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ANAIS - 2013

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APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de oportunizar aos docentes das escolas municipais

divulgarem experiências pedagógicas que resultaram positivamente na construção

de conhecimentos relevantes e significativos aos educandos e à comunidade

escolar, realizamos o 4º Fórum EDUCA em AÇÃO.

A Lei nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)

recoloca a educação na perspectiva da formação e do desenvolvimento humano

pleno, reafirmando que esta é uma tarefa da gestão da escola, da docência e do

currículo. Tal responsabilidade remete ao professor a necessária condição de

produtor de história, de conhecimento, de ações que podem transformar vidas: no

entanto, reconhecer os educandos como sujeito do direito à educação e formação

plena nos obriga a recuperar dimensões da docência e do currículo soterradas sob o

tecnicismo, o positivismo e o pragmatismo que dominaram por décadas o ensino

brasileiro.

Partindo do ideário explícito pela ciência de que toda mente humana é

capaz de aprender, acreditamos sermos profissionais do conhecimento e da cultura

e, por isso, queremos enfatizar uma pratica docente inclusiva onde as diversas

dimensões do educando sejam respeitadas e valorizadas na sua complexidade e

realidade.

Buscamos encurtar a distância entre teoria e prática para qualificar os

padrões do ensino e aprimorar os níveis de aprendizagem de todos os nossos

alunos divulgando as boas práticas da Rede Municipal de Ensino de Sorocaba

apresentadas durante o Fórum, através desta publicação digital dos Anais 2013.

Acreditamos assim, construirmos nossa história e viabilizarmos uma

prática educativa que atenda as necessidades de formação dos docentes e dos

educandos na sua totalidade.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

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SUMÁRIO

Educação Infantil ..................................................................................................... 6

1. ABC Musical .................................... ...................................................................... 6

2. Amigos do Maternal – combinados e regras. ..... ............................................... 9

3. Baú de histórias .............................. ................................................................... 13

4. Brincando com o folclore ...................... ............................................................ 17

5. De Lobato a Vinícius de Moraes: uma viagem pela literatura infantil ............ 20

6. Eleições pré – escolares – praticando a cidadani a .......................................... 25

7. Jornal GH – Celebrando a etnia afro - brasileira .............................................. 29

8. Minha vida, minha rua, meu planeta. Eu cuido! .. .............................................. 32

9. Nós e o planeta somos um ...................... .......................................................... 38

10. Papa pilhas .................................. ..................................................................... 41

11. Piquenique literário. ........................ ................................................................. 47

12. Scrapbook: ferramenta para a construção da iden tidade e autonomia. ..... 51

13. Uso da lousa digital como recurso na educação i nfantil . ............................. 56

Educação Infantil e Ensino Fundamental ............................................................. 63

14. Acolhimento. ................................. .................................................................... 63

15. Feira Literária .............................. ...................................................................... 66

16. Resolvendo Situações – problema com o dominó . ....................................... 70

Ensino Fundamental I ............................................................................................. 75

17. A hora mágica da pasta azul: apostando na formação de pequenos leitores ... 75

18. Alfabeto e Canção ............................ ................................................................ 82

19. Cruzeirinho em Sala de aula .................. .......................................................... 91

20. Dicionariobol ..................................................................................................... 95

21. Estimulando a criatividade com origami ....... ............................................... 100

22. Jardim dos sonhos ............................. ............................................................ 104

23. Leitura e escrita em sala de aula: mediando a p rodução de texto de autoria

no 2º ano ........................................ ....................................................................... 108

24. Quinzinho contra a dengue ..................... ....................................................... 114

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25. Um sonho na reciclagem ....................... ........................................................ 116

26. Uso da ética nas regras de jogos e brincadeiras ........................................ 120

Ensino Fundamental II .......................................................................................... 126

27. Astronomia: uma proposta de trabalho ....................................................... 126

Educação Infantil ao Ensino Médio ..................................................................... 131

28. Ensina-me de várias maneiras, pois sou capaz de aprender ...................... 131

Síntese - Palestras ................................................................................................ 134

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Educação Infantil

1 – “ABC MUSICAL”

Profª Ana Lucia Castelo Altino

Profª Lilian Aparecida Santos de Pádua Carneiro

CEI - 53 “Dr. Benjamin Felippe Grizzi”

Eixo temático: Educação do Movimento / Música

Modalidade: Projetos

Publico alvo: Pré I e Pré II

Resumo

O Projeto “ABC Musical” teve como foco principal o tema da música e do

movimento (dança) enquanto expressões culturais. O estudo desenvolvido abordou

diferentes gêneros musicais e a cultura nas quais elas estão presentes. Foi

desenvolvido nas turmas do Pré I e Pré II e teve no espaço escolar as vivências

destas expressões. Para isso, tivemos diferentes eventos de convidados que vieram

até a escola para mostrarem seus conhecimentos e talentos.

Apresentação do tema

O Projeto teve como temática a Música e o Movimento. Por ser extremamente

diversa, a equipe buscou, através de pesquisas com a comunidade e de vários

estudos, direcionar gêneros que contemplassem a vivência que os alunos tinham e,

principalmente, ampliar seus conhecimentos sobre gêneros até então

desconhecidos.

Problematização

Nosso questionamento norteador foi primeiramente: “Quais são os principais

gêneros musicais que existem no Brasil e no mundo?” E, após este conhecimento:

“Qual meu gênero musical favorito?”

Justificativa

O Projeto “ABC Musical” foi construído a partir de uma necessidade percebida

pela equipe escolar, tanto em nossas práticas pedagógicas, no qual limitávamos ao

trabalho com músicas infantis, quanto nas pesquisas realizadas com a comunidade,

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que indicavam um universo bastante limitado no que diz respeito a conhecimento

musical das famílias. Aliado a isso, buscamos atender a lei nº 11.769, de 18 de

agosto de 2008, que tornou o ensino da música obrigatório para toda a educação

básica.

Objetivos

Nosso objetivo principal foi propiciar aos alunos a oportunidade de vivenciar e

refletir sobre a música e o movimento (dança), para que, de posse desse

conhecimento, pudessem fazer suas próprias escolhas e avaliações críticas.

Referencial teórico

Como fundamento teórico principal, utilizamos os Referenciais Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil, volume 3.

Metodologia

Para o desenvolvimento deste projeto, utilizamos diversas estratégias:

pesquisas; alfabetário musical, onde cada letra era contextualizada em um ritmo,

contendo um desenho ilustrativo e um pequeno texto informativo e no qual, cada

professora contextualizava uma atividade pedagógica; DVD viajante, atividade

interativa onde cada aluno levava para casa um DVD produzido pela equipe gestora,

que continha clips de todas os gêneros descritos no alfabetário; cardápio musical,

onde a cada semana um ritmo era tocado durante os horários dos lanches;

parcerias, como apresentação de balé, música no parque (que fica no entorno da

unidade), teatro, oficina de cordas, participação dos familiares; e apresentação de

danças (com figurino confeccionado pela escola).

Descrição da avaliação

Acompanhamos todo o processo realizando o registro escrito e fotográfico e

finalizamos com uma exposição à comunidade de todos os trabalhos desenvolvidos

e uma apresentação de danças dos alunos.

Resultados

Ao encerramento do projeto, pudemos avaliar que os resultados foram

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alcançados tanto com os alunos quanto com a comunidade, pois além do

conhecimento, percebido em sala de aula, percebemos a ampliação do gosto

musical.

Considerações finais

Este projeto requereu um grande esforço de toda a equipe, seja na questão

dos estudos, seja na produção dos materiais necessários. Entretanto, foi

extremamente recompensador, pois seus objetivos foram alcançados e elogiados

por toda a comunidade.

Referências Bibliográficas

Educação Musical: de ouvido ou por música? Márcio Coelho in Direcional Educador

– Educação Musical, edição 84;

Novos Caminhos – educação Infantil – Aline Corrêa de Souza, Difusão Cultural do

livro

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2 - “AMIGOS DO MATERNAL – COMBINADOS E REGRAS”

Profª Cláudia Calegari Cury

CEI – 31 “Victória Haddad Sayeg”.

Eixo temático: Natureza e Sociedade.

Modalidade: Projeto

Público alvo: Creche III

Resumo

O Projeto teve início em roda de conversa, onde conversávamos sobre nosso

dia na escola, como gostávamos de ser tratados e como devíamos ser com nossos

amigos. Falávamos de nossa rotina e de nosso comportamento frente a ela.

Como referência e motivação para as crianças, contei a história “Amigos” de

Helme Heine. Em sequência realizamos o relato coletivo dos fatos da história

vinculando com a rotina e combinados da turma.

A construção efetiva dos combinados aconteceu através do reconto da

história utilizando objetos. Em cada parte da história um combinado era construído

adaptado seguindo os fatos que ocorriam.

Estabelecemos relação com os animais da história, observando sua amizade,

brincadeiras e comportamentos como forma de nortear o desenvolvimento do

trabalho com exemplos positivos de convivência, ressaltando o vínculo de amor e

carinho. Demonstrando que é possível convivermos com harmonia, alegria e

confiança.

Diariamente reforçávamos os combinados, que ficava exposto em sala e para

se apropriarem mais efetivamente cada aluno confeccionou um livro dos

combinados utilizando várias linguagens.

Como forma de avaliar o processo, diariamente, conversávamos em roda e

utilizávamos o cartaz de monitoramento. Para isso precisaram se apropriar das

cores de referência. Os alunos gostavam de realizar a avaliação e os resultados

foram ótimos.

Apresentação do tema

O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de trabalhar a meta 3: Interagir de

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forma solidária, respeitando a diversidade e formando cidadãos preocupados com a

coletividade.

Problematização

Tendo em vista a necessidade do trabalho com regras e combinados, pois é o

primeiro ano das crianças na escola, esse tema foi escolhido para propiciar a

construção de habilidades que facilite a resolução de conflitos.

Justificativa

A criança desta faixa etária apresenta dificuldade de relacionar-se, própria do

seu desenvolvimento e idade, portanto faz-se necessário que o trabalho seja focado

na socialização e na apropriação das regras da sala de aula.

Objetivos

Relacionar fatos diversos com o seu cotidiano;

Participar na construção dos combinados da turma;

Construir laços de amizade;

Socializar suas dificuldades junto ao grupo.

Referencial teórico

A preocupação com a prática pedagógica na Educação Infantil está cada vez

mais presente. É necessária uma reflexão sobre a construção de valores para a

formação de cidadãos éticos, críticos e participativos dentro de uma sociedade que

precisa de regras de convivência, identificando atitudes que respeitem o outro,

proporcionando dinâmicas de relacionamento socializadoras e pacíficas.

A criança constrói conhecimento através da interação com o meio físico e

social. Neste período ela precisa de experiências e estímulos para adquirir

habilidades que superem esse momento de sua vida, onde apresenta

comportamento egocêntrico, e superando-o consiga estabelecer relações com o

outro em situações de conflito.

Gradativamente, a criança participa da construção das regras de convivência,

identificando atitudes e comportamentos aceitos e valorizados, bem como aqueles

que deverão ser transformados.

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Ao construir um vínculo afetivo com educadores e amigos de escola fica mais

fácil estabelecer e aceitar essas relações de convivência e enfrentar os desafios da

rotina escolar.

“Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e

aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o

desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar

com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso,

pelas crianças, ao conhecimento mais amplo com a realidade social e cultural.”

(RCNEI, vol. 1, p.23).

METODOLOGIA

Roda de conversa (combinados e rotina);

Leitura da história “Amigos” de Helme Heine;

Relato coletivo de fatos da história vinculado com os combinados e rotina;

Reconto da história/construção dos combinados;

Exposição dos combinados com o grupo (inspirado na história);

Apropriação do significado das cores para o processo de avaliação;

Confecção do livro dos combinados;

Avaliação dos combinados durante o processo.

Descrição da avaliação

Avaliação diária através de rodas de conversa, com apoio de cartaz de

monitoramento.

Resultados

Foram obtidos através da percepção, observando mudanças de atitudes e

utilização dos combinados e regras na rotina escolar.

Considerações finais

O trabalho realizado com regras e combinados com apoio no livro de história,

só acrescentou a esse conteúdo tão necessário e pertinente a essa faixa-etária, pois

motivou os alunos de forma muito positiva, tanto na construção dos combinados

como na sua apropriação e prática diária. O desenvolvimento do tema dessa forma

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proporcionou um ano letivo de convivência tranquila e produtiva, com

desdobramentos e aplicação renovada em outras turmas, demonstrando a eficácia

dessa prática.

Referências bibliográficas

Referencial Curricular Nacional para a educação infantil;

Matriz curricular;

Valores e Diálogos para uma Cidade Educadora.

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3 - “Baú de histórias”

Profª Cristiane Herrera Estebam dos Santos

Profª Francine Sanches de Oliveira

CEI - 62 “Monsenhor Antonio Simon Sola”

Eixo temático: Alfabetização e Letramento

Modalidade: Projeto

Publico alvo: Creche III e Pré II

Resumo

O projeto “Baú de histórias” tem como objetivo socializar práticas de contação

de histórias, por meio do uso de recursos “simples” e que podem ser encontrados

facilmente pelos professores e alunos no dia a dia, tais como: sucatas, objetos,

fantasias, dentre outros. Por meio de técnicas de contação de histórias, as

apresentadoras buscarão envolver o público participante, discutindo a importância

do processo de apreciação e seleção de boas histórias a serem apresentadas para

nossas crianças.

Apresentação do tema

O presente projeto é desenvolvido no CEI 62 – Monsenhor Antonio Simon

Sola, com alunos de Creche III e Pré II, onde cada professora conta diversas

histórias aos seus alunos, apresentando vários recursos.

Desse modo, foi organizado um “baú viajante”, onde cada criança escolhe

uma história trabalhada em sala, juntamente com os recursos simples utilizados para

sua contação, levando para casa para ser também um contador de histórias para

sua família. No dia seguinte, no retorno do “baú”, a criança relata a atividade na roda

conversa. Outra prática adotada era de socializar as histórias do baú para outras

turmas da própria escola.

Problematização

Como adaptar recursos para viabilizar o processo de contação de histórias

garantindo a presença dessa prática na rotina da educação infantil?

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Justificativa

O projeto “Baú de histórias” visa contribuir através da prática de contação de

histórias com a construção do conhecimento, assim como, com a formação do

indivíduo enquanto leitor crítico e apreciador de histórias.

No processo de contação e apreciação de histórias, diversos elementos estão

envolvidos, como por exemplo: o valor da voz, as pausas, o jogo de ritmo, os

recursos utilizados, a interação entre o contador de histórias e o ouvinte, a sensação

que a história contada pode exercer sobre quem ouve, dentre outros. Todos esses

elementos provocam na criança o interesse em ler.

Desse modo, é fundamental para sua formação que a criança desenvolva o

hábito da leitura e isso só será possível se oferecermos a ela estímulo para que essa

prática aconteça e a contação de história pode ser um excelente meio.

Objetivos

Que o educando possa:

Adquirir o gosto pela leitura;

Apreciar e saber ouvir histórias;

Desenvolver a linguagem oral;

Saber contar histórias com o auxílio de diferentes recursos.

Referencial teórico

Fundamenta-se, ainda, pelos princípios da educação infantil, previstos nas

Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2009) e nas orientações

sobre o trabalho com linguagem oral e escrita, previstas nos Referenciais

curriculares da educação infantil (1998).

Metodologia

A apresentação do projeto será organizada, levando em conta o esclarecimento

sobre:

1. Fundamentação sobre a importância da prática de contação de histórias na

educação infantil,

2. Realização de oficina com educadores para apresentação do projeto.

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3. Vivências do público alvo em práticas de contação de histórias.

Descrição da avaliação

Como uma das etapas previstas no documento Diretrizes curriculares

nacionais para a educação infantil (2009), a avaliação será utilizada como

acompanhamento do trabalho pedagógico das crianças, consistindo na observação

crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças na

proposta de trabalho.

Resultados

O resultado tem sido muito significativo e prazeroso, pois tem proporcionado

às crianças um avanço no desenvolvimento da linguagem oral, da criatividade e

contribuído com o processo de aprendizagem da leitura e escrita, além de envolver a

família e desenvolver o gosto de contar e ouvir histórias.

Observa-se uma grande necessidade em despertar nas crianças o gosto pela

leitura e o saber ouvir e apreciar boas histórias.

O trabalho com contação de histórias possibilita uma viagem por espaços

mágicos, cheios de encanto e fantasias, habitados por reis, rainhas, príncipes,

princesas, fadas, bruxas, duendes, animais falantes, meninos, meninas.

Essa fantástica viagem auxilia no desenvolvimento do imaginário, da

criatividade, da linguagem e do autoconhecimento, ela é fundamental para o

desenvolvimento humano e não pode ser limitada por falta de recursos. Esse

trabalho propôs algumas sugestões de recurso que podem enriquecer a prática de

contação de histórias e torná-las mais atrativas para os ouvintes.

Até o presente momento, já trabalhamos com as crianças algumas histórias:

- O lobo e os sete cabritinhos

- Cachinhos de ouro e os três ursos

- O lobo e os três ursinhos

- O dia em que a Terra escureceu

Observamos, desse modo, maior desenvoltura das crianças com relação à

oralidade, por meio, por exemplo, do reconto e encenação das histórias trabalhadas.

Considerações finais

O projeto tem se mostrado significativo e prazeroso, tem trazido grandes

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contribuições para o processo de ensino aprendizagem, tendo como aspecto positivo

a participação e o envolvimento da família no trabalho, o desenvolvimento da

linguagem oral das crianças, sua expressividade e criatividade.

Este trabalho trouxe também uma reflexão sobre a importância da história na

vida das pessoas e que para enriquecê-la e torná-la atrativa basta gostar de ler,

praticar e se arriscar usufruindo dos recursos que estão ao nosso alcance.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Referenciais

curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 1998.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

Curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.

NEDER, Divina Lúcia de Souza. A importância da contação de histórias como

prática educativa no cotidiano escolar. Pedagogia em ação, v. 1, nº 1, p. 61-64,

jan/jun. 2009.

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4 – “BRINCANDO COM FOLCLORE”

Profª Adriana Olga do Nascimento Oliveira

Profª Kátia Corte Real

CEI - 50 “Professor Alípio da Cunha Guerra”

Eixo temático: Ciências Naturais e Sociais/Diversidade

Modalidade:

Público-alvo: Creche III ao Pré-II

RESUMO

Resgatar a cultura e oferecer oportunidades da criança interagir com a

família/escola/comunidade, fortalecendo vínculos.

Após a caça ao saci na escola e sua respectiva apresentação aos alunos, de

maneira lúdica num jogo de faz de conta tão pertinente a idade (Creche III), o saci

visitará a casa de cada aluno e trará para a escola, maravilhosas surpresas do

folclore contadas pela família, por meio de objetos/fotos ou relatos no caderno

viajante.

As famílias compartilham e oferecem os subsídios para o desenrolar das

atividades, de modo vivenciado ludicamente descobrimos e resgatamos o verdadeiro

folclore para um povo!

O resultado/feedback foi fantástico, não apenas resgatamos a cultura, mas o

diálogo entre as famílias, o resgate de valores, a apropriação das histórias de vida

compartilhadas entre todos nós, não apenas belas histórias... mas, por meio desse

trabalho pode-se conhecer um pouco mais da comunidade riquíssima em

diversidade, muito batalhadora, sofrida e grata pela atuação da escola em suas

vidas...

A oralidade e expressão corporal das crianças desenvolveram-se de maneira

muito significativa, pois os pais puderam, em casa, oportunizar com seus filhos uma

melhor abertura para dialogar, contar histórias/ lendas, brincar etc...

Problematização

O que a comunidade sabe e tem a nos oferecer sobre o folclore, será que ele

é ainda transmitido de geração a geração?

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Justificativa

Promover o desenvolvimento integral das crianças, dentro de um ambiente

com propostas lúdicas e significativas, pois a cultura de um povo é um bem precioso

que deve ser cultivado e compartilhado!

Objetivos

Resgatar a diversidade cultural existente na comunidade;

Construir coletivamente o aprender: a aprender, a conhecer, a fazer e a

conviver;

Compartilhar, divulgar e apreciar o Folclore vivenciado dentro da comunidade;

Oportunizar interação aluno/família/escola/comunidade;

Fortalecer e estreitar vínculos entre todos os envolvidos.

Conteúdos

Conceituais: Construir conceitos com as crianças sobre o que é folclore por

meio de experiências vivenciadas por elas.

Procedimentais: Permitir que as crianças se apropriem de conhecimentos da

cultura humana como novas formas de brincar, cantar, dançar, falar, etc.

Atitudinais: Incentivar a valorização e o respeito pelas diferentes formas de

viver de diferentes grupos e pessoas.

Metodologia

Linguagem Oral e Escrita: fala, diálogo, parlenda, trava-língua, adivinhações,

cantigas, escrita, receita, leitura, lendas, textos informativos.

Ciências da Natureza: Exploração de diferentes materiais.

Ciências da Sociedade: diferentes formas de cantar, brincar e contar histórias;

socialização, respeito, valorização do outro, autonomia, iniciativa.

Linguagem corporal: danças, brincadeiras.

Linguagem musical: cantigas diversas.

Linguagem Visual: dramatização de lendas, histórias e causos, confecção de

adornos e objetos folclóricos.

Matemática: construção de brinquedos e objetos alusivos ao tema (formas,

cores, medidas, contagens, receitas) etc.

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Descrição da avaliação

Ocorrerá de maneira formativa por meio da observação das formas de

expressão das crianças, de seu envolvimento nas atividades e satisfação nas

próprias produções.

Resultados

O resultado foi fantástico, não apenas resgatamos a cultura, mas o diálogo

entre as famílias, o resgate de valores, a apropriação das histórias de vida

compartilhadas entre todos nós, não apenas belas histórias... mas; através desse

trabalho pudemos conhecer um pouco mais da comunidade riquíssima em

diversidade, mas muito batalhadora, sofrida e grata pela atuação da escola em suas

vidas...

Considerações finais

Pensamos aqui, no Folclore como um grande quebra-cabeça, um grande

brinquedo, em que cada peça é fundamental: danças, lendas, brincadeiras,

parlendas, adivinhações, cantigas, receitas, brinquedos, etc. Peças que formam

esse jogo chamado cultura brasileira. Quanto mais se brinca com esse jogo mais se

conhece a riqueza cultural; descobrindo, vivenciando cada peça e compartilhando-os

entre todos nós!

É a maneira mais rica e prazerosa que encontramos para desenvolver as

atividades do folclore partindo de tudo o que a comunidade tem (sua

identidade/raízes) a nos oferecer!

Referência bibliográfica

Meu Livro de Folclore - Autor: Azevedo,Ricardo - Editora: Ática

O folclore Brasileiro Editora Edelbra

Wikipédia , a enciclopédia livre

Vivências culturais da comunidade

Turma da Mônica o Folclore Brasileiro Editora Girassol

DVD Tempo de Brincar Elaine Buzzato e Valter Silva

Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Brincando com o

folclore

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5 – “De Lobato a Vinícius de Moraes: uma viagem pel a literatura infantil”

Profª Fernanda Lopes Jamas

Profª Silvia de Almeida Ferreira

CEI - 54 “Profª Sônia Aparecida Machado”

Eixo temático: Alfabetização e letramento

Modalidade: Projeto

Público-alvo: Creche II ao Pré-II

Resumo

O presente trabalho é parte do projeto de “Literatura infantil” realizado pela

equipe de profissionais do CEI 54 – Profª Sônia Aparecida Machado, que tem como

um dos objetivos a ampliação do acesso das crianças a textos literários infantis,

especificamente, obras de Monteiro Lobato e de Vinícius de Moraes, pela relevância

desses autores para a composição da literatura infantil brasileira, assim como a

importância desse gênero literário no processo de desenvolvimento do pensamento

e da linguagem da criança. Fará parte dessa apresentação a socialização de

algumas experiências da equipe escolar, demonstrando os principais resultados das

práticas propostas junto às crianças.

Apresentação do tema:

No ano de 2013 a equipe escolar do CEI 54 elegeu o tema “Literatura infantil”

para ser explorado e vivenciado de modo bastante singular em nossa rotina de

trabalho, considerando a importância desse gênero literário nas práticas escolares

da educação infantil.

Por meio da preocupação com a formação de leitores em literatura e de

ampliar as formas de acesso da criança ao texto literário é que pauta-se o presente

projeto.

Ao longo desse ano, nossa equipe vem selecionando textos literários de

importância para a formação leitora da infância, além da preocupação com o

desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança, acreditando que, por

meio da literatura infantil, a criança desenvolve-se e atribui significados muito

específicos a esse gênero literário.

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Cada agrupamento elegeu um tema em literatura infantil e que vem sendo

aprofundado por meio de diversas práticas pedagógicas, conforme segue:

Creche II: “Narrativas de Monteiro Lobato”

Creche III: “Poetizando com Vinícius de Moraes”

Pré I e Pré II: Contos tradicionais transcritos por: Irmãos Grimm; Hans Cristian

Andersen e Charles Perrault (explorando as diversas versões que tais contos são

apresentados, assim como releituras dos mesmos na linguagem infantil)

Problematização

De que maneira a literatura infantil pode ser trabalhada na educação infantil,

possibilitando o desenvolvimento do pensamento e da linguagem na criança?

Justificativa

Compreendendo a literatura infantil como um gênero literário com

características específicas e constituído a partir das necessidades do seu principal

destinatário: a criança, é que se justifica um projeto de literatura na pré escola,

considerando esse sujeito com um ser sensível ao mundo e que atribui significados

bem específicos com relação às suas vivências sociais.

Corsino (2012) afirma que

A literatura e as artes em geral, com suas lentes e ângulos

próprios, dão visibilidade ao que, muitas vezes, o nosso olhar

não alcança, não sabe definir ou não sabe dizer. Produzem

assim, conhecimentos e reflexões sobre a realidade que se

dão à interlocução com outras formas de produção do

conhecimento (CORSINO, 2012, p. 05).

Dessa maneira, o trabalho com literatura infantil na escola possibilita o

encontro da criança com formas de representação do real, por meio de uma

linguagem estética que desperta para o imaginário. E é exatamente nesse sentido,

que a literatura infantil torna-se objeto de arte, devendo estar presente nas práticas e

vivências da educação infantil.

Por meio da ludicidade das palavras e imagens, o texto literário infantil

constitui-se num recurso que liga o homem à sua cultura, ao imaginário coletivo da

sua sociedade. Para Edmir Perroti,

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A literatura é um espaço de liberdade, imaginação e

aventuras. Nesse sentido, não pode ser instrumentalizada

para uma finalidade de ensino, como, por exemplo, uma

narrativa que tem como objetivo ensinar padrões éticos e

morais [...] a literatura permite vivenciar e superar medos,

aflições e outras emoções pelos super-heróis e pelas fadas. O

objetivo é fazer com que esse mundo interior de cada um,

dialogue com a arte, mais especificamente com a literatura

(PERROTTI, 2010, p.17).

Objetivos

Ampliar o acesso dos alunos a textos de autores importantes para a

literatura infantil brasileira, tais como Monteiro Lobato/ Vinícius de Moraes

e os contos tradicionais infantis coletados por Hans Christian Andersen,

Irmãos Grimm e Charles Perrault.

Viabilizar estratégias para ampliar as formas de desenvolvimento do

desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança, por meio do

texto literário.

Referencial teórico

Esse trabalho é pautado por estudos da Literatura infantil, a partir de

pesquisadores brasileiros como Corsino (2012), Perrotti (2010) e Filho (2010).

