Ana Paula Rocha Novembro 2009 - web.fe.up.pteol/SSIIM/1011/APaula_SSIM0910_IE.pdf · •...
Transcript of Ana Paula Rocha Novembro 2009 - web.fe.up.pteol/SSIIM/1011/APaula_SSIM0910_IE.pdf · •...
Instituições Electrónicas: uma introdução
Ana Paula Rocha
Seminários de Sistemas Inteligentes, Interacção e Multimédia
Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação
Novembro 2009
Agenda
• Instituição: conceito
• Comércio Electrónico– B2C e B2B: definição
– Agentes e Comércio Electrónico
– Informação
– Negociação
• Instituição Electrónica– Instituição Electrónica no cenário B2B
– Trabalhos existentes
– Trabalho no NIADR
2
Instituições
• Múltiplas situações de interacção entre indivíduos envolvem:– Compromisso, delegação, repetição, responsabilidade por e risco
• Os indivíduos presentes em tais situações geralmente são:– Autonómos, heterogéneos, independentes, não-benevolentes
• Tais situações são comuns: mercados, serviços médicos, exército, …
3
Instituições
• É usual recorrer a uma entidade confiável cujo propósito éefectivar as interacções entre indivíduos definindo e impondo regras que:– definem interacções padrão
– estabelecem obrigações e sanções
– garantem o cumprimento de certas acções e previnem situações indesejadas
Base de especificação das instituições tradicionais
• Tal releva-se ainda mais necessário quando as interacções se passam no mundo electrónico
4
Instituições
• Instituições reais (humanas) existem com sucesso desde hámuito tempo
• Instituções são:– criadas para atingir determinados objectivos, seguindo um conjunto de
procedimentos
– responsáveis por definir as regras do jogo, obrigando os participantes arespeitar tais regras e impondo penalidades em caso de violação
• Exemplos: salas de leilão, bolsa de valores, parlamento, ...
5
interesse em Instituições no cenário do Comércio Electrónico,
em especial B2B
6
Comércio Electrónico
• Transacção de mercado– conjunto finito de processos de interacção entre participantes com
diferentes objectivos (ex: comprador/vendedor)– estabelecimento de um acordo entre participantes, para troca de
produtos ou serviços (bens)
• Comércio Electrónico (CE)– realizado num Mercado Electrónico (sem contacto físico)– B2C
• transacção entre vendedores e compradores individuais• objecto da transacção é um bem final
– B2B
• transacção entre empresas • objecto da transacção é um bem a ser usado em processos de produção
7
Mercado Electrónico
• Rede de interacções onde ocorre troca de informação, produtos, serviços e pagamentos.– Suportar todas as transacções necessárias
– Local onde compradores e vendedores se encontram electronicamente
– Compradores e vendedores negoceiam, apresentam propostas, estabelecem um acordo
• Preços são estabelecidos de forma dinâmica– por mapeamento entre pesquisa e oferta em tempo real.
8
B2C e B2B
Centros Distribuição
Retalhistas
Manufactura
ClienteFornecedores
B2BB2C
9
Empresa 1Empresa 4
Empresa 3Empresa 2
B2B - A Empresa Virtual
• A alteração constante dos requisitos dos consumidores, implica rápidas reconfigurações das corporações de empresas
• Empresa Virtual
(EV)
– Corporação temporária de empresas
– Empresas individuais são um nicho de competência
Empresa
Virtual
Módulo w
Empresa 3Módulo y
Empresa 2
Módulo z
Empresa 4Módulo x
Empresa 1
10
A Empresa Virtual vs Rede de Empresas
Rede de Empresas
Organização em rede- não partilham necessaria/ competências ou recursos
Empresa Alargada ou Estendida - uma empresa é a dominante
Organização Virtual- participantes são qq organização (empresa ou não)
Empresa Virtual
EmpresaPlaneta-Satélite
Aliança Estratégica
Empresa Virtual EV Interna (X)
- equipas autónomas
EV Estável- organização principal:
efectua contratação
EV Dinâmica- oportunismo; não
existe parceiro principalCompanhia “Web”
- totalmente baseada TI
nível de dependência mútua
est
rutu
ra
org
an
izacio
na
l
tipologia
- empresas possuem interesse no sucesso umas das outras
- produto final depende das competências da parceria
- participantes são empresas
- empresa planeta subcontrata satélites
11
A Empresa Virtual
Empresa Virtual Estável
Aliança Estratégica
Empresa Satélite/ Alargada
Companhia “Web”
Empresa Virtual/ EV Dinâmica
Organização Virtual
Organização em Rede
12
Incentivos para CE
– Infraestruturas tecnológicas de baixo custo, transacções electrónicas precisas e de baixo custo
– Integração externa com fornecedores e contratantes independentes
– Integração interna de operações
Económicos
Tecnológicos– Inovação e novas tecnologias
– Rápido declínio em custo tecnologia vs desempenho
13
Incentivos para CE
– Novos canais de marketing, de modo a atingir micro-segmentos ou pequenas audiências
– Melhorar satisfação cliente: criação de novos canais de serviço e suporte ao consumidor
– Nova estratégia de marketing:• Desenvolvimento, a baixo custo, de métodos para
prospecção ao cliente
• Estabelecimento de relações mais próximas com o cliente
Marketing
Mercado
– Competição elevada
– Economia global
– Alterações frequentes e significantes nos mercados
– Requisitos crescentes dos consumidores
Limitações para CE
• Técnicas– Segurança– Necessidade de standards– Necessidade de integração de sistemas de CE com aplicações e base de
dados existentes
• Outras– Confiança; consumidores não confiam em :
• Fornecedores desconhecidos ou transacções “sem papel”
– Muitos assuntos legais por resolver– Serviços de suporte ao consumidor insuficientes– Relações humanas deixam de existir
Mudar de um mundo físico para um mundo virtual pode ser difícil...
