Anais Congresso hipnologia 2012

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Livro dos anais do X congresso de hipnologia de

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  • Anais do II Congresso Brasileiro de

    Hipnose Clnica e Hospitalar

    Rua Barata Ribeiro, 399 / 202 Copacabana RJ - Telefone: (21) 2549-441

    Site: www.ibha.com.br / E-mail: [email protected]

  • Ficha Catalogrfica

    Congresso Brasileiro de Hipnose Clnica e Hospitalar (1:2009: Rio de Janeiro,RJ).

    Anais do II Congresso Brasileiro de Hipnose Clnica e Hospitalar, de 02 a 04 de outubro

    de 2009-Rio de Janeiro; Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada, 2009.

    1. Hipnose /clnica & hospitalar// 2. Congressos.

    Impresso no Brasil/Printed in Brazil

  • Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada

    Anais do II Congresso Brasileiro de Hipnose

    Clnica e Hospitalar

    Sries Palestras e conferncias, n. 1

    Rio de Janeiro 2009

  • Agradecimento

    O IBH agradece aos seus colaboradores: Eletrobrs, Revista Mente e Crebro, Jornal

    Momento Psy, Instituto de Depilao Pello Menos e Clnica Hipnodontis e ao apoio do

    Conselho Regional de Psicologia do Estado do rio de Janeiro que ajudaram a realizar o

    nosso evento, levando-o ao sucesso.

  • Homenagem

    O II Congresso Brasileiro de Hipnose Aplicada homenageia o ilustre mdico Dr Victor

    e o imortal escritor, do primeiro livro de hipnose no Brasil, o Dr Medeiros e

    Albuquerque que lutaram para o desenvolvimento da hipnose no Brasil.

  • No permitida a reproduo total, somente permitida a reproduo parcial, desde que

    citada a fonte Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada.

    Presidente e Responsvel Tcnica - Psicloga Clystine Abram O. Gomes

    (CRP05/15048)

    Diretor Psiclogo Gil Gomes (CRP-05/32158)

    Edio: Lislie Schoenstatt Abram Oliveira Gomes (acadmica em medicina)

    Ressalva: Os resumos aqui escritos foram publicados na integra e no passaram por

    reviso, j que os textos so de inteira responsabilidade de seus autores.

  • Apresentao

    O II Congresso Brasileiro de Hipnose Clnica e Hospitalar tem como objetivo

    principal promover o intercmbio de informao sobre trabalhos atuais utilizando o

    instrumento da Hipnose na prtica Clnica e hospitalar e comprovar como uma tcnica

    cientifica.

    O tema central dessa edio o tratamento coadjuvante da hipnose nos

    transtornos mentais e sua eficcia.

    Os trabalhos aqui apresentados, so fruto da experincia acadmica, clinica e de

    pesquisa dos profissionais da rea da medicina, psicologia e enfermagem que vem

    reforar a importncia da hipnose como uma ferramenta auxiliar para a recuperao

    mais rpida do paciente, diminuindo custos e tempo de tratamento, auxiliando a

    economia do Pas no meio hospitalar e reingresso mais rpido do individuo na sua

    funo profissional e social.

  • ndice

    As Perspectivas Do Futuro Da Hipnose ........................................................................... 9

    Hipnoterapia Hologrfica No Tratamento Dos Distrbios Psicosomticos ................... 13

    Tcnica Da gua Azul ................................................................................................... 19

    Tcnicas Modernas De Transe Hipntico ...................................................................... 22

    A Resilincia No Processo Hipntico ............................................................................ 27

    Tcnicas De Hipnose No Tratamento De Dor Crnica .................................................. 33

    Hipnose No Tratamento Coadjuvante Do Tabagismo .................................................... 35

    Hipnose No Transtorno De Converso ........................................................................... 44

    Hipnose Em Criana E Adolescentes ............................................................................. 52

    Hipnoterapia Em Fobias Especficas .............................................................................. 62

    O Tratamento Da Fobia Social Com A Hipnose Atravs Do Desenho Como Expresso

    Do Inconsciente .............................................................................................................. 67

    Auto-Hipnose E Sucesso ................................................................................................ 78

    Hipnoterapia No Transtorno De Pnico ......................................................................... 82

    Fobia Especfica De Procedimento Invasivo .................................................................. 85

    Estabelea As Metas Para Sua Vida Atravs Da Hipnose.............................................. 90

    A Teoria Do Caos Na Globalizao E O Stress Na Vida Moderna ............................... 93

    Hipnoterapia No Transtorno Bipolar ............................................................................ 101

    Hipnose No Atendimento Hospitalar ........................................................................... 108

    Estresse: Sobrevivncia Ou Destruio ........................................................................ 113

    Autoconhecimento ........................................................................................................ 123

    Hipnose Em Oncologia ................................................................................................. 127

    Bullying - O Mal Da Juventude .................................................................................... 130

  • 9

    As Perspectivas Do Futuro Da Hipnose

    Autor : Paulo Paixo

    O tema que me foi imposto As perspectivas do futuro da Hipnose poderia ser

    resumido em duas palavras: O futuro da hipnose promissor. Mas para comprovao de

    minha assertiva, eu teria que fazer um estudo completo s da Histria da Hipnose. Mas

    necessrio que um mdico fisiologista se ligasse a um psiclogo, a um telogo, a um

    aros de

    magia, cavar no escuro segredos cabalsticos, indo at a tradio judaica, interpretar

    livros msticos j gastos pelo tempo que o santifica, no tarefa de pouco momento. Eu

    teria que falar, pelo menos duas horas. Contudo, terei de terminar s oito e meia.

    Portanto, resumirei o mais possvel e darei apenas algumas explicaes.

    As chamadas foras ocultas despertaram sempre e, todos ns o mais vivo dos

    interesses. Existam ou no, reais ou fantsticas, ilusrias ou verdadeiras, elas continuam

    sendo a causa e o pretexto para inmeras investigaes. O hipnotismo atravs dos

    tempos e com diversas nomenclaturas sempre veio ao aureolado de magia e sempre teve

    o condo de atrair o grande pblico.

    Clark Hull, hipnlogo americano, autor do livro Hipnose e sugesto - e que

    igualmente da magia e da superstio, mas nenhuma delas tem tido tanta dificuldade,

    quanto a hipnose para livrar-

    Dizem que a prostituio a profisso mais antiga do mundo. Assim, tambm, a

    hipnose a arte mais antiga do mundo. Acompanhou o homem desde a mais remota

    antiguidade participando com ele de todas as suas vitrias e aventuras e sofrendo com

    ele todas as suas derrotas e decepes.

    Durante e a partir da segunda guerra mundial (1938-1945), de modo

    incontestvel, a hipnose ressurgiu para se firmar definitivamente dentro da prtica

    mdica.

    A necessidade de se abreviar a psicoterapia dos casos de neuroses de guerra fez

    com que os psicoterapeutas voltassem suas vistas para a hipnose como processo

    associado a uma psicoterapia dinmica-analtica.

  • 10

    O livro Hypnoterapy of War Neuroses (1949) de J. D. Watkins dos melhores

    exemplos deste fato.

    Por outro lado, a hipnose, abandonada durante decnios como anestsico, teve

    sua grande oportunidade durante a guerra. Em muitos lugares, notadamente em campos

    de concentrao, os anestsicos eram reservados exclusivamente para as grandes

    intervenes. As necessidades de guerra impunham um racionamento muito grande de

    anestsicos. Lembraram-se ento da hipnose, e muitas intervenes foram feitas sob

    estado hipntico.

    Inquestionavelmente foi o Relatrio da Associao Mdica Britnica (1955) que

    deu o maior impulso ao ressurgimento da hipnose. Nesse relatrio a BMA diz estar

    convencida de que o hipnotismo til e pode, em alguns casos, ser o tratamento

    escolhido das chamadas desordens psicossomticas e psiconeuroses. Como mtodo de

    tratamento est aprovada sua capacidade de remover sintomas e de alterar hbitos

    mrbidos de pensamento e de comportamento.

    O segundo grande passo na evoluo da hipnose foi o Relatrio da Associao

    Mdica Americana (1958), que, organizado pelo seu Conselho de Sade Mental, em

    nicos gerais, os mdicos especialistas e os dentistas

    encontraro na hipnose um adjunto teraputico valioso, dentro do ramo de sua

    competncia profissional. Torna-se necessrio ressaltar que aqueles que usam a hipnose

    devem estar a par da natureza complexa dos fenmenos em questo. Os ensinamentos

    relacionados com a hipnose devem ser ministrados sob direo mdica ou odontolgica

    responsvel e os programas de ensinamentos integrados devem incluir no somente as

    tcnicas de induo, mas tambm as indicaes e as limitaes para seu uso dentro da

    rea especfica envolvida. A instruo limitada s tcnicas de induo deve ser

    desestimuladas.

    Em 15 de novembro de 19961, a Comisso Teraputica da American Psychiatric

    Association publicou um relatrio no qual reconhece que a hipnose constitui um auxlio

    pesquisa, ao diagnstico e ao tratamento na prtica psiquitrica. Reconhece seu valor

    em outras reas da prtica mdica e da pesquisa.

    O Relatrio da Associao Mdica Canadense (1963) diz: 1) A hipnose tem um

    potencial de contribuio para qualquer condio na qual a psicoterapia possa ser

    efetiva; 2) As tcnicas hipnticas podem abreviar o tempo requerido para a investigao

    e/ou tratamento das condies orgnicas como uma sobrecarga funcional como

    conseqncia de retroao (feedback); 3) A hipnose pode servir como um instrumento

  • 11

    valioso de pesquisas nos estudos do comportamento humano e no condicionamento, no

    processo de aprendizagem, na produo experimental de neuroses artificiais, nos

    conflitos e condies psicossomticas experimentais.

    Milton H. Erickson considerado o maior hipnlogo do sculo XX. Em relao

    a Milton Erickson (1901 1980), durante o Congresso Internacional de Hipnose

    realizado em Filadlfia, Pensilvniaa, em 1976 recebeu a condecorao que a

    Internacional Society of Hypnosis lhe concedeu: The Benjamin Franklin Gold Metal,

    que lhe foi entregue pelo presidente da Universidade da Filadlfia. Na gravao estava

    -innovator, outstanding clinican, and

    distinguishead investigator whose ideas have not only helped create the modern view of

    hypnosis but have profoundly influenced the practice of all psychoterapy throughout the

    Erickson concebia o fenmeno da hipnose como a focalizao da ateno do

    paciente, enquanto dirigia-se a seu inconsciente no-lgico quanto um mestre na arte

    das vias indiretas, empenhava-se no somente nas sugestes formais, mas tambm na

    mirade de sugestes informais para comunicar o que fosse necessrio para encontrar as

    necessidades do paciente. A hipnose sob o ponto de vista tradicional caminha do

    terapeuta.

