esti"erem$ poder*se*2 demonstrar$ comoconseq(ência da atual doutrina física$ que o dem.nio de MaxPell car2t#o cego como se ali n#o hou"esse lu% alguma ,eremos uma nu"em delu% pro"eniente de todas as direç+es$ que n#o d2 nenhuma indicaç#o daposiç#o e momentos das partículas de g2s 5or isso$ o dem.nio deMaxPell só poder2 atuar num sistema que n#o este9a em equilíbrio Numsistema assim$ contudo$ "ericar* se*2 que a constante colis#o entre a lu%e as partículas de g2s tendem a le"ar uma e outras a um estado deequilíbrio Fessarte$ conquanto o dem.nio possa in"ertertemporariamente a direç#o usual da entropia$ ao m e ao cabo eletambém se desgastar2

0orroborando essa armaç#o$ 0ampbell 3HKJL4 mostra que o dem.niode MaxPell$ no simples ato de obter informaç#o sobre as moléculas$ cria$no mínimo$ a mesma quantidade de entropia que é eliminada pelaclassicaç#o das moléculas em compartimentos separados Na opini#o de/%ilard 3HK apud 0ampbell$ HKJL4$ n#o é somente trabalho nemsomente ordem que se sacrica por uma degradaç#o irre"ersí"el daenergia$ mas informaç#o também e até mesmo algo que parece t#osimples$ como uma obser"aç#o

Em paralelo pode ser "isto entre o trabalho de 0arnot e o de1olt%mann no que se refere G entropia$ di% 0ampbell 3HKJL4 O foco deinteresse da teoria da termodin8mica progride do que pode fa%er um

sistema para o que é possí"el obser"ar sobre o sistema A ênfase damudança é de trabalho para informaç#o 7nformaç#o tem a "er com aconex#o entre ordem e o estado de incerte%a de alguém$ com a nature%aambígua da probabilidade$ e com o fato de que ordem e probabilidadeest#o relacionadas uma G outra$ ambas na termodin8mica e na ,M7

0om efeito$ [iener 3HKKL$ p H*H4 generali%a o conceito de entropia$relacionando*o com o conceito de informaç#o

0onforme aumenta a entropia$ o uni"erso$ e todos os sistemasfechados do uni"erso$ tendem naturalmente a se deteriorar e a perder a

nitide%$ a passar de um estado de minima a um outro de m2ximaprobabilidadeV de um estado de organi%aç#o e diferenciaç#o$ em que

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existem formas e distinç+es$ a um estado de caos e mesmice Asmensagens s#o$ por si mesmas$ uma forma de conguraç#o eorgani%aç#o Assim como a entropia é uma medida de desorgani%aç#o$a informaç#o condu%ida por um con9unto de mensagens é uma medida deorgani%aç#o Na "erdade$ é possí"el interpretar a informaç#o condu%ida

por uma mensagem como sendo$ essencialrncnte$ o negati"o de suaentropia e o logaritmo negati"o de sua probabilidade !ale di%er$ quantomais pro"2"el se9a a mensagem$ menor ser2 a informaç#o que propicia

0omo /hannon$ [iener 3HKKL4 recorre G termodin8mica para relacionaro conceito de entropia ao de informaç#o 0onforme "imos$ entropia est2associada ao grau de desordem em uma situaç#o e G tendência de osistema tomar*se aleatório &m uma situaç#o altamente organi%ada$ quen#o se caracteri%a por um grau ele"ado de aleatoriedade ou depossibilidade de escolha$ podemos di%er que a informaç#o é baixa Anoç#o de informaç#o$ do mesmo modo que a noç#o de entropia$ encontra*se ligada G probabilidade de ocorrência dos acontecimentosI"%ORMA&'O *ROBABILI)A)

A ,M7$ como mostramos no início deste capítulo$ desen"ol"e* se apartir de in"estigaç+es nos campos da física$ engenharia e matem2ticaque se interessam pela organi%aç#o entre ocorrências de e"entos Anoç#o de informaç#o$ do mesmo modo que a noç#o de incerte%a$encontra*se organicamente ligada G probabilidade dos acontecimentos Aquantidade de informaç#o ou a reduç#o de incerte%a$ no sentido da ,M7$ éequacionada a partir de dois conceitos matem2ticos6 de probabilidade ede funç#o logarítmica

7nformaç#o$ para /hannon 3HKTL4$ n#o est2 relacionada a uma

mensagem em particular e sim G probabilidade de selecionar con9untos demensagens Assim$ por exemplo$ em uma con"ersa$ informaç#o étransmitida quando quem fala di% algo que muda o conhecimento dequem ou"e 7sso signica que o ou"inte se en*contra em um estado de incerte%a sobre qual mensagem ou"ir2 &le sabeque a mensagem ser2 uma dentre "2rias possí"eis Xuando quem falaen"ia sua mensagem$ ele torna uma dessas possibilidades real$ excluindoas demais e acabando com a incerte%a do ou"inte O ato de comunicaç#oimplica$ necessariamente$ a existência de um con9unto de possibilidades

Xuanto maior é a probabilidade de ocorrência da resposta correta$menor é a reduç#o de incerte%a Os e"entos raros s#o os menos

esperados$ e$ portanto$ sua ocorrência redu% a incerte%a e transmite maisinformaç#o 5or outro lado$ quanto mais pro"2"el é a mensagem$ menor éa quantidade de informaç#o

 ,omemos outro exemplo$ o resultado de um desao de futebolapresentado por 'ondrato" 3HKT$ p*J46 acontece o confronto entreduas equipes de igual "alor$ em uma eliminatória em que n#o pode ha"erempate e o nYmero especíco de gols 3$ L$ 4 n#o tem import8nciaalguma As e"entualidades possí"eis do resultado desse 9ogo se podemconhecer antes do confronto6 a "itória ou a derrota$ o sim ou o n#o

A notícia da "itória de seu time proporciona ao torcedor$ além de

alegria$ uma certa quantidade de informaç#o 7ndependente* mente dadecepç#o com a derrota de sua equipe fa"orita$ a notícia fornece ao

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torcedor uma quantidade de informaç#o absolutamente igual G doanYncio da "itória

/uponhamos$ dessa "e%$ que ha9a desigualdade de força$ que o time dotorcedor em quest#o 9ogue na primeira di"is#o e o outro time na segundaA notícia da "itória da equipe mais bem preparada fornece uma

quantidade menor de informaç#o$ porque antes do desao est2 quasecerto o resultado O anYncio de derrota da equipe$ porém$ ser2 umanotícia t#o inesperada quanto desagrad2"el para o torcedor an.nimo Oconsolo é que essa Yltima notícia fornece uma quantidade maior deinformaç#o do que a notícia da "itória Fesse modo$ informaç#o n#o épropriedade de uma mensagem$ mas do con9unto de mensagens possí"eisdo qual pro"ém

A informaç#o$ para /hannon 3HKTL4$ est2 também associada ao graude liberdade de escolha na seleç#o de uma mensagem &ssa medida édada pelo logaritmo do nYmero de escolhas possí"eis das mensagens$cu9a ocorrência é go"ernada por possibilida*des Xuanto maior é o nYmero de escolhas possí"eis de uma mensagemgerada na fonte$ maior é a quantidade de informaç#o associada a suaocorrência

A quantidade de informaç#o gerada em uma fonte est2 relacionada aseu grau de organi%aç#o6 tanto em uma fonte organi%ada ao m2ximo$desde que conhecida pelo receptor 3liberdade de escolha %ero4$ quantoem uma fonte sem organi%aç#o 3liberdade de escolha m2xima4 n#o h2informaç#o

A funç#o logarítmica é adotada por /hannon 3HKTL4 como a maisadequada para medir a reduç#o de incerte%a ou a quantidade de

informaç#o 0ada unidade de medida da informaç#o denomina* se bit, assim como se denomina metro G unidade de medida do comprimento equilograma G de massa &la designa os nYmeros expressos no sistemabin2rio 3I e H4 e é a abre"iaç#o da express#o inglesa binar digit. &ssaunidade de medida est2 associada G seleç#o de um entre dois e"entosequipro"2"eis &sses elementos podem ser "istos$ simbolicamente$ comoduas alternati"as de escolha de informaç#o O nYmero de alternati"as deescolha de informaç#o tradu% seu grau de liberdade em uma situaç#oXuanto maior é a quantidade de informaç#o$ maior é a liberdade deescolha de alternati"as

5ara compreendermos como se mede a informaç#o em bits,

recorreremos G matem2tica elementar Aprendemos no ensino médio$logaritmo na base decimal 3logio4 e /hannon$ na ,M7$ utili%a logaritmo nabase dois3log4 Assim$ por exemplo$ log

  H bit. A mensagem queanuncia as quatro direç+es da rosa*dos*"entos$ apontando para o norte$sul$ leste ou oeste$ contém log bits, e a mensagem que fornece onYmero de pontos de um 9ogo de dados contém log $SJ bits. Fessamaneira$ toma*se possí"el efetuar operaç+es matem2ticas$ como somar esubtrair a informaç#o

&m uma situaç#o de resultados igualmente possí"eis$ a quantidade deinformaç#o est2 diretamente ligada ao tamanho do con9unto de

mensagens gerada na fonteB logn

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&m primeiro lugar$ apuramos que o )ilho 314$ sua família 3F e &4 e o 5ai3A4 esta"am go%ando férias do outro lado do mundo quando o crimeocorre &ssa mensagem fornece um bit  de informaç#o$ porquanto eliminametade das alternati"as 3A$ 1$ F e &4 Além disso$ descobrimos que o )ilho304 e o Neto 3)4 trabalha"am na hora do homicídio$ fato que fornece um

segundo bit  de informaç#o$ redu%indo de no"o as possibilidades Gmetade Apuramos depois que 3?4 morre antes de o crime acontecer$ oque produ% um terceiro bit  de informaç#o Assim$ após três eliminatórias$redu%imos a incerte%a e identicamos a soluç#o do problema O Neto 3B4é quem comete o crime

Nos dois exemplos citados$ existem oito alternati"as possí"eis paraidenticar a soluç#o Ao aplicarmos a funç#o logarítmica adotada por/hannon nessas situaç+es$ temos6

B logs ent#o L log

J

&m outras pala"ras$ L  JEm paralelo entre a grande%a do con9unto e o nYmero de perguntas

para encontrar o "alor de incerte%a é mostrado por &dPards 3HKH$ pK463randi"a docon9unto 3n4

NYmero dcperguntas 3B4

H H4 JH

5odemos entender$ diante do exposto$ que a quantidade de informaç#oest2 ligada a um %alor surpresa descoberto a partir de uma situaç#o

&sse "alor surpresa ou inesperado equi"ale ao que /hannon 3HKTL4caracteri%a como reduç#o de incerte%a&ssa abordagem para a contagem de bits, ao pressupor que cada

alternati"a é igualmente pro"2"el$ é aperfeiçoada por /hannon para a ,M7$ porém é freq(ente a situaç#o em que algumas alternati"as possuemmaior probabilidade de ocorrência que outras Nesse caso$ fa%*senecess2ria a abordagem estatística para calcular o nYmero de bits.

;eportemo*nos aos membros da família anteriormente apresentados0om base nos antecedentes do Neto 3B4$ >ittle9ohn 3HKJ$ p HSS4 sup+eser ele o criminoso mais pro"2"el Bipoteticamente$ distribuem*se asprobabilidades do seguinte modo6

de A até ? I$IS cadaB I$TS

O montante de informaç#o$ aplicando a abordagem estatística$H 2 H l3i log,45

onde6B refere*se G incerte%a5i G probabilidade de ocorrências de uma dada alternati"artH ao somatório de todas as alternati"as

é ent#o6

B 3I$H4 I$H H$JJ 3tomando essas probabilidades como base$h2 H$JJ bit  de informaç#o ou incerte%a na situaç#o do homicídio4

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Apesar dos ganhos que a ,M7 apresenta$ ela mostra limites claramenteobser"ados$ como no caso das opini+es$ dos gostos indi"iduais$ que$ naqualicaç#o pessoal$ desempenham um importante papel &ssa qualidaderele"ante para o domínio da signicaç#o humana de informaç#o n#o podeser a"aliada por unidades t#o precisas quanto o grama ou o bit. 5or

exemplo$ um corpo de cem quilos de"e ser considerado pesado ou le"eWA a"aliaç#o desse peso depende da força física de quem o le"antar

5ara uma criança que n#o pode deslocar um peso equi"alente a de%quilogramas$ cem quilos tornam*se pesados demaisV para um halterolistaque ergue com facilidade du%entos quilos$ cem quilos tornam*se pordemais le"es A noç#o de peso é relati"a$ mas peso como medida é exato

Fo mesmo modo$ o "alor ou a qualidade da informaç#o é relati"o aoagente que a emite eRou que a recebe$ embora possamos medirexatamente a quantidade de informaç#o em bits. Fois li"ros fornecem amesma quantidade de informaç#o6 um conto de )ernando /abino e umlançamento que trata da cura da Aids Xual deles escolhemos para umaleitura cotidianaW - pro"2"el que$ em situaç+es normais$ a opç#o pelaobra liter2ria tenha a preferência 7sso porque )ernando /abino imprime$em seus escritos$ fatos interessantes com simplicidade e fatos engraçadossem 9amais "ulgari%2*los Em médico especialista em doenças infecciosas$porém$ certamente ter2 interesse pela segunda opç#o No sentido da ,M7$as cem mil letras de um li"ro enfadonho fornecem a mesma quantidadede informaç#o que as cem mil letras do romance de a"enturas maiscati"ante

