ANAIS DA IX JORNADA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - … da IX... · Cristiane Pimentel Victório...

145
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste ANAIS DA IX JORNADA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Rio de Janeiro 2016

Transcript of ANAIS DA IX JORNADA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - … da IX... · Cristiane Pimentel Victório...

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

ANAIS DA IX JORNADA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Rio de Janeiro

2016

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

ANAIS DA IX JORNADA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia

na Zona Oeste

1ª edição ISBN: 978-85-65120-05-0

Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Rio de Janeiro

2016

3

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Apresentação

A Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) convida a

comunidade Ueziana a IX Jornada de Ciência & Tecnologia. Nesta edição teremos o tema

UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia na Zona Oeste.

A Interação entre a universidade e a comunidade proporcionam relacionamentos

mutuamente benéficos, nos quais tanto as instituições de ensino superior quanto à população

podem expressar os seus desejos e necessidades, e todos aprendem e evoluem. A

comunidade pode ser representada por escolas de ensino básico, médio, ONGs, associações

de moradores e outros grupos que representam os cidadãos.

Tais parcerias podem gerar diversos benefícios educacionais e de inovação dentro e

fora da universidade. Os resultados do envolvimento incluem melhorar relações com a

comunidade e minimizar lacunas no sucesso dos alunos do ensino fundamental e médio de

baixo desempenho, por meio do estimulo a novas perceptivas de vida profissional. Essas

parcerias oferecem aos universitários a oportunidade de adquirir habilidades de pesquisa, de

ensino, de comunicação e de gestão, contribuindo para a definição de objetivos de carreira e

introduzindo novas opções de atuação profissional. Promovem uma compreensão mais

profunda e uma maior conexão com o mundo real. Docentes ganham novos meios para

divulgar suas pesquisas e recrutar jovens talentos enquanto a nossa UEZO é apresentada a

comunidade da Zona Oeste ouvindo suas necessidades e anseios.

Profª Drª Maria Cristina de Assis

4

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

FUNDAÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE -

UEZO

Alex da Silva Sirqueira

Reitor

João Bosco de Salles

Vice-Reitor

Vania Lucia Muniz de Pádua

Pró-Reitor de Graduação

Maria Cristina de Assis

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação

Dario Nepomuceno

Pró-Reitor de Extensão

Cristiane Pimentel Victório

Coordenadora de Iniciação Científica e Tecnológica

Alexander Machado Cardoso

Coordenador de Pesquisa

Ana Isabel Carvalho

Coordenador de Pós-graduação

5

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Equipe Técnica

Coordenação Geral Vania L. Muniz de Pádua

Pró-reitoria de Graduação

Dario Nepomucemo da Silva Neto

Pró-reitoria de Extensão

Coordenação de trabalhos de Iniciação

Científica Tecnológica e de Pós-

graduação

Cristiane Pimentel Victório

Alexander Machado Cardoso

Ana Isabel Carvalho de Santana

Aline Fonseca da Silva Soares

I Workshop dos Programas de Pós-

Graduação

Alexander Machado Cardoso

Ana Isabel Carvalho de Santana

Cristiane Pimentel Victório

Maria Cristina de Assis

Ronaldo Figueiró

Comunicação e Divulgação

Marcela Stingen

Elieu Santiago

Responsáveis pela página eletrônica da

Jornada de Ciência& Tecnologia

Luiz Bruno Vianna

Maria Cristina de Assis

Sistema emissão certificados

http://ixjornada.esy.es/certificados

• Luiz Bruno Vianna (LEMA/UEZO)

II Feira de Estagios e Oportunidades

• Edmilson de Souza Monteiro

• Luciana Cunha

Oficinas Interativas de Ciência e

Tecnologia

• Catharina Eccard Fingolo

Organização geral da Semana Nacional

de Ciência e Tecnologia na Zona Oeste

• Ida Carolina Neves Direito

Catharina Eccard Fingolo

Oficinas de Gestão para Associação de

Moradores

UEZO JR Consultoria

Dario Nepomucemo da Silva Neto

6

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Comitê Científico

Interno: Albert L. Suhett, Alexander Cardoso Machado, Alessandro Kappel Jordão, Aline

Fonseca da S. Soares, • Ana Isabel C. de Santana, Ana Beatriz Santoro, Carlos Vitor Carvalho,

Catharina Eccard Fingolo, Cristiane Pimentel Victório, Daniele Cruz Bastos, Eidy de Oliveira

Santos, Maria Francisca do N. Oliveira, Erika Dias Cabral, Fabio da S. de Azevedo Fortes,

Francisco José Rocha de Sousa, Jamila A. Perini Machado, Jessica Manya B. Dias Vieira, João

Victor Rego Ferreira, Luanda S. de Moraes, Luanda Silva de Moraes, Marise Costa de Mello,

Marco Antônio Mota da Silva, Maurício Q. Antolin, Maria Iaponeide F. Macêdo, Neyda de La

C. Om Tapanes, Patrícia Reis, Patrícia dos S. Matta, Renata Couto Vista, Renata Angeli,

Roberta Gaidzinski, Rogério Pinto Espíndola, Ronaldo Figueiró, Rosana da Paz Ferreira, Valdir

Melo, Vânia Lúcia Muniz de Pádua.

Externo: Fabiano S. Gomes de Oliveira (UERJ), Maria Goretti Freitas (FIOCRUZ)

Diagramação e organização: Cristiane Pimentel Victório , Aline Fonseca da S. Soares e Alexandre Pimenta Esperanço

Editora: Editado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pó-sgraduação–2016, Fundação Centro

Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO

7

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

FICHA CATALOGRÁFICA

______________________________________________________________________

Jornada de Ciência e Tecnologia da UEZO (IX:2016- Rio de Janeiro, RJ) Anais da IX

Jornada de Ciência e Tecnologia da UEZO; Autores: Cristiane Pimentel Victório, ,

Alexander Machado Cardoso, Ana Isabel Carvalho de Santana, Aline Fonseca da Silva

Soares

— Rio de Janeiro: UEZO, 2016, 145p., il. ISBN 978-85-65120-05-0

Tema: “UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia na Zona Oeste”

1. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste- UEZO — Pesquisa. 2. Ciência — Rio

de Janeiro — Congressos. 3. Ciência e tecnologia — Produção científica. I. Victório,

Cristiane Pimentel. II. Cardoso, Alexander Machado. III. Santana, Ana Isabel Carvalho.

V. Soares, Aline Fonseca da Silva. VI. IX Jornada de Ciência e Tecnologia – “UEZO

Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia na Zona Oeste”

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO End.: Avenida Manuel

Caldeira de Alvarenga 1203, Campo Grande, Rio de Janeiro, CEP: 23070-200 Tel.: (21)

2332-7535 Fax: (21) 2332-7530 www.uezo.rj.gov.br

Nota: Os resumos impressos não sofreram revisão por parte da equipe de diagramação, sendo,

portanto, reprodução fiel do texto preparado pelos autores

8

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Sumário

1. Apresentação 3

2. Equipe Técnica 5

3. Comitê Científico 5

4. Ficha Catalográfica 7

5. Sumário 8

6. Programação: I Workshop dos Programas de Pós-Graduação

7. Sessão Oral

8. Menção honrosa e premiação

9

11

12

9. Resumos dos \Programas de Pós-graduação UEZO

9.1- Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia Ambiental

9.2- Mestrado e Doutorado em Biomedicina translacional e outros

13

30

9.3- Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais 42

10. Resumo de Iniciação Cientifica e Tecnológica

10.1- Unidade Universitária de Tecnologia em Polímeros, Construção Naval,

Processos Metalúrgicos e Engenharia de Produção

10.2- Unidade Universitára de Computação

10.3-Unidade Universitária de Biologia e Farmácia

62

79

83

11. Abstracts (Bolsistas CNPq 2015-2016) 127

12. Resumos Oficinas Interativas 132

13. II Feira de Estágio e Empregabilidade

14. Oficinas de Gestão para Associação de Moradores

143

144

15. Patrocinadores e apoiadores 145

9

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

I WORKSHOP DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO UEZO

O I Workshop da Pós-graduação da UEZO nasce como um evento

interdisciplinar para congregar os três programas de pós-graduação hoje

existente na instituição em um espaço único de debate através das

apresentações de trabalhos acadêmicos e de palestras voltadas para o

público diversificado que compõe os três programas. A primeira edição do

evento ocorrerá nos dias 18 e 19 de outubro nas dependências da Fundação

Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) e contará com a

presença de palestrantes de outras instituições.

Publico alvo: Alunos de graduação e dos Programas de Pós-graduação

Ciência e Tecnologia Ambiental, Ciência e Tecnologia de Materiais e

Biomedicina Translacional (BIOTRANS)

Comissão Organizadora: Prof. Dr. Alexander Machado Cardoso, Profa

Dra. Ana Isabel Carvalho, Profa. Dra. Cristiane Pimentel Victório, Prof

a.

Dra. Maria Cristina de Assis, Prof. Dr. Ronaldo Figueiró

PROGRAMAÇÃO

TERÇA –FEIRA -18/10/2016

Mini curso “Microbiologia: Onde se aplica?” Ministrantes: Prof Dra. Jéssica Manya Bittencourt (UEZO) e Profa.

MSc. Aline Lorete (UEZO)

Horário: 13:00 – 15:00 e 16:00 – 19:00

Programação do Mini curso

Palestra – “Desafios e oportunidades do estudo de alterações genéticas e

do estabelecimento de modelos experimentais na pesquisa básica” Palestrante: Prof Dra. Jamila Perini (UEZO)

Horário: 15:00- 15:45

Local: Auditório Daniel

Exposição trabalhos do Programa de Pós-graduação em Ciência e

Tecnologia Ambiental e Biomedicina Translacional

Horário: 19:00-21:00

QUARTA-FEIRA -19/10/2016

Mini-Curso “Microbiologia: onde se aplica?”

10

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Ministrantes: Prof Dra. Jéssica Manya Bittencourt (UEZO) e Profa.

MSc. Aline Lorete (UEZO)

Horário: 13:00- 16:00

Palestra- “Metagenoma na Vigilância Epidemiológica e Ambiental”

Palestrante: Prof Dr Alexander Machado Cardoso (UEZO)

Horário:16:00 às 16:45

Local: Auditório Daniel

Palestra- “Aproveitamento de resíduos agroindustriais: Soluções

tecnológicas para as áreas de energia e materiais”.

Palestrantes: Prof. Dr. Pedro Beaton Soler(Universidade de

Oriente/Cuba) e a Profa. Dra. Neyda de la Caridad Om Tapanes

(Uezo).

Horário: 17:00 às 18:00

Local: Auditório Daniel

Palestra: “Aedes pet shop, felicidades e agruras de um mosquito

sinantrópico” Palestrante: Profa. Dra. Maria Goretti Freitas (Fundação Oswaldo

Cruz)

Horário:19:00 -20:00

Local: Auditório Daniel

Exposição trabalhos do Programa de Pós-graduação em Ciência e

Tecnologia de Materiais

Horário: 19:00-21:00

11

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Sessão Oral

Aluno/Centro Setorial Bolsa

CNPq Título

Lucas Sant’Anna Garcez (CCMAT) PIBITI Banco de dados de redes complexas: modelagem,

administração e visualização

Igor Ramos Pestana (CCMAT) PIBIC Criação e implementação de métricas em redes

complexas fuzzy

Hilmar R. de C. Júnior (CCMAT) PIBIC Cidades Inteligentes: Segurança Pública

Nicolas Gomes Teixeira (CSPI)

PIBITI

Membranas poliméricas modificadas com espumas

cerâmica para uso em célula a combustível:

influência do grau de sulfonação do SPEEK

Francielly Moura de Souza (CSPI)

PIBITI

Aplicação de extratos vegetais como inibidor de

corrosão de ligas ferrosas: um estudo eletroquímico

Rayane Campos Luiz (CSPI)

PIBITI

Obtenção de Nanocompósitos de SAN e Argila

Sulfonados para Aplicação em Células a

Combustível do Tipo PEM

Kariny Gomes Pereira (CCBS)

PIBIC

Estudo do potencial anti-inflamatório do extrato de

Euterpe oleraceae em modelo experimental de

endometriose

Felipe Figueirôa Moreira (CCBS)

Efeitos in vitro de novos compostos

metalocomplexos de ferro no crescimento de

epimastigotas de Trypanosoma cruzi

Amanda Sanae M. Oliveira (CSPI)

Avaliação de aço microligado como material nos

depósitos de Diesel Marítimo (DMA) e Diesel S-10

12

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Menção Honrosa e Premiação (Sessão pôster e oral)

CSPI Amanda Sanae M. Oliveira Francielly M. de Souza Raphael de S.dos Reis Silva Rayane Campos Luiz Tamara da Silva Tavares Nicolas Gomes Teixeira

CCBS Bruna Mendonça da Silva Christina A. Ferreira Fernanda Pereira Bortolami Felipe Figueirôa Moreira Gabriele Marques Pinto Kariny Gomes Pereira Tathiane Maria Sales Martins Yago Moreira Rodrigues

CCMAT Hilmar R. de C. Júnior Igor Ramos Pestana Lucas Sant’Anna Garcez

Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia em Materiais

Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental e Biotrans

Alan Sala Bourguignon Sidney Martins Francis Euzébio Pereira Isamara Araujo Rosa Barbosa Wanderson Almenara Leonardo Moreira Lima Thaís Magdalena

Edson de Jesus da Silva Jéssica Alessandra-Perini Tauana de Freitas Pereira

13

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

PÓS-GRADUAÇÃO EM

CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL

14

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise Quantitativa e Qualitativa de Bactérias Associadas à

Contaminação das Águas Potável e Purificada de uma Indústria

Farmacêutica Situada no Município do Rio de Janeiro Santos, J.M. (PG)¹*, Oliveira C.E.A. (IC)

1, Cardoso, A.M. (PQ)², Vieira, J.M. (PQ)

1

1 Setor de Microbiologia do Laboratório de Tecnologia em Cultura de Células – LTCC, UEZO ²Laboratório de

Biotecnologia Ambiental – LBA, UEZO.

*[email protected]

Palavras-chaves: Água, Microrganismos, Biofilme, Indústria farmacêutica.

Introdução

A água é um elemento indispensável a todos os

seres vivos1. A estrutura química da água é

peculiar, com um momento dipolo e grande

facilidade em formar ligações de hidrogênio2. A

água é normalmente habitada por vários tipos de

microrganismos. Contudo, ocasionalmente são

introduzidos organismos parasitários e/ou

patogênicos na mesma3. A produção de água

purificada para a indústria farmacêutica é de

extrema relevância por ser o componente

principal na preparação de diversas formas

farmacêuticas, sendo obtida a partir da água

potável que percorre uma combinação de

sistemas de purificação4. Os microrganismos

encontrados na água podem levar à formação de

biofilme, um sistema biológico formado por

comunidades microbianas e que possibilita a

aderência irreversível de microrganismos a

superfícies, o que pode causar prejuízos para o

setor industrial5. Este estudo propõe a análise

quantitativa e qualitativa da microbiota da água

potável e purificada de um sistema de água de

uma indústria farmacêutica a fim de associar

futuramente os microrganismos presentes à

formação de biofilme.

Materiais e Métodos

Após a coleta, as amostras foram filtradas pela

técnica da membrana filtrante e incubadas no

ágar R2A e ágar Cetrimide. Os microrganismos

encontrados foram quantificados pela técnica de

Spread Plate e as bactérias classificadas pelo

método de Gram como Gram negativas

futuramente serão identificadas através do

sistema VITEK® 2 Compact.

Resultados e Discussão

Foram observados diferentes tipos de colônias

durante as monitorações diárias da água potável

e da água purificada produzida pelo sistema de

purificação através da técnica da filtração em

membrana. Como esperado, a análise

quantitativa demonstrou redução no número de

microrganismos nas amostras de água purificada

produzida pelo sistema de osmose reversa

quando comparadas as amostras de água potável

de entrada no sistema.

Figura 1. Colônias de amostras de água potável (A e B) e

água purificada (C) com diferentes características

macróscópicas detectadas pela técnica de filtração em

membrana.

As análises microscópicas demonstraram maior

incidência de bactérias gram negativas nas

amostras de ambas as origens. As bactérias

gram negativas são normalmente as mais

encontradas em meio aquoso. Além disso, são

geralmente aquelas associadas à formação de

biofilme.

Conclusões

Os resultados dos ensaios macroscópicos

indicam a diversidade de microrganismos

presentes nas amostras de água potável e

purificada, com redução numérica nesta última.

Já os resultados microscópicos apontam maior

incidência de bactérias gram negativas nas

amostras analisadas. Agradecimentos: CNPq e FAPERJ.

Referências

1. Krueger T.; Maynard C.; Carr G.; Bruns A.; Mueller N.;

Lane S. A transdisciplinary account of water research.

WIREs Water 2016, 3:369–389. Humboldt-Universität zu

Berlin, Berlin, Germany, 2016.

2. Soares, A.; Clavico, E. Propriedades Físico químicas da

Água. Universidade Federal Fluminense (UFF), 2005.

3. Rehan A. Deshmukh, Kopal Joshi, Sunil Bhand & Utpal

Roy. Recent developments in detection and enumeration

of waterborne bacteria: a retrospective minireview.

Microbiology Open. Birla Goa Campus, NH17B Bypass,

Zuari Nagar, Goa 403726, India, 2016.

4. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

(ANVISA). Guia de Qualidade para Sistemas de

Purificação de Água para Uso Farmacêutico. Brasília-DF,

2013.

5. Macedo, J.A.B. Milknet. Biofilmes Bacterianos: Uma

Preocupação Para a Indústria de Alimentos, 2006.

Disponível em<www.milknet.com.br>. Acesso em 27 de

agosto de 2016.

A B C

15

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Preparação de Catalisadores Ambientalmente Amigáveis Via

Imobilização de Lipases em Copolímeros Sty-DVB com Estrutura de

PoliHIPEs Ezaine Cristina Corrêa Torquato (PG)¹*, Ana P.N. Brito (PG)

1, Jhennifer de Souza (IC)¹, Maria

Cristina de Assis (PQ), Luciana da Cunha Costa (PQ)1

1 Laboratório Analítico de Síntese Orgânica - LASO, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.

* [email protected]

Palavras-chaves: Catalisadores heterogêneos, Lipases, Polímeros de estireno e divinilbenzeno

Introdução

A imobilização de lipases em suportes sólidos

objetiva torná-las menos frágeis, viabilizando o

aumento da estabilidade e da atividade destas.

Elas atuam em numerosas reações e são

empregadas em tratamento de rejeitos

industriais gordurosos e diversos processos

industriais: produção de fármacos

estereosseletivos, agroquímicos, cosméticos,

biodiesel1. As lipases (triacilglicerol acil

hidrolases) são biocatalisadores que propiciam a

hidrólise de ligações éster-carboxílicas,

presentes em acilgliceróis2. A elevada área

superficial e as características de porosidade

tornam os polímeros de Estireno e

Divinilbenzemo (Sty-DVB) com estrutura

poliHIPEs suportes promissores para

imobilização de lipases3. O reuso dos

catalisadores heterogêneos e retorno ao processo

torna econômica e ambientalmente relevante, a

imobilização da lipase em suportes. Apesar das

potenciais vantagens, o assunto não tem sido

adequadamente explorado na literatura. Desta

forma, o objetivo principal deste trabalho é

desenvolver novas metodologias de

imobilização química de lipases em copolímeros

Materiais e Métodos

. ETAPA 1: Síntese dos PoliHIPEs

Posteriormente, será realizada a imobilização

química das lipases aos poliHIPEs por meio de:

imobilização direta de cadeias de

poliglutaraldeído às perolas Sty-DVB,

substituição do monômero Sty por metacrilato

de glicidila, reação de aminação e reação com

glutaraldeído, substituição do monômero Sty

por ácido metacrílico e reação com 1-etil-3-(3-

dimetilaminopropil)carbodiimida (EDC). As

pérolas modificadas quimicamente serão

submetidas ao contato com diferentes

concentrações de lipases. A atividade catalítica

dos produtos será avaliada por colorimetria

usando p-nitrofenol.

Resultados e Discussão

Resultados preliminares sugerem a produção

parcial e/ou total de poliHIPEs esféricos. Pois

foi possível visualizar, em imagens de MEV,

além de estruturas esféricas bem definidas,

microesferas e fragmentos.

Os testes de densidade aparente indicam uma

resina potencialmente porosa. Tabela 1: Síntese dos poliHIPEs Sty-DVB

Figura 1: MEVs dos poliHIPEs Sty-DVB

Conclusões

Análises realizadas até o momento sugerem

condições favoráveis a síntese de poliHIPEs

potencialmente esféricos e com elevada

porosidade. Salvo a velocidade de agitação da

reação e o volume de monômeros iniciais,

posteriormente ajustados. E, o tempo de duração

da reação que parece tem interferido no

rendimento, na formação parcial de poliHIPEs

com formato esférico e no aspecto da resinas

sintetizadas. Agradecimentos: FAPERJ, UEZO

Referências

1. Mendes, A. A., Giordano, R. C., Giordano, R. L. C.,

Castro, H. F. Journal of Molecular Catalysis B: Enzymatic

68, 109–1, 2011.

2. JAEGER, K. E., REETZ, M. T. Tibtech, v. 16, p. 396-

403, 1998.

3. Silverstein, M. S.. Progress in Polymer Science 39, 199-

234, 2014.

16

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Estudo Teórico de Blocos Moleculares para o Desenvolvimento de

Agentes Quelantes do cátion Ni2+

Visando a Despoluição de Recursos

Hídricos

Edson de Jesus da Silva (PG)¹*, Leonardo Moreira da Costa (PQ)1

1 Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-

UEZO, Unidade de Farmácia, Rio de Janeiro, RJ.

[email protected] ; [email protected]

Palavras-chaves: molécula quelante, recursos hídricos, poluição com níquel, DFT.

Introdução

Nas últimas décadas a contaminação

antropogênica dos recursos hídricos tem atraído

grande interesse nos campos das Ciências

Ambientais e Tecnológicas1. O descarte não

regulado de metais pesados nos ambientes

aquáticos é uma grande preocupação devido à

sua natureza tóxica e a tendência de

bioacumulação ao longo da cadeia trófica. Uma

vez que o cátion Ni2+

se dissolve na água e pode

ser absorvido nos diversos ecossistemas,

chegando dos níveis mais baixos aos mais

elevados da cadeia alimentar2. Isso causa sérios

problemas toxicológicos ao meio ambiente aos

organismos e a saúde humana3. No presente

estudo, analisou-se o bloco molecular (16

ligantes monodentados com diferentes grupos

funcionais) com maior afinidade pelo cátion

Ni2+

a fim de compreender as principais

características correlacionadas com a força de

interação para o desenvolvimento de um agente

quelante.

Materiais e Métodos

Foi utilizado o programa Gaussiam 09W para

cálculos de otimização de geometria e de

energias com o funcional B3LYP e a base 6-

311++G(d,p). O pseudopotencial SDD foi

utilizado para representar os elétrons mais

internos do cátio metálico.

Resultados e Discussão

Ligantes ∆H298

∆G298

O=P(OCH3)3 -31.78 -30.68

O=PH(CH3)2 -29.50 -28.79

N≡CCH3 -18.25 -15.52

N=CHCH3 -16.18 -14.94

S=C(CH3)2 -11.81 -11.60

S=CHCH3 -11.04 -9.18

O=CCH3NH2 -8.69 -8.21

O=C(OH)CH3 -8.45 -8.00

O=CH(OH) -8.24 -7.42

O=C(CH3)2 -7.58 -6.72

O=CHCH3 -7.50 -6.59

NH2-CH2CH3 -7.05 -6.14

S(CH3)2 -5.76 -5.49

HS-CH3 -5.46 -5.24

O(CH3)2 -2.74 -1.91

HO-CH2CH3 -2.43 -1.53

Conclusões

Entalpias e Energia Livre Gibbs para

substituição de uma molécula de água no

complexo [Ni(H2O)6]2+

de um ligante são

negativas, mostrando que a troca de uma

molécula de água por um ligante é um processo

espontâneo e exotérmico. O fosfato apresenta a

interação mais forte com o cátion metálico,

seguido por grupos funcionais com um átomo

de interação por ligação dupla e, em seguida,

por interação com grupos de átomos com

ligações simples. A ordem de afinidade

encontrada é: P=O (fosfato e óxido fosfínico) >

C=N (nitrila e imina) > C=S (tiocetona e

tioaldeido) > C=O (amida, éster, ácido

carboxílico, cetona e aldeído) > C-N (amina) >

C-S (tioéter e tioálcool) > C-O (éter e álcool). À

distância do metal ligante e cargas atômicas

estão correlacionados com a ordem de

afinidade. Agradecimentos: Dr. Leonardo Moreira da Costa e

ao Dr. José Walkimar de M. Carneiro. A FAPERJ

(Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), CNPq (Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico), ao

Computational Canada West Grid Cluster. S. R. S e

ao Dr. John M. Villegas pelos comentários.

Referências

1. Ladewig SM, Bao S, Chow AT (2015) Natural fibers: A

missing link to chemical pollution dispersion in aquatic

environments. Environ Sci Technol 49(21): 12609-12610.

2. Bhatnagara A, Minocha AK (2010) Biosorption

optimization of nickel removal from water using Punica

granatum peel waste. Colloids Surf B: Biointerfaces 76:

544–548.

3. Gupta VK, Mangla R, Agarwal S (2002) Pb(II) selective

potentiometric sensor based on 4-tert-butylcalix[4]arene in

PVC matrix. Electroanalysis 14(15-16): 1127–1132.

17

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Combate a Incêndio Florestal: Utilização e Eficiência de Retardantes

Químicos Visando a Economia de Recursos Hídricos

1Fernando Coelho(PG);

2Gilberto J. C. Araújo (PQ);

1Alexander M. Cardoso (PQ)

Laboratório de Biotecnologia Ambiental - 1Unidade de Biologia e 2Unidade de Engenharia de Produção, Centro

Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.

Palavras-chaves: Incêndio Florestal, Recursos Hídricos, Retardantes.

Introdução

Os incêndios florestais representam hoje um dos

principais problemas ambientais enfrentados em

todo mundo, consumindo milhares de hectares

de florestas a cada ano, influenciando

diretamente o aquecimento global em virtude do

gás carbônico (CO2) liberado em enormes

quantidades por estes incêndios e de acordo

com Rodrigues (2008), os incêndios em

vegetações são um dos maiores responsáveis

pela destruição de habitats naturais dos animais

em todo o mundo e, consequentemente, uma das

maiores causas da extinção de espécies.

Em virtude do exposto, ao longo do tempo, têm

sido pesquisadas novas tecnologias, visando o

controle dos incêndios florestais e um combate

com mais eficiência, com o menor desgaste dos

combatentes e menor consumo de água tendo

em vista a escassez cada vez maior deste

recurso. À medida que aumenta a dificuldadeem

se obterágua e aumenta a intensidade do

incêndio, surge à importância do uso de

produtos químicos que melhorem a eficiência da

água na extinção do fogo ou que possam

substituí-la.

O objetivo deste projeto é criar um novo

Procedimento Operacional Padrão (POP) para

combate a fogo em vegetação, utilizando

retardantes químicos, visando a economia de

recursos hídricos.

Materiais e Métodos

Consiste em levantar um referencial teórico

sobre combate a incêndio florestal,

comportamento do fogo e a eficiência dos

retardantes químicos de combate a incêndio

florestal, verificando através de ensaios sua

eficiência na redução da velocidade de

propagação do fogo, na diminuição do

comprimento das chamas e na preservação da

massa da vegetação através da comparação dos

valores de intensidade obtidos nas queimas

realizadas sem a aplicação dos produtos

químicos, com os respectivos valores obtidos

nas queimas com aplicação dos mesmos.

Resultados e Discussão

As queimas nas linhas 1 e 2 para análise da

eficiência do retardante de curta duração foram

realizadas simultaneamente, visando a menor

interferência possível do vento e das demais

variações climáticas, como mostra a figura

abaixo.

Conclusões

Os retardantes foram capazes de diminuir o

tamanho das chamas porporcionando uma

efetiva economia de água, permitindo uma

completa eliminação do incêndio.

Agradecimentos: CNPq e Faperj.

Referências

REFERÊNCIA: Soares, Ronaldo Viana. Queimas controladas: prós e

contras. In: FÓRUM NACIONAL SOBRE INCENDIOS

Florestais, 1, 1995, Piracicaba - SP. Anais eletrônicos, abril,

1995. p. 6-10. Disponível em: < http://www.ipef.br

/publicacoes/forum_incendios/>. Acesso em: 28 maio 2015.

18

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Estudo de um Modelo Matemático Aplicado ao Controle Biológico da

Ceratitis capitata pelo Diachasmimorpha longicaudata na Fruticultura

Brasileira

Viviane de Lima Noronha (PG)¹*, Rosana da Paz Ferreira

(PQ)¹

1 Laboratório multidisciplinar de estatística e matemática aplicada, Universidade UEZO

* [email protected].

Palavras-chaves: Ceratitis capitata, Diachasmimorpha longicaudata, controle biologico, modelo de Lokta-Volterra.

Introdução

Modelos matemáticos computacionais que

simulam a dinâmica da praga e do seu

parasitoide, auxiliam na adoção de soluções

para o controle biológico da praga. Dentre esses

modelos destacamos o de Lokta-Volterra

clássico, que também é conhecido como o

modelo “presa-predador”. Este modelo possui

uma interface bem didática, sendo bastante

recomendado em pesquisas interdisciplinares.

Deste modo, o presente trabalho tem como

objetivo estudar uma representação do modelo

Lokta-Volterra clássico a fim de analisar as

interações populacionais de um sistema

composto pela mosca-das-frutas do gênero

Ceratitis capitata, pelo seu parasitoide exótico,

Diachasmimorpha longicaudata e a fruticultura

nacional; partindo de uma pesquisa sobre os

principais dados biológicos e ecológicos dessas

espécies e, que são fundamentais para a

formulação do modelo proposto. Para isso, está

sendo apresentado neste trabalho, o

levantamento bibliográfico realizado da

literatura sobre a Ceratitis capitata, o

parasitoide Diachasmimorpha longicaudata e

controle biológico dessa mosca pelo parasitoide

na fruticultura do Brasil, com ênfase nas

informações encontradas para o sudeste

brasileiro.

Materiais e Métodos

A metodologia da primeira parte da pesquisa foi

composta pelo seguinte procedimento:

Os dados biológicos necessários para a

formulação e resultados do modelo foram

consultados na literatura de controle biológico

da mosca-das-frutas Ceratitis capitata pelo seu

parasitóide exótico, Diachasmimorpha

longicaudata na fruticultura nacional, com

ênfase nos dados encontrados para o Sudeste do

Brasil. A consulta aos dados iniciou-se em

setembro de 2015. Em novembro de 2015 foi

realizada uma visita à Embrapa Semiárido

(https://www.embrapa.br/semiarido) , em

Petrolina, Pernambuco, onde mais informações

pertinentes sobre os fatores biológicos e

ecológicos desse sistema foram obtidas por

meio de especialistas em controle biológico da

Ceratitis capitata por Diachasmimorpha

Longicaudata.

Resultados e Discussão

Para à obtenção dos coeficientes do modelo é

necessário alguns dados importantes sobre à

biologia e à ecologia das espécies Ceratitis

capitata e Diachasmimorpha longicaudata. A

maioria desses dados foram retirados das

seguintes pesquisas:

Paranhos (2008), Nakano (2011), Laboratório

Embrapa Semiárido, Walder et al. (2009).

Conclusões

Foram realizadas inúmeras pesquisas referentes

a literatura dos fatores biológicos e ecológicos

das duas espécies citadas neste trabalho e, foi

notado, que mesmo com toda a importância da

Ceratitis Capitata para a economia nacional e,

ainda, por se encontrar hoje difundida por todo

o Brasil, apenas algumas informações relevantes

foram encontradas. Este fato, também foi

observado pelo autor, Zucchi (2000), em pelo

menos para uma das espécies.

Referências

Nakano, O. Entomologia econômica. Piracicaba, SP:

Octavio Nakano/ESALQ/USP. 2011.

Paranhos, B. J. Moscas-das-frutas que oferecem riscos à

fruticultura brasileira. 2008. Disponível em:

<http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPATSA-

2009-09/39789/1/OPB2070.pdf>. Acesso em 06 de set. 06

set. 2016.

Walder, J. M. M.; Costa, M. L. Z.; Mastrangelo, T. A.

Produção massal do parasitoide Diachasmimorpha

Longicaudata para o controle biológico dede moscas-das-

frutas. In: BUENO, V. H. P (Eds.). Controle biológico de

pragas: produção massal e controle de qualidade. Lavras,

UFLA, 2009, p.221-234.

Zucchi, R.A. (Eds.). Moscas-das-frutas de importância

econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado.

Ribeirão Preto: Holos, 2000. p.119-126.

Site:

https://www.embrapa.br/semiarido. Acesso em 20 nov.

2015.

19

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da Superfície do Eletrodo de Carbono Vítreo

Osvaldo B. Souza Júnior¹ (PG); Rômulo dos S.B. de Souza¹ (IC), Priscila Tamiasso-Matinhon2

(PQ), Célia Sousa2 (PQ), Maria Rita Guinancio Coelho¹ (PQ)

1Laboratório de Biotecnologia Ambiental – Unidade Analítica. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

2Laboratório de Fisico-Química de Materiais e Eletroquímica, DFQ. Universidade Federal do Rio de Janeiro * e-

mail address: [email protected]

Palavras-chaves: Eletroanálise, Carbono Vítreo. Ativação

Introdução

O problema de pesquisa maior em que esse

trabalho se insere visa preencher uma lacuna

negligenciada pelo do Ministério do Meio

Ambiente no que concerne à água de lastro. A

documentação apresentada pelas embarcações

que atracam em portos brasileiros aos órgãos

fiscalizadores preocupam-se com a salinidade,

descuidando-se da presença outros poluentes

tais como metais pesados entre outros1, não

conforme com o preconizado pela Organização

Marítima Internacional (IMO). A avaliação

de metais pesados em diferentes matrizes

utilizando o eletrodo de carbono vítreo (ECV) é

relatado na literatura2,3.quando sobre a

superfície ativa é formado um filme de bismuto

ex sito, que permite uma boa detecção de Cd+2

e Pb+2 em condições quantitativas. O

objetivo do presente trabalho é avaliar a

superfície do eletrodo de ECV para melhor

entendimento da modificação do mesmo por

filme de bismuto ex situ em condições

eletroquímicas controladas.

Materiais e Métodos

A superfície ativa do ECV comercial: ELS foi

investigada antes e após o tratamento com pasta

de diamante de 25 µm seguido de lavagem em

ultrassom e de ativação catódica em ácido

sulfúrico 0,5 molL-1. A superfície foi observada

em microscópio eletrônico de varredura JEOL

JSM-6490JLV, sem qualquer metalização. O

desempenho do eletrodo foi avaliado em um

sistema composto de solução a 0,5 molL-1 de

hexacianoferrato de potássio II/hexacianoferrato

de potássio II, em KCl 1,0 molL-1 em diferentes

velocidades de varredura pela técnica de

voltametria cíclica, em um

potenciostato/galvanostato AUTOLAB

Metrohm®, em uma célula eletroquímica

composta pelo ECV como eletrodo de trabalho,

contra eletrodo de rede da platina e o eletrodo

de calomelano saturado com KCl como eletrodo

de referência.

Resultados e Discussão

Figura 1. Micrografias da superfície do ECV

(A) antes (B) após tratamento.

Figura 2. Voltamogramas cíclicos do sistema

de KFe(CN)III/KFe(CN)II, a 0,5 molL-1, em

KCl, em diferentes velocidades de varredura

após tratamento da superfície.

Conclusões

Os resultados mostram que o pré-tratamento do

ECV permite a obtenção de uma superfície mais

homogênea, mas parece apontar para uma

possível diminuição da área ativa do eletrodo.

Agradecimentos: Os autores agradecem ao

Prof. Sérgio Seabra (UEZO) pelas micrografias

e a FAPERJ pelo auxílio financeiro.

Referências

1. Medina AC. et al. A Água de Lastro e os seus riscos

ambientais. São Paulo: Associação Água de Lastro Brasil,

2009. 83 p. 2. Wang J, Hocevar, LS, Farias P, Ogorevc B

(2000) Bismuth-Coated Carbon Electrodes for Anodic

Stripping Voltammetry. Anal. Chem. 72, 3218-3222. 3.

Santos MS, Bianchin JN, Spinelli A (2011)

Desenvolvimento de metodologia analítica. Eclética Quím.

36, 158-181.

20

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Fitorremediação in vitro de 2,4-D em Meios de Cultura

Dora dos Santos Costa (PG)¹*, Andressa Sbano da Silva (PG)1,2

, Carla Caroline Amaral da Silva

(IC)1, Ida Carolina Neves Direito (PQ)

1, Cristiane Pimentel Victório

(PQ)¹

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

2 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

* [email protected]

Palavras-chaves: 2,4-D. Fitorremediação. Descarte de meio de cultura. Propagação vegetal in vitro.

Introdução

Uma das auxinas sintéticas mais utilizadas em

meios de cultura na propagação vegetal in vitro

é o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D),

principalmente para a calogênese1. Contudo a

substância também atua como herbicida, que já

foi associado a danos ambientais e é suspeito de

ser responsável por alguns tipos de câncer1. Na

literatura não são encontradas alternativas de

descarte de meios de cultura além de

confinamento em aterro ou incineração, ambos

podendo causar prejuízos ambientais e a saúde.

Já no âmbito das pesquisas biotecnológicas

sobre tratamento de solos e águas contaminados

com o 2,4-D, destaca-se a biodegradação

bacteriana e a fitorremediação, esta inclusive

com leguminosas usadas para adubação verde2,

como alternativas mais baratas do que métodos

químicos e físicos de remoção. Este projeto tem

como objetivo desenvolver um processo para

descontaminação de meio de cultura MS com

2,4-D residual oriundo da propagação vegetal in

vitro utilizando fitorremediação para viabilizar o

adequado descarte desses meios.

Materiais e Métodos

Inicialmente foi preparada uma curva de

calibração para detecção de 2,4-D em meio MS

de cultivo vegetal cedido de cultura de calos de

Cleome rosea, cujas concentrações de 2,4-D

variaram de 0,0009 a 0,125 mg.ml-1

, para

análise por CLAE (Cromatografia Líquida de

Alta Eficiência). Paralelamente foi introduzido

o cultivo in vitro de leguminosa Crotalaria

juncea no meio MS, seguindo o seguinte

protocolo de desinfestação das sementes:

imersão em água destilada com detergente por

15 minutos; Imersão em água sanitária (2,5% de

cloro ativo) por 10 minutos; Lavagem com

etanol 70% por 1 minuto e enxágue 3 vezes com

água destilada estéril e introduzidas em meio

MS sem 2,4-D. Trinta dias após a germinação,

foram realizados subcultivos dos segmentos

nodais em quadruplicata para frascos contendo

diferentes concentrações de 2,4-D (0,2; 0,5 e 1

mg.L-1

). Este experimento foi realizado com o

meio sem material vegetal, nas mesmas

condições físicas, sob luz ou na condição de

escuro, para avaliar se há degradação do 2,4-D

sob a luz.

Resultados e Discussão

As injeções da fase móvel da CLAE foram

ajustadas para 99,5 µL, onde foi possível

detectar a molécula de 2,4-D no meio para calo

no tempo de retenção de 12,627 minutos, o qual

entra em concordância com o tempo de retenção

estabelecido para o padrão de 2,4-D pelo

método Direito 2009 modificado3. A espécie C.

juncea germinou no 2º dia de cultivo das

sementes. As plântulas mostraram enraizamento

de 100%, desenvolvimento de caule e folhas.

Nos frascos que receberam os segmentos da

planta já é possível observar desenvolvimento

de calos.

Conclusões

Inicialmente, foi observado que o 2,4-D não foi

consumido completamente no desenvolvimento

de calos de C. rosea, indicando que novos

estudos devem ser avaliados para

descontaminação de 2,4-D do meio. Já em

relação ao comportamento da C. juncea na

presença do 2,4-D, e do meio sem a planta na

presença e ausência de luz, será preciso

continuar acompanhando seu desenvolvimento

para análises posteriores. Agradecimentos: FAPERJ. A Prof. Norma Albarello do Labplan (UERJ) por ceder o meio de cultura.

Referências

1.Sinski, I.; Dal Bosco, D.; Quecini, V. Resíduo de ácido

2,4-diclorofenóxi-acético em vidrarias de cultura de tecidos:

efeitos sobre o cultivo de plantas in vitro e desenvolvimento

de um protocolo para descontaminação. Embrapa Uva e

Vinho, 2012. 21p.

2.Ferreira, I. D.; Morita, D. M. Biorremediação de solo

isobutanol, Bis-2-etil-hexilftalato e Di-isodecilftalato.

Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 36, n. 2, p. 643-

652, 2012.

3.Sbano, A. S.; Ferreira, J. V. R.; Peckle, B. A.; MACRAE,

A.; Direito, I.C.N. Otimização de método cromatográfico

para quantificação do herbicida ácido 2,4-

Diclorofenoxiacético (2,4-D). Acta Scientia & Technicae.

v.1, n.2, p. 37-46, 2013.

21

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Identificação Taxonômica e Caracterização Morfológica de Isolados

Bacterianos com Capacidade de Degradação do Herbicida 2,4-D

Juliana Succar (PG)1,2*

, Edson M. da Costa Moura (IC)1, Vinicius Ribeiro Flores (PG)

1,3, Alexander

Machado Cardoso (PQ)1, Ida Carolina Neves Direito (PQ)

1

1Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental – LPBA, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de

Janeiro, RJ; 2Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental – PPGCTA, Centro Universitário

Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Instituto Nacional de

Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, Duque de Caxias, RJ.

<[email protected]> <[email protected]>

Palavras-chaves: Ácido 2,4-diclorofenoxiacético, Biodegradação, Herbicida, taxonomia.

Introdução

Na última década, o Brasil alcançou a posição

de maior consumidor mundial de pesticidas na

agricultura, atingindo no ano de 2008, cerca de

R$ 7 bilhões com a comercialização destes

compostos.1 Dentre os pesticidas, os herbicidas

representam o segundo maior grupo mais

utilizado no Brasil.2 Um dos herbicidas mais

utilizados na agricultura brasileira é o ácido 2,4-

diclorofenoxiácetico (2,4-D) principalmente na

cultura de cana de açúcar.3 Sabemos que na

microbiota do solo existem microrganismos

capazes de degradarem pesticidas e, dentre eles,

o herbicida 2,4-D.4 Este trabalho teve como

objetivo realizar a identificação taxonômica e

caracterização morfológica dos isolados

bacterianos CH 07, CH15 e CH20 com

capacidade de degradação do herbicida 2,4-D.

Materiais e Métodos

A identificação das colônias foi realizada com o

auxílio de um microscópio estereoscópio e

fotografadas com câmera Moticam, facilitando a

comparação entre as colônias do isolados. As

características morfológicas das células foram

analisadas ao microscópio óptico após a

coloração de gram. A identificação taxonômica

foi feita pelo sistema VITEK®2 Compact.

Resultados e Discussão

As colônias do isolado CH07 são grandes,

esbranquiçadas com centro definido. As dos

isolados CH15 e CH20 são arredondadas com

bordas irregulares, apresentam a parte central

bem definida e um pouco mais escura. Todos

são cocos gram positivo. Apesar das

características morfológicas dos isolados CH07

e CH20 serem diferentes o Sistema VITEK®2

Compact identificou os isolados como sendo

Staphylococcos sciuri com 89% e 86% de

confiabilidade respectivamente. Já o isolado

CH15, apesar de ser morfologicamente igual ao

CH20, não houve identificação segundo o

Sistema VITEK®2 Compact.

Conclusões

Considerando a taxa de confiabilidade no

resultado gerado pelo sistema VITEK®2

Compact ser abaixo de 90%, a identificação

microbiana dos dois isolados pelo sistema é

questionável. A identificação taxonômica para

os três isolados deverá ser baseada no uso das

técnicas de biologia molecular associadas à

bioinformática.

Agradecimentos: CNPq e FAPERJ

Referências

1.ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Brasil). Sistema de Informações sobre Agrotóxicos (SIA).

Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/

wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Agrotoxicos+e+T

oxicologia/Publicacao+Agotoxico+Toxicologia/Sistema+de

+Informacao+sobre+Agrotoxicos+SIA>. Acesso em 12 jul.

2016.

2.IBGE. 2008. Indicadores de desenvolvimento sustentável.

Estudos e Pesquisa – Informação Geográfi ca, n. 7, Rio de

Janeiro. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais

/ ids/>. Acesso em 01 jul. 2016.

3.Caires, S. M.; Castro, J. G. D. Levantamento dos

agrotóxicos usados por produtores rurais do município de

Alta Floresta. Revista Biologia e Ciência da Terra. v. 2, p.

35-42, 2002.

4.Direito, I. C. N. Bioprospecção e interações de populações

bacterianas degradadoras do herbicida 2,4-D em solos

agrícolas. 2009. 190f. Tese (Doutorado em Ciências

Biológicas), Biotecnologia Vegetal - Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

22

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação do Efeito Radiomodificador de Extratos Etanólicos de

Espécies Vegetais

Adriana de A. Sacramento (PG)1*

, Fernanda M. Peixoto (PQ)2; Edson R. Andrade (PQ)

3; João

Bosco de Salles (PQ)4;

1Maria Cristina de Assis (PQ)

1

1Laboratório de Biotecnologia Ambiental - LBA, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ. 2Laboratório de Farmacotécnica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.

3Laboratório de Radiobiologia Militar do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), Rio de Janeiro, RJ; 4Laboratório de Bioquímica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.

* [email protected]

Palavras-chaves: radiação ionizante, radiobiologia, radiomodificadores, extratos vegetais.

Introdução

A exposição à radiação e seus efeitos tem sido

descritos como a Síndrome Aguda da Radiação

(SAR)1. Porém, os avanços em radiobiologia

visam não só uma melhor compreensão da

resposta celular radioinduzida, como também o

desenvolvimento de medidas prognósticas,

diagnósticas e terapêuticas modernas em

radioproteção e radio-oncologia. Sendo assim,

existem muitos derivados de extratos vegetais

ou de fontes vegetais geneticamente

modificados que são utilizados contra os efeitos

deletérios da radiação ionizante e são

administrados antes da irradiação. O interesse

por novas fontes de produtos para tratamento

após a irradiação tem sido alvo de estudos2. Os

radiomodificadores, que são agentes que

modificam as respostas biológicas, incluem

compostos naturais e químicos3. No entanto, os

compostos químicos possuem uma alta

toxicidade, o que contribuiu para que fossem

realizadas pesquisas relacionadas a novas

alternativas de produtos com baixa toxicidade,

gerando então os produtos ou compostos

isolados de fontes naturais, que tem mostrado

bons resultados. Avaliar o efeito

radiomodificador de fitocompostos extraídos

das espécies vegetais como Punica granatum

(romã), Aloe vera (babosa), Malpighia glabra

(acerola) e Morinda citrifolia (noni) sobre

linfócitos de ratos Wistar irradiados com altas

doses de raios-X pelo método da determinação

do número de micronúcleos.

Materiais e Métodos

1-Preparação dos extratos: As cascas dos

frutos da romã, os frutos de acerola e noni e o

gel das folhas da Aloe vera foram liofilizados.

Após serem desidratadas, realizou-se o processo

de maceração estática em solução etanólica por

10 dias. Após esses 10 dias, o extrato foi

filtrado, recolhido e transferido para o

rotaevaporador a 45ºC, até a completa secagem.

Foi realizada então, a varredura

espectrofotométrica. Para tal, os extratos foram

diluídos em tampão fosfato e analisadas na faixa

de comprimento de onda de 200 a 800nm, em

espectrofotômetro em intervalos de 2nm.

2-Determinação do número de micronúcleos:

a determinação dos micronúcleos será realizada

por microscopia ótica.

Resultados e Discussão

Curva absortiva dos extratos etanólicos de

200nm a 800nm.

Conclusões

Observamos que houve absorção máxima entre

220 e 300 nm. Através do espectro de absorção

podemos sugerir a presença de compostos

fenólicos que geralmente absorvem entre 200nm

e 280nm. Agradecimentos: FAPERJ, CTEx

Referências

1- Anno GH, Young RW, Bloom RM, Mercier JR. Dose

response relationships for acute ionizing -radiation

lethality. Health Phys.2003;84:565–575.

2- Arora, R. Botanicals as Potential Radioprotective and

Radiorecovery Agents: Current Status and Emerging

Directions for Clinical Applications. Proceedings of the

World Ayurveda Conference, Pune, India. 2007a:

November 5–12.

3-Jagetia GC et al. Radioprotective potential of plants and

herbs against the effects of ionizing radiation. 2007. J Clin

Biochem Nutr. Vol. 40(2). Pp. 74-81

23

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

.Imobilização de Lipases em Copolímeros de Estireno-Divinilbenzeno

para a Transesterificação de Óleos Vegetais Visando a Produção de

Biodiesel

Ana P.N. Brito (PG)¹*, Ezaine C. Torquato (PG)¹, Liliana S. Santos (IC)

1, Luciana C. Costa (PQ)¹

1 Laboratório de Análise e Síntese Orgânica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* [email protected]

Palavras-chaves: Lipase, Polímeros, PoliHipes

Introdução

A busca por combustíveis alternativos está

aumentando a cada dia devido a diminuição das

reservas fósseis¹. Atualmente o processo mais

aplicado para a produção de biodiesel baseia-se

na transesterificação de gorduras e óleos, ésteres

de ácidos graxos²,³. As lipases são enzimas

largamente usadas em biocatálise porque

possuem elevada seletividade e especificidade5.

Os poliHIPEs são materiais altamente porosos,

obtidos por polimerização em emulsão de

elevada fase interna (HIPE)6.

Temos assim como objetivo desenvolver uma

estratégia sintética para a funcionalização de

copolímeros Sty-DVB com estrutura poliHIPE

com lipases originárias de Thermomyces

lanuginosus e avaliação do produto obtido em

reações de transesterificação de óleos vegetais

visando a produção de biodiesel.

Materiais e Métodos

Para a síntese do polímero poliHIPE (emulsão

de elevada fase interna) foi sintetizado um

HIPE, que em seguida foi utilizado como fase

orgânica na produção do PoliHIPE. A resina

sintetizada foi lavada e caracterizada por MEV e

TGA, além disso foi calculado o rendimento da

resina e calculado a densidade aparente de cada

uma.

Resultados e Discussão

A tabela a seguir mostra os resultados dos

rendimentos e densidade aparente dos

PoliHIPES sintetizados.

Tabela: Sty-Estireno; DVB-Divinilbenzeno; Dap.-densidade

aparente; V-velocidade de agitação

Conclusões

Podemos concluir que a resina sintetizada

aumenta seu rendimento conforme aumentamos

a quantidade de monômero usado na reação.

Também observamos que em todas as resinas a

densidade aparente é bem baixa, o que nos

indica ela é bem porosa, característica essa que

buscamos.

Agradecimentos: FAPERJ, CNPq

Referências

1-Bharathiraja B., Chakravarthy M., RanjithKumar R.,

Yuvaraj D., Jayamuthunagai J., Praveen Kumar R., Palani S.

Biodiesel production using chemical and biological methods

– A review of process, catalyst, acyl acceptor, source and

process variables; Renewable and Sustainable Energy

Reviews 38 (2014) 368–382;

2-Suarez, P. A. Z.; Pinto, A. C. Journal Brazilian Chemical

Society, 22 (2011) 2023-2026

3-Pinto, A. C.; Guarieiro, L. L. N.; Rezende, M. J. C.;

Ribeiro, N. M.; Torres, E. A.; Lopes, W. A.; Pereira, P. A.

P.; Andrade, J. B. Jornal Brazilian Chemical Society 16

(2005) 1313-1330.

4-Karel Hernandez, Cristina Garcia-Galan, Roberto

Fernandez-Lafuente; Simple and efficient immobilization of

lipase B from Candida antarctica on porous styrene–

divinylbenzene beads; Enzyme and Microbial Technology

49 (2011) 72–78

5-Cetinkaya S.; Khosravi E.; Thompson R.; Supporting

ruthenium initiator on PolyHIPE;Journal of Molecular

Catalysis A: Chemical 254 (2006) 138–144

24

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Potencial Radiomodificador de Compostos de Origem Vegetal

Juliana L. Chal (PG)1*

, Maria C. de Assis (PQ)2, João B. de Salles (PQ)

1.

1 Laboratório de Bioquímica, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.

2 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.

* E-mail de contato: [email protected]

Palavras-chaves: radiação ionizante, compostos de plantas, substâncias radiomodificadoras.

Introdução

A radiação é um fenômeno natural do nosso

planeta e é aplicada em várias áreas da ciência e

tecnologia nos dias atuais. A medicina, os

setores diversos da indústria e a agricultura são

as áreas que mais se beneficiam do uso da

radiação. Um exemplo da aplicação da energia

nuclear é a conversão de energia nuclear em

energia elétrica, nos reatores nucleares de

potência1. Substâncias radiomodificadoras são

aquelas com a propriedade de diminuir os

efeitos químicos decorrentes da interação da

radiação ionizante com o tecido biológico. Estas

substâncias atuam como compostos

antioxidantes exógenos, minimizando o estresse

oxidativo causado pela exposição à radiação2.

Compostos de plantas já foram utilizados como

agente terapêutico dos efeitos causados pela

radiação. Dentre estes, podemos citar o uso da

rutina para tratar trabalhadores de Chernobyl19

,

uso do beta-caroteno para tratar habitantes próximos à central de Chernobyl

2 e o uso de

legumes e frutas verdes e amarelos pelos sobreviventes da bomba atômica no Japão, o

que resultou na proteção contra o câncer de

bexiga3.

Com base nestes achados, o objetivo deste é

realizar um levantamento da bibliografia

existente acerca dos efeitos radiomodificadores

de fitoquímicos contra os danos biológicos

causados pelas radiações ionizantes.

Materiais e Métodos

O levantamento bibliográfico será feito em

diferentes bases de dados (Scielo, Web of

Science, PubMed, Science Direct, Lilac,

Bireme, National Library of Medicine, Digital

Library USP-Theses and Dissertations) em um

intervalo entre 2000-2016, além da consulta em

livros e sítios na internet relevantes ao tema.

Resultados Preliminares

Produtos naturais que apresentam características

como atividade antitumoral, atividade

antiinflamatória, antioxidante, antimicrobiana,

imunomoduladora, anti-estresse e capacidade de

capturar radicais livres devem ser estudados

como substâncias radiomodificadoras em

potencial4. Como exemplo de planta com

potenciais efeitos radioprotetores temos a

Centella asiática (pata de cavalo). Um estudo

realizado com o extrato aquoso deste vegetal

revelou sua capacidade de reduzir a perda de

peso radio-induzida em camundongos expostos

à radiação gama5. Outra planta já descrita com

potencial radioprotetor foi o Hippophae

rhamnoides (espinheiro marítimo). Seu extrato

hidroalcóolico mostrou-se capaz de evitar a

mortalidade celular radio-induzida e reduzir a

formação de micronúcleos em camundongos6.

Perspectiva

Continuar a pesquisar compostos naturais

oriundos de plantas com efeito

radiomodificador, descritos na literatura. Assim

como, os compostos que apresentam atividade

antioxidante e que, consequentemente, merecem

atenção por apresentarem um possível efeito

radiomodificador.

Referências

1.Noualhetas, Y. Radiações Ionizantes e a vida. Comissão

Nacional de Energia Nuclear – CNEN, Material Educativo.

2. Weiss, J. F. & Landauer, M. R. Protection against

ionizing radiation by antioxidant nutrients and

phytochemicals. Toxicology, v. 189, p.1 – 20, 2003.

3. Nagano, J., Kono, S., Preston, D. L., Moriwaki, H., Sharp,

G. B., Koyama, K. & Mabuchi, K. Bladder-cancer incidence

in relation to vegetable and fruit consumption: a prospective

study of atomic-bomb survivors. Int. J. Câncer, v.86, p.132

–138, 2000.

4. Jagetia, G. C. Radioprotective potential of plants and

herbs against the effects of ionizing radiation. J. Clin.

Biochem. Nutr., v.40, p.74-81, 2007.

5. Sharma, J.; Sharma, R. Radioprotection of Swinss albino

mouse by Centella asiática extract. Phytother. Res., v. 16, p.

785-786, 2002.

6. Goel, H. C.; Prasad, J.; Singh, S.; Sagar, R. K.; Kumar, I.

P.; Sinha, A. K. Radioprotection by a herbal preparation of

Hippophae rhamnoides,RH-3, against wholw body tethal

irradiation in mice. Pythomedicine, v. 9, p. 15-25, 2002.

25

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da Atividade Bactericida do Extrato Etanólico da Casca de

Punica granatum e Óleos Essenciais de Espécies de Myrtaceae Contra

Bactérias Associadas à Mastite Bovina

Tauana de F. Pereira (PG)1, 3*

, Ludmila A.A. Ferreira (IC)3, Cristiane P. Victório(PQ)

1,3, Fernanda

P. Marques (PQ)1,2

, Maria Cristina de Assis (PQ)1,3

1 Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.

2 Unidade de Farmácia da Universidade Estácio de Sá 3 Laboratório de Pesquisa em biotecnologia Ambiental da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

[email protected], [email protected]

Palavras-chaves: mastite bovina, atividade bactericida, óleos essenciais, Myrtaceae, Punica granatum

Introdução

A mastite caracteriza-se por um processo de

inflamação da glândula mamária promovida por

diferentes fatores, sendo os principais causadores

as bactérias, com uma frequência de cerca de

90%1,2

. A enfermidade mastite infecciosa bovina

está associada à redução e alterações na

composição de leite, assim como o descarte do

animal. Os antibióticos usados para o tratamento

da mastite é uma preocupação importante para a

indústria e para a saúde pública. A existência de

resíduo de antibióticos no leite interfere com o

processo de produção de muitos produtos lácteos.

Os microrganismos causadores de mastite são

classicamente divididos em espécies contagiosas

ou ambientais. A distinção entre estes dois tipos

de microrganismos depende, principalmente, de

sua forma de transmissão3. O perfil de bactérias

contagiosas é caracterizado pela transmissão de

vaca para vaca, enquanto o perfil de transmissão

ambiental é caracterizado pela infecção da vaca

por bactérias de origem do ambiente4. O objetivo

desse trabalho é avaliar as propriedades

biológicas do extrato etanólico da casca de Punica

granatum e óleos essenciais obtidos a partir de

espécies da família Myrtaceae para o saneamento

e tratamento da mastite bovina ambiental.

Materiais e Métodos

A metodologia utilizada foi a difusão do disco em

Agar conforme as normas do Comitê Europeu

(EUCAST). A extração dos óleos essenciais das

espécies Myrrhinium atropurpureum, Eugenia

astringens foi realizada utilizando aparelho de

Clevenger e extração etanólica da casca de Punica

granatum. Foram realizadas diluições seriadas

(90%, 50%,12%, 6% e 3%) dos óleos em

presença de 0,5% Tween 80 e do extrato da P.

granatum (75mg/mL, 37,5mg/mL, 18,7mg/mL,

9,4mg/mL, 4,7mg/mL, 2,3mg/mL e 1,2mg/mL).

Foram utilizadas as amostras de bactérias ATCC:

Staphylococcus aureus (ATCC 6538);

Escherichia coli (ATCC 8739); Streptococcus

agalactiae (ATCC 12386).

Resultados e Discussão

M. atropurpureum não teve atividade bactericida

contra nenhuma das espécies bacterianas testadas.

Óleo da espécie Eugenia astringens apresentou

atividade antibacteriana contra E. coli nas

concentrações de 90% (2,7mm2,6), 50%

(2,7mm2,6), nas concentrações de 90%

(11,3mm 0,8) e 50% (9,3mm 0,6) para

S.aureus e para S. agalactiae 90%(8,9mm 0,6) e

50% (9mm1,0). A concentração mínima

inibitória do extrato da casca de P. granatum foi

de 75mg para E. coli (15,7mm 0,8), para S.

agalactiae (14,5mm 3,5) e S aureus (16,3mm

1,4). Os resultados representam médiaserro da

média de três experimentos.

Conclusões

Foi possível observar que o extrato de P.

granatum na concentração de 75mg/mL teve

atividade bactericida para as três cepas testadas.

Embora estes resultados ainda sejam preliminares,

nos estimula avaliar aplicação do óleo da espécie

E. astringens e extrato de P. granatum no

tratamento da mastite bovina. Agradecimentos: FAPERJ. Ao Prof. Marcelo da Costa

Souza (Herbário RBR, UFRRJ)

Referências

1: Peixoto, M. R. M. et al. Acção dos desinfetantes sobre a

adesão e biofilme consolidado de Staphylococcus spp.

Pesquisa Veterinária Brasileira. v. 35, n. 2, p. 105-109, 2015.

2: Silva. L, C, A. et al. Avaliação in vitro da sensibilidade de

estirpes de Staphylococcus spp. isoladas de mastite caprina

frente adesinfetantes comerciais. Arquivos do Instituto

Biológico. v. 82, p. 1-4, 2015.

3: Prestes. D, S. et al. Susceptibilidade á mastite: fatores que a

influenciam. Revista da FZVA. v. 9, n. 1, p. 118-132, 2002.

4: Silva. L, C, A. et al. Avaliação in vitro da sensibilidade de

estirpes de Staphylococcus spp. isoladas de mastite caprina

frente a desinfetantes comerciais. Arquivos do Instituto

Biológico. v. 82, p. 1-4, 2015.