    E, sobre Bernard B. Ragisnky? Nada! Entretanto, em qualquer trabalho sobre

    hipnose, nunca poder ser esquecida a figura de Ragisnky. Graduou-se pela McGill

    University e viveu em Montreal, Quebec, Canad. Pertenceu e atuou em vrias

    sociedades mdicas americanas, tendo sido presidente da Academy of Psycosomatic

    Medicine dos Estados Unidos. Foi o presidente-fundador (1948) da The International

    Society for Clinical & Experimental Hypnosis; tornou-se a sociedade filiada a The

    World Federation for Mental Health. Dentro da hipnose seu trabalho foi inexcedvel e

    sua maior contribuio foi sobre a hipnoplastia sensorial. Recebeu numerosos prmios

    em sua vida inclusive Medalha de Ouro outorgada pela The Society for Clinical and

    Experimental Hypnosis, dos Estados Unidos, em 1956. Bernard B. Ragisnky faleceu aos

    71 anos de idade em 28 de abril de 1974.

    O irmo Vitrcio (1919-2005) foi criador e introdutor da Letargia ou tcnica

    letrgica no Brasil no ano de 1957. Fez demonstraes de sua tcnica nas principais

    cidades brasileiras sempre com grande sucesso.

  • 12

    -se entre ns a prtica de

    letargia a tal ponto que atualmente querem manejar. Letargia um excelente recurso

    podemos assegurar.

    A letargia, como procedimento inicial de induo hipntica, dos melhores que

    conhecemos, tanto que o vimos praticando de rotina em nossa clnica. Leva sobre os

    demais procedimentos iniciais em prtica (pestanejamento sincrnico, levantamento do

    brao, fixao do olhar, etc.) algumas vantagens que preciso no olvidar.

    O procedimento letrgico est se tornando o preferido de quantos praticam a

    hipnose cientfica.

    A principal vantagem do procedimento letrgico sobre todos os outros que no

    exige do paciente o inicial cansao muscular palpebral e visual. Osmard Andrade Faria

    Hipnose e Letargia Editora Atheneu, Rio de Janeiro, 1959, pgina 145.

    No Rio de Janeiro a Dra. Clystine Abram, no dia 23 de julho de 1996, fundou o

    Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada (IBH). O IBH mantm cursos regulares de

    hipnose e j formou bons hipnolgos. O IBH realizou o I CONGRESSO DE HIPNOSE

    CLNICA E HOSPITALAR, nos dias 6 e 7 de setembro de 2008, com muitos

    participantes e bons resultados.

    O FUTURO DA HIPNOSE

    Emlio Servadio, Presidente da Sociedade Psican

    hipnose surge como uma fora que no pode ser contida. Como um rio que transborda

    todas as vezes que o homem tenta repres-

    O futuro da hipnose est assegurado porque ela se preocupa com o bem-estar

    psicossomtico do homem, numa poca em que todas as preocupaes so mecnicas,

    espaciais e nucleares, isto , de todos os tipos menos humanas. Jean Dauven Le

    Pouvoirs de LHypnose Ed. Dangles, Paris, 1977, pg. 221.

    O futuro da hipnose promissor porque o seu progresso nunca se detm. Uma

    vitria da hipnose que nos parece definitiva, no seno o ponto de partida para novas

    vitrias.

  • 13

    Hipnoterapia Hologrfi ca No Tratamento Dos Distrbios

    Psicosomticos

    Autor: Francisco Jos Quadros Lima (CRP 05/1146)

    Este artigo cientfico, refere-se a uma abordagem fora dos conceitos

    newtoniana/cartesiana. Ele est baseado em um modelo de Metopsicoterapia Energtica,

    de base emocional profunda desenvolvida por mim, durante os ltimos 15 anos de

    atividade clnica, baseado na Hipnose Hipnocibernetica, na gestalt - Terapia de

    polaridade centrada na pessoa, nos processos hologrficos e bio energia vital.

    Neste artigo abordamos o conceito metacientfico de mente material e sua ao na

    produo de doenas psquicas emocionais e orgnicas (conceito de Hipnoterapia

    Hologrfica no tratamento dos distrbios psicossomtico).

    Finalmente abordamos a Tcnica da Hipnoterapia hologrfica no tratamento dos

    distrbios psicossomticos, traumticos oncolgicos e processos auto-imune.

    1. INTR ODUO A Metapsicoterapia

    Energtica Hologrfica um processo teraputico holstico de base emocional

    profunda, que venho desenvolvendo h alguns anos, baseado na hipnose, ciberntica

    gestalt terapia de polaridade centrada na pessoa, nos processos da energia padro

    quntica, na holografia e na bioenergia vital.

    1.1 - O que HOLOGRAFIA?

    ntes no qual o campo ondulatrio

    da luz espalhada por um objeto registrado numa chapa sob a forma de um padro de

    interferncia. Quando o registro fotogrfico O HOLOGRAMA exposto a um feixe

    de luz coerente, como um laser o padro ondulatrio original e regenera uma imagem

    tridimensional aparece.

    Como no h focalizador, isto , lentes focalizadoras, a chapa tem a aparncia de

    um padro de espirais distitudo de qualquer significado. Qualquer pedao do

    Hologramo pode reconstruir a imagem inteira.

  • 14

    O holograma produzido quando um nico raio laser dividido em dois feixes

    separados. O primeiro feixe de luz projetado no objeto a ser fotografado. Ento busca-

    se que o segundo feixe de luz colida com a luz refletida do primeiro. Quando isso

    acontece, eles geram um padro de interferncia que ento registrado num pedao de

    filme.

    A olho nu, a imagem do filme no se parece nada com o objeto fotografado.

    Assim que um outro feixe de raio laser brilha atravs do filme, uma imagem

    tridimensional do objeto original reaparece. A tridimensionalidade dessa imagem

    muitas vezes misteriosamente convincente. Voc pode realmente andar em volta de uma

    projeo hologrfica e v-la a partir de diferentes ngulos como se fosse um objeto real.

    Porm, se voc esticar o brao e tentar toc-lo sua mo flutuar de um lado a outro dela

    e voc descobrir que na verdade no existe nada ali.

    A tridimensionalidade, no o nico aspecto notvel dos hologramas, se um

    pedao do filme hologrfico contendo a imagem de uma ma cortado ao meio e ento

    iluminado por laser cada metade ainda conter a imagem inteira da ma etc.

    2. Conceito de Sade e Doena

    A sade harmonia, enquanto que doena desarmonia. A harmonia causada

    por um pensamento elevado de amor, compaixo, perdo, etc. Preenche intensamente a

    nossa mente dessa poderosa energia vital csmica. Este fato causa equilbrio, harmonia

    que o conceito holstico de sade.

    Um pensamento de dio, ressentimento, mgoa, rancor, inveja, etc., causa

    desarmonia. Estes tipos de pensamentos negativos produzem um esvaziamento desta

    poderosa energia vital csmica.

    O vazio causado pelo esvaziamento, imediatamente preenchido por crenas

    materiais ilusrias negativas. Ela comea a provocar desequilbrio, desordem e

    finalmente desarmonia. Esta desarmonia se volta contra o individuo produzindo dor,

    sofrimento e doena. O caminho para bloquear o vazio neg-lo, afirmando que uma

    crena material ilusria criada pela mente material, logo no existe. Este vazio uma

    iluso e j esta preenchido por esta poderosa energia vital csmica. Esta energia flui

    infinitamente de uma fonte sem fim de energia padro, que a teoria Hologrfica

    denomina de padro de energia csmica energia padro.

  • 15

    Grandes descobertas como a Mecnica Quntica (Fsica Quntica) e a teoria da

    Relatividade de Albert Einstein, mostram com muita clareza que tudo aquilo que se

    percebe como matria slida, inclusive o homem, espaos

    vazios percorrido por um padro de energia. Chegou-se a concluso que o Universo

    material um grande sistema de energia padro e que o homem parte desse sistema de

    energia. O homem uma parte que contem o mesmo padro de energia do todo, logo o

    homem encontra-se em perfeito sincronismo com este todo.

    A Fsica Quntica nos mostrou que quando observamos estes padres de energia

    em nveis cada vez menores, os resultados so surpreendentes.

    As experincias demonstram que, quando se fragmentam pequenos componentes

    e tentamos

    observar como funcionam, o prprio de observao do experimento pelo cientista altera

    os resultados. como se essas partculas elementares fossem influenciadas pelo que o

    cientista espera. Isso se aplica, mesmo que as partculas tenham de aparecer em lugares

    onde no poderiam ir, em vista das leis do universo como conhecemos: uma partcula

    ocupando 2 lugares ao mesmo tempo, para frente e para trs no tempo, etc.

    Podemos concluir que aquilo que percebemos como verdades incontestveis,

    no passam de fantasma, tudo uma iluso induzida por um holograma chamado

    MENTE MATERIAL. Isto um conceito extremamente arrojado elaborado pelas

    teorias hologrficas.

    3. Conceito Hologrfico de Mente MATERIAL E MENTE REAL

    3.1 - MENTE MATERIAL (PADRO DE INTERFERENCIA)

    O Universo material um grande holograma (constructo ilusrio, virtual

    projetado pela mente material). Logo, a mente material tambm ilusria. No fundo ela

    um reflex

    Ambos, universo material e mente material fazem parte de um fantstico holograma. O

    prprio corpo material uma projeo de nossa mente hologrfica que esta e

    sincronismo com o grande sistema hologrfico universal.

    O nosso corpo material tambm uma projeo hologrfica (ilusria) da mente

    material.

  • 16

    Como observamos nos experimentos da fsica quntica, a mente do cientista

    interfere e muda o holograma corporal material. Isto que dizer que podemos mudar e

    interferir no corpo material, criando doenas ou simplesmente fazendo-a desaparecer

    como por encanto. Entretanto, como este holograma, conhecido como Mente Material

    altamente influenciado por crenas matrias ilusrias, do tipo paixes humanas,

    carncias afetivo emocionais, sentimentos de posse, inveja, magoas, ressentimentos,

    sentimentos de vingana, dio, etc. Esta mente hologrfica material constantemente

    , isto , pela manh acordamos alegres devido a um sonho

    prazeroso, de repente frente a um esvaziamento de energia motivado por algum

    acontecimento material negativo entramos em melancolia , tristeza e depresso, etc.

