ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

129
ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL: HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS 20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL 10 anos do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR 26 e 27 de setembro de 2019 Centro de Eventos e Convenções Aurora Shopping Londrina - PR

Transcript of ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

Page 1: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em

Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

26 e 27 de setembro de 2019 Centro de Eventos e Convenções Aurora Shopping

Londrina - PR

Page 2: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

Catalogação na publicação elaborada pela Divisão de Processos Técnicos da

Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Bibliotecária: Solange Gara Portello – CRB-9/1520

C749a Congresso dos 40 Anos de Fisioterapia da UEL : História, Evolução e Desafios

(2019 : Londrina, PR).

Anais do Congresso dos 40 Anos de Fisioterapia da UEL : História,

Evolução e Desafios [livro eletrônico] : 20 anos da Residência em

Fisioterapia da UEL, 10 anos do Programa de Pós-Graduação Stricto

Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR / Larissa Araújo

de Castro Okamura, Nidia Aparecida Hernandes, Vanessa Suziane

Probst [organizadoras]. – Londrina : UEL, 2019.

1 Livro digital.

Disponível em: http://www.uel.br/eventos/fisioterapia/pages/anais.php ISBN 978-85-7846-569-8

1. Fisioterapia – Congressos – Resumos. I. Okamura, Larissa Araújo

de Castro. II. Hernandes, Nidia Aparecida. III. Probst, Vanessa Suziane.

IV. Universidade Estadual de Londrina. V. Universidade Estadual de

Londrina, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Residência em

Fisioterapia. VI. Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências

da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação.

VII. Universidade Norte do Paraná. VIII. Título.

CDU 615.8

Page 3: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

PRESIDENTES DO CONGRESSO:

Celita Salmaso Trelha

Vanessa Suziane Probst

COMISSÃO CIENTÍFICA:

Larissa Araújo de Castro Okamura

Nidia Aparecida Hernandes

Vanessa Suziane Probst

Page 4: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

APRESENTAÇÃO

Os anais do Congresso dos 40 Anos de Fisioterapia da UEL: História,

Evolução e Desafios - 20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL, 10 anos

do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-

UNOPAR contém os resumos dos trabalhos apresentados no evento.

Os resumos estão organizados de acordo com as seguintes categorias:

1) Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória (do adulto e da criança);

2) Fisioterapia em Gerontologia, Prevenção em Fisioterapia, Saúde Coletiva e

Ergonomia;

3) Fisioterapia em Ortopedia e Tramatofuncional, Reumatologia, Próteses e

Órteses;

4) Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia;

5) Fisioterapia Neurofuncional (do adulto e da criança);

6) Registro e análise do movimento.

Page 5: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

SUMÁRIO

Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória (do adulto e da criança) ............ 1

Fisioterapia em Gerontologia, Prevenção em Fisioterapia, Saúde Coletiva

e Ergonomia ................................................................................................ 33

Fisioterapia em Ortopedia e Tramatofuncional, Reumatologia, Próteses e

Órteses ....................................................................................................... 50

Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia .............................................. 78

Fisioterapia Neurofuncional (do adulto e da criança) ................................... 89

Registro e análise do movimento ................................................................ 120

Page 6: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

1

FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR E

RESPIRATÓRIA (DO ADULTO E DA CRIANÇA)

Page 7: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

2

Acetilcisteína versus solução salina hipertônica em crianças sob ventilação mecânica invasiva.

OLIVEIRA, Nattalia¹; FABRIS, Sônia Maria1*; OLIVEIRA, Jair Aparecido3. 1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: O transporte mucociliar deficitário é um componente envolvido em várias perturbações do sistema respiratório que levam ao maior acúmulo de secreção nas vias aéreas. O uso de mucolíticos inalatórios favorece a hidratação com consequente diminuição da viscosidade do muco brônquico. Objetivo: Comparar o efeito da inaloterapia com solução salina hipertônica (SSH) e com acetilcisteína (AC) em relação à densidade do muco em crianças sob ventilação mecânica invasiva (VMI). Métodos: Os sujeitos foram submetidos à coleta de secreção traqueal, antes e após inalação com SSH a 7% ou AC. Após trinta minutos e depois de seis horas da primeira inalação, repetiu-se o processo, alternando a substância. A densidade do muco coletado foi analisada por meio de um refratômetro da marca ATC®. Antes e após a inalação, verificou-se saturação periférica de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca (FC), presença de tosse irritativa e sibilos expiratórios. Utilizou-se para as variáveis contínuas o teste t pareado e Mann-Whitney. Para as variáveis categóricas, o teste McNemar. Para correlação o teste de Spearman. Foram consideradas diferenças significantes quando p>0,05. Resultados: Participaram do estudo 20 crianças, com 1,46 (0,63-4,92) anos, 50% do sexo feminino, em VMI com hipersecreção pulmonar. Não houve diferença significante em relação a densidade do muco após AC (p= 0,45) ou SSH (p= 0,09). Após inalação de AC, verificou-se aumento em relação à FC (p=0,01) e SpO2 (p=0,01), além de três (15%) casos de tosse irritativa e um (5%) de sibilo. Após SSH, não houve diferença estatística na FC e SpO2 (p > 0,05). Ocorreram 7 (35%) casos de tosse antes e após inalação. Somente 2 (10%) participantes apresentaram sibilos expiratórios. Conclusões: Neste estudo, as duas substâncias tiveram efeitos similares em seu uso, não apresentando diferença na alteração da densidade do muco.

Page 8: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

3

Análise da porcentagem da força muscular predita em pacientes com DPI. HSIEH, Carolina Ruoyin1, SILVA, Thatielle Garcia1; ZAMBOTI, Camile Ludovico1; GONÇALVES, Aline Ferreira Lima1; JORGE, Marcela Paes2; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Paraná. Introdução: Sabe-se que pacientes com doença intersticial pulmonar (DIP) apresentam força muscular (FM) diminuída, principalmente em membros inferiores. Uma possível explicação para isso é o estilo de vida sedentário adotado por esses pacientes devido à dispneia. Ainda não se sabe se a diminuição de força muscular nesses pacientes ocorre também em outros grupos musculares e o quanto dessa FM está alterada quando comparada com valores de referência. Objetivo: Caracterizar a FM de diversos grupos musculares em pacientes com DIP. Métodos: Pacientes com DIP foram submetidos à avaliação da FM periférica por meio da contração isométrica voluntária máxima dos músculos peitoral maior (PM), deltóide (D), grande dorsal (GD), quadríceps femoral (QF), tríceps (TB) e bíceps braquial (BB) por meio de dinamometria (EMG Systems©), sendo o membro dominante avaliado. Valores de referência foram estimados a partir de equações de predição com dados de indivíduos saudáveis no mesmo centro deste estudo. A análise estatística foi realizada pelo software SAS Studio 9.4. A força muscular foi expressa em média e desvio padrão devido a distribuição dos dados e os valores obtidos nos testes expressos como porcentagem do valor predito. Resultado: 48 pacientes com DIP (64±10 anos, 24 mulheres) foram incluídos. Os valores obtidos nas avaliações de FM (de menor para maior) foram: PM= 68[38–52] N, 76,2% do predito; D= 88[66–128] N, 82,1% do predito; GD= 49[32–67] N, 83,7% do predito; QF= 29[233–429] N, 85,2% do predito; BB= 177[131–237] N, 91,6% do predito; TB= 128[91–167] N, 92,9% do predito. Conclusão: Os resultados mostram que pacientes com DIP apresentaram mais de 76% do predito de força muscular em membros superiores e mais de 92% em quadríceps. Esses resultados sugerem que esses pacientes podem apresentar menor força em musculatura proximal dos membros superiores, porém, como ainda não há um ponto de corte para identificar fraqueza muscular, não foi possível classificar esses pacientes com força muscular normal ou diminuída.

Page 9: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

4

Análise dos efeitos da faixa elástica abdominal em crianças com desconforto respiratório: estudo radioscópico.

CHINELLATO, Luana Pereira1; FABRIS, Sonia Maria1*; SELINI, Nelson Alfredo Almeman1. 1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: Pacientes da faixa etária pediátrica apresentam predisposição a adquirir desconforto respiratório pelo fato de o sistema pulmonar ainda estar em desenvolvimento. Nestas circunstâncias, o tratamento fisioterapêutico, com o uso da faixa elástica abdominal, proporciona uma função similar ao trabalho dos músculos abdominais em crianças saudáveis, atuando como uma cinta abdominal por meio da propriocepção. Entretanto, existe uma lacuna na literatura sobre a ação deste recurso em pediatria e seu efeito sobre o diafragma. Objetivo: Verificar o efeito da faixa abdominal sobre a funcionalidade do diafragma em crianças que apresentam desconforto respiratório. Métodos: Estudo longitudinal, tipo antes e depois, em crianças com desconforto respiratório. Variáveis analisadas: frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação de oxigênio, cirtometria abdominal, sinais de desconforto respiratório (independente da patologia de base), avaliação do movimento do diafragma e medidas transversas do tórax por meio da radioscopia, antes e após o uso da faixa elástica abdominal. Na análise estatística as variáveis contínuas foram apresentadas em média e desvio padrão. As comparações pré e pós intervenção para as variáveis contínuas foi realizada pelo Teste t Student para amostras pareadas, analisadas pelo software SPSS® 22.0. Adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: Total de oito pacientes, sendo 50% (4) do gênero masculino, idade de 8,0±4,7 meses, peso 5,125±555,7 g e 6±2 cm de cirtometria abdominal. Para as variáveis quantitativas discretas, o teste t Student pareado foi utilizado, e pode-se observar diferença significativa entre a saturação de oxigênio (p= 0,003) e frequência respiratória (p= 0,01), antes e após o uso da faixa elástica abdominal. A análise do movimento diafragmático, por meio das medidas radioscópicas não foi significativo (p>0,05), porém, verificou-se uma tendência na medida transversa inspiratória (p=0,07). Conclusão: Neste estudo, a faixa elástica abdominal contribuiu para a melhora do desconforto respiratório, apesar de não se evidenciar aumento na mobilidade diafragmática.

Page 10: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

5

Análise do nível de dispneia e qualidade de vida de pacientes com DPOC submetidos ao treinamento convencional associado a um circuito de

exercícios funcionais a curto prazo.

ETO, Daniele Akemi1; GRIGOLETTO, Isis1; UZELOTO, Juliana Souza1; SUZUKI, Natália Narumi Voltareli1; RAMOS, Dionei1; de LIMA, Fabiano Francisco1; RAMOS, Ercy Mara Cipulo1*. 1Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT/UNESP, Campus de Presidente Prudente - SP. Introdução: Está bem definido na literatura que o treinamento convencional (aeróbico associado ao resistido) promove diversos benefícios aos pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), como a redução da dispneia e melhora da qualidade de vida. No entanto, não se sabe se a inserção de um circuito de exercícios funcionais promove melhorias nestas variáveis, considerando que este tipo de exercício reproduz atividades rotineiras. Objetivo: Verificar o nível de dispneia e a qualidade de vida de pacientes com DPOC submetidos a um treinamento convencional (aeróbico e resistido) associado a um circuito de exercícios funcionais. Métodos: 48 pacientes com DPOC foram randomizados em três grupos de treinamento: Grupo Treinamento Funcional (GTF) [n=15; 68±7,9 anos; 64[58-85] kg; VEF1/CVF: 51±10%], Grupo Treinamento Convencional (GTC) [n=16; 70±6 anos; 73±13 kg; VEF1/CVF: 55±7%] e Grupo Treinamento Usual (GTU) [n=17; 71±7 anos; 66±11 kg; VEF1/CVF: 50±14%], os treinamentos tiveram duração de oito semanas, com frequência de três vezes semanais. Os pacientes foram avaliados quanto ao nível de dispneia (Escala mMRC) e a qualidade de vida (Questionário de Avaliação da DPOC - CAT) antes e após as 8 semanas de treinamento. Resultados: Não houve diferença estatística na Escala mMRC em nenhum grupo ao final do treinamento (p>0,05). Houve diferença estatisticamente significante no efeito tempo (p=0,004) no GTC no Questionário CAT e não houve diferença estatisticamente significante no efeito grupo e grupo x tempo. Conclusão: O treinamento convencional associado ao circuito de exercícios funcionais não promoveu alterações no nível de dispneia e na qualidade de vida de pacientes com DPOC. Agradecimentos: Os autores gostariam de agradecer a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processos n° 2017/101457 e n° 2018/18239-3 pelo financiamento desta pesquisa.

Page 11: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

6

Associação entre a qualidade de sono e sintomas comumente relatados por pacientes com DPOC.

MACHADO, Roberta Bordignon Rodrigues1; BELO, Letícia Fernandes1; DALA POLA, Daniele Caroline1; HIRATA, Raquel Pastrello1; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: Sabe-se que a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) está associada com uma pior qualidade do sono. Entretanto, não está claro se a pior qualidade de sono se associa aos principais sintomas relatados pelos pacientes com DPOC, como a dispneia, ansiedade e depressão. Objetivos: Investigar se existe correlação entre a qualidade de sono e a qualidade de vida (QV), dispneia, estado funcional, ansiedade e depressão, em pacientes com DPOC. Métodos: A qualidade do sono (Pittsburgh Sleep Quality Index) de pacientes com DPOC foi avaliada e correlacionada com os sintomas de dispneia (Medical Research Council scale), qualidade de vida (Chronic Respiratory Questionnaire e COPD Assessment Test [CAT]), estado funcional (London Chest Activity of Daily Living), ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression scale). As pontuações gerais e por domínios foram utilizadas para as análises. Resultados: Doze indivíduos com DPOC (58% homens; 62±8 anos; VEF1 54±20% do predito) foram incluídos. A latência do sono (tempo para início do sono) se relacionou com a intensidade da dispneia (r=0,52). Os pacientes que apresentaram uma pior eficiência do sono (tempo dormindo/tempo deitado) apresentavam episódios de tosse mais frequentes relatados pelo CAT (r=0,44). A pior qualidade subjetiva do sono se relacionou com uma menor QV e com mais sintomas de ansiedade (0,51<r<0,77). Além disso, a presença de distúrbios percebidos durante o sono se associou a pior QV (r=0,53<r<0,83), maiores sintomas de ansiedade (r=0,60), pior dispneia (r=0,45) e menor funcionalidade (r=0,46). Da mesma forma, o relato de disfunção diurna (sonolência ou desânimo) se relacionou com menor QV (0,46<r<0,54), pior estado funcional (r=0,45), maiores sintomas de ansiedade (r=0,54), depressão (r=0,47) e dispneia (r=0,41) (P<0,05 para todos). Conclusão: Uma pior qualidade de sono está associada com maiores sintomas de dispneia, ansiedade e depressão, pior qualidade de vida e funcionalidade em pacientes com DPOC.

Page 12: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

7

Atividade e inatividade física em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): comparação entre quatro fenótipos

metabólicos. SARTORI, Larissa Gomes1; SCHNEIDER, Lorena Paltanin1; MACHADO, Felipe Vilaça Cavallari1; BERTOCHE, Mariana Pereira1; HIRATA, Raquel Pastrello1; FURLANETTO, Karina Couto1,2; PITTA, Fabio1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná; 2Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil.

Introdução: A DPOC é uma doença pulmonar com consequências sistêmicas, como alterações metabólicas e inatividade física. Portanto, torna-se importante estudar as associações entre as alterações na composição corporal e o nível de atividade física na vida diária (AFVD) dessa população. Objetivo: Verificar se pacientes com DPOC classificados como fisicamente ativos/inativos apresentam diferenças quanto ao fenótipo metabólico. Métodos: Estudo transversal, realizado em indivíduos com DPOC classificados em quatro grupos de acordo com os índices de massa livre de gordura e de massa gorda: Composição Corporal Normal (CCN), Obeso (O), Sarcopênico (S) e Obeso-Sarcopênico (OS). Os indivíduos foram submetidos à avaliação da AFVD por meio do SenseWear Armband (BodyMedia, EUA) durante dois dias de semana consecutivos, por ao menos 10 horas/dia e então classificados também como ativos (At) e inativos (Inat), de acordo com recomendações internacionais. As avaliações também incluíram a função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (TC6min) e força muscular periférica (teste de 1-repetição máxima, 1RM). Resultados: 176 indivíduos com DPOC (67±8 anos, IMC 26±6 kg/m², VEF1 47±16% do predito) foram classificados em: CCN-At (17%), CCN-Inat (22%), O-At (6%), O-Inat (10%), S-At (12%), S-Inat (9%), OS-At (8%) e OS-Inat (16%). O grupo OS-Inat apresentou pior TC6min e menor 1RM de quadríceps femoral em comparação com os grupos CCN-At, CCN-Inat e O-At (P<0,05 para todos). O grupo OS-Inat também apresentou menor VEF1% do predito, 1RM de bíceps braquial e tríceps braquial em relação aos grupos CCN-At e CCN-Inat (P<0,05 para todos). O grupo OS-Inat ainda apresentou menor 1RM de tríceps braquial que o grupo O-Inat (P=0,04). Conclusão: A inatividade física associada à obesidade e sarcopenia está relacionada com uma função física marcadamente prejudicada em indivíduos com DPOC. Portanto, estratégias para aumentar a AFVD e melhorar a composição corporal são bem-vindas para afastá-los deste grupo de risco e visando melhorar sua função física.

Page 13: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

8

Caracterização da abordagem fisioterapêutica em crianças com derrame pleural parapneumônico em um hospital universitário.

CUNHA, Caio Rodrigues da1; PARRA, Karina Massari1; ALMEIDA, Rafaela Cristina1; FABRIS, Sônia Maria1*; PARREIRA, Ricardo Silva1; MELO, Fernanda Cristiane1. 1Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: A caracterização da abordagem da fisioterapia em crianças com derrame pleural parapneumônico (DPP) é importante para que sejam desenvolvidos e aprimorados os serviços de assistência e de educação em saúde. Objetivos: Caracterizar a abordagem fisioterapêutica das crianças com DPP internadas nas unidades pediátricas de um hospital universitário. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, por meio da análise de prontuários de crianças internadas no período de 2017 a 2019, no Hospital Universitário de Londrina. Os critérios de inclusão foram crianças de 1 a 13 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de DPP e que necessitaram de fisioterapia respiratória. As variáveis analisadas foram gênero; faixa etária; hemitórax acometido; microorganismos; procedimento cirúrgico; presença ou não de fístula broncopleural (FBP); tipo de abordagem e quantidade de dias para fechamento da fistula; recursos fisioterapêuticos e parâmetros utilizados; recursos associados; quantidade de sessões e atendimentos/dia; tempo de internação; realização ou não de fisioterapia e de raio x de controle após alta hospitalar. A análise estatística foi descritiva por meio de distribuição de frequência e proporção. Os dados foram armazenados no programa Excel e analisados pelo software SPSS® 22.0. Resultados: Foram estudados 12 pacientes com DPP e FBP, idade 4,4±2,1 anos, gênero masculino (66,7%), sendo o hemitórax esquerdo (66,7%) o mais acometido. A videotoracoscopia ocorreu em 91,7% e o Streptococcus pneumoniae foi o mais prevalente (33,3%). Em 58,3% ocorreu o fechamento da fístula de forma conservadora (ventilação não invasiva-VNI). Verificou-se média de sessões (23,5±10,5), de dias de internação (25,8±8,9) e de fechamento da fístula (9,1±8,6). Recursos associados: fluxo dirigido (22,2%), decúbito homolateral (20,4%), contenção manual contralateral (18,5%) e solução salina hipertônica (18,5%). Os parâmetros mais utilizados na VNI foram VC 200 ml, PIP (14-16 cmH2O) e PEEP (08-12 cmH2O). Conclusões: Este estudo ofereceu dados relevantes para o conhecimento e desenvolvimento de melhorias no tratamento fisioterapêutico em DPP em crianças.

Page 14: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

9

Caracterização da força muscular associada a evolução da doença de pacientes com Doença Intersticial Pulmonar: resultados preliminares.

PIMPAO, Heloise Angélico1,2,3; SILVA, Thatielle Garcia1,2,3; ZAMBOTTI, Camile Ludovico1,2,3; GONCALVES, Aline Ferreira Lima1,2,3; KRINSKI, Gabriela Garcia1,2,3; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2,3*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Laboratório de Ciências do Movimento, Centro de Especialização em Pesquisa e Pós-Graduação em Saúde (CEPPOS); Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 3Programa de Pós-Graduação Associado em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras UNOPAR (Unidade Piza) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Introdução: Pacientes com doença intersticial pulmonar (DIP) apresentam diminuição progressiva de força muscular de quadríceps. Porém, não há evidência até o momento se diferentes grupos musculares pioram sua função ao longo do tempo de modo similar. Objetivos: Verificar mudanças na força muscular de diferentes grupos musculares durante um período de 6 meses em pacientes com DIP. Métodos: Pacientes com diagnósticos de DIP foram submetidos em uma primeira visita (V1) a força de preensão palmar [dinamômetro hidráulico de pressão manual (Jamar©)] e força muscular (FM) periférica por meio da contração isométrica voluntária máxima (CIVM) dos músculos: deltoide, bíceps braquial, grande dorsal, peitoral maior, quadríceps femoral e tríceps braquial [(dinamometria (EMG System)]. Os testes foram repetidos após 6 meses (V2). A análise estatística foi realizada no software SAS Studio 9.4. Normalidade dos dados foi avaliada pelo teste Shapiro Wilk, e a comparação da força muscular entre V1 e V2 foi realizada utilizando o teste de Wilcoxon. Resultados: 47 pacientes com DIP (27 mulheres, 61±11 anos, CVF 72±17,2% do predito) foram incluídos. Com exceção do Triceps braquial (Δ19,65±39 N; p=0,014) nenhum grupo muscular investigado apresentou mudanças da FM no período de 6 meses [Quadríceps (Δ-17,45±84,92 N; p=0,29), Deltoide (Δ18,33±64,82 N; p=0,16), Bíceps braquial (Δ12,84±43,93 N; p=0,14), Grande Dorsal (Δ-2,23±37,23 N; p=0,76); Peitoral maior (Δ7,63±31,49 N; p=0,21) e força de preensão palmar (Δ0,68±2,54 N; p=0,16)]. Conclusão: Pacientes com DIP não apresentam alteração de FM ao longo de 6 meses de acompanhamento, com exceção da FM de tríceps braquial. Períodos mais longos são necessários para confirmar o efeito do tempo na alteração da FM de pacientes com DIP.

Page 15: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

10

Caracterização de recém-nascidos prematuros internados em uma unidade de cuidados intermediários neonatal em um hospital universitário

do Mato Grosso do Sul.

CASTRO, Ana Carolini Ferreira¹; ZARPELON, Laís Flores²; MACHADO, Laederson Souza1; CURY, Juliana Loprete2 ⃰. ¹Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)/ EBSERH; ²Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN). Introdução: A prematuridade é importante fator de risco que leva a internação de neonatos, principalmente devido à imaturidade de sistemas orgânicos como respiratório, digestório e neurológico. A sobrevida dos recém-nascidos pré-termos (RNPT) tem aumentado, entretanto, há poucos dados sobre esta população em unidades de cuidados intermediários (UCI). Objetivos: Descrever características físicas, da internação e desfecho clínico de RNPT internados em UCI neonatal. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com análise de prontuários de RNPT (≤ 37 semanas) que permaneceram internados na UCI neonatal durante o segundo semestre de 2018. Resultados apresentados em frequência absoluta (relativa) n (%) e média ± desvio padrão. Resultados: Foram incluídos 73 prontuários de RNPT, sendo as variáveis analisadas: Sexo = 37 (50,68%) masculino, 36 (49,32%) feminino; idade gestacional = 32,74±2,56 semanas; peso ao nascer = 1.861,37±636,69 g; APGAR 1º/5º minuto = 6,66±1,86 / 8,31±1,63; diagnósticos associados a prematuridade = 55 (75,34%) síndrome desconforto respiratório, 44 (60,27%) icterícia, 16 (21,83%) gemelaridade, 15 (20,55%) sepse, 7 (9,58%) sífilis congênita, 2 (2,74% cada) enterocolite necrosante, anóxia neonatal, síndrome aspiração meconial e hipertensão pulmonar, 1 (1,37% cada) broncopneumonia, broncodisplasia, infecção trato urinário, síndrome de Down, colastase neonatal, transfusão feto-fetal e crise convulsiva; ventilação mecânica invasiva = 23 (31,51%) usou, 50 (68,49%) não usou; ventilação mecânica não-invasiva = 11 (15,07%) usou, 62 (84,96%) não usou; oxigenoterapia = 62 (15,07%) usou, 11 (84,96%) não usou; desfecho clínico = 38 (52,05%) alta com complicações ou sequelas, 33 (45,21%) alta sem complicações, 1 (1,37% cada) óbito e transferido para outro hospital. Conclusões. As características físicas e de internação mais prevalentes foram baixa idade gestacional, baixo peso ao nascer, presença de síndrome do desconforto respiratório, icterícia neonatal e uso de oxigenoterapia. O desfecho clínico mais prevalente foi a alta hospitalar com presença de complicações ou sequelas.

Page 16: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

11

Correlação entre qualidade do sono, qualidade de vida, ansiedade e depressão em pacientes com doenças intersticiais pulmonares.

SAVIO, Lucas Miguel¹; KRINSKI, Gabriela Garcia1,2,3; DÉA, Caroline Andrade1,2,3; ZAMBOTI, Camile Ludovico1,2,3, da SILVA, Thatielle Garcia1,2,3; GONÇALVES, Aline Ferreira Lima1,2,3; JORGE, Marcela Paes2,3; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2,3*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Laboratório de Ciências do Movimento, Centro de Especialização em Pesquisa e Pós-Graduação em Saúde (CEPPOS); Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 3Programa de Pós-Graduação Associado em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras UNOPAR (Unidade Piza) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Introdução: Pacientes com doenças intersticiais pulmonares (DIP) comumente apresentam piora da qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS), sintomas de ansiedade e depressão (SAD) e piora da qualidade do sono (QS). Não se sabe, porém, se a QS está relacionada com QVRS ou SAD. Objetivos: Avaliar a correlação entre a QS com QVRS e SAD em pacientes com DIP. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal. Foram incluídos pacientes de 40–75 anos, diagnosticados com DIP, com estabilidade clínica (4 semanas anteriores a inclusão do estudo). Os pacientes responderam três questionários para a avaliação da QS (Questionário de Qualidade do Sono de Pittsburgh, PSQI) e SAD (Escala de ansiedade e depressão, HADS). QVRS foi avaliada pelo Questionário Respiratório do Hospital Saint George específico para pacientes com DIP (SGRQ-I) que é composto por três domínios: sintomas, atividades e impacto. Para a avaliação da normalidade dos dados foi realizado o teste Shapiro-Wilk. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para avaliar associações entre QS, QV e SAD. A análise estatística foi realizada através do software SAS© Studio 9.4. Foi utilizado o valor de p<0,05 para significância estatística. Resultados: A amostra foi composta por 51 pacientes com DIP, 30 (58%) do sexo feminino, com uma média de 62±11 anos, CVF de 74±17% do previsto e DLCO 49±20% do previsto. Houve correlação significativa entre o questionário PSQI e o escore total do SGRQ-I (r= 0,40; p=0,004) e entre PSQI e o domínio atividades (r= 0,041; p=0,003). Não houve relação entre PSQI e a escala HADS ansiedade (r= 0,22; p=0,11) e entre PSQI e HADS depressão (r= 0,23; p=0,09). Conclusão: Qualidade do sono de pacientes com DIP apresenta moderada correlação com a qualidade de vida relacionada a saúde. Sintomas de ansiedade e depressão não parecem apresentar relação com a qualidade de sono desses pacientes.

Page 17: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

12

Correlação entre SpO2 final no teste da caminhada de 6 minutos e atividades físicas na vida diária em pacientes com doenças intersticiais

pulmonares.

TAVARES, Brunna Luiza Silva1; PASSOS, Nicolle Lima1; DA SILVA, Thatielle Garcia1; GONÇALVES, Aline Ferreira Lima1; KRINSKI, Gabriela Garcia1; ZAMBOTI, Camile Ludovico1; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR; 2Universidade Pitágoras UNOPAR, Departamento de Ciências da Reabilitação, Londrina. Introdução: Pacientes com doença pulmonar intersticial (DIP) com pior difusão de monóxido de carbono (DLCO) apresentam maior dessaturação e menor distância percorrida no Teste da Caminhada de 6 Minutos (TC6min). Em DIP, há uma relação da Atividade Física na Vida Diária (AFVD) com a distância realizada no TC6min. Porém, não se sabe se a magnitude da dessaturação no TC6 se relaciona com os níveis de AFVD em pacientes com DIP. Objetivo: Verificar a relação entre a Saturação Periférica de Oxigênio Final (SpO2 final) no TC6min e AFVD de pacientes com DIP e; comparar a função pulmonar entre pacientes que dessaturam e não dessaturam. Métodos: Pacientes com DIP foram submetidos à avaliação da função pulmonar (pletismografia), avaliação da capacidade de exercício (TC6min), SpO2 final durante o TC6min (oximetria de pulso), avaliação objetiva da AFVD (ActiGraph). Os pacientes utilizaram o monitor de AFVD por 6 dias, 24h/dia. As variáveis utilizadas para análise foram número de passos, tempo de atividade sedentária, leve e moderada. Posteriormente os pacientes foram divididos em 2 grupos de acordo com a dessaturação durante o TC6min: Grupo Dessaturador (GD) com queda da SpO2≥4 pontos e; Grupo Não Dessaturador (GND) com queda da SpO2 <4 pontos. Resultados: 45 pacientes [n=23 no GD (10H, 60±10 anos, CVF 69±12% do predito) e n=22 no GND (10H, 59±10 anos, CVF 73±15% do predito). A distância no TC6min foi de 490m [440–540], com SpO2 final de 88% [85-93]. A correlação da SpO2 final foi fraca com AFVD sedentária (R=-0,01, P=0,91), com AFVD leve (R=0,09, P=0,52) e AFVD moderada (R=0,09, P=0,52). Houve diferença significativa do CVF (p=0,03) e DLCO (P=0,003) entre os grupos. Conclusão: A magnitude da dessaturação no TC6min não tem relação com AFVD. Pacientes dessaturadores apresentam pior CVF e DLCO, e, portanto, está relacionado a maior gravidade da doença.

Page 18: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

13

Desempenho no Londrina ADL protocol (LAP) de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica em diferentes classes de gravidade.

PUZZI, Vitória Cavalheiro1; BELO, Leticia Fernandes1; PAES, Thais1; MACHADO, Felipe Vilaça Cavallari1; PITTA, Fabio1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina- PR. Introdução: Estudos sobre associação entre funcionalidade e gravidade da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), apresentam resultados conflitantes. É plausível hipotetizar que o sistema GOLD ABCD, por incluir variáveis que influenciam as atividades de vida diária (AVD), seria mais discriminativo para verificar a magnitude da influência da gravidade da doença sobre a funcionalidade. Objetivos: Comparar o desempenho nas AVD de pacientes com DPOC classificados em diferentes níveis de gravidade da doença, de acordo com o sistema GOLD ABCD, bem como verificar a associação entre estas variáveis. Métodos: Em um estudo transversal, uma amostra de conveniência foi composta por indivíduos com DPOC. Para avaliação das AVD, os participantes realizaram o Londrina ADL Protocol (LAP), circuito composto por 5 atividades (caminhadas com e sem peso, mover objetos entre prateleiras e sobre uma mesa, estender roupas no varal) realizadas em velocidade usual, sendo o tempo de execução seu principal desfecho. Foram avaliados também: função pulmonar (espirometria), capacidade funcional de exercício (teste de caminhada de 6 minutos, TC6min), dispneia (escala Medical Research Council), dados demográficos, antropométricos e histórico clínico. Posteriormente, os participantes tiveram a gravidade da doença classificada de acordo com o sistema GOLD ABCD. Resultados: 45 pacientes com DPOC completaram as avaliações (22 homens; 65±8 anos; VEF1: 51±15% do predito, TC6min: 520±25 m). O tempo de execução do LAP, no geral, foi 321 [275-354] s (96 [86-106] % do predito). Quando agrupados, o tempo do LAP foi 316±48s, 324±67s e 318 [282-386] s nos grupos GOLD-A, B e C+D, respectivamente (P=0,78). Não houve associação entre desempenho no LAP e classificação pelo GOLD ABCD (P=0,24; V Cramer=0,27). Conclusão: O desempenho nas AVD de pacientes com DPOC, avaliado pelo LAP, não diferiu entre os diferentes níveis do GOLD ABCD. O presente resultado sugere que outros fatores interferem no desempenho do teste, apontando para a necessidade de novos estudos que analisem outras variáveis envolvidas nas AVD.

Page 19: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

14

Dessaturar ou não durante o Londrina ADL Protocol influencia na correlação entre o desempenho no teste e variáveis clínicas e funcionais

em pacientes com DPOC? SILVA, Maria Augusta Perotti1; BELO, Letícia Fernandes1; PUZZI, Vitória Cavalheiro1; PAES, Thais1; MACHADO, Felipe Vilaça Cavallari1; PITTA, Fabio1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR. Introdução: A identificação de “dessaturadores” durante uma avaliação laboratorial (protocolo de atividades de vida diária - AVD) pode fornecer informações clínico-funcionais importantes no processo de reabilitação pulmonar de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Objetivos: Comparar caraterísticas clínico-funcionais entre pacientes com DPOC que dessaturaram ou não durante um protocolo de avaliação de AVD e verificar se tais características se correlacionam diferentemente com o desempenho no protocolo nesses pacientes. Métodos: Em um estudo transversal, indivíduos com DPOC realizaram o Londrina ADL Protocol (LAP) para avaliar o desempenho nas AVD. Trata-se de um protocolo composto por 5 atividades em forma de circuito (caminhadas com e sem peso, mover objetos em prateleiras e sobre uma mesa, estender roupas no varal), realizadas em velocidade usual, sendo o tempo de execução o desfecho principal. Posteriormente, foram alocados em dois grupos, sendo: não dessaturadores (GND) e dessaturadores (GD) com SpO2≤88% e/ou queda ≥4% durante o LAP. Foram avaliados também: função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (teste de caminhada e de argola de 6 minutos, TC6min e TA6min), sintomas (escala MRC) e qualidade de vida (COPD Assessment Test, CAT). Resultados: Os indivíduos do GD (n=22) apresentaram menor distância percorrida no TC6min (83 [75-94] vs. 97 [86-105] % do predito; P=0,003, respectivamente) e pior qualidade de vida (CAT domínio limitações AVD: 4[2-5] vs. 2[0-3] pts, P=0,07; CAT domínio confiança: 0,5[0-5] vs. 0[0-2] pts, P=0,05) em relação ao GND (n=20). O desempenho no LAP correlacionou-se com TC6min em ambos os grupos (-0,42≤r≤-0,48) e, apenas no GD, houve correlação com os domínios limitação de AVD e confiança e escore total do CAT (0,42≤r≤0,57). Conclusão: Os pacientes com DPOC que dessaturaram no LAP foram aqueles com pior capacidade de exercício e qualidade de vida, sendo que o desempenho no protocolo se correlaciona diferentemente entre “dessaturadores” e “não dessaturadores” apenas com relação à qualidade de vida.

Page 20: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

15

Diferenças entre as características clínico-funcionais dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica com melhor e pior desempenho no

Londrina ADL Protocol.