26

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da Capacidade Biocida de Nanocompósitos de Prata Obtidos a

partir de Copolímeros Estireno-divinilbenzeno poliHIPEs

Roberta T. Santos (PG)¹*, Nathalia S. Santos (IC)¹, Luciana C. Costa (PQ)1

1 Laboratório de Síntese Orgânica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* [email protected]

Palavras-chaves: Copolímeros de estireno-divinilbenzeno, poliHIPEs, nanocompósito de prata, polímeros antimicrobiano

Introdução

A contaminação por microrganismos pode

causar sérias complicações em diversas áreas

sendo necessário um controle rigoroso. Existem

pesquisas relacionadas a resinas poliméricas a

base de estireno-divinilbenzeno Sty-DVB que

funcionam como suporte para íons metálicos1 e a

prata têm sido muito empregada como agente

antimicrobiano2. O objetivo deste trabalho é

desenvolver uma resina Sty-DVB de elevada

área superficial, empregando a técnica de

polimerização de elevada fase interna HIPE,

imobilizar nanopartículas de prata a esta resina e

avaliar a ação biocida do nanocompósito

produzido contra bactérias gram-negativas

(Escherichia coli) e bactérias gram-positivas

(Staphylococcus aureus).

Materiais e Métodos

A metodologia foi dividida em 4 etapas: Síntese

dos copolímeros Sty-DVB com estruturas

poliHIPE, sulfonação, impregnação de

nanopartículas de prata e avaliação da atividade

antimicrobiana dos nanocompósitos de prata. A

síntese dos copolímeros Sty-DVB com estruturas

poliHIPE utilizando uma fase orgânica contendo

Span 80, Sty e DVB e uma fase aquosa contendo

persulfato de potássio, NaCl e água. Foram feitos

10 experimentos variando velocidade de agitação,

tempo de adição e surfactante Span80 (Tabela 1).

Serão testados 3 tipos de sulfonação (via ácido

sulfúrico, via sulfato de acetila e via sulfato de

lauroila). Na impregnação de nanopartículas de

prata serão testadas duas metodologias utilizando-

se nitrato de prata e borohidreto de sódio ou

hidróxi-etil-celulose. Por fim será testado a

capacidade antimicrobiana do nanocompósito de

prata obtido contra E. coli e S. aureus em testes de

halo de inibição, estudo em batelada e em coluna.

Resultados e Discussão

O maior rendimento foi obtido a partir da

amostra HIPER2 com 42% demonstrando que a

melhor combinação foi de 20% de Span80,

velocidade de agitação de 250rpm e tempo de

adição de 30 minutos.

Tabela I - Rendimento das reações de polimerização

Foi possível observar que o aumento da velocidade

de agitação e o aumento do teor de Span na

preparação dos HIPEs contribuiu para a geração de

estruturas poliméricas mais frágeis.

Conclusão

É possível observar que a melhor combinação foi

da amostra HIPER2 sendo necessárias mais

avaliações posteriores.

Referências

1: Costa et al. Resinas poliméricas reticuladas com ação

biocida: atual estado da arte.Polímeros , 25(4), 414-423, (2015).

2: Pal et al. Does the antibacterial activity of silver

nanoparticles depend on the shape of the nanoparticles? A study

of the gram-negative bacterium Escherichia coli. Applied and

Environmental Microbiology. 73, p. 1712 (2007).

HIPES

Agente de

suspensão

Span 80

(g)

Velocidade

(rpm)

Tempo de

adição

(min)

Rendimento

(%)

HIPE R1 0,84 150 30 29,44

HIPE R2 0,84 250 30 42,00

HIPE R3 0,84 350 30 24,16

HIPE R4 0,84 450 30 28,24

HIPE R5 0,84 250 60 16,61

HIPE R6 0,84 250 90 21,90

HIPE R7 1,25 250 30 24,15

HIPE R8 1,68 250 30 24,15

HIPE R9 2,09 250 30 22,70

HIPE R10 0,42 250 30 17,34

27

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE): Políticas Públicas, Risco Ambiental e Biotecnologia na recuperação

de metais da Placa de Circuito Impresso (PCI)

Marcelo Luis L. da Silva (PG)*1,2

; Rosana da Paz Ferreira (PQ)3; Alexander Machado Cardoso (PQ)

1

1 Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

(UEZO), Rio de Janeiro, RJ; 2 Fundação de Apoio a Escola Técnica (FAETEC); 3Laboratório de Estatística e

Matemática Aplicada. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO)

<[email protected]><[email protected]><alexandercardoso.uezo.rj.gov.br>

Palavras-chaves: REEE, Políticas Públicas, Risco Ambiental e Biotecnologia.

Introdução

Informática e Meio Ambiente aparentemente

territórios distintos possuem mais afinidades do que

se imagina. Além da cor verde presente nas Placas de

Circuito Impresso (PCI) e na preferência dos

ambientalistas, são setores que interagem desde o

simples racionamento de papel no surgimento dos

documentos eletrônicos (e-mails) até a

contemporânea existência de áreas afins como a

Bioinformática, Biotecnologia e a Informática

Ambiental.

O presente estudo visa analisar as políticas públicas

que norteiam os Resíduos de Equipamentos Elétrico e

Eletrônicos (REEE), seus riscos ao meio ambiente

com análise por detecção em espectrômetro de

fluorescência de raios X por energia dispersiva e a

recuperação dos metais das placas de circuito

impresso (PCI) com o auxílio da biotecnologia3,

buscando não só a conscientização dos eminentes

perigos do “Lixo da Evolução”, mas também as

oportunidades que ele oferece, principalmente no

caso das referidas placas por serem os componentes

atualmente mais tóxicos, mais valiosos e mais

exportados por nosso país, em virtude de ainda não

possuirmos tecnologia em larga escala para o seu

tratamento2.

Materiais e Métodos

Pesquisa bibliográfica sobre o assunto incluindo

legislação recente1, livros e artigos da área;

Análise no espectrômetro de fluorescência de Raios X

de diferentes partes da placa de circuito impresso bem

como de outros componentes de hardware;

Análise da viabilidade de microorganismos ou

consórcios selecionarem os resíduos de ouro presente

nas placas de circuito impresso. O método de

extração do metal produzido pelas bactérias

“Alquimistas” trocaria o garimpo tradicional pela

biomineração e evitaria um novo impacto ambiental

da extração valorizando também um descarte

consciente.

Resultados e Discussão

Devem ser inseridas aqui a apresentação e discussão

dos resultados obtidos neste trabalho. Podem ser

incluídos nesse tópico Tabelas, Grá ficos, Figuras e

Fórmulas Estruturais. (Times New Roman 10)

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Conclusões

O risco é eminente e com o aumento crescente dos

produtos e não aplicação da lei pode causar danos

irreversíveis a todas as formas de vida em pouco

tempo.Pesquisas apontam que os microorganismos

são capazes de oferecer uma alternativa, porém as

análises ainda encontram-se em fase final de estudo.

Agradecimentos: CNPq e FAPERJ.

Referências

1. BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12

de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: <ht-

tp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato 007-

2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 15 set. 2016.

2. Ossamu, C. Revista Veja Especial Tecnologia – 08/2007. O ouro

está no lixo. Disponível em:

planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_248323.shtm

l3. PORTAL G1, Ciência e Saúde. Cientistas canadenses

descobrem bactéria que 'produz' ouro. Disponível em:

g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/02/ cientistas-

canadenses-descobrem-bacteria-que-produz-ouro.htm.

Fonte: The Statistics Portal, 2014 Fonte: Relatório GIA – Global Inteligence Alliance - 2011

Delftia Acidovorans - Fonte: The Nature Chemical Biology, 2013

Cupriavidus mettalidurans é uma bactéria que

foi modificada geneticamente de forma a fixar

na sua membrana inúmeros metais tóxicos e

auxiliar na descontaminação de efluentes

industriais. Após pesquisa bibliográfica

concluiu-se que, quando colocada em um meio

aquoso rico em cloreto de ouro, reduz o

complexo e precipita nanopartículas de ouro

dentro e fora da célula.

28

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da Atividade Larvicida de Extratos Vegetais contra Aedes aegypti e

Simullium pertinax

1Luana B Lucena (PG), Vanessa C Carneiro (PG),

1Cristiane P Victório (PQ),

1,2Ronaldo Figueiró (PQ)

1Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ;

2Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ. [email protected] / [email protected]

Palavras-chaves: atividade larvicida, Myrtaceae,vetores

Introdução

A família Myrtaceae compreende aproximadamente

132 gêneros e 5760 espécies de árvores e arbustos,

amplamente distribuídas nas florestas brasileiras e

distribuídas em regiões tropicais e subtropicais 1,2

.

Sua distribuição no território Brasileiro é

constituída por 23 gêneros e 1.025 espécies3. Ela é

uma das famílias mais importantes da Flora

Brasileira, podendo ser utilizada em suas diferentes

formas vegetacionais. Muitas de suas espécies são

cultivadas, com diversas finalidades, como por

exemplo: o comercio de seus frutos; com fins

ornamentais ou buscando a extração de óleos

essências e extratos de valor comercial1,4

. A larva é

o estágio mais frágil no ciclo de vida do A. aegypti

e do S. pertinax, de forma que os esforços para o

controle destes organismos geralmente são

direcionados para este estágio, a fim de interromper

seu ciclo através de métodos de controle biológico.

O presente estudo tem como objetivo avaliar a

atividade larvicida dos extratos vegetais de folhas

de Myrrhinium atropurpureum, Eugenia astringens

e Neomitranthes obscura, no intuito de obter

alternativas de larvicidas com menor impacto aos

ambientes lóticos.

Materiais e Métodos

Espécies da família Myrtaceae foram coletadas na

"Restinga de Grumari", localizada na Zona Oeste

do Rio de Janeiro. Para preparação dos extratos

brutos: aquoso e hidroalcóolico, folhas secas 40 g

foram picadas e colocadas em potes de 500 ml,

adicionado 400 ml de água destilada e submetidas a

banho de ultrassom por 1h. A extração foi realizada

em temperatura de aproximadamente 10ºC e

protegida da iluminação, sob repouso por 30 dias.

Os extratos foram filtrados e congelados em balões

de 250 ml para posterior liofilização. Para o extrato

hidroalcóolico, 58g folhas secas foram mantidas

sob maceração estática em uma solução de 500 ml

de metanol:água (90:10). O material ficou em

temperatura ambiente e protegida da iluminação,

sob repouso por 10 dias. Em seguida, os extratos

foram filtrados e concentrados no evaporador

rotativo (50ºC).

Resultados e Discussão

Conclusões

Espera-se que as espécies vegetais estudadas sejam

promissora no combate as larvas tanto do A.

aegypti, quanto do S. pertinax.

Agradecimentos: CAPES, FAPERJ. Ao Prof.

Marcelo da Costa Souza (Herbário RBR, UFRRJ)

Referências

1. Vieira TR, Barbosa LCA, Maltha CRA, Paula VF,

Nascimento, EA 2004. Constituintes químicos de Malaleuca

alternifolia (Myrtaceae). Quim Nova 27: 536-539.

2. De Oliveira RN, Dias IJM, Câmara CAG 2005. Estudo

comparativo do óleo essencial de Eugenia punicifolia (HBK)

DC. de diferentes localidades de Pernambuco. Rev Bras

Farmacogn 15: 39-43

3. Myrtaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim

Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:

<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171>.

Acesso em: Set. 2016

4. Silva CV, Bilia DAC, Barbedo CJ 2005a. Fracionamento e

germinação de sementes de Eugenia. Rev Bras Semen 27: 86-92.

29

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Identificação da População de Imaturos de Simulídeos do Parque Nacional

da Serra dos Órgãos

Lidiane Coelho Berbert (PG)1,2

, Camila Gois Ferreira Couta (IC)¹, Melissa Barbosa Ferreira (IC)¹,

Vinícius Ribeiro Flores (PG)1,³

, Ronaldo Figueiró (PQ)1,4

, Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹

1 Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental, UEZO; ² Programa de Pós Graduação em Ciência e

Tecnologia Ambiental - PPGCTA, UEZO; ³ Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, INMETRO; 4

Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Volta Redonda, RJ [email protected]

[email protected]

Palavras-chaves:Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Simulídeos, vetores, PARNASO

Introdução

Os Simulídeos são dípteros cosmopolitas pertencentes

a família Simullidae, que compreende 2189 espécies

descritas, incluindo 12 espécies fósseis.1 São

transmissores de doenças como a Oncocercose

humana, a Mansonelose e causadores de perdas

econômicas em setores como turismo devido ao

grande desconforto causado por suas picadas e na

agropecuária por causar perda de peso no rebanho,

diminuição da produção leiteira, etc.2 O Parque

Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) é uma

Unidade de Conservação na região serrana do Estado

do Rio que protege importantes remanescentes de

Mata Atlântica. O presente estudo teve como objetivo

investigar a composição da população de simulídeos

no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Materiais e Métodos

A coleta foi realizada em 5 sítios diferentes no leito

de rios do PARNASO. Foi realizada captura manual

das larvas juntamente com o substrato em que

estavam aderidas. Em cada um dos sítios foram

definidos 15 pontos de coleta diferentes e as larvas

armazenadas em álcool absoluto. Os imaturos

seguiram então para triagem e morfotipagem, onde

foram divididos em grupos com base no padrão das

manchas cefálicas. Foi realizada uma análise

comparativa entre os indivíduos coletados e

fotografias de larvas de simulídeos previamente

identificadas.

Resultados e Discussão

Foram coletados um total de 2409 indivíduos, sendo:

482 no sítio 1; 191 no sítio 2; 191 no sítio 3; 222 no

sítio 4; e 1323 do sítio 5. Estes foram divididos entre

39 padrões encefálicos. Foram encontradas 7 espécies

diferentes: Simullium pertinax com 993 indivíduos, S.

incrustatum com 118, S. inequalium spp. com 594, S.

subpalidum com 92, S. brunnescens com 26, S.

perflavum com 45 e S. brachycladum com apenas 5

indivíduos. A diversidade de espécies encontradas

nesse trabalho se mostrou similar à diversidade já

relatada em outros trabalhos.

Conclusões

Foi possível verificar a presença de sete espécies de

simulídeos presentes no Parque Nacional da Serra dos

Órgãos. A presença de substrato artificial no sítio 5

foi um fator determinante para o quantitativo de

larvas coletadas nesse sítio.

Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1Adler, P. H. & Crosskey, R. W. World blackflies (diptera:

simuliidae): a comprehensive revision of the taxonomic and

geographical inventory. 2013. p. 120.

2 Carvalho, B.M.C. Variação morfológica em larvas de Diptera:

Simuliidae do gradiente de altitude do Parque Nacional do Itatiaia,

RJ, 2014. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Ciências Biológicas com ênfase em Biotecnologia) - Fundação

Oswaldo Aranha - Centro Universitário de Volta Redonda, Volta

Redonda.

3 Medeiros, J. F.; PY-Daniel, V.; Barbosa, U. C.; Ogawa, G. M.

Ocorrência da Mansonellaozzardi(Nematoda, Onchocercidae) em

comunidades ribeirinhas do rio Purus, Município de Boca do Acre,

Amazonas, Brasil. Cadernos de Saúde Pública (ENSP. Impresso),

v. 25, p. 1421-1426, 2009.

4 Buffolo, A.R.A. Souza,T.M.M. Snatos, S.S. Rodrigues, T.

Berbert, L.C. Docile,T.N. Figueiro,R. Desvendando os padrões de

preferencia de habitat de larvas de Simuliidae (Diptera)

neotropicais e suas implicações para o controle do vetor. Acta

Biomedica Brasiliensia, v.7.n.1 p.109-123, 2016.

.

30

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

PÓS-GRADUAÇÃO EM

BIOMEDICINA TRANSLACIONAL

31

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise do Perfil de Expressão de MGMT no Câncer Oral e dos

Mecanismos Epigenéticos Envolvidos em sua Regulação

Lima ABM1*, Moleri AB1, Lima FRS2, Moura-Neto V1,3, Pereira CM1

1- Universidade do Grande Rio (Unigranrio); 2- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 3-Instituto

Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer

* [email protected]

Palavras-chaves: MGMT, Carcinoma de Células Escamosas, miRNA, Metilação

Introdução

O gene O6-metilguanina-DNA metiltransferase

(MGMT) é um supressor tumoral que codifica

uma proteína de reparo do DNA com o mesmo

nome. A perda de expressão de MGMT no

câncer de cabeça e pescoço está associada com a

recidiva e diminuição da sobrevida1.Alterações

epigenéticas (metilação aberrante e a ação de

miRNAs) podem ser responsáveis pelo

silenciamento deste gene no câncer2,3. Não

existem relatos na literatura sobre a avaliação de

metilação e do nível de expressão da família

miR-181 (regulador de MGMT) em carcinoma

de células escamosas oral (CCEO). O objetivo

deste trabalho é analisar o perfil de expressão de

MGMT e de mecanismos epigenéticos

envolvidos na regulação deste gene em CCEO.

Esta avaliação poderá ser útil na identificação

de biomarcadores preditivos para recidivas e

metástases em CCEO.

Materiais e Métodos

Fluxograma de trabalho:

CAAE:59423416.2.0000.5283

Resultados e Discussão

A avaliação da expressão de MGMT em 4

amostras de CCEO demonstrou hipoexpressão

em 2 amostras de CCEO em relação à mucosa

oral normal

Gráfico 1: Expressão de MGMT no CCEO.

Foi observado que miR-181a/b/c apresentaram-

se com a expressão reduzida em 46,7% dos

CCEOs. A hiperexpressão de pelo menos 1

miRNA foi observada em 53,3% das amostras

(Gráfico 2):

Gráfico 2: Expressão de miR-181a/b/c no CCEO

As análises de metilação em 10 amostras não

detectaram presença de metilação em MGMT

(Figura 1):

Figura 1: MSP para MGMT em CCEO.

Conclusões

As análises de expressão de MGMT

demonstraram hipoexpressão em 2 amostras

analisadas. A hiperexpressão de pelo menos 1

miRNA da família miR-181 foi observada em

53,3% das amostras. Não foi a verificada

presença de metilação nas amostras que

apresentaram hipoexpressão em MGMT.

Também não se observou hiperexpressão dos

miRNAs avaliados em tais amostras. Análises

para avaliar a expressão de MGMT e de

metilação em um maior número de amostras e a

avaliação de miR-181d são necessárias para

determinar se existe relação destes mecanismos

com a expressão deste gene no CCEO. Agradecimentos: FAPERJ e PROPESQ

Referências Bibliográficas

1- Sawhney, M., Rohatgi, N., Kaur, J., Gupta, S. D., Deo, S.

V., Shukla, N. K., & Ralhan, R. (2007). MGMT expression

in oral precancerous and cancerous lesions: correlation with

progression, nodal metastasis and poor prognosis. Oral

oncology, 43(5), 515-522.

2-Kato, K., Hara, A., Kuno, T., Mori, H., Yamashita, T.,

Toida, M., & Shibata, T. (2006). Aberrant promoter

hypermethylation of p16 and MGMT genes in oral

squamous cell carcinomas and the surrounding normal

mucosa. Journal of cancer research and clinical oncology,

132(11), 735-743.

3-Zhang W, Zhang J, Hoadley K, Kushwaha D,

Ramakrishnan V, Li S, Kang C, You Y, Jiang C, Song SW,

Jiang T, Chen CC. miR-181d: a predictive glioblastoma

biomarker that downregulates MGMT expression. Neuro

Oncol. 2012 Jun;14(6):712-9.

32

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise Molecular dos Principais Genes (APOE, CLU, CR1 e PICALM)

Relacionados à Doença de Alzheimer em uma Amostra de Pacientes do

Rio de Janeiro Silva T

1*, Voigt DD

1, Ramos VG

1, Laks J

2, Cabello PH

1

1 Laboratório de Genética – Unigranrio/Laboratório de Genética Humana IOC/Fiocruz / Prof. do Biotrans 2 Instituto de Psiquiatria, Ambulatório de Psiquiatria Geriátrica –UFRJ/ Prof. do Biotrans

* [email protected]

Palavras-chaves: Doença neurodegenerativa, Alzheimer, PCR em Tempo Real

Introdução

A expectativa de vida vem aumentando em todo o

mundo, o que acarreta um incremento da

prevalência de doenças neurodegenerativas2.

Neste projeto, pretende-se estudar fatores

genéticos envolvidos no desenvolvimento de

umas das principais doenças da população idosa:

a Doença de Alzheimer (DA). Esta doença pode

se apresentar na forma precoce e na tardia3. Em

relação à DA de início precoce, existem três genes

causais - APP, PSEN1 e PSEN24. Por outro lado,

na DA de início tardio somente o gene da

Apolipoproteina E (APOE) tem sido

irrefutavelmente reconhecido como fator de risco

para a mesma, mas tem sido sugeridos outros

genes como envolvidos no desenvolvimento da

doença, CLU, CR1 e PICALM1. Uma vez que a

população brasileira é miscigenada, torna-se

relevante o estudo de genes que se apresentam

como os mais prováveis candidatos ou

moduladores da doença.

Materiais e Métodos

Resultados Preliminares

Conclusões

No momento, não podemos estimar os

efeitos/riscos relativosdos polimorfismos dos

genes APOE, CLU, CR1 e PICALM nestes

indivíduos pois não possuímos resultados

suficientes para realizar uma análise estatística.

Todavia, vale ressaltar que o presente projeto

teve início em Maio/2015 e que os resultados

obtidos na padronização são satisfatórios. Ao

final deste projeto, almejamos ampliar o

conhecimento acerca dos polimorfismos dos

genes já citados. Além disso, objetivamos

analisar estatisticamente as possíveis relações

entre o genótipo-fenótipo da população

estudada, contribuindo assim com novos

estudos e perspectivas científicas nessa área.

Referências Bibliográficas

1-Altmann, A., Tian, L., Henderson, V. W., &Greicius, M.

D. (2014). Sex modifies the APOE‐related risk of

developing Alzheimer disease. Annalsofneurology, 75(4),

563-573.

2-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

2011. Disponível em: www.ibge.gov.br.

3-Sleegers, K., Brouwers, N., Gijselinck, I., Theuns, J.,

Goossens, D., Wauters, J., & Van Broeckhoven, C. (2006).

APP duplication is sufficient to cause early onset

Alzheimer's dementia with cerebral amyloid

angiopathy.Brain, 129(11), 2977-2983.

4-Slooter, A. J., Cruts, M., Kalmijn, S., Hofman, A.,

Breteler, M. M., Van Broeckhoven, C., & van Duijn, C. M.

(1998). Risk estimates of dementia by apolipoprotein E

genotypes from a population-based incidence study: the

Rotterdam Study. Archives of neurology, 55(7), 964-968.

Gráfico de

padronização do gene

APOE (rs429358)

evidenciando um

Descriminação

alélica do gene APOE

(rs429358)

evidenciando

indivíduos

33

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação do Perfil Microbiano do Biofilme Subgengival e Saúde Dental

em Adultos Jovens e sua Associação com Sobrepeso e Obesidade

Danielle Rodrigues de Andrade (PG)¹*, Paulo André da Silva (PQ)¹, Carina Silva-Boghossian (PQ)

1

1 Laboratório de Genética Humana, Unigranrio* [email protected]

Palavras-chaves: microbiota oral, doença periodontal, obesidade, inflamação.

Introdução

A obesidade é uma doença inflamatória crônica, que

em conjunto com suas comorbidades representam,

atualmente, uma grande preocupação para a saúde

pública mundial. As consequências atreladas ao

excesso de peso e a obesidade incluem o

desenvolvimento de condições patológicas

intimamente associadas a elevados índices de

mortalidade e à perda da qualidade de vida nas

diferentes populações1. Além disto, tem sido

demonstrado, que a obesidade é capaz de desencadear

disfunções do sistema imunológico, tornando os

indivíduos mais susceptíveis a infecções, como, por

exemplo, a doença periodontal2. Neste contexto,

evidências têm demonstrado que a colonização da

microbiota oral pode ser modulada pela obesidade,

que por sua vez, desempenha um papel importante no

equilíbrio saúde-doença bucal3,4

. Desta forma, o

objetivo deste projeto é avaliar os níveis de bactérias

no biofilme subgengival e a saúde odontológica em

adultos jovens e sua associação com sobrepeso e

obesidade.

Materiais e Métodos

Fluxograma do desenho do estudo (nº parecer do

CEP-Unigranrio: 1.500.927):

Os dados obtidos até o momento foram analisados

para diferenças significativas através dos testes

Mann-Whitney e Kruskal-Wallis ao nível de 5%.

Resultados preliminares

Conclusões

Nestes resultados preliminares foi observado que

indivíduos com excesso de peso podem apresentar

uma quantidade maior de patógenos periodontais,

assim como de espécies bacterianas consideradas

extra-orais. Agradecimentos: Faperj, CAPES.

Referências Bibliográficas

1. World Health Organization. (2000). Obesity: preventing and

managing the global epidemic (No. 894). World Health

Organization.

2. Ylöstalo, P., Suominen‐Taipale, L., Reunanen, A., & Knuuttila,

M. (2008). Association between body weight and periodontal

infection. Journal of Clinical Periodontology, 35(4), 297-304.

3. Zeigler, C. C., Persson, G. R., Wondimu, B., Marcus, C., Sobko,

T., & Modéer, T. (2012). Microbiota in the oral subgingival biofilm

is associated with obesity in adolescence. Obesity, 20(1), 157-164.

4. Haffajee, A. D., & Socransky, S. S. (2009). Relation of body

mass index, periodontitis and Tannerella forsythia. Journal of

Clinical Periodontology, 36(2), 89-99.

0,0E+00 2,0E+06 4,0E+06 6,0E+06

Actinomyces spp.

V. parvula

Streptococcus spp. 1

Streptococcus spp. 2

Aa

C. sputigena

E. corrodens

C. rectus

E. nodatum

F. periodonticum

Fusobacterium spp.

P. micra

Prevotella spp.

P. gingivalis

T. denticola

T. forsythia

L. buccalis

N. mucosa

P. acnes I e II

S. noxia

T. socranskii

Lactobacillus spp.

R. dentocariosa

S. salivarius

S. mutans e S. sobrinus

Sobrepeso/Obeso (n = 11)

Eutrófico (n = 10)

*

*

*

*

*

Número de células bacterianas

0,E+00 2,E+06 4,E+06 6,E+06 8,E+06

Actinomyces spp.

V. parvula

Streptococcus spp. 1

Streptococcus spp. 2

Aa

C. sputigena

E. corrodens

C. rectus

E. nodatum

F. periodonticum

Fusobacterium spp.

P. micra

Prevotella spp.

P. gingivalis

T. denticola

T. forsythia

L. buccalis

N. mucosa

P. acnes I e II

S. noxia

T. socranskii

Lactobacillus spp.

R. dentocariosa

S. salivarius

S. mutans e S. sobrinus

Obeso (n = 5)

Sobrepeso (n = 6)

Eutrófico (n = 10)

Número de células bacterianas

Figura 1. Níveis de

bactérias-orais

detectados nos três grupos estudados

(eutróficos, com

sobrepeso e obesos).

*teste Kruskal-Wallis,

p< 0,05.

Figura 2. Níveis de

bactérias orais

detectadas em eutróficos

e sobrepeso/obesos. *Teste Mann-Whitney,

p< 0,05.

*

34

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Comunicação Juncional em Macrófagos: Modulação da Conexina 43

na Infecção com Trypanosoma cruzi e no Tratamento com Fatores Pró-

Imune Inflamatórios

Da Silva, C.M; Macedo, J.V.

1; Moreira de Carvalho, G.O.A

1,3; Kiffer, M.R.N.

1; Souza, O.M.J

1;

Ramada, R.S.1; Manchester, T.

1; Coutinho-Silva, R.

4; Goldenberg, R.C.S.

4 & Fortes, F.S.A.

1,2,3

1. Laboratório de Fisiologia e Terapia Celular e Molecular Prof. Antônio Carlos Campos de Carvalho; UEZO

2. Programa de Pós Graduação em Biomedicina Translacional - BioTrans; UEZO, UNIGRANRIO & Inmetro

3. Programa de Pós Graduação em Ciências fisiológicas, Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

4. Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Palavras-chaves: Junções comunicantes, Macrófagos e Trypanosoma Cruzi

Introdução

O Trypanosoma cruzi é o agente causador da

Doença de Chagas que acomete 6 milhões de

pessoas no território brasileiro. Quando

observada a América Latina, os números saltam

para os 14 milhões de possuidores da doença,

com a possibilidade de contaminação de 100

milhões de pessoas1. Na infecção chagásica,

diversos sistemas fisiológicos sofrem alterações2

e parte destas complicações está associada à

alteração funcional das Junções Comunicantes.

Porém, estas junções não estão inteiramente

caracterizadas em alguns sistemas3. Dentre

estes, podemos destacar o sistema Imunológico,

particularmente os macrófagos que participam

do processo de resposta inata deste sistema. A

caracterização morfológica e funcional das

junções comunicantes em macrófagos tem sido

alvo de estudo de diversos grupos4, no entanto

seus mecanismos regulatórios ainda merecem

esclarecimentos, principalmente diante de

alterações patológicas, como nos processos

infecto-inflamatórios causados pelo

Trypanosoma cruzi na Doença de Chagas. O

objetivo deste estudo será avaliar a modulação

estrutural e funcional das junções comunicantes,

formadas pela Conexina 43 em linhagens

macrofágicas e macrófagos peritoneais, após a

ativação com fatores pró-imune inflamatórios e

na infecção com o Trypanosoma cruzi.

Materiais e Métodos

Estão sendo realizados Cultura de células de

linhagem macrofágica J774-G8 e Cultura

primária de macrófagos peritoneais de

camundongos da raça swiss; Ensaios

imunoeletroforéticos, Ensaios de

imunofluorescência e Ensaios de microinjeção

intracelular de corantes, em células normais,

ativadas ou infectadas com o parasita.

Resultados e Discussão

Células de linhagem macrofágica J774-G8

apresentaram alterações significativas em seu

perfil de comunicação intercelular por junções

comunicantes, quando submetidas a

microambientes em que havia o estimulo com

fatores pró-imune inflamatórios. Experimentos

de injeções intracelulares de corante em culturas

previamente tratadas com Lipopolissacarídeo

(LPS), Interferon Gama (IFN-) e Fator de

Necrose Tumoral do tipo (TNF-) de forma

combinada, e em incubações de até 48 horas,

aumentaram significativamente o perfil de

acoplamento celular, ou seja, aumentaram a

comunicação mediada por junções

comunicantes nos tratamentos combinados de

LPS+IFN- e IFN- + TNF-.

Agradecimentos: FAPERJ, CAPES, CNPq

Referências Bibliográficas

1. Dias JCP 2007. Southern Cone Initiative for the

elimination of domestic populations ofTriatoma infestans

and the interruption of transfusional Chagas disease.

Historical aspects, present situation and perspectives.

Mem Inst Oswaldo Cruz.

2. Adesse, D et al. (2011). Advances in Parasitology. 76: 63

– 81.

3. Goldenberg RCS; Gonçalves A & Campos-de-Carvalho

AC. (2000) – Current Topics in Membranes 49, Chapter

28, 625-634.

4. Fortes FSA, Pecora IL, Persechini PM, Hurtado S, Costa

V, Coutinho-Silva R, Braga MB, Silva-Filho FC, Bisaggio

RC, De Farias FP, Scemes E, De Carvalho AC &

Goldenberg RC (2004). J Cell Sci. 117(Pt 20): 4717-26.

35

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da Saúde Bucal em Adutos Jovens com Sobrepeso ou Obesidade

e sua Relação com Polimorfismo Genético de Fator de Necrose Tumoral-

alfa (TNF-α)

Da Silva, C.M; Macedo, J.V.1; Moreira de Carvalho

1,2, G.O.A

1,3; Kiffer, M.R.N.

1; Souza, O.M.J

1;

Ramada, R.S.1; Manchester, T.

1.; Coutinho-Silva, R.

4; Goldenberg, R.C.S.

4 & Fortes, F.S.A.

1,2,3

1. Laboratório de Fisiologia e Terapia Celular e Molecular Prof. Antônio Carlos Campos de Carvalho;UEZO 2. Programa de Pós Graduação em Biomedicina Translacional - BioTrans; UEZO, UNIGRANRIO & Inmetro

3. Programa de Pós Graduação em Ciências fisiológicas, Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto de Biologia,

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

4. Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Palavras-chaves: Junções comunicantes, Macrófagos e Trypanosoma Cruzi

Introdução

A resposta inflamatória crônica gerada pela

periodontite pode estar associada com o

desenvolvimento de doenças cardiovasculares,

principalmente em indivíduos com outros fatores de

risco associados1. Dentre estas condições clínicas

com risco alto para doença cardiovascular, inclui-se a

obesidade1. Considera-se que existe atualmente uma

epidemia em torno de 1,9 bilhões de pessoas com

sobrepeso no mundo3. Dentre os medidores

inflamatórios envolvidos nas doenças periodontais,

pode-se destacar o TNF-a, que é produzido e

secretado principalmente por monócitos e

macrófagos. Esta citocina é um indutor de destruição

tecidual e de reabsorção óssea que atua de diferentes

formas de doença periodontal4. Desta foram o

objetivo deste estudo é investigar a relação entre

saúde bucal, sobrepeso / obsesidade e se variantes de

polimorfismo genético do TNF-a podem modular esta

relação.

Materiais e Métodos

Fluxograma do desenho do estudo (CEP-Unigranrio

1.463.850).

Resultados Preliminares

Resultados Preliminares

Os dados parciais somente demonstram diferenças

significativas para peso, circunferência de cintura e de

quadril entre os grupos eutrófico, sobrepeso e obeso,

como já era esperado.

Agradecimentos: Faperj, Capes.

Referências Bibliográficas

1.Dias JCP 2007. Southern Cone Initiative for the elimination of

domestic populations ofTriatoma infestans and the interruption of

transfusional Chagas disease. Historical aspects, present situation

and perspectives. Mem Inst Oswaldo Cruz.

2. Adesse, D et al. (2011). Advances in Parasitology. 76: 63 – 81.

Goldenberg RCS; Gonçalves A & Campos-

36

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

DEMAIS PÓS-GRADUAÇÕES

37

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação do Efeito Antigenotóxico de Euterpe oleracea em Modelo

Experimental de Câncer de Mama

Jéssica Alessandra-Perini (PG) 1,2*

, Daniel E. Machado (PQ)1, Karina C. Rodrigues-Baptista (PG)

1,2, Thiago

A. T. Santos (PG)1, Roberto S. de Moura (PQ)

3, Jamila A. Perini (PQ)

1,2

1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO. 2Programa de Pós-Graduação em Saúde

Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ.3Departamento de Farmacologia e Psicobiologia, UERJ.

*[email protected]

Palavras-chaves: Câncer de Mama; Tratamento; Euterpe oleracea.

Introdução O câncer de mama é um problema de saúde

pública no Brasil e no mundo, acometendo 25%

das mulheres1,2

. A taxa de incidência e mortalidade

para o câncer de mama no Brasil são elevadas2,

muito provavelmente porque ainda é diagnosticado

em estágios avançados da doença. Como o câncer

de mama é uma doença heterogênea, o tratamento

torna-se muitas vezes ineficaz porque depende das

características do tumor e também da resposta

individual das pacientes ao tratamento3. Além

disso, a quimioterapia e a radioterapia apresentam

efeitos adversos graves4, interferindo na adesão ao

tratamento. Considerando que Euterpe oleracea

(açaí) apresenta atividade anti-inflamatória,

antioxidante e antiangiogênica, o objetivo deste

estudo é o estabelecimento de um modelo

experimental de câncer de mama para avaliar o

efeito antigenotóxico do extrato de açaí, após o

tratamento com a quimioterapia antineoplásica

citotóxica.

Materiais e Métodos Este modelo foi aprovado pela CEUA da UEZO

(008/2014) e estabelecido em ratas Wistar, após a

administração subcutânea, na região mamária, de

25mg/kg de DMBA (7,12-dimetil benzo

antraceno). A confirmação macro e microscópica

foi realizada 16 semanas após a indução. Os

animais foram divididos em: controle (n=10),

tratado (n=10) com 40 mg de extrato via gavagem

por 30 dias e prevenção (n=10), com o mesmo

tratamento iniciado 1 dia antes da indução tumoral.

Em seguida, as amostras do coração, fígado e rins

foram coletadas para as análises toxicológicas;

amostras do tumor para as análises macroscópica,

histológicas e imunohistoquímica (VEGF, FLK,

MMP-9 e CD-34); sangue e lavado peritoneal para

as análises hematológicas, bioquímica (função

hepática, renal, glicemia e óxido nítrico),

citometria de fluxo (F4-80/MAC-2+) e ELISA

(VEGF).

Resultados e Discussão O câncer de mama foi confirmado, detectando-se

aderências, exsudato inflamatório e nódulos

endurecidos na mama. Histologicamente, foram

observadas lesões constituídas de células tumorais,

agrupadas com hipercromasia e atipia nuclear,

separadas por tecido conjuntivo fibrovascular,

invadindo o estroma mamário e o tecido adiposo

adjacente. A taxa de indução tumoral do modelo

foi de 73% e de morte, 35%. Comparados aos

animais não-induzidos, foram observadas nos

animais com carcinoma mamário, marcações de

VEGF no estroma ao redor das células neoplásicas

e escamosas, próximas aos depósitos de queratina,

bem como altos níveis de VEGF na análise por

ELISA. A elevada presença de macrófagos ativos

no lavado peritoneal indicou um aumento na

resposta inflamatória no microambiente tumoral.

Com o tratamento de açaí, houve diminuição da

quantidade de macrófagos ativos no lavado

peritoneal quando comparado ao controle e

também diminuição das células inflamatórias ao

redor do tumor na análise histológica. O fígado e

rim dos animais controles apresentaram efeitos de

toxicidade elevados, com presença de fibrose,

atipia celular e microambiente hemorrágico. Já os

animais tratados com açaí, o fígado e rim estavam

histologicamente normais.

Conclusões O estabelecimento de um modelo de câncer de

mama torna-se uma ferramenta para o estudo dos

mecanismos envolvidos e também para avaliar os

efeitos in vivo de agentes que possam atuar no

crescimento tumoral. Sabidamente, o açaí possui

atividade anti-inflamatória, antioxidantes e

antiangiogênica. Nosso grupo demonstrou que o

açaí reduz o microambiente inflamatório ao redor

do tumor sem causar toxicidade nos órgãos

examinados (coração, fígado e rins), indicando que

o açaí poderia ser eficaz no tratamento do câncer

de mama, em virtude da sua atividade anti-

inflamatória e antigenotóxica. Agradecimentos: FAPERJ.

Referências 1. Iarc. Globocan 2012: Estimated Cancer Incidence, Mortality

and Prevalence Worldwide in 2012. International Agency for

Research on Cancer, 2012.

2. INCA. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil.

Coordenação- Geral de Prevenção e Vigilância, 2014. 3. Polyak, K. Heterogeneity in breast cancer. J Clinical

Investigation, v. 121, n. 10, p. 3786–8, 2011.

4. BRASIL. Manual de bases técnicas da oncologia – SIA -

Sistema de Informações Ambulatoriais. 21 ed. 2015.

38

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Efeito Combinado dos Polimorfismos PGR +331C>T, CYP17A1 -34A>G e

CYP19A1 1531G>A no Risco de Desenvolvimento da Endometriose em

Mulheres Brasileiras

*Jéssica Vilarinho Cardoso (PG)1,2

; Daniel Escorsim Machado (PQ1; Renato Ferrari (PQ)

3; Mayara

Calixto da Silva (IC)1; Plínio Tostes Berardo (PQ)

4; Jamila Alessandra Perini (PQ)

1,2

1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste; 2Programa de Pós-

Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Osvaldo Cruz; 3Instituto de

Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Hospital Moncorvo Filho; 4Serviço de Ginecologia, Hospital

Federal dos Servidores do Estado.* [email protected]

Palavras-chaves: Polimorfismo; Estrogênio; Endometriose

Introdução

A endometriose é uma doença complexa e

multifatorial, podendo causar dismenorreia, dor

pélvica, dispareunia, infertilidade, alterações

intestinais e urinárias1. Muitos estudos têm

demostrado que mulheres com endometriose

apresentam um risco aumentado de desenvolver

câncer de ovário2,3

. Os mecanismos moleculares

envolvidos na endometriose ainda não estão claros,

e a susceptibilidade hereditária tem sido uma área

de investigação crescente no desenvolvimento da

doença4. Por ser uma doença estrogênio-

dependente, polimorfismos genéticos envolvidos

na biossíntese e na regulação dos estrógenos são

candidatos a serem biomarcadores da

endometriose. Assim, este trabalho teve por

finalidade investigar a influência dos

polimorfismos dos genes PGR, CYP17A1 e

CYP19A1 na susceptibilidade da endometriose.

Materiais e Métodos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa em Humanos do HFSE (Protocolo:

414/2011) e Hospital Moncorvo Filho (Protocolo:

1.244.294 / 2015). A população do estudo foi

composta de 161 mulheres com endometriose

(casos) e 179 controles. Os polimorfismos foram

genotipados pela técnica de reação em cadeia da

polimerase em tempo real utilizando o sistema

TaqMan. A associação dos polimorfismos

estudados com a endometriose foi avaliada pela

regressão logística binária.

Resultados e Discussão

Os casos de endometriose foram

significativamente mais jovens que os controles

(36,0 ± 7,3 versus 38,0 ± 8,5, respectivamente, p =

0,023), tiveram um índice de massa corporal

menor (26,3 ± 4,8 versus 27,9 ± 5,7,

respectivamente, p = 0,006), maior tempo médio

de duração do fluxo menstrual (7,4 ± 4,9 versus

6,1 ± 4,4 dias, respectivamente, p = 0,03) e menor

tempo médio do intervalo entre as menstruações

(25,2 ± 9,6 versus 27,5 ± 11,1 dias,

respectivamente, p = 0,05). Foi observada uma

maior prevalência dos sintomas de dismenorreia,

dispareunia, dor pélvica crônica, infertilidade,

alterações intestinais e urinárias no grupo casos,

com um tempo médio entre o início dos sintomas

até o diagnóstico definitivo de endometriose de 5,2

± 6,9 anos. Comparando os dois grupos, não foram

observadas diferenças significativas nas

frequências alélicas e genotípicas dos

polimorfismos PGR +331C>T, CYP17A1 -34A>G

e CYP19A1 1531G>A, e nem considerando os

sintomas da endometriose. Foi observado que o

genótipo combinado PGR +331TT / CYP17A1 -

34AA / CYP19A1 1531AA está associado

positivamente à endometriose (OR = 1,72; IC 95%

= 1,09 – 2,72).

Conclusões

A análise combinada dos polimorfismos PGR-

CYP17A1-CYP19A1 sugere uma interação gene-

gene na susceptibilidade genética da endometriose,

podendo contribuir para a identificação de

biomarcadores para o diagnóstico e/ou prognóstico

da doença. Agradecimentos: CNPq, FAPERJ e FAF

(Oncobiologia).

Referências

1. Acién P & Velasco I. Endometriosis: A Disease That

Remains Enigmatic. ISRN Obstet Gynecol. 2013 Jul

17;2013:242149.

2. Wang KC, Chang WH, Lee WL, et al. An increased risk of

epithelial ovarian cancer in Taiwanese women with a new

surgico-pathological diagnosis of endometriosis. BMC Cancer.

2014 Nov 18;14:831.

3. Yang B, Wang D, Chen H, et al. The association between

endometriosis and survival outcomes of ovarian cancer:

Evidence-based on a meta-analysis. Niger J Clin Pract. 2015

Sep-Oct;18(5):577-83.

4. Perini JA, Cardoso JV, Berardo PT, et al. Role of vascular

endothelial growth factor polymorphisms (-2578C>A, -460

T>C, -1154G>A, +405G>C and +936C>T) in endometriosis: a

case-control study with Brazilians. BMC Womens Health. 2014

Sep 26;14:117.

39

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Interação entre as Células de Mastócito, VEGF -FLK-1 e Stem Cell Factor

na Fisiopatologia da Endometriose

Karina C. Rodrigues-Baptista (PG)1,2*

; Jamila A. Perini (PQ)1,2

; Lucas R. Lopes (IC)1; Mauricio S. Abrão

(PQ)3; Luis E. Nasciutti (PQ)

4; Daniel E. Machado (PQ)

1

1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO, RJ, Brasil; 2Programa de Pós-

Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ, Brasil; 3Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Rio de Janeiro, SP, Brasil; 4Instituto de Ciências Biomédicas,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Palavras-chave: endometriose; mastócitos; angiogênese; Stem Cell Factor.

Introdução

A endometriose é considerada uma doença benigna,

no entanto, possui características malignas devido a

proliferação celular e a formação de novos vasos

sanguíneos1. Numerosos estudos têm indicado que

as mulheres com endometriose apresentam um risco

aumentado de desenvolvimento de câncer epitelial

de ovário2. Embora exista essa correlação

epidemiológica entre endometriose e câncer, os

mecanismos moleculares e os fatores envolvidos

com a progressão maligna da doença não são bem

compreendidos3. Nesse contexto, o aumento do

Stem Cell Factor (SCF) pode promover o

crescimento de lesões endometrióticas pela ativação

de mastócitos4. Os mastócitos ativados estimulam

um aumento da atividade da COX, que por sua vez

induz a síntese de Prostaglandina E2 (PGE2). Esse

mecanismo irá aumentar a produção de VEGF

pelos mastócito, tendo um efeito mitogênico em

células endoteliais e contribuindo para a

neovascularização, que é um processo crucial para a

endometriose5. Portanto, o objetivo deste estudo é

avaliar a interação entre mastócitos, VEGF e Stem

Cell Factor na fisiopatologia da endometriose.

Materiais e Métodos

Este estudo foi aprovado pelo Conselho de Revisão

Interna do Hospital Universitário Clementino Fraga

Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(N°051/01). Trinta mulheres com endometriose (10

ovário, 10 bexiga, 10 retal) e 32 mulheres controle

(10 endométrio proliferativo, 10 endométrio

secretor, 4 ovário normal, 4 normal da bexiga, 4

reto normal) foram incluídas no estudo. A

distribuição de mastócitos, VEGF, Flk-1 e SCF foi

avaliada por imunohistoquímica. Os vasos

sanguíneos foram quantificados de acordo com o

número de células endoteliais do fator de von

Willebrand-positivo.

Resultados e Discussão

Um aumento na densidade vascular e na

distribuição de mastócitos e do SCF foi observado

nos casos de endometriose, especialmente em

lesões de reto, em comparação com as respectivas

amostras de controle e com o endométrio eutópico.

As marcações foram localizadas no estroma

endometrial ao redor das glândulas. Da mesma

forma, as imunomarcações de VEGF e Flk-1

também foram elevadas em casos de endometriose,

particularmente na endometriose retal.

Conclusões

Nossos resultados sugerem que a ativação dos

mastócitos pelo SCF pode estimular a liberação de

VEGF favorecendo o processo de angiogênese, que

é crucial para estabelecimento e desenvolvimento

das lesões endometrióticas (Figura 1)

Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1. Jiang Q.Y. and Wu R.J. (2012). Growth mechanisms of

endometriotic cells in implanted places: A review. Gynecol.

Endocrinol. 28, 562-567

2. Vlahos N.F., Kalampokas T. and Fotiou S. (2010).

Endometriosis and ovarian cancer: A review. Gynecol.

Endocrinol. 26, 213-219.

3. Becker C.M., Beaudry P., Funakoshi T., Benny O., Zaslavsky

A., Zurakowski D., Folkman J., D'Amato R.J. and Ryeom S.

(2011). Circulating endothelial progenitor cells are up-regulated

in a mouse model of endometriosis. Am. J. Pathol. 178, 1782-

1791.

4. Lin K.Q., Zhu L.B., Xhang X.M., Lin J (2015). Role of mast

cells in estrogen-mediated experimental endometriosis in rats.

Zhejiang Da Xue Xue Bao Yi Xue Ban. 44(3):269-77.5. Ryan

J.J., Morales J.K., Falanga Y.T., Fernando J.F., Macey M.R (2009). Mast cell regulation of the immune response. World

Allergy Organ J. 2(10):224-32

40

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Identificação de Isolados Bacterianos da Rizosfera de Cichorium endivia

pelo Sistema VITEK®2 Compact

Andressa Sbano da Silva (PG)¹ ², Juliana Barbosa Succar (PG)¹, *Nivaldo José dos Santos Júnior (IC)¹,

Alexander Machado Cardoso(PQ)¹ ², Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO; 2 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, INMETRO.

< [email protected]>

Palavras-chaves: bactéria; testes bioquímicos, taxonomia.

Introdução

Com o aumento da população mundial a busca por

alternativas que elevassem a produção alimentícia

foi de extrema importância. Dentre essas

alternativas estão os pesticidas, produtos químicos

utilizados no controle de pragas, doenças e plantas

daninhas. Porém muitos possuem ação cancerígena

e mutagênica, além de apresentarem grande

persistência no meio ambiente1. Dentre os

pesticidas temos o herbicida ácido 2,4-

Diclorofenóxiacético (2,4D) que é um herbicida

sistêmico, análogo ao hormônio vegetal auxina,

usado no controle de eudicotiledôneas, que é

extremamente tóxico 2

. Uma alternativa empregada

para remoção desses contaminantes é a

biodegradação realizada pelos microrganismos do

solo, que pode muitas vezes mineraliza-los por

completo3. Os isolados bacterianos utilizados nesse

estudo foram originados da bioprospecção do solo

da rizosfera de chicória (Cichorium endivia L.)

realizada por Ferreira4. Os isolados bacterianos

identificados sob os códigos CH02, CH04, CH05,

CH06 e CH09 foram caracterizados por Succar

como capazes de biodegradarem o herbicida 2,4-D.

Desse modo esse trabalho teve como objetivo

identificar esses isolados pelo sistema VITEK®2

Compact.

Materiais e Métodos

Os isolados bacterianos CH02, CH04, CH05,

CH06, CH09 foram isoladas da rizosfera de

Cichorium endivia e Ralstonia eutropha JMP 135 é

utilizada como bactéria modelo de degradação.

Esses isolados foram ativados meio LB contendo

2,4-D e identificados pelo sistema VITEK® 2

Compact.

Resultados e Discussão

As estirpes codificadas como CH05, CH09, CH04,

CH02 e CH06 foram identificadas,

respectivamente, como Delftia acidovorans (99%);

Enterobacter cloacae complex; Staphylococcus

lentus (92%); Serratia marcescens (95%) e

Rhizobium radiobacter (99%). Os isolados CH05,

CH06, CH02 e CH09 já haviam sido descritos na

literatura como capazes de biodegradar /

biotransformar o 2,4-D, confirmando o que Succar

observou em seus estudos. O isolado CH04

identificado como Staphylococcus lentus (92%) e o

isolado CH02 identificado como Serratia

marcescens (95%), uma vez que apresentaram uma

porcentagem mais baixa, assim como o isolado

CH09 que não teve um resultado específico,

deverão ser submetidos a identificação empregando

sequenciamento.

Conclusões

O sistema VITEK®2 Compact conseguiu

identificar de forma específica os isolados CH05

(Delftia acidovorans (99%)) e o isolado CH06

(Rhizobium radiobacter (99%)).

Agradecimentos: FAPERJ e CNPq.

Referências

1. Cantos, C.; Miranda, Z. A. I.; Licco, E. A. Contribuições para

a gestão das embalagens vazias de agrotóxicos. Interfacehs –

Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio

Ambiente, V.3, nº.2, Seção, 2008.

2. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Sistema de Informações sobre Agrotóxicos (SIA). Disponível

em:<http://www4.anvisa.goV.br/agrosia/asp/defa ult.asp>

Acesso em: 14 Jun. 2013.

3. Cycon, M.; Mijowska, A. Z.; Wojcik, M.; Piotrowska, Z. S.;

Biodegradation and bioremediation potential of diazinon

degrading Serratia marcescens to remove other

organophosphorus pesticides from soils. Department of

Microbiology and Virology, Medical University of Silesia,

Jagiellonska.Journalof Environmental Management, V.4, p. 7-

21, 2013.

4. Ferreira, J. V. R. Bioprospecção e identificação de

microrganismos compotencial biotecnológico para

biorremediação na interface solo-plantamicrorganismos. 2012.

31p. Trabalho de Conclusão de Curso (GraduaçãodeTecnologia

em Biotecnologia) — Fundação Centro Universitário Estadual

da ZonaOeste, Rio de Janeiro. Orientadora Ida Carolina Neves

Direito e Co-orientador Andrew Macrae.

41

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Diversidade Microbiana do Solo sob Influência das Atividades

Antrópicas em Santa Cruz

Vinicius Ribeiro Flores (PG)¹,2, Leticia Cristina Barros de Andrade (IC)¹*, Larissa Soares de

Almeida Borba(IC)¹, Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹, Alexander Machado Cardoso (PQ)1

1Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste 2Programa de Pós-

Graduação em Biotecnologia, INMETRO E-mail de contato. [email protected]

Palavras-chaves: bactéria, metais pesados, pesticidas, DGGE.

Introdução

Na década passada a Zona Oeste foi uma área

de intensa produção agrícola, com o aumento da

urbanização ocorreu a diminuição da produção¹,

porém teve o aumento de indústrias na região.

Atualmente, encontra-se na Zona Oeste o

Distrito Industrial de Santa Cruz, com indústrias

produtoras de resíduos com metais pesados,

onde pode ocorrer a degradação deste ambiente.

Pesquisadores já identificaram níveis de metais

pesados na Bacia de Sepetiba e nos rios e solos

da região2,3

. Por ser uma área subtropical o uso

de agroquímicos como os pesticidas é maior,

uma vez que as condições climáticas propiciam

a proliferação de pragas e doenças que afetam as

plantações4. Com isso, a contaminação dos

solos pode ser decorrente tanto pela agricultura

como pelas atividades das indústrias. Pensando

nisso, este projeto tem como objetivo o estudo

da diversidade microbiana visando a

identificação de bioindicadores bacterianos que

determinem o quadro de poluição do ambiente.

Materiais e Métodos

A metodologia será dividida em três partes: i)

coleta e caracterização das amostras de solo,

onde serão analisadas as características fisico-

químicas das amostras (textura, pH, %C, etc);

ii) a análise e quantificação de pesticidas e

metais pesados da amostra; iii) análise da

diversidade microbiana através da associação

das técnicas de DGGE e Sequenciamento.

Resultados e Discussão

O resultado esperado neste projeto é evidenciar

a diversidade microbiana presente nos pontos de

coleta amostrados para que possamos identificar

uma população bacteriana que possa ser

utilizada como um bioindicador de

contaminação do solo, desta maneira auxiliando

na identificação de poluição do ecossistema.

Esta poderia ser uma ferramenta útil para

correlacionar a contaminação ambiental com os

poluentes presentes no solo.

Agradecimentos: FAPERJ

Referências

¹Vieira, W. S.. Memória, identidade, cultura e movimentos

sociais na Zona Oeste. XI Congresso Luso Afro Brasileiro

de Ciências Sociais, UNIRIO, 2011.

2. Herms, F.W., Lanzillota, H. A. A., Influência de

atividades industriais na poluição por metais no Rio

Guandu, Baía de Sepetiba-RJ, Bacia hidrográfica dos Rios

Guandu, da Guarda e Guarda-Mirim Experienciaa para

gestão do recursos hídricos, p. 181-214, 2012

4. Direito, I. C. N., Flores, V. R., Figueiró, R. Impactos dos

Pesticidas na Saúde Ambiental e na Saúde Humana, Saúde

& Ambiente: Da Educação Ambiental à Ecologia de

Doenças, Cap. 7, p. 39-49, 2011.

5. Silva, A. P.; Consoli, M. A. F, Oliveira, E. F.,

Monitoramento da concentração de metais pesados solúveis

e parâmetros físico-químicos na bacia do Guandu: avaliação

comparativa com dados da década de 1980 e dados atuais

Bacia hidrográfica dos Rios Guandu, da Guarda e Guarda-

Mirim Experienciaa para gestão do recursos hídricos, p.

239-, 2012

42

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DE MATERIAIS

43

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Caracterização do concreto com adição de borracha de pneu inservível

Maurício Lamego Pinho (PG)I*, Florêncio Gomes Ramos Filho (PQ)

II.

IAluno de Mestrado em Ciência e Tecnologia de Materiais, Universidade Estadual da Zona Oeste - UEZO

* E-mail de contato: [email protected] IIProfessor Doutor em Ciência e Tecnologia de Polímeros, Universidade Estadual da Zona Oeste - UEZO

Palavras-chaves: Concreto, borracha, materiais, sustentabilidade.

Introdução

O concreto sustentável produzido à base de

borracha de pneu inservível triturado, em

substituição a parte da areia na sua formulação,

já é uma realidade e garante destinação

ecologicamente correta a este passivo ambiental

que resulta em sério risco ao meio ambiente e à

saúde pública[1]

.

Neste contexto, a caracterização do concreto

com adição de borracha se faz necessária, para

contribuir com o avanço nas pesquisas de

materiais alternativos empregados na construção

civil.

Assim, o pneu que seria descartável entra na

produção de concreto, contribuindo na gestão da

geração de resíduos sólidos, bem como na

racionalização do uso de recursos naturais,

questões de grande impacto da sociedade

moderna.

Materiais e Métodos

Propõe-se produzir matrizes de concreto de

cimento Portland de alta resistência inicial CPV

ARI PLUS, areia média agregado graúdo com

diâmetro máximo de 19 mm, água potável e

borracha granulada de pneus inservíveis em

diferentes proporções, substituindo 50%, 25% e

12,5% do agregado miúdo por borracha

triturada.

A partir do desenvolvimento deste material

compósito, caracterizar suas propriedades de

resistência à compressão, resistência à tração

por compressão diametral, resistência à tração

na flexão, absorção de água por imersão,

realizar ensaio de abatimento (SlumpTest), bem

como estudar sua microestrutura através da

microscopia de varredura eletrônica.

Resultados e Discussão

Pesquisas apontam para resultados de redução

nos valores referentes às propriedades

mecânicas e perda da trabalhabilidade após a

adição do resíduo[2]

.

Todavia, outras pesquisas obtiveram resultados

positivos em determinadas porcentagens

estudadas de incorporação do resíduo de

borracha ao concreto, confirmando sua

aplicabilidade, considerando que valores de

resistências à compressão foram superiores a 20

MPa[3]

.

Face aos resultados encontrados, espera-se com

adição de aditivo plastificante, produzir

matrizes de concreto com adição de borracha

tritura de pneus maiores valores quanto à

resistência mecânica.

Conclusões

É possível concluir que, segundo as pesquisas, o

resultado positivo ou negativo de suas

propriedades mecânicas está diretamente

relacionado à porcentagem de adição de

borracha de pneu na matriz de concreto.

Claramente que a aplicabilidade do material será

determinada pela quantidade de adição do

resíduo. Entretanto, é possível também, quando

da não obtenção dos resultados esperados,

incorporar aditivos químicos plastificantes para

conferir aos materiais maiores índices de

propriedades de físicas e mecânicas.

Outrossim, é correto afirmar que a

aplicabilidade do material compósito é viável,

pois apresentam índices satisfatórios para o

mercado, além de ser ecologicamente correto.

Por fim, do ponto de vista econômico, existe a

necessidade de subsídios financeiros para

obtenção e o processamento da matéria-prima[4]

.

Referências

1. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –

CONAMA. Resolução n°. 416, de 30 de setembro de 2009.

Disponível em: http://www.mma.gov.br> Acesso em: 18 de agosto de 2016. 2. Marques, A.C.; Nirschl, G.C.; Akasaki, J.L. (2006).

Propriedades mecânicas do concreto adicionado com

borracha de pneus. HOLOS Environment, v.6 n.1 – P. 31. 3. Akasaki, J. L.; Fioriti, C. F.; Nirschl, G.C. Análise

experimental da resistência à compressão do concreto com adição de fibras de borracha vulcanizada. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO. (2001), Foz do Iguaçu - PR. 4. Gomes Filho, C.V. Levantamento do potencial de resíduos de borracha no Brasil e avaliação de sua utilização na

indústria da construção civil. Dissertação de Mestrado. LATEC/PRODETEC. (2007), P. 112. Curituba – PR.

44

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Estudo Comparativo das Propriedades de Adesivos à Base de Epóxi

Alan Sala Bourguignon1* (PG); Silvana De Abreu Martins (PQ)

2

¹Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de

Janeiro, RJ;

< [email protected]> <[email protected]>

Palavras-chaves: Adesivos, Juntas coladas, resina epóxi.

Introdução

Os adesivos têm sido amplamente utilizados em

muitas áreas da engenharia, substituindo

componentes unidos por soldagem e outros

métodos convencionais utilizados na união de

metais. Este trabalho apresenta um estudo

comparativo das propriedades de materiais

adesivos a base de resinas epoxílicas. Os

resultados mostraram que, todos os adesivos

apresentaram comportamento semelhante até

aproximadamente 4,0 kN.

Materiais e Métodos

Os adesivos para o ensaio de DMA foram

preparados com as resinas vertidas no interior

de um molde de borracha de silicone. E depois

da cura, as amostras foram desmoldadas para

posteriormente serem ensaiadas.

Amostras de Teflon® foram conformadas

seguindo-se norma ASTM D 638.

As juntas de cisalhamento foram conformadas

seguindo-se a norma ASTM D 1002.

