Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética...

104
ANAIS DO X ENCONTRO PARANAENSE DE GENÉTICA Londrina – PR, 03 e 04 de junho de 2010 Londrina – Paraná – Brasil Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro

Transcript of Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética...

Page 1: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

ANAIS DO X ENCONTRO PARANAENSE DE GENÉTICA

Londrina – PR, 03 e 04 de junho de 2010

Londrina – Paraná – Brasil

Anais do X Encontro Paranaense de Genética:

do nano ao macro

Page 2: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

LOCAL

Centro de Estudos Sociais e Aplicados (CESA)

Campus Universitário

Universidades Estadual de Londrina

Londrina – PR

COMISSÃO ORGANIZADORA

Dra. Ana Lúcia Dias

Dra. Fernanda Simões de Almeida

Dra. Gislayne Fernandes Lemes Trindade Vilas-Bôas

Dra. Gisele Maria de Andrade de Nóbrega

Dr. Laurival Antonio Vilas-Bôas

Dra. Lúcia Giuliano-Caetano

Dra. Nilza Maria Diniz

Dra. Renata da Rosa

Dr. Rogério Fernandes de Souza

Dra. Rosângela Maria Pinto Moreira

Dra. Vera Lúcia Bahl de Oliveira

Dr. Wagner José Martins Paiva

Page 3: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

APRESENTAÇÃO

X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de

2010 no Centro de Estudos Sociais e Aplicados da Universidade Estadual de Londrina. De

caráter científico, este evento atrai geneticistas, estudantes de graduação e de pós-

graduação das IES, bem como profissionais de Institutos de Pesquisa e professores do

Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná e de outros Estados da região Sul e

Sudeste do Brasil. O seu principal objetivo é promover cursos, palestras e discussões

sobre temas atuais relevantes na área de genética, visando o aperfeiçoamento do

conhecimento e a divulgação de linhas de pesquisa e de projetos desenvolvidos nas

Instituições de ensino e pesquisa do Paraná.

Prof. Dr. Wagner José Martins Paiva

Presidente da SBG Regional Paraná

Coordenador do X-EPG

3 de 104

Page 4: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

APOIO

4 de 104

Page 5: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

SUMÁRIO

• Programa ….................................................................................................... 6

• Resumos ….................................................................................................... 11

• Ensino de Genética …......................................................................... 18

• Genética Animal ….............................................................................. 19

• Genética Humana …........................................................................... 57

• Genética de Microrganismos ….......................................................... 65

• Genética Vegetal …............................................................................ 74

• Mutagênese ….................................................................................... 84

5 de 104

Page 6: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

QUINTA-FEIRA – 03/06/10

08:00 – 10:00: ENTREGA DE MATERIAL (Anfiteatro Prof. Genésio Ferreira da Cruz - CESA)

10:00 – 12:00: CERIMONIA E CONFERÊNCIA (1) DE ABERTURA (Anfiteatro Prof. Genésio Ferreira da Cruz - CESA)

“Diversidade de microrganismos de solo: do nano ao macro” – Dra. Mariangela Hungria da Cunha (EMBRAPA Soja – Londrina).

14:00 – 15:15: CONFERÊNCIA 2 (Anfiteatro Prof. Genésio Ferreira da Cruz - CESA)“Genética e monitoramento da ictiofauna do médio Paranapanema” – Dra. Leda Maria Koelblinger Sodré (UEL – Londrina).

15:15 – 15:30: INTERVALO

15:30 – 17:30: MESA REDONDA 1 – BIOTECNOLOGIA (SALA 1 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. Laurival Antonio Vilas-Bôas

• “Genoma café: implicações para o melhoramento da cultura” – Dr. Luiz Filipe Protasio Pereira (EMBRAPA-Café – Londrina).

• “Análise metagenômica com o uso da plataforma de pirosequenciamento FLX System 454 Life Science” – Dr. Fernando Gomes Barcelos (UNIPAR – Umuarama).

• “GenoSoja: sequenciamento do genoma da soja e suas aplicações” – Dr. Ricardo Vilela Abdelnoor (EMBRAPA-Soja – Londrina).

MESA REDONDA 2 – MELHORAMENTO GENÉTICO (SALA 2 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. Josué Maldonado Ferreira

• “Melhoramento genético convencional e participativo de milho na UEL” – Dr. Josué Maldonado Ferreira (UEL – Londrina).

• "Programa de desenvolvimento de cultivares de soja: desafios atuais e futuros" – Dr. Carlos Alberto Arrabal Arias (EMBRAPASoja – Londrina).

• "Melhoramento do milho no Instituto Agronômico do Paraná” – Dr. Pedro Mario Araújo (IAPAR – Londrina).

MESA REDONDA 3 – PERSPECTIVAS NA GENÉTICA DO CÂNCER (SALA 3 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. Wagner José Martins Paiva

• “Polimorfismos genéticos como marcadores no câncer” – Dra. Roberta Losi-Guembarovski (UEL – Londrina).

• “Terapia epigenética do câncer” – Dr. Marcus Vinicius de Matos Gomes (UNOPAR – Londrina).

• "Marcadores moleculares em carcinomas mamários" – M.S. Marcos Euzébio Maciel (UFPR – Curitiba).

6 de 104

Page 7: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

QUINTA-FEIRA – 03/06/10

15:30 – 17:30: MESA REDONDA 4 – ENSINO DE GENÉTICA (SALA 4 - Central de salas do CESA)Coordenadora: Dra. Vera Lúcia Bahl de Oliveira

• “Pesquisas sobre genética no ensino” – Dra. Maria Julia Corazza (UEM – Maringá).

• “Ensino de genética na escola e questões morais” – Dra. Lazara Caramori (UNIFIL – Londrina).

• “Desafios da transposição dos conteúdos de genética na escola” – M.S. Alexandre Tadashi Morey (UNINORTE – Londrina).

17:45 – 19:45: MINI-CURSOS (Central de salas do CESA)

Sala 1 – Ética em pesquisa: Profa. Dra. Nilza Maria Diniz (UEL – Londrina).

Sala 2 – Análise estatística aplicada a dados moleculares: Prodoc Eduardo Augusto Ruas (UEL – Londrina).

Sala 3 – Genética da conservação: Prof. M.S. Bruno Ambrozio Galindo (UENP – Cornélio Procópio).

Sala 4 – Aplicações da biologia molecular no monitoramento de contaminantes de alimento: Dr. Celso Duarte Carvalho Filho (UFBA – Salvador).

Sala 5 – A fragmentação e perda de habitats versus diversidade genética: Doutoranda Karen Mayumi Suzuki (UEL – Londrina).

Sala 6 – Citogenética animal: Doutoranda Larissa Bettin Pires (UEL – Londrina).

Sala 7 – Serviço de aconselhamento genético: Priscilla Cardoso (SAG/UEL – Londrina).

Sala 8 – Interação planta patógeno: mecanismos de resistência: Doutorando Salvador Lima (Embrapa Soja – Londrina).

7 de 104

Page 8: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

SEXTA-FEIRA – 04/06/10

08:30 – 09:45: CONFERÊNCIA 3 (Anfiteatro Prof. Genésio Ferreira da Cruz - CESA)“Genômica funcional para o melhoramento de plantas” – Dr. Luiz Gonzaga Esteves Vieira (IAPAR – Londrina).

09:45 – 10:00: INTERVALO

10:00 – 11:30: MESA REDONDA 5 – BIODIVERSIDADE (SALA 1 - Central de salas do CESA)Coordenadora: Dra. Silvia Helena Sofia

• "A diversidade de peixes da bacia do alto rio Paraná e o papel da genética de peixes para a sua compreensão" – Dr. Cláudio Henrique Zawadiski (UEM – Maringá).

• “Diversidade de respostas moleculares de resistência à doenças em plantas” – Dra. Danielle Cristina Gregório da Silva (UENP – Bandeirantes).

• "Diversidade genética de abelhas das orquídeas em remanescentes de Mata Atlântica: uma abordagem conservacionista" – Dra. Silvia Helena Sofia (UEL – Londrina).

MESA REDONDA 6 – A MUTAGÊNESE NO PARANÁ (SALA 2 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. Mário Sérgio Mantovani

• “Uso de sistema teste tratado in vivo para avaliação da mutagenicidade de medicamentos naturais e sintéticos” – Dra Veronica Elisa Pimenta Vicentini (UEM – Maringá).

• “Utilização de peixes como bioindicadores, aperfeiçoamento e aplicações de diferentes técnicas em genotoxicidade” – Dra Marta Margarete Cestari (UFPR – Curitiba).

• “Investigação de constituintes da dieta e produtos naturais através da mutagênese: métodos de estudo in vitro” – M.S. Marcela Stefanini Ferreira Tsuboy (UEL – Londrina).

MESA REDONDA 7 – GENÉTICA DE MICRORGANISMOS (SALA 3 - Central de salas do CESA)Coordenadora: Dra. Gisele Maria de Andrade de Nóbrega

• “Segurança alimentar: impacto de toxinas naturais, ambientais e de processamento na cadeia produtiva" – Dra. Elisa Yoko Hirooka (UEL – Londrina).

• “Aplicação da técnica de PCR para a detecção de microrganismos em alimentos” – M.S. Kérley Braga Pereira Bento Casaril (UNIOSTE – Francisco Beltrão).

• “Perspectivas no estudo de fungos produtores de toxinas” – Pós Doc Daniele Sartori (UEL – Londrina).

8 de 104

Page 9: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

SEXTA-FEIRA – 04/06/10

10:00 – 11:30: MESA REDONDA 8 – BIOÉTICA (SALA 4 - Central de salas do CESA)Coordenadora: Dra. Nilza Maria Diniz

• “Atualidade dos pressupostos da Eugenia” – Dr. Mario Sanches (PUC – Curitiba).

• “Biotecnologia, meio ambiente e bioética: produtividade com sustentabilidade" – Dra. Luciana Grange (UFPR – Palotina).

• “Reflexões sobre questões morais na manipulação genética” – Dra. Nilza Maria Diniz (UEL – Londrina).

13:00 – 14:00: APRESENTAÇÃO DE PAINÉIS (Central de salas do CESA)

14:00 – 15:15: CONFERÊNCIA 4 (Anfiteatro Prof. Genésio Ferreira da Cruz - CESA)“Genética Forense” – M.S. Francine Matias de Paula – Perita Criminal (Londrina).

15:15 – 15:30: Intervalo

15:30 – 17:30: MESA REDONDA 9 – CITOGENÉTICA (SALA 1 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. André Luís Laforga Vanzela

• "Contribuições da Citogenética Molecular em Peixes Neotropicais" – Dr. Marcelo Ricardo Vicari (UEPG – Ponta Grossa).

• “ZOO-FISH e filogenética em roedores sulamericanos” – Dra. Íris Hass (UFPR – Curitiba).

• “Organização dos elementos de repetição nos genomas e potencial uso para estudos de evolução dos cariótipos das plantas” – Dr. André Luis Laforga Vanzela (UEL – Londrina).

MESA REDONDA 10 – GENÉTICA DE POPULAÇÕES E FILOGENIA (SALA 2 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. Paulo Maurício Ruas

• “Aspectos do emprego de marcadores moleculares na genética de peixes” – Dr. Roberto Ferreira Artoni (UEPG – Ponta Grossa).

• “Diversidade genética, sistema de reprodução e fluxo de pólen e sementes em uma população isolada de Myracrodruon urundeuva (F.F. &M.F. Allemão)” – Dra. Ana Paula da Silva Campos Gaine (UEL – Londrina).

• “Alozimas e DNA microssatélites em estudos evolutivos: aplicações e limitações” – Dr. Rogério Pincela Mateus (UNICENTRO – Guarapuava).

9 de 104

Page 10: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

SEXTA-FEIRA – 04/06/10

15:30 – 17:30: MESA REDONDA 11 – CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO (SALA 3 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. Rogério Fernandes de Souza

• “A vida vem de Deus e volta a ele – Evolucionismo e Teologia" – Dr. José Rafael Solano Duran (PUC – Londrina).

• “Quando criacionismo e evolucionismo tornam-se indistintos: lições a partir da crítica de David Hume à possibilidade de explicações da natureza como um todo” – Dr. Eduardo Salles de Oliveira Barra (UFPR – Curitiba).

• “Criacionismo e evolucionismo na Universidade” – Dr. Dimas A. M. Zaia (UEL – Londrina).

MESA REDONDA 12 – SERVIÇO DE GENÉTICA HUMANA E MÉDICA NO ESTADO DO PARANÁ: UMA REALIDADE (SALA 4 - Central de salas do CESA)Coordenador: Dr. Wagner José Martins Paiva

• “Genética no SUS, ainda um sonho distante” – Dr. Salmo Raskin (Genetika Laboratórios – Curitiba).

• "A realidade do serviço de genética humana e clínica da UEM, frente a falta de políticas públicas para o setor" – Dr. Valter Augusto Della-Rosa (UEM – Maringá).

• “O Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas da UFPR” – Dr. Rui Fernando Pilotto (UFPR – Curitiba).

18:00 – 18:30: ENCERRAMENTO (Anfiteatro Prof. Genésio Ferreira da Cruz - CESA)

10 de 104

Page 11: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Ensino de Genética• Recursos didáticos especiais para o ensino de genética no ensino médio: inclusão de

alunos com deficiência visual. Patrícia Barbosa, Maelin Silva – FAFIUV. 18

Genética Animal• Citogenética comparativa de quatro espécies do gênero Scinax (Anura, Hylidae) da

Mata Atlântica- Paraná. Adriele Karlokoski Cunha, Igor Soares de Oliveira, Rafael Bueno Noleto, Maurício Oswaldo Moura, Marta Margarete Cestari – UFPR. 19

• Perfil eletroforético das esterases de larvas de Diatraea saccharalis Fabr. (Lepidoptera: Crambidae). Aline Ribeiro Bronzato, Denise Alves Lopes, Andreya de Oliveira Batista, Simone Aparecida dos Santos, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Juliana Mosconi Magro, Fúlvio Zanete Paixão, Katlin Fernanda de Araújo, Bruna Manueli Teles Moreira, Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki – UEM. 20

• Viabilidade e expressão de proteínas totais em larvas de Diatraea saccharalis Fabr. (Lepidoptera; Crambidae) contaminadas com o inseticida regulador de crescimento Triflumurom. Aline Ribeiro Bronzato, Denise Alves Lopes, Simone Aparecida dos Santos, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Juliana Mosconi Magro, Katlin Fernanda de Araújo , Bruna Manueli Teles Moreira, Fúlvio Zanete Paixão e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki – UEM. 21

• Toxicidade do inseticida thiamethoxam em Tetragonisca angustula. Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki, Vagner Alencar Arnaut de Toledo, Aline Ribeiro Bronzato, Denise Alves Lopes, Juliana Bueno Ruiz, Juliana Mosconi Magro, Liriana Belizário Cantagalli e Simone Aparecida dos Santos – UEM. 22

• Alterações da expressão gênica das abelhas Tetragonisca fiebrigi após contaminação com inseticida malathion. Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki, Vagner Alencar Arnaut de Toledo, Aline Ribeiro Bronzato, Denise Alves Lopes, Juliana Bueno Ruiz, Juliana Mosconi Magro, Liriana Belizário Cantagalli e Simone Aparecida dos Santos – UEM. 23

• Análise genética de Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) coletados durante a piracema, em uma escada de transposição no rio Laranjinha. Andréia de Oliveira Giannasi, Mayara da Silva Almeida, Amanda Delmiro Soares, Dhiego Gomes Ferreira, Sandremir de Carvalho, Bruno Ambrozio Galindo - UENP Cornélio Procópio. 24

• Estudos citogenéticos em três diferentes espécies da família Parodontidae. Angélica Alves de Paula e Ana Lúcia Dias – UEL. 25

• Ocorrência de quatro citótipos e de rons múltiplas em Bryconamericus ecai do rio Forquetinha – RS. Angélica Rossotti dos Santos, Lucia Giuliano-Caetano e Ana Lúcia Dias – UEL. 26

• Monitoramento genético de Astyanax altiparanae (Pisces, Characidae) da Represa da UHE Escola Mackenzie, rio Paranapanema. Bruna Karina Banin Hirata, Carolina Pereira Gomes, Rafael Elias da Silva Penha, Leda Maria Koelblinger Sodré, Mário Luís Orsi e Fernanda Simões de Almeida – UEL. 27

• Ação do óleo de nim em ovos de Drosophila melanogaster (Diptera, Drosophilidae). Bruna Manueli Teles Moreira, Simone Aparecida dos Santos, Aline Ribeiro Bronzato, Hélio Conte, Satiko Nanya – UEM. 28

• Efeito do óleo de nim em larvas de Drosophila melanogaster (Diptera, Drosophilidae). Bruna Manueli Teles Moreira, Simone Aparecida dos Santos, Aline Ribeiro Bronzato, Hélio Conte, Satiko Nanya – UEM. 29

11 de 104

Page 12: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

• Monitoramento genético de Pimelodus maculatus (Pisces, Pimelodidae) da Represa da UHE Escola Mackenzie, rio Paranapanema. Carolina Pereira Gomes, Bruna Karina Banin Hirata, Rafael Elias da Silva Penha, Leda Maria K. Sodré, Mario Luís Orsi e Fernanda Simões de Almeida – UEL. 30

• Caracterização cariotípica em espécies das famílias Hylidae, Leiuperidae e Leptodactylidae provenientes da Mata Atlântica Paranaense. Cidnei Marschalk e Rafael Bueno Noleto – FAFIUV. 31

• Alterações na expressão das esterases em larvas de Diatraea Saccharalis Fabr. (Lepidoptera: Crambidae) após contaminação com o organofosforado Malathion. Denise Alves Lopes, Maria Claudia C. R. Takasusuki, Aline R. Bronzato, Ana Lúcia P. B. Stuchi, Juliana B. Ruiz, Juliana M. Magro, Liriana Belizário Cantagalli e Simone A. Santos, Tatiane Vicente Baitala – UEM. 32

• Polimorfismos de RAPD da broca da cana-de-açúcar Diatraea Saccharalis (Fabr.) (Lepidoptera: Crambidae). Denise Alves Lopes, Maria Claudia C. R. Takasusuki, Aline R. Bronzato, Ana Lúcia P. B. Stuchi, Juliana B. Ruiz, Juliana M. Magro, Liriana Belizário Cantagalli, Simone A. Santos, Tatiane Vicente Baitala, Claudete Aparecida Mangolin – UEM.

33• Análise genética de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (Osteichthyes,

Cichlidae) coletados no ribeirão do Penacho, bacia do Rio das Cinzas – PR. Dhiego Gomes Ferreira, Carlos Eduardo Delfino Vieira, Alexandro Derly Augusto Costa, Wilson Frantine da Silva, Mayara da Silva Almeida, Amanda Delmiro Soares, Sandremir de Carvalho, Bruno Ambrozio Galindo – UENP. 34

• Estrutura cromossômica de duas espécies de peixes elétricos pertencentes à Região Sul do Brasil. Fábio H. Takagui; Nathalia B. Venturelli; Angélica Alves de Paula, Lucia Giuliano-Caetano – UEL. 35

• Levantamento das características citogenéticas de Loricariichthys anus. Fábio H. Takagui; Natalia B. Venturelli; Lucia Giuliano-Caetano – UEL. 36

• Efeitos do neem em Sitophilus oryzae (L.) (Coleóptera:Curculionidae) criados em diferentes meios. Fúlvio Zanete Paixão, Ana Silvia Lapenta, Adriano Valério da Silva,Aline Ribeiro Bronzato, Andreya de Oliveira Batista Brito e Simone Aparecida dos Santos – UEM. 37

• Estudo citogenético de uma população de Dendropsophus werneri (Anura, Hylidae) da Mata Atlântica Paranaense. Igor Soares de Oliveira, Adriele Karlokoski Cunha, Rafael Bueno Noleto, Luís Felipe Toledo, Marta Margarete Cestari – UFPR. 38

• Citogenética de Imparfinis schubarti (Siliruformes: Heptapteridae) do ribeirão Três Bocas/Londrina/PR. Juceli Gonzalez Gouveia1, Vivian Patrícia Oliveira de Moraes, Ana Lúcia Dias – UEL. 39

• Avaliação da alteração na atividade relativa de isoenzimas em abelhas jataí Tetragonisca angustula Latreille 1811 (Hymenoptera: Meliponinae) após contaminação com inseticidas Thiamethoxam e Malathion. Juliana Mosconi Magro, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Aline Ribeiro Bronzato, Katlin Fernanda de Araújo, Rafael Tessaro Coelho, Simone Aparecida dos Santos, Vagner Alencar Arnaut de Toledo e Maria Cláudia Colla Ruvolo Takasusuki – UEM. 40

• Variabilidade cariotípica e análise da heterocromatina e da região organizadora de nucléolos (NORs) em duas espécies do gênero Cichlasoma (Perciformes: Cichlidae). Larissa Bettin Pires; Lucia Giuliano-Caetano, Ana Lúcia Dias – UEL. 41

12 de 104

Page 13: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

• Análise de cromossomos mitóticos e meióticos de Astyanax jacuhiensis da bacia do rio Tramandaí/RS. Laura Lahr Lourenço da Silva; Lucia Giuliano-Caetano, Ana Lúcia Dias – UEL. 42

• Estrutura de populações por meio de RAPD em Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 (Hymenoptera, Formicidae). Liriana B. Cantagalli, Ana Lúcia P. B. Stuchi, Denise A. Lopes, Juliana B. Ruiz, Maria Claudia C. R. Takasusuki – UEM. 43

• Utilização de formigas cortadeiras Acromyrmex niger Smith, 1858 (Hymenoptera; Formicidae) como bioindicadores de resíduos de agrotóxicos. Liriana B. Cantagalli, Ana Lúcia P. B. Stuchi, Denise A. Lopes, Juliana B. Ruiz, Maria Claudia C. R. Takasusuki – UEM. 44

• Descrição citogenética de duas populações de Hypsboas bischoffi oriundas da Floresta Atlântica do Paraná. Gallego, L.F.; Oliveira, I.S.; Cunha, A.K.; Cestari, M. M. UFPR. 45

• Mapeamento e composição das regiões repetitivas e heterocromáticas de Gymnotus sylvius e Gymnotus paraguensis. Maelin Silva, Patrícia Iatskiu, Vladimir Pavan Margarido, Roberto Ferreira Artoni – FAFIUV. 46

• Estudos citogenéticos preliminares em Neoplecostomus yapo e Pareiorhaphis hypselurus (Loricariidae, Neoplecostominae). Marceléia Rubert, Renata da Rosa, Lucia Giuliano-Caetano, Orlando Moreira Filho – UFSCar. 47

• Resultados preliminares da diversidade genética de Atherinella brasiliensis da costa brasileira, através da região D-loop do DNA mitocondrial. Maria Cristina da Silva Cortinhas, Daniele Aparecida Matoso, Rafael Bueno Noleto; Wanessa Ramsdorf, Talge Aiex Boni, Alberto José Prioli, Marta Margarete Cestari – UFPR. 48

• Contribuição citogenética à análise de duas espécies do gênero Astyanax da bacia do rio Uruguai. Natalia B. Venturelli; Vanessa F. de Freitas, Alberto Fenocchio, Ana Cláudia Swarça – UEL. 49

• Estudos cromossômicos preliminares em Oligosarcus robustus (Characidae) da Lagoa dos Quadros – RS. Patricia Canteri de Souza, Angélica Rossotti dos Santos, Lucia Giuliano-Caetano, Ana Lúcia Dias – UEL. 50

• Análise genética de duas populações de Steindachnerina insculpta coletados à montante e a jusante de uma barragem no rio Laranjinha, bacia do Rio das Cinzas – PR. Raul Henrique Cardoso Nascimento, Carlos Eduardo Delfino Vieira, Alexandro Derly Augusto Costa, Wilson Frantine da Silva, Dhiego Gomes Ferreira, Sandremir de Carvalho, Bruno Ambrozio Galindo – UENP. 51

• Comportamento dos cromossomos meióticos e mitóticos na família Curimatidae (Characiformes). Tatiane Ramos Sampaio, Waleska Gravena, Lucia Giuliano-Caetano, Ana Lúcia Dias – UEL. 52

• Análise citogenética de Australoheros kaaygua (Perciformes, Cichlidae) pertencente ao segundo planalto do rio Iguaçu. Thais Aparecida Dulz, Joni Marcos Lopes, Cidnei Marschalk, Rafael Bueno Noleto e Carla Andréia Lorscheider – FAFIUV. 53

• Análise citogenética preliminar em duas espécies de Cichlidae (Gymnogeophagus cf. balzanni e Cichlasoma dimerus) da bacia do rio Uruguai. Vanessa F. de Freitas; Alberto Fenocchio; Ana Claudia Swarça – UEL. 54

• Dados cromossômicos preliminares em três populações do gênero Heptapterus (Heptapteridae, Siluriformes). Vivian Patrícia Oliveira de Moraes, Juceli Gonzalez Gouveia, Lucia Giuliano-Caetano e Ana Lúcia Dias – UEL. 55

13 de 104

Page 14: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

• Cromossomo B em um exemplar do gênero Coix coletado em Guarapuava/PR. Wagner André Fagundes, Bruna Saviatto Fagundes, Paulo Roberto Da Silva – UNICENTRO. 56

Genética Humana• Investigação da prevalência da síndrome de Down e da frequencia de suas variantes

etiológicas em pacientes atendidos pelo SAG-UEL. Ana Lívia Carvalho, Priscilla Cardoso, Maria Eliane Longhi Barroso e Wagner José Martins Paiva – UEL. 57

• Identificação e determinação da prevalência de aneuploidias na região de Londrina. Ana Lívia Carvalho, Priscilla Cardoso, Maria Eliane Longhi Barroso e Wagner José Martins Paiva – UEL. 58

• Polimorfismos do promotor de Ficolina-1 estão associados com a susceptibilidade a doença de Chagas. Angelica Beate Winter Boldt, Paola Rosa Luz, Andressa Chequin, Caroline Grisbach, Iara José Taborda de Messias-Reason – UFPR. 59

• PCR multiplex sequência-específica revela associação entre haplótipos de MASP2 e a susceptibilidade à Doença de Chagas crônica. Angelica Beate Winter Boldt, Paola Rosa Luz, Caroline Grisbach, Iara José Taborda de Messias-Reason – UFPR. 60

• Padronização do método de extração de DNA para testes genéticos de Instabilidade de Microssatélite - MSI e KRAS no câncer colorretal. Graziele Moraes Losso, Angélica B. W. Boldt, Roberto da Silveira Moraes, Iara J. T. Messias-Reason – UFPR. 61

• Análise cromossômica em doenças hematológicas. Lucia Hoffmann, Roberto Ferreira Artoni, Everson Augusto Krum – UEPG. 62

• Relato de caso: probando com cariótipo 47,XX,+mar atendida pelo Serviço de Aconselhamento Genético. Priscilla de Freitas Cardoso, Maria Eliane Longhi Barroso, Ana Lívia Ferreira da Silva, Wagner José Martins Paiva – UEL. 63

• Doença de von Willebrand: estudo de caso. Leticia Haraki e Nilza Maria Diniz – UEL. 64

Genética de microrganismos• Isolamento e caracterização morfológica de novas linhagens de Bacillus thuringiensis

de amostras de solo da Região Norte do Paraná. Ricieto, A.P.S., Leonel, L.V., Dragalzew, A.C., Fazion, F.A., Souza, G.M.D de, Carvalho Filho, C.D., Vilas-Bôas, L.A., Vilas-Bôas, G. T. UEL. 65

• Diversidade genética medida por RAPD de população de Bacillus thuringiensis isolados do Estado do Paraná. Carvalho-Filho, C. D., Leonel, L. V., Fazion, F. A. P., Dragalzew, A. C., Souza, G. M. D., Vilas-Bôas, L. A., Scarpassa, J. A., Souza, G. M. D., Ricieto, A.P.S. e Vilas-Bôas, G. T. UEL. 66

• Caracterização genética e fenotípica de bactérias diazotróficas em simbiose com bracatinga em solos do Paraná. Diogo Fernando Saturno, Ana Garcia de Novaes, Juscélio Donizete Cardoso, Gisele Milani Lovato e Diva Souza Andrade – IAPAR. 67

• Identificação de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas ao Girassol por sequenciamento do gene 16S. Kelly Campos Guerra Pinheiro de Goes, Artur Kikuchi Bagatin, Maria Luisa de Castro Fisher e André Luiz Martinez de Oliveira – UEL.