    Frente ao exposto acima, pretensa mente

    material reflete e manifesta estas iluses, altamente influenciados por crenas matrias

    que fatalmente induzem ao nosso corpo material ilusrio a vivenciar doenas que na

    realidade esto no nosso pensamento, na nossa mente material e no no nosso corpo

    matria.

    3.2- MENTE REAL (FOTO HOLOGRAFICO DA MA)

    a nossa mente verdadeiramente cientifica, consistente, vibrando intensamente

    estados afetivos imutveisMesmo que o mundo material ilusrio, esteja

    conturbado, virando de cabea para baixo, o individuo que esta em sintonia com sua

    mente real, no ser jamais atingido, ele permanecer em estado de constante harmonia

    e equilbrio. A poderosa fora vital csmica que refletida pela nossa mente real, est a

    todo momento desabrochando na conscincia de nossa mente material ilusria, estados

    de conscincia e um lado racional cada vez mais elevado que nos leva a separar

    instantaneamente o joio do trigo, isto , nos leva a discernir uma percepo material,

    normal de uma percepo patolgica e ao mesmo tempo nos levando a repudiar todas

    estas crenas matrias ilusrias negativas altamente perninciosas.

    A partir desse momento, nosso corpo material e o nosso sistema nervoso

    ilusrio, comea a refletir e a manifestar a verdadeira natureza de nossa mente real, que

    se caracteriza pelo preenchimento permanente dos vazios produzidos pela mente

    material gerando

  • 17

    Atravs de experimentos hologrficos contendo lasers e chapa fotogrfica

    hologrfica tiraram uma foto de uma ma. Chegou-se a concluso que por trs dos

    padres de interferncia da chapa fotogrfica hologrfica que se apresenta como algo

    confuso e sem nexo, existe uma ordem implcita notvel. Se fragmentssemos a chapa

    fotogrfica hologrfica em minsculos pedaos, ao se irradiar raios lasers, a foto da

    ma estava l, me perfeita. Isto quer dizer que cada parte contm todas as propriedades

    do todo. Tudo existe em perfeito sincronismo, pois a fotografia da ma estava em cada

    parte da chapa. Isto demonstra que a memria no esta numa determinada parte do

    crebro, ela esta em todas as partes, como se fosse verdadeiramente cientifica

    responsvel pela elaborao de nossa mente real.

    Podemos concluir que o SISTEMA METAFISICO DE ENERGIA VITAL

    corrige o pensamento, por que o corpo material reflete o que esta no pensamento.

    O Sistema Metafsico mostra que a correo esta no pensamento, na mente e no

    no fsico.

    Baseado em tudo que foi exposto at agora, observamos que a eliminao das

    doenas est numa mudana de nosso estado mental. Mudando a nossa mente o sintoma

    material desaparece, por que na realidade ele nunca existiu, esta na nossa mente como

    uma crena material ilusria que se densificou e ficou gravado nas memrias corporais

    de um ou determinados rgos que fazem parte do nosso corpo material hologrfico.

    4. TCNICA DA HIPNOTERA PIA HOLOGRAFICA NO TRATAMENTO

    DO VITILIGO -IMPOTNCIA -ENXAQUECA -FRIGIDEZ SEXUAL -

    LUPOS-PSORIASE-TUMOR, ETC.

    Aps uma indicao hipnoterapia, aprofunda-se o transe e induz o paciente a

    criar um Holograma (uma imagem virtual). Este Holograma vivenciando pela mente

    subconsciente como uma realidade (vendo membro fantasma aps uma amputao). A

    partir desta mentalizao e visualizao o holograma em pauta comea a produzir uma

    srie de reaes qumicas, fsico qumicas, metablicas e hormonais gerando

    fisiologicamente aquilo que esta sendo induzida pelo processo hologrfico. O nosso

    crebro hologrfico. A memria no esta registrada numa determinada rea do crebro

    como se fosse uma onda de energia espalhada por todo o crebro. Este processo

    semelhante a chapa fotogrfica hologrfico .Em cada pedao do padro de interferencia

  • 18

    (poro da chapa) existe implicitamente a imagem hologrfica da ma. A mesma coisa

    acontece com a viso e outras funes do crebro.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

    CARLSON ,Richard. Phd.SHELD,Benjamin.Curar,curar -se.Cultrix,1997.

    GERBER ,Richard.M.D.Medicina Vibracional-Uma medicina para o futuro .Cultrix,2001.

    RAMACHANDRAN,V.S,Sandra.Fantasmas no crebro -uma investigao dos mistrios da mente

    humana.Record,2002.

    TALBOT,Michel,BOHM,Dvid,PRIBRAM,Karl.Universo Hologrfico-Perturbadora Concepo da

    Realidade como um Holograma Gigante gerado pela mente.Best Seller,1991.

    VALBER,Ken,PRIBRAM, Karl H, CAPRA, Fritjaf,WEBER,Rene.O Paradigma Hologrfico e outros

    paradoxos-uma investigao nas fronteiras da cincia.Cultrix,1990

    RHODES,Raphael H. Hipnotismo sem mistrio . Record,1966.

    PETRIE ,Sidney, STONE, Robert.B.Hipnociberntica. Record,1973.

    KATZ, Lawrence C.MANNING,Roben.Mantenha o seu cerebro vivo.6 edio.Sextante,2000.

    BENSON ,Dr.Herbert e KLIPPER,Miriam.A Resposta do Relaxamento para se livrar do Estresse e da

    Hiperteno,Record,1995.

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    Da Cristian Science Board of Directors-Boston ,Massachusetts:1990.

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    Inter -relaes e Padres de Desarmonia na Teoria e na Pratica.Traduo,Yamamura,Dr.Ysao-So

    Paulo:Roca,1994.

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    Luciana M.D.Fala.So Paulo: Roca,1996.

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    OLIVEIRA CORR A ,Prof .Antnio Carlos.Introduo a Psiquiatria Reflexolgica .Belo Horizonte -

    MG: Imprensa Oficial,1975.

  • 19

    Tcnica Da gua Azul

    Autora: Daniela Gasperin (Epidemiologista - Unisinos/RS e Hipnloga

    - IBHA/RJ)

    A depresso atinge milhes de pessoas e so evidenciadas inmeras causas que

    podem desencadear esta patologia. Paciente A, sexo feminino, 36 anos, filha mais nova

    de 4 irmos, casada h 15 anos chegou ao meu consultrio com o diagnstico de

    depresso.

    A me no a aceitou na gestao. Na infncia, as palavras de amor e carinho eram

    direcionadas para as outras irms. Em virtude da dificuldade financeira, no tinha

    brinquedos, a no ser quando ganhava.

    Aos 7 anos, comeou a trabalhar como empregada domstica, aos 11 trabalhou na

    produo de uma empresa e noite estudava. Como se no bastasse, tinha que limpar a

    casa quando retornava da escola. Caso no fizesse, as irms mais velhas reclamavam e a

    me a agredia. A figura do pai foi omissa, alcolatra e passivo em todas as situaes.

    Aos 19 anos, comeou a namorar e aos 21 decidiu casar. Ficou grvida em

    seguida. A me rejeitou a neta, alegava no gostar do genro. Tomava medicao

    controlada desde os 15 anos. Tinha consultas quinzenais com a psiquiatria.

    Meu objetivo era trabalhar a queixa principal: depresso, onde envolvia

    sentimentos de culpa por ter nascido, rejeio dos pais, falta de afetividade familiar e de

    interesse pela vida; e queixas secundrias: insnia e ansiedade.

    Desenvolvi a Tcnica Azul que consiste na sugesto da tranquilidade, atravs da

    cor azul e da concretizao desta tcnica.

    Por que utilizar uma cor?

    Uma cor a sensao produzida pelo nosso crebro quando os nossos olhos so

    estimulados por ondas de luz de determinado comprimento de onda.

    Newton (1643-1727) descobriu que a luz branca, ao passar por um prisma

    triangular, decompunha-se em sete cores fundamentais que correspondem vibrao do

    espectro. Cada cor corresponde a um comprimento de onda diferente.

    Cada comprimento de onda atua no crebro de forma diferente, desencadeando

    processos distintos. Quanto mais curta for onda, mas relaxante ser o seu efeito.

    Nos primrdios do sculo XX, Ghadiali, um cientista hindu, concebe uma teoria

    que explica o porqu e como as diferentes cores do espectro tem vrios efeitos

    teraputicos no organismo. A maior obra de Ghandiali na terapia de luz o Spectro

  • 20

    Chromometry Enciclopdia de 1933. Neste livro, ele publica a Teoria dos Extremos: o

    vermelho estimulante e o azul calmante (Anderson 1977).

    A cor azul est entre as cores de ondas mais curtas, que simboliza a inspirao, a

    devoo, a paz e a tranquilidade (Wills, 1993). A cor azul aumenta o metabolismo,

    desenvolve a vitalidade, age como um tnico sobre o corpo, e tem efeito sedativo

    (Walker 1991).

    Na prtica, pude perceber que a concretizao dessa sugesto acelera o resultado.

    Existem vrias maneiras de utilizar as cores, Hafstein (2009) prope: exposio ao sol,

    lmpadas coloridas ou projetores, cores das telas, gua solarizada, massagem (mos so

    colocadas sob luz), caixa de filtros, projeo mental, respirar as cores mentalmente,

    acupuntura e anestesia.

    A concretizao desta tcnica foi atravs do banho azul.

    Segue a tcnica:

    Visualize a sua frente o mar... ande na areia fofa e macia... branca... sinta o

    cheiro do mar... a brisa leve tocando seu corpo... seu rosto... oua o barulho das

    ondas... v at o mar... olhe para o cu... est azul... o sol dourado... o sol aquece a

    gua... coloque seus ps na gua... sinta as ondas batendo nos seus ps... a gua

    azul... veja o fundo... v entrando no mar... ele calmo... tranquilo... o mar lhe trs

    calmaria e leveza... deixe que a gua envolva seu corpo... toda vez que voc tomar o

    banho azul, azul do mar, voc se sentir calma, tranquila e relaxada (3x) a gua azul

    lhe traz leveza e sono tranquilo (3x)... saia da gua... encontre um lugar para se

    sentar... deixe que o sol aquea seu corpo... volte a andar na areia... caminhe...

    sentindo-se relaxada... calma... e feliz...