Resultados e Discussão

Ensaios de DMA e identificação da Tg: :

Ensaios de fluência e relaxação:

Ensaios de tração do adesivos e das juntas:

Conclusões

O EC (adesivo chumbador) apresentou melhor

desempenho em relação aos outros dois

adesivos, em termos de resistência na adesão,

em termos de limite de resistência e módulo de

elasticidade, o resultado também foi superior,

assim como teve menor efeito de fluência e de

relaxação ao se analisar as propriedades

viscoelásticas, dependentes do tempo, no

ensaio de fluência e relaxação. Entretanto,

pode-se dizer que todos os adesivos

apresentaram pouco efeito de fluência no nível

de carga e tempo de ensaio, utilizados neste

trabalho, a relaxação também foi relativamente

baixa. Esses resultados são importantes para a

utilização da colagem de resinas epóxis comuns

como processo de união de metais. Agradecimentos: Ao Programa de Pós-graduação

em Ciência e Tecnologia de Materiais – UEZO, aos

professores Lavinia Borges, Daniel Castello, Neyda

Tapanes e aos estudanes de Pós-graduação Luana

Orlandini e William Hernandez – LAVI/UFRJ, ao

professor Silvio Romero de Barros – CEFET/RJ.

Referências

1. ASTM Standard 1002 – 01D: “Standard Test Method for

Apparent Shear Strengh of Single-Lap-Joints Adhesively

Bonded Metal Specimens by Tension Load (Metal-to-

Metal)”.

2. ASTM. 638 D, AMERICAN SOCIETY FOR TESTING

AND MATERIAL STANDARDS. Standard Test Method

for Tensile Properties of Plastics. EUA: ASTM, 2002.

3. Kinloch AJ. Adhesion and adhesives: Science and

technology, Chapman & Hall, New York, 1987.

4. Wineman, A. S L, Rajagopal, K.R. Mechanical Response

of Polymers an Introduction. New York: Cambridge

University Press, 2000

45

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Influência da deformação nas propriedades mecânicas do aço ASTM A

131 Grau AH36

Aristoclê Aguiar Filho (PG), Silvana de Abreu Martins (PQ)

1 Programa de Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia dos Materiais, Universidade UEZO

[email protected]

Palavras-chaves: Deformação mecânica; Estaca torpedo; ASTM A-131; Efeito Bauschinger

Introdução

Nas operações de calandragem de chapas de

aço convencionou-se que a deformação deve

ocorrer perpendicular a direção de laminação.

Esta prática limita o comprimento das seções, a

dimensão da largura da chapa. A convenção é

relevante para fabricação de componentes

sujeitos a pressão internas. No entanto, mesmo

para elementos estruturais cujo corpo possui

forma cilíndrica, como é o caso da Estaca

Torpedo, durante o processo de fabricação é

seguido esta convenção. Esta pesquisa visa

investigar o comportamento do aço ASTM A-

131 Grau AH36, quando conformado

paralelamente a direção de laminação e

comparar os resultados com os obtidos pelo

método convencional.

Materiais e Métodos

Duas amostras do aço ASTM A-131 Grau

AH36, medindo 50 x 500 x 500mm com

propriedades mecânicas conhecidas, serão

calandradas com raio interno de 560mm, uma

com deformação perpendicular a direção de

laminação (método convencional) e a outra

com deformação paralela a direção de

laminação. Corpos de prova de: Ensaio de

Tração, Ensaio de Impacto (charpy), Ensaio

Metalográfico e Ensaio de dobramento serão

retirados nas duas amostras, próximo do raio

interno, na linha neutra e próximo ao raio

externo. Os resultados serão compilados e

comparados

Resultados e Discussão

Ainda não há resultados para análise, a

expectativa é que a direção de laminação não

influencie significativa nos resultados. Devido

ao efeito Bauschinger, Fig. 1, a tensão de

escoamento e a tensão máxima próximo ao raio

externo deverá aumentar, na linha neutra não

deverá alterar e próximo ao raio interno deverá

reduzir. Poderão surgir trincas na superfície

externa da conformação.

Figura 1 Gráfico representativo do efeito

Bauschinger

Conclusões

A pesquisa não foi concluída.

Agradecimentos: Arsenal de Marinha do Rio de

Janeiro, doação da chapa de aço ASTM A-131 Grau

AH36.

Referências

1: Dieter, George – Metalurgia Mecânica, 2ª edição.

2: Meyers, Marc André, Princípios da Metalurgia Mecânica

- São Paulo EDGARD BLUCHER, C1982.

3: Standard Specification for Structural Steel for Ship;

ASTM A131/A131M- Edition 08.

46

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Resíduo da Fabricação de Catalisadores de FCC Utilizado Como

Retardante de Chamas em Compósitos com PEAD Reciclado

Sidney Martins (PG)

1*, Patrícia S. da Costa Pereira(PQ)

1 e Daniele Cruz Bastos(PQ)

1

1 Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais, UEZO.

* [email protected]

Palavras-chaves: retardantes de chamas, compósitos poliméricos, alumina, PEAD

Introdução

Polímeros são amplamente utilizados pelo

mercado por sua versatilidade de propriedades

e baixo custo. Dois dos principais impactos

negativos relacionados ao seu uso decorrem do

descarte inadequado e do fato de serem

combustíveis. A reciclagem é uma das soluções

para minimizar o impacto causado pelos

polímeros no meio ambiente. O uso retardantes

de chama na preparação de compósitos

poliméricos reduz os impactos causados pela

queima de polímeros na ocorrência de

incêndios, salvando vidas. 1,2,3,4

A fabricação de

catalisadores de FCC gera resíduos inorgânicos

que precisam ser descartados. Estes resíduos

contem aluminas, caulim, zeólitas e outros

materiais com potencial aplicação no

retardamento de chamas.2,4,5

O objetivo geral

do presente trabalho é testar resíduo da

fabricação de catalisadores de FCC como

retardante de chamas em compósitos com

PEAD reciclado.

Materiais e Métodos

O PEAD reciclado foi fornecido gentilmente

pela empresa de Reciclagem Peterlu

(Seropédica/Rio de Janeiro). O resíduo

inorgânico foi fornecido pela Fábrica Carioca

de Catalisadores SA (Santa Cruz/Rio de

Janeiro). A Amostragem deste resíduo (úmido)

foi realizada ao longo de 12 meses de forma a

eliminar fatores sazonais. O resíduo foi seco

em estufa a 120+10ºC para eliminar água livre,

desaglomerado manualmente e peneirado em

peneira calibrada de 100 mesh (150 m).

Amostra assim obtida está sendo caracterizada:

composição química (FRX + LECO),

granulometria (Malvern), área superficial

(BET), densidade aparente, LOI (Loss on

Ignition), umidade, TGA e MEV. Amostra de

PEAD também será caracterizada (TGA/MEV).

Compósitos poliméricos contendo 0, 40, 50 e

60% de resíduo serão preparados em extrusora

dupla-rosca e posteriormente caracterizados

(TGA, MEV, ULV-94, calorímetro de cone e

LOI-Limiting Oxygen Index).4

Resultados e Discussão

Com base na revisão bibliográfica já executada

e em dados históricos, espera-se que a alumina,

a zeólita e o caulim presentes no resíduo atuem

reduzindo inflamabilidade do material, fato a

ser identificado a partir do resultado dos testes.

A alumina decompõe-se endotermicamente ao

redor de 200 ºC resfriando o substrato, libera

água na fase vapor que dilui os gases

inflamáveis e cria uma camada inorgânica

isolante sobre o substrato. A zeólita

potencialmente catalisa a decomposição de

gases de pirólise formando uma camada

carbonácea isolante e a microestrutura lamelar

do caulim é uma barreira física para difusão de

gases de pirólise. Estes materiais presentes nos

compósitos reduzem, ainda, a quantidade total

de matéria orgânica combustível.2,4

Conclusões

A conclusão esperada é que compósitos

testados mostrem algum resultado que possa

ser considerado uma redução de sua

inflamabilidade, ou seja, melhor

comportamento em condições de incêndio que

o PEAD reciclado isoladamente.

Referências

1. LI, J., Gong, J., Stoliarov S.I. Development of pyrolysis

models for charring polymers. Polymer Degradation and

Stability. Vol. 115, Amsterdam, p. 138-152, 2015.

Disponível em: <http:\\ sciencedirect.com>. Acesso em: 24

jul. 2016.

2. Dasari, A. et all. Recent developments in the fire

retardancy of polymeric materials . Progress in Polymer

Science. Vol. 38, Pittsburg, p. 1357-1387, 2013. Disponível

em: <http:\\ sciencedirect.com>. Acesso em: 24 jul. 2016.

3.Spinacé, Márcia Aparecida da Silva; de Paoli, Marco

Aurélio. A tecnologia da reciclagem de polímeros. Química

Nova. Vol. 8, nº. 1, São Paulo, p. 65-72, 2005. Disponível

em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v28n1/23041 .pdf>.

Acesso em: 30 nov. 2015.

4. Lauotid, F. et al. New prospects in flame retardant

polymer materials: From fundamentals to nanocomposites.

Materials Science and Engineering R. Vol. 63, Amsterdam,

p.100–125, 2009. Disponível em: <http:\\

sciencedirect.com>. Acesso em: 24 jul.16.

5.Vogt, E.T.C., Weckhuysen, B.M. Fluid catalyst cracking:

recent developments on the grand old lady of zeolite

catalysis. Chemical Society Reviews. Vol. 44, Londres, p.

1-60, 2015.

.

47

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise de tensões residuais por difração de raios X em chapas de aço

duplex após soldagem. Welison D. Badaró (PG)*

1, Mauro Carlos Lopez Souza (PQ)

1

1* Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Fundação Centro Universitário da Zona Oeste

* E-mail de contato: [email protected]

Palavras-chaves: tensões, difração, duplex, soldagem

Introdução

Durante o os processos de fabricação,

conformação ou tratamentos de peças de

matérias metálicos, geralmente surgem tensões

residuais. Essas tensões podem contribuir para

o comportamento mecânico dos materiais e na

formação de microtrincas nos processos de

fratura. Na soldagem surgem os gradientes de

temperatura em torno das partes soldadas

devido ao aquecimento e resfriamento

heterogêneo, gerando deformação plástica no

material que resultará na introdução de tensões

residuais. Para medir as tensões residuais que

surgem após a soldagem utilizaremos uma

técnica tridimensional por difração de raio X

para medir as tensões tanto na ferrita como na

austenita dos aços duplex.

Materiais e Métodos

Para confecção dos corpos de provas será

utilizado chapas de Duplex ASTM A240 UNS

S31803 com espessura de 35 mm soldados

através do processo com eletrodo revestido

(SMAW). Para analise das tensões residuais

originadas do processo de soldagem

utilizaremos a técnica de difração de raios X

aplicada com o objetivo de mediar às distâncias

interplanares.

Resultados e Discussão

Quando um material cristalino é irradiado por

um feixe de raios-X monocromático com

comprimento de onda λ, ocorre o espalhamento

deste feixe pelos átomos que compõem o

material. Um feixe difratado pode ser definido

como um feixe composto de um grande número

de raios espalhados reforçando-se mutuamente.

Devido à distribuição regular dos átomos no

material, as ondas espalhadas tendem a

interferir entre si de modo similar à difração de

luz visível (CALLISTER1, 2007). O método de

medição e de cálculo mais conhecido é

chamado de método do seno²ψ. Tal método usa

alguns pressupostos em relação à condição do

material, e utiliza baixa energia de 2,4

. radiação,

o que significa baixa penetração, de forma a

reduzir os esforços necessários para se obter

uma determinação precisa das tensões

residuais. O pressuposto básico é que em um

metal policristalino os cristais estão

desordenados (PAGEL-NITSCHKE2, 2009).

Em tal material, com granulometria fina e

isento de tensões, o espaço entre os planos

cristalinos não varia com a orientação destes

planos, entretanto quando tensionado, sendo

esta tensão aplicada ou residual, o espaçamento

interplanar se altera do seu valor livre de

tensões para um novo, correspondente à

magnitude dessas tensões.

Figura 1: a) Distância interplanar em um

material não tensionado. b) Distâncias

interplanares de grãos com diferentes

orientações, de um corpo tensionado.

Conclusões

Segundos experimentos realizados por

Turibus3, a técnica de difração de raios X para a

analise de tensões em aços inoxidáveis, após

soldagem MIG, apresentou resultados das

tensões nas fases austenita e ferrita. Baseado

neste experimento podemos afirmar que a

técnica de difração por raio X apresentara

resultados satisfatórios para a analise das

tensões residuais nas chapas de Duplex ASTM

A240 UNS S31803 soldados pelo processo

SMAW

1: Callister, William D, Jr. Materials Science and

Engineering: An introduction. 7 ed. Nova York: John Wiley

& Sons, 2007. 2: Pagel-Nitschke, Thomas. Application of Diffraction

Methods for the Residual Stress Determination in Welded

joints. In: PRESSURE VESSELS AND PIPING

CONFERENCE. 2009. Praga 3: TuribusS, Sergio Nolêto – Análise de tensões pela

difração de raios X em processo de soldagem MIG.

Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de

Materiais) – Instituto Politécnico, Universidade do Estado

do Rio de Janeiro, 2011.

Referências

48

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Estudo das Tecnologias de Reciclagem e Reutilização de Pneus

Inservíveis Felipe Gomes Macedo (PG)

1*, Florêncio Gomes de Ramos Filho (PQ)

1

1* Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Fundação Centro Universitário da Zona Oeste

*[email protected]

Palavras-chaves: Pneus Inservíveis, Reciclagem de Pneus, Reutilização e Desvulcanização.

Introdução

O pneu é considerado inservível quando após o

seu uso apresente danos irreparáveis em sua

estrutura não se prestando mais à rodagem ou

reforma. Os pneus descartados de forma

incorreta resultam na geração de passivos

ambientais importantes, que geram reflexos

diretos nos gastos com a saúde pública e outros

oriundos de poluição ambiental, como

assoreamento e enchentes. O acúmulo desses

resíduos, que demoram, em média, 600 anos

para decompor, representa uma verdadeira

ameaça à saúde pública, além de apresentar

risco de contaminação do solo, do ar e do

lençol freático. Este trabalho pretende

identificar através de levantamento

bibliográfico as alternativas possíveis de

reciclagem (recuperação, regeneração) e

reutilização de pneus inservíveis nos mercados

mundial e nacional.

Materiais e Métodos

A fundamentação teórica para a realização

deste trabalho será buscada em artigos

científicos, periódicos, patentes, livros,

monografias, dissertações e sites confiáveis a

respeito da disposição dos resíduos sólidos, em

especial os pneus inservíveis.

Resultados e Discussão

No quadro 1, de forma sintética estão

relacionados os processos de reciclagem

possíveis para dar destinação correta aos pneus

descartados:

Quadro 6 – Estratégias de minimização de

pneumáticos inservíveis e respectivas opções

tecnológicas de tratamento. Fonte: (Gomes &

Medina; Reschner, Almeida et al. apud Cimino,

2004).

Conclusões

O objetivo principal deste trabalho foi estudar e

levantar possíveis alternativas de pneus

inservíveis. Dos processos tecnológicos mais

complexos para a reciclagem de pneus,

atualmente estas são as opções mais utilizadas

no Brasil. Pesquisando sobre estas alternativas,

o que se concluiu é que os maiores

investimentos em tecnologia ficam por conta

das cimenteiras na adaptação de seus fornos

para a queima de pneus inservíveis, uma vez

que ao receber este material estas fábricas têm

duas vantagens - diminuem custos com energia

e são remuneradas pelos fabricantes de pneus

para destruir este material em seus fornos. As

demais opções de reutilização de pneus

inservíveis, como as obras de drenagem,

construção de muros de arrimo, barreiras de

contenção, aterros, surgem de iniciativas

municipais, de pesquisadores e associações

não-governamentais buscando formas

alternativas de reciclagem deste material. Estas

opções não são consideradas a melhor

destinação para os pneus descartados, além de

contribuir paliativamente para a solução do

problema.

Referências

1. Santos, S S dos; Agostinho, T C F A Reciclagem de

Pneus Inservíveis / Sabrina Silva dos Santos; Tatiane

Cristina Fernandes de Agostinho; orientador: Márcio

Antonio Teixeira. Marília, SP: [s.n.], 2010.

2. Andrade, HS Pneus inservíveis: alternativas possíveis de

reutilização. Monografia submetida ao Departamento de

Ciências Econômicas para aprovação na disciplina CNM

5420. Meio-Ambiente, Florianópolis, Julho de 2007.

49

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Aplicação do Delineamento de Composto Central na Avaliação da Propriedades

Mecânicas de um Aço DP600 (Dual Phase) no Efeito Bake Hardening

Francis Euzébio Pereira (PG)1, Ana Isabel C. Santana (PQ)

1, Neyda de la C. Om Tapanes (PQ)

1

1 Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Estadual da Zona Oeste, RJ

[email protected]

Palavras-chaves: Efeito Bake hardening, Aços DP 600, Conformação dos Aços

Introdução

Novos conceitos de microestrutura têm

proporcionado características inéditas de

resistência mecânica e conformabilidade as

chapas de aço destinadas à área automotiva,

mas em muitos casos não é preciso desistir da

convencional microestrutura ferrítica para obter

chapas com essas propriedades1. Nesse

trabalho, avaliou-se o desempenho na

conformação dos aços DP (Dual Phase)

utilizando o Planejamento de Experimentos

aplicando o método de Delineamento de

Composto Central (DCC).

Materiais e Métodos

O material utilizado no trabalho foram amostras

do aço DP600 que passou por todos os

processos siderúrgicos. Foram feitas 2 amostras

embutidas em baquelite para os aços DP600,

com seção de 42x42mm foram lixadas com

óxido de alumínio em granulometria de 40

mesh. A análise dos elementos C, Mn, Si, P, Al,

Nb, S e N, foi obtida por espectrometria de

emissão ótica em equipamento, marca

Spectromaxx. O ensaio de tração foi realizado

segundo a norma ASTM A370-13 (2013) em

corpos de prova retirados na direção

longitudinal (0º), à direção de laminação em

máquina de ensaio servo/hidráulica, marca

Instron, dotada de extensômetro na largura e

espessura. Foi utilizada a metodologia de DCC

e o Sofware Statistica’12 3.

Resultados e Discussão

A Tabela 1 expõe os níveis de todos os fatores

investigados no DCC e a Tabela 3 mostra a

matriz do planejamento com a combinação

deles que formam todos os experimentos a

realizar.

Tabela 1.Níveis e fatores considerados no DCC

Na avaliação da cinética do envelhecimento do

aço foi obtida a equação de regressão linear

múltipla ajustada, através dos valores dos

coeficientes de regressão calculados.

O Gráfico de Pareto confirma de forma gráfica

os efeitos mais relevantes, assim como os

resultados das superfícies de resposta.

Figura 1. Superficie de resposta

Conclusões Concluiu-se que com a aplicação do

Delineamento de Composto Central (DCC)

associada à Metodologia da Superfície de

Resposta (MSR) foi possível verificar que o

fator deformação (D) é o mais importante para

o ganho de resistência mecânica do aço DP600,

e, que os fatores tempo e temperatura exercem

pouca influência. Porém, observou-se também

que a deformação deve ser controlada variando

entre 2 a 5 %, pois, após esse valor, os

resultados incrementados podem não serem

satisfatórios, nem do ponto de vista tecnológico

quanto econômico. Agradecimentos: UEZO, FCA Automóveis,

ThyssenKrupp CSA.

Referências

1 Chiang, L.-J.; Yang, K.-C.; Hsiao, I.-C. Effects of

annealing conditions on bake hardenability for ulc steels.

Iron and Steel Research & Development Department China

Steel Corporation. [S.l.], p. 1-6. 2011.

2 Montgomery, D. C., Design and Analysis of Experiments,

John Wiley and Sons: New York, 1997

50

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação de esquema de pintura anticorrosiva sobre aço 1020 para

aplicação em equipamentos da indústria de minério de ferro

1Ilton Silva da Guia (PG)¹*;

1,2Isamara A.R. Barbosa (PG);

2Francielly M. de Souza (IC),

1,2Ana

Isabel de C. Santana (PQ); 1Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais, UEZO, RJ; ²Laboratório de Microscopia e

Eletroquímica de Materiais – LABEMM, UEZO, RJ; [email protected]

Palavras-chaves: Corrosão, revestimentos orgânicos, tintas

Introdução

A corrosão metálica é o fenômeno responsável

por provocar a deterioração dos materiais,

especialmente os metálicos. Os fenômenos

corrosivos podem ocorrer pela ação

eletroquímica ou química do meio. A indústria

de mineração está entre as que mais sofrem

devido à ocorrência de corrosão em virtude da

elevada agressividade do meio, da abrasividade

do minério de ferro entre outros fatores. Uma

das formas de proteger os metais e as ligas

metálicas dos fenômenos corrosivos é através

da aplicação dos revestimentos orgânicos. As

tintas se constituem no principal exemplo de

revestimentos orgânicos anticorrosivos. São

formadas por uma combinação de veículos,

aditivos e pigmentos responsáveis pela

formação da película, secagem, proteção

anticorrosiva, cor e melhorias mecânicas da

película1,2

. Os equipamentos de mineração são

fabricados a partir de materiais metálicos

expostos a condições agressivas onde se faz

indispensável a aplicação de métodos que

aumentem a resistência à corrosão desses

materiais, prologando a vida útil e reduzindo os

custos decorrentes da corrosão. O objetivo

desse estudo é realizar uma avaliação de

diferentes esquemas de pintura usualmente

utilizadas na indústria de minério de ferro.

Materiais e Métodos

Inicialmente foram escolhidos dois esquemas

de pintura, que seriam aplicados sobre amostras

de aço carbono 1020. As chapas de aço carbono

foram cortadas nas dimensões 150 x 100 x 3,05

mm. Foram escolhidos dois diferentes

esquemas de pintura, que foram realizados de

acordo com a sequência:

Esquema de pintura 1

Limpeza físico-química das amostras,

Tratamento mecânico St3; Aplicação de primer

a base de epóxi. Aplicação de demão de

revestimento epóxi poliamida. Aplicação de

revestimento poliuretano.

Esquema de pintura 2

Limpeza físico-química das amostras.

Jateamento abrasivo Grau As 2 1/2; Aplicação

de primer epóxi. Aplicação de demão de

revestimento poliuretano. A avaliação

resistência a corrosão dos diferentes esquemas

foi inicialmente realizada através do ensaio de

permeabilidade. Para esse ensaio foram obtidos

filmes livres de ambos os esquemas de pintura.

Os filmes foram obtidos sobre película de

acetato. Após secagem dos filmes, foram

selecionadas as melhores amostras, sem a

presença de poros e defeitos aparentes à

inspeção visual.

Resultados e Discussão

Os resultados obtidos a partir dos ensaios de

permeabilidade mostraram que os filmes

obtidos a partir do esquema de pintura 1,

apresentam uma permeabilidade ao vapor de

água mais significativa em comparação com os

filmes obtidos com base no esquema de pintura

2. Esse comportamento pode ser observado

com base na maior perda de massa observada

no sistema composto com o esquema de pintura

1. No entanto a diferença de permeabilidade

entre as duas amostras não é significativa até o

presente momento. É necessário um maior

tempo de ensaio a fim de verificar qual dos

esquemas apresenta melhor propriedade de

barreira.

Conclusões

Considerando os resultados preliminares pode-

se concluir que a amostra B, apresentou melhor

propriedade de barreira que a amostra A. No

momento estão sendo realizados ensaios

acelerados nas chapas de aço pintadas com os

dois diferentes tipos de esquema de pintura. Agradecimentos: Vale do Rio Doce, FAPERJ e

CNPq

Referências

1. Laert, P. N. 2014 - “Pintura Industrial na proteção

Anticorrosiva”

2. V. Gentil, Corrosão 5 ed, LTC, Rio de Janeiro, 2007

51

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação de Aminas Heterocíclicas como Inibidores de Corrosão de

Aço em Meio Marinho

Isamara Araujo Rosa Barbosa (PG)

1,2, Francielly Moura de Souza (IC)

2,3,

Ana Isabel C. Santana (PQ)1,2,3

. 1Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais – UEZO, 2Laboratório de Microscopia e

Eletroquímica de Materiais – LABEMM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ;

<[email protected]> [email protected]

Palavras-chaves:aminas, corrosão, aço

Introdução

A corrosão é um processo de deteriorização que

ocorre comumente nos metais/ligas metálicas.

Os processos corrosivos podem provocar

prejuízos de ordem econômica, tecnológica e

ambiental. Dentre as alternativas encontradas,

os inibidores de corrosão se destacam por

serem economicamente os mais viáveis.

O inibidor é uma substância ou mistura de

substâncias, que quando presentes em

concentrações adequadas, no meio corrosivo,

reduz ou elimina a corrosão.[1-3]

O objetivo desta trabalho é estudar o

mecanismo de inibição do imidazol em

diferentes concentrações , sobre a corrosão do

aço carbono 1008:1010 em meio de NaCl

3,5%. Neste sentido, procuramos correlacionar

a eficiência de diferentes concentrações deste

inibidor, obtidas experimentalmente com as

suas estruturas e propriedades moleculares.

Materiais e Métodos

O aço carbono utilizado para os ensaios foi

cortado em chapas quadradas de dimensões 3x3

cm. A superfície foi lixada em uma politriz de

bancada AROPOL W (Arotec), utilizando lixas

d’agua com granulometria variando de 80 a 600

mesch. Foram avaliados como inibidores de

corrosão as substâncias imidazol e tolutriazol,

ambos testados em meio de NaCl 3,5% . As

soluções de NaCl com e sem os inibidores

foram preparadas com reagentes de grau

analítico e água destilada. O tolutriazol e o

imidazol foram avaliados nas seguintes

concentrações: 10-5

, 10-4

, 10-3

, 3x10-3

e 5x10-3 .

Os ensaios eletroquímicos (medida de potencial

de circuito aberto e curvas de polarização

potenciodinâmicas) foram realizados em um

potenciostato/galvanostato da AUTOLAB,

modelo PGSTAT 302N, em meio de NaCl

3,5% com e sem a presença das substâncias

avaliadas como inibidores, em condições

aeradas e a temperatura ambiente. As curvas de

polarização foram obtidas após a estabilização

do potencial de circuito aberto durante 3600s,

utilizando uma velocidade de varredura de

1mV/s.

Resultados e Discussão

Observou-se através dos resultados obtidos que

ambas as substancias apresentam propriedades

inibidoras de corrosão nas condições

experimentais investigadas. Foi possivel

verificar que a adição de imidazol em todas a

concentrações avaliadas provocou um

deslocamento do potencial de corrosão para

valores mais negativos. O imidazol provocou

uma redução da corrente no ramo catódico das

curvas de polarização, no entanto não foi

verificado um efeito inibidor dessa substância

na região anódica das curvas. Por sua vez

verificou-se que o tolutriazol provocou uma

redução nas correntes anódicas e catódicas.

Observou-se também um deslocamento do

potencial de corrosão para valores mais

positivos, na maior parte das concentrações de

tolutriazol avaliadas.

Conclusões

Mediante os resultados observados é possível

concluir que ambas as substâncias avaliadas

apresentam potencial para serem utilizadas

como inibidor de corrosão em meio de cloreto.

O imidazol aparenta ser um inibidor do tipo

catódico, uma vez que nas condições avaliadas

provocou redução das correntes no ramo

catódico das curvas. Por sua vez o tolutriazol

apresenta características de inibidor misto, pois

provoca uma redução das correntes em ambos

os ramos (anódico e catódico) das curvas de

polarização. Agradecimentos: QUACKER CHEMICAL,

FAPERJ, CNPq e PROPESQ

Referências

1. V. Gentil, Corrosão 5 ed, LTC, Rio de Janeiro, 2007.

2. Guo, L., et al, Corrosion Science, v.87, pp. 366–375,

2014.

3. Obot, I.B., Journal of Industrial and Engineering

Chemistry, v. 21, pp. 1328–1339, 2015.

52

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Comparativo entre um Modelo Matemático de Elementos Finitos e

Distorções Causadas em Fabricações Soldadas a Arco, na Construção

Naval

Wanderson Almenara (PG)1*

, Monica Costa Rezende (PQ)2, Ana Isabel de Carvalho Santana (PG)

1

Valdir Agustinho de Melo (PG)1

1Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO 2Centro de Tecnologia SENAI/RJ - Solda

Palavras-chaves: SMAW, FCAW, juntas soldadas, Construção Naval

Introdução

Uma das tecnologias envolvidas na indústria

naval é a tecnologia da soldagem. A correção e

o ajuste de elementos estruturais com altos

níveis de distorções são processos que mais

consomem o tempo de produção. Os tipos de

distorção foram classificados por Masubuchi1.

Estima-se que o processo de correção

envolvido com as distorções de fabricação

consuma 30% do trabalho total, Andersen2. O

objetivo deste trabalho é quantificar o grau de

distorções entre os dois diferentes processos de

soldagem (arame tubular e eletrodo revestido),

estabelecer um comparativo entre os dois

processos de soldagem com um modelo

matemático de elementos finitos utilizado e

identificar a qual processo o modelo mais se

aproxima para sua validação.

Materiais e Métodos

O material utilizado nos testes foi o A–

36Gr60.Cada processo de soldagem utilizado

no estudo de caso, utilizou quatro Corpos de

Prova (CPs) distintos. Todos usaram os

mesmos parâmetros, cujo o objetivo era

ratificar os resultados laboratoriais. Em cada

um dos CPs foram tomadas temperaturas em 7

a 9 pontos preferenciais ao longo dos CPs

totalizando entre 70 a 90 tomadas de

temperaturas de 1400 ºC.

Resultados e Discussão

A Tabela 1, apresenta os resultados obtidos

com os ensaios de soldagem com os processos

de eletrodo revestido (SMAW), arame tubular

(FCAW) e o modelo numérico.

A observação realizada foi que, para o processo

em chapas de 9,5 mm de espessura a contração

e consequentemente a distorção angular,

apresentou amplitude de 9 mm e de 5º 9’

máximo. Este resultado se deve as maiores

energias de soldagem empregadas no processo

SMAW, em comparação com o processo

FCAW. Enquanto que no processo FCAW,

apesar do desvio apresentado na região do

cordão de solda dos corpos de prova, este ainda

sim, em sua totalidade não apresenta maiores

distorções na sua forma final, sendo até mesmo

difícil de quantificar com uma amplitude

máxima apresentada de 1,10 mm de distorção e

1º 45’. Tabela 1 – Resultados das distorções

Fonte: Os autores (2016)

Levando em consideração os resultados

experimentais, o modelo de elementos finitos

utilizado apresentou uma maior proximidade

para o processo FCAW. Sendo possível sua

utilização preditiva dentro do processo de

soldagem para as condições aqui apresentadas

com acurácia de 87,5%.

Conclusões

Para os dois processos de soldagem utilizados

neste estudo, verificou-se devido aos altos

níveis de energia, que o processo por eletrodo

revestido é o que apresenta maior distorção.

O modelo matemático de elementos finitos

utilizado neste trabalho validou tais resultados

de laboratório. Isto é, que há uma maior

distorção para o processo de soldagem por

eletrodo revestido. Uma explicação para isso,

pode ser atribuída ao fato de que este processo

utiliza menor energia de soldagem e,

consequentemente, acarreta menor distorção.

Sendo assim, o modelo numérico poderá ser

aplicado, e com os devidos ajustes, ser utilizado

com maior eficiência, como ferramenta

preditiva em futuras distorções angulares.

Referências

1. Masubuchi K., Analysis of Welded Structures. Residual

Stress, Distortion, and their Consequences. First Edition,

New York, Pergamon Press Ltd., 1980.

2. Andersen F.L., Residual Stresses and Deformations in

Steel Structures. Technical University of Denmark -

Department of Naval Architecture and Offshore

Engineering, Phd Thesis (2000).

ÂNGULAR MILÍMETRICA ÂNGULAR MILÍMETRICA

MODELO NUMÉRICO 1º 3’ 1,84 mm 1º 11’ 2,09 mm

SMAW 4º 34’ 7,96 mm 5º 9’ 9 mm

FCAW 0º 37’ 1,10 mm 1° 45’ 2,53 mm

MÉTODO

DISTORÇÃO

MÍNIMA MÁXIMA

53

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Estudo das adições de escória no cimento por calorimetria isotérmica e

suas aplicações Lima,L.M.¹*, Sirqueira, A. S. ², Ferraz, Danila F³, Bessornia, G

4.

1UEZO, Rio de Janeiro, [email protected]; 2UEZO, Rio de Janeiro, [email protected] 3 GCP, Sorocaba, Brasil, [email protected]; 4 GCP, Sorocaba, Brasil, [email protected]

Palavras-chaves: Aditivo; Calorimetria; Concreto; Escória;.

Introdução

Um dos principais parâmetros mensurados na

indústria do cimento é a hidratação. A

hidratação do cimento do tipo Portland

normalmente é acompanhada pela libertação de

energia na forma de calor. Então, utilizar a

técnica de calorimetria será de grande valia na

quantificação da energia térmica ao longo do

tempo no processo de hidratação.

Figura 1: Curva típica de evolução de calor de hidratação

de Cimento Portland (Fonte: adaptado de ASTM C1679-

092).

Materiais e Métodos

Neste estudo foram analisadas amostras de

cimento com diferentes teores de adição de

escória, apresentado na Tabela 1, realizado na

temperatura de 23 °C. Tabela 1 - Parâmetros de composição das pastas

Definidas as massas, adiciona-se o cimento,

aditivo e água em recipiente para

homogeneização, utiliza-se um dispersor

mecânico, nas seguintes condições: velocidade

de 1000rpm e tempo de 1 minuto.

Resultados e Discussão

Pode-se avaliar diversos parâmetros do

processo, período de pré-indução e de indução,

energia liberada em um determinado tempo de

hidratação, início e fim de pega desses

materiais, taxa máxima de energia gerada no

processo. Através dos dados encontrados na

Figura 2, podemos observar que a energia de

hidratação para o cimento CP V sugere que as

adições de escória, alteraram a velocidade de

hidratação do cimento.

Figura 2: Curva calorimétricos da taxa de calor liberado

pelo cimento CPIII 40 RS & CP V

Conclusões

A calorimetria isotérmica é uma técnica

simples e eficaz para avaliar hidratação de

cimento com grandes ou baixas adições de

escória, monitorando em tempo real todas as

etapas de hidratação.

A taxa de calor gerado pelo cimento com

maior adição de escória diminui devido a

substituição dos compostos de hidratação de

cimento.

O consumo de aditivo está inversamente

ligado ao teor de adição de escória, sendo

necessário uma adição menor para o cimento

CPIII quando comparado ao CP V.

Referências

1. Quarcioni, V A. Influência da cal hidratada nas idades

iniciais da hidratação do cimento portland : estudo em pasta

/ V.A. Quarcioni. -- ed.rev. São Paulo, 2008. 172 p.Tese

(Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São

Paulo. Departamento de Engenharia de Construção Civil.

2. ASTM C1679-09, Standard Practice for Measuring

Hydration Kinetics of Hydraulic Cementitious Mixtures

Using Isothermal Calorimetry, ASTM International, West

Conshohocken, PA, 2009, http://www.astm.org/cgi-

bin/resolver.cgi?C1679-09

3. M. W. Esper, P. Helene, Características do Cimento

Portland de Alto-Forno, Bol. Técnico da EPUSP, Dep. Eng.

Constr. Civil, S. Paulo, SP (1993).

4. Dron, R. Structure et réactivité des laitiers vitreux, Paris

LCPC, 1984.

5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS. NBR 5735: Cimento Portland

de alto-forno. Rio de Janeiro, 1991

Massa de

cimentoMassa de água Total

100 40 140

Canal Identificação Massa de pasta

1 1 - SCZ 16 1185 0,45% EXP CR 3472 CP III 17,8682

2 2 - SCZ 16 1185 0,45% EXP CR 3455 CP III 18,2994

3 3 - SCZ 16 1185 1,7% EXP CR 3473 CP III 17,092

4 4 - SHE 16 1185 2,7% EXP CR 3472 CP V 18,6786

5 5 - SHE 16 1185 3,4% EXP CR 3455 CP V 17,8238

6 6 - SHE 16 1185 2,7% EXP CR 3473 CP V 17,4794

54

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Caracterização do Aço USI SAR 80T para Avalição da Influência do

Preaquecimento e Pós-aquecimento no Processo de Soldagem Obtido

por Eletrodo Revestido

Marcos Vinicius Boaventura Corrêa (PG)1*, Mauro Carlos Lopes de Souza (PQ)

1

Mestrado em Ciência e Tecnologia dos Materiais - Centro Universitário da Zona Oeste – UEZO – Rio de Janeiro-RJ

[email protected]

Palavras-chaves: caracterização, preaquecimento, pós-aquecimento, soldagem.

Introdução

O desenvolvimento tecnológico tem

possibilitado uma evolução na área de

materiais, levando à comercialização de aços

com novas composições químicas, maiores

limites de resistência e melhor tenacidade.1 A

utilização adequada destes novos aços passa

inevitavelmente por sua soldabilidade, ou seja,

a capacidade de o metal ser soldado em

condições de fabricação e ter corno resultado

uma junta com qualidade exigida e para

aplicação específica. Esta soldabilidade deve

atender aos requisitos mecânicos e químicos,

mas sem nunca esquecer os outros grandes

problemas da junta soldada, ou seja, a

deformação e os defeitos. 2 De acordo com

Alexandre3 as propriedades mecânicas de juntas

soldadas são determinadas em primeiro lugar,

pela composição química do aço e do metal de

adição, e pelos ciclos de temperatura que

ocorrem durante o processo de soldagem. Este

projeto de pesquisa pretende verificar a

influência dos tratamentos térmicos de

preaquecimento de pós-aquecimento no

material (aço USI SAR 80T) e da junta de solda

quando estes forem submetidos ao processo de

soldagem por eletrodo revestido.

Materiais e Métodos

Para a realização e observação de resultados o

presente trabalho pretende utilizar algumas

amostras de chapas de aço do material objeto

do estudo (USI SAR 80T) submete-los ao

processo de soldagem com eletrodo revestido e

realizar ensaios, antes e depois da soldagem

com o tratamento térmico de preaquecimento e

pós-aquecimento , para avaliar as propriedades

químicas e mecânicas do material. Ensaios para

avaliação da natureza Química do material:

macrografa e micrografia. Ensaios para

avaliação da natureza Mecânica do material:

charpy e tração.

Conclusões

O presente trabalho poderá ser estendido para

verificações semelhantes com outros tipos de

aços de alta resistência. Também podendo ser

verificado o custo dos processos de soldagem

que envolve tratamentos térmicos antes e

depois da soldagem, visando reduzir

significativamente o tempo e recursos materiais

envolvidos nestes processos.

Agradecimentos: Nuclebrás Equipamentos pesados

S/A

Referências

1. Maciel, M.T.; Alcantara, N.G.; Kiminami, C.S.

Influência da taxa de resfriamento e do nível de tensão

sobre trincas a frio em metais de solda de aços ARBL. In:

Anais do 21°Encontro nacional de tecnologia de soldagem,

2005. Caxias do Sul - RS, p. 37-53.

2. Kou, S. Welding metallurgy. 2. ed. New Jersey: John

Wiley & Sons, 2002.

3. Alexandre, J.A.S.; Soldabilidade dos aços de Extra

Elevada Resistência do Tipo 690 Mpa; Dissertação de

Mestrado, Faculdade de Ciências e Tecnologia,

Universidade Nova Lisboa, Portugal, 2010

55

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação de Resitência a Corrosão em Juntas Soldadas de Aços

Superduplex em Unidades de Remoção de Sulfatos

Marcelo Lopes Ferraz (PG) ¹* Carlos Alberto Martins Ferreira (PQ)

1 Mestrado em Ciências e Tecnologia dos Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* E-mail de contato. [email protected]

Palavras-chaves: superduplex, resistência a corrosão, corrosão puntiforme, corrosão localizada

Introdução

Os aços inoxidáveis da família superduplex são

utilizados em missões críticas na indústria em

equipamentos que operam com pressão e

temperaturas elevadas ou com produtos

químicos agressivos. Esta área requer materiais

que combinem alta resistência mecânica com

elevada capacidade de resistir aos fenômenos

corrosivos. Esta proposta de pesquisa

investigará a microestrutura da zona de fusão e

ZTA da solda uma vez que durante o processo

de soldagem o efeito da temperatura altera

significativamente o balanço da composição

ferrita/austenita, propicia a precipitação de

fases intermetálicas nocivas à resistência à

corrosão comprometendo o desempenho e a

segurança operacional das instalações.

Materiais e Métodos

Para avaliar os procedimentos de soldagem

iremos caracterizar as juntas conforme se

segue:

Materiais Utilizados

O material será tubo sem costura da liga UNS

S32750

Preparação dos Corpos de Prova

Os corpos de prova serão obtidos a partir de

tubos de 6¨sch10S com junta de topo

O processo de soldagem o TIG com metal de

adição seguindo procedimento usual da

indústria que consiste no uso do argônio a

100% como gás de proteção, aporte térmico de

1,0 kJ/mm, velocidade de soldagem de 5

cm/min e pós tratamento de solubilização.

Serão retiradas amostras nas posições 0, 90,

180 e 270º, sendo polidos e atacados para

posterior análise por microscopia ótica e

posterior ensaio de corrosão para determinar o

potencial de pite. Avaliaremos qual a influência

da velocidade de resfriamento na

microestrutura final e o consequente

surgimento de fases intermetálicas indesejáveis.

Análise Química Via Espectrometria de

Emissão Ótica

Caracterização por Microscopia Ótica e/ou

Microscopia Eletrônica de Varredura

Material Como Recebido

Identificar o percentual austenita/ferrita, onde a

fração volumétrica de ferrita deve estar na faixa

de 35 a 65% conforme ASTM E562

Material Soldado

Para caracterização microestrutural projeta-se

retirar amostras na seção longitudinal dos tubos

na posição 0, 90, 180 e 270º. Avaliaremos a

concentração de ferrita/austenita e a presença

de fases intermetálicas.

Ensaios de Corrosão Eletroquímica por

Polarização Cíclica

Mediremos o potencial de pite utilizando uma

solução que reproduza a água do mar.

Objetivo Geral e Específico

GERAL

Identificar fatores que influenciam no

comportamento mecânico e na resistência a

corrosão em aços inoxidável superduplex.

ESPECÍFICOS

- Identificar, separar e classificar os fatores de

que afetam o desempenho dos materiais;

- Determinar a interdependência destes fatores;

- Identificar, definir e desenvolver os processos

de fabricação que preservem as características

com melhor desempenho;

- Registrar e padronizar estes processos.

56

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da Microestrutura e Microdureza de uma Junta Soldada de

Inconel 718.

Robson A. Santos (PG) ¹* Mauro Carlos Lopes de Souza (PQ). 1 Mestrado em Ciências e Tecnologia dos Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

[email protected]

Palavras-chaves: Microdureza, microestrutura, inconel 718, junta soldada.

Introdução

O Inconel 718 é uma superliga a base de níquel

desenvolvida na década de 50, utilizada em

diversas áreas de aplicação, por suas ótimas

propriedades mecânicas.A microestrutura típica

do inconel 718 consiste na matriz γ,

precipitados γ’ (Ni3,Al,Ti), γ’’ (Ni3Nb,Ta) e

fase δ (Ni3Nb). A superliga também apresenta

fase laves que fragiliza a superliga1 Durante o

processo de soldagem, a temperatura elevada

sem controle e sem uniformidade produz

alterações micro estruturais e metalúrgicas que

podem comprometer a integridade da estrutura2.

O objetivo deste trabalho é caracterizara

microestrutura e avaliar a microdureza da junta

soldada de Inconel 718.

Materiais e Métodos

O material foi cedido pelo laboratório de

propriedades mecânicas PEMM/COPPE/UFRJ,

na condição comercial em forma de placas

cortadas de 52mm x 110mm x 10mm. Em segui

da o material passou por tratamento térmico. A

soldagem do Inconel 718 foi realizada pelo

processo TIG, usando como atmosfera de

proteção o argônio. Como metal de adição

utilizou-se tiras de Inconel 718 na condição

recozida com10mm largura, por 0,35mm de

espessura dobradas ao meio. A carcterização da

microestrutura foi realizada em MO, segundo a

proposta metalúrgica clássica. Perfis de

microdureza foram traçados ao longo de toda

junta soldada.

Resultados e Discussão

Figura 1: Macro da junta soldada do Inconel 718

A figura 1 mostra a macrografia da junta

soldada de Inconel 718. Observa se uma solda

sem presença de trincas, falta de fusão ou

macro-defeitos.

Figura 2: microscopia ótica: (a) junta soldada.

(b) metal base. (c) metal da solda.

Pode-se observar na figura 2(a) duas zonas das

juntas soldadas, ZTA, e metal de solda. Na

figura 2 (b) grãos regulares, equiaxiais com

carbetos dispersos na matriz. A imagem da

Figura 2(c) mostra a estrutura dendrítica do

metal de solda.

Figura 3: Perfil de Micro Dureza Vickers.

A figura 3 mostra o perfil de dureza, no MB a

média foi 416HV, na ZTA foi 284HV e no MS

256HV.

Conclusões

A soldagem na chapa de Inconel 718 na

condição envelhecida, não apresentou

trincamento. A presença de vazios, falta de

fusão ocorreu devida ao formato não usual do

metal de adição, fornecido em tiras de Inconel

718.

Agradecimentos: COPPE/UFRJ/ pelo material fornecido para o presente estudo. Ao Senai Solda

(CTS) pela realização da solda.

Referências

1.Valle . Lena de Castro . (2010) Efeitos da solubilização e

do envelhecimento na microestrutura e nas propriedades

mecânicas da superliga Inconel 718.Tese de doutorado.

2. Rodrigues, T.V. (2011) Tratamento térmico pós-soldagem

soldagem para alívio de tensões em chapas de aço soldadas:

modelagem e análise experimental. Centro federal de

educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca.

Dissertação de mestrado.

ZTA ZTA METAL DE SOLDA METAL DE BASE METAL DE BASE

Perfil 1

Perfil 2

Perfil 3

57

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Efeito dos Combustíveis nos Materiais dos Componentes dos

Motores Flex

Rogério da Silva Nunes (PG)¹*, Mauro C. Lopes de Souza (PQ)¹, Neyda de la C. Om Tapanes (PQ)

1.

1 Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Estadual da Zona Oeste, RJ

* [email protected]

Palavras-chaves: flex-fuel, componentes tribólogicos, desgaste.

Introdução

Apesar do grande know-how adquirido durante

anos na construção de motores a etanol, muitas

dificuldades técnicas ainda persistem quando se

trata de motores flex-fuel1, sendo o desgaste

acentuado e prematuro nos materiais dos

componentes e a partida a frio, os dois fatores

onde hoje mais se investe em pesquisa2. O

assunto é de tamanha proporção e importância

que levou montadoras, universidades e

pesquisadores a criarem um consórcio chamado

TRIBOFLEX3, cujo objetivo é ampliar o

entendimento sobre os fenômenos referentes ao

desgaste e ao atrito nos componentes mecânicos

dos motores flex-fuel através dos

conhecimentos da engenharia de superfície.

Essa pesquisa tem por objetivo investigar e

analisar o efeito dos combustíveis no desgaste

dos componentes tribológicos.

Revisão Bibliográfica

MOTORES FLEX: COMPONENTES Os componentes tribólogicos que serão

avaliados são: pistão, pino do pistão, anel de

segmento, cilindro e bronzinas de biela. Pistão

ou êmbolo: Varia a pressão no interior do

cilindro gerando a potência e torque na árvore

de manivelas. Fabricados em ferro fundido ou

liga de alumínio por fundição ou forjamento.

Pino de pistão: Conecta o pistão à biela. O pino

de pistão é fabricado em aço de baixa liga com

baixo teor de carbono e tratado termicamente. É

confeccionado a partir de barra trefilada. Anéis

de segmento: São montados nas canaletas dos

pistões. Funções - a) vedar a compressão na

câmara de combustão; b) vedar os vapores de

gases da combustão para não atingirem o cárter

e contaminar o óleo; c) controlar o filme de óleo

na parede do cilindro e; d) ajudar a transferir

calor para o sistema de arrefecimento. São

fabricados em liga de aço-carbono com alto teor

de carbono e camada superficial de cromo e

molibdênio na face de contato com o cilindro.

Cilindro: Furos no bloco do motor onde os

pistões trabalham subindo e descendo para

efetuar a mudança de volume do gás e

proporcionar a combustão e geração de trabalho.

São usinados no próprio bloco, podendo ser de

ferro fundido cinzento ou alumínio. Se

removíveis são de ferro fundido ou aço.

Bronzinas de biela: São elemento de apoio e

anti-fricção em peças giratórias no motor. São

bipartidas e geralmente é tri metálico.

COMBUSTIVEIS NOS MOTORES FLEX

Os motores flex podem usar gasolina, álcool ou

mistura em qualquer proporção. Porém, a

fórmula não é tão simples quanto parece. Até

porque o etanol possui menor poder calorífico

(23,62MJ/ℓ) em relação à gasolina (34,84 MJ/ℓ), Muitas são as dificuldades de uma boa

combustão nos motores flex, tais como: emissão

de álcool não queimado e aldeídos; tempo

disponível para a combustão; propriedades

mecânicas e químicas dos materiais aplicados à

construção do motor; Calibração; Vibrações;

Criação de goma; Miscibilidade da gasolina

com o etanol; Lavagem e diluição do

lubrificante durante partida a frio; Ambiente

mais corrosivo; Baixo índice de lubricidade.

EFEITO DO ÁLCOOL NOS

COMPONENTES. O etanol é um composto

oxigenado e higroscópico, por isso é reativo

com alguns metais. Devido seu nível de acidez

ser muito elevado causa oxidação e deterioração

e ainda pode ocorrer a separação de fases com a

gasolina e com o óleo quando permanece em

repouso por um período de tempo.

Materiais e Métodos

Os materiais utilizados serão obtidos em

retíficas de motores, devidamente catalogados e

armazenados separadamente em invólucros

plásticos contendo: modelo, ano,

quilometragem, informação sobre o motor ser

flex ou apenas gasolina.

Posteriormente esses materiais serão analisados

em microscópio para avaliação de suas

superfícies e posterior comparação com

simulação 3D através de software específico.

Referências

1. Pugliesi M, Manual Completo do Automóvel, Hemus,

1991.

2. BOSCH, Manual de Tecnologia Automotiva, Editora

Edgard Blücher, 25° Edição, 2005.

3. SAE BRASIL, Engenharia Automotiva e Aeroespacial,

ano 16 – n° 70 – abril/maio/junho-2016.

58

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise Ruptura Câmara de Vulvanização de Pneus

Thaís Magdalena (PG)¹*, Alex da Silva Sirqueira (PQ)

1 Laboratório de Engenharia de Polímeros e de Aplicações Industriais, UEZO

* E-mail de contato: [email protected]

Palavras-chaves: Polímeros, elastômeros, pneumáticos.

Introdução Os elastômeros são polímeros que podem ser

deformados, em níveis de deformações muito

grandes e em seguida, retornarem elasticamente

às suas formas originais.[1]

Esta propriedade

favorece a várias aplicações industriais,

inclusive na fabricação de pneumáticos[2]

. Os

pneus são vulcanizados em câmaras fechadas

em elevadas temperatura e pressões. A câmara

utilizada na vulcanização de pneumáticos é uma

ferramenta flexível que se deforma de forma

progressiva e uniforme quando ela é submetida

aos esforços mecânicos[3]

. Este trabalho tem a

finalidade de estudar o motivo da falha

prematura deste material. Através da

comparação entre o material com vida útil

desejável e o que sofreu fratura

antecipadamente.

Materiais e Método Foram separadas três tipos de amostras: câmara

com saída prematura do processo de produção,

que atendeu uma vida útil e câmara nova.

A termogravimetria foi realizada em

equipamento do fabricante TA Instruments -

modelo Q600. A taxa de aquecimento aplicada

foi 4°C/min.

As morfologias das amostras vulcanizadas

foram obtidas pelo microscópio eletrônico de

varredura modelo JSN-6490-LV.Para o teor de

cinzas foram realizadas amostras de tamanho

aproximado 2 x 2 x 3 mm, coletadas 5

exemplares. Foi utilizado um forno do modelo

F-MUFLA 1800 3P Inox do fabricante FDG

Equipamentos. As condições estabelecidas para

o ensaio foram: aquecimento até 900°C,

temperatura constante de 900°C por 10 minutos

e retorno a temperatura ambiente com taxa de

resfriamento de 10 °/min.

Resultados e Discussão A Figura 1 apresenta aos resultados de

termogravimetria realizada nas amostras com

ciclos de, 0 154 e 380. As curvas

termogravimétricas sugerem a decomposição

térmica em uma única etapa, porém ao analisar

a derivada, evidencia inflexões da curva TG que

são discretas nas amostras 0 e 154. Fenômeno

não encontrado na curva 380, amostra já

envelhecida.

Figura 1: Resultado Termogravimetria

A Figura 2 apresenta as morfologias das

amostras vulcanizadas. Observa-se uma

homogeneidade do material na amostra 0 e 154,

fora do ponto de ruptura. Porém analisando a

imagem da amostra 154 no ponto da fratura,

pode-se identificar concentração de material

inorgânico, que pode representar fragilidade

para o material. A amostra 380 possui aspecto

envelhecido, como era esperado.

Figura 2: Análise morfológica

Pode-se observar na Figura 3 que a amostra 154

obteve o maior valor.

Figura 3: Teor de Cinzas

Conclusões Pode-se inferir com os resultados obtidos que a

amostra apresentou defeito durante o uso devido

a má dispersão dos componentes da formulação

estudada.

Referências 1. Callister, W.D. J. Ciência e engenharia de materiais: uma

introdução. Ed. LTC. 2002. Rio de Janeiro.

2. Paula, T. M., Sirqueira, A.S, Avaliação físico-química e

morfológica de defeitos em material vulcanizado da

indústria de pneumáticos. Acta Scientiae et Technicae, v. 3,

p. 49-51, 2015;

3. Paula, T. M, dissertação de mestrado, Análise de falha de

um elastômero utilizado como material auxiliar na produção

de pneus. Centro Universitário da Zona Oeste, 2016.

59

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Materiais Utilizados nos Vasos de Pressão: Influência na Estimativa

de Custos

Mauricio Monteiro Machado (PG)1,2

. Rodrigo Ribeiro Soares (PQ)2, Neyda de la Caridad Om

Tapanes (PQ)1

1 Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais - PPCTM, Universidade Estadual da Zona Oeste 2 Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A - NUCLEP

* [email protected]

Palavras-chaves: vaso de pressão, precificação, custo, planejamento de experimentos

Introdução

Vaso de pressão é definido como recipiente

estanque projetado para conter um fluido

pressurizado e resistir com segurança a uma

pressão manométrica superior a 15 psig. Essa

projeção inclui além do dimensionamento para

resistir as elevadas pressões, uma adequada

seleção técnica e econômica do material 1. O

conhecimento dos materiais utilizados na

fabricação dos vasos de pressão é fundamental

para a formação do custo dos mesmos. O

objetivo deste trabalho é realizar um estudo

sobre o processo de fabricação de vasos de

pressão com foco em custo. O estudo engloba

uma revisão bibliográfica sobre o assunto e

também a aplicação do planejamento de

experimentos, baseado em dados reais de

contratos de fornecimento de vaso de pressão,

firmados entre a Petrobras e diversas indústrias

brasileiras 2. Uma ferramenta para determinar o

preço de mercado de equipamentos como vaso

de pressão é de grande interesse para o

desenvolvimento comercial dos fabricantes,

além de levar às universidades temas de

demandas reais das indústrias.

Materiais e Métodos

A Lei 12527 de 18/09/2011, conhecida como a

“Lei da Transparência”, regula o acesso a

informações de órgãos públicos e economias

mistas ao cidadão 3. Através do portal da

Petrobras, aba transparência, foi criada uma

planilha com 634 contratos. Após análise

detalhada, foram solicitados documentos de 136

contratos selecionados dentre os 634 contratos

iniciais. Os contratos variam de R$ 22.231,25

até R$ 12.853.829,92. Os contratos

selecionados têm início da vigência entre agosto

de 2011 e junho de 2016 3. Para realizar

aplicação do planejamento de experimentos faz-

se necessária a disponibilização dos dados por

parte da Petrobras e posteriormente de uma

análise detalhada do mesmo, para que seja

gerada uma planilha de banco de dados a ser

tratada no software “statistica” 2. A Aplicação

do planejamento de experimentos será utilizada

para a determinação de um modelo estatístico

do custo do vaso como variável resposta (y). Os

fatores avaliados são: tipo de material,

espessuras, comprimentos entre tangentes,

diâmetro, quantidade de bocais, trabalho ou não

com H2S, presença ou não de elementos interno

e o peso vazio. Mediante uma metodologia de

fatorial completo será proposto um modelo de

segunda ordem: y β0 β1x1 β2x2 β3 x3 β4x1x2 β5

x1x3 β5 x2x3 ε Onde: y é a variável resposta, os ’s

são os parâmetros a serem estimados, xn são as

variáveis que representam os fatores e é o

termo do erro aleatório.

Análise Preliminar

Cada um dos contratos pesquisados, está sendo

analisado no sentido de correlacionar a cada um:

quantidade de vasos, espessuras, materiais,

comprimentos entre tangentes, diâmetros,

quantidade de bocais, trabalho ou não com H2S

presença ou não de elementos interno e o peso

vazio. A tabela a seguir aponta o andamento das

solicitações feitas à Petrobras.

Tabela: Resumo de Solicitações realizadas

Aguardando Resposta 2

Não aplicável ao escopo do

trabalho

3

Resposta Negada 4

Documentos Disponibilizados 136

Total Geral 127

Agradecimentos: Petrobras

Referências

1. Silva Telles, Pedro Carlos da (2007) Vasos de Pressão; LTC

2. Montgomery, Douglas; Calado Verônica – Planejamento

de Experimentos usando o Statistica, 1ª Ed, E-papers – Serviços Editoriais.

3. www.petrobras.com.br. Acesso em: 20 setembro de

2016.

4. M.M.A. Khan, L.Romoli, M.Fiaschi, G.Dini, F.Sarri

(2010) Experimental design approach to the process

parameter optimization for laser welding of martensitic

stainless steels in a constrained overlap configuration.

60

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Influência do Índice de Atrito do Catalisador de FCC na emissão de

particulados nas UFCC.

Manuela Beatriz R. Barreto (PG)1,2

* Neyda de la C. Om Tapanes (PQ)1

1 Programa de Pós-Graduação Profissional em Ciência e Tecnologia em Materiais, UEZO 2 Fábrica Carioca de Catalisadores S.A., FCC S.A.

* [email protected], [email protected]

Palavras-chaves: índice de atrito, catalisador de FCC, emissão de particulados.

Introdução Com a crescente atenção para questões

ambientais com refinarias de petróleo, as

emissões de particulados oriundos das UFCC

tem recebido um maior controle ao longo dos

anos1. No Brasil, em 2021, entrará em vigor a

resolução do CONAMA Nº436, cujo novo

limite máximo de emissão de poluentes

atmosféricos por fontes fixas é menor que o

valor usual praticado nas UFCC.

Júnior 2010 cita que há quatro pontos de perdas

de catalisador gasto, são elas: rotina de descarte,

pelos ciclones do regenerador, pelas emissões

fugitivas e pelas chaminés, fornos e caldeiras.

As perdas pelos ciclones estão diretamente

relacionadas a sua eficiência de

coleta/separação, a qual correlaciona-se com

suas características de projeto e da partícula dos

sólidos, neste caso, do catalisador 2.

Costa e colaboradores (2004) propõem

mudanças na formulação do catalisador em

função de melhorar a resistência mecânica da

partícula e, com isso, reduzir as perdas de

catalisador pelos ciclones, as quais

consequentemente reduzirão as perdas pelas

chaminés, fornos e caldeiras 3.

A resistência mecânica dos catalisadores de

FCC é medida através do Teste de Atrito,

ASTM 5757. É um ensaio que tenta reproduzir

as condições de serviço do material particulado

e medir a resistência de uma amostra deste

material em termos de geração de finos. Quanto

menor o índice de atrito de um material

particulado, maior é sua resistência ao atrito,

isto é, menor é a geração de finos deste material

quando submetido a condições de atrito.

Este trabalho tem o objetivo estudar as variáveis

que influem no índice de atrito do catalisador de

FCC, produzido a partir de diferentes

tecnologias, assim como possíveis influências

na geração de finos.

Materiais e Métodos Serão utilizadas amostras de catalisadores

comerciais de FCC, de diferentes tecnologias e

misturadas entre elas. O teste ocorrerá no

Laboratório de Propriedades Físicas da Fábrica

Carioca de Catalisadores S.A., seguindo os

parâmetros determinados pela ATMS 5757.

Resultados e Discussão A disposição dos experimentos deste estudo

ocorrerá seguindo o conceito de Planejamento

Fatorial Fracionário com 5 fatores iniciais (16

experimentos) e, posteriormente, com os 3

fatores de maior significância estatística, seguirá

para o Planejamento Fatorial Completo (11

experimentos). Assim o total de experimentos

será igual a 27. Os fatores envolvidos no estudo

serão: Tabela 1 – Fatores e faixas do estudo de Atrito.

FATORES SIGL

A

MÍN MÁ

X

ASTM

D5757

-1 +1

Caulim (%) CAU 13 35

Vazão de ar (L/min) VAR 7,1 10 10

Qnt de água na mistura (g) H2O 5 10

T. de calcinação (ºC) TE 400 565 565

Tempo de calcinação (min) TO 30 60 60

As variáveis de resposta serão aquelas medidas

após as variações das variáveis de entrada. Para

este estudo, as variáveis de resposta são o IA –

Índice de Atrito e o PSD – Distribuição de

Tamanhos de Partículas (medirá os finos).

Conclusões A necessidade mundial de catalisadores de FCC

ainda é crescente, fomentando seus produtores a

desenvolver tecnologias cada vez mais

eficientes e ecologicamente corretas.