!imos$ nas ilustraç+es registradas$ que a quantidade de informaç#o$ domodo como sugere a ,M7$ independe do signicado das mensagens No

entanto$ uma estimati"a de gênero puramente quantitati"o como Ynicaopç#o na escolha de uma leitura mostra* se insuciente ,rataremos dainterpretaç#o das mensagens na próxima seç#oI"%ORMA&'O SIS$MA ) !OMU"I!A&'O

A comunicaç#o a dist8ncia foi limitada até o século ]!777 Fispunha*sede meios como os sinais de fumaça dos índios da América do Norte$ oestrondo dos tambores em ci"ili%aç+es africanas$ o mensageiro a ca"aloque$ apesar de lento$ le"a"a consigo uma quantidade grande demensagens$ o telégrafo aéreo de 0laude 0happe$ de HK$ composto debraços mó"eis montados sobre torres$ eca%es apenas para transmiss#ode mensagens bre"es

Ao tratar desse assunto$ 1arreto 3HKKK$ pL4 enfati%a a passagem dacultura tribal para a cultura escritaRtipogr2ca e dessa para a culturaeletr.nica$ da maneira como segue6

A cultura auditi"a "i"ia em um mundo fechado de resson8ncia tribal ecom sentido auditi"o da "ida Fo ou"ido sensí"el dependia a harmonia detodos os membros do grupo ,empo e espaço se reali%am no momentoda mensagem Na cultura escrita$ o espaço "isual é uma extens#o eintensicaç#o do olho$ que n#o é uniforme$ nem seq(encial oucontínuo A escrita fragmentou o espaço de con"i"ência e a tipograaterminou de "e% com a cultura tribal e multiplicou as características da

cultura escrita no tempo e no espaço &sta passagem da cultura tribalpara a cultura escritaRtipogr2ca foi uma transformaç#o para o indi"íduo e

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para a sociedade t#o profunda como "em sendo a passagem da culturaescrita para a cultura eletr.nica que ora presenciamos

A comunicaç#o instant8nea a dist8ncia surge com o domínio daeletricidade e sua utili%aç#o para transmitir sinais "ariados com rapide% Ain"enç#o do telégrafo elétrico por /amuel Morse$ pela combinaç#o de três

símbolos * o traço$ o ponto e o inter"alo acontece em HJL e éaperfeiçoada em HJLJ 7nicialmente$ os traços e os pontos simboli%amnYmeros que remetem Gs pala"ras de um dicion2rio 5osteriormente$Morse prop.s a correspondência direta dos traços e dos pontos com letrasdo alfabeto UA simplicidade nos sinais representati"os das letras maisfreq(entes e a complexidade crescente na proporç#o da menor ocorrênciade outras letras foi a soluç#o lógica desse in"entor americanoU$ explicaF:A%e"edo3HKH$plII4

Ao mencionarmos os sinais representati"os$ lembramo*nos darepresentaç#o descriti"a dos documentos em uma dada biblioteca$ tantona catalogaç#o quanto na referenciaç#o &ssa representaç#o utili%a sinaispara distinguir uma 2rea de outra 2rea$ obedecendo a regras de padr#ointernacional Na catalogaç#o de ho9e$ as instruç+es procedem dasegunda ediç#o do (ódigo de catalogação anglo- americano 3AA0;*4 As orientaç+es para pontuaç#o$ por exemplo$ encontram*se prescritasno item HI0 desse código$ e qualquer naç#o que prescre"a o AA0;* fa%uso dos mesmos sinais6 * um ponto espaço tra"ess#o espaço 3precedem cada 2rea$ com exceç#o

da primeira4 j colchetes 3para os dados obtidos fora da fonte de informaç#o prescrita4dois*pontos 3antecedem cada unidade de outras informaç+es na mesma

2rea4R uma barra oblíqua 3"em antes da indicaç#o de responsabilidade4 Vponto*e*"írgula 3antecede cada indicaç#o subseq(ente de in

formaç+es hier2rquicas em uma mesma 2rea4 igualdade 3precede cada título equi"alente45ignatari$ Fécio

7nformaç#o >inguagem 0omunicaç#o ,eoria da 7nformaç#o 6introduç#o R Fécio 5ignatari V notas de 0l2udio >uis AraY9o * T ed $ re" */#o 5aulo 6 5erspecti"a$ HKLj$Hp 6 il V H cm

H ,eoria da informaç#o 0omunicaç#o 7 Autor 77 ,ítulo

O li"ro catalogado$ desde que se9a usado o mesmo código$ recebe osmesmos sinais$ se9a qual for o local em que é feita a catalogaç#o$ e$conseq(entemente$ a mesma interpretaç#o para cada um deles

Fepois da criaç#o do código Morse$ -mile 1audot$ em HJJ$ concebeum sistema telegr2co que funciona em uma base bin2ria Oaperfeiçoamento do telégrafo ocorre em HJ$ quando ,homas&dison descobre que é possí"el transmitir duas mensagens simult8neasem um mesmo circuito elétrico A transmiss#o de sinais por correnteselétricas com "elocidade bem maior que aquelas transmitidas por sinaistelegr2cos d2*se com a in"enç#o do telefone$ em HJS$ por Alexandre

?raham 1ell

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A ,M7 surge com o estudo dos sinais elétricos$ que constitui o primeirosuporte mensur2"el com precis#o e forma subsídio para a criaç#o desistemas que processem informaç#o com rapide%$ ec2cia e economia dosinal

A informaç#o a ser comunicada$ por meio do modelo desen"ol"ido por

/hannon Z [ea"er 3HKTL4$ de"e ter uma fonte e um destino$ distintosno tempo e no espaço$ em que o canal  de comunicaç#o que os uneorigina uma cadeia 5ara que a informaç#o transite por esse canal$ toma*se necess2rio redu%i*la a sinais aptos a essa transmiss#o &ssa operaç#o échamada de codicaç#o e o que a reali%a é o transmissor  ou o emitenteNo ponto de destino$ um receptor  reconstrói a informaç#o a sua formaoriginal$ decodicando*a tendo em "ista o destinat2rio Na )igura H$mostramos uma representaç#o diagram2tica desse modelo6trhn* H

7nfurtmç#u

)7?E;A H * Fiagrama esquem2tico de um sistema de comunicaç#o )onte6/hannon 3HKTL$ pS4 e [ea"er 3HKTL$ pKJ4

Nesse modelo esquemati%ado$ temos6a ) fonte de informação3 gera informaç#o para ser comunicada a um

destino em particularVb4 mensagem3 é selecionada a partir de um con9unto de possí"eis

e"entos e pode ser representada por letra$ imagem etcVc4 transmissor3 produ% uma seq(ência de sinais e possibilita que esta

se9a apropriadamente en"iada ao receptor por meio de um canalVd4 canal3 meio utili%ado para transportar os sinais do transmissor ao

receptor 3durante a transmiss#o$ em qualquer parte do canal$ o sinal podeser alterado por um ruído4V

e4 receptor3 executa a operaç#o in"ersa do transmissor$ reconstruindoa informaç#oV

f4 destino3 pessoa ou entidade para quem a mensagem ser2endereçada 3o destino de"e conhecer o con9unto de sinais disponí"eis na

fonte de informaç#o4Em exemplo mostra como funciona esse modelo de comunicaç#o emuma relaç#o entre humanos6 o cérebro do locutor é a fonteV o sistema"ocal$ o transmissorV o "eículo aéreo$ o canalV o ou"ido de quem ou"e é oreceptor$ e seu cérebro o destino

&m outra ilustraç#o$ apresentada por &pstein 3HKJT4$ uma ênfase édada ao tratamento da semiótica Em 9ogador de xadre% en"ia seu lance5; por correspondência para seu ad"ers2rio 0laramente se identicam$nesse processo de comunicaç#o$ o emissor$ a mensagem$ o canal e oreceptor$ mas o que d2 sentido ao processo s#o as regras do 9ogo dexadre% ou o que denominamos código Assim$ o manual das regras do

 9ogo 3como o tabuleiro4 pode estar diante dos 9ogadores ou apenas namente de cada um deles Nesse exemplo$ &pstein 3HKJT$ p HT4 aponta

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também o campo referente G ,eoria da 0omunicaç#o e o distingue docampo da ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o

A comunicação en"ol"e o signicado ou a interpretaç#o dasmensagens$ que depender2 da dimens#o sem8ntica do código ao qualest2 referido As mensagens só adquirem sentido quando rebatidas a

códigos$ e a atuali%aç#o destes d2*se atra"és das mensagensA informação depende apenas da "ariedade ou do nYmero de

mensagens possí"eis abrangidas pelo código No caso acima$ ainformaç#o de 5; corresponde a uma reduç#o de incerte%a antes de suaefeti"aç#o$ comput2"el pelo nYmero de lances possí"eis naquela situaç#o$para o lance realmente efeti"ado$ no caso$ 5;

5ode*se$ desse modo$ quanticar a informaç#o independentemente dosignicado das mensagens

Na concepç#o de [ea"er 3HKTL$ pKT4$ a ,M7 sugere três 2reas deinteresse relacionadas G comunicaç#o Até ho9e$ a grande maioria dos estudos relaciona*se sobretudo com a primeira delas$ embora ha9aalgumas extens+es para as duas outras6 2rea técnica6 preocupa*se com a transmiss#o exata da informaç#oV 2rea sem8ntica6 preocupa*se com a precis#o do signicado da

informaç#o do emissor ao receptorV 2rea de eciência6 preocupa*se com os efeitos da informaç#o sobre o

comportamento do receptor 3a comunicaç#o atra"és de mensagensafeta o sistema$ caso mude o estado intencional do organismo4A primeira 2rea trata da informaç#o como medida de incerte%a em

uma situaç#o ou mensagem e de sua transmiss#o acurada eeciente

Na segunda$ a que se refere ao plano sem8ntico$ é acrescido oelemento humano da interpretaç#o e compreens#o A informaç#osem8ntica redu% o nYmero de alternati"as existentes para interpretar umasituaç#o Nesse caso$ um montante de incerte%a é eliminado quando umapessoa recebe informaç#o a respeito de alguma coisa

No exemplo do crime apresentado anteriormente$ h2 oito possí"eiscriminosos 0omo eles s#o igualmente pro"2"eis$ existem na situaç#o trêsbits de informaç#o Xuando recebemos a mensagem de que metade dossu9eitos anda"a correndo o mundo em férias no dia do homicídio$ issosignica termos recebido um bit  de informaç#o sem8ntica

A terceira 2rea sugerida por [ea"er 3HKTL4$ a da eciência$ trabalha

com o impacto ou efeito da informaç#o sobre o sistema Nessaabordagem$ lida*se com a informaç#o$ mas também com aspectos ansda mensagem )a%*se necess2rio que ha9a "2rios cursos de aç#o$ tendocada um deles uma probabilidade de le"ar ao resultado dese9ado

 ,rabalha*se$ ent#o$ com probabilidades desiguaisV uma alternati"a temmaior probabilidade de ocorrer que outra

0onforme apontamos no primeiro tópico deste capítulo$ mensagem pode ser entendida como o con9unto estruturado de determinadoselementos que "ai da fonte ao receptor 3Moles$ HKTK4 Xuandodialogamos$ o discurso é a mensagemV do mesmo modo$ a express#o em

nossa face é a mensagem quando sorrimos

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Fois tipos de mensagens parecem singularmente importantes$ para5ignatari 3HKTK4 e F:A%e"edo 3HKH4$ quanto G estrutura por elasapresentada6 as digitais e as analógicas &stas ligam*se ao mundo físico$s#o menos precisas e mais diretas$ têm como suporte um sinal contínuoVuma oscilaç#o em um o elétrico é uma ilustraç#o Aquelas s#o

constituídas por unidades que se manifestam separadamente$ s#o maisprecisas e menos diretas O alfabeto$ o sistema numérico e as notasmusicais constituem exemplos de mensagens digitais 3a maior parte dostrabalhos reali%ados com simuladores mec8nicos do cérebro utili%am2quina desse tipo$ conforme "eremos no próximo capítulo4

- possí"el distinguir pelo menos dois elementos fundamentais namensagem6 forma-conteJdo e código, tanto para 5ignatari 3HKTK4quanto para F:A%e"edo 3HKH4 )orma e conteYdo s#o indissoci2"eis0ontudo$ eles n#o s#o idênticos em seus conceitos e fundamentos Na"is#o de F:A%e"edo 3HKH$ pSK4$ a identicaç#o de assunto de umamensagem com o conteYdo da mesma mensagem é causa comum deconfus#o e desentendimento6

5odemos ter inYmeras mensagens sobre o mesmo assunto$ resultandodaí inYmeros conteYdos para as mensagens$ cada um deles$ determinadoe denido$ pela forma pela qual o assunto foi tratado$ em cada uma delas5ortanto$ conteYdo é o assunto de"idamente estruturado$ é o assunto queassumiu uma formaV assim sendo$ nem a forma existe sem o conteYdo$pois ela foi resultante da estruturaç#o do assunto$ nem o conteYdo existesem a forma$ pois antes dela ele n#o era mais que um assunto

O outro elemento fundamental da mensagem$ apontado por 5ignatari3HKTK4 e F:A%e"edo 3HKH4$ é o código, pela import8ncia que ele assume

na fase da comunicaç#o homem*m2quina$ em desen"ol"imento crescenteem nossa época O código pode ser denido como um con9unto de signoscapa% de despertar algum signicado$ depois de estruturado - umsistema de símbolos que$ Upor con"enç#o pré*estabelecida$ se destina arepresentar e transmitir uma mensagem entre a fonte e o ponto dedestinoU$ assinala 5ignatari 3HKTK$ p HK4 0onforme ressalta 1onsacC3HKI$ p HKJ4$ um código é adequado Uquando permite uma aç#o eca%/e$ pelocontr2rio$ as correspondências n#o ti"erem sido corretamenteestabelecidas$ ele se re"elar2 ineca% em determinadas situaç+esU

