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2 26 e 27 .08 .2013 II Fórum de Anais do Extensão Universitária

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226 e 27 .08 .2013

II Fórum de

Anais do

Extensão Universitária

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Diretor da FCL/AssisIvan Esperança Rocha

Vice-Diretora da FCL/AssisAna Maria Rodrigues de Carvalho

CPEUComissão Permanente de Extensão Universitária

Comissão OrganizadoraAna Maria Rodrigues de CarvalhoLúcia Helena Antunes de Moraes

Marília Aparecida MuylaertRozana Aparecida Lopes Messias

ApoioPró-reitoria de Extensão da UNESP/PROEX

Seção Técnica Acadêmica da FCl/AssisSeção Técnica de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da FCl/Assis

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Comunicação

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A TV UNESP ASSIS COMO MEIO DE DIVULGAÇÃO E MEMÓRIA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA FCL – ASSIS

Jéssica de Lima e Silva, Eduardo Galhardo, André Luiz Lungarezi de Moura, Elielton de Oliveira, Larissa Machado Leonetti, Mariana Escher Toller, Renan Venâncio de Almeida.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: TV UNESP - Assis - Núcleo Integrado de comunicação da FCL

Síntese: O projeto de extensão TV UNESP Assis propõe usar a diversidade e a amplitude das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas e traduzi-las para uma linguagem televisiva destinada a comunidade, oferecendo uma mídia alternativa e também contribui para compor a memória da FCL - Assis. Introdução: A TV UNESP Assis vem ampliando a atuação do núcleo de produção televisiva destinado à difusão e à popularização da Ciência e Tecnologia. A atuação da equipe está diretamente relacionada ao histórico e desenvolvimento das TVs Universitárias no Brasil, que iniciou em 1968. No meio intelectual é comumente levantada uma crítica à televisão, vista como instrumento de manipulação da população. No entanto, a universidade perde ao se abster de fazer uso desse importante meio de comunicação e de utilizá-lo de forma emancipadora. Com essa e outras ideias como a de que fazer televisão é difícil ou caro, pode se perder a oportunidade de que quem tem condições para essa produção o faça, abandonando as potencialidades que um centro acadêmico pode oferecer como matéria prima de reportagens, programas e documentários a serem levados à comunidade. Na prática, a cada dia, a universidade percebe que a televisão universitária pode ser um excelente instrumento de extensão, experimentação, divulgação, e fonte inesgotável de projetos acadêmicos, sociais e culturais. (MAGALHAES, 2002) Objetivos: A consolidação da participação da TV UNESP Assis no canal Universitário da cidade é imprescindível para a divulgação da produção técnico-científica à comunidade local, que é uma das grandes dificuldades da Universidade. São seus objetivos principais: a transmissão do conhecimento científico para a população; divulgação das pesquisas e projetos de extensão desenvolvidos pela FCL de Assis; exibição de produções de caráter artístico-cultural apoiadas ou desenvolvidas pela UNESP. A produção permite documentar e relacionar esse conhecimento produzido com as demandas da população. Visa esclarecer temas da atualidade e ainda contribuir como uma mídia diferente, que trabalha com preceitos da educação e formação cidadã e que contribui para a formação de um público mais crítico. Métodos: Os programas televisivos produzidos são veiculados na TV a Cabo local, que atinge mais de 80% da área urbana do município, com aproximadamente 4500 assinantes, mais de 20.000 pessoas com acesso ao Canal Universitário. Os programas são disponibilizados na página do projeto (www.assis.unesp.br/ tvunesp) sob licença Creative Commons Brasil 2.5 como material de domínio público não autorizado para utilização comercial. Resultados: A atuação da TV UNESP ASSIS até 2012 produziu mais de 160 programas que divulgaram os eventos científicos e culturais relacionados ao Campus de Assis, bem como, projetos de pesquisa e de extensão desenvolvidos na Faculdade de Ciências e Letras de Assis. A produção televisiva permite a ampla divulgação das atividades da Universidade e a interação da comunidade com esse conhecimento. Conclusão: A intenção e proposta de uma TV universitária deve ainda ultrapassar a documentação ou difusão de informação e assumir um papel político, que inclui viabilizar a produção de conteúdo por outros grupos, contribuindo para a formação crítica do telespectador. É abrindo espaço para a expressão da comunidade e dialogando as demandas apresentadas com o conhecimento produzido no meio acadêmico que é construída uma TV universitária. (RAMALHO, 2010). Embora dentro do meio acadêmico ela siga ainda sob olhares desconfiados seja por conta de sua “demonização” ou pela rapidez e simplicidade com que aborda extensas pesquisas, a TV universitária vem buscando seu espaço dentro desse cenário intermediário universidade-comunidade, se atentando, sobretudo, ao público e ao desenvolvimento do conteúdo até então restrito apenas ao meio acadêmico. Referências: MAGALHAES, C. Manual para uma TV universitária. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

RAMALHO, A. R. O perfil da TV universitária e uma proposta de programação interativa. São Paulo, USP, 2010. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

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Cultura

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Acervo Digital da Faculdade de Ciências e Letras de Assis: constituição

da memória do campus.

Mariana Escher Toller, Andrea Lucia Dorini de Oliveira Carvalho Rossi, Alan Miguel da Silva, Almir Fernando da Silva Canella, Kaliny Ferraz.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Acervo Digital da Faculdade de Ciências e Letras de Assis: constituição da

memória do campus. Síntese: O projeto Acervo Digital da Faculdade de Ciências e Letras de Assis: constituição da memória do campus visa a memória coletiva da universidade e da cidade de Assis. Usando para isso diversas fontes, organizadas de maneira digital de fácil acesso a toda população, para meios acadêmicos ou pessoais . Introdução: O projeto Acervo Digital da Faculdade de Ciências e Letras de Assis: constituição da memória do campus,é um projeto que visa a memória coletiva da FCL UNESP Assis e da própria cidade. Usando para isso, fontes de diversos formatos, mas todos organizados de maneira digital de fácil acesso a toda população, para meios acadêmicos ou pessoais. A construção do acervo começou em janeiro de 2011, com a digitalização e catalogação dos programas da TV UNESP Assis, junto com o Acervo Digital da UNESP e o CEDEM. O Acervo tem como objetivo articular a memória e acervo entrelaçando a memória individual com a coletiva. O crescimento do Acervo Digital da FCL-Assis visa proporcionar a transformação dos arquivos tradicionais (fotos, documentos, folders, etc.) em sistemas de informação. As tecnologias aplicadas ao condicionamento e preservação dos dados presentes em um documento facilita o acesso à esta informação. Estes arquivos deixam de ser simples depósitos, para se tornarem centros ativos de disseminação da informação e da memória. Metodologia: Em parceria com o Acervo Digital da UNESP e do Cedem, foi desenvolvido um roteiro básico de catalogação com 15 campus a serem preenchidos, para a inserção dos arquivos junto ao Acervo Digital da UNESP (http://www.acervodigital.unesp.br). Os arquivos ficam à disposição para a pesquisa para todos os cadastrados no referido site. Resultados: Atualmente, 90% dos programas estão disponíveis no site do acervo, e a meta é disponibilizar todos os programas até setembro de 2013. Em um ano e meio já foram acessados 13730 vezes a lista de programas, sendo que 1669 acessos originados no Brasil, e o restante dividido entre nove outros países. No acervo da página de Assis, na página Blip.tv (www.blip.tv) , que é apenas para o acesso ao público fora da academia, já passou de 11.271 acessos, mostrando assim que o papel do acervo é de extrema importância para a difusão da memória. Conclusões Finais: As fontes documentais são, por excelência, instrumentos inerentes à construção e reconstrução do conhecimento em suas mais diversas áreas (ENCICLOPÉDIA EINAUDI, 1984), são as origens de uma informação e fonte de pesquisa do historiador. Como Hallbwachs afirma sem o material a memória se perde, e a sociedade passa a não reconhecer aquilo como seu. Não há memória coletiva que se desenvolva num quadro espacial. Ora, o espaço é uma realidade que dura: nossas impressões se sucedem, uma à outra, nada permanece em nosso espírito, e não seria possível compreender que pudéssemos recuperar o passado, se ele não se conservasse, com efeito, no meio material que nos cerca. É sobre o espaço, sobre o nosso espaço – aquele que ocupamos, por onde sempre passamos, ao qual sempre temos acesso, e que em todo o caso, nossa imaginação ou nosso pensamento, é a cada momento capaz de reconstruir – que devemos voltar nossa atenção; é sobre ele que nosso pensamento deve se fixar, para que reapareça esta ou aquela categoria de lembranças. (HALBWACHS, 1990, p. 143). . A catalogação correta destes documentos possibilita difundir, preservar e guardar estes materiais. Assim, deste modo, interferem na cultura organizacional da FCL-Assis e neste sentido tem reflexos no ambiente interno e externo facilitado pelo uso de metodologias modernas e eficientes suficientemente capacitadas a organizar e controlar um acervo documental. Referencias: ENCICLOPÉDIA EINAUDI. Memória-história. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1984. HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice,1990.

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Luz, câmera, ação: a contribuição do Cine Capsia para a discussão de

temas da atualidade Franciele Castilho dos Reis, Eduardo Galhardo

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Cine Capsia: O cinema como forma de produção de conhecimento

Síntese: O Projeto de Extensão: “Cine Capsia: O cinema como forma de produção conhecimento” fornece à comunidade o acesso gratuito a obras cinematográficas de qualidade aliado a debates de especialistas e discussões sobre temas da atualidade. Introdução: O Projeto destaca-se em organizar eventos de cunho acadêmico-culturais, os quais promovem discussões que compreendem diferentes questões da psicologia e outras áreas do saber. Assim, busca promover por meio de ações continuadas, a compreensão crítica de temas atuais e de interesse da comunidade. Objetivos: Facilitar a ocorrência de interações/reflexões que favoreçam o processo ensino-aprendizagem e trabalhar o cinema como uma arte e ferramenta possível para acessar múltiplos conhecimentos. Desenvolver a capacidade de expressão e assertividade nos espectadores, por meio da realização de debates, coordenados por palestrantes convidados, após a exibição de obras escolhidas. Acrescer cultura no município de Assis-SP, levando em consideração a carência de tais atividades na região. Metodologia: De maneira geral, os eventos são realizados quinzenalmente, com uma duração média de 4 horas, nos anfiteatros da unidade. São constituídos pela exibição de obras cinematográficas previamente selecionadas em reuniões da equipe, levando se em conta as sugestões recebidas. Os temas são variados, versando sobre questões da psicologia, ciências sociais, antropologia, e filosofia. Adicionalmente aos cines-debates, a equipe realiza e participa de mostras e jornadas de cunho acadêmico. Resultados: Em 2012, o Cine Capsia realizou 16 eventos acadêmico-culturais e contou com aproximadamente 200 pessoas a cada exibição e com mais de um debatedor em algumas exibições. Participaram 19 profissionais das áreas de humanas e biológicas na condução dos debates. O projeto também disponibilizou aproximadamente 780 certificados às pessoas que estiveram presentes até ao fim do evento. E para encerrar o ano foi oferecido um curso de cinema realizado em três dias por meio de filme-debate, palestra e oficina, os quais abordaram conceitos básicos, teorias e práticas da sétima arte. O trabalho realizado teve o apoio constante de diferentes meios de divulgação da cidade de Assis e de diferentes instâncias da universidade para divulgar e promover os eventos. Dentre as discussões, foram debatidos temas sobre a cultura circense, as artes e o próprio cinema (O Palhaço - Selton Mello, O artista - Michel Hazanavicius); violência diante da instituição familiar e às relações de gênero (A árvore da vida - Terrence Malick, Precisamos falar sobre o Kevin - Lynne Ramsay, A pele que habito - Pedro Almodóvar, Os homens que não amava as mulheres - David Fincher, O corvo - James McTeigue, Tetro - Francis Ford Coppola); o trabalho, a depressão e outros conflitos e subjetividades da sociedade atual (Sem Limites - Neil Burger, Melancolia - Lars von Trier, Jogos Vorazes - Francis Lawrence, Tão forte e tão perto - Stephen Daldry, O Preço do amanhã - Andrew Niccol , Drive - Nicolas Winding Refn, Jovens Adultos - Jason Reitman). Conclusão: O Projeto contribuiu com a dinâmica do ensino e pesquisa como um instrumento facilitador do ensino-aprendizagem à medida que propiciou à comunidade acadêmica, a apropriação e discussão de teorias vistas em classe. Contribuiu também para a formação, visto que promoveu o cinema como um meio de reflexão do entorno sociocultural além de potencializar a produção de diferentes saberes junto ao cinema. O Projeto cumpriu com o compromisso social de levar o cinema gratuito e de qualidade a comunidade externa, além de promover cultura, discussões e novos conhecimentos a todos os participantes do evento. ______________________________________________ ALVES, Giovanni (Org); MACEDO, Felipe (Org); CLAUDINO DE JESUS, Antônio. Cineclube, cinema e educação. Londrina: Praxis, 2010. SAN MIGUEL, B. G. La investigación cinematográfica desde la interdisciplinariedad. Disponível em:<http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CDgQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.revistacomunicar.com%2Fverpdf.php%3Fnumero%3D13%26articulo%3D13-1999-34&ei=pIYBUr6HC5DS9QSB14DoDw&usg=AFQjCNENg5_iUAaN5wVAMzz9NCWVxCp72A&sig2=YyLTqkvmaH-Iu3pva8zWgw&bvm=bv.50310824,d.eWU>. Acesso em: 06 de ago. 2013

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Direitos Humanos

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Construindo uma rede municipal de Atenção Socioeducativa para crianças e adolescente de Assis - 2013

Felipe Augusto Hadade Telles; Prof. Silvio José Benelli, Felipe Ferreira Pinto, Igo Gabriel dos Santos Ribeiro, Jéssica Botinhon de Moraes, Lucas Carvalho Peto, Marina Perencin

Martirani, Priscila Velloso Nogueira Este projeto de extensão tem como objetivo fazer uma interface entre a Psicologia e a Assistência Social buscando, por meio da formação de uma rede de atenção à criança e ao adolescente, articular os diferentes estabelecimentos que atendem à população pobre e atuando especificamente na garantia de direitos. A legislação constitucional e suas normativas complementares estabelecem que crianças e adolescentes são cidadãos, são sujeitos de direitos e de deveres e determinam a organização de políticas públicas de promoção, defesa e controle para a efetivação dos direitos humanos da criança e do adolescente, nos níveis Federal, Estadual, Distrital e Municipal. Tais políticas públicas devem se articular sob os princípios da descentralização e da participação dos diversos membros da sociedade. Essa questão indica a emergência do tema da articulação em rede desse trabalho. Entendemos rede como uma tecnologia social, sua lógica não se limita a uma questão técnica, burocrática, pragmática e operacional, assepsiada de qualquer traço de força política transformadora. Ela se funda em uma concepção de cidadania integral e na defesa da implementação radical de direitos civis, políticos e sociais para todos. Dessa maneira, se opõe à fragmentação e à focalização na administração do “problema social”, versão contemporânea do “campo das ilegalidades” descrito por Foucault. O “campo das ilegalidades” pode ser administrado e gerenciado por meio da fragmentação e da focalização, recortando figuras sociais enquanto objetos de saber e de intervenção técnica por meio da Assistência Social, da Psicologia e da Pedagogia. Inclusive esses atores sociais considerados “problemáticos” podem ser objeto de exploração de mais-valia pelo sistema econômico, pois o chamado “terceiro setor” movimenta volumosos recursos financeiros na atualidade. A contraproposta que buscamos atingir caracteriza-se pela responsabilização pública dos principais atores sociais pelos problemas sociais constituídos historicamente e administrados por um Estado alinhado com o pensamento neoliberal. Dado a complexidade do campo social, atravessado por diversas questões e pela insuficiência em se fazer rede no município de Assis (dado a experiência com a Rede Ciranda em 2012) oferecemos então um curso de formação para educadores sociais alinhado com a perspectiva histórico-crítica que norteia eticamente nossa prática. Nossa proposta é criar um espaço de estudo, discussão e formação profissional e de rede acerca das políticas públicas voltadas para a criança e o adolescente na cidade de Assis. Todos os temas abordados serão apresentados num espaço de discussão, problematização e construção coletiva de possíveis posturas éticas e alternativas às práticas estabelecidas. Esse espaço permite a troca de experiências e de problemas e ainda a invenção de novas maneiras de olhar e intervir sobre eles. Dentro dos temas propostos para a problematização estão: uma breve contextualização histórica da desigualdade social e da exclusão no Brasil, das lutas e dos movimentos sociais que culminaram com as conquistas do SUS e do SUAS, apresentação e discussão crítica sobre a literatura oficial (LOAS, SUAS, ECA, etc), leitura e discussão de textos introdutórios sobre a Análise Institucional (A. I.) e autogestão, uma breve noção quanto ao tema e possibilidades da Educação Popular, discutir os desafios de se fazer políticas públicas e promoção de cidadania em tempos neoliberais. Além disso, caberá elucidar sobre a idéia da Assistência Social como dever do Estado, para que se possa, de acordo, cobrar serviços a serem prestados. Promover uma problematização sobre a lei de internação compulsória em vigor em alguns Estados brasileiros. Atualmente o curso encontra-se em andamento e tem ocupado um espaço lacunar, mostrando-se promissor como estratégia de garantia de direitos.

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Intervenções junto a adolescentes considerados em situação de risco pessoal e social

Priscila Velloso Nogueira, Prof. Soraia Georgina S. Cruz; Felipe A. H. Telles; Flávia Y. Sá, Pedro Marangoni; Juliana R. P. Antoneli; Juliana Pirró; Andre Macharelli; Luiza Milano;

Andressa Rosa; Beatriz Leme

Esse trabalho é desenvolvido num estabelecimento de atendimento a infância e adolescência - Frei Paulino - considerados em situação de risco pessoal e social, no interior do Estado de São Paulo. Instituímos práticas interventoras interrogando a invenção histórica desses sujeitos, criando espaços de exercícios de cidadania e de rompimento com posturas assujeitadas dos jovens. Afirmamos a vitalidade e a irrupção da novidade como possibilidade de construção de novos modos de experimentação da juventude em cada encontro. Introdução: Indagar sobre os regimes de verdade dos discursos médico, psicopedagógico e psicológico sobre a adolescência, efetuando uma genealogia que visa mapear a invenção desse objeto (adolescência) nesses paradigmas ditos científicos e com pretensões universais. Dessa forma, também mostrará como o conceito de adolescência normal é construído em oposição ou comparação com o novo enunciado criado no século XIX que é o da delinqüência e que será usado na definição da adolescência em perigo ou virtualmente perigosa.

Objetivo: Visa também desconstruir processos de naturalizações sobre o conceito de adolescência, assim como disponibilizar analisadores contruídos junto a essa população no sentido de problematizações sobre os processos de psicologização que acabam por serem exercitados no cotidiano de um Estabelecimento de Atendimento à adolescência considerada em perigo ou perigosa.

Método: genealógico. Temos percebido que, à medida que a adolescência ganhou visibilidade, acabou sendo tomada como objeto de tutela e de cuidados. Sendo assim, políticas públicas foram sendo criadas, dado que o limiar que separava a adolescência normal da perigosa era muito tênue. Novas gestões são produzidas até hoje no sentido de controlar cada virtualidade das ações humanas; novos administradores sociais (especialistas) dessa fase da vida são convocados para gerenciar os "problemas próprios da adolescência"; novas instituições são criadas e pulveriza-se a prática da tutela sobre essa população. Resultado: Num sentido oposto a esse, resgatamos o conceito de jovem ao invés de adolescente, tentando fazer curtocircuitar territórios já banalizados e propagados pelas chamadas Ciências Humanas. Produzimos práticas psicológicas que convidam esses sujeitos à saírem de suas intimidades, de sua vida privada para uma inscrição política instituinte no mundo das coisas e especificamente atrever a implicar-se com a esfera pública. E a prática nos mostrou que juventude pode ser entendida como multiplicidade, como devires impossíveis de serem capturados. Dessa forma não se concebe juventude como fase e com determinadas características inerentes ou essencialistas e universalistas. Cada sociedade produz formas de viver a existência de forma múltipla, singular e de maneira a produzir diferentes individuações. Sendo assim, convidamos os jovens inseridos no estabelecimento a exercerem sua cidadania , propondo práticas que fujam aos modelos de subjetivação capitalísticas individualizantes e meritocráticos. Nossa estratégia de atuação baseia-se em realizar intervenções nômades em consonância com o pensamento de Hakim Bey, autores anarquistas e de Análise Institucional levando-nos a implementar a crueldade ("fazer um corpo se mexer" para se transformar, no sentido dado por Artaud) em vários espaços. Apostando que as intervenções tinham que ser efêmeras e radicalmente efetivas em mudanças no cotidiano de estabelecimentos e da cidade. As atividades instituintes foram: O corpo como tela; O Jongo e a cultura negra; O dia do trocado; Oficina de pipa; Pau e Lata; Arte e cantos ancestrais; Devir animal; Contos fantásticos.

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Problematizações de gênero e sexualidade no contexto escolar.

Leonardo Lemos de Souza, Camille Trujilo Pires, Danielle Davanço, Fernanda de Andrade Proença, Fernanda Ramos Maron, João Guilherme Trabuco Pincinato, Livea Carla Fidalgo Garcêz Sant'Ana, Lívia Dandaro Nakamura, Mariana Donato Gavioli, Maria Paula de Souza,

Murilo Galvão Amancio Cruz, Thaisa Andrade dos Santos Jesus

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de extensão: Ética, gêneros e sexualidades na educação.

As diversidades de gêneros e sexuais têm-se tornado assunto recorrente dentro de diversos contextos, principalmente por abordar complexos entendimentos a vida social das pessoas. As implicações decorrentes da pluralidade exige uma discussão sobre os valores éticos e morais em relação às sexualidades e gêneros. Assim, é corrente o preconceito nas relações sociais em relação àqueles que fogem da normatividade. Pensando que o contexto escolar é um ambiente favorável para que inúmeras maneiras de preconceito referentes ao gênero e sexualidade aconteçam, o objetivo deste trabalho é investigar as narrativas de jovens e educadores sobre a diversidade sexual e de gênero nestes espaços. Utilizamos como base de investigação a proposta de pesquisa-intervenção em diálogo com os estudos queer e abordagem narrativa numa perspectiva sociocultural. Desenvolvemos um conjunto de atividades (seminários, oficinas, cinema) que problematizam questões acerca do tema gênero e sexualidade, de modo a fomentar a construção de relações éticas e democráticas entre jovens e entre educadores. Os participantes da pesquisa são professores e alunos de escolas públicas e de uma universidade. As atividades ocorrem no espaço escolar e na universidade por meio de debates públicos. Os dados são videogravados e sua análise consiste em definir discursos em cenas e diálogos que podem indicar narrativas construídas sobre a diversidade de gênero e sexualidades no cotidiano desses espaços educativos. Os resultados preliminares demonstraram que os professores expressam dificuldade em lidar com a diferença no âmbito escolar, produzindo práticas e discursos que reforçam a heteronormatividade e o sexismo na escola. Para eles, o tema ainda é difícil e polêmico. Os alunos não aceitam a diferença e a excluem, relatando diversas situações de violência e discriminação.

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Tecendo cidadania na Roda de Conversas com mulheres do Programa Estadual “Renda Cidadã”

Autor: André Akio Macharelli,

Co-Autores: Dra. Heloisa Maria Heradão Rogone (coordenadora do projeto), Mr. Claudia Maria Rinhel da Silva, Juliana Possebon Agua, Mariana Gonçalves Teodoro

UNESP - Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: A Universidade nos Programas Sociais do Município.