Fundamenta-se, ainda, pelos princípios da educação infantil, previstos nas Diretrizes

curriculares nacionais para a educação infantil (2009) e nas orientações sobre o

trabalho com linguagem oral e escrita, previstas nos Referenciais curriculares da

educação infantil (1998).

Metodologia

A apresentação do projeto será organizada, levando em conta o

esclarecimento sobre:

Relevância da literatura infantil para a educação infantil.

Contato com autores e suas obras (narrativas e poesias), conforme o projeto

da unidade escolar.

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Realização de oficina com educadores para apresentação do projeto.

Momento destinado para a realização de uma contação de história, a partir de

texto de Monteiro Lobato.

Recital de poesias de Vinícius de Moraes.

Confecção de recursos que possam ser utilizados em projetos de trabalho

pelos professores participantes.

Descrição da avaliação

Como uma das etapas previstas no documento Diretrizes curriculares

nacionais para a educação infantil (2009), a avaliação será utilizada como

acompanhamento do trabalho pedagógico das crianças, consistindo na observação

crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças na

proposta de trabalho.

Resultados

Os resultados têm comprovado a hipótese sobre a relevância do trabalho com

literatura infantil para o desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança.

Considerações finais

Trabalhar com literatura infantil em sala de aula é criar condições para que se

formem leitores de arte, leitores de mundo, leitores plurais. Compreendendo essa

forma de linguagem como uma possibilidade de diálogo com a sociedade, nos

sentimos cada vez mais convictos de que a escola tem um papel de fundamental

importância no processo de formação de leitores mais sensíveis e comprometidos

com a vida em sociedade.

Referências bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Referenciais

curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 1998.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

Curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.

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CORSINO, Patrícia. Linguagem e sentido na educação infantil: uma

homenagem a Bartolomeu Campos de Queirós . Salto para o futuro, ano XXII,

boletim nº 07, out. 2012.

FILHO, José Nicolau Gregorin. Literatura infantil: múltiplas linguagens na

formação de leitores. São Paulo: Melhoramentos, 2010.

PERROTI, Edmir. Entrevista com Edmir Perrotti . Pátio: educação infantil, ano VIII,

nº 24, jul/set 2010.

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6 - “ELEIÇÕES PRÉ-ESCOLARES - PRATICANDO A CIDADANI A”

Profª Bruna Correa Amaral

Profª Carolina Caldini

CEI – 57 “Engenheiro João Salerno”

Eixo temático: Temas Transversais

Modalidade: Atividades Sequenciadas

Publico alvo: Pré II

Resumo

Realizamos um trabalho com o tema eleições com os alunos de Pré II no

Centro de Educação Infantil de número 57 “Engenheiro João Salerno” a fim de

elaborar toda a campanha eleitoral, votação e trabalho pós - eleições buscando

cumprir as propostas realizadas.

Apresentação do tema

O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma

prática educacional voltada para a compreensão da realidade. Sendo assim,

consideramos necessária uma vivência voltada para que essa construção fosse

efetivamente alcançada. Com isso, partimos da transdisciplinaridade e dos temas

transversais para a efetivação da proposta.

Problematização

Com as Campanhas Eleitorais presentes na época e o grande interesse dos

educandos pelos candidatos elegíveis, viu-se a possibilidade de trabalhar o tema

“Eleições”, para com isso, desenvolver nos educandos a capacidade de intervir na

sua própria realidade a fim de transformá-la.

Justificativa

As eleições são um passo muito importante para a concepção da cidadania. A

partir dela somos capazes de nos perceber seres ativos, participantes e peças

fundamentais da sociedade em que vivemos. Por isso trabalhar a amplitude de

problemáticas da escola fez-se fundamental. Onde se buscava nos educandos uma

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conscientização para os problemas, necessidades e aspirações desse ambiente.

Buscando essa mesma conscientização para dificuldades no bairro, na cidade,

enfim, globais. Com isso, faz-se necessário buscar nesses educandos um interesse

precoce por esse tema eleitoral tão presente a cada dois anos no seu dia-a-dia,

realizando uma atividade sequenciada visando uma educação comprometida com o

desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na realidade para

transformá-la.

Objetivos

Compreender a cidadania como participação social;

Posicionar-se de maneira responsável e construtiva;

Conhecer características fundamentais do Brasil e de outros países com

relação a tipos de governo;

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente;

Utilizar as diferentes linguagens como meio para produzir, expressar e

comunicar suas ideias;

Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimentos;

Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua

adequação.

Referencial teórico

Pautamos nosso trabalho nos Temas Transversais. Apesar de sermos uma

instituição de Educação Infantil, a transdisciplinaridade é fundamental e presente na

Educação Infantil. Além disso, seus objetivos são plausíveis e adaptáveis a

realidades dos nossos educandos. Portanto, propusemos, como os Parâmetros, uma

proposta de educação pautada na construção da cidadania.

Metodologia

Levantamento de conhecimentos prévios;

Utilização de filmes para mostrar tipos de governos;

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Utilização de histórias;

Aferição de propostas de trabalho;

Seleção dos grupos e “partidos”;

Criar propostas de campanha;

Confeccionar cartazes;

Confeccionar panfletos;

Distribuição de panfletos;

Criar “jingles” para os candidatos;

Realizar “comícios” para a campanha;

Realizar votação com urna escolar;

Verificar através de gráficos os vencedores;

Trabalhar para cumprir as promessas de campanha.

Descrição da avaliação

A avaliação foi constante ao longo do processo. No qual o mais importante foi

o passo dado para a cidadania e o nível de interesse e participação nas campanhas

e processo de votação.

Resultados

Nossas propostas visavam fazer com que os educandos se percebessem

sujeitos ativos na sociedade⁄escola e desenvolver a capacidade de intervir na sua

própria realidade a fim de transformá-la. Isso foi possível já que nas propostas

questionamo-los sobre o que era mais necessário no local em que estavam

inseridos. Eles propuseram melhoras e as melhores propostas foram escolhidas. Um

ganho para as crianças, para a turma, para a escola e para toda a sociedade, pois

receberá educandos mais conscientes, preparados e capazes de agir e transformá-

la.

Considerações finais

Nosso “projeto” propôs a amplitude do trabalho com problemáticas da escola.

Porém, tendiam um objetivo global, isto é, a percepção de que, apesar de não

poderem fazer parte do processo de votação, já fazem parte da sociedade a qual

estão inseridos e são peças fundamentais dela.

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Referências Bibliográficas

MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Apresentação dos Temas

Transversais . Brasília. 1998

Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Eleições pré –

escolares

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7 - “JORNAL GH – CELEBRANDO A ETNIA AFRO - BRASILEI RA”

Profª Bruna Correa Amaral

Profª Carolina Caldini

CEI – 57 “Engenheiro João Salerno”

Eixo temático: Temas Transversais

Modalidade: Atividades Sequenciadas

Publico alvo: Pré II

Resumo

Realizamos um trabalho com o tema Consciência Negra com os alunos de 2ª

etapa no Centro de Educação Infantil de número 57 “Engenheiro João Salerno” a fim

de elaborar um telejornal abordando temas referentes à cultura afro-brasileira

presente em nosso país.

Apresentação do tema

O compromisso com a construção da conscientização étnico racial pede

necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão dessa

cultura. Sendo assim, consideramos necessária uma vivência parcial de alguns

costumes trazidos ou popularizados através da cultura afro-brasileira. Com isso,

partimos da transdisciplinaridade e dos temas transversais para a efetivação da

proposta.

Problematização

Com a efetivação da lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, nossa escola

preparou uma grande exposição aberta a comunidade, com isso viu-se a

possibilidade de trabalhar o tema “Consciência Negra” buscando contribuir para o

resgate das contribuições dos povos negros em diversas áreas de nossa cultura,

visando com isso, desenvolver nos educandos não só uma conscientização, mas um

respeito inerente e uma admiração imutável por essa etnia.

Justificativa

A lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003 vigora em seu caput 1o que as escolas

realizem “o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil,

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a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando

a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à

História do Brasil”. Sendo assim, fez-se necessário realizar um trabalho com

atividades sequenciadas, expondo-as em um vídeo em forma de telejornal, já que o

mesmo tem a função de informar. Fazendo com que esses educandos informem, se

informando e consequentemente aprendendo um pouco dessa cultura tão presente

em nosso país.

Objetivos

Compreender a cultura afro-brasileira;

Posicionar-se de maneira consciente com relação a essa etnia;

Conhecer características da cultura do Brasil trazidas por esse povo;

Perceber-se integrante e participativos dessa cultura;

Reconhecer os diferentes portadores de informação;

Saber se utilizar dessas fontes de informação para também informar

adquirindo e construindo assim, conhecimentos;

Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua

adequação.

Referencial teórico

Pautamos nosso trabalho nos Temas Transversais e na lei N.º 10.639, de 9 de

janeiro de 2003. Por sermos uma Instituição de Educação Infantil, adaptamos os

conteúdos presentes em ambos os portadores a fim de abranger os educandos.

Metodologia

Levantamento de conhecimentos prévios;

Reconhecimento de telejornais;

Gravação das cenas;

Realizar apreciação de receita;

Apreciar a exposição das outras turmas;

Preparar entrevistas com a gestão da escola;

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Convidar e participar de aula de capoeira;

Apresentar o telejornal para a comunidade;

Descrição da avaliação

A avaliação foi constante ao longo do processo. No qual o mais importante foi

que adquirissem uma conscientização para o tema.

Resultados

Nossas propostas visavam fazer com que os educandos percebessem a

importância e riqueza da cultura afro-brasileira no Brasil. Nosso resultado foi

alcançado ao passo que houve um encantamento por parte dos educandos que é

exposto no telejornal “produzido” por eles.

Considerações finais

Nosso projeto propôs a amplitude do trabalho com a Consciência Negra. Porém,

tendiam o objetivo de desenvolver nos educandos não só uma conscientização, mas

um respeito inerente e uma admiração imutável por essa etnia. Com a lei visando à

constância do trabalho, esses objetivos serão possíveis.

Referências Bibliográficas

MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Apresentação dos Temas

Transversais . Brasília. 1998.

BRASIL. Lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003 . Altera a Lei no 9.394, de 20

de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,

para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática

"História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.

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8 - “MINHA VIDA, MINHA RUA, MEU PLANETA. EU CUIDO!”

Profª Alessandra Lopes Jamas

Profª Vanessa Aparecida Baptista Pinto Thame

CEI - 78 “Ettore Marangoni”

Eixo Temático: Formação Pessoal, Social e Conhecimento de Mundo / Natureza e

Sociedade.

Modalidade: Projeto

Público-Alvo: Toda comunidade escolar e seus familiares

Resumo

A Educação Ambiental deve fazer parte do dia-a-dia da escola, ser vivenciada

realmente por todos, envolvendo famílias e comunidade, deve acontecer de forma

contínua e crescente atuando diretamente na realidade de cada comunidade sem

perder de vista a questão planetária.

Porém, quando falamos deste tema a ser trabalhado com crianças de 0 a 3

anos precisamos pensar primeiro em desenvolver a consciência e o conhecimento

de si próprio e do outro, para depois partirmos para o ambiente que a cerca.

Pensando nisto e nas necessidades do nosso entorno, desenvolvemos atividades

que envolvam o autoconhecimento e cuidado, respeito pelo outro e pelo ambiente,

identidade familiar e local, para que através destas possamos despertar a

comunidade escolar e as famílias para a consciência ambiental e levá-los a

compreender que o homem faz parte do meio ambiente, dando subsídios para a

ação e transformação de posturas pessoais, coletivas e do nosso ambiente (creche,

bairro).

Apresentação do tema

A Educação Ambiental deve ser abordada de maneira interdisciplinar, ela

deve permear todas as disciplinas do currículo. As questões ambientais também

abrangem aspectos socioeconômicos, culturais, políticos, éticos, estéticos, físicos,

químicos e biológicos. Deve prever a promoção da qualidade de vida, a

conscientização e o desenvolvimento sustentável, ela é um meio indispensável para

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elaborar e desenvolver formas menos prejudiciais que irão ajudar na preservação do

meio ambiente para uma manutenção da qualidade de vida na terra.

As questões ambientais devem ser observadas e trabalhadas primeiro do

ponto de vista local e regional, e depois nos demais aspectos, sabendo sempre que

as pequenas atitudes é que formam o todo. Deve-se sensibilizar os mais jovens para

os problemas ambientais existentes na própria comunidade, estimular a busca pelo

conhecimento e o desenvolvimento de habilidades e atitudes para a resolução de

problemas. Desenvolver o senso crítico para descobrirem as causas reais dos

problemas e se utilizar do conceito de que meio ambiente é o lugar onde vivemos, e

de experiências de saída a campo, conhecendo o entorno, ambientes naturais e

modificados, etc.., para que se possam criar conceitos, problematizações e a busca

de soluções tornando cada aluno ou aluna um agente multiplicador de informações,

com valores, habilidades, experiências e a determinação para agir de forma

individual ou coletiva e resolver efetivamente problemas ambientais.

Problematização

O meio ambiente está sofrendo grandes impactos devido à ação do homem, e

os efeitos destes, estão presentes na nossa rua e no dia-a-dia, pois, a questão

ambiental é uma necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for

abordado, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação.

Portando, faz-se necessário construir o conceito de identidade para que as crianças

gradativamente percebam-se enquanto sujeitos e se reconheçam como parte do

meio em que estão inseridos.

Diante da problemática apresentada, pretendemos ao longo do

desenvolvimento do projeto, despertar o conhecimento e o respeito com si próprio,

com o outro e o meio.

Justificativa

É imprescindível que a criança se reconheça como parte de um grupo

(família, escola e comunidade), construa sua identidade e autonomia respeitando as

diversidades, seus direitos e deveres para assim poder compreender que faz parte

do meio ambiente que necessita ser cuidado. Na medida em que cresce, a criança

vai tomando consciência de si própria, do seu corpo, da sua relação com o meio,

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dos seus limites e possibilidades. Passa a perceber o seu papel social e a sua

capacidade de interagir e transformar. Diante disso, faz-se necessário que a escola,

ofereça meios efetivos para que seus alunos compreendam as ações do homem e

sua consequência para consigo, para sua própria espécie e com outros seres vivos,

sendo fundamental que cada aluno desenvolva suas potencialidades e adote

posturas pessoais construtivas, colaborando para a construção de uma sociedade

ética, justa em um ambiente acolhedor e saudável, percebendo a correlação dos

fatos tendo uma visão holística do mundo.

Pretendemos com esse projeto, observar, analisar nosso entorno, discutindo

formas alternativas de ação para preservarmos o local (casa, escola, bairro), e assim

construir a consciência de preservação, percebendo-se como ser integrante

dependente e transformador, pois, a escola é um espaço social e local onde o aluno

dará sequência ao seu processo de desenvolvimento global.

Objetivos

Formar pessoas com capacidade de se conhecer e reconhecer enquanto

indivíduos dotados de valores pessoais, direitos e deveres, identificando-se

como ser único e diferente dos demais, pertencentes a uma família a qual

está inserida em uma sociedade plural com algumas problemáticas

ambientais e ser capaz de interagir com esse meio de forma consciente,

construtiva, participativa e respeitando a diversidade.

Aproximar as crianças da história da família e do seu espaço social.

Desenvolver atitudes de respeito à natureza e vínculos afetivos com a escola.

Entender a importância do meio ambiente e como o homem está inserido

nele, a partir de questionamentos, observações, classificações, comparações,

análise crítica, etc.

Compreender o conceito de preservação, redução, reutilização e reciclagem,

aplicando-os ao ambiente escolar, familiar e comunitário.

Promover educação ambiental na Escola, na Família e na Comunidade.

Referencial teórico

Em ambiente urbano é comum que as pessoas achem que os problemas

ambientais estão distantes delas, e que não tem muito o que elas possam fazer para

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ajudar a contribuir, e é um trabalho de Educação Ambiental desmistificar isto e trazer

para cada um a sua responsabilidade ambiental, informando e contribuindo com a

formação de novas posturas. Alertando para que todos saibam que, por exemplo, o

problema da geração do lixo começa quando compramos os produtos com excesso

de embalagens no supermercado, e que cabe a cada um de nós exigir dos

fabricantes menos embalagens e embalagens que sejam recicláveis ou

biodegradáveis, e que é a atitude de cada um que pode transformar o todo

(REIGOTA, 2001).

Metodologia

História: O macaco e o coelho (combinados e regras de convivência).

Dinâmica do espelho: trabalhando as diferenças.

Linha do tempo: explorando o crescimento e as fases da criança.

Cartazes: características físicas das crianças (peso, altura, nº do calçado).

Gráficos: com mês de nascimento dos alunos.

História: O livro da família.

Roda de conversa: trabalhando os diferentes tipos de famílias.

Construção com sucata: representação da família.

Construção da árvore genealógica de cada criança.

Passeio pela escola para observação, cultivo e cuidado dos espaços.

Adotar uma árvore, realizar ações para seu conhecimento e cuidado.

Retomar o projeto da Horta revitalizando o espaço.

História: Têm de tudo nesta rua.

Retomar a separação dos materiais reutilizáveis e recicláveis na escola.

Atividade Para Casa: Descrever o trajeto de casa até a escola.

Passeio pelo Bairro: observação dos pontos críticos e positivos do Bairro.

Fotos e filmagens do bairro para comparar com a imagem da rua mais bonita

do mundo, escolher a rua mais bonita do bairro.

Confecção de cartaz com as coisas boas e as que precisam melhorar.

Resgate da história da formação do Bairro: livro “A história da Vila Sabiá”

Confecção de Maquete da rua mais bonita do Bairro.

Escolher um local para revitalização.

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� Recursos: Lousa digital; Livros de histórias; Vídeos e CDs; Mudas

variadas; Sucatas; Jornais e revistas; Fotos; Papéis, tintas, giz, etc.;

utilização de materiais recicláveis.

Descrição da avaliação

Análise dos acontecimentos através das observações diárias, realizando

relatórios mensais dos avanços de aprendizagem das turmas.

Resultados

Participação da comunidade nas atividades relacionadas ao projeto, melhora

na auto-estima e no sentimento de pertencimento ao bairro, revitalização da escola e

de uma rua do bairro, exposição com escola aberta à comunidade.

Considerações finais

Segundo Crivellaro (2001), devemos compreender o meio ambiente de forma

integral, sendo que sua concepção nos liga filosoficamente ao todo, valorizando as

potencialidades do local em todos os aspectos. Esse conhecimento construído, por

todos, gera uma maior compreensão, integração e participação tanto da criança

como de seus familiares numa prática escolar comprometida com a

interdependência escola/comunidade/sociedade e mundo, situa-nos como sujeitos

ativos e participantes de um momento histórico vivido em sua plenitude, na riqueza e

na diversidade de nossa própria cultura.

Só vamos construir um “mundo diferente”, quando realmente acreditarmos

que a Educação Ambiental pode contribuir efetivamente na formação de nossas

crianças e no repensar sobre o modo de se viver e se relacionar neste mundo tão

complexo, onde violência, exclusão social, fome, preconceitos, degradação

ambiental, consumismo, etc. fazem parte do cotidiano.

Referências Bibliográficas

AGENDA 21 FEITA POR CRIANÇAS JOVENS DE MAIS DE 100 PAISES. Missão

Terra, O Resgate do Planeta. Ed. Melhoramentos, 1994.

ALVES , R. O amor que acende a lua . Campinas, SP: Papirus: Speculum, 1999.

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ANDRADE , P. O. "Excursões Ecológicas". Relatório Vivencial , Viçosa, MG, 2002.

BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terr a. RJ: k Vozes,

1999.

BRASIL . Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília, 1998.

LEITE, L. H. A. Pedagogia de Projetos – Intervenção no Presente . Presença

Pedagógica, Belo Horizonte, 1996.

SOULÉ, M. In: ALVES, Liana Camargo de Almeida. "Um mundo por conhecer e

preservar". Os caminhos da terra . São Paulo, 1999.

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9 - “Nós e o planeta somos um”

Profª Ana Lucia Castelo Altino

Profª Lilian Aparecida Santos de Pádua Carneiro

CEI - 53 “Dr. Benjamin Felippe Grizzi”

Eixo temático: Educação Ambiental

Modalidade: Projeto

Público-alvo: Pré-I e Pré-II

Resumo

O Projeto “Nós e o planeta somos um” teve como tema principal a qualidade

de vida, abordando os seguintes eixos: lazer, alimentação, higiene e meio ambiente.

Foi direcionado aos alunos do Pré I e Pré II, quatro e cinco anos respectivamente, e

foi construído tendo como parâmetro, além das necessidades levantadas através de

pesquisas com a comunidade, também os conteúdos contidos na matriz curricular e,

consequentemente, no planejamento das etapas atendidas. As estratégias foram

desenvolvidas com os alunos e comunidade dentro do espaço escolar e também nos

arredores do bairro. Com a exposição de encerramento, pudemos avaliar os

resultados que obtivemos, tanto pedagogicamente (conceitual) quanto nas

mudanças de hábitos (atitudinal). O resultado foi tão positivo que algumas práticas

permanecem até hoje.

Apresentação do tema

O Projeto teve como temática a Educação Ambiental. Por ser extremamente

ampla, a equipe buscou direcionar um foco principal e suas abrangências. Assim,

nosso foco foi qualidade de vida e, para que esta fosse alcançada, abordamos os

eixos: lazer (saúde mental), alimentação saudável, higiene (saúde física) e meio

ambiente (água, lixo, flora e fauna).

Problematização

Nosso questionamento norteador foi: “O que devemos saber e fazer para

termos uma melhor qualidade de vida?”

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Justificativa

A Educação Ambiental tornou-se imprescindível para a conscientização de

que cada indivíduo é responsável pela construção de um mundo justo e equilibrado

ecologicamente, requerendo responsabilidade individual e coletiva. Só o

conhecimento e a reflexão podem fazer com que as pessoas usufruam dos recursos

naturais sem danificar o meio em que vivem. Além do bem estar momentâneo,

temos que refletir sobre os resultados e consequências de nossas ações para nossa

vida e para a vida do planeta.

Objetivos

Nosso objetivo principal foi o de estimular a mudança prática de atitudes e

formação de novos hábitos com relação a utilização de recursos naturais e da

relação de bem estar com o meio em que vivemos.

Referencial teórico

Como fundamento teórico principal, utilizamos a Carta da Terra, elaborada

pelo Instituto Paulo Freire.

Metodologia

Para o desenvolvimento deste projeto, utilizamos diversas estratégias:

pesquisas, maquetes, contação de histórias, plantio de mudas dentro da unidade

escolar e em seu entorno (mega plantio), teatro, oficinas de alimentação, visitas a

parques da cidade, atividade interativa com os pais, oficinas comunitárias,

arrecadação de materiais recicláveis entre outras.

Descrição da avaliação

Acompanhamos todo o processo realizando o registro escrito e fotográfico e

finalizamos com uma exposição à comunidade de todos os trabalhos desenvolvidos.

Resultados

Ao encerramento do projeto, pudemos avaliar que os resultados foram

alcançados tanto com os alunos quanto com a comunidade, pois além do

conhecimento, percebido em sala de aula, registramos as mudanças de hábitos que

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até hoje são realizadas em nossa escola.

Considerações finais

Este foi um projeto extremamente rico pelo valor dos conhecimentos

construídos e, principalmente, pela mudança prática e pontual observada em nossos

alunos e comunidade.

Referências bibliográficas

Além da Carta da Terra, pesquisamos as obras: O universo da sala de aula:

uma experiência em pedagogia de projetos, da autora Lúcia Lima Fonseca; O

espaço e o tempo da criança, do autor Euclides Redin; e O brinquedo sucata e a

criança – a importância do brincar, da autora M.M. Machado.

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10 – “PAPA PILHA”

Profª Cássia Beatris de Campos

Profª Débora Soares

Profª Monica Poldi do Espírito Santo

CEI – 18 “Miguel Cheda”

Eixo temático: Natureza e Sociedade

Modalidade: Projeto

Público-alvo: Creche III ao Pré-II

Resumo

O projeto Papa Pilha foi desenvolvido durante o no letivo de 2012 com todas

as turmas da unidade escolar (Creche III, Pré I e Pré II), cuja finalidade foi promover,

por meio da Educação Ambiental, a conscientização dos nossos alunos e

comunidade atendida quanto ao correto descarte das pilhas usadas, construindo

com as crianças a ideia de que é importante preservar a natureza, ampliando seu

entendimento para com as ações de conservação do meio ambiente, estimulando

atitudes e hábitos conscientes de cidadania e sustentabilidade, analisando os efeitos

nocivos das pilhas jogadas no meio ambiente, através da coleta de pilhas para o

correto descarte.

Apresentação do tema

Este projeto foi idealizado pela equipe de professoras da Unidade, mediante a

preocupação com as questões ambientais e a necessidade de educar nossos alunos

para uma atuação cidadã consciente e responsável para com a preservação do meio

ambiente.

O descarte das pilhas diretamente na natureza ocasiona vários prejuízos,

poluindo os solos e as águas subterrâneas com resíduos tóxicos. O correto descarte

contribui para minimizar os efeitos nocivos da contaminação.

Assim entende-se que ações, que acionam a consciência planetária dos

alunos e da sua família para a preservação ambiental, por mais simples que possa

parecer são necessárias para a mudança de pensamento e de hábitos que

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prejudicam a natureza. É preciso fazer com que as pessoas compreendam que a

sua ação individual somada a de outras pessoas, promovem o bem de todos.

Problematização

Nosso desafio foi em como trabalhar a consciência ambiental e planetária, a

sustentabilidade com os alunos de modo lúdico, sem deixar escapar informações

técnicas e científicas de relevante importância sobre o tema, para minimizar os

impactos ambientais, atingindo não só o ambiente escolar, como toda a comunidade

em geral.

Justificativa

Mediante o desequilíbrio dos ecossistemas, provocados pelas degradações e

o mau uso dos recursos naturais, motivados pela ambição e consumismo do ser

humano, percebemos a emergência de ações em prol da conservação da vida na

Terra.

As gerações futuras herdarão um sério problema, o qual reside em manter

vivas milhares de espécies da fauna e flora que estão em risco de extinção, devido a

destruição do seu habitat, incluindo aqui a espécie humana. Até mesmo a vida do

Homem está ameaçada pelos efeitos do aquecimento global e pelo esgotamento de

recursos naturais, anteriormente tidos como inesgotáveis, como a água por exemplo.

Portanto, as crianças de agora sentirão mais os efeitos dessa devastação.

Assim, é fundamental que as escolas estejam engajadas em ações que promovam a

consciência para a conservação do meio ambiente, nas palavras de Edgar Morin e

Moacir Gadotti é preciso desenvolver com os alunos a Cidadania Planetária, que

entendo o individuo inserido na coletividade terrena, onde todos devem compartilhar

interesses comuns quanto a qualidade de vida, a justiça social e a preservação da

vida na Terra.

Objetivos

� CONCEITUAIS

Construir com as crianças a ideia de que é importante preservar a

natureza;

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Ampliar seu entendimento para com as ações de conservação do meio

ambiente;

Estimular atitudes e hábitos que contribuam com o meio ambiente, como a

coleta de pilhas para o correto descarte;

Analisar com as crianças os efeitos nocivos da pilha no meio ambiente;

Relacionar outras fontes de poluição ambiental.