0ada uma das mensagens emitida pelo modelo de comunicaç#o só é

signicati"a quando aceita pelo código respecti"o Assim$ o conhecimentodo código de"e preceder ou ser simult8neo G troca de mensagens 5araum código ser instrumento de transmiss#o de informaç#o$ de"e constituir*se basicamente por sinais indi"iduais distintos entre si Os sinais existemem nYmero limitado$ mas é a combinaç#o entre eles que possibilita umnYmero grande de diferentes mensagens As letras de nosso alfabeto$ oponto$ o traço e o inter"alo do código Morse e os operadores e, ou, não da 2lgebra booleana e"idenciam que um nYmero redu%ido de sinaisresponde por uma quantidade consider2"el de combinaç+es

A combinatória de sinais geralmente é limitada por regras de sintaxe

que separam as combinaç+es aceitas como mensagens pelo sistema decomunicaç#o daquelas n#o aceitas

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busca 3e$ ou$ n#o4 que tem como conseq(ência uma recuperaç#oinadequada de indicaç+es bibliogr2cas 3UconsertoU e n#o UconcertoU4

Nenhum sistema de comunicaç#o est2 isento de ruído 0aso a taxa deruído se9a baixa$ existe a possibilidade de obter informaç#o precisaV casose9a alta$ a possibilidade se redu% O ruído pode ocorrer$ como "imos

anteriormente$ em qualquer est2gio de um canal de comunicaç#o e podeser atenuado pelo código &sse$ por sua "e%$ xa um repertório desímbolos

 2 a redund8ncia na mensagem é introdu%ida por meio de regras queneutrali%am ruído$ e"itam ambig(idade e garantem efeti"a transmiss#o$ am de que a recepç#o correta da mensagem que mais bem amparadaAs regras proporcionam estruturas ao sistema de comunicaç#o e s#oessas estruturas que permitem pre"is#o de ocorrência de sinais

A forma mais simples de redund8ncia é a simetria e pode serentendida simplesmente como repetiç#o Xuanto maior a redund8ncia$maior a pre"isibilidade

Nessa perspecti"a$ &pstein 3HKJT$ pH4 aponta com pertinência que6Xuando a capacidade combinatória dos sinais é utili%ada

integralmente$ n#o h2 redund8ncia e o custo da transmiss#o é mínimo$mas em compensaç#o a "ulnerabilidade em relaç#o ao ruído é m2xima Aredund8ncia é$ por outro lado$ um fator capa% de proteger a mensagemcontra o ruído embora onerando a transmiss#o$ uma "e% que emprega umnYmero maior de sinais do que o estritamente necess2rio

A redund8ncia pode compensar o ruído em uma mensagem$ além depermitir ao receptor corrigir ou preencher os estímulos distorcidos ou emfalta 5or moti"o desconhecido$ recebemos uma mensagem cu9a primeira

linha se apresenta do modo como segue6>ufoidato a 5resiblica pelo 5,Ainda que ha9a falta de um nYmero consider2"el de letras$ podemos

atribuir um sentido a essa sentença por causa da pre"isibilidade ouredund8ncia Assim$ redund8ncia é a proporç#o de uma situaç#o que épre"isí"el ou$ ainda$ a medida da certe%a de uma situaç#o

5ara antecipar*se ao ruído$ para anular e e"itar seus incon"enientes$recorre*se G redund8ncia O conceito de redund8ncia comoUdesperdício relati"o de símbolos dos mais sugesti"osU é analisado porF:A%e"edo 3HKH$ pJ4 Fistingue esse autor pelo menos dois tipos deredund8ncia6 uma redund8ncia de compreens#o$ de combate ao ruído$

como o bater na porta com o nó dos dedos$ que é sempre repetido$ enunca um simples e bre"e toqueV e uma redund8ncia estética$ estilo deconhecidos escritores que transformam informaç+es tri"iais$ ouredund8ncia necess2ria$ de baixo teor informati"o$ em estéticadesen"ol"ida como estilo peculiar No poema UNo meio do caminhoU$escrito por 0arlos Frummond de Andrade$ h2 "inte pala"ras*tipo esessenta e uma pala"ras*ocorrência 3pala"ra*tipo é um conceitoling(ístico$ é a pala"ra em estado de dicion2rio$ e pala"ra*ocorrência é apala"ra presente de modo efeti"o4 Nesse poema$ em média$ uma pala"rase repete em cada grupo de três pala"ras$ fator que contribui para o teor

de informaç#o estética do poema

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No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra tinha umapedra no meio do caminho tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedraNunca me esquecerei desse acontecimento na "ida de minhas retinas t#ofatigadas

Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha umapedraH

!e9amos outros exemplos que poder#o oferecer subsídios para umamelhor compreens#o do que se9a redund8ncia6

a4 no sistema ling(ístico$ h2 índices di"ersos de redund8ncia 5odemosobser"ar maior redund8ncia no português do que no inglês &mportuguês$ as normas que comandam o ato de colocar o sinal de plural nosubstanti"o e no ad9eti"o possibilitam a eliminaH Frummond de Andrade 3HKT4 Negritamos as pala"ras*tipo para melhor

identic2*lasç#o de UsU sem perda de informaç#o No inglês$ o sinal de plural n#o podeser eliminado sem erro na informaç#o

 ,he DelloP housesAs casas amarelas- possí"el eliminar um e até dois UsU do sintagma escrito em português

sem perda da informaç#o 3desde que n#o se9a o UsU do artigo4$ enquanto omesmo n#o acontece no sintagma escrito em inglês

 ,he DelloP house 3se retirarmos o UsU h2 perda de informaç#o4As casa amarela 3se retirarmos até dois UsU n#o h2 perda de

informaç#o4V

b4 os sobrenomes brasileiros como Nogueira$ /il"a e 5ereira s#oaltamente redundantesV por isso$ no 1rasil$ as pessoas tratam* se peloprenome$ 5aula$ 0arolina$ )2bio$ ou pelo apelido$ ?uga$ Alem#o$ que s#omenos redundantesV

c4 em português$ as consoantes informam mais que as "ogais Asconsoantes$ que s#o HK$ representam S do total de letras de um textoqualquer$ ao passo que as "ogais$ que s#o cinco$ representam J$e"idenciando que s#o altamente redundantes

B2 ainda sistemas que n#o permitem redund8ncia$ aquelesintegralmente informacionais$ que a presença do ruído pode destruir02lculo matem2tico$ nYmero de telefone$ data e endereço s#o alguns

deles &rrar um Ynico dígito denota erro na informaç#o&xistem$ por m$ casos em que a comunicaç#o é impossí"el /#o

aqueles que representam a impre"isibilidade ou pre"isibilidade total dossinais ;eferimo*nos G possibilidade de pre"er tudo o que alguém "ai di%ere$ de igual modo$ de nada poder pre"er ,rata*se de casos extremos den#o*comunicaç#o /ir"a de exemplo a frase proferida a um leigo emnomenclatura cientíca de plantas6

!ocê é para mim como um heliotrópio3nome cientíco de girassol45odemos ent#o di%er que a comunicaç#o implica a existência de um

repertório$ entendido como a soma de conhecimentos codicados$ e deum código$ comuns tanto ao emissor quanto ao recep

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tor 0ompreendida dessa maneira$ a comunicaç#o precisa alimen* tar*seda informaç#o no"a$ com a nalidade de combater sua própria tendênciaentrópica &ssa informaç#o pressup+e um aumento do repertório e umadiminuiç#o da taxa de redund8ncia do sistema

0om base nessa "is#o$ linguagem$ repertório$ código e mensagem

encontram*se "inculados A partir do repertório e da linguagem$ asmensagens podem ser estruturadas &ncontram*se ligadas G noç#o derepertório n#o só a quantidade de informaç#o$ mas também a capacidadede manipulaç#o do código$ como ressalta F:A%e"edo 3HKH$ pKH46

Fança e futebol s#o$ em si mesmos$ linguagens humanas$ a partir derepertórios indi"iduais ou grupais que possuímos O brasileiro codica deuma forma riquíssima e especíca tais mensagens$ por uma série dera%+es peculiares G nossa realidade Ba"endo$ como h2 no 1rasil$ cerca deH a HS mil 9ogos de futebol por semana$ computadas as partidas maisimportantes dos campeonatos ociais$ até as peladas de praia ou depracinhas do interior$ isto signica uma manipulaç#o intensíssima docódigo$ com a conseq(ente organi%aç#o de tal mensagem em ní"eissempre mais ele"ados e originais

0orroborando a exposiç#o de F:A%e"edo$ 5ignatari 3HKTK4 esclareceque o signicado é uma relaç#o entre o interpretante do emissor e ointerpretante do receptorV é uma funç#o dos respecti"os repertórios$confrontados na pr2tica efeti"a dos signos 5ara aclarar essa armaç#o$ opróprio 5ignatari 3pLL4 relata a historieta registrada na seq(ência6

Em garoto recém*alfabeti%ado costuma"a passar$ em companhia dairm#$ 92 ginasiana$ em ente a um edifício onde se lia U&scola de ArteU7ntrigado perguntou G irm#6 U&scola de arte que é issoWU & a irm#6

U&scola de arte onde se ensina arteU & ele6 U5uxa Fe"e ser umabagunçaU 5ara ele$ UarteU signica"a UmolecagemU$ UperalticeU$ de acordocom o repertório que lhe forneciam os ralhos da m#e 3U&sse menino "i"efa%endo arteU4

0onforme ilustra a passagem acima$ os sinais 3signos4 n#o carregam ossignicados em si e as mensagens n#o transmitem signicados /inais emensagens têm uma "irtualidade própria$ despertam signicados naspessoas que os recebem

&ssa dimens#o do signicado$ t#o rica G comunicaç#o humana$ escapado domínio de an2lise da ,M7 &la trabalha com a sintaxe que$ como"imos$ estuda a relaç#o dos signos entre si$ independentemente de seus

signicados N#o interessa G ,M7 o conteYdo dos sinais$ tampouco oassunto a que tais sinais se referem 7nteressa$ sim$ o campoestatisticamente construído pelos sinais transmitidos$ ou maisespecicamente$ o campo relati"o G quantidade de informaç#o

&m resumo$ com base na ,M7$ formulada por /hannon Tc [ea"er3HKTL4$ mostramos que é possí"el medir a informaç#o no sentidoquantitati"o e que a express#o usada por esses pesquisadores$ para sechegar a essa medida$ tem a mesma forma da equaç#o desen"ol"ida parao princípio da entropia &xaminamos o processo de transmiss#o dainformaç#o e ainda como a informaç#o se degrada sob o efeito do ruído e

da entropia Apresentamos também o modo como a redund8ncia

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compensa o ruído e permite corrigir ou preencher estímulos distorcidos ouem falta

5odemos relacionar esses aspectos da ,M7 G recuperaç#o dainformaç#o*potencial$ resultado do registro dos documentos inseridos no/istema de 0ontrole 1ibliogr2co &sse processo "ale*se da estratégia de

busca que$ ao empregar os operadores booleanos *e, ou, não), utili%a aredund8ncia e e"ita o ruído$ ou se9a$ o resgate de indicaç+es bibliogr2casirrele"antes

No capítulo subseq(ente$ examinaremos como a informaç#o* potencial$recuperada pelo sistema$ com suas características de impre"isibilidade$de incerte%a e de probabilidade$ aproxima*se da proposta e"idenciada na

 ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o de /hannon Z [ea"er e encontrarespaldo na cibernética Aplicaremos as leis fundamentais da cibernética$a da regulaç#o e a do controle$ ao /istema de 0ontrole 1ibliogr2coS 7N)O;MA<=O$ 071&;N-,70A & 0ON,;O>& 171>7O?;@)70OU&m tudo o que ultrapassa a rotina repetiti"a$ existe uma innita parcelade no"idade e de processo criador humano$ estando as bases da criaç#oassentadas na capacidade de combinar o antigo e o no"oU3!DgotsCD$ HKJK4I"%ORMA&'O !IBR"#$I!A

Há 7m séc7lo8 +arecia bem +o7co +ro9á9el +ensar :7e asmá:7inas +o;eriam tornar4se realmente a7tomáticas8 ca+a<es ;econtrolar a si mesmas com base na informação,

Brincar com a i;éia ;e :7e as má:7inas re+resentariam 7mno9o reino8 e +re9er como 7m ;ia +artic7larmente cr=tico a:7eleem :7e as má:7inas seriam realmente a7tomáticas8 acontece fa<

cem anos8 mais +recisamente em >?@8 com as +ala9ras ;eSam7el B7tler em s7a obra Erehon8Até o momento8 as má:7inas recebem s7as im+resses atra9és

;o homem e +or meio ;e se7s senti;os, Uma locomoti9a emmarcha lança 7m grito ag7;o ;e alarme a 7ma o7tra locomoti9a eesta ime;iatamente a ;eiCa +assar8 mas foi +or meio ;o o79i;o domaquinista :7e 7ma agi7 sobre a outra /em o maquinista$ a m2quinachama;a teria ca;o surda ao grito da outra que a chama"a Bou"e umtem+o em :7e teria parecido bem pouco pro"2"el que as m2quinas+7;essem a+ren;er a dar a conhecer suas necessidades por meio desons8 mesmo ten;o como intermedi2rio o ou"ido do homem N#o