14
Agentes e Comércio Electrómico
Agentes são um paradigma correcto para o CE?
• Autonomia– Agentes agem pro-activamente, reactivamente, sem intervenção
humana (podem esperar por bons negócios ou portunidades)
• Personalização– Perfil do agente reflecte as preferências do humano
• Sociabilidade– Habilidade de comunicação entre agentes usada para discutir termos do
negócio
• Inteligência– Agentes podem aprender com negócios passados de modo a conseguir
melhores negócios no futuro.
15
Comércio Electrónico
• Informação– Pesquisa de produtos (Jango, PersonaLogic, Firefly)
– Pesquisa de fornecedores (Bargainfinder, Jango)
• Negociação– Acordo sobre os termos da transacção
• Resolução– Pagamento vs. Entrega
– Serviço pós-venda
16
Informação Negociação Resolução… …
Pesquisa de Informação no CE
• Filtragem baseada em conteúdo– Pesquisa múltiplas fontes; extrai informação do conteúdo
• pesquisa baseada em palavras-chave
• extracção de informação semântica
• Filtragem por colaboração– Uso de comentários e avaliações de diferentes clientes com perfil
semelhante
• Filtragem por técnicas baseadas em restrições– Problema e espaço de estados formulados em termos de variáveis,
domínios e restrições
– Atribuir valores a variáveis, satisfazendo restrições (fortes e fracas)
17
Negociação no Comércio Electrónico
• Comércio implica interacção:– entre compradores e vendedores (B2C), parceiros do negócio (B2B)
• Negociação é a chave da interacção em CE:– “chave” porque os indivíduos/agentes são autónomos, necessitam ser
convencidos para ser influenciados
– Processo pelo qual grupos de indivíduos comunicam uns com os outros para tentar obter um acordo aceite por todos
– Várias formas: leilão, rede contratual, argumentação, …
• Negociação realizada pela formulação de propostas, adição de várias opções de negócio, oferta de concessões,…
18
Negociação no Comércio Electrónico
• Diversos mercados permitem negociação simples– www.miau.pt : leilão simples
– www.ebay.com : leilão simples, possibilidade de licitação automática com incrementos pré-determinados
– ....
• Trabalhos de investigação:– Kasbah (1999): sistema multi-agente para transacção de bens,
negociação construída sobre tácticas
– FishMarket : leilão holandês, como competição (até 1999)
– Negociação-Q: sistema multi-agente para transacção de bens em B2B, negociação multi-atributo, efectuada por propostas e contra-propostas usando aprendizagem
– ....19
Negociação no Comércio Electrónico
• Trading Agent Competition (TAC) http://www.sics.se/tac
– Competição internacional, criada em 2002 (Michael Wellman)
– Objectivo é promover investigação de qualidade no problema da negociação automática
– Vários cenários: • TAC Classic (de 2002 a 2007)
Agente faz o papel de uma agência de viagens, sendo responsável por comprar bilhete de avião, reservar hotel e comprar bilhetes de diversão
• TAC Supply Chain Management (desde 2003)
• TAC MarketDesign (desde 2008)
Agente especifica regras de mercado para compradores e vendedores. Competição com outros mercados para atrair negociadores.