Síntese: Este trabalho tem o propósito de relatar e promover reflexões, sobre uma intervenção na modalidade de roda de conversas, com mulheres inscritas no programa estadual “Renda Cidadã”, desenvolvido no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS2), na cidade de Assis/SP. Introdução/ Objetivos: Em um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS2), da cidade de Assis/SP, esta metodologia (Roda de Conversa) participativa está sendo utilizada com a proposta de promover uma cultura de reflexão sobre direitos humanos, em um grupo de mulheres inscritas no programa estadual denominado Renda Cidadã. As demandas trazidas por estas mulheres, suas angústias, valores da vida, vontades, diferenças, são disparadores de questionamentos e problematizações sobre modos normatizadores e/ou padronizados de viver. Metodologia: A Roda de Conversas é um meio vantajoso de coletar informações, esclarecer ideias e posições, discutir temas emergentes e/ou polêmicos. Caracteriza-se como uma oportunidade de aprendizagem e de exploração de argumentos, sem a exigência de elaborações conclusivas. A conversa desenvolve-se num clima de informalidade, criando possibilidades de elaborações provocadas por falas e indagações e, ao ser realizado na forma de roda, propicia uma rica troca de informações (BERNARDES; GONÇALVES E SILVA, 2007). É um dispositivo que cria condições para que o diálogo entre os participantes ocorra, propiciando um momento de escuta, de circulação da palavra, promovendo a reflexão e a discussão sobre um determinado tema. Assim, as reuniões do presente projeto de extensão, ocorrem mensalmente em um CRAS 2, sendo coordenadas por extencionistas, com a duração de uma hora. Resultados/Discussões: É uma intervenção em andamento, cujos resultados preliminares mostram-se bastante promissores, uma vez que cada vez mais percebe-se a criação de vínculos entre as participantes, bem como a naturalidade e a forma como as discussões se dão. Ocorrendo muitas vezes do horário acabar, e a discussão não. Importante citar também que acontece uma grande troca de vivências e experiências entre elas. Conclusões e Considerações Finais: Como qualquer grupo sempre tem aquela pessoa que participa mais, e aquela que participa menos. Acredita-se que esses resultados preliminares nos mostram que o grupo tende cada vez mais a se fortalecer, bem como cada vez mais novos vínculos serão criados e antigos serão fortalecidos. Havendo assim um encorajamento para que elas possam falar mais. Com isso, acreditamos que assuntos mais delicados e densos poderão ser discutidos cada vez mais. Referência Bibliográfica ABADE, F.L.; AFONSO, M.L.M. Para Reinventar as Rodas. Belo Horizonte: Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros (RECIMAM), 2008. BERNARDES, N.M.G.; GONÇALVES E SILVA, P.B. Roda de conversas – Excelência acadêmica é a diversidade. Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 1 (61), p. 53-92, jan./abr. 2007.

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Transformações na subjetividade de adolescentes a partir de políticas públicas na assistência social

Mayara dos Santos Baldin, Camila Hoeppner de Toledo, Rafael Rosso, Heloisa Maria

Heradão Rogone, Claudia Maria Rinhel da Silva. UNESP. Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras – Assis

Projeto de extensão: “A Universidade nos Programas Sociais do Município” A prática desenvolvida no Centro de Referência em Assistência Social/Assis tem como tema “O Trabalho e suas Transversalidades”. Esta visa despertar criatividade em jovens vulnerabilizados socialmente, potencializando escolhas e produções autônomas e conscientes frente aos novos desafios do porvir.

Resumo: O projeto de extensão presente é realizado com a comunidade de Assis, através da parceria da UNESP com a Secretaria de Assistência Social do município. A atividade é realizada no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e é parte integrante do programa do Governo Estadual Ação Jovem. Dois extensionistas, uma docente da FCL/Assis e uma psicóloga do CRAS fazem parte da equipe. A partir do tema “O trabalho e suas Transversalidades”, são desenvolvidas, com os adolescentes, dinâmicas de grupo, explanações expositivas seguidas de rodas de conversa, exibição de filmes, visitas e oficinas de criação. De acordo com a temática do dia, programamos as atividades a serem desenvolvidas pensando em situações presentes em seus cotidianos, para que estas sejam disparadoras de reflexões que possibilitem o exercício da cidadania, autoconhecimento, a escolha consciente do seu futuro emprego frente à diversidade do mercado de trabalho e conhecimento acerca das etapas às quais deverão passar. Objetivo: Auxiliar jovens de 15 a 24 anos, matriculados na educação básica ou Ensino de Jovens e Adultos, a se transformarem em protagonistas de suas vidas, estimulando a conclusão do ensino médio e favorecendo a entrada no mercado de trabalho Métodos: O projeto consiste em encontros semanais com os 40 jovens que dele participam. A partir de dinâmicas de grupo, rodas de conversa, apresentação de filmes e documentários, visitas e apresentações, o fortalecimento do vínculo com a sociedade é trabalhado na discussão de temas como violência, saúde, drogas, educação, o mercado de trabalho, política, diferença, artes, dentre outros. Resultados: O projeto ainda em andamento tem mostrado bons resultados. A relação entre os jovens e os extensionistas mostra-se bastante fecunda, o que possibilita maior sintonia nas atividades propostas. Nas oficinas que condizem as suas vivências cotidianas, é possível perceber maior interesse, porem não descartando a construção de novos saberes por ambas as partes quando temas novos são introduzidos às discussões, o que demonstra que o sujeito esta sempre aberto a novas possibilidades e à sua reconstrução.

Referencias: www.desenvolvimentosocial.so.gov.br/portal.php/acaojovem

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USINA DE SONHOS COM REALIDADE – O RESGATE DA ARTE

DE BRINCAR

Patrícia Arras Bertozzi, Heidi Miriam Bertolucci Coelho, UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Usina de Sonhos com a Realidade. Síntese: O projeto busca uma melhora na saúde mental de crianças, que são expostas a violência mental ou física, com jogos e brincadeiras. A partir do convívio com as crianças, os estagiários buscam um espaço de partilha de experiências para que estes possam se conhecer e aprender uns com os outros. Introdução: Para Anne Lise S. Scappaticci, “a criança pequena parece possuir uma noção (contato) muito precisa da condição humana e de dependência, e da escuridão da alma”, fato evidenciado pela condição de violência física e mental vivida em um bairro socialmente carente na cidade de Assis, SP. A fantasia favorece as crianças a lidarem com seus problemas e superarem suas angustias ou temores, sendo a brincadeira um recurso para que isso aconteça. Para Corso&Corso, “a paixão pela fantasia começa muito cedo, não existe infância sem ela, e a fantasia se alimenta da ficção, portanto não existe fantasia sem ficção”. É por meio desta dinâmica que a criança se desenvolve psicológica e intelectualmente, e expressa suas emoções. Apesar das transformações, do avanço da tecnologia e da criação de novos brinquedos, as principais brincadeiras, aquelas que os avós faziam na infância, ainda hoje permanecem, por se manterem como um importante meio para subjetivação. O projeto Usina de Sonhos com Realidade, de cunho social, conta com aproximadamente 10 estagiários e tem como objetivo instruir e informar as crianças quanto às suas possibilidades de desenvolvimento emocional, cultural e intelectual, além do resgate às brincadeiras atemporais que acabaram por ficar perdidas em meio a tecnologia contemporânea. Metodologia: Através de oficinas, desenhos, esportes, gincanas, leituras e jogos, é buscado o incentivo á criatividade e ao pensamento de forma espontânea e livre além de um trabalho colaborativo em equipe. As atividades são realizadas quinzenalmente aos sábados, em uma praça da Vila Prudenciana, bairro populoso, carente e estigmatizado da cidade de Assis. A partir de reuniões semanais, ocorre uma reflexão sobre o que aconteceu no encontro anterior e há uma discussão a respeito de novas ideias para o próximo encontro, além de reuniões quinzenais com a orientadora do projeto. Resultados: Em um ano, o projeto funciona por 8 meses, com um total de 16 encontros, atendendo à aproximadamente 25 crianças por encontro. Conclusão: De maneira geral, a partilha e a troca de vivências, entre os estagiários e as crianças, resultam em desenvolvimento para ambos, na produção de novas formas de construção de pensar e agir. A participação dos estudantes na vida dos infantes gera um acúmulo de experiências positivas, que poderão refletir em seu futuro, como por exemplo, relacionamento em grupo, argumentação, trabalho em equipe, possibilidade de insistir nos estudos até a universidade, fato este não presente em suas vidas familiares. REFERENCIAS:

CORSO, D. L.; CORSO, M. Fadas no Divã Psicanálise nas Histórias Infantis. Porto Alegre: Artmed Editora, 2006.

SCAPPATICCI, A. L. S. Bion e a Psicanálise Infantil. Psi Primavera Editorial, 2011.

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Educação

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TÍTULO: A FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DO PSICÓLOGO PARA O ENTENDIMENTO DOS DOMÍNIOS DE CAPACIDADE HUMANA

Bianca Molica Marinheiro, Bruna Martins Veroni Palma, Carina Alexandra Rondini, Isabella Torqueti Silva, Maria Eduarda de Mattos Vernini, Meire Izidoro Santos.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Da Margem ao Rio: Caminhos para Desenvolver Potencial e Talento - CEDET.

Síntese: Alunos dotados e talentosos são aqueles cuja capacidade está acima da média dos demais em algum domínio de capacidade humana. O trabalho reflete a relação entre os estereótipos, acerca das capacidades humanas, levando em consideração as lacunas existentes na grade curricular dos cursos de graduação. Introdução: A capacidade humana, definida como ‘poder de aprender’, existe em intensidade e natureza diferentes, e pode ser observada em campos diversos e na interação do indivíduo com outras pessoas e com o mundo a sua volta. Quando falamos em alunos dotados - posse e uso notável de capacidade natural - e talentosos - notável desempenho, competência treinada -, estamos nos referindo àqueles cuja capacidade está acima da média dos demais em algum domínio de capacidade humana (GUENTHER, 2011; GUENTHER, 2012). Essas crianças, no entanto, são rodeadas de fantasias e estereótipos, tanto físicos, quanto socioemocionais. Por conta disso, muitas vezes, a identificação e o desenvolvimento delas não se dão de forma correta (AZEVEDO; METTRAU, 2010). O atendimento a essas crianças, na área educacional, pode ser mais eficiente caso uma equipe multifuncional, incluindo o psicólogo, atue em conjunto com os membros da comunidade escolar na implantação de projetos pedagógicos, melhorias no processo de ensino-aprendizagem e na mediação das relações sociais e institucionais - lacunas existentes nos currículos de graduação dos profissionais da área. Assim, este trabalho tem como objetivo refletir a relação entre os estereótipos e preconceitos, acerca das capacidades humanas, levando em consideração as lacunas temáticas existentes na grade curricular dos cursos de graduação que, em sua maioria, tendem a ser complementadas pelo expediente de projetos de extensão, minicursos e atividades complementares. Metodologia: Observação participativa, na qual seus integrantes acompanharam as atividades realizadas pelas crianças do CEDET/Assis. Tais acompanhamentos fazem parte da metodologia empreendida no Centro, na qual todas as atividades que as crianças realizam precisam estar acompanhadas por um membro da equipe do Centro, ou por bolsistas/voluntárias do Projeto. As atividades foram: xadrez (n = 1 aluno), aulas de violão (n = 2 alunos), gastronomia (n = 2 alunos), inglês (n = 11 alunos) e eletrônica (n = 6 alunos). Cada atividade tinha duração aproximada de 1h30min e frequência de 1 a 2 vezes por semana. As discentes anotaram o que observaram: as atitudes e comportamentos dos alunos durante suas atividades, nas rodas de conversa, enquanto esperavam o voluntário chegar ou no momento de ir embora, o comportamento com o voluntário, com seus pares iguais e/ou com outros alunos que não do CEDET. Também eram observadas expressões de satisfação, tédio, cansaço, desinteresse, entre outros. O material foi discutido, quinzenalmente, em reuniões com a orientadora do Projeto, buscando relacionar as observações de campo com as informações obtidas em material científico (artigos e livros). Resultados: Verificou-se crianças muito sociáveis, interessadas e participativas, mas que possuem também dificuldades e necessidades, contrariando as noções advindas do senso comum. Esse contato direto com os alunos altamente capazes e com estudos desenvolvidos sobre os mesmos proporcionaram um conhecimento até então defasado, corroborando com uma formação mais consistente e atualizada aos contextos sociais/educacionais.

Conclusão: Os conteúdos abordados no decorrer da graduação são ainda muito limitados em vista das demandas sociais, e o plano pedagógico universitário não tem se modificado na mesma velocidade. Grande parte dos mitos relacionados às crianças dotadas e talentosas não se aplicam, e um maior contato com o tema e com esses indivíduos poderia impedir o surgimento e manutenção dessas fantasias enraizadas no senso comum. Não se pode ignorar que a educação especial para alunos altamente capazes - embora não tão disseminada - seja um tema atrelado à formação de todo profissional engajado na área educacional. Ainda assim, não é suficientemente trabalhado. É necessário que a universidade se atualize aos contextos sociais e educacionais e dialogue, de fato, com a comunidade na qual está inserida.

Referências: GUENTHER, Z. C. Crianças dotadas e talentosas... não as deixem esperar mais! Rio de Janeiro: LTC, 2012. GUENTHER, Z. C. Caminhos para Desenvolver Potencial e Talento. Lavras: Ed. UFLA, 2011.

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AZEVEDO, S.M.L.; METTRAU, M.B.Altas Habilidades/Superdotação: Mitos e dilemas docentes na indicação para o atendimento. Psicologia, ciência e profissão. 30(1), 2010, p. 32-45.

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A INTERFACE SAÚDE-EDUCAÇÃO NO ATENDIMENTO À INFÂNCIA: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EM CRECHES

Amanda Viotti Bandarra, Carolina de Campos Mesquita, Lara Giacometti Herrera, Mariana

Higashi UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: A INTERFACE SAÚDE-EDUCAÇÃO NO ATENDIMENTO À INFÂNCIA: uma proposta de intervenção em creches e pré-escolas

Síntese: Trata-se de um projeto que promove encontros com professores e pais de uma creche da cidade de Assis/SP, visando discutir dúvidas e dificuldades que estes possam ter a respeito das crianças. Buscam-se assim, reflexões pautadas nas contribuições da Psicologia para o desenvolvimento infantil. Introdução: Devido às mudanças no mundo do trabalho feminino e na organização familiar, os cuidados e a educação das crianças, mesmo em idade precoce, vão além da esfera familiar. Consequentemente, há o aumento da procura por creches, cuja função é ser educativa e voltada para os aspectos cognitivos, emocionais e sociais, além de constituírem um importante aspecto com relação ao processo de desenvolvimento da subjetivação da criança. Destaca-se também a existência de uma dificuldade por parte dos pais na postura diante dos filhos, pelo fato de ausências devido ao trabalho, fazendo com que ocupem uma posição passiva para com os mesmos. Tal cenário resulta numa confusão diante do lugar ocupado, seja em relação aos próprios filhos e até mesmo em relação à instituição escolar. Pode-se notar, portanto, dificuldades em exercer a frustração e em delimitar limites aos desejos da criança. Assim, podemos refletir a respeito do exercício de determinadas funções no que diz respeito ao desenvolvimento emocional da criança, de modo a integrar os saberes tanto da família como da escola no que diz respeito ao desenvolvimento dos infantes atendimentos em creches e pré-escolas, É importante ressaltar que a importância da família com relação à educação de seus filhos, num contexto que promova a inclusão e a cooperação e não a culpabilização e a exclusão.

Metodologia: Nesse projeto de extensão universitária, realizamos reuniões semanais supervisionadas pela coordenadora do projeto com alunos do 2º e 3º anos do curso de Psicologia da UNESP – Faculdade de Ciências e Letras de Assis, na qual são discutidos textos com embasamento psicanalítico sobre o desenvolvimento infantil em seus diversos aspectos (social, cognitivo, afetivo, familiar, social). Junto a isso, realizam-se observações das crianças em uma escola de educação infantil do município para maior compreensão da demanda apresentada por pais e professores, e acompanhamento da rotina das crianças. São feitas também, encontros grupais mensais, separadamente, com pais (divididos entre berçário e maternal) e professores. Tais encontros visam à discussão de temas específicos à infância e são escolhidos em conjunto, ou seja, entre pais, professores e os integrantes do projeto. Resultados: Como o projeto encontra-se em andamento, os resultados obtidos não são conclusivos. Até o momento, foi possível perceber, nos encontros com os pais, que as relações estabelecidas implicam numa relação simétrica ou nas quais prevalecem a criança e seus desejos, dificultando que os pais ocupem um lugar de ancoragem e apoio em tal relação. Além disso, verificamos inúmeras queixas relativas ao sono, á agitação, desobediência e o uso de medicações por crianças objetivando “acalmá-las”. Com os professores, pudemos notar as dificuldades relacionadas ao tipo de vínculo estabelecido com as crianças, nas quais prevalece, muitas vezes, um desconhecimento relativo ao significado da agressividade, da agitação e das solicitações afetivas.

Conclusão: Podemos concluir a importância de um espaço de escuta que possibilite acolher angústias e dúvidas da família no tocante à importância de seu papel e lugar ocupado na vida dos filhos, de modo a favorecer o fortalecimento dos mesmos para o exercício de seu papel. Com relação os professores, percebe-se a importância em promover um espaço no qual se pode discutir a importância e o significado de determinados aspectos do desenvolvimento infantil, favorecendo um olhar inclusivo e que menos voltado para a patologização da infância. Pensamos que a compreensão dos diversos aspectos apresentados, seja pelos pais e professores, pode acolher as angústias e temores envolvidos na educação das crianças, e

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dessa forma, minimizar o impacto de determinados comportamentos apresentados pelas crianças, muitas vezes compreendido sob uma ótica patologizante. Além disso, o fortalecimento do papel exercido pelos diversos atores pode resultar em relações de apoio e sustentação para as mesmas(ROJAS, 2010). Referencias Bibliográficas: ROJAS, M.C. (2010) “DESAMPARO Y DESMENTIDA EN LA FAMILIA ACTUAL: INTERVENCIONES DEL ANALISTA” Buenos Aires

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A universidade ao lado da escola pública em 2012: Oficina Fique sabendo das suas sexualidades

Antonio Carlos Barbosa da Silva – docente – Dpto. Psicologia Evolutiva, Social e Escolar -

Unesp- Assis. Marina Coimbra Casadei Barbosa da Silva - Mestranda em Educação - Unesp - Marília

Luciana Ferrari Gouvêa – graduanda. Psicologia Unesp-Assis

Síntese: Trata-se de uma intervenção psicossocial realizada junto a um grupo de alunos do ensino

fundamental em uma escola pública da cidade de Assis, com a intenção de levá-los a uma visão

crítica a respeito das novas configurações das sexualidades na contemporaneidade.

Introdução: A escola pública na contemporaneidade apresenta características que abrange

problemáticas sociais e conflitos culturais que interferem diretamente na relação aluno x escola.

Essas características são mais evidentes em escolas inseridas em um contexto social nos quais

crianças e adolescentes se encontram em situações de vulnerabilidade social (violências urbanas,

exploração sexual, tráfico de drogas etc.). Especificamente a criação de um canal de comunicação,

expressão e informação livres, não autoritários e críticos para lidar com as sexualidades do alunado

pode tornar o espaço escolar um local crítico e aberto a novas discussões. Dessa forma, a oficina do

presente trabalho tem por objetivo fomentar grupos de reflexão e de debates entre alunos do ensino

fundamental a respeito das problemáticas sociais e emocionais que envolvem as sexualidades.

Metodologia: Utilizamos as chamadas intervenções grupais em psicologia com respaldos teóricos

(utilizamos a psicologia social comunitária e a pedagogia libertadora) e práticos (oficinas psicossociais

que possibilitavam o desenvolvimento de reflexões grupais acerca das sexualidades). Trabalhamos

com, aproximadamente, 15 alunos, de onze a treze anos. Resultados e discussão: Por meio de

dinâmicas de grupo e discussões, desconstruímos preconceitos, familiarizamos as informações

referentes às sexualidades e proporcionamos aos alunos um olhar diferente sobre o corpo e as suas

relações amorosas; Problematizamos estigmas e estereótipos socialmente construídos e

institucionalizados a partir das normatividades de gênero e sexualidades, exercidos sobre homens e

mulheres independentes de orientação sexual e identidade de gênero.

CONCLUSÃO: Essa oficina representou um espaço para a ampliação de conhecimentos não

tendenciosos a respeito das sexualidades. Os alunos viram nesse espaço o lugar para trazer suas

duvidas e serem orientados de forma científica, sem preconceito e crítica diante nas novas

configurações sexuais que surgem na contemporaneidade.

Bibliografia

ALVES, C.P.; DA SILVA, A.C.B. Psicologia escolar e psicologia social: articulações que encontram o sujeito

histórico no contexto escolar. Psic. da Ed., São Paulo, 23, pp. 189-200, 2º sem. de 2006.

DA SILVA, A.C.B.; DA SILVA, M.C.C.B. A escola na condição de não lugar. Revista Eletrônica

PESQUISEDUCA. Santos, v. 04, n. 08, p.340-362, jul./dez. 2012.

DUARTE, A.C.de S.; BARBOZA, R.J. Paulo Freire: O papel da educação como forma de emancipação do

indivíduo. Revista Científica Eletrônica de Pedagogia - ISSN: 1678-300x8000 - Ano V – Número 09 – Janeiro

de 2007.

HEILBORN, M.L. Sexualidade no plural: o direito à diferença. Disponível em

http://www.clam.org.br/publique/media/sexualidade_no_plural.pdf.Acesso em Julho de 2013.

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Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores (CLDP): impactos na formação e pesquisa

Coordenação: Rozana Aparecida Lopes Messias, Kelly Cristiane H. P. de Carvalho Anelissa Manami Bernardino, Dandara Cristina Alves, Leticia Bonesso Gomes, Lucas Dias Hora,

Maria Eduarda Pereira Guelfi, Nídia Elizabeth Felizardo UNESP- Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras – Assis

Projeto de Extensão: Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores (CLDP) Síntese - O CLDP oferece cursos de línguas estrangeiras à comunidade interna e externa. Atende, em média, 300 alunos, em seus vários cursos, nos níveis básico, intermediário e avançado. Para o seu desenvolvimento, o projeto conta com a colaboração dos alunos de graduação em Letras, que atuam como professores e monitores nesse contexto. As aulas são supervisionadas por professores dos Departamentos de Letras Modernas e Educação, isso torna o CLDP um centro de Formação docente e de reflexão sobre a prática. Introdução - O CLDP (www.assis.unesp.br/centrodelinguas) é um projeto de extensão que oferece cursos de línguas estrangeiras (alemão, espanhol, inglês, francês, japonês, mandarim) à comunidade interna e externa, atendendo a uma necessidade cada vez mais urgente, devido ao processo de internacionalização evidente na sociedade atual. Atende, em média, 300 alunos (a cada semestre), distribuídos em seus vários cursos, nos níveis básico, intermediário e avançado. Além disso, por sua natureza, oferece também cursos de Português para Estrangeiros a alunos intercambiários recebidos pela universidade e aqueles que vivem ou visitam a cidade de Assis e região. Para o seu desenvolvimento, o projeto conta com a colaboração dos alunos de graduação em Letras, que atuam como professores e monitores nesse contexto, contribuindo de forma significativa para o aprimoramento das atividades do ensino de graduação em Línguas em nossa instituição: todos os cursos são ministrados por alunos de licenciatura em Letras, selecionados por seu mérito acadêmico. Dessa forma, o CLDP constitui-se como um contexto profícuo para que esses alunos, em seu processo de formação inicial, possam realizar seus estágios com o apoio, a orientação e a supervisão dos docentes responsáveis. Por essa razão, a designação que deixa implícita a amplitude de seus objetivos: além de oferecer cursos gratuitos, construir um espaço para o desenvolvimento de professores. Metodologia - As orientações são realizadas de forma sistemática, considerando-se: (a) o planejamento das atividades administrativas (calendário, inscrições, seleção, nivelamento, matrículas, gestão do site, atendimento ao público etc), com a equipe de monitores voluntários (em média 20 alunos por semestre) e 5 bolsistas PROEX que gerenciam o funcionamento cotidiano do CLDP, visto que nossa configuração é a de uma Unidade de Ensino/Aprendizagem; e (b) as atividades de planejamento e organização dos respectivos cursos, com os docentes responsáveis por cada língua estrangeira em reuniões periódicas. Resultados - Assim sendo, o desenvolvimento das atividades do Centro envolve uma equipe de trabalho: docentes do Departamento de Educação, de Letras Modernas e alunos da graduação em Letras. Nesse contexto de orientação e supervisão, o projeto do CLDP propicia a construção de um espaço de reflexão acerca das questões referentes ao processo de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras e à formação de professores de línguas. Nesse ínterim, o CLDP tem possibilitado o desenvolvimento de uma grande quantidade de projetos de pesquisa e coleta de dados nas áreas de: (a) formação do professor de línguas, (b) ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, suas abordagens e métodos, (c) aquisição de línguas estrangeiras, (d) linguística aplicada, (e) contextos culturais e ensino de línguas, e (f) políticas públicas de ensino aprendizagem de línguas. Atualmente, o projeto conta com um grande número de bolsistas (PIBIC, FAPESP, BAAE I e II) desenvolvendo investigações nas diversas áreas supracitadas. Considerando-se a demanda de alunos atendidos e a amplitude de atividades desenvolvidas no contexto do CLDP, podemos afirmar que seu desenvolvimento traz significativas contribuições, pois, além de beneficiar a comunidade externa e interna, auxilia na formação dos alunos de Letras, que encontram no projeto um amplo espaço acadêmico de formação profissional. Seguimos uma orientação sociointeracionista de educação, tanto no que tange ao gerenciamento das atividades em grupo (alunos-professores, supervisores e monitores), como no planejamento das ações pedagógicas em sala de aula. Conclusão - Concluímos assim que, desde o início de seu funcionamento, o projeto do CLDP tem possibilitado um significativo crescimento que transcende os âmbitos linguístico, pedagógico, comunicativo, pessoal e profissional aos envolvidos, auxiliando-os nas vivências de gerenciamento de situações de conflito, comunicação em contextos e com pessoas de áreas, culturas e posições sociais diversas. Referências: BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Trad. de Maria Ermantina Galvão; rev. da tradução Maria Appenzeller. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. CARSPECKEN, P. F. Pesquisa Qualitativa Crítica: conceitos básicos. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 36, n.2, p. 395-424, maio-ago, 2011. CLANDININ J., CONNELLY, M. Teachers´ professional knowledge landscapes. New York: Teachers College Press, 1996. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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CONTANDO CONTOS E AMARRANDO PONTOS

Graziela Angelita Scalabrin, Jade Cristina da Silva Piva,Leandro Aparecido de Moraes

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: “Contando Contos E Amarrando Contos’’.