� PROCEDIMENTAIS

Observar os efeitos da ação humana na natureza;

Pesquisar mais informações que contribuam com o entendimento do tema;

Aplicar o conhecimento adquirido para a construção de hábitos que

preservem o meio ambiente;

Fazer a coleta de pilhas, recolhendo-as em casa e trazendo-as até a

escola para serem depositadas no coletor Super Pilha.

� ATITUDINAIS

Ser consciente da necessidade de preservar a natureza;

Contribuir com atitudes de preservação do meio ambiente;

Divulgar práticas de conservação da natureza;

Conhecer e interessar-se por boas práticas de respeito à natureza;

Sensibilizar-se com as causas em prol da defesa do meio ambiente e para

a preservação da vida.

Referencial teórico

Nosso destino comum é compartilhar com todos nossa vida no planeta. Nossa

identidade é ao mesmo tempo individual e cósmica. É preciso educar para

conquistar um vínculo amoroso com a Terra, não para explorá-la, mas para amá-la.

É preciso compreender que somos interdependentes com a natureza. “A sensação

de pertencimento à Terra não se inicia na idade adulta e nem por um ato de razão.

Desde a infância, sentimo-nos ligados com algo que é muito maior do que nós.

Desde criança nos sentimos profundamente ligados ao universo e nos colocamos

diante dele num misto de espanto e de respeito. A educação pode ter um papel

nesse processo se colocar questões filosóficas fundamentais, mas também se

souber trabalhar ao lado do conhecimento essa nossa capacidade de nos encantar

com o universo.” (Moacir Gadotti)

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O desenvolvimento sustentável visto de forma crítica tem um componente

educativo muito forte: a preservação do meio ambiente depende de uma consciência

ecológica e essa formação da consciência depende da educação.

O descarte das pilhas que se faz em lixões e aterros sanitários, liberando

componentes tóxicos que contaminam o solo, os cursos d’água e os lençóis

freáticos, afetando a flora e a fauna e o homem, pela cadeia alimentar. Devido a

tudo isso a Resolução nº 257/99 do CONAMA, resolve passar aos fabricantes ou

importadores para que estes adotem diretamente, ou por meios de terceiros, os

procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambiental

adequado.

Dentre os temas que preocupam a humanidade, a questão ambiental é a,

mais preocupante, por isso resolvemos abordar em sala de aula com as crianças,

pois desde pequenos já temos que aprender a cuidar do nosso planeta.

Metodologia

Iniciamos o desenvolvimento do projeto através da criação da história “Super

Pilha”, criada pela professora Cássia Beatris de Campos, através da qual os alunos

tiveram contato lúdico, interagindo e apropriando-se do tema, além da confecção do

boneco coletor de pilhas. Antes de iniciarmos o trabalho com os alunos, o tema e o

projeto foram apresentados aos pais em reunião, no intuito de que quando os alunos

falassem do tema em casa, os pais já estarem sabendo e envolvidos com o projeto,

podendo auxiliar os alunos no desenvolvimento das tarefas propostas. Com os

alunos o projeto foi iniciado com o filme “Wall-e”, sensibilizando-os, apresentamos a

história envolvendo-os ludicamente e preparando-os para a chegada do

representante do Super Pilha (boneco coletor), incentivando-os a coleta e descarte

correto de pilhas usadas, que provavelmente seria descartada no lixo doméstico

inadequadamente. Também foram apresentados pequenos vídeos retirados da

internet (Youtube), mostrando os efeitos nocivos do descarte incorreto das pilhas e

os materiais tóxicos liberados no meio ambiente devido ao descarte incorreto.

Realizamos com os alunos o monitoramento da quantidade de pilhas coletadas e

quais os tipos de pilhas e baterias mais usadas e descartadas.

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Descrição da avaliação

Foi realizada, através da observação quanto à participação e envolvimento

dos alunos, nas atividades desenvolvidas sobre o projeto.

Resultados

Houve engajamento geral da comunidade e dos alunos, havendo relato por

parte dos pais do envolvimento e conscientização dos alunos e seus familiares no

projeto desenvolvido.

Considerações finais

A realização do projeto Papa Pilha trouxe o início de uma conscientização

ambiental para os alunos e a comunidade atendida na Unidade escolar; os

resultados foram positivos com a aceitação, participação e colaboração por parte

dos pais e alunos, que pedem a continuidade deste projeto no ano de 2013.

Referências bibliográficas

BRASIL, Anna Maria; SANTOS, Fátima. Equilíbrio ambiental e resíduos na

sociedade moderna.3 ed. São Paulo: Brasil Sustentável Editora , 2007

GADOTTI, Moacir.Pedagogia da Terra. 5 ed. São Paulo: Pierópolis, 2000.

GADOTTI, Moacir.: Pedagogia da terra e cultura de sustentabilidade.Revista

Lusófona de educação,v.6, n.6,2005. Disponível em

http://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/a rticle/view/842/681

Experiência mostra estrago das pilhas no meio ambiente. Disponível em

http://www.ecoinforme.com.br/main_noticia.asp?id_noticia=868&id_tipo_noticia=3&id

_secao=104

Perigo: lixo tecnológico. Disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/perigo-lixo-tecnologico-

426131.shtml

As pilhas podem ser agrupadas em 4 grandes grupos. Disponível em

http://ecopagina.home.sapo.pt/amb_pilha.html

Pilhas e baterias: lixo tóxico dentro de casa. Disponível em

http://www.slideshare.net/M4RC14/pilhas-e-baterias

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Pilhas e baterias. Disponível em

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/pilhas-e- baterias/pilhas-e-baterias-

1.php

Descarte de pilhas. Disponível em

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/pilhas-e- baterias/pilhas-e-baterias-

2.php

Impacto das pilhas no meio ambiente. Disponível emhttp://www.g-sat.net/fisico-

quimica-1966/impacto-das-pilhas-no-meio-ambiente-18 2488.html

O brincar e o planeta. Disponível em

http://www.youtube.com/watch?v=OR_J8KUkXMI&feature= related

Reciclagem de pilhas e baterias. Disponível em

http://www.youtube.com/watch?v=OESxsSnMqO4

Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Papa Pilhas

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11 - “PIQUENIQUE LITERÁRIO”

Profª Ana Cristina Oliveira Germano

Profª Soraia Aparecida Aprimo Ferreira Uno

CEI - 07 “Francisca Moura Pereira da Silva”

Eixo temático: Linguagem Oral e Escrita / Identidade e autonomia / Natureza e

sociedade

Modalidade: Projeto

Publico alvo: Creche II ao Pré II

Resumo

O projeto “Piquenique Literário” encanta a todos os participantes, em especial,

as crianças. Nele a leitura é o grande protagonista e dá um espetáculo! Os alunos

vibram com as histórias encenadas pelos educadores e contadas por eles. E depois,

se deliciam lendo seus próprios exemplares colhidos (e escolhidos) dos galhos das

árvores, na praça em frente à escola e, continuamente, dentro das salas de aula e

nos diversos espaços educativos. É mágico!!! A interação entre as crianças de

diferentes faixas etárias, desde o nosso Creche II até o Pré II, é muito saudável e

enriquecedor. Todos, juntos, estão participando de um projeto educativo para

formação de leitores.

O projeto foi baseado no texto de Cláudio Fragata, que narra a história do

Antonio que derramou as letras do livro e não conseguiu juntá-las, assim nasceu

uma floresta no quintal da sua casa e os frutos das árvores não poderiam ser outros

senão livros!

Um boneco cheio de letrinhas também foi criado para ser o agente propulsor

do despertar pelo interesse à leitura das crianças. O Sr. Alfabeto vai para suas

casas compartilhar de bons momentos em família e uma prazerosa leitura. Tudo é

devidamente registrado e narrado em sala de aula, pelo olhar dos alunos. Além

disso, as crianças trazem de casa um presente, com o início da letra escolhida pelo

educador ou por meio de sorteio, para presentear o boneco amigo.

O resultado é o visível aumento do interesse pela leitura e pela exploração da

biblioteca da escola, inclusive pelos pais dos alunos.

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Apresentação do tema

Comer juntos é um ritual que une as pessoas, quando duas ou mais se

reúnem em torno de uma mesa farta nasce a partilha, não só do alimento para o

corpo, mas sim do combustível para a alma: bons papos, boas leituras e trocas!

Buscando estimular ainda mais o gosto e o prazer pela leitura, oferecemos

diariamente um vasto repertório aos nossos alunos desde bem pequenos.

Assim, surgiu a ideia de fazermos um passeio diferente, unindo a apreciação

da natureza, a ideia de partilhar e a alegria de ouvir histórias: marcamos um

piquenique literário!

Problematização

Como levar a criança a interessar-se e interagir com o mundo da leitura e da

escrita?

Justificativa

As crianças de hoje vivem cercadas de informações escritas, desde as

visíveis nas ruas por onde passam, na televisão em que assistem, nos jogos

eletrônicos que tem contato, por meio dos celulares, Ipad, vídeo games e afins,

assim como nos demais veículos de comunicação, já que vivemos num mundo

letrado. A escola tem o papel de proporcionar a compreensão destes códigos às

crianças, não ignorando tais influências, utilizando para tanto os mais diversificados

recursos pedagógicos, despertando ainda a curiosidade para o entendimento e

conhecimento de sua utilidade em nossas vidas.

Objetivos

Incentivar o hábito da leitura;

Conhecer e apreciar diferentes gêneros literários;

Socializar-se;

Estimular a partilha de alimentos e afetos;

Envolver a comunidade, estimulando a leitura;

Envolver a família na biblioteca ambulante;

Divertir-se.

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Referencial teórico

A criança deve reconhecer a linguagem oral e escrita como algo seu e de seu

contexto, onde ela vai recriar e construir hipóteses a respeito desse novo objeto de

conhecimento, buscando descobrir esse mundo escrito que a cerca. Ferreiro (1987)

afirma que “É necessário imaginação pedagógica para dar às crianças

oportunidades ricas e variadas de interagir com a linguagem escrita. [...] É

necessário entender que a aprendizagem da linguagem escrita é muito mais que a

aprendizagem de um código de transcrição: é a construção de um sistema de

representação”.

Metodologia

Contação e leitura de histórias e textos diversos (jornais, bilhetes, panfletos,

livros);

Escrita e leitura, de maneira não convencional;

Exposição no varal;

Utilização do Jornal Cruzeirinho;

Uso de fantoches e fantasias;

Confecção de cartazes convidando a comunidade para participar.

Descrição da avaliação

A avaliação será realizada por meio da observação dos avanços das crianças

em relação ao interesse pelo universo da leitura e escrita e das hipóteses citadas

por elas neste processo. Serão utilizadas sondagens e a ficha de desenvolvimento

do aluno.

Resultados

Por intermédio desse trabalho é possível verificar um maior interesse das

crianças pela leitura e escrita, que tem se manifestado na escola e em casa. As

solicitações de idas à biblioteca pelas crianças são comuns e constantes. As

retiradas de livros se tornam momentos prazerosos e de trocas. Nos cadernos

viajantes há relatos de pais satisfeitos com o aumento do interesse dos filhos pela

leitura, os quais os fazem ler mais também.

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Houve melhora e avanços significativos na oralidade de todas as turmas e

aumento na percepção da escrita e seus códigos, de acordo com as fases do

desenvolvimento.

Considerações finais

Nossas crianças não podem ficar alheias a este mundo repleto de

informações e rápidas transformações. Devem, desde na Educação Infantil,

conhecer o mundo letrado, para tornarem-se cidadãos ativos e participativos no

futuro e, num movimento mais breve, serem crianças mais antenadas com os

acontecimentos que ocorrem em seu universo infantil.

Devem tornar-se leitores assíduos e críticos, obtendo conhecimento por meio

dos livros e todos os meios de comunicação escrita a que tem acesso. Além disso,

devem ler por prazer!

Por tudo isto, e pelos resultados alcançados, este projeto foi tão gratificante e

valoroso. O envolvimento e entusiasmo de todos os participantes e executores foram

explícitos. O sucesso do Piquenique Literário, junto ao Aniversário do Sr. Alfabeto,

foi tão grande e significativo que o primeiro evento ocorreu em 2012, teve cobertura

e foi publicado no Cruzeirinho e, neste ano de 2013, o mesmo se repetiu. Portanto, a

prática já foi incorporada, com alegria e validação de todos da equipe, inclusive das

crianças, ao calendário escolar da unidade de ensino.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Ministério da

Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEC,

1998.

Matriz Curricular da Rede Municipal de Sorocaba.

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. Tradução Horácio Gonzales. São

Paulo: Cortez Autores Associados, 1987.

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12 - “SCRAPBOOK: FERRAMENTA PARA A CONSTRUÇÃO DA ID ENTIDADE E

AUTONOMIA”

Profª Joselaine Augusto Rangel Caetano

CEI - 79 “João Tortello”

Eixo temático: Natureza e Sociedade

Modalidade:

Publico alvo: Creche II

Resumo

O projeto do álbum com textos teve como objetivo principal promover a

construção da identidade e da autoestima dos alunos, ele aconteceu durante todo o

ano servindo de apoio para o processo de ensino aprendizagem. A cada mês era

construída uma página do álbum com o foco em alguma abordagem que havia sido

trabalhada em sala de aula, os alunos participavam da construção das páginas

ajudando na colagem das fotos e dos adereços. Em roda de conversa eles

relembravam a atividade escolhida. Alguns textos eram escolhidos pela professora

que compartilhava com os alunos. Este trabalho promoveu junto às crianças o

estimulo a linguagem e integração com os pares, enriquecendo a construção global

da identidade e o conceito do eu no mundo, fomentando principalmente o

desenvolvimento da autoimagem, elemento fundamental para a construção da

autoestima.

Apresentação do tema

O trabalho com identidade na Educação Infantil é extremamente importante

para o desenvolvimento global das crianças, construir a identidade implica conhecer

os próprios gostos e preferências e dominar habilidades e limites, sempre levando

em conta a cultura, a sociedade, o ambiente e as pessoas com quem se convive, é a

partir das experiências vivenciadas que a criança passa a compreender-se como um

ser único em meio a outros seres igualmente singulares, ou seja, um ser com

identidade própria. Ao iniciar o projeto de identidade e solicitar fotos para o trabalho,

constatei que dois alunos da sala nunca haviam sido fotografados, então surgiu à

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ideia do álbum, como mais um elemento para a construção da identidade e

fortalecimento da autoestima.

Problematização

A aquisição da autoimagem se dá por aprendizagem. Ao interagir com as

pessoas que lhe são importantes a criança recebe retorno verbal e não verbal que

reforça suas particularidades. A avaliação que faz de si surge a partir da avaliação

que os outros fazem dela. O déficit de algum aspecto da aparência é menos

importante que os sentimentos que o acompanham, a imagem que a criança tem de

si pode não ser exata e quanto mais real essa imagem, maior facilidade ela terá de

se comportar diante da vida, e ao gostar de sua autoimagem fortalecerá a sua

autoestima, a criança se esforça para ser aprovada e quando não obtém êxito na

construção de uma autoimagem pode generalizar essa inadequação para outras

áreas, inclusive apresentado sérios problemas de convivência e de aprendizagem, a

avaliação que fizer de si determinará seu comportamento diante da vida.

Justificativa

As crianças pensam o mundo de um jeito especial e muito próprio, é a partir

das relações que estabelecem com a realidade em que vivem, com o meio familiar e

com as pessoas com quem se relacionam no cotidiano que elas passam a “ler” e

compreender o mundo. Cabe à educação facilitar essa “leitura” e compreensão,

possibilitando o reconhecimento, pela criança, da sua própria história de vida e

resgatando a importância das suas ações e atitudes no processo de construção da

história da humanidade, estimular sempre a sua autoestima e autonomia e propor

atividades que sejam próprias do mundo lúdico e do imaginário da criança e que

colaborem para a formação de uma identidade autêntica e respaldada em valores

éticos necessários ao cidadão consciente do seu papel na construção da sua

história e da história do outro.

Objetivos

Promover a construção da autoimagem;

Desenvolver a percepção das características individuais e coletivas;

Valorizar as características individuais e coletivas;

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Estimular a interação com os pares;

Estreitar laços afetivos familiares;

Apreciar a sua imagem e a de seus pares;

Promover a autoestima e autonomia

Referencial teórico

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a

criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma

organização familiar que está inscrita em uma sociedade, com uma determinada

cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo

meio social em que se desenvolve, mas também o marca. Dentro desta concepção

podemos fundamentar os elementos do trabalho realizado que considera a criança e

suas particularidades como fundamentais para o grupo social ao qual está inserida,

pois todo o processo de socialização promove a troca entre os pares, a valorização

do individuo e a construção da autonomia, da autoestima e consequentemente da

identidade.

Metodologia

Neste trabalho foi construído um álbum de 10 páginas, sendo uma para cada

mês:

Fevereiro: Baile de carnaval

Março: Meio ambiente

Abril: Dia do Índio

Maio: Dia das Mães

Junho: Festa Junina

Agosto: Folclore

Setembro: Amigos

Outubro: Dia das Crianças

Novembro: Faz de conta

Dezembro: Natal.

Passo a passo:

1. Roda de Conversa: levantamento de hipótese sobre o que é um álbum de fotos.

2. Apresentação de um álbum comum para as crianças observarem e manipularem.

3. Apresentação para as crianças da proposta do álbum.

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4. Durante a atividade do mês todas as crianças eram fotografadas.

5. Roda de Conversa com fotos individuais da atividade realizada, neste momento

cada criança falava de sua foto (o que estava fazendo, o que mais gostava na

foto).

6. Apresentação do modelo da página que seria elaborada.

7. Preparação anterior das páginas, que foram feitas com papel cartão e color set.

8. Colagem dos tapetinhos, (papeis recortados previamente), das fotos e colocação

dos adereços da página.

9. Alguns textos eram escolhidos pela professora com foco em aprendizagem,

afetividade e identidade, posteriormente eram compartilhados em roda de

conversa com os alunos que ajudavam na colagem, estes textos também tinham

o objetivo de promover uma reflexão junto às famílias quando do recebimento do

álbum.

10. Depois de todo o processo terminado as crianças recebiam sua página para

observar e compartilhar com os amigos.

11. O encerramento da atividade aconteceu em dezembro com a entrega do álbum

durante uma festa, a participação foi total, todas as crianças receberam alguém da

família e durante a entrega era nítida a satisfação das crianças em compartilhar seus

álbuns.

Descrição da avaliação

A avaliação se deu por meio da observação durante as atividades, e também

pelos relatos das crianças e das famílias em relação ao trabalho realizado.

Resultados

Pudemos perceber o desenvolvimento do prazer em observar-se e gostar-se,

as crianças ficaram muito satisfeitas com o resultado final do álbum, estavam muito

ansiosas em compartilhar com suas famílias, pudemos constatar ainda que o nosso

objetivo principal que era o desenvolvimento da autoestima foi atingido pois havia

um contentamento em todo o grupo durante a entrega dos álbuns para as famílias,

as crianças queriam ser vistas e a aprovação dos pais as deixavam orgulhosas de si

mesmas.

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Considerações finais

Este trabalho me proporcionou uma emoção muito grande, pois ele surgiu a

partir de uma grande inquietação. Como podemos aceitar que em uma época onde

os recursos midiáticos estão tão expostos, uma criança não tenha a oportunidade de

ser fotografada e de apreciar a sua imagem? Então a partir desta inquietação que

em alguns momentos ganhou nuances de indignação, percebi que cabia a mim

oportunizar a essas crianças a inserção neste universo da autoimagem, com um

trabalho árduo, utilizando materiais alternativos, esta foto acabou se tornando um

álbum e um projeto pedagógico que promoveu a todas as crianças do grupo o

fortalecimento da identidade e auto estima, foi muito gratificante fazer parte deste

momento que se estendeu para além da escola envolvendo as famílias no processo,

que passaram a se interessar, pois as crianças chegavam em casa empolgadas

descrevendo o que estava acontecendo na sala de aula. Para mim o papel da

educação é promover junto aos alunos e a comunidade a certeza que todos temos

direito de acesso a uma vida justa e com igualdade.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para Educação

Infantil. Secretaria de Educação fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo, Paz e Terra, 1999.

LADEIA, Delia. O Eu criança na educação infantil. Em pauta – Revista Criança do

professor de educação infantil, Brasília, n.35, p.19-21,2001.

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13 – “USO DA LOUSA DIGITAL COMO RECURSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL”

Profª Giovana Lisboa

Profª Michele Nascimento Machado

CEI - 47 “Profª Betty de Souza Oliveira”

Eixo temático: Novas Tecnologias

Modalidade: Projeto

Publico alvo: Creche II ao Pré II

Resumo

O presente trabalho visa oferecer aos professores sugestões de como utilizar

a lousa digital na educação infantil, como recurso pedagógico na elaboração de

atividades permanentes, ocasionais e sequenciais de acordo com o currículo da

faixa etária.

O trabalho em sala de aula torna-se mais rico e prazeroso quando há a

utilização de mais uma possibilidade, a ferramenta da lousa digital na educação

infantil, visto o quanto a sociedade atual está inserida num mundo da era

tecnológica.

Com os alunos, as estratégias são diversificadas de acordo com o conteúdo

trabalhado, porém, com o uso da lousa digital percebe-se o crescente desejo de

aprender a aprender.

Apresentação do tema

Sabe-se que é de extrema importância estimular os alunos em todas as suas

potencialidades, além de estar atento a necessidade de se propor experiências de

aprendizagem significativas contextualizadas a vivência dos alunos que contemplem

os conteúdos da Matriz Curricular da Educação Infantil e dos Referenciais

Curriculares Nacionais para a educação infantil, para tanto a reflexão deve estar

presente no cotidiano pedagógico dos docentes e as formações em serviço vir ao

encontro dessas expectativas e dos desafios que se apresentam no trabalho

docente.

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Os alunos da educação infantil estão inseridos numa sociedade na era da

informática, o grande desafio atual é como inserir o uso da lousa digital de forma

significativa no cotidiano das práticas em sala de aula para alunos dessa faixa etária.

Com esse enfoque é que se pensou em formação com profissional

especializado nessa nova tecnologia que invade as salas de aula da educação

básica, além das formações oferecidas pelo sistema de ensino, uma formação

específica para professores da unidade e mais, alguns horários para elaborar aulas

para a turma em que se trabalha, atendendo às necessidades específicas de cada

sala.

Contudo, ao utilizar a lousa digital, há precedentes que diz respeito ao

conhecimento prévio de alguns recursos do programa disponibilizado e ainda, a

flexibilidade de abrangência em enxergar a transdisciplinaridade dos conteúdos e

nas possibilidades que a lousa digital pode contribuir na sequência didática ou nas

atividades permanentes da sua turma, devido a ser um novo recurso na sala de

aula.

O trabalho pedagógico que se utiliza do recurso da lousa digital, favorece a

observação para a avaliação individual da meta 7 - que especifica a habilidade em

conhecer e interagir com novas tecnologias, na FADA – Ficha de Acompanhamento

do Desenvolvimento do Aluno.

Ao pensar nesse recurso, o docente se utiliza de uma gama de possibilidades

para interagir com os conteúdos e as experiências de aprendizagem tornam-se

significativas e desafiadoras.

Seja em atividades permanentes como a Chamadinha, seja em atividades

como construção de gráficos com números do seu dia a dia, entre outras

possibilidades, os alunos iniciam a sua percepção de que as tecnologias estão a

favor da construção do conhecimento, além das informações que se registram por

meio dos recursos midiáticos.

Problematização

Atualmente percebemos o quanto as novas tecnologias têm feito parte do

cotidiano das pessoas e que por mais simples que o indivíduo seja, tem em casa um

aparelho de TV, que faz com que esse mesmo indivíduo tenha acesso a

informações e até mesmo tome posse de determinados conhecimentos. O contato

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com outras mídias é cada dia mais comum, seja com celulares, ifones, ipads, tablets,

notebooks, etc. e com diferentes aplicativos, os atrativos são igualmente diversos

para alimentar a curiosidade e o interesse das crianças. E a escola? O que tem

oferecido de instigante e que provoque a curiosidade dos alunos e desperte o

interesse em aprender? Pautando-se nestas e em outras indagações é que as

autoras discorrem neste material. Como trabalhar com a lousa digital na educação

infantil integral de forma significativa com os alunos? Existe formação e os

profissionais de educação sentem-se seguros para utilizar este recurso como forma

de produzir conhecimento?

Justificativa

Diante das inovações tecnológicas, torna-se fundamental uma postura

observadora, porém, ativa quando se trata de aquisição de conhecimentos.

Devemos refletir sobre os diferentes aspectos do desenvolvimento infantil sejam eles

sociais, cognitivos, afetivo-emocionais, etc, já que as informações circulam de forma

acelerada e estão disponíveis nas mais diferentes e, outrora, impensadas formas.

Diariamente somos bombardeados por elas. As crianças, cada dia mais cedo, têm

acesso aos diferentes meio de comunicação e demonstram não só interesse como

domínio sobre determinados aparelhos. Daí outra questão a ser pensada: o

desenvolvimento das crianças e sua aprendizagem. Que contribuições as novas

tecnologias trazem para esses indivíduos?

A escola é a outra face da moeda que representa as interações sociais, além

da família. A escola precisa, urgentemente repensar a sua relação com os meios de

comunicação. Não ignorá-los ou considerá-los inimigos. Também não pode pensar

em imitá-los, porque neles predomina a função lúdica, de entretenimento, e não

exclusivamente de organização da compreensão do mundo e das atitudes.

Por essas razões, utilizar os recursos tecnológicos em sala de aula para a

elaboração de atividades, pode ser uma forma de acompanhar o ritmo do

crescimento tecnológico, sem deixar de lado a prática reflexiva, o desenvolvimento

de atividades lúdicas e significativas para os alunos.

A proposta de utilizar a Lousa Digital como recurso na Educação Infantil

refere-se à inserção das mídias no cotidiano escolar desde a mais tenra idade, onde

os alunos têm a possibilidade de experimentar sensações e descobertas que estão

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associadas às suas vivências em casa, em família e na escola: o contato com

computadores é um exemplo disso.

Objetivos

Criar atividades que ofereçam aos alunos a oportunidade de contato com

novas tecnologias e suas linguagens;

Conhecer e interagir com a lousa digital;

Desmistificar com os alunos e com os professores o uso da lousa digital.

Relacionar o uso da lousa digital ao uso doméstico do computador.

Referencial teórico

Ao deparar com as transformações que atualmente se apresenta com

rapidez e movimenta o planeta, é obvio ocorre mudanças que se remetem a área da

tecnologia da comunicação e da informação, dada a importância no seu papel

central na dita era da informatização! Segundo o artigo “Tecnologias do

conhecimento: os desafios da educação” Ladislau Dowbor, diz que na medida em

que a educação não é uma área em si, mas um processo permanente de construção

de pontes entre o mundo da escola e o universo que nos cerca, a nossa visão tem

de incluir estas transformações. Não apenas a técnica de ensino que muda,

incorporando uma nova tecnologia, é a própria concepção do ensino que tem que

repensar os seus caminhos. Daí a grandiosidade do desafio da gestão do

conhecimento, o autor completa dizendo:

“... A gestão do conhecimento torna-se assim um espaço mais

amplo, no qual a educação tem de reconstruir o seu papel,

reencontrar o seu lugar. Não basta assimilar informática, internet

e outras tecnologias do conhecimento: as novas tecnologias

trazem transformações nas formas de trabalhar o conhecimento,

e exigem por sua vez novas formas de organização do tempo,

do espaço, das relações internas da escola: são as chamadas

mudanças organizacionais.”

