Anais - 6cbeu.ufpa.br de Conversa/Cultura.pdf · 1º ano do Ensino Médio do Centro de Ensino ......
Transcript of Anais - 6cbeu.ufpa.br de Conversa/Cultura.pdf · 1º ano do Ensino Médio do Centro de Ensino ......
A revisão lingüística e ortográfica, assim como o enquadramento às regras da ABNT é de responsabilidade dos autores e coautores.
ISBN 978-85-63728-28-9
As dificuldades da Extensão na UFG – Regional Cidade de Goiás
A dimensão extensão na UFG é bastante ampla, a resolução que a rege abre inúmeras
possibilidades para o entendimento de o que é extensão, contudo, transfere o poder de
decisão aos conselhos diretores das unidades, que devem discutir e votar o entendimento das
ações como extensão ou não em cada projeto. Por sua vez, o conselho diretor das unidades se
omite em grande parte, pois a intensão é que se faça extensão, não coibindo ou impondo
critérios qualitativos para que ela aconteça. De maneira geral isto ocorre na universidade em
todos os campos, não ficando claro nas ações avaliativas quais ações seria realmente uma
interação universidade – comunidade, conceito entendido aqui como extensão. Além destes,
outros problemas são encontrados na regional Goiás que é um pequeno campus do interior
que é acometido pelos diversos males que são sucumbidos os campi interioranos em todo o
país. O nosso agravante: ser localizado próximo a capital (135 km de Goiânia); onde reside
grande parte dos professores que lecionam no campus. Este problema é principal, pois as
atividades de extensão exercidas pelos professores normalmente correlacionam outras
instituições, cidades e a população beneficiada não é os cidadãos locais. Trago para a roda de
conversa anseios de oque pode ser feito para melhorar este quadro, trazendo os docentes
para atuarem no município e ainda assim aumente circunstancialmente o número e a
qualidade da extensão desenvolvida no campus.
A ESCOLA NO UNIVERSO DA ARTE DO FAZ DE CONTA
Área temática: Educação/Cultura
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Nome dos autores: Domingos Alves de Almeida1; Francisca Kássia da Silva dos Santos
2
Orientadora: Herli de Sousa Carvalho3
RESUMO
O Projeto “A Escola no Universo da Arte do Faz de Conta”, trabalhado com alunos do
1º ano do Ensino Médio do Centro de Ensino Urbano Rocha de Imperatriz - MA, no
período de agosto a dezembro de 2013, teve como objetivos: incentivar o
reconhecimento, a valorização e o respeito da ação artística para a diversidade cultural;
despertar o gosto para a prática artística do teatro no ambiente escolar; estimular a
relação de proximidade do aluno com a escola; incentivar o espírito coletivo, o respeito
e a socialização com os colegas; possibilitar as aprendizagens das práticas teatrais, bem
como promover uma Mostra de Artes Cênicas (Marcas) na escola para apresentar os
trabalhos elaborados no decorrer das ações de extensão. Objetivos entendidos como
relevantes para o desenvolvimento cultural e aprendizagem cognitiva de alunos e alunas
da instituição. Trabalhou-se com aulas expositivas, exercícios lúdicos de interação e de
dublagem, cantigas de roda, interpretação de textos teatrais e não teatrais. O Projeto foi
desenvolvido em parceria com as professoras das disciplinas de Arte e Sociologia, com
militantes do Centro de Cultura Negra Negro Cosme e o Instituto de Cultura e Artes
Sotaque de Imperatriz. Portanto, concluiu-se que o projeto “A Escola no Universo da
Arte do Faz de Conta” colaborou para que o teatro se tornasse uma ferramenta de
colaboração ao trabalho pedagógico dos professores e de aprendizagens dos alunos e
alunas da escola, alcançando, portanto os objetivos propostos.
1 Acadêmico de Graduação do 6º semestre do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do
Maranhão, Centro de Ciências Sociais Saúde e Tecnologia – CCSST/UFMA de Imperatriz. Membro do Grupo de
Pesquisa: Memórias, Diversidades e Identidades Culturais. Grupo de Pesquisa de Mídia Jornalística (G. Mídia).