SILVA, Maria Augusta Perotti1; BELO, Letícia Fernandes; PAES, Thais1; PUZZI, Vitória Cavalheiro1; MACHADO, Felipe Vilaça Cavalari1; PITTA, Fabio1; HERNANDES, Nidia Aparecida1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR. Introdução: A avaliação objetiva das atividades de vida diária (AVD) de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) fornece informações sobre sua funcionalidade. Entretanto, não se conhece sua capacidade de discriminar caraterísticas clínicas e funcionais desses pacientes. Objetivos: Verificar se características demográficas, clínicas e físico-funcionais de pacientes com DPOC se relacionam ao mau desempenho durante a avaliação objetiva de AVD. Métodos: Em um estudo transversal, indivíduos com DPOC realizaram o Londrina ADL Protocol (LAP) para avaliar o desempenho nas AVD. Trata-se de um protocolo com 5 atividades dispostas em circuito (caminhadas com e sem peso, mover objetos em prateleiras e sobre uma mesa, estender roupas no varal), realizadas em velocidade usual, sendo o tempo de execução o principal desfecho. Posteriormente, foram agrupados em: desempenho satisfatório (LAP_S) e limitado (LAP_L), de acordo com o limite superior dos valores de referência para o LAP. Foram avaliados ainda: dados demográficos, antropométricos, função pulmonar, sintomas, gravidade da doença (GOLD ABCD), teste de caminhada (TC6min) e de argola (TA6min) de seis minutos. Resultados: Dez indivíduos tiveram desempenho limitado nas AVD (70% mulheres; 70[67-75] anos; IMC 29[25-33] Kg/m2; VEF1 52[38-54] % do predito) e 33 tiveram desempenho satisfatório (42% mulheres; 64[59-73] anos; IMC 29[26-33] Kg/m2; VEF1 57[40-67] % do predito). No grupo LAP_L, além de uma maior proporção de mulheres (P<0,0001), os indivíduos apresentaram maior gravidade da doença (GOLD A/B/C/D(%): 0/50/20/30 vs. 38/41/12/9, respectivamente), pior capacidade funcional de exercício (TC6min(%pred): 86[66-94] vs. 93[86-104], P=0,008; TA6min(nº argolas): 366[330-423] vs. 385[329-470], P=0,066) e dessaturaram durante o LAP (ΔSpO2 -6[-12-2] vs. -1[-5 0], P=0,01). Não houve associação com outros desfechos. Conclusão: O estudo demonstrou que pacientes com DPOC com desempenho limitado em um protocolo de AVD, no LAP, são na maioria mulheres, com doença mais grave e maior limitação funcional de exercício. Portanto, o conhecimento dessas características permitirá o direcionamento da reabilitação destes pacientes.

Page 21: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

16

Efeitos da inserção de um circuito funcional ao treinamento convencional na composição corporal de pacientes com DPOC.

SUZUKI, Natália Narumi Voltareli1; GRIGOLETTO, Isis1; UZELOTO, Juliana Souza1; ETO, Daniele Akemi1; RAMOS, Dionei1; DE LIMA, Fabiano Francisco1;

RAMOS, Ercy Mara Cipulo1*. 1Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT/UNESP, Campus de Presidente Prudente - SP. Introdução: O treinamento físico combinado (aeróbico associado ao resistido), considerado uma recomendação com alto nível de evidência no tratamento de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), proporciona melhorias dos comprometimentos funcionais, do condicionamento muscular e da qualidade de vida. Entretanto, são desconhecidos os efeitos da inserção de um circuito funcional na composição corporal destes pacientes, visto que tais exercícios promovem trabalho simultâneo de diversas estruturas do corpo, além de simularem Atividades de Vida Diária (AVD). Objetivo: Analisar os efeitos da inserção de um circuito de exercícios funcionais ao treinamento convencional (aeróbico e resistido) na composição corporal de pacientes com DPOC. Métodos: 48 pacientes com DPOC foram randomizados em três grupos de treinamento: Grupo Treinamento Funcional (GTF) [n=15; 68±7,9 anos; 64[58-85] kg; VEF1/CVF: 51±10%], Grupo Treinamento Convencional (GTC) [n=16; 70±6 anos; 73±13 kg; VEF1/CVF: 55±7%] e Grupo Treinamento Usual (GTU) [n=17; 71±7 anos; 66±11 kg; VEF1/CVF: 50±14%], os treinamentos tiveram duração de 8 semanas, com frequência de três vezes semanais. Os pacientes foram avaliados quanto a composição corporal (Bioimpedância, Octopolar InBody 720) segundo as seguintes variáveis: área de gordura visceral, massa musculoesquelética, massa de gordura corporal e massa de proteína, antes e após as 8 semanas de treinamento. Resultados: Apenas o GTF apresentou diminuição da área de gordura visceral (p=0,012) e aumento da massa musculoesquelética (p=0,003) e da massa de proteína (p=0,012) após a finalização do treinamento. Conclusão: A inserção de um circuito de exercícios funcionais ao treinamento convencional promove diminuição da área de gordura visceral e aumento da massa musculoesquelética e massa de proteína após 8 semanas de treinamento quando comparado ao treinamento convencional isolado. Agradecimentos: Os autores gostariam de agradecer a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo n°2017/101457 pelo financiamento desta pesquisa.

Page 22: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

17

Estudo da walkability, atividade física na vida diária e sedentarismo em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica.

BELLANÇON, Jade Maria Bernardes1; BERTOCHE, Mariana Pereira1; SCHNEIDER, Lorena Paltanin1; HIRATA, Raquel Pastrello1; FURLANETTO, Karina Couto1,2; HERNANDES, Nidia Aparecida1; PITTA, Fabio1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar, Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil; 2Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Paraná. Introdução: Sabe-se da importância de aumentar a atividade física na vida diária (AFVD) e reduzir o tempo em sedentarismo em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). As condições relativas à facilidade/dificuldade para caminhar na região que o paciente mora (i.e., walkability) podem estar relacionadas ao nível de AFVD e de sedentarismo avaliados objetivamente. Objetivo: Correlacionar a walkability com a AFVD em DPOC e comparar indivíduos que habitam em regiões com maior e menor walkability quanto às variáveis de AFVD e de sedentarismo. Métodos: Estudo transversal em indivíduos com DPOC submetidos às avaliações de função pulmonar e nível de AFVD por meio da avaliação com monitores de atividade física (AF) (SenseWear Armband e Dynaport Activity Monitor) durante 7 dias consecutivos. A walkability da região é avaliada pela ferramenta walk score, que fornece uma pontuação de 0 a 100, pontuações mais altas são indicativas de áreas mais acessíveis para caminhar (e.g., próximas a parques). Os indivíduos foram divididos em: walk score ≥70 pontos (G≥70) e walk score <70 pontos (G<70). Resultados: Foram

avaliados 44 indivíduos com DPOC (658 anos; IMC= 28[24-32] kg/m²; VEF1=

5014 % do predito). O walk score correlacionou significativamente com a intensidade de movimento (IM) durante a caminhada (r=0,37; P=0,01), porém, não com o número de passos e variáveis de sedentarismo. O G≥70 (n=28) apresentou maior tempo/dia em atividades físicas >2 METs que o G<70 (n=16) (40 [28-73] vs 30 [23-35] min/dia, respectivamente; P=0,03), assim como maior IM (1,8[1,6-1,9] vs 1,5[1,4-1,7] m/s²; P=0,006). Não foram observadas outras diferenças entre os grupos quanto às demais variáveis de AFVD e sedentarismo. Conclusões: Indivíduos que moram em regiões com maior walkability realizam aproximadamente 10 minutos a mais de AF por dia e caminham com maior intensidade de movimento (i.e., agilidade). Morar em regiões mais favoráveis à caminhada favorece um maior nível de AF em pacientes com DPOC.

Page 23: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

18

Existe diferença no desempenho funcional de adultos com sintomas de ansiedade e depressão?

DA BATISTA, Gabriel Ferraz1; CAMPOS, Gennyfers Fernanda de Oliveira¹; CORREIA, Natielly Beatriz Soares2; MESQUITA, Rafael3; PEREIRA, Daniel Martins4; DAL CORSO, Simone5; FURLANETTO, Karina Couto1,2*. 1Universidade Pitágoras - Unopar (UNOPAR), Departamento de Fisioterapia, Londrina, PR; 2Centro de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Pitágoras - Unopar (UNOPAR), Londrina, PR; 3Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE; 4Departamento de Fisioterapia, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP), Campo Grande, Brasil; 5Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Nove de Julho, (UNINOVE), São Paulo, SP. Introdução: Sabe-se que aspectos psicossociais podem influenciar em atividades diárias. Sintomas de ansiedade e depressão são comuns em uma ampla faixa etária, entretanto, não se sabe se esses sintomas podem refletir no desempenho funcional. Objetivo: Comparar o desempenho funcional de adultos e idosos sem doenças pulmonares, com sintomas de ansiedade e/ou depressão. Métodos: Estudo transversal, multicêntrico, com indivíduos de 20 a 80 anos sem doença pulmonar. Todos realizaram a espirometria e a capacidade funcional foi avaliada por meio de três diferentes protocolos do teste Sit-to-Stand: 5 repetições (STS5rep), 30 segundos (STS30seg) e 1 minuto (STS1min), além da velocidade usual e máxima da marcha 4 metros (4MGSus e 4MGSmáx) e teste Timed-up-and-go usual e máximo (TUGus e TUGmáx). Sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados com o questionário Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), com 14 perguntas que pontuam de 0 até 42. Os indivíduos foram separados em grupos de acordo com a mediana de pontuação obtida no questionário HADs e posteriormente foram comparados com o teste de Mann-Whitney. A significância estatística adotada foi de P<0,05. Resultados: Foram analisados 212 indivíduos, 58% mulheres, idade 46 [30-63] anos; IMC 26 [24-29] Kg/m2; VEF1/CVF 83 [79-87]. A pontuação no HADs ansiedade foi de 05 [0-19] e no HADs depressão foi de 04 [0-15]. O grupo com sintomas de ansiedade e/ou depressão (HADS≥5; n=109) quando comparado com o grupo sem sintomas (HADS<5; n=103) não apresentou diferenças nos desempenhos funcionais dos testes realizados (STS5rep; STS30seg; STS1min; 4MGSus; 4MGSmáx; TUGus; TUGmáx; P>0,15 para todos). Também não houve diferenças entre os grupos que apresentam maiores vs menores sintomas de ansiedade, bem como maiores vs menores sintomas de depressão (P>0,76 para todos). Conclusão: Sintomas de ansiedade e/ou depressão parecem não apresentar reflexos significativos no desempenho de testes objetivos que avaliam a capacidade funcional de indivíduos de 20 a 80 anos.

Page 24: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

19

Fatores preditores da qualidade de vida em adultos com asma MELO, Denner Ildemar Feitosa de1; OLIVEIRA, Joice Mara de1,2; SILVA, Jaqueline Stephani Gomes da1; SPOSITON, Thamyres1,2; RUGILA, Diery Fernandes1,2; CORREIA, Natielly Beatriz Soares1,2; FURLANETTO, Karina Couto1,2*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil; 2Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, PR. Introdução: Indivíduos com asma podem apresentar alterações físicas, emocionais e sociais, as quais podem influenciar a sua qualidade de vida (QV). Objetivo: Identificar quais fatores são capazes de predizer a qualidade de vida em adultos com asma. Métodos: Cinquenta e dois adultos com diagnóstico de asma realizaram: avaliação antropométrica, função pulmonar (espirometria), controle da doença (Asthma Control Questionnaire [ACQ]), nível de dispneia (modified Medical Research Council [mMRC]), ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale [HADS_A e HADS_D, respectivamente]), qualidade do sono (Pittsburgh Sleep Quality Index [PSQI]), fragilidade (questionário de Fried) e capacidade de exercício (Teste de Caminhada de 6 minutos [TC6min]). A QV foi avaliada por dois questionários (Asthma Quality of Life Questionnaire [AQLQ] e St. George’s Respiratory Questionnaire [SGRQ]). Foram realizados os testes estatísticos de Shapiro-Wilk, coeficientes de correlação de Pearson e Spearman e regressões lineares e múltiplas. A significância estatística foi determinada como P<0,05. Resultados: Dos 52 avaliados, 32 (62%) eram mulheres, com 49±15 anos; IMC 28±6 kg/m2 e VEF1

2,38±0,77L (71±19% do previsto). Houve associação nos modelos univariados entre o AQLQ e a dose de broncodilatador (R2=0,06), HADS_A (R2=0,17), ACQ (R2=0,41), mMRC (R2=0,21) e PSQI (R2=0,38); P≤0,12 para todos. O SGRQ mostrou associação com hospitalização por exacerbação (R2=0,18), HADS_A (R2=0,16), ACQ (R2=0,47), mMRC (R2=0,25), PSQI (R2=0,23), fragilidade (R2=0,16) e TC6min (R2=0,16); P≤0,004 para todos). Nas regressões múltiplas, o ACQ e o HADS_A permaneceram no melhor modelo para explicar 37% do SGRQ, enquanto o ACQ, PSQI e idade explicaram 60% do AQLQ. Conclusão: O controle da asma influencia na qualidade de vida, independentemente do questionário utilizado. Maior idade, pior qualidade do sono e maior ansiedade também são fatores associados negativamente com a qualidade de vida. Estratégias para melhorar o controle da asma, qualidade do sono e ansiedade possivelmente refletirão na melhor QV de indivíduos com asma.

Page 25: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

20

Genética versus biomarcadores sanguíneos: qual fator biológico influencia a força muscular respiratória em indivíduos com DPOC?

CARVALHO, Giovanna1,4; SEPÚLVEDA-LOYOLA, Walter Aquiles2,4; LIMA, Luana Oliveira2; SZEZERBATY, Stheace Kelly Fernandes2; ANDRELLO, Ana Carolina2,5; PEREIRA, Paulo Sérgio Junior1,4; MALUF, Jordana Cordeiro1,4; Poli-Frederico, Regina Célia 2; PROBST, Vanessa Suziane2-4*. 1Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 2Programa de Mestrado e Doutorado associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 3Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 4Grupo de Estudo do Envelhecimento (GEE), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 5Laboratório de Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. Introdução: Diferentes mecanismos biológicos relacionados à genética e biomarcadores sanguíneos podem se associar com a força muscular respiratória em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), porém, não há estudos que investiguem qual fator tem maior impacto negativo sobre tal desfecho. Objetivo: Analisar a influência dos polimorfismos dos genes IGF-1 e IGF-2, capacidade antioxidante e vitamina D na força muscular respiratória em indivíduos com DPOC. Métodos: Estudo transversal com 61 indivíduos com DPOC (idade: 67,3±8 anos; homens: 58%). Superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral α (TNF-α) e vitamina D foram dosados do sangue periférico. O DNA foi extraído dos leucócitos do sangue periférico pelo método fenol-clorofórmio e a reação em cadeia da polimerase foi realizada para analisar a prevalência dos seguintes polimorfismos IGF-1 (rs35767) e IGF-2 (rs3213221). As pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PImáx e PEmáx, respectivamente) foram mensuradas por um manovacuômetro. Foi usado o modelo linear generalizado multivariado e ANCOVA para as análises estatísticas. Resultados: O polimorfismo dos genes IGF-1 e IGF-2 foram os únicos fatores biológicos associados com a força muscular respiratória em indivíduos com DPOC (F: 3,0 e 3,5, respectivamente; R2= 0,57; p< 0,05 para todos). Indivíduos com o fenótipo AA no gene IGF-1 apresentaram menor PImáx comparados com os fenótipos GG e AG. Adicionalmente, indivíduos com o fenótipo CG e GG para IGF-2 apresentaram menor PImáx e PEmáx, quando comparados com o fenótipo CC (p< 0,05 para todos). Conclusão: Os fenótipos AA (IGF-1), CG e GG (IGF-2) têm impacto negativo na força muscular respiratória em indivíduos com DPOC. Tais achados indicam que as variáveis genéticas, independente da DPOC, influenciam a força muscular respiratória, podendo, assim, afetar o prognóstico e qualidade de vida do paciente.

Page 26: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

21

Impacto da sensação fadiga e dispneia nos desfechos clínicos em pacientes com Doença Intersticial Pulmonar: resultados preliminares.

PIMPAO, Heloise Angélico1,2,3; SILVA, Thatielle Garcia1,2,3; ZAMBOTTI, Camile Ludovico1,2,3; GONCALVES, Aline Ferreira Lima1,2,3; DEA, Caroline Andrade1,2,3; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2,3*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Laboratório de Ciências do Movimento, Centro de Especialização em Pesquisa e Pós-Graduação em Saúde (CEPPOS); Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 3Programa de Pós-Graduação Associado em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras UNOPAR (Unidade Piza) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Introdução: Pacientes com doença intersticial pulmonar (DIP) apresentam sintomas de fadiga e dispneia, muitas vezes incapacitantes durantes um teste de esforço submáximo. Objetivo: Investigar a prevalência e a relação da sensação de fadiga e dispneia durante um teste de esforço com desfechos clínicos de pacientes com DIP. Métodos: Pacientes com DIP foram submetidos a avaliação de capacidade de exercício (teste de caminhada de seis minutos, TC6min). Durante o teste foram coletados os maiores valores de sensação subjetiva de dispneia e fadiga utilizando a escala de BORG modificada. Os pacientes foram então separados em 3 grupos de acordo com o sintoma predominante durante o teste: grupo fadiga (GF) com maior sensação de fadiga; grupo dispneia (GD) com maior sensação de dispneia e grupo similar (GS), quando pacientes apresentavam máximos de dispneia e fadiga iguais. Além disso, os pacientes foram submetidos a avaliação da função pulmonar (pletismografia), força muscular respiratória (Pimax e PEmax), força de preensão palmar (Handgrip), contração isométrica voluntaria máxima de quadríceps (Dinamometria) e questionário de dispneia na vida diária (Escala MRC). A Análise Estatística foi realizada por meio do GraphPad 6.0 Software Inc. Normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro Wilk, e o teste de Kruskal Wallis foi realizado para comparação dos desfechos entre os grupos. Resultados: Foram incluídos 47 pacientes com DIP (28 mulheres, 60,87±10,77 anos, 72 ± 17,2% do predito de CVF). Vinte e quatro pacientes (51% do total) encontraram-se no grupo GF, 10 (21%) no grupo GD e 13 (28%) no grupo GS ao final do teste. Quando comparados os desfechos clínicos entre os grupos, não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05 para todos). Conclusão: Sensação de fadiga é o sintoma mais prevalente durante TC6min em pacientes com DIP. O tipo de sintoma predominante durante um teste de esforço submáximo não apresenta relação com os desfechos clínicos analisados.

Page 27: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

22

Perfil dos indivíduos com DPOC que apresentam aumento de força muscular após um programa de treinamento físico.

FRANCISCON, Mariana Procópio Montes1; FONSECA, Jéssica1; SANTIN, Laís Carolini1; MACHADO, Felipe Vilaça Cavallari1; PITTA, Fábio1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar - Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por sintomas respiratórios, além de manifestações extrapulmonares, como a disfunção muscular. Programas de treinamento físico (TF) são capazes de melhorar a funcionalidade e morfologia dos músculos periféricos em indivíduos com DPOC, mas não em todos eles. Objetivos: Identificar as características dos indivíduos com DPOC que melhoram a força muscular (FM) do quadríceps femoral (QF) após um programa de TF. Métodos: Indivíduos com DPOC foram avaliados quanto à composição corporal, função pulmonar, capacidade de exercício, FM periférica e atividade física na vida diária. O TF foi realizado utilizando-se exercícios aeróbios e resistidos. Para a realização das análises estatísticas, os indivíduos foram divididos em quartis a partir da mudança da FM do QF (ΔQF= 1RM QF pós-TF – 1RM QF pré-TF). Foram utilizados o teste de Shapiro-Wilk para avaliar a normalidade dos dados; e o teste t pareado ou de Mann-Whitney para comparar as mudanças após o TF. De acordo com a normalidade dos dados, o teste de ANOVA unidirecional ou Kruskal-Wallis foram utilizados para a comparação entre os grupos separados pelos quartis. A significância estatística adotada foi P<0,05. Resultados: Foram incluídos 53 indivíduos, 31 homens, com idade de 67±8 anos, IMC 27[21–31] kg/m² e VEF1 42±17 % do predito. Todos os quartis apresentaram diferenças entre si no ΔQF, e alguns no peso de massa magra (PMM) (Q2: 45±8 kg e Q3: 45±9 kg vs Q4: 57±11 kg) e no gasto energético em atividade (GEA) (Q1: 153[94-645] kcal vs Q3: 57[19-105] kcal) (P<0,05 para todos). As demais variáveis não apresentaram diferença significante entre os quartis. Conclusões: As características basais que apresentaram diferença entre os quartis classificados pelo ΔQF foram PMM e GEA, além da esperada diferença no ΔQF. Futuras investigações podem focar no entendimento da contribuição da massa magra e do gasto energético na melhora da FM de quadríceps após um programa de TF.

Page 28: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

23

Prevalência e relação da sarcopenia em pacientes com doenças intersticiais pulmonares nos desfechos clínicos.

ALMEIDA, Heloiza dos Santos2,3; ZAMBOTI, Camile Ludovico1,2,3; SILVA, Thatielle Garcia1,2,3; GONÇALVES, Aline Ferreira Lima1,2,3; PIMPÃO, Heloise Angélico2,3; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2,3*.

1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Laboratório de Ciências do Movimento, Centro de Especialização em Pesquisa e Pós-Graduação em Saúde (CEPPOS); Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 3Programa de Pós-Graduação Associado em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras UNOPAR (Unidade Piza) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Introdução: A sarcopenia está associada com desfechos clínicos negativos em pacientes com doenças respiratórias crônicas, porém, em pacientes com doenças intersticiais pulmonares (DIP) isso não está estabelecido. Objetivos: Avaliar a prevalência de sarcopenia em pacientes com DIP e sua relação com desfechos clínicos. Métodos: Foram incluídos pacientes com diagnóstico de DIP, estáveis, submetidos a avaliação de função pulmonar (pletismografia), composição corporal (bioimpedância elétrica), força muscular global (força de preensão palmar – FPP), força muscular periférica (contração isométrica voluntária máxima de quadríceps - CIVMQ), capacidade de exercício (Teste de caminhada de 6 minutos - TC6) e avaliação funcional (teste de sentar e levantar de um minuto – SL1min; Velocidade de caminhada em 4 metros – VC4m). Diagnóstico de sarcopenia foi definido pela redução do índice de massa livre de gordura abaixo do normal de acordo com o sexo, a idade e índice de massa corporal. Por fim, os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a presença (GS) ou não (GN) de sarcopenia. Foram realizados os testes de Shapiro-Wilk e Mann-Whitney no software SAS Studio 9.4 e o nível de significância estabelecido foi de p<0,05. Resultados: A amostra foi composta por 37 pacientes. O GS foi composto por 9 (24% do total, 2 mulheres, 62±13 anos e CVF= 2,4±0,8 litros), enquanto o GN por 28 pacientes (76% do total, 15 mulheres, 61±11 anos, e CVF= 2,3±0,7 litros). Quando comparados os grupos, não houve diferença significativa entre GS e GN respectivamente na FPP (29±9 vs 26±9 kgf; p=0,33), CIVMQ (31±9 vs 33±9 kgf; p=0,76), TC6 (474±116 vs 457±82 m; p=0,83), SL1min (25±5 vs 25±6 rep; p=0,81), VC4m (3±0,5 vs 3±0,5 m/s; p=0,98), e na função pulmonar CVF (2,4±0,8 vs 2,3±0,7 litros; p=0,48) e DLCO (46±13 vs 55±23 % do predito; p=0,60). Conclusões: Aproximadamente um em cada quatro pacientes com DIP possuem sarcopenia, sem diferenças em desfechos clínicos quando comparados a indivíduos sem sarcopenia.

Page 29: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

24

Relação entre a dispneia e função pulmonar de pacientes com doenças intersticiais pulmonares.

ALMEIDA, Heloiza dos Santos2,3; ZAMBOTI, Camile Ludovico1,2,3; GONÇALVES, Aline Ferreira Lima1,2,3; KRINSKI, Gabriela Garcia1,2,3; PIMPÃO, Heloise Angélico2,3; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2,3*.

1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Laboratório de Ciências do Movimento, Centro de Especialização em Pesquisa e Pós-Graduação em Saúde (CEPPOS); Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 3Programa de Pós-Graduação Associado em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras UNOPAR (Unidade Piza) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Introdução: As doenças intersticiais pulmonares (DIP) possuem rápida progressão e alterações importantes nos testes de função pulmonar. Em outras doenças respiratórias crônicas estas alterações possuem relação com a sensação subjetiva de dispneia. Até o momento, não se sabe a relação entre função pulmonar e dispneia em pacientes com DIP. Objetivos: Investigar a relação entre a dispneia e a função pulmonar nos pacientes com DIP. Métodos: Os pacientes classificaram a sensação de dispneia na vida diária de acordo com a escala Medical Research Council (MRC) e foram submetidos a avaliação de função pulmonar (pletismografia). Capacidade vital forçada (CFV), capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e ventilação voluntária máxima (VVM) foram utilizados para verificar associação entre dispneia e função pulmonar. A análise Estatística foi realizada no software SAS Studio 9.4. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e o coeficiente de correlação de Spearman para avaliar possíveis correlações entre dispneia e função pulmonar. Resultados: A amostra foi composta por 43 indivíduos (19 homens, 61±10 anos). 19% dos pacientes apresentou MRC I, 30% MRC II, 16% MRC III, 30% grau IV e 5% MRC V. Dentre as variáveis de função pulmonar, a sensação de dispneia correlacionou-se significativamente apenas com DLCO (r=-0,32; p=0,03) e VVM (r=-0,35; p=0,01). Demais correlações foram apenas fracas ou não significativas (-0,26<r<-0,10; p>0,05 para todos). Conclusões: Dentre as diferentes variáveis de função pulmonar, apenas a capacidade de difusão do monóxido de carbono e a ventilação voluntária máxima apresentam algum grau de relação com sintomas de dispneia na vida diária.

Page 30: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

25

Relação entre cochilo diurno e atividade física na vida diária em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

DALA POLA, Daniele Caroline1; BERTOCHE, Mariana Pereira1; SCHNEIDER, Lorena Paltanin1; BELLAÇON, Jade1; FURLANETTO Karina Couto1,2; HIRATA, Raquel Pastrello1; PITTA, Fabio1*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná; 2Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil. Introdução: A má qualidade do sono pode influenciar a atividade física na vida diária (AFVD) em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); entretanto, não se sabe se os cochilos diurnos têm influência sobre a AFVD. Objetivos: Avaliar a relação entre o cochilo diurno com a AFVD em pacientes com DPOC. Métodos: A AFVD foi avaliada pelo acelerômetro SenseWear Armband (BodyMedia, EUA) durante 7 dias consecutivos para avaliar o número de passos/dia, tempo gasto por dia em atividade sedentária (Tsedentário: ≤1,5MET), leve (TAF_leve: 1,5-3,0 METs) e moderada-vigorosa (TAF_mod-vig: >3METs). Os pacientes foram divididos em 2 grupos: napper (>50% dos dias de coleta com cochilo diurno e/ou Tcochilo>60min) e non-napper. Posteriormente, foi realizada análise dia-por-dia para avaliar o reflexo do tempo de cochilo sobre as variáveis de AFVD daquele dia. Resultados: Foram incluídos 56 pacientes (29 homens, 67±8 anos, IMC= 26±5 kg/m2 e VEF1= 50,4±17 % do predito). O grupo napper (n=32) era mais velho (69±8 vs 64±7 anos, p=0,022) e, independentemente da idade, apresentou maior Tsedentário (69±18 vs 53±16% Tacordado; p=0,007), menor TAF_leve (26 ± 14 versus 39 ± 14% Tacordado; p=0,003) e menor número de passos (mediana 4108 [IIQ 2134-8727] vs 8945 [5912-10727] passos; p=0,012). Em relação às análises dia-por-dia, os pacientes cochilaram 151 de 379 dias e foram divididos nos seguintes grupos: Tcochilo_0min (n=228), Tcochilo<30min (n=38), Tcochilo_30-60min (n=48) e Tcochilo>60min (n=65). Os grupos Tcochilo>60min e Tcochilo_30-60min apresentaram maior Tsedentário (76 [59-90]% e 71 [54-84]%) do que o grupo Tcochilo_0min (57 [41-72]%, p<0,05); menor TAFleve (17 [9-30]% e 25 [14-39]% vs 36 [25-47]%, p<0,05); menor TAFmod-vig (1,3 [0-8]% e 1,9 [0-7]% vs 5 [1-12]%, p<0,05) e menor número de passos (2517 [1193-5866] passos e 4414 [2233-9097] passos vs 7285 [4639-10816] passos, p<0,05). Não houve diferença entre os grupos Tcochilo_0min e Tcochilo<30min. Conclusão: O cochilo diurno superior a 30 minutos parece refletir negativamente no nível de AFVD em pacientes com DPOC e deveria ser evitado nas estratégias de aumento de atividade física desses pacientes.

Page 31: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

26

Relação da atividade física de vida diária com desempenho funcional em pacientes com doença intersticial pulmonar.

ZAMBOTI, Camile Ludovico1,2,3, SILVA, Thatielle Garcia1,2,3; GONÇALVES, Aline Ferreira Lima1,2,3; KRINSKI, Gabriela Garcia1,2,3; DÉA, Caroline Andrade1; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2,3*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Laboratório de Ciências do Movimento, Centro de Especialização em Pesquisa e Pós-Graduação em Saúde (CEPPOS); Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 3Programa de Pós-Graduação Associado em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras UNOPAR (Unidade Piza) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Introdução: Pacientes com doença intersticial pulmonar (DIP) frequentemente apresentam redução nos níveis de atividade física na vida diária (AFVD) e alterações musculares que impactam na funcionalidade. Porém, ainda não se sabe se o desempenho em testes funcionais pode ser utilizado como marcador de inatividade nesses pacientes. Objetivos: Verificar a relação entre o desempenho de testes funcionais com a AFVD e identificar pontos de corte nos testes funcionais que discriminem pacientes com DIP ativos de inativos. Métodos: Pacientes com DIP foram submetidos a avaliação do desempenho funcional por meio dos testes: timed up and go na velocidade usual (TUGu) e máxima (TUGm); sentar e levantar em 30 segundos (SL30s), em 1 minuto (SL1min), e em 5 repetições (SL5rep); four-meter gait speed (4MGS) e short physical performance battery (SPPB). AFVD foi avaliada objetivamente utilizando um monitor (Actigraph©). Número de passos/dia e tempo em atividades de moderada intensidade (AtivMod) foram utilizados na análise para identificar pacientes inativos. Para análise estatística foram utilizados os testes: correlação de Spearman e curva Roc. Resultados: 41 pacientes com DIP (26 mulheres, 62±10 anos, CVF 73±19 % do predito) foram incluídos. Houve correlação moderada entre número de passos/dia e TUGu (r=-0,52, p=0,0005). AtivMod correlaciou-se com TUGu (r=-0,42, p=0,005), TUGm (r=-0,40; p=0,008) e SPPB (r=0,40, p=0,008). Demais correlações foram fracas (0,07<r<0,37; p>0,05). A análise da curva ROC identificou que valor superior a 9,9 segundos no TUGu foi capaz de identificar pacientes com <5000 passos/dia (AUC 0,72, sensibilidade 67% [IC95% 45–84], especificidade 71% [IC95% 44–90]; p=0,01) e 9,3 segundos no TUGu foi capaz de identificar pacientes com menos de 30min/dia de AtivMod (AUC 0,50, sensibilidade 61% [IC95% 42–77], especificidade 63% [IC95% 24–91]; p=0,94). Conclusão: Dentre diversos testes funcionais, apenas TUGu, TUGm e SPPB obtiveram correlação com AFVD em pacientes com DIP. Duração no TUGu superior a 9,3–9,9 segundos apresenta boa sensibilidade e especificidade para identificar pacientes com DIP inativos.

Page 32: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

27

Reprodutibilidade teste-reteste da avaliação objetiva da atividade de vida diária em adultos com asma.

PUZZI, Vitória Cavalheiro1; OLIVEIRA, Joice Mara1,2; SPOSITON, Thamyres1,2; SANTANA, André Vinicius2; RUGILA, Diery Fernandes1,2, CORREIA, Natielly Beatriz Soares1,2; FURLANETTO, Karina Couto1,2*. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil; 2Centro de Ciências Biológica e da Saúde (CCBS), Universidade Pitágoras UNOPAR, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: Os testes Londrina ADL-Protocol (LAP) e Glittre-ADL avaliam atividades de vida diária (AVD) e são validados para pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), dentre outras populações. Esses dois testes estão em processo de validação para adultos com asma, porém, não se sabe se são reprodutíveis para essa população. Objetivos: Verificar a reprodutibilidade teste-reteste do LAP e Glittre-ADL para adultos com asma. Métodos: Estudo transversal composto por uma amostra de conveniência de adultos com asma que realizaram os testes LAP e Glittre-ADL. Os testes foram realizados 2 vezes cada, sendo o LAP na mesma visita, com 30 min de intervalo, e o Glittre-ADL em dias diferentes, com intervalo de 3 dias (ambos com o mesmo avaliador). Também foram avaliados: dados demográficos e antropométricos, função pulmonar (espirometria) e capacidade funcional de exercício (Teste de Caminhada de 6 minutos – TC6min). Resultados: A reprodutibilidade do LAP foi avaliada em 38 adultos com asma (12 homens, 47±15 anos, IMC 28±6 kg/m², VEF1: 73±16 % do predito, TC6min: 554±103m). O tempo para realização do LAP foi de 310±59 e 290±56 segundos na primeira e segunda avaliação, respectivamente. Para análise do Glitttre-ADL foram avaliados 44 adultos com asma (15 homens, 46±14 anos, IMC 28±5 kg/m², VEF1: 73±17 % do predito, TC6min 554±91m) e os desempenhos nesse teste foram 224±51 e 209±51 segundos no primeiro e segundo, respectivamente. Houve diferença significativa entre a primeira e segunda avaliação tanto para o LAP quanto para o Glittre-ADL (P=<0,0001 para ambos); porém, os valores de Índice de Correlação Intraclasse foram excelentes (ICC=0,95 para ambos). Conclusão: Indivíduos com asma parecem apresentar efeito aprendizado ao realizar o LAP e o Glittre-ADL. Entretanto, ambos os testes são reprodutíveis para avaliar o desempenho nas atividades de vida diária de adultos com asma.

Page 33: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

28

Testes funcionais podem predizer exacerbação em adultos com asma? MELO, Denner Ildemar Feitosa de1; OLIVEIRA, Joice Mara de1,2; OLIVEIRA, Francis Camila de1; SPOSITON, Thamyres1,2; RUGILA, Diery Fernandes1,2; CORREIA, Natielly Beatriz Soares1,2; Furlanetto, Karina Couto1,2*. 1Centro de Ciências Biológica e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil; 2Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: Testes funcionais são simples, rápidos, de baixo custo e estão associados com desfechos clínicos importantes em diversas populações; porém, ainda não foram investigados em indivíduos com asma. Objetivo: Identificar se testes funcionais são capazes de predizer exacerbação dos sintomas da asma em seis meses de seguimento. Métodos: 26 indivíduos com asma (65% mulheres, 53±14 anos, IMC 28±5 kg/m², VEF1 63±18% do previsto) realizaram avaliação funcional com os testes: Short Physical Perfomance Battery (SPPB), Sit-To-Stand de 5 repetições (STS5), 30 segundos (STS30) e 1 minuto (STS1), Timed Up-and-Go e 4-Meter Gait Speed em velocidades usuais e máximas (TUGu, 4MGSu, TUGm e 4MGSm, respectivamente). Um mês após a avaliação foi iniciado contato telefônico mensal durante 6 meses. Indivíduos com melhor ou pior capacidade funcional foram categorizados pela mediana do desempenho de cada teste. Foram realizados os testes estatísticos: Shapiro-Wilk, qui-quadrado, Log-Rank e Regressão de Cox (com estimativa do Hazard Ratio [HR]). A significância estatística adotada foi de P<0,05. Resultados: Doze dos 26 pacientes apresentaram exacerbações em até 6 meses com uma média de 57±39 dias após a avaliação. Houve associação do pior desempenho no SPPB e TUGu com a presença de exacerbações nos 6 meses (P=0,015 para ambos). O tempo sem exacerbações foi maior para indivíduos com melhor desempenho também no SPPB e TUGu (P=0,009; P=0,016, respectivamente). O melhor desempenho em alguns testes funcionais foram capazes de predizer menor risco de exacerbação nos 6 meses, todos ajustados para idade, IMC e dose de corticosteroides inalatórios (SPPB: HR=0,06; IC95% 0,009–0,414, P=0,004; STS5: HR=0,14, IC95% 0,18–1,01; P=0,03; STS1: HR=0,12; IC95% 0,22–0,74, P=0,012; e TUGu: HR=0,04; IC95% 0,36–0,98, P=0,048). Conclusão: Alguns testes funcionais podem ser utilizados para predizer exacerbação dos sintomas da asma em até 6 meses, independentemente da idade, IMC e dose de corticosteroides inalatórios dos pacientes.

Page 34: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

29

Usabilidade de monitores de atividade física em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica – resultados preliminares.