+o;er=amos8 a +artir daí$ imaginar que chegar2 um dia em que elas n#oterão mais necessidade desse ou"ido e que ou"ir#o graças Gsensibili;a;e ;e s7a +r-+ria organi%aç#oW 3apud ;uDer$ HKK$ p HI*H4

A pre"is#o de /amuel 1utler con"erte*se em realidade O século ]]toma*se o século da técnica$ da mecani%aç#o integral do trabalho físicoUBo9e$ sobre aterra$ KK do trabalho Ytil s#o reali%ados pelas m2quinas esomente H pelos homens B2 um século o relatório era bem diferente6 asm2quinas executa"am do trabalho e os homens KTU$ assegura'ondrato" 3HKT$ p HS4 A cibernética empreende a mecani%aç#o dotrabalho físico e de algumas ati"idades do trabalho intelectual

O nascimento da cibernética ocorre na década de HKI$ por ocasi#o doencontro de matem2ticos$ físicos e siologistas como [iener$ !on

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Neumann$ 1igeloP$ Mc0ul7och e outros$ no e"ento conhecido pelo nomeda entidade que o patrocina$ )undaç#o osiah MacD unior Ou maisespecicamente em HKJ$ quando Norbert [iener publica seu trabalho(ibernética ou regulação e comunicação no animal e na m9uina

 K(bemetics or control 1 and commu- nication in the animal and in

the machineL,O termo cibernética é empregado pelo físico MaxPell em artigo

intitulado UOn go"ernorsU$ por "olta de HJI$ para determinar o estudodos mecanismos de repetiç#o e se referir aos artefatos de controle dasm2quinas Anos antes$ o físico e lósofo francês Amp* re utili%a o termocibernética como a ciência dos meios de go"erno que assegura aoscidad#os a possibilidade de usufruir plenamente as benesses destemundo /éculos antes de Ampre$ o lósofo 5lat#o ser"e*se da pala"racibernética$ no grego *Mibemétié) designada também como a arte depilotagem$ em um sentido gurado$ como a arte de dirigir homens$explicam 'ondrato" 3HKT4 e 1ennaton 3HKJT4

Fe acordo com consulta a dicion2rio$ os termos pilotar$ go"ernar econtrolar s#o meras "ariaç+es do exercício de condu%ir alguma coisa ,ais"ariaç+es pressup+em a existência de uma ligaç#o de ida e de "olta entreo elemento condutor e o que é condu%ido$ ligaç#o que permite imprimircorreç+es na entrada de um sistema a partir dos des"ios detectados nasaída O procedimento é denominado retroação ou retroalimentação, traduç#o da pala"ra feedbac  3tema a ser tratado ainda neste tópico4H &m inglês$ o termo control tanto signica direç#o controlada em curso

de ação quanto controle a "osteriori 9sei.-control:;H6H

O conceito de cibernética é encontrado também na língua eclesi2stica$assegura F:A%e"edo 3HK4$ para qualicar a ciência da organi%aç#o da7gre9a &ntende o autor que tal ocorrência é importante$ pois acena pelaprimeira "e% a necessidade organi%acional do comando e do controleMesmo que inconsciente o relacionamento$ Ué de signicaç#o marcante ofato de ter sido escolhido termo idêntico para qualicar comando econtrole, de uma parte$ e organi'ação, de outra$ em épocas t#odistantes e 2reas t#o alheias entre siU 3F:A%e"edo$ HK$ pHI * grifonosso4

A escolha da pala"ra cibernética por [iener n#o é casual$ assinala1ennaton 3HKJT$ p H46

Em duplo moti"o le"ou [iener a utili%2*la6 consagrar o trabalhopioneiro de MaxPell$ pois é fundamental na cibernética o estudo de comoas m2quinas podem ser controladasV e$ depois$ ressaltar que estaati"idade$ o controle das m2quinas$ apenas reprodu% em outra escalatanto a técnica dos pilotos quanto a arte dos go"ernantes

O mérito de [iener$ ent#o$ di% 'ondrato" 3HKT4$ consiste em ter sidoele o primeiro estudioso a compreender que$ graças aos progressos de umgrande nYmero de disciplinas cientícas como a ,eoria Matem2tica da7nformaç#o$ a ,eoria dos Aut.matos$ ,écnica de 02lculo e de Automaç#o$todo um círculo comum de problemas ligados G transmiss#o$ acumulaç#o

e utili%aç#o da informaç#o ca elaborado

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5or mais admir2"el que se9a con"i"ermos ho9e com todos os a"ançostecnológicos$ para que uma mensagem se9a en"iada$ utili%ando*se deuma Um2quina de informaç#oU 3[iener$ HKJ$ pK4$ é necess2rio$ porém$que alguém a alimente$ isto é$ que alguém forneça G m2quina amensagem a ser transmitida Os problemas que emanam do di2logo entre

o homem e as m2quinas s#o aqueles que condu%em os a"anços dacibernética$ ciência que se ocupa do estudo dos sistemas capa%es deassimilar$ conser"ar$ tratar a informaç#o e de utili%2*la para a gest#o eregulaç#o

Até onde nos é permitido saber$ assinala ;uDer 3HKK4$ a cibernéticaparece n#o ter enunciado explicitamente seu ponto de "ista acerca daorigem da informaç#o Ao compararmos duas das proposiç+es enunciadaspor [iener 3HKTH4$ podemos entender essa asse"eraç#o de ;uDer

A primeira delas declara que as m2quinas de informaç#o conser"am amesma quantidade de informaç#o do início ao término do processo decomunicaç#o N#o h2 uma quantidade de informaç#o maior na mensagemque sai da m2quina do que naquela que entra na m2quina & possí"el queha9a uma quantidade menor de informaç#o ao término do processo emra%#o de efeitos gerados pelo ruído e pelo aumento da entropia

A outra proposiç#o arma que$ mesmo mais aperfeiçoados que asm2quinas industriais$ os cérebros e os sistemas ner"osos s#o m2quinasde informaç#o Ambas$ m2quinas industriais e humanas$ pertencem Gmesma ordem e n#o s#o dotadas de nenhuma propriedade transcendenteou de nenhuma outra propriedade que n#o possa ser imitada por ummecanismo

A combinaç#o das duas teses de [iener$ na opini#o de ;uDer 3HKK4$

resulta na impossibilidade de se conceber qual possa ser a origem dainformaç#o 0onforme [iener 3HKTH4$ o cérebro e os sistemas ner"ososs#o m2quinas de informaç#o Assim$ por analogia$ podemos aplicar aocérebro e aos sistemas ner"osos o princípio de conser"aç#o dainformaç#o /er2 que é "i2"el tal analogiaW /eria a quantidade deinformaç#o de saída do cérebro equi"alente G de entradaW Fe acordo comAtlan 3HKK4$ essa proposiç#o parece excluir qualquer possibilidade de umpapel organi%acional do ruído$ o qual permitiria um acréscimo naquantidade de informaç#o na saída do sistema 0omo exemplo$ temos oorganismo que$ ao ser acometido por uma forte infecç#o$ desen"ol"eanticorpos contra ela &ssa no"a informaç#o$ por n#o ter sido inserida no

início do processo$ pode possibilitar um acréscimo na quantidade deinformaç#o que sai do sistema

 ,i"emos oportunidade de "er$ no capítulo reser"ado ao estudo da ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o$ que a quantidade de informaç#oen"iada n#o é importante para disparar a aç#o$ e sim a quantidade deinformaç#o que ao ser emitida é arma%enada o suciente para ser"ircomo disparador da aç#o Nas pala"ras de [iener 3HKKL$ pK4$ Uoimportante n#o é apenas a informaç#o que introdu%imos na linha$ mas oque dela resta após ter passado pela maquinaria nal encarregada deabrir ou fechar comportas$ sincroni%ar geradores e reali%ar operaç+es

similaresU

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Ema resenha da obra (bernetics publicada no 9ornal francês 8e2onde, no mesmo ano do lançamento do li"ro no mercado$ em J dede%embro de HKJ$ por um frade dominicano de nome 5re Fubarle$informou aos leitores do periódico quanto G existência das no"asm2quinas de informaç#o e o que elas parecem capa%es de reali%ar O

eclesi2stico proclama que tais m2quinas podem$ por exemplo$ Ucoletar asinformaç+es sobre a produç#o e o mercado e depois constituir umaparelho mundial de tomada de decis+es$ contanto que os processos n#ose9am condu%idos de forma determinista mas integrem$ no mais puroestilo da teoria dos 9ogos$ acontecimentos aleatóriosU 31reton$ HKKH$ pHK4 O funcionamento de um sistema desse tipo$ alerta o religioso$ podesuscitar um regime totalit2rio no qual o controle da informaç#o pelam2quina "enha pri"ar o homem da possibilidade de tomar decis#o

O artigo escrito por Fubarle apresenta também uma sugest#o queconrma algumas implicaç+es da m2quina de 9ogar xadre% colocadadentro de uma armadura6 U5odemos sonhar com a época em que umamachine N gou%erner  "enha suprir * para o bem ou para o mal * a atuale ób"ia insuciência do cérebro$ quando este se ocupa com a costumeiramaquinaria da políticaU 3[iener$ HKKL$ p HT4

A machine N gou%erner, na perspecti"a de [iener 3ibidem$ pHJ4$que compartilha do temor que a_ige 5re Fubarle$n#o é assustadora de"ido ao e"entual perigo de alcançar o domínioaut.nomo da humanidade /m "erdadeiro perigo$ contudo$ é muitodi"erso * é o de tais m2quinas$ embora inermes por si mesmas$ poderemser usadas por um ser humano ou por um grupo de seres humanos paraaumentar seu domínio sobre o restante da raça humana A grande

fraqucRa da m2quina * fraque%a que nos sal"ou até aqui de sermosdominados por ela * é a que ela n#o pode ainda le"ar em consideraç#o a"asta faixa de probabilidades que caracteri%a a situaç#o humana Adominaç#o da m2quina pressup+e uma sociedade nos Yltimos est2gios deentropia crescente$ em que a probabilidade é insignicante e asdiferenças estatísticas entre os indi"íduos nulas )eli%mente$ ainda n#oalcançamos esse estado

A realidade humana admite apenas a determinaç#o de seus "alorespro"2"eis e n#o sua exata determinaç#o$ como é o caso das m2quinascomputadoras modernas Os problemas de estabilidadeda prediç#o humana ultrapassam aquilo que ho9e é passí"el de controle

na m2quina0oncluindo sua resenha$ o referido frade chama a atenç#o$

principalmente dos cientistas$ para a crescente mecani%aç#o dos aparatosmilitares e políticos do mundo como sendo um Ugrande aparelho sobre*humano funcionando de acordo com princípios cibernéticos A m dee"itar os mYltiplos perigos disso é mister que conheçamos$ qual anature%a do homem e quais os seus propósitos inerentes$ mesmo quandode"emos usar tal conhecimento como soldados e estadistasV cumpre*nos$outrossim$ saber por que dese9amos domin2*loU 3ibidem$ p HJI4

A cibernética$ assim$ congura*se como a ciência do comando e do

controle de um processo organi%ado com capacidade de autocorreç#o e

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realimentaç#o próprias$ que imprimem no sistema o m2ximo deeciência

O mecanismo teórico da realimentaç#o é formulado por [iener$ que "ênele um dos fundamentos de todo comportamento organi%ado einteligente - possí"el distinguir os comportamentos ati"os$ que disp+em

de sua própria fonte de energia$ e os n#o ati"os$ que utili%am uma fonteexterior de energia No interior dos comportamentos ati"os existem osintencionais$ orientados para atingir uma meta$ e os fortuitos$ dirigidospelo acaso$ di% 1reton 3HKKH4 7nteressa para [iener 3HKTH4 a classe doscomportamentos intencionais$ na qual ele inclui as m2quinas maissosticadas e também a maior parte dos comportamentos humanos Osgêneros mineral$ "egetal$ animal ou humano$ que distinguem os seres$cedem lugar a uma comparaç#o indiferente G matéria$ a que compara acomplexidade do comportamento Em dos elementos fundamentais dessacomplexidade é a noç#o de realimentaç#o ou feedbac.