68• Caracterização molecular de bactérias capazes de colonizar gramíneas em solo

paranaense por meio de BOX-PCR. Luciana Lange Bassani, Mariangela Hungria, Maria Berenice Reynaud Steffens, Vanessa Kava Cordeiro, Chirlei Glienke, Angela Cristina Ikeda, Douglas Adamoski e Lygia Vitória Galli Terasawa – UFPR. 69

• Esterases e lipases para análise de variabilidade genética em sementes de Cereus peruvianus Mill. (Cactaceae), coletadas nas cidades de Picos-PI e Maringá-PR, Brasil. Maycon Rodrigo Ruiz Bevilaqua, Claudete Aparecida Mangolin, Maria de Fátima Pires da Silva Machado – UEM. 70

14 de 104

Page 15: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

• Efeito do óleo de copaíba sobre a germinação de conídios de Metarhizium anisopliae. Michele Cristina Heck, Lilian Ávila Viana, Rosinete Gonçalves Mariucci João Alencar Pamphile, Veronica Elisa Pimenta Vicentini – UEM. 71

• Correlação entre os grupos filogenéticos e importantes fatores de virulência de Escherichia coli isoladas de carcaça de frango comercializado. Paula Signolfi Cyoia, Meiriele da Silva das Neves, Marilda Carlos Vidotto, Renata Katsuko Takayama Kobayashi – UEL. 72

• Obtenção de linhagens monocarióticas de L. edodes consideradas elites para a condução de programa de melhoramento genético para o caráter produção de antimicrobianos. Rafaela Mie Maesima Cunha e Luzia Doretto Paccola-Meirelles – UEL. 73

Genética Vegetal

• Comportamento meiótico em acessos de Coix coletados em Guarapuava, PR. Bruna Saviatto Fagundes, Wagner André Fagundes, Paulo Roberto Da Silva – UNICENTRO. 74

• Análise citogenética em Arachis pintoi. Carolina Cristina Quintas, André Luís Laforga Vanzela – UEL. 75

• Estudo citogenético em espécies de Rhynchospora (Cyperaceae Juss.). Edihanne Gamarra Arguelho, Vanessa Silva Michelan, André Luís Laforga Vanzela – UEL. 76

• Depressão por endogamia em sintéticos de milho desenvolvidas na UEL e cultivares comercias. Karla Bianca de Almeida Lopes, Odairto de Oliveira Júnior, Giovanni Barth Camolezzi, Thiago Pablo Marino, Sueme Ueno, Acácio Antônio Mioto, Anderson Cascione Gripp Bicalho, Evandro Zeidel Grassi, Robson Rockembacher, Manoel R. Paiva, Rosângela Maria Pinto Moreira, Josué Maldonado Ferreira – UEL. 77

• Híbridos simples de milho obtidos de linhagens elites desenvolvidas em sistema rústico de cultivo. Karla Bianca de Almeida Lopes, Giovanni Barth Camolezzi, Odairto de Oliveira Júnior, Thiago Pablo Marino, Sueme Ueno, Acácio Antônio Mioto, Anderson Cascione Gripp Bicalho, Evandro Zeidel Grassi, Robson Rockembacher, Manoel R. Paiva, Rosângela Maria Pinto Moreira, Josué Maldonado Ferreira – UEL. 78

• Transformação genética de plantas-modelo para teste de promotores tecido-específicos de cafeeiro. Lucas Eduardo Costa Canesin, Luiz Filipe Protasio Pereira, Luiz Gonzaga Esteves Vieira – IAPAR. 79

• Caracterização de regiões heterocromáticas sensíveis ao frio em Cestrum strigilatum. Paula Carolina Paes Guarido, André Luis Laforga Vanzela – UEL. 80

• Distribuição de heterocromatina e retroelementos em cromossomos de Coffea L. (Rubiaceae). Priscila Mary Yuyama, Luiz Filipe Protasio Pereira, Tumoru Sera, Laurival Vilas-Boas, André Luís Laforga Vanzela – UEL. 81

• Análise in silico das enzimas envolvidas na biossíntese dos acidos clorogênicos: uma avaliação da diversidade in silico e mapeamento de populações de coffea. Suzana Tieme Ivamoto; Davi Pot; Luiz Gonzaga Esteves Vieira, Luiz Filipe Protasio Pereira – IAPAR. 82

• Números cromossômicos em diferentes espécies brasileiras de Cyperaceae Juss. Vanessa Silva Michelan, Edihanne Gamarra Arguelho, André Luís Laforga Vanzela – UEL. 83

15 de 104

Page 16: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Mutagênese

• Citotoxicidade e mutagenicidade de doses diagnóstica e terapêutica do radioisótopo Iodo-131, em Ratos Wistar. Alessandra Paim Berti, Elisângela Düsman, Rosinete Gonçalves Mariucci, Nilson Benedito Lopes, Veronica Elisa Pimenta Vicentini – UEM. 84

• Atividade antimutagênica do beta-caroteno, em tratamento simultâneo agudo e subcrônico, em relação ao radioisótopo Iodo-131, in vivo. Alessandra Paim Berti, Elisângela Düsman, Rosinete Gonçalves Mariucci, Nilson Benedito Lopes, Veronica Elisa Pimenta Vicentini – UEM. 85

• Efeito radioprotetor do beta-caroteno em relação ao radiofármaco Iodo-131, em Pré-tratamento agudo e subcrônico, em Ratos Wistar. Alessandra Paim Berti, Lívia Maria de Castro Penna, Elisângela Düsman, Rosinete Gonçalves Mariucci, Nilson Benedito Lopes, Veronica Elisa Pimenta Vicentini – UEM. 86

• Avaliação do potencial citotóxico das águas superficiais do ribeirão Altântico – Mandaguaçu-PR. Bruno César Circunvis, Michele Cristina Heck, Lívia Castro Penna, Rosinete Gonçalves Mariucci e Veronica Elisa Pimenta Vicentini – UEM. 87

• Monitoramento da mutagenicidade no rio São Francisco (PR) utilizando o teste do micronúcleo em Astyanax paranae. Diego Luis Ribeiro e Luciana Paula Grégio d’Arce Rodrigues – UNIOESTE. 88

• Estudo dos efeitos citotóxicos e mutagênicos do suco da fruta Malpighia glabra L. (Acerola), em tratamento agudo e subcrônico, em ratos Wistar. Elisângela Düsman, Igor Vivian de Almeida, Alessandra Paim Berti, Rosinete Gonçalves Mariucci, Veronica Elisa Pimenta Vicentini – UEM. 89

• Avaliação da genotoxicidade de efluentes químicos in natura e tratado aplicada em Astyanax altiparanae (Characidae). Gabrieli Limberger Galvan, Taynah Vicari, Bianca Ribeiro Pizzato, Carlos Itsuo Yamamoto e Marta Margarete Cestari – UFPR. 90

• Avaliação genotóxica da contaminação trófica de Sulfato de Cobre em Jundiá (Rhamdia quelen). Gustavo Souza Santos, Wanessa Algarte Ramsdorf, Taynah Vicari, Laercio D. S. Piancini, Paula Moiana da Costa e Marta Margarete Cestari – UFPR. 91

• Efeito do LNO3 na citotoxicidade e cinética de proliferação celular em cultura de células de hepatoma de rato (HTC). Leonardo Campos Zanelatto, Patrícia Benites Gonçalves da Silva, Ângelo de Fátima, Mário Sérgio Mantovani – UEL. 92

• Avaliação do efeito mutagênico do óleo de copaíba e do óleo de linhaça in vivo. Michele Cristina Heck, Lilian Ávila Viana, Rosinete Gonçalves Mariucci e Veronica Elisa Pimenta Vicentini – UEM. 93

• Determinação da citotoxicidade de extrato de cogumelo shiitake (Lentinula edodes Berk. Pegler) pelo teste MTT em células CHO-K1. Milene Nóbrega de Oliveira, Priscilla de Freitas Cardoso, Vickeline Namba, Rosa Elisa Linhares, Luzia D. Paccola-Meirelles, Sandra Aguiar Soares, Ilce Mara de Syllos Cólus – UEL. 94

• Avaliação quimioprotetora da Chlorella em culturas de células meristemáticas de Allium cepa. Nádia Calvo Martins Okuyama, Bruna Isabela Biazi, André Gustavo Yonezawa, Karina Gualtieri, Rodrigo Juliano Oliveira – UNIFIL. 95

• Avaliação quimiopreventiva do Fator de Crescimento da Chlorella ensaio de Allium cepa. Nádia Calvo Martins Okuyama, Bruna Isabela Biazi, Karina Gualtieri, Rodrigo Juliano Oliveira – UNIFIL. 96

16 de 104

Page 17: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

• Avaliação da citotoxicidade e cinética de proliferação in vitro do Composto Sintético L3. Patrícia Benites Gonçalves da Silva, Leonardo C. Zanelatto, Ângelo de Fátima, Mário Sérgio Mantovani – UEL. 97

• Comparação dos efeitos genotóxicos em tétrades de Tradescantia pallida (Rose) D.R. Hunt var. purpurea expostas a poluição ambiental dos períodos seco e chuvoso no norte do Mato Grosso. Rafael Tessaro Coelho, Ana Aparecida Bandini Rossi, Juliana Mosconi Magro, Katlin Fernanda de Araújo – UNEMAT. 98

• Efeito citotóxico e antiproliferativo da α-Tomatina contra células tumorais de epitélio pulmonar humano da linhagem NCI-H460. Rodrigo César dos Santos Vida, Marcela Stefanini Tsuboy, Juliana Cristina Marcarini, Mário Sérgio Mantovani – UEL. 99

• Expressão gênica nas glândulas de seda de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) expostas ao inseticida Galgotrin. Simone Aparecida dos Santos, Fábio Fermino, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Aline Ribeiro Bronzato, Juliana Mosconi Magro,Katlin Fernanda de Araújo, Fúlvio Zanete Paixão, Bruna Manueli Teles Moreira, Denise Alves Lopes, José Ricardo Penteado Falco e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki – UEM. 100

• Concentração crítica de eletrólitos (CEC) na cromatina de glândulas da seda de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) expostas ao inseticida Fipronil. Simone Aparecida dos Santos, Fábio Fermino, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Aline Ribeiro Bronzato, Juliana Mosconi Magro, Katlin Fernanda de Araújo, Fúlvio Zanete Paixão, Bruna Manueli Teles Moreira, Denise Alves Lopes, José Ricardo Penteado Falco, Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki – UEM. 101

• Efeito da exposição ao herbicida Sanson na cromatina de glândulas da seda de Diatraea saccharalis (LEPIDOPTERA: PYRALIDAE). Simone Aparecida dos Santos, Fábio Fermino, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Aline Ribeiro Bronzato, Juliana Mosconi Magro, Katlin Fernanda de Araújo, Fúlvio Zanete Paixão, Bruna Manueli Teles Moreira, Denise Alves Lopes, José Ricardo Penteado Falco, e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki. 102

• Toxicidade do bioinseticida Natuneem em glândulas da seda de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Pyralidae). Simone Aparecida dos Santos, Fábio Fermino, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi, Aline Ribeiro Bronzato, Juliana Mosconi Magro, Katlin Fernanda de Araújo, Fúlvio Zanete Paixão, Bruna Manueli Teles Moreira, Denise Alves Lopes, José Ricardo Penteado Falco e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki – UEM. 103

• Avaliação da citotoxicidade do Fluconazol em células de ovário de hamster Chinês (CHO-K1) e de hepatoma de Rattus novergicus (HTC). Vickeline Namba, Priscila de Matos Cândido, Marialba Avezum Alves Castro-Prado, Ilce Mara de Syllos Cólus – UEL. 104

17 de 104

Page 18: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Recursos didáticos especiais para o ensino de genética no ensino médio: inclusão de alunos com deficiência visual.

Patrícia Barbosa1, Maelin Silva1.1 Departamento de Biologia - Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de União da Vitória – PR. Praça Coronel Amazonas, S/N - Centro Cx. P. 291 - CEP 84600-000 - União da Vitória – PR. [email protected].

Palavras chaves: Modelos didáticos, inclusão social, alunos com deficiência visual.

A genética estuda: a origem dos genes, características biológicas que são transmitidas de pais para filhos, como se dá essa transmissão, quais e como são determinadas estas características hereditárias, e a ação dos genes. Assim a compreensão deste assunto na escola por alunos do ensino médio tem grande importância. Modelos didáticos são ferramentas que ajudam o professor a transmitir esses conceitos, muitas vezes abstratos para os alunos. Quando alunos com distúrbios visuais são incluídos na escola obtêm seu desempenho escolar em nível satisfatório desde que haja uma organização do ambiente promovendo o desenvolvimento e a aprendizagem. A maior parte dos alunos com necessidades educativas especiais que são inseridas na escola não apresentam características que não permitam tal inclusão. Esta pesquisa teve como objetivo verificar as deficiências visuais em estudantes do ensino médio de uma escola pública no município de São Mateus do Sul – Paraná, e desenvolver estratégias nas atividades didáticas para a inclusão escolar destes, contribuindo no desempenho e compreensão de conceitos de genética na disciplina de Biologia. A partir da aplicação de um questionário em três turmas do Ensino Médio, foi avaliado o uso de óculos ou lentes; a própria percepção do aluno quanto a sua visão e os sintomas que possam identificar algum tipo de problema de visão. Foi identificado um aluno com deficiência visual já constatada através de exames médicos. Outro aluno cego foi indicado pela escola, o qual frequenta o 1º ano do Ensino Médio Normal. Foram confeccionados modelos didáticos com materiais táteis e alto relevo adaptados para alunos com cegueira. A atividade de ensino com o primeiro aluno portador de deficiência visual teve acompanhamento de 165 minutos para a explicação dos seguintes conceitos: Diferença entre cromossomos homólogos e não homólogos; genes dominantes homozigóticos e heterozigóticos; genes recessivos; experimentos da Primeira Lei de Mendel; codominância e foram desenvolvidos alguns problemas para que o aluno resolvesse com os materiais adaptados. Para o segundo aluno foi confeccionado recursos sobre ácidos nucleicos, tais como: composição; bases nitrogenadas e suas ligações e a representação de um trecho da molécula de DNA, com acompanhamento de 180 minutos. Quando crianças com distúrbios visuais são incluídas na escola devem acompanhar e compreender os conceitos exigidos pelos professores. Com criatividade é possível confeccionar e adaptar recursos para todos os alunos e nas mais diversas disciplinas, de forma atraente e eficiente atendendo a todas as condições visuais, promovendo a comunicação e o entrosamento entre os alunos.

18 de 104

Page 19: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Citogenética comparativa de quatro espécies do gênero Scinax (Anura, Hylidae) da Mata Atlântica- Paraná.

Adriele Karlokoski Cunha1, Igor Soares de Oliveira1, Rafael Bueno Noleto2, Maurício Oswaldo Moura3, Marta Margarete Cestari1.1Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná – Rua Coronel Francisco Heráclito dos Santos, 100, Caixa Postal 19071, CEP 81531-990, Curitiba – PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras – Praça Cel. Amazonas, Caixa Postal 291, CEP 84600-000, União da Vitória-PR; 3Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná – Rua Coronel Francisco Heráclito dos Santos, 100, Caixa Postal 19020, CEP 81531-990, Curitiba – PR, Brasil.

Palavras-chave: Anura; Scinax; cariótipo; Mata Atlântica.

O gênero Scinax pertence à Família Hylidae e atualmente conta com 98 espécies descritas. Distribui-se pelo Brasil, Uruguai, Argentina, México, Trinidad e Tobago e Santa Lucía. As espécies Scinax alter e Scinax perereca pertencem ao grupo Scinax ruber, enquanto Scinax catharinae e Scinax rizibilis fazem parte do grupo Scinax catharinae, todas usualmente encontradas na Mata Atlântica. Estudos citogenéticos envolvendo anuros, principalmente no Paraná ainda são escassos, sobretudo com espécies da Mata Atlântica. No presente trabalho uma descrição cariotípica destas quatro espécies foi realizada, todas provenientes de uma região de Mata Atlântica no Paraná, município de Quatro Barras. Neste estudo são apresentados resultados preliminares sobre o cariótipo destas espécies, se tratando de dados inéditos para S. catharinae e Scinax rizibilis. Metáfases mitóticas foram obtidas pelo método direto a partir da medula óssea, fígado e intestino, para dezesseis exemplares (quatro de cada espécie). Para a determinação da morfologia e número cromossômico foi utilizada a coloração convencional. Todas as espécies apresentaram 2n=24 cromossomos e número fundamental igual a 48. As espécies do grupo S. ruber possuem 7 pares metacêntricos (1, 7, 8, 9, 10, 11 e 12) e 5 pares submetacêntricos (2, 3, 4, 5 e 6). Já as espécies do grupo S. catharinae apresentam 5 pares metacêntricos (8, 9, 10, 11 e 12) e 7 pares submetacêntricos (1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7). O padrão cariotípico encontrado para S. perereca neste trabalho corrobora com os dados de outro estudo, porém para S. alter, populações do Espírito Santo apresentaram o par 6 subtelocêntrico e o par 7 submetacêntrico. Scinax argyreornatus, outra espécie do grupo S. catharinae, apresenta cariótipo semelhante ao das espécies deste estudo, porém o par 6 é do tipo subtelocêntrico. As semelhanças encontradas entre os cariótipos de S. perereca e entre espécies do grupo S. catharinae podem indicar um cariótipo conservado, embora rearranjos não robertsonianos como inversões pericêntricas, possam estar presentes na evolução cromossômica de ambos os grupos. Ainda que técnicas mais resolutivas devam ser aplicadas para melhorar a caracterização da estrutura cromossômica destas espécies, os padrões citogenéticos encontrados aqui são ferramentas citotaxonômicas e podem contribuir para ampliar o conhecimento das espécies o que é fundamental para a conservação dos anuros da Mata Atlântica.

Órgão financiador: CAPES.

19 de 104

Page 20: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Perfil eletroforético das esterases de larvas de Diatraea saccharalis Fabr. (Lepidoptera: Crambidae).

Aline Ribeiro Bronzato1, Denise Alves Lopes1, Andreya de Oliveira Batista1, Simone Aparecida dos Santos1, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi2, Juliana Mosconi Magro1, Fúlvio Zanete Paixão1, Katlin Fernanda de Araújo1, Bruna Manueli Teles Moreira1, Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil.

Palavras-chave: broca da cana-de-açúcar, inseto praga, isoenzimas.

A resistência de insetos praga a inseticidas é resultante de três mecanismos principais, o primeiro ocorre quando a penetração do inseticida é reduzida, o segundo quando o inseticida deixa de ser eficaz pela melhor metabolização por isoenzimas, como por exemplo, as esterases ou oxidado através de diferentes mecanismos, e terceiro quando o alvo do inseticida é modificado. O entendimento da resistência a inseticidas pode ser realizado avaliando modificações na expressão das esterases por meio de eletroforese de isoenzimas que é uma ferramenta eficaz, relativamente simples e rápida para determinação das alterações dessas enzimas. Devido à importância da Diatraea saccharalis como inseto praga para diferentes culturas, nesse estudo foi realizada a caracterização do perfil eletroforético das esterases no período larval desses insetos. Para tanto larvas do primeiro ao quinto instar foram coletadas, sacrificadas e submetidas á eletroforese PAGE, que foi desenvolvida segundo protocolo convencional para este procedimento. A coloração das esterases foi feita com os substratos alfa e beta naftil acetato. As esterases detectadas nos extratos de larvas de Diatraea saccharalis foram denominadas numericamente, sendo a isoenzima que apresentou maior padrão de migração a EST-1 e aquela com o menor padrão de migração a EST-11. Houve um aumento no número e intensidade das bandas com o aumento da idade das larvas. No primeiro instar foram observadas seis esterases EST-6 a EST-11. No segundo e terceiro instares foram detectadas respectivamente oito (EST-4 a EST-11) e 10 esterases (EST-2 a EST-11). A partir do quarto instar foram observadas 11 bandas (EST-1 a EST-11). As alterações observadas tanto em número de esterases quanto na atividade relativa dessas isoenzimas indicam que ocorre um aumento na complexidade do metabolismo intermediário nesses insetos, tal fato pode refletir ainda no metabolismo de xenobióticos, o que pode estar associado com aumento de resistência durante o período larval. O padrão de expressão das esterases ao longo do desenvolvimento larval em Diatraea saccharalis poderá contribuir com novos estudos sobre a resistência da broca da cana-de-açúcar a inseticidas.

20 de 104

Page 21: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Viabilidade e expressão de proteínas totais em larvas de Diatraea saccharalis Fabr. (Lepidoptera; Crambidae) contaminadas com o inseticida regulador de crescimento Triflumurom.

Aline Ribeiro Bronzato1, Denise Alves Lopes1, Simone Aparecida dos Santos1, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi2, Juliana Mosconi Magro1, Katlin Fernanda de Araújo1 Bruna Manueli Teles Moreira1, Fúlvio Zanete Paixão1 e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil.

Palavras-chave: Diatraea saccharalis, doses subletais, mortalidade, resistência.

A Diatraea saccharalis é considerada a principal praga da cana-de-açúcar, estando distribuída em todas as regiões canavieiras do Brasil. Essa Lepidóptera é encontrada em todo o país, infestando não só a cana-de-açúcar, mas também outras culturas e provocando, na maioria das vezes, grandes perdas econômicas. Atualmente os inseticidas reguladores de crescimento (IRC) são empregados no controle integrado dessa praga. O Triflumurom é um IRC que atua inibindo a síntese de quitina durante a ecdise do inseto. A utilização deste IRC tem sido avaliada em várias espécies praga, contudo, não tem sido desenvolvidos estudos com a Diatraea saccharalis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade e as alterações ocorridas na expressão de proteínas totais após a contaminação de larvas de Diatraea saccharalis com o Triflumurom. Larvas da broca da cana do primeiro ao quarto instar foram contaminadas com diferentes concentrações de Triflumurom e avaliadas quanto à mortalidade, alteração no período de ecdise e perfil eletroforético. As sobreviventes foram contadas, sacrificadas e submetidas à eletroforese SDS-PAGE. Em todos instares analisados foi observado uma antecipação na troca de ecdise e posterior morte, as sobreviventes chegaram até o final do período larval. Após a contaminação com Triflumuron a 25% as larvas de primeiro e segundo instar apresentaram um aumento na expressão das proteínas totais. Nesses instares a 25% foram detectas dois peptídeos, um com 25 KDa e outro com 58 KDa que não foram detectados nas concentrações de 50% e 100%. No terceiro instar houve um aumento na resistência das larvas, sendo que as concentrações de 50% e 100% foram mais eficientes. As larvas de quarto instar contaminadas com o inseticida a 25% apresentaram menor resistência que no instar anterior, sendo esta concentração mais eficiente para a mortalidade das larvas. Não houve alteração no perfil de proteínas totais nessa idade. Portanto, podemos concluir que a contaminação com Triflumurom a 25% parece ser a mais eficiente no quarto instar. Enquanto que as larvas de primeiro, segundo e terceiros instares a melhor concentração seria de 50%. Será importante desenvolver estudos com eletroforese 2D para identificar os peptídeos com 25 e 58 KDa que provavelmente estão atuando na maior resistência das larvas de segundo instar ao Triflumurom.

21 de 104

Page 22: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Toxicidade do inseticida thiamethoxam em Tetragonisca angustula.

Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi1, Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki1, Vagner Alencar Arnaut de Toledo2, Aline Ribeiro Bronzato1, Denise Alves Lopes1, Juliana Bueno Ruiz1, Juliana Mosconi Magro1, Liriana Belizário Cantagalli1 e Simone Aparecida dos Santos1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá – Av. Colombo, nº 5.790, Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá-PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá – Av. Colombo, nº 5.790, Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá-PR, Brasil.

Palavras-chave: agrotóxicos, jataí, isoenzimas, mortalidade, neonicotinóide.

A polinização é um fator de produção fundamental na condução de muitas culturas agrícolas ao redor do mundo e a diminuição da disponibilidade de polinizadores para as plantas que deles necessitam pode causar limitações na quantidade de frutos, qualidade dos frutos e número de sementes, sendo um dos maiores problemas quando se trata de produção agrícola. O declínio das populações de polinizadores tem sido causado pelo uso excessivo de inseticidas, impondo, portanto, riscos às populações de espécies de abelhas polinizadoras. Devido à grande importância das abelhas sem ferrão para a polinização de diversas espécies vegetais e de obter bioindicadores para contaminação ambiental por agrotóxicos, esse estudo foi desenvolvido com objetivo de avaliar a sensibilidade da espécie Tetragonisca angustula mediante a contaminação por thiamethoxam, a mortalidade decorrente da contaminação e as alterações na atividade relativa das esterases. Foram coletadas operárias de duas colmeias localizadas no campus da Universidade Estadual de Maringá-PR, submetidas a dois bioensaios: contaminação por contato e por ingestão. Na contaminação por contato, 20 abelhas foram acondicionadas em cada placa de Petri, sendo que foram utilizadas 3 repetições e um controle. Cada placa continha alimento e papel filtro embebido em 1mL da solução contendo o inseticida. As concentrações testadas foram 0,05; 0,07; 0,1; 0,2 e 0,3%. Com relação a contaminação por ingestão, todo o procedimento de montagem das placas foi o mesmo, contudo, o inseticida estava misturado ao alimento e as concentrações utilizadas foram 0,005; 0,008; 0,01; 0,02 e 0,03%. Após 24 horas, as abelhas sobreviventes foram contadas e sacrificadas. Extratos de cabeça/tórax foram submetidos a eletroforese PAGE, para observação das alterações em nível de esterase e o cálculo de CL50 foi realizado usando-se o programa SPSS 13.0. Os valores de CL50 mostraram uma alta toxicidade quando o thiamethoxam foi administrado por contato (0,1622%). Em ambos os bioensaios foi observada correlação entre o aumento da concentração do inseticida e a mortalidade. Com relação as análises das esterases foi observada uma inibição parcial da EST-3 e EST-4 na contaminação por contato na concentração 0,1%. A alteração observada nas regiões esterásicas para T. angustula, mostrou que essas abelhas possuem potencial para serem empregadas como bioindicadores da presença de resíduos do inseticida thiamethoxam no ambiente.

Órgão financiador: Capes.

22 de 104

Page 23: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Alterações da expressão gênica das abelhas Tetragonisca fiebrigi após contaminação com inseticida malathion.

Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi1, Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki1, Vagner Alencar Arnaut de Toledo2, Aline Ribeiro Bronzato1, Denise Alves Lopes1, Juliana Bueno Ruiz1, Juliana Mosconi Magro1, Liriana Belizário Cantagalli1 e Simone Aparecida dos Santos1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá – Av. Colombo, nº 5.790, Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá-PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá – Av. Colombo, nº 5.790, Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá-PR, Brasil.

Palavras-chave: agrotóxicos, jataí, isoenzimas, CL50, organofosforado.

O Brasil possui dezenas de espécies de abelhas nativas que exercem, entre outros, importante papel na fecundação de inúmeras espécies vegetais originais de nossa flora. Entretanto, a destruição indiscriminada de matas naturais e o extrativismo sem reposição de colônias na natureza, além do aumento das áreas agriculturáveis contribuem para a redução da diversidade dessas abelhas eussociais. Como essas abelhas são suscetíveis a muitos inseticidas comumente utilizados para proteger o plantio de várias culturas, podem ser utilizados como bioindicadores para a determinação de resíduos de inseticidas. Sendo assim o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a sensibilidade das abelhas sem ferrão Tetragonisca fiebrigi após a contaminação por contato e ingestão com o inseticida organofosforado malathion, a mortalidade decorrente da contaminação e as alterações na atividade relativa das esterases. Foram coletadas operárias de cinco ninhos localizados no campus da Universidade Estadual de Maringá-PR, submetidas a dois bioensaios: contaminação por contato e por ingestão (alimento). Na contaminação por contato, 20 abelhas foram acondicionadas em cada placa de Petri, sendo que foram utilizadas 3 repetições e um controle. Cada placa continha alimento e papel filtro embebido em 1mL da solução contendo o inseticida. As concentrações testadas foram 0,0017; 0,0018; 0,0019; 0,002 e 0,004%. Com relação à contaminação por ingestão, todo o procedimento de montagem das placas foi o mesmo, contudo, o inseticida estava misturado ao alimento e as concentrações utilizadas foram 0,2; 0,3; 0,4; 0,45 e 0,5%. Após 24 horas, as abelhas sobreviventes foram contadas e sacrificadas. Extratos de cabeça/tórax foram submetidos a eletroforese PAGE, para observação das alterações em nível de esterase e o cálculo de CL50 foi realizado usando-se o programa SPSS 13.0. O cálculo da CL50 mostrou uma maior toxicidade quando as abelhas foram contaminadas por ingestão com o inseticida malathion (0,38%). Na contaminação por contato não foi possível observar correlação entre o aumento da concentração do inseticida e a mortalidade, uma vez que em todos os testes realizados ou as abelhas não eram afetadas pelo organofosforado ou todas morriam. Já na contaminação por ingestão, foi possível observar correlação, com valor de coeficiente de correlação em 0,639. Após a ingestão do malathion pelas operárias de T. fiebrigi, as análises eletroforéticas mostraram alteração da região EST-4 nas concentrações 0,2 e 0,45%. Os resultados obtidos com as análises feitas em laboratório permitem concluir que essas abelhas poderão se tornar bons bioindicadores da contaminação ambiental por malathion.

Apoio financeiro: Capes.

23 de 104

Page 24: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise genética de prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) coletados durante a piracema, em uma escada de transposição no Rio laranjinha.

Andréia de Oliveira Giannasi1, Mayara da Silva Almeida1, Amanda Delmiro Soares1, Dhiego Gomes Ferreira1, Sandremir de Carvalho1, Bruno Ambrozio Galindo1. 1 Ciências Biológicas da UENP – Campus Cornélio Procópio, [email protected].

Palavras-chave: Prochilodus lineatus, Rio Laranjinha e RAPD.

O rio Laranjinha é um importante tributário do rio das Cinzas, que por sua vez deságua na represa de Capivara, rio Paranapanema. Diversos autores têm sugerido que o rio das Cinzas pode ser uma importante rota migratória para peixes provenientes de Capivara. Na região do médio-baixo Laranjinha, foi construída uma PCH na década de 50, desativada em seguida. No ano 2006 foi inaugurada nesta mesma barragem uma escada de transposição. Prochilodus lineatus conhecido popularmente como curimba, realiza migrações reprodutivas em grandes cardumes percorrendo até centenas de quilômetros, reproduzindo principalmente nos tributários e lagoas do rio Paraná. Este trabalho tem como objetivo analisar se os cardumes de P. lineatus coletados na escada de transposição do rio Laranjinha são provenientes de uma mesma população. Durante a piracema de 2008-2009 foram realizadas capturas de exemplares dentro desta escada. Para as análises genéticas, foram utilizadas 35 amostras pertencentes a três coletas, onze do dia 22 de janeiro (grupo A), nove do dia 30 de janeiro (grupo B) e quinze do dia 15 de fevereiro (grupo C). O DNA genômico foi obtido a partir da musculatura, utilizando-se o protocolo de extração baseado em NaCl (POVH 2005), quantificado em fluorímetro, amplificados pela técnica de PCR-RAPD, e submetidos a eletroforese em gel de agarose a 3v/cm, posteriormente foram analisados quanto à presença ou ausência de bandas. Os aplicativos computacionais TFPGA 1.3 e NTSYS-PC, foram empregados para análises dos dados. Foram utilizados 7 primers dos kits OPA, OPD e OPW, os quais produziram 113 locos. Os resultados revelaram um `P, de 75.22% para o grupo A e 76.99% para os grupos B e C. O valor de similaridade genética foi de 0,9712 para A-B, 0,9635 para A-C e 0,9697 para B-C. O valor de distância genética foi de 0,0292 entre A-B, 0,0371 entre A-C e 0,0308 entre B-C. Os valores obtidos de q segundo Wright (1978), não foram significativos, indicando ausência de estruturação genética entre os grupos analisados. O dendrograma de similaridade genética não mostrou a tendência dos indivíduos pertencentes à mesma coleta se agruparem. Tais resultados fornecem fortes evidências, de que os peixes que utilizam o rio Laranjinha, para piracema, pertencem à uma única população, porém, são necessários estudos futuros, com um maior número de indivíduos e outros marcadores que possam confirmar estes achados, comparando-os também com indivíduos coletados na represa de Capivara.

Órgão financiador: Usiban, IAP e Prefeitura Municipal de Ribeirão do Pinhal.

24 de 104

Page 25: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estudos citogenéticos em três diferentes espécies da família Parodontidae.

Angélica Alves de Paula e Ana Lúcia Dias1.1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil, [email protected].

Palavras-chave: Apareiodon, bandamento cromossômico. cromossomos sexuais, Parodon.

A família Parodontidae, cujos peixes são popularmente conhecidos, no Brasil, como charutos ou canivetes, é composta por três gêneros: Parodon, Apareiodon e Saccodon, sendo que somente os dois primeiros apresentam estudos citogenéticos. A maioria das espécies desta família apresenta número diplóide igual 54 cromossomos meta-submetacêntricos. São exceções algumas populações de Apareiodon affinis com sistema de cromossomos sexuais múltiplos, do tipo ZZ/ZW1W2. Neste trabalho, foram analisados seis indivíduos de Apareiodon affinis do ribeirão Jacutinga/PR e dez do ribeirão Água dos Patos/SP; nove indivíduos de Parodon nasus do ribeirão Três Bocas/PR e sete indivíduos de Apareiodon ibitiensis, do ribeirão dos Apertados/PR. Todos pertencentes à bacia do rio Paranapanema. Para Apareiodon affinis, os resultados obtidos com a coloração convencional de Giemsa revelaram um 2n=54 cromossomos meta e submetacêntricos para todos os indivíduos machos, com número fundamental (NF) igual a 108, e 55 cromossomos meta e submetacêntricos para as fêmeas, com NF igual a 110, indicando uma heterogametia feminina com um sistema cromossômico sexual do tipo ZZ/ZW1W2. Os machos das duas populações de A. affinis apresentaram o primeiro cromossomo metacêntrico, o número1, com seu homólogo e nas fêmeas observou-se um único cromossomo metacêntrico grande correspondente ao Z, e dois cromossomos metacêntricos menores, sem homologia, correspondente ao W1 e W2. A região organizadora de nucléolo (Ag-RON), através da impregnação pelo nitrato de prata, em A. affinis, foi observada na região terminal do braço longo no par 27, coincidente com uma constrição secundária, com marcações do fluorocromo cromomicina A3 (CMA3) e com um bloco heterocromático. A heterocromatina foi evidenciada nos demais cromossomos nas regiões pericentroméricas e algumas terminais. Para Parodon nasus e Apareiodon ibitiensis, observou-se um 2n=54 cromossomos meta-submetacêntricos e NF=108 para machos e fêmeas. As Ag-RONs em P. nasus foram observadas na região terminal do braço longo de um par de cromossomos submetacêntricos, com heteromorfismo de tamanho, coincidente com marcações CMA3 positivas. Em A. ibitiensis, as Ag-RONs foram observadas em três cromossomos submetacêntricos, coincidentes com regiões CMA3 positivas, entretanto, mais análises devem ser realizadas para uma melhor definição do número de cromossomos nucleolares. A heterocromatina mostrou-se nas regiões pericentroméricas. Os resultados obtidos no presente trabalho são relevantes para uma melhor caracterização do perfil citogenético deste grupo de peixes, além de apresentar mais duas populações de Apareiodon affinis com sistema cromossômico sexual múltiplo do tipo ZZ/ZW1W2.

Apoio Financeiro: IC-UEL,Capes.

25 de 104

Page 26: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Ocorrência de quatro citótipos e de rons múltiplas em Bryconamericus ecai do Rio Forquetinha – RS.

Angélica Rossotti dos Santos1, Lucia Giuliano-Caetano1 e Ana Lúcia Dias1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Characidae; diversidade cariotípica; bandamento cromossômico.

A família Characidae é a que contém a maior diversidade da ordem Characiformes, com 1352 espécies, das quais 952 são válidas e 400 ainda não descritas. O gênero Bryconamericus é um dos menos diversificados da família Characidae, sendo pouco conhecido taxonomicamente e constituído por aproximadamente 56 espécies. Neste grupo de peixes existem poucos dados citogenéticos, entretanto, o número diplóide de 52 cromossomos parece ser característico neste gênero, sendo significativas as variações na macro e microestrutura cariotípicas. No presente estudo foram analisados 13 indivíduos (5 machos, 6 fêmeas e 2 de sexo indefinido) de Bryconamericus ecai coletados no Rio Forquetinha/RS. Os cromossomos mitóticos foram obtidos através de preparação direta com retirada dos rins anteriores e as regiões organizadoras de nucléolo (RONs) foram evidenciadas pela técnica de impregnação por nitrato de prata. Todos indivíduos apresentaram número diplóide igual a 52 porém, foram observadas variações na estrutura cariotípica entre eles, caracterizando 4 citótipos (ou formas cariotípicas): citótipo I com 10m+10sm+8st+24a e NF=80, observado em 3 exemplares (23%), citótipo II com 10m+14sm+12st+16a e NF=88 observado em 4 exemplares (31 %), citótipo III com 14m+12sm+12st+14a e NF=90 em 4 exemplares (31%) e citótipo IV com 10m+26sm+12st+4a e NF=100 com 2 exemplares (15% de indivíduos). Mudanças no número fundamental (NF) podem sugerir que rearranjos cromossômicos, tais como inversões pericêntricas, estejam ocorrendo entre os indivíduos de B. ecai. No citótipo III também foi observada a presença de um cromossomo supranumerário do tipo submetacêntrico de tamanho grande em um indivíduo, sendo o primeiro relato da ocorrência deste tipo de cromossomo no gênero Bryconamericus. As regiões organizadoras de nucléolo foram observadas em até três cromossomos, mostrando variação inter e intra-individual quanto ao tipo cromossômico e localização das RONs nos citótipos I e III. No citótipo IV houve apenas variação interindividual e no citótipo II, entretanto, foi observado apenas um par de cromossomos subtelocêntricos marcados pela prata, sugerindo a ocorrência de RONs múltiplas e simples nesta população de Bryconamericus ecai. Os dados obtidos confirmam uma variabilidade cariotípica neste grupo de peixes já evidenciada em diferentes populações e/ou espécies de Bryconamericus anteriormente estudadas por outros autores.

Órgão financiador: Capes, CNPQ e Fundação Araucária.

26 de 104

Page 27: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Monitoramento genético de Astyanax altiparanae (Pisces, Characidae) da Represa da UHE Escola Mackenzie, Rio Paranapanema.

Bruna Karina Banin Hirata¹, Carolina Pereira Gomes¹, Rafael Elias da Silva Penha¹, Leda Maria Koelblinger Sodré¹, Mário Luís Orsi² e Fernanda Simões de Almeida¹.

¹Departamento de Biologia Geral, ²Departamento de Biologia Animal e Vegetal, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 96051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras chave: Astyanax altiparanae, monitoramento, RAPD.

Os peixes apresentam elevada importância econômica e ecológica, contudo seu habitat vem sendo desordenadamente degradado por ações antrópicas, tal como a construção de usinas hidrelétricas. Este estudo está integrado à um projeto, o qual visa o monitoramento da manutenção da variabilidade genética e estrutura populacional de dez espécies que foram estudadas em um projeto anteriormente realizado entre os anos de 2000 e 2003, intitulado “Caracterização Genética da Ictiofauna do Reservatório de Capivara (UHE Escola Mackenzie)” e que de forma geral, tinha o propósito de caracterizar geneticamente algumas espécies de peixe desse ecossistema, dentre elas a espécie Astyanax altiparanae. O presente estudo visa monitorar a manutenção da variabilidade genética desta espécie, em três trechos situados no reservatório Capivara utilizando-se de marcadores RAPD, tal como foi padronizado no projeto anterior. Os dados obtidos serão comparados com os resultados do projeto anterior, com o intuito de fornecer informações importantes visando a conservação da espécie. A metodologia utilizada seguindo as etapas de extração, quantificação e amplificação do DNA genômico foram as mesmas estabelecidas no projeto anterior. Foram utilizados no presente estudo três primers dos dez selecionados anteriormente, sendo eles OPC11, OPC13 e OPC15. O valor de variabilidade genética obtido pela proporção de locos polimórficos (`P) para Cinzas, Porecatu e Sertanópolis foi de 88,64%, 90,54% e 91,89%, respectivamente. No estudo anterior os valores para as mesmas localidades foram de 73,38%, 69,78% e 69,06%. Os dendrogramas de similaridade genética obtidos para cada uma das localidades revelaram a formação de um único agrupamento em cada trecho, com uma amplitude de similaridade de 0,33 a 0,56 para Cinzas, 0,39 a 0,62 para Porecatu e 0,39 a 0,65 para Sertanópolis. O aumento da variabilidade genética pode ser justificado pelo cumprimento de uma das ações de manejo propostas pelo projeto anterior que foi o do fechamento do sistema de transposição de peixes (escadas) localizado na área compreendida imediatamente à montante da UHE Escola Mackenzie (reservatório de Capivara). Esta ação evita o declínio populacional das espécies de peixes no reservatório de Capivara, visto que as populações podem utilizar dos afluentes presentes na represa (rios Tibagi, Cinzas e Vermelho) para concluir seu ciclo reprodutivo, o qual era prejudicado pelo funcionamento das escadas de transposição. No entanto, o aumento da variabilidade pode estar sendo influenciado pelo baixo número de primers estudados. Contudo estes são dados preliminares e as demais análises genéticas estão sendo realizadas o que irá proporcionar informações mais consistentes.

Órgão financiador: Duke Energy International.

27 de 104

Page 28: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Ação do óleo de nim em ovos de Drosophila melanogaster (Diptera; Drosophilidae).

Bruna Manueli Teles Moreira1; Simone Aparecida dos Santos1; Aline Ribeiro Bronzato1; Hélio Conte1; Satiko Nanya1.

Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790 Maringá - PR, CEP 87030-121, [email protected].

Palavras-chave: Azadirachta indica A. Juss, Drosophila melanogaster, controle biológico.

Os inseticidas naturais de origem vegetal constituem importantes agentes de controle, por serem de fácil obtenção, baixo custo e minimizarem os problemas apresentados pelos produtos químicos sintéticos, como contaminação ambiental, presença de altos níveis de resíduos nos alimentos, desequilíbrio biológico devido à eliminação de inimigos naturais, e surgimento de populações de insetos resistentes Extratos biologicamente ativos obtidos de folhas, frutos, sementes e tronco de nim (Azadirachta indica A. Juss.) são reconhecidos por suas propriedades inseticidas, interferindo no funcionamento das glândulas endócrinas que controlam a metamorfose em insetos. Drosophila melanogaster (Diptera, Drosophilidae) é um inseto encontrado sobre frutas fermentadas com elevada sensibilidade a substâncias tóxicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do óleo de nim em os ovos de D. melanogaster. Os espécimes foram mantidos em garrafas de vidro contendo dieta artificial de fubá. As moscas recém emergidas foram alimentadas com levedura e transferidas para novas garrafas por três dias, e posteriormente, submetidas à oviposição em placas de vidro contendo dieta, por uma hora. Em seguida, os ovos foram coletados e constituíram as amostras controle e com tratamento. Cada amostra, contendo 50 ovos com aproximadamente uma hora, foram tratadas com solução aquosa de óleo de nim a 0,25%, 0,50% e 1% (tratamento) e as testemunhas foram submetidas à solução fisiológica para insetos (controle). As amostras foram mantidas em dieta artificial de fubá em condições controladas, para acompanhamento do desenvolvimento. Os dados experimentais foram submetidos à análise pela one-way (ANOVA) , sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de significância (P< 0,05). Nas amostras submetidas ao tratamento com nim verificamos que na concentração de 0,25% houve 27,5% dos ovos que não eclodiram na concentração de 0,50% foi de 36,75% e para 1% foi de 41.25%. É provável que, no presente trabalho, o óleo de nim tenha interferido no desenvolvimento embrionário e duração do estágio de ovo, uma vez que houve elevada taxa de ovos não eclodidos e o estágio de ovo que normalmente é de 18 a 20 horas foi mais prolongado, variando de 24 a 30 horas. O óleo de nim em todas as concentrações testadas mostrou influência significativa no desenvolvimento de ovos de D. melanogaster com menor taxa de eclosão quanto maior a concentração do óleo de nim. Desse modo, podemos considerar que o óleo de nim apresenta efetiva ação como inseticida natural.

28 de 104

Page 29: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Efeito do óleo de nim em larvas de Drosophila melanogaster (Diptera; Drosophilidae).

Bruna Manueli Teles Moreira1; Simone Aparecida dos Santos1; Aline Ribeiro Bronzato1; Hélio Conte1; Satiko Nanya1.

Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790 Maringá - PR, CEP 87030-121, [email protected].

Palavras-chave: Azadirachta indica A. Juss, Drosophila melanogaster, controle biológico.

Os produtos naturais extraídos de plantas têm constituído alternativa importante para o programa de controle de pragas por serem mais seletivos e menos danosos ao meio ambiente. Extratos biologicamente ativos obtidos de folhas, frutos, sementes e tronco de nim [Azadirachta indica (A. Juss.] são reconhecidos por suas propriedades inseticidas, interferindo no funcionamento das glândulas endócrinas que controlam a metamorfose em insetos. Conhecida como mosca-do-vinagre, Drosophila melanogaster (Diptera, Drosophilidae) é um inseto encontrado sobre frutas fermentadas com elevada sensibilidade a substâncias tóxicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do óleo de nim em larvas de D. melanogaster. Os espécimes foram mantidos em garrafas de vidro contendo dieta artificial de fubá. As moscas recém emergidas foram alimentadas com levedura e transferidas para novas garrafas por três dias, e posteriormente, submetidas à oviposição em placas de vidro contendo dieta, por uma hora. Após 16h as larvas emergentes de 1º instar, foram coletadas e constituíram as amostras controle e com tratamento. Cada amostra, contendo 50 larvas, foram submetidas à solução aquosa de óleo de nim a 50%, 1% e 2% (tratamento) e à solução fisiológica para insetos (controle). As amostras foram mantidas em dieta artificial de fubá em condições controladas, para acompanhamento do desenvolvimento. Os dados experimentais foram submetidos à análise pela one-way (ANOVA) , sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de significância, (P< 0,05). Nesse experimento verificamos uma mortalidade das larvas de 16,8%, 19,6% e 28,8%, respectivamente nas concentrações de 0,50%, 1% e 2%. Comparando-se a mortalidade das larvas nas concentrações de 0,50% e 1% a diferença não foi significativa, no entanto, com relação à concentração de 2%, a diferença foi significativa. Desse modo, o óleo de nim mostrou influência no desenvolvimento das larvas, sendo que a mortalidade foi mais elevada quanto maior a concentração. O efeito do óleo de nim foi mais eficiente na concentração de 2%, influenciando negativamente na metamorfose das larvas, inviabilizando sua transformação em pupas e, consequentemente, em adultos, impedindo que o ciclo biológico se completasse. Assim, sugerimos a utilização do óleo de nim no controle biológico de insetos.

29 de 104

Page 30: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Monitoramento genético de Pimelodus maculatus (Pisces, Pimelodidae) da Represa da UHE Escola Mackenzie, Rio Paranapanema.

Carolina Pereira Gomes1, Bruna Karina Banin Hirata1, Rafael Elias da Silva Penha1, Leda Maria K. Sodré1, Mario Luís Orsi2 e Fernanda Simões de Almeida1.1 Departamento de Biologia Geral, 2 Departamento de Biologia Animal e vegetal, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Pimelodus maculatus, monitoramento, RAPD.

Este estudo visa o monitoramento da manutenção da variabilidade genética e estrutura populacional de dez espécies que foram estudadas em um projeto anteriormente realizado entre os anos de 2000 e 2003, intitulado “Caracterização Genética da Ictiofauna do Reservatório de Capivara (UHE Escola Mackenzie)” e que de forma geral, tinha o propósito de caracterizar geneticamente algumas espécies de peixe desse ecossistema, dentre elas a espécie Pimelodus maculatus. O presente estudo visa estudar a estrutura e variabilidade genética desta espécie em três trechos situados no reservatório Capivara, utilizando-se de marcadores RAPD, comparando os dados com aqueles obtidos anteriormente, com o intuito de fornecer informações importantes visando a conservação da espécie. Os locais de coleta, as metodologias de extrações, quantificação e amplificação das amostras obtidas foram realizadas tendo como padrão o projeto anterior. Dos 10 primers selecionados no projeto anterior, 3 foram utilizados no presente trabalho OPA1, OPA10 e OPA12. Os valores de variabilidade genética obtidos através da proporção de locos polimórficos (`P) com uso do critério de 95% para os três trechos foram de 76,00% em Sertanópolis, 76,31% em Porecatu e 83,33% em Cinzas. No projeto anterior os valores encontrados para estas mesmas localidades foram 56,11%, 69,59% e 60,36% respectivamente. A construção dos dendrogramas de similaridade genética mostrou a formação de um único agrupamento para cada uma das localidades, sendo que os valores de similaridade variaram entre 0,50 e 0,81 em Sertanópolis, 0,48 e 0,75 em Cinzas e 0,52 e 0,71 em Porecatu. Podemos inferir que o aumento dos valores de variabilidade genética em relação ao projeto anterior seja resultado da ação de manejo, realizada no período entre os dois projetos, dada pelo fechamento da escada de transposição de peixes do complexo Canoas, localizada a montante da Represa Capivara, já que há indícios de que os peixes realizavam a transposição, mas não conseguiam completar seu ciclo reprodutivo a montante. É possível que os indivíduos de P. maculatus tenham se mantido na represa Capivara fazendo uso dos grandes tributários presentes (Rios Tibagi, Cinzas e Vermelho) para consolidação do ciclo reprodutivo. Além disso, é importante lembrar que este é um trabalho preliminar, e ainda serão realizadas análises com os demais primers, o que dará resultados mais conclusivos para a referida espécie.