Assim, a reflexão do trabalho docente frente a tais desafios impulsiona a

novas práticas, para que desde a tenra idade a criança desmistifique estar a frente

das tecnologias e muito mais, utilizar-se delas para construir seus conhecimentos,

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desta forma, Moacir Gadotti em seu artigo “Perspectivas atuais da Educação” deixa

claro a relevância em estimular educomunicação e educação tecnológica desde a

educação infantil:

“O que cabe à escola na sociedade informacional? Cabe a ela

organizar um movimento global de renovação cultural,

aproveitando-se de toda essa riqueza de informações... A escola

não pode ficar a reboque das inovações tecnológicas. Ela

precisa ser um centro de inovação. Temos uma tradição de dar

pouca importância à educação tecnológica, a qual deveria

começar já na educação infantil.

Tais considerações realizadas pelos dois autores ditam o quanto as

tecnologias invadem a vida do ser humano, inclusive as salas de aulas. Cabe a

escola e ao docente organizar seus tempos e espaços estimulando os alunos a

descobrir um campo tão significativo nos dias atuais, reestruturando sua postura

diante de novas possibilidades e assim, utilizar a linguagem tecnológica como

ferramenta no trabalho pedagógico, seja qual for o conteúdo abordado nas diversas

áreas do conhecimento.

Metodologia

As atividades em que se apresentam o uso da Lousa Digital como recurso na

Educação Infantil, serão elaboradas abordando criança da faixa etária de 2 a 5 anos

(Creche 2 ao Pré 2) que frequentam a Unidade Escolar em período integral. As

propostas e abordagens referem-se utilização do Programa SMART Notebook em

atividades permanentes como “Chamadinha”, com nome, com fotos; temas para

rodas de conversa, contagens diversas, gráficos, escrita do nome; hipóteses de

escrita, etc. Sugere-se que ao desenvolver atividades tendo a lousa digital como

recurso, que divida-se a turma em atividades diversificadas para que se trabalhe

com grupos menores, considerando a capacidade de concentração de cada faixa

etária.

Descrição da avaliação

A avaliação poderá ocorrer de maneira processual, visando o

acompanhamento do desenvolvimento e desempenho dos alunos, bem como o

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aspecto afetivo destacando-se o interesse, curiosidade e autoconceito a serem

adquiridos ou estimulados nos alunos. A abordagem de conteúdos ficará a critério

do professor considerando a faixa etária atendida norteando-se pela Matriz

Curricular, Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e demais documentos

que tratem do desenvolvimento infantil como um todo.

Resultados

Em sala de aula, os resultados podem ser acompanhados mediante avaliação

processual do desempenho e desenvolvimento dos alunos nas atividades propostas.

Na escola, como um todo, os resultados podem ser observados e

monitorados quanto ao número de vezes que o professor planeja a atividades com a

lousa digital.

Considerações finais

O desafio da educação é promover a reflexão e o desenvolvimento do olhar

crítico frente às informações adquiridas pelo sujeito, independentemente da

tecnologia a que tem acesso, a fim de que este tenha condições de transformar a

informação adquirida no aqui e agora em informação que lhe sirva em longo prazo,

ou seja, em algo consistente e não meramente ilustrativo e passageiro. Com as

crianças menores, o desafio não é menor! A formação na primeira infância pode ser,

e acreditamos que seja, o diferencial para o adulto do futuro, ou seja, a aquisição de

conhecimentos por meio do contato com as diferentes tecnologias só tem a

acrescentar à construção do conhecimento, mas nós, educadores temos como

missão nortear os olhares para que essa construção seja significativa, envolvente e

útil.

Referências Bibliográficas

COll, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento . Tradução

Dihel, Emília de Oliveira. Porto Alegre: Artmed, 1994 .

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à práti ca

educativa . São Paulo: Paz e Terra, 1996 .

SOARES, Ismar de Oliveira. Mas afinal, o que é educomunicação? Disponível em:

<HTTP://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/27.pdf> Acesso em 11 ago 2012.

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Dowbor, Ladislau. Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação

Disponível em: <http://www.mhd.org/artigos/dowbor_tecnologias.html>

Apostila SMART Notebook 11.pdf e Tutorial de Instalação SMART NOTEBOOK

11.pd

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Educação Infantil e Ensino Fundamental

14 – “ACOLHIMENTO”

Profª Ana Lílian Martins de Almeida Souza

Profª Cássia Sousa Fornari

E.M. “Prof. Walter Carretero”

Eixo temático: Linguagens, Arte e Educação e Cultura

Modalidade: Projetos

Publico alvo: Educação Infantil e Ensino Fundamental

Resumo

O projeto foi desenvolvido pelo corpo docente com a finalidade de entreter e

tranquilizar as crianças, visto que na entrada para as aulas os alunos estavam

sempre agitados. Esse projeto vem sendo desenvolvido desde o ano de 2004,

levando além do entretenimento, relaxamento e acesso a cultura, tem a participação

dos próprios alunos nas apresentações. Hoje o Projeto Acolhimento é “marca

registrada” da escola, encantando não só as crianças, mas toda a comunidade e

visitantes.

Apresentação do tema

Sabendo que as crianças não tinham acesso a cultura e ao entretenimento,

deu-se o nome “Projeto Acolhimento” fazendo alusão a recepção amável e

afagadora. Em referência as linguagens, a mesma se faz presente no cotidiano das

crianças dentro e fora do contexto escolar. Como educadoras de Educação Infantil e

Ensino Fundamental sentimos a necessidade de ampliar o repertório cultural de

nossos alunos, apresentando-lhes as diversidades culturais de qualidade e que

abordam temas pertinentes a infância e ao convívio social.

Problematização

“Como prender a atenção de crianças que tiveram pouco acesso a cultura e

ao entretenimento, ao mesmo tempo que se faz referência as diversas formas de

linguagem?”

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Justificativa

Apesar da leitura diária já fazer parte de nossa rotina, sentimos a necessidade

de um projeto que contemplasse a literatura infantil de outras formas, ampliando os

conhecimentos de nossos alunos e favorecendo o contato com textos literários de

qualidade. Para tanto, selecionamos alguns livros de renomados autores e músicas

que apresentassem em suas obras características peculiares, tais como: linguagens

e imagens sedutoras, rico vocabulário, diversidades de temas abordados,

valorização da cultura, interação autor – leitor, etc. Permitindo que as crianças

construam o não diretamente observado, conheçam a forma de viver, pensar, agir e

o universo de valores e costumes de outras populações situadas em outros tempos

e lugares, alheios à contemporaneidade.

Objetivos

Relaxar e concentrar;

Entreter e animar;

Desenvolver os diversos tipos de linguagem;

Construir progressivamente o hábito cultural;

Desenvolver e assimilar, através das apresentações, literatura, músicas,

poesias e conceitos relacionados às demais áreas do conhecimento.

Referencial teórico

O principal referencial teórico que justifica o presente trabalho está pautado

nas propostas apresentadas nos Referenciais Curriculares Nacionais de Educação

Infantil, no documento Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a

inclusão de seis anos de idade MEC/SEB, 2007 e nos Parâmetros Curriculares

Nacionais e demais livros estudados que tratam da importância da ludicidade no

processo educacional das crianças.

Metodologia

Pesquisados e selecionados os livros, músicas, peças de teatros de

renomados autores, escritores e compositores, cada professor realiza junto a seus

alunos uma coletânea para posteriormente selecionar o que será abordado para a

apresentação. Geralmente o que se é apresentado é trabalhado como conteúdo em

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sala de aula, fazendo com que as leituras e sistematizações resultam nas diversas

apresentações, os quais são expostos também à comunidade.

Descrição da avaliação

As avaliações são realizadas mediante o interesse e participação dos alunos;

durante as apresentações, sistematizações orais e os registros produzidos.

Resultados

Os alunos apresentaram maior interesse durante as realizações das

apresentações, e o acolhimento durante a entrada para as aulas se faz de forma

tranquila e prazerosa; ampliam o vocabulário; interessam-se por livros, peças de

teatro, músicas, concertos, enfim uma gama de cultura que anteriormente não se

observava.

Considerações finais

O projeto é prazeroso e produtivo para todos os envolvidos no processo,

ampliando-se a comunidade e visitantes em geral.

Nossos objetivos são atingidos e superados, pois o projeto realizado além de se

estender também a comunidade é trabalhado como conteúdo em sala de aula.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação. Referenciais Curriculares Nacionais de Educação

Infantil.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Ensino

Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão de seis anos de idade.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Parâmetros

Curriculares Nacionais.

BERNABEU, Natalia; GOLDSTEIN, Andy. A Brincadeira como ferramenta

pedagógica.

Carvalho, Ana Maria Almeida; MAGALHÃES, Celina M. C.; PONTES, Fernando A.

R. . Brincadeira e cultura: brincadeiras de todos os tempos.

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15 – “FEIRA LITERÁRIA”

Profª Celestina Cruz Pedroni da Fonseca

Profª Janaína de Lourdes Gabriel

EM “Prof Walter Carretero”

Eixo temático: Linguagem

Modalidade: Projeto

Publico alvo: Educação Infantil e Ensino fundamental

Resumo

O projeto foi aplicado junto às salas de Educação Infantil e Ensino

Fundamental da EM Professor Walter Carretero. Visando ampliar o repertório

literário dos alunos, cada ano/etapa estudou um conceituado escritor da literatura

infantil.

Diversos livros foram trabalhados junto às turmas, explorando variados temas.

Surgiram das leituras diferentes trabalhos relacionados à Arte, Linguagem,

Matemática, Ciências, História e Geografia; culminando em trabalhos que foram

expostos aos pais e a comunidade escolar e local ao final do projeto.

Apresentação do tema

A linguagem oral e escrita se faz presente no cotidiano das crianças dentro e

fora do contexto escolar. Como educadoras de Educação Infantil e Ensino

Fundamental, sentimos a necessidade de ampliar o repertório literário de nossos

alunos, apresentando-lhes textos de qualidade e que abordassem temas pertinentes

à infância e ao convívio social.

Problematização

“Como articular a literatura às demais áreas do conhecimento, de forma

prazerosa e significativa?”

Justificativa

Apesar da leitura diária já fazer parte de nossa rotina, sentimos a necessidade

em um projeto sobre literatura infantil, para ampliar os conhecimentos de nossos

alunos e favorecer o contato com textos literários de qualidade.

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Para tanto, selecionamos alguns livros de renomados autores, que

apresentassem em suas obras características peculiares, tais como: linguagens e

imagens sedutoras, rico vocabulário, diversidades de temas abordados, valorização

da cultura, interação autor - leitor... Permitindo que as crianças construam o não

diretamente observado, conheçam a forma de viver, pensar, agir e o universo de

valores e costumes de outras populações situadas em outros tempos e lugares,

alheios à contemporaneidade.

Objetivos

Ampliar o repertório de textos literários;

Observar a norma culta da escrita;

Perceber a funcionalidade da escrita, valorizando-a;

Construir progressivamente o hábito leitor;

Desenvolver e assimilar, através da literatura, conceitos relacionados às

demais áreas do conhecimento.

Referencial teórico

O principal referencial teórico que justifica o presente trabalho está pautado

nas propostas apresentadas nos Referencias Curriculares Nacionais de Educação

Infantil, no documento Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a

inclusão de seis anos de idade MEC/SEB, 2007 e nos Parâmetros Curriculares

Nacionais.

Metodologia

Pesquisados e selecionados livros de renomados autores da Literatura Infantil

Brasileira, cada professora realizou junto aos seus alunos a leitura de vários livros,

sempre sistematizando as leituras oralmente ou através de algum registro.

Cada sala optou por alguns livros que foram explorados mais profundamente, os

quais a professora articulou às demais áreas do conhecimento, explorando além da

Linguagem também a Matemática, Arte, Ciências, História e Geografia.

As leituras e sistematizações resultaram em diversos produtos, os quais

foram expostos aos pais e aos demais alunos da escola.

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Descrição da avaliação

As avaliações foram realizadas mediante o interesse e participação dos

alunos; durante as sistematizações orais e os registros produzidos.

Resultados

Os alunos apresentaram maior interesse durante as realizações das leituras

diárias; ampliaram o vocabulário; interessam-se por livros nos momentos de leitura

individual.

Considerações finais

O projeto foi prazeroso e produtivo tanto para os alunos quanto para as

professoras, pois nos permitiu uma viagem ao encantador universo da literatura

infantil, em especial ao dos escritores estudados.

Nossos objetivos foram atingidos e superados, pois o projeto realizado

anteriormente somente com a Educação Infantil, se estendeu a toda a unidade

escolar e ampliou-se, culminando neste projeto aqui descrito.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação. Referenciais Curriculares Nacionais de

Educação Infantil .

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Ensino

Fundamental de nove anos: orientações para a inclus ão de seis anos de idade.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.Parâmetros

Curriculares Nacionais.

ROCHA, Ruth. Romeu e Julieta.

ROCHA, Ruth. A casa do Marcelo.

ROCHA, Ruth. A família do Marcelo.

ROCHA, Ruth. A rua do Marcelo.

ROCHA, Ruth. A casa do Marcelo.

ROCHA, Ruth. O bairro do Marcelo.

ROCHA, Ruth. Terezinha e Gabriela.

ROCHA, Ruth. Histórias das mil e uma noites.

ROCHA, Ruth. Pedrinho Pintor.

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ROCHA, Ruth. Tenho medo, mas dou um jeito.

ROCHA, Ruth. O menino que quase morreu afogado no lixo.

ROCHA, Ruth. De hora em hora.

ROCHA, Ruth. O trenzinho do Nicolau.

ROCHA, Ruth. Palavras, muitas palavras.

ROCHA, Ruth. Livro de números do Marcelo.

SOUZA, Mauricio de. Quadrinhos turma da Mônica.

Ziraldo. O pequeno planeta perdido

Ziraldo. Turma do Perere

Ziraldo. O menino maluquinho.

Ziraldo. Os dez amigos.

Ziraldo. Pelegrino e Petrônio.

Ziraldo. Um bichinho na linha.

Ziraldo. Diga-me com quem come.

Ziraldo. O menino marrom.

BANDEIRA, Pedro. Reconto

BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o Arco-iris

BANDEIRA, Pedro. Reconto

BANDEIRA, Pedro. Reconto

AZEVEDO, Ricardo. Os Livros dos sentidos

AZEVEDO, Ricardo.

AZEVEDO, Ricardo. Livro de Papel

FUNARI, Eva. Felpo Filpa

BELINSK, Tatiane. O caso do bolinho .

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16 – “RESOLVENDO SITUAÇÕES PROBLEMA COM O DOMINÓ”

Profª Rosângela de Fendi Vaz

Aluna Educadora Vanessa Raquel Amaral Bueno

EM “Prof. Luiz Almeida Marins”

Eixo temático: Matemática

Modalidade:

Publico alvo: Pré I, Pré II e 1º ano

Resumo

Este projeto teve início no ano de 2011 com uma turma de primeiro ano do

ensino fundamental e teve duração de 4 meses, realizados no segundo semestre.

Este tema foi abordado porque senti necessidade de trabalhar com os alunos de

uma forma lúdica com as dificuldades que estavam tendo em relacionar os

númerais, quantidades, sequência numérica e em realizar adições. O projeto

desenvolveu-se nos anos de 2011 e 2012 na Escola Municipal “Prof. Luiz Almeida

Marins”, no bairro Júlio de Mesquita, em Sorocaba. Ao término do projeto, pude

acompanhar o desenvolvimento e o avanço que as crianças tiveram em relação aos

conteúdos vivenciados e trabalhados com o auxílio do Dominó.

Apresentação do tema

Este tema foi escolhido, pois, de acordo com os PCNs “em matemática, deve-

se dar importância ao desempenho de um papel ativo na construção do seu

conhecimento”, além de ter como princípio que “a atividade matemática escolar não

é olhar para as coisas prontas e definitivas, mas a construção e a apropriação de um

conhecimento pelo aluno, que servirá dele para compreender e transformar sua

realidade”. O projeto com o jogo do Dominó propiciou esta apropriação, desde sua

construção até o final, com a resolução de problemas feita a partir das peças do

mesmo.

Problematização

Dá para aprender fazer continhas usando o Dominó?

Justificativa

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Além de sentir a necessidade do grupo em trabalhar com os conteúdos mais

formais da matemática como a adição, sequência e relação numeral/quantidade,

trabalhei dois temas transversais descritos nos PCNs: “os projetos proporcionam

contextos que geram a necessidade e a possibilidade de organizar os conteúdos de

forma a lhes conferir significado”, entre eles: “desenvolver nos alunos a confiança na

própria capacidade e na dos outros para construir conhecimentos matemáticos, o

empenho em participar ativamente das atividades em sala de aula e o respeito à

forma de pensar dos colegas (ética) e reciclagem de lixo (uso das caixinhas de leite

longa vida para confecção do jogo meio ambiente)”.

Objetivos

Confeccionar um jogo de Dominó a partir de um elemento diferenciado

usando a reciclagem (caixa de leite);

Conhecer a história do Dominó;

Conhecer as regras do jogo Dominó;

Conhecer os diferentes tipos de dominó que podem ser jogados;

Compreender e jogar o Dominó de acordo com as regras acordadas;

Compreender a estrutura do jogo de Dominó;

Aprender a jogar o Dominó em duplas e grupos grandes;

Resolver situações problemas com o Dominó;

Participar de outros jogos que usam as peças do Dominó;

Socializar as estratégias e jogadas durante as rodadas do Dominó;

Registrar as situações problemas.

Referencial teórico

Em um contexto de oficinas, “os jogos propostos têm como objetivo coletar

importantes informações sobre como o sujeito pensa, para ir simultaneamente

transformando o momento de jogo em um meio favorável à criação de situações que

apresentam problemas a serem solucionados” (Macedo, pág. 13). Ao jogar, as

crianças entregam-se totalmente ao que estão fazendo, são sérias e intensas. Ainda

de acordo com Macedo, pág. 14, “o confronto de diferentes pontos de vista,

essencial ao desenvolvimento do pensamento lógico, está sempre presente no jogo,

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o que torna esta situação particularmente rica para estimular a vida social e a

atividade construtiva da criança”.

Metodologia

Além da proposta tradicional, usei o Dominó de outras maneiras, dada a riqueza

desse material. Entre diversas variações possíveis, as que optei, além de

aprofundarem o conhecimento do jogo em sua versão tradicional, permitiram sua

exploração em diferentes níveis de dificuldade. As etapas seguidas neste Projeto

foram:

1) Exploração livre do jogo (possibilitar brincadeiras como empilhar, construir

fileiras ou coisas para serem derrubadas e brincar livremente);

2) Conhecimento das peças, através de questões, tais como: a) Qual é o

número total de peças? Quantos e quais números aparecem? Quantas vezes

aparecem cada número? Quantas peças há por número? Existem peças

idênticas?

3) Confecção do material coletivo feito a partir das caixas de leite;

4) Organização de peças feitas a partir de algum critério;

5) Jogar de acordo com as regras coletivamente;

6) Jogar de acordo com as regras em grupos menores;

7) Jogo da memória;

8) Peças escondidas;

9) Batalha do dominó;

10) Resolução de situações problemas;

11) Registro de algumas situações em livro individual.

Resumindo, para que obtivesse o resultado esperado e os meus objetivos

fossem alcançados, baseei-me em quatro etapas descritas por Macedo, pág. 18:

a) Exploração dos materiais e aprendizagem de regras;

b) Prática do jogo e construção de estratégias;

c) Resolução de situações-problemas;

d) Análise das implicações do jogar.

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Descrição da avaliação

A avaliação aconteceu durante todo o desenvolvimento do Projeto e em todas

suas etapas, com momentos de análise dos procedimentos efetuados pelas crianças

de acordo com a atividade desenvolvida, bem como da professora, analisando o

impacto produzido durante as mesmas. A proposta desta avaliação baseou-se na

observação direta e constante do aluno. Ao final do livro com os registros das

situações-problemas, fizemos uma avaliação coletiva do Projeto, que se transformou

em um texto coletivo.

Resultados

Os resultados foram muito positivos e os objetivos alcançados, tanto em

relação aos conteúdos de matemática, quanto aos dos eixos temáticos citados.

Crianças com

dificuldade em

relacionar

numeral/quantidade,

sequências e fazer

adições

Início do projeto

17

Final do projeto

4

Considerações finais

Acredito que ao trabalharmos com jogos, conseguimos atingir todos os níveis

de aprendizagem, pois a criança necessita ter ou adquirir habilidades tanto nos

conteúdos procedimentais como atitudinais e conceituais o que nem sempre é

possível quando trabalhamos somente com uma perspectiva focada nos conteúdos

escolares. Foi muito gratificante observar o comprometimento e avanço do grupo e

ainda mais quando o projeto “saiu” dos muros da escola, pois os pais se

interessaram e passaram a jogar o Dominó com seus filhos, ficando admirados com

as estratégias usadas pelas crianças.

Referências Bibliográficas

PCNs – Matemática;

Referencial de Educação Infantil

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4 Cores, Senha e Dominó - Lino de Macedo – Ana Lúcia Petty – Norimar Christie

Passos, Ed. Casa do Psicólogo;

Jogos e Situações-problema - Lino de Macedo – Ana Lúcia Petty – Norimar Christie

Passos, Ed Artmed;

A Matemática na Educação Infantil – Kátia Smole – Ed. Artes Médicas

Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Resolvendo

Situações – problema com o dominó

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Ensino Fundamental I

17 – “A HORA MÁGICA DA PASTA AZUL: APOSTANDO NA FORMAÇÃO DOS

PEQUENOS LEITORES”

Profª Natalia Simões Passos Wey

E.M. Profª Josefina Zília de Carvalho

Eixo temático: Alfabetização E Letramento

Modalidade:

Público alvo: 3º Ano

Resumo

O projeto que apresentamos baseia-se no uso de uma pequena biblioteca de

classe, empréstimos semanais de livros, rodas de conversa sobre as leituras e

registros das mesmas em cadernos individuais.

As atividades são realizadas pelos alunos do 3o ano D do Ensino

Fundamental da Escola Municipal Josefina Zilia de Carvalho.

Tomamos o livro infantil como uma manifestação artística, que sensibiliza,

amplia horizontes e expande a capacidade e o interesse em analisar o mundo.

Ao realizar o trabalho percebemos o envolvimento dos alunos quando falam

com propriedade dos livros, alegram-se com a rotina de trocá-los e até os mais

tímidos encorajam-se para contar o que descobriram ao ler.

Apresentação do tema

A formação do leitor através do contato efetivo com Literatura Infantil

priorizando a apreciação, admiração e acomodação diante de algo que lhe pareça

bonito, diferente e instigante.

Problematização

Os estudos realizados acerca da literatura infantil demonstram que os livros

destinados às crianças se constituíram, ao longo de sua história, num eficiente recurso

didático a serviço da educação.

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Muitos dos livros aos quais as crianças têm acesso na escola são pouco ou

nada interessantes, estão voltados aos interesses pedagógicos, à moralização,

formação do bom caráter, e ao treino de leitura das aulas de Português, como se

“ler” fosse apenas decifrar letras e construir palavras. Além disto, estão cheios de

intenções que não a sensibilização para a arte literária e para o gosto pela leitura.

Assim, permanecem distantes do seu público alvo e subestimam sua capacidade

intelectual.

Contudo, há obras repletas de sensibilidade, tratam de forma lúdica,

fantástica, artística e inteligente, os mais diversos temas. Não foram escritas para

moralizar, treinar a leitura, ou qualquer outro motivo senão o de expressar e mexer

com os sentimentos, fazer “Arte” através do livro.

Justificativa

De acordo com as propostas elaboradas pelos Referenciais e Parâmetros

Nacionais, bem como as Matrizes Curriculares da Rede Municipal a formação do

leitor apoia-se em práticas consistentes e permanentes de leitura.

Sabendo que a emoção da experiência artística toca profundamente os

indivíduos, é importante a todos e de responsabilidade daqueles que educam,

pretendemos encontrar formas relevantes de trabalhar estas questões.

Objetivos

Defender a descoberta e o acesso à arte literária pelas crianças através do

empréstimo semanal de livros.

Resgatar o valor da arte literária e da leitura pelo prazer.

Tornar a leitura e o registro da mesma um hábito agradável e rotineiro através

do empréstimo semanal de livros.

Referencial teórico

A literatura infantil recebeu nos últimos anos uma atenção particular no meio

intelectual e pedagógico brasileiro. O afastamento pelas crianças dos livros, o

avanço da tecnologia, motivaram uma preocupação com a formação da infância e

seu futuro, originando assim muitas discussões.

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O gênero literário destinado às crianças apareceu durante o século XVII,

época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam

repercussões no âmbito artístico, que persistem até os dias atuais. O aparecimento

da Literatura Infantil teve características próprias, pois decorreu da ascensão da

família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da

reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à associação

com os estudos da Psicologia sobre o desenvolvimento infantil e a Pedagogia, já

que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.

Zilbermam (1984), afirma que

a era pedagógica emergiu no seio da nova ideologia.

Assistiu-se assim ao desenvolvimento da literatura infantil

com a finalidade de se preparar a criança burguesa para

assumir sua função dirigente e a criança pobre para

converter-se em mão-de-obra.

Por destinar-se às crianças, colaborar com a dominação das mesmas, servir

diretamente aos interesses pedagógicos, e por deixar de ser arte para ser um

instrumento de ensino, a literatura infantil foi contemplada durante muito tempo

como um problema pedagógico e não literário.

Segundo Zilberman (1984), dentre as explicações para a dificuldade da

Literatura Infantil em legitimar-se como forma de expressão artística, duas são

bastante expressivas. A primeira fundamenta-se no o peso histórico de relacionar-se

em sua origem com os assuntos pedagógicos. E a segunda fundamenta-se nas

relações implícitas estabelecidas em nossa sociedade onde aquilo que é destinado à

criança e não ao adulto é menor, é inferior, ou seja, não é arte.

Aguiar (1998), afirma que a produção literária para a criança no Brasil se

caracteriza pela tensão entre dois pólos: pedagogismo e proposta emancipatória,

massificação e liberdade expressiva.

E na perspectiva da liberdade expressiva aliamo-nos a autora na seguinte

fala:

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A literatura infantil é um agente emancipador, capaz de

projetar a criança para além do universo cotidiano,

criando a vida como ela ainda pode ser vivida. Por isso,

seu caráter educativo em sentido amplo, deve ser

resgatado, em detrimento da função meramente

pedagógica. Aguiar (1998, p95.)

Metodologia

O projeto dura em torno de 2 horas/aulas e deve realizar-se durante todo o

ano letivo.

Acontece na própria sala de aula porque a Biblioteca é usada nas aulas de

Informática.

Os livros ficam expostos na lousa, onde se coloca o giz, e em carteiras (Fotos

e vídeo em anexo).

Parte I – Preparação:

Seleção criteriosa de 40 livros na biblioteca da escola: escolhi a maioria pelos

autores, tipo de letra, ilustrações, variando o grau de dificuldade porque há

crianças que lêem muito e outras que desanimam quando vêem um livro com

muitas páginas. Os livros escolhidos nesse primeiro momento devem ficar em

nossa sala ao longo de um semestre. Depois disso trocaremos por outros

títulos.

Organização das pastas azuis e dos cadernos usados no projeto.

Elaboração de bilhete aos responsáveis, explicando o trabalho e pedindo

apoio e colaboração na realização das atividades.

Explicação às crianças sobre o que faríamos a cada semana.