Fene ;uDer 3HKK$ pSL4 uma m2quina com feedbac  como aquelaque possui Uum funcionamento cíclico com uma deri"aç#o reguladora pelaqual passa uma corrente de informaç#o e comparado automaticamente aum idealU Ou$ como expressam F:A%e"edo 3HK4 e 7datte 3HK4$ quandoexiste circularidade de aç#o entre as partes de um sistema din8mico$ épossí"el armar que nesse sistema h2 realimentaç#o A realimentaç#opode ser descrita como um comportamento determinado pelasinformaç+es origi*nadas do ob9eti"o a ser atingido A realimentaç#o é$ assim$ ummecanismo informacional

0om relaç#o a isso$ para [iener 3HKKL$ p4

I controle da m2quina com base no seu desempenho efeti"o em "e% deno seu desempenho esperado é conhecido como realimentaç#o e en"ol"emembros sensórios que s#o acionados por membros motores edesempenham a funç#o de detectores ou monitores$ isto é$ de elementosque indicam um desempenho A funç#o desses mecanismos é a decontrolar a tendência mec8nica para a desorgani%aç#o

A tese de [iener$ nesse sentido$ é de que o funcionamento físico doindi"íduo "i"o e I de algumas das m2quinas de comunicaç#o maiscomplexas têm paralelo no esforço de dominar a entropia$ utili%ando*sedo processo de realimentaç#o e elaboraç#o org8nica &m ambos os casos$h2 um instrumento especial para reunir informaç#o externa tornando*a

acessí"el em operaç+es$ tanto para I indi"íduo quanto para a m2quina&xistem a realimentaç#o simples e a resultante de uma aprendi%agem

0aso I produto do processo de realimentaç#o se9a utili%ado como dadonumérico para a crítica e a regulagem do sistema$ temos arealimentação simples. 0aso a informaç#o que remonta o desempenhose9a capa% de mudar I método e o padr#o geral do desempenho$ temosum processo que podemos denominar aprendi'agem, uma espécie derealimentaç#o que afeta todo o método de comportamento doinstrumento$ conforme F:A%e"edo 3HK4

)ornece*nos exemplo interessante de realimentaç#o$ conse* q(ência de

aprendi%agem$ a história de ,eseu e I Minotauro no >abirinto$ inserida naobra de 7datte 3HK4 O herói da lenda grega$ ,eseu$ de"e procurar I

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Minotauro$ um monstro com cabeça de touro e corpo de homem$ no>abirinto$ um pal2cio repleto de salas e corredores que se entrecru%am deforma a impedir a saída de quem nele entrar O monstro Minotauroencontra*se encerrado no >abirinto e ,eseu imp.s*se a miss#o de alipenetrar$ a m de liquidar I animal O >abirinto era de tal modo

complicado que$ sem auxílio$ ,eseu ali se perderia e n#o escaparia damorte

5reocupada com I destino de seu amado ,eseu$ Ariadne "ai atéFédalo$ I engenheiro construtor do >abirinto$ que ensina a ela umaestratégia para entrar e escapar com segurança do terrí"ellocal I truque est2 em prender a ponta de um no"elo na entrada edesenrolar a linha G medida que se fa% a caminhada 5ara sair$ fa%*se Gsa"essas$ enrola*se a linha no no"elo 7nstruído com as regras de aç#o 3oualgoritmo4 para resol"er seu dilema$ ,eseu torna*se herói da a"entura

A artimanha do no"elo poderia ser dispens2"el em pelo menos duassituaç+es6 o prisioneiro ter extraordin2ria propens#o para assimilarexperiências e capacidade mnemónica fant2stica Ao que parece$ ,eseun#o é um superdotado e possui apenas uma coragem lend2ria A astYciaque propicia a saída do herói do >abirinto mostra que aquilo que se 9ulgapróprio e exclusi"o do homem$ aprender reunindo ou incorporandoinformaç#o$ p.de ser substituído$ no caso$ por um simples carretei delinha

Ao analisarmos a lenda desse modo$ declaramos ser "i2"el criarsimilares que apresentem comportamentos como se usufruíssem das"irtudes referentes ao aprendi%ado e G capacidade de assimilarexperiências$ com uma aparente "antagem sobre o modelo criado para o

qual se podem dar uma ordem e uma medida exatas e ainda in"estigar osmo"imentos pertinentes a tais processos e depois$ se necess2rio$abandon2*lo Ema criaç#o desse tipo$ uma m2quina com memória$ porexemplo$ de"e ser capa% de reter e de dispor das informaç+es nelaintrodu%idas

Os ciberneticistas$ n#o com rara freq(ência$ constroem protótipos deanimais a m de p.r em pr2tica seus experimentos6 as tartarugas de ?reD[alter que disp+em de lu% própria e exibem complicadas formas decomportamento socialV o cachorro que reage ao alimento$ representadopela lu%$ criado no 7nstituto &letr.nico de >eningradoV o esquiloespeciali%ado na execuç#o de um trabalho determinado$ autoria con9unta

de &dmundo 1erCeleD e dois dos seus alunos Mas é o rato ideali%ado por0laude /hannon que possui as faculdades mais espantosas$ assegura'ondrato" 3HKT4

0om base na lenda narrada$ /hannon denomina sua criaç#o$ o rato$ ,eseu cibernético O animal consiste de um punhado de aço met2lico como comprimento de alguns centímetros$ acrescido de cauda$ bigode edesenho de olhos Mo"e*se sobre rodí%ios e$ graças a sua memória$ umesquema de relais, orienta*se no labirinto$ construído para ele$esforçando*se para alcançar a recompensa$um bocado de toucinho$ representada por um eletrodo que$ ao ser tocado$

fecha o circuito e obriga o rato a cessar sua peregrinaç#o 3'ondrato"$HKT4

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O rato cibernético conhece o sim e o n#o$ a presença ou a ausência dapassagem 0ada erro de percurso fornece a ele uma informaç#o que$somada aos conhecimentos anteriormente adquiridos$ se transforma emresposta Gs in_uências do inundo exterior$ com base no princípio daretroaç#o ou feedbac.

Em dos procedimentos cibernéticos mais ecientes$ assegura [iener3HKTH4$ é a permanente comparaç#o e simulaç#o das estruturas "i"ascom mecanismos construídos pelo homem 0omparar estruturas humanase animais a elementos e mecanismos exteriores é próprio do homem$desde h2 muito O braço do homem$ desde Arquimedes$ assemelha*se auma ala"ancaV o coraç#o humano$ a uma bombaV os olhos$ a uma c8marafotogr2ca A comparaç#o de estruturas mais complexas$ como amemória$ é mais recente

A cibernética interessa o modo como se comportam os organismos e asm2quinas$ dos mais simples aos mais complexos A compreens#o de umfen.meno para a cibernética resulta da an2lise do con9unto de fatos quese encontra presumi"elmente ligado ao fen.meno e n#o da identicaç#ode uma causa e de um efeito

O problema da caixa*preta ilustra com propriedade esse modo de acibernética questionar a realidade Os técnicos da a"iaç#o$ quando sedefrontam com uma caixa*preta$ n#o se empenham em determinarimediatamente o que h2 dentro dela$ esclarece 7datte 3HK$ pS4$ mas emsitu2*la em relaç#o a um con9unto de sistemas do qual é parte ,ratam dedenir as conex+es e relaç+es da caixa*preta com o sistema maior$ a mde compreender como funciona o con9unto por inteiro Os sistemascibernéticos$ a começar pelos sistemas mais primiti"os$ funcionam da

mesma maneira - desse mesmo modo que nós$ humanos$ funcionamos$porque também somos sistemas cibernéticos$ portadores de numerosascaixas*pretas

Nas pala"ras de AshbD 3HKI$ p HK46 UA teoria da caixa*preta é osimples estudo das relaç+es entre o experimentador e o seu ambiente$quando se d2 uma atenç#o especial ao _uxo de informaç#oU5resenciamos o fen.meno quando existe uma atenç#o estrita aoproblema que relaciona ob9eto e obser"adorV quando existeuma busca a respeito de qual informaç#o pro"ém do ob9eto e de quemodo essa informaç#o é obtida

A cibernética trata os sistemas indagando a respeito dos possí"eis

comportamentos que cada um deles pode produ%ir ou n#o sobre sua aç#oindi"idual &ssas "irtudes cientícas da cibernética oferecem$ de acordocom AshbD 3HKI46

a4 um "ocabul2rio singular e um con9unto singular de conceitos que$adequados G representaç#o dos mais di"ersos tipos de sistema$possibilitam re"elar paralelismos entre m2quina$ cérebro e sociedade Acorrespondência entre cromossomo e hereditariedade é uma ilustraç#oNenhum deles pode fornecer pro"as acerca das leis do outro$ mas umpode propiciar sugest+es que se9am de grande "alia para o outroV

b4 um método para tratamento cientíco do sistema no qual a

complexidade é saliente e demasiado importante para ser ignorada Até oinício do século ]]$ os cientistas in"estigam sistemas que permitem a

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"ariaç#o de apenas um fator de cada "e% ou sistemas capa%es de seremanalisados em componentes simples Os experimentos de ;onald )isher$feitos em solos agrícolas$ reconhecem a existência de sistemas complexosque n#o permitem "ariar os fatores um de cada "e% /#o sistemasdin8micos e interligados nos quais a alteraç#o de um fator imediatamente

atua como causa para suscitar alteraç+es em outros Acrescentamos quealgo semelhante ocorre com o /istema de 01 que igualmente comporta*se como um sistema din8mico

Ao comparar o organismo "i"o G m2quina$ [iener 3HKKL4 registra quetanto o organismo quanto a m2quina podem exemplicar processos queparecem resistir local e temporariamente G tendência geral para oaumento da entropia Nos aut.matos simuladores de "ida$ existemcaracterísticas gerais que precisam ser acentuadas6 reali%ar tarefas especícas e$ portanto$ possuir órgãos motores,

an2logos aos braços e pernas dos seres humanosV estar em sintonia com o mundo exterior por meio de órgãos

sensoriais, cu9a incumbência é indicar as circunst8ncias existentes eregistrar o desempenho ou n#o das tarefas designadas

Fenomina*se essa funç#o$ conforme "imos$ realimentaç#o$ ou se9a$ Uacapacidade de poder a9ustar a conduta futura em funç#o do desempenhopretéritoU 3[iener$ HKKL$ pLL4V possuir órgãos decisórios centrais para determinar as etapas sub*

seq(entes com base na informaç#o retransmitida e arma%enada pormeios an2logos aos da memória de um organismo "i"oO sistema ner"oso e a m2quina autom2tica s#o aparelhos que tomam

decis+es com base em decis+es passadas A m2quina autom2tica$ desde

a mais simples$ tem que resol"er entre ligar ou desligar$ e o ner"o decideentre condu%ir ou n#o um simples impulso Ambos$ m2quina e ner"o$ têmum dispositi"o especíco para fa%er que as resoluç+es futuras dependamdas resoluç+es passadas No sistema ner"oso$ arma [iener 3HKKL$ pL4$boa parte dessa tarefa é reali%ada naqueles pontos extremamentecomplicados$ denominados UsinapsesU$ nos quais numerosas brasner"osas aferentes se ligam a uma Ynica bra ner"osa eferente &mmuitos casos$ é possí"el denir a base dessas decis+es como o limiar deaç#o da sinapse$ ou$ em outras pala"ras$ di%er quantas bras aferentesde"em de_agrar para que as bras eferentes possam de_agrar &ste é ofundamento$ pelo menos em parte$ da analogia entre m2quinas e

organismos "i"os A sinapse$ no organismo "i"o$ corresponde aodispositi"o comutador da m2quina

A concepç#o do sistema ner"oso$ tanto para 7datte 3HK4 quanto para[iener 3HKKL4$ corresponde G teoria da m2quina digital que$ como "imosno capítulo anterior$ apresenta "antagem se comparada G m2quinaanalógica no que se refere G soluç#o de problemas de comunicaç#o econtrole A maior parte dos trabalhos reali%ados com simuladoresmec8nicos do cérebro utili%a m2quinas de base digital

A cibernética$ que agora chega aos cinq(enta anos$ pode ostentar seucrescimento$ que é consider2"el$ mas n#o pode pre"er as m2quinas

cibernéticas do futuro O autor so"iético 7gor 5oletae"$ que escre"eu 8e

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signal, li"ro consagrado G cibernética$ poeticamente exprime estepensamento6

/e se ti"esse perguntado ao homem das ca"ernas$ polindo machadosde pedra$ que instrumentos seriam utili%ados no futuro$ é muito du"idosoque o mestre$ o m2s habilidoso no fabrico desses machados$ pudesse

e"ocar o martelo a "apor$ a prensa hidr2ulica eos outros instrumentos e m2quinas da nossa época A culpa n#o é dele&le n#o dispunha de informação suciente para conhecer umaextrapolaç#o t#o longínqua 3'ondrato"$ HKT$ pHTL *grifo nosso4

0aso se9amos indagados acerca do controle bibliogr2co do futuro$ épossí"el que n#o saibamos responder melhor que o homem dasca"ernas!IBR"#$I!A )O !O"$ROL BIBLIO.R/%I!O

A import8ncia da obra de [ellisch 3HKJI4 para a elaboraç#o desteestudo encontra*se no nYcleo do trabalho que focali%a a aplicaç#o das leisda cibernética aos sistemas de 01 O emprego eca% das no"astecnologias de automaç#o disponí"eis para o controle bibliogr2codescriti"o é e"idenciado$ ao passo que o controle bibliogr2coexploratório$ por n#o depender unicamente do a"anço tecnológico mastambém das linguagens document2rias$ que s#o falí"eis$ continualimitado

As leis fundamentais da cibernética$ a da regulaç#o e a do controle$podem ser aplicadas de forma Ytil aos fen.menos estudados pelo controlebibliogr2co$ "isto que tais leis existem onde quer que um sistema comseu comportamento obser"2"el possa ser percebido Xuando essas leiss#o aplicadas G recuperaç#o de documentos$ elas denunciam as restriç+es

das rotinas de controle exercidas pelo sistema e$ por extens#o$ ainexiq(ibilidade do controle bibliogr2co plenoApenas as funç+es descriti"as das características formais e físicas de

um documento$ como a transcriç#o dos dados da obra e o arran9oseq(encial alfabético eRou numérico$ podem ser go"ernadas por regrasaplic2"eis de maneira genérica A funç#o de recuperaç#o orientada para oconteYdo$ por basear*se em 9ulgamentos sub9eti"os de rele"8ncia$ porparte dos indexadores que tratam o documento e dos usu2rios queutili%am o sistema nal$ é ainda parcialmente controlada Assim$ obter ocontrole bibliogr2co daquela funç#o toma*se possí"el$ mesmo queteoricamente$ em ra%#o de uma melhor compreens#o da nature%a dos

elementosdescriti"os dos documentos$ aliada aos r2pidos progressos da tecnologia eG crescente cooperaç#o internacional