Órgão financiador: Duke Energy international.

30 de 104

Page 31: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Caracterização cariotípica em espécies das famílias Hylidae, Leiuperidae e Leptodactylidae provenientes da Mata Atlântica Paranaense.

Cidnei Marschalk1 e Rafael Bueno Noleto1.

1Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras – Praça Cel. Amazonas, Caixa Postal 291, CEP 84600-000, União da Vitória-PR; [email protected].

Palavras-chave: cromossomos; Hypsiboas; Leptodactylus; Physalaemus.

Com a crescente destruição e fragmentação da Mata Atlântica, os anfíbios representam bioindicadores da qualidade ambiental e integridade deste ecossistema, uma vez que sua ocorrência está diretamente relacionada à condição da cobertura vegetal. Espécies das famílias Hylidae, Leiuperidae e Leptodactylidae são comumente registradas em trabalhos de inventariamento no Paraná, no entanto em relação a marcadores genéticos, os três grupos mostram uma escassez de informações. No presente estudo foram analisados os cariótipos de três espécies: Hypsiboas bischoffi (Hylidae), Physalaemus olfersii (Leiuperidae) e Leptodactylus notoaktites (Leptodactylidae) todas coletadas na Floresta Atlântica paranaense. Além de coloração convencional, os usuais bandamento C e coloração com nitrato de prata também foram realizados. Quanto à macroestrutura cariotípica, embora todas as espécies mostraram cariótipos compostos somente de cromossomos metacêntricos e submetacêntricos, H. bischoffi apresentou 2n=24 cromossomos (NF=48), enquanto que P. olfersii e L. notoaktites apresentaram 2n=22 (NF=44). Bandas C, sobretudo nas regiões centroméricas, foram observadas nas três espécies, da mesma forma que um par de Regiões Organizadoras de Nucléolo (Ag-RONs). Porém quanto a este último marcador, em H. bischoffi ele foi observado em região telomérica de pequenos cromossomos metacêntricos e em P. olfersii e L. notoaktites sobre o braço curto de cromossomos submetacêntricos. Os dados obtidos neste estudo são relevantes para abordagens citotaxonômicas e evolutivas dos grupos, e frente aos altos níveis de biodiversidade e endemismo da Floresta Atlântica, a ampliação do conhecimento das espécies que a habitam é fundamental para ações visando a conservação.

Órgão financiador: Fundação Araucária.

31 de 104

Page 32: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Alterações na expressão das esterases em Larvas de Diatraea Saccharalis Fabr. (Lepidoptera: Crambidae) após Contaminação com o organofosforado Malathion.

Denise Alves Lopes1, Maria Claudia C. R. Takasusuki1, Aline R. Bronzato1, Ana Lúcia P. B. Stuchi1, Juliana B. Ruiz1, Juliana M. Magro1, Liriana Belizário Cantagalli1, Simone A. Santos1, Tatiane Vicente Baitala1.1Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Biologia Celular e Genética, Maringá-PR, Brasil. [email protected].

Palavras-chave: broca da cana, doses subletais, isoenzimas, Organofosforados.

Devido à importância econômica de D. saccharalis, principal inseto praga da cana-de-açúcar. O controle químico e biológico desse inseto é realizado quando é detectada no campo uma infestação a partir de 3%. Faz mais de 30 anos que os dois tipos de controle são realizados. Existe grande possibilidade de se obter linhagens de broca resistentes a inseticidas. As alterações na expressão de isoenzimas e que poderiam estar relacionadas com o desenvolvimento de mecanismos de resistência desses insetos, podendo se tornar ferramentas úteis para o entendimento desses mecanismos. O objetivo desse estudo foi de realizar as alterações na atividade relativa das esterases presentes em larvas de D. saccharalis após contaminação com doses subletais do organofosforado Malahtion. As larvas de D. saccharalis foram mantidas em laboratório de criação de insetos do Departamento de Biologia Celular e Genética – Universidade Estadual de Maringá, sob temperatura de 25 ± 1°C, fotoperíodo de 12h, umidade relativa de 70% e dieta artificial. Os bioensaios foram montados com larvas do segundo ao quinto instar com diferentes concentrações subletais de malathion. Cada bioensaio era composto de três repetições e um controle. Os testes foram realizados separadamente para cada idade larval nas seguintes concentrações do inseticida: 0,8%, 0,6%, 0,4%, 0,2%, 0,1% e 0,025%. Os experimentos foram montados em placas de Petri de 20 cm de diâmetro contendo papel de filtro embebido com 1,5 mL de solução com inseticida e dieta artificial. Em cada placa de Petri foram colocadas 25 larvas e mantidas 24 horas em ambiente controlado. Após esse tempo as larvas sobreviventes foram contadas, sacrificadas e submetidas à eletroforese PAGE para análise das esterases. Houve correlação entre a mortalidade e a concentração do organofosforado malathion em todos os instares avaliados. As análises eletroforéticas de extratos de larvas mostraram que houve inibição parcial das EST-7 (acetilesterase) e EST-8 nas concentrações de 0,6% e 0,4% e inibição total da EST-3 (colinesterase I) em todas as concentrações analisadas. Foi verificada uma diminuição na correlação dose/mortalidade com aumento da idade das larvas, sendo que no quinto instar foi detectado a menor correlação. A inibição parcial das esterases, especialmente a inibição da EST-3 que é uma colinesterase I, mostra que a redução na atividade relativa dessas isoenzimas pode estar associada com mecanismos que poderiam levar broca da cana a apresentar resistência ao malathion. Contudo, serão necessários novos estudos em nível molecular para um melhor entendimento desses mecanismos.

Órgão financiador: Capes.

32 de 104

Page 33: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Polimorfismos de RAPD da broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis (Fabr.) (Lepidoptera: Crambidae).

Denise Alves Lopes1, Maria Claudia C. R. Takasusuki1, Aline R. Bronzato1, Ana Lúcia P. B. Stuchi1, Juliana B. Ruiz1, Juliana M. Magro1, Liriana Belizário Cantagalli1, Simone A. Santos1, Tatiane Vicente Baitala, Claudete Aparecida Mangolin1.1Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Biologia Celular e Genética, Maringá-PR, Brasil. [email protected].

Palavras-chaves: marcadores moleculares, controle integrado, genética de populações.

As brocas do gênero Diatraea, como a D. saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) são consideradas como as principais pragas da cana-de-açúcar, estando distribuídas em todas as regiões canavieiras do país. A espécie D. saccharalis é encontrada em todo o Brasil infestando várias gramíneas e provocando, perdas econômicas. Em países latinos americanos, o controle integrado é o método mais comum de conter esta praga. Embora não tenha informações sobre a estrutura genética de populações de D. saccharalis, a análise da variabilidade genética é especialmente importante para o bem sucedido programa de controle de pragas em larga escala e, baseado nisto o objetivo desse trabalho foi o estudo da genética de populações por meio de marcadores RAPD em D. saccharalis. As amostras foram coletadas em quatro regiões do estado do Paraná (Paranacity, Engenheiro Beltrão, Tapejara e Centenário do Sul), e uma do estado de São Paulo (Itororó do Paranapanema). Para as análises RAPD foram realizados testes com 80 primers aleatórios desenvolvidos pela Operon Technologies Inc - Alameda, CA, USA, dos quais 12 foram amplificados. Um total de 216 fragmentos foram produzidos, com 99, 54% de polimorfismo. O índice de Shannon foi em média 0,3797 (± 0, 1729), e o valor médio encontrado do GST nas cinco populações foi de 0,0909 mostrando que as populações não estão diferenciadas e pode estar ocorrendo fluxo gênico entre elas. Os resultados obtidos mostram que deve estar ocorrendo contato entre os adultos das populações analisadas e que esse fato pode estar levando a hibridação entre essas populações. Tal fato pode levar a ocorrência de resistência cruzada aos inseticidas empregados no controle da broca da cana-de-açúcar. Assim, seria importante que nos programas de controle integrado fosse realizada periodicamente análise da variabilidade genética das D. saccharalis presentes nas diferentes localidades, para um melhor manejo e controle dessa praga.

Órgão financiador: Capes

33 de 104

Page 34: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise genética de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (Osteichthyes, Cichlidae) coletados no ribeirão do Penacho, bacia do Rio das Cinzas – PR.

Dhiego Gomes Ferreira2, Carlos Eduardo Delfino Vieira1, Alexandro Derly Augusto Costa1, Wilson Frantine da Silva1, Mayara da Silva Almeida1, Amanda Delmiro Soares1, Sandremir de Carvalho3, Bruno Ambrozio Galindo4.1 Ciências Biológicas da UENP – Campus Cornélio Procópio; [email protected].

Palavras-chave: RAPD, Geophagus brasiliensis, Ribeirão do Penacho, Rio Laranjinha.

O Ribeirão do Penacho, importante tributário da margem direita do Rio Laranjinha, Bacia do Rio das Cinzas, localiza-se no município de Ribeirão do Pinhal, e se estende por aproximadamente 22 km. A compreensão de como as espécies de peixes estão geneticamente organizadas ao longo de uma bacia hidrográfica é de estrema importância para sua conservação. Geophagus brasiliensis, popularmente denominado como acará, não é migrador, possui fecundação externa, apresenta cuidado parental. Este trabalho tem como objetivo analisar a variabilidade e a estrutura genética de cinco populações de G. brasiliensis coletados ao longo do Ribeirão. Foram utilizadas 75 amostras, sendo 15 de cada ponto. O DNA genômico foi obtido a partir da musculatura, utilizando-se o protocolo de extração baseado em NaCl, quantificado em fluorímetro, amplificados pela técnica de PCR-RAPD, e submetidos a eletroforese em gel de agarose a 3v/cm, posteriormente foram analisados quanto à presença ou ausência de bandas. Os aplicativos computacionais TFPGA 1.3 e NTSYS-PC foram empregados para análises dos dados. Foram utilizados 8 primers dos kits OPA, OPD e OPB, os quais produziram 115 locos. A espécie apresentou 33,91% de P neste ribeirão como um todo, analisando cada população observou-se 22,60% (ponto 1), 27,82% (ponto 2), 30,43% (ponto 3), 29,56% (ponto 4), 28,69% (ponto 5). Os valores de identidade e distância genética (Nei,1978) variaram de 0,9940 a 0,9757 e 0,0060 a 0,0246 respectivamente, sendo a maior identidade observada entre os pontos 4 e 5 e a maior distancia entre os pontos 1 e 5. Os valores de q variaram de 0,0477 a 0,1954 indicaram, segundo Wright (1978), haver uma divergência genética variando de pouca a grande , os valores de Nm ( nº de migrantes por geração) variaram de 1,03 a 4,99, sendo os valores mais baixos entre os pontos mais distantes. O dendrograma de similaridade mostrou uma tendência dos pontos mais próximos se agruparem. Os dados acima, evidenciam que há uma tendência de diferenciação e estruturação das populações de G. brasiliensis coletados em pontos mais distantes, e uma menor diferenciação em exemplares coletados em pontos vizinhos. O que pode indicar que esta espécie realiza um pequeno deslocamento dentro deste ribeirão. Também é possível concluir, que a variabilidade “total” encontra-se distribuída ao longo deste. Assim, a conservação de todas as populações ao longo do ribeirão é de extrema importância para que ocorra manutenção de fluxo gênico, ainda que pequeno, e para que toda a diversidade genética da espécie seja preservada.

Órgão financiador: Usiban, IAP e Prefeitura Municipal de Ribeirão do Pinhal.

34 de 104

Page 35: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estrutura cromossômica de duas espécies de peixes elétricos pertencentes à Região Sul do Brasil.

Fábio H. Takagui¹; Nathalia B. Venturelli¹; Angélica Alves de Paula¹, Lucia Giuliano-Caetano¹

¹Departamento de Biologia Geral,Universidade Estadual de Londrina.;[email protected].

Palavras-chaves: eletrolocalização, cromossomos sexuais, bandamentos.

A ordem Gymnotiformes compreende peixes bastante reconhecidos pela capacidade de produzir descargas elétricas que auxiliam na captura de presas, eletrolocalização e comunicação. Os estudos citogenéticos revelam um número diplóide variando de 2n= 24 em Apteronotus albifrons até 2n=54 em Gymnotus carapo, além disso, muitos tipos de sistemas de cromossomos sexuais já foram descritos sendo esta uma característica marcante para esta ordem. Diante dessas considerações, o presente trabalho teve como objetivo analisar as espécies Eigenmania aff. virescens e Brachyhypopomus drago visando contribuir com novas informações sobre a estrutura cariotípica dessas espécies. Foram analisados, por meio de técnicas de coloração convencional e bandamento cromossômico (Banda-C, Ag-RON e CMA3-DAPI), 6 exemplares de Eigenmania aff. Virescens, coletados no ribeirão Três Bocas- Londrina/PR, e 2 exemplares de Brachyhypopomus drago coletados na Lagoa dos Quadros- Capão do Vale/RS. O cariótipo de Eigenmania aff. virescens apresentou 2n=38, com fórmula cariotípica constituída por 4m + 16sm + 18st/a, NF=58. Através do bandamento C, foi possível localizar heterocromatina em regiões pericentroméricas e distais, merecendo destaque um par acrocêntrico portador de um bloco heteromórfico conspícuo. A coloração com fluorocromos base-específicos evidenciou cromossomos marcados em regiões distais, intersticiais, e o bloco heteromórfico apresentou-se GC(+). As RONs foram detectadas em um par acrocêntrico, provavelmente coincidente com a constrição secundária, que também é CMA3(+). Para Brachyhypopomus drago foi observado um cariótipo constituído por 26 cromossomos, com fórmulas cariotípicas distintas entre os sexos, onde o macho apresentou 26 acrocêntricos, NF= 26 e a fêmea 25 acrocêntricos e um metacêntrico, NF= 27, indicando um sistema sexual do tipo ZZ/ZW. Até o momento esse é o menor número diplóide já descrito para a família Hypopomidae. O presente trabalho apresentou dado que deverão ser complementados por meio de um número maior de técnicas de bandamento cromossômico, que permitam entender realmente como está organizada a estrutura cariotípica das espécies estudadas.

Órgão financiador: CNPq , UEL.

IBAMA - 1947869.

35 de 104

Page 36: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Levantamento das características citogenéticas de Loricariichthys anus.

Fábio H. Takagui¹; Natalia B. Venturelli¹; Lucia Giuliano-Caetano¹.

¹Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina; [email protected].

Palavras-chave: cariótipo, heterocromatina, marcadores cromossômicos.

Atualmente, dezoito espécies do gênero Loricariichthys são reconhecidas na América do Sul, habitando rios, lagoas e canais, alimentando-se principalmente de sedimentos, detritos e larvas de insetos. Tendo em vista a escassez de estudos citogenéticos no gênero, esse trabalho tem por objetivo, estudar exemplares de uma população de Loricariichthys anus da bacia do Atlântico Sul. Os sete exemplares coletados na Lagoa Itapeva, foram analisados por meio de técnicas de bandamento cromossômico (banda-C, Ag-RON, coloração com fluorocromos base específicos). O número diplóide encontrado para a população foi de 2n=54, sendo o cariótipo constituído por 8m + 18sm + 28st-a NF= 80. A impregnação por nitrato de prata evidenciou RONs simples intersticiais em cromossomos acrocêntricos, sendo que esse padrão foi confirmado pela FISH com a sonda DNAr 18S. O bandamento-C, evidenciou heterocromatina pericentromérica na maioria dos cromossomos, e associado à NORs, as regiões pericentroméricas apresentaram-se DAPI+, enquanto que a constrição secundária, coincidentes com as RONs, são ricos em bases GC,.Quando comparamos Loricariichythys anus com as demais espécies do gênero já estudadas observa-se um grau de conservação em relação ao número diplóide, distribuição e composição da heterocromatina. Contudo, as fórmulas cariotípicas juntamente com a posição das RONs são características distintas e portanto podem ser considerados como excelentes marcadores cromossômicos para essa espécie do gênero Loricariichthys.

Órgão financiador: CNPQ-UEL.

IBAMA -1947869.

36 de 104

Page 37: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Efeitos do neem em Sitophilus oryzae (L.) (Coleóptera : Curculionidae) criados em diferentes meios.

Fúlvio Zanete Paixão1, Ana Silvia Lapenta1, Adriano Valério da Silva,Aline Ribeiro Bronzato1, Andreya de Oliveira Batista Brito1 e Simone Aparecida dos Santos1.

Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá- Avenida Colombo 5790 J. Universitário, CEP 87020-900, Maringá-PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Sitophilus oryzae, Esterase, Neem.

O caruncho do arroz Sitophilus oryzae é considerada uma das maiores pragas de grãos armazenados. Teve origem na índia, porém se espalhou através das exportações e hoje é considerada uma praga cosmopolita. Além do arroz o Sitophilus oryzae ataca também outros cereais como a aveia, milho, centeio, trigo, etc. Atualmente o principal método de controle desta praga se faz através de inseticidas sintéticos, no entanto o uso inadequado dos mesmos levou ao surgimento de linhagens resistentes, por meio de mecanismos fisiológicos, comportamentais e bioquímicos, sendo que este ultimo mecanismo é realizado por um conjunto de enzimas, tais como as esterases. As carboxilesterases e as colinesterases são duas classes de esterases envolvidas com a resistência aos inseticidas. A acetilcolinesterase, da classe das colinesterase, é uma enzima que atua nos terminais do impulso nervoso do inseto, hidrolizando o neurotransmissor acetilcolina, sendo que alguns tipos de inseticidas podem se ligar covalentemente ao sítio ativo desta enzima causando a morte do inseto. Algumas modificações estruturais no seu sitio ativo podem conferir resistência a estes compostos. O neem, um óleo extraído da arvore indiana Azadirachta indica, atua como um inseticida natural, podendo ser utilizado em culturas orgânicas. O neem apresenta pouca duração no meio ambiente e praticamente não afeta negativamente organismos não alvos. No presente trabalho foram analisadas as esterases de Sitophilus oryzae que foram mantidos em meios de cultura diferenciados contendo trigo, arroz integral e polido e foram submetidos a diferentes concentrações de neem. As esterases foram analisadas usando o método de eletroforese em gel de poliacrilamida. O neem apresentou melhores resultados no trigo, seguido pelo arroz polido e arroz integral. Verificou-se um aumento nas esterases 2 e 3 tanto na geração parental quanto na F1. Foi possível notar aumento da esterase 6 apenas na geração parental. Possivelmente as esterases supracitadas estão relacionadas na detoxicação do neem. Os resultados poderão colaborar com futuros projetos de controles de pragas.

Órgão financiador: CNPq.

37 de 104

Page 38: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estudo citogenético de uma população de Dendropsophus werneri (Anura, Hylidae) da Mata Atlântica paranaense

Igor Soares de Oliveira1, Adriele Karlokoski Cunha1, Rafael Bueno Noleto2, Luís Felipe Toledo3, Marta Margarete Cestari1.1Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná – Rua Coronel Francisco Heráclito dos Santos, 100, Caixa Postal 19071, CEP 81531-990, Curitiba – PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras – Praça Cel. Amazonas, Caixa Postal 291, CEP 84600-000, União da Vitória-PR; 3Museu de Zoologia "Prof. Adão José Cardoso", Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, 13083-970, Campinas, São Paulo, Caixa Postal 6109.

Palavras-chave: Dendropsophus werneri; cariótipo; banda C; RON.

Dendropsophus werneri (Cochran, 1952) é um anuro pertencente à Família Hylidae, Subfamília Hylinae. O gênero Dendropsophus compreende atualmente 91 espécies e uma característica diagnóstica para o gênero é a presença do número cromossômico 2n=30. Dendropsophus werneri pertence ao grupo de Dendropsophus microcephalus e apresenta distribuição no domínio da Mata Atlântica no sudeste e sul do Brasil. Apesar da inestimável importância desse bioma ameaçado e dos anuros que nele vivem, poucos estudos, sobretudo citogenéticos, foram desenvolvidos. No presente trabalho o cariótipo de D. werneri é apresentado pela primeira vez a partir de uma análise preliminar de quatro indivíduos (dois machos e duas fêmeas) da serra do mar paranaense, com o intuito de contribuir para o conhecimento acerca da citogenética desta espécie e do gênero. As metáfases mitóticas foram obtidas através do método direto; a morfologia e o número cromossômico foram determinados pela coloração convencional; as bandas C seguiram o método de Sumner (1972) e as regiões organizadoras de nucléolo (RON) foram obtidas pela impregnação por prata, segundo Howell e Black (1980). Dendropsophus werneri apresenta 2n= 30 cromossomos, com oito pares metacêntricos (3, 7, 9, 10, 11, 13, 14 e 15), cinco submetacêntricos (1, 2, 4, 5 e 6) e dois subtelocêntricos (8 e 12). O bandamento C evidenciou regiões de heterocromatina constitutiva na região pericentromérica de todos os cromossomos. As Ag-RONs foram detectadas na região telomérica do braço longo do par 12 (st). Tanto o padrão de bandas C quanto o da localização das RONs é o mesmo observado em outras espécies do gênero, como D. nanus e D. sanborni, o que sugere que tal estrutura cariotípica seja conservada dentro do grupo, refletindo um íntimo parentesco. Todavia, é importante o emprego de técnicas mais resolutivas a fim de identificar possíveis marcadores cromossômicos para D. werneri. O registro de semelhanças e diferenças cariotípicas entre espécies do mesmo grupo pode revelar homeologias (sejam apomórficas ou plesiomórficas) para o grupo e fundamentar estudos filogenéticos e taxonômicos, os quais são prioritários para conservação de espécies endêmicas de em um bioma tão ameaçado quanto a Mata Atlântica.

Órgão financiador: CAPES, Fapesp.

38 de 104

Page 39: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Citogenética de Imparfinis schubarti (Siliruformes: Heptapteridae) do ribeirão Três Bocas/Londrina/PR.

Juceli Gonzalez Gouveia1, Vivian Patrícia Oliveira de Moraes1 e Ana Lúcia Dias1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina - PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Imparfinis, AgRONs, Cariótipo.

A família Heptapteridae, pertencente à ordem Siluriformes, é composta por aproximadamente 26 gêneros, dentre eles o gênero Imparfinis que compreende cerca de 18 espécies distribuídas pelas nascentes da América Central e áreas tropicais da América do Sul. Seus exemplares são peixes de pequeno porte e com hábitos noturnos, conhecidos popularmente como mandis, bagres ou mandizinhos. Em relação à filogenética da família, Imparfinis corresponde a um dos grupos menos resolvidos por ser um gênero que apresenta pouco estudo na área da citogenética. Devido a ausência de dados sobre a evolução cariotípica desse gênero, o presente estudo teve por objetivo analisar citogeneticamente Imparfinis schubarti do ribeirão Três Bocas, localizado no município de Londrina, Paraná, sendo analisados 6 indivíduos (2 machos e 4 fêmeas). Os cromossomos mitóticos foram obtidos pela técnica de preparação direta, com a retirada do rim posterior, as regiões organizadoras de nucléolos (AgRONs) foram evidenciadas pela técnica de impregnação por nitrato de prata e o padrão de distribuição da heterocromatina foi realizada pela técnica de banda-C. Para observação de regiões ricas em bases GC e AT, foram utilizados os fluorocromos cromomicina A3 e DAPI, respectivamente. Os exemplares apresentaram 2n=58, sendo 30m + 28sm, com número fundamental (NF) igual a 116. Todos os indivíduos analisados apresentaram constrição secundária intersticial no primeiro par de cromossomos metacêntricos que foi coincidente com a AgNOR e também apresentou forte marcação heterocromática. Foram também evidenciadas fracas marcações de heterocromatina nas regiões terminais dos cromossomos de I. schubarti. A coloração com os fluorocromos base específicos apresentou marcação CMA3 positiva e DAPI negativa na região intersticial do primeiro par de cromossomo metacêntrico coincidente com a constrição secundária e com as RONs, demonstrando que essas regiões do DNA de I. schubarti são ricas em bases GC. Os resultados aqui obtidos em Imparfinis schubarti do Ribeirão Três Bocas ainda são preliminares, e a utilização de enzimas de restrição, sondas de DNAr 18S e 5S na continuidade dos estudos citogenéticos desta espécie, contribuirá com mais dados relevantes na tentativa de melhor compreender a estrutura e evolução cariotípica neste grupo de peixes.

Apoio financeiro: Capes.

39 de 104

Page 40: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação da alteração na atividade relativa de isoenzimas em abelhas jataí Tetragonisca angustula Latreille 1811 (Hymenoptera: Meliponinae) após contaminação com inseticidas thiamethoxam e malathion.

Juliana Mosconi Magro1, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi2, Aline Ribeiro Bronzato3, Katlin Fernanda de Araújo4, Rafael Tessaro Coelho5, Simone Aparecida dos Santos6, Vagner Alencar Arnaut de Toledo7 e Maria Cláudia Colla Ruvolo Takasusuki8.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 87020-900, Paraná, Brasil1,3,4,5,6,8; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 87020-900, Paraná, Barsil2,7; [email protected].

Palavras-chave: abelhas sem ferrão, agroquímicos, bioindicadores.