Pesquisador e Extensionista do Projeto Alcântara Maranhão - ALMA. Ator e Diretor de Teatro, e-mail:
2 Acadêmica de Graduação do 6º semestre do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do
Maranhão - CCSST/UFMA de Imperatriz. Membro do Grupo de Pesquisa: Memórias, Diversidades e Identidades
Culturais e Pesquisadora e Extensionista do Projeto ALMA E-mail: [email protected]
3 Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é Professora Assistente
no Curso de Pedagogia, da Universidade Federal do Maranhão do CCSST/UFMA. Coordenadora do Grupo de
Pesquisa: Memórias, Diversidades e Identidades Culturais e do Projeto ALMA. E-mail: [email protected]
Objetiva-se relatar, por meio de um videodocumentário, a experiência “Guisado
no campo” realizada pelo Grupo Universitário Interdisciplinar e Itinerante pela
promoção da Segurança Alimentar e Nutricional em parceria com
Adolescentes, o Guisado, na zona rural de Poço Fundo-MG, junto a integrantes
de uma cooperativa de agricultores familiares. Inovando na abordagem de
aspectos relacionados à alimentação, em diversas de suas dimensões (política,
cultural, afetiva), foram propostas algumas vivências lúdicas, valorizando
elementos subjetivos e estético-simbólicos como: construção do “logovivo”
(reprodução do logotipo do grupo, em perspectiva ampliada e tridimensional,
utilizando artefatos artesanais e intervenções teatrais); produção de painel em
resposta à faixa-provocação: “Ei você, que vê e sente: o que alimenta seu
corpo e sua mente?”; preparação do guisado-comida pelo/as “guisadeiro/as” e
cozinheiro/as da comunidade, seguida do compartilhamento da refeição
(vivência da comensalidade); intervenções musicais ao longo do dia,
culminando, espontaneamente, numa “Roda de Viola”, com integrantes do
Guisado e da comunidade local. O documentário suscita - por meio da fala de
diversas pessoas que vivenciaram a experiência, bem como de fotografias e
vídeos produzidos no dia – a discussão acerca de metodologias adotadas na
Extensão Universitária e seu potencial de propiciar real integração entre o
saber popular e o acadêmico, favorecendo o desenvolvimento tanto individual
quanto social.
¹ Graduanda do curso de Geografia da Universidade Federal do Tocantins – UFT, campus Porto Nacional,
TO, [email protected] ² Professora Adjunta do Curso de Geografia da UFT de Porto Nacional, Geógrafa formada pela
Universidade de Pelotas (1997) com mestrado (2001) e doutorado (2005) em Geografia pela UNESP de
Rio Claro. Coordenadora do Núcleo de Estudos Urbanos e das Cidades- NEUCIDADES. Desenvolve
pesquisas e atua prioritariamente nas áreas de lazer, turismo e patrimônio histórico e cultural. Email:
Percurso Cultural em Porto Nacional, TO.
Alline Lemos Lira ¹
Rosane Balsan²
Porto Nacional tem 152 anos de emancipação político-administrativo e 275 anos de
história, localizada a 60 km de Palmas, capital do estado do Tocantins, norte do Brasil.
A cidade é considerada o berço da cultura e o centro histórico foi tombado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2008, com aproximadamente 250
edificações no polígono de tombamento. A área delimitada apesar de conter um símbolo
de referência, a Catedral Nossa Senhora das Mercês, encontram-se casarios, edificações
de acuidade para a preservação da história e da identidade. A cidade se desenvolveu
principalmente com uma população ribeirinha às margens do rio Tocantins, onde hoje
está o reservatório da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães. O objetivo é
apresentar os resultados do projeto integrado de pesquisa e extensão da Universidade
Federal do Tocantins, intitulado: “Percurso histórico através do patrimônio tombado de
Porto Nacional-TO”. O Percurso Cultural que está sendo gestado, se justifica diante da
incipiência de pesquisas e guias locais. A metodologia usada foi o levantamento das
edificações e a partir delas o planejamento do trajeto agregando informações culturais,
históricas e geográficas. O Percurso Cultural foi pré testado com dois grupos de alunos
do ensino superior, dos cursos de Geografia da Universidade Federal de Goiás e, da
Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins, sendo os resultados e as avaliações
positivas e descritas no relatório deste projeto.
Realização de grandes festivais de arte e cultura
A realização de grandes festivais de arte e cultura no âmbito da extensão universitária
ocupa um importante espaço acadêmico, político e administrativo, apresentando diversas possibilidades de ação e desafios para as Instituições Públicas de Ensino Superior que realizam tais eventos. A presente proposta de Roda de Conversa consiste
no aprofundamento de aspectos fundamentais para a realização de festivais dessa natureza, tais como: a) a construção coletiva e a participação das comunidades interna e
externa; b) a negociação com municípios, órgãos públicos e parceiros; c) os mecanismos de captação e gestão de recursos públicos e privados; d) a submissão de propostas em leis de incentivo e fundos de cultura; e) a execução orçamentária; f) a
capacitação técnica de gestores; e g) a contratação de infraestrutura e serviços, e compra de materiais e insumos. Na medida em que esses aspectos forem apresentados, o
Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei será tomado como ponto de partida para ilustrá- los, criando a possibilidade de aprofundamento dos debates através do contraste entre as metodologias e medidas adotadas por gestores de festivais
das diferentes instituições presentes. Dessa forma, soluções conjuntas poderão ser divisadas, bem como a construção de parcerias e o fortalecimento do potencial de
criação de redes colaborativas e sustentáveis. A troca de experiências advinda do debate poderá fortalecer e fundamentar o trabalho da extensão universitária, indicando caminhos criativos e estratégicos para as comunidades impactadas pelas ações.
1
Rodas de Conversas: Interconectando Saberes na Baixada Fluminense.