• TAC Ad Auctions (desde 2009)
Agente negoceia em leilões para publicitar produtos num mercado onde existem clientes que questionam o mercado
20
Negociação no Comércio Electrónico
21
Suppliers
Agent
Customers
Day 1 –Day 2 –Day 3 –Day 4
RFQ–Cust.
Orders
–RFQ –Supp. Offers
–Supp. Orders
Cust. Offer
s
ID
Product
Quantity
Due date
Penalty
Reserve price
–Request for Quote
Negociação no Comércio Electrónico
• TAC SCM (Supply Chain Management)– Mercado Electrónico onde existem fornecedores de componentes
(memórias, teclados e processadores) e compradores de computadores (clientes)
– Um agente TAC SCM (Supply Chain Management):• Compra componentes a fornecedores
• Gere a produção na fábrica (montagem de computadores)
• Vende computadores a clientes
– Cenário inclui múltiplos agentes (competidores)
– Vence a competição o agente que possuir mais dinheiro no banco no final do jogo
22
Negociação no Comércio Electrónico
• Trading Agent Competition em 2007 (TAC SCM)
23
Sorter95
– Ocupação máxima da fábrica
– Inactividade inicial e final
– “Order-to-Stock”
MicroTeam
– Micro crédito– Empréstimo (saldo
negativo no banco) de montante reduzido
– Laboração máxima de 70% capacidade fábrica
Instituição Electrónica
• Instituições Electrónicas são locais onde os agentes interagem.– Descrição formal, onde está definido:
• Tipo de interacção (registo, pesquisa, compra, pagamento, …)
• Protocolo de interacção
• Regras de comportamento
• O mercado deve ser justo para todos os participantes.
24
Agentes
• Como paradigma para a engenharia de software– Na eng. software é desejável compreender as características da
complexidade do software.
– A interacção é uma das características mais importantes neste entendimento
• Como ferramenta para simular as sociedades humanas– Os sistemas multi agente são uma ferramenta promissora na
simulação de sociedades, permitindo estabelecer processos sociais por interacção entre os elementos/agentes
• Como modelo para explorar a complexidade– Agentes permitem a exploração de múltiplos sistemas complexos
onde a interacção é a chave: economia, ecologia, ...
25
Agentes e Instituições
• Instituições electrónicas suportam o uso de agentes em transacções electrónicas
• Instituições definem/impõem formas de interacção– Agentes podem ser desenvolvidos de forma independente
– Agentes interagem de acordo com o estipulado pela instituição
• Dois tipos de interacção:– Interacção com a própria instituição (uso de serviços da instituição)
• registo como comprador/vendedor, pagamentos, etc
– Interacção com os outros agentes (dentro da instituição)
26
Agentes e Instituições
• Agentes devem conhecer as possíveis transacções, normas, regras e protocolos da instituição– No caso de transacções directas, agentes devem ser capazes de
determinar capacidades dos outros e estabelecer um protocolo de interacção
27
Menor controlo da instituição electrónica implica
maior complexidade na comunicação entre os agentes
Interacção com instituição
• Serviços especificados pela instituição– Agentes participantes na instituição devem conhecer quais os serviços
disponíveis e como os usar
– Deve existir uma forma “padronizada” na descrição dos serviços (e protocolos) da instituição
28
Interacção com outros agentes (na instituição)
• Se transacções incluem um facilitador (“broker”)– IE gere o modo como a interacção se processa (possui controlo sobre
esta comunicação)
– A gestão da comunicação é fácil para os agentes
• Se transacções directas:– IE estipula o que é uma interacção, apenas são definidas as fronteiras
das interacções
– A IE não consegue determinar os instantes em que a interacção ocorre
– A gestão da comunicação, por parte dos agentes, é mais complexa
29
EIDE (Electronic Institutions Development Environment)
• Suporta todas as fases da IE, desde a especificação de regras institucionais até à sua execução e monitoração
30
http://e-institutions.iiia.csic.es
EIDE (Electronic Institutions Development Environment)
• Especificação formal de regras institucionais -- ISLANDER– Definição de papéis e relações
– Definição de uma ontologia comum
– Protocolos de interacção e relação com papéis
– Regras normativas que definem as consequências de uma acção
• Verificação dinâmica – SIMDEI– Efectuada por simulação
– Várias simulações são efectuadas com diferentes populações de agentes
– Análise da simulação (ferramenta gráfica) efectuada pelos projectistas que decidem modificar ou não as regras institucionais