Alguns proponentes de métodos de recuperaç#o da informaç#oinsinua"am ingenuamente que a soluç#o para ambas as facetas dosistema de controle bibliogr2co encontra"a*se nalmente disponí"el6 ocomputador [ellisch 3HKJI$ pL4 exp+e um desses propósitos6

A coleta$ arma%enagem$ impress#o$ arran9o e reordenaç#o dasentradas bibliogr2cas$ de acordo com qualquer critério dese9ado$ seriamreali%ados$ com grande "elocidade e com uma precis#o infalí"el$ pelos

computadores$ enquanto os indexadores e resumidores humanos seriamsuplantados por técnicas de indexaç#o e resumos autom2ticos$ os quais$

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com precis#o igualmente infalí"el$ ha"eriam de conseguir um controleexploratório total dos documentos

Acredita"a*se que o controle bibliogr2co por inteiro n#o se consuma"asimplesmente porque a tecnologia disponí"el esta"a obsoleta Ocrescimento da capacidade de acumulaç#o de dados legí"eis por

computador 92 é uma realidade ao lado de linguagens document2rias nos"ariados campos do saber$ e$ no entanto$ o controle bibliogr2co n#o seconsumou

0om a nalidade de entender como funciona a an2lise cibernética emum sistema de 01$ procuraremos tratar da regulaç#o e do controle"alendo*nos primeiramente de um modelo de sistema$ representado pela)igura 6

)7?E;A * Fiagrama dos efeitos imediatos cm um sistema regulado)onte6 [ellisch 3HKJI4

O sistema din8mico aberto em um ambiente & possui uma saída I$mantida dentro dos limites especicados mV uma entrada F quepotencialmente perturba o estado "i2"el I por meio de no"as einesperadas "ariedades ou ocorrências 3maneiras com as quais F pode

afetar I4V um dispositi"o de controle 0 e um regulador ; acoplado a &$ quemantém a saída I dentro dos limites m$ e que forma um subsistema /$cu9a nalidade é controlar o _uxo de "ariedade entre F e I

A "ariedade ou ocorrência é uma lei fundamental da cibernética$conhecida como lei da "ariedade requerida$ que é b2sica na teoria geralda regulaç#o e expressa que6 UApenas a "ariedade em ; pode forçar abaixa da "ariedade de"ida a FV somente a "ariedade pode destruir a"ariedadeU 3AshbD$ HKI$ p4 &ssa lei estabelece uma relaç#o entre a"ariedade das perturbaç+es$ a das respostas e a dos estados aceit2"eisNas pala"ras de Atlan 3HKK$ pLK46 UA "ariedade das respostasdisponí"eis de"e ser t#o maior quanto maior for a das perturbaç+es equanto menor for a dos estados aceit2"eisU 0onsideremos o sistemaabaixo$ constituído de partes em comunicaç#o$ e compreenderemos esseenunciado6

& refere*se ao con9unto das "ari2"eis essenciaisVF G fonte de perturbaç#o e perigosV) G parte interpolada$ formada para a proteç#o de & 3quanto melhor o

regulador )$ maior a possibilidade de sobre"i"ência do sistema4Ema funç#o do regulador ) é bloquear a transmiss#o de "ariedade do

distYrbio F para a "ari2"el essencial & &ssa funç#o implica tambémbloquear o _uxo de informaç#o ,omemos como exemplo umcondicionador de ar6 se o aparelho for bom de fato$ o su9eito que se

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encontra no ambiente protegido n#o ter2 condiç#o de di%er como est2 otempo fora dele Nesse caso$ a regulaç#o é tomada como algo conhecido

!e9amos$ na seq(ência$ o processo de regulaç#o em si mesmo$ com oob9eti"o de descobrir o que ele en"ol"e e implica /upondo*se estar obser"ando dois 9ogadores$ ; e F$ que se utili%am da ,abela H

para compor seus lances$ a letra especicada pela interseç#o da linha eda coluna acusa o resultado

' a lí S

H b c a bH c b H

 ,abela H6 AshbD 3HKI$ p LK4; de"e marcar um a$ por exemploVF 9oga em primeiro lugar escolhendo um nYmeroV;$ conhecendo o nYmero$ escolhe uma letra grega3A posiç#o de ; nesta situaç#o é fa"or2"el$ possui controle completo

do resultado4O 9ogo continua com os mesmos 9ogadores$ as mesmas regras Apenas

a tabela é outra$ a 6

a' lí #

7 b d n a d d

L d H d b

S d a b d ,abela 6 AshbD 3HKI$ pI4/e o al"o for b$ nem sempre ; pode ganhar /e F escolhe o nYmero L$

n#o h2 mo"imento para ; cu9o resultado se9a b 3diferentes arran9os dentroda tabela e diferentes nYmeros de estados disponí"eis para F e ; podemoriginar uma "ariedade4

0onsideremos a ,abela L$ nesta outra etapa do 9ogo$ na qual nenhumacoluna contém resultado repetido6

tt;n

H 9  f  '  ,í C c )

L HHH C a b b & c q  <= H4 li m>  9 ; aJ a p 9K i 3H B

 ,abela L6 AshbD D>E@8 +,FG>,

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5ara manter a "ariedade redu%ida a um ou mesmo para manter amínima "ariedade possí"el$ de"e ;$ a cada linha$ mudar para uma no"acoluna

Fe modo geral$ assinala AshbD 3HKI$ pL46 U/e n#o h2 doiselementos iguais na mesma coluna e se um con9unto de resultados for

escolhido por ;$ um de cada linha$ e se a tabela ti"er H linhas e c colunas$ent#o a "ariedade no con9unto escolhido de resultados n#o poder2 sermenor do que H R c

&xaminemos a partida de um ponto de "ista ligeiramente diferente /ea 9ogada de ; for in"ari2"el$ se9a qual for o mo"imento de F$ a "ariedadenos resultados ser2 t#o grande quanto a "ariedade nas 9ogadas de F /ena seq(ência duas 9ogadas forem admitidas para ;$ a "ariedade dosresultados poder2 ser redu%ida G metade /e ; utili%a três 9ogadas$ areduç#o poder2 chegar a HRL$ e assim por diante Fesse modo$ apenas a"ariedade nos lances de ; pode forçar a baixa na "ariedade dosresultados

!oltando nossa atenç#o para a ,abela H$ na qual ;tem chance de forçaro resultado pretendido$ podemos analisar a situaç#o de outra maneira Ocontrolador 0 é quem decide qual resultado ser2 o al"o e ; de"e obedecera ele As decis+es de 0 afetam a escolha de ; Assim$ o diagrama dosefeitos imediatos 3AshbD$ HKI$ pSH4possui duas entradas independentes e é representado do modo comosegue6

/e ; for um regulador perfeito$ proporcionar2 a 0 controle completosobre a saída$ apesar da entrada de efeitos perturbadores em F Aperfeita regulação do resultado por ; possibilita o completo controle 

sobre o resultado por 0O teorema relati"o G lei da "ariedade requerida assume uma formamais simples$ asseguram AshbD 3HKI4 e [ellisch 3HKJI4$ caso as"ariedades se9am medidas logaritmicamente$ e as condiç+es se9am asmesmas6 !o é a "ariedade em OV !F$a "ariedade na perturbaç#o FV e !; a"ariedade no regulador ; Assim$ o mínimo de !F é !F !; !F !;pode serdiminuído apenas por um aumento correspondente de !; A "ariedade nosresultados$ se for mínima$ pode ser diminuída apenas por um aumentocorrespondente na "ariedade de ; O "alor mínimo de !I$ se9a H 3ou %ero$se medido logaritmicamente4$ pode ser conseguido apenas quando a"ariedade em ; for igual G "ariedade em F

A lei da "ariedade requerida arma também que a capacidade de ;como um regulador n#o pode exceder a capacidade de ; como canal decomunicaç#o Fe acordo com AshbD 3HKI4$ essa lei pode ser relacionadacom um dos teoremas de /hannon$ aquele concernente G teoria datransmiss#o de sinais$ no qual a quantidade de ruído 3distYrbio F4 passí"elde ser remo"ida por uma correç#o de canal 3regulador ;4 é limitada pelaquantidade de informaç#o passí"el de ser transportada pelo referidocanal Assim$ o uso de um regulador para alcançar a homeostase3equilíbrio4 e o de um canal de correç#o para suprimir ruído s#ohomólogos

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No tratamento dado G regulaç#o$ a ênfase recai sobre suaspropriedades de redu%ir a "ariedade no resultado O limite da reduç#o édado pela regulaç#o$ que mantém o resultado constante

A ;&?E>A<=O & O 0ON,;O>& NO /7/,&MA F& 0ON,;O>& 171>7O?;@)70O;ecuperar documentos por meio de características especícas$ como

autoria$ título e assunto$ é o ob9eti"o principal de qualquer /istema de0ontrole 1ibliogr2co A maneira mais eciente ho9e de se obter esseresultado consiste na produç#o de substitutos dos documentos 3[ellisch$ HKJI4 que contenham elementos que indi"iduali%em a obra ,alprocedimento$ além de possibilitar acesso a um nYmero grande dematerial em tempo redu%ido$ torna o /istema de 01 independente dodocumento real Nesse caso$ o sistema precisa do documento em si

apenas enquanto os dados que o particulari%am esti"erem sendocoletados O registro correto dos elementos$ em uma primeira "e%$ alémde impedir a duplicaç#o desnecess2ria de trabalho$ possibilita umaidenticaç#o precisa da obra e uma recuperaç#o inequí"oca da mesma

O funcionamento do /istema de 01 ser2 por nós examinado em duasetapas6 a primeira delas$ pro9etada para reali%ar o controle descriti"o eformal das obras inseridas no sistema 3acesso físico4 Obser"emos a)igura L6

)7?E;A L *0ontrole e regulaç#o das características descriti"as de um/istema de 01 )onte6 [ellisch 3HKJI4

5ara que a saída O se encontre em um estado "i2"el$ nos limitesestabelecidos m$ precisa equipar*se de uma lista ordenada desubstitutos dos documentos que satisfaça as condiç+es estabelecidas na

seq(ência6 7denticaç#o de cada documento de maneira Ynica$ utili%ando as regras6

a4 código de catalogaç#o descriti"a$ sendo ho9e intemacional* menteaceito o AA0;* O código de catalogaç#o é capa% de tratar de uma"ariedade potencialmente innita de peculiaridades dos documentos3nomes de autores$ títulos de documentos etc4 empregando um nYmeropequeno de regras &ssa competência é conferida a ele porque n#o tratade nomes e títulos indi"iduais$ mas de grandes classes de taisparticularidades O código de catalogaç#o baseia*se em um con9unto deregras b2sicas$ com as necess2rias "ariaç+es para casos especícos$ cu9aaplicaç#o realça a força de um código como regulador no sentidocibernético. Aplicando a lei da "ariedade requerida$ h2 uma %ariedade de regras suciente para possibilitar G ;$ arcar com uma di"ersidade de

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no"os documentos que "enha a ser inserida no sistema A "ariedade emFv pode ser superada pela "ariedade em ;$ 3rotina de controle 0i4

b4 regras ortogr2cas da língua na qual o texto est2 escrito Os itensque interessam a essa operaç#o encontram*se no próprio documento Afolha de rosto$ por exemplo$ quando o texto referir*se a um li"ro As

características de identicaç#o de"em ser copiadas como encontradas nooriginal &m caso de erro gramatical ou de impress#o$ a correç#o ter2espaço em cha remissi"a N#o sobre"ir2 alteraç#o perceptí"el nestarotina de controle$ sal"o quando a inserç#o de um no"o documento em Fn for escrito em caracteres n#o contemplados pelo sistema O alfabetoideogr2co em um sistema estabelecido por caracteres latinos é umailustraç#o Nesse caso$ Fn constituir2 uma perturbaç#o para o sistemaenquanto as rotinas adicionais de controle$ como a con"ers#o decaracteres$ n#o forem de"idamente aplicadas 3rotina de controle 04

c4 regras de arqui"amento e ordenaç#o do sistema O mecanismopertinente a essa rotina consiste na ordem padroni%ada do alfabetoutili%ado com acréscimos de ordem numérica$ quando necess2rio 0adaitem recuper2"el de"e ocupar uma Ynica posiç#o e$ por conseguinte$pre"isí"el 3rotina de controle 0L4

5reenchidas as condiç+es a$ b e c$ cada documento estar2representado no sistema por um ou mais substitutos de documentos e acada um deles ser2 atribuído um Ynico lugar na ordenaç#o estabelecida&nquanto n#o hou"er inserç#o de no"a obra no sistema$ este manter*se*2em um estado de equilíbrio ou homeostase A inclus#o de um no"o textoacionar2 as rotinas de controle 0 e 0L A identicaç#o do tipo dedocumento 3li"ro$ artigo de periódico$ tese$ patente4 é a primeira

operaç#o a ser reali%ada$ uma "e% que cada um deles recebe tratamentopróprio Em li"ro é reconhecido pelo autor$ título$ ediç#o$ local depublicaç#o$ editora$ data de impress#o$ ao passo que a identicaç#o deum artigo de re"ista d2*se pelo título da publicaç#o$ instituiç#orespons2"el pelo conteYdo$ título do artigo$ "olume$ fascículo$ ano depublicaç#o

Os reguladores ;i$ ; e ;L$ nesse caso$ s#o ecientes na reduç#o da"ariedade potencialmente ameaçadora na entrada "isto que a "ariedadeconstante nos reguladores pode igualar eRou superar aquela representadapor qualquer dos no"os documentos A "ariedade pro"eniente dosdocumentos introdu%idos em Fv é redu%ida a um ní"el aceit2"el quando

suas características s#o tratadas de modo a se adequarem a um modeloprescrito com rigor 3código de catalogaç#o4 e quando as regrasgramaticais$ ortogr2cas$ de arqui"amento e ordenaç#o do sistema s#oobedecidas com precis#o 7sso posto$ a saída O permanece nos limitesprescritos m$ ou se9a$ um arran9o ordenado e pre"isí"el de substitutos dedocumentos