Responsável pelo Trabalho: Giselle Florentino
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - Instituto Multidisciplinar (UFRRJ-IM)
Autores: Ariane Lopes1, Fayla Menezes
2 e Giselle Florentino
3
Introdução:
A Roda de Conversa Interconectando Saberes é fruto do trabalho coletivo do Grupo
PET/Conexões de Saberes: Dialogando e Interagindo com Múltiplas Realidades e Saberes na
Baixada Fluminense/RJ no âmbito do Instituto Multidisciplinar, Campus Nova Iguaçu da
UFRRJ, desde o ano de 2011 quando o grupo iniciou suas atividades. Com o objetivo de
propor o diálogo entre o conhecimento acadêmico e não-acadêmico, promovendo a interação
de distintos saberes em relação à produção de cultura e conhecimento, criando um ambiente
multidisciplinar que propicia a observação e a discussão de diversas formas do saber.
Os encontros do Roda de Conversa se iniciaram em 2011, convidando diferentes atores sociais
e culturais na região da Baixada Fluminense, representantes de vários campos de atuação das
práticas culturais: artes, músicas, literaturas, dança, entre outros. A RC é realizada
quinzenalmente, em formato um bate-papo, apresentação cultural ou a transmissão de
experiências bem sucedidas, costruindo um um espaço de diálogo e descoberta entre os
distintos saberes locais e acadêmicos.
A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em Nova Iguaçu vem atuando, no sentido de
reduzir esses elevados índices de desigualdades. O Instituto Multidisciplinar foi implantado
em 2006 com objetivo de promover a formação acadêmica com qualidade mediante as
atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para a diminuição do fosso das
desigualdades sociais, particularmente, educacionais na região da Baixada Fluminense como
um todo.
O Grupo Pet-Conexões de SaberesIM_Baixada foi criado em 2010, constituído por estudantes
de vários cursos de graduação. As atividades do grupo visam contribuir para a formação
acadêmica e cidadã dos estudantes de origem popular e de baixa renda da UFRRJ-IM, com a
finalidade de fortalecer a permanência desses estudantes no ensino superior, oportunizando-
lhes vivências de ensino, pesquisa e extensão, direcionadas para uma formação cultural ampla
1 Discente do curso de Pedagogia na UFRRJ-IM e integrante do PetConexõesIM_Baixada.
2 Discente do curso de Ciências Econômicas na UFRRJ-IM e integrante PetConexõesIM_Baixada.
3 Discente do curso de Ciências Econômicas na UFRRJ-IM e integrante PetConexõesIM_Baixada.
2
e que articule competências acadêmicas e compromisso social.
As Rodas de Conversas se concentraram nas histórias e trajetórias dos protagonistas principais
do mundo do samba, os compositores, em particular os oriundos da cidade de Nova Iguaçu.
Como resultado, foi elaborado o livro intitulado Frutos da Terra: sambas e compositores
iguaçuanos com a finalidade de registrar a história e a trajetória musical desses protagonistas e
com isso resgatar a memória da cultura afro-brasileira na região, culminando em um resgate a
identidade e a relação do samba na construção história e cultural na Baixada Fluminense.
Material e Metodologia
As Rodas de Conversa (RC) são sempre realizadas no Instituto Multidisciplinar da UFRRJ, em
que o principal foco é buscar o livre diálogo entre os convidados e o público presente. Sendo
os próprios alunos membros do grupo PetConexõesIM_Baixada responsáveis pela escolha do
convidado que irá se apresentar no encontro.
A forma no qual o grupo escolhe tal convidado é a partir da observação das principais
características e atividades dos atores sociais, relacionando-os sempre as questões culturais e
socio-políticas da região. O que marca o início da RC é a apresentação feita por um petiano ao
público sobre a proposta da atividade bem como sobre o perfil histórico do convidado. Por
conseguinte, o próprio convidado inicia sua fala, apresentando sua história, trajetória de vida e
atividades realizadas, de acordo com a temática exposta e por fim, o debate é aberto ao
público, para que estes façam perguntas, reflexões e ponderações.
A temática das rodas de conversa giram em torno da Baixada Fluminense e são realizadas
pelo grupo desde 2011, com escritores\poetas, da produção cultural, vários compositores e
sambistas da região.Ademais, os encontros com os personagens do mundo do Samba na
Baixada Fluminense proporcionaram um vasto material de audio-visual, onde estão
documentados as trajetórias de vida deste sambista, experiências bem sucedidas de na área de
artes com diferentes linguagens artísticas e culturais e também, o compromisso com o resgate
da história da região através da memória e identidade do povo negro, com foco na cultura do
samba em diferente dimensões.
A reunião deste material proporcionou a criação do livro Frutos da Terra - Sambas e
Compositores Iguaçuanos, que contou com o apoio do Laboratório de Estudos Afro-brasileiros
e Indígenas (Leafro) e o grupo Trem da Harmonia Destino Baixada 4.O livro é o produto da
soma de esforços do grupo PET-ConexõesIM_Baixada com outros parceiros culturais com o
objetivo de reconhecimento da importância da contribuição do negro e da sua cultura na
4 Uma entidade sem fins lucrativos, de caráter social e cultural criada em 2005 por sambistas na
Baixada Fluminense. Para mais informações ver Fernandes e Inácio (2013).