Logo, este estudo pretende correlacionar e

indicar quais variáveis são as de maior

significância para a geração de finos numa

unidade de FCC. Agradecimentos: à Fábrica Carioca de Catalisadores

S.A. por disponibilizar amostras de catalisadores

comerciais e seu laboratório de análises de Atrito.

Referências 1 McClung, R. Effect of FCC Catalyst Physical Properties

on Particulate Emissions. Disponível em

http://www.refiningonline.com/engelhardkb/. Acesso em: 20

de setembro de 2015.

2 Junior, W. Avaliação da gestão ambiental de uma

Refinaria de Petróleo para as perdas de catalisador de

craqueamento. Programa de Pós-Graduação em Saúde,

Ambiente e Trabalho. UFBA. Salvador, BA. 2010,

3 Costa, A.F. Preparo de catalisadores de FCC modificados

com siloxanos para redução de índice de atrito e aumento da

acessibilidade. Bol. Téc. Petrobras, Rio de Janeiro. 2004.

61

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Caracterização dos Consumíveis Nacionais no Emprego do Processo de

Soldagem na Construção de Submarino

Luiz Antônio da Silva (PG) ¹* Mauro Carlos Lopes de Souza (PQ).

1 Aluno de Mestrado em Ciências e Tecnologia dos Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* E-mail de contato: [email protected]

Palavras-chaves: consumíveis, pré-aquecimento, tempo de ressecagem, trinca a frio.

Introdução

Com o advento de novos materiais e novas

tecnologias, os processos de fabricação vêm

buscado a combinação perfeita entre os

consumíveis e os processos de soldagem,

características específicas à área de fabricação[1]. Os consumíveis e os aços empregados na área

da construção naval vêm sendo muito utilizados

em situações onde suas propriedades mecânicas,

são bastante exigidas[1]

. Neste caso, o processo

de soldagem aplicado é o eletrodo revestido. O

trabalho visa a caracterização de consumível

nacional através da verificação de suas

propriedades físico-mecânicas e metalúrgicas, a

fim de comparar o comportamento dos eletrodos

de fabricação européia utilizados atualmente no

projeto de construção de submarinos para a

Marinha do Brasil.

Materiais e Métodos

Neste trabalho, será utilizado eletrodos de

fabricação nacional, soldados em chapas de aço

importado (Casco), reproduzindo o mesmo

processo de soldagem por eletrodo importado [2]

:

1 – Utilização de WPS (Welding Procedure

Specification) EPS – Especificação do

Procedimento de Soldagem do projeto.

2 – Preparação para os ensaios destrutíveis e

não destrutíveis (visual, partícula magnética,

radiografia e ultrassom);

3 – Preparação e marcação na chapa para cortes

e usinagens dos corpos de provas;

4 – Execução dos ensaios de macrografia,

dureza, dobramento, tração e Charpy;

5 - Analise dos dados e resultados;

6 - Elaboração do relatório final com resultados

para discussão.

Preparação dos Corpos de Prova

Os corpos de prova serão usinados com

chanfros em V”, de acordo com as normas

especificas. A análise química do metal de base

(chapa de aço 80 HLES) e do consumível

nacional será apresentada em forma de

certificado do fabricante.

Resultados e Discussão

Os resultados apresentados nas pesquisas

mostram que, a fim de evitar trincas por

hidrogênio, independente do tipo de eletrodo,

deve ter um cuidado, com o tempo de

ressecagem, bem como o pré-aquecimento tem

grande influência durante o processo de

soldagem, pois evita a formação de trincas a frio

que poderão se formar caso o procedimento não

seja obedecido. [3]

Conclusão

É possível conclui-se que, as condições para a

isenção total de trincas para todas as

combinações de metal de base e de adição

(consumíveis) atingiram parâmetros de

soldagens com temperatura de pré-

aquecimentos superiores a 150 °C com tempo

de ressecagem do eletrodo acima de 2 h[3]

.

Logo, independente do consumível nacional ou

importado o que vai contribuir para a formação

de trincas a frio é o tempo de ressecamento e o

tempo de pré-aquecimento. Por fim a utilização

do consumível nacional na produção do

processo de soldagem dos submarinos se mostra

economicamente viável e atendem os mesmos

requisitos técnicos dos consumiveis importados.

Referências

1. Corrêa de Sá, André Luiz.Análise Microestrutural e de

Propriedades Mecânicas Resultantes da Soldagem de um

Aço do tipo HY 80 com os Processos Eletrodos Revestidos

e Arame Tubular Rio de Janeiro 1999.VIII, 86 p. 29,7 cm

(COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia Metalurgica; 1999).

2. Riblett W.R, Ship Systems Engineering and Design Dept.

U.S. Naval Ship, Fabrication, Welding, and Inspections of

Ship Hulls.– NAVSHIPS 0900-00-1000 - Edição 01

Outubro 1968.

3. Freire Júnior, R.C.; Maciel, T.M.; Silva, P.G. Avaliação

da Susceptibilidade à formação de trincas a Frio em juntas

soldadas de aços ARBL. Departamento de Engenharia

Mecânica – CCT – UFCG 2011

62

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Unidade Universitária de Tecnologia em Polímeros, Construção Naval

Processos Metalúrgicos e Engenharia de Produção

63

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Membranas poliméricas modificadas com espumas cerâmica para uso

em célula a combustível: influência do grau de sulfonação do SPEEK

Nicolas G. Teixeira(IC)¹*, Damouche, K.(PQ)2, Ramos Filho, F. G. (PQ)

1

1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, RJ; 2 Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano(IMA), Universidade Federal do Rio de Janeiro, , RJ*

[email protected] [email protected]

Palavras-chave: SPEEK, espuma cerâmica, zircônia, permeabilidade seletiva

Introdução

A membrana mais utilizada em células

combustível (FC) é o Nafion®. Contudo,

Nafion® não é apropriado para o uso em FC

com alimentação de direta de álcool (DAFC)

devido a sua alta permeabilidade a álcoois.

Outra desvantagem crucial dessas membranas é

o alto custo, que impede sua utilização em larga

escala [1]. O objetivo é o desenvolvimento de

membranas híbridas do polímero SPEEK com

espuma cerâmica a base de zircônia para uso em

DAFC, bem como estudar a influência do grau

de sulfonação do SPEEK nas propriedades da

membrana.

Materiais e Métodos

Foram utilizados SPEEKs com três graus de

sulfonação (GS): 45, 55 e 65%. A espuma foi

incorporada aos SPEEKs em teor constante de

2%. A sorção de água e etanol através de teste

de inchamento. A permeabilidade seletiva foi

avaliada através do teste de pervaporação e

estabilidade térmica através de TGA.

Resultados e Discussão

No teste de inchamento em água, de forma

geral, não houve a influência do aumento da

temperatura, com exceção das membranas

híbridas de SPEEK com o maior GS (65%). Isso

acontece devido a maior presença de grupos

sulfônicos hidrofílicos, aliado ao fato de que em

altas temperaturas as cadeias adquirem mais

mobilidade, possibilitam maior entrada de água

na membrana, atingindo rapidamente o

equilíbrio. As membranas demonstraram maior

sorção em solução de etanol do que em água,

apresentando valores elevados em temperaturas

a partir de 60°C. A estabilidade térmica das

membranas foi avaliada por TGA. De forma

geral, as membranas apresentaram três eventos

de perda de massa. No teste de pervaporação

pode-se observar que o fluxo permeado tendeu a

diminuir com aumento da temperatura quando o

teste foi realizado com água, com exceção da

membrana SPEEK com GS=55% e 2% de

espuma. O contrário ocorreu utilizando-se

solução de etanol (Ver Tabelas 1 e 2).

Tabela 1. Resultados do teste de pervaporação

em água e solução de etanol

Amostra

Fluxo permeado em água

(kg.m-2

.h-1

)

30°C 50°C

SPEEK45 0,12 0,11

SPEEK55 0,09 0,08

SPEEK65 0,10 0,07

SPEEK45Z 0,12 0,06

SPEEK55Z 0,17 0,23

SPEEK65Z 0,24 0,24

Tabela 2. Resultados do teste de pervaporação

em solução de etanol a 20%

Amostra

Fluxo permeado em solução

de etanol (kg.m-2

.h-1

)

30°C 50°C

SPEEK45 0,88 1,17

SPEEK55 1,12 1,05

SPEEK65 1,35 1,43

SPEEK45Z 0,21 0,27

SPEEK55Z 0,31 0,34

SPEEK65Z 0,52 0,58

Conclusões

As membranas híbridas foram obtidas com bom

nível de dispersão das espumas. A sorção de

água e solução de etanol alterou

consideravelmente com a temperatura e o teor

de espuma mantido constante. As sorções

mostram ser influenciadas pelos canais criados e

o teor de SO4. As membranas híbridas

mostraram maior teor de sorção em solução de

etanol. A incorporação da espuma contribuiu

para melhorar a estabilidade térmica da

membrana, principalmente a partir de 55% de

SPEEK. Agradecimentos: CNPq

Referências

1- Karthikeyan, C.S.; Nunes, S.P.; Prado, L.A.S.A.; Ponce,

M.L.; Silva, H.; Ruffmann B.; Schulte K.; Journal of

Membrane Science 254, 139–146, 2005.

64

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Estudo Estrtural da Fibra do Caroço de Açai por Difração de Raios-x

e NMR de Baixo Campo

Rafael O. S. R. Correia (IC)1*, Luciana A. Fraga (PQ)

2, Maria Inês B. Tavares (PQ)

3 e

Daniele C. Bastos (PQ)1

1 Laboratório Didático de Polímeros/UEZO; 2IFAM – Instituto Federal do Amazonas; 3IMA - Instituto de

Macromoléculas/UFRJ * [email protected]

Palavras-chaves: fibra natural, fibra açaí, difração raio-x, NRM baixo campo.

Introdução

As vantagens do uso de fibras naturais sobre as

sintéticas incluem aspectos ecológicos e sociais,

em razão da melhor reciclabilidade,

biodegradabilidade e do aumento da qualidade

de vida dos habitantes de regiões onde é

realizado o cultivo1,2

. Resultados experimentais

sugerem que, fibras naturais, são uma

alternativa viável às fibras inorgânicas, como

reforço de materiais termoplásticos3. O açai

(Euterpe oleracea Mart.) é uma palma da região

norte do Brasil. Estima-se hoje que somente na

cidade de Belém são comercializados de 100.00

a 120.00 toneladas de frutos de açaí por ano4.

Algumas pesquisas indicam a possibilidade de

utilização das fibras de seu caroço como reforço

em poliolefinas4. Deste modo a utilização das

fibras do caroço de açaí, como reforço para

polímeros reciclados mostram-se bastante

promissores, necessitando de pesquisas mais

apuradas para aumentar a sua compatibilidade

com matrizes poliméricas. Este trabalho tem

como objetivo o estudo estrutural das fibras de

açaí tendo em vista sua posterior utilização

como material de reforço em compósitos de

matriz polimérica.

Materiais e Métodos

- Obtenção do caroço de açaí como subproduto

da produção de polpa da fruta, na região

amazônica do Médio Solimões; lavagem e

secagem ao ar livre do caroço; extração manual

das fibras provenientes do caroço;

peneiramento.

- Mercerização da fibra com NaOH 20%, à 60º

C, por 3h.

- Análise por difração de raio-x e NMR baixo

campo (NMR) e difração de raio-x (DR-X) da

fibra de açai in natura e mercerizada.

Resultados e Discussão

As análises estão sendo realizadas e pretendem

caracterizar a amostra tanto em relação à

estrutura quanto à cristalinidade. De acordo com

dados da literatura, na análise de DR-X, espera-

se observar regiões referentes a lignina, celulose

e hemicelulose. A fração cristalina corresponde

à celulose, enquanto a lignina e a hemicelulose

encontram-se na fração amorfa da amostra. Na

análise de DR-X, os difratogramas apresentam

picos atribuídos à fase cristalina em torno de

27º. A intensidade desses picos mostram o grau

de cristalinidade da amostra que devem

aumentar com o tratamento com NaOH,

responsável pela remoção parcial da

hemicelulose. Com relação à análise de RMN, a

fibra deve apresentar tempos de relaxação com

três domínios principais. Um primeiro domínio

largo e sem definição, relativo à umidade e um

segundo domínio, sem boa definição, referente

aos componentes da celulose e hemicelulose.

Um terceiro domínio bem definido e separado,

com maior tempo de relaxação, relativo à

lignina.

Conclusões

Espera-se que as fibras do caroço de açaí, após

o tratamento de mercerização, apresentem maior

com matrizes poliméricas, devido à maior

cristalinidade.

Referências

1- Bledziki, A.K.; Gassan, J. Composites reinforced with

cellulose based fibers, Prog. Polym. Sci. No 24, pag.221,

1999.

2- Martins, M.A.; Joekes, I. Tire rubber-sisal composites:

effect of mercerization and acetylation on reinforcement.

Journal of Applied Polymer Science, v.89, n.9, p.2507-

2515, 2003.)

3- Sanadi, A.R., et al, Reinforced polypropylene with

agricultural fibers. Proceedings: International Jute and

Allied Fibre Symposium on Biocomposites and Blends,

New Deli, India, 163. 4- Mesquita, Antônio Lima. Estudo de Processos de

extração e caracterização de fibras do fruto do açaí (Euterpe

oleracea MART.) da Amazônia para produção de ecopainel

de partículas homogêneas de média densidade. Dissertação

(Doutorado em engenharia de recursos naturais da

Amazônia), Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.

65

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Síntese de biodiesel provenientes de diferentes óleos

Tamara da Silva Tavares (IC)¹*, Roberta Gaidzinski (PQ), Neyda De La Caridad

Om Tapanes (PQ)¹², Donato A. G. Aranda(PQ)¹. 1 Laboratório de Processos Inorgânicos e Nanomateriais – LPIN, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio

de Janeiro, RJ; ²Escola de Química, Universidade Federal de Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

* [email protected], [email protected], [email protected]

Palavras-chaves: Biodiesel, síntese, transesterificação

Introdução

O crescente interesse mundial pela produção e

emprego de biodiesel como substituto do diesel

de petróleo parece indicar um caminho em

direção a uma substituição progressiva do

petróleo como combustível. A resolução nº

6/2009 do Conselho Nacional de Política

Energética estabeleceu o uso do percentual

mínimo de 5% de adição de biodiesel ao óleo

diesel comercializado. A busca por tecnologias

que maximizem a conversão dos óleos vegetais

em biodiesel, por meio de tecnologias limpas,

com a utilização de diferentes matérias-primas

oleaginosas, em substituição ao óleo de soja,

tem sido objeto de pesquisas em todo o mundo.

O objetivo deste trabalho consiste na síntese de

amostras de biodiesel provenientes de quatro

diferentes óleos de acordo com as normas da

ANP.

Materiais e Métodos

A metodologia utilizada para a síntese do

biodiesel consistiu na transesterificação de

diferentes óleos, utilizando hidróxido de

potássio como catalisador com razão molar de 6

(metanol/óleo) a uma temperatura 60ºC, para a

produção do biodiesel de girassol, canola e soja.

Para a esterificação do óleo de andiroba foi

utilizado acido sulfúrico como catalisador em

uma razão molar de 6 (metanol/óleo) a uma

temperatura de 60ºC. Após a reação de

transesterificação, fez-se a separação da

glicerina do biodiesel por decantação (24 horas),

seguidas de lavagem para a retirada de

impurezas, e secagem para a remoção do

excesso de água proveniente da solução de

acido cítrico utilizado na lavagem. Foram

realizados com as amostras de biodiesel

sintetizadas os ensaios de acidez, condutividade,

oxidação e teor de umidade de acordo com

norma da ANP.

Resultados e Discussão

A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos para

a caracterização das amostras de biodiesel

sintetizadas. Índice de acidez: De acordo com a

Portaria Nº 255, de 15 de setembro de 2003 na

ANP, o biodiesel não pode ultrapassar 3% de

Ácido Oleico. Das amostras analisadas somente

o biodiesel de andiroba apresentou acidez

superior ao permitido pela norma.

Condutividade: Óleos de soja e girassol dentro

da norma já que as amostras de biodiesel não

tiveram contato com material contaminante.

Teor de umidade: Ambas as amostras de

biodiesel apresentaram teor de umidade acima

da legislação permitida pela ANP, ou seja,

0,020%. Taxa de Oxidação: Ambas as

amostras analisadas de acordo com a norma

ANP, que estabelece um tempo mínimo de 6

horas de oxidação do biodiesel.

Análises de condutividade, teor de umidade e

taxa de oxidação encontra-se em andamento

para as amostras de biodiesel de andiroba e

canola.

Tabela 1: caracterização das amostras

Análises Índice de

acidez

Condutivi

dade

Teor de

umidade

Taxa de

oxidação

Soja 1,3661% g de

A.O.

0,0µs/cm 0,113% 7,38h

Girassol 1,3661% g de

A.O.

0,0µs/cm 0,120% 6,64h

Canola 2,351% g de

A.O.

-- -- --

Andiroba 11,92% g de

A.O.

-- -- --

Conclusões

Os resultados das análises de índice de acidez,

taxa de oxidação e condutividade mostraram-se

de acordo com as exigências da ANP. Para o

teor de umidade, os resultados revelaram

valores acima do permitido pela legislação. Os

resultados revelaram um elevado índice de

acidez para o biodiesel de andiroba. Isto pode

ser explicado pelo alto teor de ácido oleico em

sua composição química. Futuramente serão

feitas alterações na metodologia para a redução

do elevado teor de umidade das amostras e para

a neutralização do óleo de andiroba.

Referências

1. ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustível.

2. Ramiro C.A.F. (2013). Produção e caracterização do

biodiesel: Estudo e comportamento de antioxidantes, TCC,

Universidade Federal do Paraná.

66

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

IX Jornada de Ciência e Tecnologia da UEZO Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Efeito do (PE-g-MA) em compósitos de Bagaço de cana-de-açúcar

(BCA) e matriz de polietileno de alta densidade pós-consumo

(PEADpc)

Karolina Vieira de Souza Coelho (IC)¹*, Patricia Soares da Costa Pereira (PQ)1

* 1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste,

Rio de Janeiro, RJ;

* [email protected]

Palavras-chaves: compósito, PEAD, compatibilizante, fibra no máximo quatro

Introdução

Sendo o Brasil um país caracterizado pela

economia e com potencialidades de se tornar um

dos maiores produtores de fibras vegetais, o

desenvolvimento de compósitos reforçados com

essas fibras pode resultar em notável

crescimento econômico, além de contribuir para

o desenvolvimento sustentável1,2. De uma

forma geral, estudos buscam aplicar cargas

vegetais como reforçadoras em compósitos de

polietileno de alta densidade (PEAD) virgem ou

pós-consumo. Os compósitos poliméricos têm

demonstrado características que atendem às

crescentes exigências de melhor desempenho,

segurança, economia e durabilidade. O PEAD é

um material extremamente resistente levando

anos para se degradar na natureza e

consequentemente gera um grande volume de

material a ser descartado em aterro sanitário. O

Brasil é um grande produtor de cana-de-açúcar e

gera milhares de toneladas de resíduos

lignocelulósicos de bagaço de cana-de-açúcar.

A natureza apolar (hidrofóbico) do PEAD o

torna incompatível com as fibras de bagaço de

cana-de-açúcar que por sua vez apresentam

caráter polar (hidrofílica) sendo necessária então

a adição de um terceiro componente, o agente

compatibilizante que age na interface, reduzindo

as tensões interfaciais entre a fibra natural e o

polímero e consequentemente melhorando a

adesão da matriz/fibra3,4. O Objetivo do

trabalho será avaliar o efeito feito do teor de

polietileno graftizado com anidrido maleico

(PE-g-MA) em compósitos de Bagaço de Cana-

de-açúcar (BCA) e matriz de polietileno de alta

densidade pós-consumo (PEADpc).

Materiais e Métodos

Os compósitos de PEADpc/BCA serão

processados em Extrusora Dupla-rosca, com

temperatura das zonas variando de 70 à 190ºC da

alimentação até a saída da matriz, e rotação de

300 rpm. Serão utilizados 3 teores de

compatibilizante: 3,6 e 9%. A Tabela 1 apresenta

a composição dos compósitos.

Tabela1: Composição dos compósitos

PEADpc BCA PEAD-g-MA (%)

48,5 48,5 3

47 47 6

45,5 45,5 9

Os compósitos obtidos serão caracterizados por

Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC),

Análise termogravimétrica (TGA), Ensaios de

Densidade, Dureza e Índice de Fluidez (MFI) e

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).

Resultados e Discussão

Com base na revisão bibliográfica já realizada

espera-se que o PEAD-g-MA Melhore a

interface entre o BCA e a matriz de polietileno

pós-consumo.

Conclusões

Espera-se que o compatibilizante desempenhe

um papel importante na compatibilização dos

compósitos proporcionando a melhoria das

propriedades avaliadas. O PEADpc com fibras

de bagaço de cana podem ser uma boa

alternativa para produzir produtos

ecologicamente corretos, com reaproveitamento

tanto de resíduos sólidos urbanos quanto de

resíduos agroindustriais. Agradecimentos: Peterlu

Referências

1. Bledzki, A.K.;Gassan, J. Composites reinforced with cellulose based fibres. Progress in Polymer Science, Elmsford, v.24,p.221-274, 1999. 2. Guimarães Jr.. Caracterização de polpas de bambu modificadas quimicamente visando melhorias em suas interações interfaciais para aplicações em compósitos. Revista Iberoamericana de Polímeros, Bilbao, v.13, p.89-102, 2012. 3. Lu,J.Z;Wu,Q.; McNabb,H.S. Chemical coupling inwood fiber and polymer composites: A review of coupling agents and treatments. Wood and fiber science. V.32, p.88104,2000. 4. Correa, C.A. et al. Compósitos termoplásticos com madeira. Polímeros: Ciência e Tecnologia, v.13, p.154-165, 2003.

67

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Obtenção de Nanocompósitos de SAN e Argila Sulfonados para

Aplicação em Células a Combustível do Tipo PEM

Rayane de C. Luiz (IC)1*

, Luanda S. de Moraes (PQ)

1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, UEZO, Rio de Janeiro, RJ

*[email protected], [email protected]

Palavras-chaves: Copolímero, Estireno-Acrilonitrila, SAN, Montmorilonita, PEMFC

Introdução

O copolímero de estireno e acrilonitrila (SAN) é

um polímero comercial que alia resistência

mecânica e química, oferecida pelas sequências

de acrilonitrila presentes na estrutura à boa

processabilidade oferecida pela presença de

sequências de estireno na cadeia1.

A incorporação de cargas inorgânicas à matriz

polimérica, possibilita a obtenção de materiais

com propriedades superiores às comumente

apresentadas. Esta incorporação se mostra mais

eficaz nos casos em que a carga incorporada

apresenta dimensões nanométricas, devido à

maior região superficial das mesmas2.

Como os argilo-silicatos são materiais

hidrofílicos e não possuem afinidade com os

polímeros, devido ao seu caráter hidrofóbico, se

faz necessária a realização de uma modificação

orgânica na superfície da argila, visando

potencializar a sua capacidade de

compatibilidade com materiais poliméricos3.

Materiais e Métodos

Foram sintetizados compósitos de SAN/argila.

A modificação da argila foi realizada em 4

etapas: tratamento com ácido sulfúrico 0,5 M,

agente organofilizador (3- mercaptopropil)

trimetoxi silano (3MPTMS), H2O2 3 % e

finalmente a solução de H2SO4 0,5 M para

complementação da sulfonação. As reações de

polimerização foram realizadas empregando

proporções de 0, 1,1, 3,5, 5,7 e 10,3 % de argila

no meio reacional; o qual consistiu de

monômeros (estireno e acrilonitrila), iniciador -

AIBN (azobisisobutironitrila), agente de

suspensão - PVA (poliálcool vinílico),

estabilizador da suspensão – NaCl, dissolvidos

em água. A reação ocorreu a 90 °C, por 2 horas,

sob agitação constante a 334 rpm. Após as

polimerizações, cada polímero foi submetido à

sulfonação orgânica com sulfato de acetila

(diclorometano (DCM), anidrido acético

(C4H6O3) e ácido sulfúrico (H2SO4)), por 5

horas, a 50 ºC, lavado e seco. As membranas

foram preparadas solubilizando os compósitos

de SAN/argila em DCM e para conformação foi

feito casting. Os materiais obtidos foram

caracterizados por análise térmica (DSC e

TGA), Grau de Inchamento (GI), DRX e MEV.

Resultados e Discussão

O sistema de polimerização em suspensão gerou

partículas de polímeros em forma de pérolas

com dimensões em torno de 90 a 120 nm, tanto

para o sSAN puro quanto para os compósitos.

As modificações nas estruturas da argila foram

comprovadas pela técnica de difração de raios X

(DRX). Sobre as propriedades das membranas,

foi possível observar que houve aumento do GI

com o tempo, indicando que não ocorreu a

saturação das amostras, na temperatura

analisada, sendo necessário continuar a

avaliação em tempos maiores. Isso sugere que

houve boa inserção dos grupos sulfônicos e em

consequente, alta capacidade de troca iônica. As

amostras de sSAN puro apresentaram GI

maiores que as amostras dos compósitos de

argila (sSAN1,1%, sSAN3,5%, sSAN5,7% e

sSAN10,3%), o que também é esperado. As

temperaturas de transição vítrea (Tg) ficaram

em torno de 100 ºC e as de fusão (Tm) 245 ºC,

como relatado na literatura.

Conclusões

A polimerização em suspensão promoveu a

formação de pérolas de polímeros com

dimensões manométricas.

No geral todas amostras apresentaram alto GI,

sugerindo alto grau de sulfonação e alta

capacidade de troca iônica.

Agradecimentos: Ao CNPq – bolsa PIBITI, e

à Unigel

Referências

1. Silva AL, Takase I, Pereira RP, & Rocco AM (2008) Poly

(styrene-co-acrylonitrile) based proton conductive

membranes. European Polymer Journal 44(5): 1462-1474.

2. Waschburger, MR (2006). Compósito de polipropileno

com nanocarga. Dissertação de Mestrado, Universidade

Federal do Rio Grande do Sul.

3. De Paiva, LB, Morales, AR, DÍAZ, FV (2008) Argilas

organofílicas: características, metodologias de preparação,

compostos de intercalação e técnicas de caracterização.

Cerâmica 54: 213-226.

68

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Aplicação dos íons permanganato na obtenção de camadas de

conversão sobre aço galvanizado

Gabrielle Laut L. Marinho (IC)¹*, Ana Isabel de C. Santana (PQ)1,2

. 1Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de Materiais, UEZO, 2Laboratório de Tecnologia em Materiais, UEZO

* [email protected]

Palavras-chaves: galvanização, corrosão, camadas de conversão, aço galvanizado.

Introdução

A corrosão consiste em um processo

químico ou eletroquímico de degradação dos

materiais metálicos. Os processos corrosivos

podem provocar altos custos para a indústria,

bem como para o meio ambiente. Dessa forma,

se faz necessário a aplicação de métodos e

estratégias que possam inibir ou minimizar a

corrosão. Os revestimentos metálicos apresentam

características interessantes que os tornam

atrativos para aplicação como revestimentos

protetores, sozinhos ou combinados com outros

tipos de revestimento. Um dos principais

exemplos é a aplicação do aço galvanizado, onde

se emprega um revestimento metálico de zinco

para proteger a superfície dos aços carbono [1-3]. A aplicação de métodos combinados é uma das

alternativas de aumentar a resistência à corrosão

dos aços galvanizados. A cromatização é um dos

tratamentos mais utilizados para aumentar a vida

útil dos revestimentos de zinco [4]. Entretanto, a

utilização dos íons cromo (VI) é bastante nociva

ao meio ambiente e ao homem por ser

considerada carcinogênica. Por esse motivo, fez-

se necessário a busca de substitutos que

combinem resistência a corrosão, baixa

toxicidade e boa relação custo-benefício. Pesquisas vem sendo realizadas no intuito de

encontrar substitutos ao cromo (VI), que possam

ser utilizados como agentes passivantes não

apenas do aço galvanizado, mas também das

ligas de alumínio e magnésio. (4-5). Nesse

sentido, o objetivo desse trabalho foi estudar a

atuação do íon permanganato na formação das

camadas de conversão sobre o aço galvanizado.

Materiais e Métodos

As amostras utilizadas consistiram de chapas de

aço galvanizado comercial, usinadas em forma de

placas nas dimensões 3 x 3 cm. Após a usinagem,

as amostras foram desengorduradas em meio

alcalino, lavadas com água destilada, secas e

armazenadas em dessecador. Os banhos utilizados

foram preparados partindo de reagentes de grau

analítico contendo os íons permanganato em

diferentes concentrações (15 g/l, 30 g/l e 100 g/l).

A acidificação do banho foi obtida mediante a

adição de ácido fosfórico, em meio aerado e

temperatura ambiente. Para a obtenção das

camadas de conversão as amostras de aço foram

ativadas em HNO3 1%, durante 5 segundos. Em

seguida as amostras foram imersas nos banhos de

conversão durante um período de 360 s. Após a

imersão as amostras foram secas em estufa numa

temperatura de 80oC por 30 minutos. Para fins de

comparação camadas de conversão partindo de

banho contendo íons cromato (nas mesmas

condições experimentais) também foram obtidas.

Resultados e Discussão

A avaliação das camadas obtidas foi realizada

através de ensaios eletroquímicos em solução

NaCl 3,5%. Os ensaios foram realizados numa

célula de três eletrodos, utilizando um

potenciostato (AUTOLAB PGSTAT 302N).

Partindo dos resultados encontrados verificou-se

que as camadas obtidas em meio de permanganato

apresentaram resultados equivalentes aos obtidos

em meio de íons cromo (VI), sobretudo para as

concentrações mais elevadas.

Conclusões

Considerando os ensaios preliminares obtidos até

o presente momento, é possível sugerir que o

permanganato apresenta boas possibilidades de

ser aplicado em substituição aos íons cromo (VI)

na obtenção das camadas de conversão.

Agradecimentos: A FAPERJ, ao CNPq, a PROPESQ

Referências

1: Chaverini, V., Aços e Ferros Fundidos: Características

Gerais, Tratamentos Térmicos, principais tipos, 7ª Ed.,

Associação Brasileira de Materiais, São 2: GENTIL, V.

Corrosão 5ª ed., LTC, Rio de janeiro, 2007

3: Nunes, L.P., Fundamentos de Resistência à Corrosão,

Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2007.

4: Di Sarli, A.R., Culcasi, J.D., Tomachuk, C.R., Elsner, C.I.,

Ferreira-Jr., J.M., Costa, I., Surface and Coating Tecnology

258, 426-436, 2014. Paulo, 2008.

5: Zou, Z., Li, N., Li, D., Liu, H., Mu, S., Journal of alloys and

compounds 509, 503-507, 2011

69

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Aplicação de extratos vegetais como inibidor de corrosão de ligas

ferrosas: um estudo eletroquímico

Francielly M. de Souza (IC)¹*, Isamara Araujo R. Barbosa

(PG)¹, Maurício Eira (PQ),

Catharina

E. Fingolo (PQ)3, Maria Cristina de Assis (PQ)

3, Cristiane P. Victório (PQ)

3, Fernanda M. Peixoto

(PG)3, Ana Isabel C. Santana (PQ)

1,2.

1Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de Materiais (LABEMM), UEZO, 2 Laboratório de Tecnologia em

Materiais(LTM), UEZO, 3Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental (LPBA), UEZO

* [email protected].

Palavras-chaves: Extratos vegetais, corrosão, inibidor verde

Introdução

A corrosão é um processo natural que ocorre em

vários tipos de superfícies, sendo comumente

observada nos materiais metálicos. Nos dias

atuais a corrosão é uma das principais causas de

perdas econômicas no setor industrial. Um dos

principais métodos utilizados para a redução dos

processos corrosivos é a aplicação de compostos

conhecidos como inibidores de corrosão. Os

inibidores podem atuar de modo catódico,

anódico ou misto, e ainda podem ser

classificados em inorgânicos, orgânicos ou de

adsorção. Entretanto muitos inibidores

apresentam elevada toxicidade e são nocivos ao

homem e ao meio ambiente. Uma das principais

alternativas é o uso de inibidores a base de

produtos vegetais, por serem provenientes de

fontes renováveis, serem biodegradáveis, de

fácil aquisição, baixo custo e por apresentarem

um comportamento ambientalmente amigável

(1-5). Este estudo visa o desenvolvimento de

inibidores ecologicamente corretos, utilizando

extratos aquosos obtidos de vegetais da família

Musaceae. Esses extratos foram testados através

de técnicas eletroquímicas em meio de NaCl

3,5% com e sem a presença dos extratos

vegetais em diferentes concentrações.

Materiais e Métodos

Os ensaios eletroquímicos foram realizados em

uma célula convencional contendo três

eletrodos: contra-eletrodo (platina), eletrodo de

referência (calomelano) e eletrodo de trabalho

(ligas ferrosas). Os ensaios foram obtidos em

um potenciostato/galvanostato da marca,

AUTOLAB PGSTAT302N. O eletrólito

utilizado foi NaCl 3,5% com e sem a presença

dos extratos (banana ouro e banana prata) em

diferentes concentrações. Foram realizados

ensaios para avaliar a evolução do potencial de

circuito aberto durante 1800s, curvas de

polarização anódica e catódica e ensaios de

polarização potenciostática em potencial fixo.

Resultados e Discussão

Os resultados obtidos mostram um deslocamento

do potencial de circuito aberto do aço em meio

contendo a presença de ambos os extratos. Esse

comportamento é um indicativo de que o extrato

atua como inibidor dos processos corrosivos nas

condições experimentais testadas. As curvas de

Polarização mostram que a adição do extrato da

obtido da banana prata provoca uma redução das

correntes anódica e catódica, o que indica que o

mesmo atua como inibidor misto. A adição do

extrato da banana ouro provocou reduções mais

significativas na corrente anódica. Verificou-se

que existe uma faixa ótima de concentração na

qual o efeito inibidor da corrosão se manifesta.

Essa faixa é observada em ambos os extratos.

Conclusões

Considerando os resultados obtidos é possível

concluir que os extratos aquosos avaliados

apresentam propriedades inibidoras de corrosão

nas condições experimentais testadas. O efeito

inibidor desses extratos ocorre em uma faixa

ideal de concentração do extrato vegetal no

meio eletrolítico.

Agradecimentos: A FAPERJ, CNPq e PROPESQ

Referências

1. M.Jokar, T.Shahrabi Farahani, B. Ramezanzadeh; Journal of

the Taiwan Institute of Chemical Engineers. p 1-17.2016.

2. Gentil, V. Corrosão 5ª ed., LTC, Rio de janeiro, 2007

3. C. Rahal, M .Masmoudi, R. Abdelhedi, R. Sabot, M. Jeanin,

M. Bouaziz. Journal of Electroanalytical Chemistry. p 53-

61.2016.

4. K.K, Anupama, K. Ramya, Abraham Joseph. Journal of

Molecular Liquids. p 146-155. 2016

5. de Barros, I. B, Moscoso, H. Z. L.; Custodio, D. L, Veiga

Junior, V. F, Bastos, I. N. Revista Virtual de química. p 1743-

1755. 2015.

70

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Modelagem de Membrana Polimérica do tipo PEMFC

Maurício dos Santos Vasconcellos(IC)1*

; Ramon A.B. Souza(PQ)1; Luanda S. Moraes (PQ)

2.

1Laboratório de Eletroquímica de Materiais e Metalurgia - LEMM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste,

Rio de Janeiro, RJ; 2Laboratório de Tecnologia de Materiais – LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.

*[email protected], [email protected], [email protected]

Palavras-chaves: células a combustível, modelagem

Introdução

Células a combustível usam a energia

armazenada nas ligações químicas do

hidrogênio molecular ou certos tipos de

hidrocarbonetos para gerar eletricidade e

alimentar um motor elétrico. Em uma célula a

combustível, a energia da reação química de

oxidação do combustível é convertida

diretamente em energia elétrica. Diferentes tipos

de células estão disponíveis, com tecnologias

que as permitem trabalhar com diversos tipos de

hidrocarbonetos e mais conhecidamente,

hidrogênio, sempre na forma gasosa.

A modelagem matemática consiste na

representação do que ocorre na natureza, por

meio de equações, a partir de um modelo

conceitual, visando uma melhor compreensão

do sistema real, buscando rever, prever e

direcionar ações futuras. Pode ser aplicada à

diferentes fins e áreas, tais como: economia,

biologia, química, física e engenharias. É

possível encontrar na literatura pesquisas

relacionadas à processos físicos e/ou químicos,

que utilizaram a modelagem matemática como

processo de desenvolvimento, tais como:

Coelho1, Cunha

2, Moore

3, Souza

4, dentre outros.

Materiais e Métodos

A metodologia consistiu em analisar e tratar

algumas propriedades físico-químicas de

membranas poliméricas, tais como temperatura

de transição vítrea, capacidade de troca iônica e

inchamento em água, para diferentes índices de

sílica de (0, 1 e 3) % presentes em sua

composição. O processo de tratamento de dados

foi divido em tres etapas:

1- Análise de perfis de inchamento de água em

função do tempo;

2- Obtenção de perfis de inchamento de água

em função do índice de sílica;

3- Obtenção de uma equação modelo

matemático que represente os perfis obtidos.

Resultados e Discussão

A partir dos perfis de inchamento de água, em

função de novos índices de sílica, foi possível

avaliar a possibilidade de sintetização de novas

membranas poliméricas.

Figura 1: Perfis de inchamento

Conclusões

Foi obtido um estudo inicial e preliminar do

comportamento de membranas poliméricas com

índices de sílica diferentes, juntamente com um

modelo matemático, indicando a possibilidade e

necessidade de discussões futuras e novas

pesquisas.

Referências

1. Coelho, L.D.N. et al. Modelagem e simulação da secagem

de partículas de biomassa em temperaturas típicas de

combustão. Unb, 2013;

2. Cunha, F.A. Modelo matemático para estudo de processos

reativos de partícula de carvão e biomassa. Unb, 2010;

3. Moore, M.N. et al. An integrate biomarker-based strategy

for ecotoxicological evaluation of risk in environmental

management. Elsevier. Mutation Research 552, 247-268,

2004;

4. Souza, R.A.B. Análise de destino ambiental e comparação

de pesticidas através do modelo de multimeios CAPA. Puc-

Rio, 2003.

71

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Polímeros com potencial para o uso em células a combustível do tipo

PEMFC

Felipe Lima Dias (IC)¹*, Luanda S. de Moraes (PQ)

1

1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ

<[email protected]> <[email protected]>

Palavras-chaves: Polímeros, Células a combustível, PEMFC

Introdução

A tecnologia das células a combustível (CaC)

tem demonstrado que é possível gerar energia

de forma eficiente por mecanismos de

conversões eletroquímicas, transformando

hidrogênio e oxigênio em vapor de água, livre

de poluentes, gerando eletricidade e calor.

Existem algumas tecnologias de CaC que

diferem na temperatura operacional, no tipo de

combustível e no eletrólito empregado, são elas:

PEMFC, DMFC, AFC, PAFC, MCFC e SOFC1-

3. A membrana na PEMFC tem função

determinante como eletrólito no transporte dos

prótons do anodo para o catodo da célula e

como barreira para evitar o contato direto entre

os gases reagentes O2 e H2, além de apresentar

resistência mecânica e estabilidade dimensional

na condição hidratada4. O objetivo deste

trabalho é apresentar uma breve revisão do

estado da arte da tecnologia de PEMFC, para

propor um trabalho futuro que será

desenvolvido no Laboratório de Tecnologia de

Materiais – LTM da UEZO.

Materiais e Métodos

Ednardo G. Barreto2 obteve o S-PEEK (Poli-

éter-éter-cetona sulfonado), por reações de

sulfonação, agregando grupos sulfônicos ao

PEEK. Esses grupos conferem canais

condutores de prótons à membrana. O S-PEEK

pode ser um polímero em potencial para

substituir a Nafion® por agregar propriedades

como boa resistência mecânica, estabilidade

térmica elevada e alta condutividade elétrica.

As membranas foram produzidas por prensagem

a Tamb. O material foi purificado e prensado a

150 °C e 15 ton. A Tm das membranas foi 320

ºC. Acácio A. M. F. Filho1 estudou a sulfonação

da Polissulfona Bisfenol A com o agente de

sulfonação [(CH3)3SiSO3Cl] em dicloroetano. A

reação de sulfonação foi confirmada por

titulação ácido-base e análises FTIR. As

membranas híbridas foram obtidas por

vazamento da solução polimérica da

polissulfona bisfenol-A sulfonada (SPSU) e

sílica precipitada Tixosil® 333 em DMAc. A

absorção de água foi avaliada a 40 e 60 °C. A

condutividade protônica foi obtida pela técnica

de impedância. As membranas apresentaram

condutividade protônica próxima de 10-1

S.cm-1

a 100% RH e 80 °C. Mauro André Dresch3 e

colaboradores avaliaram a obtenção in situ de

híbridos de Nafion com sílica pela rota sol-gel.

A SiO2 foi adicionada à matriz polimérica com

o objetivo de aumentar a retenção de água na

membrana em elevadas temperaturas (acima de

100 °C), melhorar as propriedades mecânicas e

favorecer cineticamente as reações eletródicas

da membrana. Os híbridos foram caracterizados

por TGA, MEV-EDX, SAXS e avaliados em

células PEM unitárias de H2 e O2 entre 80 e 130

ºC e a 130 ºC em condições de umidade relativa

reduzida (75 e 50%). Os autores observaram

que os híbridos apresentam maiores percentuais

de absorção de água que o Nafion. Em relação

ao grau de incorporação de sílica, este pode

variar com o tipo de combustível e os dados de

polarização sugeriram que não deve ser superior

a 7,5% no caso de H2.

Resultados e Discussão

Baseado nos resultados dos autores citados foi

possível avaliar algumas condições de síntese e

caracterização das membranas, os quais nos

orientaram para trabalhos futuros.

Conclusões

Pretende-se preparar nanocompósitos de argila

com blendas poliméricas a base de sPS/sPEEK

para avaliar as propriedades por DSC, TGA,

MEV, DRX, inchamento em água e capacidade

de troca iônica das membranas preparadas.

Agradecimentos: FAPERJ, CNPq

Referências

1. Filho, Acácio Antonio M. F.; GOMES, Aílton de S.;

LOPES, Léa and BENZI, Márcia R.. Estudo da formação

de ligações cruzadas por irradiação gama em membranas

híbridas de Polissulfona Bisfenol-A e sílica precipitada

(2011) Polímeros 21, N 2: 137-142.

2. Ednardo G. Barreto, Raildo A. Fiuza, Ronei S. Catão,

Yuri Pepe, Nádia M. José, Jaime S. Boaventura Membranas

poliméricas obtidas a partir do sPEEK para aplicação em

células Combustíveis do tipo PEM (2015) Anais do 9º

Congresso Brasileiro de Polímeros

3. Dresch M.A. (2009) Síntese e caracterização

eletroquímica de membranas híbridas Nafion-SiO2 para

aplicação como eletrólito polimérico em células a

combustível tipo PEM. Dissertação Mestrado, Universidade

de São Paulo.

72

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Influência da aplicação de aminas na corrosão por pite do aço duplex

Francielly M. de Souza (IC)¹,

2*, Tamara S. Tavares

(IC)

3, Thalles Kenji M. Oliveira(IC)

1, Mônica S.

A. Freire (PG)1, Roberta Gaidzinski (PQ)

3, Ana Isabel C. Santana (PQ)

1,2

1Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de Materiais (LABEMM), UEZO, 2 Laboratório de Tecnologia em

Materiais(LTM), UEZO, 3Laboratórios de Processos Industriais e Nanotecnologia (LPIN), UEZO. * [email protected]

Palavras-chaves: aço inoxidável, corrosão por pite, inibidor de corrosão

Introdução

Os aços dúplex possuem excelentes

propriedades mecânicas que aliadas à uma

elevada resistência à corrosão permitem que

esses aços sejam aplicados em ambientes de

elevada agressividade. Entretanto existem

situações tais como com a presença de íon

cloreto no ambiente, que podem provocar o

surgimento de processos corrosivos no aço

duplex, dentre os quais se pode citar a corrosão

por pite. Atualmente estudos vem sendo

realizados com o intuito de aumentar a

resistência à corrosão pite, através da aplicação

de inibidores de corrosão. Os inibidores de

corrosão são substâncias que, adicionadas em

concentrações adequadas, no meio corrosivo,

minimizam a velocidade de oxidação do metal

exposto a esse meio agressivo, sejam este

gasoso, aquoso ou oleoso (1-6). Neste trabalho,

foram avaliados dois tipos de aminas,

(etilenodiamina e Benzotriazol) como inibidores

da corrosão por pite no aço dúplex. Foram

realizados ensaios eletroquímicos e avaliação da

superfície através de microscopia ótica.

Materiais e Métodos

Os corpos de prova utilizados foram

confeccionados com aço duplex, ao qual foi

soldado um fio de cobre a fim de obter o contato

elétrico, seguido de embutimento em resina

epóxi. Ao final do processo apenas uma face do

metal estava exposta ao meio. A superfície do

corpo de prova foi lixada em uma politriz

Aropol W (Arotec), utilizando lixas d’ agua de

diferentes granulometrias: 80, 100, 300, 400 e

600 mesh. Todas os ensaios eletroquimicos

foram realizadas em uma célula convencional

de três eletrodos: eletrodo de referência

(calomelano), contra-eletrodo (platina) e

eletrodo de trabalho (aço duplex) utilizando um

potenciostato/galvanostato da marca

AUTOLAB, modelo PGSTAT302N. O

eletrólito consistiu de uma solução HCl 0,1

mol/L, em meio desaerado a temperatura

ambiente com e sem a presença das aminas

(etilenodiamina e benzotriazol). Inicialmente

foram realizadas medidas de potencial de

circuito aberto (OCP) durante 1800s em seguida

foram obtidas curvas de polarização anódica e

ensaios de polarização potenciostática em

potencial fixo.

Resultados e Discussão

Os resultados preliminares obtidos mostraram

que a etilenodiamina provocou uma redução da

corrente de corrosão, uma diminuição da

corrente ativo-passiva e um aumento do

potencial de pite do aço duplex. Por sua vez a

adição de benzotriazol provocou o efeito

contrário à etilenodiamina. Verificou-se um

aumento da corrente de corrosão bem como da

corrente de passivação com a adição de

benzotriazol. Não foram verificadas alterações

significativas no potencial de corrosão e no

potencial de pite com a adição de benzotriazol.

Conclusões

Pode-se concluir mediante os resultados obtidos

que dentre as aminas avaliadas apenas a

etilenodiamina provocou um efeito inibidor da

corrosão do aço duplex no meio estudado. Por

sua o benzotriazol não apresentou o efeito

inibidor esperado.

Agradecimentos: FAPERJ, CNPq, PROPESQ

Referências

1 D. W. Kang, H. W. Lee, Journal of eletrochemical

Science. 2014: 5864 – 5876.

2. Senatore, M, Finzetto, L, Perea.E, Escola de Minas, 2007: 175-181.

3. Tussolini, M, Spagnol, Gomes, C, E, Cunha, T, M,

Rodrigues, P,R,P. 2007: 41-44.

4. Albrimi Y.A., Addi, A.A., Douch, J., Souto, R.M.,

Hamdani, M., Corrosion Science, 90, 522-528, 2015.

5. Zakeri, M., Nakhaie, D., Naghizadeh, M., Moayed, M.H.,

Corrosion Science, 93, 234-241, 2015.

6. Naghizadeh, M., Nakhaie, D., Zakeri, M., Moayed, M.H.,

Corrosion Science, 94, 420-427, 2015.

73

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Modificação Superficial de Fibra de Bananeira por Plasma Frio

Márcio dos Santos (IC)1*, Daniele C. Bastos (PQ)

1 e Renata A. Simão(PQ)

2

1 Laboratório Didático de Polímeros/UEZO; 2Laboratório de Superfícies e Interfaces/PEMM/COPPE/UFRJ

* [email protected]

Palavras-chaves: fibra de bananeira, plasma frio, FTIR, SEM.

Introdução

Uma limitação à aplicação tecnológica de fibras

naturais como reforço de matrizes poliméricas

apolares é sua grande susceptibilidade à água.

Uma nova maneira de reverter a grande

hidrofilicidade dessas fibras é protegendo-as das

mudanças de umidade através do tratamento por

plasma. Pela exposição ao plasma frio as fibras

podem apresentar superfícies hidrofóbicas

tornando seu uso possível no setor industrial

sem causar danos à sua biodegradabilidade1.

Este trabalho tem como objeto a modificação

superficial de fibra de bananeira por plasma

frio, com vista à sua posterior utilização como

material de reforço em compósitos de matrizes

polimérica apolares.

Materiais e Métodos

- Etapa 1: Obtenção e beneficiamento da fibra

de bananeira (lavagem, secagem, moagem e

peneiramento).

- Etapa 2: Determinação das condições de

utilização do plasma frio (gás precursor, tempo

de tratamento e potência).

- Etapa 3: Análise química (FTIR) e análise

morfológica (SEM) das fibras antes e após os

tratamentos. A etapa 1 já foi realizada no

laboratório didático de polímeros / UEZO. As

etapas 2 e 3 estão em andamento no Laboratório

de Superfícies e Interfaces do

PEMM/COPPE/UFRJ.

Resultados e Discussão

O pseudocaule da bananeira, planta da família

Musacea, é o principal resíduo na bananicultura,

que deixado na lavoura como lixo orgânico atrai

biodeterioradores. Processos chamados de

funcionalização, reestruturação química,

compatibilização superficial ou simplesmente

ativação têm sido obtidos essencialmente via

química úmida convencional através de reações

com compostos ácidos ou alcalinos que

promovem a quebra de cadeias superficiais ou a

inclusão de novos grupos funcionais a essas

cadeias2. Apesar dos tratamentos via química

úmida serem relativamente simples, e operarem

satisfatoriamente em alguns casos, a

funcionalização nem sempre permite um

controle da intensidade e da eficiência das

reações que ocorrem sobre as superfícies

sólidas. A fim de superar tais limitações, os

tratamentos químicos têm sido substituídos por

técnicas mais aprimoradas de manipulação

como a implantação de radicais ou alterações

superficiais por bombardeamento via plasma

frio3. Suanpoot e colaboradores (2008)

4

analisaram o aumento da hidrofobicidade da

superfície de seda tailandesa após o tratamento

por plasma de SF6. A seda tratada foi

caracterizada por MEV, FTIR, análise de XPS e

cálculo da densidade funcional. Uma rugosidade

característica na superfície foi criada após o

tratamento por plasma. Resultados indicaram

íons F- foram incorporados à superfície da seda

pela reação abaixo, via deposição por plasma.

Praveen e colaboradores investigaram os efeitos

do plasma induzidos nas propriedades de fibras

de coco; plasma de oxigênio fracamente

ionizado foi criado em duas câmaras de

descarga diferentes5.

Referências

1. Bledzki, A.K.; Gassan, J. Composites reinforced with

cellulose based fibers, Prog. Polym. Sci. No 24, pag.221,

1999.

2. Carvalho, T. A., et al. Tratamento de grãos por técnica de

plasma frio, Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, n.

28, 2002.

3. Assis, O. B. G. Funcionalização de superfícies por plasma

frio, Comunicado Técnico 43, Embrapa, IN 1517-4786,

2001.

4. Suanpoot P., et al. Surface Analysis of Hydrophobicity of

Thai Silk Treated by SF6 Plasma, Surface and Coatings

Technology, v. 202, pp. 5543–5549, 2008.

5. Praveen K.M. et al. Investigations of plasma induced

effects on the surface properties of lignocellulosic natural

coir fibres, Applied Surface Science, v.368, pp. 146-156,

2016.

74

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação de aço microligado como material nos depósitos de Diesel

Marítimo (DMA) e Diesel S-10

Amanda Sanae Maeno Oliveira (IC) ¹*, Tamara S. Tavares (IC)1, Francielly M. de Souza (IC)²,

Euglacyo L. de Moura (PG)2, Neyda de la Caridad Om Tapanes (PQ)¹, Ana Isabel C. Santana

(PQ)3, Yordanka R. Cruz (PQ)

4, Donato A. G. Aranda (PQ)

4.

1 Laboratório de Processos Industriais e Nanotecnologia (LPIN), UEZO 2 Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais - PPCTM,, UEZO

3 Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de. Materiais (LABEMM), UEZO 4 Laboratório GreenTec, Escola de Química, UFRJ

* [email protected].

Palavras-chaves: Diesel Marítimo, aço microligado. Diesel S-10, enxofre.

Introdução

O diesel marítimo (DMA), combustível

destinado a embarcações de médio e pequeno

porte e aos motores denominados auxiliares, em

embarcações de grande porte, tem a

característica de possuir elevado teor de

enxofre, além de altas concentrações de ácidos

naftênico. Já o diesel S-10 possui teor de

enxofre máximo de 10 mg/kg. Neste contexto,

sendo este assunto de extrema relevância para

área naval, o presente trabalho teve como

principal objetivo avaliar o aço API X70, de alta

resistência e baixa liga, produzido no Brasil,

para ser utilizado como material na construção

de depósitos expostos à ação do DMA e diesel

S-10. Simultaneamente foi analisada a adição do

biodiesel de soja ao S-10 e DMA nas

quantidades permitidas pela ANP.

Materiais e Métodos

Foi utilizado o aço API X70, amplamente

empregado na indústria de Petróleo e Gás. O

biodiesel de soja foi obtido através da reação de

transesterificação básica do óleo de soja. Foram

realizados ensaios gravimétricos seguindo a

Norma ASTM G31/72 e ensaios macrograficos

e micrográficos durante 60 dias de imersão das

amostras. As amostras avaliadas foram as

misturas e DMA e S10 com adição de 0, 7 e

20% de biodiesel. As amostras liquidas foram

monitoradas mediante os testes de estabilidade a

oxidação (EN14111), acidez (ASTM D664) e

condutividade (ASTM D150A).

Resultados e Discussão

Figura 1. Blendas de DMA +20% de biodiesel:

(a) 30 dias de imersão, (b) 60 dias de imersão

Figura 2. Amostras de DMA +20% de biodiesel:

(a) início, (b) após 30 dias, (c) após 60 dias.

Conclusões

O aço API X70 não é recomendável para

manipular misturas de DMA com biodiesel,

tendo um efeito severo nas amostras com o teor

de 20% de biodiesel. Existe uma tendência que

a concentração de enxofre agrave a corrosão do

material.

Agradecimentos: a FAPERJ, as minhas orientadoras

Neyda Om Tapanes e Ana Isabel Santana, a UEZO e ao Laboratório GreenTec da UFRJ..

Referências

¹Siciliano, F.; Silveira, J. H. D.; Camey, K. Aços para

indústria do petróleo e gás resistentes ao serviço ácido:

desafios e perspectivas. Tecnol. Metal. Mater. Miner., São

Paulo, v.8, n.4, p. 273-278, out.-dez. 2011.

²Cursaru, D.L; Branoiu, G.; Ramadan, I.; Miculscu, F.

Degradation of automotive materials upon exposure to

sunflower, Industrial Crops and Products, v.54, p.149-158,

March 2014.

³Karavalkis, G.; Hilari, D.; Givalou, L.; Karonis, D.;

Stournas, S., Storage stability and ageing effect of biodiesel

blends treated with diferente antioxidants. Energy, v.36,

p.369-374, 2011.

75

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Ausência da Metodologia Organizacional na Manutenção Industrial

Luiz Pereira Reis (PQ) ¹*, Natália Feitosa de Pinho (PQ) ¹, Marlene Jesus Soares Bezerra (PQ) ¹.

Laboratório de Engenharia de Produção, Universidade Estadual da Zona Oeste

*[email protected]

Palavras-chaves: Manutenção, Produção e Gestão.

Introdução

Desde sempre a manutenção é uma das

ferramentas e áreas primordiais em uma

indústria, e como em todo processo industrial, a

mesma possui um infinito de fatores

influenciadores para o bom funcionamento da

organização, porém, para ser um influenciador

como tal, o processo deve ser executado

corretamente, e o que vemos no mercado até os

dias de hoje é uma execução desta ferramenta

ineficiente e ineficaz.

Materiais e Métodos

Por meio a visitas técnicas, experiências

fabris, entrevistas com representantes do meio

(gerentes de manutenção, gerente industrial,

líder de manutenção e profissionais da área em

geral), análise de softwares operantes da área e

pesquisas sobre, relato abaixo os matérias e

métodos adotados:

Softwares de manutenção:

o Engeman e SAP: Softwares

organizadores e criadores de

gestão de manutenção,

conectando todas as áreas para

um melhor funcionamento e

armazenamento de

informações;

o Software a base de Java.

Experiência Profissional

Entrevistas com representantes do meio

Resultados e Discussão

Diante todo quadro industrial, vemos uma

grande necessidade de confiabilidade, e que a

necessidade da mesma não vai além de que o

sistema (manutenção) tenha um desempenho

satisfatório diante toda programação e

organização correta. A estrutura da ferramenta

de confiabilidade se tem em base da distribuição

de probabilidades em estudos do tempo de

funcionamento, sobrevivência de um

equipamento, o tempo médio entre a falha e sua

análise de risco de quebra, sendo assim, a

confiabilidade se dá como uma forma de

metodologia, alegando que a manutenção que

agregue confiabilidade é o ponto chave para

alavancar o sucesso de um processo e uma área

na indústria. Os sistemas gestores de

informação, organização e planejamento têm a

função de auxiliar toda a operação de

manutenção, estabelecendo indicadores de

produção da área junto à eficiência dos

equipamentos e colaboradores.

Abaixo, tem-se a relação de fatores

necessários para a eficiência e a eficácia na

manutenção, seguindo o trinômio C.M.D.:

Conclusões

Diante os métodos aqui analisados, conclui-se

que o sucesso de uma fábrica e um processo

produtivo está relacionado ao desenvolvimento

do planejamento e gestão da manutenção, tendo

como contraponto, que a ausência dos mesmos

gera falta de previsão produtiva, falta de

confiabilidade, custos elevados não

programados, segurança precária, má condições

de equipamentos, produção ineficiente e má

qualidade no processo produtivo e no

funcionamento da fábrica.

Agradecimentos: Agradeço à minha professora

Marlene Jesus e minha namorada Natália Feitosa de Pinho pelo apoio e motivação.

Referências

1.Abraman (2005), Associação Brasileira de Manutenção –

www.abraman.org.br, acessado

em 27.09.16.

2.Pinto, Alan Kardec; Xavier, Júlioi Nascif.

Manutenção:Função Estratégica 1ªedição, Qualymanrk, Rio

de Janeiro, 1998.

76

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Utilizando Técnicas de Modelagem Geométrica Computacional para o

Setor Naval e Offshore: Uma Experiência na Modelagem de um Navio

Tanque

Krishna Alcanatara da Silva (IC)¹*, Raphael de Souza dos Reis Silva (IC)¹, Carlos Vitor de Alencar

Carvalho (PQ)¹ 1 Laboratório Integrado de Gestão Naval, Centro Universitário da Zona Oeste

*[email protected]

Palavras-chaves: AutoCAD, Navio Tanque, Modelagem.

Introdução

Navios tanques são embarcações mercantes que tem a

finalidade de transportar granéis líquidos. Existem

diversos tipos de Navio Tanque, que são classificados

pelo tipo de granel a ser transportado. A modelagem

geométrica computacional de embarcações é

interessante, pois ela permite visualizar ao longo do

projeto as dimensões e possíveis alterações do mesmo

no decorrer da concepção da embarcação. Este artigo

tem o objetivo de apresentar as possibilidades da

modelagem geométrica de embarcações no AutoCAD,

especialmente os navios tanques.

Materiais e Métodos

Durante todo o projeto serão utilizadas técnicas

exclusivas do AutoCAD para modelagem geométrica

do navio em questão. Comandos como View, Extrude,

3D Move, entre outros.

Resultados e Discussão

Segundo dados atualizados, o AutoCAD é a ferramenta

gráfica mais utilizada por usuários no mundo. Essa

ferramenta permite trabalhar no ambiente

computacional com técnicas de modelagem sólida e,

tem como finalidade o desenvolvimento de desenhos

ou projetos em 2D ou 3D. O navio em questão a ser

projetado utiliza a estrutura da embarcação petroleira

Suezmax. Como resultado do projeto foi obtida a

embarcação representada a seguir.

Conclusões

De acordo com SOUZA, A. C.¹ de et al. “fundamenta a

filosofia de trabalho em um plano (X-Y), sobre o qual

o usuário representa a geometria bidimensional a ser

detalhada, atribui-se a coordenada Z que é normal ao

plano X,Y. Os modelos 3D surgem da aplicação sobre

esta geometria bidimensional básica dos recursos de

modelagem sólida”. Segundo estudos, o AutoCAD é

classificado como um software de CAD low range,

sendo considerado um software genérico. Portanto,

seus recursos de representação são indicados para um

contexto inicial. Observa-se a importância da pesquisa

e estudo de ferramentas de otimização do processo de

ensino de disciplinas ligadas ao setor de Construção

Naval de forma que a aprendizagem seja mais

significativa.

Agradecimentos: Faperj

Referências

1. Souza, A. C. de; Séck, H. J.; Rohleder, E.; Gómez, L. A.

Avaliação comparativa da qualidade ergonômica das interfaces

gráficas do Solidworks 2000 e AutoCAD 2000. XXIII Encontro Nac.

de Eng. de Produção - Ouro Preto; 2003.

2. Cavalcanti, L F. Navio Tanque VLCC. Relatório de Projeto do

Navio, Escola Politécnica-UFRJ; 2011.