Síntese: O Projeto contando contos e amarrando pontos, tem como objetivo atender a comunidade de um bairro periférico da cidade de Assis. O projeto visa o incentivo a leitura, com obras abordadas de maneira lúdica para o melhor envolvimento da criança com a história, incentivando a leitura e a criatividade. O Projeto de Extensão Contando Contos e Amarrando Pontos iniciou-se em 2007, devido à solicitação de um projeto que incentivasse a leitura, encaminhada pela comunidade de um bairro periférico de Assis-SP. A comunidade “Kolping” foi a primeira instituição a receber o projeto, tendo este posteriormente atuado na Casa da Criança e nas escolas EMEIF “Profª Alides Celeste Razaboni Carpentieti” e EMEIF “Profª Maria Amélia de Castro Burali”. O projeto conta com a participação de alunos graduandos em Letras, História e Psicologia, sendo coordenado atualmente pela professora Drª. Sandra Ferreira, do departamento de Linguística da Faculdade de Ciências e Letras de Assis e pelas psicólogas Lindomar F. C. S. Poletto e Rosa M. R. de Carvalho, vinculadas ao Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada “Drª Betti Katzenstein” (CPPA). O objetivo do projeto é proporcionar às crianças atendidas a oportunidade de ampliar o contato com a literatura e, portanto, contribuir para o processo de formação de leitores ativos. Para isso, visa mediar o contato com o livro e todo o seu mundo de forma lúdica, oferecendo um espaço em que as crianças tenham liberdade para expressar sua criatividade, bem como exercitar seu potencial cognitivo e desenvolver sua sociabilidade. Para a realização das contações utilizam-se também ferramentas adicionais como: músicas, pinturas, brincadeiras, dramatização e danças, de modo a proporcionar um maior envolvimento das crianças com a história. Para um bom desenvolvimento do projeto são realizadas reuniões semanais no CPPA, com a presença dos coordenadores e contadores, nas quais são discutidos o andamento do projeto, as dificuldades encontradas nas contações, o planejamento das atividades futuras e os textos teóricos de áreas do conhecimento afins, tais quais literatura infantil, educação e psicologia. Os objetivos propostos e os resultados esperados/alcançados pelo projeto pautam-se pelo pressuposto de que a literatura melhora a capacidade imaginativa, bem como a produção oral e escrita, podendo-se notar o melhor comportamento das crianças em sala de aula, a disciplina e principalmente o seu incentivo a leitura.

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DA MARGEM AO RIO Carina Alexandra Rondini, Ana Luiza Mendonça dos Santos, André Luiz Lungarez de Moura, Andréia Bianca Gonzalo, Bianca Molica Marinheiro, Bruna Martins Veroni Palma, Bruna Luise Fernandes, Isabella Torqueti,

Maria Eduarda de Mattos Vernini, Meire Izidoro Santos UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Da Margem ao Rio: Caminhos para Desenvolver Potencial e Talento – CEDET. Síntese: O presente projeto de extensão foi precursor do CEDET/Assis, viabilizando na cidade a identificação e atendimento de alunos com capacidade elevada. Atualmente oferece formação continuada aos professores, formação complementar aos alunos da FCL/Assis e pareceria ao projeto que atende aos pais. O projeto de Extensão Universitária, atualmente intitulado, “Da Margem ao Rio” foi cadastrado na plataforma PROEX (Pró-reitora de Extensão) em 2008 sob o título “Identificação dos alunos com Altas habilidades do Município de Assis-SP”. Seu objetivo inicial foi: Identificar os alunos com altas habilidades/superdotação em qualquer um dos seguintes aspectos isolados ou combinados: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento crítico ou produtividade, capacidade de liderança, talento especial para artes e capacidade psicomotora. A partir deste levantamento, realizados por alunos do curso de Psicologia/UNESP/Assis, pretendia-se num segundo momento incentivar intervenções e o desenvolvimento de ações públicas com o intuito de valorizar a habilidade de cada indivíduo identificado. Com mudanças em seu título ao longo do tempo, a fim de adequá-lo aos seus objetivos, o Projeto de Extensão tem hoje por finalidades: a) a formação continuada dos profissionais das redes municipal e estadual de Assis; b) a informação aos pais desses alunos e c) a complementação da formação dos alunos do curso de Psicologia. Assim, com uma metodologia de pesquisa-ação que visa conciliar pesquisa e intervenção, a UNESP/Assis busca cooperar com os sistemas municipais de ensino para o desenvolvimento do potencial e autoconhecimento de alunos com necessidades educacionais, emocionais e sociais específicas, as quais normalmente não são contempladas, a saber, os dotados e talentosos. No decorrer de seu desenvolvimento coube a Prefeitura Municipal de Assis subsidiar o CEDET/Assis – responsável atual pela identificação e desenvolvimento dos mais capazes no município em corresponsabilidade com a Diretoria Regional da Educação do Estado – Região de Assis.

Resultados: Ao longo desses anos o projeto contou com diversos alunos, bolsistas e voluntários, do curso de Psicologia, majoritariamente, e alunos dos cursos de Letras e História. Esses discentes realizam estágios no CEDET acompanhando, semanalmente, os alunos em suas mais variadas atividades, além de participarem de grupo de estudos e pesquisas, quinzenalmente. Foram realizadas duas Jornadas sobre Dotação e Talento, 2009 e 2012, sendo a primeira em parceria com a SME e a Diretoria de Ensino. Com relação à formação continuada dos professores das redes Municipal e Estadual de Ensino de Assis e região foram oferecidos três cursos de Extensão/PROEX: a) Diferença e Cultura: representação de pessoas com altas habilidades no cinema (2010), em parceria com professor e aluno de mestrado da UNESP/Marília; b) Crianças com capacidade acima da média: Como São? Como Identificá-las? Como Ajudá-las? (2012), com 106 concluintes e; c) Dinamizando a Sala de Aula – Educação Baseada nas Potencialidades (2013). Consideramos termos, ainda, uma longa caminhada, até chegarmos a um nível satisfatório no atendimento educacional especializado aos mais capazes, todavia estamos contribuindo para a construção desta historia: o primeiro passo está dado em Assis...

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Formação de Jovens para o Mundo do Trabalho e Cidadania

Gabrieli Franciscate Dias, Prof. Deivis Perez (coordenador) UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Formação de Jovens para o Mundo do Trabalho e Cidadania

Síntese: O Programa Formação de Jovens para o Mundo do Trabalho e Cidadania é atividade psicossocial e educacional dedicada ao atendimento de jovens de Assis-SP e região. O objetivo é contribuir com o processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social dos participantes. A atividade tem favorecido a formação de graduandos de Psicologia para a mediação do desenvolvimento humano. Resumo: Este resumo apresenta o projeto de extensão universitária denominado Programa Formação de Jovens para o Mundo do Trabalho e Cidadania Trata-se de atividade psicossocial e educacional que possui dois objetivos sintonizados e complementares: a) No tocante ao público atendido, proveniente dos municípios de Assis e Candido Mota (SP), o foco é promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo e sociocultural de jovens empobrecidos, entre 14 e 19 anos, por meio da realização de atividades próprias do campo da educação não formal, que abordam temáticas relacionadas ao mundo do trabalho e à cidadania, em sintonia com a abordagem Histórico-Cultural de Psicologia, de Vigotski (1998; 2004), segundo a qual o desenvolvimento psicossocial humano ocorre a partir do contato de cada pessoa com os saberes socialmente construídos e valorizados. Este contato se dá por meio dos processos comunicativos, dialógicos e de mediação realizados por outras pessoas, no coletivo social e em contexto sociocultural e histórico. b)Em relação aos alunos graduandos do curso de Psicologia da UNESP-câmpus Assis, que participam do Programa como voluntários e bolsistas da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade, é possível apontar que o objetivo é contribuir para o fortalecimento do perfil do egresso, em acordo com indicações do Projeto Pedagógico do curso, que sugere que o egresso deverá caracterizar-se por se um profissional com sólida formação humanista e consciência crítica que favoreça a promoção da equidade e justiça social. De modo complementar, deve-se destacar que este Programa integra os esforços para a ampliação do repertório formativo do corpo discente do curso de Psicologia da UNESP, por meio do estímulo à formação de futuros psicólogos que sejam capazes de planejar, mediar e avaliar processos educativos de desenvolvimento humano na perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural, em ações no campo da educação não formal, que é uma área de atuação laboral ainda pouco explorada profissionalmente pelos psicólogos. O projeto encontra-se articulado às duas outras dimensões fundamentais das ações universitárias, que são o ensino e a pesquisa. Foi a partir da realização do Programa que surgiram atividades de estágio que foram incorporadas à grade curricular regular do curso de Psicologia. Ainda, foi realizada pesquisa, apoiada pela FAPESP, que analisou as características e elementos potencializadores e dificultadores do trabalho de psicólogos na educação não formal, como mediadores do desenvolvimento afetivo, cognitivo e social de jovens empobrecidos. Referências VIGOTSKI, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 1998. – (Psicologia e Pedagogia) _____. Psicologia Pedagógica. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2004. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Projeto Pedagógico do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Assis, 2006. Disponível em <http://www.assis.unesp.br/comestagio/mostra_arq_multi.php?arquivo=1>. Acesso em 01 de agosto de 2012.

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HISTÓRIA DA ÁFRICA NAS ESCOLAS: oficinas, saberes e discussões

Bolsista PIBID - Ana Helena Rodrigues Barbosa

Supervisor - Prof. Sergio Marcos de Oliveira

Coordenador - Prof. Dr. Alonso Bezerra de Carvalho

Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras – Câmpus de Assis

Av. Dom Antonio, 2100, Assis, SP

Introdução: No intuito de contribuir com o ensino de História da África na Escola Estadual Dom Antônio, financiados pelo Projeto de Iniciação à Docência (PIBID), temos realizado oficinas acerca desta temática, ou seja, saindo do formato tradicional das aulas que têm como principal foco o livro didático e a exposição do professor, buscamos, então, uma linguagem mais próxima do cotidiano dos alunos por meio de letras de músicas, filmes, reportagens, jogos e outros materiais ou métodos que, com a convivência, observamos que chamem a atenção dos alunos, com a finalidade de contribuir para a formação de conceitos distintos do senso comum e a desconstrução de preconceitos. Material e Métodos: Partimos da premissa de fazer uso de materiais que não sejam estranhos aos alunos, tais quais: revistas, filmes, documentários, livros didáticos, músicas e outros que se julguem necessários de acordo com o andamento do projeto e os apontamentos dos alunos. Com esse material temos o objetivo de fragmentar a metodologia do projeto em três partes: Análises de fontes alternativas para os conteúdos escolares; o levantamento prévio da vida e do cotidiano dos alunos apara melhor abarcar os interesses comuns e promover debates acerca do tema, estimulando os alunos a formarem e expressarem suas opiniões como sujeitos ativos do mundo que os cerca.

Resultado: Como resultado esperado, temos as expectativas de que o aluno, a partir de sua fala, possa ir construindo novas idéias acerca da História da África e dos afrodescendentes de maneira a fugir de senso comum e preconceitos diversos, além de levá-lo a observar que faz parte desse processo histórico como ser ativo.

Bibliografia consultada

FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. Tese de concurso para cadeira de História e Filosofia da educação na Escola de Belas Artes de Pernambuco. Recife, PE:1959.

____________ Pedagogia do oprimido, 17a. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

MATTOS, Hebe. ABREU, Martha. DANTAS, Carolina Vianna. MORAES, Renata: PERSONAGENS NEGROS E LIVROS DIDÁTICOS: reflexões sobre a ação política dos afrodescendentes e as representações da cultura brasileira. In A HISTÓRIA NA ESCOLA: autores, livros e leituras. Org. Helenice Aparecida Bastos Rocha, Luís reznik, Marcelo de Souza Magalhães. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.

JESUS, Antonio Tavares de. O pensamento e a prática escolar de Gramsci. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 1998.

Modos de fazer : caderno de atividades, saberes e fazeres / [organização Ana Paula Brandão]. - Rio de Janeiro : Fundação Roberto Marinho, 2010. (A cor da cultura ; v.4)

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“No meu tempo, isso não era assim, não”: apontamentos sobre o processo de educação de pessoas adultas

Autores: Stefânia Rosa Santos, Ronaldo Cardoso Alves UNESP- Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras – Assis Projeto de Extensão: PEJA- PROJETO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Síntese: O presente trabalho é parte de um processo educativo desenvolvido no P.E.J.A. - Projeto

de Educação de Jovens e Adultos, da FCL UNESP - Assis, em parceria com a PROEX. Fundamentado no

pensamento freireano de educação para emancipação dos sujeitos, o P.E.J.A. desenvolve práticas sociais

voltadas para uma relação dialógica entre seus participantes, portanto, não verticalizada.

Esta comunicação objetiva apresentar uma reflexão teórica a respeito de práticas voltadas para o

processo de alfabetização/letramento de pessoas adultas. Compreende-se, aqui, a dimensão da pesquisa

vinculada ao encontro do trabalho do educador em sala de aula com as vivências e memórias dos

educandos. A problematização desses aspectos no contexto da EJA pauta-se no pensamento freireano de

educação voltada para a autonomia dos sujeitos, uma vez que: “Não há docência sem discência: Ensinar

exige pesquisa e reflexão crítica sobre a prática” (FREIRE, 1996). De acordo com tal propósito, o

educando deve participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem, no qual deve estar inserida

sua história, sua visão de mundo, seu cotidiano; ou seja, aquilo que irá compor um sentido na ação

pedagógica, de forma que o ensino seja atravessado pela vida e sua multiplicidade.

A metodologia utilizada consistiu em aulas expositivas seguidas de discussões dos temas

abordados, atividades com músicas (escrita, leitura e interpretação) e também elaboração de poemas e

textos de autoria dos alunos. Entre os temas, destacam-se: noções de historicidade; as mudanças da vida

no decorrer do tempo; memória individual e coletiva; questões intergeracionais (“no meu tempo, isso não

era assim, não”); o mundo do trabalho; História do Brasil e miscigenação; as conquistas da mulher na

História; questões de gênero; cidadania e nossos papéis na sociedade; histórias de vida.

A principal meta a ser alcançada com este trabalho (em andamento) é o gradual e significativo

desenvolvimento dos alunos quanto à escrita e leitura, bem como a conscientização da importância deste

processo de estudo para a própria vida, levando-os, assim, a um maior envolvimento e comprometimento

com as aulas. A afetividade que permeia estas ações também atua como ponto positivo no trabalho, na

medida em que permite maior proximidade entre todos, rompendo com a dicotomia entre quem ensina e

quem aprende.

Deste modo, o Programa de Educação de Jovens e Adultos contribui para uma educação voltada

à autonomia que suscita, nos participantes, constante reflexão a respeito da importância de estudar,

dialogar e partilhar conhecimentos, ou seja, a autocompreensão como sujeitos da (inter)ação.

Referências bibliográficas: FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967. _________. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. HALBWACHS, M. A Memória Coletiva. Trad. Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo horizonte: Autêntica, 2002

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O BRINCAR COMO FACILITADOR DOS PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO

Jorge Luís Ferreira Abrão, Eloisa Calemes dos Santos, Gabriele de Almeida Nunes, Maria

Paula de Souza, Rafaela Robles Leite.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis

Projeto de extensão: O brincar nos transtornos invasivos do desenvolvimento: criando

estratégias para o desenvolvimento cognitivo e emocional.

Muito se tem falado sobre os casos de autismo atualmente, porém é importante ressaltar que a noção de autismo surgiu na década de 1940 com o psiquiatra Leo Kanner. A partir de mudanças sociais e culturais, os sintomas do autismo ficaram suscetíveis à vicissitudes, produzindo ressonâncias naquele primeiro conceito apresentado por Kanner. Os principais sintomas do autismo se constituem em diferentes graus em cada indivíduo, mas os principais são: atraso do uso da linguagem, dificuldades nas relações interpessoais e necessidade de manter a rotina. Desta forma, nosso trabalho, como estagiários de psicologia, no Centro de Atenção Educacional Especializado - Fênix: Educação para Autistas, se detém em amenizar os sintomas trazidos pelas crianças, de modo a propiciar um desenvolvimento da capacidade emocional e cognitiva. Utilizamos da abordagem psicanalítica durante as brinquedotecas, tendo em vista que o brincar para esta teoria favorece a constituição da subjetividade nos indivíduos. Pensando o brincar como forma de comunicação infantil, as brinquedotecas auxiliam no desenvolvimento desta habilidade nas crianças, visto que aumentam a capacidade dos processos simbólicos e, por conseguinte, numa organização psíquica mais elaborada, favorecendo a capacidade de se expressar espontaneamente. A partir disto, os estagiários notam que ao brincar com as crianças, é possível estabelecer maior relação entre eles, uma vez que foi dado maiores recursos para se expressarem e, consequentemente, interagir e socializar com os membros do grupo. Podemos concluir, portanto, que a atividade da brinquedoteca, realizada em grupo, favorece não só o surgimento de melhores recursos de expressão simbólica, mas possibilita também o reconhecimento do outro como sujeito diferenciado o que favorece o surgimento de atitudes voltadas a interação social dentro do grupo. As conquistas obtidas dentro do espaço da brinquedoteca tendem a se expandir para outras relações vividas pelas crianças.

BOSA, C. Autismo e educação. Porto Alegre: Artes médicas, 2002.

CAVALCANTI, Ana Elizabeth; ROCHA, Paulina Schmidtbauer. Autismo, clínica psicanalítica. 2ª ed. São Paulo: Casa do

Psicólogo, 2002.

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O teatro do oprimido buscando formas críticas de pensar as relações sociais

Antonio Carlos Barbosa da Silva – coordenador do projeto Unesp-Assis.

Marina C.C.B. da Silva – colaboradora do projeto – Unesp. Marília

Bruna Curioni

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de extensão: A Universidade ao lado da escola pública: intervenção, pesquisa e

compromisso com a transformação social.

Síntese: Fazendo uma junção do teatro do oprimido, de Augusto Boal com outras dinâmicas, a oficina trabalha com adolescentes de 14 a 17 anos de escolas públicas, um modo crítico de pensar as relações sociais, transformando o opressor em ser ativo. A cena é de todos! Resumo: A oficina faz parte do projeto de extensão "A Universidade ao lado da escola pública: intervenção, pesquisa e compromisso com a transformação social" e atende alunos vindos de diversas escolas públicas da cidade de Assis - SP, com idades entre 14 e 17 anos, em um espaço cedido por uma comunidade filantrópica da cidade em dia da semana. Participam da oficina, em média 7 jovens, com frequência de 2 horas semanais, por um período de 18 semanas até agora. O teatro do oprimido foi escolhido como ferramenta de intervenção, pois enfatiza a reflexão crítica como seu objetivo maior, algo que se encaixa perfeitamente nas metas de nosso projeto de extensão. O teatro do oprimido liberta o espectador de sua passividade, transformando-o em ser ativo e o fustigando a lutar como a opressão social. Como objetivo, procuramos mostrar que o teatro também pode ser uma arma contra a opressão e mostrar novos caminhos para corpo alienado, mecanizado pelo cotidiano das tarefas no mundo capitalista. Estabelecemos uma relação sem jogos de poder entre nós e os participantes das oficinas: todos são diretores, atores e roteiristas. Em relação à metodologia de trabalho, em nossas intervenções semanais, efetuamos no mínimo duas atividades teatrais (exercícios corporais e encenações de situações cotidianas). Com essas atividades debatemos sobre a sensação individual e o tipo de relação que temos com o mundo. Com os alongamentos, tomamos consciência do corpo e de suas possibilidades. Com os exercícios de reconhecer o espaço e as pessoas que estão passando trabalhamos a percepção do ambiente em um mundo onde as pessoas reservam pouco tempo para sentir o entorno. Nos exercícios teatrais trabalhamos pequenas encenações com os próprios adolescentes e elaboramos roteiros escritos para ter uma noção de todo o trabalho teatral. A imaginação de objetos e situações, troca de significantes para objetos que já possuem um significado, músicas que despertam diversas sensações e exercícios em duplas ou grupos que mobilizam o cuidado e a preocupação com o outro também foram trabalhados. Nos debates, sempre puxamos para uma reflexão crítica da atividade em relação ao social. Tentamos fazer com que todos tivessem voz no grupo, incentivando os que ficam mais tímidos a expressar suas ideias e sensações nos debates e nas atividades. Algumas discussões foram profundas e demonstraram a opressão social que envolve o cotidiano do adolescente. Quando possível participávamos das encenações e instigávamos o grupo a repensar seu cotidiano.Como exemplo, os participantes trouxeram cenas em que os pais não os deixava colocar a roupa ou mudar o cabelo como queriam. Por trás dessa opressão familiar, surgiram em cena opressões bem mais profundas e mascaradas, como opressão religiosa que quer corpos alinhados à sua maneira, da mídia que possui seus modelos e da sociedade que impõe um corpo e aparência ideais. Surgiram também cenas em ambiente escolar, nos trabalhos dos pais ou de conhecidos, na polícia, política, etc. Os objetivos alcançados são que, de certa forma, conseguimos desmistificar a ideia que vivemos numa sociedade ideal e que temos condição de conseguir o que queremos. Os jovens perceberam que devem lutar muito mais do que a minoria abastada financeiramente para conseguir as beneficies do Capital. Boal, A., 200 jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através do teatro, 4ª edição, Ed. Civilização brasileira, 1982, 123p.

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Oficina de Quadrinhos como mediadora no incentivo à leitura

Larissa Roberta Vicentini, Mariana Pereira de Vasconcelos. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: “Universidade ao lado da Escola Pública: Intervenção, Pesquisa e compromisso com a transformação social”.