3
formação da sociedade brasileira e a constução da identidade cultural e a preservação da
memória da cultura afro-brasileira através da história do Samba na Baixada Fluminense. A
forma escolhida pela grupo para documentar as conversas é através de equipamentos de audio-
visual, como filmagem, gravações e imagens, sendo o esse material digital capturado
autorizado pelo convidado, via assinatura de termo de autorização para divulgação do
material.
Resultados e Discussões
A Roda de Conversa é uma atividade permanente que procurar atingir o maior número de
pessoas possíveis, seja o público interno da Universidade como a comunidade externa. Os
convidados que apresentam suas atividades, trajetória de vida ou transmissão de
experiências bem sucedidas são oriundos de terreiros, rodas de sambas, saraus, companhia de
danças, Organizações não Governamentais (ONG), representantes de comunidades
quilombolas e índigenas e em qualquer outro lugar no qual se “transpira e inspira” as culturas
formadoras da identidade da Baixada Fluminense.
A Roda de Conversas, deve ser observada com um ambiente de meio de troca e disseminação
de diversos saberes, que contribuem para a ampliação do olhar e o aprofundamento do
conhecimento sobre a Baixada Fluminense, aproximando mundos distantes e fortalecendo o
campo da extensão universitária. Em médio o público que comparece a cada edição da RC é
de 45 pessoas, quase a capacidade total de pessoas que as salas de aulas suportam. Sendo o
público alvo constituído por alunos da rede pública de ensino estadual e municipal, ativistas
sociais, representantes de instituições culturais, integrantes de comunidades quilombolas e
índigenas, bem como, os alunos, técnicos e discentes da própria Universidade.
A variedade de foco abordando a Baixada Fluminense nas Rodas de Conversas despertou o
interesse desse público mostrando a importância do resgate da identidade dos moradores da
região e fortalecento sua auto-estima através do conhecimento e disseminação dos aspectos
históricos e culturais da localidade onde vivem.Com a com a finalidade de registrar a relação
do Samba com construção da identidade cultural e a preservação da memória da cultura afro-
brasileira através da história do Samba na Baixada Fluminense foram realizadas inúmeros
encontros nas Rodas de Conversas ao longo de 2 anos com personagens do mundo do samba,
compositores, jornalistas, passistas, baianas e sambistas, entre outros parceiros. Com a reunião
do material audio-visual retirado desses encontros, surgiu a iniciativa de unir e sintetizar toda
essa produção em um livro, surgindo então o Frutos da Terra, que é resultado do ambiente de
trocas de saberes que a RC proporciona.
Segundo Fernandes e Silva (2013), o livro simboliza o encontro, a troca e a articulação entre a
Universidade (UFRRJ) e os movimentos sociais, especificamente os que promovem a cultura
afro-brasileira através do samba. No contexto no campos da educação e cultura, este livro
4
contribui para o reconhecimento da importância da contribuição do negro e da sua cultura na
formação da sociedade brasileira. Mais ainda, contribui para a valorizar e salvaguardar esta
grande riqueza da cultura nacional que é o Samba, bem como sua importância na construção
história e cultural na Baixada Fluminense.
Conclusões
Os encontro da Rodas de Conversa se estabelecem como um meio de troca e disseminação de
diversos saberes, contribuem para a ampliação do olhar e o aprofundamento do conhecimento
sobre a Baixada Fluminense, aproximando mundos distantes e fortalecendo o campo da
extensão universitária. Promovendo a interação de distintos saberes em relação à produção de
cultura e conhecimento, criando um ambiente multidisciplinar que propicia a observação e a
discussão de diversas formas do saber. Abordando a temática do Samba e o convite com
inúmeros personagens que são protagonistas do universo sambista da Baixada Fluminense, foi
produzido um livro como resultado do material recolhido nas Rodas de Conversas, sendo
publicado o Frutos da Terra - Sambas e Compositores Iguaçuanos, que registra a relação do
Samba com constução da identidade cultural e a preservação da memória da cultura afro-
brasileira através da história do Samba na Baixada Fluminense,cooperando para o
reconhecimento da importância da contribuição do negro e da sua cultura na formação da
sociedade brasileira.
Fonte: Elaboração Própria.
Referências
FERNANDES, Otair (Org.) ; SILVA, E. I. S. E. (Org.) . Frutos da Terra: sambas e
compositores iguaçuanos. 01. ed. Rio de Janeiro: UFRRJ/Evangraf, 2013. v. 01. 120p .
Coral UFCSPA: uma abordagem inclusiva
O Coral da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre iniciou
sua atividade em 2012, a partir da realização de concurso público para a vaga de
regente, e é uma atividade de extensão aberta também ao público externo. Desde então,
vem adotando uma abordagem inclusiva:
1. Entrevista, não seleção. Não há o famoso “teste”, mas uma entrevista para
classificação vocal, identificação de dificuldades, etc.
2. Solidariedade. Os experientes contribuem com os inexperientes.
3. Repertório semestral. A cada semestre, novo repertório é escolhido. Evita-se a
situação em que veteranos já dominam o repertório e os novatos, não.