BELLANÇON, Jade Maria Bernardes1; BERTOCHE, Mariana Pereira1; SCHNEIDER, Lorena Paltanin1; HIRATA, Raquel Pastrello1; FURLANETTO, Karina Couto1,2; PITTA, Fabio1; HERNANDES, Nidia Aparecida*1. 1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar, Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil; 2Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde (CPCS), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Paraná. Introdução: Atualmente, há uma crescente necessidade de avaliar a atividade e inatividade física de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Tal necessidade de uma avaliação detalhada e objetiva faz com que os pacientes acabem por utilizar mais de um aparelho como forma de monitorar a atividade física na vida diária (AFVD), o que pode gerar desconforto, constrangimentos e possíveis erros de avaliação. Objetivos: Verificar a usabilidade de três monitores de atividade física amplamente utilizados para avaliação de AFVD em indivíduos com DPOC. Métodos: Neste estudo transversal, indivíduos com diagnóstico de DPOC utilizaram consecutivamente três monitores de atividade física (Lifecorder Plus®, Dynaport Movemonitor® e Actigraph WGT3X-BT®) durante 7 dias subsequentes no período acordado. Um questionário contendo 15 questões relacionadas a aspectos logísticos, técnicos e pessoais do uso dos monitores foi respondido pelos participantes. Resultados: Dez indivíduos foram avaliados (5 homens; 64±8 anos; IMC: 29±4 Kg/m2; VEF1: 56±24 % do predito; 20% moram sozinhos; 40% analfabetos; classe social C a E). Em geral, os três monitores foram bem aceitos pelos participantes. Questões técnicas e logísticas foram as mais bem avaliadas; 90% dos indivíduos não acharam os monitores pesados e a aparência foi considerada agradável por 60% da amostra. Sobre a percepção pessoal, 90% dos participantes estariam dispostos a usar os monitores novamente por pelo menos uma semana, e os três aparelhos obtiveram boas notas gerais (variando de 5 a 10). Conclusões: Os presentes resultados preliminares demonstraram que, apesar de o nível socioeconômico e cultural dos participantes serem baixos, eles foram capazes de utilizar os três monitores sem dificuldades, concluindo a avaliação de AFVD. Cabe ressaltar que a escolha do monitor de atividade física deve ser pautada não apenas em custos, logística e variáveis fornecidas, mas também nas preferências do paciente já que, caso o mesmo sinta-se desconfortável, pode ocorrer alteração da AFVD.

Page 35: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

30

Validade e reprodutibilidade de testes de performance funcional em pacientes com doença intersticial pulmonar: resultados preliminares.

ZAMBOTI, Camile Ludovico1,2,3, SILVA, Thatielle Garcia1,2,3; GONÇALVES, Aline Ferreira Lima1,2,3; KRINSKI, Gabriela Garcia1,2,3; DÉA, Caroline Andrade1; PITTA, Fabio1; CAMILLO, Carlos Augusto1,2,3*.

1Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar; Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 2Laboratório de Ciências do Movimento, Centro de Especialização em Pesquisa e Pós-Graduação em Saúde (CEPPOS); Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná; 3Programa de Pós-Graduação Associado em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras UNOPAR (Unidade Piza) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Introdução: Pacientes com doenças intersticiais pulmonares (DIP) podem apresentar redução da performance funcional medida por meio de testes funcionais. Porém, pouco se sabe sobre as propriedades métricas desses testes em pacientes com DIP, e se existe diferença no desempenho comparado a indivíduos saudáveis. Objetivos: Avaliar a validade e reprodutibilidade de testes de performance funcional em pacientes com DIP e comparar o desempenho com indivíduos saudáveis. Métodos: Pacientes com DIP e indivíduos saudáveis foram submetidos a avaliação da função pulmonar, força muscular periférica (contração isométrica voluntária máxima de quadríceps, CIVMq), força de preensão manual (Handgrip) e capacidade de exercício (teste de caminhada de 6 minutos, TC6). O desempenho funcional foi avaliado por meio dos testes: timed up and go na velocidade usual (TUGu) e máxima (TUGm); sentar e levantar em 30 segundos (SL30s), em 1 minuto (SL1min), e em 5 repetições (SL5rep) e four-meter gait speed (4MGS), em diferentes momentos por dois avaliadores. Para análise estatística, os testes utilizados foram: Shapiro Wilk, Coeficiente de Correlação Intraclasse, correlação de Spearman e Mann-Whitney pelo software SAS© 9.4. Resultados: Foram incluídos 41 pacientes com DIP (26 mulheres, 62±10 anos, CVF 73±19% do predito) e 32 indivíduos saudáveis (18 mulheres, 61±9 anos, CVF 98±12% do predito). Os testes apresentaram moderada a excelente confiabilidade inter-avaliador (0,65<CCI<0,93; p<0,05) e boa a excelente intra-avaliador (0,84<CCI<0,94; p<0,05). Foram encontradas correlações moderadas entre: TUGu e TUGm respectivamente com TC6 (r=-0,63; r=-0,64), Handgrip (r=-0,55; r=-0,63) e CIVMq (r=-0,51; r=-0,53); 4MGS com TC6 (r=-0,51); SL5rep e SL30s com CIVMq (r=0,41; r=-0,51), p<0,001 para todas as correlações. O desempenho funcional de pacientes com DIP foi pior comparado a indivíduos saudáveis em todos os testes (p<0,001), com exceção do SL30s (p=0,42). Conclusão: TUGu e TUGm, 4MGS, SL5rep e SL30s são válidos e reprodutíveis em pacientes com DIP e, na maioria destes testes, apresentam pior desempenho funcional que indivíduos saudáveis.

Page 36: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

31

Validação de instrumentos de avaliação de atividade de vida diária para

adultos com asma.

PUZZI, Vitória Cavalheiro1; OLIVEIRA, Joice Mara1,2; SPOSITON, Thamyres1,2; QUIRINO, Jéssica Amanda de Oliveira²; RUGILA, Diery Fernandes1,2; CORREIA, Natielly Beatriz Soares1,2; FURLANETTO, Karina Couto1,2*. ¹Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil; ²Centro de Ciências Biológica e da Saúde (CCBS), Universidade Pitágoras UNOPAR, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: Apesar da importância de se avaliar as atividades de vida diária (AVD), ainda não há na literatura instrumentos validados para indivíduos com asma que avaliam esse desfecho. Objetivo: Investigar a validade dos testes Londrina ADL-Protocol (LAP) e Glittre-ADL e do questionário London Chest Activity of Daily Living (LCADL) para adultos com asma. Métodos: 50 indivíduos (18 homens, 47[38-57] anos, IMC 28±5 kg/m², VEF1 2,24±0,70L [73±17% do previsto]) foram avaliados quanto as AVD de forma objetiva pelos testes LAP e Glittre-ADL, sendo o LAP realizado em velocidade usual, enquanto que o Glittre-ADL, o mais rápido possível. O LCADL, no qual os indivíduos respondem perguntas relacionadas a atividades domésticas (AD), cuidado pessoal (CP), atividade física (AF) e lazer (LA), foi aplicado para avaliar as AVD de forma subjetiva. Também foram realizados o Teste de Caminhada de seis minutos (TC6min) e os questionários: St George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ) e modified Medical Research Council (mMRC). Resultados: Os indivíduos com asma apresentaram um tempo de 303[266-350] s no LAP, 209[196-248] s no Glittre-ADL e pontuação de 19[16-24] no LCADL total. Caminharam 553±93 m no TC6min e apresentaram os seguintes resultados nos questionários: SGRQ 38[29-57] pontos e mMRC 1[0-2] pontos. O LAP correlacionou-se moderadamente tanto com o TC6min (r= -0,56; P<0,0001) quanto com o LCADL total e seus domínios CP e AF (0,43<r<0,53; P<0,008 para todos). Já o Glittre-ADL apresentou correlação forte com o TC6min (r=-0,71; P<0,0001) e leve a moderada com o LCADL e seus domínios: CP, AD e AF (0,35<r<0,51; P<0,02 para todos). Em relação ao questionário LCADL, além das correlações já citadas anteriormente, apresentou correlação moderada com os questionários SGRQ (r=0,63; P<0,0001) e fraca com o mMRC (r=0,34; P=0,02). Conclusão: Este é o primeiro estudo a validar três instrumentos que avaliam atividades de vida diária em adultos com asma. Sugere-se a ampla utilização desses instrumentos na prática clínica.

Page 37: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

32

Ventilação não invasiva como forma de tratamento fisioterápico na fístula broncopleural em pediatria.

LIMA, Victória Cristina Gomes de¹; CUNHA, Caio Rodrigues da1; FABRIS, Sônia Maria1*; MELO, Fernanda Cristiane1; PARREIRA, Ricardo Silva1; OLIVEIRA, Sandro José1. 1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: Fístula broncopleural (FBP) é uma condição potencialmente fatal, resultante de várias condições clínicas, mais frequente após ressecção pulmonar. Sua manifestação mais comum é a persistência de fuga aérea. Possui incidência variável, sendo raras em crianças, necessitando na maioria das vezes de correção cirúrgica. Embora sem consenso, a ventilação mecânica não invasiva (VNI) pode ser utilizada, devido a menor pressão gerada na via área e menor fuga aérea. Seu uso em adultos está bem estabelecido, porém, existem poucos estudos em crianças, principalmente na vigência de FBP pós-ressecção pulmonar. Objetivos: Verificar o efeito da VNI no fechamento da FBP em crianças. Métodos: Foram analisadas crianças internadas nas unidades pediátricas do Hospital Universitário de Londrina, submetidas a tratamento cirúrgico e fisioterapêutico por meio de VNI, em decúbitos variados. As variáveis foram: idade, gênero, sessões, dias para fechamento e de internação. Os pacientes foram divididos em VNI (G1) e VNI + drenagem aberta (G2). A análise estatística descritiva por meio de distribuição de frequência/proporção, teste de Tukey e Correlação de Pearson. Nível de significância de 5%, analisados pelo software SPSS® 22.0. Resultados: Doze (12) crianças com 4,4±2,1 anos de idade; 66,7% gênero masculino, média de 23,5±10,5 sessões. Destas 7 (58,3%) foram fechadas de forma conservadora (G1), 4 (33,3%) por drenagem aberta (G2) e 1 (8,3%) por abordagem cirúrgica. Ao se comparar dias de fechamento entre G1 (13,4±7,1 dias) e G2 (41,2±10,2 dias), verificou-se diferença significativa (p< 0,01). No G1 observou-se forte correlação (r=0,87; p=0,01) entre os dias de fechamento e o uso de pressão expiratória final (PEEP), e correlação moderada (r=0,46; p=0,28) entre os dias de fechamento e pressão inspiratória (PIP). Contudo, ambas as pressões diminuíram significativamente o período de internação (p<0,01). Conclusões: Neste estudo a VNI teve um papel importante, demostrando ser este um recurso efetivo na resolução de fístula broncopleural em crianças.

Page 38: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

33

FISIOTERAPIA EM GERONTOLOGIA, PREVENÇÃO EM

FISIOTERAPIA, SAÚDE COLETIVA E ERGONOMIA

Page 39: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

34

A atuação da fisioterapia em uma residência multiprofissional na atenção primária.

VARGAS, Nayara Shawane1; FELCAR, Josiane Marques¹; DOS SANTOS, Ana Beatriz Rocha¹; TITERICZ, Daiene Aparecida Alves Mazza². 1Programa de Pós-Graduação Associado UNOPAR-UEL em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras Unopar / Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, Apucarana, Paraná, Brasil. Introdução: A residência multiprofissional em saúde é orientada pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e na atenção primária (AP) inclui a fisioterapia que deve atuar aos moldes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB). Objetivos: analisar a atuação da fisioterapia em dois anos de uma residência multiprofissional na AP. Métodos: analisou-se retrospectivamente relatórios e agendas de 2017 e 2018 de uma fisioterapeuta residente, categorizando e contabilizado as ações em clínico-assistenciais e técnico pedagógicas, realizadas durante os dois anos de residência. Resultados: Na categoria clínico-assistencial realizou-se 1.478 atendimentos, sendo: 908 (61%) atendimentos individuais (AI), 442 (30%) atendimentos coletivos (AC) e 128 (9%) visitas domiciliares (VD). Dos AI, 562 (55%) foram fisioterapêuticos (66% encaminhados à atenção secundária (AS)) e 406 (45%) multiprofissionais. Dentre os AC, 144 (33%) foram fisioterapêuticos e 298 (67%) multiprofissionais; e dentre as VD, 91 (71%) foram fisioterapêuticas (21% encaminhadas à AS) e 37 (29%) multiprofissionais. Além disso realizou-se 25 eventos de promoção à saúde. Na categoria técnico-pedagógica realizou-se: 20 reuniões de residentes; 66 reuniões de equipe de residentes; 7 matriciamentos; 8 reuniões com a equipe da AP; e 8 atividades de educação permanente com a equipe da AP. Conclusões: nota-se que a atuação da fisioterapia em dois anos de uma residência multiprofissional na AP apresentou ênfase clínico-assistencial, uniprofissional e reabilitativa, como reflexo da realidade dos processos de trabalho dos locais de inserção, porém com iniciativa técnico-pedagógica, multiprofissional, preventiva e promotiva. Esses achados corroboram com a literatura que aponta que esses desafios são enfrentados pelo SUS na AP em todo país. Portanto, apesar da atuação da fisioterapia ainda não ser desempenhada completamente aos moldes do Nasf-AB, ela demonstra estar se aproximando do que é preconizado, sendo que a residência é um importante programa de aperfeiçoamento profissional que auxilia na superação desses desafios.

Page 40: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

35

A importância da conscientização e prevenção de doenças cerebrovasculares entre funcionários de uma instituição de ensino – um

relato de experiência. GONÇALVES, Thayna Bueno1; CORTEZ, Giovana Bobato1; MORITA, Andrea Akemi2; RECHE, Gianna Kelren Waldrich Bisca2; OSSADA, Vinícius Aparecido Yoshio2; VIEIRA, Milene Leivas2; TSUKAMOTO, Heloísa Freiria2*.

1Discente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Filadélfia (UniFil); 2Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Filadélfia (UniFil). Introdução: As doenças cerebrovasculares representam um problema de saúde pública e estão entre as primeiras causas de morte no mundo. Dentre essas doenças, pode-se destacar o acidente vascular encefálico (AVE), que pode deixar sequelas permanentes e afetar diretamente as atividades funcionais e laborais, trazendo consequências negativas à vida dos indivíduos afetados. A prevenção pode ser realizada pela conscientização e eliminação dos fatores de risco, como hipertensão arterial, obesidade e tabagismo. Além disso, o reconhecimento dos primeiros sintomas pode fornecer atendimento rápido e melhorar o prognóstico. Descrição da experiência: Trata-se de um projeto de extensão, desenvolvido por docentes e alunos de graduação do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Filadélfia (UniFil), em 2018. O objetivo foi promover orientações aos funcionários da instituição e conscientizá-los da importância de eliminar os fatores de risco e ensinar ações para socorrer vítimas. Foram organizados dias de visita nos setores de trabalho da instituição e as orientações foram realizadas pelos alunos. O principal tema abordado foi o reconhecimento precoce de um AVE. Os alunos explanaram também sobre os fatores de risco para a doença e reforçaram a importância de eliminá-los como forma de promoção de saúde. Impactos: Foi possível observar que houve aderência e interesse pelos assuntos abordados pela comunidade interna da UniFil, promovendo maior conscientização dos cuidados com a saúde. Adicionalmente, a experiência dos alunos em transmitir informações de grande relevância para os funcionários contribuiu para uma melhor formação profissional. Considerações Finais: As ações de conscientização e prevenção de doenças cerebrovasculares são úteis para que a população possa melhorar o estilo de vida. E ainda, o reconhecimento precoce dessas doenças pode melhorar o prognóstico e qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Também, foi possível oferecer aos discentes, oportunidades para melhor formação profissional e integrá-los em ações que buscam a promoção de saúde.

Page 41: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

36

Aprimoramento da linha de cuidado ao idoso: Relato de experiência ACOSTA, Laina Veloso1; RODRIGUES, Maria Karoline Gabriel2; KOBAYASHI, Karina3; DELLAROZA, Mara Solange Gomes4; TRELHA, Celita Salmaso5. 1Bolsista recém-formada USF/SETI, Fisioterapia; 2Bolsista recém-formada USF/SETI, Enfermagem; 3Discente do Curso de Enfermagem da UEL; 4Docente do Curso de Enfermagem da UEL; 5Docente do Curso de Fisioterapia da UEL. Introdução: O Grupo de Estudo sobre o Envelhecimento da Universidade Estadual de Londrina (GESEN/UEL) realiza há dez anos atividades de extensão, pesquisa e ensino na área de saúde do idoso, com enfoque na assistência à pessoa idosa, na atenção primária em saúde e em instituições de longa permanência (ILP). Participam docentes e estudantes dos cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Educação Física e Medicina. O objetivo do trabalho foi descrever a experiência de profissionais bolsistas Fisioterapeuta e Enfermeira, no aprimoramento da linha de cuidado ao idoso proposto pela Secretaria Estadual do Paraná. Descrição da experiência: São utilizadas estratégias de capacitação com abordagem interdisciplinar que ocorrem em três modalidades, por meio da oferta mensal de teleconferências com discussão de casos de temas pertinentes à saúde do idoso; realização de avaliação de idosos de uma ILP pela equipe e encontros com os profissionais da instituição para discussão dos casos; e encontros mensais de cuidadores e familiares de idosos com Alzheimer com a participação de profissionais de diversas áreas atendendo as necessidades e demandas dos participantes. Impactos: As atividades realizadas permitem interações e troca de experiências entre todos os participantes. A utilização de ações educativas continuadas e planejadas com objetivos comuns e a implementação de metodologias ativas e estratégias grupais buscam permitir que todos assumam com responsabilidade a sua auto formação e a formação conjunta dos envolvidos. É possível identificar uma relação de transformação mútua, uma vez que, todos os atores sociais estão implicados neste processo. Considerações finais: A troca de saberes enriquece a assistência e amplia o olhar do aluno e do profissional contribuindo para aperfeiçoamento da qualidade da assistência à saúde da pessoa idosa de modo a tornar-se mais resolutiva. A vivência nos diferentes cenários e casos diversos direcionaram para uma prática com mais confiança e assertividade no manejo a pessoa idosa.

Page 42: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

37

Associação entre composição corporal e distúrbios de sono em crianças e adolescentes com excesso de peso.

OTAVIO, Rodrigo Vaneti1,2; LYRA, Caroline Rodrigues1,2; DIAS, Thaila Corsi1,2; MACHADO, Michelle Cardoso1; BRANCO, Bráulio Henrique Magnani3; MARQUES, Déborah Cristina de Souza4; ARAÚJO, Cynthia Gobbi Alves1*. 1Centro Universitário de Maringá- UNICESUMAR. Departamento de Fisioterapia; 2Bolsista PIC/ICETI- UNICESUMAR; 3Centro Universitário de Maringá- UNICESUMAR. Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde; 4Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. Departamento de Nutrição. Bolsista Fundação Araucária. Introdução: Recentes revisões sistemáticas demonstraram que existe uma relação entre menor tempo de duração do sono e dificuldade em iniciar o sono com o ganho de peso e alterações metabólicas. Entretanto, a relação entre distúrbios do sono e massa magra foi pouco explorada. Objetivos: Analisar a relação entre a massa magra e a presença de distúrbios de sono, como apneia, em crianças e adolescentes com excesso de peso. Metodologia: Os critérios de inclusão consistiram em crianças e adolescentes de 7 a 18 anos residentes da cidade de Maringá, com sobrepeso e obesidade, que compreendiam o questionário e que possuíam autorização dos responsáveis. A avaliação da composição corporal foi efetuada pelo método de bioimpedanciometria. Para a distúrbios de sono foram utilizados o índice de NOSAS para avaliação da apneia. A análise de regressão logística binária foi realizada para verificar a influência da porcentagem de gordura corporal (variável independente) sobre os distúrbios de apneia (variável dependente). Resultados: Foram avaliadas 54 crianças e adolescentes (23; 42,6% homens e 31; 57,4% mulheres) com média de idade de 12,4 anos±2,8 e IMC 31kg/m2±7,0. Os resultados mostraram que a massa magra não teve associação com a apneia do sono (odds ratio[OR] 0,86, IC95% (0,48 a 1,57) em crianças e adolescentes com excesso de peso. Conclusão: Não houve associação entre a porcentagem de gordura corporal e distúrbio de sono como apneia atrelados a obesidade infantil. Espera-se que assim como nos achados científicos, indivíduos com maior porcentagem de massa gorda terão distúrbios do sono, como apneia do sono.

Page 43: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

38

Capacidade funcional de exercício e polimorfismo do miRNA-146a e doença cardiovascular em idosos.

MOROTI-PERUGINI, Layse Rafaela1; CICHOCKI, Marcelo1; POLI-FREDERICO, Regina Célia2*. 1Doutoranda(o) do Programa de Mestrado e Doutorado Associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação Universidade Pitágoras UNOPAR; 2Docente do Programa de Mestrado e Doutorado Associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação Universidade Pitágoras UNOPAR. Introdução: A doença cardiovascular (DC) está entre as principais causas de morbimortalidade no mundo. Dentre as diversas causas estão o sedentarismo, alimentação com alto índice de gorduras, hábitos de vida, fatores genéticos entre outras. O polimorfismo do miRNA-146a pode contribuir alterando sua expressão, e levando a uma falha da regulagem do processo inflamatório; desta forma, torna-se mais suscetível a DC. Objetivo: Investigar a relação entre capacidade funcional do exercício, nível de atividade física e o polimorfismo do miRNA-146a em idosos com e sem DC. Métodos: Compuseram o estudo 342 idosos com idade igual ou acima de 60 anos. Foram analisadas as características antropométricas por meio de questionário estruturado. A genotipagem do polimorfismo do gene miRNA-146a foi realizada por meio da reação em cadeia da polimerase em tempo real usando sistema TaqMan®. O diagnóstico da DC foi realizado por laudo médico e análise medicamentosa; a capacidade funcional foi verificada por meio do teste de caminhada de 6 minutos (TC6) e nível de atividade física através do questionário de Baecke. Para a análise dos dados foi utilizado o teste de Qui-quadrado e valor de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foi observada significância estatística entre DC e o índice de massa corpórea (IMC) (14,278 =²א; p=0,0003) onde 40,6% dos idosos com DC eram obesos. No entanto, as frequências genotípicas do miRNA-146a (p=0,546; não apresentaram diferença estatística (1,025=²א ;p=0,311) e o TC6 (1,211=²אem relação a DC. Conclusão: Nossos resultados sugerem que o polimorfismo do miRNA-146A (rs2910164) e a capacidade funcional não estão associados a DC em idosos; no entanto, o IMC se apresentou relacionado a doença.

Page 44: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

39

Comparação de equilíbrio e percepção de saúde entre idosas institucionalizadas e praticantes de atividade física

ACENCIO, Fábio Ricardo1; SANTOS, Natalia Quevedo1; GARCIA, Raiane Carolina1; KERBER, Vera Lúcia1; FREITAS, Hugo Judá1; BERTOLINI, Sonia Maria Marques Gomes1*. 1Centro Universitário de Maringá (UniCesumar). Introdução: Com o passar dos anos, o organismo humano passa por um processo natural de envelhecimento, gerando modificações funcionais e estruturais. Essas alterações afetam o equilíbrio e a qualidade de vida dos idosos. Objetivo: O estudo buscou comparar o equilíbrio e a percepção de saúde entre idosas institucionalizadas e praticantes de atividade física residentes do município de Cianorte-PR. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa do tipo transversal, que utilizou-se de um formulário de perfil sociodemográfico, foi perguntado sobre a percepção de saúde e a Escala Motora para Terceira Idade (EMTI). Os dados foram tratados por meio das estatísticas (média e desvio padrão), e teste de hipótese com nível de significância de p<0,05. Resultados: A amostra foi composta por 20 idosas, sendo o G1 10 idosas que estavam institucionalizadas com a média de idade de (74,2 ±6,37) e G2 de 10 idosas que frequentavam as Academias da Terceira Idade (ATIs) com (68,3±6,09). Os resultados mostraram que não há diferença significativa entre os grupos e que a média para o teste de Escala Motora para Terceira Idade no G1 foi de (37,20 ± 22,24) já o G2 (58,20 ± 38,97). G1 50% relataram que praticavam exercício físico há mais de três anos e G2 50% há menos de um ano. Em relação à percepção de saúde foi considerada boa tanto para o G1 e G2, 60% e 80% respectivamente. Conclusão: conclui-se que o grupo de idosas institucionalizadas apresentaram menor equilíbrio quando comparado ao grupo de idosas praticantes de atividade física.

Page 45: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

40

Correlação da velocidade da marcha normal e rápida com desfechos físico-funcionais em idosos saudáveis.

LOPES, Camille Castilho1,4; FRANCISQUINI, Amanda Ayumi1,4; MORSELI, Jaqueline de Barros1,4; SEPÚLVEDA-LOYOLA, Walter Aquiles2,4; PROBST, Vanessa Suziane2-4*. 1Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Programa de Mestrado e Doutorado associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 3Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 4Grupo de Estudo do Envelhecimento (GEE), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: A velocidade da caminhada é um dos testes mais utilizados para avaliar a funcionalidade da população idosa. Tanto a velocidade normal quanto a rápida têm sido utilizadas, e a diferença entre elas pode indicar a reserva funcional em indivíduos idosos. No entanto, existem poucos estudos que correlacionam a reserva funcional com outros importantes desfechos físico-funcionais nessa população. Objetivo: Correlacionar a velocidade de caminhada normal, rápida e a reserva funcional da marcha com a flexibilidade, força, equilíbrio e potência em idosos saudáveis da comunidade. Metodologia: estudo transversal incluindo 30 idosos (3 homens; idade 68±6,75 anos) da cidade de Londrina. As avaliações físicas realizadas foram: 1) velocidade de caminhada com o teste de caminhada de 4 metros normal (T4m-n) e rápido (T4m-r); 2) flexibilidade com o teste Sit and Reach (SRT); 3) força de preensão palmar (FPP) com dinamometria; 4) equilíbrio com o teste Timed Up and Go (TUG); e 5) potência com o teste Sit to Stand de cinco repetições (STS-5x) e de 1 minuto (STS-1min). A reserva funcional da marcha (RFM) foi calculada com base na diferença entre a velocidade rápida e normal. As análises das correlações foram feitas com o teste de Pearson e Spearman no programa SPSS. Resultados: A RFM apresentou correlação positiva com T4m-r (r=0,77; p<0,001), T4m-n (r=0,48; p=0,010) e negativa com o percentual da marcha (r=-0,85; p<0,001). O TUG teve correlação negativa com o T4m-r (r=-0,43; p=0,022) e T4m-n (r=-0,45; p=0,01). O STS teve correlação negativa com T4m-r (r=-0,43; p=0,027) e T4m-n (r=-0,43; p=0,028). A FPP correlacionou-se com o T4m-r (r=-0,47; p=0,014) e T4m-n (r=-0,45; p=0,028). Não foram observadas correlações com o teste SRT. Conclusão: A velocidade normal, rápida e a reserva funcional da marcha estão correlacionadas com a força de preensão palmar, equilíbrio e potência de membros inferiores em idosos da comunidade, mas não com a flexibilidade de membros inferiores.

Page 46: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

41

Correlação entre potência de membros inferiores com equilíbrio dinâmico e força de preensão palmar em idosos saudáveis.

FRANCISQUINI, Amanda Ayumi1,4; LOPES, Camille Castilho1,4; MORSELLI, Jaqueline de Barros1,4; SEPÚLVEDA-LOYOLA, Walter Aquiles2,4; PROBST, Vanessa Suziane2-4*. 1Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Programa de Mestrado e Doutorado associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 3Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 4Grupo de Estudo do Envelhecimento (GEE), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: Alterações fisiológicas significativas que se associam com a diminuição do equilíbrio e da força muscular ocorrem com o envelhecimento. Tais alterações podem estar relacionadas com a potência muscular desta população. O teste Sit-to-Stand de 5 repetições e de 1 minuto são recomendados para avaliar a potência de membros inferiores. No entanto, existem poucos estudos que correlacionam esses testes com o equilíbrio e a força muscular periférica na população idosa. Objetivo: Verificar a correlação entre potência de membros inferiores com equilíbrio dinâmico e força de preensão palmar em idosos saudáveis. Metodologia: estudo transversal realizado com 31 idosos (68±6,75 anos; IMC = 27,33±4,53 kg/cm²; mulheres 87%, n=21) da cidade de Londrina-Paraná. A potência de membros inferiores foi avaliada com o teste Sit-to-Stand de 5 repetições (STS-5x) e de 1 minuto (STS-1min), enquanto o equilíbrio dinâmico foi avaliado pelo teste Timed Up and Go (TUG) e a força de preensão palmar (FPP) pelo dinamômetro. A análise da correlação entre as variáveis foi realizada com o coeficiente de correlação de Spearman no software SPSS versão 22. Resultados: O STS-5x teve correlação positiva forte com TUG (r=0,69; p<0,001) e o STS-1min teve correlação negativa fraca (r=-0,49; p=0,007). Não foram observadas correlações entre STS e FPP. Conclusão: A potência de membros inferiores tem associação com o equilíbrio dinâmico na população idosa, mas não com a força de preensão palmar.

Page 47: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

42

Efeito do treinamento funcional em circuito no indicativo de depressão em idosos aparentemente saudáveis.

RODRIGUES, Vinicius Moreto Guisso1,4; COBBO, Paola1,4; MACIEL, Renata Pires Tricanico2,4; LOYOLA, Walter Aquiles Sepúlveda2,4; TEIXEIRA, Denilson de Castro5, PROBST, Vanessa Suziane2-4*. 1Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 2Programa de Mestrado e Doutorado associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 3Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 4Grupo de Estudo do Envelhecimento (GEE), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR; 5Centro de Educação Física e Esporte, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. Introdução: A depressão no indivíduo idoso frequentemente é causada pela perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e o surgimento de doenças. Com a prática de exercício físico, o corpo libera o hormônio endorfina que age no sistema nervoso, produzindo sensação de bem-estar que pode prevenir ou até mesmo reduzir transtornos depressivos. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento funcional em circuito sobre os sintomas de depressão em idosos aparentemente saudáveis. Método: Foram incluídos 29 idosos (6 homens; idade 69,45±6,32 anos) que não praticavam atividade física há pelo menos três meses. Os idosos foram submetidos a treinamento funcional em circuito, três vezes na semana, com sessões diárias de 60 minutos, durante três meses. Antes e após o programa de exercícios, os sintomas de depressão foram avaliados por meio da Escala de Depressão Geriátrica em versão reduzida de Yesavage, em forma de entrevista. Trata-se de um teste para detecção de sintomas depressivos no idoso, com 15 perguntas, sendo que o resultado de 5 ou mais pontos diagnostica depressão. Resultados: Dentre os idosos participantes, 23 eram mulheres (79%) e 6 eram homens (21%). Houve diferença no grau de escolaridade (10% ensino fundamental incompleto, 45% fundamental completo, 10% ensino médio incompleto, 28% ensino médio completo e 7% ensino superior completo) e no nível socioeconômico (14% relataram ser pouco suficiente o dinheiro que ganham, 31% médio suficiente, 41% muito suficiente, 14% completamente suficiente). Apesar dos idosos estudados não apresentarem sintomas de depressão antes do programa de exercícios (3,9 ± 2,6 pontos), foi encontrada redução significativa na pontuação da escala de depressão após o treinamento com exercícios funcionais em circuito (pré: 3,90 ± 2,60 versus pós: 2,79 ± 2,68; P=0,029). Conclusão: A prática dos exercícios funcionais em circuito por três meses mostrou redução nos sintomas de depressão em idosos aparentemente saudáveis.

Page 48: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

43

Fisioterapia e educação em saúde para crianças e adolescentes com doença respiratória crônica na atenção primária.

VARGAS, Nayara Shawane1; SMANIOTO, Franciele Nogueira²; TITERICZ, Daiene Aparecida Alves Mazza²; FELCAR, Josiane Marques¹. 1Programa de Pós-Graduação Associado UNOPAR-UEL em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras Unopar / Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, Apucarana, Paraná, Brasil. Introdução: doenças respiratórias crônicas (DRC) são problemas de saúde pública no Brasil. Tratamentos não farmacológicos favorecem o cuidado integral preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos: avaliar os efeitos de um programa de fisioterapia e educação em saúde para crianças e adolescentes com DRC na atenção primária (AP). Métodos: estudo longitudinal prospectivo e quantitativo. Avaliou-se: histórico, cirtometria - mobilidade torácica (MT), força muscular respiratória (FMR) palpatória, capacidade de exercício (CE) - teste de caminhada de seis minutos (TC6), função pulmonar (FP) - espirometria e pico de fluxo expiratório (PFE) e qualidade de vida (QV) - PedsQLTM. A intervenção teve 12 encontros semanais com fisioterapia: 1º mês- permeabilidade de vias aéreas e reeducação tóraco-abdominal; 2º mês- fortalecimento de musculatura respiratória; 3º mês- fortalecimento de musculatura periférica e melhora da capacidade cardiorrespiratória; e educação em saúde: exercícios domiciliares diários e orientações sobre DRC (monitorados pelo WhatsApp e avaliados a cada encontro). Na estatística comparou-se com teste de Wilcoxon e Friedman e respectivos pós-testes com significância de P<0,05. Resultados: 11 participantes (6 meninas) concluíram o programa (média de 10±3 anos, 42±18kg, 1,40±0,18m e IMC 21±6), sendo 5 com diagnóstico de bronquite e rinite e 6 com asma e rinite. Na comparação pré e pós intervenção encontrou-se menor quantidade de sintomas (QS) (27%) e medicações (QM) (31%); padrão respiratório costodiafragmáfico com predomínio diafragmático (55%); melhora da MT(2%), FMR diafragmática (82%), do PFE (37%), do VEF1 (11%), da CE com maior distância no TC6 (15%) e menor fadiga após esforço (29%) e da QV em 46% na percepção dos pais e 49% na autopercepção (todos com P<0,05). Conclusões: o programa de fisioterapia e educação em saúde para crianças e adolescentes com DRC na AP mostrou-se benéfico, alcançando melhora em todas variáveis clínicas avaliadas, sendo que a corresponsabilização do cuidado foi fundamental para esses resultados.

Page 49: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

44

Fisioterapia na Atenção Básica: potência da extensão universitária na escolha da área de atuação profissional.

BIM, Cíntia Raquel1; GONZÁLEZ, Alberto Durán2*.

1Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – UEL; 2Universidade Estadual de Londrina – UEL, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – UEL. Introdução: A inserção do fisioterapeuta na Atenção Básica (AB), se fortaleceu após as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2002, especialmente no âmbito da formação, e com a criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Contudo, existem cursos de graduação que ainda não incorporaram conteúdos e práticas voltadas a AB nos currículos. Objetivos: Identificar fatores que motivaram a escolha de fisioterapeutas para atuarem na AB. Métodos: Pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 19 fisioterapeutas da rede municipal de Londrina-PR, selecionados por método de conveniência. A análise dos resultados foi realizada pela técnica da análise de discurso. Resultados: Possibilidade de estabilidade oportunizada por concurso público, habilidades pessoais e experiências em estágio supervisionado em Saúde Coletiva surgiram como potentes fatores na escolha da área profissional que se almejava atuar. Vivências em projetos multiprofissionais se sobressaíram nos resultados e foram destacadas como fundamentais para o despertar nos profissionais, enquanto acadêmicos, no interesse pelo trabalho interprofissional e na apropriação do conceito ampliado de saúde, aspectos fundamentais para o trabalho na AB. Conclusões: Práticas interdisciplinares, incentivo às habilidades para trabalhar em equipe, vivências no Sistema Único de Saúde devem ser contempladas nos cursos de graduação em fisioterapia, seja em atividades curriculares e/ou na extensão, pois mostraram-se ferramentas educacionais valiosas na formação, e podem orientar a escolha profissional para a atuação na AB.