Parte II – Aplicação:

Escolha e empréstimo dos livros propriamente ditos.

Registro do número do livro escolhido por cada um, a criança só leva um livro

se tiver devolvido o anterior.

Roda de conversa: as crianças contam aos colegas o que acharam da obra

lida (tipo de texto, ilustrações, história em si, autor).

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Mostra de atividades realizadas no caderno para a professora.

Escolha de outro livro e colagem da atividade/registro a se realizar no

caderno.

Descrição da avaliação

A avaliação do projeto se dá continuamente através da observação do

empenho, responsabilidade na realização das atividades, expectativa das crianças

em relação ao dia do projeto (toda quinta-feira). E na roda de conversa, o que

contam sobre o livro e a maneira que contam.

Registros nos cadernos: são 31 alunos, a maioria realiza as atividades. A

cada aula em torno de três esquecem a pasta.

Análise das filmagens realizadas: observamos o desenvolvimento e a fluência

das crianças nas falas sobre os livros.

Resultados

Como se mede a imaginação do outro quando lê e projeta-se além dos muros

escolares?

É subjetivo mensurar a sensibilização de uma criança. Mas há indícios de que

a atividade tem sido significativa: as crianças falam com propriedade dos textos

lidos, alegram-se com a rotina de trocar os livros, até os mais tímidos encorajam-se

para contar o que descobriram e leram.

A nomeação do projeto também foi uma forma de avaliá-lo. Já era intenção

deixar que as crianças escolhessem um nome. Passados 40 dias de realização das

atividades sugeri que encontrássemos um. Disse-lhes que pensassem em algo e

dali a uma semana faríamos a votação. Dentre vários nomes sugeridos pelas

próprias crianças, o mais votado foi “A HORA MÁGICA DA PASTA AZUL”. Se as

crianças classificaram como “hora mágica” um momento que passam na escola,

escolhendo e falando de livros é sinal de que aquilo tem feito diferença na vida dela,

tem sido “mágico”... Conclui que atingimos um importante objetivo do projeto: abrir

as portas para um mundo diferente, repleto de possibilidades há serem vividas.

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Considerações finais

As possibilidades de trabalho pedagógico bem sucedido com leitura literária

aumentam se o processo de ensino/aprendizagem for repensado pelos sujeitos

envolvidos direta e indiretamente no mesmo, incluindo-se aí outra filosofia de

avaliação. Contudo, a prática didática de leitura só tem lugar num modelo menos

imediatista, restritivo e repetidor de conhecimento e de linguagem.

Faz-se necessário um resgate da importância real da Literatura Infantil,

garantindo às crianças a possibilidade de vivenciarem a fantasia, a beleza, a

emoção e o prazer que a arte proporciona.

Referências Bibliográficas

AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura Infantil . Presença Pedagógica. Belo Horizonte, v.4, n.21,

p. 94-6, 1998.

ZILBERMAN, Regina e MAGALHÃES, Lígia Cademartori. Literatura Infantil: autoritarismo

e emancipação.2ª ed. São Paulo: Ática, 1984.

Anexos

BILHETE

Srs pais ou responsáveis, toda quinta-feira seu (a) filho(a) levará para casa

um livro de nossa biblioteca.

Os livros devem ser preservados para que muitas crianças possam usá-lo.

(não dobrar, não rasgar, não sujar nem molhar).

No caderno de leitura faremos semanalmente um pequeno e importante

registro sobre a leitura realizada.

Se sua criança ainda não lê, você pode ajudá-la ou mesmo ler para ela. Seu

exemplo e sua companhia valem ouro...

O mais importante é que você certifique-se que a criança realizou a

atividade, mesmo que com auxílio, e que isso aconteça toda semana .

A criança só poderá levar um livro se o outro tiver sido entregue.

Conto com vocês, um abraço forte,

Professora Natalia.

Ciente: ____________________________________________________________

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18 – “ALFABETO & CANÇÃO”

Profª Eliane Pimentel Camillo Barra Nova de Melo

Profª Silvana Rosa Santos

Profª Sílvia Helena Amorim Costa

E.M.Prof. Edemir Antonio Digiampietri

Eixo temático: Alfabetização e Letramento

Modalidade: Atividades Permanentes

Público alvo: 1º Ano

Resumo

O trabalho ALFABETO & CANÇÂO tem como objetivo alfabetizar os alunos

do 1º ano do Ensino Fundamental da E.M. Edemir Antonio Digiampietri por meio de

cantigas e parlendas. O mesmo está organizado numa sequência de atividades em

que os alunos são desafiados a ler fazendo uso de estratégias de leitura e escrever

de acordo com suas hipóteses de escrita, pois ainda não sabem ler nem escrever

convencionalmente, por isso, o uso de textos que as crianças já trazem em suas

memórias é de fundamental importância. Durante a realização das atividades

promove-se a socialização dos conhecimentos individuais, a interação aluno-aluno e

professor-aluno através de intervenções pedagógicas que se fizerem necessárias.

Os resultados obtidos até agora foram avanços significativos nas hipóteses de

escrita, autonomia na realização das atividades, progressos no trabalho em duplas e

no reconhecimento do alfabeto.

Apresentação do tema

O projeto tem como eixo temático a alfabetização, vista como um processo

amplo que visa desenvolver as quatro habilidades linguísticas básicas: falar, escutar,

ler e escrever, uma vez que a LDB (9394-96) em seu art. 32 já assegura que “[...] o

ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola

pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica

do cidadão, mediante: (Redação dada pela lei nº11.274, de 2006) – o

desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo” (BRASIL, 1996, p.20, grifo nosso).

A alfabetização mais que uma obrigatoriedade legal, é de fundamental

importância para a formação de cidadãos, pois, vivemos em um mundo letrado e

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para que possamos atuar nele de forma consciente, é preciso que não apenas

compreendamos seus meios de comunicação tanto orais, como visuais e escritos,

como também sejamos capazes de utilizá-los para transformarmos a realidade na

qual estamos inseridos. A alfabetização apresenta-se como um grande desafio para

o nosso país, tanto que no último ano a presidenta da república criou uma medida

provisória (Nº 586, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2012) que dispõe sobre o apoio

técnico e financeiro da União aos entes federados no âmbito do Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa, com a finalidade de promover a alfabetização dos

estudantes até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental da

educação básica pública, aferida por avaliações periódicas. Essa medida é de

fundamental importância visto que o Brasil tem 12,9 milhões de pessoas

analfabetas, segundo o relatório de 2012 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra

de Domicílios), organizada pelo do (IBGE, 2011). De acordo com a pesquisa, o

número de pessoas com mais de 15 anos que não conseguem sequer escrever um

bilhete diminuiu apenas 1,1% em relação a 2009. A taxa registrada em 2011 foi de

8,6%. Em 2009, essa taxa chegava a 9,7%. Isso mostra que apesar do

analfabetismo ter diminuído no Brasil, essa queda ainda é muito pequena e,

portanto, requer novas medidas, novas soluções, novas reflexões e ações a respeito

do ensino da língua, e é justamente com este propósito que organizamos e

desenvolvemos esta sequência de atividades, pois se pensarmos no índice de

analfabetos funcionais que chega a 20,4% dos brasileiros com mais de 15 anos, o

mesmo índice observado em 2009 pela Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011), o

tema tornar-se-á ainda mais relevante, desafiador e essencial.

O tema alfabetização também é o foco do trabalho com os 1º anos de acordo

com a matriz curricular de Sorocaba que dentro do conteúdo de leitura, sugere que

sejam trabalhados “[...] textos de tradição oral, listas, parlendas, cantigas, adivinhas,

poemas, trechos de histórias,”; no conteúdo referente a produção de texto

podemos encontrar “produção de textos de memória, segundo sua hipótese de

escrita.” e ainda nos conteúdos refentes à escrita alfabética sugere o trabalho com

o “alfabeto em letra de imprensa maiúscula, representação gráfica das letras do

alfabeto e palavras com letras móveis” (SOROCABA, s/d,p.116 e 117). Ou seja, o

tema alfabetização está presente desde a LDB, os PCNs até a Matriz Curricular do

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município de Sorocaba e consequentemente nas sequências didáticas efetivamente

desenvolvidas em sala de aula.

Problematização

Alunos que ainda não são alfabetizados são capazes de escrever de acordo

com hipóteses próprias em relação ao sistema de escrita alfabético e utilizar

estratégias de leitura que os auxiliem a descobrir o significado de escritas

convencionais? Em Psicogênese da Língua escrita, Emília Ferreiro e Ana

Teberosky (1986), fazendo uso da psicolinguística contemporânea e da teoria

psicológica e epistemológica de Piaget, provam através de experiências realizadas

com crianças de idades entre 4 e 6 anos de classes média e baixa que todos

chegam ao ensino fundamental com um grande conhecimento a respeito da escrita.

Esses conhecimentos possuem duas origens: a primeira corresponde as hipóteses

construídas pela própria criança, independente de um interlocutor informante, ou de

um modelo adulto, como a hipótese do nome (onde a criança considera ser possível

escrever apenas os nomes dos objetos), e também a teoria da quantidade mínima

(uma vez que neste período, em média considera-se necessário a existência de 3 a

4 caracteres em média, para que algo possa estar escrito e ser lido, e da variedade (

considera que é preciso escrever com caracteres diferentes, sem repetições lado a

lado). Ou seja, qualquer criança cria hipóteses a respeito de como se escreve e

portanto, é capaz de escrever, mesmo ainda sem estar alfabetizada. No entanto,

também existem conhecimentos socialmente conhecidos, onde faz necessário, além

da interação com o objeto “escrita”, também com um interlocutor que informe ou dê

modelos de determinados conceitos que seriam impossíveis de se descobrir

sozinho, por exemplo: os nomes das letras, a orientação da leitura, as ações

pertinentes ao ato de ler, o conteúdo específico de diferentes gêneros, etc. As

autoras propõem 5 hipóteses de escrita: hipótese do nome, da quantidade e da

variedade, silábica, alfabética e ortográfica. Tais hipóteses foram reclassificadas e

difundidas por Weiz como pré-silábica, silábica sem valor sonoro, silábica com valor

sonoro (nas vogais ou nas consoantes, ou mesmo em ambas, dependendo da

palavra ou texto a ser escrito), silábica alfabética, alfabética e ortográfica. Isto nos

mostra que ao mesmo tempo que é importante incentivar a criança para escrever de

acordo com suas hipóteses próprias, também faz-se necessário dar-lhes modelos e

oportunidades de reflexão sobre seus atos e os de seus colegas, isso nos remete a

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um segundo questionamento, até que ponto o conhecimento do alfabeto é

necessário para o avanço das hipóteses de escrita construídas pelas crianças?

Como podemos notar, a partir do momento que a criança consegue perceber a

relação fonema/grafema, construindo assim uma hipótese silábica em relação à

escrita, isto é, passa a utilizar uma letra para representar cada som da fala; é

preciso que ela domine tanto o fonema quanto o grafema das letras do alfabeto para

que ela consiga prosseguir com suas hipóteses, até que domine o sistema de escrita

alfabético.

A fim de auxiliar as crianças no domínio do alfabeto e consequentemente no

avanço de suas hipóteses de escrita, foi proposto um trabalho com textos de

memória, como as cantigas e parlendas. Dessa forma, a criança conhece o

conteúdo que deve ser escrito, tendo de despender esforços apenas em como

escrevê-lo, o que já requer muito esforço por parte daqueles que ainda não são

alfabetizados. Ao mesmo tempo, o trabalho com uma sequência de atividades, como

essas que aqui propomos, faz com que as crianças vão paulatinamente dominando

as estratégias que devem utilizar para realizar cada atividade, dessa forma, sentem-

se cada vez mais seguras e autônomas na realização das mesmas. Também, as

atividades propostas desafiam os alunos a lerem fazendo uso de estratégias como

antecipação, inferência e verificação. Como ainda não sabem ler

convencionalmente, precisam fazer uso das pistas que as palavras ou textos lhes

trazem: número de letras, letra inicial, letra final, etc. e sem dúvida, tudo isso é

trabalhado em meio à socialização entre pares e destes com a professora, afim de

que alunos sejam também ensinantes e não apenas aprendentes.

Justificativa

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) nos indaga que “Para aprender

a ler e escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a escrita

representa e como ela representa graficamente a linguagem” (BRASIL, p. 82) e

ainda que: “[...] algumas situações didáticas favorecem especialmente a análise e a

reflexão sobre o sistema alfabético de escrita e a correspondência fonográfica são

atividades que exigem uma atenção à análise – tanto quantitativa como qualitativa –

da correspondência entre segmentos falados e escritos (BRASIL, 1998, p.82). São

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situações privilegiadas de atividades epilinguísticas, em que, basicamente, o aluno

precisa:

Ler, embora ainda não saiba ler; e

Escrever, apesar de ainda não saber escrever.

Nas atividades de “leitura” o aluno precisa analisar todos os indicadores

disponíveis para descobrir o significado do escrito e poder realizar a “leitura” de duas

formas:

- pelo ajuste da “leitura” do texto, que conhece de cor, aos segmentos escritos; e

- pela combinação de estratégias de antecipação (a partir de informações obtidas no

contexto, por meio de pistas) com índices providos pelo próprio texto, em especial os

relacionados à correspondência fonográfica.

Mas não é qualquer texto que, além de permitir esse tipo de “leitura”, garante

que o esforço de atribuir significado às partes escritas coloque problemas que

ajudem o aluno a refletir e a aprender. “No primeiro caso, os textos mais adequados

são as quadrinhas, parlendas e canções, que, em geral, se sabe de cor” (BRASIL,

1998, p. 82-83).

O que acabamos de ler justifica a escolha das cantigas e parlendas para o

trabalho com alfabetização, pois como são textos que as crianças trazem em suas

memórias, quando são solicitados a lê-los, se arriscam, pois já sabem o conteúdo

que está escrito, precisam apenas se concentrar no ajuste do que estão “lendo” com

o que realmente está escrito, afim de “adivinharem” o escrito, como muitas crianças

dizem. Também, no momento de escrever uma cantiga, como já dominam o que

devem escrever, podem concentrar-se no como escrever, dessa forma, os alunos

tem oportunidade de “monitorarem sua própria produção, ao menos parcialmente. A

escrita de listas ou quadrinhas que se sabe de cor permite, por exemplo, que a

atividade seja realizada em grupo e que os alunos precisem se pôr de acordo sobre

quantas e quais letras irão usar para escrever[...]” (BRASIL, 1998, p.84).

O projeto também contempla a escrita de listas nomes de animais que é um

texto privilegiado para o trabalho com alunos que não sabem ler e escrever

convencionalmente, uma vez que “[...] por ser um tipo de texto simples, as atividades

de escrita de listas possibilitam que os alunos pensem muito mais na escrita das

palavras (que letras usar, quantas usar, comparar outras escritas etc.)” onde a

função desta lista para a sala é organizar um BICHONÁRIO . Uma vez que os

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hábitos dos animais também despertam o interesse dos alunos, isso nos dá a

oportunidade de variarmos os gêneros textuais, promovendo leitura de textos

informativos e a partir deles a produção coletiva de textos do tipo “Você sabia que”

(SÃO PAULO, 2005,s/p).

Objetivos

Reconhecer a grafia e o som das letras do alfabeto;

Dominar o sistema de escrita alfabético;

Ler e escrever antes de saber fazê-los convencionalmente;

Escrever textos fazendo uso de um escriba;

Ouvir, apreciar e escrever diferentes gêneros textuais.

Referencial teórico

Todas as atividades aqui propostas partem de uma perspectiva construtivista

de ensino aprendizagem em que “[...] o conhecimento não é concebido como uma

cópia do real, incorporado diretamente pelo sujeito: pressupõe uma atividade, por

parte de quem aprende, que organiza e integra os novos conhecimentos aos já

existentes” (WEISZ, 2006, p. 58). Justamente por isso criamos situações “[...] que

permitam aos alunos vivenciar os usos sociais que se faz da escrita, as

características dos diferentes gêneros textuais, a linguagem adequada a diferentes

contextos comunicativos, além do sistema pelo qual a língua é grafada, o sistema

alfabético” (SÃO PAULO, 2005, p. 4).

A partir desta concepção de ensino e aprendizagem, partimos sempre do

conhecimento prévio do aprendiz, promovendo a interação entre os alunos através

de agrupamentos produtivos, afim de que a heterogeneidade da sala de aula,

promova uma circulação de informações enriquecedoras que gere a aquisição de

novos conhecimentos por todos, sem, no entanto menosprezar a importância do

papel do professor, que deverá ser um mediador entre o aprendiz e seu objeto de

conhecimento, no caso o sistema de escrita e a língua que se escreve pois “[...] ao

propor que se arrisque a escrever do jeito que imagina, o que o professor na

verdade está propondo é uma atividade baseada na capacidade infantil de jogar, de

fazer de conta” (SÃO PAULO, 2005, p. 5). Onde o professor irá “[...] usar tudo o que

sabe sobre as hipóteses que as crianças constroem a respeito da escrita para poder,

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interpretando o que o aluno escreveu, ajudá-lo a avançar. Ao professor cabe

organizar a situação de aprendizagem de forma a oferecer informação adequada.

Sua função é observar a ação das crianças, acolher ou problematizar suas

produções , intervindo sempre que achar que pode fazer a reflexão dos alunos sobre

a escrita avançar (SÃO PAULO, 2005, p. 5).

Metodologia

Sequência de atividades utilizadas:

1. Uma cantiga ou parlenda que deverá ser inicialmente conhecida por todos,

portanto, cantamos várias vezes a mesma, posteriormente a oferecemos para

que seja organizada em versos, completada ou escrita, de acordo com a hipótese

de escrita de cada criança;

2. Reconhecimento do nome, do som e da grafia da letra inicial de uma palavra

retirada da cantiga, para cada letra do alfabeto, escolhemos uma cantiga ou

parlenda;

3. Pesquisa e escrita espontânea com uso do alfabeto móvel de uma lista de

animais que se iniciam com a letra em estudo;

4. Gráfico, dos animais da lista para escolha de um deles para conhecerem melhor;

5. Escrita coletiva de um texto do tipo “VOCÊ SABIA QUE...”

6. Organização de palavras que estão divididas em sílabas;

7. Reconhecimento do som inicial do nome de figuras.

Descrição da avaliação

No processo de avaliação serão utilizados três instrumentos de avaliação: 1)

Lista de palavras; 2) Ditado das letras do alfabeto fora de ordem e 3) Escrita

coletiva. As crianças serão avaliadas a partir de sondagens de hipóteses de escrita

por meio de uma lista de palavras, da autonomia na organização dos versos das

cantigas e das palavras através do uso com sucesso de estratégias de leitura para

descobrir o que está escrito, o que falta e como escrever, no reconhecimento das

letras do alfabeto, na participação da escrita coletiva dos textos e na capacidade de

escutar diferentes gêneros textuais, reconhecendo sua estrutura, linguagem e

função.

Resultados

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Ao longo do trabalho foi possível perceber autonomia e sucesso na realização

das atividades, pois como estas apresentavam-se como uma sequência de

atividades permanentes, as crianças foram dominando quais estratégias utilizar para

realizá-las. Em relação à hipótese de escrita foram percebidos grandes avanços

como podemos visualizar abaixo.

Nº ALUNOS

ENVOLVIDOS

PS SSV SCV SA A

FEVEREIRO 88 57 07 09 04 11

ABRIL 87 10 15 37 04 21

PS – PRÉ SILÁBICO

SSV – SILÁBICO SEM VALOR SONORO

SCV – SILÁBICO COM VALOR SONORO

SA – SOLÁBICO ALFABÉTICO

A – ALFABÉTICO

Considerações finais

O desenvolvimento do projeto foi muito positivo, as crianças mantiveram-se

motivadas a realizar as atividades, passaram a apreciar textos informativos e a

participar da escrita coletiva com bastante segurança. Sempre que possível líamos

livros que falavam dos animais que haviam escolhido para conhecer melhor a vida e

produzir o texto, aos poucos grande parte da sala foi observando as diferenças e as

funções dos diferentes textos: informativo, dissertativo (para diversão) e poético.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Língua Portuguesa. Brasília: Secretaria

de Educação Fundamental, 1988.

________. Leis Diretrizes de Bases da Educação. Brasília: Senado Federal, 1996.

FERREIRO, E. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 2007.

SÃO PAULO. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores: Letra e Vida

(Módulo 1). São Paulo: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, 2005.

________. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores: Letra e Vida

(Módulo 2). São Paulo: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, 2006.

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WEISZ, T. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2006

Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Alfabeto e Canç ão

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19 – “CRUZEIRINHO EM SALA DE AULA”

Profª Maria Cecília Tezotto de Moura Haro Firmo

Profª Luciane Nunes de O. Souza

EM “Sorocaba Leste”

Eixo temático: Leitura e funções da linguagem

Modalidade:

Publico alvo: 1º ao 5º Ano

Resumo

Trabalho com atividades permanentes de leitura e interpretação de texto

informativo em sala de aula, objetivando a interação e motivação da turma em torno

de um determinado tema de interesse comum das crianças.

O público alvo foram crianças do 1º ao 5º ano da “Escola Municipal Sorocaba

Leste”, de Ensino Fundamental, que mostraram melhoras na oralidade de leitura,

escrita e interpretação de textos informativos.

Apresentação do tema

O Cruzeirinho na sala de aula é um instrumento pertinente, pois a prefeitura

de Sorocaba fornece o jornal para trabalharmos com nossos alunos, além de ser

possível explorar diversos assuntos, tipos de texto e curiosidades.

A escolha do tema atende e enriquece o conteúdo da matriz curricular de

Sorocaba, dos Parâmetros curriculares, além de contemplar nossa missão.

A Missão da “Escola Municipal Sorocaba Leste” é garantir atividades

significativas dentro de uma educação ativa e aprendizagem

cooperativa para todos os alunos, buscando parcerias, monitorando

os esforços dos alunos, professores, funcionários e pais,

estabelecendo práticas pedagógicas adequadas, adaptando-os

continuamente, avaliando o trabalho e relatando resultados.

Problematização

Como o texto informativo colabora e estimula as crianças na aquisição do

processo de leitura e escrita?

Justificativa

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O trabalho se deu para atender a necessidade de avançar com as crianças na

fluência da leitura, no entendimento do que se lê, na apresentação pela leitura e na

ampliação dos conhecimentos diversos a fim de formar crianças aptas a prosseguir

nos estudos, serem críticos e participarem efetivamente da sociedade em que

vivem.

Objetivos

Conhecer os diversos tipos de gêneros, em especial o gênero informativo;

Apropriar-se do sistema de leitura e escrita (domínio da norma culta)

Ampliar conhecimentos sobre assuntos diversos;

Tomar gosto pela leitura;

Promover o debate e diálogo através da socialização dos temas na classe.

Referencial teórico

Os eixos temáticos utilizados são a leitura e as funções da linguagem. O

jornal oferece aos alunos a possibilidade de entrar em contato com diferentes

gêneros de textos. Dada a sua diversidade textual, ele pode ser usado como recurso

didático em todos os níveis escolares, inclusive na alfabetização em que manchetes

e pequenos textos, como os anúncios e classificados ajudarão os alunos não só a

desenvolver a escrita e a leitura, mas também a compreender a importância social

da escrita.

Desde o ensino fundamental é possível colocar em prática projetos que visem

à produção de um “jornalzinho” escolar com temas de interesse dos alunos e fatos

relacionados à comunidade.

Poderiam, então, ser produzidas pelos alunos, “colunas” como as de notícias,

anúncios, recados, quadrinhos, curiosidades, etc., a periodicidade das edições e a

forma de apresentação dependerá de fatores como as condições oferecidas pela

escola e a disponibilidade de professores e alunos.

O mais importante, no entanto, é que estes estejam conscientes da

importância desses projetos para o desenvolvimento social, intelectual, cultural,

linguístico dos educandos.

Para que os alunos possam escrever textos jornalísticos de melhor qualidade,

é necessário, porém, que os professores promovam atividades sistemáticas de

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produção textual em que se associem teoria e prática. Poderão, por exemplo, ser

realizadas atividades com notícias e editoriais.

As atividades com notícias poderão ser realizadas no Ensino Fundamental.

Para isso, os alunos deverão apenas estar minimamente habilitados a reconhecer e

produzir narrativas. A partir daí, o professor deverá, primeiramente, analisar notícias,

evidenciando suas características, inclusive termos de linguagem.

Metodologia

A metodologia do projeto segue alguns passos:

1) Recebimento do jornal;

2) Escolha do tema a ser abordado (interesse de grupos);

3) Abordagem oral do assunto com as crianças, objetivando conhecer os

conhecimentos prévios da turma;

4) Leitura do professor para a classe

5) Interpretação oral ou escrita do texto;

6) Pesquisa em casa para ampliação do tema;

7) Socialização;

8) Avaliação.

Descrição da avaliação

Verificação de melhorias das crianças;

Evolução na oralidade;

Evolução da escrita (produções textuais);

Motivação durante a atividade;

Interpretação dos vários textos e domínio da leitura.

Resultados

Alunos escrevendo melhor;

Melhoria da oralidade da turma;

Ampliação do vocabulário;

Todos ficam mais motivados para as atividades propostas.

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Considerações finais

Ao trabalharmos com o “Cruzeirinho” em sala de aula, estamos aproveitando

a oportunidade de termos um material pedagógico de qualidade, explorando a leitura

e a escrita em sua plenitude.

Referências Bibliográficas

CASTEDO, Mirta; MOLINARI, Cláudia. Lectura de materiales informativos . In: La

lectura em La Alfabetización inicial. Província de Buenos Aires: Dirección General de

Cultura e Educación, 2008. cap. 1, págs 20-35,; cap. 2, págs77-93.

KAUFMAN, Ana Maria. Projeto Enciclopédia de animais. In: Leer y escribir: el dia a

dia em las aulas . Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2007. Cap. 6, págs 152-164.

KLISYS, Adriana. Mergulhando no universo marinho. In: ciência, Arte e Jogo:

Projetos e Atividades lúdicas na Educação Infantil . São Paulo: Peirópolis, 2010.

Cap. 1, págs 74-86

VIDEOGRAFIA:

CHARTIER, A. M. Anne Marie Chartier fala sobre leitura de textos informativos.

Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/formacaocontinuada/videoentrevista

DOCUMENTÁRIO LEITURA DE TEXTOS INFORMATIVOS, São Paulo: fundação

Victor Civita, 2000.

Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/projeto

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20 – “DICIONARIOBOL”

Prof João Luis Batistela

E.M. Avelino Leite de Camargo

Eixo temático: Transdisciplinaridade.

Modalidade: Atividade Sequenciada

Público alvo: 5º Ano

Resumo

Como resultado da curiosidade dos alunos dos 5º anos da E.M. Avelino Leite

de Camargo, em manusear um dicionário, houve um replanejamento das aulas de

educação física no segundo semestre. Com a avaliação de que o assunto dicionário

estaria despertando um interesse na classe, e com o intuito de agregá-lo à disciplina,

foi discutida a proposta de escolher uma palavra aleatoriamente do dicionário e

acrescentar o sufixo bol; com a nova palavra constituída, elaborar em grupo, um jogo

ou brincadeira que traduzisse o significado da palavra original. A elaboração incluía

os itens: nome do jogo, significado, como se joga,quais são as regras, e material

utilizado. Após a criação os grupos escolhiam onde iriam apresentar seus trabalhos,

que podia ser quadra, pátio, sala ou outro ambiente. Este trabalho resultou em uma

nova gama de atividades lúdicas criadas pelos próprios alunos, com a incorporação

de Língua Portuguesa nas aulas e a elevação da autoestima.