4. Horários Flexíveis. São oferecidos cinco horários de ensaio semanais, em
diferentes turnos. O participante pode escolher o horário mais conveniente,
desde que ensaie pelo menos uma vez por semana.
5. Gravações. São disponibilizadas para estudo complementar.
O grupo conta com 120 participantes, de todas as idades e graus de experiência
musical (inclusive “desafinados”). A abordagem inclusiva vem se provando bem
sucedida na promoção de uma cultura de diálogo e respeito à diferença. O grupo realiza
apresentações em eventos da UFCSPA e também a convite da comunidade externa; é
realizado um espetáculo semestral, com o trabalho do período. Atualmente, está em
elaboração “Luz, Câmera... Canção!”, inspirado pelo cinema.
Marcelo Rabello – Regente do Coral UFCSPA
O projeto da Escadaria da Rua Sete Povos foi desenvolvido pelo Escritório
Modelo Albano Volkmer (EMAV), através de ação extensionista, junto à Associação de
Amigos e Moradores do Jardim Universitário (AAMJU), no município de Viamão-RS, ao
Núcleo de Estudos de Geografia e Ambiente (NEGA), ao movimento Levante Popular da
Juventude e à Associação dos Geógrafos Brasileiros seção Porto Alegre.
A demanda de construção da escadaria originou-se de problemáticas de
infraestrutura urbana negligenciadas pela Prefeitura de Viamão, tais como canalização
de esgoto deficiente, falta de drenagem urbana, pavimentação e dificuldade de acesso
em terreno de declive acentuado. Articulada pela AAMJU e demais grupos, a deliberação
de autoconstrução da escadaria baseou-se no consenso entre moradores, na
horizontalidade das relações e na autonomia das ações em relação ao poder público.
Desenvolvido ao longo de quatro meses, o processo contou com a tomada de decisões
em assembleias, com o autofinanciamento pela comunidade e com a prática da
construção por mutirões, nos quais os moradores do bairro envolveram-se diretamente
e para o qual o “saber local” e a relação dialógica de saberes com os extensionistas foi
fundamental.
Conquanto um projeto para a Escadaria tenha sido concebido, não houve um
desenho rígido que conduzisse a sua execução; houve, porém, um processo autogerido
com intervenções simultâneas. Pode-se dizer que o próprio processo foi responsável
pela condução do projeto, e não o contrário.
Oficina de Teatro Circulando
O projeto constitui-se da implantação de um ateliê de teatro, na Escola de Teatro da
UNIRIO, voltado para jovens autistas. Promove parceria com o projeto “Circulando e
traçando laços e parcerias”, coordenado pela Prof.ª Ana Beatriz Freire, do Instituto de
Psicologia da UFRJ, em convênio com o Instituto Municipal Philippe Pinel (RJ).
Oferece duas oficinas (2h) semanais de teatro, para dois grupos de, em média, cinco
alunos, cada. Atende cerca de dez jovens autistas e seus familiares, com a participação
de sete oficineiros, alunos da Escola de Teatro (UNIRIO) e três clínicos, alunos da
Escola de Psicologia (UFRJ). Proporciona terreno para Estágios Curriculares
Supervisionados dos alunos do curso de Licenciatura em Teatro, promovendo parceria
interdepartamental. Integra ações de pesquisa, ensino e extensão, através da realização
de monografias de conclusão de curso de discentes da Escola de Teatro, envolvidos no
projeto. A sua metodologia é pautada no trabalho com objetos, na percepção corporal,
na sensibilização musical, na inserção no meio ambiente, nas artes visuais e na
improvisação de pequenas cenas teatrais. Os resultados compreendem a pesquisa e a
produção de conhecimento em teatro/educação especial, possibilitando o acesso de
jovens autistas às Artes Cênicas. Propõe interface entre as áreas de Artes e Saúde
Mental, estimulando novas zonas de diálogo no ensino teatral.
Palavras-chave: teatro, autismo, inclusão.
USOS E ABUSOS DA TECNOLOGIA- REFLETINDO SOBRE O TEMA EM TURMAS DE EJA.
Autores: Rosemere Maia; Debora de Oliveira Sant' Anna; Ana Lídia Golçalves.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar as atividades extensionistas realizadas nas
turmas do Programa da UFRJ de Educação de Jovens e adultos. O projeto pedagógico-cultural
objetivou suscitar, a partir do tema TECNOLOGIA, a reflexão por parte dos alunos a respeito da
influência da tecnologia no seu cotidiano. Dessa forma, problematizamos a centralidade que
ela ocupa nas suas vidas, bem como as barreiras que muitos deles enfrentam no que se refere
ao acompanhamento das transformações que hoje se processam, o que pode conduzi-los a
situações de segregação e constrangimentos, sobretudo por se tratarem de um público em
processo de alfabetização, com dificuldades não somente de realização da leitura das palavras,
mas também de decodificação das rápidas mudanças que ocorrem no mundo. Como
metodologia, priorizamos as atividades coletivas (dinâmicas de grupo, produção textual,
debates, recurso à fotografia), onde os alunos foram estimulados a estabelecer uma relação de
indissociabilidade entre memória-história-identidade, tornando-os aptos a expressarem suas
experiências de vida, apesar das dificuldades no que se refere ao letramento. Tais atividades
possibilitaram aos alunos não somente a crítica em relação ao tema proposto, mas, sobretudo,
a compreensão de seu lugar enquanto sujeitos sociais, produtores de história, capazes de
imprimir novos sentidos às relações que estabelecem no seu cotidiano, com seus grupos sociais
mais próximos.