Abelhas jataí possuem grande importância ecológica para os ecossistemas, devido à eficiência como agentes polinizadores, no entanto ao desenvolverem seu trabalho, podem ser afetadas pelos defensivos agrícolas por contato indiretamente ou diretamente através da ingestão de alimentos contaminados. O objetivo deste trabalho foi avaliar a CL50 dos inseticidas thiamethoxam e malathion em abelhas sem ferrão da espécie Tetragonisca angustula, e possíveis alterações na atividade relativa das isoenzimas Fosfatase Ácida (ACP), Superóxido Dismutase (SOD) e Anidrase Carbônica (CA) tanto na CL50 quanto em doses subletais, para avaliar a utilização dessas abelhas como bioindicadores de inseticidas. Foram coletadas operárias de vários ninhos na Universidade Estadual de Maringá - Paraná, submetidas a dois bioensaios: mortalidade após contaminação por inseticida por contato e no alimento. Após 24 horas as abelhas sobreviventes foram sacrificadas. Extratos de abdômen foram submetidos à eletroforese de amido de milho penetrose 50. Os valores de CL50 mostraram que a maior toxicidade foi observada na contaminação por contato com o inseticida malathion, na concentração de 0,00315%, e a menor toxicidade foi observada na contaminação por ingestão com o inseticida malathion, 1,33%, no entanto para ambos os inseticidas empregados neste estudo observaram-se a existência de correlação entre o aumento da concentração do inseticida testado e a mortalidade. As análises eletroforéticas mostraram uma inibição parcial da isoenzima CA, quando as abelhas foram contaminadas com inseticida malathion por contato na concentração de 0,002%. Estes resultados apontam a CA, como significante biomarcador da contaminação do inseticida malathion, como também a importância da utilização de T. angustula como bioindicadora da presença de resíduos deste inseticida nos ecossistemas.

40 de 104

Page 41: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Variabilidade cariotípica e análise da heterocromatina e da região organizadora de nucléolos (NORs) em duas espécies do gênero Cichlasoma (Perciformes: Cichlidae).

Larissa Bettin Pires1; Lucia Giuliano-Caetano1 e Ana Lúcia Dias1.1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina - PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chaves: Cichlasoma, bandamento cromossômico.

A família Cichlidae é um dos maiores grupos de teleósteos e um dos mais especiosos da ordem Perciformes, tendo mais de 1.300 espécies de peixes habitando a África, países do Oriente e toda a América. O gênero Cichlasoma, pertencente a subfamília Cichlasomatinae, compreende 41 espécies válidas, mas apenas 12 foram analisadas citogeneticamente. Neste trabalho foram analisados espécimes de Cichlasoma paranaense e Cichlasoma portalegrense, pertencentes ao ribeirão Taquari (afluente do rio Tibagi/PR) e à estação experimental agronômica da UFRGS (Laguna dos Patos/RS), respectivamente. Os exemplares foram submetidos ao estudo cromossômico por meio da coloração convencional (Giemsa), impregnação por nitrato de prata e bandamento-C. A partir da coloração por Giemsa foi possível verificar que as populações analisadas apresentaram 2n=48 cromossomos, com a constituição cariotípica de 4sm+44st/a e NF=52 para C. paranaense e de 2m+12sm+34st-a e NF=62 para C. portalegrense. A impregnação por nitrato de prata detectou um padrão de NORs diferente entre as espécies, sendo NORs simples para C. portalegrense, com marcações no braço curto de um par de cromossomo submetacêntrico; e NORs múltiplas para C. paranaense, variando de 2 a 4 cromossomos do tipo subtelo-acrocêntrico com marcação no braço curto e no braço longo em cada par cromossômico. Em relação ao padrão de banda-C, em ambas as espécies, a heterocromatina mostrou-se distribuída predominantemente nas regiões pericentroméricas na maioria dos cromossomos do complemento e blocos heterocromáticos associados às NORs. Foi possível também verificar uma marcação intersticial, no braço longo de um cromossomo st/a de tamanho grande em C. paranaense. Os dados encontrados para C. portalegrense confirmam o cariótipo mais derivado já proposto por outros autores para a subfamília Cichlasomatinae, por possuir uma maior quantidade de cromossomos do grupo meta-submetacêntrico, sendo este o primeiro relato citogenético desta espécie. Os resultados obtidos ampliam os dados citogenéticos em ciclídeos e demonstram uma variabilidade em relação ao cariótipo e aos padrões de NOR e heterocromatina entre as duas espécies de Cichlasoma aqui analisadas, apesar do número diplóide conservado de 48 cromossomos, tão comum na família Cichlidae.

Órgão financiador: CAPES e Fundação Araucária.

41 de 104

Page 42: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise de cromossomos mitóticos e meióticos de Astyanax jacuhiensis da bacia do rio Tramandaí/RS.

Laura Lahr Lourenço da Silva1, Lucia Giuliano-Caetano1, Ana Lúcia Dias1.1Universidade Estadual de Londrina, Departamento Biologia Geral; [email protected].

A família Characidae consiste de 952 espécies válidas e 400 ainda não descritas, totalizando 1352 espécies. Destas, o gênero Astyanax forma um grupo complexo, e sua identificação tem sido difícil devido à inclusão de várias formas similares. A espécie Astyanax jacuhiensis foi primeiramente descrita como Tetragonopterus jacuhiensis e posteriormente transferida para o gênero Astyanax e considerada sinonímia de A. bimaculatus. Recentemente, os autores se referiram a esta espécie como Astyanax jacuhiensis, conhecida somente na sua localidade-tipo (rio Jacuí/RS), sendo assim endêmica desta região. O presente trabalho teve como objetivo contribuir com dados citogenéticos para essa espécie, sendo 6 exemplares de A. jacuhiensis coletados no rio Maquiné (todos machos) e 5 exemplares coletados na Lagoa dos Quadros (4 machos e 1 fêmea), ambas localidades pertencentes à Bacia Hidrográfica do Tramandaí/RS. Foram empregadas técnicas para obtenção de cromossomos mitóticos e meióticos, impregnação por nitrato de prata para evidenciar as NORs, banda C para observar a distribuição da heterocromatina, fluorocromos cromomicina A3 e DAPI para localizar, respectivamente, regiões ricas em G-C e A-T. Todos os exemplares de A. jacuhiensis apresentaram 2n=50 cromossomos, com diferentes fórmulas cariotípicas entre as localidades: a população do rio Maquiné apresentou 10m+26sm+6st+8a (NF=92) e a da Lagoa dos Quadros 12m+20sm+6st+12a (NF=88). Foi observado um padrão de NOR simples, em ambas populações, podendo ser evidenciada marcação no braço curto de um par de cromossomos acrocêntricos, ocorrendo tanto NORs heteromórficas quanto homomórficas. Entretanto, um individuo macho do rio Maquiné apresentou 3 cromossomos AgNORs. A utilização do fluorocromo CMA3 nas preparações cromossômicas de Astyanax jacuhiensis evidenciou o par acrocêntrico correspondente aos sítios AgNORs, caracterizando-os como ricos em GC, ao passo que o DAPI mostrou-se negativo para essa região, evidenciando se tratar de uma região pobre em AT. A heterocromatina, através da técnica de banda C, mostrou-se fracamente distribuída principalmente em regiões terminais na maioria dos cromossomos. Foram também realizadas análises meióticas em A. jacuhiensis sendo observadas as seguintes fases: espermatogonial com 50 cromossomos, paquíteno e metáfase I com 25 bivalentes, confirmando assim o número diplóide da espécie. O presente estudo mostra alguns dados citogenéticos de A. jacuhiensis da bacia do Tramandaí/RS, indicando que esta espécie possui características cromossômicas comuns a algumas populações de A. altiparanae e A. bimaculatus, sendo que já foi considerada um sinônimo desta última.

Apoio: Fundação Araucária.

42 de 104

Page 43: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estrutura de populações por meio de RAPD em Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 (Hymenoptera, Formicidae).

Liriana B. Cantagalli 1, Ana Lúcia P. B. Stuchi1, Denise A. Lopes1, Juliana B. Ruiz1, Maria Claudia C. R. Takasusuki1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá- Av. Colombo, 5790, Campus sede CEP 87030-121. Maringá – PR; [email protected].

Palavras-chave: Atta sexdens rubropilosa, PCR-RAPD, variabilidade genética.

A variabilidade genética das formigas cortadeiras Atta sexdens rubropilosa, coletadas em Maringá (PR), Ivatuba (PR), Itambé (PR), Presidente Prudente (SP) e Dracena (SP), foi avaliada por meio da técnica PCR-RAPD. Foram utilizados 15 primers da Operon Technologies Inc., Alameda, CA, EUA (OPA-01, OPA-02, OPA-03, OPA-04, OPA-07, OPA-10, OPA-11, OPA-14, OPA-18, OPA-19, OPB-11, OPB-12, OPB-17, OPC-20 e OPM-3) que produziram 148 fragmentos dos quais 123 apresentaram polimorfismo, correspondendo a 83,11%. A estimativa da diversidade genética pelo índice de Shannon foi de 0,3836 e desvio padrão ± 0,2335. Esses valores demonstram alta diversidade genética. O valor de GST (0,2372) indicou que as populações estão moderadamente diferenciadas, porém há acasalamentos entre as populações analisadas. As populações de Ivatuba e Itambé, apesar da pequena distância geográfica (33,8 Km), apresentaram a maior distância genética. Entre Maringá e Ivatuba (42,3 Km) foi estimada a menor distância genética, mostrando que essas populações não possuem barreiras para o cruzamento entre os reprodutores. O elevado valor de polimorfismo 83,11% e a capacidade de cruzamento entre as populações presentes nas regiões estudadas indicam que essa espécie de formiga cortadeira está bem adaptada à região e que deverão ser desenvolvidos programas integrados de controle dessa praga.

43 de 104

Page 44: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Utilização de formigas cortadeiras Acromyrmex niger Smith, 1858 (Hymenoptera; Formicidae) como bioindicadores de resíduos de agrotóxicos.

Liriana B. Cantagalli1, Ana Lúcia P. B. Stuchi1, Denise A. Lopes1, Juliana B. Ruiz1, Maria Claudia C. R. Takasusuki1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá- Av. Colombo, 5790, Campus sede CEP 87030-121. Maringá – PR; [email protected].

Palavras-chave: Acromyrmex niger, esterases, bioindicadores.

Apesar da condição de praga das formigas cortadeiras em agroecossistemas, não se pode negar os benefícios que elas podem trazer em determinadas situações ou ambientes. As formigas cortadeiras do gênero Acromyrmex niger atacam principalmente folhas de hortaliças e frutíferas expondo-se não só aos agroquímicos utilizados para seu controle como também àqueles utilizados no controle de outras pragas. Devido ao potencial bioindicador da qualidade ambiental das formigas e sua frequente exposição aos agrotóxicos, como organofosforados, neonicotinóides e reguladores de crescimento, utilizados no controle de pragas, torna-se necessário o estudo dos efeitos subletais que esses agrotóxicos podem causar. A técnica de eletroforese foi utilizada para o estudo da caracterização bioquímica das isoenzimas esterases, envolvidas no metabolismo de xenobióticos de A. niger, aliada a alterações na expressão das isoenzimas após a contaminação com pesticidas. Acromyrmex niger apresentou 8 regiões de atividade esterásica, as quais foram denominadas de EST-1, EST-2, EST-3, EST-4, EST-5, EST-6, EST-7 e EST-8 de acordo com a mobilidade eletroforética. Quanto à especificidade aos substratos α e β-naftil acetato, as Est-7 e Est-8 são classificadas como α-esterase e as demais αβ esterases. EST-5 é considerada uma enzima do tipo colinesterase II e as demais são carboxilesterases. A análise eletroforética apresentou inibição parcial para todas as esterases submetidas ao contato com malathion nas concentrações 1 x10-3 % e 5 x 10-3%, que pode ser considerado um biomarcador para a presença de resíduos desse inseticida no ambiente. A análise de regressão para o efeito subletal dos pesticidas testados demonstrou correlação entre dose e mortalidade somente para o pesticida neonicotinóide thiametoxam.

44 de 104

Page 45: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Descrição Citogenética de duas populações de Hypsboas bischoffi oriundas da Floresta Atlântica do Paraná.

Gallego, L.F.¹; Oliveira, I.S. ¹; Cunha, A.K.¹; Cestari, M. M.¹

¹Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Departamento de Genética. Centro Politécnico Jardim das Américas 81531-990 – Curitiba, PR – Brasil; Caixa Postal 19071; [email protected].

Palavras chave: Citogenética, Hylidae, Floresta Atlântica.

A família Hylidae possui 3 sub famílias das quais Hylinae é a maior representante possuindo 37 gêneros e 636 espécies, divididas em quatro tribos: Cophomantini, Lophiohylini, Hylini e Dendrospsophini. O gênero Hypsiboas possui 75 espécies de anfíbios dentre elas Hypsiboas bischoffi que pode ser encontrada em toda a porção meridional da Mata Atlântica, desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. É uma espécie de hábitos noturnos e tolerante ao desmatamento, ocorrendo mesmo em borda de mata e ambientes antropizados. Alcança um tamanho de médio a grande (40 a 65 mm de CRC) e apresenta colorações dorsais alaranjada, castanhas ou beges, geralmente com linhas escuras. Embora anfíbios anuros sejam frequentemente considerados um grupo conservador citogenéticamente, (na família Hylidae, um cariótipo básico de 2n = 24 cromossomos morfologicamente semelhantes e nenhum cromossomo sexual diferencial tem sido descrito), estudos mais recentes que incluíram bandas cromossômicas e localização de regiões organizadoras de nucléolos revelaram pequenas modificações inter e intra específicas que se tornaram importantes ferramentas na análise cromossômica comparativa. Neste trabalho, procurou-se descrever e comparar o cariótipo e os padrões de banda C, dupla coloração DAPI/CMA3 e localização das Ag-RONs de duas populações de Hypsiboas bischoffi oríundas da Mata Atlântica do sul do Brasil. Ambas as populações apresentaram 2n=24 (NF=48) sem marcações positivas para heterocromatina. A dupla coloração CMA/DAPI não evidenciou nenhuma região com marcações predominantemente AT ou GC, fato que corroboraria a ausência de bandas heterocromáticas. Apenas um par de regiões organizadoras de nucléolos ativa foi localizada na região pericentromérica do braço longo do par 7. Esses resultados consideram ambas as populações iguais citogeneticamente mas são discrepantes em relação aos cariótipos descritos para populações do Rio Grande do Sul.. Logo pode-se observar que novos padrões citogenéticos tendem a emergir à medida que as técnicas realizadas em hilídeos se aprofundam, principalmente envolvendo novas localidades, trazendo evidências para melhores interpretações a respeito da evolução citogenética do grupo.

Apoio financeiro: CAPES, REUNI.

45 de 104

Page 46: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Mapeamento e composição das regiões repetitivas e heterocromáticas de Gymnotus sylvius e Gymnotus paraguensis.Maelin Silva1, Patrícia Iatskiu1, Vladimir Pavan Margarido2, Roberto Ferreira Artoni3.1Departamento de Biologia, Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras. Praça Coronel Amazonas, s/n Centro. Caixa Postal 291, CEP 84600-000, União da Vitoria – PR – Brasil; 2Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 3Universidade Estadual de Ponta Grossa.; [email protected].

Palavras-chaves: Gymnotus, FISH, Heterocromatina, DNA repetitivas, C0t-1.

Gymnotus sylvius e Gymnotus paraguensis são espécies pertencente a família Gymnotidade, ordem Gymnotiformes, que compreende as espécies de peixes neotropicais conhecidos como peixes elétricos. Sequências de DNA repetitivas podem prover um bom marcador cromossômico para o estudo das espécies. Estas sequências podem estar envolvidas na organização estrutural e funcional do genoma, sendo responsáveis por proporções significativas de variações cariotípicas observadas em muitos grupos. A investigação das sequências que compõem a heterocromatina em Gymnotiformes ainda é recente, somente duas espécies dessa ordem possuem sequências repetitivas descritas. No presente trabalho foram isoladas, clonadas e mapeadas sequências de DNA repetitivo de Gymnotus sylvius e Gymnotus paraguensis. Para a extração de DNA foi utilizando o método fenol-clorofórmio. As sondas de DNA repetitivos foram obtidas utilizando as técnicas de Cot-1 DNA e marcadas por reações de nick translation com digoxigenina. Para o reconhecimento do sinal foi utilizado anti digoxigenina-rodamina. O procedimento de hibridização ocorreu sob condição de alta estringência. Os cromossomos foram contracorados com DAPI em meio de montagem VectashieldAs, sondas com sinais positivos de hibridização tiveram o produto de PCR purificados e clonados com o Kit de clonagem RPN5110 no plasmídeo vetor pMOSBlue Blunt. Para coleta dos dados de sequenciamento foi utilizado o programa Data Collection v1.0.1. As sequências foram alinhadas e editadas pelo programa CLUSTAL W.O dendrograma de agrupamento entre as sequências isoladas por C0t-1 foi realizado com o programa computacional v. 4.0b10. As espécies de Gymnotus aqui estudadas revelaram heterocromatina localizada na região pericentromérica da maioria dos cromossomos. Os fragmentos isolados por C0t-1 mostraram tamanho entre 100 e 300pb, apresentando marcação em região pericentromérica de todos os cromossomos das duas espécies estudadas, a excessão dos pares cromossômicos 16 e 17 em G. Sylvius. A hibridização das sequências isoladas de uma espécie em outra não revelou sinais fluorescentes de hibridação. Ao ser gerado um dendograma de agrupamento pelo metodo de parcimonia, as sequências de G. sylvius foram agrupadas em um único ramo, e as obtidas de G. paraguensis ficaram isoladas em dois outros ramos. As espécies analisadas no presente trabalho mostraram padrão espécie-específico das sequências repetitivas que estão presentes na região ao redor do centrômero. Embora a localização da hetrocromatina seja extremamente conservada nestas espécies, a composição desta região pode ser considerada um importante marcador evolutivo e para a citotaxonomia do grupo.

Órgão financiador: Capes, Fundação Araucária, UEPG.

46 de 104

Page 47: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estudos citogenéticos preliminares em Neoplecostomus yapo e Pareiorhaphis hypselurus (Loricariidae, Neoplecostominae).

Marceléia Rubert1, Renata da Rosa2, Lucia Giuliano-Caetano2 e Orlando Moreira Filho1.1Departamento de Genética e Evolução, Universidade Federal de São Carlos – Rod. Washington Luis, km 235, CEP 13565-905, São Carlos-SP, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina, Rod. Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-970, Londrina-PR, Brasil.

Palavras-chave: Neoplecostomus, Pareiorhaphis, citogenética.

A subfamília Neoplecostominae pertence à família Loricariidae e é composta por sete gêneros e 33 espécies. São peixes de pequeno a médio porte, e geralmente são caracterizadas por apresentarem na maioria das espécies placas ósseas na região do abdômen. Apresentam uma ampla distribuição, podendo ser encontrados na maioria dos rios brasileiros. Considerando o elevado número de loricarídeos, o número de espécies cariotipadas ainda é muito escasso e muitas vezes se restringem a poucas espécies de um único gênero, além disso, a taxonomia do grupo ainda é muito confusa e vem sendo constantemente revisada, para isso, os estudos citogenéticos podem ser utilizados como uma ferramenta adicional nos estudos sistemáticos do grupo. Foram analisadas duas espécies pertencentes à subfamília Neoplecostominae: Neoplecostomus yapo, coletada no ribeirão dos Apertados (Mata dos Godoy), município de Londrina-PR e rio Água do Oito, município de Califórnia-PR, e Pareiorhaphis hypselurus, coletada no rio Maquiné- RS, ambas foram analisadas através da coloração por Giemsa, impregnação por nitrato de prata e bandamento-C. Na análise por Giemsa ambas as espécies apresentaram 2n = 54, porém, com 20m+20sm+14st-a para P. hypselurus, com presença de constrição secundária na região intersticial do braço longo do 11º par; e 22m+20sm+12st-a para N. yapo, com a presença de constrição secundária na região intersticial do braço longo do 12º par. A impregnação por nitrato de prata detectou RONs simples para as duas espécies, porém localizadas em pares cromossômicos diferentes, provavelmente correspondentes aos pares portadores das contrições secundárias, 11º e 12º, respectivamente. Quanto à distribuição da heterocromatina, em P. hypselurus está presente na região pericentromérica de um par submetacêntrico e associada às RONs e para N. yapo as bandas positivas estão localizadas na região pericentromérica de um par st-a e no par 12, provavelmente associada às RONs. Com os dados obtidos até o presente momento, podemos corroborar a literatura que considera a subfamília Neoplecostominae como um grupo conservado dentro da família Loricariidae, no que diz respeito ao número diplóide, RONs e padrão de bandamento-C, sendo observada apenas variação na fórmula cariotípica entre as espécies, sugerindo que a evolução cariotípica deve-se principalmente a rearranjos cromossômicos do tipo inversão pericêntrica ou translocação.

Órgão Financiador: CAPES.

47 de 104

Page 48: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Resultados preliminares da diversidade genética de Atherinella brasiliensis da costa brasileira, através da região D-loop do DNA mitocondrial.

Maria Cristina da Silva Cortinhas1, Daniele Aparecida Matoso1, Rafael Bueno Noleto1, Wanessa Ramsdorf1, Talge Aiex Boni2, Alberto José Prioli2, Marta Margarete Cestari1.1Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico – Jardim das Américas, Caixa Postal 19071, CEP 81531-990, Curitiba-PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Biologia Celular e Genética/Nupélia, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo 5790, CEP 87020-900, Maringá-PR, Brasil.

Palavras-chave: Atherinella, diversidade genética, DNA mitocondrial.

A espécie Atherinella brasiliensis pertence à ordem Atheriniformes e família Atherinopsidae. Devido a sua abundância e constância em ambientes estuarinos, é utilizado como fonte complementar de renda e alimentar para os pescadores locais. Estudos recentes, com o marcador de RAPD em peixes de sete localidades da costa brasileira, sugeriram a existência de quatro diferentes populações. Para detectar a variabilidade genética e estruturação populacional dos exemplares, e confirmar os dados obtidos anteriormente através do marcador RAPD, foi realizado o sequenciamento da região D-loop do DNA mitocondrial. Em peixes, a região controle é altamente variável sendo indicada para estudos de variação intraespecífica ou genética populacional. Após a amplificação e sequenciamento, as sequências foram alinhadas e editadas usando o programa CLUSTAL W implementado no programa BIOEDIT e analisadas pelo método de Neighbour-joining através do programa MEGA 3.0. A confiabilidade dos nós internos foi testada pelo método de bootstrap utilizando-se 1000 réplicas. O programa ARLEQUIN 2000 foi utilizado para estimar a estruturação genética entre os exemplares das diferentes localidades analisadas. Os resultados obtidos, embora preliminares, sugerem a existência de quatro diferentes populações sendo a população 1 formada pelos exemplares de Pontal do Sul e Laranjeiras (PR), Lagoa da Conceição (SC) e Lagoa dos Patos (RS). A população 2 pelos exemplares da Lagoa do Camacho (SC), com uma alta diferenciação e estruturação genética em relação às demais. A população 3 pelos exemplares da Lagoa de Carapebus (RJ) e a população 4 pelos da Barra Grande de Camamú (BA). Sugere-se que a alta diferenciação genética encontrada entre os exemplares do Rio de Janeiro e da Bahia em relação às demais, seja devido à distância geográfica e pelo fato desta espécie não realizar migração horizontal. Porém, a alta diferenciação e estruturação genética encontrada entre os exemplares da Lagoa do Camacho (SC) em relação aos das localidades mais próximas (Lagoa dos Patos – RS e Baía de Paranaguá – PR) sugere que a diferenciação genética não está diretamente relacionada à distância geográfica, mas sim, às condições ambientais. O conhecimento da variabilidade genética é de fundamental importância para se entender como a diversidade está distribuída e para que medidas possam ser tomadas para a preservação desta espécie.

Órgão financiador: CNPq.

48 de 104

Page 49: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Contribuição citogenética à análise de duas espécies do gênero Astyanax da bacia do rio Uruguai.

Natalia B. Venturelli¹, Vanessa F. de Freitas¹, Alberto Fenocchio², Ana Cláudia Swarça³.

¹Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina; ²Departamento de Genética, Universidad Nacional de Misiones, Argentina; ³Departamento de Histologia, Universidade Estadual de Londrina; [email protected].

O rio Uruguai é um dos mais importantes na hidrografia do sul do Brasil sendo um manancial inexplorado em relação aos estudos citogenéticos da fauna íctia. Vários levantamentos foram realizados para determinar o número de espécies pertencentes a este rio, e entre estas foram identificadas algumas do gênero Astyanax. Este gênero é um do mais especioso dentre os peixes Neotropicais, com ampla distribuição geográfica e com difícil identificação devida à semelhança morfológica entre as diferentes espécies. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar citogeneticamente, pela primeira vez, duas espécies de Astyanax pertencentes a dois afluentes do rio Uruguai. Astyanax. sp1, que foi coletado no Arroyo Paraíso (El Soberbio, Misiones, Argentina) e Astyanax ojiara coletado no Arroyo Chimiray (Azara, Misiones, Argentina). Para a análise citogenética dos espécimes foram utilizadas coloração convencional e técnicas de bandamento C e Ag-NOR. Ambas as espécies apresentaram 2n=50 cromossomos, sendo a fórmula cariotípica de Astyanax. sp1 8m+20sm+22st-a (NF=78) e de A. ojiara 10m+18sm+6st+16a (NF=78). Quanto ao bandamento C, foram evidenciadas regiões heterocromáticas nos telômeros de alguns cromossomos acrocêntricos e em algumas regiões pericentroméricas em Astyanax. sp1 e na região terminal de um par de acrocêntricos em A. ojiara. As Ag-NORs encontram-se distribuídas no braço curto de um par de submetacêntrico de tamanho médio, no braço curto de um par submetacêntrico de tamanho pequeno e na posição terminal de um par de acrocêntricos. Foi detectado um sistema de NORs múltiplas em Astyanax. sp1, já em A. ojiara essas regiões são simples, ocupando a região terminal de um par de acrocêntricos, coincidindo com a Banda C positiva. Os dados obtidos ampliaram os resultados cariotípicos disponíveis no gênero Astyanax, sendo descritas citogeneticamente pela primeira vez estas espécies pertencentes à Bacia do rio Uruguai.