Apresentação do tema

A expectativa de se viabilizar a transdisciplinaridade como tema oriundo, de

grande relevância e expectativa de educação global e planetária da LBD, geram uma

busca constante de atividades praticas que inclua todos os segmentos da educação,

tratando o aluno, não como partes ou segmentos como é a educação tradicional,

mas como um todo, como um ser único e especial com características e anseios

próprios, que se constrói não como um fragmento, mas um ser humano que deve ter

ciência de que o mundo depende de suas atitudes individuais e coletivas para ser

melhorado. Trabalhar a leitura, matemática, regras, estratégias e outros nas aulas de

educação física é educar o aluno de forma global, transdiciplinar e real.

Problematização

Como educar os alunos na transdisciplinaridade nas aulas de educação

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física?

Justificativa

A educação tradicional compartimenta o conhecimento em áreas

especializadas, como se o aluno fosse composto da soma de partes e como a

sociedade fosse também infinitas partes de um processo de resolução de conflitos e

discussão de ideias para a erradicação de seus problemas maiores. Quando a

escola, que é a educação para a vida política e mundo do trabalho, compartimenta

sua educação, tira a realidade do educando, desestimulando sua atenção ao

processo educativo cotidiano e não o preparando para o futuro, descumprindo assim

sua função primordial. A transdisciplinaridade é, então, fundamental para se avançar

no entendimento do mundo, do planeta como um ser único do qual todos fazemos

parte.

Objetivos

Aprofundar as relações e o aprendizado entre os conteúdos de

conhecimentos que são propostos nos currículos, globalizando o ensino em torno do

aluno e sua realidade, evitando a educação, hoje, fragmentada.

Referencial teórico

A palavra transdisciplinaridade nos remete a ideia de transbordar as

disciplinas, transpor os limites, portanto ousar. Ousar é o termo correto se

pensarmos nas barreiras do tradicional, hoje estabelecidas e ancoradas nas várias

correntes das práticas cotidianas do ensino. Sair do seu lugar comum, do seu sofá

pedagógico, de sua zona de conforto e entrar em confronto com suas próprias ideias

e estes comuns fazeres mesmices. O que o neoliberalismo espera de todos:

acomodar-se em cada um por si.

Os cortes do todo humano desfaz a unidade pedagógica e minimiza os

conceitos do coletivo, como nos diz Morin (2003 pg15): O paradigma da

disciplinaridade, com seus desdobramentos extremados e reducionistas, a par de

suas contribuições para o conhecimento humano, desenvolveu atitudes

desqualificadoras e, em alguns casos, destrutivas para a vida humana. E continua:

Com certeza não é possível criar uma ciência do homem que anule por si só a

complexa multiplicidade do que é humano. O importante é não esquecer que o

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homem existe e não é “pura” ilusão de humanistas pré-científicos. (2003, p113).

Nesta estrada de vários túneis encontramos em Nicolescu: A

transdisciplinaridade, como o prefixo trans indica, diz respeito àquilo que está ao

mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de

qualquer disciplina. Seu objetivo é a compreensão do mundo presente, para o qual

um dos imperativos é a unidade do conhecimento. (1999, pg. 11).

Sommerman nos propõe pensar, como forma de educar nossos sentidos

pedagógicos nos sete eixos da transdisciplinaridade: 1- a educação intercultural e

transcultural. 2- o diálogo entre as ciências. 3- a educação inter-religiosa e

transreligiosa. 4- a integração da revolução informática na educação. 5- a educação

transpolitica. 6- a educação transdisciplinar. 7- a relação transdisciplinar: os

educadores, os educandos e as instituições, e, sua metodologia subjacente. (1999,

pg 4).

Um olhar ainda mais crítico, encontramos em Nicolescu: Um dos maiores

desafios de nossa época, como por exemplo, os desafios de ordem ética, exigem

competências cada vez maiores. Mas a soma dos maiores especialistas em suas

especialidades não consegue senão gerar uma incompetência generalizada, pois a

soma das competências não é a competência: no plano técnico, a intercessão entre

os diferentes campos do saber é um conjunto vazio. (2000, pg., 10).

Poderíamos citar um cem números de pensamentos pedagógicos cuja tese

concorde e demonstre a grande importância da para a educação sair de seu estágio

de apatia letárgica e que estamos inscritos, e também citar outro cem números de

práticas da disciplinaridade que segmenta a cortes brutos a totalidade humana e

porque não dizer animal. Esta segmentação orienta e executa uma grande

quantidade de especialista nos diversos setores da vida: médicos, engenheiros,

doutores, sem, no entanto compreender o todo; cada um puxa “sardinha” para o seu

lado, e como a “lei de Gerson” tem todo seu vigor: o outro que se vire; assim citado

acima como neoliberalismo.

Tenho certeza de que já ouviu a frase: “é o sistema que não deixa” ou “este

exame indica que você não tem nada” e a dor é sua, não te olham como um ser

completo, mas como um pedaço que tem uma dor em um lugar especifico ou um

problema financeiro determinado. Esta experiência de cada um significa sim, um

conceito prático da importância da transdisciplinaridade.

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Metodologia

Foi proposta a união de dois ou três alunos para se formar um grupo de

trabalho. Com os grupos formados o professor abriu o dicionário e apontou qualquer

palavra sem vê-la para cada um dos grupos, a partir daí elaboraram um jogo,

brincadeira ou atividade com os seguintes tópicos: - nome do jogo (que era o nome

da palavra acrescentada o sufixo bol), - como se joga, - quais são as regras, -

material utilizado e – significado da palavra. Os trabalhos foram entregues e depois

de avaliados devolvidos aos grupos para as apresentações, que eram um a cada

aula, com parada para a roda de conversa e avaliações 10 minutos antes de

terminar a aula.

Descrição da avaliação

Os instrumentos de avaliação utilizados foram: a quantidade e qualidade de

trabalhos apresentados, as avaliações e auto-avaliações incluídas no processo e as

observações do professor.

Resultados

Com relação à transdisciplinaridade era grande o número de crianças dando

risadas das significações das palavras e sua consequente transposição para a

dimensão do jogo; foi observado também a leitura de outras palavras, assim como o

conhecimento da palavra “escolhida”. O respeito com relação aos seus colegas

aumentou em função do grau de aproximação de suas realidades, e a tarefa de estar

do outro lado do ensinar pedagógico; e a autoestima que se eleva em função do

lugar de destaque que ocupam em determinado momento de sua vida acadêmica.

Considerações finais

Como se pode observar nos resultados esta é uma prática que transpõe os

métodos e conceitos tradicionais para permitir que a realidade envolva a todos, com

suas elaborações próprias, seu ritmo próprio, e o respeito como uma atitude e não

uma imposição; os dizeres: -“como é difícil dar aula, né professor?”, ou mais adiante

–“posso apresentar de novo?” dão uma dimensão da elevação da auto-estima,

proporcionada por esta prática. E não se percam, pois no começo é meio

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complicado, é uma bagunça organizada, um caos estabelecido, porém, este

“transbordamento” dá lugar, devagarzinho, a uma estrada cheia de surpresas, de

realizações, de auto-suficiência, e de auto-estima, na direção do cidadão completo e

não em pedaços.

Referências Bibliográficas

Araújo, M.A.L. , TRANSDICIPLINARIDADE E EDUCAÇÃO. Revista de educação

CEAP. Salvador: BA ano 8, pg 7, dez – fev. 2000.

FREIRE, J.B., As relações entre o fazer e o compreender na prática da educação

física. Dissertação de mestrado. SP: USP, 1982.

MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a reforma reformar o pensamento. 8ª Ed.

Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

NICOLESCU, B. O Manifesto da Transciplinaridade. São Paulo: Triom, 1999.

NICOLESCU, B. et al. Educação e Transdiciplinaridade. Editores: UNESCO, USP/

Escola.

SOMMERMAN, A. Transdiciplinaridade: Escola do: futuro. Em palestra Pedagogia da

Alternância: I Seminário Internacional por ocasião do Centro de Treinamento de

Líderes – Itapoan – Salvador - Bahia de 03 a 05 de novembro de 1999.

UNESCO. E CIRET Congresso mundial de transdiciplinaridade 1997. Congressos

internacionais sobre transdisciplinaridade: reflexões sobre emergências e convergências de

idéias e ideais na direção de uma nova ciência moderna. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902005000300003&script=sci_arttext. Acesso

em 18 de abril de 2013.

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21 – “ESTIMULANDO A CRIATIVIDADE COM ORIGAMI”

Profª Sandra Cristina Salles Dias

Profª Marcia Fermino de Godói

E.M. Duljara Fernandes de Oliveira

Eixo temático: Artes.

Modalidade: Atividades Permanentes

Público alvo: 1º Ano

Resumo

O ORIGAMI quando ensinado na sala de aula proporciona um trabalho

interdisciplinar para crianças de qualquer idade. A arte de dobrar papel estimula ao

aprendiz, desenvolver estratégias tanto individual e coletiva como oficina de ideias e

trocas de experiências. Acredita-se serem estas atividades de aprendizagem que

rentabilizam a autonomia e a responsabilidade do aluno. Além disso, permitem o

desenvolvimento da criatividade, da concentração e persistência com Origami, arte

milenar japonesa, oferece diversos recursos para auxiliar o desenvolvimento

cognitivo motor de todo aquele que dele se utiliza, por ser um fascinante mundo de

criação. Seu uso milenar tem contribuído para o desenvolvimento e melhor

qualidade de vida para o ser humano. Seu uso e aplicação enquanto técnica pode

auxiliar e contribuir para o desenvolvimento infantil. Acredita-se que o Origami pode

colaborar para o desenvolvimento do potencial pleno de cada indivíduo, enfatizando

a observação, a persistência, a meticulosidade, a concentração e atenção, a

autoconfiança, o esforço pessoal, a coordenação motora fina e, sobretudo, a

criatividade. Ao se trabalhar o origami com crianças do 1º ano, percebe-se uma

enorme mudança de comportamento e superação em cada objeto aprendido, são

desenvolvidos de forma única, ou seja, mesmo sendo igual, todos serão diferentes

quando finalizados e expostos para a turma.Todas as atividades são desenvolvidas

em sala pela necessidade de utilização de materiais diversos. As crianças amam

aprender dobradura, já entenderam e assimilaram as principais dobras do origami.

O resultado de todo o trabalho proposto, supera as expectativas das atividades

realizadas tanto do aluno como do professor.

Apresentação do tema

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O ORIGAMI quando ensinado na sala de aula proporciona um trabalho

interdisciplinar para crianças de qualquer idade. A arte de dobrar papel estimula ao

aprendiz, desenvolver estratégias tanto individual e coletiva como oficina de ideias e

trocas de experiências.

Problematização

A maior relevância para a realização deste projeto é mostrar de que maneira

a dobradura ajuda no desenvolvimento da arte, ilustrar um pouco da nossa cultura

através de um simples papel, pois a dobradura começou de um papel. Mostrar

também que a mesma é um recurso didático muito utilizado nas escolas e que serve

tanto para o educador ilustrar suas aulas, quanto para as pessoas fazerem suas

próprias recreações e criações nas mais diversas situações da vida.

Através da dobradura, o manuseio do papel ajuda no desenvolvimento da

criança em fase de alfabetização, pois ajuda a mesma a delinear seu espaço, como

por exemplo: o fato dela tentar unir as duas pontas do papel e seus lados.

Mostrar também como a mesma faz parte da arte/educação, ela é classificada

como um recurso interdisciplinar dentro do currículo escolar, pois através dela

podemos fazer desenhos, pinturas, colagens, recortes, dramatizações, criar histórias

e também fazer uma junção de personagens da nossa literatura, relacionado ao

tema, que norteará o desenvolvimento do trabalho.

Justificativa

A arte de dobrar o papel surgiu a milhares de ano e foi cada vez mais

tomando o espaço no convívio escolar, sabemos que a partir de uma simples dobra

podemos criar varias figuras e em cada figura forma diferente dando possibilidades a

novas peças de acordo com a criatividade de cada individuo. Este projeto tem o

objetivo de tornar as aulas de artes mais criativa na busca de infinitas possibilidades

de dobrar o papel confeccionando diversas peças utilizando a técnica da dobradura;

educar, estimular a imaginação, a concentração e desenvolver a habilidade e a

criatividade no percurso do projeto, que no decorrer do ano é trabalhada como

atividade permanente.

Objetivos

Conhecer, Compreender, Analisar, Apreciar, Socializar e propiciar momentos de

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criatividade na arte de dobrar o papel, visando uma aula diferente e prazerosa para

os alunos do 1º ano do Ensino Fundamenta l Despertar o interesse do educando

para as inúmeras possibilidades de aplicação das dobraduras, além de proporcionar

a motivação e envolvimento com as atividades:

Pesquisar sobre o origami;

Conscientizar os alunos com a diversidades de material a ser utilizado.

Promover a socialização com dobraduras em grupo;

Apresentar o projeto na feira de conhecimento;

Apresentar peça teatral a partir das dobraduras confeccionadas;

Desenvolver habilidades de criar e recriar peças de diferentes tamanhos e

modelos.

Referencial teórico

O uso milenar do Origami tem contribuído para o desenvolvimento em melhor

qualidade de vida para o ser humano. Seu uso e aplicação enquanto técnica pode

auxiliar e contribuir para o desenvolvimento infantil.

Metodologia

O professor prepara a turma para relembrar nossas primeiras dobraduras

fazendo um chapéu de soldado, um avião, um barquinho e outros desse tipo,

mais simples.

Narrar ou contar histórias através de alguns feitos, sobre animais da nossa

região que eles conhecem e em seguida os mesmos irão montar suas

próprias historinhas.

O professor coloca no quadro os animais da história e propõe para eles

ilustrarem com dobraduras as mesmas.

Discutir com a turma as atribuições que cada uma dessas dobraduras

lhes proporcionou.

Confecção de dobraduras.

Exposição.

Descrição da avaliação

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A avaliação será continua durante o desenvolvimento da aula, sendo que

cada aluno apresentará no termino do bimestre uma peça decorativa com dobradura

para a finalização projeto e do ano letivo para a exposição. Compreende a definição

dos instrumentos a serem utilizados no monitoramento das ações e atividades

realizadas durante o trabalho.

Resultados

Os resultados obtidos através deste projeto vêm sendo bastante significativos

e prazerosos, para o educador e educando. Percebo alunos mais criativos, críticos e

com mais autonomia diante das criações artísticas que confecciona na escola e fora

dela. O desenho que recebo de presente, sempre vem dobrado de forma diferente

do tradicional, é muito gratificante. Os trabalhos confeccionados durante o projeto

serão apresentados na Festa Cidadã da escola

Considerações finais

Os trabalhos confeccionados durante o projeto serão apresentados na Festa Cidadã

da escola.

No 4º Fórum Educa em Ação vou compartilhar o meu projeto de forma objetiva e

lúdica, com apresentação do mesmo, e uma oficina de Tsuru e o seu significado. Posso

garantir que todos os meus pares, sairão da apresentação com outro olhar de como se

trabalhar dobradura com crianças. Nada é impossível quando se tem objetivo e motivação.

"Dobrar o papel parece um ato extremamente simples, mas este simples movimento na

realidade nos fornece uma grande alegria que invade nossa alma"

(Kunihiko Kasahara)

Referências Bibliográficas

Parâmetro Curricular Nacional de Arte.

Livros de dobraduras:

GENOVA , Carlos –ORIGAMI ; A Milenar arte das Dobraduras.

IMAMURA, Paulo – ORIGAMI; Arte e Técnica da Dobradura de Papel

Sites:

www.imigrantesbrasil.com/origem-do-origami-e-sua-chegada

www.japaoemfoco.com/historia-e-significado-do-monumento-da-paz-das-criancas

www.comofazerorigami.com.br

www.Wikipédia.com.br

Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Estimulando a

criatividade com origami

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22 – “JARDIM DOS SONHOS”

Profª Solange Cristina Camisa Lima

Profª Valdirene Aparecida Nicoláu Nobrega Antunes

E.M. Duljara Fernandes de Oliveira

Eixo temático: Linguagem Oral e Escrita, Artes, Natureza e Sociedade e Matemática.

Modalidade: Projeto

Público alvo: 1º Ano

Resumo

O Projeto Jardim foi um trabalho realizado com as crianças do 1º ano A

(2012) do ensino fundamental (período da manhã) que se juntaram para criar um

jardim no espaço do antigo tanque de areia da escola.

Apresentação do tema

O tema foi escolhido pelas crianças após a leitura do livro “O Jardim do

Sonho” de Ronaldo Coelho Simões. O livro conta a história do Sr. Três B, ele tinha o

sonho de construir um Jardim Zoológico pois gostava muito de animais. Após

conhecer todas as dificuldades para realizar esse desejo e com a ajuda de amigos

ele cria um Jardim Botânico só com plantas que tenham nome de animais.

Problematização

Como criar um jardim? Quem serão nossos parceiros? O que precisamos

para dar início ao projeto?

Justificativa

A criação do jardim dá possibilidades às crianças de trabalhar as várias áreas

do conhecimento de maneira lúdica e prazerosa. Proporciona a formação de atitudes

responsáveis com o meio ambiente.

“(...) Na área das Ciências Naturais, o objetivo é ampliar a curiosidade das crianças,

incentivá-las a levantar hipóteses e a construir conhecimentos sobre os fenômenos

físicos e químicos, sobre os seres vivos e sobre a relação entre o homem e as

tecnologias. É importante organizar os tempos e os espaços da escola para

favorecer o contato das crianças com a natureza e com as tecnologias,

possibilitando, assim, a observação, a experimentação, o debate e a ampliação de

conhecimentos científicos (...).” (Ensino fundamental de nove anos: orientação para

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inclusão da criança de seis anos de idade/ organização Jeanete Beauchamp,

Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento; Brasília: Ministério da

Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007).

Objetivos

Promover nas crianças a conscientização, de forma lúdica e prazerosa, da

importância dos seres vivos – plantas, animais, ser humano;

Vivenciar situações de análise de dados e checagem de informações;

Vivenciar conceitos matemáticos: contar, somar, estimativas, leitura de

gráficos;

(...) “ampliar a curiosidade das crianças, incentivá-las a levantar hipóteses e

construir conhecimentos dobre os fenômenos físicos e químicos, sobre os

seres vivos e sobre a relação entre o homem e a natureza e entre o homem e

as tecnologias”;

(...) “favorecer o contato das crianças com a natureza e com as tecnologias,

possibilitando, assim, a observação, a experimentação, o debate e a

ampliação de conhecimentos científicos”;

Construir o conhecimento por meio de práticas que como ponto de partida e

chegada o uso da linguagem e a participação nas diversas práticas sociais de

escrita;

Interessar-se pelas próprias produções, pela de s de outras crianças e pelas

diversas obras artísticas (regionais, nacionais e internacionais) com as quais

entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura;

Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da

modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e

o respeito pelo processo de produção e criação;

Leitura e apreciação de obras de arte a partir da observação, narração,

descrição e interpretação de imagens e objetos e estabelecer correlação com

experiências pessoais.

Referencial teórico

Baseando-se nos quatro pilares da Educação e em nosso saudoso Paulo

Freire, onde o aprendiz, ser ativo, na interação com o mundo, num processo de

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construção de relações, ao fazer e ao refletir sobre o fazer, garante seu direito de

sujeito que pensa, e torna-se produtor do próprio saber, num ambiente que

oportunize a interação do sujeito com o meio, de forma a estimulá-lo e desafiá-lo,

promover o conhecimento. Acreditando como BECKER (1992), "Construtivismo,

segundo pensamos, é esta forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu

desenvolvimento. É, por consequência, um novo modo de ver o universo, a vida e o

mundo das relações sociais", e na busca de um ambiente construtivista acreditei ser

necessário buscar na metodologia de projetos o apoio para a realização desta obra.

GARDNER (apud DOWLING, 1995) afirma que uma forma de integrar os

princípios construtivistas nas salas de aula é através da realização de "projetos".

Segundo este autor, ao longo das aulas os alunos realizam milhares de testes e

desenvolvem habilidades que muitas vezes se tornarão inúteis depois do último dia

de aula. Em contraste, o desenvolvimento de um projeto envolve a observação da

vida fora da escola, propiciando aos estudantes a oportunidade de organizar os

conceitos e habilidades previamente estabelecidos, utilizando-os a serviço de um

novo objetivo ou empreendimento.

Metodologia

Reunião com os pais para explicação do projeto.

Identificar os possíveis parceiros na construção do Jardim.

Pesquisa com a família em busca de informações sobre a construção do

jardim.

Visita do Rafael, biólogo da Prefeitura e nosso parceiro, para comparação das

informações obtidas com a família e as informações trazidas por ele.

Roda de conversa para definir as plantas para o jardim: flores, ervas e

temperos, frutas, horta.

Identificar os materiais necessários para o trabalho.

Confeccionar um livro para registro de todas as ações desenvolvidas durante

o projeto.

Descrição da avaliação

A avaliação ocorreu ao longo do projeto através da participação

das crianças nas atividades desenvolvidas.

Resultados

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O jardim acabou se transformando em um espaço de conhecimento e

experimentos. Colhemos tomate, quiabo, rabanete, morango, hortelã, salsinha. E as

flores proporcionaram a realização do sonho das crianças: um espaço para muitas

borboletas e passarinhos.

Considerações finais

Foi muito bom ver minha turma de 2012 avançando na alfabetização,

comparando frutas e legumes comprados com os que plantamos e colhemos em

nossa horta, percebendo a importância de um pequeno pedaço de terra e tomando

consciência do por que preservar é preciso. Encontramos no “seu” Jairo (inspetor de

alunos da escola) o nosso senhor TrêsB. Com um carinho especial, ele abraçou o

projeto e partilhou com as crianças todo o seu conhecimento de mundo, toda sua

experiência de vida. O ano de 2012 foi realmente especial!

Referências Bibliográficas

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil / Ministério da Educação

e do Desporto, Secretaria de educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF,

1998.

Ensino fundamental de nove anos: orientação da criança de seis anos de idade/

organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do

Nascimento; Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica,

2007.

Venezia, Mike. CLAUDE Monet. tradução: Ligia Maria da Silva Rego; adaptação:

João Teodoro da Silva. São Paulo: Moderna, 1996. – Coleção Mestres das Artes.

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23 - LEITURA E ESCRITA EM SALA DE AULA – MEDIANDO A PRODUÇÃO DE

TEXTO DE AUTORIA NO 2º ANO

Profª Fernanda Carolina Medeiros Grillo

Profª Tânia Maria Grandini Cares

E.M. “João Francisco Rosa”

Eixo temático: Alfabetização E Letramento

Modalidade: Atividade sequenciada

Público alvo: 2º Ano

Resumo

O presente trabalho pedagógico representa estudos e reflexões sobre as práticas

relacionadas à linguagem escrita no interior da escola. De acordo com os

pressupostos da perspectiva Histórico-Cultural sobre desenvolvimento humano, as

funções psíquicas humanas, como a linguagem oral e a linguagem escrita, não são

desenvolvidas de maneira espontânea. Nesse sentido, a ação do educador é

fundamental no intuito de dirigir intencionalmente o processo educativo e oportunizar

condições para o desenvolvimento das mesmas.

Neste trabalho, apresentamos as propostas planejadas e realizadas com os

alunos de 2º ano do Ensino Fundamental, no que tange às produções escritas. A

partir do referencial teórico estudado na escola (Jolibert, Curto, Marcuschi, Miller,

Schneuwly, Dolz, Vigotski), os professores organizaram uma nova forma de

trabalhar a leitura e a escrita.

A sequência planejada para este trabalho oportunizou avanços na escrita dos

alunos, que apresentaram desempenho satisfatório nos critérios de avaliação de

produção de texto.

Apresentação do tema

O tema deste trabalho está circunscrito no âmbito das discussões sobre a

linguagem escrita, no contexto de sala de aula, buscando estratégias para reflexão

sobre a língua numa abordagem de preparação para a escrita, produção de textos e

revisões.

Problematização

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O trabalho relacionado à produção de texto apresenta-se como desafio no

contexto escolar, no que tange ao processo de significação desta atividade no

processo de ensino e aprendizagem.

Compreendemos que a problemática se insere na necessidade de criar condições

para compreensão da linguagem escrita, que permitirá outras formas de organização

da ação e de acesso ao patrimônio cultural, registrados em diferentes portadores.

Justificativa

O trabalho se justifica pela importância de desenvolver as habilidades escritoras e

leitoras, a partir de um trabalho sequenciado planejado pelo professor, com a

finalidade de oportunizar a aprendizagem da produção de textos. O papel do

professor no ensino da linguagem escrita é o de oportunizar avanços que não

aconteceriam de forma espontânea, mas intencional, por meio de atividades

planejadas de leitura e de escrita.

Objetivos

Possibilitar atividades, em sala de aula, que oportunizem a compreensão da

estrutura do gênero textual trabalhado, a produção de textos coerentes e

coesos; o desenvolvimento, a ampliação de ideias e construção de pré-textos

que trabalhem com a estrutura interna e os aspectos linguísticos do gênero;

análise de textos, reconhecendo possíveis oportunidades de melhoramento.

Referencial teórico

Nas escolas encontramos, em muitas situações, uma abordagem técnica

referente ao trabalho com a escrita. A partir dessa concepção, a escrita é ensinada

como uma habilidade motora e não como uma atividade cultural complexa.

(VIGOTSKI, 1989)

Este trabalho está fundamentado na perspectiva Histórico-Cultural que considera

a linguagem escrita como meio para a aquisição de formas mais complexas do

sujeito e de acesso ao patrimônio cultural, registrados em diferentes portadores.

A linguagem escrita não se desenvolve de forma espontânea. Deste modo,

depende do aprendizado, de construções resultantes da coletividade, da ação sobre

o meio da apropriação dos bens culturais para o seu desenvolvimento. Assim,

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percebe-se a importância da escolarização, especificamente, do aprendizado

escolar, intencional e sistematizado, que introduzirá elementos novos para o

desenvolvimento da inteligência e personalidade.

Tradicionalmente, o ensino da gramática tem sido realizado de forma

desagregada do ensino da escrita de textos. Os conhecimentos linguísticos

trabalhados nos estudos de gramática não são relacionados à prática de produção

de textos (MILLER, 1998, p.11).

Na perspectiva do ideário Histórico-Cultural, o trabalho com a linguagem escrita

nas escolas deve considerar as relações reais entre o processo de desenvolvimento

e a aprendizagem, determinando níveis de desenvolvimento: o real (nível de

desenvolvimento das funções mentais que se estabeleceram como resultado de

certos ciclos já consolidados), o potencial (funções mentais que o sujeito

consolidará) e o proximal (distância entre o real e o potencial).

Assim, no trabalho referente à linguagem escrita, pressupomos um processo de

aprendizagem através de práticas sistematizadas, tendo o professor como mediador,

incidindo na zona de desenvolvimento proximal.

Nessa perspectiva, no trabalho referente à aquisição da linguagem escrita, o

professor pode organizar o ensino de forma que a leitura e a escrita se tornem

necessárias às crianças, que tenham significado. Ou seja, a linguagem escrita

precisa se tornar elemento da vida das crianças. Todas essas questões nos

apontam que a escrita não pode ser ensinada como um hábito motor, mas como um

instrumento que faz parte da cultura. Para JOLIBERT e colaboradores (1994), é

preciso que, em cada criança, o escrever não seja sinônimo de trabalho enfadonho e

fracasso, mas que evoque projetos realizados graças à escrita (“fazer um cartaz”

para anunciar uma exposição, “inventar um conto”, “fazer um relatório de visita” para

o diário da escola, “escrever poemas”, etc.) em lugar de “fazer exercícios de

gramática”, “completar frases”, “conjugar verbos”.