Page 50: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

45

Funcionalidade de pacientes com Diabetes Mellitus: um estudo transversal com a Classificação Internacional de Funcionalidade,

Incapacidade e Saúde. FRÉZ, Andersom Ricardo1; BINDA, Aline Cristiane1; RUARO, João Afonso1; DE LIMA, Aline Aparecida Chociai1; CAMARGO, Andressa1; CAMPOS, Debora Boguchewski1. 1Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Guarapuava/PR. Introdução: Portadores de Diabetes Mellitus apresentam complicações vasculares e neurológicas acarretam limitações nas atividades funcionais de vida diária. Objetivos: Classificar a funcionalidade de pacientes portadores de Diabetes Mellitus. Métodos: A presente pesquisa caracterizou-se como um estudo observacional transversal com indivíduos com Diabetes Mellitus. A amostra foi composta por 111 participantes, sendo 68 indivíduos do sexo feminino e 43 indivíduos do sexo masculino, com idade média de 53,2 ±16,8 anos. Para classificar a funcionalidade foi utilizada a versão abreviada do core set para Diabetes Mellitus da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Resultados: As categorias em que a maior parte da amostra demonstrou alguma disfunção foram: Funções da energia e dos impulsos (b130), Funções da visão (b210), Função da pressão arterial (b420), Funções de tolerância ao exercício (b455), Funções de manutenção do peso (b530) Estrutura do globo ocular (s220), Estrutura do pâncreas (s550), Lidar com o estresse e outras exigências psicológicas (d240), Andar (d450) e Cuidar da própria saúde (d570). No caso do componente “fatores ambientais”, verificou-se que a maioria das categorias foram apontadas como facilitador pela maior parte da amostra, com exceção de Serviços, sistemas e políticas relacionados com a segurança social (e570) e Serviços, sistemas e formação profissional (e585) que foram apontadas pela maioria como nem barreira, nem facilitador. Conclusões: Ao conhecer a função e a incapacidade de portadores de Diabetes Mellitus torna-se possível a proposição de intervenções com o objetivo de minimizar a perda de função e as limitações relacionadas ao Diabetes Mellitus.

Page 51: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

46

Nível de atividade física e biomarcadores do estresse oxidativo em idosos.

MALUF, Jordana Cordeiro1,2; LOYOLA, Walter Aquiles Sepúlveda2,3; MACIEL, Renata Pires Tricanico2,3; CARVALHO, Giovana de1,2; PEREIRA, Paulo Sergio Júnior1,2; PROBST, Vanessa Suziane2,3*.

1Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Grupo de estudo de envelhecimento (GEE), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Brasil; 3Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências da Reabilitação, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina, Brasil. Introdução: O estresse oxidativo (EO) acontece com o envelhecimento e doenças crônicas. A atividade física é um fator protetor para a saúde e poderia estar associado com diminuição do EO em idosos. Objetivo: Analisar a associação entre a atividade física na vida diária (AFVD) e biomarcadores de EO. Método: Foram incluídos 35 idosos aparentemente saudáveis (69±7 anos; mulheres: 43%). A AFVD foi avaliada com o acelerômetro DynaPort tri-axial por meio do tempo em 6 atividades: 1) caminhada rápida; 2) caminhada lenta; 3) deitado; 4) sentado; 5) em pé e 6) movimentando-se. Após jejum de 10 horas foram dosados do sangue periférico os seguintes biomarcadores de EO: produtos proteicos de oxidação avançada (AOPP), paraoxonase-1 (PON-1), potencial antioxidante total (TRAP), metabólitos de óxido nítrico (NOX), grupo sulfidril (SH), superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e posteriormente o coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman. A significância estatística adotada foi de P<0,05. Resultados: O tempo de caminhada rápida foi positivamente correlacionado com SOD (r=0,55; p=0,004) e negativamente com AOPP e PON-1 (r=-0,41 e r=-0,41; P<0,03). O tempo de caminhada lenta foi correlacionado negativamente com AOPP, PON-1 e SH (r=-0,51, r=-0,40 e r=-0,4; P <0,04). Tempo deitado foi positivamente correlacionado com AOPP e PON-1 (r=0,54; e r=0,41; P<0,04). Tempo em pé foi negativamente correlacionado com AOPP e PON-1 (r=-0,42 e r=-0,62; P<0,03). Tempo movimentando-se foi positivamente correlacionado com SOD (r=0,56; P=0,003) e negativamente correlacionado com AOPP e PON-1 (r=-0,39 e r=0,39; P<0,04). Conclusão: A atividade física está associada com menor EO em idosos aparentemente saudáveis.

Page 52: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

47

Promoção e educação em saúde na prevenção de doenças cardiovasculares – um relato de experiência.

CORTEZ, Giovana Bobato1; GONÇALVES, Thayna Bueno1; MORITA, Andrea Akemi2; OSSADA, Vinicius Aparecido Yoshio2; RECHE, Gianna Kelren Waldrich Bisca2; TSUKAMOTO, Heloisa Freiria2; VIEIRA, Milene Leivas2.

1Discente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Filadélfia (UniFil); 2Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Filadélfia (UniFil). Introdução: As doenças cardiovasculares representam um problema de saúde pública e é considerada a primeira causa de mortalidade mundial. Tais doenças estão relacionadas com o desenvolvimento de incapacidades, que prejudicam a realização de tarefas cotidianas básicas, repercutindo negativamente sobre a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Fundamentação teórica: Os principais fatores de risco associados às doenças cardiovasculares são hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, sedentarismo e obesidade. A prevenção é eficaz visto que a eliminação de comportamentos de risco para a saúde permitiria evitar pelo menos 80% das doenças cardiovasculares. Descrição da experiência: Trata-se de um projeto de extensão, de caráter descritivo, desenvolvido por docentes e alunos de graduação do curso de Fisioterapia da UNIFIL da cidade de Londrina, Paraná, no período de março a dezembro de 2018. O objetivo do projeto foi promover orientações, pelos alunos de Fisioterapia da instituição, à comunidade para fatores de risco que contribuem para o surgimento de doenças cardiovasculares em eventos disponibilizados na cidade. Nos eventos, os indivíduos que procuravam as tendas eram orientados com relação às doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, sobre a prevenção e redução dos fatores de riscos. Adicionalmente, eram realizadas mensurações das variáveis associadas aos fatores de risco como: pressão arterial, frequência cardíaca, saturação parcial de oxigênio e função pulmonar. Impactos: Foi possível observar um interesse muito grande da população na procura de informações sobre os fatores de risco das doenças cardiovasculares. Além disso, as alterações encontradas nos testes foram devidamente orientadas pelos alunos sob a supervisão docente. Considerações finais: As ações de educação e prevenção destinadas à comunidade forneceu informações para a melhora da qualidade de vida e condição de saúde dos habitantes da cidade. Também foi possível oferecer aos discentes oportunidades para melhor formação profissional e integrá-los em ações que garantam o acesso da população à atenção primária de saúde.

Page 53: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

48

Relação do teste Sit-to-stand 30 segundos com a fragilidade em idosos. CAMPOS, Gennyfers Fernanda de Oliveira1; DA BATISTA, Gabriel Ferraz¹; CORREIA, Natielly Beatriz Soares²,³; RUGILA, Diery Fernandes²,3; OLIVEIRA; Joice Mara de²,3; SPOSITON, Thamyres²,3; FURLANETTO, Karina Couto²,3*.

1Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Departamento de Fisioterapia, Londrina, Paraná, Brasil; 2Centro de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Pitágoras – Unopar (UNOPAR), Londrina, Brasil; 3Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar, Universidade Norte do Paraná (UEL), Londrina, Brasil. Introdução: A fragilidade e a força de membros inferiores (MMII) estão diretamente relacionadas com a qualidade em de vida em idosos. Entretanto não está claro a correlação do índice de fragilidade com testes funcionais que refletem a força muscular de MMII. Objetivo: Investigar se o teste Sit-to-Stand 30 segundos (STS30seg) se correlaciona com a fragilidade em idosos. Métodos: Neste estudo transversal, indivíduos de ambos os sexos, sem doença pulmonar e com idade entre 60 e 80 anos realizaram a espirometria, o teste STS30seg e foram avaliados quanto a fragilidade. No STS30seg, que reflete força muscular de membros inferiores e equilíbrio dinâmico, os idosos deveriam sentar e levantar o maior número de repetições possível em 30 segundos. A pontuação de fragilidade foi obtida por meio de quatro aspectos: questionário proposto por Fried (2001), para pontuação de fadiga; avaliação da velocidade da marcha; força de preensão palmar; e classificação de atividade física. Os indivíduos foram classificados como não-frágeis, pré-frágeis ou frágeis. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado nas análises e o nível de significância estatística foi determinado como P<0,05. Resultados: A amostra incluída foi de 21 idosos (15 mulheres), com mediana [IIQ 25-75%] de idade 65[64-75] anos, IMC 27[23-29] Kg/m², VEF1/CVF 82[80-85]%, desempenho no STS30seg 14[12-16] repetições e pontuação de fragilidade 2 [0-7]. 19% foram classificados como não frágeis, 52% como pré-frágeis e 29% como frágeis. Houve correlação entre o desempenho funcional no STS30seg com a classificação da fragilidade em idosos saudáveis (r=-0,46; P=0,04). Conclusão: Resultados preliminares indicam que um pior desempenho no teste Sit-to-Stand 30 segundos se correlaciona moderadamente com uma maior pontuação de fragilidade em idosos. Este teste funcional é uma opção simples, rápida e de baixo custo que reflete, além da força muscular de membros inferiores e equilíbrio dinâmico, também a fragilidade nesta população.

Page 54: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

49

Teste funcionais simples, rápidos e de baixo custo refletem a capacidade funcional de exercício avaliada pelo teste da caminhada de seis minutos

em idosos? MOREIRA, Natalia Neves1; CORREIA, Natielly Beatriz Soares2; OLIVEIRA, Vinicius Antonio1; PEREIRA, Daniel Martins3; MESQUITA, Rafael4; DAL CORSO, Simone5; FURLANETTO, Karina Couto1,2*. 1Universidade Pitágoras - Unopar (UNOPAR), Departamento de Fisioterapia, Londrina, PR; 2Centro de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Pitágoras - Unopar (UNOPAR), Londrina, PR; 3Departamento de Fisioterapia, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP), Campo Grande, MS; 4Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Nove de Julho, (UNINOVE), São Paulo, SP; 5Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE. Introdução: O Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6min) é amplamente recomendado na avaliação da capacidade funcional de exercício de idosos. Com a crescente utilização de testes funcionais mais simples e rápidos, hipotetizou-se que estes poderiam identificar a baixa capacidade de exercício nesta população. Objetivo: Investigar quais testes funcionais refletem o desempenho obtido no TC6min de idosos e determinar os pontos de corte que discriminam a pior capacidade funcional de idosos. Métodos: Estudo transversal, multicêntrico, com idosos aparentemente saudáveis (≥60 anos), avaliados quanto à função pulmonar (espirometria) e testes funcionais. Foram realizados os teste Sit-to-Stand 5 repetições (STS5rep), 30 segundos (STS30seg) e 1 minuto (STS1min), velocidade usual e máxima da marcha em 4 metros (4MGSus; 4MGSmáx), teste Timed-up-and-go usual e máximo (TUGus; TUGmáx) e Short Physical Performace Battery (SPPB). Todos realizaram o TC6min para avaliação da capacidade funcional de exercício. Resultados: Foram analisados 63 idosos (42 aposentados; 33% homens), sem doença pulmonar, com idade 68±6 anos; IMC 27±4 Kg/m2; VEF1/CVF 82±9; TC6min 539±87m. Modelos de regressão identificaram que existe associação do TC6min com todos os testes funcionais avaliados (0,42<R2<0,54; p≤0,05 para todos). A análise de curva ROC identificou o ponto de corte de cada teste funcional que discrimina a pior capacidade de exercício no TC6min (< 80% do previsto de acordo com Brito, 2013). Os melhores pontos de corte foram: SPPB 9,50 pontos; 4MGSus 5,15s; 4MGSmáx 3,74s; TUGus 11,94s; TUGmáx 9,86s; TST5rep 14,06s; STS30seg 14 repetições e STS1min 29,50 repetições. Os valores de área abaixo da curva (AUC) foram excelentes (0,944 < AUC < 0,986), com sensibilidade (S) (0,68<S<0,97) e especificidade (E) (0,34<E<100) variáveis. Conclusão: Todos os testes funcionais investigados neste estudo refletiram a capacidade de exercício. Pontos de corte de testes funcionais simples podem ser utilizados na prática clínica para identificar idosos com baixa capacidade de exercício.

Page 55: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

50

FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E

TRAUMATOFUNCIONAL, REUMATOLOGIA,

PRÓTESES E ÓRTESES

Page 56: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

51

A avaliação pré-temporada estabelece importantes valores preditivos de lesão em atletas de futebol masculino sub15 e sub 17.

RUAS, Izabelli Sayuri Suguieda1; ALVARES, Amanda Maximo1; POLICARPO, Fernanda Nair Nicolau1; SANTOS, Vanessa Batista da Costa1; PIRES, Jonas de Oliveira1, Christine de Souza Guerino Macedo1*

.

1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: Avaliação pré-temporada é importante para investigar fatores de riscos biomecânicos relacionados a lesões no futebol. Objetivos: Apresentar resultados da avaliação pré-temporada de atletas de base, fatores preditivos de lesão musculoesquelética e diferenças entre categorias. Métodos: Aprovado pelo comitê de ética com 61 atletas da base, sub15 (n=28) e sub17 (n=33), submetidos ao teste de flexibilidade da cadeia posterior (banco de Wells), amplitude de dorsiflexão (lunge test), encurtamento dos rotadores laterais do quadril (RL), força muscular dos extensores de quadril (single leg bridge test-SLBT), saltos (cross over test-COT e figura em 8-F8), resistência do core (prone bridge test - PBT) e equilíbrio (Y test). Resultados analisados pelo SPSS 22.0, testes de Shapiro Wilk e t de Student para amostra independente, significância de 5%. Resultados: Atletas com 3 horas de treino por 6 dias semanais apresentaram respectivamente (sub15 e sub17): banco de Wells: 28,43 e 29,78 (p=0,24); lunge membro inferior direito (MID): 41,29 e 41,76 (p=0,37) e membro inferior esquerdo (MIE): 37,71 e 38,97 (p=0,19), 16 atletas assimétricos; encurtamento dos RL MID: 33,25 e 31,06 (p=0,24) e 34 com amplitude lesiva; MIE: 32,46 e 34,73 (p=0,19) e 22 com amplitude lesiva; SLBT MID: 46,32 e 45,18 (p=0,01) e MIE: 46,10 e 43,78 (p=0,02); PBT: 133,71 e 130,73 (p=0,40); COT MID: 5,25 e 5,89 (p<0,01) e MIE: 5,37 e 5,94 (p<0,01) valores preditivos em 6 atletas; F8 MID: 8,24 e 8,05 (p=0,12) e MIE: 8,22 e 8,02 (p=0,09), valores preditivos em 2 atletas e Y test anterior MID: 70,15 e 68,16 (p=0,08) e MIE: 70,47 e 69,18 (p=0,21), valores preditivos em 3 atletas. Conclusão: Assimetrias no lunge, movimentos do quadril e testes funcionais são fatores preditivos de lesões para tornozelo, joelho e lesões musculares e devem ser considerados para tratamentos preventivos adequados a esta faixa etária.

Page 57: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

52

A microcorrentes estimula a proliferação celular e modula a produção de

citocinas em fibroblastos.

BERTIN, Larissa Dragonetti1; BRAVO, Mariana Prado1; SOARES, Glaciane Pozza1; PERRUCINI, Priscila Daniele de Oliveira1; SZEZERBATY, Stheacy Kelly1; POLI-FREDERICO, Regina Celia1; MAIA, Luciana Prado1*. 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação UEL/UNOPAR. Introdução: A microcorrentes é considerada uma modalidade de eletroestimulação que auxilia nos processos de reparo tecidual, porém pouco se sabe sobre os mecanismos biológicos através dos quais essa atuação acontece. Objetivo: Analisar os efeitos da microcorrentes em diferentes intensidades sobre células fibroblásticas L929. Métodos: Células L929 foram cultivadas em placas de 6 poços nas densidades de 5x104, 1x105, 3x105 e 5x105 células/poço para determinação da melhor densidade de plaqueamento. Posteriormente, dois métodos de aplicação das correntes foram testados: com o eletrodo diretamente dentro do poço e com um cone de papel acoplado ao eletrodo. Em seguida, correntes de 0 µA (GC), 60 µA (G60), 100 µA (G100), 500 µA (G500) e 900 µA (G900) foram aplicadas às células (n=3) uma vez ao dia por 3 minutos, por 1 (T1); 2 (T2) e 3 dias (T3). Para avaliação da proliferação celular foi utilizado o método MTT. Para a quantificação dos marcadores inflamatórios pela citometria de fluxo foi selecionado o grupo e tempo que apresentou melhores resultados. Resultados: A densidade de plaqueamento ideal foi estabelecida em 1x105 células/poço e a aplicação do eletrodo direto no poço como melhor método de aplicação. Houve um aumento da viabilidade celular em todas as intensidades de T1 para T2, porém sem diferença estatística significante. De T2 para T3 houve diminuição da viabilidade em todos os grupos, com diferença estatística significante apenas em G500 (p<0,05). A citometria de fluxo foi realizada nos grupos GC e G900 em T2. Foi possível observar um aumento de 0,56 pg/mL da IL-17 e uma diminuição de 5,45 pg/mL da IL-2. Conclusão: A microcorrentes afeta o comportamento das células fibroblásticas, sendo que duas aplicações na intensidade de 900 µA levam a uma maior proliferação celular e modificam a resposta inflamatória, auxiliando a reabilitação tecidual.

Page 58: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

53

A utilização de microcorrente como recurso eletroterapêutico em células musculares.

SOARES, Glaciane Pozza¹; BRAVO, Mariana Prado¹; OLIVEIRA, Priscila Daniele¹; SZEZERBATY, Stheacy Kelly¹; ANDRAUS, Rodrigo Antonio Carvalho¹; FREDERICO, Regina Celia Poli¹; MAIA, Luciana Prado¹*. 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação UEL/UNOPAR. Introdução: A microcorrente (MC) é uma corrente galvânica que favorece a cicatrização, porém, pouco se sabe a respeito dos mecanismos biológicos envolvidos na sua utilização. Objetivo: Avaliar os efeitos da MC em células musculares C2C12. Métodos: As células foram cultivadas em meio de Eagle modificado Dulbecco (DMEM) suplementado com soro fetal bovino a 10% e 1% de antibiótico e antimicótico. A MC foi aplicada a cada 24 horas durante 1 (T1), 2 (T2) e 3 (T3) dias nas seguintes intensidades: 0 (controle - GC), 60 (G60), 100 (G100), 500 (G500) e 900 (G900) μA. A viabilidade celular foi avaliada pelo método MTT [3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5 diphenyl tetrazolium bromide]. O grupo que apresentou melhor resultado foi avaliado ainda para quantificação dos mediadores inflamatórios por meio da citometria de fluxo. Resultados: Os grupos G500 e G900 apresentaram aumento da viabilidade celular entre os tempos T1 e T2 (p&lt;0,05), enquanto os grupos G60 e G100 não demonstraram diferença significativa entre os três tempos. No G900 também foi observado aumento significante da viabilidade celular entre os tempos T1 e T3. Foi observado ainda diferença entre os grupos no T1, sendo que a viabilidade celular foi maior para G900 quando comparado a todos os demais grupos experimentais (p&lt;0,0001) e o grupo G500 apresentou viabilidade maior que os grupos G60 e G100 (p&lt;0,05). A citometria de fluxo foi realizada nos grupos GC e G900 no T1 e foi possível observar um aumento da IL-6 e IL-10 e diminuição da IL-2. As demais citocinas não se apresentaram em níveis quantificáveis pelo método utilizado. Conclusões: A aplicação única da MC na intensidade de 900 μA resulta em maior estímulo para proliferação e altera a resposta inflamatória de células musculares, o que sugere que a utilização de doses mais altas é eficiente a nível celular, não necessitando de reaplicação.

Page 59: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

54

Aspectos clínicos, capacidade de exercício físico e polimorfismo no gene COMT em mulheres com e sem fibromialgia. SZEZERBATY, Stheace Kelly Fernandes¹; LIMA, Luana Oliveira²; ZICARELLI Carlos Alexandre Martins¹, MOROTI-PERUGINI, Layse Rafaela¹; PERRUCINI, Priscila Daniele Oliveira³; POLI-FREDERICO, Regina Célia4*. ¹Doutoranda(o)do Programa de Mestrado e Doutorado Associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação Universidade Pitágoras UNOPAR; ²Mestre pelo do Programa de Mestrado e Doutorado Associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação Universidade Pitágoras UNOPAR; ³Docente do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu Anhanguera-Uniderp; 4Docente do Programa de Mestrado e Doutorado Associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação Universidade Pitágoras UNOPAR. Introdução: A síndrome da fibromialgia (FM) é caracterizada por dor musculoesquelética crônica generalizada A enzima catecol-Ometiltransferase (COMT) atua inativando as catecolaminas e mutações no gene COMT estão associados com atividade enzimática reduzida e aumento de dor. Estudos tem evidenciado que pacientes com FM apresentam alterações no processamento da dor levando a uma sensação amplificada da dor. Objetivo: Analisar a relação entre o polimorfismo do gene COMTVal158Met(G/A)rs4680 e sintomas clínicos em mulheres com e sem FM. Métodos: Estudo observacional constituído por 60 mulheres, sendo 29 com FM e 31 sem a doença. Foi realizada análise do polimorfismo do gene COMTVal158Met por PCR-SSP. Foram aplicados os Inventários de Depressão e Ansiedade de Beck, Escala Visual Analógica de Dor, Escala de Severidade dos Sintomas e Índice de Dor Generalizada. Resultados: As portadoras do genótipo AA e alelo A tinham 4,07 vezes mais chances de desenvolver a FM em relação àquelas que não tinham este genótipo/alelo (IC 95%:1,37-12,14; p=0,02/ IC95%1,65-10,27; p=0,03, respectivamente). 89,8% das participantes demonstraram um grau moderado/grave na escala de Severidade dos Sintomas. 89,7% apresentaram um score grave de dor, assim como na Escala Visual Analógica de dor (72,4%). 44,8%mostraram um score de depressão moderado/grave. O escore de ansiedade grave ocorreu em 37,9% das pacientes com FM. Não houve correlações estatisticamente significantes entre as variáveis de realização de atividade física e FM (p>0,05). Conclusão: Nosso estudo evidencia que mulheres portadoras do genótipo/alelo AA/A do gene COMT apresentam 4 vezes mais chances de desenvolverem a FM, porém ainda são necessários mais estudos para comprovar nossos achados.

Page 60: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

55

Atletas de handebol com discinese escapular tem menor resistência do tronco e funcionalidade dos membros superiores preservada.

RUAS, Izabelli Sayuri Suguieda1; ALVARES, Amanda Maximo1; SANTOS, Vanessa Batista da Costa1; KAMI, Aline Tiemi1; MACEDO, Christine de Souza Guerino1*

.

1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A discinese está associada à falha na ativação dos músculos estabilizadores da cintura escapular. Objetivos: Avaliar a relação da discinese escapular com a estabilização de tronco e funcionalidade dos membros superiores (MMSS) em atletas de handebol masculino. Métodos: Estudo transversal aprovado pelo comitê de ética (parecer N: 2.676.206). Amostra composta por 31 atletas de Handebol Masculino, submetidos à filmagem dos movimentos escapulares associados a flexão resistida dos ombros no plano escapular, com 3 quilos, 5 vezes. As imagens foram analisadas por dois avaliadores cegos que estabeleceram os grupos com e sem discinese escapular. Em seguida, o Prone Bridge Teste (PBT) avaliou a resistência dos músculos do tronco e o Upper Quarter Y Balance Test (YBT-UQ), a funcionalidade dos MMSS. A análise estatística utilizou os testes Kolmogorov-Smirnov, t de Student independente e teste de correlação de Pearson, a significância foi estabelecida em 5%. Resultados: Os atletas apresentaram 20,70±3,55 anos e IMC 24,73±3,20. Destes 31, 18 foram diagnosticados com discinese e 13 sem discinese. No PBT, atletas com discinese permaneceram 74±21,74 segundos no teste, enquanto os sem discinese, 97,77±30,4 segundos (p=0,01). No YBT-UQ, os atletas com e sem discinese apontaram, respectivamente, 81,09±4,2 e 81,16±6,43 centímetros (p=0,97). Ainda, foi observada fraca correlação entre os testes YBT-UQ e Prone Bridge Test no grupo com discinese escapular (r=0,35) e sem discinese (r=0,39). Conclusão: Atletas com discinese escapular apresentaram pior resistência dos músculos do tronco, porém, sem alteração de funcionalidade dos MMSS. Ainda, foi possível estabelecer que a resistência dos músculos do tronco não tem relação com a funcionalidade dos MMSS nestes atletas.

Page 61: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

56

Bandagem patelar de McConnell melhora o controle postural no agachamento unipodal em mulheres com Síndrome da dor femoropatelar:

um ensaio clínico aleatorizado e cego. FERREIRA, Daiene Cristina1; SILVA, Rubens Alexandre2; ZAMBOTI, Camile Ludovico1; PESENTI, Fernanda Bortolo1; MAZZER, Luana Pezarini1; MACEDO, Christiane de Souza Guerino1*. 1Universidade Estadual de Londrina (UEL); 2University de Quebec (UQAC). Introdução: A bandagem patelar de McConnell é utilizada na prática clínica do fisioterapeuta para pacientes com Síndrome da dor femoropatelar (SDFP). Entretanto, seu efeito sobre o controle postural dinâmico ainda é controverso. Objetivo: Avaliar a eficácia da bandagem de McConnell (BM) no controle postural durante os exercícios de agachamento unipodal e subida e descida de escada, em mulheres com SDPF. Métodos: Foram avaliadas mulheres adultas (N = 30; idade média de 28 anos) com SDPF. As participantes foram aleatoriamente designadas para dois grupos de tratamento: BM (n15) e bandagem sem tração mecânica (BSTM) (n=15). As variáveis analisadas foram a intensidade da dor no joelho no momento da avaliação, pontuação na escala de dor anterior no joelho (AKPS), o controle postural dinâmico no teste de agachamento unipodal e as etapas de subir e descer escada avaliadas pela plataforma de força antes e após a aplicação da intervenção. Resultados: A tarefa de agachamento unipodal, no grupo BM, demonstrou melhora na freqüência AP (p=0,001) e ML (p=0,001), velocidade AP (p=0,004) e ML (p=0,001). O exercício de descer escada apresentou melhora apenas para as variáveis A-COP (0,003) e média de frequência AP (0,02) no grupo BSTM. Durante os exercícios de subir escada, não foram encontradas diferenças significativas no controle postural entre os grupos ou períodos de tempo. Conclusões: A BM melhorou o controle postural do agachamento unipodal de mulheres com SDFP, entretanto, BM não apresentou mudanças no controle postural para subir e descer escadas. Este estudo foi financiado em parte pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - Código Financeiro 001.

Page 62: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

57

Comparação do controle postural, estabilidade lombopélvica e força muscular em mulheres com e sem Síndrome de Dor no Grande Trocânter

(SDGT).

CUNHA, Amanda Paula Ricardo Rodrigues1; MACEDO, Christiane de Souza Guerino1,2*; MIYAZAKI, Mauricio Rodrigues2; MARCIOLI, Marieli Araújo Rossoni2. 1Laboratório de ensino, pesquisa e extensão em fisioterapia esportiva (LAFESP)/Universidade Estadual de Londrina; 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação. Introdução: A Síndrome de Dor no Grande Trocânter (SDGT) é caracterizada por dor lateral no quadril, comum em mulheres após 40 anos, principalmente devido a fatores anatômicos e fisiológicos. Em função das alterações cinético funcionais a avaliação fisioterapêutica apresenta-se de extrema importância. Objetivos: Verificar diferenças no controle postural, estabilidade lombopélvica e força muscular entre mulheres com e sem SDGT. Métodos: Estudo aprovado pelo comitê de ética (Parecer 2.437.326). Avaliou-se 34 voluntárias divididas entre grupo SDGT (n=17) e controle (n=17), que compareceram para avaliação fisioterapêutica, preencheram um questionário de caracterização, escala visual analógica de dor, e realizaram testes funcionais de forma aleatorizada. Para análise do controle postural unipodal estático e dinâmico foi utilizada uma plataforma de força. A estabilidade lombopélvica foi avaliada pelo Prone Bridge Test (PBT) e Supine Bridge Test (SBT). E, a força muscular foi realizada com dinamômetro manual, que captou o pico de força da contração isométrica voluntária máxima nos músculos abdutores, adutores, flexores, extensores, rotadores internos e externos do quadril, bilateralmente. A análise estatística utilizou o programa SPSS 22.0, por meio do teste Mann Whitney, com significância estabelecida em p<0,05. Resultados: A amostra apresentou, respectivamente, para mulheres com SDGT e controle: idade 61,94 (10,35), 59,52 (9,38); peso 69,68 (10,36), 65,02 (6,98); altura 1,59 (0,06), 1,60 (0,06); IMC 27,29 (3,90), 24,40 (3,12), sem diferenças significativas. Houve diferenças significativas entre os grupos com SDGT e controle, respectivamente, para as variáveis de equilíbrio estático COP (p=0,04), velocidade médio-lateral (p=0,00); dinâmico COP (p=0,00), velocidade anteroposterior e médio-lateral (p<0,01); tempo de permanência no PBT (p=0,03); e força dos músculos do quadril (p<0,01, para todos os grupos). Conclusões: Mulheres com SDGT possuem maiores déficits de controle postural, estabilidade lombopélvica e força muscular, o que destaca a importância de uma avaliação cinético funcional mais detalhada e aprimorada.

Page 63: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

58

Comparação do pico do torque flexor de joelho de mulheres com e sem dor femoropatelar.

LOPES, Helder dos Santos1; FERREIRA, Amanda Schenatto1; DUCATTI, Matheus Henrique Maiolini1, GARCIA, Carmen Lucia Gomes1; BOTTA, Ana Flávia Balotari1; BRIANI, Ronaldo Valdir1*. 1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Introdução: A Dor Femoropatelar (DFP) é uma das principais desordens que afetam a articulação do joelho, sendo caracterizada por dor difusa na região anterior do joelho, de início insidioso e sem causa específica. A fraqueza dos músculos isquiotibiais pode influenciar a biomecânica do joelho e femoropatelar durante atividades funcionais. Estudos encontraram que a sobrecarga dos isquiotibiais contribuem com o desalinhamento lateral e uma pressão elevada na cartilagem patelar, ambos fatores que contribuem para a DFP. Entretanto, ainda é desconhecido se mulheres com DFP também apresentam alteração na força dos isquiotibiais comparado a mulheres assintomáticas. Objetivos: Neste sentido, o objetivo deste estudo é comparar o pico do torque flexor isométrico de joelho de mulheres com e sem DFP. Métodos: A amostra deste estudo foi composta por 100 mulheres divididas em dois grupos: 61 no grupo DFP e 49 no grupo controle. O torque flexor isométrico de joelho foi coletado utilizando um dinamômetro isocinético (Biodex System 4 Pro, NY, USA). Duas repetições foram coletadas e o maior valor foi considerado para análise estatística. Os dados de torque flexor de joelho foram normalizados pela massa corporal (N.m/kg). Testes t independentes foram utilizados para a comparação de grupos. Resultados: Mulheres com DFP apresentaram um pico do torque flexor de joelho de 107,9 (± 30,5) enquanto mulheres assintomáticas apresentaram um pico do torque flexor de joelho de 123,9 (± 25,1). O pico do torque flexor de joelho foi estatisticamente menor em mulheres com DFP comparado a mulheres assintomáticas (Diferença média = -15,9; Intervalo de confiança = -26,6 a -5,1; p=0,003). Conclusão: Este estudo encontrou que mulheres com DFP apresentaram menor pico de torque flexor de joelho do que mulheres assintomáticas. Este resultado sugere que programas de reabilitação para DFP também foquem em músculos flexores do joelho visando o aumento da força muscular.

Page 64: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

59

Desenvolvimento de um core set para disfunções de joelho a partir da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.

FRÉZ, Andersom Ricardo1,2; ALOUCHE, Sandra Regina2; BINDA, Aline Cristiane1; VIEIRA, Gabrielle Watermann1; BUENO, Bruna Aparecida Metinoski1; CABRAL, Cristina Maria Nunes2*. 1Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Guarapuava/PR; 2Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), São Paulo/SP. Introdução: A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) considera a interação de fatores ambientais, sociais e pessoais como determinantes da função, atividade e participação social. Como uma disfunção de joelho pode desencadear diversas repercussões biopsicossociais, acredita-se que a CIF pode ser útil para avaliar pacientes com disfunção de joelho. Objetivos: Desenvolver um core set da CIF para pacientes com disfunções de joelho para ser utilizado em todos os níveis de atenção à saúde. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 388 pacientes com disfunção de joelho. Os pacientes foram avaliados utilizando os core sets para condições musculoesqueléticas agudas e pós-agudas, o formulário subjetivo da escala do International Knee Documentation Commitees, o autorrelato do estado geral de saúde e da funcionalidade, e o estado geral de saúde e da funcionalidade classificado pelo pesquisador. Para identificar as categorias que melhor explicam as disfunções de joelho foram realizadas análises de regressão linear. Resultados: Foram identificadas 24 categorias das 75 categorias dos core sets com condições musculoesqueléticas agudas e pós-agudas. Onze categorias pertencem ao componente funções do corpo, três representam as estruturas do corpo, sete as atividades e participação e três os fatores ambientais. Conclusões: Foi proposto o core set para disfunções de joelho. A opinião dos especialistas sobre o core set, a ser pesquisada em um futuro estudo, permitirá a inclusão ou não de novas categorias.

Page 65: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

60

Efeito da fotobiomodulação sobre células musculares submetidas ao estresse oxidativo.

SILVA-DE-OLIVEIRA, Ana Flávia Spadaccini¹; BERTIN, Larissa Dragonetti¹; SILVA, Jéssica Lúcio¹; ROSSATO, Vitória²; MAIA, Luciana Prado¹,²*. 1Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação UEL/UNOPAR; 2Programa de Pós-graduação em Odontologia da UNOPAR. Introdução: A fase inflamatória do processo de cicatrização muscular é acompanhada do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio. A produção excessiva desses mediadores pode ser prejudicial à reparação muscular, sendo que estes intensificam a inflamação e podem inibir a diferenciação dos mioblastos, prejudicando a regeneração do tecido muscular. Objetivos: Analisar os efeitos da fotobiomodulação (FBM) sobre a viabilidade de células musculares submetidas ao estresse oxidativo (EO). Métodos: Mioblastos C2C12 foram cultivados em placas de 96 poços em uma densidade de 1 x 104 célula/poço. Após 24 horas de repouso para sedimentação, foi realizado o EO através da adição de peróxido de hidrogênio a 5uM em meio de cultura. As células do grupo controle (C) permaneceram em repouso durante esse período, sem intervenção. O laser utilizado foi da marca DMC, com densidade de energia de 3J/cm², 5J/cm² e 10J/cm² nos comprimentos de onda de 660 e 808 nm, nos tempos pré-oxidação e 4 hs após a oxidação. Após 24 horas do início da oxidação as células foram analisadas com o teste MTT, e os resultados expressos como porcentagem em relação ao grupo controle. Resultados: Os grupos EO e EO+FBM apresentaram uma redução significante na viabilidade celular (p<0,05) em relação ao grupo C. Porém, não houve diferença significativa entre o grupo EO e os grupos EO+FBM em nenhum dos parâmetros avaliados. Conclusão: A fotobiomodulação, nos parâmetros avaliados nesse estudo, não tem efeitos sobre a viabilidade de células musculares submetidas a estresse oxidativo.

Page 66: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

61

Efeito da órtese estabilizadora de tornozelo no desempenho funcional de atletas com Instabilidade Crônica de Tornozelo.