    A paciente recebeu a seguinte orientao:

    Como a tcnica relaxante, aconselha-se fazer noite. Primeiro tomar o banho

    normal, aps colocar meio litro de gua do prprio chuveiro numa vasilha e colocar

    anil. O anil foi utilizado para pintar a gua de azul, pois no alrgico e no resseca a

    pele, mas pode danificar o cabelo (por isso do pescoo para baixo), aps secar-se.

    O resultado desta tcnica acompanha 4 fases:

    1) Absolutamente nada o paciente to ansioso, que a tcnica no causa efeito

    por um longo tempo;

    2) Leve tranquilidade o paciente percebe leveza, quando comea diminuir a

    ansiedade;

    3) Sono o paciente dorme tanto, que possui dificuldade para acordar;

  • 21

    4) Estabilizao o paciente relata sono agradvel e tranquilidade durante o dia.

    O tempo das fases pode ser passado com muita rapidez ou no, depende do grau

    da ansiedade e insnia, por isso utiliza-se a tcnica at a fase de estabilizao.

    Aconselho aps a estabilizao, fazer a tcnica uma vez por semana, quando a pessoa

    estiver ansiosa ou com insnia. Ela pode ser realizada sem comando hipntico, mas os

    resultados sero a longo prazo.

    A Tcnica Azul contribuiu para que Elisabete percebesse a diferena nas

    primeiras semanas. Ela estava calma e tranquila. Questionou se era depresso, pois

    estava to calma que no acreditava. Essa outra questo, as pessoas confundem

    tranquilidade com depresso.

    Antes

    Eu era uma pessoa triste, sem vida. No sabia o que era felicidade. Culpava

    minha me, s vezes eu era culpada. Tomava remdio compulsivamente, no sabia o

    que era dormir em paz.

    Hoje

    Sou feliz, aprendi que felicidade feita de pequenos momentos e vivo todos eles

    como se fossem o ltimo. Hoje sei o que dormir, viver sem remdio, conversar com

    minha famlia. Hoje recebi um presente: UMA VIDA NOVA.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

    Anderson, M. 1977: Colour Healing. Chromotherapy and How It Works. New York, USA: Samuel

    Weiser Inc. 1st Ed 1975

    Wills, P. 1993: Colour Therapy. The Use of Colour for Health and Healing. Dorset, UK: Element

    Books.

    Walker, M. 1991: The Power of Color. New York, USA: Avery Publishung Group.

    Hafstein, P. 2009: The therapy of sound and light.

    ( http://hafstein.org/Index300.htm)

  • 22

    Tcnicas Modernas De Transe Hipntico

    Autor: Joo Baptista de Oliveira Filho (CRP 05/32031)

    1- HIPNOSE CLNICA CLSSICA

    1.1 - HIPNOSE BRAIDIANA

    O padro mais conhecido do melhor chamarmos de

    Estado Alterado de Conscincia para evitar o preconceito que este termo carrega,

    nasce com Jame Braid, mdico, nascido em Fifeshire, Esccia, em 1795. No ano de

    1841, Braid assistiu, na Inglaterra, uma experincia onde La Fontaine, o autor de

    antolgicas fbulas, se apresentou com o magnetismo e seis semanas depois j dava sua

    primeira palestra sobre o tema. Criou o nome Hipnotismo. Acreditava que o fenmeno

    era de origem mecnica e utilizava procedimentos de indues estritamente fsicas.

    Braid escreveu que o estado de transe conseguido pela fadiga dos rgos

    sensoriais, especialmente a viso. Para isso se faz necessrio obrigar o paciente a

    receber estimulao continuada, montona e persistente durante um certo tempo. Este

    padro tambm pode ser conhecido como Hipnose por Fascinao. Embora seja o

    primeiro, ele no constitui modelo clssico de consultrio.

    1.2 - HIPNOSE ERICKSONIANA

    Milton Erickson (1901-1980) , sem dvida, o pai da hipnose usada no site

    psicolgico. Fez medicina e foi um desconstrutor de conceitos de aprofundamento do

    transe e sugestionabilidade. Introduziu a abordagem naturalista, permissiva e indireta.

    Sua relao com a hipnose proporcional relao de Einstein com a fsica. Percebeu

    a natureza multidimensional do transe, que se modifica de pessoa a pessoa e percebeu

    que h uma induo especial e nica para cada paciente, fazendo com que o paciente se

    torne seu prprio indutor, dentro de uma tcnica bastante gil.

    Este o perfil do transe mais utilizado no atendimento a pacientes em todo o mundo

    at os dias de hoje.

    2- TCNICAS MODERNAS DE HIPNOSE

    2.1 - VISUALIZAO CRIATIV A

  • 23

    usado para fazermos contato com a nossa realidade

    subjetiva .

    Dr. Gerald Epstein

    Esta tcnica foi desenvolvida pelo psiquiatra americano Gerald Epstein. Em

    1974, Epstein conheceu Colette Aboulker-Muscat, psicloga e professora franco-

    argelina que o iniciou no processo de visualizao mental e com quem estudou por nove

    anos. Em 1978, fundou o Instituto Americano de Visualizao Mental, objetivando

    treinar profissionais da sade e fornecer orientao ao pblico. Suas incessantes

    pesquisas na rea da visualizao e da conscincia resultaram no livro Imagens que

    curam, publicado, originalmente, em 1984 e traduzido em onze idiomas.

    O mtodo para a elaborao das imagens mentais deve tratar diretamente do

    problema apresentado de forma mecnica. Seja um pequeno ser que entra pelas narinas

    ou boca e destri o mal, ou uma purificao de todo organismo pelas molculas de

    oxignio. Seguindo o princpio que os sonhos, utilizando da forma simblica,

    acontecem durante o sono fisiolgico como uma forma natural de buscar o equilbrio

    entre as dissonncias dirias. Dessa maneira, importante que o organismo fique

    relaxado e possa desfrutar de um descanso reparador. Paralelamente, a visualizao

    criativa, mesmo fora do estado de transe, usa o mesmo mtodo para auxiliar na

    reparao dos males no organismo: so sonhos que temos acordados!

    O profissional deve usar a criatividade. No aconselhvel se alongar nas

    visualizaes, pois o sujeito pode ter dificuldade em repetir depois. Uma fita, de

    preferncia com a voz do paciente, seguindo todos os passos pode ser a melhor forma de

    conseguir excelentes resultados.

    2.2 - HIPNOSE POSTURAL

    A Hipnose Postural nada mais que a aplicao da leitura da linguagem corporal

    no site psicolgico no intuito de ampliar o rapport ao ponto de interagir

    emocionalmente com o sujeito, facilitando, assim, a aquisio do transe. sabido que

    nossa comunicao verbal no chega a 30% de tudo que passamos para o outro. Em

    verdade, o corpo diz mais sobre o que pensamos e como pensamos do que nossas

    palavras.

  • 24

    Utilizar essa tcnica associada s j conhecidas nos d duas grandes vantagens:

    -entender o que se passa com o outro facilitando o rapport;

    -saber controlar a prpria comunicao corporal e lidar com nossas prprias emoes!

    2.3 -HIPNOSE MECNICA OU INSTRUMENTAL

    A utilizao de aparelhos que possam facilitar o estado de transe j uma

    realidade, o ISEC (Instituto de Psicologia Crescer, com sede em Campos dos

    Goytacazes-RJ) possui quatro PSICOTRONS que so utilizados diariamente por

    psiclogos que atuam com Hipnose Clnica. Estruturado de modo a prover fadiga

    sensorial no maior rgo do corpo humano a pele o PSICOTRON vibra em toda sua

    estrutura, ao mesmo tempo que executa um cd com uma msica ambiente, pisca luzes

    na direo dos olhos e registra todas as alteraes na atividade da resistncia galvnica.

    Sob o comando direto de um psiclogo, esse instrumento um grande facilitador

    que d, ao operador, um retorno seguro do que ocorre em nvel emocional pela

    modificao, ou no, da resistncia galvnica.

    Almofadas e poltronas que vibram, Cds de mantra, ozonizadores de ambiente,

    luzes em tons frios e at os celulares modernos so outros instrumentos que podem ser

    utilizados para ajudar na obteno do transe em consultrio.

    2.4 - HIPNOSE SEMNTICA

    Conceito trabalhado por mim em consultrio com a utilizao, durante o estado

    normal ou alterado de conscincia, de palavras de forte contedo de valores em nossa

    sociedade: Pai, Me, Sexo, Morte, Comida e Dinheiro.

    Valores afetivos nas palavras: pai e me;

    Valores existenciais nas palavras: sexo (Eros) e morte (Tnato);

    Valores do capital nas palavras: comida e dinheiro.

    Com o medidor de resistncia galvnica ou uma observao atenta aos sinais

    idiossincrticos, ou seja, manifestados pelo inconsciente do sujeito, pode-se ir aferindo

    as alteraes do peso simblico de cada palavra ao longo por processo de

    ressignificao e estruturao do sujeito.

    Ainda, valendo-se do processo semntico, pode-se usar a fora da palavra com

    uma induo onde a ancoragem se faz no pensar, falar ou ouvir de cada palavra do

    nosso idioma. Com esse processo, por mim desenvolvido, para aplicao nos meus

  • 25

    pacientes, temos obtido bons resultados na recuperao de vrios desses pacientes e em

    diversos sintomas comportamentais e psicossomticos.

    Induo das Vogais

    Para cada vogal dita, pede-se ao sujeito que inspire lenta e profundamente ao mesmo

    tempo em que se auto-imagina tendo um comportamento desejado.

    O processo se repete com cada uma das cinco vogais, sempre com um novo

    comportamento desejado.

    Ao final o profissional psiclogo refora o comando que, a cada palavra dita, pensada

    ou ouvida, o som de cada vogal ir reforar o comportamento a ela relacionado. Como

    durante todo o dia os sons das vogais inundam a nossa cognio esse reforo contnuo.

    3- CONCLUSO

    A Hipnose uma ferramenta em construo.

    As tecnologias associadas a uma nova maneira de se entender o humano como um

    ser verbvoro, aquele que se alimenta da linguagem, aproveita recursos nunca antes

    tocados. Isso torna a psicoterapia algo profundamente ligado prpria (r)evoluo d

    psmodernidade.