A oficina de quadrinhos ocorre em uma escola estadual de Assis (SP) com alunos de 6º e 7º anos. A proposta surgiu como demanda referente ao déficit em língua portuguesa, por isso a oficina visa proporcionar um espaço de reflexão através de outras relações com a leitura. Introdução: A oficina de quadrinhos está vinculada ao Projeto de extensão “Universidade ao lado da Escola Pública: Intervenção, Pesquisa e compromisso com a transformação social” e visa proporcionar um espaço para reflexões dos alunos através da análise e confecção de tirinhas de quadrinhos. A tirinha é um gênero textual que pode apresentar diversos temas, estruturando-se a partir de elementos não verbais. Desta forma, utilizamos a tirinha como mediadora no incentivo à leitura e ao desenvolvimento de uma postura crítica. Metodologia: A presente prática foi desenvolvida no primeiro semestre de 2013 em uma escola estadual de Assis (SP). É uma oficina optativa para as turmas que estiverem com o horário disponível na grade escolar todas as quintas-feiras das 13h50 às 14h40 e das 14h40 às 15h30. São 19 estudantes de sextos e sétimos anos inscritos para a oficina. Devido à flutuação dos mesmos, verificada na frequência irregular nas listas de presença, elaboramos uma apostila para garantir a continuidade do processo de elaboração dos quadrinhos. A oficina incita a imaginação de cada um conforme sua apreensão de mundo a partir da leitura de diversas fontes e, também, aperfeiçoa técnicas relativas a produção e análise de tiras e quadrinhos enquanto forma de comunicação e arte. Discussão: A proposta para a oficina de quadrinhos surgiu como demanda da escola. Segundo uma das coordenadoras pedagógicas há um grande déficit na compreensão da língua portuguesa, principalmente no que se refere à interpretação de texto. De acordo com Ceciliato (2007), o ensino da literatura somente como atividade pedagógica negligencia a vivência do potencial afetivo da fantasia, por isso, o nosso desafio com as crianças e adolescente é proporcionar uma nova relação com a leitura. Atentamos em identificar e questionar que leituras poderiam ser feitas das tirinhas, de modo a elucidar algumas dificuldades apresentadas pelas crianças, pois, como esclarece Ramos (2011), ser leitor, hoje, é mais do que a capacidade de compreender e decifrar os códigos - sejam eles verbais ou não verbais-, mas atentar para os significados e, a partir daí, produzir sentidos sobre o que lê. Assim, notamos que para que estas crianças e adolescentes criem quadrinhos e tiras que ampliem suas reflexões de mundo, é preciso, antes, articular as ideias que expressem os sentidos atuais para o que vivenciam. Conclusão: Considerando que há pouco incentivo para leitura de tirinhas, e devido a complexidade de alguns conceitos contidos em suas narrativas, deparamos com alunos que apresentavam dificuldades não apenas com os conceitos e temas, mas com a leitura visual e escrita. Assim, percebemos a necessidade de reelaborar o planejamento da oficina para o segundo semestre, adotando a elaboração de uma apostila que orienta o sujeito a compreender a tirinha, dicionários, tiras, histórias em quadrinhos e demais leituras. Dessa forma, a oficina além de ser um espaço para reflexões está se tornando um disparador para outros processos educativos, tais como a orientação alfabética e a interpretação de textos.

Referências CECILIATO, Neuza. Como conciliar a leitura prazer com as atividades pedagógicas?. 16º Congresso de Leitura do Brasil, Campinas, SP, 2007. RAMOS, Ana Cláudia. Contação de histórias: um caminho para a formação de leitores?. Londrina, PR, 2011.

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PROJETO DE EXTENSÃO CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR: IMPLICAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

Karin Adriane Henschel Pobbe Ramos, Natália Chaves Picolo, Gabriel Barbieri, Victor Barroso Cruz

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Cursinho Pré-Vestibular Primeira Opção

Resumo: Cursinhos pré-vestibulares são projetos de extensão já institucionalizados pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), a qual mantém vinte e três unidades oferecendo esse atendimento à população. Trata-se de uma preocupação bastante relevante, tendo em vista as dificuldades que alguns setores da sociedade encontram ao pleitearem o acesso à universidade pública. Os projetos são coordenados por docentes da Instituição e as aulas são ministradas por alunos bolsistas dos cursos de graduação das unidades. Os beneficiários são, em sua maioria, egressos do Ensino Médio, oriundos de classes menos favorecidas, que aspiram ingressar em um ensino superior de qualidade. Entretanto, vários fatores, de ordem interna ou externa, estão correlacionados com o desempenho tanto dos alunos quanto dos professores dos cursinhos, influenciando diretamente os resultados. O presente estudo tem como objetivo discutir o papel do projeto no contexto socioeconômico da região de Assis, a partir de relatos de experiências de professores, alunos e secretários do Projeto de Extensão Cursinho Pré-vestibular Primeira Opção, da Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP, a fim de avaliar, a partir dessas reflexões, as implicações didático-pedagógicas que estão refletidas no processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, foram gravados alguns depoimentos de participantes, durante o primeiro semestre de 2013. Os dados coletados foram submetidos a uma análise qualitativa e discutidos nas reuniões pedagógicas, que ocorrem quinzenalmente, entre o corpo docente e a coordenação do projeto. A análise foi fundamentada em uma perspectiva vygotskyana que considera os planos filogênicos, ontogênicos, sociogênicos e microgênicos para a construção do conhecimento, em uma abordagem interacionista. Os resultados mostraram que esses planos, refletidos nos depoimentos dos participantes, têm implicações diretas na pedagogia que adotam os professores do cursinho e no desempenho dos alunos.

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PROJETO DE EXTENSÃO CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR E A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

Karin Adriane Henschel Pobbe Ramos, Felipe de Oliveira Rocha, Victor Barroso Cruz UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Cursinho Pré-Vestibular Primeira Opção

Síntese: O projeto Cursinho Primeira Opção da UNESP de Assis é um importante contexto para a formação inicial dos professores que, futuramente, já graduados, terão tido uma experiência profícua que contribuirá para o exercício da docência.

Resumo: O projeto Cursinho Primeira Opção da UNESP de Assis, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), em andamento desde o ano de 1998, tem cumprido o seu papel social, ajudando na formação dos alunos de baixa renda e possibilitando a eles a inserção no ensino superior. Diante disso, o trabalho é reconhecido pela comunidade de Assis e região, refletindo no aumento da procura pelo projeto e nas aprovações dos alunos em diversas instituições, sobretudo, públicas. O objetivo do presente estudo é refletir a respeito da importância do projeto não apenas para os alunos oriundos da comunidade externa, mas para a formação inicial dos graduandos que atuam como professores. Partindo desse pressuposto, nosso trabalho está baseado em um referencial metodológico da pesquisa narrativa, na qual nossas experiências em sala de aula, incluindo relatos de outros professores do corpo docente do projeto, compõem um corpus para análise. O projeto está sob a coordenação de um docente do Departamento de Educação do campus que supervisiona pedagogicamente as ações empreendidas, o que possibilita o desenvolvimento profissional dos nossos alunos-professores para que conheçam melhor a realidade da educação no Brasil. Vale ressaltar que mais da metade dos alunos-professores que ministram aulas no projeto são provenientes de cursos de licenciatura, mas isso não exclui os cursos de bacharelado, tornando uma oportunidade para todos os alunos do campus para compartilharem os inúmeros conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida acadêmica. Como vantagem para essas experiências de ensino e aprendizagem, cada professor atua na sua área de conhecimento específico, respectiva a sua formação, o que permite que possam colocar em prática os conhecimentos que constroem em sala de aula enquanto alunos. Além disso, o fato de ainda estarem na graduação, permite que desenvolvam sua formação inicial como praticante da vida docente. Dessa forma, os graduandos participantes do projeto têm a chance de interagirem entre si e, por fim, com a comunidade, no que diz respeito ao desafio do ensino e aprendizagem. A realização da pesquisa tem nos mostrado que, apesar das dificuldades e dos entraves que se apresentam nesse contexto específico, a boa articulação, em todos os níveis de conhecimentos e práticas para o aluno-professor, contribui para a sua melhor formação e capacitação para o domínio do exercício do ensino.

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Psicologia e Educação – problematizações e ações conjuntas.

Clarissa Martins Mônaco, Jennifer do Nascimento Pedrero, Jessica Toniatti da Silva, Rafael Troca Nascimento, Claudia Aparecida Valderramas Gomes.

UNESP- Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: A interface saúde-educação: uma proposta de intervenção em creches e pré-

escolas. O projeto teve início em 2012 propondo oficinas e atividades com crianças e educadores na EMEI Pequeno Polegar com o objetivo de ampliar as possibilidades de trabalho e amenizar efeitos adversos gerados pela estrutura física da escola. Uma das oficinas tornou-se projeto institucional em 2013. Introdução: Este projeto foi idealizado com o objetivo de oferecer suporte aos processos de aprendizagem e desenvolvimento de crianças em idade pré-escolar (dois a cinco anos) por meio de um trabalho conjunto entre professoras de uma escola municipal de educação infantil do município de Assis-SP e estagiários de Psicologia. A partir de reuniões realizadas no início de 2012 com as professoras, aproximamo-nos das demandas trazidas pelas mesmas e constatamos que a escola estava enfrentando, naquele momento, problemas relacionados à restrição do espaço físico, pois a mesma funcionava em local provisório, com dimensões aquém das esperadas para a proposição de atividades pedagógicas adequadas às necessidades das crianças. As salas de aula foram instaladas em ambientes pequenos e o local designado para brincadeiras e oficinas, também era considerado inadequado. Tal questão gerava efeitos adversos como irritabilidade e agressividade das crianças, estresse por parte das professoras que também trabalhavam em um local pequeno e inadequado e a conseqüente precariedade das atividades pedagógicas realizadas. Metodologia: Ao longo de 2012, foram realizadas reuniões mensais com as professoras, durante o Horário de Estudos – HE – cumpridos semanalmente. Nestas reuniões eram discutidos os procedimentos, locais e materiais necessários para a realização das oficinas. Discutíamos também a aceitação das oficinas pelas crianças e possíveis melhorias. As oficinas propostas foram: Hora da Natureza e Memória Fotográfica. A primeira tinha por objetivo desenvolver uma “horta alternativa” em garrafas PET, por meio da qual as crianças tivessem a oportunidade de gerir e participar de cada passo do processo de contato e manuseio com a terra, plantio, cultivo e colheita de diversos tipos de plantas orientadas pelas professoras e estagiários. A oficina Memória Fotográfica previa o acompanhamento das crianças a passeios externos à escola e registro fotográfico com o conseqüente trabalho com as fotos dirigido às mesmas. Resultados: Um dos objetivos da implantação destas atividades era assegurar a melhoria da qualidade da atenção educacional oferecida às crianças daquela unidade escolar. A ideia original era de que estas oficinas pudessem ser transformadas em projetos da escola. Em 2013 o projeto passou a ser fomentado pela PRÓ-Reitoria de Extensão – PROEX – e a direção da escola pediu que os estagiários bolsistas fossem parceiros na realização do projeto Hora da Natureza, que passou a ser um projeto institucional, e que fizéssemos o registro fotográfico de todo o processo, bem como de outras atividades. A oficina Memória Fotográfica foi realizada com sucesso, com passeios a mostras culturais, eventos da cidade e registro das crianças em situações externas à escola entre outros. Ao final do ano, foi entregue um CD para cada família com as fotos das crianças, proporcionando a aproximação entre família e escola. Considerações Finais: A constatação das dificuldades enfrentadas pelos professores, crianças e famílias acerca de alguns elementos estruturais – espaço físico e instalações inadequadas – que interferem diretamente na efetivação das atividades pedagógicas, resultando em prejuízos para o desempenho da função docente, tanto quanto para o desenvolvimento infantil tem sido pensado como primeiro grande obstáculo a um modelo saudável de aprendizagem e desenvolvimento. Esses elementos puderam ser problematizados, buscaram-se alternativas de trabalho com a participação da Psicologia no enfrentamento dessas questões, priorizando o atendimento às necessidades das crianças por meio de um planejamento de atividades que tivesse por objetivo assegurar sua saúde e sua educação. Referências Bibliográficas MUKHINA, V. Psicologia da Idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

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Relato de experiência de formação de psicólogos no Programa

de Educação Tutorial “PET – Psicologia”.

Luísa Milano Navarro; Deivis Perez Bispo dos Santos.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Programa de Educação Tutorial PET – Psicologia

Síntese: Relato da experiência de alunos de psicologia, integrantes do Programa de Educação Tutorial “PET Psicologia”. INTRODUÇÃO: O objetivo deste resumo é relatar a experiência de um grupo de graduandos do curso de Psicologia, integrantes do Programa de Educação Tutorial (doravante PET Psicologia). O PET Psicologia foi criado em junho de 2011, na FCL UNESP – Assis, e é mantido pela própria Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho/UNESP. O grupo passou por diversas formações, e é composto atualmente por 15 alunos e um professor tutor, docente do curso de Psicologia. O PET se caracteriza como uma experiência de incremento e diversificação da formação de psicólogos, por meio da realização de atividades extracurriculares de ensino, pesquisa, extensão e cultura, visando fomentar a capacitação de discentes no sentido da construção de saberes que favoreçam uma atuação profissional inovadora, autônoma e responsável, tendo como princípios a ética, colaboração, cidadania e análise crítica da práxis do psicólogo. Ainda, o PET Psicologia estimula o desenvolvimento de profissionais com alta consciência da interdisciplinaridade dos fenômenos psicológicos. METODOLOGIA: O grupo se reúne semanalmente para o estudo de temas pertinentes à formação profissional e desenvolvimento integral dos discentes do grupo, bem como para a organização de eventos e atividades formativas de interesse do coletivo de alunos da FCL Assis, voltadas tanto para o mundo do trabalho quanto para temáticas de caráter ampliado e orientadas para a discussão e compreensão de temáticas sociopolíticas. Além desta reunião, os participantes do PET Psicologia organizam e participam de grupos de estudos, realizam pesquisas de iniciação científica, desenvolvem atividades de extensão e atuam na gestão e manutenção de perfil do grupo em redes sociais e sitio eletrônico, ambos voltados para a difusão de saberes acadêmico-científicos e culturais. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O grupo PET Psicologia tem estimulado o debate e a produção de conhecimentos sobre a construção de um modelo formativo inovador de psicólogos, distinto daquele que os cursos de graduação em Psicologia têm favorecido, orientado para o trabalho em consultórios, em modelo liberal, de caráter individualizante e elitizado. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: O PET atua no sentido de contribuir com a abordagem, na graduação, das áreas tradicionais da Psicologia (trabalho, educação, saúde e assistência social), em ações de ensino, pesquisa, extensão e cultura. É nesta articulação, entre as áreas da Psicologia com os temas transversais cidadania, políticas públicas e participação democrática, que se encontra a inovação das atividades do PET.

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TÍTULO: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS COM AUTISMO

Carolina Mesquita, Hanna Lima, Henrique Uva Do Amaral, João Fábio Caramori, Letícia Giovannetti, Jorge Abrão

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto De Extensão: O BRINCAR NOS TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTOS: CRIANDO ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO

COGNITIVO E EMOCIONAL O projeto de Extensão universitária intitulado “O brincar nos transtornos invasivos do desenvolvimento: criando estratégias para o desenvolvimento cognitivo e emocional” é desenvolvido em parceria com o Centro de Atenção Educacional Especializado - Fênix: Educação para Autistas, vinculado à Secretaria Municipal da Educação, que busca, desde 2005, auxiliar o desenvolvimento de crianças que apresentem sintomas dentro do do espectro do autismo, assim como, dar a devida orientação aos pais das crianças envolvidas, informando-os sobre o autismo. Por sua vez, o referido projeto de extensão universitária, coordenado pelo Prº Drº Jorge Luís Ferreira Abrão, ao integrar-se no contexto desta instituição, tem por objetivo favorecer o desenvolvimento da capacidade emocional das crianças autista por intermédio de atividades lúdicas interativas. Através de uma ótica psicanalítica, a brinquedoteca com crianças autistas busca providenciar atividades interativas por meio do brincar, criando um ambiente que possibilite que a capacidade simbólica da criança seja favorecida, auxiliando seu amadurecimento emocional. O brincar oferecido a criança dentro deste quadro se torna então uma outra opção de expressão e a elaboração de conteúdos subjetivos, podendo assim, o brincar ter caráter terapêutico. Atualmente, aproximadamente cerca de 10 crianças são atendidas pelo projeto da brinquedoteca, que são divididas em duplas e atendidas semanalmente no decorrer do ano letivo de 2013, por uma dupla de estagiários do projeto dentro da sede do projeto Fênix, em uma sala propícia às atividades propostas, contendo uma variedade de brinquedos, réplicas de instrumentos musicais, bonecas, carrinhos, maquetes de casa, blocos de montar, fantoches, entre outros. Dentro deste ambiente a criança se sente livre para escolher seus brinquedos de preferência, podendo o estagiário sugerir brincadeiras derivantes das iniciadas pelas crianças, abrindo assim um leque de maiores possibilidades do brincar com o intuito de instigar o desenvolvimento cognitivo e ampliar as formas singulares de expressão. Em conjunto do estagiário, a criança poderá ter a oportunidade de desenvolver o processo de simbolização, encontrando nessa atividade a expressividade necessária ampliar sua capacidade de comunicação e interação social, podendo decorrer deste trabalho uma função terapêutica. O presente projeto, pode ser uma oportunidade para o aluno de psicologia vir a ter contato com crianças dentro do espectro do autismo, assim aprendendo melhor sobre aspectos do desenvolvimento infantil, e as características cognitivas e emocionais dessas crianças.

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Meio Ambiente

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Construção de Biodigestor Anaeróbico em Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis

Andrômeda Oliveira, Fabiano Morimoto, Darío Abel Palmieri.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Projeto de Instalação e Operação de Biodigestor em Cooperativa de Catadores de

Materiais Recicláveis da Cidade de Assis Visando alternativas sustentáveis para o tratamento de resíduos sólidos, o projeto tem por objetivo a construção de um biodigestor anaeróbico na Cooperativa de Materiais Recicláveis de Assis, que transformá o lixo orgânico em biogás e biofertilizante. Introdução: Os resíduos sólidos tem sido um grande problema para a administração pública. A gestão e a disposição inadequada destes causam impactos socioambientais, tais como degradação do solo, intensificação de enchentes e poluição do ar. A Prefeitura Municipal de Assis e a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, implantaram o programa de coleta seletiva para melhor administrar os resíduos. Porém, muito lixo orgânico ainda é destinado à cooperativa. A COOCASSIS possui cerca de 100 integrantes, estes recebem um salário baixo deixando muitos com dificuldades financeiras. Esta realidade, aliada a necessidade de diminuição do lixo, levou à criação do “Energia Orgânica, Menos Lixo Mais Luz”. Procurando encontrar soluções sustentáveis para a questão de resíduos sólidos e oferecer novas oportunidade de geração de renda aos cooperados, o projeto visa implantar um biodigestor na Cooperativa. Este, fará a conversão do lixo orgânico em energia elétrica, diminuindo o gasto com energia, e em biofertilizante, que será comercializado. Em prol disso, tem por objetivo também, aumentar a autonomia e valorização do trabalho dos cooperados, os incentivos à coleta seletiva e melhorar a separação do lixo reciclável, o que levará a melhores condições de trabalho na cooperativa e maior renda per capita. Metodologia: Para conscientização ambiental, foram elaborados folders e panfletos informativos e feitas campanhas, gincanas e teatros com temáticas ambientais, além da criação de postos de coleta de pilhas e óleo e divulgação da rota da coleta seletiva, visando criação de bons costumes e cultura. Na cooperativa, com objetivo de autovalorização do trabalho, foram realizadas atividades de integração, como festa junina, exibição de filmes temáticos e rodas de conversa. Quanto ao biodigestor, terminada a construção, o lixo orgânico, proveniente de grandes geradores, será triturado e misturado com água e fluirá lentamente de uma extremidade à outra, enquanto sofrerá a ação de bactérias anaeróbias. As bactérias presentes nos detritos farão a degradação dessa matéria e produzirão biogás. Esse material orgânico degradado transformar-se-á então em biofertilizante. Resultados e Discussão: Conforme realizadas as diversas atividades em escolas da cidade, observou-se um aumento do interesse e conhecimento dos alunos acerca da coleta seletiva e meio ambiente. Foram recolhidos de cerca de 150 pilhas e 50 L de óleo em apenas três semanas. Observou-se, também, maior integração entre os cooperados e aumento da relação de confiança entre os membros do projeto e a COOCASSIS. O Biodigestor encontra-se em etapa final de construção e foram firmadas parcerias com a Secretária do Meio Ambiente, Equaliza Ambiental, e Belagrícola, essenciais ao projeto. Conclusão: Embora o Biodigestor esteja em fase de construção, não sendo possível avaliar o impacto efetivo do processamento de parte do lixo orgânico produzido pelo município nem as vantagens da utilização ou da comercialização dos produtos gerados pela biodegradação desses resíduos, os cooperados, entendem que o projeto deverá trazer novas oportunidades, além de uma maior visibilidade e valorização do próprio trabalho. Referências BESEN, G. R. et al. Resíduos sólidos: vulnerabilidades e perspectivas. In: SALDIVA P. Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles. Ex Libris, 2010.

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Saúde

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A entrevista psicológica interventiva como forma de acolhimento da gestação de alto risco.

Tamires Wedekim de Toledo, Anaí Ramos Vieira, Camila Rippi Moreno, Maria Luisa

Castro Valente, Mary Yoko Okamoto, Helena Rinaldi Rosa. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Atendimento no HRA: a escuta psicológica na gestação de risco Síntese: É ofertada uma escuta acolhedora interventiva para as gestantes de alto risco atendidas no Hospital Regional de Assis, com o intuito de trabalhar ansiedades e dificuldades provenientes da alta complexidade de sentimentos que permeiam a mulher, principalmente as adolescentes, durante a gestação.

Introdução: O período de gestação é um momento de grande ansiedade envolvendo várias mudanças que abarcam a mulher como um todo, podendo ser caracterizada uma fase de crise e o modo como cada mulher lida com tal situação remete à sua história pessoal e ao contexto particular no qual a gravidez ocorre. A gestante se depara com uma gama complexa de sentimentos, experimentando diferentes emoções - como ambivalência entre desejar ou não o filho, negação, medo, introspecção, principalmente - no percurso da gestação. Lidar com estas emoções possibilitando elaborações desse momento é importante, principalmente em se tratando de gestação de alto risco. Segundo Maldonado (2002), o atendimento psicológico à gestante é importante no aspecto de fortalecimento de suas capacidades para enfrentar novas situações, já que é no decorrer da gestação que se constroem os alicerces do relacionamento entre os pais e o bebê e, também, quando começam a surgir as primeiras tensões que, se abordadas nesta fase, tendem a facilitar a superação, favorecendo o crescimento emocional e a formação de uma boa ligação materno-filial a qual colabora para o desenvolvimento da criança e para a boa estrutura familiar. Esse projeto de Extensão Universitária tem como objetivo o atendimento psicológico às gestantes de alto risco no Hospital Regional de Assis (HRA), visando à avaliação dos mecanismos adaptativos do ego, a redução da ansiedade e o domínio cognitivo da situação. Considera-se gravidez de alto risco aquela que ocorre em condições que podem comprometer o desenvolvimento normal da gestação, como a adolescência e em mulheres com idade acima dos 35 anos ou aquelas que apresentam outros problemas de saúde. O Ministério da Saúde considera de risco aquela gestação na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto têm maiores chances de serem atingidas por complicações do que a média das gestações.

Metodologia: É feita uma entrevista psicológica com o intuito de realizar uma avaliação psicológica interventiva, oferecendo uma escuta acolhedora que facilite reconhecer as fantasias e medos, assim como facilitar a compreensão do significado desta criança em sua vida e da importância da relação mãe-bebê. Caso seja necessário, o caso é encaminhado para o acompanhamento pela psicóloga responsável no hospital.

Resultados e discussões: No período de maio a novembro/2012, as estagiárias de psicologia realizaram o atendimento a 53 gestantes, sendo a maioria, adolescentes. Através das entrevistas realizadas, foi possível observar que a maior parte das gestantes era de baixa renda, engravidaram de homens mais velhos, com os quais se relacionavam há poucos meses e ao se deparar com a notícia da gestação, geralmente resolvem coabitar com o pai da criança. Quanto à profissão, a maior parte foi composta por donas de casa e estudantes, e dentre as jovens, é notável apontar o abandono dos estudos após a notícia da gravidez. Sobre o futuro, as falas indicam a incerteza, o não-planejamento e apenas poucas adolescentes apresentam perspectiva e planos futuros. Mediante a experiência obtida nesse projeto, torna-se clara a necessidade de oferecer às mães, principalmente àquelas que vivem uma gestação de risco, um trabalho que funcione como um apoio para a elaboração e/ou compartilhamento de angústias, medos, frustrações, alegrias, conquistas, fantasias e projetos de vida quanto à concepção e a vida futura, de modo a fortalecer o vínculo que será estabelecido entre essa mãe e o seu bebê, além de oferecer a esta mulher a possibilidade de um olhar voltado para si como um todo e não apenas como futura mãe.

Referências: MALDONADO, M. T. P. Psicologia da Gravidez. 16. ed. São Paulo: Saraiva 2002.SOIFER, R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. Porto Alegre: Artes Médicas, 1980. 124 p.

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A extensão da Psicologia pela clínica da urgência: a psicanálise em

intensão em uma Unidade de Pronto Atendimento.