SILVA, Mireli Bazzi¹; LUNARDELLI, Bianca¹; POLICARPO, Fernanda Nair Nicolau¹; MACEDO, Christiane de Souza Guerino¹*. ¹Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em Fisioterapia Esportiva (LAFESP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná. Introdução: Órteses de tornozelo são prescritas para a estabilização articular na prática esportiva de atletas com instabilidade crônica de tornozelo (ICT), com resultados controversos. Objetivo: Verificar a influência da órtese de tornozelo no equilíbrio, agilidade, coordenação e distância do salto, avaliados por meio de testes funcionais, de atletas com ICT. Métodos: Este é um estudo transversal, com amostra de 23 atletas de variadas modalidades esportivas, com episódios de instabilidade de tornozelo frequentes e pontuação inferior a 24 pontos no questionário Cumberland Ankle Instability Tool (CAIT). Os testes funcionais Y Test, Side Hop Test, Figure Eight Hop Test e One Legged Hop for Distance, foram realizados pelo membro inferior com ICT, com e sem a órtese. A sequência dos testes e o início com ou sem a órtese foram aleatorizados por sorteio. Os dados foram analisados no SPSS 20.0, por meio do teste de Shapiro-Wilk e do teste de Wilcoxon, com significância estatística de 5%. Resultados: A amostra apresentou idade de 22(19-34) anos; índice de massa corporal (IMC) de 23,9(18,8-35,5) kg/cm2; tempo de prática esportiva em 10(3-17) anos; frequência de treino semanal de 2(1-5) por semana; pontuação no CAIT estabelecida em 17(5-23) pontos. Os resultados da comparação dos testes funcionais para os grupos com e sem órtese de tornozelo foram, respectivamente no Y Test: 88,9 e 89,7 (p=0,42), Side Hop Test: 4,5 e 4,38 (p=0,55), Figure Eight Hop Test: 11,08 e 10,96 (p=0,38) e One Legged Hop for Distance: 180,6 e 181,3 (p=0,91), sem diferença significativa entre nenhum dos testes realizados com ou sem a órtese. Conclusão: A órtese estabilizadora de tornozelo não alterou o desempenho funcional de atletas com ICT. Entretanto, como não houve piora no desempenho funcional, deve-se considerar a escolha do atleta em usá-la ou não.

Page 67: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

62

Efeitos da terapia laser de baixa potência na proliferação de células Osteossarcoma.

DA SILVA, Jessica Lucio1; SILVA-DE-OLIVEIRA, Ana Flávia Spadaccini¹, GREGÓRIO Daniele2, GUIMARÃES, Vitória Fernanda Maldonado2, BERTIN Larissa Dragonetti1, CUSTÓDIO, Isabelly Ribeiro2, MAIA, Prado Luciana1,2*.

¹Programa de pós-graduação em Ciências da Reabilitação UEL/UNOPAR; 2Programa de pós-graduação em Ciências Odontologia UNOPAR. Introdução: A Terapia Laser de Baixa Potencia (TLBP) pode estimular a proliferação de células normais e tumorais, e isso não é um efeito desejável em neoplasias. Porém esse processo vai depender dos parâmetros utilizados, pois sabe-se que determinados comprimentos de onda e doses podem levar a morte celular, o que seria favorável no tratamento de neoplasias. Objetivos: Avaliar o efeito de parâmetros específicos da TLBP sobre a proliferação de células de osteossarcoma. Métodos: As células de osteossarcoma (SaOs-2) foram cultivadas em placas de 96 poços, e cada grupo foi irradiado utilizando comprimento de onda de 660 nm ou 808 nm, nas intensidades de 1, 5, 10 e 20 J/cm². Os poços foram irradiados a cada 24 horas por 1, 2 e 3 dias. A proliferação celular foi avaliada pelo teste de citotoxicidade MTT, 24 horas após a última irradiação. Resultados: Os grupos irradiados no comprimento de onda de 808nm apresentaram redução da viabilidade celular, enquanto que os grupos que receberam o laser a 660nm apresentaram valores muito similares ao grupo controle, sendo possível observar diferença significante apenas na dose de 1 J/cm² entre os dois comprimentos de onda utilizados, sendo que o grupo que recebeu o laser a 808nm apresentou maior redução da viabilidade celular (p<0,05). Conclusões: A TLBP, nos parâmetros utilizados nesse estudo, não estimulou a proliferação celular, e ao ser aplicada com um comprimento de onda maior foi capaz de diminuir a viabilidade das células cancerígena de forma mais expressiva. No entanto, ao considerar o uso dessa terapia como um tratamento bioinibitório nesse tipo celular, são necessários mais estudos para elucidar os principais fatores responsáveis pelos diferentes comportamentos nas células tumorais em resposta à luz laser, para determinar quais parâmetros levariam a tais efeitos.

Page 68: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

63

Efeito da tira infrapatelar e bandagem elástica na dor, agilidade, equilíbrio e funcionalidade de atletas com dor anterior no joelho.

ROSOLEM, Eduardo Cid1; MONTEIRO, Daniel Corrêa1,2,3; BALIEIRO, Bruna Rodrigues1,3; TOFALINI, Fernanda Bortolo Pesenti1,2,3,4; MACEDO, Christiane de Souza Guerino1,3,4,5*. ¹Universidade Estadual de Londrina (UEL); ²Residência em Fisioterapia traumato-ortopédica funcional – HU/UEL; ³Laboratório de ensino, pesquisa e extensão em Fisioterapia Esportiva - LAFESP-UEL; ⁴Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação – UEL/UNOPAR; ⁵Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina – UEL. Introdução: Para reduzir a dor anterior no joelho (DAJ) e facilitar a função articular, atletas utilizam a tira infrapatelar (TIP) e a bandagem elástica (BE), com efeitos controversos. Objetivo: Avaliar o efeito da TIP e BE na agilidade, equilíbrio, funcionalidade e dor em atletas com DAJ. Métodos: Estudo aprovado em comitê de ética e cadastrado no clinical trials. Vinte e cinco atletas com DAJ, maiores de 18 anos, foram avaliados em três momentos, com intervalo de 72 horas. Foram aleatorizados ao início em grupo com TIP (GTIP), com BE (GBE) ou controle (sem qualquer dispositivo - GC). Foram submetidos aos testes previamente aleatorizados: Side Hope Test (SHT), Y Test e Teste de Sentar e Levantar em 30 segundos (SL30’’) para análise, respectivamente, da agilidade, equilíbrio e funcionalidade do membro inferior, no membro com DAJ, com intervalo de 1 minuto entre os testes. A análise estatística utilizou os testes de Shapiro Wilk, ANOVA, posthoc de Bonferroni e effect size (d). Resultados: A análise geral dos atletas mostrou que a dor durante os testes funcionais para GC, GTIP e GBE foi, respectivamente, no SHT: 4,1±1,5; 2,3±1,6 e 2,5±1,9 (p= 0,00); no Y test: 4,1±1,4; 2,5±1,4 e 2,4±1,9 (p=0,00), e no SL30”: 4,5±1,6; 2,5±1,3 e 2,9±1,9 (p= 0,00), com efeito forte para GTIP e GBE (d>0,9). O desempenho dos testes funcionais para GC, GTIP e GBE foi, respectivamente: no SHT: 5,1±1,3; 4,3±1,1 e 5,1±1,4 (p=0,05); no Y test: 79,8±5,8; 85,3±6,3 e 81,5±6,8 (p= 0,01), e no TSL30”: 18,8±5,4; 24,0±6,4; e 21,1±6,4 (p=0, 01), com melhores valores no GTIP e GBE, e efeito forte (d>0,8) no GTIP. Conclusão: TIP e BE diminuíram a DAJ dos atletas, com efeito de moderado a forte. Mas, somente a TIP melhorou o desempenho nos testes avaliados. Portanto, a TIP pode ser indicada para atletas com DAJ para melhora da dor e desempenho funcional.

Page 69: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

64

Efeito de um protocolo de fisioterapia no tratamento da dor, flexibilidade e funcionalidade em indivíduos com dor lombar crônica (DLC).

BEZERRA, Lorena Oliveira1; CUNHA, Amanda Paula Ricardo Rodrigues1; MALUF, Jordana Cordeiro; RODRIGUES, Ana Eliza Córrer1; RADIS, Lara Bezerra1; VIOLINO, Ana Cláudia de Oliveira1*. 1 Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A dor lombar crônica (DLC) é uma condição multifatorial definida como desconforto localizado abaixo do rebordo costal e acima de linha glútea superior, há mais de três meses. Pode atingir até 84% das pessoas em algum momento da vida. A incidência da DLC aumenta com a idade, sendo mais prevalente na faixa de 40 a 69 anos. Objetivos: Avaliar os efeitos de um protocolo de tratamento na dor, flexibilidade e funcionalidade nessa população. Métodos: Participaram do estudo 14 indivíduos atendidos no ambulatório de fisioterapia do Hospital Universitário entre março de 2018 a maio de 2019. O grupo foi composto por cinco pessoas, com protocolo de 10 sessões de fisioterapia e duração de 1 hora e meia, sendo 30 minutos de educação em saúde e 60 minutos para exercícios de mobilidade e estabilidade do tronco. Inicialmente, os participantes foram submetidos à avaliação fisioterapêutica por uma ficha com dados demográficos, anamnese, escala visual analógica de dor (EVA), questionário Índice de Incapacidade Oswestry (ODI) e teste terceiro dedo ao solo. Após o final das sessões, os voluntários foram submetidos à reavaliação das mesmas variáveis e outros pacientes foram convocados para iniciar novamente o grupo, totalizando o número total da amostra. Os dados foram analisados por meio do teste t de Student no programa SPSS 21.0, com significância de p<0,05. Resultados: O grupo apresentou: idade 47,92 (2,94); peso 74,64 (3,92); altura 1,63 (0,02) e IMC 28,05 (1,29). Houve diferenças significativas para a EVA inicial de 6,17 (0,80) e final de 3,80 (0,80), (p=0,01); ODI inicial e final de 35,01 (4,20) e 23,35 (3,67), respectivamente, (p=0,02); porém não houve diferença na flexibilidade inicial de 16,19 (4,00) e final de 12,18 (2,64), (p=0,19). Conclusões: O protocolo de exercícios fisioterapêuticos resultou em melhora na dor e funcionalidade em indivíduos com DLC.

Page 70: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

65

Efeito imediato das peças podais proprioceptivas na postura corporal. SALVI, Luyne Lopes1; CAMPOS Giovana Alarcon de2; NETO Luis Ferreira Monteiro3; FELCAR, Josiane Marques4. 1Fisioterapeuta pela Universidade Pitágoras Unopar (UNOPAR), Pós-Graduanda em Ortopedia e Traumatologia no Centro Universitário Filadélfia; 2Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Pitágoras Unopar; 3Fisioterapeuta pela Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UNISALESIANOS – Lins) e profissional de Educação Física pela Faculdade Integrada de Santo André (FEFISA), Doutor em Ciência da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), Professor na Fundação Padre Albino (FIPA); 4Programa de Pós-graduação associado Unopar–Uel em Ciências da Reabilitação, Universidade Pitágoras Unopar (UNOPAR). Introdução: A posturologia estuda o alinhamento biomecânico do corpo. Vários fatores podem ocasionar desalinhamento postural. As palmilhas posturais e as peças podais têm sido utilizadas para reorganização do tônus muscular, atuando na propriocepção, gerando mudança nas cadeias musculares, reparando a distribuição das cargas plantares, favorecendo o alinhamento dos joelhos, quadris, pelve e coluna. Objetivo: Verificar o efeito imediato das peças proprioceptivas nos desvios posturais. Métodos: Estudo transversal, incluindo pacientes de ambos sexos, com mais de 18 anos, que deambulassem e conseguissem se manter na posição ortostática. A avaliação Podoposturológica foi realizada em um único momento em cada paciente. Foi utilizado um plantígrafo e um kit de peças podais para realizar as análises e a Biofotogametria para comparar os pacientes com e sem as peças podais. Os pacientes responderam um questionário feito pelo avaliador, em seguida foram submetidos aos testes específicos em ortostatismo e então, a partir dos achados, foram prescritas as peças podais a serem utilizadas pelo paciente. Os dados foram descritos em média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico [25-75], de acordo com o teste de normalidade Shapiro-Wilk. Para análise dos dados da Biofotogametria antes e após as peças foi utilizado o teste t pareado ou Wilcoxon, adotando P≤0,05. Resultados: Foram incluídos 15 pacientes (10 mulheres). A mediana de idade foi de 24[23-27] anos, a média de peso de 65±9 Kg, altura 1,66±0,78 m e IMC 23,6±2 Kg/m2. Em nenhum dos alinhamentos avaliados (horizontal da cabeça, das espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS) e das tuberosidades tibiais; entre acrômios e EIAS; ângulo frontal e Q dos membros inferiores D e E) houve alteração (P>0,005 para todos), embora tenha havido redução nos graus. Conclusão: As peças podais não reduzem os desvios posturais imediatamente. Sugere-se estudos avaliando o uso das palmilhas após um prazo mais longo e em amostra maior.

Page 71: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

66

Existe diferença entre as diversas técnicas de crioterapia aplicadas no tornozelo para a temperatura superficial da pele, agilidade e equilíbrio:

Análise entre Pacote de Gelo, Crioimersão Local e Game Ready®. MIANUTTI, Gustavo de Oliveira2,3; MILIONI, Vitória Lammoglia2; PESENTI, Fernanda Bortolo2,3; CENTURIÃO, Julio Henric Vollf Melo1,2; MACEDO, Christiane de Souza Guerino1,2,3*. 1Graduação em Fisioterapia - Universidade Estadual de Londrina (UEL); 2Laboratório de ensino, pesquisa e extensão em Fisioterapia Esportiva - LAFESP/UEL; 3Residência em Fisioterapia Traumato Ortopédica Funcional – HU/UEL; 4Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação – UEL/UNOPAR. Introdução: A crioterapia, aplicada de diferentes formas, é um modo comum de tratamento das lesões musculoesqueléticas agudas e auxilia na recuperação após exercícios. Sabe-se que o uso terapêutico do frio diminui a propriocepção e aumenta a predisposição do indivíduo a lesões devido a menor produção de forca muscular, aferências proprioceptivas ou uma combinação destes fatores. Objetivo: Estabelecer diferenças entre métodos de aplicação da crioterapia no tornozelo sobre a temperatura superficial da pele (TSP), agilidade e equilíbrio de jovens ativos. Métodos: Ensaio Clínico aleatorizado realizado no Laboratório de Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina com vinte participantes jovens (média de 21,4 anos) e fisicamente ativos (10 homens e 10 mulheres). Inicialmente foram realizados o Modified Star Excursion Balance Test, Side Hop Test, e mensurada a TSP da região lateral do tornozelo por termografia. Na sequência foram aleatorizados e aplicados os protocolos de crioterapia por imersão em água fria (CIAF), crioterapia + compressão por Game Ready® (CCGR) ou crioterapia por pacote de gelo (CPG), todos durante 20 minutos. Os testes e TSP foram reavaliados no pós-imediato, pós 10, 20 e 30 minutos. Assim, os voluntários foram submetidos, aleatoriamente, às três formas de crioterapia. Resultados: A análise estatística evidenciou que CIAF estabeleceu os melhores resultados de resfriamento da TSP, independente da região do tornozelo, seguida pela CCGR e por último a CPG. A agilidade estabeleceu pior desempenho somente após 10 minutos da CIAF e o equilíbrio dinâmico não evidenciou qualquer alteração. Conclusão: Destaca-se que a CIAF estabeleceu menor valor de TSP para todas as regiões do tornozelo. A CIAF e CCGR foram melhores para manutenção do resfriamento até 20 minutos quando comparadas a CPG. A agilidade retornou aos valores basais após 10 minutos de CIAF e não foi alterada para as outras intervenções. O equilíbrio dinâmico não foi alterado pela crioterapia.

Page 72: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

67

Influência da terapia laser de baixa potência em células osteoblásticas ofcol-ii e sua ação no perfil da expressão do mir-148a e mir-21 e dos

genes runx2 e osteocalcina associados ao reparo ósseo.

PIRES, Flavia Beltrão1; OLIVEIRA, Deise A. A. Pires2; BERTIN, Larissa Dragonetti1; PERRUCINI, Priscila Daniele de Oliveira1; POLI-FREDERICO, Regina Célia1 1 Pitágoras Universidade – UNOPAR, Londrina, PR; 2 Anápolis University Center- UniEvangélica, Goiás. Introdução: Os osteoblastos são células primordiais no processo de regeneração óssea, caracterizando-se por um processo complexo dependente da regulação de componentes celulares e genéticos. A Terapia Laser de Baixa Potência (TLBP) é amplamente utilizada para acelerar este processo de reparo ósseo, sendo possível a estimulação de componentes do processo de regeneração óssea, uma vez que o laser exerce efeito biomodulador nos osteoblastos. Objetivo: Analisar a influência da terapia Laser de Baixa Potência em células osteoblásticas OFCOL-II e sua ação no perfil da expressão do miRNA 148a e 21 e dos genes Runx2 e Osteocalcina associados ao reparo ósseo. Métodos: As células osteoblásticas (OFCOLII) foram plaqueadas em placas de 24 poços, mantidas overnight para sedimentação. Posteriormente irradiadas e divididas em 3 grupos: Grupo 1: controle (não irradiado), Grupo 2: irradiado a 50mJ/cm² e Grupo 3: irradiado a 5J/cm². Todo o experimento foi realizado em triplicata. A análise da expressão dos transcritos dos genes mir-148a, mir-21, Runx2 e Osteocalcina (OC) ocorreu por meio da técnica de RT-qPCR. Resultados: No tempo de 48 horas ficou evidenciado que a dose 50mJ/cm² apresentou resultados mais expressivos, indicando um maior estímulo a osteogenese quando comparada a dose 5J/cm², ao se tratar de processo de formação óssea. Um aumento significativo da expressão do gene Runx2 e a diminuição da expressão do mir-148a, mir-21 e OC ocorreram, demonstrando um aumento da formação óssea pela diminuição de compoentes integrantes da osteoclastogenese. Enquanto a dose 5J/cm² demonstrou uma superexpressão do mir-148a e uma menor expressão do gene Runx2, OC juntamente com o mir-21 foi observada, o que indica a presença do processo de reabsorção óssea, a osteoclastogenese. Conclusão: A Terapia Laser de Baixa Potência estimulou o processo de reparo ósseo na dose 50mJ/cm² no tempo de 48 horas em cultura de células osteoblásticas (OFCOLII) através da modulação do gene integrante da formação óssea Runx2 e a diminuição da expressão do mir-148a integrante da reabsorção óssea, sugerindo um estímulo à regeneração óssea.

Page 73: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

68

Influência da terapia ultrassônica na modulação gênica e na viabilidade celular em fibroblastos L929.

PERRUCINI, Priscila Daniele de Oliveira1; OLIVEIRA, Rodrigo Franco de Oliveira2; PIRES-OLIVEIRA, Deise Aparecida de Almeida2; BERTIN, Larissa Dragonetti3; MEDEIROS, Flávia Beltrão Pires3; SZEZERBATY, Stheace Kelly Fernandes3; POLI-FREDERICO, Regina Célia4*. 1Docente em Programas Stricto Sensu na Universidade Anhanguera-UNIDERP, Campo Grande – Mato Grosso do Sul; 2Docente no Centro Universitário de Anápolis (UNIEVANGÉLICA), Anápolis – Goiás; 3Doutoranda no Programa Associado de Mestrado e Doutorado em Ciências da Reabilitação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR)/ Londrina – Paraná; 4Docente no Programa Associado de Mestrado e Doutorado em Ciências da Reabilitação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR)/ Londrina - Paraná. Introdução: O ultrassom terapêutico é um recurso amplamente utilizado nas disfunções músculo-esqueléticas, dentre os recursos empregados na prática clínica fisioterapêutica. Objetivos: Avaliar a influência do ultrassom terapêutico pulsado na viabilidade celular e modulação gênica dos processos de inflamação (IL-6) e neovascularização (VEGF) de células fibroblásticas L929. Métodos: Células fibroblásticas foram cultivadas in vitro e posteriormente, para a irradiação ultrassônica, subdividas em grupo G1 (Controle), G2 (0,3 W/cm2-20%) e G3 (0,5 W/cm2-20%), com períodos de tratamento de 24, 48 e 72 horas. A viabilidade celular foi analisada pelo método MTT (brometo de [3-(4,5-dimetiltiazol)- 2,5-difeniltetrazólio]) e, a análise da expressão gênica foi realizada pelo método RT-qPCR, todos em triplicata. Resultados: Após a análise comparativa entre grupos, G2 e G3, apenas no período de 48 horas, apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação ao controle (p<0,05), enquanto a análise intra-grupo, mostrou aumento na viabilidade, em G2 e G3, de 24 para 48 horas (p<0,05). Em relação à expressão gênica, a seleção dos grupos analisados, foi delimitada em conformidade com a análise comparativa dos valores obtidos pelo teste MTT, conforme descrito anteriormente. Assim, após a realização da RT-qPCR no tempo de 48 horas pode-se observar que no grupo G2, a quantidade de transcritos do gene VEGF aumentou em 1,078 vezes em relação aos controles endógenos (p<0,05) e, no grupo G3, aumentou 2,033 vezes. Já, o gene IL-6 teve seus transcritos reduzidos tanto no grupo G2 (6,41x10-9) quanto no G3 (3,03x10-6). Conclusão: Conclui-se que o ultrassom pulsado em fibroblastos L929 apresenta um efeito bioestimulatório significante no período de 48 horas, com crescimento da viabilidade celular, bem como, que o mesmo module a expressão de genes relacionados a neovascularização e inflamação, intermediando a aceleração da cascata de reparo tecidual.

Page 74: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

69

Modelo biomecânico para estudo da distribuição de carga nos diferentes tipos de materiais de síntese e seus respectivos tipos de consolidação

óssea. MIANUTTI, Gustavo de Oliveira2,3; MONTEIRO, Daniel Correa2,3; OGASAWARA, Karoline Tiemy2,3; TRELHA, Celita Salmaso1,3,4; SIQUEIRA, Claudia Patrícia Cardoso Martins1,2,3,4*. 1Curso de graduação em Fisioterapia - Universidade Estadual de Londrina (UEL); 2Residência em Fisioterapia Traumato Ortopédica Funcional – HU/UEL; 3Projeto de pesquisa em ensino: Estudo Tridimensional das Osteossínteses por meio de modelos confeccionados em diversos materiais – Análise biomecânica e reabilitação; 4 Departamento de Fisioterapia - Universidade Estadual de Londrina (UEL). Introdução: O comportamento biomecânico do osso é afetado por suas propriedades mecânicas, características geométricas, e pelo modo, direção, razão e frequência em que as cargas são aplicadas. Porém, a distribuição de carga em um osso pode ser alterada dependendo do dispositivo de fixação implementado e podem ser classificados como dispositivos de proteção contra estresse e compartilhamento de estresse. O tipo, velocidade de consolidação óssea e tempo de descarga de peso são importantes para o entendimento da biomecânica das osteossínteses no tratamento fisioterapêutico. Este trabalho teve como objetivo demonstrar por meio de um modelo tridimensional, os materiais de fixação de fraturas, sua biomecânica de distribuição de carga e os diferentes tipos de consolidação óssea (primária e secundária). Descrição da experiência: Para demonstrar as estruturas ósseas, espumas foram modeladas no formato do fêmur. A haste intramedular foi representada por um tubo metálico reciclado, o fixador externo por palitos de madeira e a placa de compressão foi confeccionada em biscuit. Para simular as cores fiéis dos materiais de síntese, foi utilizada tinta guache prata, e a cor vermelha para demonstrar a distribuição de carga nos diferentes dispositivos de osteossíntese. Impactos: O modelo de ensino confeccionado possibilita aos estudantes, profissionais da área da saúde e pacientes que se submeteram a cirurgias pós-traumáticas compreender a necessidade dos cuidados pós-operatórios, principalmente em relação à descarga de peso adequada durante o processo de consolidação óssea e, desta forma, facilitar o processo de recuperação funcional do paciente. Considerações finais: Este modelo de ensino foi eficaz para auxiliar na compreensão dos princípios biomecânicos de distribuição de carga nos diferentes tipos de materiais de síntese, assim como no esclarecimento da importância dos cuidados no período pós-operatório aos pacientes.

Page 75: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

70

Modelo biomecânico para estudo morfológico do tendão. RODRIGUES, Ana Eliza Corrér¹; OGASAWARA, Karoline Tiemy²; MONTEIRO, Daniel Corrêa²; MIANUTTI, Gustavo de Oliveira²; SIQUEIRA, Claudia Patrícia Cardoso Martins³*. ¹Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina - UEL; ²Residência em Fisioterapia Traumato-ortopédica Funcional – UEL; ³Docente do Curso de Fisioterapia – UEL. Introdução: Os tendões são estruturas anatômicas que conectam os músculos aos ossos, permitindo, dessa forma, os movimentos articulares e a manutenção da postura do corpo. Morfologicamente, o tendão é formado por um tecido conjuntivo denso, conhecido como colagênico fibro-paralelo, pouco vascularizado, composto em grande parte por colágeno tipo I, fibroblastos e matriz extracelular. Esse tecido possui organização estrutural formada por unidades de microfibrilas, subfibrilas e fibrilas, as quais se agregam para formar fibras de colágeno. Objetivos: Demonstrar por meio de um modelo tridimensional a estrutura morfológica do tendão e facilitar o entendimento de sua organização estrutural. Métodos: Foi utilizado um cano de PVC de 18,5 cm de comprimento e 27 cm de diâmetro para demonstrar o feixe das fibras de colágeno, dentro do qual foram colocados outros seis canos de PVC com diferentes comprimentos e 8,5 cm de diâmetro, representando as fibras. Estes últimos foram, então, preenchidos com massa de biscuit pintada de cor de rosa para demonstrar a matriz extracelular. Ainda, foram colocados três palitos de madeira dentro de um dos canos para demonstrar as fibrilas. Por último, foi colada uma linha na ponta de um dos palitos para representar a microfibrila de colágeno. Resultados: O modelo de ensino confeccionado possibilita ao aluno e ao Fisioterapeuta conhecer as propriedades anatômicas e biomecânicas relacionadas ao tendão, o que facilita a tomada de decisão clínica durante o manejo das tendinopatias. Conclusão: Este modelo de ensino foi eficaz para demonstrar a estrutura morfológica do tendão e facilitar o entendimento de sua organização estrutural.

Page 76: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

71

Modelo para estudo biomecânico da tração esquelética de fraturas de diáfise femoral.

MALUF, Jordana Cordeiro1,3; MONTEIRO, Daniel Corrêa1,2,3; MIANUTTI, Gustavo de Oliveira1,2,3; OGASAWARA; Karoline Tiemy1,2,3; TRELHA Celita Salmaso1,3,4; SIQUEIRA, Claudia Patrícia Cardoso Maritns1,3,4. 1Universidade Estadual de Londrina – UEL; 2Residência em Fisioterapia traumato-ortopédica funcional - HU/UEL; 3Projeto de pesquisa em ensino: Estudo Tridimensional das Osteossínteses por meio de modelos confeccionados em diversos materiais - Análise biomecânica e reabilitação – UEL; 4Departamento de Fisioterapia Universidade Estadual de Londrina – UEL. Introdução: A tração esquelética é um método de correção das fraturas diáfisarias de fêmur. Neste sistema é inserido o pino de Steinman em região proximal da tíbia, dois centímetros posterior e distal à tuberosidade anterior, sendo conectado ao estribo de Bohler que está preso a um sistema de polias com um peso de 8 a 12% do peso corporal, gerando uma tração do membro inferior, em uma tentativa de alinhar a fratura. Este trabalho teve como objetivo demonstrar, por meio de um modelo tridimensional, a tração esquelética de tíbia para fraturas de diáfise de fêmur, os mecanismos de funcionamento da mesma e a conduta fisioterapêutica adequada. Descrição da experiência: Para confecção dos componentes ósseos do fêmur proximal e distal e proximal de tíbia, foram utilizados materiais de baixo custo e de caráter acessível, como rolos de papel e jornal, cola feita com farinha e água, biscuit, arame e tinta acrílica. Na parte diafisária foi simulada uma fratura, deixando as partes distal e proximal separadas, e presas por um velcro. Foi utilizado um arame metálico reciclável representando o pino de Steinman e o estribo de Bohler, estes foram ligados por um barbante às roldanas recicladas. O modelo da tração foi confeccionado por hastes metálicas coladas semelhantes ao original, e um peso confeccionado por esfera metálica. Duas faixas elásticas de cores diferentes foram fixadas no modelo de fêmur distal para representar os músculos da perna. Impactos: O modelo de ensino confeccionado possibilita ao estudante, profissional de saúde e ao paciente compreender como é feita a correção e alinhamento da fratura, bem como compreender a necessidade do procedimento realizado, facilitando o processo de recuperação funcional do paciente. Considerações finais: Este modelo de ensino foi eficaz para auxiliar na compreensão dos mecanismos biomecânicos da tração esquelética em fraturas de diáfise de fêmur.

Page 77: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

72

Modulação Gênica de Células Ósseas expostas à Laserterapia. BERTIN, Larissa Dragonetti1; PEREIRA, Nayara Tahiana Catenace1; DE OLIVEIRA, Rodrigo Franco2; PERRUCINI, Priscila Daniele de Oliveira1; SZEZERBATY, Stheacy Kelly1; POLI-FREDERICO Regina Célia1; PIRES- OLIVEIRA, Deise Aparecida de Almeida2*. 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação UEL/UNOPAR; 2Docente do Centro Universitário de Anápolis GO – UniEVANGÉLICA. Introdução: Uma das formas mais estudadas para a estimulação e regeneração de células ósseas, tem sido a utilização da Laserterapia de baixa potência. Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar os efeitos do laser de baixa potência (904nm) em diferentes densidades de energia nas células osteoblásticas (OFCOLII), avaliando proliferação celular, função celular e a expressão dos genes proteína morfogenética óssea 2 (BMP2) e fosfatase alcalina (FA). Métodos: As células foram irradiadas utilizando o laser AsGa, divididas em, Grupo 1: controle (sem irradiação), Grupo 2: 3 J/cm2 (18 segundos), Grupo 3: 4 J/ cm2 (25 segundos) e Grupo 4: 5 J/ cm2 (32 segundos). Vinte e quatro horas após cada irradiação a proliferação celular foi avaliada pela técnica MTT e a microscopia de fluorescência (núcleo e citoesqueleto) foram avaliados. Mediante o melhor tempo e dose apresentados pelo MTT analisou-se a expressão gênica através da PCR. Resultados: O grupo irradiado com 5 J/cm2, apresentou o melhor resultado no tempo 24 (p <0.005) e 48 horas (p <0.001), em relação ao controle, entre os grupos irradiados o grupo 5 J/cm2, apresentou significância no tempo 48 horas (p<0.001). Já o efeito do tempo o grupo 5 J/cm2, apresentou significância, em comparação dos tempos 24/48 horas (p< 0.011) e 48/72 horas (p<0.001). Na microscopia de fluorescência observou-se evolução nas células irradiadas a 5J/cm2 em comparação com o controle, onde apresentaram crescimento celular ao longo do tempo com citoesqueleto bem evidenciado, a expressão gênica apresentou aumento de 1,7 nos transcritos do gene BMP2 e diminuição de 5,08 nos transcritos do gene FA. Conclusão: A Laserterapia mostrou-se eficaz na estimulação de células OFCOLII, obtendo o melhor resultado em relação à proliferação celular, estimulação celular e modulação do gene BMP2 utilizando 5 J/cm2no tempo de 48 horas, quando comparado com o grupo controle.

Page 78: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

73

O processo de criação de um modelo de membro superior e sua inervação como facilitador de ensino

RODRIGUES, Ana Eliza Corrér¹; MALUF, Jordana Cordeiro²; TRELHA, Celita Salmaso³*; SIQUEIRA, Claudia Patrícia Cardoso Martins4*. ¹Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina - UEL; ²Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina - UEL; ³Docente do Curso de Fisioterapia – UEL; 4Docente do Curso de Fisioterapia – UEL. Introdução: O atual modelo do processo de aprendizagem pode ser uma barreira no contexto para o aluno, de forma que se faz necessário a busca por novos métodos de ensino-aprendizagem nas universidades para que esse processo se torne mais atrativo. Objetivos: Relatar a experiência da metodologia ativa na confecção de um modelo de membro superior e sua inervação, sendo o aluno o agente importante na construção de seu próprio conhecimento. Métodos: Durante o processo, o educando foi estimulado a ir em busca do tema proposto para confecção da ideia do protótipo. Por meio de discussão teórico-prática coletiva, foi permitida de forma dinâmica e atuante a participação ativa no processo de ensinar-aprender, envolvendo de forma diferenciada tanto o aluno quando o professor. Para tal confecção utilizou-se materiais de baixo custo e de caráter acessível, como rolos de papel higiênico, cola feita com farinha e água, biscuit e tinta acrílica, e para a reprodução dos nervos utilizou-se arames de cobre colorido, demonstrando a possibilidade de materializar o objeto do estudo exposto em sala de aula, visando para estimular o aluno. Resultados: O modelo foi apresentado na disciplina de Traumato-Ortopédica Funcional do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, além de ter sido gravado um vídeo para apresentação e disseminação pelo Youtube. Conclusão: Recomenda-se transformar a realidade da metodologia convencional aplicada no âmbito educacional do ensino superior, desta forma trazendo o aluno a participar ativamente na busca pelo conhecimento. Trabalho realizado no Projeto de Pesquisa em Ensino Estudo Tridimensional das osteossínteses por meio de modelos confeccionados em diversos materiais – Análise biomecânica e a reabilitação. Coordenadora: Claudia Patrícia Cardoso Martins Siqueira – Depto de Fisioterapia – UEL.

Page 79: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

74

O uso contínuo de anticoncepcionais orais reduz a excitabilidade espinhal do músculo quadríceps femoral em mulheres com dor

femoropatelar BOTTA, Ana Flavia Balotari1; DE OLIVEIRA SILVA, Danilo2; WAITEMAN, Marina Cabral1; AZEVEDO, Fábio Mícolis1*; PAZZINATTO, Marcella Ferraz1,2. 1Laboratório de Biomecânica e Controle Motor (LABCOM), Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP), Presidente Prudente – SP, Brasil; 2Sport and Exercise Medicine Research Centre (LASEM), School of Allied Health, La Trobe University, Melbourne, Australia. Introdução: Mulheres com dor femoropatelar (DFP) apresentam redução na excitabilidade espinhal (reflexo H), a qual está associada à cronicidade da dor, menor capacidade funcional e maiores níveis de dor. Sugere-se que a dor persistente pode gerar respostas inibitórias eferentes, reduzindo a ativação muscular. Além disso, o uso contínuo de anticoncepcionais orais (AOs) parece interferir nas respostas neurofisiológicas, tendo em vista que mulheres usuárias de AOs apresentam menor excitabilidade espinhal. Diante do exposto, se faz necessário investigar se o uso contínuo de AOs interfere na excitabilidade espinhal em mulheres com DFP. Objetivo: Comparar a excitabilidade espinhal (amplitude do reflexo H) do músculo quadríceps femoral entre mulheres com DFP usuárias e não usuárias de AOs. Métodos: Trinta mulheres com DFP, com idades entre 18 e 35 anos, foram divididas em dois grupos: usuárias de AOs (n=15) e não usuárias (n=15). A amplitude do reflexo H do quadríceps foi obtida através da estimulação elétrica do nervo femoral e captada utilizando-se eletromiografia de superfície. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP (Parecer nº 1.484.129). Resultados: A amplitude do reflexo H foi significativamente menor nas mulheres com DFP usuárias de AOs em comparação com as não usuárias (Diferença média = -0,20; IC 95% = -0,34; -0,05; p=0,01). Conclusões: O uso de AOs reduz a excitabilidade espinhal em mulheres com DFP. Dessa forma, o uso de AOs deve ser considerado na avaliação de mulheres com DFP e intervenções voltadas para o aumento da excitabilidade espinhal, até então não consideradas no tratamento da DFP, devem ser preconizadas com objetivo de minimizar esse déficit. Agradecimentos: Á Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo nº 2018/12352-2.

Page 80: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

75

Prevalência de lesões em atletas universitários em um evento esportivo.