Apoio Financeiro: Fundação Araucária e PROIC-UEL.

49 de 104

Page 50: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estudos cromossômicos preliminares em Oligosarcus robustus (Characidae) da Lagoa dos Quadros – RS.

Patricia Canteri de Souza1, Angélica Rossotti dos Santos1, Lucia Giuliano-Caetano1 e Ana Lúcia Dias1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: citogenética; heterocromatina; RONs.

A família Characidae é a mais especiosa dentro da ordem Characiformes, compreendendo peixes de pequeno a grande porte, composta por 1352 espécies, das quais 952 são válidas e 400 ainda não foram descritas. Ela tem uma ampla distribuição por toda a região Neotropical. O gênero Oligosarcus, objeto do presente estudo, pertence à família Characidae e, no Brasil, atualmente existem, aproximadamente, 15 espécies descritas deste gênero, sendo poucos os estudos citogenéticos neste grupo de peixes. No presente trabalho foram analisados 4 indivíduos de Oligosarcus robustus (sendo uma fêmea e três de sexo indefinido), coletados na lagoa dos Quadros/RS. Os cromossomos mitóticos foram obtidos através de preparação direta com retirada dos rins anteriores, as regiões heterocromáticas foram visualizadas a partir da técnica de banda C, com banhos em ácido clorídrico, hidróxido de bário e solução salina 2XSSC e as regiões organizadoras de nucléolo (RONs) foram evidenciadas pela técnica de impregnação por nitrato de prata. Todos os indivíduos apresentaram 2n=50 distribuídos em 6 cromossomos metacêntricos, 14 submetacêntricos e 30 subtelo-acrocêntricos. Este número diplóide parece ser característico do gênero, sendo observadas diferenças na fórmula cariotípica, entre as espécies e populações já estudadas de Oligosarcus. A heterocromatina apresentou-se distribuída em alguns cromossomos acrocêntricos e em um cromossomo do primeiro par metacêntrico, na região terminal do braço longo. As RONs foram observadas em até cinco cromossomos com variações quanto a localização e os tipos cromossômicos. Sistema de RONs múltiplas também já foi observado em outras espécies de Oligosarcus. Estes são os primeiros estudos citogenéticos em Oligosarcus robustus, sendo ainda preliminares, portanto se faz necessário uma ampliação no número de indivíduos analisados, para uma melhor caracterização cariotípica deste grupo de peixes.

Apoio Financeiro: Fundação Araucária, Capes.

50 de 104

Page 51: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise genética de duas populações de Steindachnerina insculpta coletados à montante e a jusante de uma barragem no rio Laranjinha, bacia do Rio das Cinzas – PR.

Raul Henrique Cardoso Nascimento1, Carlos Eduardo Delfino Vieira1, Alexandro Derly Augusto Costa1, Wilson Frantine da Silva1, Dhiego Gomes Ferreira1, Sandremir de Carvalho1, Bruno Ambrozio Galindo1; 1 Ciências Biológicas, UENP – Campus Cornélio Procópio. [email protected].

Palavras-chave: Steindachnerina insculpta, barragem, Rio Laranjinha e RAPD.

O Rio Laranjinha, principal afluente da margem esquerda do Rio das Cinzas, Bacia do Rio Paranapanema, sofre a interferência de um barragem dentro do município de Ribeirão do Pinhal, proveniente de uma Pequena Central Hidrelétrica construída e inativada a mais de cinquenta anos. Atualmente estuda-se a eficiência de uma escada de transposição inaugurada em 2006. A inserção de barragens acarreta impactos sobre a fauna e flora, interceptando rotas migratórias, fragmentando populações e alterando o fluxo gênico. Os marcadores de RAPD têm se mostrado eficientes para a identificação, diversidade, similaridade e estrutura gênica de populações naturais. Este trabalho tem como objetivo analisar a variabilidade e a estruturação genética das populações de Steindachnerina insculpta coletados à montante (M) e a jusante (J) da barragem. Foram utilizadas 43 amostras, sendo 21 da montante e 22 da jusante. O DNA genômico foi obtido a partir da musculatura, utilizando-se o protocolo de extração baseado em NaCl, e quantificado em um fluorímetro. As amostras foram amplificadas pela técnica de PCR-RAPD, e os aplicativos computacionais TFPGA 1.3 e NTSYS-PC, foram empregados para análises dos dados. Foram utilizados 14 primers dos kits OPA, OPB, OPD, OPL, OPO e OPW, os quais produziram 163 locos. Os resultados revelaram os seguintes valores de P para as duas populações: 46,62% (M) e 47,23% (J). O valor de similaridade genética foi de 0,9887. O valor de distância genética foi de 0,0113. O valor obtido de q (0,0518) indicou, segundo Wright (1978), haver moderada diferenciação genética. O valor de Nm foi de 4,58, indicando um alto fluxo gênico entre os indivíduos dos diferentes populações. O dendrograma de similaridade mostrou haver uma tendência dos indivíduos pertencentes a cada local de coleta se agruparem. Podemos notar que apesar de haver uma tendência de estruturação genética entre as populações, ainda existe uma grande similaridade genética entre as mesmas, assim, algumas hipóteses podem ser levantadas, como a de que o tempo de isolamento de aproximadamente 50 anos ainda não foi suficiente para provocar uma severa diferenciação genética, também podemos inferir, que as populações não se encontram totalmente isoladas e têm mantido de alguma forma fluxo gênico, ainda, podemos considerar a possibilidade de utilização da escada de transposição desde a sua construção. Outros estudos vêm sendo realizados neste mesmo local com outras espécies e outros marcadores, juntos, estes resultados poderão ajudar a compreender a interferência desta barragem nas populações de peixes.

Apoio: Fundação Araucária, IAP, Prefeitura Municipal de Ribeirão do Pinhal, UENP.

51 de 104

Page 52: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Comportamento dos cromossomos meióticos e mitóticos na família Curimatidae (Characiformes).

Tatiane Ramos Sampaio1, Waleska Gravena2, Lucia Giuliano-Caetano1e Ana Lúcia Dias1.1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina - Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina - PR, Brasil; [email protected]; [email protected]; 2 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus – AM, Brasil.

Palavras-chave: cromossomos meióticos, Curimatidae, cromossomos supranumerários.

A família Curimatidae pertence a ordem Characiformes e possui 8 gêneros com, aproximadamente, 97 espécies de peixes de pequeno a médio porte que estão distribuídos pela região Neotropical. Ocupam ecossistemas de água doce, como riachos de forte correnteza, rios de terras baixas, rios de águas paradas, além de lagos calmos. Somente 36 espécies foram estudadas citogeneticamente, sendo que 30 apresentam número diplóide (2n) de 54 cromossomos e número fundamental (NF) igual a 108. Das 30 espécies, 26 possuem cromossomos meta-submetacêntricos (m-sm). Poucos dados são encontrados sobre o comportamento dos cromossomos meióticos em peixes, sendo necessários para complementar os estudos citogenéticos, como por exemplo, da ocorrência de cromossomo B, situação encontrada em algumas espécies da família Curimatidae. No presente trabalho foram analisadas 6 espécies de curimatídeos: Cyphocharax modestus, C. voga, C. spilotus, C. saladensis, Steindachnerina inscuplta e S. biornata coletadas em diferentes pontos da bacia do rio Tibagi/PR, do Sistema Hidrográfico da Laguna dos Patos/RS e da bacia do rio Tramandaí/RS. Os cromossomos meióticos foram obtidos a partir da retirada dos testículos, os cromossomos mitóticos foram obtidos através da preparação direta com retirada do rim anterior e as regiões organizadoras de nucléolos (NORs) foram evidenciadas pela técnica de impregnação de nitrato de prata. O número diplóide encontrado foi de 54 cromossomos do tipo m-sm e NF igual a 108. A análise das células meióticas nas seis espécies mostrou um número modal de 54 cromossomos nas metáfases espermatogoniais e 27 bivalentes nas fases de paquíteno, diplóteno, metáfase I e metáfase II, sendo possível observar o cromossomo supranumerário, como univalente, na fase de paquíteno em Cyphocharax modestus, Cyphocharax voga, Steindachnerina insculpta e em S. biornata, o qual também foi evidenciado nas células mitóticas das seis espécies analisadas. A impregnação por nitrato de prata evidenciou um padrão de NOR simples, com marcação na região terminal de um par de cromossomos nas seis espécies estudadas. Foi observada constrição secundária em C. saladensis e C. spilotus em posição intersticial, e em C. voga e S. biornata em posição terminal. Os dados meióticos e mitóticos observados neste estudo comprovam a macroestrutura cariotípica conservativa na família Curimatidae e mostram novas ocorrências de cromossomo B em C. voga, C. saladensis e S. biornata demonstrando que a presença deste tipo de cromossomo vem se tornando uma característica marcante deste grupo de peixes.

Apoio: Fundação Araucária, PIBIC-CNPq.

52 de 104

Page 53: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise citogenética de Australoheros kaaygua (Perciformes, Cichlidae) pertencente ao segundo planalto do rio Iguaçu.

Thais Aparecida Dulz1, Joni Marcos Lopes1, Cidnei Marschalk1, Rafael Bueno Noleto1 e Carla Andréia Lorscheider1.1Departamento de Ciências Biológicas, da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV) – Praça Cel. Amazonas s/nº, Caixa Postal 291, CEP 84600-000, União da Vitória – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Australoheros kaaygua, cariótipo, cromossomos.

A família Cichlidae, uma das maiores e mais diversificada da ordem Perciformes, inclui cerca de 1.300 espécies reconhecidas. O gênero Australoheros é um grupo de ciclídeos encontrado no sudeste da América do Sul, sobretudo nas bacias dos Rios Paraná, Paraguay e Uruguay. Em ciclídeos neotropicais destaca-se a alta frequência do 2n=48, embora apresentem cariótipos que variam de 2n=32 a 2n=60 cromossomos. Provenientes do Rio Iguaçu, União da Vitória – PR, exemplares de Australoheros kaaygua foram submetidos à técnicas citogenéticas convencionais, utilizando tanto a impregnação por nitrato de prata (Ag-RONs) quanto o bandamento C para a caracterização do perfil heterocromático desta espécie. Para todos os exemplares analisados foi encontrado o conservado número diplóide de 48 cromossomos, distribuídos em quatro cromossomos submetacêntricos e quarenta e quatro cromossomos subtelo/acrocêntricos (NF=52). O bandamento C evidenciou regiões pericentroméricas na maioria dos cromossomos e RONs simples foram evidenciadas no primeiro par (sm). Frente ao 2n=48 representando uma plesiomorfia para o grupo, a variação no número fundamental indica as inversões pericêntricas como o principal rearranjo cromossômico na origem da diversidade cariotípica observada em ciclídeos. Apesar de preliminares, esta corresponde à primeira descrição cariotípica para esta espécie, além de que tal caracterização terá continuidade com a aplicação da citogenética molecular visando acrescentar dados adicionais para o entendimento e construção de um cenário mais consistente da evolução cromossômica em Cichlidae.

Órgão financiador: IEPS.

53 de 104

Page 54: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise citogenética preliminar em duas espécies de Cichlidae (Gymnogeophagus cf. balzanni e Cichlasoma dimerus) da Bacia do rio Uruguai.

Vanessa F. de Freitas¹; Alberto Fenocchio²; Ana Claudia Swarça³.

¹ Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina; ² Departamento de Genética, Universidad Nacional de Misiones; ³ Departamento de Histologia, Universidade Estadual de Histologia; [email protected].

Palavras- chaves: Citogenética, Cichlidae, Rio Uruguai.

O rio Uruguai é um rio brasileiro que nasce na Serra Geral e que se origina pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, indo desaguar na bacia hidrográfica do Prata, formando assim a fronteira entre a Argentina e Brasil e, mais ao sul, a fronteira entre Argentina e Uruguai. As revisões bibliográficas relacionadas a estudos cromossômicos em peixes pertencentes a este rio mostram que esta área representa um campo praticamente inexplorado com ausência de dados cariotípicos elementares acerca da fauna íctica. No presente trabalho foram analisadas citogeneticamente duas espécies da família Cichlidae, Gymnogeophagus cf. balzanni e Cichlasoma dimerus, ambas coletadas no Arroyo Chimiray (Azara, Misiones, Argentina) pertencente à bacia do Rio Uruguai. Para a análise citogenética dos espécimes foram utilizadas coloração convencional e técnicas de bandamento C e AgNOR. Ambas as espécies apresentaram 2n=48 cromossomos, sendo a fórmula cariotípica de Gymnogeophagus cf. balzanni 6m/sm+42st/a (NF=54) e de Cichlasoma dimerus 4m/sm+44st/a (NF= 52). Com relação à localização da heterocromatina constitutiva, ambas as espécies apresentam as bandas C nas regiões pericentroméricas de todos os cromossomos, sendo esta uma característica comum dentro da família Cichlidae. Já as regiões organizadoras de nucléolo impregnadas por nitrato de prata (AgNORs), em G.cf. balzanii foram detectadas no braço curto de um cromossomo st/a em todas as metáfases analisadas e no primeiro par st/a em uma constrição secundária intersticial, sendo que em algumas metáfases só apresentava um dos homólogos marcados, apresentado portanto uma variação na distribuição da AgNORs para esta espécie. Em C. dimerus as AgNORs foram visualizadas no braço curto de um par de cromossomos st/a grande sendo evidenciado um heteromorfismo de tamanho, mas, a diferencia da anterior, constituindo um sistema de NORs simples. Os dados obtidos ampliaram os resultados cariotípicos disponíveis na família Cichlidae, sendo descritas citogeneticamente pela primeira vez estas espécies pertencentes à Bacia do rio Uruguai.

Órgão financiador: IC-UEL.

54 de 104

Page 55: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Dados cromossômicos preliminares em três populações do gênero Heptapterus (Heptapteridae, Siluriformes).

Vivian Patrícia Oliveira de Moraes1, Juceli Gonzalez Gouveia1, Lucia Giuliano-Caetano1 e Ana Lúcia Dias1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina, CCB, 86051-970, Londrina, Paraná, Brasil, [email protected].

O gênero Heptapterus é constituído por peixes de couro de pequeno porte, pertencente a família Heptapteridae, possuindo aproximadamente 10 espécies. Os dados citogenéticos são quase inexistentes para este grupo de peixes, o que torna necessário mais estudos em relação a este gênero. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi analisar o cariótipo de diferentes espécies de Heptapterus, observar as regiões organizadoras de nucléolos, por meio da impregnação pelo nitrato de prata, e o padrão de distribuição da heterocromatina pela técnica de banda C. Foram analisados sete exemplares de três localidades distintas do Rio Grande do Sul, a saber 3 indivíduos de Heptapterus mustelinus (uma fêmea e dois exemplares de sexo indeterminado), coletados no Arroio Colombo/bacia da Laguna dos Patos, 4 indivíduos de Heptapterus sp., sendo duas fêmeas do Rio Forquetinha/bacia da Laguna dos Patos e duas fêmeas do Rio Maquiné/bacia do rio Tramandaí. Os exemplares de H. mustelinus apresentaram número diplóide igual a 54 cromossomos, organizados em 16m + 4sm + 5st + 2a e NF= 104, já os indivíduos de Heptapterus sp. tanto da população do Rio Forquetinha como para os indivíduos do Rio Maquiné, apresentaram 2n = 58, com fórmula cariotípica 16m + 6sm + 2st + 5a e NF = 106. O número diplóide encontrado nas espécies analisadas neste estudo diferem entre si e também de uma outra espécie deste gênero, H. longicauda (2n = 52), analisada por outros autores, o que pode indicar uma variabilidade cromossômica neste gênero. A heterocromatina apresentou-se distribuída nas regiões terminais e centroméricas da maioria dos cromossomos das três populações analisadas, sendo também observada marcação intersticial em um cromossomo metacêntrico e em um par de cromossomos acrocêntricos na população de H. mustelinus (Arroio) e também em um par de cromossomos acrocêntricos nos indivíduos de Heptapterus sp. provenientes do Rio Forquetinha e do Rio Maquiné, indicando portanto, um padrão similar para as três populações analisadas. A região organizadora de nucléolo (NOR) revelou em todos os indivíduos um padrão de NORs múltiplas, identificando metáfases com 2 a 4 marcações nas regiões terminais tanto do braço longo como do braço curto de cromossomos dos tipos acrocêntrico e metacêntrico. Em relação aos dados da literatura, o mesmo padrão foi observado em H. longicauda. Embora sejam preliminares, os dados aqui apresentados indicam variação no número cromossômico quando comparados aos escassos dados citogenéticos existentes para este gênero, revelando a necessidade de estudos mais detalhados e também realização de outras técnicas citogenéticas para melhor caracterização deste grupo de peixes.

Apoio Financeiro: Capes, Fundação Araucária.

55 de 104

Page 56: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Cromossomo B em um exemplar do gênero Coix coletado em Guarapuava/PR.

Wagner André Fagundes¹, Bruna Saviatto Fagundes1, Paulo Roberto Da Silva1.1Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, Campus CEDETEG - Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03, Vila Carli, CEP 85040-080, Guarapuava – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Citogenética; Meiose, Cromossomos supranumerários.

A análise citogenética de diversos organismos tem revelado a presença de cromossomos supranumerários, também conhecidos como cromossomos B. Estes cromossomos são heterocromáticos e não tem função conhecidas, no entanto há evidencias que estes tem influências nos “fitness” dos indivíduos que os carregam. Estes cromossomos apresentam um padrão de herança não mendeliano. O gênero Coix tem o número de cromossomo básico de x=5, entretanto existem especies que apresentam diferentes níveis de ploidia, variado número cromossômico e presença de cromossomos B. Durante a análise da meiose de exemplares de uma população de Coix sp coletadas na região de Guarapuava, PR, foi observado um exemplar com 10 pares de cromossomos +1 diferenciando dos demais exemplares que apresentavam 10 pares de cromossomos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a análise da microsporogenese em um exemplar do gênero Coix com cromossomo extra . Para as análises citogenéticas foram coletados botões florais de um exemplar de Coix sp no Município de Guarapuava, PR (S25°23'26'' W51°27'15”). O material coletado foi fixado em Carnoy 3:1 por 24 horas, transferido para álcool 70% e mantido sob refrigeração até o momento do preparo das lâminas. As lâminas foram preparadas pela técnica de esmagamento e coradas com Carmim Propiônico 0,5%. A análise das lâminas foi realizada com auxílio de um microscópio ótico de luz branca. Todas as fases da meiose foram avaliadas. Em diacinese foi observada a presença de 10 pares de cromossomos +1, sendo o cromossomo extra sempre deslocado dos demais e com coloração mais intensa. Este comportamento e padrão de coloração são típicos de cromossomos B. A análise das demais fases da meiose revelou que este cromossomo extra apresenta comportamento irregular durante toda a meiose. Em metáfase este não alinha-se com os cromossomos A. Isto leva a formação de micronúcleos em anáfase I e II, telófase I e II e prófase II. Em metáfase II estes cromossomos já estão nos polos da células, isto leva a formação de micronúcleos em fases precoces levando a uma desorganização da miose II. Com base dados observados pode-se concluir que este cromossomo extra apresenta comportamento típico de cromossomos B. A análise mais detalhada da meiose e o teste de viabilidade polínica indicará se este cromossomo extra afeta a fertilidade do exemplar em estudo.

56 de 104

Page 57: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Investigação da prevalência da síndrome de Down e da frequência de suas variantes etiológicas em pacientes atendidos pelo SAG-UEL.

Ana Lívia Carvalho1, Priscilla Cardoso1, Maria Eliane Longhi Barroso1 e Wagner José Martins Paiva1.1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina - PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Síndrome de Down, trissomia, Serviço de Aconselhamento Genético.

A Síndrome de Down (SD) é a aneuploidia cromossômica de maior prevalência entre os nativivos, caracterizada pela presença de um cromossomo 21 extra. Trata-se de uma das causas mais frequentes de comprometimento intelectual e constitui o distúrbio cromossômico mais observado na faixa etária pediátrica. No Brasil estima-se que nasçam aproximadamente 8.000 bebês portadores de SD anualmente. O risco de ocorrência populacional da SD é de aproximadamente 1 em 800 nascimentos, acometendo todos os grupos étnicos sem exceção. Descrita como um dos principais distúrbios autossômicos de significado clínico compatível com a vida, são conhecidas 3 variantes determinantes do cariótipo de um indivíduo afetado – a trissomia livre ou pura do 21, o mosaicismo e a translocação não equilibrada ou não balanceada. Para verificar a prevalência da Síndrome de Down no público atendido pelo Serviço de Aconselhamento Genético (SAG) da Universidade Estadual de Londrina, bem como a frequência das variantes etiológicas dessa população , fez-se um levantamento dos últimos 3 anos sobre os casos atendidos, cujos diagnósticos são obtidos através da “Técnica de cultura em linfócitos humanos” e “Análise microscópica cariotípica convencional e por bandeamento G”. No levantamento observou-se que o serviço assistiu 132 casos no ano de 2007, 109 em 2008 e 81 em 2009. Constatou-se que do nº total de casos em cada ano diagnosticou-se a Síndrome de Down para 26, 9 e 13 indivíduos, respectivamente; todos por trissomia livre, exceto 2 pacientes mosaicos assistidos em 2007. Diante disso, conclui-se a concordância da prevalência encontrada na população da região de Londrina assistida pelo SAG com a descrita na literatura, na qual as variantes dessa anomalia: trissomia livre do 21, translocação não balanceada e mosaicismo correspondem a aproximadamente 95%, 4% e menos de 1%, respectivamente, da população portadora desta afecção genética.

57 de 104

Page 58: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Identificação e determinação da prevalência de aneuploidias na região de Londrina.

Ana Lívia Carvalho1, Priscilla Cardoso1, Maria Eliane Longhi Barroso1 e Wagner José Martins Paiva1.1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina-PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: aneuploidia, prevalência, Serviço de Aconselhamento Genético.

As enfermidades causadas por alterações citogenéticas estão frequentes em 4,5 a 5,9 de 1000 recém-nascidos vivos (0,5%). A investigação das causas e também o conhecimento da incidência desses eventos, inclusive da identificação dos tipos de anomalias mais comuns se faz necessária na medida que com o aconselhamento genético poderá prevenir novos casos. Nesse contexto, o Serviço de Aconselhamento Genético da Universidade Estadual de Londrina caracteriza-se como único no atendimento da 17º Regional de Saúde que compreende 20 municípios localizados no norte do Paraná, na Microrregião do Médio Paranapanema, sediada no município de Londrina. Para pesquisar e determinar a prevalência de anomalias numéricas citogenéticas na região de Londrina, fez-se um levantamento dos últimos 3 anos sobre os casos atendidos, cujos diagnósticos são obtidos através da “Técnica de cultura em linfócitos humanos” e “Análise microscópica cariotípica convencional e por bandeamento G”. Observou-se que dos 132 casos atendidos no ano de 2007, 26 (19,7%) portavam a forma livre da trissomia do 21 exceto 2 que apresentaram o padrão mosaico da síndrome; 3 (2,3%) casos para a Síndrome de Turner (ST), 1 (0,76%) para a Síndrome de Edwards (SE) e 1 (0,76%) para a tetrassomia do X. Em 2008, 109 casos foram atendidos, desses diagnosticou-se 9 (8,25%) casos para a Síndrome de Down (SD) por trissomia pura, 4 (3,7%) para a ST sendo que dessas 2 apresentaram mosaicismo, 1 (0,9%) para a SE e 1 (0,9%) para a trissomia do X. Finalmente em 2009, 81 casos foram atendidos; desses diagnosticou-se 13 (16%) casos para a SD por trissomia livre, 5 (6,2%) casos para a ST sendo 1 desses mosaico e 2 (2,5%) para a SE. Assim sendo, no período e na população estudada, constatou-se a maior prevalência de indivíduos portadores da SD, seguida de pacientes com ST, SE e outros. Essas informações corroboram os dados descritos na literatura, os quais estabelecem a concordância entre os resultados obtidos nesse trabalho com o “ranking” da incidência dessas síndromes na população em geral.

58 de 104

Page 59: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Polimorfismos do promotor de Ficolina-1 estão associados com a susceptibilidade a doença de Chagas.

Angelica Beate Winter Boldt¹; Paola Rosa Luz¹; Andressa Chequin¹; Caroline Grisbach¹; Iara José Taborda de Messias-Reason¹.

¹Laboratório de Imunopatologia Molecular, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná - R. General Carneiro, 181, CEP 80060-900, Curitiba, PR; [email protected].

Palavras-chave: PCR-SSP, doença de Chagas, FCN1, polimorfismo, ficolina.