COSTA-ROSA, Abílio, DERMINDO, Mariana Pereira, FERNANDO-COSTA, Maico, HUBER, Mateus de Andrade, SUZUKI, Melissa Yumi

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: A Clínica Crítica na Saúde Coletiva: impasses e outras demandas da subjetividade

Síntese: Este trabalho faz parte de um projeto de escuta realizado por estagiários do quinto ano de Psicologia no Pronto Socorro Municipal (Assis/SP) e está vinculado a um núcleo de Estágio Curricular da ênfase de Clínica Crítica e Políticas Públicas do curso. Introdução: Este projeto tem como objetivo ofertar uma escuta aos usuários da Unidade de Pronto Socorro (PS) Municipal de Assis-SP. Nossa proposta é desenvolver a extensão de uma Psicologia precavida da Psicanálise do campo de Freud e Lacan. Buscamos compreender quais contribuições podem ser ofertadas a uma Instituição de Saúde de Urgência e Emergência sob a luz da Clínica da Urgência. Metodologia: Nossa proposta é trabalhar com o que podemos definir como uma ampliação da psicanálise em intensão (COSTA-ROSA, 2012), utilizando as entrevistas preliminares (QUINET, 1991) como baliza dessa escuta no PS. O horizonte da nossa prática é a escuta analítica, baseada na Ética e na dimensão transferencial da clínica psicanalítica. A Clínica da Urgência, no entanto, tem outras especificidades; o sujeito que chega ao Serviço de Urgência e Emergência não é apenas um corpo doente, mas alguém que poderá estar implicado com a sua “dor”. Nesse momento é o próprio sujeito cindido pelo real da angústia que encontramos. Da urgência generalizada sublinharemos significantes que emergem da fala do sujeito, dos quais em sua história poderá advir um ponto de estofo para que outras significações daquela angústia possam ser relançadas enquanto efeitos de sentidos. Resultados/Discussão: A oferta de uma escuta e a oportunidade de falarem de suas histórias, num lugar tão duro e pouco acolhedor como se apresenta o local de nossa práxis, possibilitou a muitos sujeitos a produção de um alívio, em vista desse acidente, de um “não sei o quê”, do inesperado que lhes irrompeu no corpo. Foi possível observar a importância em se dar um respaldo ao que é dito, não deixando o sujeito em um vazio que pode ser insuportável nesse momento. Conclusão/Considerações Finais: Encontramos poucas produções bibliográficas referente ao assunto e, na maioria dos casos, não retratam a experiência em um serviço de Urgência e Emergência, mas sim uma clínica individual no contexto hospitalar. Apostamos em escutar o insuportável - compreendendo o indivíduo como protagonista de suas ações - procurando abrir uma possibilidade de se construir algo em torno desse real que se apresenta de forma tão avassaladora.

Bibliografia

COSTA-ROSA, A. Contribuição a uma clínica crítica dos processos de subjetivação na saúde coletiva. In: DIONÍSIO e BENELLI (Org.). Políticas públicas e clínica crítica. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.

LACAN, J. O seminário, livro 10: a angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

QUINET,A.. As 4 + 1 Condições de Análise, 4ª edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.

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Atendimento psicoterápico à comunidade universitária externa

Amanda Gomes Pereira, Bárbara Geórgia Zanfolin, Camila Fernanda Sant’Ana, Gustavo Henrique Dionisio, Juliana Camargo de Faria Pirró, Lourenço da Silva Queiroz, Maíra Boutros Ladeia Zanoti, Maria Cristina Gonçalves Pelegrini, Matheus Viana Braz, Melina Nayla Pompeu de Barros, Rafael

Eduardo Franco, Rafael Roso Bueno, Ranyella Cristina de Siqueira.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Atendimento psicoterápico à comunidade universitária externa.

Síntese: Trata-se de apresentar o projeto “Atendimento psicoterápico à comunidade universitária externa”, em breve articulação com o conceito de sideração (Verblüffung), advindo do campo psicanalítico, significativamente produtivo para a experiência de uma escuta em clínica-escola. Introdução e Objetivos: “Atendimento psicoterápico à comunidade universitária externa” oferece atendimento psicoterapêutico de inspiração psicanalítica a estudantes universitários da comunidade externa à FCL Unesp–Assis e a ex-alunos da mesma. O projeto abre um espaço exclusivo para o atendimento desse público, cuja demanda vem crescendo paulatinamente, e é responsável pela realização de cerca de 860 atendimentos anuais - contando, no momento com 1 bolsista e 11 voluntários. Com o objetivo principal de ofertar ganhos em Saúde Mental ao público-alvo, o projeto também abre importante espaço destinado à formação dos alunos que desejam experienciar o exercício da escuta clínica. Nesse contexto, uma das principais questões que emerge é a da posição do estagiário em seu exercício, o qual requer uma atenção flutuante. Mas não apenas: esta escuta exige o retorno a uma condição de não-saber, de maneira que a fala do paciente possa produzir espanto, surpresa, não se deixando reduzir ao previsível. Com efeito, o espanto advém da sideração (Verblüffung), momento no qual a linguagem, por meio de um significante, é capaz de causar perplexidade e abolir-se, requerendo um trabalho de simbolização. Cabe destacar que o aporte transferencial é determinante, pois a oferta de escuta se horizontaliza nessa relação “jovens estudantes que atendem jovens estudantes”. Desse modo, tal escuta, que não poderíamos adjetivar senão com seu aspecto sensível, tem como consequência a necessidade de explorar a problemática da sideração nesta experiência de clínica-escola. Metodologia: O método pelo qual nortearemos nossa investigação é eminentemente clínico, com embasamento nos pressupostos teóricos desenvolvidos por Freud e Lacan, bem como por outros psicanalistas que circulam nesse circuito. Os atendimentos são realizados semanalmente, em sessões de aproximadamente 45 minutos, nas dependências do Centro de Psicologia e Pesquisa Aplicada (CPPA) da FCL. São realizadas supervisões semanais, de cunho teórico e prático, que abordam o desenvolvimento dos atendimentos clínicos. Resultados e Discussão: Na medida em que a relação transferencial se adensa ao longo do processo psicoterápico, percebemos o momento em que a linguagem silencia com a emergência de um significante, característico da experiência inequívoca de sideração. O sujeito é colocado frente à escolha de permanecer no estupor ou espantar-se com a sua condição de não-saber. O espanto tem a função de travessia, diante da qual o sujeito poderá retirar-se ou se de-siderar. É requerido, portanto, um recomeço da linguagem com a produção da fala ressignificada. Invocado pelo desejo de falar sobre esse não-sabido, o sujeito é levado a se escutar cada vez mais. Ao problematizar o exercício clínico, atentamo-nos ao desenvolvimento de uma escuta capaz de permitir tais transições/produções no interior da cadeia significante. Considerações finais: A implicação com o exercício clínico no contexto da universidade nos atenta às questões de transferência e sideração como componentes a serem destacados no desenvolvimento de uma escuta clínica rigorosa. Dispor-se ao espanto possibilita a construção de novos saberes subjetivantes, de modo a responder com maior competência às demandas dos pacientes, e, assim, expandir os recursos clínicos no interior da prática do estudante de psicologia. Referências: DIDIER-WEILL, A. Os três tempos da lei: o mandamento siderante, a injunção do supereu e a invocação musical. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 1997.

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AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO E DIFICULDADES PARA CONTROLE DA OBESIDADE, ASSOCIADA OU NÃO A

DIABETES E A HIPERTENSÃO

Autores: Nelson Silva Filho, Maria Thereza Leuzzi Silva, Luiz Fernando Martinez Sant’Anna, Camila Mendes Prado, Livy Oliveira.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Atendimento psicoterápico a pacientes com doenças crônicas. Síntese: Este trabalho consiste na avaliação dos fatores de risco e dificuldades para controle de peso e da obesidade – associada ou não a outras comorbidades – por meio de grupos operativos e ou psicoterapia individual, desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde no município de Assis – SP. Introdução: O objetivo deste estudo foi verificar através da vivência nos grupos, os fatores de risco à que a população está sujeita e suas dificuldades no controle da obesidade; as dificuldades impostas pela associação de patologias (hipertensão e/ou diabetes) no processo de controle e a eficácia do grupo de orientações. Material e Metodologia: O estudo foi realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Fiúza, no município de Assis, São Paulo. Os pacientes com obesidade e sobrepeso são convidados a participar do grupo de orientação, pela médica e por meio de cartazes expostos na UBS. Inicialmente, os indivíduos passam por avaliação médica e são encaminhados para avaliação psicológica segundo o Sistema Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado (SISDAO), proposto por Simon (1989; 2005). Resultados e Discussões: Até o momento foram atendidos 86 pacientes, sendo 64 mulheres e 22 homens, com média de idade 51 anos (dp=19,2), tendo o paciente mais novo 14 e o mais velho 91 anos. A média do IMC é 31 (dp=13); peso médio 81 kg (dp=30); média de pressão arterial máxima de 12,6 e mínima de 7,8. A maior prevalência de mulheres é atribuída à preocupação estética, tentar recuperar a auto estima e tentar melhorar as relações conjugais. Os pacientes são estimulados a manterem um diário sobre sua alimentação ao longo da semana e esta é supervisionada e discutida com a médica, que durante esta supervisão discute e elabora um cardápio personalizado de acordo com as preferências e hábitos alimentares relatados pelos pacientes nos diários. Além disto, estes são estimulados a refletirem sobre suas angústias e dificuldades relacionadas ao comportamento alimentar. Conclusão: Os pacientes relatam que o diário é fundamental no processo de emagrecimento e que percebem diferenças positivas neste método, em comparação com outros utilizados. E ainda, que o diário ajuda na conscientização da alimentação, tanto em quantidade como em qualidade. Além disso, o fato de ser uma reeducação alimentar e não uma dieta restritiva auxilia na motivação dos mesmos.

. Referências Bibliográficas

SIMON, R. Psicologia Clínica Preventiva: novos fundamentos. São Paulo: EPU, 141p. 1989.

SIMON, R. Psicoterapia Breve Operacionalizada: teoria e técnica. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2005. 

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CLÍNICA E PESQUISA EM ADOÇÃO

Camila Fernanda Sant’ Ana, Karen Fernanda Salvador, Lais Miranda, Nathália Soares, Sabrina Mainardi, Maria Luísa Louro de Castro Valente.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: CLÍNICA E PESQUISA EM ADOÇÃO

Introdução: Tem-se como princípio que, para a formação do profissional cidadão, é imprescindível sua efetiva interação com a sociedade, seja para se situar historicamente, para se identificar culturalmente ou para referenciar sua formação técnica com os problemas com que um dia terá que se deparar, é neste sentido que buscamos desenvolver em nossos alunos as habilidades e competências para uma adequada interação com a população, além de instalar conhecimento técnico sobre o tema da adoção. Nosso objetivo maior é a instalação de conhecimento humano e técnico de nossos alunos, além de discutir as questões da adoção em nossa sociedade.

Método: Para alcançar os objetivos propostos realizamos atendimento clínico semanal a famílias ou casais que são adotantes ou que pretendem adotar e crianças adotadas, também desenvolvemos um curso destinado a pessoas pretendentes à adoção. Este curso acontece uma vez por semestre, e é parte integrante e necessária à inclusão no cadastro de pretendentes à adoção. O curso foge dos padrões expositivos e se molda (sugestão: constitui) em espaço de discussão, o que possibilita aos participantes compartilharem uns com os outros, porque se encontram em situações semelhante; ou que pretendem adotar ou que já o fizeram – como o estar buscando um filho, expor as suas dúvidas, angústias e ansiedades.

Resultados: Os atendimentos clínicos, seja a famílias ou a casais são parte importante na aprendizagem dos futuros profissionais, mas podem ser considerados como mais uma modalidade da clínica. È nos cursos que oferecemos à população externa que percebemos que esse processo é de maior importância, uma vez que é interessante que sejam abordados assuntos sobre a adoção, a sua motivação, real e fantasiosa, as fantasias sobre poder escolher uma criança embasados em suas características físicas, as expectativas em relação à família que ficaria “completa” com a chegada da criança, a adoção de irmãos, a adoção tardia, a adoção especial (de crianças com necessidades especiais), a adoção inter-racial, a aceitação da criança por toda a família, a adaptação da criança ao ambiente familiar, as questões referentes à educação da criança, a revelação da adoção, os preconceitos que podem ser sofridos e o contato com a família biológica da criança. São questões que são discutidas e que permitem aos casais refletirem sobre as suas fantasias e necessidades e que assim sejam desmistificados preconceitos e fantasias e que um real sentido para a adoção seja construído na família adotante. De parte de nossos alunos verificamos que é no contato desenvolvido com estes participantes que o sentido do real se instala. São pessoas concretas que chegam com seus sentimentos de angústia e medo, pessoas que se mostram mais ou menos abertas à reflexão, mas que se deixam tocar pelos bolsistas e participantes do projeto. Esta atividade, que é realizada semestralmente, é coordenada pelos bolsistas, alunos de 5º e 4º ano do curso de Psicologia, no dia de sua realização. Este também é um sentimento de medo e angústia que iguala quem coordena e quem é coordenado no encontro. Sentimento de realização, competência e de empoderamento profissional que é buscado desenvolver nos bolsistas pela coordenadora.

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DURMA BEM, MEU BEM! UM PROJETO DE EXTENSÃO VOLTADO À PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS DE SONO NA INFÂNCIA

Débora Cristina Aquino Pinheiro, Maria Laura Nogueira Pires, Rafaela Luana Câmara, Ananda Carlini

de Almeida, Gabriella Rodrigues Oliveira, Renatha El Rafihi-Ferreira.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: A Infância e o Sono

Este projeto tem como objetivo principal disseminar, de maneira contínua, informações sobre a importância do sono, as principais parassonias que acometem crianças e formas de manejo por meio da elaboração e distribuição de oferecimento de palestras para grupos de pais e público interessado.

Problemas do sono são comuns em crianças e variam conforme a idade, podendo se manifestar como dificuldade para dormir, de permanecer dormindo, pesadelos, terror noturno, insônia e sonambulismo. Os resultados de nossas pesquisas (1) mostram que numa base habitual (1 a 2 vezes por semana), uma em cada duas crianças apresenta dificuldade para adormecer e uma em cada três desperta várias vezes durante a noite e se mostra sonolenta durante o dia. O estabelecimento de rotinas pré-sono e hábitos de higiene do sono - conjunto de práticas e presença de estímulos que preparam as pessoas para bem dormir, permitindo sua duração suficiente - são efetivas na resolução de grande parte dos problemas de sono da infância. Objetivo: Este projeto tem como objetivo principal disseminar, de maneira contínua, informações sobre a importância do sono para a saúde das crianças, levando também informações a respeito das principais parassonias que acometem crianças e formas de manejo. Métodos: a) elaboração e distribuição de folhetos/painéis dirigido aos pais com conteúdo sobre aspectos gerais do sono, pesadelos e medo noturno; b) oferecimento de palestras para grupos de pais e público interessado, tal como profissionais envolvidos com a educação infantil; c) oferecimento de um programa de atendimento a pais de crianças com problemas de sono; d) elaboração e distribuição de material dirigido às crianças, visando o estabelecimento autônomo de rotina e hábitos de higiene do sono. Resultados: Foi elaborado o material “Durma Bem, Meu Bem”, em formato de gibi, com informações sobre rotina e hábitos de higiene do sono, dirigido às crianças e o material “O sono da Criança”, com informações gerais sobre o sono da criança, medos noturnos, pesadelos, sonambulismo, terrores noturnos, crianças que dormem com os pais e a importância do estabelecimento de uma rotina pré-sono. Este material é dirigido à pais e profissionais que lidam com a infância. Considerações finais: Pesquisas demonstram que na maioria dos casos, os problemas comportamentais do sono em crianças decorrem da aprendizagem de hábitos inadequados relativos ao sono e que intervenções comportamentais que encorajam mudanças nos estilos parentais, o estabelecimento de rotinas pré-sono e hábitos de higiene do sono são efetivas na resolução destes problemas (2). Neste sentido, pais e profissionais bem informados terão maiores chances de ajudarem suas crianças a desenvolverem comportamentos saudáveis, prevenindo algumas de suas principais parassonias. A diversidade da equipe executora, composta hoje por alunas de graduação em Psicologia, do primeiro e quarto anos, tem levado a uma rica troca de experiências, de desenvolvimento de habilidades, e uma vivência da relação teoria-prática sobre saúde e sua promoção. Durante as intervenções com as crianças, percebemos que elas participam das atividades com alegria, em sintonia com a maneira lúdica como é apresentado o conteúdo sobre o sono e rotina do dia a dia no Gibi Durma Bem, Meu Bem. A distribuição dos folhetos informativos à população adulta em geral tem sido uma ação bem recebida. Temos tido a percepção de que há uma carência sobre informações sobre o sono da criança e seus problemas mais comuns, e os pais mostram-se bastante interessados no nosso material. Consideramos que, por meio da apropriação de conceitos sobre o sono infantil, sua importância para a saúde emocional e física da criança, e seus principais problemas, estamos contribuindo para aumentar a competência parental no cuidado à sua criança. O atendimento de mães e pais de crianças pré-escolares com problemas de sono de ordem comportamental, uma iniciativa pioneira em nossa região, vem recebendo ótima aceitação e procura, e entendemos como um benefício que se soma às outras ações realizadas pelo CPPA à sociedade assisense no cuidado à criança. - Referências 1.PIRES, M.L.; CÂMARA, R.L.; VILELA, C.B. Pires MLN, Vilela C, Câmara RL. “Desenvolvimento de uma medida de hábitos de sono e aspectos da prevalência de problemas comportamentais de sono na infância: uma contribuição”. Em: Processos Clínicos e Saúde Mental (NS Filho, DP Ribeiro, HR Rosa, organizadores). Editora Vetor/Editora’ Unesp, pp167-192, 2012 2.FERREIRA, R. E. R.; SOARES, M. R. Z. ; PIRES, M. L. N. De volta ao sono: aspectos comportamentais e cognitivos da insônia. In: M.M.C. Hubner; M.R.Garcia, P.R. Abreu, E.N.P. Cilo; P. Bordini Faleiros. (Eds.). Sobre Comportamento e Cognição: Avanços recentes das aplicações comportamentais e cognitivas. Santo André: ESETec Editores Associados, 2010, 75-84.

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ENTRELAÇANDO FORMAÇÃO PROFISSIONAL E PESSOAL: A CONVIVÊNCIA COM IDOSOS NA UNATI

Aline Marques Belluci, Lara Giacometti Herrera, Lindomar Fátima Silva Poletto, Ana

Maria Rodrigues de Carvalho. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Universidade Aberta à Terceira Idade.

Síntese: Em 2013, a UNATI de Assis completa 19 anos. São 271 idosos inscritos em 32 oficinas, e 91 voluntários que dão suporte ao projeto. A experiência na UNATI viabiliza a troca intergeracional que favorece as formações cidadã e acadêmica, além de uma mudança da visão acerca do envelhecimento humano.

Introdução: Apesar do grande destaque na contemporaneidade, ainda existem alguns tabus carregados pela sociedade acerca do envelhecimento humano. Segundo Anderson (1998), mostra-se, a cada dia, a importância do conhecimento e reflexão sobre o assunto, devido ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Diante disso, várias universidades, atentas à temática, e já envolvidas com a habilitação de indivíduos para o exercício da profissão escolhida, passaram a se dedicar à compreensão e ao atendimento das necessidades atuais da população de faixa etária elevada. Em 1993, fizeram-se necessárias discussões na UNESP sobre a interação com pessoas que passavam pelo processo de envelhecimento, por meio da organização de palestras e grupos de estudos, que se intitulou como Projeto Sênior. Somente em maio de 2001, o projeto UNATI – Universidade Aberta à Terceira Idade foi institucionalizado na UNESP, pela PROEX - Pró-Reitoria de Extensão Universitária, estendendo-se a 21 câmpus. Especificamente, na Faculdade de ciências e Letras de Assis, o projeto completa seus 19 anos de existência, atendendo idosos de Assis e região através dos serviços oferecidos.

Objetivo: Como objetivo principal do projeto, tem-se o compartilhamento de experiências, ampliação de conhecimento e a convivência e interação entre os participantes, incluindo-se idosos, alunos de graduação (bolsistas e voluntários), servidores técnico-administrativos e docentes. Paralelamente, possibilita-se também, o exercício da cidadania como complemento à formação profissional e pessoal do graduando.

Método: Disponibilizam-se aos idosos, gratuitamente, 32 oficinas que se dividem entre as áreas de Saúde, Educação e Lazer. Estas oficinas, na unidade da UNATI no Câmpus da UNESP de Assis, tem seu funcionamento de segunda à sexta-feira, das 14h às 17h. Além disso, são oferecidas, semestralmente, viagens culturais visando à interação fora da sala de aula e a ampliação e exploração da cultura em ambientes variados.

Resultados: A UNATI de Assis conta, em 2013, com 271 idosos inscritos em suas oficinas, perfazendo o total de 785 matrículas, nas diferentes atividades, coordenadas por 91 voluntários. Anualmente, tem-se aumento considerável de inscritos e voluntários, o que indica a abrangência cada vez maior do projeto. De acordo com Araújo (2011), pesquisas realizadas pela PROEX mostram que os maiores benefícios obtidos pelos universitários envolvidos com o projeto são o contato e troca intergeracional, formação cidadã, mudança de concepção sobre o envelhecimento humano e complementação dos estudos, respectivamente.

Conclusão: Quebrando tabus e ideias pré-concebidas acerca do envelhecimento humano, de forma geral, o projeto da Universidade Aberta à Terceira Idade constitui parte importante para a formação acadêmica e pessoal dos indivíduos que se relacionam na execução de tais atividades. Referências: ARAÚJO, Maria Amélia Máximo de et al. Experiências em Extensão Universitária: Universidade Aberta à Terceira Idade. In: ARAÚJO, Maria Amélia Máximo de et al. Extensão Universitária: um laboratório social. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. Cap. 2.4, p. 50-61. ANDERSON, Maria Inez Padula. Saúde e qualidade de vida na terceira idade.Textos Envelhecimento, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p.1-17, nov. 1998. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2011/04/tapoioqualividaidososcompleto.pdf>. Acesso em: 19 ago. 2013.

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ESCUTA E ACOLHIMENTO NA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA DO HOSPITAL REGIONAL DE ASSIS – HRA

Mariana Alves Porto; Camila Delatin de Toledo; Hugo Fagundes de Moraes; Mary Yoko Okamoto

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Atendimento no Hospital Regional de Assis (HRA): a escuta

psicológica na clínica psiquiátrica.

A escuta psicológica na psiquiatria do Hospital Regional de Assis – HRA, oferece aos pacientes uma escuta atenta para suas dificuldades, conflitos, doença, internação, de modo a possibilitar a compreensão de conflitos e minimizar os efeitos causados pela internação psiquiátrica.

Introdução: O trabalho apresenta as atividades desenvolvidas no Projeto de Extensão Universitária (PROEX) “Atendimento no Hospital Regional de Assis (HRA): a escuta psicológica na clínica psiquiátrica”, no setor da psiquiatria durante o ano de 2012. A internação psiquiátrica no Hospital Geral abrange tanto pacientes psicóticos, como alcoolistas e drogaditos. A meta de tal setor é que haja planejamento terapêutico integrado à medicina geral, através de internações breves as quais facilitem o retorno do paciente à comunidade, colaborando assim para a diminuição da cronificação destes quadros, através de serviços de interconsulta e de emergência (BOTEGA, 2006). Portanto, por se tratar de uma internação breve, um dos seus objetivos é buscar a continuidade do tratamento e o oferecimento de uma diversidade de abordagens terapêuticas e socioterapêuticas durante a internação (terapias ocupacionais, técnicas grupais, atendimentos a familiares) que facilitem a adesão ao tratamento e sua persistência após a alta. Objetivo: Os objetivos desse trabalho consistem no contato com o paciente psiquiátrico, fornecendo uma escuta psicológica para a compreensão do caso e a intervenção num momento de crise. Além disso, busca inserir os alunos na prática da psicologia hospitalar, colocando-os em contato com o funcionamento dessa instituição. Metodologia: Inicialmente utiliza-se um roteiro de entrevista semiestruturada que contém dados sobre o paciente e explora os motivos da internação, história de vida, da doença, antecedentes familiares e a avaliação do quadro atual. Posteriormente, são realizados acompanhamentos semanais durante o período de internação na clínica. Resultados: Foram atendidos 87 pacientes (37 do sexo feminino e 50, masculino). O setor comporta 16 leitos, sendo oito para pacientes psicóticos, dois para casos de drogadição e seis para alcoolismo. Há um elevado fluxo de atendimento e devido à alta rotatividade de pacientes, o tempo disponibilizado de internação pelo Sistema Único de Saúde é de no mínimo 15 dias e, no máximo, 30. A faixa etária de maior incidência no setor psiquiátrico é de jovens até 30 anos (28,7%), com predominância de uso de álcool e drogas, além de associação entre ambos. As substâncias mais utilizadas são o crack, cocaína e maconha, respectivamente. Verificamos que apesar da predominância de uma população jovem, a maioria não possuía acompanhante e as visitas eram esporádicas, o que corrobora o fato de que em internações motivadas pelo uso de substâncias, existe um afastamento da família que, aliado à falta de serviços de acompanhamento de egressos, dificulta a recuperação de tais pacientes, gerando na equipe, o sentimento de impotência e frustração diante de tais internações. Conclusão: O papel do psicólogo no contexto hospitalar transcende a filosofia da cura, pois existe muito mais a contribuir no tocante à relação do paciente consigo mesmo e com seu sintoma. Logo, ele participa juntamente com o paciente e sua família, desse momento do adoecimento como ouvinte privilegiado e utilizando como método, o campo das palavras. Ele vai além da cura ao considerar que o sujeito excede os sintomas e a causa da doença, pois no tocante a ela permanece também a angústia, os traumas, as desilusões, os medos, as consequências reais ou imaginárias, ou seja, as marcas da doença. No que diz respeito ao contexto específico abordado por esse projeto de extensão universitária, verifica-se a importância desse papel, principalmente devido às características familiares e sociais apresentadas pela maioria dos casos atendidos. É nessas marcas que o psicólogo compreende o seu papel (SIMONETTI, 2004).