Práticas cotidianas, memória(s) e identidade – experiências de valorização da cultura local e de leitura do mundo em turmas de EJA.
Autores: Rosemere Maia; Victor Hugo Sousa.
A Educação de Jovens e Adultos, apesar dos consideráveis avanços alcançados ao longo do tempo, ainda apresenta muitos desafios. Isto pressupõe apreendê-la sob uma perspectiva de totalidade, bem como a inclusão de ações/atividades que permitam aos alfabetizandos o desenvolvimento de uma maior criticidade em relação aos seus direitos e a compreensão da leitura e a escrita como capacidades de decodificação e expressão do mundo. O Projeto de Pesquisa e Extensão intitulado “Novos experimentos no campo da cultura”/UFRJ, tem desenvolvido atividades que perseguem tais objetivos, seja através da problematização dos dramas cotidianos vividos pelos alfabetizandos; seja por meio da valorização da cultura local e das práticas vicinais estabelecidas nas “comunidades” do entorno; ou ainda, através da discussão de direitos e deveres e do estímulo às práticas cidadãs. Ao longo dos anos de 2012 e 2013, voltamo-nos para o tema memória e identidade. Por meio de oficinas temáticas, elaboração de um “Livro de Memórias”, registros visuais e “aula-passeio”, contribuímos para o resgate, pelos alfabetizandos, dos valores comunitários, o reencontro com a cidade e a assunção da condição de sujeitos sociais críticos. À medida que a eles foi dado voz, criou-se a possibilidade de reconstrução do “tecido social em toda a sua complexidade, incorporando a multiplicidade de significados e revelando as determinações estruturais e simbólicas que fornecem sentido às [suas] práticas sociais.” (Ferreira, 1996).
Patrimônio, Cultura e sociedade: A arte como instrumento revelador e socializador da
identidade cultural da comunidade Colônia Chicano-Santa Bárbara do Pará.
Thiago de Melo Macedo¹, José Ribamar Carvalho Ferreira Júnior¹, Maria do Socorro
Reis Lima¹.
Universidade Federal do Pará-UFPA¹.
RESUMO:
O presente trabalho mostra a importância da relação da arte, como objeto de análise o
aerografite(junção do aerográfo com o grafite), como instrumento catalisador de
informações e sensibilização e consequentemente uma ferramenta de reaproximação do
homem com suas características culturais, a fim de compreender as relações de
interações entre os atores sociais e sua identidade cultural no espaço no qual habita. E
um dos aspectos que ocasionam essa reaproximação é através das manifestações
artísticas, na qual são socializados os elementos que fazem parte da história e da
identidade construída dentro da comunidade área de estudo do projeto de extensão. Nos
referimos a localidade da Colônia Chicano no município de Santa Bárbara do Pará
região metropolitana de Belém que vem sofrendo uma urbanização desenfreada. A arte
contribui para compreender e sensibilizar para a valorização do patrimônio cultural. A
área alvo do projeto é afetada pelo processo de grande fluxo de migração e visitação nos
balneários e consequentemente a especulação imobiliária. Devido a área ter
características geográficas e bastante peculiares como um forte atrativo natural, apesar
da proximidade com uma capital extremamente urbanizada. A Colônia Chicano tem
como principais aspectos que favorecem a migração intensa para a área mananciais,
rios, igarapés, e grande área florestal, tornando assim um ambiente acolhedor, agradável
e confortável, fugindo do estresse e caos dos grandes centros urbanos. Trazendo assim
comportamentos e hábitos diferente do qual a comunidade esta habituada no seu
cotidiano, confrontando com a realidade local, e esses visitantes não preocupando se
com aspectos culturais, tradição e história local ou preservação ambiental. Acarretando
assim os impactos negativos na comunidade, principalmente quando refere se a
identidade e cultura construída e presente na comunidade da Colônia Chicano. A partir
dessa problemática o projeto além dos muros tem como proposta a educação
patrimonial partindo da importância da valorização e sensibilização dos bens
patrimoniais e culturais pertencente na comunidade Colônia Chicano. Como
metodologia de pesquisa o projeto realiza ações para percepção, sensibilização e
compreensão da cultura e identidade local. A metodologia empregada é
predominantemente qualitativa coletando dados por meio de trabalho de campo,
realizando entrevistas, história oral, registros visuais, observação participante,
seminários internos de leitura e revisão bibliográfica, sobre o local de extensão e sobre
os conceitos empregados na pesquisa indissociabizada da extensão e pesquisa assim
como do ensino. Essas atividades são, curtas documentários, exposições fotográficas,
rodas de memória, palestras sobre temas como patrimônio, oficinas com foco nas
questões ambientais, turismo,etc. E um dos instrumento com bastante visibilidade é o
grafite uma forma de expressar e mostrar os aspectos culturais presente na comunidade.