    H uma busca incessante dos mecanismos que nos fazem seres capazes de nos

    autocurarmos ou, no desajuste dessa linguagem interna, criar sintomas cada vez mais

    difceis de serem diagnosticados nos microscpios feitos com lentes de vidro.

    Nossas lentes so feitas de letras, palavras, pensamentos: linguagem. Afinal estamos no

    futuro e voltamos ao princpio, onde tudo era o verbo!

    REFERNCIAS BIBLIOGR FICAS:

    ANDRADE, V. M. (Org.) ; BUENO, Orlando Fa (Org.) ; Santos, Flavia Heloisa dos (Org.) .

    Neuropsicologia Hoje . 1. ed. So Paulo: Artes Mdicas, 2004.

    BANDLER, R., GRINDER, J. Sapos em Prncipes: Programao neurolingstica. 8 ed. So Paulo:

    Summus, 1982.

    BANDLER, Richard & GRINDER, John. Atravessando. So Paulo: Summus, 1984.

    BANDLER, Richard & GRINDER, John. Ressignificando. So Paulo: Summus, 1986.

    BANDLER, Richard, Usando sua mente, as coisas que voc no sabe que no sabe. So Paulo: Summus,

    1985.

  • 26

    CHOMSKY, Noam. Linguagem e mente. Braslia: Universidade de Braslia, 1998.

    COCENZA, R. Fundamentos de Neuroanatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.

    EPSTEIN, Gerald. Imagens que Curam. 9 Edio, Xenon Editora. Rio de Janeiro 1990.

    GAZZANIGA, M. Neurosciences cognitives: the biology of the mind. Paris: Ed. De Boek Universit,

    1998.

    GOLEMAN, Daniel. Emoes que Curam. MG Textos Editorial Ltda. Rocco Rio de Janeiro 1999.

    HALEY, Jay. Terapia No Convencional. So Paulo, Summus Editorial: 2 Edio. 1991.

    HAY, Louise. Meditaes Para a Sade do Corpo e da Mente. Sextante Editora .2000

    HAY, Louise. Voc Pode Curar Sua Vida. Bestseller editora. 2004

    JUNG, CARL G., Os Arqutipos e o Inconsciente Coletivo. Petrpolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes.

    1976.

    LENT, R. Cem Bilhes de Neurnios. Conceitos Fundamentais de Neurocincias. So Paulo: Livraria

    Atheneu, 2004.

    LUNDY-EKMAN, L. Neurocincia: fundamentos para a reabilitao. Rio de Janeiro: Guanabara

    Koogan, 1998.

    LURIA, A R. Pensamento e linguagem: as ltimas conferncias de Luria. Porto Alegre, Artes Mdicas,

    1987.

    LURIA, A . Basic problems of neurolinguistics. New York: Mouton,1976.

    MUSSALIN, F. & BENTES, A. Introduo lingstica: domnios e fronteiras. So Paulo: Cortez, 2001.

    PAIXO, Paulo. Letargia e Hipnose Sem Magia. Pe Berthier Editora. Passo Fundo: 1996.

    PINKER, Steven. Como a mente funciona. So Paulo: Cia das Letras, 1998

    PINKER, Steven. Do que feito o pensamento. So Paulo: Cia das Letras, 2008

    PINKER, Steven. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. So Paulo: Martins Fontes,

    2002.

    POLITO, Reinaldo. Para Falar Bem em Conversas e Apresentaes. So Paulo: Saraiva, 2005.

    Robbins, Anthony , Poder sem Limites. 8 ed. So Paulo: Best Seller, 2007.

    WEIL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O Corpo Fala. 39. ed. Petrpolis: Vozes, 1996.

  • 27

    A Resilincia No Processo Hipntico

    Autora: Norma Manhs Guerra (CRP 05/12627)

    morte que inventa uma estratgia para voltar vida. No um fracasso anunciado desde

    o comeo de um filme, mas o desenrolar imprevisvel, com solues surpreendentes,

    muitas ve

    Boris Cyrulnik

    O uso do termo resilincia vem sendo usado h muito tempo no campo da fsica

    mecnica, referindo-se a resistncia dos materiais (at a dcada de 60). Nasceu de um

    antigo termo do latim, resalire, que quer dizer saltar de volta.

    ao choque, ou propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo devolvida

    quando cessa a tenso causadora duma deformao elstica.

    A lngua inglesa faz tambm referncia s pessoas: descreve como habilidade

    delas voltarem mais rapidamente para seu usual estado de sade ou estado de esprito,

    depois de passar por doenas ou dificuldades.

    Na rea da psicologia, foi utilizada pela primeira vez pela especialista americana

    Emma Werner, que acompanhou durante 30 anos o desenvolvimento de crianas

    carentes do Hava, submetidas a inmeros traumas, doenas e violncias. O resultado da

    pesquisa revelou que um tero delas foi capaz de voltar a ser feliz aps vivenciar a

    situao traumtica, enquanto que dois teros tiveram dificuldades de adaptao.

    Inicialmente, tal capacidade remetia a idia de invencibilidade ou

    invulnerabilidade, usada para descrever crianas que apesar de expostas a prolongados

    perodos de adversidade e stresse psicolgico, apresentavam sade emocional e alta

    competncia.

    Invencibilidade e invulnerabilidade passavam a idia de uma caracterstica

    intrnseca ao indivduo, imutvel, constante e ilimitada para suportar adversidades.

    Posteriormente, as pesquisas mostram que a resilincia relativa, que suas bases

    so tanto constitucionais quanto ambientais, e que o grau de resilincia no tem uma

    quantidade fixa e varia de acordo com as circunstncias. A pessoa no era invencvel

  • 28

    nem invulnervel, mas resistente ao estresse, cabendo assim o termo e a afirmao de

    que ns no somos resilientes, estamos resilientes.

    Estudos e testes realizados por especialistas citam algumas ferramentas usadas

    para se chegar a um conjunto de caractersticas e traos que identificam a criana ou

    pessoa resiliente.

    - Sociabilidade as crianas devem se relacionar com crianas e desfrutar desse mundo

    infantil.

    - Criatividade na soluo de problemas aprender a lidar com a frustrao para poder

    despertar a criatividade.

    - Senso de autonomia e de respostas estimular sua mente sbia.

    Outro fator relevante a idiossincrasia da memria; como ele interpreta e narra

    a sua histria. Tudo vai depender do temperamento do indivduo que o far agir, ver,

    sentir e reagir de maneira pessoal ao dos agentes externos.

    Boris Cyrulnik

    O pai da resilincia, Boris Cyrulnik, que retomou os estudos de Emma Werner,

    baseou sua teoria tambm em sua experincia pessoal. Nascido em 1937, filho de judeus

    russo-polons, quando tinha seis anos de idade, durante a segunda guerra mundial,

    escapou de uma batida policial na Frana, onde perdeu seus pais e irm, deportados e

    mortos em campo de concentrao nazista. Boris foi resgatado por um grupo da

    resistncia francesa, tendo o seu nome trocado e durante anos no pode dizer a verdade

    sobre sua histria; ainda criana teve que reaprender a viver.

    Na adolescncia destaca-se como desportista usando esse potencial e modelo

    como metfora no processo de descoberta cientfica. Nos anos 60, estuda medicina e

    direciona-se para a etologia (estudo comparado do comportamento dos animais),

    fazendo residncia mdica na neurologia, psiquiatria e psicanlise. Depois de formado

    dedicou-se ao estudo da superao de eventos traumticos.

    Considerado o pai da resilincia, ele integra conceitos biolgicos, psicolgicos e

    ticos ao questionar sobre a capacidade do sujeito em superar as adversidades da vida.

    Para ele, diante da perda, da adversidade e do sofrimento inevitvel, em alguns

    momentos da vida, duas estratgias so possveis: tornar-se vtima ou transcender o

    momento.

  • 29

    A resilincia vem como fator de preveno sade.

    Milton Erickso n

    Milton Erickson

    Assim como no poderamos deixar de lembrar da celebridade resiliente de

    Milton Erickson, pai da hipnose moderna, esse mestre ilustre viveu a resilincia em

    vrios momentos e etapas de sua vida.

    Filho de fazendeiro contraiu poliomielite aos dezessete anos e ouve o mdico

    me que colocasse sua cama de tal maneira que visse o sol nascer

    no morrerei Aos primeiros raios de sol, entrou em coma profundo, despertando dias

    depois, j refeito do pior; a morte. Foi sua primeira luta interior quando experienciou a

    fora vir de dentro.

    Mais tarde, constatou o primeiro dos conceitos que veio a desenvolver, o

    princpio ideodinmico. Ele estava preso a uma cadeira de balano vendo os

    camponeses trabalhando no campo, e ele com muita vontade de estar l. Em algum

    momento percebeu que a cadeira balanava. Como isto poderia acontecer se estava

    paralisado? Foi a que percebeu que seu corpo fazia um movimento de ir para frente,

    com sua idia de ir para fora. Comeou a treinar as mos, braos e reaprendeu a andar

    passo a passo at se recuperar.Viu que a fora vem de dentro. Com a utilizao da

    hipnose naturalista, ressignificou os caminhos ditos problemticos.

    Ele ensinava aos seus alunos atravs de seminrios vivenciais sua metodologia,

    no teorizando.

    Hoje o vocbulo resilincia aplicado em vrios campos e contextos: na

    ecologia, na economia, na fsica, psicologia, informtica, empresa (RH). As pesquisas

    na rea da psicologia, m

    desenvolvida e aprimorada. Somente 20% das pessoas conseguem manter-se

    competentes em ambientes de presso.

  • 30

    No podemos impedir situaes stressantes, mas podemos definir por quanto

    tempo vamos alimentar o sofrimento, e canalizar essa emoo para uma ao

    construtiva.

    O resiliente opta pela criatividade e inteligncia diante de uma situao adversa,

    transformando: desnimo em persistncia, descrdito em esperana, obstculo em

    oportunidade, tristeza em alegria. Ele desenvolve o aprendizado no sentido de superar

    desafios com o mximo de competncia, sabedoria, excelncia e sade possveis.

    Resilincia a capacidade de adaptao, demonstrada atravs da recuperao

    pessoal aps o impacto inicial da mudana e permite que evitem as distores do

    choque no futuro.

    O resiliente no insensvel, se adapta para se ajustar situao, acompanhando

    as mudanas ao seu redor, que so mais frutferas que danosas, enquanto que o

    acomodado permanece esttico. Ao contrrio das vtimas o resiliente, prospera durante a

    quebra de suas expectativas e a desordem causada pela adversidade.