3. Oliveira, R S. Elementos de Arquitetura Naval, volume I, 1ª parte.

Serviço de Publicações da Escola Naval, 1964.

Rocheta, J F. Navios de Carga e a sua evolução futura. Centro de

Estudos da Marinha, 1977.

77

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise das Condições de Acessibilidade à PCD no Pier Mauá - RJ

Aline Santos de Oliveira (IC)1*

, 2Luanda Cristine Arruda Correa e

1Edmilson Monteiro de Souza

1Unidade Universitária de Tecnologia em Construção Naval - Centro Universitário da Zona Oeste – UEZO – Rio de

Janeiro-RJ; 2Universidade Cândido Mendes – UCAM – Rio de Janeiro – RJ.

[email protected]

Palavras-chaves: PCD, Acessibilidade, TurismoMaritimo

Introdução

A garantia do direito à acessibilidade deve ser

assegurada a todo cidadão, com ou sem deficiência,

para promoção da qualidade de vida de todos. Este

fato ficou mais evidenciado com a promulgação da 1Lei Nº 13.146 de 06 de julho de 2015, que instituiu

a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com

Deficiência, também denominada Estatuto da

Pessoa com Deficiência (PCD). Devido a fama

mundial de “Cidade Maravilhosa”, a Cidade do Rio

de Janeiro tem sido destino de Navios Cruzeiro

oriundos de diferentes regiões do Mundo, bem

como de excursões oriundas do próprio Brasil. Com

a revitalização da região portuária do município,

estima-se que este número aumente. Entretanto,

com relação às pessoas com deficiência, não se

observam informações sobre as condições de

acessibilidade à PCD tanto no interior do Píer

Mauá, assim como no seu entorno. O objetivo deste

trabalho é realizar uma análise da infraestrutura do

Píer Mauá, bem como da região ao seu entorno,

sobre a ótica do turismo para PCD.

Materiais e Métodos

Para a realização deste trabalho, um questionário

redigido em conformidade com as exigências

mínimas de acessibilidade estabelecidas na 2Lei

Federal nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 e

regulamentada pelo 3Decreto 3298, de 20/12/1999,

e pela Lei Nº 13.146 de 06 de julho de 2015, foi

encaminhado ao setor de atendimento ao público do

Píer Mauá. Questões como existência de

estacionamento com vaga especifica para PCD,

piso tátil para portadores de deficiência visual bem

como Mapa de acessibilidade, contendo

informações úteis para PCD, e tendo informações

em Braile entre outras foram abordadas.

Resultados e Discussão

As respostas ao questionaram mostraram que, embora

seja observada a existência de rampas para deficientes,

portas e rol com dimensões apropriadas para PCD,

bem como existência de corrimãos dentro das

especificações, não há piso tátil para deficientes

visuais, bem como Mapa tátil na porta de entrada do

Píer, para orientação do deficiente visual. Também

não se observa a existência de estacionamento para

entrada de veículos, sendo a principal via de acesso ao

turista em geral o transporte público (VLT), ou o

serviço de taxi, somente até o portão de entrada do

Pier. Também ficou constatada a ausência de

funcionários com treinamento em linguagem de sinais,

em todos os níveis do Píer. Ainda com relação aos

deficientes auditivos, o questionário mostrou ausência

de telefone adaptados (TDD). Diferentemente dos

aeroportos, não foi constata a existência de esteiras

para transporte de bagagens, ficando este serviço

dependente do auxílio dos funcionários do

estabelecimento. A ausência de outros aspectos

relevantes à população PCD também foi evidenciada.

Conclusões

Embora o turismo seja uma das principais fontes de

renda para a cidade do Rio de Janeiro, observa-se que

ainda há muito que se fazer com relação ao turismo

adaptado para PCD, especialmente no que se refere ao

turismo marítimo. A perspectiva futura para este

trabalho é uma visita às instalações do Pier, visando

identificar de forma presencial a observância às Leis

específicas para os PCD.

Referências

1.Brasil. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

(Estatuto da Pessoa com Deficiência). Lei nº 13.146 de 06 de julho

de 2015.

2. Brasil. Legislação Brasileira de Pessoas com Deficiência. Lei nº

7.853 de 24 de outubro de 1989.

3. Brasil. Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de

Deficiência. Decreto nº 3298 de 20/12/1999.

78

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Modelagem computacional tridimensional de embarcações:

possibilidades e desafios na modelagem do navio Heavy Lift

Raphael de Souza dos Reis Silva (IC)¹* Carlos Vitor de Alencar Carvalho (PQ)

1 Laboratório de Tecnologia Construção Naval, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* [email protected]

Palavras-chaves: Modelagem. Heavy Lift. Indústria Naval. AutoCAD. Introdução

Com a melhoria da indústria naval surgiu a

necessidade do mercado de procurar por novas

embarcações. Por exemplo, o mercado do

petróleo precisou buscar e explorar a capitação

de seus derivados havendo necessidade de

projetar e estudar os navios e observar quais

melhorias poderiam trazer para o mercado.

Mediante isso, o objetivo desse trabalho é falar

sobre modelagem 3D no autoCAD do navio

Heavy Lift, que é uma embarcação que tem o

intuito de transportar plataformas, navios e

dutos, a principal área de atuação e transportar

plataformas prontas. Além disso vamos

apresentar os passos que levam à uma

modelagem desde o 2D até o 3D evitando a

possibilidade de erro na hora da fabricação e

construção do mesmo. Materiais e Métodos

Para atingir os objetivos do projeto e levando

em conta as questões multi e interdisciplinar a

metodologia adotada para este trabalho será

feita em três grandes eixos: (A) Estudo dos

conceitos teóricos sobre tecnologias da

construção do Heavy Lift, isso envolve o estudo

de tecnologias da embarcação, especificamente

à arquitetura naval. (B) Estudar a parte da

propulsão do navio especificando o

funcionamento das propulsões que o Heavy Lift

possui. (C) Modelagem da embarcação Heavy

Lift que será desenvolvida utilizando técnicas

de modelagem geométrica computacional

estudando as ferramentas disponíveis no

software AutoCAD.

Resultados e Discussão Como resultado obtivemos a modelagem da

embarcação Heavy Lift composta por sua parte

estrutural: convés, popa, proa e superestrutura.

Essa modelagem foi baseada em alguns

desenhos retirados nas figuras presentes no

projeto desenvolvido. E pode-se observar uma

plataforma feita por modelagem em cima do

navio Heavy Lift para mostrar através da visão

tridimensional o quanto esse navio faz jus a sua

criação.

Conclusões O resultado obtido permite tirar as seguintes

conclusões: que uma modelagem é um

incremento tecnológico para a indústria naval,

pois, permite sanar alguns erros que não são

identificados no papel e sim na hora prática. A

modelagem pode mostrar alguns erros que

podem ser resolvidos antes mesmo de

começarem efetivamente as construções. Cabem

aos estaleiros e engenheiros se modernizarem

com as novas tecnologias que estão surgindo,

não deixando de mão as tradicionais, mas

somente renovar, pois o jeito de construir e

projetar uma embarcação tem tendência a ficar

cada vez mais fácil devido ao avanço da

modelagem e da tecnologia com os softwares

que existem na área computacional como por

exemplo o SolidWorks e FreeShip. Agradecimentos: Órgãos de fomento que forneceu

auxílio financeiro, como FAPERJ.

Referências

1.Espindola, D.B. O uso da realidade virtual na manufatura

da indústria de construção naval/offshore. 2007. 101pgs. -

Fundação Universidade do Rio Grande, Rio Grande.

2.Laurino, F.J.B. A importância da tecnologia da

informação na indústria de construção naval: um estudo de

caso. 2007. 14 pgs. – POLI USP, São Paulo.

3.Newton, N.P. A importância da tecnologia da informação

na indústria de construção naval: um estudo de caso. 2007.

14 pgs. – Centro Universitário Monte Serrat, Santos

4.Lacerda, F. e Nunes, F. Relatório I - Heavy-Lift Semi-

submerssível. Disponível em:

www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/2015/

FLacerda+FHNunes/relat1/WEB_QUADROS.htm .

4. Silva, E.T. e Silva, R.B. Relatório I - NAVIO HEAVY -

Lift Semi-submersível. Disponível em: <

http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/

2010/estevao_rafael/relat1/relat1.htm >.

5.Silva, E.T. e Silva, R.B. Relatório II - NAVIO HEAVY

Lift Semi-submersível. Disponível em: <

http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/

2010/estevao_rafael/relat2/PSO2_Relatorio2_verso3.htm >.

79

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Uniade Universitária da Computação

80

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Banco de dados de redes complexas: modelagem, administração e

visualização

Lucas S. Garcez (IC)1*

, Rogério P. Espíndola (PQ)1

1 Núcleo de Computação Científica, UEZO

* [email protected]

Palavras-chaves: redes complexas, redes planctônicas, bancos de dados, visualização de dados

Introdução

Atualmente, a pesquisa das interações entre os

organismos1 de um ecossistema por redes

complexas2 está em pleno desenvolvimento na

comunidade acadêmica em virtude da melhor

capacidade de processamento de dados existente

nos laboratórios de pesquisa. Em especial, para

o estudo de ecossistemas marinhos, a

quantidade de dados produzidas a partir de

estudos de plâncton base da cadeia alimentar

desses ecossistemas é muito desafiadora, pois

exigem maiores recursos computacionais para

armazenamento e processamento, além de

oferecerem maior dificuldade de representação e

entendimento dos mesmos. Assim, esse trabalho

propôs a criação de um banco de dados

relacional para armazenar as informações das

redes tróficas encontradas por um software

gerador de relações fuzzy3 – suas características

estruturais e suas métricas funcionais e

topológicas. Além disso, foi proposto um

protótipo de uma ferramenta que permita o fácil

acesso às informações desse banco, com

recursos de visualização da estrutura da rede,

inclusive, permitindo maior fluidez de

desenvolvimento das pesquisas dos

profissionais envolvidos com a compreensão

das relações existentes em comunidades

planctônicas.

Materiais e Métodos

Diversas e variadas estruturas coletivas, naturais

ou artificiais, apresentam comportamentos em

rede, dentre elas a Internet, as redes sociais

entre indivíduos com interesses em comum, as

redes metabólicas e as teias alimentares. Na

biologia, o uso da metáfora de rede para

representar sistemas ecológicos é antigo e elas

passaram a ser amplamente utilizadas,

constituindo-se em uma importante ferramenta

de auxílio à compreensão e à quantificação de

fenômenos ecológicos4.Ao se produzir uma

infraestrutura capaz de armazenar de modo

seguro as informações das redes de maior

interesse e de permitir a visualização das

mesmas, propiciando melhores condições de

inferência ao especialista dos dados, adotou-se o

MySQL como gerenciador de banco de dados

por ser de fácil instalação em todos os sistemas

operacionais e por ser de fácil acoplação com

um software Java por meio da Java Database

Connectivity (JDBC) API.

Resultados e Discussão

Após a prospecção e estudo de diversas

possibilidades, decidiu-se por adotar o MySQL

como gerenciador de banco de dados por ser de

fácil instalação em todos os sistemas

operacionais e por ser de fácil acoplação com

um software Java por meio da Java Database

Connectivity (JDBC) API. A especificação do

banco de dados foi realizada com o MySQL

Workbench. Como o software que utiliza o

banco de dados é separado em dois

componentes principais, o de geração de função

de pertinência e o de geração de redes

complexas, o banco de dados foi modelado em

duas partes correspondentes para facilitar a

compreensão, o desenvolvimento e a

manutenção. Foi necessária a reformulação,

com a consequente integração, de dois softwares

distintos em Java: o que produz funções de

pertinências fuzzy para modelar as relações de

uma rede e o que as aplica, produzindo a rede.

Essa integração era imprescindível para melhor

organizar o futuro dessa pesquisa, produzindo

um ambiente único de desenvolvimento de

software.

Conclusões

A fim de contribuir com o entendimento e a

preservação dos ecossistemas costeiros, este

trabalho propõe a criação de um banco de dados

relacional para armazenar todas as redes

planctônicas estudadas e o desenvolvimento de

uma ferramenta que permita o fácil acesso às

informações desse banco, com recursos de

visualização da estrutura da rede, inclusive. Agradecimentos: CNPq. Bolsista PIBITI-CNPq.

Referências

1. Odum, E. (2001). Fundamentos de Ecologia (6 ed ed.).

Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.

2. Newman, M. (2010). The structure and function of

complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.

3. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering

Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.

4. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New

York, USA: Oxford University Press.

81

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Cidades Inteligentes: Segurança Pública

Hilmar R. De Carvalho Junior (IC)¹*, Karla T. Figueiredo Leite (PQ)1

Laboratório de Inteligência e Robótica Aplicada, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

[email protected]

Palavras-chaves: redes neurais, mineração de dados, segurança pública, modelos de previsão.

Introdução

Sendo um grande centro urbano, a segurança no

Estado do Rio de Janeiro deve ser tratada com

atenção. Com o objetivo de auxiliar o combate à

criminalidade e dar apoio ao planejamento de

ações corretivas, foi investigado e desenvolvido

modelo para previsão de quantitativo de crimes,

a partir de dados do Instituto de Segurança

Pública do Rio de Janeiro, utilizando técnicas

inteligentes baseadas em Redes Neurais. Os

crimes de maior interesse e considerados nesse

trabalho foram: roubo de rua (roubo em

coletivo, roubo de celular e roubos a

transeuntes) e roubo de veículos.

Materiais e Métodos

Dados obtidos do Instituto de Segurança Pública

do Estado do Rio de Janeiro (de 2003 a 2015) e

Redes Neurais MLP com treinamento do tipo

Backpropagation1,2

.

Resultados e Discussão

Diversas arquiteturas de redes neurais foram

avaliadas considerando os meses codificados de

forma binária (4 ou 12 bits) ou valor inteiro, e

valores históricos da série considerando os

últimos 6 ou 12 valores anteriores (janela de 6

ou 12, com valores anteriores a série. Para a

série Roubo de Rua, o melhor modelo foi

identificado como aquele que apresentou os

menores valores de erro percentual médio

(MAPE) para conjunto de validação igual a

10.14% e 6.07% para conjunto de teste. Esta

arquitetura possuía como entrada o mês

codificado de forma binária com doze (12) bits

e janela de dados histórica equivalente aos seis

últimos meses e, foi a que envolvia 11

neurônios na camada escondida. Os gráficos da

figura 1 mostram as respostas do melhor modelo

de rede neural considerando os conjuntos de

treinamento, validação e teste. A linha azul é o

resultado obtido com o modelo baseado em

Redes Neurais e a linha vermelha é o valor real. Para a Série Roubo de Veículos, a rede neural

que utilizou a codificação de quatro bits para

mês, fez uso de uma janela de dados equivalente

aos seis últimos valores da série histórica e

envolveu dois neurônios na camada escondida

foi a rede neural selecionada como o melhor

modelo considerando o conjunto de validação

(MAPE=13.13%). O MAPE do conjunto de

teste foi 5.87%.

(a) (b) (c) Figura 1 – Erros MAPE para os conjuntos de treinamento

(a), validação (b) e teste (c) para a série Roubos de Rua.

A seguir, pode-se observar os gráficos da figura

2 para o conjunto de treinamento, validação e

teste. A linha azul é o resultado obtido com o

modelo baseado em Redes Neurais e a linha

vermelha é o valor real.

(a) (b) (c) Figura 2 – Erros MAPE para os conjuntos de treinamento

(a), validação (b) e teste (c) para a série Roubos de Veículos.

Conclusões

Prever ocorrências de crimes se torna essencial

nos grandes centros urbanos. Uma boa previsão

para garantir um bom planejamento, aliada a

uma ação policial concreta, pode interferir de

maneira positiva na abordagem de criminosos e

auxiliar na prevenção de crimes contra cidadãos

do Estado do Rio de Janeiro. Conclui-se que os

modelos baseados em redes neurais para a

previsão de roubo de rua e veículos mostraram

resultados promissores, indicando o

prosseguimento da pesquisa. Planeja-se, em

estudos futuros, a inclusão de outras

informações relevantes, tais como o número do

contingente mensal de policiais civis e militares.

Agradecimentos: CNPq pela bolsa PIBIC e Instituto

de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Referências

1. Braga, A.P., Carvalho, A.P.L.F. e Ludermir, T.B., (1998)

Fundamentos de Redes Neurais Artificiais, NCE/UFRJ, Rio

de Janeiro, Brasil, , Escola de Computação.

2. Haykin, S. (2001) Redes neurais : princípios e prática,

Bookman, Porto Alegre.

82

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Criação e implementação de métricas em redes complexas fuzzy

Igor R. Pestana (IC)1*

, Rogério P. Espíndola (PQ)1

1 Núcleo de Computação Científica, UEZO

* [email protected]

Palavras-chaves: teoria de conjuntos fuzzy, redes complexas, redes tróficas planctônicas, algoritmos de busca

Introdução

A fim de contribuir com o entendimento e a

preservação dos ecossistemas costeiros, este

trabalho propõe aperfeiçoar uma abordagem de

estudo de redes planctônicas por meio de redes

complexas1 com relações fuzzy

2. A partir de

dados de citometria de fluxo3, multigrafos fuzzy

são produzidos para representar as complexas

interações entre os seres vivos observados

(produtores primários, consumidores primários

e secundários). A análise e a interpretação da

rede obtida dependem das métricas que estimam

suas características topológicas e funcionais.

Dessa forma, esse projeto envolve a pesquisa, a

modelagem e a implementação de métricas de

grafos utilizando a teoria de conjuntos fuzzy nas

suas definições, incorporando-as ao já existente

sistema gerador de redes complexas por

evolução diferencial. Espera-se que as métricas

fuzzy permitam ao processo evolutivo produzir

melhores redes com os conjuntos fuzzy

otimizados.

Materiais e Métodos

A citometria é um processo que realiza

medidas de características físicas e químicas de

partículas de elementos biológicos ou não

biológicos. Na citometria de fluxo, são medidas

as partículas que passam em uma corrente de

fluído através de um equipamento de medição, o

que permite a execução de uma grande

quantidade de medidas em sequência. Com a

evolução tecnológica recente, a citometria de

fluxo analítica tornou-se uma alternativa

atraente, pois é capaz de realizar medições em

alta frequência em partículas individuais4.

Diversas e variadas estruturas coletivas,

naturais ou artificiais, apresentam

comportamentos em rede, dentre elas a Internet,

as redes sociais entre indivíduos com interesses

em comum, as redes metabólicas e as teias

alimentares. Na biologia, o uso da metáfora de

rede para representar sistemas ecológicos é

antigo e elas passaram a ser amplamente

utilizadas, constituindo-se em uma importante

ferramenta de auxílio à compreensão e à

quantificação de fenômenos ecológicos5.

Resultados e Discussão

Durante a pesquisa, foram estudadas três das

mais utilizadas bibliotecas de modelagem por

redes complexas: Jung, NodeXL e JGraphT,

optando-se pela primeira A partir desse estudo,

foi possível identificar suas limitações e a

importância de se desenvolver nossas próprias

ferramentas de análise de redes. Os recursos de

visualização, entretanto, são poderosos e

continuarão sendo aproveitados no âmbito dessa

pesquisa. Diversas estatísticas e métricas

tradicionais em teoria de grafos foram

modeladas utilizando-se os conceitos de lógica

fuzzy e implantadas em Java e em Prolog:

medidas de conectividade, de centralidade, de

intermediação e modularidade. Os experimentos

que avaliarão a eficácia dessas métricas estão

em execução no contexto de desenvolvimento

de um gerador de redes por evolução diferencial

segundo as características desejadas.

Conclusões

A fim de contribuir com o entendimento e a

preservação dos ecossistemas costeiros, este

trabalho procurou aperfeiçoar o estudo de redes

planctônicas por meio de redes complexas

fuzzy, que dependem de decisões subjetivas

para as suas definições, ao oferecer um conjunto

de métricas de rede com interpretações mais

naturais do que suas versões apoiadas na teoria

clássica de conjuntos. Resultados dos

experimentos que utilizaram os códigos

desenvolvidos nessa pesquisa ainda estão em

produção. Agradecimentos: CNPq. Bolsista PIBIC-CNPq.

Referências

1. Newman, M. (2010). The structure and function of

complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.

2. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering

Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.

3. Shapiro, H. (2003). Practical Flow Cytometry (4 ed.).

New Jersey, USA: John Wiley & Sons.

4. Malkassian, A., Nerini, D., M.A., v. D., M., T., C., M., &

G., G. (2011). Functional analysis and classification of

phytoplankton based on data from an automated flow

cytometer. Cytometry A, 79, 263-275.

5. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New

York, USA: Oxford University Press.

83

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Unidade Universitária de Biologia e Farmácia

84

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Caracterização enzimática de bactérias lignocelulolíticas.

Bruna Mendonça da Silva (IC)¹*, Carlos José F. da Silva (IC)¹, Eidy de Oliveira Santos (PQ)

1.

1 Laboratório de Bioquímica,Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

*[email protected]

Palavras-chaves: Bioetanol, celulases, bioprospecção bacteriana

Introdução

A produção de biocombustíveis é uma resposta

encontrada para suprir a maior demanda por

energia, pois se trata de uma fonte renovável¹ e

seu potencial energético provém da fixação

recente do carbono, diminuindo assim o impacto

na atmosfera ². Os biocombustíveis são

classificados de acordo com a matéria utilizada

para sua produção. Os de primeira geração são

aqueles produzidos a partir Quase todo o etanol

produzido hoje é proveniente da fermentação de

açúcares presentes no vegetal, excluindo em sua

grande maioria, a biomassa lignocelulósica que

por sua vez é matéria prima para o etanol de

segunda geração. A biomassa lignocelulósica é

constituída por açúcares como a celulose e

hemicelulose e lignina, basicamente sendo a

porção seca da planta, o bagaço da cana-de-

açúcar, que geralmente é queimado em usinas

para produzir energia ou na maioria dos casos é

descartado. São materiais baratos e abundantes,

por isso há uma crescente busca para torná-los

matéria-prima para produção de bioetanol ³. Um

recente trabalho sobre a biodiversidade

bacteriana do solo da Mata Atlântica gerou uma

coleção de isolados bacterianos, incluindo

alguns com atividade lignocelulolítica, como

por exemplo a Phyllobacterium

myrsinacearum4. O principal objetivo deste

projeto é identificar enzimas lignocelulolíticas

para posterior uso biotecnológico.

Materiais e Métodos

O isolado de P. myrsinacearum foi inoculado

em meio mínimo sólido suplementado com

avicel, lignina ou bagaço, como fontes únicas de

C, para avaliação da capacidade de metabolizar

tais matérias-primas. Após incubação e

crescimento de colônias bacterianas, o material

foi submetido a coloração com Vermelho

Congo. Em paralelo, foi realizado inóculo em

meios mínimos líquidos, com adição de avicel

ou bagaço c para cultivo de 4 dias. Os inóculos

foram centrifugados para separação de célula e

sobrenadante e segui-se o processamento para

extração de proteínas. Os extratos proteicos

foram quantificados e separados em gel de

poliacrilamida. Serão utilizadas ferramentas de

genômica e proteômica para identificação das

enzimas de interesse.

Resultados e Discussão

Os cultivos de Phyllobacterium em meios

mínimos suplementados com bagaço, avicel e

lignina mostraram resultados positivos. A

coloração com vermelho congo mostrou alguns

halos de degradação, comprovando a ação

lignocelulolítica das enzimas bacterianas.

As proteínas intracelulares e secretadas foram

extraídas e separadas em gel de poliacrilamida

para posterior identificação por métodos de

proteômica. O genoma bacteriano foi

completamento sequenciado pelo método de

Illuminasequenciamento.

Conclusões

Neste trabalho, comprovamos que a bactéria

possui capacidade lignocelulolítica,

conseguindo utilizar esse material como fonte

energética. Possívelmente suas enzimas poderão

ser úteis para à industria de bioetanol e ao

ambiente, uma vez que utilizará resíduos

descartados na natureza, além de poder diminuir

ou substituir produtos químicos utilizados na

degradação da lignocelulose para

disponibilização da glicose, que entra no

processo fermentativo.

Agradecimento: Órgão de fomento CNPq e a Plataforma de Espectrometria de Massas do

INMETRO.

Referências

1. Neitzel T., Ienczak J.L., Ruller R. Estudo da Aplicação de

Hemicelulases no Reaproveitamento do Licor de Pentoses

na Produção de Etanol de Segunda Geração.2013

2. Waldow, Vinícius. Os Desafios do Etanol

Lignocelulósico no Brasil: O bagaço de cana-de-açúcar

como uma nova fonte de etanol.2013

3. Souza A G. Produção, extração e estabilidade de enzimas

lignocelulolíticas para uso em degradação de compostos

poluentes.2012

4. Martinez. I.V. Biodiversidade de Bactérias

lignocelulolíticas da Mata Atlântica do Rio de Janeiro.2009

85

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise da produção do biogás gerado pelos microrganismos oriundos

de diversas profundidades do Aterro de Adrianópolis - RJ

João Victor Rego Ferreira (PG)¹ ², Bruna Rodrigues Bisineli Trindade (IC)¹*, Gabrielly Barbosa da

Silva (IC)¹, Silvio Carlos Santos Russo (IC)

1, Alexander Machado Cardoso (PQ)¹.

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO; 2 INMETRO

< [email protected]>

Palavras-chaves: Aterro Sanitário, Biogás,Gb21 e Microrganismos.

Introdução

Existem diversas fontes de energia no mundo.

Dentre as principais fontes de energia, temos:

solar, eólica, nuclear, fóssil, hidráulica,

geotérmica e pela decomposição de resíduos

orgânicos. O Biogás é um biocombustível,

classificado como uma fonte de energia

renovável, sendo produzido através da

decomposição da matéria orgânica por

microrganismos1,2

. Nos aterros sanitários, sua

produção ocorre por meio de unidades de

tratamento de biogás. A primeira licenciada

Central de Tratamento de Resíduos (CTRs), no

estado do Rio de Janeiro é a CTR de Nova

Iguaçu, localizada no bairro de Adrianópolis.

Essa CTR tem capacidade de 5.000 toneladas de

resíduos diárias e ocupa cerca de 1,2 milhões de

m²[3]

. O objetivo geral deste trabalho é analisar a

produção de biogás gerado por amostras de

diferentes profundidades de cinco poços do

aterro de Adrianopolis, com a perspectiva de

conhecer e aumentar a produção do biogás. Materiais e Métodos

Foram coletadas amostras de RSU de 5, 10 e 15

metros de profundidade, utilizando uma

perfuratriz AF-130 da IMT. Após a coleta foi

medida a temperatura, o pH, e os gases através

do LFG 20 Landfill Gas Analyser. As amostras

foram separadas em matéria orgânica fina e

grossa e matéria inorgânica fina e grossa. Foram

armazenadas as amostras orgânicas finas para

análise do GB21 em freezer -80ºC. Para avaliar a

produção de Biogás foi utilizada a metodologia

GB21. Este equipamento é composto de 3 partes:

(A) Eudiômetro com volume de 400 ml, que foi

adicionado uma solução selante ácida de sulfato

de sódio com adição de ácido sulfúrico e

corante amarelo; (B). Frasco de 500 ml que foi

adicionada 50 g da amostra de massa orgânica

do RSU, 50 ml de lodo aditivado e completado

com água até a marca de 300 ml, neste frasco é

onde será realizada a produção de gás; (C)

Recipiente que contém a solução selante ácida

na cor amarela e um tubo flexível de silicone faz

a conexão entre o eudiômetro. Para a análise dos

metais foi utilizado o Espectrômetro de

Fluorescência de Raios X.

Resultados e Discussão

Foram coletadas 12 amostras de poços

diferentes, sendo 5 pontos de 5 metros, 5 pontos

de 10 metros e 2 pontos de 15 metros. Durante a

coleta o pH dessas amostras variou entre 6 e 10.

Já na temperatura houve variações entre 46,5ºC

e 65,5ºC. Com relação aos gases a variação de

dióxido de carbono foi entre 0% e 19,5%; do

oxigênio foi de 7% e 20% e para o metano foi

de 0,1% e 46%. Para a caracterização do

material, dentre as 12 amostras coletadas, os

dois poços com maior quantidade de matéria

orgânica fina, em 5 metros de profundidade, foi

o poço 6 vale 4 e o poço 6 piezômetro, com

72% e 43 % respectivamente. E em 10 metros

foi o poço 9 e o poço 6 piezômetro, com 59% e

42 % respectivamente. Já para 15 metros foi o

poço 6 vale 4 e o poço 8, com 40% e 34 %

respectivamente.

Conclusões

No ensaio GB21 as amostras de 5 metros de

profundidade estão em processo de produção.

Podendo apontar para uma maior produção por

ter mais matéria orgânica e ser um material mais

“novo”. Já os testes físico-químicos estão em

andamento. Agradecimentos: FAPERJ e CNPq.

Referências

1. Roya, B; Freitas, E; Barros, E; Andrade, F.; Pragana.

Biogás – Energia Limpa– 2011. Disponível em

<http://www.castelobranco.br/sistema/novoenfoque/files/13/

artigos/12_BunoRoya_Biogas_Prof_Djalma_VF.pdf>.

Acesso em: abril de 2016.

2. Linhares, D. C. Estudo da comunidade metanotrófica em

amostras do manguezal de Bertioga, Estado de São Paulo,

através da técnica de marcação de ácidos nucléicos com

isótopos estáveis (SIP-DNA). 2012. 112p. Dissertação de

mestrado, Universidade de São Paulo. Instituto de Ciências

biomédicas. Departamento de Microbiologia. São Paulo,

2012.

3. CTR Nova Iguaçu – Informações. Disponível em:

<http://haztec.com.br/solucoes-ambientais-

completas/index.php/solucoes/centrais-de-tratamento-de-

residuos.

86

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação de nanoemulsões contendo extrato de Sideroxylon

obtusiloium frente ao fungo dermatófito Fonsecaea pedrosoi

Camila N. S. Silva (IC)¹*, Gabriel S. Morais (IC)¹, Natalia M. Santos (IC)¹,

Anderson J. Franzen (PQ)1.

1 Laboratório de Tecnologia em Bioquímica e Microscopia - LTBM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste,

Rio de Janeiro, RJ.

*[email protected], [email protected]

Palavras-chaves: Cromoblastomicose, Melanina, Fonsecaea pedrosoi, nanoemulsões.

Introdução

A cromoblastomicose é uma infecção

subcutânea, que acomete principalmente os

membros inferiores. Esta tem início com a

inoculação traumática de conídios de fungos ou

fragmentos de hifas, podendo causar lesões

inflamatórias e verrucosas graves1. O principal

patógeno etiológico desta micose é Fonsecaea

pedrosoi, um fungo encontrado nas plantas, solo

ou vegetações rastejantes2,3

. Este é um fungo

demáceo e a melanina é o seu principal fator de

virulência, tendo como função, a proteção do

fungo4. O projeto visa analisar a capacidade

antifúngica das saponinas de Sideroxylon

obtusifolium frente ao Fonsecaea pedrosoi

através de ensaios in vitro.

Materiais e Métodos

Para as culturas de Fonsecaea pedrosoi, são

utilizados o Meio Ágar Sabourand Dextrose e

Meio Líquido Czapeck-Dox, para o crescimento

de hifas e conídios, respectivamente. Os testes

são feitos em placas de 96 poços com diferentes

concentrações de drogas (extrato e

nanoemulsão) e processados para a análise em

ferramentas de visualizações institucionais

como Microscopia óptica e Microscopia

Eletrônica de Varredura.

Resultados e Discussão

As micoses subcutâneas são infecções causadas

por grupo diversificado de fungos que atacam o

homem e os animais. As lesões aparecem

inicialmente a partir de um ponto de inoculação

do fungo, através de traumas. Com o aumento

da incidência desta patologia, alguns estudos

visam a obtenção de fármacos eficazes para o

controle destas infecções e que sejam menos

nocivos ao homem, já que a maioria das drogas

tóxicas para os fungos também são tóxicas para

o hospedeiro. As saponinas também podem ser

associadas a nanoemulsões, que são sistemas

coloidas carreadores de fármacos promissores

para diversas aplicações terapêuticas, onde

demonstraram uma redução das reações

adversas de fármacos potentes e efeitos

prolongados na forma de nanoemulsão.

Conclusões

Os resultados indicam que as nanoemulsões

inibem o crescimento do fungo. A análise por

microscopia óptica e M.E.V, indicam que este

tratamento pode modificar e romper a parede

celular de Fonsecaea pedrosoi. Agradecimentos: Capes e FAPERJ.

Referências

1.Silva JP, de Souza W, Rozental S. 1998.

Chromoblastomycosis: a retrospective study of 325 cases on

Amazonic Region (Brazil). Mycopathologia 143:171–175.

2. Polak A. 1990. Melanin as a virulence factor in

pathogenic fungi. Mycoses 33:215–224.

3. Salgado CG, da Silva JP, Diniz JA, da Silva MB, da

Costa PF, Teixeira C, Salgado UI. 2004. Isolation of

Fonsecaea pedrosoi from thorns of Mimosa pudica, a

probable natural source of chromoblastomycosis. Rev Inst

Med Trop Sao Paulo 46:33–36.

4. Alviano CS, Farbiarz SR, De Souza W, Angluster J,

Travassos LR: Characterization of Fonsecaea pedrosoi

melanin. J Gen Microbiol 1991, 137:837-844.

87

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Introdução in vitro da Crotalaria spectabilis visando aos ensaios do seu

comportamento na presença do herbicida 2,4-D

Carla Caroline Amaral da Silva (IC)¹*, Dora dos Santos Costa (PG)¹, Ida Carolina Neves Direito

(PQ)1, Cristiane Pimentel Victório(PQ)¹

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental ,Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* E-mail de contato:[email protected]

Palavras-chaves: Crotalaria spectabilis. Adubo Verde. Cultura de tecidos vegetais

Introdução

O uso de leguminosas como adubo verde é uma

alternativa economicamente viável para a

agricultura na recuperação de nutrientes, em

especial o nitrogênio1. Uma das leguminosas

mais utilizadas para esse fim é a Crotalaria

spectabilis, que como tal libera através de suas

raízes substâncias que estimulam a proliferação

de bactérias fixadoras de nitrogênio, de uma

forma natural e ecologicamente sustentável

frente aos adubos químicos. Além do uso

consolidado de leguminosas na adubação verde,

na literatura são encontradas pesquisas que

também as utilizam na remoção de poluentes do

solo, dentre os quais, os herbicidas. O objetivo

deste trabalho é introduzir o cultivo in vitro de

Crotalaria specatabilis a fim de futuramente

realizar estudos sobre a interação dessa

leguminosa in vitro com agrotóxicos, em

especial o herbicida 2,4-D (ácido 2,4-

diclorofenoxiacético), um dos herbicidas mais

utilizados no mundo2, o qual é associado a

danos ambientais e suspeito de ser responsável

por alguns tipos de câncer.

Materiais e Métodos

As sementes passaram pelo seguinte processo

protocolado de desinfestação na câmara de

fluxo laminar: Imersão em água destilada com

detergente por 15 minutos; Imersão em água

sanitária (2,5% de cloro ativo) por 10 minutos;

Lavagem com etanol 70% por 1 minuto e

enxágue 3 vezes com água destilada estéril.

Após isso, foram introduzidas in vitro, em

triplicata, em frascos com 40 ml de meio MS3

sem 2,4-D, contendo 3 sementes cada. As

sementes foram mantidas em temperatura

controlada com um fotoperíodo de 16 horas

claro e 8 horas escuro na sala de crescimento.

Resultados e Discussão

Após processo de desinfestação e introdução in

vitro, as sementes germinaram 100%, e

nenhuma contaminação foi observada (Figura

1). A germinação ocorreu no segundo dia de

cultivo in vitro.

Figura 1. (A) dia da introdução in vitro, (B) 7

dias após, (C) 14 dias após e (D) 21 dias após

Após germinação, o desenvolvimento inicial das

plantgulas de C. spectabilis foi satisfatório em

meio MS.

Conclusões

A espécie C. spectabilis apresentou germinação

e crescimento in vitro em meio MS. Com esses

resultados é possível fazer novos estudos para

observar o comportamento, também in vitro, na

presença de diferentes concentrações de 2,4-D

no intuito de aliar adubação e fitorremeidação

de 2,4D do substrato.

Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1.Pereira, N. S.; Soares, I.; Miranda, F. R. Decomposition

and nutrient release of leguminous green manure species in

the Jaguaribe-Apodi region, Cienc. Rural, v. 46, n. 6, p. 970-

975, 2016 .

2. Wang, X.;YU, J.; Wu, X.; Fu, J.; Kang, Q.; Shen, D.; Li,

J.; Chen, L. A molecular imprinting-based turn-on

Ratiometric fluorescence sensor for highly selective and

sensitive detection of 2,4-dichlorophenoxyacetic acid (2,4-

D). Biosensors and Bioelectronics, v. 81, p. 438-444, 2016.

3. Murashige T, Skoog F.A revised médium for growth and

bioassays with tobacco tissue culture Physiol Plantarum

1962;15:473-497 .

88

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise da Diversidade Bacteriana Presente na Rizosfera do Feijão

Carioca Comum e Biofortificado

Carlos Vinicius Ferreira da Silva1* (IC), Alexander Machado Cardoso

1,2 (PQ), Vânia Lucia Muniz

de Pádua1 (PQ).

1 Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

2 Inmetro

* [email protected]

Palavras-chaves: Biofortificado, rizosfera, DNA

Introdução

A biofortificação surgiu como uma das soluções

para a crescente desnutrição no mundo1. A

Embrapa em parceria com a Harvest Plus criou

o feijão carioca biofortificado com mais teores

de ferro e zinco2. Essas alterações ocorridas nas

sementes podem levar a mudanças nos

exsudatos do cultivar com desdobramentos

importantes na microbiota em associação com a

raiz3. O estudo e análise das comunidades

microbianas da rizosfera entre os feijões

Carioca Comum e Biofortificado permitirá:

obter o DNA metagenômico das amostras;

padronizar métodos envolvidos no PCR; avaliar

a diversidade e estrutura das comunidades

bacterianas;. identificar bactérias de interesse e

ainda não cultivada; identificar genes

funcionais e/ou novas vias metabólicas de

interesse.

Materiais e Métodos

A coleta de ambos feijões foi realizada em

quatro etapas: plântula com 7 dias; com 15 dias;

floração; produção de vagens; além do solo

puro, sem plantas. As raízes e o solo foram

armazenados, sendo depois feita a extração do

DNA da rizosfera das plantas e do solo. Em

seguida foi realizado uma PCR das amostras,

para aferir a qualidade do DNA, e preparar a

amostra para a etapa do DGGE. Em seguida as

sementes de feijão foram analisadas, através de

espectrometria de fluorescência de raio x, para

verificar a dispersão do ferro nas sementes.

Como última etapa, o DNA foi enviado em

parceria para Itália, com o objetivo de

sequenciar as amostras.

Resultados e Discussão

As plantações se mostraram um desafio nesse

projeto, devido a infestações de lagartas e a

doença do mosaico dourado, porém todos foram

devidamente contornados para que se tivesse

um DNA rizosférico sem interferências danosas.

Os DNAs foram amplificados por PCR,

infelizmente não foi possível realizar o DGGE,

devido a dificuldades de padronização. As

amostras de feijão Carioca Comum e

biofortificado de 15 dias, junto com o solo puro,

foram enviados para sequenciamento. Além

disso foi quantificado as concentrações de ferro

em ambas sementes.

Conclusões

Com o projeto conseguimos observar a

diferença de ferro do feijão comum para o

biofortificado, sendo importante para os futuros

projetos de biofortificação. E com o resultado

do sequenciamento poderemos analisar se a

biofortificação trouxe diferenças na comunidade

microbianas, desenvolvendo formas de

maximizar a biofortificação com inóculos

microbianos. Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1. Long, J. K.; Banziger, M.; Smith, M. E. Diallel analysis

of grain iron and zinc density in southern African-adapted

maize inbreeds. Crop Science, v. 44, p. 2019-2026, 2004.

2. Embrapa.Resultados. BioFort. 2014. Disponível em:<

http://www.biofort.com.br>. Acesso em 06 Mai. 2015

3. Kamilova, F.; Kravchenko, L.V.; Shaposhnikov, A.I.;

Azarova, T.; Makarova, N.; Lugtengerg, B. Organic acids,

sugars, and L-tryptophane in exsudates of vegetables

growing on stonewool and their effects on activities of

rhizosphere bacteria. Molecular Plant-Microbe Interactions,

v. 19, p. 250-256, 2006.

89

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

A química verde na produção do nanocatalisador CoFe2O4/TiO2 para

aplicação na agricultura

Christina A. Ferreira (IC)*, Maria I. F. Macêdo (PQ)

Laboratório de Processos Industriais e Nanotecnologia (LPIN), Centro Universitário Estadual da Zona Oeste- RJ

<chris.albuquerqueferreira @gmail.com> <[email protected]> Palavras-chaves: química verde, nanocatalisador, agricultura

Introdução

A preservação ambiental está diretamente

assentada na sustentabilidade e são enquadradas

na química verde, que engloba todas as

atividades produtivas da Química. Os

protocolos da química verde são indispensáveis

à busca da sustentabilidade dos processos

químicos das diferenciadas reações para as mais

variadas aplicações que são: prevenção de

formação de resíduos, economia de átomos,

seleção de reagentes menos perigosos, produtos

mais seguros, solventes menos agressivos para

métodos de separação seguros, diminuição de

energia em todos os processos químicos,

matérias primas renováveis, catálise, síntese de

produtos degradáveis. O objetivo do trabalho foi

desenvolver um nanocatalisador magnético

(CoFe2O4/TiO2) e aplicar na fotodegradação da

atrazina, minimizando os efluentes decorrentes

deste herbicida usado na agricultura brasileira.

Materiais e Métodos

As nanopartículas de CoFe2O4 foram preparadas

de acordo com a literatura1. O CoFe2O4/TiO2

foi obtido pela dispersão de 10% (m/m) de

CoFe2O4 em pequena quantidade de água

juntamente com o TiO2 e colocadas em um

rotaevaporador até obtenção do material seco. O

material foi tratado a 450oC por 2h e usado na

degradação da atrazina em meio aquoso. Os

ensaios foram feitos num reator fechado

contendo uma lâmpada de He-Xe, 150W.

Alíquotas foram retiradas em tempos

determinados e analisados por UV-vis.

Resultados e Discussão

A imagem de TEM mostra o tamanho das das

nanopartículas de CoFe2O4 com diâmetro de

5,7 nm e a imagem de MEV mostra a

morfologia do CoFe2O4/TiO2 que é constituído

de nanopartículas finas e muito reativas, o que

promove a formação de aglomerados moles.

(a) TEM de CoFe2O4

(b) MEV CoFe2O4/TiO2

A tabela 1 mostra a degradação da atrazina em

função do tempo em =223 nm.

Tabela 1. Degradação da atrazina em função do tempo

Tempo (min) Razão da

conc.

(Ct/Co)

Tempo (min) Razão da

conc.

(Ct/Co)

10 0,80 40 0,05

20 0,52 50 0,00

30 0,25 - -

No tempo de 50 min a razão Ct/Co foi de 0,00

de atrazina, podendo ser descartado sem causar

danos ao meio ambiente.

Conclusões

O tamanho nanométrico do catalisador pode ser

oneroso a separação deste do meio aquoso. Esta

metodologia possibilita uma forma simples de

separação, pois a fase com atividade magnética

pode sofrer a ação de um campo imposto ao

sistema, possibilitando a separação e a reutiliza-

ção do nanocatalisador, diminuindo os custos do

processo e de comum acordo a química verde. Agradecimentos: FAPERJ, CNPq

Referências

1Macêdo, M.I.F., et al., Preparação de nanopartículas superpara-

magnéticas para aplicações inovadoras em diversas áreas Anais do

CBCat. Campos do Jordão-SP, 2010.

90

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação do tratamento biológico com bactérias isoladas do solo na

integridade físico-química de embalagens de PEAD com resíduos do

herbicida 2,4-D

Daniel Ramos da Costa (IT)¹, Andressa Sbano da Silva (PG)¹ ², Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹.

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO; 2 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, INMETRO

< [email protected]> Palavras-chaves: Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético; Biorremediação; Polietileno de alta densidade; Tratamento

biológico.

Introdução

O Brasil é um dos maiores consumidores de

pesticidas, destacando-se o herbicida ácido 2,4-

diclorofenoxiacético (2,4-D)1. O uso

indiscriminado de pesticida pode acarretar

danos ao meio ambiente e aos seres humanos, já

que alguns possuem ação cancerígena e

mutagênica. O que pode agravar essa situação é

o descarte em larga escala de embalagens vazias

de produtos ainda contaminados por resíduos de

pesticidas2. Como muitas embalagens de

pesticidas são de Polietileno de Alta Densidade

(PEAD), a reciclagem é uma alternativa

economicamente viável para a destinação deste

material 3. A limitação para uso desta tecnologia

seria a permanência de resíduos de pesticidas

nas embalagens. Uma vez que alguns

microrganismos possuem a capacidade de

degradação de pesticidas4, a aplicação de

bactérias seria uma alternativa viável para a

remoção de resíduos de 2,4-D das embalagens

de PEAD. Para o uso comercial de um

tratamento biológico para remediação de

resíduos de 2,4-D é preciso analisar a

integridade físico-química da embalagem após

os testes de biodegradação.

Materiais e Métodos

O estudo será realizado utilizando o herbicida

padrão Sigma-Aldrich com pureza > 98% para a

construção da curva de calibração

cromatográfica e enriquecimento de meios de

cultura. Os ensaios para quantificação do 2,4-D

residual em embalagens de PEAD serão

realizados empregando o produto comercial

DMA® 806BR (Dow AgroSciences Industrial

Ltda), que apresenta o 2,4-D na forma do Sal

Dimetilamina na concentração de 806 g.L-1

. O

experimento será realizado em seis repetições,

tendo como modelo a bactéria Ralstonia

eutropha JMP134 e bactérias isoladas do solo

que também degradam 2,4-D. A biodegradação

do 2,4-D residual na embalagem será

quantificada por cromatografia líquida de alta

eficiência (HPLC). O cromatógrafo utilizado na

quantificação será o da Merck equipado com

detector Diode Array. O protocolo utilizado será

o descrito por Sbano e colaboradores5. A

aquisição e tratamento dos dados será feita com

o software EZchrom. Após ensaios será feita a

avaliação das propriedades físico-químicas das

embalagens.

Resultados Esperados

É esperado que com os testes de biodegradação

se observe a biodegradação do 2,4-D presente

nas embalagens, sem que a ação bacteriana faça

alteração na integridade físico-química do

PEAD. Dessa forma será possível utilizar os

isolados bacterianos no tratamento biológico de

embalagens de PEAD contaminadas com 2,4-D

para viabilizar, de forma segura, a reciclagem

do material. Agradecimentos: FAPERJ

Referências

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Sistema de Informações sobre Agrotóxicos (SIA).

Disponível

em:www4.anvisa.goV.br/agrosia/asp/default.asp>

Ledo, R. M. D. Indústrias de Agrotóxicos no Modelo de

Negócios Sustentável: Sistema Nacional de Recolhimento e

Reciclagem de Embalagens Vazias. 2011, 63p.

Universidade de Brasília, Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade. Departamento.

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE

EMBALAGENS VAZIAS (INPEV). Evolução do volume

de embalagens vazias de agrotóxicos entregues nas unidades

de recebimento do país para destinação final (kg).

Disponível em:

www.inpeV.org.br/destino_embalagens/estatisticas/br/teEsta

tisticas.asp

Gan, E.V. Lau, H.K. Remediation of soils contaminated

with polycyclic aromatic hydrocarbons. Department of

Chemical and Environmental Engineering, The University

of Nottingham Malaysia Campus, JalanBroga.

JournalofHazardousMaterials, Ed. 172, p. 532-549, 2009.

Sbano, A. S.; Fereira, J. V. R.; Peckle, B. A.; Macrae, A.;

Direito, I. C. N.; Otimização de método cromatográfico para

quantificação do herbicida ácido 2,4-diclorofenoxiacético

(2,4-D). AS&T, Vol1, nº 2, 2013.

91

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Efeitos de inibidores de histonas acetiltransferases na proliferação,

viabilidade e ciclo celular do Trypanossoma cruzi Fernanda Pereira Bortolami (IC)*, Aline Araujo Zuma (PQ) , Maria Cristina M. Motta (PQ)

1 Laboratório de Ultraestrutura Celular Hertha Meyer, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho,

UFRJ. [email protected]

Palavras-chaves: Trypanossoma cruzi, acetiltransferase, inibidor.

Introdução

Os tratamentos usados na doença de Chagas,

causada pelo Trypanosoma cruzi, são

geralmente capazes de curar a infecção aguda,

mas não são tão eficientes na fase crônica. A

maioria dos fármacos utilizados provoca efeitos

secundários nos pacientes e por isso existe uma

busca permanente por novos agentes

quimioterápicos contra a doença. Os

tripanossomatídeos apresentam estruturas com

características especiais, como o núcleo, que

sofre mitose fechada e não apresenta a formação

de cromossomos. A cromatina se apresenta mais

compactada ao redor do nucléolo e junto ao

envoltório nuclear, sendo formada por DNA,

histonas e proteínas do tipo não-histonas. A

cromatina se encontra condensada por

nucleossomos, que são formados por um

fragmento de DNA e um octâmero de histonas,

que inclui duas moléculas das histonas H2A,

H2B, H3 e H4. A conformação da cromatina

desempenha um papel importante na

transcrição, na replicação, no reparo e na

recombinação do DNA. O grau de compactação

do DNA é modulado por modificações pós-

traducionais como a acetilação e a metilação das

histonas, que representam fatores epigenéticos.

Em tripanosomatídeos a raridade de fatores de

transcrição canônicos e de sequências de DNA

reguladoras aponta para o controle da expressão

gênica através de modulações destes fatores,

que podem influenciar processos importantes,

como a variação antigênica, a virulência e a

diferenciação celular. No presente estudo

investigamos o efeito do ácido anacárdico e da

curcumina nas formas epimastigotas do T. cruzi.

Estes são dois compostos que têm como alvo

histonas acetiltransferases e que têm atividade

anti-inflamatória, antioxidante, antimicrobiana e

anticarcinogênica em diferentes modelos

animais.

Materiais e Métodos

Para os testes de proliferação, foram realizadas

curvas de crescimento com diferentes

concentrações dos inibidores e ensaios de

viabilidade foram feitos com a técnica do

MTS/PMS. Ambos foram realizados em

triplicata e as respectivas análises estatísticas

feitas através do programa Graphpad prism. Já

os efeitos dos compostos na estrutura e no ciclo

celular foram avaliados por diferentes métodos

de microscopia e por citometria de fluxo,

respectivamente.

Resultados e Discussão

Os resultados obtidos mostraram que ambos

inibidores diminuem o crescimento e a

viabilidade celular, sendo a curcumina mais

eficiente, mesmo quando aplicada em

concentrações mais baixas e tempos menores.

Após 72 horas de tratamento, a curcumina

apresentou um valor de IC50 de apenas 7 µM e o

ácido anacardico apresentou IC50 maior que 100

µM. Estudos por microscopia óptica de

fluorescência revelaram o aparecimento de

padrões celulares atípicos, como protozoários

contendo 2 ou 3 núcleos e apenas um cinetoplasto

(região especializada da mitocôndria que contém

DNA). Os dados obtidos por microscopia

eletrônica de transmissão mostraram alterações

apenas nas células tratadas com curcumina, que

apresentaram descompactação da cromatina

nuclear. Associado a este fato, a citometria de

fluxo indicou parada do ciclo cellular.

Conclusões

Juntos, estes dados sugerem que inibidores de

histonas acetiltransferases podem ser usados em

tratamento contra tripanossomíases e também no

estudo da biologia celular destes parasitas. Agradecimentos: FAPERJ e CNPq.

Referências

1-Alsford S, Horn D. Trypanosomatid histones. Mol Microbiol, 2: 365-

72, 2004. COURA, J.R. & CASTRO, S.L. A critical review on Chagas’

Disease chemotherapy. Mem Inst Oswaldo Cruz, 97: 3-24, 2002.

2-Azad, GK, Singh V, Golla U, Tomar RS. Depletion of Cellular Iron

by Curcumin Leads to Alteration in Histone Acetylation and

Degradation of Sml1p in Saccharomyces cerevisiae.March 2013 |

Volume 8 | Issue 3 | e59003, 2013.

3-De Souza, W. Basic cell biology of Trypanosoma cruzi. Curr Pharm

Des, 8: 269- 285, 2002.

4- Do Campo, R.; De Souza, W.; Miranda, K.; Rohloff, P.; Moreno,

S.N.J. Acidocalcisomes – conserved from bactéria to man. Nat Rev

Microbiol, 3: 251-261, 2005.

5- Jansen CJ, Fernandez JP, Deng H, Diaz R, Hake SB, Cross GA.

Unusual histone modifications in Trypanosoma brucei. FEBS Lett.

580:2306-10, 2006.

Joe B, Vijaykumar M, Lokesh BR. Biological properties of

curcumincellular and molecular mechanisms of action. Crit Rev Food

Sci Nutr 44: 97–111, 2004.

6- Liu HL, Chen Y, Cui Gh, Zhou JF. Curcumin, a potent anti-tumor

reagent, is a novel histone deacetylase inhibitor regulating B-NHL cell

line Raji proliferation. Acta Pharmacol Sin 26: 603–609, 2005.

7- Legartova S, Stixova L, Strnad H, Kozubek S, Martinet N, Dekker

FJ, Franek M, Bartova E. Basic nuclear processes affected by histone

acetyltransferases and histone deacetylase inhibitors. Epigenomics.

5:379-396, 2013.

92

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da Qualidade da Água da Baía de Sepetiba Próximo aos

Canais Dom Pedro-Guandu, do Itá e do São Francisco Fernanda Souza da Silva (IC)¹* e Marise Costa de Mello (PQ)

1

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO – Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

[email protected]

Palavras-chaves: Baía de Sepetiba, água, qualidade, poluição.

Introdução

A Baía de Sepetiba, localizada na região

metropolitana do Rio de Janeiro/Brasil, é uma

baía de águas salinas e salobras que sofre

impactos em decorrência do desenvolvimento

econômico/industrial e o crescimento demo-

gráfico. Portos e indústrias próximas contribu-

em com os impactos causados sobre o

ecossistema deste local¹. Além disso, os rios que

desembocam nesta baía já chegam com uma

carga de poluentes significante². Tendo em vista

levantar dados sobre os danos sofridos pela

baía, o presente trabalho tem como proposta

analisar a qualidade da água em três pontos da

Baía de Sepetiba próximos ao Canal do São

Francisco (Ponto 1), Canal Dom Pedro-Guandu

(Ponto 2) e Canal do Itá (Ponto 3).

Materiais e Métodos

As análises de pH, salinidade, oxigênio

dissolvido, temperatura e turbidez da água da

Baía de Sepetiba, nos três pontos citados

anteriormente, foram realizadas in loco. Para as

análises de DQO e condutividade, as amostras

da água foram coletadas com garrafas de vidro

âmbar e conservadas em gelo até serem

realizadas no Laboratório de Biotecnologia

Ambiental da UEZO. Análise de metais pesados

serão realizadas em parceria com Companhia de

Recursos Minerais (CPRM) usando a técnica de

espectrometria de emissão atômica. As coletas

foram realizadas nos meses de Junho, Julho e

Setembro de 2016 e outras estão previstas para

Outubro, novembro e Dezembro do mesmo ano.

Resultados e Discussão

A Tabela 1 mostra os resultados das análises de

pH,salinidade, oxigênio dissolvido, temperatura,

turbidez, DQO e condutividade. Dentre esses

parâmetros, apenas o pH e oxigênio dissolvido

apresentam valores de referência de acordo com

Resolução No 357/2005 do CONAMA³

(Conselho Nacional do Meio Ambiente) para

águas salinas classe 3. Esses valores são de 6,5 a

8,5 para pH e de igual ou acima de 4mgO2/L

para oxigênio dissolvido. Os demais parâmetro

foram realizados, pois contribuem também na

avaliação da qualidade da água. Tabela 1: Parâmetros físico-químicos obtidos para

águas da Baía de Sepetiba

Parâmetros Jun.

2016

Jul.

2016

Set.

2016

Temperatura Ponto 1

(ºC) Ponto 2

Ponto 3

21,2

20,8

20,6

19,8

19,8

19,2

22,0

22,2

22,3

pH Ponto 1

Ponto 2

Ponto 3

6,5

6,5

7,0

7,8

6,5

5,8

7,1

7,4

7,4

Salinidade Ponto 1

(‰ ) Ponto 2

Ponto 3

17

23

30

14

25

25

26

20

5

Turbidez Ponto 1

(NTU) Ponto 2

Ponto 3

6,58

8,27

11,35

11,40

15,10

18,54

4,90

5,15

9,80

O2 dissolvido Ponto 1

(mg/L) Ponto 2

Ponto 3

6,86

7,55

8,90

7,08

6,45

7,00

7,24

8,24

5,19

Condutividade Ponto 1

(mS/cm ) Ponto 2

Ponto 3

18,14

25,00

32,70

10,03

18,90

18,40

28,00

25,80

14,60

DQO Ponto 1

(mg O2/L) Ponto 2

Ponto 3

26,8

152,5

85,3

17,7

69,3

76,8

-

-

-

Conclusões

Os resultados obtidos para pH e oxigênio

dissolvido encontram-se dentro dos valores esta-

belecidos pela Resolução citada do CONAMA.

As variações observadas para os demais

parâmetros podem estar associadas a fatores

como nível da maré durante a coleta e períodos

chuvosos próximo a esta. Agradecimentos: Ao Instituto Boto Cinza e CPRM

pela parceria na presente pesquisa.

Referências

1. SILVA FILHO, L. C. R. Análise da gestão costeira em baías: o

caso da Baía de Sepetiba. Tese, Programa de Pós-graduação em

Planejamento Energético, COPPE, da Universidade Federal do Rio

de Janeiro. 2015.

2. MOREIRA, V. H. Monitoramento da qualidade das águas dos

Rios Guandu do Sena, Prata do Mendanha e Guandu-Mirim.

Monografia, Centro Universitário da Zona Oeste, 2015.

3. RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Publicada

no DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63 Disponível em: <

http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>

Acesso em 29/09/2016.

93

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Evidência Sorológica e Molecular de Infecção por Hepadnavírus

em Cavalos do Rio de Janeiro

1Flávia Freitas de Oliveira (IC);

1Yasmine Rangel Vieira (PG);

2Débora Regina Lopes dos

Santos (PQ); 3Luana Ávila Giorgia Dimache (PG);

3Fernando Queiroz de Almeida (PQ);

1Marcelo Alves Pinto (PQ);

1Vanessa Salete de Paula (PQ).

1Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia, Instituto Oswaldo Cruz - IOC, FIOCRUZ, Rio de

Janeiro - RJ. 2Laboratório de Viroses Veterinárias, Departamento de Microbiologia Veterinária e Imunologia, Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, Seropédica - RJ. 3Departamento de Medicina e Cirurgia, Instituto de Veterinária - UFRRJ, Seropédica – RJ.

Email: [email protected]

Palavras-chaves: Infecção, Hepadnavírus, Cavalos.

Introdução

Animais silvestres estão envolvidos na

circulação de zoonoses, atuando como

reservatórios para transmissão de agentes

patogênicos para animais domésticos e para o

homem (VIEIRA et al., 2015) Dentre os agentes

zoonóticos estudados, podemos citar um dos

membros da família Hepadnaviridae, o vírus da

Hepatite B (HBV) (GRIMM et al., 2011;

PATIENT et al., 2009).. O objetivo desse

projeto é avaliar a circulação de um vírus

similar ao vírus da hepatite B em cavalos da

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

(UFRRJ).

Materiais e Métodos

No presente trabalho, foram coletadas amostras

de sangue total de 125 animais. Após a obtenção

do soro, análises foram realizadas usando kits

comerciais de ELISA (Biokit®) para os

marcadores sorológicos de hepatite B (anti-HBc

total, HBsAg e anti-HBC IgM), teste rápido

cromatográfico para HBsAg (VIKIA®) e PCR

para as regiões ORF S e ORF C do genoma.

Resultados e Discussão

Os resultados sorológicos foram determinados

através do valor de absorbância (DO) a 450 nm

de acordo com o protocolo do fabricante. Dentre

as amostras analisadas, 5/125 (4%) foram

positivas para o marcador anti-HBc total, e

5/125 (4%) foram positivas para o marcador

HBsAg. Nenhuma amostra apresentou resultado

positivo no teste rápido de HBsAg e na

sorologia para o marcador anti-HBc IgM. Na

análise molecular, nenhuma amostra foi positiva

para as regiões ORF S ou ORF C. Os resultados

sorológicos para anti-HBc total e HBsAg

sugerem a circulação de um vírus similar ao

vírus da hepatite B em cavalos. Na figura 1,

apresenta o fluxograma do projeto. Na figura 2,

apresenta os resultados sorológicos.

Figura 1

Figura 2

Conclusões

Os resultados sorológicos para anti-HBc total e

HBsAg sugerem a circulação de um vírus

similar ao vírus da hepatite B em cavalos.

Agradecimentos: Ao Centro Universitário Estadual

da Zona Oeste (UEZO), à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e à Fundação Carlos Chagas Filho de

Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

(FAPERJ).

Referências

Vieira YR et al. Serological and molecular evidence of

hepadnavirus infection in swine. Ann Agric Environ Med

2015.

Grimm D, Thimme R, BLUM HE. HBV life cycle and novel

drug targets. Hepatol Int. 5(2): 644–653, 2011.