LIMA, Giovanna¹; BALBINO, Bruna¹; SUILA, Samile¹; GOBBY, Cynthia¹*. ¹Departamento de fisioterapia da UNICESUMAR. Introdução: As lesões em atletas jovens estão cada vez mais frequentes, devido grande divulgação das modalidades esportivas e treinamentos excessivos visando alto desempenho. As exigências no meio esportivo podem levar ao desenvolvimento de patologias e lesões que poderiam ser prevenidas caso o treinamento fosse bem orientado. Objetivo: Mostrar a prevalência de lesões em atletas participantes dos jogos universitários do Paraná. Metodologia: Esta pesquisa trata-se de um estudo epidemiológico transversal realizado na cidade de Maringá. Participaram atletas universitários das seguintes modalidades: futebol, vôlei de areia, vôlei de quadra, judô, natação, basquete, atletismo e handebol. A coleta de dados foi realizada nos jogos universitários paranaenses. Os instrumentos foram questionários subdivididos em: dados pessoais; questões sobre a prática do esporte; questões sobre lesões musculoesqueléticas prévias; Resultados: Foi coletado 156 questionários cujas modalidades que mais apresentaram lesões foram futebol (16,7%), judô (16,0%) e basquete (15,4%). Houve predominância das lesões no sexo feminino com (54,5%) ao sexo masculino (45,5%). 51,9% dos atletas relataram sofrer lesões decorrentes do esporte. As regiões mais acometidas foram ombro (30,8%), joelho (38%) e tornozelo (38,5%) e os tipos de lesões mais prevalentes foram estiramento muscular (32,7%), tendinopatias (32,7%) e fraturas (38,5%). Cerca de 44% dos atletas relataram lesões durante o período de competição afirmaram ser devido aos movimentos bruscos do esporte, gesto esportivo incorreto e movimentos repetitivos. Conclusão: Os resultados indicam alta prevalência de lesões em atletas universitários, assim como variáveis causadores das referidas lesões. Estes achados podem incentivar futuros pesquisadores a montar um protocolo de intervenções a lesões adquiridas pelo esporte, diminuindo a prevalência de traumas, aumentando o conhecimento sobre gestos esportivos que acarretam prejuízo funcional e reverter as causas que levam as principais lesões.

Page 81: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

76

Upper Extremity Functional Index (UEFI): tradução e adaptação transcultural, validação e confiabilidade para sobreviventes de

queimaduras do Brasil. ITAKUSSU, Edna Yukimi1; KAKITSUKA, Emely Emy1; MORITA, Andrea Akemi1; KUWAHARA, Reinaldo Minoru2; ANAMI, Elza Hiromi Tokushima2; HERNANDES, Nidia Aparecida1. 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação Associado UEL-UNOPAR, Londrina, PR; 2 Centro de Tratamento de Queimados Introdução: Queimaduras são consideradas eventos catastróficos que trazem limitações funcionais importantes aos sobreviventes. O Upper Extremity Funcional Index (UEFI) vem sendo utilizado para a avaliação funcional nesta população. É composto por uma lista de 20 atividades cotidianas realizadas com os membros superiores, devendo-se classificá-las conforme o grau de dificuldade para realizá-las. Considerando que a disponibilidade desse tipo de instrumento é escassa no Brasil, sua tradução e validação seria de suma importância. Objetivos: traduzir o UEFI para a língua portuguesa brasileira, adaptá-lo transculturalmente para a população brasileira e testar suas propriedades psicométricas em indivíduos sobreviventes de queimaduras. Métodos: O processo de adaptação transcultural foi baseado em cinco passos, conforme padronização internacional: tradução, síntese, retrotradução, avaliação por um comitê de especialistas e pré-teste. Para avaliação da validade e confiabilidade, o UEFI foi aplicado em 131 sobreviventes de queimaduras em dois momentos (alta hospitalar e primeiro retorno ambulatorial no Centro de Tratamento de Queimados de Londrina-PR), por 2 examinadores distintos em ambos os momentos. O método critério utilizado para a validação foi Burn Specific Health Scale-Brief (BSHS-B). Resultados: Em geral, o escore do UEFI foi de 49 na alta hospitalar e 65 no retorno ambulatorial. O coeficiente alfa de Cronbach foi 0,94 e 0,97 para a avaliação inter-examinador, enquanto para intra-examinador foi 0,97 e 0,99 nos dois momentos, respectivamente. O escore do UEFI demonstrou forte correlação com o domínio físico do BSHS-B: r=0,87 e r=0,90 nos dois momentos, respectivamente. Não houve correlações significativas entre o UEFI e características dos indivíduos, como superfície corpórea queimada, enxertia, sexo e idade. Conclusão: O UEFI mostrou-se ser uma ferramenta válida e confiável para uso na população brasileira de sobreviventes de queimadura. Este instrumento auxiliará na avaliação de função e incapacidade dos membros superiores após uma queimadura, sendo útil para a individualização do processo de reabilitação física.

Page 82: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

77

Uso do Lunge Test para estabelecer diferenças na mobilidade de dorsiflexão do tornozelo em atletas com e sem instabilidade crônica de

tornozelo.

LEI, Luciana1; FACHIN, Bárbara Pasqualino3,2; SILVA, Layssa Oliveira3; POLICARPO, Fernanda Nair Nicolau3; MACEDO, Christiane Guerino de Souza4*. 1Graduanda em fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina; 2Mestranda, Programa Ciências da Reabilitação UEL- Unopar; 3Residência em Fisioterapia Traumato- Ortopédica Funcional, Universidade Estadual de Londrina – UEL; 4Doutora em Reabilitação e desempenho funcional, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Estadual de Londrina- UEL/ Universidade Norte do Paraná- UNOPAR. LAFESP UEL. Introdução: A redução de dorsiflexão é uma alteração encontrada em indivíduos com instabilidade crônica de tornozelo (ICT). Pode ser avaliada por meio do Lunge Test, com resultados estabelecidos em centímetros (cm), pela distância entre o dedo médio do pé e uma parede, quando o joelho toca a mesma. Em atletas, essa limitação pode reduzir o desempenho esportivo e predispor a novas lesões. Objetivo: Comparar a mobilidade de dorsiflexão do tornozelo de atletas com e sem instabilidade crônica de tornozelo (ICT) por meio do Lunge Test. Métodos: Este é um estudo transversal, aprovado por Comitê de ética da instituição (n°:2.771.026). Avaliou-se 31 atletas de diferentes modalidades esportivas, distribuídos em dois grupos: com ICT (n=21) e controle ou sem instabilidade do tornozelo (GC; n=10). Todos foram submetidos ao Lunge Test no membro inferior com instabilidade ou o membro de preferência para o GC. Os dados foram comparados por meio dos testes Shapiro Wilk e t de Student, com nível de significância de 5%. Resultados: Os grupos ICT e GC foram homogêneos em relação a idade (21±3 e 21±3, respectivamente; p=0,58) e horas de treino (7±3 e 6±3, respectivamente; p=0,31). Em relação a distância estabelecida pelo teste de Lunge, o grupo ICT apresentou 9,3±4,2 cm e o GC 11,2±3 cm, sem diferenças significantes (p=0,23) Conclusão: Não houve diferença significante para os resultados do Lunge Test de atletas com e sem Instabilidade Crônica de Tornozelo, em contradição ao apresentado pela literatura, nossos atletas com ICT não apresentaram menor mobilidade do tornozelo.

Page 83: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

78

FISIOTERAPIA EM UROGINECOLOGIA E

OBSTETRÍCIA

Page 84: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

79

Atuação da fisioterapia na dor lombar e pélvica durante a gestação – revisão sistemática.

RIBEIRO, Aline Lima de Souza1-4; FERNANDES, Taís Navarro2; MATTOS, Roberta Romaniolo de3-4*. 1Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Graduada em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 3Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 4Grupo de Pesquisa em Gestação e Puerpério (GPGESP), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: Durante a gestação ocorrem diversas alterações fisiológicas e anatômicas no corpo das mulheres devido às ações hormonais e mecânicas. Essas alterações são importantes no período gestacional para que as necessidades do feto sejam supridas, porém, podem causar dores e desconfortos nas gestantes. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura e artigos atuais pertinentes à atuação da fisioterapia na dor lombar e pélvica durante a gestação e temas relacionados. Metodologia: Foram realizadas buscas nas bases de dados: LILACS, MEDLINE, SciELO e PEDro. Os descritores utilizados para a busca dos artigos foram: “dor e gestação”, “dor pélvica e gestação”, “dor lombar e gestação”, “lombalgia e gestação”, “low back pain and pregnancy”, “posterior pelvic pain and pregnancy”, “low back pain and gestation”. Foram selecionados e incluídos nesta revisão oito artigos, publicados na língua inglesa e portuguesa, no período de 2006 a 2017 sobre o tema e excluídos aqueles com poucas informações sobre gestação e que não fossem ensaios clínicos. Resultados: Oito estudos, incluindo 2031 pacientes, com idade gestacional entre 12 e 37 semanas, foram selecionados. Os estudos abordaram tipos de tratamentos fisioterápicos para dor lombar e pélvica gestacional. Dois estudos abordaram hidroterapia, dois abordaram programas de exercícios e o restante abordou os seguintes temas: acupuntura, RPG, TENS e terapia em grupo. Apenas os estudos que abordaram programas de exercícios não apresentaram resultados positivos no tratamento da dor. Os outros seis obtiveram resultados positivos, com destaque na acupuntura que além de aliviar os sintomas proporcionou bem-estar físico e mental e o TENS que reduziu a dor e se mostrou eficaz, seguro e fácil de aplicar. Conclusão: O tratamento fisioterapêutico mostrou-se de grande importância no tratamento de algias gestacionais, com redução das licenças médicas e melhora na qualidade de vida das mulheres submetidas aos tratamentos.

Page 85: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

80

Comparação da força muscular do assoalho pélvico entre mulheres com períneo íntegro, laceração perineal e submetidas à episiotomia.

GUEDES, Tayenne Martins¹; SCHRADER, Elisa Pinheiro¹; CAMPOS, Nayara Silva de¹; de MATTOS, Roberta Romaniolo. 1Universidade Estadual de Londrina (UEL). Introdução: A gestação e o parto são fenômenos fisiológicos associados ao risco de disfunções do assoalho pélvico (AP). Partos vaginais com intervenções como episiotomia, fórceps, extração a vácuo ou com lacerações perineais, parecem aumentar as ocorrências destas disfunções. Objetivo: Comparar a força dos músculos do AP entre mulheres com períneo íntegro no último parto, laceração perineal e episiotomia. Métodos: Estudo descritivo, quantitativo e transversal, realizado no ambulatório de fisioterapia do Hospital Universitário/UEL, entre dezembro de 2016 e julho de 2019. Foram triadas 258 mulheres, sendo que 166 não compareceram. A amostra foi composta por 92 mulheres divididas em: Grupo Períneo Íntegro (n=24), Grupo Laceração Grau 1 (n=29), Grupo Laceração Grau 2 (n=25) e Grupo Episiotomia (n=14), que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A avaliação foi realizada com 40-45 dias de puerpério e consistiu em anamnese e avaliação física, por meio da palpação bidigital e a perineometria. Resultados: A força do AP na palpação bidigital apresentou prevalência de grau 3 em todos os grupos, sem diferença entre eles. Na perineometria, os valores de pico (P=0,4172), média (P=0,4328) e duração das contrações (P=0,4186) também não tiveram diferença entre os grupos. Conclusão: Não houve diferença relevante na força do AP entre os grupos. Nas avaliações, foi possível identificar que algumas mulheres submetidas à intervenção e laceração apresentaram disfunções urinárias e dores na relação sexual após o parto, sendo encaminhadas para o ambulatório de especialidades de fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia do HU - UEL para tratamento. As mulheres avaliadas receberam uma cartilha com orientações sobre os métodos contraceptivos e puderam sanar suas dúvidas quanto ao retorno a atividade sexual. Mais estudos com amostras maiores são necessários para confirmação dos resultados quando comparadas a força dos músculos do AP após parto via vaginal.

Page 86: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

81

Contribuição da extensão universitária na formação acadêmica/profissional e pessoal na visão do acadêmico do curso de

fisioterapia da Unioeste. MARIN, Estéfani1; FRARE, Juliana Cristina1* BERTOLDO, Maria Gorete Weiand1; VASCONCELOS, Paula Renata Olegini1; COMPARIN, Karen Andrea1; GIACOMELLI, Isabela1; FESTINALLI, Cíntia Regina1. 1Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Introdução. Segundo o Plano Nacional de Extensão, a extensão universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula ensino e pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre universidade e sociedade. Objetivo. Conhecer a visão dos acadêmicos do curso de fisioterapia participantes de um Projeto de Extensão sobre a contribuição deste em sua formação acadêmica/profissional e pessoal. Métodos. O Projeto de Extensão “Hidroterapia na prevenção e tratamento de desconfortos musculoesqueléticos gestacionais” é realizado na clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Cascavel, em caráter permanente, desde o ano de 2008. Os atendimentos realizados por acadêmicos do curso, com supervisão docente, são semanais e seguem um protocolo de terapia aquática direcionado às gestantes. Este estudo caracteriza-se como descritivo-exploratório qualitativo. Para analisar a percepção dos participantes foram elaboradas duas questões orientadoras: “Em sua opinião, como o projeto Hidroterapia para Gestantes contribuiu para sua formação acadêmica/profissional?” e “Em sua opinião, como o projeto Hidroterapia para Gestantes contribuiu para a sua formação pessoal?”. As questões foram encaminhadas via e-mail para todos os participaram do Projeto desde sua criação até o ano de 2017. Resultados. Do total de participantes, 21 (24,70%) responderam às questões e na visão destes surgiram as categorias a seguir que representam como este projeto de extensão contribuiu para sua formação acadêmica/profissional: 01- Conhecimento específico da área; 02- Relação teoria-prática; 03- Postura profissional; 04- Importância do trabalho em grupo e respeito às hierarquias; 05- Atenção à individualidade das gestantes e especificidade do atendimento. No que diz respeito à contribuição para a formação pessoal, surgiram as seguintes categorias: 01- Empatia e olhar humanizado; 02- Olhar positivo sobre uma futura gestação; 03- Satisfação pessoal. Conclusão. A extensão universitária, na visão dos acadêmicos participantes, contribuiu em vários aspectos para formação acadêmica/profissional e pessoal, devendo ser incentivada nas universidades.

Page 87: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

82

Efeito da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial posterior na hiperatividade detrusora: estudo urodinâmico.

DOS REIS, Bianca Marie1; FERREIRA, Nayara de Matos1; FABRIS, Sonia Maria1; MOREIRA, Eliane Cristina Hilberath1*. 1Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: Incontinência Urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina pelo meato uretral. Uma de suas formas é a incontinência urinária de urgência (IUU), classificada urodinâmicamente quando há presença da contração vesical durante a fase de enchimento. Objetivo: Relatar o efeito da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial posterior (ETNTP) na hiperatividade detrusora idiopática por meio de exame urodinâmico. Métodos: Estudo experimental, prospectivo, onde os sujeitos apresentavam diagnóstico de hiperatividade detrusora pelo exame urodinâmico (EU). Os indivíduos foram submetidos à ETNTP, no ambulatório de Fisioterapia HU-UEL, e foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos, G1 e G2, de acordo com a corrente (Hz) a ser utilizada, sendo respectivamente, quatro (4) Hz e dez (10) Hz. Ambos os grupos realizaram três avaliações urodinâmicas, no início, meio e ao final de seis meses. A análise estatística, neste levantamento inicial, foi descritiva por meio de distribuição de frequência e proporção. Os dados foram analisados pelo software SPSS® 22.0. Resultados: Total de seis (6) mulheres, com 34,8±14,0 anos, IMC 31,2±15,0; sendo que 83,3% realizaram ETNTP com 4 Hz de frequência. A média de micções diárias reduziu de 13,8 vezes no início do tratamento, para 7,8 ao final. O mesmo ocorreu com os episódios de noctúria, de 2,8 vezes a uma (1) por noite. O exame urodinâmico inicial demonstrou que 100% (6) das mulheres apresentava contrações involuntárias do detrusor, e que ao término do programa, esse percentual foi reduzido para 50%. A capacidade cistométrica máxima (CCM) variou de 250,6±88,5 a 372,3±57,7 mililitros, ao início e término do programa, respectivamente. A pressão do detrusor teve redução de 24,8±29,0 para 18,1±10,9 cmH2O. Quanto a complacência vesical, aumentou de 17,0±15,9 para 24,6±18,3 ml/cmH2O. Houve redução de 50% no número de mulheres com perda urinária durante o EU. Conclusão: Neste estudo a ETNTP demonstrou uma melhora parcial da hiperatividade detrusora.

Page 88: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

83

Noctúria e seu impacto na qualidade do sono de profissionais de enfermagem de um hospital público.

NAKAHARA, Luana Polli¹; PAUCIC, Maria Carolina¹; ROSSATO, Bárbara Jorge¹; MESAS Arthur Eumann¹; ALMEIDA, Silvio Henrique Maia de¹; MOREIRA, Eliane Cristina Hilberath¹; NUNES, Janaína Mayer de Oliveira¹*. ¹Universidade Estadual de Londrina. Introdução: Noctúria caracteriza-se pela necessidade de se levantar a noite para urinar, não estabelecendo um número específico de vezes em que se deve ir ao banheiro, basta apresentar micção noturna precedida de um período de sono. Trata-se de um grande problema terapêutico, visto seu impacto na qualidade do sono, que por sua vez é desfavoravelmente refletido na saúde física e mental das pessoas afetadas. Objetivos: Verificar a prevalência de noctúria e seu impacto na qualidade do sono de profissionais de enfermagem do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HURNP). Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado no período de maio a julho de 2019, com uma amostra de conveniência constituída por 54 mulheres com idade acima de 18 anos, profissionais de enfermagem do setor materno-infantil do HURNP. Foi aplicado um questionário contendo dados sociodemográficos, obstétricos, uroginecológicos e sobre o sono. O impacto da noctúria sobre o sono foi verificado por meio da escala visual analógica (EVA), variando de 0 a 10, sendo considerado para pontuar 0 (nada), 1-3 (leve), 4-6 (moderado), 7-10 (grave). Foi realizada a análise estatística descritiva dos dados. Resultados: A idade das voluntárias variou de 30 a 61 anos, com média de 45,2±8,4 anos. A prevalência de noctúria foi de 38,9%, e quando verificado o seu impacto sobre o sono por meio da EVA, encontrou-se uma média de 3,2±1,2 pontos. Dentre essas voluntárias que apresentavam noctúria, 57% referiram que levantar-se a noite para urinar atrapalhava o sono e para 43% não atrapalhava. Dessas 57%, o grau de incômodo do sono (EVA) foi considerado como grave desconforto para 24%, desconforto moderado para 14% e leve desconforto para 19%. Conclusões: Verificou-se uma presença significativa de noctúria entre as profissionais estudadas. Mais da metade alegou atrapalhar o sono, sendo seu impacto considerado grave.

Page 89: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

84

Prevalência da síndrome da bexiga hiperativa e índice de massa corporal de servidoras do hospital universitário de Londrina.

NONINO, Bianca Pletz1; TOFOLI, Thais Moçatto1; OLIVEIRA, Nathália Pereira1; ROSSATO, Bárbara Jorge1; NAKAHARA, Luana Polli1; MOREIRA, Eliane Cristina Hilberath1; NUNES, Janaina Mayer de Oliveira1*. 1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A Síndrome de Bexiga Hiperativa é definida como uma urgência urinária, que pode ou não estar associada à incontinência de urgência, sendo muitas vezes relacionada ao aumento de frequência e de noctúria. A obesidade é um problema de saúde mundial, que pode causar diversos problemas, e que tem sido fortemente associada à Síndrome da Bexiga Hiperativa. Objetivo: Verificar prevalência da Síndrome da Bexiga Hiperativa e o Índice de Massa Corporal de servidoras do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná de Londrina/PR. Método: Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado no período de maio a junho de 2019, com amostra de conveniência constituída por 37 mulheres acima de 18 anos, em sua maioria profissionais de enfermagem, do Centro Cirúrgico e Material Esterelizado do HURNP. Foi realizada uma entrevista por meio de um questionário contendo dados sociodemográficos, que inclui informações sobre o Índice de Massa Corporal, dados obstétricos e uroginecológicos. Para avaliar a presença da Síndrome da Bexiga Hiperativa foi utilizado o questionário validado Overactive Blader version 8 (OAB-V8) com pontuação maior ou igual a 8. Foi realizada análise estatística descritiva dos dados. Resultados: A idade das voluntárias variou de 32 a 58 anos, com média de 48,5± 6,8 anos. A prevalência da Síndrome da Bexiga Hiperativa foi de 35,1%. Dentre essas, o Índice de Massa Corporal teve média de 26,1±4,0, sendo que 46,2% destas apresentavam sobrepeso, 15,4% apresentavam obesidade e 38,5% tinham IMC normal. Conclusão: Verificou-se uma alta prevalência da Síndrome da Bexiga Hiperativa entre as mulheres estudadas, sendo que a maioria apresentava sobrepeso.

Page 90: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

85

Prevalência da síndrome da Bexiga Hiperativa e paridade em servidoras de um hospital público.

TOFOLI, Thais Moçatto1; NONINO, Bianca Pletz1; PAUCIC, Maria Carolina1; OLIVEIRA, Nathália Pereira de1; MOREIRA, Eliane Cristina Hilberath1; ALMEIDA, Silvio Henrique Maia de1; NUNES, Janaína Mayer de Oliveira1*. 1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A Bexiga Hiperativa consiste na hiperatividade do detrusor, ou seja, presença de contrações vesicais involuntárias durante a fase de enchimento vesical, podendo ser caracterizada pela associação de sintomas como urgência urinária, com ou sem incontinência urinária associada. Em alguns casos é acompanhada de aumento da frequência urinária e noctúria. Objetivos: Verificar a prevalência da síndrome da Bexiga Hiperativa e a paridade em servidoras do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HURNP) em Londrina. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado no período de maio a julho de 2019, com uma amostra de conveniência constituída por 42 mulheres acima de 18 anos, em sua maioria profissionais de enfermagem da divisão de atendimento do HURNP. Foi realizada a entrevista por meio de um questionário contendo dados sociodemográficos, obstétricos e uroginecológicos. Para avaliar a presença de Síndrome da Bexiga Hiperativa foi utilizado o questionário validado Overactive Bladder Version 8 (OAB-V8) com pontuação maior ou igual a oito. Foi realizada análise estatística descritiva dos dados. Resultados: A idade das voluntárias variou entre 33 e 63 anos, com média de 47,5±8,3 anos. A prevalência da síndrome da Bexiga Hiperativa foi de 38,1%. Dentre essas, a paridade média foi de 1,8±1,3, sendo que 81,2% eram multíparas, 12,5% nulíparas e 6,2% primíparas. Conclusões: Verificou-se uma alta prevalência da síndrome da Bexiga Hiperativa entre as mulheres estudadas, sendo que na sua maioria eram multíparas.

Page 91: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

86

Prevalência de incontinência urinária e perfil uroginecológico e obstétrico de servidoras de um hospital universitário.

OLIVEIRA, Nathália Pereira¹; NAKAHARA, Luana Polli¹; TOFOLI, Thais Moçatto¹; NONINO, Bianca Pletz¹; ROSSATO, Bárbara Jorge¹; PAUCIC, Maria Carolina¹; MAYER, Janaina de Oliveira¹*. ¹Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A Incontinência Urinária (IU) caracteriza-se como qualquer perda involuntária de urina, podendo ser classificada como de esforço, de urgência ou mista. Aproximadamente 50% das mulheres desenvolverão algum tipo de IU ao longo da vida, sendo que sua prevalência se correlaciona positivamente com a idade. Objetivos: Verificar a prevalência de IU entre servidoras administrativas do Hospital Universitário Regional Norte do Paraná (HURNP) em Londrina e traçar o perfil sociodemográfico, uroginecológico, obstétrico e de hábitos de vida destas mulheres. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado com amostra de conveniência constituída por 61 servidoras efetivas da diretoria administrativa HURNP, com idade acima de 18 anos, realizado no período de março a julho de 2019. Foi aplicado um questionário contendo dados sociodemográficos, obstétricos, uroginecológicos e de hábitos de vida. Para caracterização da IU utilizou-se a questão 6 do questionário International Consultation Incontinence Questionnarie Short- Form (ICIQ-SF). Foi realizado análise estatística descritiva dos dados. Resultados: A prevalência de incontinência urinária foi de 24,6%, dessas mulheres 33,3% necessitavam trocar a roupa íntima no decorrer do dia devido as perdas urinárias. As idades das voluntárias variaram entre 25 e 69 anos, com média de 47,9±9,3 anos. A maioria das voluntárias (62,3%) era casada/convivente, 70,5% eram brancas, 37,7% tinham ensino médio completo. Quanto aos dados ginecológicos e obstétricos, verificou-se que mais que a metade das voluntárias (52,4%) era menopausada, 49,2% eram multíparas, sendo o tipo de parto mais frequente a cesárea (34,4%). Quanto aos hábitos de vida, a maioria (59%) era sedentária e não fumava (93,4%). Conclusões: A prevalência de incontinência urinária foi alta entre as servidoras estudadas, sendo a maioria delas branca, casada/convivente, com ensino médio completo, múltipara, menopausada, sedentária e não fumante.

Page 92: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

87

Prevalência de incontinência urinária e seu impacto na qualidade de vida entre profissionais de enfermagem.

ROSSATO, Bárbara Jorge1; NAKAHARA, Luana Polli1; NONINO, Bianca Pletz1; TOFOLI, Thais Moçatto1; OLIVEIRA, Nathália Pereira de1; MOREIRA, Eliane Cristina Hilberath1; NUNES, Janaina Mayer de Oliveira1*.

1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina comum a todas as faixas etárias, cujo risco aumenta com a idade. Considerada um problema de saúde pública, a incontinência urinária pode acarretar consequências físicas, psicológicas, sociais e econômicas, interferindo negativamente na qualidade de vida. Objetivos: Verificar a prevalência de incontinência urinaria e a qualidade de vida de profissionais de enfermagem do Hospital Universitário Regional Norte do Paraná (HURNP). Métodos: Estudo transversal descritivo realizado de maio a julho de 2019, com 54 mulheres, profissionais de enfermagem do setor materno-infantil do HURNP. Foi aplicado um questionário de dados sócio demográficos, obstétricos e uroginecológicos e o questionário International Consultation Questionnarie Short- Form (ICIQ-SF), o qual avalia o impacto da incontinência urinária na qualidade de vida e qualifica a perda urinária. Quanto maior o score geral maior o impacto sobre a qualidade de vida. Para qualificar o impacto considerou-se: nenhum impacto (0 ponto); impacto leve (1 a 3 pontos); impacto moderado (4 a 6 pontos); impacto grave (7 a 9 pontos); e impacto muito grave (≥10 pontos). Resultados: A idade média das voluntárias foi de 45,2±8,4 anos. Verificou-se que a prevalência de incontinência urinária foi de 20,4%. Dentre essas, o score geral do ICIQ-SF foi de 10,6±3,8. Em relação ao impacto na qualidade de vida, 63,6% referiram impacto muito grave, 27,3% grave e 9,1% leve. Quanto às ocasiões em que as incontinentes perdiam urina, verificou-se que ao tossir ou espirrar foi a situação mais referida (81,8%), seguidas de perder urina antes de chegar ao banheiro (27,3%) ou fazendo atividades físicas (27,3%). Conclusão: A prevalência de incontinência urinária entre as voluntárias estudadas foi alta, apresentando um impacto muito grave na qualidade de vida delas. Verificou-se que perder urina ao tossir ou espirrar foi a situação mais referida.

Page 93: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

88

Protocolo de atuação da Fisioterapia na maternidade do Hospital Universitário/UEL.

MATTOS, Roberta R. de1*; CAMPOS, Nayara S. de2; PAUCCI, Maria Carolina2;

FONTANELE, Marta Quesia S2; RODRIGUES, Tamires L2.

1Docente do departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. 2Residente no Programa de Residência de Uroginecologia e Obstetrícia funcional, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: O puerpério é um período de intensas modificações, sistêmicas e locais, de retorno ao estado pré-gravídico e se estende da dequitação da placenta até 6 a 8 semanas pós-parto. Junto a essas modificações, complicações clínico-cirúrgicas, queixas álgicas, urinárias, intestinais, funcionais e respiratórias podem ser encontradas e relatadas nesse período. Sendo assim, é objetivo da fisioterapia minimizar sintomas, prevenir complicações e facilitar o retorno as atividades de vida diária e sexual das puérperas. Descrição da experiência: O protocolo de assistência fisioterapêutica puerperal desenvolvido e utilizado na Maternidade de Alto Risco do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HURNP) visa direcionar o atendimento as puérperas, padronizando a abordagem avaliativa e terapêutica às puérperas no pós-parto mediato e imediato. Sendo este subdividido nos seguintes pontos: Queixa principal, avaliação da dor, sinais vitais, avaliação abdominal, avaliação de membros inferiores (MMII), avaliação respiratória e perineal, em caso de partos normais. Todas as puérperas devem ser submetidas ao protocolo até 72 horas pós-parto. Aquelas que necessitarem de atendimento dentro desse período, devem ser submetidas a condutas também protocoladas, com base nos achados da avaliação e atendidas até melhora clínica ou alta hospitalar. Impactos: Esperamos que a padronização do atendimento possa colaborar com a redução do uso de medicamentos para analgesia, bem como a permanência prolongada das puérperas por complicações advindas do parto e/ou do pós-parto. Considerações finais: Apesar de ainda não haver dados conclusivos, o protocolo tem se mostrado uma alternativa eficaz para padronização e melhora da assistência, sendo notado uma melhora da qualidade de vida das pacientes atendidas, bem como redução das complicações no pós-parto. As mulheres parecem aceitar bem a intervenção da fisioterapia, havendo relatos positivos quanto a melhora dos sintomas, sendo uma importante ferramenta de atenção integral a saúde da puérpera.

Page 94: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

89

FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL

(DO ADULTO E DA CRIANÇA)

Page 95: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

90

A independência funcional de indivíduos com lesão da medula espinhal pelo brsSCIM-SR.

BENEDICTO, Ana Júlia1; FORESTI, Ananda Garcia1; MORAES, Gabriela Fóz2; CENTENARO, Gabriela1; SILVA, Juliana Fernandes1; SANTOS, Suhaila Mahmoud Smaili3; SOUZA, Roger Burgo3*. 1Acadêmicas do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina- UEL; 2Residente em Fisioterapia Neurofuncional da Universidade Estadual de Londrina – UEL; 3Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina – UEL. Introdução: A funcionalidade do indivíduo com lesão da medula espinhal fica comprometida decorrente dos déficits motores, sensitivos e autonômicos abaixo do nível medular lesionado. Umas das etapas do processo da reabilitação é o paciente atingir a máxima independência funcional em suas atividades de vida diária. Objetivos: Analisar a independência funcional de indivíduos com lesão medular. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 50 indivíduos diagnosticados com lesão da medula espinhal (paraplegia e tetraplegia). Para a coleta de dados foi utilizado o instrumento sobre funcionalidade na lesão medular, o Spinal Cord Independence Measure-Self Reported Version (brSCIM-SR), em sua versão brasileira. Resultados: A maioria dos indivíduos foi de homens paraplégicos (80%), com mais de dois anos de lesão, sendo 52% com lesão medular do tipo completa. Quanto à etiologia, a maior frequência (36,9%) foi decorrente de acidente automobilístico. Na pontuação total do brSCIM-SR, os participantes atingiram uma média de 57,8±13,90 pontos, sendo a pontuação máxima do instrumento de 100 pontos. Quando analisado os itens separadamente, observou-se que na subseção – Autocuidado – a maioria atingiu uma média de 17,26±4,51 pontos, sendo que nessa subseção a pontuação máxima vai até 20 pontos. Na subseção – Respiração e Controle do esfíncter – a maioria atingiu uma média de 23,1±6,75 pontos, sendo que nessa subseção a pontuação máxima vai até 40 pontos. Na subseção – Mobilidade – a maioria atingiu uma média de 17,26±6,75 pontos, sendo que nessa subseção a pontuação máxima vai até 40 pontos. Conclusão: Os resultados demonstraram que os lesados medulares foram mais independentes no autocuidado e apresentaram maior dependência na sua mobilidade, na respiração e no controle do esfíncter. Com a utilização do brSCIM-SR, os principais déficits funcionais dos pacientes foram identificados, dando ao profissional da área da saúde uma melhor avaliação e consequentemente um melhor plano de tratamento.

Page 96: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

91

Abordagem fisioterapêutica funcional junto à criança com paralisia cerebral: estudo de caso.

DAMICO, Edinara Giacomelli¹; MENANI, Marcela¹; GAETAN, Eliane da Silva Mewes¹; Chinelatto, LUANA Pereira¹; QUILES, Lais Ribeiro¹; ALPINO, Ângela Maria Sirena¹*; GALVAN, Carrie Chueiri Ramos¹*. ¹Universidade Estadual de Londrina. Introdução: Limitações no desempenho de atividades do cotidiano constituem-se a principal queixa de crianças com paralisia cerebral (PC) e sua família. A abordagem funcional prioriza o desenvolvimento de habilidades significativas, tornando a criança mais ativa na resolução de problemas. Objetivos: verificar os efeitos de um programa de intervenção sobre o desempenho funcional de uma criança com PC, utilizando abordagem terapêutica funcional. Métodos: O estudo envolveu uma participante (quatro anos, com diplegia espástica, GMFCS IV) e compreendeu: (a) Avaliação Inicial das habilidades motoras grossas (GMFM) e do desempenho funcional (PEDI); (b) Intervenção seguindo protocolo elaborado a partir de dificuldades/limitações funcionais da participante e principais queixas da mãe, focando locomoção e transferências; (c) Reavaliação; (d) Avaliação do desempenho in loco; (e) Intervenção in loco para treinamento de habilidades funcionais específicas no domicílio; e (f) Reavaliação in loco. Resultados: Houve melhora nos percentuais das dimensões: sentar; engatinhar e ajoelhar; em pé e andar, correr e pular. Houve piora apenas na dimensão deitar e rolar, provavelmente por não ser o foco da Intervenção (GMFM). Quanto às habilidades funcionais (PEDI), a criança obteve melhora nas áreas de autocuidado e mobilidade. Após a Intervenção in loco, a criança apresentou discreta melhora no desempenho das habilidades treinadas, possivelmente devido ao reduzido número de sessões no domicílio. Conclusão: a abordagem terapêutica funcional enfatiza o desempenho de habilidades significativas do cotidiano, sendo necessário conhecimento profundo de sua funcionalidade e das queixas/expectativas dos pais. Foi possível confirmar a relevância da investigação do desempenho funcional in loco para conhecimento das reais necessidades/limitações da criança e das características ambientais. O treinamento de habilidades específicas no domicílio também se mostrou importante para generalização das habilidades desenvolvidas na clínica, entretanto, a participação dos pais e um maior número de sessões poderiam tornar a abordagem mais eficaz, visto que o aprendizado motor requer prática repetitiva.

Page 97: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

92

Abordagem terapêutica funcional orientada à promoção da mobilidade com dispositivo auxiliar de marcha na diplegia espástica: estudo de caso. ALMEIDA, Rafaela Cristina de1; HERNANDES, Nídia Aparecida1; PARRA, Karina Massari1; ALPINO, Marina Sirena1; SILVA, Maria Carolina Octávio1; CAMPOS, Ana Sílvia de Proença1; ALPINO, Ângela Maria Sirena1*.

1Universidade Estadual de Londrina.

Introdução: Comprometimento do controle postural e motor, déficit de equilíbrio e encurtamentos musculares, constituem-se distúrbios frequentes na Paralisia Cerebral (PC) espástica, levando à alteração da cinemática articular, fraqueza muscular e diminuição das reações posturais que resultam em alterações de marcha. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de tratamento utilizando abordagem terapêutica funcional sobre a promoção da marcha com dispositivo auxiliar de uma criança com PC. Métodos: O estudo envolve uma criança (sexo feminino, seis anos de idade) com diplegia espástica (GMFCS IV). Compreende as seguintes etapas: (a) Avaliação Inicial para verificar o desempenho de habilidades motoras grossas (GMFM) e a necessidade de assistência nas áreas de autocuidado e mobilidade (PEDI), além de fundamentar a elaboração de um protocolo de tratamento a partir das dificuldades/limitações da participante; (b) Intervenção, abrangendo 20 sessões, orientada pelo protocolo com vistas ao desenvolvimento específico de marcha com auto apoio, enfatizando-se melhora de controle postural/equilíbrio, alinhamento dos membros inferiores, mobilidade pélvica e deambulação funcional; (c) Reavaliação. Resultados: A participante evidenciou significativa limitação nas dimensões: em pé (28%) e andar, correr e pular (12%) do GMFM; mostrou-se incapaz de andar/manobrar andador com auto apoio, requerendo assistência do cuidador. Após 10 sessões, houve melhora de controle postural/equilíbrio e mobilidade pélvica. A criança conseguiu deambular com auto apoio e manobrar o andador por aproximadamente 30 metros, mostrando-se mais segura. Conclusão: A análise das limitações existentes permitiu identificar um problema funcional relevante que motivou a adesão da criança/família ao tratamento. Observou-se ainda, que a compreensão profunda das causas do problema fundamentou satisfatoriamente a construção do protocolo de Intervenção que contribuiu positivamente para aquisição de marcha com auto apoio. O estabelecimento de objetivos funcionais envolvendo a família, associado ao desenvolvimento de habilidade específica relevante, caracterizam uma abordagem terapêutica funcional por promover a independência e a participação da criança com PC.