Tanto para os próprios moradores que tomam pra si o sentimento de pertença,
incentivando a valorização e preservação partindo primeiramente dos moradores locais,
e consequentemente para quem visita a área da Colônia Chicano, passando assim
conhecer, valorizar e respeitar a história que ali foi construída e vivida pela comunidade
chicano. E uma das narrativas para percepção dos bens patrimoniais é o aerografite
objetivo de se utilizar o aerografite, é de mostrar a relação em forma de painel artístico
para a comunidade, retratando a valorização de seus patrimônios não só materiais como
imateriais, valorizando assim a cultura, como festividades, comidas típicas,
religiosidades, e toda a amalgama cultural que pertence a determinada comunidade.
Outro fator que o aerografite traz é mostrar a diferença da pichação, do grafite e
aerografia, onde durante o processo de elaboração e criação desde a da ideia a ser
passada para o papel, até a mão de obra a (prática) da arte no suporte, quebrando
paradigmas negativos criados pela sociedade, acerca dessas atividades de expressões
artísticas. O aerografite feito se mistura a palestra já usando o próprio painel artístico
como exemplo, tirando dúvidas sobre as três práticas que tem como base de origem, o
picho e os primeiros stencils feitos em cavernas a milhares de anos atrás.(relação teoria
e pratica). Com essa proposta, a funcionalidade da arte do aerografite seria fazer a
relação da realidade presente no cotidiano dos moradores, como tradições, hábitos e
costumes que fazem parte da história da localidade e que na maioria das vezes vem
sendo esquecida por esses moradores locais. E com isso precisam ser valorizadas e
consequentemente preservadas por esses atores sociais. A atividade vem acentuar a
relação da arte-cultura-sociedade, acentuando o papel da arte como um sistema cultural
já referenciada por alguns autores. Expondo também a relação entre teoria e prática de
investigação cultural, as estratégias metodológicas, do ambiente da pesquisa de campo
relacionado com os conceitos científicos como patrimônio, cultura e identidade cultural.
Onde o sujeito/morador local poderá reproduzir sua experiência e vivência no seu
cotidiano através dessa pratica artística que possibilita os moradores locais a retratarem
sua história e identidade cultural. Acentuando o caráter político das artes e não alienador
das identidades culturais numa era de globalização e esvaziamento das identidades
locais.
CINECLUBINHO UFTOCA – RELATO DE EXPERIÊNCIA
TEMÁTICA: CULTURA
RESPONSÁVEL: ROSA, Cristiane de Oliveira.
INTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (UFT)
AUTORES: ROSA, Cristiane de Oliveira.
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Graduanda do Curso de Pedagogia
LOCATELLI, Arinalda Silva
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Professora do Curso de Pedagogia
RESUMO
Nosso relato visa apresentar algumas reflexões sobre os cinco anos de
atividades realizadas pela equipe do Projeto Cineclubinho UFToca, do Campus
da UFT em Tocantinópolis. Ele foi criado, em 2009, com o objetivo de promover
o audiovisual como um agente de desenvolvimento cultural e social das
crianças tocantinopolinas. Consideramos que o Cineclubinho é um espaço rico
em possibilidades para a promoção do estímulo da fantasia e do imaginário
infantil, fomentando o surgimento de trabalhos acadêmicos sobre o lúdico, com
vistas a contribuir para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da
criança. Também propicia a realização de estudos, pesquisas e atividades
ligadas às disciplinas do Curso de Pedagogia, que visem ampliar as
possibilidades de utilização do recurso da linguagem audiovisual na atuação
do(a) educador(a). Nestes cinco anos de atividades, percebeu-se, da parte do
público, uma receptividade satisfatória, haja vista o projeto proporcionar algo
novo para as crianças do município, em virtude de não termos salas de cinema,
nem de teatro na cidade. O projeto contribui para estreitar a participação da
comunidade escolar nas ações da Universidade, o que para nós se constitui na
possibilidade de realizar ações de intervenções locais. Assim, por meio da
exibição de filmes de qualquer nacionalidade destinadas ao público infantil,
temos procurado incluir as crianças tocantinopolinas no universo da sétima
arte.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, Audiovisual, Infância, Mídia.