A partir de tais referenciais teóricos, discutidos e refletidos em reuniões de HTPC,

os professores elaboraram novas formas de atuação e intervenção no trabalho de

leitura e escrita.

Metodologia

Partindo da ideia de que a escrita está relacionada à produção de sentidos e

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significados, reconhecemos que não basta dominar o código escrito: é necessário

saber usá-lo, compreender o funcionamento do mesmo. Escrever é uma tarefa

cognitiva muito complexa. A criança precisa pensar no que escrever (conteúdo,

leitor) e como escrever (gênero, formato, estrutura, grafia).

Dolz e Schneuwly (2004) propuseram uma metodologia de ensino por sequências

didáticas, concebendo os gêneros como instrumentos de comunicação.

Os procedimentos indicados nessa proposta são: apresentação inicial da

situação; primeira dimensão: projeto coletivo para a produção; segunda dimensão:

conteúdos a serem desenvolvidos; a primeira produção: esboço; os módulos: dar

conta dos problemas aparecidos (representação da situação de comunicação,

elaboração de conteúdos, planejamento do texto, elaboração de uma linguagem

comum) e verificação de todas as aquisições; produção final: por em prática o que

aprendeu.

No que se refere ao trabalho com os módulos (análise, revisão e reflexão sobre a

linguagem), os estudos de Miller (1998) podem colaborar com a sistematização de

propostas. De acordo com sua pesquisa, há possibilidades de organizarmos

atividades de reflexão e operação sobre a linguagem do ponto de vista do uso que

se faz dos conceitos linguísticos presentes na situação de leitura ou produção, a

partir de textos, elaborados pelo aluno ou de autoria diversa.

Descrição da avaliação

Para análise e avaliação do trabalho, utilizamos fichas de acompanhamento e

registros descritivos referentes a cada aluno.

Resultados

A partir do modo de participação de cada um dos sujeitos nessa atividade de

estudo e reflexão, foi possível verificar que a apropriação de alguns dos

pressupostos (desencadeados pela reflexão sobre a prática, a partir da interlocução

no grupo) circunscreveu novas formas de atuação em sala de aula.

Em linhas gerais, analisando as propostas desenvolvidas pelos professores temos

indícios do redimensionamento da prática educativa, no que se refere,

principalmente, aos modos de participação do aluno na atividade. Na área de

linguagem escrita há ênfase na sistematização do gênero textual, com intuito de

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oportunizar condições efetivas para a produção de texto, por intermédio de reflexões

sobre a metalinguagem. A sequência planejada para este trabalho oportunizou

avanços na escrita dos alunos, que apresentaram desempenho satisfatório nos

critérios de avaliação de produção de texto.

Considerações finais

Foi possível perceber que o trabalho organizado, a partir da metodologia

apresentada, possibilitou agir com a produção textual dos alunos, não naturalizando

o trabalho, mas identificando-o como objeto de estudo. O trabalho de escrita é

também um trabalho de reescrita e as sequências didáticas podem sistematizar as

práticas de escrita e produção oral.

O desenvolvimento deste trabalho de pesquisa trouxe repercussões para os

professores, para os alunos e para a escola. Os impactos na aprendizagem dos

alunos foram partilhados e a nova proposta de organização do trabalho docente

passou a ser vista como possibilidade mais significativa de abordar os conteúdos.

As ações foram (re)pensadas e apropriadas no coletivo, através dos estudos

desencadeados. São formas de agir e dizer que vão se institucionalizando na

história das relações, vão se inscrevendo na memória coletiva. Porém, torna-se

fundamental destacar que a construção coletiva destes modos de agir não ocorre de

forma linear, mas envolve conflitos e dramas. Sobretudo, demanda trabalho

partilhado, (re)orientado, aprendido, relação com o outro que produz impactos e

efeitos sobre a prática

Referências bibliográficas

BASSAN, Larissa H. O trabalho pedagógico e a zona de desenvolvimento

proximal na aprendizagem da linguagem escrita . UNESP – Marília/SP, 2008.

Dissertação de Mestrado.

CURTO, Lluís M. et al. Escrever e ler: como as crianças e como o professor

pode ensiná-las a escrever e ler – vol I. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de Textos . Porto Alegre:

Artes Médicas, 1994.

MARCUSCHI, Luiz A. Gêneros Textuais e Produção Lingüística . Universidade de

Brasília.Disponível em:

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http://www.diaadia.pr.gov.br/nre/assischateaubriand/arquivos/File/LEM-

INGLES/artigo_generos_textuais.pdf

MELLO, Suely A. Algumas implicações pedagógicas da Escola de Vygots ky

para a educação infantil . Revista Pro-Posições , v.10, n.1 (28), 1999.

MILLER, Stela. O epingüístico: uma ponte entre o lingüístico e o

metalingüístico . UNESP – Marília/ SP, 1998. Tese de Doutorado.

SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola . Mercado das

Letras. Campinas, 2004.

VIGOTSKI, Lev S. A Formação Social da Mente . São Paulo. Martins Fontes, 1989.

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24 – “QUINZINHO CONTRA A DENGUE”

Profª Rosemary Conceição Santos

Profª Flavia Liliana Criger

E.M. “Quinzinho de Barros”

Eixo temático: Natureza e Sociedade.

Modalidade: Projeto

Público alvo: 4º Ano

Resumo

O projeto Quinzinho Contra a Dengue foi desenvolvido para colaborar com a

conscientização de nossas crianças a respeito da dengue, enfatizando as ações

efetivas para evita-las, transformando-os em nossos agentes multiplicadores dessa

ação cidadã. O nosso público alvo foram nossos alunos e a comunidade local (pais)

que estiveram presentes na apresentação das atividades das crianças. Todo o

trabalho foi desenvolvido na U.E, onde também recebemos a visita do projeto saúde

na escola com palestra e apresentação de vídeo sobre o tema.Obtivemos como

resultado do nosso projeto a devolutiva traduzida em compreensão e

conscientização por parte dos alunos e comunidade acerca da necessidade de ação

preventiva contra a dengue.

Justificativa

Tendo em vista que Sorocaba enfrenta, nos últimos tempos, a maior

epidemia de dengue. Torna-se de alta relevância a execução deste projeto.

Objetivos

Trabalhar junto com as crianças, visando conscientizá-la quanto à importância

de prevenir a dengue, pois que esta é uma doença grave e que vem causando

mortes.

Identificar a dengue;

Conhecer as diversas formas de contágio, sintomas, prevenção e tratamento;

Identificar as causas de ocorrência de epidemias;

Reconhecer a importância dos hábitos de higiene com forma de manter a

saúde e prevenir doenças;

Conhecer a origem do mosquito Aedes Aegipty;

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Adquirir hábitos e atitudes que colaborem para acabar com o mosquito e com

a dengue;

Desenvolver a cidadania;

Aplicar os conhecimentos adquiridos.

Metodologia

Levantamento das causas e consequências da dengue em suas formas

clássica e hemorrágica;

Exibição de apresentação de slides e/ou vídeos sobre o tema a fim de

esclarecer sobre a doença e motivar o trabalho a ser desenvolvido;

Motivar alunos e professores com propostas de atividades criativas e

utilização das mídias e tecnologias.

Discussão sobre os Noticiários.

Produções textuais: frases, redações, slogans, HQs, etc;

Confecção de cartazes e desenhos.

Apresentação e exposição dos trabalhos dos alunos no tablado da escola

para seus pais, professores, gestão escolar.

Descrição da avaliação

Observação da participação e envolvimento nas atividades propostas;

Acompanhamento e análise do desenvolvimento dos alunos mediante

observação da postura individual

Avaliação escrita.

Referências Bibliográficas

Site oficial do ministério da Saúde http://portal.saude.gov.br/saude/

Brasil Unido contra a Dengue: http://www.combatadengue.com.br/

Anexos:

site: www.youtube.com/watch

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25 – “ UM SONHO NA RECICLAGEM”

Profª Celestina Cruz Pedroni da Fonseca

Profª Simone Munafó Tostes Gonçalves

E.M. Prof. Walter Carretero

Eixo temático: Linguagem, Matemática e Historia.

Modalidade: Projeto

Público alvo: 1º ao 5º Ano

Resumo

O projeto foi aplicado junto às salas do Ensino Fundamental da Escola

Municipal Professor Walter Carretero. Visando alcançar o objetivo de ter uma

formatura do sonho, partindo dos alunos várias alternativas para conquistar esse

objetivo. O trabalho foi pautado nas seguintes etapas: levantamento de custos,

definição das frentes de trabalho, trabalho coletivo com pais, alunos e comunidade

escolar. Relacionamos todo o empreendimento às várias frentes de trabalho

relacionados à Arte, Linguagem, Matemática, Ciências, História e Geografia;

culminando em todos os trabalhos pedagógicos e na tão sonhada formatura.

Apresentação do tema

A identificação de uma solução empreendedora dentro de nossa comunidade,

que além da geração de renda agregasse valor ambiental e social em nossa

comunidade.

Problematização

Como articular a realização de um sonho coletivo, através de geração de

renda?

Justificativa

A essência do empreendedorismo esta ligada na emoção do indivíduo, na

energia que o leva a transformar-se e a transformar sua vida. A Educação

Empreendedora deve desenvolver a autoestima e valorizar o potencial de

persistência dos alunos, diante dos seus sonhos, como diz Vitor Hugo, “Não há nada

como o sonho para criar o futuro”.

Para isso devemos buscar no desenvolvimento humano, social includente e

sustentável o eixo do trabalho empreendedor para a realização do sonho coletivo

dos 5º anos da Escola Municipal Professor Walter Carretero. Como este momento

global denota sério desconforto socioambiental expresso na má qualidade de vida

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em todos os ambientes terrestres. A Educação Ambiental pode suprimir muito dos

vazios ideológicos desse tempo de extremismos políticos, desperdícios de recursos

ambientais, exageros de produção e consumo, utilizando o principio dos 3 Rs.

Para termos um futuro sustentável se faz necessário possibilitar aos alunos a

informação, a educação e o entusiasmo para que haja a transformação da ideia em

ação. Nasce então um projeto que possibilita construir com as crianças à formação

da cidadania ambiental e empreendedora.

Objetivos

Instrumentalizar as crianças sobre como elaborarem um mapa do sonho

coletivo: “Uma grande passeio de formatura”.

Criar estratégias para a realização de nosso sonho coletivo.

Gerar novos conhecimentos, constituídos por saberes, estabelecendo novas

relações entre saberes preexistentes.

Fornecer uma visão global do estado atual de nosso planeta.

Sugerir ações que possam conservar nosso planeta para gerações futuras e

beneficiar nossa própria geração através da sustentabilidade.

Referencial teórico

O principal referencial teórico que justifica o presente trabalho está pautado

nas propostas apresentadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais, Lei de

diretrizes e bases da educação nacional, Livro Pedagogia Empreendedora,

programa jovem empreendedor SEBRAE.

Metodologia

A metodologia de trabalho foi baseada em quatro conceitos principais que

são: educação financeira, empreendedorismo, preservação e reciclagem. Partindo

destes conceitos principais são trabalhados sub-conceitos, onde desenvolveremos

as atividades de acordo com as características de sua realidade educacional e

ambiental.

Educação Financeira:

Cada classe construiu um cofre, para que depositemos as moedas

economizadas.

A contribuição mensal de um valor estabelecido com todos os pais, no valor de

30 % da formatura.

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Empreendedorismo:

A construção do mapa do sonho coletivo: “Uma grande formatura, com um

passeio em um parque aquático”.

Recolher e selecionar materiais reciclados para a venda.

Pesquisa de melhor valor.

Criar parceria com Deposito de reciclado.

Parceria com todas as salas e comunidade na seleção e coleta.

Escala de trabalho e organização, divisão de funções e tarefas.

Anotação e relatório de desempenho.

Organização da formatura e levantamento de custos.

Preservação e Reciclagem

Pesquisa e levantamento de dados, nosso trabalho pode atrapalhar a

comunidade ou auxiliar? O nosso ambiente local refletiu mudanças?

Campanha a favor da reciclagem do lixo e sua separação.

Seminário sobre os processos de reciclagem e reutilização de materiais.

Descrição da avaliação

Iniciamos o projeto no primeiro bimestre, onde em apenas um mês

contabilizamos a coleta de 8 mil PETs, estabelecemos parcerias com a comunidade,

com depósito de reciclagem que passou a retirar na escola o material a ser vendido,

chegando agora no fim do terceiro bimestre tendo como saldo do trabalho coletivo, a

camiseta 100% paga.

Resultados

Os alunos conseguiram levantar todos os fundos necessários para a

realização do sonho coletivo e houve uma mudança de postura em relação à atitude

ambiental na comunidade envolvida.

Considerações finais

O projeto foi trabalhoso, mas muito prazeroso e produtivo tanto para os

alunos quanto para as professoras, pois nos permitiu interagir com toda a

comunidade escolar. Nossos objetivos foram atingidos e superados ao realizar a

formatura, o cerimonial, baile de formatura e o grande passeio a um parque

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aquático, vimos a alegria e o contentamento dos alunos por terem conseguido

realizar seu sonho através de seu trabalho.

Referências Bibliográficas

1. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Parâmetros

Curriculares Nacionais.

2. DOLABELA, Fernando. Pedagogia Empreendedora. Editora de Cultura, São Paulo,

2003.

3. SEBRAE. Jovens Empreendedores - Primeiros Passos - JEPP

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26 - USO DA ÉTICA NAS REGRAS DE JOGOS E BRINCADEIRA S

Prof Thiago de Melo Martins

E.M. “Dr.Oswaldo Duarte”

Eixo temático: Ética

Modalidade: Atividades permanentes

Público alvo: 1º ao 5º Ano

Resumo

São textos instrucionais de regras de jogos populares, em que se lê, discute,

entende como proceder em um jogo e depois há a aplicação do jogo como medidor

de entendimento e aceitação do texto lido. O tema é sobre ética dentro de instruções

e aplicação de jogos. O público alvo é o primeiro ciclo do Ensino Fundamental,

pode-se aplicar desde o primeiro ano, com adaptações ao tipo de jogo, ao quinto

ano.

Este trabalho foi desenvolvido em duas Oficinas do Saber, E.M “Dr Hélio

Rosa Baldy” e E.M “Dr. Oswaldo Duarte”.

Os resultados foram maior entendimento de textos instrucionais, no caso para

jogos e dinâmicas e menores conflitos durante a aplicação dos jogos.

Apresentação do Tema

Uso de textos instrucionais de jogos para maior entendimento dos mesmos e

o respeito às regras.

Problematização

As aulas de Oficina devem estar ligadas com a Matriz Curricular do Município

e os educandos precisam participar das aulas. Havia problemas disciplinares nas

salas que dificultavam qualquer processo pedagógico e os educandos se sentiam

motivados em realizar atividades semelhantes aos da sala de aula. Como atuar ante

aos atos de desrespeito aos colegas e combinados de sala e desmotivação nas

aulas de Leitura Viva?

Justificativa

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Resolvi trabalhar regras de jogos populares, porque abrangia questões de

leitura, interpretação de texto e aceitação de limites de atuação num jogo para o

sucesso dele. Assim, o educando percebe que para conseguir jogar, ele necessitará

compreender o que pode e o que não pode fazer e aplicá-la. Isso envolve a Ética, de

que para se conviver bem é preciso conhecer os limites entre o que é de direito em

fazer e o dever em respeitar o outro.

Objetivos

Compreender textos instrucionais de jogos populares e saber aplicá-los ao

jogar.

Referencial teórico

A questão do juízo moral é abordada por Piaget. “Toda moral consiste num

sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito

que o indivíduo adquire por estas regras.” (JM,p.2 IN La Taille.1992.p.49).

Está nos Parâmetros Curriculares Nacionais a questão da Ética dentro do

convívio escolar:

Ao lado do trabalho de ensino, o convívio dentro da escola

deve ser organizado de maneira que os conceitos de justiça,

respeito e solidariedade sejam vivificados e compreendidos

pelos alunos como aliados à perspectiva de uma “vida

boa”.Dessa forma, não somente os alunos perceberão que

esses valores e as regras decorrentes são coerentes com seus

projetos de felicidade como serão integrados às suas

personalidades:se respeitarão pelo fato de respeitá-

los.(PCNs,1997,p.80).

Estas duas referências são os pilares do projeto que visa o entendimento de

regras para além de um texto instrucional e de saber como se participar de um jogo.

Metodologia

Apresentação dos textos instrucionais de jogos para leitura compartilhada,

leitura compartilhada com os alunos, aplicação do jogo, discussão do sucesso da

aplicação das regras e relato escrito do que foi feito.

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Descrição da Avaliação

São dois instrumentos utilizados durante a aplicação do trabalho. Primeiro é

o entendimento e a aplicação da regra no jogo, que na ação do mesmo se percebe

como o educando assimilou a instrução. Segundo compreende o relato escrito do

jogo participado.

Resultados

O primeiro resultado é o de compreender como se joga, percebendo que ao

respeitar as regras o jogo se torna mais divertido. O segundo é feito pelo relato

escrito onde o educando reflete o que ocorre e o transforma nos padrões de escrita.

Considerações finais

As crianças demonstraram grande capacidade de entendimento quanto à

aplicabilidade dos jogos pelo grande interesse que elas tinham em ir para a parte

prática. Foram necessárias algumas repetições dos jogos para se chegar a uma

interação harmoniosa sem necessidade de constante intervenção. Quando havia

brigas, se parava para discutir de novo a regras e o professor intervia para a

aplicação das mesmas.

O resultado foi altamente satisfatório e a maioria dos educandos conseguiu

participar dos jogos com diminuição drástica dos conflitos.

Referências Bibliográficas

ASSIS,Orly Zucatto Mantovani de;ASSIS,Mucio Camargo

de.(organizadores).PROEPRE: Fundamentos teóricos de educação infantil

I,Campinas,SP:Graf.FE,2002.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.Brasil. Parâmetros

curriculares nacionais:apresentação dos temas transversais, ética/Secretaria de

Educação Fundamental- Brasília:MEC/SEF,1997.

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Anexos

Jogo Carimbo

Espécie de queimada, não tem time, somente se delimita o espaço a ser

jogado. Quem está com a bola não pode correr e nem andar com ela, deve queimar

do lugar. A pessoa queimada deverá se sentar podendo sair em duas situações,

uma pegando alguém que estiver de pé, outra pegando a bola.

Caso a bola saia do campo marcado um jogador a buscará e a lançará para o

alto, não podendo queimar alguém.

Material: Bola pequena e leve para não machucar.

Leitura dinâmica

Os educandos escolhem um livro para ler. Todos começam a ler

normalmente. O professor lançará alguns comandos:

1. Andar devagar.

2. Andar rápido.

3. Andar devagar e ler em voz alta.

4. Andar rápido e ler em voz alta.

5. Andar devagar e ler em silêncio.

6. Andar rápido e ler em silêncio.

7. Sentar e ler em voz alta.

8. Sentar e ler em silêncio.

Pode ser feito em 3 rodadas, cada rodada pode durar de 1 a 2 minutos. Depois os

educandos contam o que leram. Podem ser alguns para contar e depois retoma-se a

rodada.

Material: Livros paradidáticos.

Queimada

1. Dividir um espaço em dois, formar dois times.

2. O objetivo é queimar todos os oponentes.

3. Mãos e rostos não podem ser queimados. Nas extremidades haverá guarda-

campos, estes serão selecionados quando os primeiros jogadores forem

queimados.

4. A bola será do guarda-campo quando sair do campo determinado.

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Material: Bola leve para não machucar durante o jogo.

Mãe da rua

Tipo de pega-pega, no qual a pessoa atravessa o espaço (rua) destinado a quem for

“mãe da rua” para outro espaço (calçada) para não ser pega, ou ser “salva”.

1. Quem for pego ajudará a “mãe da rua” a pegar os outros.

2. Quando sobrarem poucos, os pegadores poderão contar até cinco segundos

e invadir o espaço (calçada) para finalizar a brincadeira.

Variação: Ter somente um pegador por vez.

Material: Nenhum.

Bola ao centro

1. Dividir a sala em dois times.

2. Cada participante recebe um número.

3. E o outro time também recebe os mesmos números.

4. Assim haverá o número 1 dos dois times e assim por diante.

5. Cada time ficará em linha em frente para o outro, num espaço de dez metros

aproximadamente.

6. Uma bola ficará no meio do espaço entre os times. O professor chama o

número, 1 por exemplo.

7. O jogador desse número corre até a bola para “queimar” o outro. Se errar o

outro pode atacar a bola.

8. Não vale atacar no rosto.

O objetivo é a participação do jogo. Sugiro não contar pontos.

Material: Bola leve.

Tempestade

Realizado em sala de aula.

1. Fazer um círculo de cadeiras.( Imaginar que todos estão no mar e as cadeiras

são botes salva-vidas.)

2. Quem estiver sem bote ficará no mar, que é o centro do círculo. Espécie de

dança da cadeira o professor dá o comando:

• “Ala direita” (todos se levantam e sentam na próxima cadeira à direita).

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• “Ala esquerda” (Todos se levantam e sentam na próxima cadeira à esquerda).

• “Tempestade”. (Todos se levantam e corre para uma cadeira a frente a sua).

A cada “tempestade” se retira um bote (cadeira) e a pessoa fica no centro, na

próxima “tempestade” ela terá a oportunidade de ir para outro bote.

Material: Cadeiras.

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Ensino Fundamental II

27 – “ASTRONOMIA – UMA PROPOSTA DE TRABALHO”

Profª Ana Laura Cruz Aquino

Profª Idelzuite Azevedo Alcântara Leme

EM “Dr. Getúlio Vargas”

Eixo temático: Terra e Universo

Modalidade:

Público alvo: 7º e 8º Anos

Resumo

A proposta de participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia foi

responsável pela elaboração de uma sequência de aulas teóricas e práticas com os

alunos do 7° e 8° anos, sendo que tal trabalho é re alizado desde o ano de 2010. A

partir desse momento, os alunos que realizam a prova receberam medalhas por se

destacarem em âmbito nacional. Neste ano tem-se a participação da disciplina de

Geografia, que vem corroborar a relevância do estudo acerca da astronomia.

Apresentação do tema

Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam que a Astronomia está

presente essencialmente na disciplina de Ciências, no entanto este conteúdo ou não

é contemplado ou é pouco estudado. A partir deste panorama e ciente da necessária

divulgação desses saberes é que a Sociedade Brasileira de Astronomia (SBA) com

o apoio do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

elaboram e passaram a estimular a participação das escolas na Olimpíada Brasileira

de Astronomia (OBA).

A prova muito mais que cobrar o que os alunos sabem, procura ensinar, pois

como já foi salientado está ciente das dificuldades que ocorrem no ensino da

Astronomia, além disso, na forma como é conduzido o trabalho se dá de forma

lúdica e cooperativa.

Problematização

É possível trabalhar os conteúdos de Astronomia a partir da proposta da

Olimpíada de Astronomia?

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Este trabalho permitirá uma compreensão dos temas referentes à Astronomia

e que devem ser de domínio dos alunos?

Justificativa

A formação do aluno exige um conjunto de ações intencionais do professor,

bem planejadas e que estimulem sua participação, deste modo uma proposta de

ensino articulada a partir de um trabalho desenvolvido por instituições se destaquem

pela confiança reconhecida, e que vem atender lacunas no processo de formação

são de vital importância para uma busca da excelência no ensino.

Objetivos

Compreender a partir da observação e reflexão os conteúdos de Astronomia

Estabelecer hipóteses e checá-las usando modelos que permitam a aplicação

de conhecimentos prévios adquiridos através do ensino de Geografia,

Ciências e Matemática, focando na contextualização do cotidiano do aluno.

Referencial teórico

Os Parâmetros Curriculares Nacionais ao tratar do ensino de Astronomia tem

como orientação:

Identificação, mediante observação direta, de algumas constelações,

estrelas e planetas recorrentes no céu do hemisfério Sul durante o ano,

compreendendo que os corpos celestes vistos no céu estão a

diferentes distâncias da Terra; valorização do conhecimento

historicamente acumulado, considerando o papel de novas tecnologias

e o embate de idéias nos principais eventos da história da Astronomia

até os dias de hoje (BRASIL,1998)

Este tema também de acordo com os PCN é parte do Eixo Temático Terra e

Universo devendo ser trabalhado nas duas primeiras séries do Ciclo II do Ensino

Fundamental.

O ensino de Astronomia na educação formal é, de acordo com Langhi e Nardi,

trabalhado de modo reduzido ou até nulo embora sejam sugeridos por órgãos e

documentos oficiais. Os mesmos autores destacam também:

estabelecimentos específicos da área da astronomia que se

preocupam em popularizar, divulgar,ensinar, pesquisar, e estudar

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este tema e o seu ensino: planetários, observatórios

astronômicos, institutos, museus de astronomia e ciências e

afins, clubes e associações locais de astronomia amadora, e as

sociedades científicas de âmbito nacional(Langhi e

Nardi,2009,p.4)

Alguns estudos apontam também para a existência de concepções

alternativas em Astronomia como a crença de que as estações do ano são causadas

devido às diferenças na distância entre a Terra e o Sol, concepção que é reforçada

por ilustrações dos Livros didáticos.

A revisão dessa e de outras concepções dos alunos não se esgota em uma

única série ou duas como está previsto nos PCN deste modo defende-se um ensino

ao longo das séries finais, articulado com estabelecimentos específicos da área de

Astronomia, e é neste contexto que se insere a OBA.

Este trabalho também pode ser desenvolvido com outras disciplinas do

currículo, no nosso caso foi feito com a disciplina de Geografia. O que permitiu aos

alunos compreenderem a interdisciplinaridade presente no tema, como também

identificar o meio natural como tipologia na compreensão sobre a expansão marítima

europeia em que a natureza determinava as ações humanas. Ao construir um

astrolábio, por exemplo, o aluno teve a oportunidade de construir uma visão mais

aprofundada sobre o período das Grandes Navegações e consequentemente da

interligação das ciências naturais com a Matemática.

Metodologia

Discussão e reflexão de conceitos a partir das questões das provas da OBA

Exibição de vídeos relacionados aos temas trabalhados: Origem do Universo

Execução de atividades práticas: atividades sugeridas pelos organizadores da

OBA

Orientar os alunos acerca da confecção de um astrolábio.

Descrição da avaliação

Participação dos alunos que levou em consideração os seguintes aspectos:

Quais questionamentos foram feitos?

Houve uma participação nas discussões?

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Houve envolvimento na execução das atividades práticas?

O aluno conseguiu confrontar suas concepções com os dados e resultados

observados?

Resultados

Observou-se uma ampla participação dos alunos na execução das atividades

propostas, na discussão dos resultados e muitos aceitaram participar de forma

voluntária da Prova.

Considerações finais

O envolvimento dos alunos na execução e discussão durante as aulas, os

questionamentos que muitas vezes ultrapassavam o conteúdo proposto ao tratar, por

exemplo, do Sistema Sol -Terra - Lua os alunos mostraram interesse em aprender

como ocorre a marcação do tempo nos diferentes calendários quando a proposta

inicial era trabalhar apenas as fases da Lua e as estações do ano. Outro aspecto

interessante foi o envolvimento dos alunos na elaboração do astrolábio e ao

descobrirem a posição dos astros através de um instrumento milenar que norteou as

navegações por muito tempo.