    Os resilientes no enfrentam menos desafios que os outros mas recuperam seu

    equilbrio mais rapidamente, mantendo o nvel de qualidade e produtividade nas

    dimenses: pessoal, profissional, da sade fsica e emocional. Ele alcana assim seus

    objetivos, sofre o impacto, mas rene foras para se reposicionar. A lucidez a forma

    que o torna permevel ao processo de mudana.

    Ele relata as adversidades de sua vida como oportunidade de aprendizado e

    consegue manter a conduta s mesmo estando num ambiente insano; transforma toda

    energia de um problema em uma soluo criativa; supera tudo tirando proveito dos

    sofrimentos inerentes s dificuldades, trazendo do passado somente o aprendizado da

    situao dolorosa.

    Quanto mais resiliente for, maior a capacidade de desenvolvimento pessoal,

    sendo capaz de vencer as adversidades, por mais traumticas que sejam, desde um

    desemprego inesperado a morte de um ente querido, separao dos pais, repetncia na

    escola ou catstrofes.

    Em face da desintegrao psquica-emocional, uma pessoa necessita descobrir

    novas formas de lidar com a vida e dessa experincia aprender a se reorganizar de

    maneira eficaz.

    Resilincia a arte de ser flexvel, de resistir s adversidades e utiliz-las para

    seu desenvolvimento pessoal/social, dando a volta por cima e amadurendo. Ela uma

    conquista pessoal.

  • 31

    A psicologia estuda a situao de risco, stresse nas situaes adversas, e

    respostas finais de adaptao e ajustamento. O risco deve ser sempre pensado como

    processo e no como varivel em si, so flutuantes na histria do indivduo. Mudam de

    acordo com as circunstncias de vida e tm diferentes repercusses, dependendo de

    cada um. No podemos pensar em causa e efeito. O evento chave representa somente o

    indicador de uma situao de risco, mas o mecanismo de risco envolve uma rede

    complexa de acontecimentos anteriores ao evento chave.

    Uma mesma situao de vida pode ser experienciada por um indivduo como

    perigo, enquanto que para outro, pode ser vista como desafio e oportunidade de

    crescimento.

    Eventos operam como estressores na medida em que sobrecarregam ou excedem

    os recursos adaptativos da pessoa.O fatalismo e resignao passam longe dos resilientes.

    Os projetos dos resilientes vem acompanhados de imagem. Quem no consegue se

    projetar no futuro, dificilmente realiza seus sonhos como nos ensina a Hipnose.

    Composio das caractersticas das pessoas resilientes:

    Formao gentica, meio sociocultural, traos de personalidade.Treinando no dia a dia a

    autodisciplina, que s vem com o tempo, e a autoconfiana que reflexo dos sucessivos

    registros do nosso potencial regenerativo, podemos desenvolver uma maior capacidade

    de resilincia.

    Falta de resilincia acarreta:

    Doenas psicossomticas, fruto da falta de habilidade para flexibilizar e adaptar-se s

    adversidades.

    Concluso

    Fica evidente quando estudamos resilincia que a hipnose / auto hipnose, fator

    preponderante para que seja feita a ressignificalao dos fatores estressantes de nossas

    vidas.

    Constatamos tal evidncia ao traarmos um paralelo das vidas de Boris Cyrulnik

    e Milton Erikson, que a partir de suas experincias pessoais elaboraram metodologias

    para presentearem a humanidade, no sentido de trazer entendimento e cura para as

    feridas que at ento pareciam sem recursos para fecharem.

  • 32

    Quando em nossos consultrios lanamos mo da poderosa ferramenta chamada

    hipnose, podemos elucidar dificuldades a luz da resilincia transformando a dor em

    crescimento.

    Esse processo acontece em via de mo dupla, paciente e terapeuta, trabalhando

    para criar multiplicadores do conceito de resilincia como fator profiltico da dor, tanto

    para si prprio, como para o ambiente ao qual est inserido. Eles representam uma fonte

    de inspirao inesgotvel.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

    Resilincia: A arte de ser flexvel Flach,F. Ed.Saraiva

    Autobiografia de um espantalho Boris Cyrulnik Ed. Martins Fontes.

    A queda para o alto Herzer, A. Ed. Vozes

    Supere! A arte de lidar com adversidades Eduardo Carmello Ed. Gente

  • 33

    Tcnicas De Hipnose No Tratamento De Dor Crnica

    Autor: ureo de Souza Arajo (CRO-RJ 24908)

    A Hipnose na Dor

    Os processos fisiolgicos que permitem o corpo sob hipnose livrar-se da dor

    vm sendo estudados e pesquisados h dcadas.

    A teoria mais recente a que considera os Estereoceptores(Receptores Da Dor) e o

    Sistema Ativador Reticular Ascendente(SARA)- feixes de clulas prximas ao crebro.

    Mecanismo de Ao

    Sempre que uma pessoa vai se submeter a alguma interveno dolorosa, ela

    comea a liberar alguns hormnios, principalmente o Cortisol,que produz o estresse e

    acaba esgotando o crebro e o corpo. A Hipnose faz com que o SARA induza a

    produo de hormnios, tais como Serotonina(do bem estar) e Beta- endorfinas, criando

    antagonismo com o Cortisol.

    Estudos recentes feitos atravs de tomografias computadorizas comprovaram

    que a imagem do SARA se modifica do estado da Dor para o do Bem Estar quando o

    paciente est Hipnotizado.

    Hipnoanalgesia e Hipnoanestesia

    Na prtica Clinica de um profissional de sade certas aes definidas como atos

    operatrios podem ser cirrgicos ou no, na maioria da vezes evocam experincias

    desagradveis como dor, desconforto e cansao que provocam alteraes do estado

    emocional e atividades involuntrias do paciente.

    A Hipnose assume grande importncia dentro da relao profissional x paciente.

    Ela proporciona ao paciente a capacidade de redefinir seu limiar de suportabilidade da

    dor atravs de modificaes na senso-percepo dolorosa e na memria da dor.

    O profissional da Sade moderno, alinhado com o anseio de bem estar

    apresentado pelo paciente deve ter em mente que a dor no somente o resultado de um

    estmulo sobre a terminao nervosa mas sim um processo individual que possui

    componentes fisiolgicos, culturais,sociais, emocionais e temporais.

  • 34

    A hipnoanestesia e a hipnoanalgesia no se prope a ser um mtodo absoluto e

    sim complementar aliado com os avanos da cincia , embora a analgesia e a anestesia

    geral sob hipnose ocorra com grande freqncia.

    Tcnicas para Controle da Dor

    Grficos da dor

    Modificao da senso-percepo da dor

    Anestesia de Luva

    Regresso de Memria

    Etc...

  • 35

    Hipnose No Tratamento Coadjuvante Do Tabagismo

    Autor : Dr Marlus Vinicius Costa Ferreira (CRM -PR 2347)

    O objetivo proporcionar informaes sobre o tabagismo e o seu tratamento

    provenientes de publicaes cientficas e experincia clnica que sejam de valor prtico

    para os profissionais envolvidos no atendimento de pacientes fumantes. Os cigarros so

    responsveis por muito mais danos do que todas as drogas ilegais combinadas. A

    nicotina presente no cigarro cinco a 10 vezes mais potente do que a cocana ou a

    morfina para produzir efeitos psicoativos em humanos. A vida mdia de eliminao da

    nicotina aproximadamente de uma a quatro horas, com significativa variao

    individual.

    A quantidade de nicotina despejada nos receptores cerebrais entre 10 e 20

    segundos aps uma tragada depende das caractersticas individuais de cada fumante,

    volume da tragada, profundidade da inalao, nmero de tragadas, quantidade de

    diluio do ar na sala ou no ambiente livre no qual esta sendo fumado um cigarro e

    obstrues dos furos de ventilao na parte do filtro do cigarro4. A queima da ponta do

    cigarro vaporiza a nicotina que inalada para os bronquolos e alvolos pulmonares

    durante a tragada, onde absorvida pelos vasos capilares, passa do para o ventrculo

    esquerdo e, via artrias, arterolas e capilares espalhada para o corpo e para o encfalo.

    A nicotina passa rapidamente pela barreira hematoenceflica porque a molcula de

    pequeno tamanho, e no crebro provoca liberao de acetilcolina (melhora a memria),

    de dopamina (sensao de prazer), de noradrenalina (sensao de prazer e anorexia), de

    beta endorfinas, causando reduo de estados negativos associados com a tenso e

    ansiedade. O fumo da maioria dos cigarros tem o pH cido variando de 5.5 6.0,

    porque curado em fornos com temperaturas especficas para a fabricao desses

    cigarros, de modo que a nicotina no absorvida pela mucosa bucal, porque est quase

    totalmente ionizada, mas facilmente absorvida pela superfcie dos estimados

    30.000.000 de alvolos pulmonares que desdobrados alcanam 140m2. Ao contrrio, o

    fumo para charutos e cachimbos curado em ambiente natural, ao ar livre sob o sol, tem

    pH alcalino 7.0 ou maior, sendo absorvido pela mucosa bucal5.

    O relatrio do Surgeon General (Ministrio da Sade dos EUA) de 1988 define

    dependncia como o uso compulsivo de uma droga que tem psicoatividade e que pode

    estar associada com tolerncia e dependncia fsica (p.ex., pode estar associada com

  • 36

    sintomas de afastamento aps a suspenso no uso da droga)6. Esse relatrio concluiu

    que o cigarro e outras formas de tabaco geram dependncia e que a nicotina existente

    no tabaco que causa a dependncia. Contudo, um grupo de aproximadamente 10% de

    tabagistas, fuma regularmente cinco ou menos cigarros por dia e parece no ter

    Dependncia7 e, esses fumantes em sua maioria, no apresentam sintomas de

    afastamento quando param de fumar. Tipicamente essas pessoas fumam em situaes

    especficas, podem ficar um ou mais dias sem fumar e podem parar de fumar sem

    grande desconforto pessoal.

    Dez brasileiros morrem a cada hora de doenas decorrentes do cigarro8; em um

    dia so 240 mortes. Em um ms so 7.200 mortes, e em um ano a guerra do cigarro

    mata 86.400 brasileiros. Contudo, o governo brasileiro age como um fumante

    inveterado, porque de cada real gasto pelo fumante em cigarros, o governo embolsa 74

    centavos em impostos, mas gasta muito mais do que isso no tratamento de pessoas com

    doenas decorrentes do ato de fumar. Segundo o Centro de Controle e Preveno de

    Doenas dos EUA, cada cigarro fumado corresponde a USD $ 7.18 em cuidados

    mdicos e perda da produtividade.