Oficina com artesãos: o trabalho e a valorização da cultura
Carolina Pereira de Lima¹
Irenildo Sena Rodrigues²
William Tito Maia Santos³
As oficinas em psicologia social podem ser vistas como instrumentos que
contribuem para a valorização da expressão, para a descoberta e ampliação de
possibilidades individuais e de acesso aos bens culturais. O presente trabalho descreve a
realização de oficinas com um grupo de artesãos da cidade de Santo Antônio de Jesus-
Ba, com o intuito de conhecer aspectos subjetivos relacionados à cultura, autoestima e
valorização do trabalho. As oficinas foram realizadas por 5 estudantes de psicologia da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em uma praça da cidade, com 15 artesãos
e duração de 1 mês. O trabalho se dividiu em 4 etapas: Na primeira houve a
aproximação com o grupo de artesãos, levantamento de demanda e o estabelecimento
do contrato; na segunda realização de atividades visando estimular a comunicação dos
participantes e o estabelecimento de vínculos com o grupo; na terceira a elaboração de
um mural como ferramenta para trabalhar a autoestima, valorização cultural e do
trabalho desenvolvido por eles; na quarta etapa foram feitas discussões sobre os temas
abordados durante os encontros e fechamento com o produto da oficina. Durante a
realização das oficinas percebeu-se inquietações a respeito da valorização do artesanato,
da dificuldade de divulgação do trabalho e do seu reconhecimento, bem como a
demanda por uma escuta. Conclui-se que o trabalho com oficinas favoreceu a expressão
e ressignificação de vivências dos indivíduos frente ao contexto em que estão inseridos.
Palavras-chave: Oficina. Artesãos. Psicologia Social.
1 Estudante do curso de psicologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia .E-mail:.
[email protected] ² Estudante do curso de psicologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia .E-mail:[email protected] ³ Docente do curso de Psicologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Apresentação do Programa de Educação Tutorial - PET Conexões Cultura.
Luziel Patricio Gomes1 Helena Amanda Faller Tagarro2
Juliana Almeida Subtil3 Aparecido José Cirilo4
O PET Cultura configura-se como um grupo multidisciplinar inserido na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), composto atualmente por discentes dos cursos de Artes (Plásticas e Visuais), Geografia, História e Letras-Português, e está centrado no estudo da cultura e da identidade da Comunidade Quilombola de Araçatiba em Viana/ES, localizada a cerca de 40km da UFES. Tal comunidade, por sua vez, vive situações particulares: é formada de remanescentes de escravos que trabalhavam na antiga fazenda Araçatiba, que abastecia o Colégio Jesuíta na capital; e está numa transição entre rural e urbano. O grupo desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão interdisciplinar, buscando desenvolver diálogos entre a universidade e a comunidade, através da mediação de ações socioeducacionais e socioculturais realizadas no campus da UFES e em Araçatiba. Ações estas que buscam a valorização da cultura local, em toda sua especificidade. Realizando ações extensionistas, como oficinas de artesanato com características locais para geração de renda na comunidade, participação em eventos como a Semana de Arte em Araçatiba, entre outros, além de fortalecerem o vínculo entre a UFES e a comunidade, propiciam a cada aluno do PET compreender-se como agente transformador e produtor do conhecimento popular e acadêmico; buscando dessa forma contribuir para uma permanência qualificada em atividades de ensino, pesquisa e extensão com acompanhamento tutorial fundamental em sua formação acadêmica de origem.
1 Graduando em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo, Voluntários PET Conexões Cultura; [email protected] 2 Graduanda em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo, Voluntários PET Conexões Cultura; [email protected] 3 Graduanda em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo, Bolsista PET Conexões Cultura; [email protected]. 4 Tutor PET Cultura, doutor em Comunicação e Semiótica e professor do Departamento de Artes da UFES - [email protected]
ARTE E CULTURA NA UNILAB - MOVIMENTA
VANÉSSIA GOMES DOS SANTOS¹; NARGILA MAIA FREITAS DA SILVA²;JORGE VLEBERTON BESSA DE ANDRADE³
RESUMO
A ação de extensão MOVIMENTA, desenvolvido pela PROEX - UNILAB envolveuformação, apreciação da arte e criação de produtos artísticos a partir do envolvimentodireto dos estudantes de diversas culturas que compõe o corpo discente da universidade,assim como a comunidade da Região do Maciço de Baturité que está em seu entorno.Uma ação articulada com universidades e artistas de diversos Estados Brasileiros epaíses. Tem como conceito norteador o estímulo a participação dos estudantes ematividades de arte e cultura, possibilitando a integração entre veteranos e novatos, eaproximando a comunidade nas ações da UNILAB em suas atividades. O tema indicadopara a primeira edição foi DIVERSIDADES CULTURAIS. O formato para a realizaçãoda ação foi construído a partir da análise das sugestões do público-alvo através dequestionários, rodas de conversas e espaços diversos abertos ao diálogo. A propostaatravessa o calendário acadêmico da UNILAB acontecendo nos momentosdenominados intervaladas (recesso entre os trimestres). Seu início é marcado por umaação, em janeiro de 2014, composta por 13 (oficinas), mostra de cinema, de capoeira ede teatro com grupos da região, e ainda uma residência artística. Teve como um de seuresultado a construção de espaços de fruição para a arte e para a cultura através dastrocas de saberes culturais.
Palavras-chave: Ação cultural; arte-educação; diversidade cultural.
1. Articuladora de Arte e Cultura PROEX – UNILAB – [email protected]
2. Bolsista PIBEAC
3. Bolsista PROBTI