Patient R, Hourioux C, RoingeardD P. Morphogenesis of

hepatitis B virus and its subviral envelope particles. Cell

Microbiol. 11(11): 1561–1570, 2009.

94

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Bioprospecção de Plantas da Família Myrtaceae Produtoras de Óleos

Essenciais com Atividade Bactericida contra Pseudomonas aeruginosa

e Burkholderia cenocepacia.

Gabriele Marques (IC)¹*, Juliana Succar (PG)

1,2, Cristiane P. Victório (PQ)

1,2, Maria Cristina de

Assis (PQ)1,2

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

2 Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental

* [email protected]; [email protected]

Palavras-chaves: Óleos essenciais. Atividade bactericida. Pseudomonas aeruginosa. Burkholderia cenocepacia.

Introdução

A fitoterapia e uso de plantas medicinais

contribuem de forma significativa no tratamento

de diversas enfermidades. Acredita-se que os

benefícios gerados por tais plantas estejam

relacionados aos óleos essenciais, que têm sido

reconhecidos por sua atividade antibacteriana,

antifúngica, antiviral, inseticida e por suas

propriedades antioxidantes1. O interesse nestas

substâncias naturais alternativas aumenta a cada

dia a fim de se desenvolver novas terapias e

tratamentos de doenças infecciosas causadas por

microrganismos multirresistentes, como

Burkholderia cenocepacia e Pseudomonas

aeruginosas, responsáveis por altas taxas de

mortalidade em pacientes imunossuprimidos2.

No presente trabalho, avaliou-se a capacidade

bactericida dos óleos essenciais de Eugenia

arenaria, Eugenia selloi, Eugenia astingens,

Neomithanthes obscura e Myrrhinium

atropurpureum contra as cepas de ET-12 de B.

cenocepacia e PAO-1 de P. aeruginosa, cepas

padrões de virulência e resistência a

antimicrobianos.

Materiais e Métodos

A extração dos óleos essenciais foi realizada

utilizando aparelho de Clevenger. Para os

ensaios com as cepas, foram utilizadas a

metodologia da difusão do disco em Agar,

segundo normas do Comitê Europeu para Testes

de Susceptibilidade e Antimicrobianos

(EUCAST). Para o ensaio foram utilizadas as

seguintes concentrações (v/v): 3%, 6% 12%,

25%, 50% e 90% em meio Miller Hinton Broth

(MHB) na presença de 0,5% de Tween 80.

Resultados e Discussão

Os resultados quantitativos demonstraram que o

óleo de E. aerenaria teve atividade bactericida

na concentração de 25%, e os óleos de E.

astringens e M. artropurpureum tiveram

atividade bactericida nas concentração de 50%

para as cepas testadas, enquanto que N. obscura

e E. selloi não apresentaram nenhuma atividade.

Estes resultados nos levam especular que os

óleos essenciais das espécies E. aerenaria,

E.astringens e M. atropurpureum possuem

propriedades bactericidas podendo serem

utilizados como coadjuvantes nas infecções

multiresistentes de P.aeruginosa e B

cenocepacia.

Agradecimentos: Ao Prof. Marcelo da Costa Souza

(Herbário RBR, UFRRJ)

Referências

1. Bakkali, F; Averbeck, S; Averbeck D; Idaomar, M.

Biological effects of essential oils - A review. Food and

Chemical Toxicology, Amsterdam, v. 46, p. 446-475, 2008.

2. Gibson, R.L.; Burns, J.L.; Ramsey, B.W.

Pathophysiology and management of pulmonary infections

in cystic fibrosis. American Journal of Respiratory and

Critical Care Medicine, Nova York, v.168, n.8, p.918–951,

2003.

95

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Funcionalização com grupos ditiocarbamato em copolímeros de

metacrilato de glicidila e dimetacrilato de etileno glicol e avaliação de

sua atividade antimicrobiana

Albuquerque, H.M.B. (IC) 1*

; Silva, L. A. (PG) 2, Melo, C. F. (PQ)

2, Marques, M. R. C. (PQ)

2, Costa,

L.C. (PQ)

1 Laboratório de Síntese Orgânica Aplicada a Ciências da Saúde- LASOASC, Centro Universitário Estadual da Zona

Oeste, Rio de Janeiro, RJ

2 Laboratório de Tecnologia Ambiental – Labtam, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

[email protected]

Palavras-chaves: copolímeros de metacrilato de glicidila-dimetacrilato de etileno glicol, polímeros antimicrobianos, ditiocarbamato

Introdução

Agentes antimicrobianos de baixa massa

molecular apresentam como principal limitação

a toxicidade residual em água e solo. A

imobilização de agentes antimicrobianos em

matrizes poliméricas vem sendo realizada com a

intenção de superar esse problema. 1 Costa et al.

(2011) 2 ressaltam que, resinas contendo grupos

ditiocarbamato tem sido extensamente avaliadas

como complexantes para íons metálicos,

entretanto a capacidade biocida destas resinas

não tem sido devidamente explorada.

O

presente trabalho tem como objetivo o

desenvolvimento um suporte polimérico a base

de metacrilato de glicidila (MG) e dimetacrilato

de etileno glicol (DEG) funcionalizado com

grupos ditiocarbamato e avaliação da

capacidade biocida deste produto contra

Escherichia coli (bactéria gram-negativa) e

Staphylococcus aureus (bactéria gram-positiva).

Materiais e Métodos

Síntese dos copolímeros MG-DEG

Parâmetros das sínteses:

Resultados e Discussão

Conclusões

Foi possível a obtenção de pérolas de

copolímero MG-DEG de formato esférico e a

introdução de grupos ditiocarbamato a este

suporte.

Foi possível detectar capacidade antimicrobiana

em umas das resinas através do teste de halo.

Agradecimentos: FAPERJ, UEZO

Referências

1 Valle, A.S.S; Costa, L.C.; Marques, M.R.C.; Silva,C.L.P.;

Santa Maria,L.C. Quimica Nova, 2011, 34, 577-583.

2 Costa,L.C.; Marques, M.R.C.; Tiosso.R.B;Cantarim, J. P.;

Merçon, F. Macromolecular Symposia, 2012. 119, 121-128

96

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Preparação de uma resina de impressão iônica à base de acrilonitrila-

estireno-divinilbenzeno seletiva ao Cádmio

Débora da C. Brito¹*, Ariana Carolina S. Alcovias (PG)¹, Luciana C. da Costa (PQ)1, Mônica Regina da

C. Marques (PQ)2 .

1 Laboratório de Síntese Orgânica - LASO, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO 2Laboratório de Tecnologia Ambiental - LABTAM, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

* E-mail de contato: [email protected]

Palavras-chaves: Polímero de impressão iônica, Acrilonitrila, Amidoxima e Cádmio.

Introdução

Yang e colaboradores (2009) apontam que a

extração em fase sólida é uma ótima técnica

para pré-concentração de metais pesados em

tratamentos residuais. Algumas vantagens são

destacadas como importantes: simplicidade da

técnica, flexibilidade econômica, tempo de

análise, ótimos fatores de enriquecimento,

ausência de emulsão, baixo custo (por conta

consumo reduzido de reagentes). Segundo

Anirudhan e colaboradores (2014) Polímeros de

Impressão Iônica IIPs são materiais sintéticos

com sítios de reconhecimento gerados

artificialmente capazes de religar

especificamente um íon metálico. A elevada

seletividade de polímeros de impressão iônica

deve-se ao efeito memória do polímero para os

íons de impressão (ZHAI et al., 2007). Os IIPs

podem contribuir para promover a pré-

concentração de metais em ambientes onde

estão pouco concentrados. O cádmio (Cd) é um

metal tóxico que pode ser encontrado em

ecossistemas aquáticos quando é descartado

incorretamente. Em consequência disso, pode-se

haver a bioacumulação desse metal na cadeia

alimentar, causando graves danos á saúde

humana. Nesta perspectiva, o presente trabalho

busca a síntese de uma resina impressa com o

íon Cd2+

, tendo a finalidade de proporcionar a

quantificação desse íon metálico em sistemas

aquáticos.

Materiais e Métodos

O desenvolvimento da resina de impressão

iônica se deu através da formação do complexo

amidoxima/Cd2+

, e posterior reação de

polimerização. A modificação da acrilonitrila

ocorreu pela reação desse monômero com o

cloridrato de hidroxilamina, formando grupos:

amidoxima. A complexação da amidoxima

acontece com a adição de íons Cd2+

,

propiciando a síntese do complexo

amidoxima/Cd2+

. O complexo amidoxima/Cd2+

foi polimerizado com estireno e divinilbenzeno

por polimerização em suspensão aquosa.

Resultados e Discussão

OH Figura 1: Representação esquemática da produção do grupo amidoxima.

Figura 2: Espectro FTIR do produto de reação entre acrilonitrila e cloridrato de hidroxilamina.

A principal observação é a presença da banda

em 1665 cm-1, presente no complexo e ausente

no espectro de FTIR do monômero, atribuída a

δ -C=N, indicando a presença dos grupos

amidoxima.

MEV:

Conclusões

Foi possível preparar o complexo amidoxima/Cd2+ e

polimerizá-lo com os monômeros estireno e

divinilbenzeno para a produção de um Polímero de

Impressão Iônica. As caracterizações físico-quimicas deste IIP e seletividade frente ao íon Cd2+ estão

sendo realizadas.

Agradecimentos: UEZO, FAPERJ.

Referências

1. Yang, G. et al. Study on solid phase extraction and

graphite furnace atomic absorption spectrometry for the

determination of nickel, silver, cobalt, copper, cadmium and

lead with MCI GEL CHP 20Y as sorbent. Journal of

Hazardous Materials, n. 162, p 44–49, 2009.

2. Anrudhan, T. S. et al. Adsorption and separation

behavior of uranium(VI) by 2 4-vinylpyridine-grafted-

vinyltriethoxysilane-cellulose ion imprinted polymer Journal

of Envi-ronmental Chemical Engineering, n. 465, p 1-10,

2014.

3. Zhai, Y. et al. Selective solid-phase extraction of trace

cadmium(II) with an ionic imprinted polymer prepared from

a dual-ligand monomer. Analytica Chimica Acta, n. 593, p.

123–128, 2007.

97

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Efeitos in vitro de novos compostos metalocomplexos de ferro no

crescimento de epimastigotas de Trypanosoma cruzi

Felipe F. Moreira(IC)¹*; Juliana A. Portes(PQ)²; Nathália F. Azeredo(PQ)³; Christiane

Fernandes(PQ)³; Adolfo Horn Jr(PQ)³; Renato Augusto DaMatta(PQ)³; Wanderley de Souza(PQ)²;

Sérgio H. Seabra(PQ)¹.

¹Laboratório de Tecnologia em Bioquímica e Microscopia - LTBM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste;

²Laboratório de Ultraestrutura Celular Hertha Meyer, Universidade Federal do Rio de Janeiro; ³Laboratório de

Biologia Celular e Tecidual - LBCT, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.

* [email protected]

Palavras-chaves: Doença de Chagas; Metalocomplexos; Trypanosoma cruzi.

Introdução

A doença de Chagas é uma doença tropical

negligenciada causada pelo protozoário parasita

Trypanosoma cruzi, e é um problema de saúde

pública importante na América Latina afetando

cerca de 8 milhões de indivíduos e 60 milhões

vivem sob o risco de contaminação¹. A terapia

disponível para esta doença é baseada em dois

nitro-heterocíclicos, Nifurtimox e Benznidazol,

que apresentam efeitos colaterais graves,

incluindo a resistência, a ineficiência na fase

crônica da doença, efeitos citotóxicos graves e

eficácia variável². Portanto, são urgentemente

necessários novos medicamentos. Alguns

relatos na literatura demonstram que compostos

de coordenação podem ser uma alternativa

interessante para a terapia antiparasitária contra

Leishmania spp., Toxoplasma gondii e

Trypanosoma cruzi³. Aqui testamos o efeito in

vitro dos compostos de ferro I e II sobre o

crescimento de epimastigota de Trypanosoma

cruzi (cepa Y).

Materiais e Métodos

Epimastigotas de Trypanosoma cruzi da cepa Y

foram tratados com os compostos em

concentrações que variam de 1 a 100 nM e

quantificados. A quantificação foi feita em

câmara de Neubauer e observada em

microscópio óptico convencional. Para análise

ultraestrutural do parasita foi utilizado o

microscópio eletrônico de transmissão FEI

SPIRIT 120 Kvolts. O potencial de membrana

mitocondrial dos parasitas foi investigado

usando o marcador fluorescente JC-1, que é um

marcador mitocondrial catiônico lipofílico e sua

concentração indica a viabilidade nas

mitocôndrias em resposta ao potencial de

membrana e em seguida foram analisados

utilizando o microscópio confocal de varredura

a laser Zeiss LSM-710.

Resultados e Discussão

O composto I apresentou um valor de IC50 de

4,14 nM e 4,81 nM, após 72 e 120 h de

tratamento, respectivamente. O composto II

apresentou o valor de IC50 de 4,71 nM e 7,82

nM para os mesmos tempos de tratamento.

Análise ultraestrutural dos parasitas após o

tratamento com o composto II, mostrou que a

mitocôndria do parasita apresentou alterações

nas cristas, com inchaço e disposição anormal

em torno do cinetoplasto. Imagens confocais

com o marcador JC-1 mostraram que após o

tratamento com ambos os compostos o parasita

perde o potencial de membrana mitocondrial. O

próximo passo será analisar ainda mais o efeito

destes compostos, especialmente do composto I,

sobre a ultraestrutura do parasita a fim de

investigar mais a fundo o tipo de morte celular e

o mecanismo de ação dos compostos.

Conclusões

Estes resultados mostraram que os compostos

metalocomplexos estudados são ativos contra

epimastigotas de Trypanosoma cruzi e

apresentam valores de IC50 baixos em ambas as

drogas, afetando a mitocôndria do parasita, uma

organela essencial para a sua sobrevivência.

Evidenciamos neste trabalho que estes

compostos apresentam chances reias para se

tornarem possíveis alternativas para o

tratamento contra a doença de Chagas. Agradecimentos: FAPERJ, CNPq e CAPES.

Referências

1. WHO (2015) Chagas disease (American

trypanosomiasis). Fact Sheet Nº: 340: 1-4.

2. Coura JR, Borges-Pereira, J (2011) Memórias do Instituto

Oswaldo Cruz 106: 641.

3. Portes JA, Netto CD, Da Silva AJM, Costa PRR, Damatta

RA, Dos Santos TAT, De Souza W, Seabra SH (2012) A

new type of pterocarpanquinone that affects Toxoplasma

gondii tachyzoites in vitro. Veterinary Parasitology, 186:

261-269.

98

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Identificação taxonômica e caracterização morfológica de isolados

bacterianos oriundos do solo de rizosfera de chicória

(Cichorium endivia L.)

Edson M. da Costa Moura (IC)1*, Juliana Succar (PG)

1,2, Vinicius Ribeiro Flores (PG)

1,3, Ida

Carolina Neves Direito (PQ)1.

1Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental – LPBA, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de

Janeiro, RJ; 2Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental – PPGCTA, Centro Universitário

Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Instituto Nacional de

Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, Duque de Caxias, RJ.

<[email protected]>

Palavras-chaves:Taxonomia, Teste bioquímico, análise morfo-tintorial.

Introdução

A intensificação do cultivo em terras férteis e a

expansão das fronteiras agrícolas para áreas

pouco produtivas, são resultado da alta demanda

de alimentos que acompanhou a explosão

demográfica1. Historicamente, a produção

agrícola no Brasil está baseada no uso de

pesticidas com o intuito de controlar problemas

na produção, estando associado o aumento da

produção ao uso desses compostos1. Dentre as

culturas de hortaliças pode-se destacar a cultura

da chicória cultivada na região sul e

comercializada nas regiões sul e sudeste do

pais2. O controle das pragas, das doenças e das

plantas daninhas nas plantações são asseguradas

pelo uso dos pesticidas, promovendo a

produtividade e a qualidade aos produtos. Nas

lavouras do Brasil, o herbicida mais utilizado é

o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D)3.

Todavia, o uso indiscriminado de pesticidas

pode levar a contaminação do solo e das águas

subterrâneas. Formas de remediar os resíduos

desses compostos tem sido bastante estudadas,

uma vez que se tem conhecimento de

microrganismos capazes de degradarem

pesticidas, entre eles o ácido 2,4-D. Com base

nisso, foi realizada a bioprospecção de bactérias

com capacidade de degradação do herbicida 2,4-

D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) do solo da

rizosfera de chicória (Cichorium endivia L.). O

objetivo deste trabalho foi realizar a

identificação taxonômica e a caracterização

morfológica dos isolados bacterianos CH11 e

CH12 oriundos da rizosfera de chicória.

Materiais e Métodos

A identificação das colônias foi realizada com o

auxílio de um microscópio estereoscópio e

fotografadas com câmera Moticam (Motic),

facilitando a comparação entre as colônias do

isolados. As características morfológicas das

células foram analisadas ao microscópio óptico

após a coloração de gram. A identificação

taxonômica foi feita pelo sistema VITEK®2

Compact.

Resultados e Discussão

Os isolados CH11 e CH12 são cocos gram

positivos. Suas colônias são arredondadas,

esparramadas e com bordas irregulares. Embora

ambos tenham apresentado características

morfológicas semelhantes, o Sistema VITEK®2

Compact não os identificou como sendo da

mesma espécie. O isolado CH12 foi identificado

como Kocuria kristinae (89%), enquanto que o

isolado CH11 não obteve identificação frente ao

banco de dados do sistema.

Conclusões

Apesar dos dados morfológicos terem

apresentado resultados semelhantes, os isolados

bacterianos estudados apresentam metabolismo

diferenciado.

Agradecimentos: FAPERJ.

Referências

1.Veiga, M. M. Agrotóxicos: Eficiência econômica e injustiça socioambiental, 2007. Disponível em < redalyc.uaemex.mx/pdf/630/63012113.pdf>. Acesso em Setembro de 2016. 2.Steiner, F.; Zoz, T.; Ruppenthal, V.; Echer, M. M. Acúmulo de nitrato e produção de chicória (Cichorium endivia L.)

submetida à adubação nitrogenada sob cultivo protegido. Revista Acadêmica, Ciência Agrária Ambiental. v. 9, n. 1, p. 19-26, 2011 3.IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF): Aquisição domiciliar de hortaliças e distribuição por região geográfica, 2002-2003.

Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em Setembro de 2016.

99

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Desenvolvimento de Compostos Ionóforos para complexação específica

com o cátion Na+

Jean Matheus P. Lourinho (IC)1;Leonardo M. Costa (PQ)

1,2

1Unidade de Farmácia, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-UEZO, Rio de Janeiro, RJ

2Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-

UEZO, Unidade de Farmácia, Rio de Janeiro, RJ

Palavras-chaves: Cátion Na+, Compostos Ionóforos, Afinidade Química

Introdução

Interações químicas entre metais alcalinos e

ligantes monodentados possuem importante

aplicação nos campos da bioquímica e

química de coordenação. O elemento químico

sódio está intrinsecamente relacionado a uma

série de processos endógenos que corroboram

com a manutenção da homeostasia do

organismo. O cátion Na+ é vital na

despolarização das membranas plasmáticas

celulares para ocorrência do potencial de

ação de impulsos nervosos, adequada ação

enzimática, no tratamento de hipotensão

arterial, no equilíbrio hidroeletrolítico e

ácido-base do organismo. As principais vias

de contato com o sódio são por meio da

ingestão de água e alimentos. O

desbalanceamento de sódio no organismo

pode gerar diversas disfunções metabólicas

devidas a inadequada concentração

hidroeletrolítica. O excesso de sódio está

diretamente correlacionado com hipertensão,

inchaço dos nervos e edema cerebral.

Fármacos denominados ionóforos possuem

alta taxa de ligação a determinados cátions

metálicos facilitando seu transporte intra e

extra celular. Esses medicamentos possuem

uma estrutura lipídica apolar com grupos

funcionais polares voltados para um espaço

interior onde os cátions metálicos

são armazenados. A interação dessas

moléculas com o cátion metálico aumenta a

hidrossolubilidade do aduto formado,

facilitando a sua eliminação do organismo.

Com base nessa metodologia o objetivo do

presente estudo é desenvolver moléculas

capazes de complexar especificamente com o

cátion Na+, de fluidos biológicos, visando sua

posterior eliminação do organismo para

tratamento de distúrbios do excesso de sódio.

Materiais e Métodos

Os cálculos de otimização de geometria e de

energias serão realizados com o funcional

B3LYP e a base 6-311++G(d,p).

Resultados e Discussão

A pesquisa ainda está sendo realizada,

sendo assim os resultados ainda não foram

obtidos.

Conclusões

A pesquisa ainda está em curso.

Referências

Dutra, M. J., 2002, Influência das AnticoccidIanos

Ionóforos Sobre o Grau de Umidade no Músculo

Peitoral de Frangos de Corte. Dissertação de M. Sc., UFPR, Curitiba, PR, Brasil

100

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Biorremediação de Zinco Utilizando Fungos Filamentosos

Jennifer Fernandes Rocha (IC)1*

, Judith Liliana Solórzano Lemos (PQ)1.

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* [email protected]

Palavras-chaves: Biorremediação; Zinco; Fungos; Efluentes.

Introdução

As atividades antropogênicas são os principais

meios de contaminação ambiental por metais

pesados.1 O zinco está na lista dos metais

poluentes. Em sua forma metálica ele não

apresenta nenhum risco biológico, porém, ele

pode reagir com outras substâncias químicas,

como ácidos e oxigênio, e formar compostos

potencialmente tóxicos. Os métodos clássicos

utilizados para remoção de metais acabam

sendo falhos por deixarem rejeitos de

tratamento oneroso.2 A biossorção é uma nova

tecnologia que utiliza organismos capazes de

transformar e/ou bioacumular compostos

químicos, tem baixo custo e permite recuperar a

espécie metálica, vem sendo utilizada no lugar

dos métodos clássicos ou complementa-os.3

Estudos foram feitos a partir da utilização de

bactérias, microalgas, vegetais microscópicos,

gramíneas, plantas aquáticas, cascas, bagaços e

sementes,4 porém este trabalho visou a

utilização de quatro linhagens de fungos

filamentosos que possuem um bom potencial

metabólico.

Materiais e Métodos

Foram utilizadas quatro linhagens fúngicas

(Aspergillus niger, Aspergillus versicolor,

Penicillium chrysogenum e Penicillium

corylophillum) que foram cultivadas em tubos

inclinados com meio BDA e seus conídeos, que

haviam sido suspensos, foram inoculados em

meio para sorção de zinco com pH = 4,0

juntamente com um dos três açúcares diferentes

(maltose, xilose e galactose). Testes foram

realizados tanto em biomassa ativa quanto

inativa.

Resultados e Discussão

Todos eles tiveram seu valor Q calculado. O

valor q representa quantos miligramas de metal

foram removidos por grama de biomassa

fúngica, para isso foi medido o peso seco do

fungo. O Aspergillus versicolor foi o que se

mostrou mais eficiente no uso de sua biomassa

inativa utilizando o açúcar xilose como fonte de

carbono. Ele apresentou um valor Q maior do

que o esperado (seu valor Q foi equivalente a

370,34). Além disso, ele tem apresentado

resultados positivos na tentativa de recuperação

da espécie metálica, ainda em andamento.

Conclusões

Conclui-se, com os resultados obtidos até agora,

que o Aspergillus versicolor quando cultivado

em xilose como fonte de carbono é o melhor

biossorvente (biomassa inativa), dentre os

outros fungos utilizados no experimento. Os

resultados referentes ao experimento feito com

ele, indicam valor Q equivalente a 370,34 com

biomassa inativa contra 217,28 mg de metal/g

de biomassa fúngica utilizando a biomassa

ativa. Estudos para recuperação metálica estão

sendo feitos e foi notado que é possível a

recuperação de Zn quando utilizamos valores

referentes ao pH ácido.

Agradecimentos: Gostaria de agradecer ao CNPq

por ter financiado nossa pesquisa por dois anos seguidos e ajudado-nos a chegar a esses resultados.

Agradeço também à minha orientadora Judith Liliana

Solórzano Lemos por toda assistência e

aprendizagem. E finalmente, à UEZO, minha instituição de ensino, pelo espaço cedido à nós para

tal feito que nos é tão importante.

Referências

1. Akar, T.; Tunali, S. Biosorption characteristics of

Aspergillus flavus biomass for removal of Pb(II) and Cu(II)

ions from an aqueous solution. Bioresource Technology, v.

97, n. 15, p. 1780–1787, 2006.

2. Cañizares-Villanueva, R. O. (2000). Biosorción de

metales pesados mediante el uso de biomasa

microbiana. REVISTA LATINOAMERICANA DE

MICROBIOLOGIA-MEXICO-, 42(3), 131-143.

3. Gomes, L. M. B. (2000). Remoção do cádmio de soluções

aquosas utilizando fibra de coco da baia visando o

tratamento de efluentes (Doctoral dissertation, tese de

doutorado UFRJ).

4. Esposito, A., Pagnanelli, F., Lodi, A., Solisio, C., &

Veglio, F. (2001). Biosorption of heavy metals by

Sphaerotilus natans: an equilibrium study at different pH

and biomass concentrations. Hydrometallurgy, 60(2), 129-

141.

101

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação Farmacológica e Toxicológica do Efeito do Clotrimazol em

Modelo de Endometriose *Erika Menezes de Mendonça

1; Jamila Perini (PhD)

1,2; Karina Baptista(Ms)

1,2; Jessica

Alessandra-Perini (Ms) 1,2

; Patrícia Zancan (PhD)3 Daniel Escorsim Machado (PhD)

1.

1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste; 2Programa de

Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Osvaldo Cruz; 3Laboratório de Oncobiologia Molecular, Universidade Federal do Rio de Janeiro

*[email protected]

Palavras-chaves: Endometriose;clotrimazol; angiogênese

Introdução

A endometriose se caracteriza pela presença de

tecido endometrial fora da cavidade uterina e

pode ser associada com diferentes doenças

malignas. Uma das alterações no microambiente

dessa doença é o surgimento de novos vasos

sanguíneos ao redor das lesões, o que é

necessário para o estabelecimento e

desenvolvimento da doença. Até o presente

momento, não existe um medicamento que cure

a endometriose. Portanto, a utilização de

substâncias antiangiogênicas pode ser uma nova

opção terapêutica para a endometriose. O

clotrimazol (CTZ) é um derivado imidazol que

possui ação fungistática e tem sido utilizado na

inibição da proliferação de células endoteliais

vasculares. O objetivo deste estudo é avaliar o

efeito farmacológico e a toxicidade do

clotrimazol em modelo experimental de

endometriose.

Materiais e Métodos

Este projeto foi aprovado pelo CEUA de UEZO

(09/2014). A endometriose foi induzida e

implantada em doze ratas Wistar. Após o

estabelecimento do implante de endométrio

autólogo na cavidade peritoneal, as ratas foram

divididas aleatoriamente em grupos controle e

tratado com CTZ (0,02 g / ml / dia) por 15 dias.

Após o tratamento foram realizadas as análises

macroscópica, histológica, imunohistoquímica

(VEGF e FLK), citometria de fluxo (macrófagos

ativos F4-80 / MAC2+), análise hematológica e

bioquímica, dosagem de NO e ELISA (VEGF e

PGE2).

Resultados e Discussão

Após 15 dias de indução as lesões

endometrióticas foram observadas em 100% dos

animais. Após o tratamento, a análise

histológica indicou principalmente atrofia e

regressão da lesão nos grupos tratados com

CTZ, assim como uma diminuição na

distribuição do VEGF, VEGFR2 e no número

de macrófagos ativos. Além disso, o grupo

tratado com CTZ apresentou uma baixa

concentração nos níveis de prostaglandina E2 e

de VEGF. Observamos também uma redução na

porcentagem de linfócitos no grupo tratado com

CTZ. Nas análises toxicológicas não foi

observada diferença macroscópica (peso dos

animais, peso/tamanho do fígado), bioquímica

(glicemia, insulina, função hepática TGO/TGP)

e hematológica entre os grupos controle e

tratado com CTZ.

Conclusões

Em virtude da ausência de um tratamento

farmacológico eficaz no tratamento da

endometriose, nosso grupo trabalha testando

diversas substâncias que possam erradicar as

lesões endometrióticas. Nesse contexto, nossos

resultados sugerem que o CTZ é uma promessa

de tratamento farmacológico para endometriose,

já que foi efetivo na redução das lesões, sem

provocar efeitos adversos. Nossos resultados

sugerem que este medicamento seja testado em

estudos clínicos com pacientes portadoras de

endometriose.

Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1. Abrao MS, Neme RM, Carvalho FM, Aldrighi JM, Pinotti

JA. Histological classification of endometriosis as a

predictor of response to treatment. Int J Gynecol Obstet.

2003 Jul; 82(1):31-40.

2.Machado DE, et al., A selective cyclooxygenase-2

inhibitor suppresses the growth of endometriosis with an

antiangiogenic effect in a rat model. Fertil Steril, v.93,

p.2674-2679, 2010.

3.Crowley, PD; Gallagher, HC, et al. Clotrimazole as a

pharmaceutical: past, present and future. Journal of Applied

Microbiology, v. 117, p. 611-617, 2014.

4. Machado DE, Palumbo-Junior A, Santos JM, et al. A

GFP endometriosis model reveals important morphological

characteristics of the angiogenic process that govern benign

and malignant diseases. Histol Histopathol, v. 29, n. 7, p.

903-912, 2014.

102

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise Microbiológica dos Rios Guandu do Sena, Rio Prata do

Mendanha e Guandu Mirium

Jessica F.S. Lourenço (IC) 1*

, Marise C Mello (PQ) 1.

1Laboratório de Biotecnologia Ambiental –LBA , Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ. *[email protected] > <marise.cm@uezo;rj.jov.br>

Palavras-chave: Água, Sub-bacia do Guandu Mirim, Monitoramento, Análises Microbiológicas

Introdução

Segundo relatório do SEMAD (atual INEA) de

2001, a sub-bacia do Rio Guandu Mirim

apresenta suas águas poluídas devido ao

lançamento de resíduos domésticos e

industriais. Além disso, existem populações que

vivem a margem desse rio e que podem estar

sujeitas à riscos de saúde tanto por entrar em

contato com os resíduos lançados pelas

indústrias quanto pela falta perceptível de um

saneamento básico adequado. Dessa forma, o

presente trabalho teve como objetivo analisar a

qualidade microbiológica das águas dos

principais rios que compõem a sub-bacia do Rio

Guandu Mirim

Materiais e Métodos

As amostras foram coletadas durante 9 meses,

em quatros pontos:

- Ponto 1: no Parque Natural Municipal da

Serra do Mendanha (PNM) - no município do

Rio de Janeiro;

- Ponto 2: no Distrito Industrial de Campo

Grande- no município do Rio de Janeiro;

- Ponto 3: na rodovia BR 465 (Antiga Estrada

Rio- São Paulo) - município Nova Iguaçu ;

- Ponto 4: Na avenida João XXIII em Santa

Cruz- município do Rio de Janeiro;

A metodologia utilizado na análise microbio-

lógica da água foi a técnica do Número mais

provável (NMP), Figura 1.

Resultados e Discussão

A Figura 2, mostra os resultados obtidos para

as análises microbiológicas das águas dos 4

pontos avaliados nesse trabalho.

Figura 2: Resultado do teste confirmativo e

caldo verde brilhante bile 2%.

Conclusões

Os resultados obtidos quando comparados aos

valores permitidos pela legislação vigente

(CONAMA 357/05), indicam que as águas dos

4 pontos estudados apresentam valores para

coliforme totais e fecais acima do recomendado

e portanto com um padrão microbiológico

inadequado.

Agradecimentos: Ao gerente do PNM João

Galdino e ao pescador Antônio Carlos Pacheco

de Jezus, por colaborarem com a presente

pesquisa.

Referências

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional

do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução 357.

Brasília,2005. 23 p. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/

conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em : 02 outubro de

2015.

SEMADS - Secretaria do Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável do Estado do Rio de

Janeiro.2001. Bacias Hidrográficas e Recursos Hídricos da

Macroregião Ambiental 2 - Bacia da baía de Sepetiba. Rio

de Janeiro.

103

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Estudo do potencial anti-inflamatório do extrato de Euterpe oleraceae

em modelo experimental de endometriose

Kariny G.Pereira (IC)

1,2*; Karina C. Rodrigues-Baptista (PQ)

1,2,5; Jessica Alessandra-Perini

(PQ)1,2,5

;Roberto S. de Moura(PQ)3; Thiago A. Santos(PQ)

4; Jamila Perini (PQ)

1,2; Daniel E.

Machado(PQ)1,2

¹Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas – LaPesF, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio

de Janeiro, RJ; 2Laboratório de Pesquisa em Análises Clínicas – LaPAC, Centro Universitário Estadual da Zona

Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Departamento de Farmacologia e Psicobiologia – Instituto de Biologia Roberto

Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ; 4Laboratório de Tecnologia em Cultura de Células – LTCC, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro; RJ. 5 Programa de Pós-

Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ, Brasil; [email protected]

Palavras-chaves: Endometriose, Euterpe oleracea, inflamação.

Introdução

A endometriose é uma doença inflamatória

caracterizada pelo crescimento de tecido

endometrial em localização extrauterina1. Os

tratamentos medicamentosos disponíveis só

podem ser usados por um curto período por

causa dos efeitos adversos graves e mesmo com

o tratamento cirúrgico, que é mais eficaz, as

lesões podem recorrer de 3-5 anos após a

remoção2. Assim, é de grande relevância clínica

o desenvolvimento de novas alternativas

terapêuticas para o tratamento da endometriose.

Nosso grupo já vem estudando os benefícios do

açaí com comprovada atividade farmacológica

anti-inflamatória, antioxidante e

antiproliferativa. Nesse contexto, o objetivo do

trabalho é estudar o efeito farmacológico do

açaí em modelo experimental de endometriose.

Materiais e Métodos

O projeto foi aprovado pelo CEUA Nº 09/2014

da UEZO. Utilizamos ratas wistar (n = 20) e

estabelecemos um modelo experimental de

endometriose a partir do transplante autólogo de

fragmentos de endométrio na cavidade

peritoneal. Após 15 dias de estabelecimento, as

lesões foram observadas mediante análise

macroscópica, em seguida, os animais foram

distribuídos aleatoriamente em dois grupos:

tratados com 0,02g de Euterpe oleracea (n = 10)

e veículo (n = 10), via gavagem durante 30 dias.

Após o tratamento, analisamos as características

histológicas das lesões, imunomarcação de

VEGF, MMP-9, COX-2, Flk-1 e F4-80, análise

de expressão dos genes KDR, MMP-9, COX-2 e

VEGF, utilizando PCR em tempo real, os níveis

de PGE2 e VEGF por ELISA, o número de

macrófagos ativados utilizando a citometria de

fluxo com F4-80, a dosagem de óxido nítrico

pelo estudo colorimétrico usando o reagente de

Griess.

Resultados e Discussão

Os nossos resultados monstraram uma redução

significativa no tamanho dos implantes tratados

com açaí e nas análises histológicas observamos

principalmente atrofia e regressão das lesões. A

imunomarcação de VEGF, MMP-9, Flk-1,

COX-2 e F4-80 foi menor no grupo tratado,

distribuída no estroma ao redor das glândulas

endometriais. Esses resultados foram

confirmados nos estudos moleculares, sendo

observada uma diminuição da expressão dos

genes avaliados. Também foi observada uma

redução no número de macrófagos ativos, na

concentração de óxido nítrico e nos níveis de

PGE2 e VEGF nos animais tratados com açaí

em comparação ao controle.

Conclusões

Estes resultados confirmam o efeito anti-

inflamatório e antiangiogênico do extrato de

açaí e sugerem o seu uso como uma importante

ferramenta na busca de um tratamento clínico

mais efetivo para a endometriose e com menos

efeitos colaterais

Agradecimentos: Órgãos de fomento que

forneceram auxílio financeiro, como FAPERJ e CNPq.

Referências

1. Galle PC. Clinical presentation and diagnosis of

endometriosis. Obstet Gynecol Clin North Am. 1989; 16:

29-42.

2. Guo SW, Olive DL. Two unsuccessful clinical trials on

endometriosis and a few lessons learned. Gynecol Obstet

Invest. 2007; 64: 24-35.

104

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Transesterificação de óleos vegetais para produção de biodiesel usando

lipases imobilizadas em poliHIPEs de Estireno-divinilbenzeno Sty-

DVB

Liliana Santos (IC)¹*, Ana Paula Brito (PG)¹, Luciana Cunha (PQ)

1.

1 Laboratório de Tecnologia de Produtos Naturais, Centro universitário Estadual da Zona Oeste.

* [email protected]

Palavras-chaves: Emulsão de levada fase interna; biodiesel; lipase; transesterificação de óleo vegetal

Introdução

O Biodiesel é um combustível adquirido a partir

do processo de transesterificação de óleo ou

gordura estimulada por um catalisador. Em

termos ambientais, o biodiesel é considerado um

combustível limpo, comparado aos derivados do

petróleo. Dentre os catalisadores para a

produção de biodiesel destacam-se as lipases.

As enzimas lipases são obtidas a partir de

leveduras e fungos filamentoso. São capazes de

catabolizar as reações de transesterificação, na

produção de biodiesel, porque possuem elevada

seletividade e especificidade para uma ampla

gama de substratos e reações, sendo utilizada de

forma imobilizada. Emulsões de elevada fase

interna (Hipes) são usadas para a produção de

PoliHIPES, a base de estireno-divinilbenzeno

(Sty-DVB), através da polimerização. È

possível que esta estrutura seja um suporte mais

adequado para a imobilização das enzimas

lipases e até mesmo dos microrganismos

produtores destas enzimas. O objetivo deste

trabalho é imobilizar lipase Thermomyces

lanuginosus em PoliHIPEs Sty-DVB e avaliar o

produto como catalisador em transesterificação

de óleo de soja.

Materiais e Métodos

A preparação do HIPE dá-se por duas fases,

orgânica e aquosa, sendo a fase aquosa gotejada

sobre a fase orgânica. A fase aquosa composta

por H2O, K2S2O8 e NaCl. A Fase orgânica

composta por Sty, DVB e Span 80 (Tabela 1).

Ao término da preparação de dois HIPE´S

adicionou éter de petróleo. O PoliHIPE

preparado mediante uma reação de

polimerização em suspensão aquosa composta

por uma fase orgânica e outra aquosa, sendo

fase orgânica o HIPE preparado anteriormente e

a fase aquosa constituída por 180 cm³ de H2O,

2,7g de NaCl e 3,6g de PVA. .As reações de

PoliHipe´s passaram por um processo de

lavadas com água, etanol e acetona e secagem

em estufa a 60 ºC. Posteriormente, a lipase será

imobilizada nos PoliHIPEs produzidos e os

produtos avaliados na transesterificação de óleo

de soja visando a produção de biodiesel.

Resultados e Discussão

Com base na tabela podemos avaliar o resultado

do Rendimento das amostras e da Densidade

Aparente de acordo com cada variação.

Considerando que há uma relação direta entre a

densidade e a massa, e que a presença de poros

aumenta os espaços vazios do material causando

a redução da massa. O PoliHipe A4 apresentou

menor Densidade Aparente, indicando maior

número de poros em sua estrutura por meio da

adição de uma quantidade maior de DVB em

relação ao STY. O PoliHipe A6 teve um maior

rendimento, em seu produto através da adição

de Tolueno com a finalidade de diminuir a

viscosidade do HIPE, aumento seu rendimento.

Tabela 1: PoliHIPEs Sty-DV

Conclusões

Conclui-se que foi possível preparar PoliHIPEs

Sty-DVB. O PoliHIPE A4 apresenta menor

densidade aparente, indicando ter maior volume

de poros e o PoliHIPE A6 foi obtido em maior

quantidade.

Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1. Angelo C. Pinto, Biodiesel: An Overview, vol.16, 2005.

2. Ericka C.G, Current status and new developments of

biodiesel production using fungal lipases, 2015.

3. Karel H., Simple and efficient immobilization of lipase B

from Candida antarctica on porous styrene–divinylbenzene

beads,2010.

105

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Influência de fatores genéticos no desenvolvimento da tendinopatia em

atletas de voleibol

Lucas R. Lopes (IC)

1,2*, José Inácio Salles (PQ)

1,3, Daniel E. Machado (PQ)

2 , Jessica Vilarinho

Cardoso (PG)2,4

, Diego P, Aguiar (PQ)1, Maria E, L. Duarte (PQ)

1, Jamila A. Perini (PQ)

1,2,4.

1Divisão de Pesquisa, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Rio de Janeiro, 2 Laboratório de Pesquisa

de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO, Rio de Janeiro, 3Federation International de Volleyball (FIVB) - Coach Commission; 4Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de

Saúde Pública, Fundação Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro,

[email protected]

Palavras-chaves: Tendinopatia. Polimorfismos. Inflamação. FcRL3.

Introdução

A tendinopatia é uma doença degenerativa do

tendão, na qual fatores genéticos e extrínsecos

podem contribuir para o fenótipo1. O estudo

genético aplicado ao esporte pode sugerir

medidas específicas, orientadas aos atletas com

maior probabilidade no desenvolvimento de

lesões, controlando a intensidade de treinamento

e a frequência de alto estresse mecânico sobre as

articulações2. Processos inflamatórios na

patogênese da tendinopatia ainda estão

dubitáveis3. No entanto, as células T CD4+

secretam citocinas pró-inflamatórias que

promovem o aumento de celularidade em

resposta a uma lesão no tendão4. Assim, células

T regulatórias agem suprimindo a atividade

efetora linfocitária, mantendo homeostase imune.

Estudos dos polimorfismos FcRL3 -169T>C e

FOXP3 -2383C>T já demostraram interferir na

regulação da atividade das células T regulatórias,

ocasionado doenças por alterações imunes4.

Desse modo, este estudo tem por objetivo avaliar

a magnitude de associação dos polimorfismos

FcRL3 -169T>C e FOXP3 -2383C>T com o

risco no desenvolvimento de tendinopatia em

atletas de voleibol brasileiros.

Materiais e Métodos

Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética

em Pesquisa do Instituto Nacional de

Traumatologia e Ortopedia, Brasil

(0037.0.305.000-11 e 17373613.8.0000.5273). O

estudo caso-controle avaliou 271 atletas coligados

à Federação Brasileira de Voleibol, nos quais 146

atletas foram diagnosticados com tendinopatia por

ressonância magnética e 125 atletas foram

considerados como grupo controle por não

apresentar evidências da doença. Os

polimorfismos FcRL3 -169T>C e FOXP3 -

2383C>T foram analisados por PCR em tempo

real utilizando ensaio TaqMan. Teste qui-

quadrado calculou as diferenças nas frequências

alélica e genotípica entre os grupos. O odds ratio

(OR) com intervalo de confiança de 95% (IC)

foram calculados utilizando modelo de regressão

logística.

Resultados e Discussão

A avaliação das características demográficas e

clínicas dos atletas revelou a idade (P<0,001), o

tempo de prática no esporte (P=0,001), a

presença de dor durante o treino (P<0,001) e a

perda de treino devido à dor (P=0,002), como

fatores de risco para tendinopatia. Todos os

SNPs analisados estão de acordo com o

Equilíbrio de Hardy-Weinberg. O alelo variante

FcRL3 -169C está associado a um risco

aumentado no desenvolvimento da tendinopatia

(OR: 1,44, IC 95%: 1,02-2,04) e aos sintomas

clínicos da doença: dor patelar (OR: 1,94, IC

95%: 1,20-3,12) e dor durante o treino (OR:

1,89, IC 95%: 1,01-3,53).

Conclusão

Bajpai et al, 2012 mostrou que a presença do

alelo C do polimorfismo FcRL3 -169T>C,

localizado na região promotora, promove maior

expressão do gene FcRL3. Essa expressão causa

disfunção em células Treg, de tal modo que

aumenta o número de células T auxiliares

efetoras promovendo desequilíbrio imune6. Os

resultados desse estudo fornecem evidências de

que o polimorfismo FcRL3 -169T>C está

associado a susceptibilidade do desenvolvimento

de tendinopatia em atletas, e pode contribuir para

a identificação de novos alvos terapêuticos ou

programas de treinamento personalizado,

evitando que os atletas fiquem afastados de suas

atividades esportivas. Agradecimentos: INTO, FAPERJ.

Referências

1. Eriksen HA, Pajala A, Leppilahti J, Risteli J. Increased content of type III

collagen at the rupture site of human Achilles tendon. J Orthop Res. 2002;20(6):1352-1357.

2. Kulig K, Joiner DG, Chang YJ. Landing limb posture in volleyball athletes with patellar tendinopathy: a pilot study. Int J Sports Med. 2015;36(5):400-406.

3. Abate M, Silbernagel KG, Siljeholm C, Di Iorio A, De Amicis D, Salini V, et al. Pathogenesis of tendinopathies: inflammation or degeneration? Arthritis Res Ther.

2009;11(3):235. doi: 10.1186/ar2723. 4. Bassuny WM, Ihara K, Sasaki Y, Kuromaru R, Kohno H, Matsuura N, et al. A

functional polymorphism in the promoter/enhancer region of the FOXP3/Scurfin gene associated with type 1 diabetes. Immunogenetics. 2003;55(3):149-56.

5. Bajpai UD, Swainson LA, Mold JE, Graf JD, Imboden JB, McCune JM. A

functional variant in FCRL3 is associated with higher Fc receptor-like 3 expression

on T cell subsets and rheumatoid arthritis disease activity. Arthritis Rheum. 2012;64(8):2451-9

106

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Investigação da resistência a quinolonas mediada por plasmídeos em

amostras de Escherichia coli causadoras de infecção do trato urinário

comunitária no Rio de Janeiro

Luis Felipe da Silva Caldeira1*

, Thiago Pavoni G. Chagas2, Alexandra V. Pedinotti Zuma

3, Ana

Paula D’Aliituncourt Carvalho-Assef4, Marise D. Asensi

5 e Flávia Lúcia Piffano C. Pellegrino

6

1,6Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-UEZO; 3Hospital de Aeronáutica dos Afonsos; 2,4,5Laboratório de

Pesquisa em Infecção Hospitalar, Departamento de Bacteriologia, Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz-RJ. Palavras-chaves: Escherichia coli, Infecção do trato urinário, Resistência a quinolonas.

Introdução

Quinolonas são antimicrobianos que atuam na

síntese de ácidos nucléicos em bactérias,

apresentam amplo espectro de atividade e,

portanto, são úteis no tratamento de uma série

de infecções bacterianas incluindo as infecções

do trato urinário (ITUs). A resistência a

quinolonas tem sido amplamente estudada em

bacilos Gram-negativos podendo se dar através

de mutações cromossômicas ou mediada por

plasmídeos. Aqui, investigamos a resistência

plasmidial a quinolonas em amostras de

Escherichia coli isoladas de urina de pacientes

ambulatoriais com diagnóstico de ITU. A

justificativa desta investigação está

fundamentada em relatos da literatura de que o

uso de quinolonas no tratamento de infecções

urinárias pode promover a seleção de amostras

bacterianas resistentes a quinolonas em altos

níveis, e que bactérias podem transferir genes de

resistência a quinolonas por intermédio de

elementos genéticos (Robicsek et al., 2006)1. O

objetivo do estudo é detectar genes de

resistência a quinolonas mediada por

plasmídeos e clones prevalentes de E. coli

relacionados com essa resistência.

Materiais e Métodos

Trinta e sete amostras de Escherichia coli

isoladas de urina de 37 pacientes atendidos no

ambulatório do Hospital de Aeronáutica dos

Afonsos no período de junho a outubro de 2014

foram analisadas. A identificação bacteriana e o

antibiograma foram previamente realizados em

método automatizado e posteriormente

confirmados por meio de testes bioquímicos

convencionais e disco-difusão, respectivamente.

Genes que codificam proteínas protetoras de

topoisomerases (qnrA, qnrB, qnrC, qnrD,

qnrVC e qnrS) e que codificam bombas de

efluxo (qepA e oqxA) (Chen et al., 2012)2 foram

investigados através de reação em cadeia da

polimerase (PCR). A diversidade clonal foi

avaliada através de eletroforese em gel de

campo pulsado (PFGE) (Ribot et al., 2006)3.

Resultados e Discussão

De 37 amostras de E. coli, 12 amostras (32%)

apresentaram susceptibilidade a todos os

antimicrobianos testados. Quanto à resistência a

quinolonas, 18 amostras (49%) apresentaram

resistência ao ácido nalidíxico, 15 (40%) a

norfloxacina e 14 (38%) a ciprofloxacina. Um

total de 10 amostras de E. coli foram positivas

ao PCR para o gene qepA que codifica bomba

de efluxo. Dentre as 10 amostras qepA positivas

apenas duas apresentaram resistência a

ciprofloxacina. Um total de 33 genótipos

diferentes foram obtidos através de PFGE,

evidenciando, que não houve relação entre a

presença de clones prevalentes de E. coli e a

resistência a quinolonas na população estudada.

Conclusões

Elevadas taxas de resistência a quinolonas

(ácido nalidíxico, ciprofloxacina e norfloxacina)

foram observadas na população de E. coli do

estudo. Não houve relação direta entre a

presença do gene qepA e a expressão da

resistência a quinolonas nas amostras do estudo.

Grande diversidade clonal foi observada na

população estudada. Agradecimentos: Ao Laboratório de Pesquisa em

Infecção Hospitalar (LAPIH) do IOC-Fiocruz.

Referências

1.Robicsek A. et al., 2006. qnr Prevalence in Ceftazidime-

Resistant Enterobacteriaceae Isolates from the united states.

Antim Agents Chemother, 50: 2872–2874.

2.Chen X. et al., 2012. Prevalence of qnr, aac(6=)-Ib-cr,

qepA, and oqxAB in Escherichia coli Isolates from Humans,

Animals, and the Environment. Antimicrob. Agents

Chemother., 56: 3423-3427. 3.Ribot E. M. et al., 2006. Standardization of pulsed-field

gel electrophoresis protocols for the subtyping of

Escherichia coli O157:H7, Salmonella, and Shigella for

PulseNet Foodborne Pathog. Dis., 3 (1): 59-67. .

107

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Otimização da identificação de fungos filamentosos através da captura

digital de imagens utilizando espécies do gênero Aspergillus como

modelo

1Nobrega, M.M (IC*);

2Franzen, A.J (PQ);

3Rosa, J.L.A (PQ).

1Vieira, J.M.B.D (PQ).

1Setor de Microbiologia do Laboratório de Tecnologia em Cultura de Células – LTCC; 2 Laboratório de Tecnologia

em Bioquímica e Microscopia – LTBM; 3Laboratório Núcleo de Computação Científica – NCC; Fundação Centro

Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.

< [email protected]>

Palavras-chaves: Aspergillus; Identificação; Diagnóstico computacional.

Introdução

Fungos são seres eucariontes que podem ser

encontrados em diversos locais da natureza. São

amplamente usados na indústria, como na

alimentícia por exemplo1. Morfologicamente, os

fungos podem ser classificados em

leveduriformes e filamentosos. Os fungos

filamentosos são organismos eucariontes,

pluricelulares, possuem como constituinte

morfológico básico a hifa e produzem diversos

tipos de metabólitos secundários, alguns

tóxicos2. Estudos demonstram que o diagnóstico

computacional de formas biológicas é uma

técnica promissora para tornar mais prática a

identificação de vários tipos de

microrganismos3, 4

. Este diagnóstico baseia-se

na captura de imagens, a partir das quais são

propostos parâmetros e atributos típicos, que

permitam a identificação com o auxílio de

softwares3. Neste trabalho o objetivo é, através

da microscopia óptica e eletrônica de varredura,

capturar imagens das hifas aéreas de fungos

filamentosos, descrever numericamente suas

estruturas e propor padrões morfológicos que

possibilitem a sua identificação por imagem,

levando-se em consideração os atributos

essenciais para este fim.

Materiais e Métodos

A partir do cultivo de sete dias de espécies de

Aspergillus em Agar Sabouraud, serão

preparadas lâminas para microscopia ótica e

feito processamento para microscopia eletrônica

de varredura com o objetivo de visualizar as

hifas aéreas dos fungos, bem como seus

conídeos. Será feita então a captura digital de

imagens dessas estruturas e posterior

processamento a fim de descrever as

características morfológicas e encontrar

possíveis padrões, que sejam estatisticamente

relevantes e que possam ser utilizados para

diferenciação das espécies de Aspergillus.

Resultados e Discussão

O projeto está em andamento, porém algumas

imagens preliminares já foram feitas. Como

resultados, espera-se reunir imagens de

microscopia ótica e eletrônica de varredura de

espécies de Aspergillus analisadas que serão

captadas digitalmente de forma a analisar as

estruturas morfológicas desses fungos,

principalmente conídios e hifas aéreas, com o

auxílio de algorítmos. Com isso, determinar

padrões de tamanho, curvatura, área média,

diâmetro, dentre outros dados, e compará-los,

encontrando diferenças estatisticamente

suficientes para estabelecer uma metodologia

diferenciada das convencionalmente utilizadas

para identificação de fungos. Neste estudo, os

dados obtidos com Aspergillus servirão como

modelo inicial. Tal método futuramente poderá

ser útil como ferramenta auxiliar na

identificação de fungos filamentosos em nível

de espécie, o que atualmente é um processo

demorado e demanda profissional qualificado

raramente disponível. Com a técnica proposta, a

captura de imagens das estruturas microscópicas

dos organismos a serem identificados e o

tratamento digital das mesmas propiciará a

identificação automatizada de fungos

filamentosos através do uso de softwares. Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1: Peters Spiteller, Chemical ecology of fungi. Royal

Society of Chemistry. Germany. 2015.

2: Lopes, Fernanda. Produção e Análise de Metabólitos

Secundários de Fungos Filamentosos. 2011. 130 páginas.

Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular -

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

3: Castanõn, César. Análise e reconhecimento de formas

biológicas para o diagnóstico automático de parasitas do

gênero Eimeria. 2006. 131. Doutorado em Bioinformática -

Universidade de São Paulo, São Paulo.

4: Thorsten D., Jens M C e Jens C. F.. Direct identification

of pure Penicillium species using image analysis. Journal of

Microbiological Methods. Lyngby, vol. 41, p. 121-133,

2000.

108

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Comunicação Juncional em macrófagos: possível modulação das junções

comunicantes no microambiente da infecção com toxoplasma gondii.

Kiffer, M.R.N. (IC)1*

; Souza, O.M.J (IC)1*

; Moreira de Carvalho, G.O.A (PG)1,3

; Da Silva, C.M.

(PG) 1,2

; Macedo, J.V. (IC)

1; Ramada, R.S. (IC)

1; Manchester, T.

1,; Coutinho-Silva, R.

4; Goldenberg,

R.C.S.4; Seabra, S.H.

1,2 & Fortes, F.S.A.

1,2,3

1.Laboratório de Terapia e Fisiologia Celular e Molecular Prof. Antonio Carlos Campos de Carvalho; Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO 2.Programa de Pós-Graduação em Biomedicina Translacional -

BioTrans; UEZO, UNIGRANRIO & Inmetro 3.Programa de Pós Graduação em Ciências Fisiológicas, Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

4 Instituto de Biofisica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e-mail: [email protected].

Palavras-chaves: Junção comunicante, Macrófagos e Toxoplasma gondii.

Introdução Os estudos de doenças causadas por protozoários são importantes sob o ponto de vista nacional e internacional. De acordo com os resultados de Dubey et al (2012)

1 a soro

prevalência do Toxoplasma gondii indicaram que o Brasil (56% da população geral) possui 4 vezes mais exposição ao parasita que nos Estados Unidos (13% da população geral). De acordo com Khan et al. (2007)

2 Acredita-se que

este parasita possivelmente tenha infectado um terço da população mundial. Na maioria dos adultos a toxoplasmose é assintomática, porém em alguns indivíduos pode causar cegueira e, em crianças congenitamente infectadas, retardo mental. Em indivíduos imunocomprometidos causa grande morbidade e mortalidade. Parte destas complicações está associada à alteração funcional da comunicação intercelular, mediada pelas Junções Comunicantes (Gap Junctions), que é responsável pela troca de íons e pequenos mensageiros que mantém a homeostase tecidual (Adesse, D et al., 2011)

3. No entanto, ainda

existem sistemas que não estão inteiramente caracterizados, quando destacamos a comunicação juncional, principalmente no que se trata da infecção com o Toxoplasma gondii. Dentre alguns sistemas, podemos destacar o sistema Imunológico, particularmente os Macrófagos que participam do processo de resposta inata deste sistema. A caracterização morfológica e funcional das junções comunicantes em macrófagos tem sido alvo de estudo de diversos grupos (Fortes, FSA et al., 2004)

4, no entanto seus mecanismos

regulatórios ainda merecem esclarecimentos, principalmente diante de alterações patológicas, como nos processos infecto-inflamatórios. Com isso o objetivo geral deste estudo será o de avaliar a modulação estrutural e funcional das junções comunicantes formadas pela Conexina 43 (Cx43) em linhagens macrofágicas e macrófagos peritoneais após a infecção com o parasito Toxoplasma gondii, e em tratamentos destas células com fatores pró-imune-inflamatórios que mimetizem ambientes infectados.

Materiais e Métodos (1) Cultura de células de linhagem macrofágica J774-G8;(2) Obtenção do protozoário

Toxoplasma gondii ;(3) Infecção das células com o protozoário;(4) Tratamento com fatores pró-imuno-inflamatórios.;(5) Ensaios de imunofluorescência para proteína Cx43, sendo identificada a sua presença na célula através de microscopia confocal;(6) Ensaios de microinjeção intracelular de corantes, a fim de avaliar a funcionalidade das junções comunicantes na membrana plasmática das células.

Resultados e Discussão Células de linhagem macrofágica J774-G8 apresentaram alterações significativas em seu perfil de comunicação intercelular por junções comunicantes, quando submetidas a microambientes em que havia o estimulo com fatores pró-imune inflamatórios. Experimentos de injeções intracelulares de corante em culturas previamente tratadas com Lipopolissacarídeo (LPS), Interferon-Gama (IFN-ɤ) e Fator de Necrose Tumoral do tipo α (TNF-α) de forma combinada, e em incubações de até 48 horas, aumentaram significativamente o perfil de acoplamento celular, ou seja, aumentaram a comunicação mediada por junções comunicantes nos tratamentos combinados de LPS+IFN- α e IFN-α + TNF-α.

Conclusões Foi observado a modificação do microambiente e do perfil de acoplamento celular com o tratamento com os fatores pró-imuno-inflamatório. Na infecção com o T. gondii, foi observado modificações da morfologia celular e do microambiente. Agradecimentos: CAPES , FAPERJ, CNPq.

Referências

1. Dubey, J. P., Lago, E. G., Gennari, S.M., SU, C. and Jones,

J. L. Parasitology, p. 1 of 50, 2012

2. Khan, A. , Fux, B , SU,C. , Dubey, J. P. , Darde, M. L. ,

AjiokA, J. W., Rosenthal, B. M. E Sibley L. D. Proceedings of

the National Academy of Sciences of the United States of

America. vol. 104 n. 37, 10.

3. Adesse D, Goldenberg RC, Fortes FS et al. Gap junctions

and chagas disease. Adv Parasitol. 2011. 76:63-81.

4. Fortes FSA, Pecora IL, Persechini PM, Hurtado S, Costa V,

Coutinho-Silva R, Braga MB, Silva-Filho FC, Bisaggio RC,

De Farias FP, Scemes E, De Carvalho AC & Goldenberg RC

(2004). J Cell Sci. 117(Pt 20): 4717-26.

109

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Síntese e Avaliação anticancerígena do Tempol

Mário P. Rodrigues (IC)1*, Jamila Alessandra Perini Machado (PQ)

2 , Luciana da Cunha Costa

(PQ)1 Alessandro Kappel Jordão (PQ)

1

1Laboratório de Síntese Orgânica – LASO, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO, Rio de

Janeiro, RJ; 2Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Fundação Centro Universitário Estadual da

Zona Oeste - UEZO, Rio de Janeiro, RJ

*[email protected].

Palavras-chaves: Tempol, nitróxidos, câncer.

Introdução

Os organismos vivos interagem com o meio

ambiente visando manter um ambiente interno

que favoreça a sobrevivência, o crescimento e a

reprodução. O oxigênio (O2) é vital para

organismos aeróbios; contudo, espécies reativas

formadas intracelularmente a partir do oxigênio

ameaçam a integridade celular por meio da

oxidação de biomoléculas, e podem

comprometer processos biológicos importantes.

O dano oxidativo de biomoléculas pode levar à

inativação enzimática, mutação, ruptura de

membrana, ao aumento na aterogenicidade de

lipoproteínas plasmáticas de baixa densidade e à

morte celular. Estes efeitos tóxicos do oxigênio

têm sido associados ao envelhecimento e ao

desenvolvimento de doenças crônicas,

inflamatórias e degenerativas. Antioxidantes

enzimáticos ou não-enzimáticos representam

uma estratégia interessante de proteção contra o

estresse oxidativo ocasionado por diferentes

agentes.1 O Tempol (4-hidroxi-2,2,6,6-

tetrametilpiperidina-1-ol) (3) e outros nitróxidos

cíclicos têm sido estudados como inibidores da

atividade de mieloperoxidase (MPO) em células

in vitro. Estes compostos também são

empregados como agentes antioxidantes.

Recentemente esta classe de substâncias foi

relacionada a atividade anti-câncer.1

Materiais e Métodos

O objetivo deste trabalho é a preparação do

tempol (3) para avaliação anticancerígena em

células de câncer de mama in vitro.