31
EIDE (Electronic Institutions Development Environment)
• Desenvolvimento do agente -- aBUILDER– Agentes são heterogéneos
– Não é obrigatório usar aBUILDER
– Especificação gráfica dos comportamentos do agente
– Geração automática de um “esqueleto” do agente
• Execução e Análise -- AMELI– Fornece, aos agentes, informação sobre a execução actual
– Obriga os agentes a seguir as regras institucionais (valida as acções dos agentes)
32
EIDE (Electronic Institutions Development Environment)
33
Instituição Electrónica 3D
• Instituição Electrónia 3D combina os conceitos de Instituição Electrónica e Mundo Virtual 3D
Permite:– Ambiente/interface amigável
– Facilitar o uso da Intituição Electrónica por parte de utilizadores humanos
– Estudar a relação entre humanos e agentes de software num espaço virtual 3D
34
Instituição Electrónica 3D
35
HarmonIA
36
Javier Vázquez Salceda, http://www.cs.uu.nl/groups/IS/ec/ec.html
HarmonIA
• Abstract Level
– Estatutos: especificação abstracta dos objectivos da organização, seus valores e contexto onde actua
Ex: estatutos da ONT (National Organization for Transplants)
37
The principal objective of the ONT is the promotion of donation and the
consequent increase of organs available for transplantation, from
which all its other functions result. The ONT acts as a service agency
for the National Health System, works for the continuing increase in the
availability of organs and tissues for transplantation and guarantees
the most appropriate and correct distribution, in accordance with the
degree of technical knowledge and ethical principles of equity which
should prevail in the transplant activity.
HarmonIA
• Concrete Level
– Normas abstractas são traduzidas em acções e conceitos
– Normas concretas: acções descritas em termos da ontologia da organização
• Rule Level
– Tradução de normas em regras (numa linguagem que permite definir acções e restrições temporais)
• Procedure Level
– Duas hipóteses:• Criar um interpretador de regras que todos os agentes usam
• Traduzir as regras em procedimentos facilmente entendiveis pelos agentes
38
EIDE vs HarmonIA
• ISLANDER– Agentes externos seguem (de forma cega) os protocolos : eficiente
– Mas agentes só possuem autonomia para aceitar/rejeitar o protocolo
• HARMONIA– Agentes externos interpretam as regras de funcionamento
• Não se pode usar em ambientes abertos, pois é fortemente dependente da arquitectura interna do agente
– Permite as duas hipóteses:• Protocolos de baixo nivel que agentes devem seguir “à risca”
• Regras associadas
39
Instituição Electrónica (NIAD&R)
• Tópicos a considerar:– Definição de normas e regras
• Estáticas ? Dinâmicas?
– Medida de confiança e reputação• De acordo com a experiência passada
• Perfis
– Contratação automática• Definição de contratos padrão
• Negociação de cláusulas contratuais (argumentação)
– Selecção de parceiros: negociação automática• Negociação multi-atributo
• Aprendizagem na formulação de novas propostas
– Serviços de ontologia• Parceiros são heterogéneos, ontologias possivelmente diferentes
40
Instituição Electrónica (NIAD&R)
41
Normas &
Regras
Instituição Electrónica
Formação
EV
Negociação-
Q
Operação
EV
Monitoração
Dissolução
EV
ServiçosOntologia
ContratoElectrónicoMAgt EAgtEAgt EAgt
Confiança &
Reputação
templates de contratos negociação de cláusulas
Bibliografia
The Role of Norms and Electronic Institutions in Multi-Agent Systems: the HarmonIA Framework, Javier Vasquez-Salceda, ISBN:3-7643-7057-2, 2004
Electronic Institutions Development Environment, Marc Esteva, Juan Rodríguez-
Aguilar, Josep Arcos, Carles Sierra, Pablo
Noriega, Bruno Rosell, AAMAS08, Portugal, 2008
Kasbah: An agent marketplace for buying and selling goods, Anthony Chavez, Pattie Maes. PAAM96, UK,1996
Norm - oriented Programming of Electronic Institutions, Andrés García-Camino, Juan
Rodríguez-Aguilar, Carles Sierra, Wamberto
W. Vasconcelos , AAMAS06, Japan, 2006,
42
Electronic Institutions for B2B: Dynamic Normative Environments, Henrique Cardoso,
Eugénio Oliveira, Artificial Intelligence & Law, Springer, Vol.16,N.1, ISSN:0924-8463, 2008.
Contributions to an Electronic Institution supporting Virtual Enterprises' life cycle, Ana
P. Rocha, Henrique Cardoso, Eugénio
Oliveira, Virtual Enterprise Integration: Technological and Organizational Perspectives, Idea Group Inc., ISBN 1-59140-406-1, Ch. XI, 2005.