SIMONETTI, A. Manual de psicologia hospitalar: o mapa da doença. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.

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BOTEGA, N.J. (Org.). Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006. 

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Grupo de Apoio a pacientes com transtorno de obesidade

Cláudio Edward dos Reis, Adrielly Cristina Coradi Teixeira de Lemos. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Grupo de Apoio a pacientes com transtorno de obesidade.

Síntese: Este projeto tem por objetivo a criação de um espaço para que indivíduos obesos possam discutir as problemáticas da obesidade, as dificuldades para se perder peso, a discriminação aberta e velada contra os obesos e as dificuldades de se lutar contra padrões de beleza e estética impostos pela sociedade atual. Introdução: A disciplina e o projeto de estágio da abordagem cognitivo-comportamental após estudos sobre a demanda de pacientes que procuram o Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada (CPPA) da FCL –UNESP/Assis, percebeu que muitos desses pacientes apresentavam diagnóstico de depressão e ansiedade decorrentes de questões relacionadas a autoestima. Uma aproximação maior com alguns desses pacientes corroborou a tese de baixo auto estima ligada a percepção da estética corporal. Nesse sentido propomos um projeto que criasse um espaço para que pessoas obesas pudessem conversar sobre os dilemas de ser obeso, sem que houvesse a necessidade de pensar programas de emagrecimento. Objetivos: a criação de um espaço onde as pessoas possam conversar sobre o que é ser gordo nos dias atuais e a partir de dinâmicas de grupo, desenvolver recursos pessoais para enfrentar as cobranças que a sociedade impõe aos obesos. Metodologia: O projeto se desenvolveu durante o ano de 2013 e se desenvolve neste ano de 2014 utilizando como metodologia entrevistas semiestruturadas durante o processo de formação do grupo e dinâmicas de grupo, expressão corporal e vivências durante os encontros que ocorrem semanalmente nas dependências do CPPA tendo como referencial teórico os textos da abordagem cognitivo-comportamental discutidos em sala de aula. Resultados/Discussão: O grupo de 2012 foi formado por 06 mulheres que se inscreveram para a participação no grupo. Ele reuniu-se durante o ano de 2012 semanalmente. No início ocorreram as resistências naturais nessa modalidade de trabalho (grupo), contudo o grupo foi ao longo do tempo criando laços entre eles, inclusive incluindo a aluna bolsista e coordenadora do grupo. Com a criação dos laços ocorreu um aprofundamento das questões e dilemas da obesidade. O grupo através das dinâmicas foi discutindo as emoções que surgiam no enfrentamento da obesidade, da cobrança social e também da postura pessoal diante de uma sociedade que exige cada vez mais um corpo de manequim. Pode-se perceber ao longo do grupo um amadurecimento dessas mulheres e uma relação mais saudável com seu próprio corpo, bem como, o aumento da autoestima delas. Conclusão/Considerações Finais: Não é necessário uma submissão aos ditames da moda e as exigências de uma sociedade consumista para ser feliz. Redescobrir uma beleza em meio as mais diversas curvas pode produzir um resultado além do esperado. É possível conviver bem com o corpo que se possui desde que haja uma boa saúde física e principalmente mental. Para tanto é importante um cuidado com nossas emoções e cognições. Somos aquilo que pensamos, mas somos muito mais aquilo que sentimos. Referências: BECK, A. T., RUSH, J., SHAW, B., EMERY, G.. Terapia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed. 1997 BECK, A. T. & CLARK, D. A. Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade: Porto Alegre: Artmed, 2012. CASTILHO, AUREA. A dinâmica do trabalho de grupo. São Paulo: Qualytmark, 1994. PICHON-RIVIÈRE, Enrique. O Processo Grupal. São Paulo:Martins Fontes. 1982. COOPER, Z. Terapia Cognitivo-Comportamental da Obesidade: Manual do Terapeuta, 2009.

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Grupo de sala de espera com gestantes e acompanhantes:

proposta de acolhimento Winnicottiano

Anaí Ramos Vieira, Diana Pancini de Sá A. Ribeiro, Flávia Moraes, Gabrieli Franciscatti

Dias, Karina Rosolem Guimarães, Lídia Pereira da Silva, Thaís Rodrigues de Sousa.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Enquadres Clínicos Winnicottianos na Saúde Pública.

Introdução: A gravidez é um momento marcante e intenso na vida da mulher e do homem, e

exige adaptações, reajustamentos interpessoais e intrapsíquicos. Ela traz consigo

manifestações físicas e psicológicas que quando clarificadas podem fortalecer a confiança da

gestante e das pessoas que convivem com ela.

Objetivo: Oferecer espaço psicanalítico de atenção psicológica à gestantes e acompanhantes

a fim de possibilitar espaços transicionais para a realidade do nascimento de um novo ser

humano.

Metodologia: A partir da psicanálise winnicottiana e das questões relativas à gravidez foram

organizados grupos abertos de gestantes e acompanhantes em uma Unidade Básica de Saúde

de município do interior do estado de São Paulo desde 2009, como parte das atividades de

projeto de extensão universitária. São grupos realizados semanalmente com 3 duplas de

estagiárias de psicologia, na sala de espera das consultas com o obstetra como forma de

facilitar a participação de gestantes e acompanhantes. Estas duplas buscam oferecer escuta

psicanalítica e holding aos casais, com o mínimo de intervenções verbais.

Resultados: Os grupos não são constantes devido à própria característica da gestação e parto

serem transitórios. Desta maneira, não há como quantificar os resultados em termos de

benefícios adquiridos. No entanto observa-se que, no espaço transicional, proporcionado por

meio da comunicação terapeutas-casais, há compartilhamento de experiências, ansiedades,

angústias e informações sobre gestação, parto, entre outros temas. Há situações específicas

de procura por atenção psicológica individualmente, o que se considera como resultado

positivo da proposta assim como facilitador para um melhor acolhimento ao bebê, pois

ambivalências relacionadas à gravidez, parto e vinda de um filho podem ser trabalhadas

também com as especificidades da individualidade implicada em questões que nem sempre

são postas no grupo.

Conclusões: Considera-se que a proposta de grupos de sala de espera possa vir a facilitar

que mães, companheiros (as) e acompanhantes possam elaborar conflitos e clarificar dúvidas,

melhorando relacionamentos e adaptação à gravidez e possibilitando o estabelecimento de

reorganização familiar adequada para o recebimento do bebê.

Referências

DIAS, E. O. A teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott, Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2003. KHAN, M. M. R. Prefácio (1958). In: D. W. Winnicott, Textos Selecionados - Da Pediatria à psicanálise (Jane Russo trad.) Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves, p. 7-61, 2000. MEDEIROS, C. Brincar, sonhar, ser: reflexões sobre intervenções não-interpretativas em diferentes contextos clínicos. In: Aiello-Vaisberg, T. & Follador e Ambrósio. Ser e Fazer – Trajetos do sofrimento: rupturas e (re) criações de sentido. São Paulo: Instituto de Psicologia de São Paulo, 2003, p. 138-150. WINNICOTT, D.W. Os objetivos do tratamento psicanalítico (1962). In: WINNICOTT, D.W. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Trad. De Irineo C. Schuch Ortiz. Porto Alegre: Artmed, 1983, p.

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152-155. WINNICOTT, D.W. A observação de Bebês numa Situação padronizada (1941). In: WINNICOTT, D.W. Da Pediatria à Psicanálise: obras escolhidas. Trad. De Davy Bogomoletz. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2000.

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Grupos com terceira Idade e idosos asilados na UNATI/Assis. Carla Alonso Monteiro, Bruna Sordi, Janaina M. Pereira, Mariana Alves Porto, Maurício H. A. Gomes, Pedro H. S. D. Marangoni, Renato Yoshio Arai, Sabrina M. Mainardi, Tatiana de Oliveira Guerra, Thaís Rodrigues de Sousa, Vanessa S. da Silva Dantas, Wlademir Luther Falcão, Lindomar F. Silva Poletto, Ana Maria de Carvalho, Mariele Rodrigues Correa. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Universidade Aberta à Terceira Idade. ------------- O presente trabalho relata a experiência de atuação de estagiários de psicologia em duas atividades desenvolvidas no projeto de extensão da UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade), da FCL-Assis: as “Oficinas de Psicologia com idosos asilados” e o grupo “Encontros com a Terceira Idade”. -------------- Ao longo das últimas décadas, diversas pesquisas tem apontado o crescente processo de envelhecimento populacional em nível mundial. No Brasil, há a previsão de que, no ano de 2020, nosso país poderá ser o sexto em população idosa no mundo. Em diversas cidades brasileiras, o número de habitantes com mais de 60 anos atinge níveis significativos. Na cidade de Assis (SP), por exemplo, dados censitários apontam que o número de idosos corresponde a 11,6% da população, o que representa uma proporção maior do que a registrada em nível nacional. Diante desse fenômeno, vários desafios se colocam para as políticas públicas, para a sociedade e também para a produção de conhecimentos e de novas práticas no âmbito da Universidade. Nesse sentido, salientamos a importância do projeto de extensão “Universidade Aberta à Terceira Idade” (UNATI) da FCL-Assis, cujo trabalho acadêmico está articulado com a demanda social de atenção à população maior de 60 anos. Dentro da vasta programação oferecida pelo projeto, destacamos duas atividades desenvolvidas pelo núcleo de estágio do curso de Psicologia “Envelhecimento e Processos de Subjetivação: as “Oficinas de Psicologia com Idosos Asilados” e o grupo “Encontros com a Terceira Idade”. O objetivo dessas atividades é fomentar estratégias de intervenção no formato de grupos que possam produzir a expansão da subjetividade dos idosos, de maneira a combater o isolamento social a que muitos estão submetidos e também de promover (res)significações do processo de envelhecer. Além disso, procuramos propiciar aos estagiários do curso de Psicologia uma formação que lhes permitam articular a produção de conhecimento com a construção de novas estratégias de atuação profissional com essa população. Para tanto, oferecemos duas atividades semanais distintas, com uma hora e meia de duração cada uma, na grade de programação da UNATI. Uma delas é a “Oficinas de Psicologia com Idosos Asilados”, que conta com a participação de cerca de 20 idosos provenientes de três instituições asilares da cidade de Assis (SP). Nessas oficinas, desenvolvemos atividades de senso-percepção e de expansão da mobilidade, além de encontros que buscam resgatar as memórias e histórias de vida dos idosos asilados e também atividades que promovam a sociabilidade entre eles, tanto no espaço do campus como também nos espaços urbanos da cidade de Assis (SP). Já o grupo “Encontros com a Terceira Idade” tem cerca de 20 participantes com idade superior a 60 anos, em sua maioria mulheres. Nesse espaço grupal, são discutidas diversas temáticas referentes ao processo de envelhecer e seu impacto na construção da subjetividade, como questões de gênero, família, sentidos e sentimentos do corpo e outros. Nosso trabalho com os idosos asilados e com a terceira idade, em consonância com o propósito universitário de atuar junto à comunidade externa e de produzir conhecimento, tem propiciado a criação de novas ferramentas de atuação em psicologia para além do modelo clínico tradicional. Além disso, esses espaços grupais também tem se mostrado como um lugar estratégico no sentido de questionar a lógica de invalidação do ser que envelhece presente tanto no cenário social como também entre os próprios idosos. Observamos que, quando são estimulados, eles redescobrem sua capacidade de refletir, criticar e ponderar sobre diversos assuntos, podendo produzir processos de subjetivação mais potencializados nos encontros com o outro. Referências: DEBERT, G. G. A reinvenção da velhice. São Paulo: Edusp, 2004. TRENCH, B.; ROSA, E. C. (org.) Nós e o Outro: envelhecimento, reflexões, práticas e pesquisa. São Paulo: Instituto de Saúde, 2011. TÓTORA, S. Apontamentos para uma ética do envelhecimento. Revista Kairós. São Paulo, n. 11, v. 1, p. 21-38, 2008.

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HORTA COMUNITÁRIA: SEMEANDO IDEIAS E IRRIGANDO VIDAS

Juliana Roberta de Paulo Antoneli, Maria Aparecida Alves, Márcia Tozzi, Silvio Yasuí

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis

Projeto de Extensão: Atenção Psicossocial na Saúde Coletiva

Síntese:

O presente trabalho pretende explanar sobre o Projeto “Horta Comunitária” desenvolvido pelo CAPS/Cândido Mota e pelo Projeto de Extensão “Atenção Psicossocial na Saúde Coletiva” da Unesp /Assis. Este visa a geração de renda e trabalho com sujeitos que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas.

Resumo: Este trabalho pretende explanar sobre o Projeto “Horta Comunitária” desenvolvido pela equipe de Saúde Mental do CAPS/Cândido Mota (Centro de Atenção Psicossocial) e por duas estagiárias-extensionistas do Projeto de Extensão “Atenção Psicossocial na Saúde Coletiva” da Unesp /Assis.

Esta iniciativa teve início em 2012 com a abordagem de trabalhadores e estagiários da saúde mental a sujeitos que por diversos motivos tiveram seus vínculos familiares e comunitários rompidos, e vivem em situação de rua. Convém ressaltar que o trabalho em Saúde Mental ultrapassa os limites físicos dos espaços destinados ao atendimento. Esta é uma proposta de trabalho que visa à inserção do serviço no território e na comunidade, buscando um suporte social que potencialize suas ações, tendo como foco o sujeito e sua singularidade, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.

Inicialmente, formou-se um pequeno grupo (cerca de quinze pessoas) com sujeitos que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas e/ou vivem em situação de rua. O objetivo destas reuniões era a construção de intervenções significativas, que levassem em consideração principalmente o desejo dos sujeitos que participavam do grupo. Assim, foi identificada a necessidade de uma proposta de geração de trabalho e renda como um importante dispositivo dentro de uma rede de ações consideradas adequadas para o enfrentamento da situação vulnerável em que os sujeitos se encontravam. A opção por atividades relacionadas à agricultura deu-se considerando as habilidades dos componentes do grupo, uma vez que muitos já desenvolveram atividades nesta área.

Este projeto tem como objetivo a geração de trabalho e renda, organizados a partir dos conceitos da Economia Solidária, Associativismo e Cooperativismo. Espera-se que a organização deste dispositivo contribua para uma inserção ativa dos usuários no mundo do trabalho e na realidade social. Este é extremamente potente quando se pretende construir pontes institucionais que levem à reinserção econômica e social de usuários.

Ao criar-se a demando do grupo, o trabalho partiu para seu segundo momento, a busca de parcerias para a concretização das atividades. Foram firmados contatos com diversas Secretarias do Município com a Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp/Assis. E, por último, a conquista de um edital de apoio às oficinas terapêuticas do Ministério da Saúde, o qual financia o projeto.

Depois de firmados os primeiros parceiros, agora a temporada é de fortalecimento do grupo e dos vínculos deste, e, também, de um maior contato com os conceitos propostos. Enquanto os recursos financeiros ainda se encontram travados pela burocracia e, consequentemente, o trabalho na terra não começou, o grupo se reúne toda semana para discussões e planejamento. São abordadas questões, como, o processo de criação da Associação dos usuários, a divisão de tarefas e estratégias de geração de renda. Encontramo-nos em um momento de cultivo do grupo, e no aguardo do encontro da mão com terra, e da terra com a semente.

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Intercâmbio de Gerações: a construção de novas reflexões a

partir das trocas entre alunos e integrantes da UNATI

Letícia Cristine Moreira da Cunha, Patricia de Sousa, Helena Rinaldi Rosa. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) – Oficina de

Psicologia Síntese: A Oficina Psicologia tem o objetivo de integrar os participantes e criar um espaço de discussão sobre experiências de vida destes. Realizam-se dinâmicas e discussões acerca de temas pré-dispostos, onde há diversas reflexões por meio das trocas entre alunos e participantes. A UNATI em Assis objetiva oferecer para a terceira idade da região uma alternativa de resgatar e ampliar vínculos sociais e afetivos que possam expandir relacionamentos, aumentar a autoestima, além de oferecer novos e diferentes tipos de conhecimentos e aprendizados. Entre as atividades oferecidas, a Oficina de Psicologia tem o objetivo de integrar os participantes e criar um espaço de discussão e trocas acerca das experiências de vida destes. O método empregado consiste em realizar oficinas semanais, com duração de uma hora e meia. São realizados dinâmicas, debates, discussões e conversas sobre os temas previamente escolhidos pelos próprios idosos participantes, que têm espaço para indicarem temas que lhes interessam. Após as oficinas, ocorrem os encontros com a coordenação para a discussão do que ocorreu e o planejamento da oficina seguinte, a partir dos temas pré-dispostos. As dinâmicas e debates preservavam, em sua maioria, o intuito de levantar a problemática do intercâmbio de gerações: coloca-se para os participantes, idosos, a possibilidade de expor as suas ideias e opiniões, proporcionando tanto para eles quanto para os alunos ali presentes a oportunidade de crescimento pessoal em torno dos pontos antagônicos acerca do tema escolhido, gerados, em sua maioria, pela diferença de idade. Após o momento de discussão/dinâmica, o final da oficina é reservado para a “Hora do lanche”, momento descontraído que permite maior contato e interação entre os idosos. Resultados: A Oficina de Psicologia da UNATI tem proporcionado extremo conhecimento aos alunos, tanto em relação à formação acadêmica como pessoal. Antecipou a experiência que talvez os alunos só iriam poder ter nos estágios, que é o contato humano da Psicologia; puderam trabalhar habilidades das quais: relacionamentos interpessoais, habilidade social, capacidade de lidar com as diferenças, sejam elas de idade ou de opiniões, ouvir e falar em público. Porém, o ponto de maior importância foi o de aprender a lidar com a idade e o que isso influencia nas próprias opiniões e em quem nós somos e, acima de tudo, que essas diferenças podem ser muito ricas para todos. A oficina proporciona exatamente o que ela se propôs, tanto para os idosos quanto para os alunos, que é a troca de experiências entre as gerações. Mesmo nos assuntos mais descontraídos, sempre há crescimento, lições a serem tiradas que só enriqueceram as relações das pessoas ali presentes. Podemos perceber isso analisando as oficinas realizadas, como a oficina "Vida", na qual se levantou questões como momentos da vida (infância, juventude e maturidade), experiências, lições de vida e propor a dinâmica de se definir a vida em uma única palavra. Outro tema marcante foi o do "Preconceito", no qual foi realizada uma dinâmica que consistiu na distribuição de papéis em branco, para que os participantes escrevessem possíveis preconceitos que carregam; a partir disto, estes papéis foram sorteados anonimamente e os preconceitos que surgiam eram debatidos, tais quais como o preconceito racial, contra homossexuais, contra pessoas que deixavam as outras mal e para baixo, mal humorados, contra si próprio, divorciados, pessoas feias e religião. Propomos, a partir disso, um questionamento sobre os motivos que os levavam pensar daquela maneira, como: "Porque isso é errado?", "Porque ele é inferior a mim?", "Até que ponto a minha verdade condiz com a do outro?" de modo a leva-los a colocarem-se no lugar de quem está sendo julgado. Na oficina com o tema "Festa Junina e contação de piadas" cada um dos integrantes levou uma piada a ser compartilhada com os demais integrantes; a sala foi decorada com o tema e cada um levou um prato de comida típico. Apesar de diferentes temas, desde os mais "sérios" até os mais "descontraídos", todos eles se direcionam ao objetivo principal do projeto, que é proporcionar a interação, discussão, exposição de opiniões próprias e experiências de vida, resultando na participação de todos, no intercâmbio de gerações, e no produto final: o ato

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de construir novas reflexões a partir das trocas que os alunos/coordenadores fazem com os participantes da Oficina de Psicologia.

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LEITURA DE HISTÓRIAS NO HOSPITAL REGIONAL DE ASSIS, USANDO FANTASIAS PARA RECUPERAÇÃO.

Patrícia Arras Bertozzi, Helena Rinaldi Rosa, Maria Luísa Louro de Castro Valente. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Atendimento no Hospital Regional de Assis: a escuta psicológica nas clínicas médica e cirúrgica.

Síntese: A partir da leitura de contos de fadas, buscamos proporcionar a recuperação da

saúde relacionando as histórias vividas pelo paciente com os vários fragmentos de fantasias

interiorizadas ao longo da vida, e assim, permitindo a simbolização de emoções conflituosas

durante sua vivência no hospital.

Introdução: O ambiente hospitalar geralmente é conhecido por ser um lugar que remete a dor

e angústia, por este motivo os pacientes sofrem um abalo emocional na sua entrada, o que

pode dificultar sua recuperação durante a internação. A maioria das pessoas internadas já

conhece alguém ou no mínimo ouviu relatos de algum conhecido que teve seu estado

agravado nesse lugar. Por este motivo é necessária uma intervenção para modificar essa

imagem de um hospital mórbido, assim, transformando-o em um local de reflexão e recomeço,

sendo a leitura um meio para isso, como disse Bruno Bettelheim: “(...) nada é tão enriquecedor

e satisfatório para a criança, como para o adulto, do que o conto de fadas folclórico”. A partir

disso realizamos essa atividade, com o objetivo contar histórias aos pacientes internados no

Hospital Regional de Assis-HRA e/ou seus acompanhantes na Pediatria e nas Clínicas Médica

e Cirúrgica. Esta atividade, inserida no projeto de atendimento no hospital, busca ainda, ao

colocar alunos nessa instituição, realizar o treino de escuta diferenciada para que possa

progressivamente se tornar uma escuta técnica, preparando-os para o futuro atendimento

psicológico com o desenvolvimento de raciocínio clínico, treinando os estagiários para

elaborarem suas ansiedades e perceberem a importância do profissional da saúde frente ao

sofrimento que percebem no outro.

Metodologia: A modalidade de textos utilizados foi o conto de fadas, sendo estes separados e

discutidos nas supervisões semanais do grupo, para que fossem posteriormente transmitidos

aos pacientes. As alunas compareciam semanalmente às clínicas referidas, em duplas ou trios,

e liam os contos por cerca de 30 a 45 minutos, em cada leito individualmente.

Resultados: Em quatro meses efetivos de contação no ano de 2012, foram beneficiados 249

pacientes e 262 acompanhantes em um total de 68 visitas ao hospital.

Conclusão: Entendemos que as histórias transmitidas aos pacientes são a porta de entrada

não só para a simbolização de sentimentos e emoções, mas também uma via que proporciona

a construção de alternativas para a resolução de situações conflituosas pelas quais o indivíduo

passa no momento da internação. Isto visto que as histórias falam ao ego, proporcionando seu

fortalecimento e desenvolvimento para uma posterior ação frente à vida e ao sofrimento.

Referências:

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BETTELHEIM, B. A Psicanálise dos Contos de Fadas, 22° ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008. CORSO, D. L.; CORSO, M. Fadas no Divã Psicanálise nas Histórias Infantis. Porto Alegre: Artmed Editora, 2006.

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O ATENDIMENTO PSICOLÓGICO ÀS MÃES ALOJADAS

NO HOSPITAL REGIONAL DE ASSIS.