    Segundo a Organizao Mundial da Sade, duzentas toneladas de nicotina so

    consumidas diariamente no mundo e estimado que um bilho de pessoas seja

    dependente. Alm disso, segundo estimativa divulgada pela agncia Reuters,

    continuando a tendncia atual um bilho de pessoas morrero no sculo XXI de doenas

    relacionadas ao tabaco. Os fatores que contribuem para a ampliao do uso do cigarro e

    da dependncia nicotina acima dos problemas com outras drogas incluem9: grande

    disponibilidade, o custo relativo menor do que o de outras drogas, ausncia de sria

    consequncia legal, marketing de elevada qualidade realizado pela indstria do tabaco.

    O que intolervel a meta da indstria do tabaco visar atingir os adolescentes,

    porque eles sabem que tero um consumidor durante dcadas. Vrios estudos indicam

    que as pessoas ao comear fumar entre 14 e 16 anos de idade, desenvolvem muito maior

    dependncia da nicotina do que aquelas que fumam o primeiro cigarro aps os 20 anos

    de idade10-13

    . O adolescente mais vulnervel para a disfuno colinrgica provocada

    pela nicotina14

    , e tambm mais vulnervel para a alterao dos sistemas noradrenrgico

    e dopaminrgico10

    . O adolescente que comea fumar aos 15 anos de idade formar um

    circuito cerebral s para a nicotina que o acompanhar para o resto da vida, porque foi

    feito em espaos que estavam sendo abertos para novos circuitos cerebrais; e depois se

    parar fumar, esse circuito permanece ativado durante sete anos15

    . Se o incio do

  • 37

    tabagismo ocorrer aps os 25 anos de idade, ao parar de fumar os circuitos cerebrais so

    desativados em seis meses.

    O ato de fumar frequentemente causa dependncias qumica, psicolgica e

    comportamental. As aes farmacolgicas diretas da nicotina so necessrias, mas no

    suficientes para explicar o tabagismo e alm dos efeitos neurofisiolgicos da nicotina,

    deve-se levar em conta o contexto do ambiente no qual o comportamento ocorre16

    . A

    dependncia psicolgica est relacionada ao prazer em fumar, ao alvio da ansiedade, a

    melhora do humor e da memria de curta durao, porque a nicotina uma droga

    psicoestimulante. Contudo, os fumantes comeam apresentar comprometimento do

    humor e da performance dentro de horas aps terem fumado o ltimo cigarro e,

    certamente, de um dia para o outro. Esses comprometimentos so aliviados

    completamente ao fumar um cigarro. Os tabagistas crnicos passam milhares de vezes

    por esse processo durante o perodo de suas vidas enquanto fumantes, e isso pode lev-

    los a identificar o cigarro como uma auto-medicao efetiva, mesmo se o efeito

    apenas de alvio dos sintomas de afastamento em vez de alguma melhora concreta17

    . A

    dependncia comportamental est associada com situaes, locais, horrios, atividades,

    pessoas. A dependncia comportamental, decorrente da repetio do mesmo ritual para

    fumar (condicionamento clssico pavloviano), colocando muitas vezes um cigarro na

    boca, sentindo a sensao da fumaa dentro da boca e na garganta. Considerando que

    em mdia uma pessoa d dez tragadas em cada cigarro, se ela fumar um mao de

    cigarros ao dia, est fazendo o gesto de levar um cigarro boca e de sentir a fumaa

    roando a sua garganta em torno de 200 vezes ao dia, o que perfaz 7.200 vezes em um

    ano. Alm disso, cada vez que uma pessoa retira um cigarro do mao para fumar ela

    est reforando a viso do mao de cigarros com o ato de fumar, que perfazem 7200

    vezes em um ano. O ato de fumar tambm desempenha importante papel na manuteno

    do comportamento do fumante18-21

    e inclusive exames de tomografia por emisso de

    psitrons (PET) e ressonncia magntica funcional (RMf) mostram nos fumantes

    aumento da atividade cerebral nas regies associadas ateno, motivao e

    recompensa em relao s circunstncias associadas ao ato de fumar22,23.

    Nos fumantes

    privados da nicotina, so ativados os circuitos cerebrais da recompensa e da ateno

    pela exposio s imagens associadas ao ato de fumar23

    , e inclusive as circunstncias

    associadas ao ato de fumar so processadas como drogas que causam dependncia, e

    ativam regies mesolmbicas do sistema de recompensa23

    . O tratamento deve

  • 38

    proporcionar condies para que o paciente aprenda lidar com esses trs aspectos, a fim

    de superar o tabagismo.

    A exposio s circunstncias associadas ao ato de fumar pode desencadear

    estimulao fisiolgica, recadas, procura pela nicotina e avidez pelo cigarro. Um estudo

    de ressonncia magntica com imagens de perfuso examinou em 21 fumantes a

    atividade neural associada s circunstncias indutoras da avidez, comparando a ativao

    durante a exposio s circunstncias associadas e no associadas ao ato de fumar24

    .

    Esse estudo mostra que a ativao das reas do crtex pr-frontal dorso lateral

    bilateralmente e cngulo posterior, positivamente, se correlacionam com a intensidade

    da avidez e as circunstncias associadas ao ato de fumar. Em um estudo25

    pela RMf para

    a comparao da resposta da ativao cerebral ao fumar e ao videotape de controle em

    20 fumantes sadios, enquanto era variado os graus da expectativa para fumar e nveis de

    abstinncia, mostrou que a ativao neural foi fortemente modulada pela expectativa e

    em menor extenso pela abstinncia. Em indivduos esperando fumar imediatamente

    aps uma sequncia do exame de RMf, as circunstncias associadas ao ato de fumar

    ativaram as reas cerebrais implicadas na estimulao, ateno e controle cognitivo25

    .

    Contudo, quando esses mesmos indivduos sabiam que no poderiam fumar dentro das

    prximas quatro horas, praticamente no houve ativao dessas reas cerebrais,

    independentemente de relatarem avidez para fumar. Desse modo, as circunstancias

    associadas ao ato de fumar agem nas reas envolvidas na ateno, mas se criarmos

    expectativas que o tabagista no fumar, no haver a ativao cerebral e,

    consequentemente, a modificao das expectativas de cada indivduo em relao ao ato

    de fumar pode facilitar o tratamento. Portanto, durante a hipnose, estabelecer

    expectativas para o paciente permanecer no fumante diante de circunstncias

    vinculadas ao seu hbito de fumar no passado. Outra possibilidade provocar amnsia

    para as circunstncias associadas ato de fumar que no indivduo exposto despertavam a

    avidez para fumar, desde que o paciente tenha habilidade hipntica para a amnsia.

    O grau de ativao dos receptores nicotnicos cerebrais varia de uma pessoa para

    outra:

    1. Em torno de 5% dos fumantes apresentam nula ou discretssima sensibilidade

    nicotina, porque geneticamente no desenvolvem ativao dos receptores cerebrais. So

    aqueles pacientes que fumam uns quatro a cinco cigarros diariamente e, quando

    decidem parar, param sem necessidade de aconselhamento ou de tratamento mdico26

    .

  • 39

    2. Aproximadamente 50% dos fumantes tm dependncia acentuada nicotina que pode

    ser evidenciada no teste de Fagerstrm modificado27

    indicando escore entre 6 e 10

    pontos28

    .

    3. Em torno de 45% dos fumantes tm graus variveis de baixa mdia sensibilidade

    nicotina, e quando fumaram o primeiro cigarro apresentaram sintomas desagradveis

    fracos. Estas pessoas apresentam baixa ou mdia dependncia nicotina, fumam

    moderadamente, e ao parar de fumar os sintomas de abstinncia so discretos, alm do

    risco de recorrncia no ser muito elevado.

    O uso das sugestes hipnticas para eliminar o tabagismo foi primeiro

    documentado em 1847, e atualmente amplamente usado como tcnica para 6 parar de

    fumar. Contudo, mesmo que um tratamento seja amplamente usado no significa

    garantia que tenha suporte emprico. Para a evidncia emprica da eficcia de um

    tratamento preciso preencher os e critrios de Chambless e Hollon publicados em

    199829

    :

    randomizao;

    existncia de manual especificando as condies do tratamento;

    populao com critrios definidos de incluso;

    nmero mnimo de 25 a 30 pacientes por brao;

    estatisticamente superior a no tratamento ou placebo ou tratamento

    alternativo j estabelecido;

    reproduo dos resultados em dois servios independentes;

    Esses critrios para alguns tratamentos como para o tabagismo precisam ser

    acrescidos das seguintes diretrizes: definir abstinncia como sendo a completa

    permanncia sem fumar nenhum cigarro, charuto ou cachimbo; comprovao

    bioqumica da abstinncia relatada pelo paciente e seguimento mnimo de um ano30

    .

    Os programas utilizando a hipnose para eliminar o hbito de fumar variam desde

    uma s consulta com hipnose e ensino de auto-hipnose; consulta nica com terapia

    cognitiva e hipnose, sem auto-hipnose, nem gravao; duas consultas de duas horas

    cada, associadas terapia cognitiva; trs consultas com hipnose associada terapia

    cognitiva; oito consultas espaadas em trs meses. H ainda a associao da hipnose,

    terapia cognitiva com adesivo de nicotina e/ou com farmacoterapia, especialmente a

    bupropiona.

  • 40

    Nosso protocolo com oito a 12 consultas proporciona oportunidade para ajustar

    as consultas s necessidades individuais, medida que o tratamento se desenvolve. As

    estruturas de cada consulta o resultado de constante aprimoramento da interveno

    pela hipnose31,32,33,34

    . Este protocolo prope que a 2a consulta seja agendada para o dia

    que o paciente se tornar no fumante. A 3a consulta marcada com o intervalo de um

    dia aps a segunda consulta; enquanto a quarta consulta fica estabelecida para quadro

    dias aps a terceira consulta. Contudo, essa sequncia inicial pode ser modificada de

    acordo com as necessidades de cada paciente. Na Tabelas 1 esto os tpicos avaliados

    em cada consulta.

    Nas tabelas 2 e 3 esto os pontos abordados, respectivamente, durante a primeira e a

    segunda consulta.

  • 41

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

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    abuse: Neurobehavioral Pharmacology. New York, NY: Plenum Press 1998;283-287.