As etapas a$ b e c$ cuidadosamente tratadas$ possibilitam aconsecuç#o da meta principal do /istema de 01$ que é a recuperaç#o dedocumentos$ de acordo com as características formais de identicaç#opre"iamente especicadas

A outra etapa do /istema de 01 é desenhada para fornecer acessocontrolado sobre a tem2tica desen"ol"ida em cada um dos textos que

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constituir2 o sistema 5ara efeti"ar esse al"o$ o sistema carece dainclus#o de um mecanismo de controle além dos três existentes$ a rotinade controle 0$ uma linguagem document2ria com suas regras especícas

 ,rata*se de uma linguagem articial deri"ada de uma linguagem natural$como "imos no 0apítulo L

O documento 3parte do sistema4 é submetido a uma equipe deindexadores que efetua a an2lise document2ria e identica as pala"ras*cha"e$ as quais$ depois de a9ustadas G linguagem document2riaadotada$ têm a incumbência de representar o texto 9unto ao sistema Oconhecimento registrado na literatura sofre um processo derepresentaç#o$ transformando*se em metalinguagem. UO que "ai serarma%enado nas grandes bases de dados é uma met2fora da informaç#ooriginal$ é o conhecimento "irtual$ que só existe em funç#o do seureferente$ da sua "inculaç#o remota com algum conhecimento realU$registra /aD#o 3HKKT$ pLHS4

A representaç#o do conteYdo tem2tico por uma ou mais pala"ras*cha"e$ por mais bem preparado que se9a o indexador$ redu% o texto Gcompreens#o de uma Ynica leitura do texto$ entre tantas leituraspossí"eis Na seq(ência$ a indicaç#o do assunto é acomodada Glinguagem document2ria usada pelo sistema e transportada para osubstituto do documento 0ada documento ser2 contemplado com onYmero de substituto de documentos equi"alente ao de pala"ra*cha"e aele designada A organi%aç#o desse material obedece G ordenaç#o geradapelas rotinas de controle 0i$ 0 e 0L$ nas quais cada substituto dedocumento$ depois de ordenado$ torna*se tecnicamente recuper2"el comoitem físico

Fo ponto de "ista do controle cibernético$ a quantidade de "ariedadeintrodu%ida no sistema com a inserç#o de cada no"o documento em Fn énumerosa$ sem computar as combinaç+es possí"eis de tais express+esquando da formulaç#o da estratégia de busca pelo usu2rio 3aplicaç#o dosoperadores booleanos e, ou, não), na saída O A lei da "ariedaderequerida$ como "imos h2 pouco$ preceitua que$ quando a "ariedadeameaçadora na entrada Fn é excessi"amente grande e complexa$ nenhumcontrole pode domin2*la 7sso equi"ale a di%er que a quantidade decontrole exercida pelo sistema é limitada

A experiência de registro e recuperaç#o da informaç#o*potencial nos éno"amente oportuna As "ari2"eis ad"indas da determinaç#o de assunto

dos documentos$ por exemplo$ podem ser controladas apenas em parteFiante disso$ o in"estigador é incitado a decidir quais "ari2"eis priori%arAs restriç+es impostas pelos reguladores n#o diferem daquelasintrodu%idas em estatística por ;onald )isher$ quando ele pro"a que h2 umm2ximo na extraç#o de informaç#o de um dado e que o de"er doprossional é simplesmente aproximar*se desse m2ximo

/imilarmente$ pensa"a*se$ antes do trabalho de /hannon$ que todocanal$ com um pouco mais de perícia$ poderia sofrer mudança a m detransportar um pouco mais de informaç#o /hannon mostrou que o de"erdo engenheito é acercar*se ra%oa"elmente do m2ximo$ pois além$ pessoa

alguma pode ir A lei da "ariedade requerida imp+e uma estratégiasemelhante ao suposto regulador e controlador6 incumbe*lhe tentar

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aproximar*se de seu m2ximo * além do qual n#o lhe é dado ir 3AshbD$HKI$ pJJ4

O controlador depende$ ent#o$ da capacidade do regulador e podeapenas aproHimar-se de um ponto m2ximo No /istema de 01$ acapacidade da rotina de controle 0$ a chamada linguagem document2ria$

é sempre inferior G "ariedade de entrada Fn$ representada pela linguagemnaturalV e a recuperaç#o de documentos 3uma resposta G perguntaformulada pelo usu2rio4 é quase sempre um procedimento de tentati"a*e*erro /egue*se que o regulador ; é controlado por erro$ por umaquantidade de "ariedade que é transmitida de Fn para O$ conformemostra a )igura 6

)7?E;A * 0ontrole e regulaç#o das características tem2ticas de um/istema de 01 )onte6 [ellisch 3HKJI4

Em regulador controlado por erro$ conforme AshbD 3HKI4$ é o que n#oreage diretamente ao distYrbio original Fn Ema propriedade fundamentaldesse regulador é que ele n#o pode ser perfeito no sentido mostrado pela

 ,abela H$ deste capítulo UXuanto mais bem*sucedido for ; em manter &constante$ mais ; bloqueia o canal por onde est2 recebendo a sua

informaç#o necess2ria &"identemente$ qualquer êxito de ; pode$ no melhor dos casos$ ser parcialU$explicita AshbD 3HKI$ pTL4

A "ariedade em ;$ no caso do regulador controlado por erro$ n#o podeser igual ou maior que a "ariedade da entrada Fn porque depende dasaída O para receber informaç#o concernente G ameaçadora "ariedadeem Fn &sse tipo de regulaç#o$ que permite a ocorrência de pequenoserros com a nalidade de "iabili%ar o sistema caso ocorram erros grandese potencialmente fatais$ é encontrada nos mecanismos de realimentaç#obiológica 3AshbD$ HKI4 e também em um /istema de 01 3[ellisch$ HKJI4

!e9amos como seria o funcionamento de um regulador controlado porerro caso ele fosse perfeito 3o que n#o é possí"el46 o regulador ; manteria a saída O constante 0omo resultado desse procedimento$nenhuma informaç#o realimentaria ; e$ ent#o$ ocorreria o bloqueio docanal de comunicaç#o

A rele"8ncia é outro fen.meno que in_uencia o sistemadesempenhando duplo papel6 na entrada Fn$ com o trabalho do indexador$diante da imensa "ariedade decorrente da linguagem humana e na saídaO$ ante as indagaç+es do usu2rio$ ao condu%ir o procedimento detentati"a*e*erro 3/Panson$ HK4 na recuperaç#o dos documentos Naopini#o de /Panson 3HK4$ aquele que usa o sistema 9ulga a rele"8ncia$pelo menos$ de duas maneiras6

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documento rele"ante é o que satisfa% todos os termos incluídos no títuloque designa a pesquisaV

para que o documento se9a rele"ante$ basta que se relacionemarginalmente com a pesquisaA grande "ariedade resultante do estudo exploratório é muito superior

G "ariedade produ%ida pelo controle descriti"o e formal da obra NesteYltimo caso$ mesmo sendo numerosa a ocorrência de nomes próprios3autoria dos trabalhos4$ eles pertencem G classe de pala"ras tida comonomes pessoais, que pode ser subdi"idida entre os que seguem a regranome*sobrenome$ sobrenome ligado por hífen$indicaç#o de parentesco$ composto de um ad9eti"o mais substanti"o$nome seguido de um título$ entidade coleti"a$ entre outras regrasOcorrência semelhante sobre"ém dos títulos que$ para ns descriti"os$ seclassicam simplesmente como t6tulos. ,anto o nome dos autores quantoo título dos documentos podem ser controlados por um restrito nYmero deregras b2sicas 7denticados como nomes pessoais ou t6tulos, ocupamespaços inequi"ocamente recuper2"eis em um repertório de dadosbibliogr2cos$ desde que preenchidas as condiç+es estabelecidas pelasrotinas de controle e L do nosso modelo

A aparente grande "ariedade de nomes indi"iduais e$ mais ainda a detítulos$ longe de ser um obst2culo ao processo de controle$ é$ na "erdade$um elemento indispens2"el de controle efeti"o Ema "e% que a locali%aç#oprecisa de um documento num acer"o depende da uni#o exata dos dadosdo pedido do usu2rioj e das características registradas de recuperaç#odo documento 3[ellisch$ HKJI$ p4

5odemos di%er$ ent#o$ que existe no tratamento descriti"o e formal

uma recuperaç#o de documentos próxima dos HII$ ou se9a$ sem erroW ,eoricamente$ sim A pr2tica$ porém$ denuncia os erros Fetectamos umdeles h2 poucos dias ,ínhamos em m#os um exemplar da obra@ntrodução N cibernética, de 'ondrato"$ publicada em 5ortugal 5oruma falha na editoraç#o$ hou"e duplicidade de um nYmero de p2ginas$em detrimento de outras ustamente aquelas de que mais precis2"amosdeixaram de ser impressas 0om o ob9eti"o de recuperar as p2ginas emfalta$ consultamos as bases de dados disponí"eis$ sem êxito Fecidimosent#o en"iar um pedido por escrito a uma das bibliotecas em cu9o acer"oha"ia textos de 'ondrato" 5ara nossa surpresa$ recebemos as cópiasdese9adas$ não da obra @ntrodução N cibernética, mas da obra 7+(

da cibernética. 5l2gioW N#o Outra falha do sistema A editora brasileirarespons2"el pela publicaç#o do material$ por moti"os n#o registrados$alterou o título do li"ro A inserç#o no sistema desse no"o título$ quedesobedeceu ao modelo prescrito pelo sistema$ ocasionou umaperturbaç#o para as rotinas de controle 0i$ 0e 0L$ para os reguladores ;i$; e ;L$ bem como para a saída O$ que n#o dispunha$ em sua listaordenada de substitutos de documentos$ da indicaç#o da referida obra emcha remissi"a

& quanto G recuperaç#o tem2tica dos documentosW Mostra*se aquémdas expectati"as As diferentes leituras possí"eis de um mesmo texto

aliadas aos di"ersos modos de abordagem de um assunto$ além dosincon"enientes da sinonímia$ homonímia$ dos homógrafos$ dos usos do

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mesmo "oc2bulo com signicados distintos em disciplinas distintas entreoutros n#o menos importantes como a traduç#o$ de uma língua para outrae da própria língua 3português de 5ortugal para português do 1rasil4 eainda a adequaç#o das pala"ras*cha"e do texto G linguagemdocument2ria empregada pelo sistema$ constituem a perturbadora

"ariedade na entrada Fn de um /istema de 01N#o apenas na entrada Fn$ mas também na saída O$ na qual o

resultado desse processo * a lista ordenada de substitutos dosdocumentos * é confrontado com o que o usu2rio nal do sistemaconsidera rele"ante para sua in"estigaç#o A seq(ência de idéiasconstruída na mente do pesquisador a partir de uma problem2tica poden#o ser a mesma que pautou a mente do indexador quando examinou osdocumentos relati"os G quest#o Nesse caso$ o que gera a perturbadora"ariedade de entrada Fn n#o é a quantidade de documento 3a grande%aem si n#o é a fonte$ di% AshbD$ HKI4 e sim a ilimitada "ariedade deassunto e os modos de interpret2*lo

Fiante do exposto$ "emos que as leis da cibernética$ em especial a daregulaç#o e a do controle$ apontam para a possibilidade, ainda queteoricamente$ de obtenç#o plena do controle bibliogr2co descriti"o$ noqual os substitutos dos documentos podem receber controle rígido$go"ernado por regras aceitas internacionalmente$ e para aimpossibilidade da execuç#o completa do controle bibliogr2co porassunto$ uma "e% que esse depende da adequaç#o da linguagem natural3criati"a e repleta de signicado4 G linguagem document2ria 3articial eredutora de signicado4

A busca dessa perfeiç#o absoluta n#o é diferente da que le"ou muitas

mentes penetrantes$ no passado$ a pensar que um perpetuam mobile poderia ser construído$ até que a descoberta da segunda lei datermodin8mica mostrou que uma m2quina de moto*contínuo n#o épossí"el em princípio As leis da cibernética esclarecem que o controlebibliogr2co exploratório absoluto num /istema de 01 é igualmenteimpossí"el de ser conseguido 3[ellisch$ HKJI$ pT40ON/7F&;A<w&/ )7NA7/UA dY"ida$ pois$ só existe uma quest#o$ uma quest#o apenas onde existeuma resposta$ e esta somente onde algo pode ser ditoU3[ittgenstein$ HKTH4

)ocali%ar a aplicaç#o das leis da cibernética$ em especial as da

regulaç#o e do controle$ ao /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$ "alendo*seda informaç#o nele registrada e também da informaç#o recuperada pormeio dele$ foi a tem2tica que instigou a elaboraç#o desta obra

A re_ex#o reali%ada permitiu e"idenciar n#o apenas os consider2"eisa"anços que os sistemas de controle bibliogr2co 92 proporcionam * e quenem sempre s#o conhecidos e utili%ados por grande parte dos usu2rios *em uma relaç#o mais ati"a entre documento e informaç#o 3mo"imentocaracterístico dos sistemas complexos4$ mas também o fato de que ademanda dos usu2rios$ em constante e"oluç#o$ supera em muito adin8mica que o sistema ho9e apresenta