Anaí Ramos Vieira, Camila Rippi Moreno, Tamires Wedekim de Toledo, Maria

Luisa Castro Valente, Mary Yoko Okamoto, Helena Rinaldi Rosa - UNESP- Universidade

Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão:

Atendimento Psicológico no HRA.

Síntese: O projeto consiste em acolher as mães alojadas na área materno-infantil do Hospital Regional de Assis, por meio da entrevista psicológica interventiva, com o objetivo de aliviar angústias provenientes da relação mãe-bebê.

Introdução: No decorrer de uma gestação a mulher se depara com múltiplos sentimentos, como a ansiedade, o medo, a idealização do bebê, entre outros, e é a partir deste momento que o vínculo mãe e bebê começa a se formar. Durante esse período, a mãe está sujeita a vivenciar situações inesperadas, como a prematuridade do bebê, o peso e /ou tamanho abaixo da média ou, ainda, este nascer com alguma doença crônica. Esses fatores muitas vezes impossibilitam o contato inicial da mãe com o seu bebê, podendo prejudicar o vinculo entre ambos. Este projeto tem como objetivo realizar o atendimento psicológico interventivo às mães de bebês que estão internados na área materno-infantil do Hospital Regional de Assis, para que seja possível enfrentar a situação e assim promover o desenvolvimento saudável da relação mãe-bebê.

Metodologia: A metodologia utilizada consiste em entrevistas semiestruturadas com as mães alojadas no Hospital Regional de Assis. As visitas acontecem uma vez por semana, ou mais, quando necessário, com o intuito de permitir a essas mulheres expressar suas angústias, medos, fantasias, e assim compreender o significado desta criança em sua vida e a importância da relação mãe-bebê.

Resultados: Foi realizado o acolhimento de 52 mães alojadas por duas estagiárias, no período de maio a dezembro de 2012, sendo 26 anos (31%) a idade média das entrevistadas e 27% estavam na faixa etária de 16 a 20 anos. Durante o acompanhamento destas mulheres, foi possível notar mudanças nas relações destas com seus filhos e uma melhor compreensão por parte das participantes da importância da função materna, de modo a priorizar o bem estar do bebê.

Conclusão: Podemos concluir que é de fundamental importância o suporte psicológico para essas mães e suas famílias nesse momento difícil da internação de seus bebês, no sentido de auxiliar a elaboração dessa vivência através da formulação conjunta de estratégias de enfrentamento, manejo de conflitos psíquicos causados pela hospitalização, fortalecer os vínculos e tornar possível a construção de expectativas futuras para essas famílias.

Referências:

LEBOVICI, S. O bebê, a mãe e o psicanalista. Trad. de Francisco Vidal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

MALDONADO, M. T. P. Psicologia da Gravidez. 16. ed. São Paulo: Saraiva 2002.

SOIFER, R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. Porto Alegre: Artes Médicas, 1980. 124 p.

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O processo de triagem: a perspectiva dos estagiários do 4º e 5º ano do curso de Psicologia.

Renato Yoshio Arai; Melina Nayla Pompeu de Barros; Ranyella Cristina de Siqueira; Sabrina Magossi Mainardi; Helena Rinaldi Rosa; Maria Luisa Louro de Castro Valente.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: PRIMEIRO ATENDIMENTO NO CPPA: TRIAGEM.

O processo de atendimento da triagem sob um no olhar dos estagiários como forma de aprendizagem para o seu futuro profissional na área da Psicologia Clínica.

Introdução: Esste trabalho visa relatar a prática de atendimento no Projeto de Extensão: Primeiro Atendimento no CPPA: Triagem, sob no olhar dos estagiários do 4º e 5º ano do curso de Psicologia da UNESP/ Assis.

Objetivo: O objetivo é problematizar e fazer apontamentos sobre os benefícios que os atendimentos na triagem trazem aos estagiários para o seu futuro profissional.

Metodologia: O método utilizado serão os relatos de experiências vividos por quatro estagiários (uma do 4º ano e três do 5º ano) de Psicologia. Para que se possam discutir os casos atendidos há semanalmente, às terças-feiras, a supervisão com as coordenadoras do projeto, professoras do Departamento de Psicologia Clínica. Os estagiários disponibilizam individualmente seus horários na recepção, onde as secretárias vão agendando seus atendimentos conforme a compatibilidade dos horários dos pacientes.

Resultados: As experiências vividas no projeto favorecem os estagiários quanto nas mais variadas formas: em primeiro lugar, nos possibilita a vivenciar os mais diversos tipos de atendimentos desde no que se refere à idade (crianças, adolescentes, adultos, idosos) quanto ao gênero (homens, mulheres, homossexuais) e casais bem como quanto à queixa apresentada. Em segundo lugar, não podemos escolher o perfil do paciente, pois somente iremos entrar em contato com ele no momento do atendimento, quando o/a recepcionamos na sala de espera, isso acaba contribuindo para quebrar a resistência ao atendimento por algum perfil de paciente. Em terceiro lugar, podemos vivenciar um tipo de atendimento que é diferente de uma psicoterapia ou uma ludoterapia, pois o processo de triagem consiste em levantar questionamentos ou até mesmo um acolhimento para o sofrimento naquele momento do paciente para enfim, melhor proceder em seu encaminhamento. Por fim, durante as supervisões as professoras nos dão certa liberdade para opinarmos sobre qual o melhor encaminhamento de cada caso, que pode ser para algum núcleo especializado ou para alguma instituição fora da faculdade, continuar atendendo dentro da triagem ou até mesmo dar alta ao paciente.

Considerações finais: Esses tipos de atendimentos diferenciados que a triagem proporciona acabam suprindo algumas lacunas que o curso de Psicologia contém, visto que a partir do 4º ano do curso os alunos têm que escolher apenas dois estágios dentro de duas ênfases de Psicologia (Processos Clínicos, Clinica Crítica, Trabalho e Educação). Na maioria dos estágios clínicos há sempre uma demanda específica de paciente, raros são os que abarcam os vários perfis de atendimento. Mesmo que alguns alunos acabem optando por não escolher nenhuma ênfase em clínica, esse projeto de extensão está aberto a todos os alunos do 4º e 5º ano de Psicologia. Dessa maneira, os atendimentos feitos na triagem buscam abarcar uma experiência, para o aluno, com os mais variados tipos de atendimento clínico (ludoterapia, psicoterapia individual, de casal ou em grupo) para que isso acrescente de alguma forma a nossa formação profissional como futuro psicólogo.

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Para além dos muros clínicos: o paciente como obra de arte.

Amanda Pereira, Bárbara Zanfolin, Camila Sant’Ana, Gustavo Dionisio, Juliana Pirró, Lourenço Queiroz, Maíra Zanoti, Maria Pelegrini, Matheus Viana, Melina Barros, Rafael Franco, Rafael Bueno,

Ranyella Siqueira.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Atendimento psicoterápico à comunidade universitária externa.

Síntese: Trata-se de apresentar o projeto “Atendimento psicoterápico à comunidade universitária externa”, para, em seguida, construir uma breve reflexão sobre a chamada psicanálise implicada, que articula diretamente o procedimento de escuta clínica à experiência estética. Introdução e Objetivos: O projeto oferece atendimento psicoterapêutico de cunho psicanalítico a estudantes universitários da comunidade externa à FCL Unesp-Assis e a ex-alunos da mesma. Abre um espaço exclusivo para o atendimento desse público, cuja demanda vem crescendo paulatinamente, e é responsável pela realização de cerca de 860 atendimentos anuais, e conta, atualmente com 1 bolsista e 11 voluntários. Embora o objetivo principal seja ofertar possibilidades de ganhos em Saúde Mental ao público-alvo, o projeto também abre um espaço ao desenvolvimento de uma escuta clínica tendo em vista a dimensão extra-muros da psicanálise, discutindo, assim, sua relação com outros campos do conhecimento e, dentre eles, em especial, o território da experiência estética. Uma das principais questões que emerge são as interlocuções entre o saber psicanalítico e obra de arte, especialmente no que diz respeito às similaridades entre a escuta psicanalítica e a recepção estética. Assim como o paciente é entendido, no campo analítico, como um ser cuja singularidade pode emergir no contexto da relação transferencial, a obra de arte também pode ser considerada uma unidade orgânica, corpo auto-referenciado numa articulação entre forma e significação que determina uma Gestalt com afetividade e sentido próprios. Desse modo, tanto obra de arte quanto paciente exigem uma postura semelhante de seus interlocutores: convocam o terapeuta ou espectador a adentrarem no círculo de suas representações exigindo uma escuta sensível e interrogativa para que sejam percebidos em sua alteridade. Assim, a teorização sobre o objeto emerge não do suposto saber, mas do contato encarnado com os seus respectivos campos de significação, o qual só é possível por meio de uma posição de ignorância douta e de atenção flutuante. Metodologia: A investigação é guiada pela leitura crítica da bibliografia pertinente aliada à prática clínica, ambas orientadas pelos pressupostos teóricos desenvolvidos por Freud e Lacan, como por outros psicanalistas pós-lacanianos que circulam nesse campo. Os atendimentos são realizados semanalmente nas próprias dependências do Centro de Psicologia e Pesquisa Aplicada (CPPA) da FCL, cujas salas dispõem das ferramentas necessárias. Com respeito ao acompanhamento dos casos, são realizadas supervisões semanais, de cunho teórico-prático, que abordam o desenvolvimento dos atendimentos. Resultados e Discussão: Problematizar o paciente como obra de arte não consiste em reduzi-lo ao estatuto de artefato cultural legitimado a partir de uma certa conjuntura, e tampouco significa que ele seja criado, na transferência, como uma obra do analista. Obra de arte e paciente são seres cujas significações exigem a implicação de seus interlocutores para que então possam surgir os processos de formação/subjetivação pelo qual cada um passou, para que apenas em seguida seja possível tomá-los em consideração. Assim, cabe ao terapeuta adotar uma atitude análoga à que é exigida diante a uma obra de arte: para cada um, uma escuta sensível criada “sob encomenda” – sob demanda. Considerações finais: A reflexão da psicanálise para além do cotidiano do consultório visa expandir as fronteiras do espaço psicanaliticamente possível na prática do estudante de psicologia na clínica-escola, algo que possibilitaria colocar em prova os pressupostos do saber psicanalítico, seja no âmbito privilegiado da clínica, seja fora de suas paredes, desde que haja transferência. Essa problematização evidencia, ainda, o cunho interdisciplinar do programa de estágio, pois convoca o estagiário a refletir sobre a presença da psicanálise em vários territórios, tais como o circuito das Artes Visuais e da reflexão estética.

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REFLEXÃO SOBRE O ATENDIMENTO E A ESCUTA PSICOLÓGICA NA CLÍNICA CIRÚRGICA DO HOSPITAL REGIONAL DE ASSIS

Bianca Paes, Camila Hoeppner Toledo, Lara Oliveira de Britto, Mariana Alves Porto, Rafaela Biagio

Felix, Helena Rinaldi Rosa

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Atendimento no Hospital Regional de Assis: a escuta nas clínicas médica e

cirúrgica

Síntese: O serviço de “Atendimento no Hospital Regional de Assis” trouxe benefícios para os estagiários, pacientes e instituição, sendo possível compreender como o paciente está lidando com a internação hospitalar e a cirurgia, minimizando assim, seus sentimentos de angústia e de sofrimento.

Segundo Sebastiani e Maia (2005), a cirurgia é uma especialidade médica voltada para a cura de doenças, com a atuação do profissional diretamente no local atingido, unindo, cortando ou retirando o que está prejudicado. Apesar do avanço da medicina nos últimos anos, o paciente cirúrgico comumente sente-se inseguro, pois “este procedimento tende a gerar intenso desconforto emocional, onde o indivíduo tem o seu futuro incerto, manifestando sentimentos de impotência, isolamento, medo da morte, da dor, da mutilação, de ficar incapacitado, das mudanças na sua imagem corporal” (p. 54).

Dependendo da cirurgia a ser realizada, a imagem corporal do paciente pode ser alterada, dificultando a adaptação e a relação com o outro após a cirurgia. Nesse momento, o papel do psicólogo, é atuar no sentido de reorganizar a consciência do paciente, o qual teve seu corpo modificado após a cirurgia, atuando com o objetivo de minimizar a angústia e a ansiedade do mesmo, permitindo a expressão de sentimentos em relação à sua vida, à sua família e à cirurgia.

Diante das ideias apresentadas sobre o papel do psicólogo na clínica cirúrgica, o projeto “Atendimento no Hospital Regional de Assis”, constituído por estagiárias que atuam na Clínica Cirúrgica no Hospital Regional de Assis, tem como objetivo, através de entrevistas psicológicas realizadas nos leitos, buscar conhecer e compreender como o paciente está lidando com a internação hospitalar e a cirurgia, minimizando assim, a angústia e ansiedade do paciente, favorecendo a expressão dos sentimentos e a verbalização das fantasias advindas do processo cirúrgico. Além de introduzir os alunos na prática da psicologia hospitalar, em especial na clínica cirúrgica, colocando-os em contato com o funcionamento desta instituição e realizando assim aprendizagem significativa para a sua formação, principalmente no tocante a uma postura profissional técnica, científica, ética e crítica.

O trabalho propõe como método oferecer no atendimento uma escuta diferenciada e um acolhimento, utilizando entrevistas semiestruturadas, individuais, com o paciente e/ou seu acompanhante, sendo realizado por estagiárias que comparecem semanalmente durante quatro horas.

Como resultado, no ano de 2012, foram realizados 76 atendimentos com 54 pacientes, dentre esses 41 eram do sexo feminino e 23, masculino. Dos pacientes entrevistados, 36 estavam acompanhados e 18 estavam sós. Todos os acompanhantes eram pessoas da família. A maior frequência foi de pacientes na faixa etária de 51 a 60 anos. O tempo de internação, em sua maioria, era de dois dias. Em casos complicados, como o de amputação de um dos membros inferiores, a internação durava cerca de um mês. Nas avaliações realizadas, buscou-se caracterizar o estado emocional do paciente no momento da entrevista. Observou-se a prevalência de um estado emocional positivo, contudo, foi notável também que grande número de pacientes demonstrou estar negando a doença. Ficou evidente que geralmente os pacientes relatam a trajetória de sua doença, desde o momento do aparecimento dos sintomas até o momento em que foram internados e isto é importante para que possam elaborar e compreender como chegaram ao hospital. Pois, frequentemente, isso ocorre de forma abrupta e eles não têm tempo de apreender o diagnóstico e as consequências de sua doença, bem como suas implicações na continuidade da vida fora do hospital e a responsabilização pela aderência ao tratamento. Concluiu-se que os pacientes internados na clínica cirúrgica necessitam de um olhar mais atento da Psicologia, visto que são casos delicados, como amputações, acidentes e doenças em estágios avançados. Cabe ao psicólogo ter uma escuta diferenciada para que eles possam deixar o hospital fortalecidos e preparados para o enfrentamento da doença, o que vem a reforçar a importância da presença desse profissional na equipe, em prol da recuperação da saúde.

Referência: SEBASTIANI, R. W.; MAIA, E. M. C. Contribuições da psicologia da saúde-hospitalar na atenção ao paciente cirúrgico. Acta Cirúrgica. Brasileira, São Paulo, vol. 20, suppl.1, p. 50-55, 2005.

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Triagem: O benefício do primeiro contato para o paciente e para o estagiário.

Sabrina Magossi Mainardi; Melina Nayla Pompeu de Barros; Ranyella Cristina de Siqueira; Renato Yoshio Arai; Helena Rinaldi Rosa; Maria Luisa Louro de Castro Valente.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: PRIMEIRO ATENDIMENTO NO CPPA: TRIAGEM.

O serviço de triagem trouxe benefícios para os estagiários, os pacientes e a instituição. Problematizando os benefícios, os objetivos do mesmo e os resultados observados, é possível notar uma sólida disponibilidade interna dos estagiários, diminuição da fila de espera e favorecimento da comunidade. Introdução: O serviço de triagem na clínica-escola do curso de Psicologia da UNESP/Assis faz parte de um projeto de extensão e se apoia na prestação de serviço à comunidade. Tem como objetivo: a) a realização da triagem da demanda, concretizando “uma avaliação inicial do caso, buscando esclarecimento diagnóstico e definição do encaminhamento a ser dado” (SALINAS; SANTOS, p.179-180, 2002) e assim, diminuindo a fila de espera; b) o acompanhamento dos encaminhamentos; c) favorecer o treinamento do aluno na prática profissional e na escuta clínica. Metodologia: O serviço de triagem é realizado pelos alunos do 4º e 5º anos do curso de Psicologia da UNESP/Assis que disponibilizam horários para realizarem a primeira e as demais entrevistas necessárias. A secretaria do CPPA agenda horário, sala, paciente e estagiário. O aluno, na primeira entrevista, acolhe o paciente, ouvindo o motivo da sua procura pelo atendimento e esclarecendo que se trata ainda de um processo de triagem, na qual já faz algumas intervenções. Após essa primeira entrevista, o aluno passa por supervisão em que são discutidos: o que aconteceu na sessão, como o aluno se sentiu e as percepções que ele teve sobre o paciente. Quando a demanda fica clarificada inclusive para o paciente, o encaminhamento é realizado. Não existem números prefixados de entrevistas em cada etapa. Resultados: Em média são realizadas 300 triagens por ano, com cerca de 40 alunos envolvidos em cada ano. No ano de 2012 foram realizadas 290 triagens. A maior procura se deu por atendimento a adultos (59%) e adolescentes correspondeu a menor procura (8%).Os meses em que as realizações da triagem foram mais intensas foram o de março, com 26% do total de entrevistas; e agosto, com 16% das entrevistas. O maior índice de entrevistas nesses meses pode ter relação com o fato dos alunos estarem retomando suas atividades após as férias e realizarem então mais triagens. A maior procura foi realizada pelo sexo feminino, correspondendo a 65% e somente 35% foi correspondente à busca de atendimento realizada pelo sexo masculino. A maioria das queixas dos pacientes foi por: dificuldades nos relacionamentos interpessoais; ansiedade/insegurança e dificuldade no controle dos impulsos; depressão/tristeza. Discussão e Conclusão: Com a implantação do serviço de triagem no CPPA, houve uma grande diminuição da fila de espera, uma melhora no acolhimento e um encaminhamento mais específico, devido à escuta da queixa e a identificação da demanda durante as entrevistas de triagem. Pontos estes que favoreceram tanto o CPPA, pois o serviço ajudou na organização do mesmo, quanto à população que o procura, devido ao rápido atendimento. Os alunos da clínica-escola se beneficiam do projeto devido ao contato que realizam com os mais diversos tipos da população, pois o paciente, na primeira entrevista, é o paciente inesperado. O primeiro contato com a prática também se torna essencial para a formação do futuro psicólogo, diminuindo as fantasias dos estagiários ao entrar em contato com a sua futura realidade, além da evolução profissional dos alunos à medida que atendem e recebem o suporte das supervisões, em que podem colocar em prática sua teoria e aprimorar a escuta clínica. Segundo Rosa e Valente (2012), o projeto conta com uma verdadeira e intensa disposição interna dos estagiários para escutar, confortar, solidarizar-se com o sofrimento trazido pelo outro, aliada com a formação teórica. Possibilita um espaço de escuta diferenciado sem a presença de pré-conceitos, aberto ao outro e às possibilidades em que ele possa interagir o que sente com o que fala e com o que se cala. Dessa forma, esse processo oferece ao estagiário o contato com diferentes tipos de paciente, seja quanto à idade, ao gênero e às mais diversas queixas. Oferece também aos pacientes um acolhimento que pode gerar uma diminuição de sua angústia e/ou sofrimento, além de ser possível realizar pesquisas quantitativas e qualitativas sobre as demandas que podem nortear as ações em busca da melhoria na qualidade dos serviços prestados à população. Referências: ROSA, H. R.; VALENTE, M. L. L. C. A porta de entrada na clínica psicológica: acolhimento de usuários e alunos. In: SILVA FILHO, N.; RIBEIRO, D.P.S.A.; ROSA, H.R. (Org.). Processos clínicos e saúde mental. São Paulo: Vetor Editora, 2012.

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SALINAS, P.; SANTOS, M. A. Serviço de Triagem em clínica-escola de Psicologia: a escuta analítica em contexto institucional. Psyché, São Paulo, vol. VI, 009, 177-196, 2002.

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UNATI: PROMOVENDO BEM-ESTAR, QUALIDADE DE VIDA E INTERAÇÃO DOS PARTICIPANTES

Aline Tondini Salvador, Amanda Viotti Bandarra, Anneliz Marini P. Perri dos Santos, Danielle Lucchesi Neves, Larissa De Genaro Rodrigues, Tatiana de Oliveira Guerra, Ana

Maria Rodrigues de Carvalho (orientadora)

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: UNATI – Universidade Aberta à Terceira Idade

Síntese:A UNATI-Universidade Aberta à Terceira Idade oferece qualidade de vida aos idosos por meio de atividades artísticas, físicas, didáticas e culturais, visando a criação de vínculos, conciliando o atendimento dessa demanda à produção de conhecimentos acadêmicos e formação de futuros profissionais.

Introdução: Com as profundas transformações sociais e com o desenvolvimento da ciência o número de idosos vem aumentando. Segundo o IBGE, de 2001 a 2011 houve o aumento de 51% de pessoas com mais de 60 anos, o que corresponde a 23,5 milhões de idosos em nosso país. Dessa maneira, há a preocupação em desenvolver políticas públicas que abranjam esta faixa etária, proporcionando qualidade de vida. Com este intuito, a UNATI- Universidade Aberta a Terceira Idade tem o objetivo de mostrar que o envelhecimento é um processo natural e que há muitas maneiras de vivenciá-lo, abandonando a ideia de imobilidade e insuficiência. Metodologia: Atualmente, a UNATI conta com trinta e duas oficinas, pelas quais são responsáveis noventa e um coordenadores voluntários, e delas participam duzentos e setenta e um inscritos, sendo que cada um pode se inscrever em quantas oficinas desejar, resultando em setecentos e oitenta e cinco matrículas nas diferentes oficinas. Somam-se a estes onze administradores, dentre os quais dois bolsistas de extensão, uma coordenadora e uma vice coordenadora desse Projeto de Extensão. As oficinas e cursos são oferecidos gratuitamente e se dividem em três áreas: educação, saúde e lazer. Resultados/Discussão: Diante das aproximações feitas entre coordenadores/professores e alunos observamos que as oficinas proporcionam aos idosos a conscientização de si, de seu corpo e de sua auto-estima ao reconhecer sua criatividade e suas habilidades. Além disso, o convívio social mantém a ligação destes indivíduos com o mundo, mantendo a imagem que ele possui de si mesmo. Conclusão/Considerações Finais: Nas atividades disponibilizadas pela universidade, os idosos interagem entre si e com pessoas de diversas idades e usufruem melhor o seu tempo, tornando-se mais ativos, o que influencia diretamente no seu bem-estar e qualidade de vida, além de expandir suas relações, possibilitando interações com outras pessoas que não estavam presentes no seu dia-dia. Concomitantemente, a experiência dos alunos envolvidos contribui para sua formação profissional, despertando para o compromisso social.

Referências

VERAS, Renato Peixoto; CALDAS, Célia Pereira. Promovendo a saúde e a cidadania do idoso: o movimento das universidades da terceira idade. Ciência saúde coletiva, v. 9, n. 2, p. 423-432, 2004. ALVES, Fátima. IDOSO: a melhor idade. Revista Ciência & Vida, ano VII, n°89, Escala, pp.22-23. Junho, 2013.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Terra. População Brasileira Envelhece. In: http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/populacao-brasileira-comparativo/ Acesso em 10 de julho de 2013.