A doença de Chagas (DC) é causada pela infecção intracelular do Trypanosoma cruzi, tendo insetos triatomíneos como vetores de transmissão. Cerca de 120 milhões de pessoas estão em situação de risco e são estimados 300 mil novos casos anuais, sendo que a maioria abrange as classes sociais menos favorecidas. A forma ‘indeterminada’ (DCI) é caracterizada por pacientes assintomáticos identificados sorologicamente. Uma parte dos indivíduos permanece indefinidamente nessa fase, 27% dos infectados desenvolvem a forma cardíaca da doença (DCC), outros 6% desenvolvem danos digestivos (DCD), e uma pequena percentagem apresenta a forma associada (DCA). Em estudos prévios do nosso grupo, constatou-se que altos níveis da lectina ligante de manose (MBL) estão associados com a gravidade da cardiomiopatia chagásica. Assim como a MBL, a ficolina 1 (FCN-1) apresenta uma alta variabilidade de níveis séricos e inicia a via das lectinas do sistema complemento através do reconhecimento de padrões moleculares associados a patógenos. Para identificar os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) do promotor de FCN1 que estariam envolvidos na susceptibilidade a doença de Chagas, foram genotipados rs2989727 (-1981G>A), rs10120023 (-542G>A) e rs10117466 (-144C>A) utilizando iniciadores de PCR sequência-específicos em 206 pacientes de DC (idade média de 56,5 anos [34-90]; 56% mulheres, 44% homens; 79% euro-brasileiros, 18% afro-brasileiros, 2,5% ameríndios, 0,5% asiático-brasileiros) da região sul do Brasil, sendo 78 DCI, 70 DCC, 19 DCD e 27 DCA (12 indefinidos). O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (HC/UFPR). A interpretação dos haplótipos baseou-se no padrão eletroforético dos fragmentos amplificados. Para a análise estatística, utilizou-se o pacote de programas Arlequin v.3.1. e o teste exato de Fisher. Foram encontrados quatro haplótipos: AAA (-1981A-542A-144A), AAC (-1981A-542A-144C), AGC (-1981A-542G-144A) e GGC (-1981G-542G-144C). A distribuição dos genótipos apresentou-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg. O genótipo AAA/AGC foi mais frequente em DCI do que em DCC (22.7% ou 17/78 em DCI vs. 6.3% ou 4/70 em DCC, P=0,004, OR=0,218 [IC95%=0,069-0,682]). A distribuição haplotípica não apresentou diferenças entre os grupos investigados. Por meio de análise in silico (programa TESS), observou-se que os polimorfismos -542 e -144 poderiam alterar os sítios de ligação de fatores de transcrição, predispondo à infecção pelo T. cruzi. Esta inferência funcional deverá ser abordada em estudos futuros, por meio da dosagem sorológica por ELISA. De forma semelhante a MBL, os resultados levam-nos a ressaltar a importância dos genes do sistema complemento na modulação da susceptibilidade da doença de Chagas.

Órgão financiador: CNPq.

59 de 104

Page 60: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

PCR multiplex sequência-específica revela associação entre haplótipos de MASP2 e a susceptibilidade à Doença de Chagas crônica.

Angelica Beate Winter Boldt¹; Paola Rosa Luz¹; Caroline Grisbach¹; Iara José Taborda de Messias-Reason¹.

¹Laboratório de Imunopatologia Molecular, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná - R. General Carneiro, 181, CEP 80060-900, Curitiba, PR; [email protected].

Palavras-chave: PCR multiplex, PCR-SSP, doença de Chagas, MASP2, polimorfismo.

A doença de Chagas (DC) é causada pela infecção intracelular do Trypanosoma cruzi. Cerca de 120 milhões de pessoas encontra-se sob risco de infecção, sendo estimados 300 mil novos casos anuais, principalmente nas classes sociais menos favorecidas. Uma parte dos pacientes assintomáticos ou ‘indeterminados’ (DCI) permanece indefinidamente nessa fase, porém 27% dos infectados desenvolvem a forma cardíaca da doença (DCC), 6% desenvolvem danos digestivos (DCD), e uma pequena percentagem apresenta a forma associada (DCA). Em estudos prévios do nosso grupo, encontrou-se associação entre altos níveis de lectina ligande de manose (MBL) e a gravidade da cardiomiopatia chagásica. MBL inicia a via das lectinas do sistema complemento através do reconhecimento dos padrões moleculares associados aos patógenos e da ativação da serina protease 2 associada a MBL (MASP-2). Sabe-se que o polimorfismo p.D120G de MASP2 codifica uma molécula não funcional associada com susceptibilidade a doenças infecciosas. Para a avaliação do efeito dos polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) de MASP2 na susceptibilidade a doença de Chagas crônica, investigou-se 177 pacientes chagásicos da região sul do Brasil, sendo 80 DCI (87% euro-brasileiros, 10% afro-brasileiros e 3% ameríndios, com idade média de 54,6 anos [variando de 34-76 anos]) e 97 pacientes crônicos (62 DCC, 14 DCD e 21 DCA; 88% euro-brasileiros, 10% afro-brasileiros e 2% ameríndios, com idade média de 58,4 anos [variando de 37-90 anos]). O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do HC/UFPR. Os SNPs rs7548659 do promotor; p.R99Q e p.P126L do éxon 3; rs17409276 do íntron 8; p.D371Y e p.V377A do éxon 9; p.R439H e rs1782455 no éxon 11 foram genotipados, simultaneamente, através de duas reações de PCR multiplex com iniciadores sequência-específicos (SSPs), além da amplificação por PCR-SSP de p.D120G. A interpretação dos haplótipos baseou-se no padrão eletroforético dos fragmentos amplificados. Para a análise estatística, utilizou-se o pacote de programas Arlequin v.3.1. e o teste exato de Fisher. A distribuição dos genótipos apresentou-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os genótipos sem o haplótipo ARPCYVRT, mas com CDVRC e/ou CDART, foram associados com a cronicidade da DC (P=0,006, OR=10,67 [IC95%=1,3-80,1]). O diplótipo CD (íntron 8 - éxon 9) também foi observado com maior frequência em pacientes DC crônicos (5,6% ou 9/160 vs. 13,9% ou 27/194; P=0,007; OR=2,71 [IC95%=1,24-5,95]). Isto leva-nos a sugerir que MASP-2 possui um papel importante no desenvolvimento crônico da DC, sendo este o primeiro estudo de associação com outros polimorfismos de MASP2, além de p.D120G.

Órgão financiador: CNPq.

60 de 104

Page 61: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Padronização do método de extração de DNA para testes genéticos de Instabilidade de Microssatélite - MSI e KRAS no câncer colorretal.

Graziele Moraes Losso1, Angélica B. W. Boldt1, Roberto da Silveira Moraes1, Iara J. T. Messias-Reason1.1Serviço de Anatomia Patológica – Laboratório de Imunopatologia Molecular. Hospital de Clínicas – HC/ Universidade Federal do Paraná – UFPR, Avenida General Carneiro, 181 CEP 80.060 -900, Curitiba-PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chaves: câncer; colorretal; método; extração.

Estima-se que para o ano de 2020, o número de casos novos anuais de câncer colorretal (CCR) no mundo seja de ordem de 15 milhões, sendo cerca de 60% desses novos casos ocorrerão em países em desenvolvimento. Salienta-se que 1/3 desses novos casos poderiam ter prevenção. No Brasil, o câncer colorretal é o 4º tumor maligno mais frequente em ambos os sexos. A capacidade de se predizer a agressividade biológica e a resposta terapêutica através da análise molecular é de valor inestimável para o tratamento dos pacientes com CCR. Para a dissecação e extração do DNA foram realizadas seis metodologias baseadas em kits comerciais (I Protocolo Kit Wizard Genomic (Promega), II Protocolo Kit Wizard Genomic Promega modificado, III Protocolo Kit Wizard Genomic Promega modificado, IV Protocolo Kit Hexiprep Norgen Biotek, V Protocolo Kit QIAmp® DNA FFPE Tissue Handbook Qiagen, Califórnia, USA, VI Protocolo Kit Hexiprep com Kit Wizard Genomic), onde se avaliou a técnica de melhor relação custo-benefício, considerando a qualidade da purificação, quantidade de DNA extraído e integridade do DNA. As amostras de tecido tumoral para extração de DNA foram obtidas a partir de tecidos fixados em formol e emblocados em parafina, obtidas através de Microcirurgia Endoscopia Transanal (TEM). A área da amostra foi selecionada após revisão por microscopia ótica dos cortes histológicos (corados pelo método hematoxilina-eosina) correspondentes aos blocos, para evitar a coleta de área de gordura ou necrose. O protocolo IV, utilizando-se o kit comercial Hexiprep (Norgen Biotek), apesar de eficiente, de execução simples e adequada para rotina, tornou-se inviável, tendo em vista que o mesmo foi retirado do mercado pelo fabricante. Os protocolos I, II, III e V não atenderam aos padrões adotados. O protocolo VI Kit QIAmp® DNA FFPE Tissue Handbook (Qiagen, Califórnia, USA), foi o que teve melhor relação custo-benefício quanto à praticidade, execução, quantidade de DNA obtido e tamanho de fragmento obtido por PCR. Com a utilização do protocolo VI, obteve-se boa qualidade e concentração do DNA genômico, avaliadas por espectrofotômetro NanoDrop2000 (Thermo Scientific) (213,4ng/µl). A análise do DNA amplificado por PCR demonstrou que o DNA extraído apresenta excelente viabilidade, possibilitando a pesquisa com amostras de CCR parafinadas aplicadas no teste de Instabilidade de Microssatélite – MSI e sequenciamento do gene KRAS.

Órgão financiador: CAPES; CNPq; Programa de Pós-graduação em Medicina – Interna.

61 de 104

Page 62: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise cromossômica em doenças hematológicas.

Lucia Hoffmann1, Roberto Ferreira Artoni1, Everson Augusto Krum2.1 Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética, Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG - Av. Carlos Cavalcanti, 4748, CEP 84030-900, Ponta Grossa - PR, Brasil; [email protected]; 2 Departamento de Análises Clínicas, Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.

Palavras-chave: Leucemia Mielóide, alterações cromossômicas, citogenética.

Alterações cromossômicas são peculiares às leucemias. Muitas neoplasias possuem alterações relacionadas ao conteúdo genômico que envolvem atividade de proto-oncogenes, perda de função de alelos ou mutação dominante de um alelo supressor tumoral. Conforme os resultados de cariótipo, a evolução da doença e associados a outros critérios clínicos, os pacientes são alocados em grupos de prognóstico favorável, intermediário e desfavorável. Com estes parâmetros é possível predizer doentes com maior ou menor possibilidade de atingir êxito terapêutico e acompanhar os doentes para detecção de recaída ou doença residual mínima. Neste trabalho objetivou-se implementar técnicas padronizadas de obtenção e análise em citogenética humana aos pacientes portadores de doenças neoplásicas da região dos municípios da Região de Ponta Grossa, Paraná. Foram utilizadas amostras de medula óssea de pacientes com suspeita ou confirmados como portadores de doenças neoplásicas atendidos no Instituto Sul Paranaense de Oncologia (ISPON), com a devida autorização por Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humano (COEP-UEPG). Para obtenção de cromossomos metafásicos, as amostras de medula foram colocadas em meio de cultura suplementado com soro fetal bovino a 20% RPMI Cultilab®) por 48 horas seguindo a hipotonização em solução de KCL 0,75M, despolarização dos fusos mitóticos com colchicina e fixação das células separadas por centrifugação em fixador Carnoy 3:1. Todas as amostras incubadas responderam positivamente ao protocolo empregado para obtenção de cromossomos. Este é um resultado relevante e animador visto que a medula de pacientes portadores de neoplasias frequentemente não responde adequadamente as preparações cromossômicas, dificultando o diagnóstico clínico. Em adição, as preparações cromossômicas foram submetidas ao tratamento das lâminas para o bandamento G com tripsina (GTG). As seis amostras evidenciaram padrões de bandas longitudinais compatíveis com o padrão para cromossomos humanos e permitiram o diagnóstico de dois casos de Leucemia Mielóide Aguda (AML), diferenciado de outros dois casos de Leucemia Mielóide Crônica (CML) pela presença do cromossomo Philadelphia, t(9,22) nestes últimos. Em dois casos não apresentaram metáfases. Estes resultados reforçam a importância desta modalidade de diagnóstico de neoplasias e iniciam uma etapa de investigação populacional de prevalência desta doença na população do Centro-Sul do Paraná.

62 de 104

Page 63: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Relato de caso: probando com cariótipo 47,XX,+mar atendida pelo Serviço de Aconselhamento Genético.

Priscilla de Freitas Cardoso(1); Maria Eliane Longhi Barroso(1); Ana Lívia Ferreira da Silva(1); Wagner José Martins Paiva(1).1 Serviço de Aconselhamento Genético, Departamento de Biologia Geral, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina.

Palavras-chave: cariótipo; cromossomo marcador; atraso motor e cognitivo.

A.A.R., de 2 anos e 11 meses, foi encaminhada para o Serviço de Aconselhamento Genético com nascimento prematuro (aos 6 meses de gestação) e descrição clínica de atraso motor e cognitivo e hipotonia grave. O cariótipo foi realizado a partir da análise de metáfases pelo método convencional e pelo método de banda G, obtendo o resultado 47,XX,+mar. O cromossomo marcador é um cromossomo muito pequeno para ter sua origem caracterizada por técnicas de bandeamento tradicional, aparecendo em 0,043% dos recém-nascidos. Já foram reportados cromossomos marcadores de todos os pares cromossômicos; no entanto, 80% são de origem acrocêntrica. Devido à grande variabilidade do conteúdo gênico, os fenótipos associados à presença de um cromossomo marcador variam enormemente, desde o considerado normal até indivíduos com características severamente alteradas como deficiência mental, alterações de crescimento, dismorfias e malformações. O cromossomo marcador da paciente em estudo aparenta ser derivado do cromossomo 21, necessitando de estudos de maior acurácia para identificação exata do mesmo.

63 de 104

Page 64: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Doença de von Willebrand: estudo de caso.

Leticia Haraki1 e Nilza Maria Diniz2. 1-Curso de Odontologia – UEL; 2- Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina - PR, Brasil; [email protected] .

Palavras-chave: Doença de von Willebrand, coagulopatia, heredograma, caráter genético.

A doença de von Willebrand (DvW) é uma coagulopatia resultante do distúrbio do fator de vo Willebrand (FvW), sendo entre as doenças hemorrágicas a mais comum. sua prevalência varia de acordo com o enfoque que é dado para a sua avaliação, pois segundo o Manual de diagnóstico e tratamento da doença de von Willebrand do Ministério da Saúde, baseando-se em estudos de triagem populacional, a prevalência oscila entre 0,8 e 2% e, quando são investigados pacientes com sintomas hemorrágicos, a prevalência encontrada é de 30 a 100 casos/1.000.000, que é semelhante à prevalência de hemofilia A. Levando em consideração a prevalência da doença de von Willebrand, o fato de ser subdiagnosticada em grande parte dos casos e o risco que o paciente portador da sua forma mais severa está submetido, o conhecimento da doença é necessário para seu diagnóstico precoce e a construção do heredograma auxilia no mesmo, por apresentar caráter genético. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o heredograma da família de um paciente com doença de von Willebrand e para o mesmo, foi realizada uma entrevista com um membro da família que possui a DvW, utilizando questionário, que se constitui de 9 perguntas para a construção do heredograma, abordando questões sobre problemas de coagulação na família. Com base nas respostas obtidas através da paciente, foi possível a construção do heredograma e, a partir da análise dos resultados, pode-se concluir que o caráter genético da família do probando, portador da Doença de von Willebrand (caracterizada por uma coagulopatia hereditária), estudada neste trabalho é autossômico dominante e tendo em vista que o caráter aparece apenas no núcleo familiar do probando e que seu pai tenha tido problemas de coagulação, pode-se concluir que possivelmente tenha acontecido uma mutação neste indivíduo. São necessários mais estudos para que se possa comprovar a possível mutação ocorrida nesta família. E as seguintes orientações são necessárias: a) o conhecimento da DvW pelos profissionais da saúde, tanto para o seu diagnóstico quanto para o acompanhamento do paciente; b) O hematologista deve sempre ser consultado quando for necessária a prescrição de medicamentos ao paciente portador da doença e ; c) a partir do diagnóstico da DvW recomenda-se o encaminhamento do paciente para um programa de aconselhamento genético.

64 de 104

Page 65: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Isolamento e caracterização morfológica de novas linhagens de Bacillus thuringiensis de amostras de solo da região norte do Paraná.

Ricieto, A.P.S.1, Leonel, L.V.1, Dragalzew, A.C.1, Fazion, F.A.1, Souza, G.M.D de1, Carvalho Filho, C.D.2, Vilas-Bôas, L.A.1, Vilas-Bôas, G. T.1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected]; 2Universidade Federal da Bahia, BA.

Palavras-chave: Bacillus thuringiensis; isolamento; caracterização.

Bacillus thuringiensis são bactérias da família Bacillaceae, Gram-positivas, formadoras de endósporos com esporos na região central ou paracentral. Bactérias desta espécie se caracterizam pela produção, no momento da esporulação, de cristais com ação inseticida. Este bacilo compreende o organismo mais estudado e utilizado como forma de controle biológico para diversas pragas agrícolas bem como vetores de doenças. As principais vantagens do uso do B. thuringiensis é seu amplo espectro de ação inseticida contra dípteros, coleópteros, lepidópteros, alguns nematódeos e protozoários, porém com ação específica e inocuidade a outros organismos, principalmente ao homem, com baixo impacto ambiental. Uma das principais linhas de pesquisa nesta área é a prospecção de novas linhagens com perfis diferentes de ação e com maior potencial biotecnológico. A proposta deste trabalho é, portanto, isolar novas linhagens de B. thuringiensis na região norte do Paraná, caracterização morfológica das colônias e avaliação do conteúdo de genes cry. Foram coletadas 38 amostras de solo que estão sendo avaliadas, das quais 18 % já foram processadas, 31 colônias foram analisadas ao microscópio óptico e 20 novas linhagens foram identificadas como B. thuringiensis com inclusões proteicas com formatos distribuídos entre bipiramidais, circulares, irregulares. O presente trabalho, com resultados parciais, vem contribuir com a ampliação do banco de bactérias entomopatogênicas do Laboratório de Genética e Taxonomia de Bactérias da Universidade Estadual de Londrina. Estas linhagens estão sendo avaliadas quanto a diversidade genética e conteúdo de genes cry. Estes resultados poderão contribuir para futuros projetos de controle biológico de pragas de lavoura e vetores de doenças.

Órgão Financiador: CNPq.

65 de 104

Page 66: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Diversidade genética medida por RAPD de população de Bacillus thuringiensis isolados do Estado do Paraná.

Carvalho-Filho, C. D.2; Leonel, L. V.1; Fazion, F. A. P.1; Dragalzew, A. C.1; Souza, G. M. D.1 ;Vilas-Bôas, L. A.1; Scarpassa, J. A.1; Souza, G. M. D.1; Ricieto, A.P.S. e Vilas-Bôas, G. A.1

1Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR. 2Universidade Federal da Bahia, Salvador/BA, Brasil.

Palavras chave: RAPD, Bacillus thuringiensis, bioinseticida, genes cry.

Bacillus thuringiensis é o microrganismo mais utilizado em programas de controle biológico de insetos pragas de lavoura e vetores de doenças. Esta bactéria produz, no momento da esporulação, cristais compostos por proteínas denominadas Cry que é responsável pela determinação de sua característica entomopatogênica e são codificadas por genes denominados genes cry. São descritos mais de cem tipos diferentes de genes cry com diferentes especificidades e em diferentes sorotipos bacterianos. Marcadores moleculares são utilizados para caracterização genética e correlação com diferentes características. Neste trabalho a técnica de RAPD (Randomly Amplified Polymorphic DNA) foi utilizada para a caracterização genética de 39 linhagens de Bacillus thuringiensis, isolados a partir de solos do Estado do Paraná-Brasil e depositados no banco de linhagens entomopatogênicas do Laboratório de Genética e Taxonomia de Bactéria da UEL. Estes dados foram utilizados para correlação com o perfil de patogenicidade das linhagens e caracterização do banco. O uso de 5 iniciadores aleatórios gerou um perfil de bandas que foi utilizado para construção de uma matriz binária, que possibilitou a construção de um dendograma por neighbor-joining através do “software” Treecon. A análise dos resultados, usando Lactobacillus plantarum como raiz, gerou um dendrograma onde se observam dois grupos bem definidos, denominados: Grupo I e Grupo II. A comparação do perfil obtido com as características da presença de gene cry e dados de bioensaio indicou que linhagens com característica de ação sobre insetos da ordem Diptera e Lepidóptera apresentam prevalência de localização em grupos diferentes. Além disto, pôde-se observar a ausência de linhagens geneticamente idênticas. Estes resultados permitem inferir que o perfil de amplificação com inciadores aleatórios pode auxiliar em programas de prospecção de novos genes e linhagens para aplicação em programa de manejo de pragas de lavoura e vetores de doenças.

Apoio: CNPq e FAPESB -BA.

66 de 104

Page 67: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Caracterização genética e fenotípica de bactérias diazotróficas em simbiose com bracatinga em solos do Paraná.

Diogo Fernando Saturno1, Ana Garcia de Novaes1, Juscélio Donizete Cardoso1, Gisele Milani Lovato1 e Diva Souza Andrade1

1 Laboratório de Microbiologia de Solos, Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR, Rodovia Celso Garcia Cid, Km 375, Três Marcos, CEP 86047-902, Caixa Postal 481, Londrina – Paraná, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Fixação Biológica de Nitrogênio, DNA, BOX- PCR, Mimosa scabrella.

Espécies de bactérias diazotróficas de alguns gêneros, incluindo o Rhizobium, em simbiose com leguminosas arbóreas apresentam a capacidade de fixar biologicamente o nitrogênio atmosférico (FBN) trazendo benefícios ambientais e econômicos. A Mimosa scabrella, conhecida como bracatinga, é uma espécie nativa no sul do Brasil utilizada na conservação de solos. O objetivo desse trabalho foi caracterizar genética e morfo-fisiologicamente isolados de bactérias em simbiose com a bracatinga. Para os isolamentos foram utilizados solos coletados de área sob cultivos de milho, soja, pupunha e, também, solo de mata, em oito municípios do estado do Paraná. As colônias bacterianas foram crescidas em meio de cultura extrato de levedura-manitol-ágar e caracterizadas morfologicamente. Em referência às caracterizações, foi utilizada uma estirpe de Rhizobium sp (SEMIA 6165, FEPAGRO), recomendada para inoculação da bracatinga, O DNA total das bactérias foi amplificado para as regiões repetitivas, através da técnica do BOX-PCR, com uso do primer 5’ GTA CGG CAA GGC GAC GCT GAC G 3’. Para a análise de agrupamento foi utilizada uma matriz binária, com os dados do BOX-PCR pelo método COMPLETE e comparados pelo coeficiente de Jaccard através do programa NTSYS-pc. A caracterização morfológica dos isolados mostrou que, 56% possuem tamanho entre 2 mm a 4 mm, 70% forma circular, 75% textura úmida, 91% produzem goma, 75% possuem elevação. Todas as estirpes apresentaram colônias com a borda e superfície lisas, absorvem corante e são opacas. Em relação ao pH, 61% acidificaram o meio e nenhuma produziu melanina. A partir da construção de um dendrograma com base nas características genotípicas, observou-se a formação de dois grandes grupos com 68% de similaridade. Dentro do grupo I, as estirpes IPRMs-4576, -4580, -4593, -4574 e -4611 agruparam-se com um coeficiente de 100% de similaridade, sendo três estirpes isoladas de solo sob cultivo de milho. Deste grande grupo faz parte à estirpe de Rhizobium sp (SEMIA6165). O grupo II apresentou um número menor de estirpes. No geral, as estirpes isoladas de bracatinga apresentaram alta diversidade sem relação com o histórico da área de origem.

Órgão Financiador: Fundação Araucária e IAPAR.

67 de 104

Page 68: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Identificação de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas ao Girassol por sequenciamento do gene 16S.

Kelly Campos Guerra Pinheiro de Goes1, Artur Kikuchi Bagatin1, Maria Luisa de Castro Fisher1 e André Luiz Martinez de Oliveira1.1Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86061-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras -chave: Bacillus, girassol, sequenciamento.

A importância econômica do girassol, bem como a necessidade de cultivá-lo em diversos ambientes, torna interessante o estudo da sua interação com Bactérias Promotoras do Crescimento Vegetal (BPCV) que auxiliam sua sobrevivência em diferentes condições de solo. BPCV pertencentes aos gêneros Pseudomonas, Bacillus, e Azospirillum têm sido relatadas por promover o crescimento e indução da resistência sistêmica em plantas. Muitas estimulam o crescimento vegetal através da fixação biológica de nitrogênio, da liberação de fitorreguladores ou suprimindo os organismos patogênicos. No presente trabalho foi utilizada a técnica de sequenciamento para identificação taxonômica de espécies de bactérias promotoras do crescimento vegetal associadas à cultura do girassol. Os isolados foram obtidos de amostras da rizosfera, raiz, capítulo e colo das plantas de girassol das cultivares Hélio-251 e Aguará-3. A extração de DNA foi realizada segundo o método de AUSUBEL, 1987, a amplificação das sequências 16S rRNA dos isolados foi realizada com os iniciadores 27F e 778R e a reação de sequenciamento efetuada em sequenciador automático MegaBace 1000. As sequências do gene 16S rRNA obtidas foram submetidas ao coeficiente de similaridade do Ribosomal Database Project e ao algoritmo BLASTN 2.0.6, para o posicionamento taxonômico e identificação da espécie mais provável, respectivamente. O sequenciamento do gene 16S rRNA permitiu classificar a grande maioria dos isolados como pertencente ao gênero Bacillus, compreendendo as espécies B. subtilis, B. cereus, B. thuringiensis, B. pumilus, B. megaterium e Bacillus sp. Somente 3 isolados obtidos foram classificados fora do gênero Bacillus, sendo identificadas como Methylobacterium sp.

Órgãos financiadores: CNPq e Fundação Araucária.

68 de 104

Page 69: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Caracterização molecular de bactérias capazes de colonizar gramíneas em solo paranaense por meio de BOX-PCR.

Luciana Lange Bassani1, Mariangela Hungria2, Maria Berenice Reynaud Steffens3, Vanessa Kava Cordeiro1, Chirlei Glienke1, Angela Cristina Ikeda1, Douglas Adamoski1 e Lygia Vitória Galli Terasawa1.1Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná – Centro Politécnico, Setor de Ciências Biológicas, Caixa Postal 19031, CEP 81531-900, Curitiba – PR, Brasil; [email protected]; 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja, Caixa Postal 231, CEP 86001-970, Londrina – PR, Brasil; 3Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal do Paraná – Centro Politécnico, Setor de Ciências Biológicas, Caixa Postal 19045, CEP 81531-900, Curitiba – PR, Brasil.

Palavras-chave: endofitismo, Zea mays L, bactéria, fixação biológica de nitrogênio.