Ema "is#o panor8mica do controle bibliogr2co$ com ênfase nae"oluç#o das bibliograas e dos cat2logos$ tomou*se necess2ria por

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considerarmos que cada cat2logo e cada bibliograa disp+em de potencialpara contribuir com a implantaç#o do /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$tanto em 8mbito nacional quanto uni"ersal

Nesse sentido$ cabe registrar o pioneirismo de &gan Z /hera aointrodu%irem na literatura bibliotecon.mica o conceito e a meta

operacional de controle bibliogr9Aco, re"elando a noç#o de controleligada ao uso efeti"o de m2quinas$ tendo em "ista um mdese9ado 5arece n#o ser mera coincidência a proximidade da editoraç#odo texto de &gan Z /hera$ em HKK$ com a impress#o da obra(bernetics, em HKJ$ quando Norbert [iener estabelece osfundamentos da ciência do controle e comunicaç#o no animal e nam2quina ou o estudo da regulaç#o e controle dos sistemas

A no"idade da publicaç#o Ehe (bernetics of +ibliographic(ontrol3 EoOard a Eheor of Document etrie%al =stems, de[ellisch 3HKJI4$ sugeriu*nos a busca de informaç+es sobre as relaç+esentre cibernética e /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$ respaldada pelasidéias de AshbD 3HKI4 sobre cibernética$ e em particular sobre a lei da"ariedade requerida ,ransposta para o campo do controle bibliogr2co$ela nos permite "ericar a ec2cia ou n#o das rotinas de controle No casodo controle bibliogr2co por assunto$ conrma a discrep8ncia entre aa"assaladora "ariedade na entrada do sistema e a limitada "ariedadetolerada pelas rotinas de controle e de regulaç#o internas do sistema

A m de contextuali%ar a informação registrada e recuperada pormeio do /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$ foi de fundamental import8nciaa consideraç#o do conceito de informaç#o na linguagem comum e nalinguagem cientíca$ passando pelo uso que dele fa%em os bibliotec2rios$

arqui"istas e documentalistas &sses prossionais freq(entementeassociam a informaç#o a três aspectos6 a representaç#o descriti"a dedocumentos$ o desen"ol"imento da coleç#o e o acesso G informaç#o&sses aspectos$ no entanto$ n#o s#o a informaç#o$ mas constituem osfacilitadores utili%ados no tratamento dos documentos A "is#o deequi"alência entre informaç#o e documento até se 9ustica quando essainformaç#o é focali%ada do ponto de "ista quantitati"o$ ou da incerte%a ouda probabilidade$ conforme e"idencia a ,eoria Matem2tica da 7nformaç#o$que permite uma abordagem técnica do conceito de informaç#o$des"inculada de seu car2ter humano$ impregnado de signicado

Neste li"ro$ enfati%amos o controle bibliogr2co como sistema e sua

e"oluç#o após o incremento do potencial tecnológico$ e"idenciando que adisponibilidade de estruturas mais eca%es de resgate de referênciasbibliogr2cas oferece uma "antagem estratégica para apro"eitarracionalmente o conhecimento registrado$ possibilitando a criaç#o daschamadas bases de dados No entanto$ apenas aspala"ras*cha"e$ identicadas pelo indexador e de"idamente adequadas Glinguagem document2ria adotada pelo sistemas$ é que podem sertransformadas pela m2quina$ mas n#o o texto na íntegra

0umpre*nos salientar$ ainda$ a inadequada e usual designaç#osistema de recuperação da informação, tendo em "ista que as

referências bibliogr2cas 3com ou sem resumo4$ resgatadas por meio do/istema de 01$ s#o apenas registros de dados$ mas n#o constituem

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informaç#o por si mesmas Ema nomenclatura que melhor representariaos sistemas que temos ho9e seria sistema de recuperação dereferências bibliogr9Acas 3com ou sem resumo4$ ou$ ainda$ sistemade recuperação de documentos, para aqueles sistemas cu9as basesneles inseridas apresentem o texto na íntegra

A quantidade de referências bibliogr2cas resgatada em uma busca nosistema muitas "e%es excede as possibilidades do usu2rio de con"ertê*lasem informaç#o Ema alternati"a que parece minimi%ar esse problemaencontra*se na melhor adequaç#o das pala"ras*cha"e apresentadas pelosusu2rios do sistema Gquelas arroladas no "ocabul2rio por ele controlado

O /istema de 0ontrole 1ibliogr2co foi examinado pela ótica dacibernética$ em duas etapas6 o controle descriti"o e formal e o controletem2tico dos documentos A an2lise do processo operacional do controlebibliogr2co descriti"o$ go"ernado por regras genéricas e de padr#ointernacional 3código de catalogaç#o$ regras ortogr2cas e regras dearqui"amento e de ordenaç#o4$ mostrou a eciência das rotinas decontrole$ bem como das rotinas dos reguladores na reduç#o da "ariedadena entrada do sistema Nesse caso$ a "ariedade das rotinas de controle edos reguladores pode igualar eRou superar a "ariedade na entrada dosistema

;essaltamos que a outra etapa do /istema de 0ontrole 1ibliogr2co$pro9etada para fornecer acesso controlado por assunto$ baseia*se em

 9ulgamentos sub9eti"os$ como a adequaç#o da linguagem usada em umaobra G linguagem adotada pelo /istema de 01 5ara alcançar o ob9eti"oproposto$ esse sistema inclui a linguagem document2ria em uma no"arotina de controle &ssa ferramenta$ com sem8ntica e sintaxe próprias$

possibilita a reduç#o do texto a uma ou mais pala"ras*cha"e designadas apartir da compreens#o de uma Ynica leitura$ a do indexadorFessa forma$ tomou*se possí"el e"idenciar que a cibernética aponta

para a possibilidade, ainda que teórica$ de obtenç#o plena do controlebibliogr2co descriti"o e a impossibilidade da execuç#o completa docontrole bibliogr2co por assunto$ "isto que este depende da perfeita adequaç#o da linguagem natural G linguagem document2ria A geraç#ode no"as linguagens$ que apresentem maior anidade com a linguagemnatural e que se fundamentem em princípios epistemo* lógicos$ poder2colocar o /istema de 01 mais próximo de seu al"o$ que é maximi%ar o usodos documentos nele inseridos O estudo detalhado da linguagem

document2ria$ essencial para o aprimoramento do sistema$ poder2 serob9eto de um próximo trabalho

&mbora a an2lise document2ria constitua item desen"ol"ido emdisciplina do currículo do curso de biblioteconomia$ o bibliotec2rio n#o énecessariamente o melhor indexador nem pode ser o Ynico$ uma "e% quea tarefa de indexaç#o exige o trabalho con9unto de "2rios prossionaiscom formaç+es especícas distintas6 técnica 3de biblioteconomia e decomputaç#o4$ ling(ística$ lexicogr2ca e epistemológica$ além dosespecialistas tem2ticos ulgamos que a formaç#o do bibliotec2rio de"eriaser mais abrangente para permitir*lhe o di2logo com esses outros

prossionais e perceber os limites de sua própria atuaç#o

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7sso coloca em rele"o n#o apenas a import8ncia do papeldesempenhado pelo indexador quando se trata do controle bibliogr2co$mas também a import8ncia da linguagem document2ria que tem de sermais aprimorada para minimi%ar os efeitos resultantes de característicasque lhe s#o próprias6 a de ser uma linguagem articial que redu% o

signicado dos textosAcrescente*se a isso o fato de que$ "ia de regra$ para o bibliotec2rio$ o

conceito de informaç#o apresenta*se estreitamente "inculado ao conceitode documento$ mesmo quando trabalha esse documento em um contextobem denido$ tanto em relaç#o ao suporte que o acolhe quanto emrelaç#o G instituiç#o que o abriga Ema das hipóteses sobre a proximidadeestabelecida por esse prossional$ entre informaç#o e documento$ est2fundada na falta de sustentaç#o teórica sobre o que ele entende porinformaç#o

Argumentamos também que o ob9eti"o principal do /istema de0ontrole 1ibliogr2co * ele"ar o uso da coleç#o de documentos * parecen#o ter sido ainda alcançado$ pelo menos por dois moti"os6

a4 o registro da literatura gerada nos países que disp+em de menosrecursos tecnológicos é ainda inexpressi"o em bases de dadosinternacionais 3S4V

b4 o produto oferecido pelo /istema de 01 3referências bibliogr2cas$com ou sem resumo4 ainda n#o apresenta as características de rele"8nciado ponto de "ista do pesquisador

O que se conseguiu foi empregar as modernas tecnologias$ utili%ando acibernética$ para arma%enar$ processar e transmitir registros$quantitati"amente Ema possí"el soluç#o para agili%ar o registro da

produç#o bibliogr2ca em 8mbito nacional$ no item a$ encontra*se naelaboraç#o exausti"a$ criteriosa e precisa de bibliograas em cada 2reado conhecimento O meio de resol"er o problema apresentado no item bpode estar na aplicaç#o dos ensinamentos teóricos da realimentaç#o$usando a informação gerada sobre o próprio sistema 3literatura4$ a mde adequar o produto do sistema Gs reais necessidades dos usu2rios

Fepreende*se daí a import8ncia de in"estir em pesquisas cientícasque possam apontar para a descoberta de outros mecanismos$ tanto deregistro quanto de recuperaç#o da informaç#o*potencial$ que n#o operemnecessariamente por meio de pala"ras*cha"e

As tecnologias disponí"eis e as que "enham a ser descobertas

precisam encontrar formas adequadas de difus#o da literatura queconsiderem a necessidade de um trabalho inter e multidisciplinar tambémpara a formaç#o do usu2rio$ "iabili%ando*lhe o acesso aos dadosnecess2rios para que ele próprio se assuma como su9eito do processo deconstruç#o do conhecimento

&ste trabalho foi apenas o início de um estudo teórico que analisa oconceito de informaç#o em diferentes contextos$ com ênfase no uso quedele fa%em os bibliotec2rios e prossionais de 2reas ans5articularmente$ os bibliotec2rios precisam buscar uma sustentaç#oteórica sobre o conceito de informaç#o para melhor lidar com o uni"erso

informacional$ garantindo o acesso do usu2rio aos dados disponí"eis nosistema &ssa busca é$ sem dY"ida$ difícil$ dadas as inYmeras

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interpretaç+es que tal conceito apresenta 0onforme procuramos mostrar$contudo$ delineamos um dos possí"eis caminhos que podem tercontinuidade$ se9a por nós se9a por outros pesquisadores interessados noassuntoR%R"!IAS BIBLIO.R/%I!AS

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F,)ormato8 HxH cm +ancha8 L x L paicas Ti"olo'ia8 0lassical ?aramondHIRHL Pa"el8 Oset SgRm 3miolo40art#o /upremo SI gRm 3capa4?a edição8 IIL&XE75& F& ;&A>7^A<=OCoordenação Geral /idnei /imonelliProdução Gr45ca Anderson NobaraEdição de TextoNelson >uís 1arbosa 3Assistente &ditorial4 Ana >ui%a 0outo 35reparaç#o de

Original4 0arlos !illarruel e Ana 5aula 0astellani 3;e"is#o4Editoração Eletr7nica

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>ourdes ?uacira da /il"a /imonelli 3/uper"is#o4 0ia &ditorial3Fiagramaç8o47mpress#o e Acabamento na ?r2ca 7mprensa da )écomplexos esquemas de representaç#o e de recuperaç#o da informaç#o$constituem o simulacro da memória coleti"a cientica &ssa rica

memória$ ordenada e disponibili%ada ó comunidade$ é$ sem dY"ida$ umdos motores do desen"ol"imento do conhecimento losóco$ cientico$artístico e de outras express+es da cultura humana

[iener$ um dos pais da cibernética e um dos mais profundosestudiosos da nature%a da informaç#o$ num ato de quase desesperodiante da diculdade de coracteri%#*la$ deixou sua celebre frase6y7nformaç#o e informaç#o$ n#o é matéria nem energia Fandocontinuidade aos esforços de estudiosos da informaç#o como [iener$ oautora nos oferece uma re_ex#o agrad2"el e profunda sobre aimport8ncia do su9eito na obtenç#o da informaç#o apropriada para aconstruç#o coleti"a do conhecimento humano

As re_ex+es de Ana Maria Nogueira Machado certamente trar#ograndes contribuiç+es para os bibliotec2rios e demais prossionais da2rea de 0iências da 7nformaç#o &las nos auxiliam$ de maneira inteligentee le"e$ a olhar yalém das estantes$ na difícil tarefa de compreender anature%a da informaç#oMario Eunice Builici Gonale +ariana Claudia %roens

 Ano +ario Nogueira Machado graduou*se em 1iblioteconomia no EN&/5de Moriiia Obte"e o titulo de mestre pela 5E0 de 0ampinas e o dedoutoro pela EN&/5 de Marilia onde atualmente ministra aulas deespeciali%aç#o e de pOs*graduoç#o no disciplino Metodologia do ,rabalho

0ienticoO :7e é informação] O 7so ;o conceito ;e informação nocoti;iano é o mesmo ;o conteCto cient=co] *o;emos chamarinformação re+resentação ;escriti9a ;e 7m ;oc7mentoregistra;o em 7m sistema ;e controle bibliográco] d7e relaçãohá entre controle bibliográco e cibernética] ssas são :7estes:7e tWm a^igi;o bibliotecários8 +es:7isa;ores ;a ciWncia ;ainformação e ;e áreas ans e :7e são abor;a;as ;e mo;oagra;á9el +ela a7tora8 focali<an;o a a+licação ;e leis ;acibernética ao Sistema ;e !ontrole Bibliográco %7n;amenta;o