Page 98: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

93

Abordagem terapêutica funcional na paralisia cerebral com foco na acessibilidade domiciliar: estudo de caso.

CUNHA, Caio Rodrigues da1; ALVES, Egle de Oliveira Netto Moreira1; PARRA, Karina Massari1; RADIS, Lara Bezerra1; OLIVEIRA, Ághata Tufanini1; ALPINO, Ângela Maria Sirena1*. 1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: adaptação ambiental com adequação de mobiliário e estruturas arquitetônicas, associada à capacitação dos familiares para responder às necessidades de assistência encontradas no contexto domiciliar, proporcionam condições mais seguras e funcionais para crianças com deficiência física (DF). Objetivo: avaliar os efeitos de uma intervenção fisioterapêutica direcionada à promoção da acessibilidade domiciliar de uma adolescente com DF e à orientação dos cuidadores. Métodos: participam do estudo uma adolescente de 16 anos, com DF devido à paralisia cerebral (PC), significativo comprometimento motor (GMFCS IV), e sua mãe. Inicialmente, foram avaliados os seguintes aspectos: o desempenho de habilidades funcionais da adolescente com PC e a necessidade de assistência do cuidador (PEDI); o empoderamento familiar (FES) e a acessibilidade da residência (Instrumento de Avaliação da Acessibilidade Domiciliar de Crianças com Deficiência Física). Com base nos problemas identificados, foi proposto um plano de intervenção abrangendo: sugestões de modificações estruturais, adaptações do mobiliário e orientações aos cuidadores. Resultados: a participante é usuária de cadeira de rodas (CR); dependente de assistência quanto às habilidades de vestuário e higiene, controle urinário e intestinal, transferências no banheiro, e para locomoção em ambiente interno. Verificou-se a existência de desníveis, piso liso, largura inadequada das portas e espaço inadequado para circulação/manobra de CR em vários cômodos da residência, dificultando a utilização desses espaços. O banheiro e o quarto da participante se destacaram por apresentar mais fatores restritivos. Conclusões: O conhecimento das limitações do indivíduo com DF e das restrições ambientais in loco mostra-se relevante à compreensão dos problemas funcionais e das reais necessidades frente à utilização dos espaços domiciliares. Essa abordagem terapêutica centrada na família e na acessibilidade caracteriza uma abordagem funcional, visto que busca promover a funcionalidade, a participação e o bem-estar/segurança da pessoa com DF e de seus familiares.

Page 99: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

94

Análise da função motora grossa e das habilidades funcionais de crianças com distúrbios neuromotores.

MORAES, Gabriela Fóz¹; ALMEIDA, Rafaela Cristina de1; MUNHOZ, Geovanna Fernandes¹; SHIMADA, Juliana Cristina¹; SANTOS, Daniele Carneiro dos¹; FRIGO, Elen Caroline¹; ALPINO, Ângela Maria Sirena¹*. ¹Universidade Estadual De Londrina. Introdução: A deficiência física (DF) refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor, cuja disfunção resulta na incapacidade/limitação do indivíduo em desempenhar tarefas do seu cotidiano. Objetivo: Investigar a relação entre a capacidade relacionada à função motora grossa e o desempenho de habilidades funcionais de crianças com DF. Métodos: O estudo envolveu a avaliação da função motora grossa e do desempenho de habilidades funcionais de crianças com distúrbios neuromotores. Foram avaliadas oito crianças (03 a 16 anos) com significativo comprometimento funcional (GMFCS IV); quatro com paralisia cerebral (PC) e quatro com lesão medular (LM), utilizando-se GMFM e PEDI. Os dados foram analisados qualitativamente, comparando-se os resultados, e tratados por meio do programa Statiscal Package for Social Science (SPSS, versão 17.0). Foi aplicado o Teste de Correlação de Spearman para analisar correlações no desempenho de mobilidade e autocuidado (PEDI) com as dimensões da função motora grossa (GMFM). Resultados: As dimensões: em pé e andar, correr e pular (GMFM) evidenciaram as menores pontuações nos dois grupos. A área dos autocuidados que os participantes indicaram mais dificuldade relaciona-se ao uso do sanitário (PEDI). Crianças mais velhas apresentaram maiores pontuações em autocuidados e transferências. Crianças jovens com PC apresentaram menor pontuação nas atividades de transferências que crianças com LM de mesma faixa etária, provavelmente por essas habilidades envolverem os membros superiores. Entre os participantes com lesão medular, o desempenho em transferências e locomoção apresentou relação direta com nível de lesão. O Teste de Spearman demonstrou significância estatística entre habilidades de higiene (PEDI) com a dimensão do sentar (GMFM); e habilidade de locomoção (PEDI) com a dimensão engatinhar (GMFM). Conclusão: Foi possível confirmar a existência de correlação entre desempenho de habilidades de higiene e locomoção com capacidade de sentar e engatinhar em crianças com significativo comprometimento funcional. A idade mostrou frequente relação com melhor desempenho nos autos cuidados.

Page 100: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

95

Análise da hipertonia muscular de indivíduos com lesão da medula espinhal após aplicação de um protocolo de fisioterapia.

MERETICA, Larissa Floripes de Souza1; MORAES, Gabriela Fóz2; OLIVEIRA, Mariana Dias¹; NASCIMENTO, Ariadny Napolitano1; SOUZA, Danielly Fernanda1; FERNANDES, Maria Vitória Fabrini1; SOUZA, Roger Burgo3*. 1Acadêmicas do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina - UEL; 2Residente em Fisioterapia Neurofuncional da Universidade Estadual de Londrina -UEL; 3Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina - UEL. Introdução: Cerca de 70% dos indivíduos com lesão da medula espinhal (LME) apresentam espasticidade, que causa um aumento do reflexo de estiramento, levando a uma maior resistência muscular ao movimento passivo do segmento corporal e interferindo diretamente nas suas atividades de vida diária. A fisioterapia neurofuncional promove diminuição da espasticidade, porém, não se sabe definir seu efeito sobre este sintoma. Objetivo: Analisar o efeito de um protocolo de fisioterapia sobre o tônus muscular de indivíduos com LME.  Métodos:  Trata-se de um estudo piloto com 9 pacientes diagnosticados com tetraplegia ou paraplegia com espasticidade. A coleta de dados ocorreu no Ambulatório de Fisioterapia Neurofuncional de um Hospital Público. Os pacientes realizaram nove sessões de fisioterapia contendo exercícios terapêuticos passivos (alongamentos musculares) e mudanças de posturas, conforme protocolo de atendimento deste serviço. Os valores do tônus muscular pré e pós-fisioterapia foram mensurados pela Escala de Ashworth Modificada (EAM) e Teste Pendular (TP). Resultados: Os indivíduos apresentaram média de idade de 45,11±10,29 anos e 13,33±10,74 anos de lesão. Pela EAM, não houve redução significante da resistência muscular do membro inferior no primeiro dia de intervenção entre o valor pré e pós (p=0,56). No último dia de intervenção houve redução significante da resistência muscular entre o valor pré e pós (p=0,02); quando se comparou o valor pré da primeira intervenção com o valor pós da última intervenção não houve redução significante (p=0,08). Pelo TP, houve aumento significativo da velocidade de flexão da perna quando comparados valores pré e pós no primeiro dia de intervenção (p=0,01). No último dia de intervenção houve diferença significante (p>0,01); e quando se comparou o valor pré da primeira intervenção com o pós da última, houve aumento na velocidade de flexão (p=0,01). Conclusão: O protocolo de fisioterapia neurofuncional aplicado mostrou-se eficaz na redução da hipertonia muscular em pacientes com LME pela EAM e pelo TP. Acredita-se que o TP foi mais fidedigno do que a EAM, visto se tratar um teste objetivo. Portanto, o TP pode ser uma ferramenta adicional na avaliação e monitoramento do tônus muscular para esta população.

Page 101: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

96

Aspecto socioeconômico de indivíduos com lesão da medula espinhal. SOUZA, Danielly Fernanda1; VICENTE, Paloma Muniz dos Santos1; SILVA, Juliana Fernandes1; MERETICA, Larissa Floripes de Souza1; MORAES, Gabriela Fóz2; SANTOS, Suhaila Mahmoud Smaili3; SOUZA, Roger Burgo3*. 1Acadêmicas do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina- UEL; 2Residente em Fisioterapia Neurofuncional da Universidade Estadual de Londrina – UEL; 3Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina – UEL. Introdução: A gravidade e o déficit decorrente da lesão na medula espinhal impactam diretamente nos aspectos socioeconômicos desses indivíduos e de seus familiares. Diante disto, muitas vezes não é possível a sua reinserção na tarefa em que ele desempenhava no mercado de trabalho antes da lesão. Objetivos: Analisar as condições socioeconômicas de pacientes com lesão da medula espinhal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado com 85 pacientes com lesão da medula espinhal, no qual foram incluídos pacientes de ambos os gêneros. Para a coleta das informações foi utilizado um questionário estruturado, onde os pacientes eram abordados após a fisioterapia realizada em um Ambulatório de Fisioterapia Neurofuncional de um Hospital Público do norte do Paraná-PR. Todos os participantes respondiam ao questionário que era aplicado pela pesquisadora oralmente sob forma de entrevista. A pesquisa está de acordo como o Comitê de Ética com número – CAAE: 36112114.1.0000.5231. Resultados: A maioria dos pacientes é do gênero masculino (84,7%), com prevalência (81,2%) de indivíduos com paraplegia. Quanto à atividade laboral, a maioria (91,8%) trabalhava antes da lesão, havendo grande redução (16,5%) após. Quanto ao sustento familiar, 43,5% sustentava a casa sozinho antes da lesão e diminuindo para 32,5% após. Conclusão: Os resultados demonstraram que após a lesão o paciente se depara com dificuldades para reinserção nas atividades laborais no mercado de trabalho formal. Espera-se que o estudo contribua com subsídios para a reformulação de políticas públicas que diminuam o impacto socioeconômico dessa população.

Page 102: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

97

Avaliação e intervenção sobre a acessibilidade domiciliar de crianças com deficiência física.

JUNIOR, Nilson Williamy Bastos de Souza¹; RADIS, Lara Bezerra¹; MENANI, Marcela¹; COSTA, Gabriel Martins¹; SPILER, Morgana Luisa¹; ALPINO, Ângela Maria Sirena¹*; GALVAN, Carrie Chueiri Ramos¹*. ¹Universidade Estadual De Londrina. Introdução: A literatura destaca que a adaptação apropriada do ambiente domiciliar contribui para a funcionalidade/independência de pessoas com deficiência física (DF). O equilíbrio adequado entre a competência funcional do indivíduo e o ambiente que o cerca mostra-se de suma importância na promoção de sua saúde/bem-estar. Objetivo: Avaliar os efeitos de uma intervenção fisioterápica orientada à acessibilidade domiciliar, sobre o cotidiano de duas crianças com DF e seus cuidadores. Métodos: O estudo envolveu duas participantes (cinco e nove anos), com DF (GMFCS IV). Inicialmente, avaliou-se a função motora grossa (GMFM) das crianças, a necessidade de assistência do cuidador (PEDI) e a acessibilidade das residências (Instrumento de Avaliação da Acessibilidade Domiciliar de Crianças com DF). Com base nos problemas identificados, foi realizada a Intervenção que compreendeu: promoção de orientações às mães, fornecimento de adaptações individuais e sugestões de modificações ambientais in loco. Os efeitos da Intervenção foram avaliados por instrumento elaborado para investigar a satisfação das mães. Resultados: As participantes eram dependentes de assistência nas habilidades de higiene, vestuário, transferências e locomoção/mobilidade. Nos domicílios, identificaram-se vários aspectos restritivos da acessibilidade que dificultavam a participação das crianças e a atuação das mães, como degraus/desníveis, ausência de mobiliário adaptado. O banheiro destacou-se como ambiente mais inacessível. Sobre a satisfação relacionada à Intervenção, uma das mães indicou que 72% das ações resultou em melhora, apenas 27% não apresentou melhora/não foi acatado pela família; outra mãe considerou que 55% das ações trouxe melhora à rotina da família/criança. Conclusão: A abordagem in loco mostrou-se relevante para identificação dos problemas/dúvidas relacionados à acessibilidade/promoção de cuidados pelas mães. A busca do equilíbrio entre as condições ambientais e a competência funcional envolve não somente modificações estruturais/arquitetônicas, mas, frequentemente, requer dispositivos/recursos adaptados e consultoria especializada junto à família para indicação apropriada e manejo seguro/confortável desses recursos e das crianças com DF.

Page 103: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

98

Avaliação do equilíbrio estático pré e pós tratamento fisioterapêutico em paciente portador da doença de huntington: um

estudo de caso. ARANHA, Milena Ribeiro Mariucio1; MENDES, Fernando Cordeiro Vilar1*. 1Centro Universitário Ingá – Uningá. Introdução: A Doença de Huntington (DH) é uma patologia neurodegenerativa, autossômica dominante, hereditária, causada por uma alteração no gene IT15, a qual gera uma expansão da repetição do trinucleotídeo CAG (citosina-adenosina-guanina). Essa mutação, por sua vez, provoca a destruição de neurônios no corpo estriado cerebral, desencadeando sintomas motores que caracterizam a doença como os movimentos coréicos e principalmente os déficits no equilíbrio e na marcha que aumentam o risco de quedas nesses pacientes. Objetivo: avaliar e verificar se há diferença no equilíbrio estático, em apoio bipodal e unipodal, de um paciente portador da doença de Huntington, pré e pós tratamento fisioterapêutico. Métodos: A amostra foi composta por um paciente, do sexo masculino, portador da doença de Huntington. Para a avaliação foi fixado um smartphone na cicatriz umbilical do paciente e acionado o aplicativo Balance®, o qual é capaz de captar a velocidade média da oscilação corporal durante a execução do teste de Romberg, que foi realizado em apoio unipodal e bipodal. Foram executados 5 atendimentos que enfatizaram o treino de equilíbrio. Ao final do tratamento, o paciente foi reavaliado seguindo os mesmos critérios inicias. As informações obtidas durante a coleta dos dados foram organizadas e compiladas no programa Microsoft Excel 2013 para obtenção de percentuais adquiridos. Resultados: Após o tratamento fisioterapêutico, a velocidade média da oscilação corporal durante a manutenção do equilíbrio estático reduziu em 18% no apoio bipodal, e em 65% no apoio unipodal, demonstrando que houve melhora no equilíbrio estático. Conclusão: O tratamento fisioterapêutico, executado durante um curto período, foi capaz de melhorar o equilíbrio estático de um paciente com DH.

Page 104: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

99

Caracterização das crianças atendidas pela fisioterapia no setor de pediatria do Hospital Universitário: estudo de prontuário.

PARRA, Karina Massari1; BARTHOLO, Beatriz2; SADOYAMA, Beatriz Miki2; LIMA, Victória Cristina Gomes2; FABRIS, Sônia Maria3*

. 1Residente de fisioterapia em pediatria; Universidade Estadual de Londrina, UEL- Londrina, Paraná, Brasil; 2Graduanda em Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, UEL- Londrina, Paraná, Brasil; 3Docente do Departamento de Fisioterapia; Universidade Estadual de Londrina, UEL- Londrina, Paraná, Brasil.

Introdução: A caracterização da abordagem da fisioterapia pediátrica em um hospital universitário, se faz necessário para que possamos oferecer a melhor assistência possível. As doenças respiratórias compõem importante causa de hospitalização em crianças menores que 5 anos de idade. Objetivos: Caracterizar o atendimento fisioterapêutico em crianças em um hospital universitário. Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo, de pacientes atendidos, pelo setor de fisioterapia no Pronto Socorro e Enfermaria Pediátrica do Hospital Universitário de Londrina, no ano de 2018. Foram colhidas informações específicas, via análise de prontuário médico e fisioterapêutico, como: identificação do paciente, gênero, faixa etária, procedência, diagnóstico médico e cinético funcional, procedimento cirúrgico, tempo de internação, número de sessões de fisioterapia, técnicas e recursos fisioterapêuticos utilizados, além de orientações e encaminhamento para fisioterapia pós-alta hospitalar. A análise estatística foi descritiva por meio de distribuição de frequência e proporção. Resultados: Analisou-se 75 prontuários, 56% do sexo masculino, idade 3,9± 3,8 anos. Os diagnósticos mais comuns foram pneumonia (20%), SRAG (14%) e apendicectomia (14%). Das técnicas respiratórias utilizadas, 27% foram técnicas desobstrutivas e em 23% utilizou-se a pressão positiva. As motoras, 34% realizaram exercício ativo/ ativo-assistido, sendo que 44% não utilizou recursos materiais durante terapia. A média de sessões foi de 10±13 dias, uma sessão/dia em 72% dos prontuários. A média de internação foi de 13±11 dias, 52% na enfermaria. Destes 67% foram tratamentos clínicos, 33% cirúrgicos, onde o procedimento mais frequente foi apendicectomia (15%). Cerca de 55% não evoluiu o diagnóstico cinético funcional; 84% não realizou orientações; e em 85% não fazia referência a encaminhamentos para alta hospitalar. A taxa de mortalidade no período foi de 10% (n=8). Conclusão: Essa pesquisa oferece dados relevantes que poderão auxiliar o profissional fisioterapeuta, que atuam no HU/UEL, no desenvolvimento de melhorias nesta área, contribuindo para adequações e aprimoramentos.

Page 105: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

100

Comparação da ansiedade, depressão e qualidade do sono em indivíduos com doença de Parkinson que realizam e não realizam fisioterapia.

LIMA, Jéssica Cristina Gomes¹; ISHII, Victor Hugo Kenzo¹; SOUZA, Rogério José de¹; TERRA, Marcelle Brandão¹; FERREIRA, Gennifer Bernardo¹; SILVA, Tais Caroline Oliveira da¹; SMAILI, Suhaila Mahmoud¹*. 1Universidade Estadual de Londrina (UEL). Introdução: A doença de Parkinson (DP) é definida como uma doença neurodegenerativa crônica do sistema nervoso central, que acomete os neurônios dopaminérgicos da substância negra compacta, caracterizada por sintomas motores e não motores (SNM). Entre eles, destacam-se a depressão, ansiedade, déficits cognitivos e distúrbios do sono. Muito se tem estudado acerca da fisioterapia na melhora dos sintomas motores, porém, pouco se sabe a respeito dos seus efeitos sobre os SNM. Objetivo: Comparar a ansiedade, depressão e qualidade do sono em pacientes com DP que realizam e não realizam fisioterapia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostra de conveniência de 56 indivíduos de ambos os sexos com DP idiopática, sendo que 28 realizavam fisioterapia (GF) e 28 não realizavam (GNF). Para a avaliação foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Estadiamento Hoehn e Yahr modificada (HY), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), escala de sonolência de Epworth (ESE) e escala de sono para a doença de Parkinson (PDSS). Para análise estatística foi empregado o teste de Shapiro Wilk, teste t para amostras independentes ou teste de Mann-Withney através do programa SPSS 21, com significância estatística adotada de 5%. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto a ESE (P=0,19), PDSS (P=0,66) e HADS (P=0,36). No entanto, houve diferença estatisticamente significante quanto ao estadiamento da doença (HY) e tempo de diagnóstico entre os grupos (P=0,04 e P=0,00, respectivamente), mostrando que os indivíduos do GNF possuíam 3,5 anos a menos no tempo de diagnóstico e menor comprometimento da doença. Conclusão: Indivíduos com DP que realizam fisioterapia, apresentam ansiedade, depressão e qualidade do sono semelhante à de indivíduos que não realizam fisioterapia. No entanto notou-se maior tempo de diagnóstico para o GF, o que nos leva a refletir se o exercício tem sido um fator de proteção para esse grupo.

Page 106: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

101

Comparação da fadiga e qualidade de vida entre indivíduos com doença de Parkinson que realizam e não realizam fisioterapia.

PEREIRA, Larissa Lecy1; SILVA, Bianca Floriano1; BARBOZA, Natália Mariano1; TERRA, Marcelle Brandão1; FERREIRA, Larissa Alessandra Pereira1; GILINI, Mariana Felix1; SMAILI, Suhaila Mahmoud1*. 1Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina – Londrina – PR – Brasil. Introdução: Indivíduos com DP apresentam sintomas como rigidez, tremor, bradicinesia, alterações de equilíbrio e marcha, fadiga, entre outros. Com a progressão da doença aumenta-se a incapacidade motora o que acarreta piora na qualidade de vida (QV). A fisioterapia tem papel benéfico no tratamento destes indivíduos. Objetivos: Investigar a fadiga e a QV de indivíduos com DP que realizam e que não realizam fisioterapia. Métodos: Foram recrutados 56 indivíduos, sendo estes alocados em um grupo de indivíduos com DP praticantes de fisioterapia (GF/ n=28) e um grupo de indivíduos com DP não praticantes de fisioterapia (GNF/ n=28). Inicialmente foram coletados dados de caracterização como idade, peso, estatura, tempo de diagnóstico, sexo, estadiamento da doença pela escala de Hoehn & Yahr modificada (HY) e Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Para a avaliação da fadiga foi utilizada a escala de fadiga da doença de Parkinson (PFS), e para a avaliação da QV o questionário para qualidade de vida na doença de Parkinson (PDQ-39). A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste t de Student para amostras independentes ou teste Mann-Whitney por meio do programa SPSS 20. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes quanto ao tempo de diagnóstico (p=0,000) e estadiamento da doença, pela escala de HY (p=0,04). Quanto a fadiga, verificou-se que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. Na avaliação da QV pelo questionário PDQ-39, houve diferença estatisticamente significante entre os grupos apenas para o domínio cognição (p=0,01), que demonstrou que o GF apresentou maior comprometimento da cognição em relação ao GNF. Conclusão: Não houve diferença na avaliação da QV e da fadiga entre os grupos. Os indivíduos do GF apresentaram maior severidade da doença e maior tempo de diagnóstico.

Page 107: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

102

Comparação da qualidade do sono e fadiga entre idosos saudáveis e idosos com doença de Parkinson.

DA SILVA, Patrícia Gonçalves Broto¹; ZAGO, Gabriela Casagrande¹; MIRI, Andressa Leticia¹; ARAÚJO, Hayslenne Andressa Gonçalves de Oliveira¹; DA SILVA, Aline Emily¹; DE SOUZA, Rogério José¹, SMAILI, Suhaila Mahmoud ¹*. ¹Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Neurofuncional (GPFIN), Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina –PR. Introdução: O processo de envelhecimento populacional está diretamente relacionado ao aumento da prevalência de doenças crônicas e incapacitantes, como a doença de Parkinson (DP), caracterizada pela presença de sintomas motores e não motores, entre eles alterações no sono e fadiga. Desse modo é fundamental a avaliação e manejo adequado destes sintomas em indivíduos com DP. Objetivo: Avaliar a qualidade do sono e ocorrência de fadiga em indivíduos com DP e compará-los com idosos saudáveis (IS). Métodos: Estudo transversal, do tipo caso controle, composto por 60 participantes, ambos os sexos, sendo 33 idosos saudáveis e 27 idosos com DP. Para avaliação da fadiga foi utilizada a Escala de Gravidade de Fadiga (FSS) e para avaliação do sono foram utilizados a Escala de sonolência de Epworth e o Índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI). O estadiamento e avaliação clínica da DP foi mensurado pela Escala de Estadiamento de Hoehn e Yahr modificada e Escala Unificada para avaliação da DP. Para análise estatística comparativa foi utilizado o teste t de Student e Mann Whitney, considerando p < 0,05. Resultados: No desfecho sono pela PSQI notou-se diferença estatisticamente significante nos domínios: duração (p=0,001), qualidade (p= 0,03) e distúrbios do sono (p= 0,04), indicando maior pontuação no grupo de idosos com DP. Com relação a fadiga, notou-se diferença entre os grupos, sendo maior no grupo de DP (p= 0,02). Tendo como referência o sexo, houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos IS e DP com relação à fadiga (p= 0,01), a duração do sono (p=0,01) e o total do PSQI (p= 0,008) no sexo feminino; não houve diferença entre os grupos considerando o sexo masculino. Conclusão: Indivíduos com DP apresentam pior qualidade do sono e maiores níveis de fadiga quando comparados aos idosos saudáveis, ademais foi demonstrado maior comprometimento no sexo feminino.

Page 108: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

103

Comparação da depressão, qualidade de vida e risco de quedas entre idosos saudáveis e idosos com doença de Parkinson.

PAUCIC, Maria Carolina1; KOCHEM, Laryssa1; SILVA, Taís Caroline Oliveira1; BARBOZA, Natália Mariano1; VOLPE, Renata Pasquarelli1; LOPES, Joseane1; SMAILI, Suhaila Mahmoud1*. 1Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Introdução: a idade avançada acarreta inúmeras alterações fisiológicas que podem contribuir para o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson (DP), apresentando sintomas motores e não motores bem característicos. Essas alterações podem desencadear uma pior qualidade de vida e depressão, além de aumentar o risco de queda em idosos com DP. Objetivo: avaliar e comparar idosos saudáveis e idosos com DP quanto à ocorrência de depressão, percepção da qualidade de vida e risco de quedas. Método: foi realizado um estudo transversal, de comparação do tipo caso controle com 51 indivíduos, sendo um grupo de idosos saudáveis (GIS) e um grupo de idosos com DP (GDP), que foram avaliados por meio dos seguintes instrumentos: Escala de Estadiamento de Hoehn e Yahr Modificada (H&Y), Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15), Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) e Escala de Eficácia de Quedas Internacional (FES-I). Para a análise estatística foi utilizado o programa SPSS 20. Resultados: em relação ao medo de cair, avaliado pela escala FES-I, o GDP apresentou maior medo comparado ao GIS (P=0,02), enquanto a avaliação da depressão pela escala GDS-15 não revelou uma diferença estatisticamente significante entre esses grupos (P=0,08). Durante a avaliação da qualidade de vida, aplicando-se o questionário SF-36, houve diferença estatisticamente significante nos seguintes domínios: capacidade funcional (P=0,02), aspecto físico (P=0,01), dor (P=0,002), estado geral da saúde (P=0,002), vitalidade (P=0,03), aspecto social (P=0,004) e aspecto emocional (P=0,02), com piores escores para o GDP (P<0,05). Conclusão: a avaliação minuciosa dos sintomas não motores é imprescindível, uma vez que idosos com DP apresentam piores resultados desses sintomas quando comparados a idosos saudáveis e também devido a sua influência direta nos sintomas motores e na independência funcional dos indivíduos com DP.

Page 109: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

104

Comportamento da frequência cardíaca, pressão arterial e percepção subjetiva do esforço em pessoas com paraplegia no treino de marcha:

relato de caso. SILVA, Juliana Fernandes1; CENTENARO, Gabriela1; BENEDICTO, Ana Júlia1; SOUZA, Danielly Fernanda1; MERETICA, Larissa Floripes de Souza1; FERNANDES, Maria Vitória Fabrini1; SOUZA, Roger Burgo2*. 1Acadêmicas do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina – UEL; 2Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina – UEL. Introdução: A lesão da medula espinhal é uma grave síndrome neurológica incapacitante, com alterações da sensibilidade, motricidade e distúrbios do sistema autonômico, responsável por regular dentre as funções no nosso corpo, a variação da frequência cardíaca e atividade periférica vasomotora. Os parâmetros de avaliação são indispensáveis em estudos epidemiológicos, uma vez que o controle desses fatores é considerado de grande importância na prevenção de doenças crônicas como a síndrome metabólica nesta população. Objetivo: Avaliar a frequência cardíaca (FC), a pressão arterial (PA) e a percepção subjetiva do esforço, dispneia e fadiga (Borg D e F), em pacientes com lesão da medula espinhal durante o treino de marcha entre barras paralelas. Métodos: Trata-se de um estudo de caso com dois pacientes com lesão medular. A coleta de dados ocorreu no ambulatório de fisioterapia de um Hospital Público. Os pacientes selecionados realizaram treino de marcha entre barras paralelas durante uma fisioterapia neurofuncional. Resultados: Os valores de FC, PA e Borg aumentaram gradativamente do pré ao pós-treino, sendo coletados em 3 momentos. O P1 apresentou valores das FC de 76-128-148 bpm, a PA de 137/100-147/100-150/110 mmHg, o Borg D de 0-2-4 e Borg F de 1-3-4. O P2 apresentou valores das FC de 90-136-149 bpm, a PA de 113/77-130/83-137/87 mmHg, o Borg D de 0-3-8 e Borg F de 0-7-8. Tais valores indicaram que os exercícios terapêuticos entre as barras paralelas foram classificados em exercícios de alta intensidade. Conclusão: Os resultados demonstraram que o protocolo de exercícios entre as barras paralelas altera o comportamento cardíaco de paraplégicos. Acredita-se que pode ser indicado para incrementar a fisioterapia neurofuncional, promovendo o condicionamento físico e prevenindo comorbidades nesta população.

Page 110: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

105

Comparação da performance cognitiva entra idosos saudáveis e com doença de Parkinson.

PASSOS, Nicolle Lima¹; OKAMOTO, Rafael Shigueo¹; ARAÚJO, Hayslenne Andressa Gonçalves de Oliveira¹; BARBOZA, Natália Mariano¹; de SOUZA, Monique Vieira¹; ALVARES, Eduarda Campanini¹; SMAILI, Suhaila Mahmoud¹*. ¹ Universidade Estadual de Londrina. Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno de crescimento exponencial mundialmente e reflete em aumento da prevalência de doenças crônicas e degenerativas, como a doença de Parkinson (DP). A DP é uma doença degenerativa e progressiva que acomete o sistema nervoso central e manifesta-se por sintomas motores, como a bradicinesia, tremor de repouso, rigidez e instabilidade postural; e sintomas não motores, dentre os quais estão os distúrbios do sono, disfunção autonômica, sintomas neuropsiquiátricos e disfunção cognitiva. O comprometimento cognitivo afeta a capacidade funcional do indivíduo, causando perda da independência e autonomia, impactando diretamente na qualidade de vida. Objetivo: Comparar a performance cognitiva entre idosos saudáveis e idosos com doença de Parkinson. Métodos: Trata-se de um estudo transversal do tipo caso controle, composto por um grupo de idosos saudáveis da comunidade (GIS/n=26) e um grupo de idosos com DP pertencentes a um ambulatório especializado em fisioterapia neurofuncional (GDP/n=26). A avaliação cognitiva foi realizada pelos seguintes instrumentos: Avaliação cognitiva Montreal (MoCA), avaliação cognitiva e perceptual por meio de figuras, trail making test (TMT), fluência verbal categórica (FV). Para a análise de comparação dos grupos foi utilizado o teste de t de Student para amostras independentes e Mann Whitney, de acordo com a normalidade dos dados. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante para o TMT parte A e B (p=0,31 e p=0,91 respectivamente), teste de figuras (figura 1 p=0,31 e figura 2 p=0,17), FV (p=0,35) e MoCA (p=0,33). Conclusão: Os indivíduos com DP apresentaram função cognitiva semelhante ao grupo de idosos saudáveis.

Page 111: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

106

Consultoria colaborativa da fisioterapia junto a auxiliares operacionais que atendem alunos com deficiência física no ensino regular.

SPILER, Morgana Luisa1; ALPINO, Marina Sirena1; HERNANDES, Nídia Aparecida1; PRADO, Thais Araujo do1; SANTOS, Ana Beatriz Rocha dos¹; CUNHA, Caio Rodrigues da1; ALPINO, Ângela Maria Sirena2*.

1Universidade Estadual de Londrina. Introdução: Profissionais que auxiliam alunos com deficiência física (DF) na escola relatam dificuldade em adquirirem conhecimentos relacionados ao tema e insegurança em manusear/interagir com esses alunos. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos de uma proposta de consultoria colaborativa da Fisioterapia junto a auxiliares operacionais que atendem alunos com DF no ensino regular. Metodologia: Trata-se de um estudo longitudinal e prospectivo, com delineamento quasi-experimental que envolveu a capacitação de 24 auxiliares operacionais para o atendimento de alunos com DF inseridos em escolas estaduais de Londrina. Previamente, foi utilizado um questionário a fim de traçar o perfil dos participantes e investigar a existência de dificuldades/inseguranças em atender alunos com DF. A Intervenção foi composta por dois encontros/oficinas com abordagem teórica e prática por meio de palestras; treinamento de habilidades para promoção de cuidados a alunos com DF; espaços para sanar dúvidas/partilhar experiências profissionais, além de disponibilizar material educativo, contendo orientações sobre os assuntos abordados nas oficinas. Ao final, foram utilizados questionários para avaliação retroativa e de satisfação. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino, idade média de 41 anos (±11); 59% casados e com filhos; 63% relatou experiência como cuidador, porém, apenas cinco pessoas realizaram algum curso/treinamento para a função. Após a Intervenção, foram obtidos resultados positivos relacionados à segurança dos participantes na promoção de auxílio ao aluno com DF dentro/fora da sala de aula, na realização de transferências e para identificação de barreiras arquitetônicas, além de evidenciar maior satisfação no trabalho. Entretanto, 25% dos participantes indicaram sentir-se mais ansiosos/inseguros e 5%, mais ansiosos/frustrados em sua atuação profissional após a Intervenção. Conclusão: A consultoria colaborativa da Fisioterapia junto a auxiliares operacionais promoveu maior conscientização e segurança relacionada aos cuidados de alunos com DF, além de melhorar o conhecimento desses profissionais sobre as condições e necessidades de seus alunos.

Page 112: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

107

Correlação entre fadiga e equilíbrio em indivíduos com doença de Parkinson.

MARCHIORI, Poliana1; TERRA, Marcelle Brandão1*; CARAMASCHI, Isabela Kauffmann Fidalgo1; DA SILVA, Tais Caroline Oliveira1; BUENO, Maria Eduarda Brandão1; VOLPE, Renata Pasquarelli1; SMAILI, Suhaila Mahmoud1.

1Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina. Introdução: A doença de Parkinson (DP) é definida como um distúrbio neurológico progressivo, caracterizada por sintomas motores e não motores, entre os quais destacam-se os distúrbios de equilíbrio e a fadiga. Esta caracteriza-se por uma forte sensação de cansaço, exaustão e pela falta de energia, podendo acometer entre 30% a 70% dessa população. Objetivo: (1) avaliar se há correlação entre a fadiga e o equilíbrio em indivíduos com DP; (2) comparar o equilíbrio de indivíduos com DP com relato e sem relato de fadiga. Método: Estudo transversal, com inclusão de 37 indivíduos com DP, os quais foram divididos em dois grupos: sem fadiga (n = 25) e com fadiga (n = 12). A fadiga foi avaliada por meio da Escala de Fadiga da Doença de Parkinson (PFS) e o equilíbrio foi analisado por meio da plataforma de força BIOMEC400®, a partir das variáveis: área, amplitude e velocidade do centro de pressão dos pés (COP), nas direções ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML). Para verificar a correlação entre os parâmetros de fadiga e equilíbrio, utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. Para a comparação das medidas de equilíbrio entre os grupos, utilizou-se o teste de Mann-Whitney. Resultados: Não foi verificada correlação significante entre fadiga e equilíbrio; não houve diferença significante entre o equilíbrio dos grupos com e sem fadiga. Conclusão: Nossos achados demonstraram que não há correlação entre equilíbrio e fadiga, e que indivíduos que relatam fadiga não apresentam pior equilíbrio, em comparação a indivíduos com DP que relatam fadiga.