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Tecnologia

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DBiotec – Blog Descomplicando a Biotecnologia Karoline Mansano Romeira, Gabriela Stella Mazali, Lais Hara Buenno, Ernani Lezier Grigolon,

José Lucas Lima, Luiza Varela Nunes, Mariana Mendonça Cabeça, Pedro de Oliva Neto UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Empresa Júnior de Biotecnologia - Biotec Júnior

O DBiotec é um blog que objetiva descomplicar a biotecnologia criando uma harmonia entre as pessoas e a essência da biotecnologia. Em pouco mais de 3 anos de existência, o blog já atingiu mais de 69mil visualizações, trazendo nestas conteúdos simplificados de publicações de renome do mundo cientifico, além de outras quatro abas que rodeiam o assunto biotecnologia nos seus mais diversos âmbitos. Introdução: A Biotec Júnior é uma empresa júnior fundada em 23 de outubro de 2007, sediada na Unesp - Campus Assis, e inscrita no programa de Projeto de Extensão da Próreitoria da Unesp. Movida por tantas mudanças e atraída por disseminar o conceito de biotecnologia a um maior numero de pessoassurgi dentro da empresa junior uma idéia diferenciada: a criação do DBiotec - Descomplicando a Biotecnologia (http://dbiotec.blogspot.com.br/). Um blog com a marca Biotec Júnior e um perfil simplificado, que objetiva na sua criação deixar a essência da biotecnologia acessível, sem restrições, construindo uma ponte virtual entre a comunidade e as pessoas de modo geral e as informações, descobertas e pesquisas do mundo cientifico/acadêmico. Metodologia: O DBiotec é um blog criado a partir da plataforma online do Blogspot. O blog trás, em versões de fácil entendimento, pesquisas científicas recentes, descobertas e avanços da ciência publicadas em revistas acadêmicas de grande impacto, disponibilizando assim uma carga de conhecimento que poucas pessoas fora do mundo acadêmico teriam acesso. Além das publicações gerais o blog conta com mais quatro abas, tornando os assuntos mais abrangentes: a aba de Curiosidades trás coisas rotineiras que são biotecnologia simples ou até mesmo um pouco mais refinada em forma de texto curtos e rápidos, aplicando os conhecimentos da biotecnologia no cotidiano; o Diário de um Engenheiro trás artigos escritos pelos próprios alunos do curso de Engenharia Biotecnológica dentro das mais diversas disciplinas abordadas no currículo escolar deles, exemplificando o que um engenheiro biotecnológico aprende e faz com a biotecnologia; o Descomplicando o Vestibular aborda assuntos de biotecnologia que comumente aparecem nos vestibulares; e a aba de Entrevistas busca mostrar na prática o que alunos e profissionais desta área fizeram ou estão fazendo para contribuir com os avanços nas pesquisas ou nas aplicações praticas que afetam diretamente a sociedade. Além de contar com o endereço online, hoje o DBiotec conta também com o um aplicativo para o sistema operacional Android, que também é gratuito, que foi criado a partir da plataforma online Andromo, disponibilizando assim o conteúdo do blog para celulares android. Resultados/Discussão: O blog foi criado e em menos de uma semana de existência alcançou 500 visualizações, mostrando assim que a idéia, de que existia um público interessado no assunto, era real. Com o passar do tempo e com o aumento da divulgação deste projeto, o DBiotec foi ganhando espaço e seguidores. As estatísticas mostram que é cada vez mais crescente o acesso e interesse do publico pelos temas abordados. Nestes 3anos de projeto ativo, têm-se visitas de mais de 10 países do mundo todo, entre eles, por exemplo, estão o Brasil, Estados Unidos, Portugal, Alemanha, França e Venezuela; sendo que no Brasil, o estado de São Paulo é, em número, o maior publico a visitar o blog e a criar fidelidade por ele, ou seja, a grande maioria das pessoas que acessaram a primeira vez voltaa acessar o blog.Em um único dia já se obteve entorno de 3500 visualizações com mais de 500 compartilhamentos; e o total de visualizações já ultrapassa os 69mil, em mais de 600 postagens. Todos esses números apontam que a ação desse projeto é eficaz no seu objetivo, que é levar a biotecnologia e torná-la acessível a toda a população presente hoje no mundo virtual. Conclusão/Considerações Finais: O que determinou o sucesso obtido pelo DBiotec da Biotec Júnior foi a boa aceitação do público que buscava pelo conteúdo disponibilizado. Os valores relacionados aos assuntos foram expostos através das estratégias usadas, tais como a clareza em expor assunto não rotineiros, desenvolvendo táticas que levaram a inclusão e descomplicaram a biotecnologia para um maior número de pessoas.

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Engrenagem Social – Você Faz Parte da Nossa Gabriela Stella Mazali, Karoline Mansano Romeira, Juliana Alves Pegoraro, Felipe Furtado,

Ricardo Soares dos Santos, Pedro de Oliva Neto UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Empresa Júnior de Biotecnologia - Biotec Júnior

A Biotec júnior atua em projetos sociais, sendo o conjunto dessas ações nomeado “Engrenagem Social”. Esse projeto estimula o pensamento de que são pequenas ações, de cada um, que fazem a diferença. Introdução: A Biotec Júnior é uma empresa júnior fundada em 23 de outubro de 2007 esediada na Universidade Estadual Paulista, município de Assis.Com base em uma vertente recente do Marketing, chamada Marketing 3.0,que tem como objetivo fazer do mundo um lugar melhor, focando nos valores da empresa e de seus clientes, iniciou-se a Engrenagem Social: um conjunto de ações sociais e ambientais.Como Philip Kotler explica o Marketing 3.0, centrado no Ser Humano, está se desenvolvendo em alta velocidade. Segundo ele, as empresas que não se adaptarem a essa nova realidade, logo serão vistas de forma negativa por seus consumidores.Com o intuito não só de fazer um bom marketing empresarial, a Engrenagem Social estimula o pensamento de que são pequenas ações, de cada um, que fazem a diferença.A Engrenagem Social é inovadora, pois junta o aumento do conhecimento extraacadêmico para universitários e fazê-los compreender a importância da responsabilidade social. Não é apenas a equipe de trabalho, mas sim todos os envolvidos que ajudam a "girar essa engrenagem". Metodologia: O presente trabalho se baseou no conceito de Marketing 3.0 de Philip Kotler onde as empresas devem desenvolver ações sociais e ambientais. Em Assis há diversas instituições de caridade, porém essas instituições na maioria das vezes dependem de doações que nem sempre são fáceis de conseguir. Assim, a Engrenagem Social realiza palestras e eventos de temas que abranjam interesses de alunos de todos os cursos existentes no campus da Unesp Assis, sendo a entrada paga com 1 quilo de alimento não perecível. Esses alunos garantem conhecimento extraacadêmico, e os alimentos serão revertidos para instituições carentes. A entrega de alimentos é divulgada em mídias sociais, para assim aqueles que doarem os alimentos saberem o quanto puderam ajudar, fechando assim o ciclo que move a Engrenagem Social.A vertente sustentável desse projeto visa o recolhimento de óleo de cozinha utilizado e pilhas no campus, que são destinados a instituições que realizam o descarte correto destes resíduos. Resultados/Discussão: A primeira palestra com arrecadação de alimentos foi realizada em junho de 2011, com o tema "Processo Seletivo de Emprego e Programa de Trainee". A doação foi feita para a Casa da criança Dom Antônio José dos Santos, que atende mais de 200 crianças da cidade de Assis. Em agosto de 2012, o jornal Voz da Terra, um dos principais jornais impressos de Assis, publicou a reportagem intitulada “Projeto SIM recebe alimentos arrecadados pela Biotec Júnior”, ajudando na divulgação e visibilidade do projeto.Em setembro de 2012, foi realizado o evento ”Curso Básico de Excel”, no qual todo o dinheiro das inscrições foi revertido para a compra de brinquedos para doação.Foram pelo menos oito instituições beneficiadas, mais de quatrocentos quilos de alimentos e cerca de duzentos reais em brinquedos doados. Centenas de pessoas agregaram conhecimento através das palestras, e ainda ajudaram outras centenas de pessoas que necessitavam dessas doações. Além disso, há projetos voltados para a responsabilidade ambiental. A coleta de óleo usado pelos estudantes e funcionários,dentro do campus,está entre as atividades da empresa há alguns anos. Com o objetivo de conscientizar a comunidade unespiana e de dar destinação correta para esses resíduos, a empresa hoje os encaminha para a Coocassis (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis), diminuindo os impactos ambientais causados pelo descarte incorreto desses materiais. Conclusão/Considerações Finais: O projeto Engrenagem Social é um projeto beneficente para todas as partes: toda a cidade tem a ganhar.A Engrenagem Social é um projeto contínuo e que não deve e não irá terminar. É um serviço sem fim. O movimento dessa grande engrenagem pode estar começando agora, como soma dos esforços de cada indivíduo, mas só tem a ganhar forças daqui pra frente. Referências KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan;Marketing 3.0:asforças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Elsevier, 2010

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Trabalho

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A Relação Universidade e Grupos Populares: a construção de novos papéis

Ana Maria Rodrigues de Carvalho, Carlos Rodrigues Ladeia, Marcelo Rodrigues Ladeia, Maria Rita Melo Barcelos.

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis.

Projeto de Extensão: Assessoria ao Desenvolvimento e à Formação de Cooperativas e Grupos Populares.

Síntese: Esse trabalho apresenta e discute a assessoria prestada pela Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp – Núcleo de Assis – Incop Unesp ASSIS à Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis e Região – COOCASSIS, destacando a construção de novos papéis desempenhados pela Cooperativa.

Introdução: O mundo do trabalho contemporâneo caracterizado, especialmente, por um elevado índice de desemprego e pela precarização do trabalho demanda que alternativas sejam encontradas para uma parcela de trabalhadores que possui baixa escolaridade e pouca qualificação profissional e que, em geral, contam apenas com experiências no trabalho informal. A organização desses trabalhadores em cooperativas e/ou associações tem se apresentado como uma possibilidade que os catadores, entre outros, vêm construindo. As universidades têm sido parceiras importantes nesta empreitada, assessorando, por intermédio das Incubadoras de Cooperativas Populares, a organização coletiva para o trabalho autogestionário e democrático, visando à geração de renda.

Metodologia: A assessoria prestada à Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis e Região – COOCASSIS (desde o inicio de sua formação, em 2001), pela Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp – Núcleo de Assis, se dá a partir do cotidiano de trabalho. Em encontros periódicos entre membros da equipe da Incubadora e Catadores, busca-se focar a realidade concreta, identificando demandas, possibilidades e desafios existentes. A partir desta análise elabora-se o planejamento das intervenções necessárias à transformação da realidade, de modo a possibilitar o desenvolvimento do empreendimento. Concomitantemente a essa assessoria, ocorrem também oficinas e cursos de capacitação dos trabalhadores com o propósito de aproximá-los dos valores e princípios da Economia Solidária e Cooperativismo Popular (SINGER: 2012).

Resultados/Discussão: Ao longo desses anos de assessoria, tem sido possível constatar que a Cooperativa: qualificou-se para o planejamento e execução do trabalho de coleta seletiva no município; estabeleceu convênio com a Prefeitura local; acessou vários editais públicos e privados, tornando possível reformar e ampliar o barracão, bem como, adquirir veículos e equipamentos; articulou-se politicamente com os demais grupos de catadores da região, constituindo o Comitê Regional de Catadores do Oeste Paulista, formando uma Associação Regional e ainda, uma Cooperativa Regional de 2º grau. Essa nova realidade tem viabilizado condições para que a COOCASSIS efetue sua comercialização em rede com outros empreendimentos e avance na cadeia produtiva, transformando os materiais recicláveis. Como consequência, constata-se a melhoria da renda e das condições de trabalho e de vida dos catadores envolvidos. A COOCASSIS, assessorada pela equipe da Incubadora, tem desempenhado um papel fundamental junto aos demais grupos de catadores, contribuindo tanto na capacitação para o trabalho, quanto para a articulação política e o estabelecimento de relações com o Poder Público.

Considerações Finais: A metodologia adotada pela Incubadora, ao reconhecer e valorizar o saber popular (FREIRE: 1974), possibilitou sua articulação com os saberes acadêmicos. Esses novos saberes proporcionaram à Cooperativa um novo papel em sua relação com a Universidade, passando de grupo assessorado à parceira da Incubadora, contribuindo no desenvolvimento das atividades junto aos demais grupos de catadores, em geral em estágio de desenvolvimento inicial.

Referências

SINGER, P. Globalização e desemprego: diagnóstico e alternativas. 8.ed. São Paulo: Contexto, 2012.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1974.

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As possibilidades de transformação do sentido do trabalho no processo de Incubação de Cooperativas Populares: a experiência autogestionária

Carlos Rodrigues Ladeia, Dayane Rodrigues Calçado, Laura Basoli, Maria Rita Melo Barcelos

UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp – Núcleo de Assis.

Introdução A presente comunicação oral tem por objetivo relatar as possibilidades de transformação do sentido do trabalho, observada em alguns sujeitos, durante o processo de incubação de empreendimentos econômicos solidários. O Projeto de Extensão “Incubadora de Cooperativas Populares” tem como característica a produção de espaços nos quais a realidade de trabalhadores cooperados/associados articulam-se às múltiplas áreas do conhecimento científico, possibilitando assessoria técnica aos grupos populares incubados e, ao mesmo tempo, uma oportunidade à Universidade de produzir novos conhecimentos e contribuir para a transformação do mundo social. Esta forma de organização de trabalhadores em cooperativas tem se construído como resposta à marginalização de vários segmentos sociais, imposta pelo modo de produção capitalista. Vale lembrar que estas práticas têm se tornado mais frequente conforme o acirramento da precarização das relações de trabalho e do desemprego estrutural. Os valores capitalistas da competição e do individualismo promovem um estado de alienação contínua desses sujeitos, modo de subjetivação caracterizado pela ausência de sentido no trabalho. Na medida em que os princípios do cooperativismo intentam organizar os trabalhadores de forma autogestionária, o caráter do trabalho tende a se tornar emancipatório. Metodologia Este estudo consiste numa reflexão teórica a partir da prática cotidiana de acompanhamento de empreendimentos de Economia Solidária. A Incubadora de Cooperativas Populares da UNESP de Assis, atuando há quase 10 anos na articulação de grupos populares do Oeste Paulista, vem se estruturando por meio da articulação entre teoria e prática, tendo como ferramenta principal a educação popular. Deste modo, contribui para que a organização dos grupos propicie aos seus membros uma possibilidade de inserção mais ativa e crítica na realidade social, gerando trabalho e renda a partir de valores que estimulem a autogestão. Resultados/Discussão Talvez a principal diferença entre economia capitalista e solidária seja o modo como os empreendimentos são administradas. No primeiro, a heterogestão, ou seja, a administração hierárquica, é formada por níveis sucessivos de autoridade, entre os quais as informações e consultas fluem de baixo para cima e as ordens e instruções de cima para baixo. Já nos empreendimentos solidários, as ordens e instruções devem fluir de baixo para cima e as demandas e informações de cima para baixo. Os níveis mais altos, na autogestão, são delegados pelos mais baixos e são responsáveis perante os mesmos. No cooperativismo, o trabalho pode voltar a ser entendido como “categoria fundante do ser social” (ANTUNES, 2009), porque o sujeito pode se reconhecer em sua atividade produtiva na medida em que participa dos espaços de decisão coletiva. Para isso, temos que considerar a economia solidária como um projeto político em construção que tem como objetivo a valorização do trabalho sobre o capital. No bojo dessa dinâmica, seria possível abrandar o sofrimento advindo do desemprego e dos anseios em relação à manutenção das necessidades materiais e subjetivas de cada associado. A grande aspiração que sempre animou a economia solidária foi a de superar as tensões e angústias que a competição de todos contra todos acarreta naqueles que se encontram mergulhados na lógica do Capital, democratizando as relações sociais, emancipando as pessoas das condições de opressão, transformando as relações políticas, econômicas, sociais e culturais, baseando-se em valores como solidariedade, reciprocidade e cooperação. Conclusão/Considerações Finais Diante de um mundo do trabalho que se apresenta tão precarizado e ameaçador, é necessário que consigamos verificar a eficácia das soluções que vem sendo construídas como alternativa à alienação no trabalho. O fortalecimento de gestões democráticas podem, potencialmente, empoderar o sujeito para que ele de fato se emancipe das condições de opressão impostas pelo mundo do capital e consiga ressignificar o sentido do trabalho. A prática da autogestão constitui um método importante para que essa carga alienante seja sacudida e que o sujeito possa se colocar em lutas que desafiem a ordem vigente. Quando ratificadas, essas práticas transformam a realidade social. Referências ANTUNES, R. “Os Sentidos do Trabalho”, São Paulo/SP, Editora: Boitempo, 2009. FREIRE, P. “Educação e Mudança”, Rio de Janeiro/RJ, Editora Paz e Terra, 1979. SINGER, P. “Introdução à Economia Solidária”, São Paulo/SP, Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.

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Economia Solidária e Saúde do Trabalhador: A Fotografia como Disparador

Patrícia Aymberé Bello, Dr. Matheus Fernandes de Castro (supervisor), Daniel Barboza Salvador, Emily Mathias; Laís Cruz Martins de Miranda, Matheus Mancuso Garça, Mayara da Silva Curcio, Melina Garcia

Gorjon, Stefânia Rosa Santos, Naeli Simoni de Castro. UNESP- Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Projeto de Extensão: “Registros Cotidianos da Saúde Cooperativa: A Fotografia como Instrumento de Promoção de Saúde

em Empreendimentos que Buscam a Economia Solidária”

SINTESE: O presente trabalho pretende apresentar o projeto de extensão que tem como objetivo a promoção da Saúde do Trabalhador em cooperativas de empreendimentos solidários. Como metodologia, utiliza a fotografia como instrumento de registro do cotidiano e como disparador de reflexão e transformação.

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: O presente trabalho visa apresentar o projeto de extensão, o qual integra também o estágio curricular do curso de Psicologia: “Pesquisa e Intervenção em Saúde do Trabalhador: Reflexões Teóricas, Metodológicas e Relatos de Experiências”.

O trabalho ocorre em cooperativas de empreendimentos solidários de quatro cidades da região de Assis (SP). O projeto de extensão tem como foco principal a saúde do trabalhador nos empreendimentos da economia solidária, pois a construção das relações de trabalho autogestionárias, inseridas em um contexto capitalista, não garantiria, por si, condições de trabalhos mais saudáveis.

O objetivo do projeto é explanar ações promotoras de saúde a partir da percepção dos próprios cooperados acerca do tema, tendo como referência o seu cotidiano, as relações que estabelecem entre si, os sentidos atribuídos ao trabalho cooperado e os cuidados adotados em suas rotinas laborais. METODOLOGIA: Foram formados grupos de rodas de conversa semanais ou quinzenais dentro das cooperativas, tendo como proposta inicial a discussão de saúde do trabalhador a partir de relatos dos trabalhadores. Após cada encontro, os alunos participantes elaboram um diário de campo, trazendo os principais fatos para as supervisões, compartilhando as experiências e construindo novas formas de intervenção. Como referencial teórico adotamos Certeau (1994), Spink (2008) e Sato (2001) que muito têm contribuído para estudos sobre o cotidiano, organizações de trabalho e sobre a saúde do trabalhador.

Como instrumento de registro e reflexão para os fatos do cotidiano dentro do trabalho cooperado, propusemos a fotografia. Por meio de câmeras fotográficas cedidas pelo estágio, eles registraram, durante o cotidiano laboral, ações, situações, locais ou o que julgaram ser relevante para ser discutido em grupo, relatando verbalmente sobre o registro fotográfico. Ao final, será montado, junto aos cooperados, um acervo virtual das fotografias, permitindo uma reflexão ampliada sobre as questões relacionadas à saúde do trabalhador na Economia Solidária. DISCUSSÃO: Logo nos primeiros encontros, todos os grupos relataram acidentes nos empreendimentos: quedas, picadas de animais peçonhentos, cortes com os próprios materiais ou instrumentos e ferramentas, o não uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a falta de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), além do calendário de vacinação e exames periódicos não atualizados. Em meio aos encontros, surgiram muitas afirmações de insatisfação com o trabalho e relativas à saúde mental: humilhação e descaso por parte da população e problemas internos entre os trabalhadores.

Contudo, durante os encontros, para as questões trazidas pelos grupos, soluções foram sendo construídas por eles, cabendo a nós o papel de parceiros neste processo. Abríamos ali o espaço de discussão estimulando-os para que refletissem e transformassem situações e condições desfavoráveis de trabalho. Neste processo, muitas vezes, a própria autogestão e a economia solidária apareceram como foco dos debates. CONCLUSÃO: A cada novo encontro fica claro a relevância de se construir um espaço de discussão a respeito da saúde do trabalhador dentro dos empreendimentos da economia solidária. Sua proposta é inovadora e alternativa à lógica capitalista de produção, mas não exclui alguns problemas encontrados nos ambientes de trabalho convencionais. Contudo, esperamos que ela possibilite que o saber de cada trabalhador seja uma possibilidade de resolução para os problemas ali encontrados e gere espaços de trabalho que busquem a satisfação, a valorização e a saúde de todos. Referências Bibliográficas CERTEAU, Michel de . A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994. SATO, Leny; SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Contribuindo para desvelar a complexidade do cotidiano através da pesquisa etnográfica em psicologia. Psicologia USP, São Paulo , v. 12, n. 2, 2001 . SPINK, Peter Kevin. O pesquisador conversador no cotidiano. Psicologia e Sociedade, Porto Alegre, v. 20, n. spe, 2008. 

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RODA DE CONVERSA EM EMPREENDIMENTO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: A FORMAÇÃO EM DISCUSSÃO

Maria Rita Melo Barcelos - Graduanda em Psicologia - FCL UNESP Assis Laura Basoli – Graduanda em Psicologia – FCL UNESP Assis

Daiane Rodrigues Calçado - Graduanda em Psicologia – FCL UNESP Assis Marcelo Rodrigues Ladeia – Graduando em Letras – FCL UNESP Assis

Ana Maria Rodrigues de Carvalho – Docente do Curso de Psicologia - FCL UNESP Assis Projeto de Extensão: “Assessoria à Formação e ao Desenvolvimento de Cooperativas e Grupos Populares” Resumo: A organização de trabalhadores em cooperativas e associações tem sido uma alternativa de geração de trabalho e renda encontrada por aqueles que se viram excluídos do acesso aos postos de trabalho formais. Essa nova vivência, em um cotidiano de relações de trabalho horizontais, “sem patrão”, favorece novos processos de subjetivação. O presente trabalho tem por objetivo, a partir do relato de experiência, socializar conhecimentos, discutir e refletir sobre a assessoria prestada à Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis e Região – COOCASSIS, pelo Núcleo de Estágio “Psicologia, Economia Solidária e Cooperativismo Popular" e Projeto de Extensão “Assessoria à Formação e ao Desenvolvimento de Cooperativas e Grupos Populares”. Por meio do acompanhamento do cotidiano de trabalho da COOCASSIS identificamos a demanda por construir espaços de discussão sobre a organização do trabalho coletivo, democrático e autogestionário. A roda de conversa foi a estratégia encontrada, envolvendo universitários e catadores em um processo de formação e produção de conhecimentos, a partir do cotidiano de trabalho, adotando a perspectiva freiriana de Educação Popular. Os dois grupos constituídos na Cooperativa decorreram tanto das manifestações espontâneas de interessados, quanto das indicações da Diretoria, conforme a disponibilidade do grupo de trabalho. Nos encontros semanais, com duração de uma hora, foram abordados temas variados, indicados pelos participantes, tais como: relações assimétricas de poder na cooperativa; carga horária de trabalho excessiva; precariedade das condições de trabalho e angústias pessoais e coletivas em relação à vida e ao trabalho, mais especificamente. O espaço propiciou também que fossem apresentadas idéias para a melhoria das condições de trabalho, maior apropriação dos princípios de cooperação e economia solidária, assim como provocou certo movimento, pretendendo que a roda da COOCASSIS, de fato, girasse. As relações entre acadêmicos e catadores estabelecidas nas rodas de conversa afetaram de forma diferenciada as partes, ou seja, enquanto para os trabalhadores estava em foco sua formação para o exercício das atividades autogestionárias na cooperativa, para os estudantes, sua formação de profissional comprometido com as transformações da sociedade, a partir do contato direto com a realidade concreta. Neste sentido, o envolvimento em projetos que pretendam repensar ideologias e construir novas práticas, possibilita uma formação de sujeitos capazes de se colocarem crítica e politicamente, tendo em vista um processo contínuo de aprendizagem e trocas, sejam elas solidárias ou conflitantes. Referenciais bibliográficos BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A cultura do povo e a educação popular. In: A questão política da educação popular. 2a. ed. São Paulo: Brasiliense, 1980.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 12ª Edição. Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1979.

NUÑEZ, Carlos Hurtado. Educar para transformar, transformar para educar: Comunicação e educação popular. Tradução: Romualdo Dias - Petrópolis, RJ: Vozes, 1992.

SINGER, Paul. Economia Solidária: geração de renda e alternativa ao neoliberalismo. In: Proposta – Revista Trimestral de Debates. São Paulo: FASE, 1997.

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