Resultados e Discussão

A síntese do tempol (3) inicia-se com a reação

de redução da triacetonamina (1) com hidreto de

sódio e boro em etanol, com rendimento de

90%. Posteriormente o intermediário formado,

2,2,6,6-tetrametil-4-piperidinol (2), foi

submetido à reação de oxidação com tungstato

de sódio (Na2WO4.2H2O) e peróxido de

hidrogênio (H2O2) para formação do nitróxido

cíclico tempol (3), com rendimento de 70%.

Conclusões

A metodologia de síntese do Tempol (3) foi

considerada satisfatória e será utilizada para a

preparação desta substância em quantidade

suficiente para avaliação anticancerígena no

laboratório de Pesquisa de Ciências

Farmacêuticas da UEZO.

Agradecimentos: FAPERJ.

Referências

1. Halliwell B, Gutteridge JMC Free Radicals in Biology

and Medicine, 5th ed., Claredon Press: Oxford, 1999.

2. Sun XL, Wang SY, Qi ZM, Wan N, Zhang BL, He W

(2016) Design, synthesis, and biological evaluation of novel

Tempol derivatives as effective antitumor agentes. Research

on Chemical Intermediates 42: 7659-7673.

110

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Análise Morfo-Tintorial das Estirpes Bacterianas MG02, MF07,

MG08 e MF13

Matheus de Oliveira N. Marques¹*, Barbara Alvarenga Peckle1,2,3

, Andrew Macrae2, Ida Carolina

Neves Direito1

1Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

2 Laboratório de Biotecnologia Sustentável e Bioinformática Microbiana, Universidade Federal do Rio de Janeiro

3Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal, Universidade Federal do Rio de Janeiro

[email protected]

Palavras-chaves: Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético, MEMB, Herbicida

Introdução

O 2,4-D (Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético) é um

herbicida seletivo, sendo o segundo herbicida

mais utilizado no Brasil.1 É amplamente

aplicado nas lavouras brasileiras, incluindo de

soja e cana-de-açúcar. Contudo, o uso

indiscriminado de tal herbicida pode trazer

sérios problemas ao meio ambiente e aos seres

humanos, visto que ao ser pulverizado nas

plantações, grande parcela não chega ao seu

alvo e é carreado de diversas formas para meio

ambiente.2,3

Uma alternativa viável para

minimizar esses danos é a biorremediação, que

utiliza a ação natural dos microrganismos para

degradar tais compostos. Através da

bioprospecção realizada por DIREITO (2009)4,

foram selecionadas bactérias do solo que

apresentaram uma possível capacidade de

degradar 2,4-D. O objetivo deste trabalho é a

análise morfo-tintorial das estirpes bacterianas

MG02, MF07, MG08 e MF13.

Materiais e Métodos

As bactérias foram ativadas em meio LB. Em

seguida, as estirpes foram inoculadas em meio

LB enriquecido com 500mg de 2,4-D por litro,

com intuito de testar a capacidade destas em

crescer em meio contendo o herbicida. Para

análise morfo-tintorial utilizou-se a técnica de

coloração de Gram. A caracterização

morfológica da colônia das estirpes bacterianas

foi realizada em meio seletivo MEMB, que tem

como objetivo mostrar se os isolados ainda

possuem capacidade de degradar o 2,4-D

através da mudança da coloração da colônia.

Resultados e Discussão

Os resultados gerados a partir da análise morfo-

tintorial nos mostra que os isolados MG02 e

MF07 são classificados como gram-positivos.

Em contrapartida, os isolados MG08 e MF 13

mostram-se gram-negativos. Em relação à sua

forma, os isolados MG02, MG08 e MF13 são

bacilos; enquanto MF07 é cocos. Todas as

estirpes bacterianas apresentaram crescimento

em meio LB com 2,4-D e no meio seletivo

MEMB.

Conclusões

A caracterização morfo-tintorial das estirpes

estudadas permite a seleção dos testes

bioquímicos para a identificação taxonômica. O

crescimento das mesmas em meio contendo 2,4-

D sugere que, mesmo após seu armazenamento

a -20ºC, estas não perderam a capacidade de

metabolizar o 2,4-D. Agradecimentos: FAPERJ

Referências

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis. Relatório de Comercialização de

Agrotóxicos, IBAMA (2014). Disponível em:

www.ibama.gov.br/phocadownload/Qualidade_Ambiental/o

s_dez_ias_vendidos_2014.xls. Acessado em 28/09/2016

BURNS, C.J; SWAENG. M.H. Review of

2,4dichlorophenoxyacetic acid (2,4-D) biomonitoring and

epidemiology, Critical Reviews in Toxicology, 42:9, 768-

786, 2012

Bonicelli, B.;Cotteux, E.; Sinfort, C.; Ruelle, B.; DE

Rudnicki, V. Ongoing Research on PesticidesAir

Dispersion. CIGR-Ageng 2012. International Conference on

Agricultural Engineering, Jul2012

Direito, I C N. Bioprospecção e interações de populações

bacterianas degradadoras do herbicida 2,4-D em solos

agrícolas. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de

Janeiro, 2009. Xiii, 190 f. : il. ; 31 cm

111

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Polimorfismos CYP2C19*2 e CYP2C19*17 como possíveis

biomarcadores para o diagnóstico e prognóstico da endometriose.

Mayara Calixto da Silva (IC)¹*, Jéssica Vilarinho Cardoso (PG)¹

,2, Daniel Escorsim Machado (PQ)

1,

Renato Ferrari (PQ)3, Plínio Tostes Berardo (PQ)

4, Jamila Alessandra Perini (PQ)

1,2.

1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO; 2Programa de Pós-Graduação

em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP-Fiocruz; 3Hospital Moncorvo Filho, UFRJ; 4Hospital Federal dos Servidores do Estado - HFSE.

* E-mail de contato: [email protected]

Palavras-chaves: Polimorfismos; Estrogênio; Endometriose; Biomarcadores.

Introdução

A endometriose é uma doença ginecológica

estrogênio dependente, que acomete de 3 a 20%

das mulheres em idade reprodutiva1. É

caracterizada pela presença de tecido endometrial

fora da cavidade peritoneal2 e pode causar

dismenorreia, dor pélvica crônica, dispareunia e

infertilidade3. Entretanto, estima-se que 10,7% das

mulheres com endometriose sejam assintomáticas4.

Já se sabe que histórico familiar pode estar

associado ao risco de desenvolvimento da doença,

sugerindo influência de fatores genéticos5. Nesse

contexto, o estudo de polimorfismos do gene

CYP2C19, que atua no catabolismo do estrogênio6,

poderia explicar, em parte, a suscetibilidade para o

desenvolvimento da endometriose. Sendo assim, o

objetivo deste estudo foi avaliar a magnitude de

associação dos polimorfismos de um único

nucleotídeo (SNPs) CYP2C19*2 681G>A e

CYP2C19*17 -806 C>T no desenvolvimento da

endometriose.

Materiais e Métodos

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa do Hospital Federal dos Servidores do

Estado do Rio de Janeiro (414/2011) e Hospital

Moncorvo Filho (1.244.294/2015). A população

do estudo inclui 391 mulheres, sendo 194

pacientes diagnosticadas com endometriose (casos)

e 197 sem evidência da doença (controles). A

genotipagem dos polimorfismos foi realizada pela

técnica de PCR em tempo real utilizando sondas

TaqMan. A associação dos polimorfismos

estudados com a endometriose foi avaliada pela

regressão logística binária.

Resultados e Discussão

Os casos de endometriose apresentaram menor

IMC que os controles (26,38±4,65 versus 27,93

±5,85, respectivamente, p=0,005). A média de

idade da menarca não foi diferente entre os grupos

(P=0,49). Foi encontrada uma diferença

significativa para o SNP CYP2C19*2, no qual a

frequência do genótipo GA+AA foi maior no

grupo casos do que nos controles (P=0,04; OR=

1,56; IC 95% = 1,01- 2,43). Além disso, a

frequência do alelo variante deste SNP também foi

maior no grupo casos (P= 0,03; OR= 1,54; IC

95% = 1,04 - 2,28), o que indica que há um risco

de desenvolvimento da endometriose associado à

presença do alelo CYP2C19*2. Resultados

semelhantes foram encontrados para o SNP

CYP2C19*17, sendo que as frequências do

genótipo TT e do alelo T foram maiores no grupo

controles em comparação aos casos (P=0,01; OR=

0,33; IC 95% = 0,14 - 0,82 e P=0,03; OR= 0,68;

IC 95% = 0,48 - 0,96, respectivamente) indicando

que a presença do CYP2C19*17 está associada à

uma proteção ao desenvolvimento da doença.

Conclusões

Nossos resultados indicam uma associação de

risco para o SNP CYP2C19*2 e um efeito protetor

para o CYP2C19*17 no desenvolvimento da

endometriose. Esses achados podem auxiliar a

compreensão da etiologia da endometriose, além

de contribuir para o diagnóstico e/ou prognóstico

da doença como possíveis biomarcadores. Agradecimentos: FAPERJ, CNPq, FAF

(Oncobiologia).

Referências

1.Bianco B, André GM, Vilarino FL, Peluso C, Mafra FA, Christofolini DM,

Barbosa CP. 2012. “The Possible Role of Genetic Variants in Autoimmune-Related

Genes in the Development of Endometriosis.” Human Immunology 73 (3): 306–15.

doi:10.1016/j.humimm.2011.12.009.

.Gao X, Yeh YC, Outley J, Simon J, Botteman M, Spalding J. 2006. “Health-Related

Quality of Life Burden of Women with Endometriosis: A Literature Review.”

Current Medical Research and Opinion 22 (9): 1787–97.

doi:10.1185/030079906X121084.

3.Vercellini P, Crosignani PG, Abbiati A, Somigliana E, Viganò P, Fedele L. 2009.

“The Effect of Surgery forSymptomatic Endometriosis: The Other Side of the

Story.” Human Reproduction Update 15 (2): 177–88. doi:10.1093/humupd/dmn062.

Sinaii N, Plumb K, Cotton L, Lambert A, Kennedy S, Zondervan K, Stratton P.

2008. “Differences in Characteristics among 1,000 Women with Endometriosis

Based on Extent of Disease.” Fertility and Sterility 89 (3): 538–45.

doi:10.1016/j.fertnstert.2007.03.069.

Simpson JL, Elias S, Malinak LR, Buttram VC Jr. 1980. “Heritable Aspects of

Endometriosis. I. Genetic Studies.” American Journal of Obstetrics and Gynecology

137 (3): 327–31.

Painter JN1, Anderson CA, Nyholt DR, Macgregor S, Lin J, Lee SH, Lambert A, et

al. 2011. “Genome-Wide Association Study Identifies a Locus at 7p15.2 Associated

with Endometriosis.” Nature Genetics 43 (1): 51–54. doi:10.1038/ng.731.

112

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Caracterização de diferentes habitats de larvas de Simulídeos

(Diptera:Simullidae) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Melissa Barbosa Ferreira (IC)¹*, Lidiane Coelho Berbert(PG)

1,2, Vinícius Ribeiro Flores (PG)

1,3,

Ronaldo Figueiró (PQ)¹,4, Ida Carolina Neves Direito (PQ)

1

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste.2 Programa de Pós Graduação em

Ciência e Tecnologia Ambiental - PPGCTA, UEZO; 3 Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, INMETRO; 4Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Volta Redonda, RJ

*[email protected]

Palavras-chaves:altitude, simulídeos , PARNASO.

Introdução

Simulídeos são insetos que fazem parte da

família Simuliidae, conhecidos como piuns ou

borrachudos. Os borrachudos passam pelo

estágio de ovo, larva e pupa. Suas larvas ficam

presas a substratos como folhas, rochas e galhos

submersos onde se alimentam de detritos, os

quais são filtrados através de seus leques

cefálicos. Grande parte dessas espécies são

antropofílicas, podendo causar alergias e

transmitir doenças durante o repasto sanguíneo.¹

Podem ser encontrados em cursos de água

corrente, de diferentes volumes, velocidades,

temperatura, pH e altitude a partir do nível do

mar.² O presente estudo teve como objetivo

caracterizar os diferentes sítios de coleta no

Parque Nacional da Serra dos Órgãos

(PARNASO) em Teresópolis - Rio de Janeiro.

Materiais e Métodos

O trabalho foi desenvolvido no Parque Nacional

da Serra dos Órgãos. As amostras foram

coletadas no dia 14 e 15 de abril de 2016 e as

coletas foram realizadas em 4 sítios. Foi

realizada captura manual das larvas juntamente

com o substrato em que estavam aderidas. Em

cada um dos sítios foram definidos 15 pontos de

coleta diferentes e as larvas armazenadas em

álcool absoluto. Os valores de pH, temperatura,

turbidez da água, luminosidade do ambiente e

altitude foram medidos em cada sítio onde

foram coletadas as larvas, sendo além disso

calculado o índice de integridade ambiental dos

sítios com base no RCE (The Riparian Channel

and Environmental).

Resultados e Discussão

O sítio 1 apresentou um número maior de

indivíduos (482), com uma luminosidade alta de

998. Sítio 2 e 3 apresentaram o mesmo número

de larvas (191) e também apresentaram intensa

luminosidade (Tabela 1). Em todos os sítios, as

águas permaneceram em temperaturas

entre19,2° C - 22°C e com pH neutro. Os

valores de turbidez da água ficaram entre 0,19 –

1,82 UNTs, classificando-a como

limpa/cristalina, de acordo com as normas

internacionais de controle de água potável. Cada

sítio recebeu uma pontuação no RCE, ficando

entre 226 a 306, na classe I e II, configurando a

eles integridade muito boa à excelente, o que

indica preservação do ambiente. Observamos

que em altitudes mais elevadas a abundância de

larvas de Simulídeos é maior, diferentemente do

que Figueiró e colaboradores3 observaram em

suas pesquisas quando verificaram populações

larvais mais abundantes em baixa altitude.

Tabela1. Dados abióticos e número de

indivíduos coletados por sítio de coleta.

Conclusões

As características dos habitats da forma larval

dos simulídeos ainda não são bem definidas na

literatura, sendo assim esse trabalho é um

importante passo para o início da caracterização

físico-química dos habitats desses insetos.

Portanto, se as condições dos habitats dos

Simulídeos forem favoráveis ao aumento da

população larval, o conhecimento sobre ele é

importante para um futuro controle usando

larvicidas de maneira mais criteriosa. Agradecimentos: FAPERJ.

Referências

1.Strider, M. N.; Corseuil, E. Atividades de hematofagia em

Simuliidae (Diptera, Nematocera) na Picada Verão, Sapiranga, RS, Brasil. Acta Biologica

Leopoldensia, v. 14, p. 75-97, 1992. 2.Crosskey, R. W. The Natural History of Blackflies. New

York: John Wiley & Sons, 1990. 711p.

3.Figueiro, R.; Araujo-Coutinho, C.J.P. C.; Gil-Azevedo, L.

H.;Nascimento, E.S.; Monteiro, R. F.Spatial and temporal

distribution ofblackflies (Diptera: Simulidae) in the Itatiaia

National Park, Brazil. NeotropicalEntomologyv.35: p. 542 –

550, 2006.

113

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação de nanoemulsões contendo extrato de Sideroxylon

obtusifolium frente ao fungo demáceo Exophiala (Wangiella)

dermatitidis.

Natalia M. Santos (IC)¹*, Camila N. dos S. Silva (IC)¹, Gabriel S. Morais (IC)¹, Anderson J.

Franzen (PQ)¹.

1 Laboratório de Tecnologia em Bioquímica e Microscopia, Universidade Estadual da Zona Oeste.

* [email protected]

Palavras-chaves: melanina, Sideroxylon obtusifolium, Wangiella dermatitidis.

Introdução

Exophiala (Wangiella) dermatitidis é o principal

agente etiológico da feohifomicose subcutânea,

micose que causa lesões principalmente em

áreas expostas como braços e pernas4. É

neurotrópico, e em pacientes imunodeprimidos

pode causar infecções disseminadas3. Este fungo

é demáceo e dimórfico, capaz de produzir

melanina in vivo e in vitro1 A melanina é

considerada um fator de virulência por conferir

características de proteção ao fungo. A

mortalidade associada à infecção por E.

dermatitidis é extremamente elevada, chegando

a quase 100% nos casos de envolvimento do

sistema nervoso central2. Este projeto visa

analisar a capacidade antifúngica das saponinas

através de nanoemulsões com extrato de

Sideroxylon obtusifolium frente ao fungo E.

dermatitidis através de ensaios in vivo.

Materiais e Métodos

E. dermatitidis foi cultivada em meio líquido

Czapex dox para obtenção de conídios, e em

meio sólido Sabouraud Dextrose Ágar, para

obtenção de hifas. As diferentes formulações de

saponina (extrato e nanoemulsão). A ação da

saponina será avaliada em placas de 96 poços

com diferentes concentrações da droga, e

processada para a análise em Microscopia

óptica e Microscopia Eletrônica de Varredura.

Resultados e Discussão

Produtos naturais representam uma excelente

fonte de substâncias que possuem grande

variedade de atividades biológicas, dentre elas,

a ação antiproliferativa das saponinas.

Sideroxylon obtusifolium é uma espécie vegetal

rica em saponinas, típica das caatingas, onde há

solos de textura argilo-arenosa5. Resultados

obtidos através de ensaios in vitro

demonstraram inibição do crescimento fúngico

durante tratamento com a nanoemulsão

preparada com saponina. Análises por

microscopia eletrônica de varredura indicam

que os fungos tratados apresentaram alterações

estruturais.

Conclusões

Resultados sugerem que a nanoemulsão do

extrato de Sideroxylon obtusifolium pode

contribuir futuramente para elaboração de uma

droga eficaz no controle das infecções causadas

por Exophiala (Wangiella) dermatitidis.

Agradecimentos: CAPES e FAPERJ.

Referências

1. Alviano CS, Farbiarz SR, De souza W, Angluster JA,

Travassos LR. (1991) Characterization of Fonsecaea

pedrosoi melanin. Journal of General Microbiology,

London, v. 137, p. 837 – 844.

2. Ajanee N, Alam M, Holmberg K, Khan J. (1996) Brain

abscess caused by Wangiella dermatitidis: Case report.

Clinical Infectious Diseases. Chicago, v. 23, p. 8-197.

3. Chang CL, Kim DS, Park DJ, Kim HJ, Lee CH, Shin JH.

(2000) Acute Cerebral Phaeohyphomycosis due to

Wangiella dermatitidis Accompanied by Cerebrospinal

Fluid Eosinophilia. Journal of Clinical Microbiology.

Washington DC, v. 38, n. 5, p. 1965-1966.

4. Cunha Filho RR, Schwartz J, Rehn M, Vettotato G,

Resende MA. (2005) Feo-hifomicose causada por Veronaea

bothryosa: relato de dois casos. Anais Brasileiros de

Dermatologia. Rio de Janeiro, v. 80, p. 53-56.

5. Oliveira AP, Raith M, Kuster RM. (2012) Metabolite

profiling of the leaves of the Brazilian folk medicine

Sideroxylon obtusifolium. Planta Médica. [S.l.], v. 78, p.

703.

114

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação da capacidade biocida de nanocompósitos de prata a partir

de copolímeros estireno-divinilbenzeno poliHIPEs.

Nathália Smith Santos(IC)¹*, Roberta Trovao santos (PG)¹, Luciana Cunha(PQ)

1.

1 Laboratóriode síntese orgânica, Universidade Estadual da Zona Oeste.

* [email protected]

Palavras-chaves: polímero,estireno,divinilbenzeno.

Introdução

Polímeros de Estireno e Divinilbenzeno (Sty-

DVB) são muito utilizados como fase

estacionária para cromatografia líquida ou

extração em fase sólida e também como suporte

para sistemas catalíticos. 1 De acordo com a

literatura estas utilizações são profundamente

influenciadas pelas condições de síntese dos

polímeros, tais como, agente formador de poros

ou natureza do diluente, grau de diluição dos

monômeros, grau de reticulação, temperatura de

reação, entre outros.2

PoliHIPEs são produzidos

a partir da polimerização de emulsões de fase

interna alta (HIPEs). Um HIPE é uma emulsão

onde a fase de gotícula ocupa mais de 74% do

volume total. No caso dos HIPEs, a fase

contínua contém os monômeros que podem ser

polimerizados e fornecer sua estrutura de célula

típica os poli-HIPEs. 3

O trabalho tem por

objetivo sintetizar copolímeros Sty-DVB com

morfologia variada através de polimerização em

massa e em suspensão de emulsões de elevada

fase interna HIPEs.

Materiais e Métodos

Este trabalho está dividido em 2 etapas:

Etapa 1: Preparação de HIPEs:

As emulsões de elevada fase interna HIPEs

foram preparadas através do gotejamento lento e

sob agitação de uma fase aquosa (FA) sobre

uma fase orgânica (FO) contida em um balão

tritubulado. A FA foi constituída de água (45

mL), iniciador K2S2O8 (0,45 g) e os agentes de

suspensão NaCl (0,45 g) e PVA (0,67 g) . A FO

foi composta de Sty (3,3 mL), DVB (1,3 mL) e

tensoativo Span 80 (massas variadas). Foram

preparadas 10 HIPEs variando tempo de adição

da FA sobre a FO, velocidade de agitação e teor

de tensoativo (Tab. 1).

Etapa 2: Polimerização do HIPE produzido na

etapa anterior. Até o presente momento a

polimerização do HIPE obtido na etapa anterior

foi realizada através de cura em estufa por 24

horas. Posteriormente estes poliHIPEs também

serão preparados por polimerização em

suspensão aquosa visando a produção de

partículas esféricas.

Resultados e Discussão

Foram preparados 10 poliHIPEs variando o teor

tensoativo Span 80, tempo de adição da FA sobre

a FO e velocidade de agitação. Tabela 1. POLIHIPEs de Sty-DVB

HIPE Span

80 (g)

Velocidade

(rpm)

Tempo

(min)

Massa do

polimero

produzido(g)

HIPE

R1

0,84 150 30 1,239

HIPE

R2

0,84 250 30 1,7966

HIPE

R3

0,84 350 30 1,0167

HIPE

R4

0,84 450 30 1,1886

HIPE

R5

0,84 250 60 0,6990

HIPE

R6

0,84 250 90 0,9235

HIPE

R7

1,25 250 30 1,0163

HIPE

R8

1,68 250 30 1,0162

HIPE

R9

2,09 250 30 0,9551

HIPE

R10

0,84 250 30 0,7300

Com base nos resultados apresentados podemos

inferir que o polimero que obteve maior

rendimento de polimerização foi o polímero R2

que foi produzido com 0,84g de span 80. a

velocidade de 250 rpm em 30 minutos de adição

e obteve uma massa de 1,7966g. A Figura 1

apresenta os MEVs deste material.

Figura 1. MEVs do poliHIPE R2

Conclusões

Podemos concluir que é possível a síntese de

polímeros a partir Sty-DVB, e que o poliHIPE

obtido empregando 0,84g de span 80, velocidade

de 250 rpm, 30 minutos de adição teve maior

rendimento.

Referências

1.D.C.Sherrington. Preparation structure and

morphology of polymer supports. Chemical

Communication 21, 2275-2286. 1998. 2. J.S. Fritz; Analytical Solid-Phase Extraction; John

Wiley: New York, 1999.

3.(K.J. Lissant (Ed.), Emulsions and

Emulsion Technology Part 1, Marcei Dekker, New York, 1974.

115

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Aspectos bromatológicos de uma massa alimentícia funcional sem

glúten à base de inflorescência de banana prata

Paula C.P. Silva (IC)¹*, Marcelo G.R. Alves (IC)¹, Aline F.S. Soares (PQ)1,2

, Sabrina S. Dias (PQ) 1,2

,

Catharina E. Fingolo (PQ) 1,2

.

¹Laboratório de Extensão, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.

²Laboratório de Tecnologia em Produtos Naturais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ. * [email protected].

Palavras-chaves: inflorescência de banana prata, massa, alimento funcional, doença celíaca.

Introdução

A existência de produtos novos a partir de

matérias primas originadas de subprodutos

naturais com elevado potencial nutritivo tem

despertado o interesse do meio científico e da

indústria de alimentos (Fingolo et al., 2011)¹.

A determinação da composição centesimal dos

alimentos possibilita a elaboração de rotulagem

nutricional fornecendo parâmetros para auxiliar

na avaliação e controle de quantidade de

nutrientes consumidos².

O objetivo foi avaliar a viabilidade nutricional

de uma massa alimentícia funcional sem glúten

tendo como ingrediente principal inflorescência

de banana prata e promover a oferta de alimento

de baixo custo, de rápido preparo e mais

acessível à população.

Materiais e Métodos

A massa alimentícia foi desenvolvida com:

inflorescência de banana cozida, mix de farinha

sem glúten, ovos, água, sal. Após bater os

ingredientes, acrescentou-se mix de gomas

(Guar e Xantana) e uma pequena quantidade de

mix de farinha sem glúten. Foram realizadas

análises de umidade (método de secagem direta

em estufa a 105ºC)³, cinzas (incineração em

mufla a 550ºC)³, lipídeos (extração com

solvente a quente-Soxhlet)³, proteínas (método

de Kjeldahl)³ e fibras totais 4,5

. Todas as análises

foram feitas em triplicata.

Resultados e Discussão

Os resultados para teor de umidade, lipídeos e

cinzas foram obtidos por diferença de peso. Para

proteínas converteu-se o nitrogênio medido em

proteína, multiplicando-se o conteúdo de

nitrogênio por um fator geral de conversão.

Obteve-se média de 4,57±0,80% de cinzas;

41,56,±0,15% de umidade; 3,81±0,01% de

lipídeo e 7,63±0,01% de proteína. O valor

calórico total foi de 72,58 kcal/30g e o valor de

fibras totais de 10,90% (FDA 3,90±0,48% e

FDN 7,00±0,30%).

Trata-se de um produto de origem natural com

elevado teor de fibras, baixo valor calórico e

isento de glúten, ou seja, livre de toda e

qualquer substância causadora de danos à saúde

dos consumidores portadores de doença celíaca

a qual o tratamento consiste na retirada

completa do trigo, cevada, centeio, aveia e

malte da dieta.

Conclusões

A massa alcançou valores médios esperados

para cinzas, lipídeos e proteínas, porém com

relação à umidade a média encontra-se acima do

parâmetro máximo de 35% permitido pela

ANVISA na legislação específica, que rege os

padrões de identidade e qualidade de massa

alimentícia produzida com glúten6. A legislação

brasileira ainda não dispõe de um regulamento

técnico de padrão de identidade e qualidade de

massa alimentícia isenta de glúten. Agradecimentos: Laboratório de Controle

Bromatológico e Microscópico, Faculdade de

Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

1. Fingolo, CE, Moura, MRL, Kaplan, MAC (2001) Farinha

nutritiva, processo de produção da farinha nutritiva e seus usos.

PI0905055-8 A2.

2. Rotulagem nutricional obrigatória: manual de orientação às

indústrias de alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, Agência

Nacional de Vigilância Sanitária / Universidade de

Brasília,2005.Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/

3. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz - Métodos Físico-

Químicos para análise de Alimentos. v. 1, IVº edição, S.P, 2005.

4.Van Soest, PJ (1963), Use of Detergent in the Analysis of Fibrous

Feed I, Preparation of Fiber Residues of Low Nitrogen, Journal of

the Association Official Agriculture Chemistry, 46, 925-929.

5.Mendez, MHM, Derivi, SCN, Rodrigues, MCR, Fernandes, ML,

Machado, RLD (1985) Método de fibra detergente neutro

modificado para amostras ricas em amido,

Ciência e Tecnologia de Alimentos, 5 (2), 123-131.

6.BRASIL.ANVISA (2000) Agência Nacional de Vigilância

Sanitária. Resolução RDC Nº 93, de 31 de outubro de 2000.

Disponívelem:4http://www.sbcnet.org.br/lovro/62ra/resumos/resumo

s/1417.htm

116

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Síntese de 1,2,3-Triazóis derivados de Nitróxidos com Potencial

Atividade Antioxidante

Taiana Felizardo Quinteiro (IC)¹*, Luciana da Cunha Costa (PQ)1,

Alessandro Kappel Jordão (PQ)¹

1 1Laboratório de Síntese Orgânica – LASO, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO, Rio de

Janeiro, RJ

* [email protected]

Palavras-chaves: Nitróxidos, Triazóis, Antioxidantes

Introdução

O estresse oxidativo ocasionado por diferentes

agentes contribuem para uma grande variedade

de patologias. Por conseguinte, proteger o

metabolismo normal de danos oxidativos deve

possuir relevância terapêutica. No sentido de se

combater os efeitos dos radicais livres são

necessários a pesquisa por substâncias

antioxidantes.1 Os radicais nitroxila cíclicos são

exemplos de substâncias estáveis sequestradoras

de radicais livres. Estes compostos degradam

superóxidos e peróxidos, como também

permitem a recombinação radical-radical no

processo biológico. O objetivo deste estudo é a

preparação de novos 1,2,3-triazóis derivados

dos nitróxidos e posterior avaliação da atividade

antioxidante.

Materiais e Métodos

A metodologia de preparação dos nitróxidos

envolve a síntese do intermediário tempol (3) e

de novos análogos correlacionados (6)

explorando a reação do tipo “click chemistry”

para formação de 1,2,3-triazóis.

Resultados e Discussão

O nitróxido Tempol (3) e seus derivados,

incluindo os análogos contendo um anel 1,2,3-

triazólico na posição C-4 da estrutura do

2,2,6,6-tetrametilpiperidinil-1-oxi (6), foram

obtidos com bom rendimento, preparados

conforme ilustrado no Esquema 1.

OH

Esquema 1: Rota sintética dos novos 1,2,3-

triazois derivados de nitróxidos

A primeira etapa sintética consistiu na redução

química de 2,2,6,6-tetrametil-4-piperidona (1)

com hidreto de sódio e boro, na presença do

etanol 95 % (v/v) como solvente, obtendo-se

2,2,6,6-tetrametil-4-piperidinol (2), com ótimo

rendimento. Em seguida, este foi reagido com

com tungstato de sódio na presença de peróxido

de hidrogênio para fornecer o tempol (3) com

rendimento de 70%. Posteriormente o tempol

foi dissolvido em piridina e tratado com cloreto

de benzossulfonila formando o intermediário

(4). A penúltima etapa foi a preparação do 4-

Azido-2,2,6,6-tetrametilpiperidinil-1-oxi (5),

que a seguir foi utilizado para a obtenção do

derivado inédito nitróxido (6).

Resultados anteriores do nosso grupo de

pesquisa sugerem que os efeitos protetores dos

nitróxidos residem na capacidade redox de seus

radicais em modificar o estresse oxidativo,

permitindo assim que esses compostos possam

ser explorados para uso terapêutico.2

Desta forma os compostos inéditos preparados

serão encaminhados para avaliação

antioxidante.

Conclusões

Até o momento a metodologia de preparação

dos nitróxidos mostrou-se eficiente, com a

obtenção de um derivado nitróxido 1,2,3-

triazólico inédito.

Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1. Halliwell B, Gutteridge JMC Free Radicals in Biology

and Medicine, 5th ed., Claredon Press: Oxford, 1999.

2. Queiroz RF, Jordão AK, Cunha AC, Ferreira VF,

Brigagão MRPL, Malvezzi A, do Amaral AT, Augusto O.

(2012) Nitroxides attenuate carrageenan-induced

inflammation in rat paws by reducing neutrophil infiltration

and the resulting myeloperoxidase-mediated damage. Free

Radical Biology and Medicine 53 1942-1953.

117

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Avaliação qualitativa de metais pesados nos rios da bacia do rio

Guandú Mirim por Penicillum corylophilum

Taina S. C. Torres (IC)¹, Judith Liliana S. Lemos (PQ)1.

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental- LBA Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ;

<[email protected] < [email protected] >

Palavras-chaves: biossorção, fungo, Penicillium corylophilum, metais pesados

Introdução

É cada vez mais frequente a preocupação com o

aumento significativo de poluentes descartados

no meio ambiente. Os metais pesados são os

poluentes que possuem um grande destaque

como contaminantes dos corpos d’água, pois

estão cada vez mais presentes na composição de

rejeitos de várias indústrias. Há vários métodos

convencionais para tratamento de efluentes.

Porém, é de extrema importância procurar por

técnicas capazes de tratar os contaminantes sem

impactar em demasia o meio ambiente. Uma das

técnicas para o tratamento de efluentes na área

da Biorremediação é a biossorção, que utiliza

diferentes biomassas (fungos, bactérias, algas

etc.) na remoção, retenção ou recuperação de

metais pesados. O presente trabalho tem como

objetivo avaliar qualitativamente a capacidade

de captação de metais pesados pelo fungo

filamentoso Penicillium corylophilum, a fim de

obter dados que permitam corroborar o seu

desempenho na recuperação de metais pesados

de ambientes contaminados.

Materiais e Métodos

Nesta pesquisa utilizaram-se os conídios

inativos (30 min em autoclave) do fungo

filamentoso Penicillium corylophilum. O

referido fungo foi inoculado em tubos

inclinados, contendo 5 mL de meio Batata-

Dextrose-Ágar (BDA), e incubados em estufa

durante 7 dias, a 30ºC. Após crescimento, os

conídios foram suspensos em água estéril,

inativados, padronizados (tamanho de inóculo) e

inoculados em 4 erlenmeyers, em duplicata, de

250 mL, contendo cada um 100 mL de água,

obtidos de 4 pontos de coleta específicos,

referentes à bacia do Rio Guandú Mirim, que

nasce no Parque Natural Municipal da Serra do

Mendanha e desemboca na Baia de Sepetiba

(Parque do Mendanha, Km 32, Zona Industrial

de Campo Grande e João XXIII). Os frascos

foram agitados a 150 rpms durante 1 hora. A

seguir os caldos foram filtrados a vácuo para a

separação da biomassa em papéis de filtro. A

biomassa foi seca até peso constante e levada

para análise em MEV, modelo Fei Quanta 400,

acoplado à um EDS, da Brucker, nas

dependências do Centro de Tecnologia Mineral

- CETEM.

Resultados e Discussão

Já nos primeiros testes, o fungo mostrou ser

eficaz na captação de alguns metais pesados,

dentre eles Cr, Fe, Si, Mg e Ti, demonstrando

uma capacidade de biossorção de vários

elementos.

Figura 1: Gráfico da análise em EDS- Ponto 3

Km 32.

Conclusões

Podemos inferir que o fungo P. corylophilum

moutrou-se eficaz na captação de metais

pesados. Indicando, possivelmente, que pode ser

um excelente biorremediador em efluentes

contaminados pelos referidos metais. Além

disso, abre margem para novas pesquisas com o

fungo em questão, de maneira a avaliar mais a

fundo a eficácia em relação a captação dos metais

em outros ambientes.

Agradecimentos: à FAPERJ, ao CETEM e aos docentes-pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia Ambiental (LBA) - UEZO.

Referências

1: Revisão acerca de utilização de microrganismos na

biorremediação de rejeitos industriais contendo metais

pesados/ Judith Liliana Solózano Lemos et al. - Rio de

janeiro CETEM/MCT, 2008, 65p. (Série de Tecnologia

Ambiental, 43) . 2: Farias, Y. M. M. Biossorção de metais pesados pelo

fungo Penicillium corylophilum. Dissertação - UFRJ- EQ,

Programa de Pós Graduação em Tecnologia de Processos

Químicos e Bioquímicos, 96f, 2014, Rio de Janeiro.

118

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

O impacto do polimorfismo MMP3 198G>A na susceptibilidade de

tumores ósseos

*Thais S. Figueiredo (IC)1,2*

, Daniel D. Machado (PQ)2, Mayara C. Silva (IC)

1,2, Mirla P. Aguiar P

(IC)1,2

, Walter Meohas 1

(PQ), Ana C. S. Lopes 1

(PQ), Pedro Caldeira 1

(PQ), Maria Eugênia Leite

Duarte 1

(PQ), Amanda S. Cavalcanti 1(PQ), Jamila A. Perini (PQ)

1,2,3 .

1 Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – INTO, RJ;

2 Laboratório de Pesquisa em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual da Zona Oeste – UEZO, RJ;

3 Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ;

* [email protected]

Palavras-chaves: tumores ósseos, polimorfismo, metaloproteinases de matriz.

Introdução

Os tumores ósseos malignos correspondem

entre 0,7-3% de todos os diagnósticos de câncer

e são a terceira neoplasia maligna mais

frequente em pessoas com idades entre 10 - 24

anos.1,2,3

Pouco se sabe sobre a etiologia dos

tumores ósseos, no entanto fatores genéticos e

ambientais estão envolvidos. As

metaloproteinases de matriz (MMPs)

desempenham um papel ativo na formação do

tecido osteóide, rico em colágeno e outros

proteoglicanos da matriz extracelular. Além

disso, as MMPs estão presentes em pró-

osteoclastos, osteoclastos, osteoblastos e na

formação osteóide, além de desempenhar papel

no caráter invasivo e metastático dos tumores. É

bem conhecido que os polimorfismos em genes

de metaloproteinases podem na transcrição e

expressão do gene ou alterar a atividade da

enzima resultante. O presente estudo teve por

objetivo investigar a contribuição do

polimorfismo MMP3 198G>A como fator de

risco para o desenvolvimento de tumores

ósseos.

Materiais e Métodos

Este estudo foi realizado no Instituto Nacional

de Traumatologia e Ortopedia - INTO (CEP

número 17373613.8.0000.5273/2013)

envolvendo 54 pacientes com diagnóstico

histológico de tumores ósseos (casos) e 98

controles. O polimorfismo MMP3 foi

determinada por PCR em tempo real utilizando

o sistema TaqMan. O odds ratio (OR) e o

intervalo de confiança de 95% (IC) foram

calculados utilizando um modelo de regressão

logística não condicional.

Resultados e Discussão

Em relação ao diagnóstico dos casos, observou-

se que: 46% eram osteossarcomas, 39% tumor

de células gigantes do osso, 5%

osteocondromas, 4% chondroblastoma, 4%

condrossarcomas e 2% encondromas. O locais

acometidos pelos tumores primários foram:

fémur (36%), a tíbia (25%), fíbula (10%),

úmero (8%) e outros (21%). Os casos foram

significativamente mais jovens do que os

controles (30 ± 17,6 contra 39 ± 12,9, P <0,001)

e o índice de massa corporal foi

significativamente menor nos casos, quando

comparados com os controles (23,9 ± 4,8 contra

26,6 ± 5,6, p = 0,004). Foram encontradas

diferenças significativas para os genótipos GA

(P= 0,003; OR= 0,38; IC 95% = 0,17 – 0,83) e

para o genótipo AA (P= 0,01; OR= 0,38; IC

95% = 0,14 – 0,99) do polimorfismo MMP3

198G>A comparando casos e controles.

Conclusões

Os resultados deste estudo indicam que o

polimorfismo MMP3 198G>A está associado

negativamente com os tumores ósseos, sendo

considerado um indicador de proteção no

desenvolvimento da doença.

Agradecimentos: FAPERJ, INTO.

Referências

1. Office for National Statistics: Cancer Statistics

registrations: registrations of cancer diagnosed in 2005,

England. Series MB1 no.36 London UK: HMSO; 2008.

2. Curado MP, Edwards B, Shin HR, Storm H, Ferlay J,

Heanue M, Boyle P: Cancer Incidence in Five Continents

Volume IX. Lyon, France: IARC Scientific Publications No.

160; 2007.

3. Ottaviani G, Jaffe N: The epidemiology of osteosarcoma.

Cancer Treat Res 2010, 152:3-13.

4. Wu D, Chen K, Bai Y, Zhu X, Chen Z, Wang C, Zhao Y

& Li M, Screening of diagnostic markers for osteosarcoma

Mol. Med Rep. 10 (2014) 2415.

119

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Investigação química da espécie Avicennia schaueriana

(Acanthaceae)

Tathiane M.S. Martins (IC)¹*, Brenda D. Almeida (IC)

2, Maria A.C. Kaplan

2,

Catharina E. Fingolo (PQ)1

1 Laboratório de Tecnologia em Produtos Naturais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, RJ.

2Laboratório 016, Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ.

*[email protected]

Palavras-chaves: Avicennia shaueriana, fitoquímica, fitol, α-amirina.

Introdução

Os diversos problemas causados pelos

fungicidas sintéticos usados na agricultura têm

elevado buscas por métodos alternativos,

seguros, viáveis e eficientes no controle de

fungos fitopatogênicos1. Vale a pena ressaltar

que os extratos de plantas possuem princípios

ativos que, além de serem inofensivos ao meio

ambiente por serem biodegradáveis, podem

trazer resultado até mesmo superior ao de

produtos sintéticos na ação antimicrobiana2. Há

poucos estudos para Avicennia e a espécie A.

shaueriana apresentou um único registro,

evidenciando potencial antifúngico sobre o

crescimento de fungos filamentosos que

causavam grandes perdas na qualidade e

quantidade de frutos3. O grande interesse deste

estudo é descobrir novas substâncias ativas e, no

futuro, desenvolver novos produtos naturais

com atividade antifúngica sem prejudicar a

saúde humana e do próprio ambiente.

Materiais e Métodos

As folhas de A. shaueriana foram secas e

rasuradas e, em seguida, submetidas à

maceração estática e extraídos exaustivamente

com etanol. O extrato etanólico de folhas foi

submetido à partição líquido-líquido com

solventes orgânicos de polaridades crescentes,

resultando em quatro fases distintas: hexânica,

diclorometânica, acetato de etila e butanólica.

A fase hexânica foi submetida às técnicas de

cromatografia em coluna para obtenção dos

componentes, cromatografia em camada

delgada para análise dos perfis químicos e

cromatrografia com fase gasosa acoplada à

espectrometria de massas (CG/EM) para

avaliação dos resultados. A análise final foi

realizada em coluna DB-5MS, injetor a 270°C,

interface a 230°C, com rampa de temperatura de

60 a 290°C, variando10ºC/min.

Resultados e Discussão

A cromatografia em coluna utilizando gel de

sílica rendeu várias frações e uma delas, eluída

em hexano 100%, apresentou o resultado

mostrado no Cromatograma 1.

OH

OH

Cromatograma 1: Cromatograma obtido por

CG; fittol (m/z 296; TR 18,19 min; 83,78% e α-

amirina (m/z 426; TR 31,72 min; 16,21%).

Espectro 1: Espectro de massas do fitol

(C20H40O; m/z 296).

Espectro 2: Espectro de massas da α-amirina

(C30H50O; m/z 426).

Conclusões

O estudo fitoquímico da fase hexânica levou à

caracterização do diterpeno fitol e do triterpeno

α-amirina.

Referências

1. Silva, MB, Morandi, MAB, Paula Júnior, TJ, Venzon, M, Fonseca,

MCM (2010). Uso de princípios bioativos de plantas no controle de

fitopatógenos e pragas. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.

31, n. 255: 70-77.

2. Miguel, MD, Miguel, OG (2004). Desenvolvimento de

fitoterápicos. São Paulo: Tecmedd: 115.

3. Fandin, KM & Young, MCM (2005). Antifungal potential of

Avicennia schaueriana Stapf & Leech. (Acanthaceae) against

Cladosporium and Colletotrichum species. Letters in Applied

Microbiology 61: 50-57.

120

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Extrato de algas marinhas reduz o crescimento de Toxoplasma gondii

em células hospedeiras.

Rodrigues, Y. M1(IC)*

.; Cinelli, L. P3(PG)

.; Seabra, S. H1(PG)

.; Machado, N. I2(PG)

.;

Dos Santos, T. A.T1&2(PG)

1. UEZO – Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – Rio de Janeiro – RJ; 2. UENF – Universidade Estadual

do Norte Fluminense – Campos dos Goytacazes – RJ; 3. UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Macaé - RJ

Palavras chave: Toxoplasma gondii, Dictyota Caribaea, Quimioterapia.

Introdução

Estudos com algas marinhas têm sido o foco de

muitos pesquisadores, pois é uma rica fonte de

polissacarídeos sulfatados. De acordo com

Hugo Rocha¹, este tipo de substância é

atualmente uma das mais utilizados para a

produção de anticoagulantes e as estruturas

destes compostos podem variar de acordo com o

tipo e localização da planta. São compostos

complexos, pois mostram combinações distintas

de monossacarídeos e distribuição do grupo

sulfato. Estudos mostraram que outros

compostos que possuem em sua esturtura o

grupamento sulfato, possuem atividade no

crescimento de Toxoplasma (T.) gondii (Tatiana

Melino Pessanha³), agente causador da

toxoplasmose, reduzindo a carga parasitária no

hospedeiro. Aqui, experimentos foram

conduzidos a fim de verificar a atividade de

uma fração do extrato obtido a partir da alga

Dictyota caribaea contra T. gondii.

Materiais e Métodos

Para este propósito, foram realizadas interações

entre parasitas de sua forma taquizoíta com

células LLC-MK2, feito isto, houve o

tratamento com o extrato de Dictyota caribaea,

em diferentes concentrações. O extrato bruto foi

obtido após deslipidação de algas e digestão

proteolítica com papaína, a 60 ° C. A Fração foi

obtida por adição de 10% de etanol e

centrifugação por 20 minutos a 2500 rpm.

Resultados e Discussão

Através da análise por microscopia observamos

redução do índice de infecção após tratamento

com 30 ug / ml do extrato quando comparado ao

controle não tratado (fig 1).

Figura 1: Tratamento de células hospedeiras infectadas por

T. gondii com fração de F9 de extrato Dictyota caribaea.

Controle A- sem tratamento 24h após a infecção; B-

células tratadas 24h após a interação; Controlo C- sem

tratamento 48h após a infecção; D- células 48h após a

infecção tratadas. Note de redução de carga de parasitas e

preservação de células hospedeiras nas interacções, tratados (B e D).

Figura 2: Média de parasitas por célula. Observe o menor

número de parasitas no grupo tratado.

Conclusões

O resultado sugere que a fração F9 do extracto

obtido a partir de Dictyota caribaea pode conter

substâncias com atividade contra T. gondii.

Agradecimentos: CAPES e FAPERJ.

Referências

1. Rocha, HAO ; Farias, EHC ; Bezerra, LCLM;

Albuquerque, IRL; Medeiros, VP ; Queiroz, KCS; Leite,

EL. Polissacarídeos sulfatados de algas marinhas com

atividade anticoagulante. V.16, nº 1-2, (Jan/Fev 2004)

2. Pessanha, TM, de Carvalho, M , Pone, MVS, Gomes Jr.,

SC. Diagnostic and therapeutic management of

toxoplasmosis in pregnancy and the effect in the newborn. Rev Paul Pediatr 2011;29(3):341-7.

121

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Bioprospecção de Bactérias Marinhas para Detecção de

Antimicrobianos

Carlos José Ferreira da Silva1*

(IC), Ana Paula Barbosa Moreira2 (PQ), Eidy de Oliveira Santos

1

(PQ). 1 Laboratório de Bioquímica, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

2 Laboratório de Microbiologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

* [email protected]

Palavras-chaves: bioprospecção, antimicrobianos, bactérias marinhas

.

Introdução

O ambiente marinho é o maior habitat da Terra,

incluindo as condições mais extremas de

temperatura, luz, salinidade e pressão

encontradas para sobrevivência. Apesar de

abrigar cerca de metade da biodiversidade

global, o ambiente marinho ainda é pouco

explorado para propósitos biotecnológicos1. No

Brasil, a diversidade cultivável de bactérias

heterotróficas em corais saudáveis e doentes do

Banco de Abrolhos foi descrita2, indicando a

presença de atividades lipolíticas3,

antimicrobianas e a presença de toxinas com

alto potencial patogênico3. Neste trabalho, será

utilizada como modelo de estudo uma coleção

de isolados de ambientes marinhos brasileiros

como recife de Abrolhos e as Ilhas Oceânicas

São Pedro e São Paulo com o intuito de

caracterizar a capacidade de síntese de

antimicrobianos dessas coleções, a atividade

bacteriostática e bactericida da substância assim

como sua composição bioquímica através de

análise proteômica.

Materiais e Métodos

Triagem por atividades antimicrobianas nas

bactérias da coleção de Abrolhos e do

Arquipélago São Pedro e São Paulo:

Inicia-se com o cultivo de isolados bacterianos

em spots, a partir do estoque, seguido de

incubação a 30º C por 48hs. Posteriormente as

bactérias são mortas por intermédio de vapores

de clorofórmio.

Em seguida, faz-se a inoculação de linhagens

patogênicas teste, em meio semissólido, para

posterior implementação de over layer nos

spots. Após 24 horas, determina-se a formação

de halos de inibição.

Resultados e Discussão

Foram testados até o momento 170 isolados

bacterianos o qual cerca de 25% dos indivíduos

apresentou síntese de substancia antimicrobiana.

Os testes foram realizados contra três bactérias

indicadoras Gram-negativas, sendo duas

patógenos de humanos (Burkholderia

cenocepacia e Víbrio parahaemolyticus) e uma

de coral (Víbrio coralliilyticus). Foram eleitos

para os testes os meios de cultura Marine, Luria

Bertani + Marine (LBM), com a proporção de

1:0,5, e Brain Heart Infusion (BHI). As escolhas

foram feitas com base na biodisponibilidade de

sais e macro nutrientes sendo BHI o meio com

mais macro nutrientes e menos sais, o Marine

com maior disponibilidade de sais e pouca de

macro nutrientes e LBM, afetando o resultado

final do crescimento.

As bactérias com atividade antimicrobiana

foram fotografadas para posterior medição do

raio de inibição.

Conclusões

O potencial de bactérias marinhas brasileiras

como fonte de novos antimicrobianos é real,

podendo abranger mecanismos já conhecidos ou

até um novo modelo de inibição, tornando-se

uma nova fonte de recursos para síntese de

novos antibióticos. Observa-se também a

influência do meio de ativação e de inoculação

sobre a atividade dos isolados, variando a sua

taxa de síntese de substancias antimicrobiana ou

até inibindo-a por completo

Agradecimentos: agradeço a FAPERJ pela bolsa e a

oportunidade de desenvolver esse projeto, assim

como às minhas Orientadoras Eidy O. Santos e Ana Paula B. Moreira pelo projeto e pelas orientações.

Referências

1. Querellou, J, Joint, I, Mühling, M. Culturing marine

bacteria – an essential prerequisite for biodiscovery. Microb

Biotechnol. 2010 Sep; 3(5): 564–575.

2. Alves Jr, N.; Neto, O. S. M.; Silva, B. S. O.; et al.

Diversity and pathogenic potential of vibrios isolated from

Abrolhos Bank corals. 2010. Environ Microbiol Rep, v. 2, n.

1, p. 90-95.

3. Martins, Maíra Pompeu. Mar. Prospecção de enzimas de

interesse biotecnológico de Víbrios associados a corais

endêmicos brasileiros. Dissertação de Mestrado. Programa

de Pós-graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia

da Universidade católica de Brasíli

122

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Identificação preliminar de imaturos de simulídeos (Diptera: Simuliidae)

do Rio Paquequer, no Município de Teresópolis

Camila Gois (IC)

1*, Melissa Barbosa Ferreira (IC)

1, 2, Lidiane Coelho Bebrbet (PG)

1, 3, Vinícius

Ribeiro Flores (PG) 1, 4, Ronaldo Figueiró (PQ)

1, , 5, Ida Carolina Neves Direito (PQ)

1

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste. 2 Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental- PPGCTA, UEZO, 2 Programa de Pós –graduação em

Biotecnologia, INMETRO, 4 Centro Universitário de Volta Redonda- UniFOA, Volta Redonda, RJ 1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste.

*[email protected]

Palavras-chaves: simulídeos, larvas, Serra dos Órgãos

Introdução

A família Simuliidae, que em determinadas

regiões do Brasil também é conhecida como

“borrachudo” ou “piunus”, apresenta metamorfose

completa durante seu ciclo de desenvolvimento.

Os borrachudos pertencem à classe Insecta, ordem

Diptera, família Simuliidae (Pinto, 2012). A

postura de ovos é feita sobre vegetação ou

substrato que será submerso (podendo estes serem

naturais, como: folhas ou galhos ou artificiais,

como: sacolas plásticas), possuem preferência por

realizarem posturas em água corrente, após cerca

de cinco dias ocorre a eclosão dos ovos, entre duas

e três semanas as larvas fabricam um casulo, onde

se transforma em pupa, depois de uma semana a

larva libera-se do pupário. As fêmeas apresentam

atividades hematófagas, sendo elas as

transmissores das doenças duas doenças:

Oncocercose e Mansonelose que ocorrem com alta

frequência na região norte do país. O presente

estudo tem por objetivo analisar morfologicamente

as espécies de simulídeos, verificando

principalmente o padrão das manchas cefálicas

apresentadas pelas larvas desse inseto, dividindo-

os em grupos denominados morfotipos, para a

identificação preliminar de suas espécies.

Materiais e Métodos

As coletas foram realizadas no Parque Nacional da

Serra dos Órgão, Teresópolis – Rio de Janeiro. A

análise foi realizada mediante à uma única coleta

de larvas em cinco sítios diferentes do principal rio

do munícipio de Teresópolis, no estado do Rio de

Janeiro, rio Paquequer. Em cada sítio, são

coletadas larvas desses imaturos em quinze pontos

distintos, com o auxílio de um quadrat. Os mesmos

à medida que forem coletados são preservados em

álcool absoluto e posteriormente feita a triagem

para separar larvas (onde todas serão utilizadas) e

substratos (que serão descartados). Em seguida,

realizamos a análise morfológicas das larvas

através do padrão das manchas cefálicas, podendo

assim ser identificada a espécie desses insetos. Tal

procedimento faz a utilização do microscópio

estereoscópio utilizando diferentes aumento de 4x.

Resultados e Discussão

Os sítios possuem diferentes alturas, sendo um de área

periurbana. Abaixo segue uma tabela relacionando os

sítios, z alturas e morfotipos encontrados. Sítio Altura

(m)

Morfotipos

econtrados

Total

larvas 1 103 1, 6, 7, 10, 11, 12 e 26 482

2 999 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 20, 26, 32 e 35

191

3 855 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10, 12 e 20 191 4 260 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 11, 20 e 35 222

5 190 1 ao 39 – exceto o 38 1323

*Tabela: Sítios de coleta e quantidades de

morfotipos e larvas.

Na análise da mancha cefálica, em todos os sítios,

obtivemos cerca de 40 padrões diferentes. Tendo

maiores incidências de alguns morfotipos no sítio 5

enquanto que nos sítios 1, 2, 3, 4, também ocorrem

os mesmos padrões, mais suas quantidades

relativamente menores do que o 1. Essas

quantidades podem estar relacionadas com a

localização do sítio, pois o sítio 5 é de área

Periurbana, local em que há uma interferência direta

do homem.

Conclusão

A avaliação do padrão cefálico apresentada pelas

larvas possui grande importância para identificação

das espécies, utilizada em estudos taxonômicos. As

larvas identificadas, serão avaliadas microbiota

desses insetos. Os resultados dessa avaliação

microbiana, poderão ser utilizados como um inibidor

do agente transmissor. Agradecimento: FAPERJ

Referências

1. PINTO, M. J. R; Distribuição, riqueza e diversidade de

borrachudos (Diptera: Simuliidae) na Mata Atlântica: Uso

potencial como bioindicadores de integridade ambiental de cursos

d`água. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO),

33p, 2012

123

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Síntese e Avaliação de Derivados da Melatonina e Triptamina no

Tratamento da Malária

Danielle Pagliaminuto (IC)1;Luciana C. Costa (PQ)

1;Célia R. S. Garcia (PQ)

2;Alessandro K.

Jordão (PQ)1.

1Laboratório de Síntese Orgânica Aplicada às Ciências da Saúde – LASOACS, Fundação Centro Universitário

Estadual da Zona Oeste - UEZO, Rio de Janeiro, RJ; 2Instituto de Química, Universidade de São Paulo – USP * [email protected] e <[email protected]>

Palavras-chaves:Malária,,melatonina,,triptamina;.

Introdução

A melatonina tem papel central no controle da

replicação do parasite causador da malária e

estabilização da parasitemia. O bloqueio da via

deste hormônio pode contribuir para a

descoberta de novas drogas antimalariais. As

opções de tratamento específico dependem da

espécie do parasita que causa a infecção. Desta

forma, é importante a descoberta de novas

substâncias que possam ser utilizadas no

tratamento desta doença. A preparação de

derivados da melatonina tem como intuito a

inibição do crescimento ou propiciar a morte do

Plasmodium falciparum.1,2

Materiais e Métodos

Com o objetivo de preparar derivados da

melatonina que possam exibir atividade

antimalárica sobre o ciclo celular do parasita,

diversas moléculas contendo em sua estrutura,

anéis heterociclos, ou anel benzênico foram

planejadas. A metodologia de síntese proposta

apresenta etapas reacionais que já foram

devidamente relatadas na literatura, o que

reforça a possibilidade de obtenção dos

compostos de maneira eficiente.

Resultados e Discussão

O precursor melatonina foi submetido à reação

de hidrólise para a formação do grupo amina

livre. Posteriormente, este intermediário foi

tratado com diferentes cloretos de acila para a

formação dos respectivos produtos desejados

(Esquema 1). A triptamina, um congênere da

melatonina, foi também utilizada como

precursora na formação dos compostos

derivados de melatonina (Esquema 2).

Esquema 1: Preparação dos derivados da melatonina

Esquema 2: Preparação dos derivados da triptamina

Conclusões

A reação empregada na preparação dos

compostos mostrou-se eficiente com rendimento

satisfatório. Agradecimentos: Ao Programa DPP, UEZO e ao PROVIC, FAPERJ

Referências 1. Srinivasan, V.; Spence, D. W.; Moscovitch, A.;

Pandi-Perumal, S. R.; Trakht, I.; Brown, G. M.;

Cardinali, D. P.; “Malaria: therapeutic implications of melatonin” Journal of Pineal Research 2010, 48, 1-8.

2. Schuck, D. C.; Jordão, A. K.; Nakabashi, M.;

Cunha, A. C.; Ferreira, V. F.; Garcia, C. R. S.;

“Synthetic indole and melatonin derivatives exhibit

antimalarial activity on the cell cycle of the human malaria parasite Plasmodium falciparum” European

Journal of Medicinal Chemistry 2014, 78, 375-382.

124

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Characterization of the resistance profile and effect of 11a-N-Tosil-5-

deoxiazapterocarpan (LQB-223) in diffuse large B-cell lymphoma cells Rebeca S. Brum(IC)

1*, Camilla D. Buarque(PQ)

2, Paulo R.R. Costa(PQ)

3, Raquel C. Maia(PQ)

1, Roberta

S. Faccion(PQ)1

1Laboratorio de Hemato-Oncologia celular e molecular, INCA, RJ, Brasil.

2Departamento de Química, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, RJ, Brasil.

3Laboratório de Química Bioorgânica, Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais, UFRJ, RJ, Brasil.

[email protected]

Keywords: New anticancer agents; LQB-223; Diffuse large B cell Lymphoma; P-glycoprotein.

Introdução

Diffuse large B-cell lymphoma (DLBCL)

represents the most frequent type of non-Hodgkin's

lymphoma (NHL) with aggressive clinical

behavior (40% of cases) and that have the lower

response rate to conventional treatment

(1HENNESSY e col., 2004;

2NG, 2007). Due to

the heterogeneity of responses to treatment and

low cure rate observed in patients, it is important

to identify new therapeutic possibilities (3BAI e

col., 2005). Data from our group (4BUARQUE e

col., 2011; 52014) and our partners suggest that the

11a-N-Tosyl-5-deoxiazapterocarpano compound

(LQB-223) is a promising agent in the treatment of

cancer. Other results also indicate that the

compound has low toxicity to healthy cells.

Furthermore, LQB-223 has no structural relation

with the drugs used in the treatment of first or

second line of DLBCL, suggesting that present

mechanisms of action unrelated to these agents.

Consequently, it has the potential to overcome the

resistance to conventional treatment. Therefore,

the objective of this study is to evaluate the

potential effect of LQB-223 in two cell lines

derived from DLBCL.

Materiais e Métodos

The human cell lines derived from DLBCL

SUDHL4 and Toledo were used in the study. The

line cell SUDHL4 is characterized as GCB subtype

and is susceptible to chemotherapy. The cell line

Toledo is characterized as ABC subtype and has a

profile of resistance to treatment. Both cell lines

were treated with different concentrations of LQB-

223 for different periods of time. Both lines were

also treated with different concentrations of

doxorubicin, vincristine, cisplatin or etoposide,

commonly used in the clinical treatment. To

evaluate cytotoxicity, the MTT assay was

employed. The evaluation of cell cycle profile and

cell death, the detection of drug efflux proteins

ABCB1 (Pgp) and ABCC1 (MRP1) expression

and the analysis of Pgp efflux activity were

performed by flow cytometry. The expression of

Pgp and HSC70 proteins was analyzed by Western

blot.

Resultados e Discussão

SUDHL4 cells showed greater sensitivity to

doxorubicin, vincristine and etoposide than Toledo

cells. At the 48h and 72h time-points, the IC50

was 7.1uM and 6.9uM for SUDHL4 cells and

5.1uM and 4.3uM for Toledo cells, respectively.

The evaluation of SUDHL4 cells cell cycle profile

suggested that doxorubicin and cisplatin treatment

induces an accumulation of cells at G0/G1 phase,

vincristine at G2/M phase and etoposide at S

phase. The treatment with doxorubicin and

etoposide mildly increased cell fragmentation.

Treatment with vincristine and cisplatin induced a

greater increase in the percentage of cells with

fragmented DNA. Evaluating of the resistance

mechanisms in Toledo cells, we found

overexpression and overactivity of Pgp compared

to SUDHL4 cells. However, by Western blot, it

was not possible to detect Pgp expression in either

cell lines.