Page 113: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

108

Efeito agudo da eletroestimulação transcraniana por corrente contínua em atividades de dupla tarefa em pacientes com doença de Parkinson.

PEREIRA, Nathalia Fontana1; ANGELO, Edylaine Radetzke1; VOLPE, Renata Pasquarelli1; BUENO, Maria Eduarda Brandão1; DE SOUZA, Rogério José1; MIRI, Andressa Leticia1; SMAILI, Suhaila Mahmoud1*. 1Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina - Londrina, PR. Introdução: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é um método não invasivo, que consiste na aplicação de corrente elétrica de baixa intensidade a fim de modificar a excitabilidade cortical e induzir a neuroplasticidade. Esta apresenta bons resultados na melhora dos sintomas motores e não motores de indivíduos com doença de Parkinson (DP), os quais apresentam dificuldade em realizar atividades de dupla tarefa (DT), que contemplam a associação de tarefas (motora e cognitiva). Objetivo: Verificar o efeito agudo da ETCC na melhora da realização de DT em indivíduos com DP. Métodos: Trata-se de estudo duplo-cego, randomizado, sham-controlado, composto por 24 indivíduos, que realizaram duas sessões de ETCC (real e sham) de forma aleatorizada, com intervalo de uma semana. Os indivíduos foram avaliados antes e após a ETCC por meio de um protocolo composto por cinco tarefas simples (TS) e cinco DT, com o tempo de execução cronometrado (segundos). Na ETCC real, a corrente foi aplicada no córtex motor primário contralateral ao hemicorpo mais afetado por 20 minutos com intensidade de 2 mA. Para análise estatística, foi utilizado teste de Wilcoxon para comparação intragrupos entre os momentos pré e pós-intervenção considerando p<0,05. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na execução das tarefas para os dois grupos. No grupo estimulação houve diferença entre os momentos pré e pós intervenção para: TS 2 (p=0,004), DT 2 (p=0,009), TS 3 (p=0,021), DT 3 (p=0,001), TS 5 (p=0,027). Já no grupo sham, as seguintes atividades apresentaram diferenças estatisticamente significantes: TS 1 (p=0,008), DT 2 (p=0,001), TS 3 (p=0,001), DT 3 (p=0,003), DT 4 (p=0,002) e DT 5 (p=0,034). Conclusão: Uma sessão de ETCC sobre o córtex motor primário não foi efetiva para melhorar a DT de indivíduos com DP.

Page 114: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

109

Efeito da fadiga nos aspectos motores e não motores na doença de Parkinson.

LOPES, Josiane1,2; ARAÚJO, Hayslenne Andressa Gonçalves de Oliveira2; ISHII, Thayná Lye2; SMAILI, Suhaila Mahmoud2*. 1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO); 2Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Introdução: A fadiga é um dos sintomas não motores mais comuns em indivíduos com doença de Parkinson (DP), entretanto sua associação com as funções de vida diária é pouco explorada. Objetivo: Avaliar o efeito da fadiga nos aspectos motores e não motores da vida diária de indivíduos com DP. Métodos: Trata-se de estudo transversal com amostra de conveniência de 31 indivíduos com DP idiopática avaliados pela escala unificada da DP (UPDRS): parte I - Aspectos não motores da vida diária, parte II - Aspectos motores da vida diária, escala de estadiamento de Hoehn e Yahr modificada (HY) e escala de fadiga da DP (PFS-16). Os dados foram analisados de acordo com a distribuição da normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. Para a comparação entre grupos com e sem fadiga foi utilizado o teste Mann-Whitney e para análise de correlações, o teste de correlação de Spearman. O valor de significância adotado foi de 5% utilizando o programa SPSS-20. Resultados: O sintoma fadiga foi encontrado em 32,25% da amostra. A comparação entre grupos com e sem fadiga revelou diferença significante entre o estadiamento da doença, os itens da UPDRS-Parte I (humor depressivo, apatia, problemas de sono, dor, problemas urinários, tontura ao se levantar), além do escore total da UPDRS partes I e II. Houve correlação moderada entre fadiga e os itens UPDRS parte I (disfunção cognitiva, alucinações e psicose, humor depressivo, apatia, problemas do sono, dor, problemas urinários e fadiga) e o item bloqueio na marcha da UPDRS parte II. Conclusões: Indivíduos com DP que apresentam fadiga tem maior comprometimento da doença e dos aspectos não motores da vida diária relacionados às disfunções cognitivas, alterações comportamentais, desordens do sono, dor e disfunção urinária quando comparados ao grupo sem fadiga. Os bloqueios motores durante a marcha também se correlacionaram com a fadiga.

Page 115: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

110

Efetividade da estimulação transcraniana por corrente contínua aguda na melhora da marcha em pacientes com doença de Parkinson.

DE OLIVEIRA, Bianca Camargo1; UMENO, Mariana Panagio1; ANGELO, Edylaine Radetzke1; BUENO, Maria Eduarda Brandão1; BARBOZA, Natália Mariano1; TERRA, Marcelle Brandão1; SMAILI, Suhaila Mahmoud1*.

¹Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina –Londrina-PR. Introdução: A doença de Parkinson (DP) é caracterizada por sintomas motores e não motores. Tais sintomas podem prejudicar a marcha do indivíduo, que passa a caminhar lentamente e com comprimento de passo reduzido. Um dos tratamentos que vem sendo muito utilizado para a melhora desses sintomas é a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), que é relativamente barata e fácil de ser administrada, porém, ainda não se sabe quais são os parâmetros ideais para a melhora desse comprometimento. Objetivo: Avaliar a efetividade da ETCC aguda associada à intervenção fisioterapêutica na melhora da marcha em pacientes com DP. Métodos: Trata-se de estudo duplo-cego, randomizado e sham-controlado, em que os indivíduos recebiam estimulação real com eletrodo anódico posicionado em Cz por 20 minutos com intensidade de 2 mA seguida de uma sessão de fisioterapia, ou estimulação sham seguida de uma sessão de fisioterapia. Os indivíduos foram avaliados antes e imediatamente após a estimulação e a fisioterapia, e foram reavaliados após 24 horas (follow-up). A avaliação foi realizada em um laboratório de marcha, considerando as seguintes variáveis: comprimento e largura do passo, cadência e velocidade. Resultados: Não foram encontradas diferenças significantes para os desfechos da marcha. Conclusão: O presente estudo evidenciou que uma sessão de ETCC associada à fisioterapia neurofuncional não resultou na melhora das variáveis de marcha de indivíduos com DP.

Page 116: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

111

Efetividade da estimulação transcraniana por corrente contínua aguda na melhora do equilíbrio em pacientes com doença de Parkinson.

OLIVEIRA, Camila Caramanico¹; FRAZÃO, Vitória Joaquim¹; BUENO, Maria Eduarda Brandão¹; MORAES, Gabriela Fóz¹; SOUZA, Camila¹; MÉNDEZ, Maria Verônica González¹; SMAILI, Suhaila Mahmoud¹*. ¹Departamento de Fisioterapia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo e progressivo que acomete a substância negra do mesencéfalo, gerando um déficit no nível de dopamina do sistema nervoso central. Um dos principais sintomas motores da DP é a instabilidade postural, que pode ser identificada em vários estágios da doença e progride de acordo com a evolução da mesma. A terapêutica da doença é centrada no tratamento medicamentoso e cirúrgico, entretanto, podem ocorrer efeitos colaterais, riscos e complicações aos pacientes. Dessa forma, a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) tem sido evidenciada, devido às vantagens que oferece, contudo, ainda não se sabe quais são os parâmetros ideais de estimulação para cada sintoma. Objetivo: Avaliar a efetividade da ETCC aguda associada à fisioterapia na melhora do equilíbrio em pacientes com DP. Métodos: Trata-se de um estudo duplo-cego, randomizado, em que os indivíduos foram submetidos à estimulação real ou sham e logo após realizaram uma sessão de fisioterapia. O posicionamento dos eletrodos seguiu o padrão do sistema internacional de EEG 10/20 e a corrente foi aplicada na área Cz por 20 minutos e com intensidade de 2mA. Os indivíduos foram avaliados pelo centro de massa no laboratório de marcha antes e imediatamente após a estimulação e a fisioterapia, e após 24 horas foram submetidos a uma reavaliação (follow-up). Resultados: Não foram encontradas diferenças significantes nas variáveis deslocamento, amplitude ântero-posterior e amplitude médio-lateral do centro de massa. Conclusão: Este estudo evidenciou que uma sessão de ETCC associada à fisioterapia não resultou na melhora do equilíbrio em pacientes com DP.

Page 117: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

112

Intervenção fisioterápica funcional junto à criança com lesão medular traumática: Acessibilidade e participação.

SCARANTI, Valéria¹; QUILES, Laís Ribeiro¹; ALVES, Egle de Oliveira Netto Moreira¹; CHINELLATO, Luana Pereira¹; DOS SANTOS, Ana Beatriz Rocha¹; JÚNIOR, Nilson Willamy Bastos de Souza¹; ALPINO, Ângela Maria Sirena¹*. ¹Universidade Estadual de Londrina. Introdução: Crianças com deficiência física (DF) podem apresentar restrições na participação, não apenas pelas dificuldades motoras existentes, mas também pelas características ambientais. Objetivos: Avaliar os efeitos de uma Intervenção por meio de consultoria colaborativa do fisioterapeuta sobre a acessibilidade, a funcionalidade e a participação de uma criança com DF nos ambientes domiciliar e escolar. Método: O estudo envolveu uma criança do sexo feminino, 11 anos de idade, com lesão medular, e compreendeu as seguintes etapas: a) Avaliação da acessibilidade e da participação da criança no domicílio e na escola; b) Intervenção in loco e c) Reavaliação. Para a coleta de dados, foram utilizados o PEDI; o Instrumento de avaliação de atividades e participação (CIF); além de roteiros para avaliar a acessibilidade domiciliar/escolar e para investigar dúvidas/dificuldades e expectativas da família/equipe escolar. A Intervenção abrangeu treinamento funcional de habilidades específicas, desenvolvimento de adaptações, orientações especializadas sobre posicionamento/manuseio, além do fornecimento de relatório contendo sugestões de modificações estruturais/adaptações ambientais no domicílio/escola. Resultados: O envolvimento do fisioterapeuta nos contextos escolar e domiciliar foi de grande importância para avaliar a acessibilidade, identificar as reais dificuldades de participação/autonomia da participante e planejar adequadamente a Intervenção. As orientações foram avaliadas como esclarecedoras e relevantes; algumas adaptações/modificações ambientais foram providenciadas no domicílio e na escola; a participante adquiriu autonomia com a cadeira de rodas e tornou-se independente em algumas habilidades de transferências/locomoção e higiene. Conclusão: o conceito de reabilitação de crianças com DF vai além da avaliação/tratamento de capacidades individuais, ao contrário, requer investigação in loco das reais necessidades/limitações quanto ao desempenho funcional, muitas vezes restrito pela existência de inadequações ambientais. A consultoria colaborativa do fisioterapeuta junto à escola e à família caracteriza uma abordagem terapêutica funcional, pois visa à promoção da acessibilidade, da funcionalidade e da participação da criança com DF em situações reais da vida.

Page 118: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

113

Os benefícios da estimulação fisioterapêutica para o desenvolvimento motor precoce em crianças com síndrome de West.

RABELO, Camila Caputo¹; WESTARB, Bianca Olivetti¹; Fabiana Nonino de Sá¹*. ¹Unicesumar - Centro Universitário de Maringá. Introdução: A Síndrome de West foi descrita como uma forma de convulsão infantil bem característica, apresentando espasmos musculares em flexão e deficiência mental, visualizando um eletroencefalográfico patognomônico (hipsarritmia), sendo assim, a Síndrome de West foi enquadrada na classificação de epilepsias. O prognostico em 85% dos casos ocorre evolução com sequelas motoras e cognitivas graves. O Desenvolvimento Motor é uma alteração ou mudança no comportamento motor, durante todo ciclo de vida. O bebê estudado possui atraso no desenvolvimento motor decorrente do seu diagnóstico de Sindrome de West, o qual foi submetido ao metodo Bobath. Bobath, tem como objetivo facilitar padrões normais de movimentos, e inibir padrões de atividade reflexa anormal. Objetivos: Analisar os benefícios da estimulação fisioterapêutica através do método Bobath no caso de Síndrome de West, em um bebê com atraso motor em sua fase de mielinização. Métodos: Foram empregadas as escalas de DENVER II e PEDI como métodos avaliativos pré e pós intervenção fisioterapêutica. Resultados: O trabalho obteve ganhos motores e consequente diminuição no atraso motor, em especial na aquisição do controle cervical do bebê estudado. Conclusão: A intervenção fisioterapêutica em um bebê de um ano e quatro meses, com síndrome de West se conclui de forma satisfatória para benefícios motores.

Page 119: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

114

Perfil motor dos prematuros atendidos na clínica escola de Fisioterapia da Unicesumar.

LYRA, Rodrigues Carol¹; CORSI, Dias Thaila¹; MARIN, de Sá Melani¹; CASTRO, Filomena, Rafaelly¹; GUIMARÃES, Rita Thamíris¹; OLIVEIRA, Ildane¹; PALÁCIO, Gaspar Siméia¹*.

¹Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. Departamento de Fisioterapia; Introdução: A prematuridade predispõe o neonato a maiores riscos de comorbidades, sendo uma delas o atraso no desenvolvimento motor, devido à imaturidade dos órgãos e sistemas. Objetivo: O estudo teve como objetivo avaliar o do desenvolvimento motor de bebês prematuros. Metodologia: A presente pesquisa do tipo transversal foi realizada no Centro Universitário de Maringá e teve início após aprovação doComitê de Ética e Pesquisa da Unicesumar. Foram selecionados 16 prematuros triados das unidades básicas de saúde e de consultórios particulares de Maringá–PR, com idade gestacional ≤ 37 e excluídos neonatos atermo com doenças e síndromes neurológicas associadas. Os mesmos foram avaliados utilizando a escala Alberta Infant Motor Scale (AIMS) e por um questionário criado pela equipe de pesquisadores, contendo dados relacionados à gestação, ao parto, perfil socioeconômico dos pais e comorbidades associadas ao neonato. Resultados: Do total de 16 bebês avaliados, 9 eram meninos (56,25%) e 7 meninas (43,75%), com média de: idade cronológica ±6,18 meses, idade gestacional corrigida de ±19,68 semanas, média de peso ±2,149 kg e média de duração das gestações de ±33 semanas. Houve predominância de parto do tipo cesariana 93,75%, sendo que 37,5% apresentaram complicações peri ou pós- nascimento. A análise do desenvolvimento motor demonstrou que 43,75% apresentou desenvolvimento motor favorável,18,75 % suspeito e 37,5 % com atraso, sendo que todos os pais eram casados, com grau de escolaridade predominante ensino superior completo. Conclusão: Concluiu-se então que a prematuridade prevaleceu no sexo masculino, com predominância de parto cesáreo e em relação ao desenvolvimento motor adequado a idade cronológica.

Page 120: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

115

Preditores de desempenho do movimento de alcance em indivíduos pós-acidente vascular encefálico.

BINDA, Aline Cristiane1,2; FRÉZ, Andersom Ricardo1,2; KNAUT, Sibele de Andrade Melo3; PADULA, Rosimeire Simprini2; ALOUCHE, Sandra Regina2*. 1Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Guarapuava/PR; 2Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), São Paulo/SP; 3Faculdade Inspirar, Curitiba/PR. Introdução: O comprometimento na função dos membros superiores após acidente vascular encefálico causa prejuízo no desempenho do movimento de alcance. No entanto, os fatores preditores do desempenho do movimento de alcance ainda não estão claros. Objetivos: Identificar os preditores do movimento de alcance em indivíduos pós-acidente vascular encefálico. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com indivíduos com diagnóstico clínico de AVE. Para avaliar o desempenho do movimento de alcance foi utilizada a versão brasileira da Reaching Performance Scale. Para identificar os preditores do movimento de alcance foram avaliados: 1) comprometimento sensório-motor, por meio da versão brasileira da subescala para membro superior da Escala de Fugl Meyer; 2) destreza manual, por meio do Box and Block Test; 3) forças musculares, considerando-se a força de pinça lateral, preensão manual, de extensores de punho e cotovelo e flexores do ombro, por meio de dinamômetros. Foi realizada análise de regressão linear múltipla e a técnica de redes neurais para identificar a importância das variáveis em predizer o movimento de alcance. Resultados: Foram avaliados 40 indivíduos em dois momentos, totalizando 80 avaliações. A análise de regressão linear múltipla demonstrou que o comprometimento sensório-motor, a força de extensores do punho e cotovelo e a destreza manual explicaram 95,8% do movimento de alcance. Por meio do modelo de redes neurais observou-se que o comprometimento sensório-motor, a destreza manual e a força de extensores do punho explicaram 81,3% da predição do movimento de alcance. Conclusões: O comprometimento sensório-motor, a força de extensores do punho e cotovelo e a destreza manual são as principais variáveis que explicaram o desempenho movimento de alcance.

Page 121: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

116

Prognóstico de marcha em indivíduos com lesão medular utilizando WISCI II.

FERNANDES, Maria Vitória Fabrini1; CENTENARO, Gabriela1; MAEDA, Tamy Domhof1; NASCIMENTO, Ariadny Napolitano1; BENEDICTO, Ana Júlia1; SANTOS, Suhaila Mahmoud Smaili2; SOUZA, Roger Burgo2*. 1Acadêmicas do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina - UEL; 2Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina - UEL. Introdução. A restauração da marcha após lesão da medula espinal (LME) é importante para melhora da função locomotora destes indivíduos, a fim de conquistar maior independência. A partir da necessidade de classificar o prognóstico da marcha após a LME, sua graduação e possíveis evoluções, foi criado o Índice de Marcha para Lesão Medular II (WISCI II - Walking Index for Spinal Cord Injury). Objetivo. Quantificar o prognóstico de marcha em indivíduos com LME por meio do WISCI II. Métodos. Trata-se de uma série de casos com 10 indivíduos com LME atendidos em um Serviço Público de Fisioterapia Neurofuncional. Todos os pacientes foram entrevistados, obtendo-se os dados pessoais, clínicos e classificação segundo a American Spinal Injury Association (ASIA). Em seguida, foi aplicado o WISCI-II. Inicialmente, foi solicitado ao paciente a execução da marcha no nível auto selecionado. Caso realizado corretamente, solicitou-se a execução dos próximos níveis até a falha ou término do teste. Considerou-se a pontuação do WISCI II o último nível realizado pelo indivíduo de forma correta e com menor risco possível. Resultados. A média de idade foi de 45,9±14,78 anos, com predomínio (80,0%) do gênero masculino e 60% dos pacientes com lesão medular incompleta. A pontuação do WISCI II resultou em uma mediana de 6,5(4–20), mostrando que esses indivíduos apresentam marcha com andador ou duas muletas, fazendo uso de órteses e assistência de uma pessoa. Conclusão. A maioria dos pacientes com lesão medular deste estudo apresentam capacidade de marcha com andador ou duas muletas, fazendo uso de órteses e assistência de uma pessoa, com evolução dos níveis a partir do auto selecionado. O instrumento mostrou-se adequado para os pacientes submetidos ao teste, podendo ser utilizado como objetivo de treinamento para evolução da marcha.

Page 122: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

117

Relação do nível socioeconômico e ambiental em crianças com paralisia cerebral.

LIMA, Giovanna1; BALBINO, Bruna1; NONINO; Fabiana1*. 1Departameto de fisioterapia da Unicesumar. Introdução: A paralisia cerebral é uma das causas mais comuns de distúrbios físicos graves na infância. Para um bom desenvolvimento da criança é necessário acompanhamento multiprofissional e participação em atividades complementares. Observa-se que o nível social familiar da criança com paralisia influencia na reabilitação física e seu prognóstico. Assim como seu conhecimento sobre a especificidade dos distúrbios psicomotores que acarretam essa deficiência. Objetivo: Verificar se as condições socioeconômicas e ambientais influenciam no desenvolvimento motor de crianças com paralisia cerebral. Metodologia: Esta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica, qualitativa e descritiva. Foi realizado levantamento de dados nas plataformas de pesquisa: Scielo, Medline, Pubmed, Lilacs e revista da universidade de São Paulo (USP). Resultados: Após 3 etapas de busca foram selecionados 13 artigos finais. Foi observado que famílias que possuem crianças com paralisia cerebral e são de baixa renda tendem a ter um prognóstico ruim sobre o desenvolvimento motor e cognitivo infantil em relação a famílias que possuem um poder aquisitivo maior. Conclusão: Conclui-se que famílias que possuem baixa renda e vivem em locais que a saúde pública é precária têm um pior prognóstico na evolução de crianças com paralisia cerebral. O conhecimento sobre esse distúrbio também é fator limitante para um bom progresso. Tendem a ter crianças com o desenvolvimento motor mais precário por terem menor acesso a tratamentos terapêuticos que promovem melhora no quadro clínico. Logo, as famílias que estão num nível socioeconômico maior tendem a buscar informações sobre a patologia e possuem aquisição para uma reabilitação multiprofissional precocemente. Sendo assim, este estudo traz um levantamento de dados e informações para rever esse quadro intervindo com orientações, educação e conscientização nos cuidados pré-natais.

Page 123: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

118

Responsividade da versão brasileira da Reaching Performance Scale for Stroke

BINDA, Aline Cristiane1,2; LEVIN, Mindy F.3; PADULA, Rosimeire Simprini2; DE ANDRADE, Flávia Priscila Paiva Vianna2; KNAUT, Sibele de Andrade Melo4; ALOUCHE, Sandra Regina2*. 1Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Guarapuava/PR; 2Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), São Paulo/SP; 3School of Physical and Occupational Therapy, McGill University, Montreal, Canada; 4Faculdade Inspirar, Curitiba/PR. Introdução: A Reaching Performance Scale for Stroke (RPSS) permite identificar e quantificar os padrões de movimento e as compensações existentes durante o movimento de alcance para preensão em indivíduos com hemiparesia secundária ao acidente vascular encefálico (AVE). A RPSS foi traduzida e adaptada transculturalmente para o Português-Brasil, no entanto, é fundamental avaliar se esta escala consegue detectar mudanças no desempenho do indivíduo, de modo que clínicos e pesquisadores tenham acesso a uma medida que demonstra o progresso de cada indivíduo. Objetivos: Avaliar a responsividade da versão brasileira da RPSS. Métodos: Quarenta indivíduos com AVE submetidos a tratamento fisioterapêutico participaram deste estudo clinimétrico. Cada paciente foi submetido a duas avaliações separadas por seis semanas. A responsividade interna foi avaliada no nível de grupo (por meio do tamanho de efeito baseado nos valores de mediana) e individual (por meio do significado da mudança). Para avaliar a responsividade externa, as mudanças nas pontuações da RPSS, entre as duas avaliações, foram correlacionadas, por meio da estatística de Spearman, com as mudanças nos escores das medidas de comprometimento (subescala para membro superior da Escala de Fugl-Meyer e força muscular) e atividade (Box and Blocks Test). Resultados: A responsividade interna no nível do grupo apresentou tamanho de efeito moderado a alto. No nível individual, quase não houve mudanças significativas. Não foi encontrada correlação entre as mudanças nas pontuações da RPSS e mudunças nas medidas de comprometimento e atividade. Conclusões: A versão brasileira da RPSS apresentou moderada a alta responsividade em nível do grupo. Este resultado facilita a interpretação das pontuações obtidas na RPSS em pacientes submetidos à reabilitação.

Page 124: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

119

Um protocolo de fisioterapia neurofuncional reflete em alterações cardiorrespiratórias em pacientes com lesão da medula espinhal?

CENTENARO, Gabriela1; BENEDICTO, Ana Júlia1; SOUZA, Danielly Fernanda1; SILVA, Juliana Fernandes1; MERETICA, Larissa Floripes de Souza1; FERNANDES, Maria Vitória Fabinini1; SOUZA, Roger Burgo2*. 1Acadêmicas do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina- UEL; 2Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina – UEL. Introdução: Em indivíduos com lesão da medula espinhal (LME) a capacidade funcional e as atividades físicas estão diminuídas pelo déficit da motricidade, sensibilidade e alterações autonômicas. Tais disfunções aumentam o risco de doenças cardiovasculares e outras comorbidades. Objetivos: Verificar as respostas cardiorrespiratórias em pacientes com lesão da medula espinhal durante fisioterapia neurofuncional. Métodos: Trata-se de um estudo piloto realizado em um ambulatório de fisioterapia de um hospital público, composto por 11 indivíduos com LME. A coleta das variáveis das Frequência Cardíaca (FC), Pressão Arterial Sistólica (PAS), Pressão Arterial Diastólica (PAD), Borg Dispneia (BD) e Borg Fadiga (BF), Frequência Respiratória (FR) e Oximetria (SatO2) foram mensuradas antes e após a aplicação de um protocolo de fisioterapia neurofuncional, com duração de 60 minutos. A pesquisa está de acordo com o CEP número CAAE 36112114.1.0000.5231. Resultados: Participaram deste estudo 08 paraplégicos e 03 tetraplégicos, a média de idade foi 40,55±12,64 anos, índice de massa corporal foi 76,45±19,22 kg/m2. A média da FC aumentou significativamente de 78,27±15,45 bpm para 129,18±21,60 bpm com p<0,01. A média da PAS aumentou de 109,09±12,21 mmHg para 118,18±9,81 mmHg com p=0,06. A média da PAD aumentou significativamente de 75,45±5,22 mmHg para 82,73±4,67 mmHg com p=0,04. A média do BD e BF aumentaram significativamente de 0,00±0,00 para 1,73±1,60 com p<0,01 e de 0,00±0,00 para 4,00±2,19 com p<0,01, respectivamente. A média da FR aumentou significativamente de 17,18±4,21 rpm para 26,36±3,95 rpm com p<0,01. Houve queda da média da SatO2 de 97,09±1,37 para 96,36±0,92 com p=0,13. Conclusão: Os resultados evidenciaram que o protocolo de fisioterapia neurofuncional alterou o comportamento cardiorrespiratório de indivíduos lesados medulares, indicando que além de evitar a inatividade física, promove um estímulo de sobrecarga sobre os sistemas que se interligam respiratório, cardíaco e musculoesquelético, o que pode subsidiar mais pesquisas para a melhora do condicionamento físico desta população.

Page 125: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

120

REGISTRO E ANÁLISE DO MOVIMENTO

Page 126: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

121

Análise da força de músculos do tronco e equilíbrio postural em crianças e adolescentes com excesso de peso.

DIAS, Corsi Thaila¹; LYRA, Rodrigues Caroline¹; BRANCO, Magnani Braulio2; MACHADO, Cardoso Michelle¹; FONTES, Amanda¹; CAPPELLAZZO, Renata¹; GOBBI, Cynthia¹*.

1Departamento de Fisioterapia, Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR); 2Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde, Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR). Introdução: A obesidade em jovens os expõe à graves consequências, como sobrecargas mecânicas. Recentes estudos demonstraram que o excesso de massa influencia no centro de gravidade, o que causa desequilíbrio corporal. Outra hipótese para o déficit de equilíbrio encontrado em adolescentes obesos é a fraqueza dos músculos do tronco. Objetivo: Investigar a relação da força de CORE e equilíbrio em crianças e adolescentes com excesso de peso. Métodos: Trata-se de um estudo de análise transversal realizado no Centro Universitário de Maringá – Unicesumar. Foram incluídos na pesquisa crianças e adolescentes de 5 a 18 anos com sobrepeso e obesidade. Para a avaliação fisioterapêutica, foram utilizados o Star Excursion Balance Test (SEBT), Single-leg hop test (SHT) e força de CORE. Para análise dos dados, foram realizados os testes de normalidade e correlação. Os dados foram descritos em média e desvio padrão para as variáveis contínuas e porcentagem para as variáveis categóricas. Resultados: Foram avaliados 54 crianças e adolescentes (23; 42,6% homens e 31; 57,4% mulheres) com média de idade de 12,4±2,8 anos e IMC 31±7,0 kg/m2. Quanto à força de core, a média do teste de prancha frontal foi de 30±20,6s; entretanto, 64,8% da amostra foi classificada com baixo desempenho. As médias do SEBT foram 76,9±14,2% e 78,4±13,7% e do SHT foram 92,7±20,5cm e 92,6±18,8cm para o membro inferior direito e esquerdo, respectivamente. A análise de correlação de Spearman demonstrou que houve uma correlação positiva moderada entre a força de core e o SHT (r=0,486; p=0,000); porém, não houve relação com o SEBT (r=0,225; p=0,103). Conclusão: Concluiu-se que nessa população não houve correlação entre força de CORE e o SEBT; porém, houve correlação moderada com o SHT. Sugere-se que mais estudos sobre as complicações osteomusculares decorrentes do excesso de peso sejam realizados a fim de incentivar a prática de programas preventivos.

Page 127: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

122

Comparação da cinemática da marcha com velocidade normal e rápida em idosos saudáveis: resultados preliminares.

MORSELLI, Jaqueline de Barros1,4; RODRIGUES, Vinicius Moreto Guisso1,4; LOPES, Camille Castilho1,4; FRANCISQUINI, Amanda Ayumi1,4; SEPÚLVEDA-LOYOLA, Walter Aquiles2,4; PROBST, Vanessa Suziane2,3,4*. 1Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Programa de Mestrado e Doutorado associado UEL-UNOPAR em Ciências da Reabilitação, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 3Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 4Grupo de Estudo do Envelhecimento (GEE), Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. Introdução: O aumento da velocidade da marcha está associado com melhora da capacidade funcional e da saúde; porém, estratégias cinemáticas associadas com mudanças da velocidade da marcha na população idosa têm sido pouco estudadas. Objetivo: Analisar a cinemática da marcha usual e rápida, variáveis angulares nas fases e subfases da marcha, tamanho do passo e velocidade em idosos saudáveis. Metodologia: Estudo transversal com 10 idosos saudáveis da cidade de Londrina-PR, Brasil (idade: 69±5 anos, IMC: 32±14 Kg/cm2; mulheres: 50%). Foi realizada análise cinemática da marcha no plano sagital após filmagem com câmera digital. Diferentes marchas (velocidade usual e rápida) e o ciclo da marcha (fase de apoio e a fase do balanço) foram filmados com distância de 4,60 metros do caminho de passagem e 1,10 metros do solo. Os indivíduos caminharam uma distância pré-determinada (4m). Pontos anatômicos foram marcados com uso de marcadores passivos para análise da marcha e posterior cálculo dos ângulos articulares. Ângulos do quadril, joelho e tornozelo foram analisados com o programa ImageJ. A velocidade, ciclo da marcha e tamanho do passo, também foram avaliados. A comparação das variáveis foi realizada com o teste Wilcoxon no software GraphPad Prism versão 6. Resultados: Houve aumento significativo do tamanho do passo entre a marcha usual comparado com a marcha rápida (30,5[30-40] vs 43,2[35-55] cm; p=0,004). Na análise cinemática, a marcha rápida apresentou maior extensão de quadril (-12,3±7,5 graus), menor extensão de joelho (1,0±6,1 graus) e diminuição de tempo do ciclo da marcha (0,23±0,20 segundos) em comparação com a marcha usual (p<0,05 para todos). Conclusão: A marcha rápida em idosos saudáveis está acompanhada de aumento do tamanho do passo, redução do ciclo de marcha, maior extensão de quadril e menor extensão de joelho em comparação com a marcha usual.

Page 128: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

123

Influência do calçado esportivo no controle postural e atividade eletromiográfica de atletas com instabilidade crônica de tornozelo.

CESAR, Giovanna Piai1,2; FACHIN, Bárbara Pasqualino2; POLICARPO, Fernanda Nair Nicolau2; OGASAWARA, Karoline Tiemy2; SCHUSTER, Mariana Petrin1,2; MACEDO, Christiane de Souza Guerino2,3*.

1 Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil; 2Laboratório de ensino, pesquisa e extensão em fisioterapia Esportiva (LAFESP- UEL); ³Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Estadual de Londrina – UEL/Universidade Norte do Paraná – UNOPAR. Introdução: A influência do calçado esportivo (tênis) no controle postural e atividade eletromiográfica de atletas com instabilidade crônica de tornozelo (ICT) não está estabelecida. Objetivo: Apontar a influência do calçado esportivo no controle postural e atividade eletromiográfica dos músculos glúteo médio e máximo, gastrocnêmio lateral e medial, fibular longo e tibial anterior, em atletas com ICT. Métodos: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética (Parecer nº 2.771.026), amostra de 16 atletas com ICT (11 homens e 5 mulheres). Todos responderam aos questionários e foram submetidos à análise eletromiográfica dos músculos glúteo médio e máximo, gastrocnêmio lateral e medial, fibular longo e tibial anterior. Na sequência, os atletas posicionaram o membro inferior com ICT sobre a plataforma de força, e realizaram o movimento de agachamento afundo, com três repetições descalços e três repetições com tênis, previamente aleatorizadas. O ritmo do exercício foi controlado por um metrônomo e respeitou-se um minuto de descanso entre as séries. Os dados foram analisados no SPSS 20.0, por meio do teste de Shapiro-Wilk, teste t de Student, Wilcoxon e Kruskal Wallis, com significância estatística estabelecida em 5%. Resultados: A idade foi de 20,6 anos; peso de 83,5 kg; altura de 1,76 metros e participavam das modalidades futsal, voleibol, handebol, basquete, rugby e judô. Os resultados do controle postural com ou sem tênis, respectivamente, para a área de elipse do centro de pressão foram 33,8 e 34,49 cm2, (p=0,81); amplitude ântero-poterior 11,69 e 12,03 cm, (p=0,38) e médio-lateral 4,86 e 4,58 cm (p=0,39). Os resultados da atividade eletromiográfica não apresentaram diferenças. Conclusão: Atletas com ICT não apresentam diferenças na oscilação do centro de pressão do controle postural, nem tão pouco para o recrutamento muscular. Portanto, parece não haver importantes repercussões práticas avaliar o controle postural e atividade eletromigráfica de atletas com ICT com ou sem o calçado esportivo.

Page 129: ANAIS DO CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL ...

CONGRESSO DOS 40 ANOS DE FISIOTERAPIA DA UEL:

HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E DESAFIOS

20 anos da Residência em Fisioterapia da UEL

10 anos do PPG Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR

124

Relação do equilíbrio postural e sono em crianças e adolescentes com excesso de peso.

FEREZINI, Daniela Portugal¹; FEREZINI, Gabriela Portugal¹; OTAVIO, Vaneti Rodrigo¹; BRANCO, Magnani Braulio1; MACHADO, Cardoso Michelle¹; GOBBI, Cynthia¹*. 1Departamento de Fisioterapia; Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR. Introdução: A obesidade é uma doença crônica de nível mundial, que leva a alterações do sistema musculoesquelético, trazendo desordem de equilíbrio e distúrbios do sono, como insônia e apneia. Objetivo: Analisar se há associação entre equilíbrio postural e qualidade de sono em adolescentes obesos. Metodologia: Os critérios de inclusão consistiram em crianças e adolescentes de 7 a 18 anos residentes da cidade de Maringá, com sobrepeso e obesidade, que compreendiam o questionário e que não possuíam lesão prévia de membros inferiores. Foram avaliados crianças e adolescentes com excesso de peso e idade entre 7 e 17 anos. Estes foram submetidos a uma avaliação por questionário sobre distúrbios de sono (Questionário de Berlim) e ao teste Star Excursion Balance Test (SEBT), para análise do equilíbrio. Para análise dos dados, foram realizados os testes de normalidade e correlação. Os dados foram descritos em média e desvio padrão para as variáveis contínuas e porcentagem para as variáveis categóricas. Resultados: Foram avaliados 54 crianças e adolescentes (23; 42,6% homens e 31; 57,4% mulheres) com média de idade de 12,4±2,8 anos e IMC 31±7,0 kg/m2. As médias do SEBT foram 76,9±14,2% e 78,4±13,7% para o membro inferior direito e esquerdo, respectivamente. A análise de correlação de Spearman demonstrou que houve uma correlação moderada negativa entre a presença de apneia do sono e o SEBT (r=-0,330; p=0,016). Conclusão: Concluiu-se que quanto maior a pontuação no questionário de apneia, piores os resultados no teste de equilíbrio. Foi possível demostrar integração do excesso da massa corporal com o sono e com o equilíbrio postural, assim podendo iniciar tratamentos terapêuticos que minimizem as prováveis estatísticas esperadas.