Referências bibliográficas

Brasil, Secretaria de Educação Média e Tecnologia, Parâmetros Curriculares

Nacionais: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (MEC/SEMTEC,

Brasília, 1999).

Brasil, Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (1996).

Langhi Rodolfo, Nardi Roberto Ensino da astronomia no Brasil:educação formal,

informal, não formal e divulgação científica in Revista Brasileira de Ensino de Física,

v. 31, n. 4, 4402 (2009) disponível em http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/314402.pdf

Acesso em 20/04/2013

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Anexos

Site da OBA- Olimíada Brasileira de Astronomia- no site é possível fazer a inscrição

da escola e também conseguir as provas e gabaritos dos anos anteriores

http://www.oba.org.br/site/index.php

Site PontoCiencia – neste site temos os roteiros para os experimentos sugeridos na

OBA http://www.pontociencia.org.br/

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Educação Infantil ao Ensino Médio

28 – “ENSINA-ME DE VÁRIAS MANEIRAS, POIS SOU CAPAZ DE APRENDER”

Equipe de Professoras das Salas de Recursos Multifuncionais, representadas pelas

professoras Débora Cardoso Rodrigues, Fernanda Aparecida Mendes da Silva

Pereira, Pauline Jardini e Maria Salime Rachid Prestes

Eixo temático: Educação Inclusiva

Modalidade:

Público alvo: Educação infantil ao Ensino Médio

Resumo

O trabalho foi desenvolvido pelas professoras da Sala de Recursos

Multifuncionais (SRM) dentro do Atendimento Educacional Especializado atendendo

as diferentes deficiências.

As atividades realizadas envolvem o desenvolvimento do raciocínio lógico, da

oralidade, da leitura e escrita e principalmente das habilidades necessária para real

inclusão do aluno na sala de aula e sua autonomia, da utilização de recursos e

adaptações específicos a cada deficiência ou necessidade.

As atividades perpassam a SRM alcançando a sala regular possibilitando ao

aluno o uso de instrumentos para aprimorar sua aprendizagem.

Apresentação do tema

Atendimento Educacional Especializado é o atendimento que visa suprir o

aluno em suas limitações pedagógicas devido a uma deficiência específica. O

trabalho lúdico é o ponto principal deste atendimento pois desenvolve as diversas

habilidades e da ao aluno a possibilidade de buscar o desenvolvimento diferentes

áreas.

Instrumentos diferentes ou de adaptações de recursos para realizar as

atividades, também são desenvolvidos na SRM para serem utilizados na sala

regular.

Problematização

Como trabalhar com os alunos com deficiências, respeitando seus limites e

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seu direito a aprendizagem em sala regular?

Justificativa

O trabalho desenvolvido visa às necessidades específicas de cada aluno

dentro da sua deficiência.

Objetivos

Conhecer as diferentes possibilidades, estratégias e recursos de realizar uma

mesma atividade.

Ampliar a percepção de mundo e as habilidades pessoais.

Compreender a utilização dos conteúdos.

Utilizar as diferentes linguagens para expressar-se.

Perceber suas próprias potencialidades.

Referencial teórico

O Atendimento Educacional Especializado que acontece na Sala de Recursos

Multifuncionais é direito de todas as crianças que dele necessitar. É um parceiro da

sala regular tendo como meta a adaptação de materiais e atividades, assim como

um atendimento em grupos menores ou quando necessário individualizado, para que

se possa suprir a necessidade do aluno quanto à adequação de atividades,

utilização de várias linguagens, adaptação de materiais e recursos.

Na Sala de Recursos Multifuncionais o aluno entra em contato com as

habilidades que lhe são importantes para que possa acompanhar a sala regular.

Metodologia

O Atendimento Educacional Especializado utiliza-se de jogos, atividades que

envolvem o lúdico e o concreto para instrumentalizar o aluno para que possa

desenvolver-se na sala regular.

É através de atividades desenvolvidas para cada aluno especificamente,

levando em conta suas possibilidades e habilidades que o professor possibilita a

superação de algumas dificuldades e/ou a substituição e adaptação de materiais e

atividades.

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Descrição da avaliação

A avaliação é feita através do portfólio do aluno e do caderno de registro com

relatórios de cada atendimento. Sempre que necessário o Plano de Atendimento é

revisado e reelaborado, a cada avanço ou a cada adaptação que surge necessária

no decorrer dos atendimentos.

Resultados

Segundo relatos das professoras das salas regulares os alunos têm

avançado. Há também o relato dos pais sobre o desenvolvimento dos alunos nas

atividades pedagógicas, nas atividades da vida diária, na socialização e

independência na realização das atividades. Na Sala de Recursos Multifuncionais

também se percebe o desenvolvimento das suas habilidades, autoestima,

socialização e da capacidade de superar-se e atingir os objetivos propostos.

Considerações finais

O Atendimento Educacional Especializado não possui um fim determinado,

ainda está em processo de implantação e realização. O cotidiano das Salas de

Recursos tem sido de busca e superações, assim como de aprendizado.

Referências bibliográficas

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Brasília : Ministério da

Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza] : Universidade Federal do

Ceará, 2010. V de 1 a 8

Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação. Secretaria da Educação

Fundamental- 3.ed. Brasília: A Secretaria, 2001

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Síntese das Palestras:

1. “As Inquietações sobre o Ensino de Libras par a Futuros Professores”

Professora Teresa Cristina Leança Soares Alves - UF SCAR

Possui graduação em PEDAGOGIA pela Universidade de Sorocaba (1994),

graduação em Habilitação Deficientes da Audiocomunicação pelo Centro

Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (1996), graduação em Habilitação em

Supervisão Escolar pela Universidade de Sorocaba (1998) e mestrado em Educação

pela Universidade de Sorocaba (2005). Atualmente é peb II - educação especial - EE

Monsenhor João Soares na Sala de Recursos para Deficientes Auditivos e Surdos e

professora universitária pela UNISO no componente Língua Brasileira de Sinais e

professora substituta pela Universidade Federal de São Carlos - Câmpus Sorocaba -

Aprovação no Processo Seletivo Simplificado - 052/12 - Sorocaba - Departamento

de Ciências Humanas e Educação - Professor Substituto - Área: Ciências Humanas

e Educação - Sub-área: LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais.Tem experiência na

área de Educação, com ênfase em Educação Especial para Deficientes Auditivos e

Surdos.. Exame de Proficiência em Libras - PROLIBRAS/ 2007. Graduação do curso

Letras-LIBRAS ( Licenciatura) pela Universidade Federal Santa Catarina (2012),

Pólo UNICAMP em Educação à Distância.Voluntária da Associação dos Surdos de

Sorocaba. Síntese

Muitas questões e dúvidas têm surgido com relação à obrigatoriedade do

ensino da Libras nas universidades, devemos abordar os motivos pelos quais essa

disciplina foi imposta aos cursos de licenciatura e à formação de professores.

Será que o gestores e professores conhecem a graduação Letras-Libras?

Constantemente vem sendo discutida a inclusão escolar dos alunos surdos ,

bem como a melhor maneira de realiza-la de forma que o indivíduo tenha seus

direitos assegurados. Afinal, quem é o meu aluno surdo dentro da sala de aula?

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2. “Brincar, pensar e musicalizar: o ensino de música para além da canção.”

Educação Infantil/ Ens. Fundamental 1

Profa. Érica Maldonado Julião - UNIESP

Doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da USP, é Mestre em

Produção, Teoria e Crítica em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (2006).

Possui Graduações em Educação Artística: Licenciatura Plena com habilitação de

musica, pela Faculdade Paulista de Arte (2003) e em Pedagogia, pela Universidade

de Sorocaba (1999). Pós-Graduação em Recursos Humanos e Desenvolvimento

gerencial, também pela UNISO. Atualmente é Coordenadora Pedagógica e

Professora do Curso de Pedagogia da Faculdade de Sorocaba ( UNIESP) ,

Professora de Musicalização do Colégio SER .Membro do NIEPHE ( USP) e do

GPHES da UNIESP Faculdade de Sorocaba. Tem experiência na área de

Educação, com ênfase em Educação musical, atuando principalmente nos seguintes

temas: música, história da música, artes, educação, semiótica.

SÍNTESE:

A palestra visa apontar caminhos para o professor de sala de aula ( o pedagogo)

atuar com a música para além do cantar. Refletindo a partir dos poemas de Vinícius

de Moraes “ A Arca de Noé” e dos discos “ A Arca de Noé 1 e 2”, traz a discussão

sobre como o educador pode levar o aluno a pensar em questões que vão além da

mera repetição musical, ou do uso da música enquanto pano de fundo para outras

disciplinas ou intervalos de aulas. Com a inserção da música como disciplina

obrigatória, mas sem o músico dentro da escola, o professor polivalente vê-se diante

de problemas cotidianos, como utilizar a canção, como oferecer algo que possa

tornar-se significativo para a criança de Educação Infantil ao 3º ano do ensino

fundamental.

A partir das canções de Vinícius de Moraes, a professora aborda o imaginário

infantil, a ludicidade e a relação da música com a criança e seu desenvolvimento.

Esta pesquisa, que tornou-se palestra, foi baseada na semiótica abordada por Luiz

Tatit e defendida como a primeira dissertação de mestrado sobre o tema.

A metodologia da palestra prevê slides com as letras das canções, assim como a

exploração sonora das mesmas ( CDs de Vinícius de Moraes) e a apresentação de

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uma proposta de Projeto para ser trabalhada da Educação Infantil ao 3º ano do

Ensino Fundamental, em suas diferentes faixas etárias, com ideias para

aplicabilidade pelo professor polivalente e não pelo músico.

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3. “Cirandas no Cuidado com o Educador-Cuidador”

Profª Dulcineia de Fátima Ferreira Pereira e Profª Adriana Rosmaninho Caldeira

de Oliveira - UFSCAR

Síntese

Temos vivido um período de grandes turbulências. A competitividade do

mercado, a violência, o medo do desconhecido afastam as pessoas, silenciam as

palavras, estancam os movimentos. A falta de cuidado, de zelo pelas coisas simples

da vida, tem gerado um sentimento de impotência. Nunca foi tão contrastante a

distância entre a evolução tecnológica e as condições concretas para a melhoria da

vida, principalmente nas escolas.

Hoje, na educação, nos deparamos com desafios antes inexistentes. A

desvalorização do humano, como consequência da política neoliberal, alcançou

espaços jamais imaginados e tem causado muita dor e sofrimento na vida das

pessoas que cotidianamente convivem nos espaços escolares.

Não tem sido fácil viver neste mundo marcado por tamanhas discrepâncias.

Nós educadores somos afetados pela forma como a sociedade se organiza e

acabamos com a sensação de que vivemos numa corda bamba, é preciso ter jogo

de cintura para nos equilibrarmos neste contexto social de desvalorização do

humano. Neste cenário o papel do educador ganha uma nova dimensão: a

dimensão do cuidado. Entendemos que a educação é um espaço de encontros

humanos e que estes encontros carregam uma potência criadora e reinventora do

modo como temos vivido na escola.

Por trás dos muros das escolas muitas pessoas estão adoecendo por

conviverem com tanto descaso e descuido. Mas... se a educação é uma

possibilidade de cuidado, de encontros humanos, porque nos prendemos aos

desencontros, conflitos, disputas de poder... Porque os profissionais da educação

estão sendo acometidos pela síndrome de burnout? O que será que está doendo?

Estas perguntas começaram a nos rodear... e no decorre de alguns anos de

vivências, observações, estudos, algumas pistas foram aparecendo... Os

educadores - cuidadores, durante anos, dedicam tempo de suas vidas cuidando dos

outros, com o passar do tempo sentem na “carne” marcas do descaso das políticas

públicas.

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Inconformadas com este contexto de sofrimento e sabendo que curamos nossas

dores cuidando da dor do outro, desenvolvemos um trabalho que coloca em pauta a

necessidade do cuidar do cuidador na educação. A partir do princípio do cuidado

temos trabalhado com educadores. Organizamos um projeto de extensão: A gestão

escolar a partir do princípio do cuidado, e muitos aceitaram o convite.

Desejávamos que gestores–educadores - cuidadores, se reconhecessem

como humanos que necessitam de cuidado e que se permitissem serem cuidados,

vivenciando a experiência “do cuidar de si”.

Movidos pelas danças circulares, vivências dialógicas, escuta sensível,

durante cinco encontros intensos cuidando do cuidador pudemos nos deparar com

surpresas...

E agora desejamos compartilhar neste Encontro – Congresso nossas experiências.

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4. "Como Educar o Profissional do Futuro"

Prof. Ms. José Maurício Dell’Osso Cordeiro - UNIP

Graduado em Administração; Pós-graduado pela FGV e pela USP; MBA pela USP;

Mestre em Educação pela UNISO; Aposentado do Banco do Brasil; Professor

universitário da UNIP e de cursos de Pós-Graduação no SENAC e na FACENS;

Professor Orientador da JUNIP – Empresa Junior de Consultoria da UNIP; Juiz do

PSGP - Prêmio Sorocaba de Gestão Pública;

SÍNTESE:

Quais serão as profissões do futuro? Algumas possibilidades: Cuidadores

de Idosos, Agrônomo Vertical, Engenheiros de Órgãos Humanos, Engenheiro de

Clima Controlado em Locais Fechados, Pilotos de Naves Interplanetárias,

Nanomédicos, Inspetores Forenses Digitais de Cibercrimes, Gestores de Resíduo,

etc..

A Carta da Cidade Educadora traz em seu princípio 15: A cidade deverá

oferecer aos seus habitantes a possibilidade de ocuparem um lugar na sociedade,

(...) No domínio específico das relações escola-trabalho, é preciso assinalar a

relação estreita que se deverá estabelecer entre o planejamento educativo e as

necessidades do mercado de trabalho . Para este efeito, as cidades deverão

definir estratégias de formação que tenham em conta a procura social (...)”

Esta palestra pretende fazer uma reflexão sobre como acreditamos possa ser

a demanda por profissionais no futuro, bem como percebermos a sinergia que já se

observa entre as diversas áreas de conhecimento. Um bom exemplo dessa sinergia

entre áreas é o desenvolvimento de órgãos artificiais, que exigem conhecimentos

das áreas de engenharia e biologia, entre outras. Sabemos que o mercado hoje já

procura por profissionais que tenham competências especiais de flexibilidade,

facilidade de adaptação, conhecimento de outras línguas, empreendedorismo, e

isso só já é muito difícil de desenvolver nos jovens de hoje. Mais do que isso, todos

procuram hoje um “significado” para o trabalho; como criar esses significados? Uma

coisa já sabemos: o mais importante será “nunca” parar de estudar...

Vamos refletir sobre: Como podemos preparar nossos alunos para essa

fusão entre as diversas áreas do conhecimento human o (como ciência,

tecnologia, sociologia, filosofia e arte)?... Quais competências e Como

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desenvolver essas competências para os jovens das g erações “X”, “Y”, “Z” e

“Milenium” ?. E os professores? Como capacitar os atuais professo res para

esse novo desafio?

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5. “Comunicação Matemática e Educação para a Cidadania : fundamentos

para uma prática educativa escolar voltada para o d esenvolvimento de

habilidades cotidianas.”

Profª Drª Bárbara C. M. Sicardi Nakayama – Departam ento de Ciências

Humanas e Educação – DCHE UFSCar Sorocaba.

Graduação em Pedagogia e Mestrado em Educação na área de Metodologia de

Ensino e Formação de Professores pela UFSCar.

Doutorado em Educação na área de Educação Matemática pela UNICAMP.

Experiência na área da Educação Superior, em cursos de graduação e

especialização Lato-Sensu presenciais e a distância com ênfase em Didática,

Metodologia e Prática de Ensino e Educação Matemática.

Atualmente é professora na UFSCar – Campus Sorocaba, atuando nos cursos de

Licenciatura e Mestrado em Educação. Conduz disciplinas e pesquisas ligadas a

temática da formação de professores, metodologias e práticas educativas. Lidera os

trabalhos do grupo de pesquisa “Narrativas, formação e trabalho docente” e realiza

ações extensionistas de formação inicial e continuada com professores que ensinam

matemática na Educação Básica.

SÍNTESE:

A palestra propõe uma reflexão sobre a abordagem de Resolução de

Problemas e sua relação coma a capacidade de comunicar-se matematicamente

como forma de exercício da cidadania. Ênfase na importância da produção dos

diferentes tipos de registro nas aulas de matemática e sua relação com o

desenvolvimento de capacidades metacognitivas. Análise de atividades que

incentivem a exploração de uma grande variedade de ideias matemáticas, não

apenas numéricas, mas também aquelas relativas à geometria, às medidas e às

noções de estatística de forma que as crianças desenvolvam e conservem com

prazer uma curiosidade acerca da matemática, adquirindo diferentes formas de

perceber e comunicar-se com a realidade.

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6. “DO IMPRESSO AO DIGITAL, DO VERBAL AO VISUAL”

Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes - UNISO

Programa de Pós-Graduação em Educação

Linha de Pesquisa: educação, linguagem e tecnologia

Universidade de Sorocaba

SÍNTESE:

A palestra discutirá, por meio de reflexões teóricas e de exemplos práticos,

extraídos de experiências em sala de aula, os contextos de produção, circulação e

recepção de gêneros textuais e discursivos, impressos e digitais, verbais e verbo-

visuais - inclusive os menos valorizados ou considerados de menor prestígio -

globais e locais, que recobrem contextos sociais diversos: família, igreja, trabalho,

mídia, lazer, escola, etc. Parte-se do referencial teórico dos multiletramentos, ou

seja, de práticas de uso das linguagens verbal, visual, espacial, gestual e sonora em

contextos de pluralidade e de diversidade cultural constitutiva dos sujeitos A

pedagogia dos multiletramentos propõe práticas situadas, que façam parte dos

interesses, repertórios e modos de vida dos alunos, dentro de um enquadre crítico,

por meio de práticas transformadoras, que possibilitem usos da escrita de maneira

ética, crítica e democrática. (Rojo, 2009; GNL 2006). Espera-se abrir um amplo

espaço para discussão e para trocas de experiências e de visões dos presentes no

evento, sobre as relações da escrita na sociedade, particularmente, no contexto

escolar.

Palavras-chave: multiletramentos; gêneros textuais, gêneros discursivos, educação.

Referências:

COPE, B.; KALANTZIS, M. (orgs.) Multiliteracies – Literacy Learning and the

Design of Social Futures. New York: Routledge, 2006.

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7. “Educação Escolar Pública, entre o velho e o nov o: aprendizagem para

todos, avaliação em processo, gestão para resultado s, ensino integral,

inclusão, família.”

Educação Infantil/ Ens. Fundamental I

Prof. Marco Aurelio Bugni - UNIESP

Doutorando em Educação pela Universidade de Sorocaba, é Mestre em

Educação pela Universidade de Sorocaba (2007). Possui formação em Pedagogia

Waldorf, Especialização em Gestão Pública pela USP (2010), Graduação em

Educação Física. Atualmente é Dirigente Regional de Ensino – Secretaria Estadual

de Educação – Diretoria de Sorocaba e Professor Efetivo do Curso de Pedagogia da

Faculdade de Sorocaba (UNIESP), nas disciplinas de Avaliação e Gestão

Educacional em Ambientes não Escolares. Tem experiência na área de Educação,

com ênfase em Gestão Escolar, atuando nos seguintes temas: aluno, escola,

avaliação e gestão escolar.

SÍNTESE:

Baseado no conceito de sensibilidade histórica, discutido por Paulo Freire, a

palestra caminha pelos desafios colocados aos educadores no convívio diário com

os alunos. A passagem de uma educação, que tinha como premissa básica a

seleção dos alunos mais aptos e cunhou seus métodos (avaliativos principalmente)

para cumprir esse objetivo, para uma educação que atenda toda a população nas

condições de trabalho postas atualmente é o grande desafio a ser superado.

Discutindo as relações dos professores com os alunos, amparado pelas

características do nosso tempo histórico pessoal, familiar, religioso e ético, o objetivo

é a ampliação da perspectiva de atuação do professor na busca pela pedagogia da

tolerância, entendida como uma virtude da convivência humana.

A metodologia envolve a participação ativa dos envolvidos, no que Paulo Freire

denominava como “círculo da cultura”, procurando desenvolver a discussão sobre as

metodologias de aprendizagem como horizonte de uma escola que atenda a todos,

inclusive os professores.

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8. “Ensinando com o Computador: Como Utilizar a Tec nologia para

Sensibilizar o Aluno sobre a Importância da sua Dis ciplina”

João Carlos Teixeira dos Santos - FATEC

Bacharel em Matemática pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e

especialista em Tecnologia da Educação e acumula alguns anos de experiência no

ensino superior. É autor de diversos livros didáticos pela Editora Página 10

(www.pagina10.com.br). Ao longo dos anos, tem desenvolvido diversas ferramentas

em Tecnologia da Educação.

Motivação

A maioria de nós, professores, nos deparamos com o enorme problema da

falta de interesse do aluno em aprender com o método tradicional de aulas

expositivas. Estas aulas utilizam apenas os recursos com os quais nos apaixonamos

pelo ofício há 10, 20, 30 ou mais anos. Gostaríamos muito de despertar em nossos

alunos aquele entusiasmo que nos tomava quando algum conhecimento novo nos

era passado por algum de nossos professores preferidos. Porém, hoje o computador

e, sobretudo, a Web, alterou significativamente a relação professor-aluno. O primeiro

não é visto mais como a única fonte do saber, já que o Google poderá indicar o

caminho para se adquirir informação sobre praticamente tudo. E agora? Como

faremos para ensinar de modo efetivo o conteúdo das nossas disciplinas? Como

ministrar aulas com a atenção dos nossos alunos, com o envolvimento emocional e

despertar o interesse em aprender independentemente de provas, cobranças e

outros tipos de recursos baseados no medo?

A palestra

A palestra tem como objetivo demonstrar algumas formas de se usar o

computador e a Web na prática de ensino presencial e se baseia na experiência de

trabalho com os alunos no laboratório de informática. Exemplos:

a) utilização do Excel para criar planilhas de exercícios para disciplinas quantitativas

e qualitativas.

b) criação de quizzes com perguntas interativas para fixação de conceitos;

c) links para sites em que o aluno poderá aprofundar seus estudos;

d) vídeos selecionados no Youtube para a compreensão de conceitos;

e) utilização de softwares educacionais diversos;

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f) apresentar o site www.equestions.com.br de sua autoria: um espaço que tem a

opção de centralizar as ferramentas educacionais apresentadas, bem como oferecer

aos alunos informações sobre frequências, notas, objetivos, bibliografia e

comunicação envolvendo os alunos e o professor;

g) finalmente, propor um treinamento aos interessados com o objetivo de aprofundar

os temas expostos na palestra, capacitando-os para utilizar na prática.

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9. “ESCOLA NO BRASIL: ENTRE INICIATIVAS GOVERNAMENT AIS E

ENCAMINHAMENTOS PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA”

Prof. Paulo Gomes Lima - UFSCAR

Síntese

A ideia de política educacional no Brasil e gestão da educação

sob o enfoque democrático têm impactado significativamente os saberes

e fazeres da escola como um todo, mas em especial a de Educação

Básica, que na primeira década do século XXI foi objeto de arranjos

quanto à sua estrutura e funcionamento, incluídas ai as modificação

quanto à ampliação de escolaridade, avaliação da qualidade do ensino

ofertado, dentre outros. Entendendo a educação como objeto processual

que demanda forte e consciente desdobramento político, o presente

trabalho problematiza os contrapontos dessas modificações que não

devem simplesmente ser contempladas na pauta do dia sem o devido olhar

crítico que solicita maior articulação com a gestão das redes

educacionais (quando for o caso), gestão da escola e gestão da sala de

aula.

Palavras-chave: política e gestão da educação, escola no Brasil,

gestão democrática.

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10. “Projeto Social, Redes Sociais: um espaço para o desenvolvimento da

comunicação e expressão”

1º, 2º e 3° ano – Ensino Médio

Profª Ms Patrícia Glaucia Moreno - UNIESP

Possui graduação em Letras pela Fundação Dom Aguirre (1993), graduação em

Administração pela Uniso (1998), MBA em Gestão Empresarial de Negócios pela

Fundação Getúlio Vargas (2000), pós-graduada em Gestão Escolar pela

IEC/Universidade Nova Guaçu (2008) e. Mestra em Gestão de Pessoas pela

Universidade Metodista de São Paulo (2011), cuja linha de pesquisa é a formação

de Redes Sociais. Atualmente é coordenadora e docente do curso de

administração da Faculdade Integração Tietê, docente do curso de Administração

da Faculdade de Ciências Contábeis de Itapetininga, docente do curso de

Pedagogia da UNIESP Sorocaba e professora de língua portuguesa pelo Estado de

São Paulo (2006). Tem experiência em mediação escolar, educação e sistema

financeiro.

Lócus da pesquisa: ONGs: Espaço Amigo (Laranjal Paulista), Pastoral da

Sobriedade (Cerquilho) e Corelpa (Laranjal Paulista)

SÍNTESE:

O Projeto Redes Sociais: um espaço para a práxis cidadã foi um trabalho realizado

com os discentes do quarto semestre do curso de Administração de uma Faculdade

do Interior do Estado de São Paulo (período noturno) no decorrer do segundo

semestre de 2010. A Rede Social é um lugar privilegiado para o diálogo com a

sociedade, como forma dos futuros profissionais desenvolverem o comprometimento

com a sociedade. A questão central a que este trabalho remete é apresentar Redes

Sociais como uma metodologia qualitativa de ensino que pode ser utilizada em

grupos de alunos para o desenvolvimento da comunicação e expressão, por meio da

inserção numa práxis cidadã. Por meio da análise das redes sociais é possível

estudar o posicionamento estrutural e a intensidade do relacionamento entre os

atores, e verificar como ocorre o desenvolvimento de competências e habilidades.

Pode-se perceber que relações densas e coesas nas redes estudadas têm maiores

possibilidades de promover a difusão de conhecimentos entre os atores. As

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conclusões da pesquisa revelam que a inserção de alunos em práticas cidadãs pode

promover o desenvolvimento de competências e habilidades exigidas de um

profissional de Administração.

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11. “Repensando o Cotidiano Escola com Michel de Ce rteau”

Prof. Ivanilson Bezerra da Silva - UNIESP

Síntese

O cotidiano escolar é formado por uma dinâmica muito ampla. As tensões

presentes no dia a dia do professor pode levá-lo a uma profunda desmotivação em

relação a sua prática docente. Utilizando o conceito de tática de Certeau, sugiro

ressignificar a prática docente como uma estratégia de superação das ideologias que

condicionan e ritualizam o cotidiano escolar de tal forma, que a criatividade e o

pensamento crítico deixam de ser pensado como parte do processo de ensino-

aprendizagem. Pretendo pensar o professor como alguém capaz de recriar não

somente sua prática docente, mas também o cotidiano escolar. Neste sentido,

distanciamos das teorias reprodutivistas que afirmam que a escola apenas reproduz

as desigualdades sociais, econômicas e políticas. Ela pode ser um espaço em que os

professores dominem a arte de construir conhecimento criativo e reflexivo.

O professor é um intelectual capaz de inventar seu cotidiano. A arte de

reinventar o cotidiano está na tática, habilidade pela qual o professor reorganiza sua

prática, repensa seus saberes e recria o conhecimento.