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    publication n0 (CDC) 88-8406), 1988.

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    Erickson do Esprito Santo. Vitria 5-7/08/2005.

    33. Ferreira MVC. Hipnose como auxiliar no tratamento do Tabagismo. IV Jornada da Sociedade Mineira

    de Hipnose. Belo Horizonte, 29-30/09/2006

    34. Ferreira MVC. Tratamento Coadjuvante pela Hipnose. Rio de Janeiro, RJ: Editora Atheneu, 2008.

  • 44

    Hipnose No Transtorno De Converso

    Autor: Dr. Rui Fernando Cruz Sampaio (CRM14918 CRP 08/2752)

    Conceituao Da Hipnose:

    A hipnose um fenmeno mental complexo, que foi definido como um estado

    de concentrao focal aumentada e receptividade s sugestes de outras pessoas.

    Tambm tem sido chamada de estado alterado de conscincia, estado dissociado, e

    outros.

    Existem vrias teorias tentando definir o que a hipnose. Todavia, nenhuma

    teoria completame

    o mdico escocs James Braid (1795-1860), que acreditava que o sujeito encontrava-se

    Braid constatou que a

    os seus derivativos, hipnotismo, hipnologia, hipnotista, etc.

    O mrito de Braid est na definio, conceituao e incio de uma tentativa

    cientfica de explicao da hipnose, alm do desenvolvimento do primeiro mtodo de

    hipnose denominado Procedimento de Braid ou da Fixao do Olhar. Alm, da sua

    percepo de que a hipnose correspondia a um estado intermedirio entre o estado de

    viglia e o sono propriamente dito, sem contudo se constituir no sono fisiolgico.

    Esse conceito, se constitui em algo extremamente importante, pois se no sono

    fisiolgico, conseqentemente no h perda de conscincia durante a hipnose.

    Sigmund Freud (1856-1939):

    Estudou com Charcot, usou a hipnose no incio de sua carreira, para ajudar os

    pacientes a recuperar lembranas reprimidas. Ele observou que os pacientes reviviam

    eventos traumticos sob hipnose, processo conhecido como ab-reao. Freud

    posteriormente substituiu a hipnose pela tcnica de Associao Livre.

    Histria:

    uma psiconeurose cujos conflitos emocionais surgem na forma de uma severa

    dissociao mental ou como sintomas fsicos (converso),

  • 45

    independentemente de qualquer patologia orgnica ou estrutural conhecida, quando a

    O termo origina-se do grego, Hystra, que significa que o tero vagava pelo

    corpo e a histeria era considerada uma molstia especificamente uterina. Na verdade, os

    sintomas histricos podem se manifestar em homens e mulheres e so mais comumente

    observados na adolescncia. J, Charcot, no final do sculo XIX, que empregava a

    hipnose para estudar a histeria, demonstrou que idias mrbidas podiam produzir

    manifestaes fsicas. Pierre Janet, seu aluno, considerou como prioritrias, para o

    desenvolvimento do quadro histrico, muito mais as causas psicolgicas do que as

    fsicas.

    Posteriormente, Freud em colaborao com Joseph Breuer (1842-1925),

    comeou a pesquisar os mecanismos psquicos da histeria e postulou em sua teoria que

    essa neurose era causada por lembranas reprimidas, de grande intensidade emocional.

    Famoso Caso Anna O.:

    Anna O., refere-se ao pseudnimo de Bertha Pappenheim, 21 anos paciente de

    Breuer, cujo tratamento se deu entre 1880-1882, cujo sintomas, a paciente apresentava

    cegueira, paralisia, no bebia gua, surdez, falta de sensibilidade, contratura no brao

    direito, tosse, tremores, e outros sintomas. Como se tratava de um caso resistente a

    terapia na poca, Breuer convidou Freud para em parceria fazerem o tratamento.

    Freud ento, utilizando-se da hipnose, observou que a medida que a paciente em

    regresso lembrava-se de situaes conflituosas ou traumticas de sua infncia, ia se

    libertando dos sintomas, fenmeno este denominado de Catarse. Este caso foi de

    fundamental importncia para a descoberta do Inconsciente, bem como nascimento do

    - 1885, e deu, surgimento Psicanlise

    propriamente dita.

    Atualmente a hipnose um mtodo usado como forma de terapia (hipnoterapia),

    como mtodo de investigao para recuperar memrias perdidas, e como instrumento de

    diagnstico e pesquisa.

    Hipnoterapia:

    Quando em hipnose, o paciente pode recordar coisas no disponveis

    conscincia no estado no-hipntico. Estas recordaes podem ser usadas na terapia

    para corroborar as hipteses psicanalticas referentes dinmica

  • 46

    do paciente, ou para capacitar o paciente a usar tais recordaes como catalisadoras de

    novas associaes.

    possvel, em alguns pacientes, induzir regresses de idade, durante as quais

    reexperimentam acontecimentos ocorridos em perodos anteriores de suas vidas. Os

    pacientes em transe hipntico podem descrever um acontecimento com uma intensidade

    semelhante de quando ele ocorreu (ab-reao) e experimentar uma sensao de alvio

    como resultado.

    A hipnoterapia tem seu papel no tratamento da amnsia e da fuga, embora o

    clnico deve estar consciente do perigo de trazer a recordao reprimida conscincia

    to rapidamente, pois o paciente pode ser subjugado pela ansiedade.

    Transtorno Conversivo:

    Caracterizado por um ou mais sintomas neurolgicos associados com um

    conflito ou necessidade psicolgica, no um transtorno fsico, neurolgico ou

    relacionada substncia.

    Como diagnsticos, sinais e sintomas podem ocorrer; Anormalidades motoras,

    como por exemplo: paralisia, disfagia, vmitos, afonia ou Perturbaes ou alteraes

    sensoriais como; anestesia, analgesia, diplopia, anosmia, surdez. Geralmente, encontra-

    se um estreito relacionamento temporal entre o sintoma e um estresse ou emoo

    intensa, vivenciado pelo paciente.

    Quanto sintomatologia predominam os sintomas no lado esquerdo em relao

    ao lado direito. A pessoa no est consciente de produzir intencionalmente o sintoma. E,

    sendo que o sintoma no constitui um padro de resposta culturalmente apropriada, no

    pode ser explicado por um transtorno fsico conhecido.

    Quanto a epidemiologia existe um predomnio no adulto jovem mas pode

    ocorrer na maia-idade ou em idade avanada.

    A razo de homens para mulheres afetadas de 1 : 2. Quanto a incidncia e

    prevalncia situa-se na faixa de 10% dos pacientes internados em hospitais e 5-15% de

    todos os pacientes psiquitricos ambulatoriais (dados americanos).

    Com relao ao histrico familiar existe uma incidncia maior em membros da

    famlia que j apresentaram o transtorno. Sendo mais comum em grupos de baixa

    situao scio-econmica e pessoas com menor nvel de escolaridade.

  • 47

    Etiologia:

    Existem algumas teorias: Biolgica e Psicolgica, na tentativa de explicao do

    que ocorre no Transtorno Conversivo. Na questo Biolgica os sintomas dependeriam

    da ativao de mecanismos cerebrais inibidores. A excitao cortical excessiva ativaria

    mecanismos inibidores do sistema nervoso central nas sinapses, pednculo cerebral e

    sistema reticular ativador.

    Com relao aos aspectos Psicolgicos poder-se-ia encontrar:

    a) - Expresso de conflito psicolgico inconsciente reprimido .

    b) - Transtorno de personalidade pr-mrbido esquiva, histrinica.

    c) - Impulso (ex. sexual ou agressivo) inaceitvel ao ego e disfarado atravs

    do sintoma.

    d) Identificao com membro da famlia com os mesmos sintomas provocados

    por doena real.

    Quanto aos Testes Laboratoriais e Psicolgicos o individuo com Transtorno

    Conversivo, no necessriamente, mas poder apresentar:

    a) - Potencial evocado mostra percepo sensorial perturbada, diminuda ou

    ausente no lado do defeito.

    b) - Prejuzo cognitivo leve, dficits de ateno e alterao visoperceptivas.

    c) - Inventrio Multifsico da Personalidade de Minnesota (MMPI) e Teste de

    Rorschach mostram impulsos instintuais aumentados, represso sexual,

    agresso inibida.

    Psicodinmica:

    - uma falta de preocupao com a doena presente em

    alguns pacientes.

    Ganho Primrio - refere-se reduo da ansiedade pela represso de um impulso

    inaceitvel.

    A simbolizao do impulso em sintoma (ex. brao paralisado) evita a expresso

    de um impulso agressivo.

  • 48

    Outros mecanismos de defesa como formao reativa, negao, deslocamento,

    podem estar presentes.

    Ganho Secundrio - refere-se a benefcios trazidos pela doena, neurose

    compensatria (ex. compensao por processos legais), esquiva do trabalho,

    dependncia da famlia, etc.

    Diagnstico Diferencial:

    A principal tarefa consiste em distinguir a condio de um transtorno de base

    orgnica. Pode eventualmente 25 - 50% dos pacientes receberem o diagnostico de um

    transtorno fsico ou mdico. importante um exame clinico detalhado com a

    interveno diagnstica de um Neurologista, tornando-se importante em muitos casos a

    eliminao de processos orgnicos atravs de exames complementares.

    Importante ainda, a diferenciao do Transtorno Conversivo de: Esquizofrenia -

    Transtorno do pensamento; Transtorno do Humor - depresso ou mania; Simulao e

    Transtorno Factcio com sintomas fsicos.

    Quanto ao curso e prognstico tende a ser recorrente, separado por perodos

    assintomticos.

    Bom Prognstico - incio sbito; estresse claramente identificvel no inicio;

    curto tempo entre incio e tratamento; Q.I. acima da mdia; sintomas de paralisia,

    afonia, cegueira.

    Mau Prognstico - transtornos mentais co-mrbidos; litgio em andamento;

    sintomas de tremor, convulses.

    Tratamento:

    O tratamento Farmacolgico pode constituir-se de Benzodiazepnicos para

    ansiedade e tenso muscular; Antidepressivos ou agentes serotoninrgicos para a

    ruminao obsessiva sobre os sintomas.

    Quanto ao tratamento Psicolgico a terapia orientada par

    entendimento dos princpios dinmicos e conflitos que esto por detrs dos sintomas. O

    paciente aprende a aceitar os impulsos sexuais ou agressivos e a no usar o transtorno