Conclusões

In conclusion, although preliminary, these results

suggest that LQB-223 may have a promising effect

on sensitive as well as resistant to conventional

treatment DLBCL cells, which display expression of

Pgp and MRP1 and Pgp activity, and stress the need

for further study of its effects in these cells. Acknowledgments: CNPq, FAPERJ, Programa de

Oncobiologia – UFRJ/FAF, Ministério da saúde, INCA.

Referências

1.Hennessy BT, Hanrahan EO e Daly PA. Non-Hodgkin lymphoma: an

update. Lancet Oncol, v.5, n.6, Jun, p.341-53. 2004.

2Hoffman R. Hematology: basic principles and practice. Philadelphia:

Elsevier Churchill Livingstone. 2005. xxix, 2821 p. p. Ng AK. Diffuse

large B-cell lymphoma. Semin Radiat Oncol, v.17, n.3, Jul, p.169-75.

2007.

3Bai M, Skyrlas A, Agnantis NJ, Kamina S, Papoudou-Bai A, Kitsoulis P e

Kanavaros P. B cell differentiation, apoptosis and proliferation in diffuse

large B-cell lymphomas. Anticancer Res, v.25, n.1A, Jan-Feb, p.347-62.

2005.

4Buarque CD, Salustiano EJ, Fraga KC, Alves BR, Costa PR. 11a-N-

Tosyl-5-deoxi-pterocarpan (LQB-223), a promising prototype for targeting

MDR leukemia cell lines. Eur J Med Chem, v.78, May, p.190-7. 2014.

5Buarque CD, Militão GC, Lima DJ, Costa-Lotufo LV, Pessoa C, de

Moraes MO, Cunha-Junior EF, Torres-Santos EC, Netto CD, Costa PR.

Pterocarpanquinones, aza-pterocarpanquinone and derivatives: synthesis,

antineoplasic activity on human malignant cell lines and antileishmanial

activity on Leishmania amazonensis. Bioorg Med Chem, v.19, n.22, Nov,

p.6885-91. 2011.

125

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Efeito combinado dos polimorfismos nos genes VEGF e KDR no risco de

desenvolvimento do osteossarcoma

Mirla P. Aguiar (IC)1,2

*, Walter Meohas (PQ)1, Ana Cristina S. Lopes (PQ)

1, Pedro Caldeira (PQ)

1, Daniel

E. Machado (PQ)2, Mayara C. Silva (IC)

1,2, Thaís S. Figueiredo (IC)

1,2, Maria Eugênia L. Duarte (PQ)

1,

Amanda S. Cavalcanti (PQ)1, Jamila A. Perini (PQ)

1,2,3

1 Laboratório de Biologia Molecular, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – INTO, RJ, Brasil;

2 Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual da Zona Oeste – UEZO, RJ, Brasil;

3 Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ, Brasil.

Palavras-chaves: Osteossarcoma. Angiogênese. Polimorfismo.

Introdução

O osteossarcoma é o tumor maligno primário mais

comum do tecido ósseo. O pico de incidência da

doença ocorre na segunda década de vida, com um

segundo pico em pacientes idosos1. O osteossarcoma

tende a produzir metástases pulmonares, sendo esta a

principal causa de morte2. Em média, 20% desses

pacientes apresentam metástase pulmonar no

momento do diagnóstico3, com taxa de sobrevida

global em 5 anos de apenas 28%4. A angiogênese é

um evento carcinogênico relacionado com o potencial

agressivo de um tumor5. O fator de crescimento

endotelial vascular (VEGF) e o seu receptor (KDR)

são fatores cruciais no processo da angiogênese, e

polimorfismos em ambos os genes podem estar

associados ao desenvolvimento do tumor. O objetivo

desse estudo foi investigar a contribuição dos

polimorfismos nos genes VEGF e KDR com o risco de

desenvolvimento do osteossarcoma.

Materiais e Métodos

O estudo caso-controle foi aprovado pelo Comitê de

ética em Pesquisa no Instituto Nacional de

Traumatologia e Ortopedia (CEP

51037315.9.0000.5273) envolvendo 25 pacientes

diagnosticados histologicamente com osteossarcoma

(casos) e 98 controles. Os polimorfismos nos genes

VEGF (-2578C>A, -460T>C, -1154G>A, +405G>C e

+936C>T) e KDR (-604T>C, 1192C>T e +1719T>A)

foram genotipados utilizando o sistema TaqMan. A

associação dos polimorfismos com o desenvolvimento

do osteossarcoma foi avaliada por odds ratios (OR)

com intervalos de confiança de 95% (IC). Os níveis

séricos de VEGF foram determinados por ELISA.

Resultados e Discussão

Os dados demográficos e clínicos dos pacientes com

osteossarcoma estão distribuídos na tabela 1. Não

foram observadas diferenças significativas na

distribuição dos alelos (figura 1) ou genótipos dos

polimorfismos em VEGF -2578C>A, -1154G>A,

+405G>C, +460C>T e KDR -604T>C, +1719T>A

entre os pacientes com osteossarcoma e controles. Fig. 1 Frequências alélicas dos polimorfismos nos genes VEGF e

KDR nos grupos caso e controle. Os valores de P do teste χ2 não

foram significativos.

Tab. 1. Características demográficas e clínicas dos pacientes

com osteosarcoma.

O polimorfismo VEGF +936T>C foi associado

como fator de proteção ao desenvolvimento de

osteossarcoma (OR: 0.27, 95% CI: 0.09-0.84),

enquanto o KDR +1192C>T foi associado como

fator de risco no desenvolvimento da doença (OR:

8.19, 95% CI: 1.70-39.54). No total sete haplótipos

foram inferidos derivados dos polimorfismos em

VEGF, e oito do KDR. O grupo de osteossarcoma

(232 pg/ml) exibiu altas concentrações de VEGF

comparado com o grupo controle (216 pg/ml).

Conclusões

O polimorfismo no gene VEGF +936T>C foi fator

de proteção para o desenvolvimento do

osteossarcoma. No entanto, o polimorfismo no gene

KDR +1192C>T mostrou ser um fator de risco ao

desenvolvimento da doença. O estudo destes

polimorfismos sugere uma interação gene-gene na

susceptibilidade do tumor, podendo contribuir para a

identificação de biomarcadores para o diagnóstico

e/ou prognóstico do osteossarcoma, assim como

possíveis alvos moleculares para o tratamento

individualizado.

Agradecimentos: FAPERJ, INTO.

Referências

1. Unni KK, Inwards CY (2013) Dahlin´s - Tumores Ósseos 6ºEdição

Brasil Santos 410 p.

2. Meyers PA, Gorlick R (1997) Osteosarcoma Pediatr Clin North Am

44:973-89.

3. Petrilli, A.S. et al (2006) Brazilian Osteosarcoma Treatment Group

Studies III a nd IV: prognostic factors and impact on survival. Journal of

Clinical Oncology 24:1161-8. 4. Bielack S et al (2009) Osteosarcoma: the COSS experience Cancer Treat

Res 152:289-308. 5. Folkman J (2007) Angiogenesis: an organizing principle for drug

discovery? Nat Rev Drug Discov 6:273-86.

126

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Caracterização e Biodistribuição de Bevacizumab baseado em

nanomicelas de TPGS: Estudos Preliminares.

Suyene Rocha Pinto (IC)1*

, FiorellaTesan(PQ)1 , Cristal Cerqueira-Coutinho(PQ)

2, Jimena

Salgueiro(PQ)1, Marta de S. Albernaz(PQ)

3, Sara Rhaissa Rezende dos Reis(IC)

4, Emerson S.

Bernardes(PQ)5, Diego Chiapetta(PQ)

6,7, Marcela Zubillaga(PQ)

1,6, Ralph Santos-Oliveira(PQ)

4

1Universidade Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, Brasil; 1Laboratório de Radioisótopos, Cátedra de Física,

Facultad de Farmacia y Bioquímica, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina; 2Instituto de

Macromoléculas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 3Universidade Federal Rio de

Janeiro, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rio de Janeiro, Brasil; 4; 5Instituto de Pesquisa Energética

Nuclear, Setor de Radiofarmácia, São Paulo, Brasil; 6Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas

(CONICET), Buenos Aires, Argentina; 7Cátedra de Tecnología Farmacéutica, Facultad de Farmacia y Bioquímica,

Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.

Email: [email protected]

Palavras-chaves: Biodistribuição, TPGS, Bevacizumab, MKN45.

Introdução

O Bevacizumab é um anticorpo monoclonal

aprovado pelo FDA para uso em uma grande

variedade de cânceres, em especial o gástrico1.

O TPGS, Succinato de polietilenoglicol D-α-

tocoferol é a forma solúvel em água da

Vitamina E, muito utilizado para confecção de

sistemas micelares2. As micelas, são sistemas de

entrega de fármacos (DDS) capazes de permear

barreiras biológicas com maior facilidade, assim

como aumentar a circulação sanguínea desses

fármacos3. Esse trabalho tem como objetivo

desenvolver e avaliar a biodistribuição de

nanomicelas de Bevacizumabe confeccionadas

com TPGS em camundongos induzidos com

câncer gástrico.

Materiais e Métodos

A biodistribuição das micelas com bevacizumab

radiomarcadas com Tc99m foram realizadas nos

ratos nude Balb C xenoenxertados com

linhagem celular MKN45 de câncer gástrico. O

nanorradiofármaco foi administrado via retro-

orbital e após uma hora foi avaliada a

biodistruição, com dissecação total e avaliação

de todos os órgãos.

Resultados e Discussão

Os resultados do DLS demonstraram a

formação de uma micela com tamanho médio de

10nm. A biodistribuição mostrou que a absorção

mais elevada foi encontrada em ambos os

pulmões e fígado. Os rins também tinha uma

absorção importante. O tumor apresentou

acumulação moderada a baixa de nanomicelas

radiomarcados, no entanto a proporção tumor/

sangue foi consideravelmente alta.

Conclusões

Estes resultados preliminares podem ajudar

como um ponto de partida para continuar a

avaliar o potencial de nanomicelas baseados em

bevacizumab-TPGS radiomarcados para ser

utilizado como um agente de diagnostico para

câncer gástrico.

Agradecimentos: Universidade Estadual da Zona

Oeste; Instituto de Engenharia Nuclear e CNPq.

Referências

1. World Health Organization website. Cancer: Fact Sheet

No 297 WHO.

www.who.int/mediacentre/factsheets/fs297/en/.

2. Cancer Research UK website:

www.cancerresearchuk.org/health-professional/cancer-

statistics/worldwide-cancer/incidence#ref-5.

3. Avital, I., P.W.T. Pisters, D.P. Kelsen, C.G. Willett.

Cancer of the stomach, in: V.T. DeVita, T.S. Lawrence,

S.A. Rosenberg, (Eds),DeVita, Hellman, and Rosenberg’s

Cancer: Principles and Practice of Oncology, 9th

Ed,Lippincott Williams & Wilkins,Philadelphia, United

States of America, 2011, pp 924-954.

127

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Abstracts PIBIC e PIBITI-CNPq 2015-2016

128

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Study of the anti-inflammatory potential of Euterpe oleracea extract in

an experimental model of endometriosis

Kariny G.Pereira (IC)1,2*

; Karina C. Rodrigues-Baptista (PQ) 1,2,5

; Jessica Alessandra-Perini

(PQ)1,2,5

;Roberto S. de Moura(PQ)3; Thiago A. Santos(PQ)

4; Jamila Perini (PQ)

1,2; Daniel E.

Machado(PQ)1,2

1Research Laboratory of Pharmaceutical Sciences - LaPec, State University Center of the West Zone, Rio de Janeiro,

RJ; 2Laboratório for Research in Clinical Analyses - Lapac, State University Center of the West Zone, Rio de

Janeiro, RJ; 3Department of Pharmacology and Psychobiology - Biology Institute Roberto Alcantara Gomes, State University of Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ; 4Laboratory of Technology in Cell Culture - LTCC, State University

Center of the West Zone, Rio de Janeiro, RJ; 5Graduate Program in Public Health and Environment, ENSP,

FIOCRUZ, Rio de Janeiro, Brazil

[email protected] Key Words: Endometriosis, Euterpe oleracea, Inflammation.

Introduction

Endometriosis is an inflammatory disease

characterized by growth of endometrial tissue

extrauterine location1. The drug treatments

available can only be used for a short period

because of serious adverse effects and even

surgical treatment, which is more effective, the

disease can recurs 3-5 years after the surgery2.

Thus, it is of great clinical importance the

development of new therapies for the treatment

of endometriosis. Our group has been studying

the benefits of açaí with proven anti-

inflammatory drug activity, antioxidant and

antiproliferative. In this context, the objective of

this work is to study the pharmacological effect

of açaí in an experimental model of

endometriosis.

Materials and Methods

This project was approved by CEUA No.

09/2014 of UEZO. We used female Wistar rats

(n = 20) and established an experimental model

of endometriosis from autologous endometrial

fragments into the peritoneal cavity. After 15

days of establishment, the lesions were observed

by macroscopic analysis, then the animals were

divided into two groups: treated with 0,02g of

Euterpe oleracea (n = 10) or vehicle (n = 10), by

gavage for 30 days. After treatment, we

analyzed the histological features of the lesions,

immunostaining of VEGF, MMP-9, COX-2,

Flk-1 and F4-80, expression of KDR, MMP-9,

COX-2 and VEGF genes using real time PCR,

PGE2 and VEGF levels by ELISA, the number

of activated macrophages using flow cytometry

with F4-80, the nitric oxide dosage by the

colorimetric study using the Griess.

Results and Discussion

Our results showed significant reduction in the

size of the implants treated with açaí and the

histological analysis we observed mainly

atrophy and regression of the lesions. The

immunostaining of VEGF, MMP-9, Flk-1,

COX-2 and F4-80 was lower in the treated

group, distributed in the stroma around the

endometrial glands. These results were

confirmed in molecular studies, being observed

a reduction in the expression of genes evaluated.

Also was observed a reduction in the number of

activated macrophages, nitric oxide

concentrations and in the levels of PGE2 and

VEGF in animals treated with açai compared to

the control.

Conclusion

These results confirm the anti-inflammatory and

antiangiogenic effect of açai extract and suggest

its use as an important tool in the search for a

more effective treatment for endometriosis with

fewer side effects.

Acknowledgments: CNPq and FAPERJ.

References

1. Galle PC. Clinical presentation and diagnosis of

endometriosis. Obstet Gynecol Clin North Am. 1989; 16:

29-42.

2. Guo SW, Olive DL. Two unsuccessful clinical trials on

endometriosis and a few lessons learned. Gynecol Obstet

Invest. 2007; 64: 24-35.

129

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Polymeric membranes modified with ceramic foam for use in fuel cells:

influence of the SPEEK’s sulfonation degree Nicolas G. Teixeira(IC)¹*, Damouche, K.(PQ)

2, Ramos Filho, F. G. (PQ)

1

1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 2 Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano(IMA), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de

Janeiro, RJ*

[email protected] [email protected]

Keywords: SPEEK, ceramic foam, zirconia, selective permeability

Introduction

The most used membranes in fuel cells (FC) is

the Nafion®. However, Nafion

® is not

appropriate to use in FC with direct feeding of

alcohol (DAFC) due to its high permeability to

alcohol. Another crucial disadvantage of those

membranes is there high cost which prevents

their utilization in a high scale [1]. The main

objective is the development of hybrid

membranes of SPEEK’s polymer with ceramic

foam for use in DAFC, as well as study the

influence of de SPEEK’s sulfonating’s degree in

the properties of the membrane.

Materials and Methods

SPEEK’s with three degrees of sulfonating

(DG) were used: 45, 55 e 65%. The foam was

incorporated within the SPEEK’s in constant

content of 2%. The water’s and ethanol’s

sorption through the swelling test. The selective

permeability was evaluated through the

pervaporation test and the thermal stability

through TGA.

Results and Discussions

On the water’s swelling test, in general, there

was not the influence of the rising temperature,

with the exception of the SPEEK’s hybrid

membranes with the highest DG (65%). That

happens due to the bigger presence of the hydrophilic’s sulphonic’s groups, coupled with

the fact that at high temperatures the chains

acquire more mobility, making possible the

most water inlet in the membrane, rapidly

reaching the equilibrium. The membranes

demonstrated a bigger sorption in ethanol

solution than in water, presenting high values in

tempertures from 60°C. The thermal stability

was evaluated by TGA. In general, the

membranes showed three events of loss mass.

On the pervaporation test it could be observed

that the permeate flow tended to decrease with

the increasing temperature when the test was

carried out with water, with the exception of the

SPEEK membrane with GS=55% and 2% of

foam. The opposite occurred using the ethanol

solution (See Tables 1 e 2).

Table 1. Results of the pervaporation test in

water and ethanol solution

Sample

Permeate water flow

(kg.m-2

.h-1

)

30°C 50°C

SPEEK45 0,12 0,11

SPEEK55 0,09 0,08

SPEEK65 0,10 0,07

SPEEK45Z 0,12 0,06

SPEEK55Z 0,17 0,23

SPEEK65Z 0,24 0,24

Table 2. Results of the pervaporation test in

20% ethanol solution

Sample

Permeate flow ethanol

solution (kg.m-2

.h-1

)

30°C 50°C

SPEEK45 0,88 1,17

SPEEK55 1,12 1,05

SPEEK65 1,35 1,43

SPEEK45Z 0,21 0,27

SPEEK55Z 0,31 0,34

SPEEK65Z 0,52 0,58

Conclusions

The hybrid membranes were obtained with a

good dispersion level of the foams. The water

sorption of water and ethanol solution changed

considerably with the temperature and the

foaming kept constant. The sorptions show to be

influenced by the channels created and the SO4

content. The hybrid membranes showed higher

sorption level in ethanol solution. The

incorporation of the foam helped to increase the

thermal stability, mainly from 55% of SPEEK. Acknowledgments: CNPq

References

1- Karthikeyan, C.S.; Nunes, S.P.; Prado, L.A.S.A.; Ponce,

M.L.; Silva, H.; Ruffmann B.; Schulte K.; Journal of

Membrane Science 254, 139–146, 2005.

130

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Creation and implementation of metrics in complex fuzzy networks Igor R. Pestana (IC)

1*, Rogério P. Espíndola (PQ)

1

1 Núcleo de Computação Científica, UEZO

* [email protected]

Keywords: fuzzy set theory, complex networks, planktonic trophic networks, search algorithms

Introduction

To contribute to the understanding and

preservation of coastal ecosystems, this work

proposes to improve an approach to planktonic

networks studies through complex networks1

with fuzzy2 relations. From flow cytometry

data3, fuzzy multigraphs are produced to

represent the complex interactions between

observed living beings (primary producers,

primary and secondary consumers). The

analysis and the interpretation of the network

obtained depend on the metrics that estimate its

topological and functional characteristics. Thus,

this project involves the research, modeling and

implementation of graph metrics using the fuzzy

set theory, incorporating them to the existing

system which yields complex networks by

differential evolution. It is expected that the

fuzzy metrics allow the evolutionary process to

produce better networks with optimized fuzzy

sets.

Materials and Methods

Cytometry is a process that measures physical

and chemical characteristics of particles of

biological or non-biological elements. In flow

cytometry, particles are measured through a

fluid stream in a measuring device, which

allows the execution of a large number of

measurements in sequence. With recent

technological developments, analytical flow

cytometry has become an attractive process

because it is capable of performing high

frequency measurements on individual

particles4. Several and varied collective

structures, natural or artificial, present network

behaviors, among them the Internet, social

networks between individuals with common

interests, metabolic networks and food webs. In

biology so far, the network metaphor is used to

represent ecological systems and they have

become widely applied, constituting an

important tool on the understanding and

quantification of ecological phenomena5.

Results and Discussions

During the research, three of the most used

complex modeling libraries were studied: Jung,

NodeXL and JGraphT. The first one was

choosed. From this study, it was possible to

identify its limitations and the importance of

developing our own network analysis tools.

However, the visualization features are

powerful and will continue to be harnessed

within this research. Several statistics and

traditional metrics in graph theory were

modeled using the concepts of fuzzy logic and

deployed in Java and Prolog: connectivity,

centrality, intermediation and modularity

measures. The experiments that will evaluate

the effectiveness of these metrics are running in

the context of a network generator development,

in which differential evolution optimization is

performed to find the most suited fuzzy

membership function according to the desired

characteristics.

Conclusions

To contribute to the understanding and

preservation of coastal ecosystems, this work

aimed to improve the study of planktonic

networks through complex fuzzy networks,

which depend on subjective views for their

definitions, by offering a set of network metrics

with better interpretations than their versions in

the classic set theory. Results of the experiments

that used the codes developed in this research

are still in production.

Acknowledgments: CNPq.

References

1. Newman, M. (2010). The structure and function of

complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.

2. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering

Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.

3. Shapiro, H. (2003). Practical Flow Cytometry (4 ed.).

New Jersey, USA: John Wiley & Sons.

4. Malkassian, A., Nerini, D., M.A., v. D., M., T., C., M., &

G., G. (2011). Functional analysis and classification of

phytoplankton based on data from an automated flow

cytometer. Cytometry A, 79, 263-275.

5. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New

York, USA: Oxford University Press.

131

“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Complex networks database: modeling, management and visualization Lucas S. Garcez (IC)

1*, Rogério P. Espíndola (PQ)

1

1 Núcleo de Computação Científica, UEZO

* [email protected]

Keywords: complex networks, planktonic networks, databases, data visualization

Introduction

Currently, the investigation of the interactions

between organisms1 of an ecosystem by

complex networks2 is in full development

because of more powerful data processing

infrastructures in research laboratories. In

particular for investigation of marine

ecosystems, the amount of data produced from

plankton - the base of the food chain of these

ecosystems - studies is very challenging because

they require greater computational resources,

storage and processing, besides offering greater

difficulty in modelling and understanding them.

Thus, this work has proposed the creation of a

relational database to store the information of

the trophic networks, formed by a software that

uses fuzzy set theory3 to model networks'

relations, their structural features and their

functional and topological metrics. In addition,

it was proposed a prototype of a tool that allows

easy access to this information from the

database with visualization capabilities of the

network structure. It is expected that these tools

may help researchers to do their tasks faster and

to have a better understanding of the

relationships in planktonic communities.

Materials and Methods

Diverse and varied collective structures, natural

or artificial, exhibit network behaviors as

Internet, social networks among individuals

with common interests, metabolic networks and

food webs. In biology, the use of network

metaphor to represent ecological systems is old

and they have become widely used, thus

becoming an important tool to aid the

understanding and quantification of ecological

phenomena4. To produce an infrastructure

capable of storing safely the information of the

most interesting networks and to allow users to

view them, providing better conditions to the

experts to infer from data, it was adopted

MySQL as a database manager due to its easy

installation on all operating systems and

efficient integration with a Java code through

the Java Database Connectivity (JDBC) API.

Results and Discussions

After exploration and study of various options,

it was decided to adopt MySQL as a database

manager. The specification of the database was

performed with MySQL Workbench. As the

software that uses the database is separated into

two main components, the generation of the

membership function and the generation of

complex networks, the database was modeled in

two corresponding parts to facilitate their

understanding, development and maintenance.

Afterwards it was required software

reformulation and integration: the one which

produces fuzzy pertinence functions to model

relationships in a network and the one which

applies them to the particles’ data, producing

the network. Thus, this step was essential to

better organize future software implementations

by offering a single software development

environment.

Conclusions

To contribute to the understanding and

preservation of coastal ecosystems, this work

proposes the creation of a relational database to

store all planktonic networks studied and the

development of a tool that allows easy access to

the information of this database, including the

visualization of the network structure.

Acknowledgments: CNPq.

References

1. Odum, E. (2001). Fundamentos de Ecologia (6 ed ed.).

Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.

2. Newman, M. (2010). The structure and function of

complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.

3. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering

Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.

4. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New

York, USA: Oxford University Press.

132

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Oficinas Interativas – Centro Esportivo Miécimo da Silva

133

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Óleos Essenciais: Cheiros e Sabores

Gabriele Marques (IC), Ludmila Alves (IC), Patricia Verônica L. França (IC), Tauana F. Pereira

(PG), Adriana A Sacramento (PG) Emille Cassia C Santos(PG), Ezaine Cristina C. Torquato (PQ),

Maria Cristina de Assis (PQ) , Cristiane P. Victório (PQ) * Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste

Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia Ambiental

*[email protected]

Palavras-chaves: Óleos essenciais, plantas aromáticas, saúde e alimentação

Introdução

Os óleos essenciais são substâncias do

metabolismo vegetal associados a defesa,

atração de polinizadores, e mediadores de outras

interações ecológicas1; também responsáveis

pelos aromas e sabores de muitas espécies

vegetais2. Há milhares de anos os óleos

essenciais eram utilizados no embalsamento de

cadávares, em cerimônias religiosas ou de

sacrifícios3. Estes óleos são misturas naturais

extremamente complexas que podem conter

mais de 60 substâncias em diferentes

concentrações, podendo trazer vários benefícios

para saúde física e emocional. Destacam-se por

suas propriedades antibacterianas, analgésicas,

sedativas, expectorantes, estimulantes, entre

outras2. Além do uso terapêutico dos óleos

essenciais (aromaterapia) e dos estudos de

pesquisa clínica, apresentam aplicação na

culinária, nas indústrias de alimentos, bebidas e

cosméticos1,2,3

. O objetivo do nosso trabalho foi

mostrar para a população os diversos usos dos

óleos essenciais e como eles estão presentes no

dia a dia. Como por exemplo, o óleo de

citronela usado como repelente para mosquitos,

o manjericão utilizado para problemas

gastrointestinais e o óleo de lavanda bastante

aplicado em diferentes produtos cosméticos.

Materiais e Métodos

Foi elaborada uma oficina com o tema “Cheiros

e Sabores” onde na prática foi feita a extração

dos óleos essenciais pelo método de

hidrodestilação. Os aromas foram percebidos

nos arredores do local da oficina. Foi extraído

óleos de casca do limão e de cravo, e foram

exibidas diferentes plantas aromáticas de uso

cotidiano como alecrim, tomilho, orégano, etc.

Foram utilizados produtos comerciais e

cosméticos, a base de óleos essenciais para que

os visitantes pudessem utilizar e sentir o aroma.

Torradas foram feitas com alecrim e orégano

para degustação como exemplo do uso culinário

onde estas plantas dão sabor e cheiro. Alunos de

pós-graduação e iniciação científica que

trabalham com a atividade medicinal dos óleos

expuseram suas pesquisas em ensaios contra

bactérias.

Resultados Recebemos alunos das escolas de Ensino

Fundamental e Médio, bem como publico em

geral, famílias, e a reação do público foi a

melhor possível, mostrando que pouco se

conhece em relação a este tema, que atualmente

é de grande relevância para saúde humana.

Fig. 1. A. Sabores: torradas com alecrim e

oregano. B. Planta de alecrim (Rosmarinus

officinalis L.). C. Equipamento de extração de

óleos essenciais por arraste de vapor.

Conclusões

Esta oficina mostra a relação entre o uso

popular e a ciência, e tornam público os

resultados obtidos da ciência de modo a

aproximar o leigo. Para nós que fazemos

ciência, encontramos aliados na promoção e

repercussão da ciência.

Referências

1. Dudareva, N. et al. (2006) Plant Volatiles: Recent

Advances and Future Perspectives. Crit Rev Plant Sci, 25:

417–440

2. Shankar, J. et al. (2014) A status review on the medicinal

properties of essential oils. Ind Crops Prod 62: 250–264.

3. Brito, A.M.G. et al. (2013). Aromaterapia: da gênese a

atualidade. Rev. Bras. Pl. Med., v.15, n.4, p.789-793.

134

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

A Eletrofloculação e o pH no Meio Ambiente

Carlos Eduardo G.Marinato

2,, Giovanna F.R.Mota

2,, Felipe F.Bastos

2,, Luisa N.F.Amorim

2,, Elinéia

O.A.Rodrigues2,, Ana júlia B.B.Nabuco

2,, Lucas E.Simões

2,, Ingrid O.Garrido

2,, Ana Rita A.

Carvalho1, Marise C. Mello

1,2*

1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, 2,

Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* [email protected]

Palavras-chaves: Eletrofloculação, pH, meio ambiente

Introdução

A preservação do meio ambiente é cada vez

mais necessária em decorrência das atividades

humanas que, além de usar os recursos naturais

de forma não sustentável, geram diferentes tipos

de resíduos que são lançados na Natureza

provocando danos. Uma ferramenta essencial

para se atingir um desenvolvimento sustentável

é a Educação Ambiental. Logo, as Oficinas de

Química sobre pH e a técnica de eletroflocula-

ção tiveram como objetivo despertar no público

a integração que deve existir entre ciência,

tecnologia e sustentabilidade.

Metodologia

Oficina de pH: O extrato de repolho roxo, um

indicador de pH natural1

(Figura 1), foi utilizado

para determinar o pH de diferentes soluções

(ácidas, básicas e neutras). Foram discutidos o

conceito de pH, sua importância no meio

ambiente e os valores máximos e mínimos de

pH permitidos para o descarte de resíduos.

Figura 1: Variação de cores das soluções de pHs

diferentes com a adição de extrato de repolho roxo.1

recursos utilizados.

Oficina de Eletrofloculação: Essa técnica é

usada para remover de forma eficaz poluentes

de águas residuais que contenham uma carga

iônica elevada (Figura 2). Foram debatidas a

importância da preservação da água para a

continuidade da vida no planeta e a necessidade

de se tratar os efluentes para diminuir a

captação desse recurso pelo seu reuso.

Figura 2: Ensaio de eletrofloculação2

Resultados

A Figura 3 mostra fotos das oficinas de pH e de

eletrofloculação.

Figura 3: Fotos das Oficinas de pH e de

eletrofloculação durante a SNCT no centro Esportivo

Miécimo da Siva- Campo Grande- RJ.

Conclusões

As oficinas despertaram o interesse do publico

de todas as idades, principalmente, porque

proporcionaram uma constatação visual do que

era explicado no ensaio de pH (mudança de

coloração das soluções) e de eletrofloculação

(processo de oxidação, formação de gás H2 e

dos flocos de FE(OH)2, FE(OH)3 e a remoção

do corante da água). Todos, em especial as

crianças, se mostraram sensíveis e conscientes

sobre a importância do desenvolvimento

sustentável. Agradecimentos: A todos os alunos de Ciências

Biológicas e Biotecnologia do segundo período da

UEZO que participaram ativamente dessas oficinas.

Referências

1.Fogaça, J. Disponível em:<.m.manualdaquimica.uol. com.br/experimentos-quimica/indicador-acido-base-com-

repolho-roxo.htm/.

2. Sociedade Brasileira de Química, (2010). Colaboradores:

Neto, S.A.; Andrade, A. R.. São Paulo: Sociedade Brasileira

de Química, p.57- 63.

135

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Microrganismos do bem

Lidiane C. Berbert(PG)1,2

, Juliana B. Succar(PG)1,2

, Vinicius R. Flores(PG)3, João Victor R.

Ferreira(PG)3, Barbara A. Peckle (PG)

4, Camila Gois F. Couto(IC)

1, Melissa B. Ferreira(IC)

1,

Gabrielly B. da Silva(IC)1, Leticia C. B. de Andrade(IC)

1, Bruna R. B. Trindade(IC)

1, Silvio Carlos

S. Russo(IC)1, Edson M. da Costa Moura(IC)

1, Nivaldo José dos Santos Júnior(IC)

1, Beatriz da

Silva Soares(IC)1, Matheus de Oliveira N. Marques(IC)

1, Alice C. Martins(IC)

1, Juliana M. de

Souza(IC)1, Jefferson H. Q. Rodrigues(IC)

1,Luiz F. P. Brandão(IC)

1, Ida C. N. Direito(PQ)

1

1 Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO, 2 Programa de Pós-Graduação em Ciência e

Tecnologia Ambiental – UEZO, ³ Programa de Pós-graduação em Biotecnologia - INMETRO, 4Programa de Pós-

graduação em Biotecnologia Vegetal - UFRJ

<[email protected]> <[email protected]>

Palavras-chaves: bactérias, fungos, microrganismos benéficos

Introdução

Estudos demonstram que alguns

microrganismos são utilizados, ainda que

involuntariamente, desde o período neolítico

(9000 a 3500 a.C.) quando leites e queijos

fermentaram espontaneamente 1,2

. Mesmo com

o uso destes agentes para produção de alimentos

desde a antiguidade e das aplicações mais

recentes na medicina, a exemplo da descoberta

da penicilina3 e da toxina botulínica, muitas

vezes microrganismos ainda são relacionados

única e exclusivamente à ações nocivas ou

prejudiciais ao homem. A presente oficina teve

como objetivo reverter, pelo menos um pouco, a

imagem negativa que muitos tem a respeito dos

microrganismos, mostrando que muitas coisas

do dia-a-dia só são possíveis graças a eles

Metodologia

Oralmente foi realizada uma enquete aos

participantes, perguntando se sabiam o que eram

microrganismos e o que achavam sobre eles

(bons ou ruins/fazem bem ou mal).

Posteriormente à resposta, foi realizada a

demonstração de inúmeras utilizações dos

microrganismos através de fotografias e itens

expostos como leite fermentado, queijo,

iogurtes, etc. Ao fim, para conhecer um pouco

mais sobre fungos e bactérias, realizou-se a

visualização dos mesmos em placa de petri e

lâminas ao microscópio. As lâminas

apresentavam bactérias coradas pela técnica de

Gram ou fungos corados com azul de algodão

(lactofenol).

Resultados

A pesar de sua milenar utilização, em especial,

na produção de alimentos, a maioria dos

visitantes desconhecia a participação dos

microrganismos em setores como alimentação e

medicina, sempre associando-os apenas à

doenças ou a deterioração de alimentos (Figura

1).

Figura 1. Crianças fazendo sinal de negativo quando

perguntadas se microrganismos são bons ou ruins (A);

Exposição das fotografias (B); demonstração do cultivo de

microrganismos (C); Crianças visualizando bactérias e

fungos no microscópio óptico (D)

Conclusões

Mesmo com os microrganismos sendo

utilizados a muito tempo nas mais variadas

áreas, a maioria das pessoas, independentemente

de sua faixa etária, ainda desconhecem suas

aplicações, tendo uma visão unicamente

negativa dos mesmos. Sendo assim, atividades

como estas, de divulgação e popularização da

ciência e tecnologia são de grande relevância

para a sociedade. Agradecimentos: FAPERJ

Referências

1 Gava, A. J. et al Tecnologia de alimentos. Sao Paulo:

Nobel, 2008.

2 Wojslaw, E.B. Tecnologia de Alimentos. Brasília.

lms.ead1.com.br/webfolio/Mod4916/tecnologia_de_aliment

os_v1.pdf

3. NobelPrize - Sir Alexander Fleming – Biographical.

/www.nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1945/

fleming-bio.html..

136

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Do laboratório para o campo: propagação vegetal in vitro e

adubação verde

Dora dos S. Costa (PG)¹*, Carla Caroline A. da Silva (IC)¹, Daniel da S. Ramos (IC)

1, Anna

Beatrice T. D. Santos (IC), Andressa S. da Silva (PG), Ida Carolina N. Direito (PQ),

Cristiane P. Victório (PQ) 1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO

* [email protected]

Palavras-chaves: Cultura de tecidos vegetais, Adubação verde. Produção agrícola

Introdução

Frente às mudanças climáticas, pragas e doenças

e a necessidade cada vez mais crescente de um

estabelecimento de agricultura sustentável,

nunca a biotecnologia esteve tão presente na

vida do produtor1. Dentre algumas das

tecnologias mais difundidas está a propagação

vegetal in vitro e a adubação verde. A

propagação in vitro é uma técnica que torna

possível fazer seleção de plantas com

características desejáveis, de forma rápida, em

condições assépticas, e viabiliza a multiplicação

clonal em massa de mudas, consequentemente,

aumenta a produção agrícola. A adubação verde

é uma alternativa perante os adubos químicos,

utilizando leguminosas que através de suas

raízes estabelecem relações mutualísticas com

bactérias do solo que são fixadoras de

nitrogênio atmosférico, nutriente essencial,

incorporado de uma maneira ecologicamente

correta. Ambas as tecnologias representam um

pouco do quanto a ciência está presente de

forma direta ou indireta na nossa alimentação.

Com isso, o objetivo desta oficina é popularizar

a ciência em práticas de biotecnologia vegetal,

com breves explicações sobre as técnicas de

cultura de tecidos vegetais e de adubação verde,

apresentando os benefícios dessas técnicas para

a produção agrícola. Ao final das atividades

serão distribuídas sementes e mudas de

leguminosas usadas na adubação verde.

Metodologia

A divulgação para o público foi feita na Semana

Nacional de Ciência e Tecnologia, no polo do

Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo

Grande na Zona Oeste do Rio de Janeiro Foi

decorada uma mesa com malha, juta e fitas de

crepom para imitar folhas, a fim de induzir aos

visitantes à atmosfera do campo. A mesa foi

dividida em dois temas: um sobre cultivo in

vitro de vegetais e o outro sobre adubação

verde. Na área designada para o cultivo in vitro

foram dispostos frascos com mudas de

bananeira e manjericão in vitro e foi montado

um mini-circuito: processo de desinfestação de

sementes, germinação e produção de plântulas

in vitro. Já na parte reservada para a adubação

verde, foram expostas mudas e sementes das

leguminosas Crotalaria juncea, C. specatabilis

e Canavalia ensiformis. A dinâmica com os

visitantes ocorreu da seguinte forma: 1-

Perguntar para os visitantes se já ouviram falar

de algum dos temas expostos; 2-Perguntar sobre

o que uma planta precisa para crescer e

relacionar com o cultivo em laboratório e seus

benefícios; 3-Visitantes são convidados a passar

pelo mini-circuito;4-Perguntar para os visitantes

se sabem o que é um adubo e quais os tipos que

conhecem; 5-Explicar sobre como funciona a

adubação verde e seus benefícios frente aos

adubos químicos; 6-Distribuição de mudas e/ou

sementes das leguminosas entre os visitantes.

Resultados

O público que participou desta oficina foi

bastante heterogêneo entre as faixas etárias,

desde alunos da educação infantil, ensino

fundamental e médio a adultos e idosos de

Campo Grande e adjacências.

Conclusões

O público em geral, participou e gostou dos

conhecimentos adquiridos em ambos os temas e

ficou surpreso sobre o quanto a tecnologia tem

ajudado a produzir nossos alimentos. Os

participantes se interessaram bastante pela

adubação verde, inclusive muitos deles

prometendo levar o conhecimento adquirido

para suas pequenas hortas e jardins, em

substituição a fertilizantes químicos. Agradecimentos: FAPERJ, Centro Esportivo

Miécimo da Silva, SNCT/Ministério da Ciência

Tecnologia e Inovação.

137

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Estudo de um Modelo Matemático Aplicado ao Controle Biológico da

Ceratitis capitata pelo Diachasmimorpha longicaudata na Fruticultura

Brasileira

Viviane de Lima Noronha (PG)¹*, Rosana da Paz Ferreira (PG)¹.

1 Laboratório multidisciplinar de estatística e matemática aplicada, UEZO

* [email protected].

Palavras-chaves: Ceratitis capitata, Diachasmimorpha longicaudata, controle biologico, modelo de Lokta-Volterra.

Introdução

Modelos matemáticos computacionais que

simulam a dinâmica da praga e do seu

parasitoide auxiliam na adoção de soluções para

o controle biológico da praga. Dentre esses

modelos destacamos o de Lokta-Volterra

clássico, que também é conhecido como o

modelo “presa-predador”. Este modelo possui

uma interface bem didática, sendo bastante

recomendado em pesquisas interdisciplinares.

Deste modo, o presente trabalho tem como

objetivo estudar uma representação do modelo

Lokta-Volterra clássico a fim de analisar as

interações populacionais de um sistema

composto pela mosca-das-frutas do gênero

Ceratitis capitata, pelo seu parasitoide exótico,

Diachasmimorpha longicaudata e a fruticultura

nacional; partindo de uma pesquisa sobre os

principais dados biológicos e ecológicos dessas

espécies e, que são fundamentais para a

formulação do modelo proposto. Para isso, está

sendo apresentado neste trabalho, o

levantamento bibliográfico realizado da

literatura sobre a Ceratitis capitata, o

parasitoide Diachasmimorpha longicaudata e

controle biológico dessa mosca pelo parasitoide

na fruticultura do Brasil, com ênfase nas

informações encontradas para o sudeste

brasileiro.

Materiais e Métodos

A metodologia da primeira parte da pesquisa foi

composta pelo seguinte procedimento: os dados

biológicos necessários para a formulação e

resultados do modelo foram consultados na

literatura de controle biológico da mosca-das-

frutas Ceratitis capitata pelo seu parasitóide

exótico, Diachasmimorpha longicaudata na

fruticultura nacional, com ênfase nos dados

encontrados para o Sudeste do Brasil. A

consulta aos dados iniciou-se em setembro de

2015. Em dezembro de 2015 foi realizada uma

visita à Embrapa Semiárido

(www.embrapa.br/semiarido), em Petrolina,

Pernambuco, onde mais informações pertinentes

sobre os fatores biológicos e ecológicos desse

sistema foram obtidas por meio de especialistas

em controle biológico da Ceratitis capitata por

Diachasmimorpha longicaudata.

Resultados e Discussão

Para à obtenção dos coeficientes do modelo é

necessário alguns dados importantes sobre à

biologia e à ecologia das espécies Ceratitis

capitata e Diachasmimorpha longicaudata. A

maioria desses dados foi retirado das seguintes

pesquisas Nakano1, Paranhos

2, Laboratório

Embrapa Semiárido, e Walder et al.3.

Conclusões

Foram realizadas inúmeras pesquisas referentes

a literatura dos fatores biológicos e ecológicos

das duas espécies citadas neste trabalho e, foi

notado, que mesmo com toda a importância da

Ceratitis capitata para a economia nacional e,

ainda, por se encontrar hoje difundida por todo

o Brasil, apenas algumas informações relevantes

foram encontradas. Este fato, também foi

observado pelo autor4 em pelo menos para uma

das espécies.

Referências

1. Nakano, O. Entomologia econômica. Piracicaba, SP:

Octavio Nakano/ESALQ/USP. 2011.

2. Paranhos, B. J. Moscas-das-frutas que oferecem riscos à

fruticultura brasileira. 2008. Disponível em:

<ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPATSA-2009-

09/39789/1/OPB2070.pdf>. Acesso em 06 de set. 06 set.

2016.

3. Walder, J. M. M.; Costa, M. L. Z.; Mastrangelo, T. A.

Produção massal do parasitoide Diachasmimorpha

Longicaudata para o controle biológico dede moscas-das-

frutas. In: BUENO, V. H. P (Eds.). Controle biológico de

pragas: produção massal e controle de qualidade. Lavras,

UFLA, 2009, p.221-234.

4. Zucchi, R.A. (Eds.). Moscas-das-frutas de importância

econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado.

Ribeirão Preto: Holos, 2000. p.119-126.

www.embrapa.br/semiarido. Acesso em 20 nov. 2015.

138

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Uso da Eletroanalítica para Dosagem de Ativos em

Medicamentos Comerciais: Dosagem de Ácido Fólico

Ana Carolini Peçanha1; Gláucia Silva

1; Mirella Lorena

1 Maria Rita G. Coelho

1,2 (PQ)*

1Unidade Universitária de Farmácia 2Setor Analítico do Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia

Ambiental - Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – Rio de Janeiro – RJ

*e-mail address de contato: [email protected]

Palavras-chaves: Anemia. Acido fólico. Eletroanálise. Quantificação.

Introdução

O ácido fólico está presente em diversos

processos bioquímicos, é essencial para a

síntese de DNA, e, consequentemente, para a

proliferação celular, que é fundamental na

manutenção dos organismos vivos. A ausência

desta vitamina pode causar sérios problemas à

saúde, como a anemia megaloblástica1.

Figura 1 – estrutura química do ácido fólico (vitamina B9).

Na anemia megaloblástica os precursores dos

eritrócitos estão sendo formados, mas não terá

completa formação nuclear. Assim o núcleo não

irá se expandir, e em contrapartida, o citoplasma

irá aumentar de tamanho esperando que a

divisão ocorra com o núcleo que não foi

formado corretamente devido à ausência da

vitamina, essas células não se dividem e passam

a apresentar um enorme citoplasma.

Oficialmente o ácido fólico é dosado em

formulações farmacêuticas por meio da

cromatografia a líquido conforme a

Farmacopeia Brasileira2. O objetivo da presente

oficina é mostrar que trabalhos recentes na área

da eletroanálise vêm se mostrando como

alternativa para quantificação do ácido fólico

seja como matéria-prima ou na especialidade

farmacêutica.

Metodologia

Para investigação dos resultados apresentados

na literatura uma pesquisa foi feita em base

bibliográfica Web of Science, disponibilizada no

Portal CAPES, no período 2000 a 2016 e nos

acervos bibliográficos da Divisão de Biblioteca

e documentação da PUC-Rio e do Instituto

Nacional de Controle de Qualidade em Saúde

(INCQS) da FIOCRUZ. Foram utilizados como

palavras-chave os descritores: “folic acid” and

“electroanalysis” and “quantification” or

“determination”. Os documentos encontrados

foram analisados na íntegra, buscando-se

conhecer o sistema galvanostatico utilizado, bem

como os tipos de eletrodos.

Resultados

Foram encontradas 3 dissertações sobre o assunto

e 5 artigos no período estudado. Os mais

promissores resultados foram apontados por

Rezende3, que relatou a quantificação do ativo

usando o eletrodo de mercúrio com sucesso, pela

obtenção de sinais analíticos na faixa de potencial

de -460 a -1083 mV, em pH neutro tamponado.

Atribuiu-se os três sinais obtidos à redução do

ácido. Outro resultado foi promissor foi o relatado

por Araújo et al.4 que evidenciaram a

quantificação do ácido fólico em especialidade

farmacêutica utilizando o eletrodo de pasta de

grafite. Um sinal analítico foi observado a +1000

mV (atribuído a oxidação) numa solução de ácido

fólico na concentração de 2,02 x 10-5

mol.L-1

. O

método mostrou uma resposta linear na faixa de

4.97 x 10-6

a 2.94 x 10-5

mol.L-1

com limite de

detecção de 2.67 x 10-6

mol.L-1

em solução de

KCl, com recuperação em torno de 99 %.

Conclusões

A agilidade e o custo tanto do equipamento quanto

dos reagentes empregados na eletroanálise são

inferiores aquela utilizada pelo método oficial2.

Todavia ainda há necessidade de serem feitas mais

ensaios quantitativos em outras formas

farmacêuticas contendo ácido fólico como

principio ativo a fim de garantir a eficácia da

técnica oferecida. Agradecimentos: FAPERJ, PUC-Rio: Divisão de Bibliotecas e

Comunicação e a AaA-PUC.

Referências

1.Rang H. P. et al. (2003) Farmacologia. 5. ed. London:

Elsevier. 447 p.

2. Brasil. Farmacopeia Brasileira 5. ed., 2010. Disponível em:

<www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/publicacoe

s/4_edicao/parte2/4_edicao_fasc2.pdf>. Acesso em: 18 out.

2016.

3. Rezende, M. C. (2001) Determinação de ácido fólico em

medicamentos por voltametria de pulso diferencial.

Dissertação. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 65 p.

4. Araújo, E. G. et al. (2015) Electroanalysis 27: 398-405.

139

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Equilíbrios Físicos

Vitor S. C. Barreto (IC)¹, João Gabriel O. da Silva (IC)¹, Lucas A. F. Miranda (IC)¹, Renan R. de

Almeida (IC)¹, Gianny D. de Santana (IC)¹, Victoria R. dos Santos (IC)¹, Matheus A. Mascarenhas

(IC)¹, Julia V. A. Costa (IC)¹, Matheus M. Fernandes (IC)¹, Priscila F. de Souza (IC)¹, Thainá T. de

Figueiredo (IC)¹, Emanuelle M. Nunes (IC)¹, Alessandro Kappel Jordão (PQ)1*

1 Unidade Universitária de Farmácia, Universidade Estadual da Zona Oeste, Avenida Manuel Caldeira de

Alvarenga 1203 – Campo Grande, Rio de Janeiro - RJ

* [email protected]

Palavras-chaves: Mudanças de fase, gelo seco, sublimação.

Introdução

Uma substância simples pode existir em

diferentes fases, isto é, diferentes formas físicas.

As fases de uma substância incluem as formas

sólido, líquido e gás, e as diferentes formas de

sólido, como as fases diamante e grafita no

carbono. A conversão de uma substância de

uma fase em outra, como a fusão do gelo, a

vaporização da água ou a conversão de grafita

em diamante, é chamada de transição de fase.

Em uma dada pressão, uma substância sofre

uma transição de fase em uma temperatura

específica, como acontece com a mudança de

sólido para líquido na temperatura de fusão.

Nesta temperatura característica, as fases sólido

e líquido de uma substância estão em

equilíbrio.1 O objetivo desta oficina interativa é

mostrar, através de experimentos simples, as

mudanças de estado físico da matéria e a

solubilidade de um gás em um líquido.

Metodologia

Os experimentos foram realizados utilizando

erlenmeyer, bécher, termômetro, água, corantes,

acetona e gelo seco (dióxido de carbono).

Resultados

Em um bécher e um erlenmeyer contendo água

e um corante foram adicionados alguns pedaços

de gelo seco, que imediatamente sublimou,

liberando dióxido de carbono no ambiente.

Além disso, parte do gás se dissolveu na água

formando ácido carbônico, que deixa o pH da

solução ácido, que pode ser observado pela

mudança de coloração do corante, que é um

indicador de pH e deixa a solução amarela

(Figura 1). Em outro erlenmeyer foi introduzido

gelo seco e acetona, um solvente orgânico. Esta

mistura tem como característica manter a

temperatura em torno de -78 oC, que foi constatado

com um termômetro especial (Figura 1).

Figura 1: Experimentos com gelo seco

Figura 2. Participantes da oficina de equilíbrios

físicos

Conclusões

A oficina de equilíbrios físicos foi realizada com

sucesso, atraindo a atenção dos participantes da

JCT, estimulando a interação dos jovens e crianças

presentes.

Agradecimentos: UEZO, IX JCT

Referências

1. Atkins P.; Jones, L. (2013). Princípios de Química –

Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5a edição.

Capítulo 9, páginas 333-334.

140

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Oficina Interativa: Será que você realmente sabe lavar as mãos?

Claudia C. H. C. Nascimento (PG)1,2

, Suzy D. D. Vasconcelos (PQ)3, Diogo Alves dos Santos (IC)

2,

Vitor G. Rodrigues (IC)2, Samara C. A. de Souza (IC)

3, Mileny E. C. Rodrigues (IC)

3, Thales S.

Ferreira (IC)3, Alaide de S. Barreto (PQ)

2, Gláucio D. Feliciano (PQ)

2.

1 Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO)

2 Laboratório de Análise Química e Biológica, Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO)

3 Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ)

* [email protected]; [email protected]

Palavras-chaves: caixa reveladora com luz negra, gel fluorescente para mãos, técnica de lavagem das mãos,

Introdução

Em um estande com uma caixa de cor amarela,

medindo 80cmx80cmx45cm decorada com o

desenho de duas mãos e com a inscrição “Caixa

Reveladora”, trouxemos a seguinte abordagem:

Será que quando você lava as mãos elas

realmente estão limpas? Em seguida oferecemos

um método que ajudava a conferir isso. O

objetivo desta oficina foi chamar atenção dos

voluntários para a importância da técnica

correta de lavagem das mãos a partir do uso de

gel revelador que marca as partes esquecidas

durante o processo evidenciando as regiões após

exposição à luz negra (ultravioleta). Nesta

oficina foram abordadas pessoas com idades

entre 8 à 32 anos, que participavam do evento ”

UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e

Tecnologia na Zona Oeste” no Centro Esportivo

Miécimo da Silva, na tarde do dia 20/10/2016.

Metodologia

Após a abordagem inicial, o voluntário

respondia um questionário pré-teste contendo 5

perguntas fechadas, para verificar quais

conhecimentos prévios tinha sobre a

importância de lavar as mãos e sobre a técnica

de higienização. Em seguida aplicamos uma

solução fluorescente nas mãos do espectador

(álcool gel e caneta fluorescente) e pedimos

para que este lavasse suas mãos como de

costume. Ao retornar, ele introduzia suas mãos

em uma caixa com luz negra (ultravioleta) que

revelava quais partes foram "esquecidas" no

procedimento (fluorescência). Partes

fluorescentes, após a lavagem eram aquelas

esquecidas durante a lavagem habitual. Após a

constatação, demonstramos uma das técnicas

para a higienização das mãos empregadas por

profissionais da área da saúde. Finalizamos a

oficina com o preenchimento de um

questionário pós-teste pelo voluntário, com

cinco questões fechadas e abertas a fim de

verificarmos a assimilação das informações.

Resultados

Participaram da oficina 34 voluntários entre as

idades de 8 à 32 anos. Todos responderam o

questionário 1 (pré-teste). O questionário 2 (pós-

teste) foi respondido por 32 dos 34 voluntários.

Fig. 1: Caixa Reveladora e Gel fluorescente.

Fig. 2: O voluntário introduzia suas mãos pela abertura correspondente e observava o resultado pelo visor,

acompanhado por um dos expositores que descrevia a

que correspondia a fluorescência das mãos após

exposição a Luz Negra (Ultravioleta).

Fig. 3.

As regiões das mãos que

não fluoresciam

correspondiam às partes que foram corretamente

higienizadas.

Conclusões

Concluímos que apesar de cerca de 47% dos

voluntários afirmarem já ter conhecimento da

técnica de lavagem das mãos, na prática a

eficiência deste procedimento e aplicabilidade não

condiz com o que foi revelado na exposição a luz

UV. Houve boa receptividade e aceitação da

abordagem e método empregado após análise das

respostas do questionário pós-teste (91.2%). Agradecimentos: Ao Laboratório de Análise Química e

Biológica (LAQB/UEZO), ao Centro Federal de

Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

(CEFET/RJ), a FAPERJ.

141

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Elaboração de biscoitos de batata doce sem glúten

Marcelo G. R. Alves (IC)1, Paula C. P. Silva (IC)

2, Ariane T. Souza (IC)

1, Késia H. L. Araújo (IC)

2,

Maria E. F. B. Serrano (IC)1, Taiane B. M. Silva (IC)

2, Thayná F. Cruz (IC)

2, Geruza C. Silva (IC)

2,

Sabrina S. Dias (PQ)2, Aline F. S. Soares (PQ)

1, Catharina E. Fingolo (PQ)

2.

1 Unidade de Biologia (UBio)-Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Rio de Janeiro-RJ-

Brasil. e-mail: [email protected] 3 Unidade de Farmácia (UFar)-Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Rio de

Janeiro-RJ-Brasil. 4 e-mail: [email protected]

Palavras-chaves: Biscoito, Análise sensorial, Batata doce, Celíacos.

Introdução

Na atualidade os cuidados com a nutrição têm

aumentado devido à preocupação com o

impacto que a alimentação tem na saúde da

população. Segundo Monteiro1 o biscoito é um

produto composto principalmente por farinha de

trigo, gordura e açúcar, com teor de umidade

bastante baixo, o que lhe proporciona uma longa

vida de prateleira, principalmente se

acondicionado em embalagem eficiente na

proteção de umidade. Ao pensar nesta

problemática de falta de nutrientes e alinhando a

necessidade de criar novos produtos para

pessoas com doença celíaca, a oficina teve

como objetivo desenvolver biscoitos sem glúten

utilizando como matéria-prima substituta a

farinha de trigo, as batatas doce de polpa roxa e

alaranjada, e realizar análise sensorial para

testar aceitabilidade2 desses produtos.

Metodologia

Na formulação do biscoito foram utilizados: 1

lata de leite condensado, 2 ovos, 5 colheres sopa

(65g) de manteiga em temperatura ambiente, 1

colher de chá de sal, meia colher de sopa de

essência de baunilha, 2 colheres de sopa de

fermento químico em pó, 4 xícaras de chá de

amido de milho, 1 xícara de chá de polpa de

batata doce cozida. Foram feitas duas receitas,

uma para cada tipo de polpa. O processo de

elaboração iniciou-se com a homogeneização do

leite condensado, os ovos, o sal, a essência de

baunilha e o fermento. Logo após, foi

acrescentado a polpa das batatas e aos poucos o

amido de milho foi adicionado e misturado, e

também um punhado de farinha sem glúten até

que obtivesse a consistência ideal para dar

formato ao biscoito. Os biscoitos foram

dispostos de forma equidistante em assadeiras

untadas com manteiga e polvilhadas com amido

de milho. Em seguida, foram ao forno médio-

alto (200ºC), preaquecido, por

aproximadamente 15 minutos.

Resultados

A consistência dos biscoitos atingiu o resultado

esperado, mesmo com a adição de batata doce

de duas variedades: polpa roxa e polpa laranja.

Além de ter dado coloração aos biscoitos, a

forma de preparo não interferiu na consistência.

Os biscoitos preparados com batata doce de

polpa roxa obtiveram coloração verde/azulada

(Figura 1A) e os de polpa laranja, coloração

alaranjada (Figura 1B).

Figura 1: Biscoitos sem glúten a base de batata

doce de polpa roxa (A) e de polpa laranja (B).

Conclusões

Os biscoitos sem glúten de batata doce de polpa

roxa e de polpa laranja foram bem aceitos pelo

grupo de consumidores participante da análise

sensorial. As observações feitas por alguns

provadores ressaltaram que a coloração

diferenciada verde/azulada do biscoito como

sendo uma característica desejável e atrativa.

Referências

1. Monteiro, A. G. R. (1996). Produção de biscoitos. São

José do Rio Preto, UNESP. 56p.

2. Meilgaard, M.; Civille, G. V.; Carr, B. T. Sensory

evaluation techniques. 3. ed. New York: CRC, 1999. 281 p.

A B

142

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Descarte Consciente de Medicamentos

Fernanda Marques Peixoto1, Catharina Eccard Fingolo¹, Bárbara da Silva e Souza Lorca

1*.

1 Unidade de Farmácia, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

* [email protected]

Palavras-chaves: descarte de medicamentos; logística reversa; gerenciamento de resíduos.

Introdução

O descarte inadequado de medicamentos impõe

riscos, não só para a saúde pública, mas também

para o meio ambiente1. Estudos já

demonstraram que vários destes produtos

farmacêuticos persistem no meio ambiente e

não conseguem ser completamente removidos

das estações de tratamento de esgoto2. A

Agência Nacional de Vigilância Sanitária3

orienta que os consumidores devolvam os

medicamentos vencidos e em desuso para locais

apropriados, porém não há uma legislação

específica. Sendo assim, o objetivo da oficina

foi promover o intercâmbio de conhecimento

entre os participantes (docentes, discentes e

comunidade), desestimulando a prática

corriqueira da eliminação destes medicamentos

em lixo comum.

Metodologia

A oficina foi realizada por 32 discentes do curso

de Farmácia da UEZO, utilizando dinâmica oral

e complementada por material explicativo.

Assim como toda oficina, contemplou interação

e troca de saberes entre os envolvidos. O

público-alvo foi a população presente no evento,

não havendo distinção entre idade, sexo ou

etnia. A abordagem foi com perguntas

relacionadas ao descarte de medicamentos.

Resultados

A oficina foi fortemente elogiada pelos

participantes, sendo possível esclarecer dúvidas

oriundas da comunidade sobre o tema proposto.

Como observado na Figura 1, houve total

comprometimento dos discentes participantes

em esclarecer e informar sobre os cuidados

necessários para a eliminação consciente dos

medicamentos. Os locais destinados para o

recebimento dos medicamentos vencidos e/ou

em desuso foram amplamente divulgados. Além

de explanação oral, também foi confeccionado

folder informativo, entregue a todos os

participantes da oficina (Figura 2).

Figura 1: Abordagem e orientação.

Figura 2: Folder explicativo.

Conclusões

Nos dois dias de evento, foi possível observar

que a população desconhece os locais

destinados ao descarte de medicamentos. A

grande maioria dos participantes elimina tais

resíduos no lixo comum ou pelo sistema de

esgoto, rotineiramente. Desta forma, entende-se

que ações de conscientização, como a

apresentada, são fundamentais para evitar mais

prejuízos ao meio ambiente e à saúde da

população em geral.

Referências

1. Chaves, G.L.D. et al (2015). Revista eletrônica em

gestão, educação e tecnologia ambiental, 19 (2): 1083-1096.

2. Souza, C.P.F.A. e Falqueto, E. (2015). Rev. Bras. Farm.,

96 (2): 1142 – 1158.

3. BRASIL. RDC N° 44, de 17 de agosto de 2009.

143

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Com o objetivo de possibilitar as empresas e instituições participantes, a exposição de seu

portfólio de serviços, visando atender as demandas tanto da comunidade acadêmica como da

população em geral. Foram oferecidos serviços voltados para programas de estágio, Aprendiz,

Trainee, programas relacionados ao público portador de necessidades especiais, treinamento e

capacitação, vagas de emprego, ação social entre outros.

Agentes de Integração

Organizações Não Governamentais

144

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Essa primeira oficina teve como objetivo de passar de forma interativa noções básicas de gestão administrativa e financeira de instituições como associação de moradores, e surge em virtude da demanda de associações de moradores de Campo Grande.

A oficina foi composta por 3 módulos: Controle Financeiro (20/10), Ferramentas Práticas de Gestão (27/10) e Ferramenta para Eficiência de Projeto (03/11), de 17:30 as 21:00. A oficina foi ministrada por componentes da UEZO JR Consultoria, empresa Jr da UEZO com experiência no mercado já de alguns anos.

145

“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”

OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.

Patrocinadores

Apoiadores