O endofitismo entre bactérias e plantas pode representar um grande benefício de crescimento, produção e fixação biológica de nitrogênio (FBN) para várias culturas de interesse nacional. Dentre elas destacam-se a soja, o feijoeiro e o milho. O presente trabalho constou do isolamento bacteriano a partir de raízes de um genótipo híbrido de milho (Zea Mays L.) na empresa SEMILIA Genética e Melhoramento Ltda. Foi montada uma coleção de isolados que foram analisados no LabGeM (Departamento de Genética – UFPR). Inicialmente foi realizada a classificação microbiológica, demonstrando variações de elevação, coloração, transparência, bordos, superfície e brilho nas colônias. Foi feita a extração do DNA de toda a coleção e análise molecular por meio de BOX – PCR. O Dendrograma gerado indicou a existência de alta variabilidade genética para a região BOX amplificada. Ocorreu uma tendência de dois grandes agrupamentos, mas eles apresentaram baixo nível de similaridade (menos de 20%). O grau dessa variação precisa ser mais bem investigado por meio de estudos de diversidade, obedecendo a índices de diversidade e de riqueza ACE, bem como posterior sequenciamento, a fim de se obter análise classificatória mais precisa.

Órgão financiador: CNPq.

69 de 104

Page 70: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Esterases e lipases, para análise de variabilidade genética em sementes de Cereus peruvianus mill. (cactaceae), coletadas nas cidades de Picos-PI e Maringá-PR, Brasil.

Maycon Rodrigo Ruiz Bevilaqua1,2, Claudete Aparecida Mangolin1,2, Maria de Fátima Pires da Silva Machado2.1Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada, 2Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5.790 – Jardim Universitário, Maringá-PR, Brasil, CEP 87020-900. [email protected].

Palavras-chave: Cereus peruvianus, isoenzimas, esterases, lipases.

Cereus peruvianus é uma espécie de cactos conhecida no Brasil como mandacaru, cultivada em jardins, e que apresenta também interesse econômico e industrial. As plantas desta espécie produzem alcalóides aminas, ésteres de cera com potencial de aplicação como barreira impermeável e uma goma viscosa com diversas aplicações industriais. O uso das isozimas como marcadores baseia-se na premissa de que diferenças na sua mobilidade em um campo elétrico são resultantes de diferenças nas sequências de DNA que codificam sua sequência de aminoácidos. Os alelos que codificam isozimas têm herança codominante. Dentre as várias isoenzimas utilizadas como marcadores bioquímicos, estão as esterases que são um conjunto de enzimas geneticamente distintas e amplamente distribuídas entre os seres vivos, podendo desempenhar funções diferentes em um organismo e possui em comum, a propriedade de catalisar a hidrólise de ésteres, dentro do grupo das esterases encontram-se as Lipases. No presente trabalho foi analisada a variabilidade genética em sementes de C. peruvianus Mill, coletadas em diferentes localidades nas cidades de Picos-PI e Maringá-PR. Foram estudadas simultaneamente esterases e lipases de sementes secas e embebidas por 24, 48, 72, 96, 120, 144 horas, utilizando eletroforese em gel poliacrilamida a 12%. Dos 14 loci para esterases estudadas anteriormente em plântulas de C. peruvianus as sementes apresentaram somente as esterases codificadas pelos loci Est-2; Est-3; Est-4; Est-5; Est-6; Est-7; Est-8; Est-10; Est-11 e Est-14. Das dez esterases visualizadas em sementes as 5, 6, 7, 8, 10 e 14 foram caracterizadas como lipases, expressando-se tanto para sementes secas e embebidas. As lípases 6, 7, 8, 10 e 14 apresentam-se com menor intensidade no gel quando as sementes foram embebidas por 72 horas, sugerindo que durante este período há diminuição de expressão, mas com 96 horas há novamente a recuperação de todas estas lípases no gel, mantendo-se assim até a embebição por 144 horas. O polimorfismo para lipases de sementes foi observado para os loci 5 e 14, mas a avaliação foi possível somente para o locus 5. Para as sementes coletadas em Maringá este locus apresenta os alelos a e b e para as sementes coletadas em Picos observamos além destes o alelo c. O alelo c presente no locus 5 parece ser específico das sementes coletadas na região da cidade de Picos-PI, demonstrando uma variação genética entre as sementes coletadas nas duas diferentes regiões.

Órgão Financiador: CNPq, Fundação Araucária.

70 de 104

Page 71: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Efeito do óleo de copaíba sobre a germinação de conídios de Metarhizium anisopliae.

Michele Cristina Heck1, Lilian Ávila Viana1, Rosinete Gonçalves Mariucci1 João Alencar Pamphile e Veronica Elisa Pimenta Vicentini1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá – Avenida Colombo, 5790, Bloco H67(11), Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil. [email protected].

Palavras-chave: Mutagênese, Plantas medicinais, Alterações morfológicas.

Ensaios microbianos in vitro têm se mostrado adequados na triagem de compostos e de amostras ambientais, pois são rápidos, sensíveis, econômicos, reprodutíveis, apresentam resultados confiáveis na identificação da atividade biológica, e são recomendados pela comunidade cientifica. A diversidade de compostos biologicamente ativos presentes em plantas medicinais é bem conhecida. Consequentemente, as populações fazem uso dessas plantas, muitas vezes sem conhecimento suficiente para assegurar sua segurança. Por essa razão, é de extrema importância sua avaliação ou de seus derivados, possibilitando um indicativo quanto ao uso seguro desses produtos. O óleo de copaíba, obtido do caule da copaibeira, é amplamente usado na medicina popular, principalmente na região norte do país, como antiinflamatório, antisséptico, para asma, bronquite, inflamações de garganta, pneumonia, sinusite, dermatite, e como expectorante, cicatrizante, anticancerígeno. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos do óleo de copaíba sobre a germinação de conídios de Metarhizium anisopliae in vitro. O óleo de copaíba a 1%, foi solubilizado com Tween 80, e acrescentado, ao meio de cultura, da mesma forma o controle negativo, feito com água, e o controle solvente com agente solubilizante. A análise foi feita em hemocitômetro onde foram analisados 300 conídios por tratamento, amostrados nos tempos: 0, 6, 8, 10, 12 e 24 horas. Os grupos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 X 6, e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott a 5%. De acordo com os resultados obtidos, o óleo de copaíba retardou a germinação no tempo de 8 horas com diferença, estatisticamente significativa, em relação aos controles negativo e solvente, contudo, a partir do tempo de 10 horas de amostragem essa diferença não foi mais verificada. Além disso, não foram encontradas alterações na morfologia dos conídios durante sua germinação. Portanto, nesse sistema teste e concentração, o óleo de copaíba não foi citotóxico nem mutagênico. O estudo do processo germinativo de conídios fúngicos pode agregar novos conhecimentos a processos fundamentais, como a regulação do desenvolvimento celular, e verificar a influência de compostos provenientes de plantas.

71 de 104

Page 72: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Correlação entre os grupos filogenéticos e importantes fatores de virulência de Escherichia coli isoladas de carcaça de frango comercializado.

Paula Signolfi Cyoia1; Meiriele da Silva das Neves1; Marilda Carlos Vidotto2 ; Renata Katsuko Takayama Kobayashi1,2.

1. UEL; Departamento de Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina; Campus Universitário - Cx. Postal 6001 - CEP 86051-990; 2. UEL; Departamento de Medicina Veterinária Preventiva/UEL; Campus Universitário - Cx. Postal 6001 - CEP 86051-990.

Palavras-chave: E. coli extraintestinal; grupos filogenéticos; fatores de virulência.

Escherichia coli são importantes componentes da microbiota do intestino, podendo ser agentes de infecções extraintestinais. Essa E. coli extraintestinal (ExPEC) tem sua fonte de transmissão desconhecida. Sabe-se que amostras de E. coli patogênica para aves (APEC) apresentam fatores de virulência semelhantes a ExPEC, sugerindo risco zoonótico. A patogenicidade das cepas de ExPEC está relacionada com a presença de múltiplos fatores de virulência, envolvidos na adesão bacteriana ao tecido do hospedeiro, resistência bacteriana às defesas imunológicas, produção de sistemas de captação de íons ferro, de hemolisinas e colicinas. Alguns genes foram significantemente associados com ExPEC altamente patogênicas: iutA (aerobactina), hlyF (hemolisina), iss (resistência sérica), iroN (salmoquelina) e ompT . ExPEC também tem sido classificada nos grupos filogenéticos A, B1, B2 e D, pela presença dos genes chuA, yjaA e TSPE4.C2, com prevalência do grupo B2. Neste trabalho foram detectados os grupos filogenéticos e sua correlação com os principais fatores de virulência das amostras de E. coli isoladas de 57 carcaças de frangos comercializados na região de Londrina, Paraná. Tanto os genes envolvidos na patogenicidade quanto os que caracterizam os grupos filogenéticos, foram identificados nas amostras pela reação em cadeia da polimerase (PCR). De cada carcaça foi isolada 1 a 3 colônias, totalizando 80 amostras analisadas. Destas, 28 (35%) pertencem ao grupo A; 12 (15%) ao grupo B1; 17 (21,25%) ao grupo B2; e 23 (28,75%) ao grupo D. A frequência dos fatores de virulência encontrados nas amostras analisadas foram: iut A (68,75%), ompT (45%), iroN (38,75%), iss (27,5%) e hlyF (45%). Dentre o total de amostras, 10% apresentaram todos os fatores de virulência, e 17,5% apresentaram pelo menos quatro deles. As amostras isoladas estão distribuídas em todos os grupos filogenéticos, inclusive no B2, característico de ExPEC. A presença de amostras com elevada frequência de fatores de virulência, alerta para o possível risco zoonótico, sendo transferidos diretamente de aves para humanos.

72 de 104

Page 73: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Obtenção de linhagens monocarióticas de L. edodes consideradas elites para a condução de programa de melhoramento genético para o caráter produção de antimicrobianos.

Rafaela Mie Maesima Cunha¹ e Luzia Doretto Paccola-Meirelles¹.

¹Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Lentinula edodes; melhoramento; antimicrobianos.

Lentinula edodes um basidiomiceto dicariótico, popularmente conhecido como Shiitake, é uma espécie amplamente cultivada para fins alimentares, principalmente em países do extremo oriente, como China e Japão. Diversos microrganismos, como os fungos, são produtores de substâncias de caráter antimicrobiano. Além disso, inúmeros medicamentos são derivados de compostos fúngicos, como imunossupressores, hipocolesterolêmicos, entre outros. O objetivo deste trabalho é iniciar um programa de melhoramento genético para produção de antimicrobiano em L. edodes. Foram avaliados os índices de atividade antimicrobiana para a bactéria gram-positiva Bacillus subtilis em 18 linhagens de L. edodes do Laboratório de Genética de Microrganismos do CCB/UEL. Foram selecionadas três linhagens consideradas boas produtoras de antimicrobianos. O melhoramento genético consistiu inicialmente na obtenção de monocárions recombinantes (obtidos por esporos sexuais) e monocárions originais (obtidos por protoplastização de micélios dicarióticos), e conseguinte cruzamento. Para obtenção do monocárion recombinante, o dicariótico foi cultivado em mistura contendo serragem de eucalipto. Após três meses de cultivo, os basidiocarpos resultantes foram colhidos e seus esporos isolados. Os corpos de frutificação foram desidratados para posterior avaliação de atividade biológica no extrato. Para obtenção dos monocárions originais, foi utilizada a técnica de protoplastização com enzimas líticas, seguido da regeneração e seleção dos monocárions. Os monocárions assim obtidos serão posteriormente cruzados entre si para a obtenção de dicários mais produtivos quanto à produção de antimicrobianos.

Bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

73 de 104

Page 74: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Comportamento meiótico em acessos de Coix coletados em Guarapuava, PR.

Bruna Saviatto Fagundes1, Wagner André Fagundes1, Paulo Roberto Da Silva1.1Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Centro-Oeste –UNICENTRO, Campus CEDETEG - Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03, Vila Carli, CEP 85040-080, Guarapuava – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Microsporogênese; Citogenética; Poaceae.

A família Poaceae é formada por diversos gêneros de importância econômica, dentre estes destacam o gênero Zea, Triticum, Hordeum e Sorghum. O gênero Coix, também pertencente a Família Poaceae, é um gênero que embora não apresente importância econômica, tem despertado interesse entre os pesquisadores. Isto deve-se a semelhança genômica das espécies deste gênero com o genoma de gramíneas cultivadas tais como milho, trigo sorgo e cevada. Devido as estas semelhanças as espécies deste gênero podem ser consideradas como “reservatórios de genes” que poderão, futuramente, serem explorados e incorporados em programas de melhoramento das gramíneas cultivadas. Além da importância genética, as espécies deste gênero tem sido amplamente utilizadas na medicina popular para combater diversas enfermidades. Este gênero é originário da Ásia e encontra-se amplamente distribuído no Continente. Análise citogenética das espécies deste gênero tem identificado plantas com diferentes níveis de ploidia, plantas estéreis e também a presença de cromossomos B. Nenhuma análise citogenética foi feita das espécies de Coix com ocorrência no Brasil. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a análise do comportamento meiótico em acessos de Coix sp coletados em Guarapuava, PR. Para as análises citogenéticas foram coletados botões florais de uma população de Coix sp no município de Guarapuava, PR (S25°23’26’’ W51°27’15’’). O material coletado foi fixado em Carnoy e mantido em álcool 70% sob até o preparo das lâminas. As lâminas foram preparadas pela técnica de esmagamento e coradas com Carmim Propiônico 0,5% e analisadas com auxílio de microscópio ótico. Em todas as fases da microsporogênese foram observado anormalidades. Entre as anormalidades observadas estão cromossomos em ascensão precoce em metáfase I e II, cromossomos retardatários e pontes cromossômicas em anáfase I e II e presença de micronúcleos em telófase I e II. A meiose I apresentou em média 22% de células anormais, no entanto estas anormalidades tenderam a desaparecer, pois o seu produto (prófase II) foi estável com somente 2% de anormalidades. Já a meiose II, com média de 36% de anormalidades, não foi observado este comportamento, pois a tétrades, que é o produto final da meiose II, apresentou 44% de anormalidades. Estes dados indicam que as plantas aqui analisadas apresentam problemas durante a meiose e estes são mais acentuados nas fases da meiose II. Estas anormalidades poderão comprometer a reprodução destes exemplares pois afetam diretamente a viabilidade polínica. A análise mais detalhada deste material permitirá levantar inferências das causas destas anormalidades.

74 de 104

Page 75: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise citogenética em Arachis pintoi.

Carolina Cristina Quintas1, André Luís Laforga Vanzela1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Arachis pintoi, Banda-C CMA3/DAPI, Elementos móveis, FISH.

A família Fabaceae apresenta distribuição cosmopolita e cerca de 18.000 espécies organizadas em aproximadamente 650 gêneros. No Brasil, são encontrados cerca de 180 gêneros e 1.500 espécies. Fabaceae é considerada uma das maiores famílias de Angiospermas e uma das mais importantes do ponto de vista econômico. O gênero Arachis L. pertence a esta família e tem como centro de diversidade o Mato Grosso do Sul, no Brasil. A espécie estudada no presente trabalho, A. pintoi Krapov. & W.C. Gregory (amendoim forrageiro), é utilizada na alimentação de bovinos e ovinos por produzir forragem de boa qualidade, alta capacidade de fixação de nitrogênio e boa tolerância ao sombreamento. A maioria das espécies do gênero é diplóide (2n=20), assim como A. pintoi, entretanto, existem algumas espécies tetraplóides, como A. hypogaea L. (2n=40). No presente trabalho, foi realizada a análise citogenética em A. pintoi, com o emprego de técnicas convencionais, bandamento C-CMA3/DAPI e FISH com DNAr 5S e segmentos de elementos móveis. Os resultados convencionais confirmaram o número cromossômico de 2n=20, mostrando cromossomos do tipo metacêntrico, com tamanho variando entre 2 e 1 µm. O bandeamento cromossômico mostrou predomínio de bandas proximais, com diferenças na ocorrência, tamanho e composição de bases AT ou GC. Foram encontradas bandas centroméricas DAPI+ em dez dos vinte cromossomos. Outra característica que chamou a atenção foi a ocorrência de um par fortemente marcado por DAPI. Os blocos CMA3

+ foram encontrados em dois pares cromossômicos, sendo o primeiro par próximo ao centrômero e adjacente a uma banda DAPI, e o segundo par próximo na ponta do cromossomo. A FISH com sonda de DNAr 5S revelou 4 sinais. Fragmentos de DNA repetitivos isolados por PCR e marcados com biotina, foram utilizados como sonda na FISH. Esses fragmentos foram distribuídos de maneira dispersa, com sinais ao longo dos cromossomos. Porém, algumas regiões apareceram visivelmente organizadas em blocos. Esses resultados poderão subsidiar estudos de citogenética comparativa para entender a relação do genoma do tipo CC no gênero, bem como o papel dos elementos móveis na organização desse genoma.

Órgão financiador: Bolsista CAPES.

75 de 104

Page 76: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estudo citogenético em espécies de Rhynchospora (Cyperaceae Juss.)

Edihanne Gamarra Arguelho1, Vanessa Silva Michelan1, André Luís Laforga Vanzela1.1Laboratório de Biodiversidade e Restauração de Ecossistemas (LABRE), Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chaves: agmatoploidia, cromossomos homocêntricos, poliploida, simploidia.

O gênero Rhynchospora possui cerca de 250 espécies, distribuídas principalmente nas regiões tropicais das Américas. Assim como em outros gêneros de Cyperaceae, as espécies de Rhynchospora apresentam cromossomos holocêntricos, meiose pós-reducional e formação de pseudomonades. Há também registros de uma ampla variação cromossômica, numérica e estrutural, para as espécies dessa família. Neste contexto, este trabalho visou descrever o número cromossômico (contagem e recontagem) de algumas espécies do gênero Rhynchospora, provenientes de diferentes estados brasileiros. Para tal, foram feitas análises convencionais em populações de Rhynchospora breviuscula, R. ciliata, R. nervosa, R. pubera, R. asperula, R. corymbosa, R. globosa, R. holoschoenoides, R marisculus, R. tenuis, R. austro-brasiliensis e R. velutina. As coletas ocorreram nos estados de Santa Catarina (SC), São Paulo (SP), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Pernambuco (PE) e Minas Gerais (MG). Em R. asperula foi encontrado cariótipo com 2n = 18, sendo esta a primeira descrição para a espécie. Rhynchospora austro-brasiliensis, do mesmo modo, apresentou 2n = 18, porém, com organização cariotípica diferente. Rhynchospora breviuscula, R. ciliata, R. holoschoenoides e R velutina apresentaram cariótipos com 2n = 10, em todas as amostras estudadas. Amostras de quatro espécies exibiram diferentes números cromossômicos, sendo: R. nervosa com 2n = 20 (Terenos, MS) e 2n = 30 (Recife, PE), R. corymbosa com 2n = 18 (Terenos, MS) e 2n = 36 (Deodápolis, MS) e R. globosa com 2n = 36 (Terenos, MS), 2n = 36 e 40 (Tibagi, PR) e 2n = 58 (Furnas, MG). Em R. tenuis, foram encontrados cariótipos com 2n = 4, na maioria das populações analisadas e 2n = 5, apenas na do Tibagi (PR). As populações de R. austro-brasiliensis apresentaram 2n = 18. As variações numéricas, intra e inter-específicas, encontradas nas espécies de Rhynchospora, neste e em outros trabalhos, podem ser atribuídas a eventos de poliploidia (duplicação do complemento cromossômico) somados ou não a eventos de disploidia, como a agmatoploidia (fissão cromossômica) e simploidia (fusão cromossômica).

Órgãos financiadores: Fundação Araucária e CNPq.

76 de 104

Page 77: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Depressão por endogamia em sintéticos de milho desenvolvidas na UEL e cultivares comercias.

Karla Bianca de Almeida Lopes¹, Odairto de Oliveira Júnior¹, Giovanni Barth Camolezzi¹, Thiago Pablo Marino¹, Sueme Ueno¹, Acácio Antônio Mioto¹, Anderson Cascione Gripp Bicalho¹, Evandro Zeidel Grassi¹, Robson Rockembacher¹, Manoel R. Paiva¹, Rosângela Maria Pinto Moreira¹, Josué Maldonado Ferreira¹; ¹Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil.

Palavras-chave: Zea mays L., produtividade e linhagens.

As estimativas de depressão por endogamia são utilizadas na caracterização de populações, determinação do potencial genético para o melhoramento. O objetivo foi estimar a depressão por endogamia de 11 populações e comparar com o observado para três testemunhas comerciais. Foram avaliadas as gerações S0 (não endogâmica) e S1 (uma geração de autofecundação) de 14 genótipos (11 populações originadas do cruzamento entre variedades crioulas e sintéticos; a variedade BR473 da Embrapa; e os híbridos comerciais 2B710 da Dow AgroSciences e DKB390 da Monsanto). Os 28 tratamentos foram avaliados utilizando o delineamento em blocos completos casualizados, com três repetições, utilizando o arranjo em parcelas subdivididas. Nas parcelas foram alocadas as gerações S0 e S1 e nas sub-parcelas alocados os genótipos. As sub-parcelas foram formadas por fileiras duplas de 4,00 m, no espaçamento de 0,90 x 0,20 m. O experimento foi instalado na Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina na safra 2009/10. As características avaliadas foram: produtividade (t ha-1); relação entre peso de grão e espiga; prolificidade; porcentagem de espigas danificadas; dias para florescimento; altura média de plantas (cm); altura média de espigas (cm); relação entre altura de espiga e altura de planta; porcentagem de plantas acamadas e plantas quebradas; comprimento e diâmetro de espigas (cm); notas de severidade às doenças Phaeosphaeria maydis, Exserohilum turcicum e Puccinia sorghi, avaliados 30 dias após do florescimento. Os coeficientes de variação obtidos revelaram boa precisão experimental, sendo igual a 9,7% para produtividade. Houve efeito significativo de endogamia e cultivares para a maioria dos caracteres, exceto para nota de severidade para P. maydis e prolificidade, respectivamente. Não houve efeito de interação entre nível de endogamia x genótipos, exceto para altura de espiga, revelando que o efeito da endogamia foi uniforme para os genótipos. A depressão por endogamia variou de 25,8% (BR473) a 48,0% (ST0409) para produtividade, sendo que a depressão por endogamia promoveu o aumento da porcentagem de espigas danificadas, dias para o florescimento e maior suscetibilidade à P. maydis. Os genótipos com maior potencial para extração de linhagens foram 2B710, BR473 e ST2309, com previsão de produtividade de 3,80 t ha-1, 3,42 t ha-1 e 3,20 t ha-1, respectivamente.

Órgão financiador: Fundação Araucária.

77 de 104

Page 78: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Híbridos simples de milho obtidos de linhagens elites desenvolvidas em sistema rústico de cultivo.

Karla Bianca de Almeida Lopes¹, Giovanni Barth Camolezzi¹, Odairto de Oliveira Júnior¹, Thiago Pablo Marino¹, Sueme Ueno¹, Acácio Antônio Mioto¹, Anderson Cascione Gripp Bicalho¹, Evandro Zeidel Grassi¹, Robson Rockembacher¹, Manoel R. Paiva¹, Rosângela Maria Pinto Moreira¹, Josué Maldonado Ferreira¹.

¹Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil.

Palavras-chave: Zea mays L., produtividade, melhoramento genético.

O desenvolvimento de sistemas mais sustentáveis de agricultura, com baixo uso de insumos agrícolas externos, passa pela identificação de genótipos superiores para estas condições. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar híbridos com elevado potencial agronômico obtidos de linhagens elites desenvolvidas em condições rústicas de cultivo. O experimento foi conduzido na Fazenda Escola (UEL), durante a safra 2009/2010, e avaliou 61 híbridos simples experimentais e um comercial (DKB390) no delineamento em blocos completos casualizados, com três repetições. As parcelas foram constituídas por fileiras duplas de 4m, com espaçamento de 0,90x 0,20 m. Foi realizada uma capina, adubação de plantio com 200 kg ha-1 (8-18-24) e adubação de cobertura com 200kg de ureia, 30 dias após a germinação e controle de pragas. As características avaliadas foram: produtividade (t ha-1); relação entre peso de grão e espiga; prolificidade; porcentagem de espigas danificadas; dias para florescimento; altura media de plantas (cm); altura media de espigas (cm); relação entre altura de espiga e altura de planta; porcentagem de plantas acamadas e plantas quebradas; notas de severidade às doenças causadas por Phaeosphaeria maydis, Exserohilum turcicum e Puccinia sorghi, avaliados 30 dias após do florescimento. Os coeficientes de variação obtidos revelaram boa precisão experimental, sendo igual a 10,6% para produtividade. Houve efeito significativo de tratamentos para a maioria dos caracteres, exceto para percentagem de acamamento e quebramento. Com base no teste de comparação de médias de Scott & Knott (p<0,05), 31% dos híbridos experimentais não diferiram significativamente do híbrido comercial para produtividade, sendo iguais ou superiores para as demais características. A produtividade dos 20 melhores híbridos experimentais ficou entre 10,5 a 9,3 t ha-1, sendo que a testemunha produziu 9,2 t ha-1. Desta forma, conclui-se que os híbridos experimentais são competitivos em relação ao híbrido comercial, em condições com baixo nível de uso de insumos.

Órgão financiador: Fundação Araucária; Bolsa IC-UEL.

78 de 104

Page 79: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Transformação genética de plantas-modelo para teste de promotores tecido-específicos de cafeeiro.

Lucas Eduardo Costa Canesin1, Luiz Filipe Protasio Pereira2, Luiz Gonzaga Esteves Vieira1

1Instituto Agronômico do Paraná, Área de Melhoramento e Genética, Laboratório de Biotecnologia Vegetal. Rod. Celso Garcia Cid Km 375, Três Marcos 86001-970 - Londrina, PR - Brasil – Caixa Postal 481.2EMBRAPA Café, Brasília, DF, Brasil.

Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, Agrobacterium tumefaciens, transformação in vivo, biobalística, plantas-modelos.

O Brasil é o maior produtor mundial de café e assim, tem tradição em estudos de melhoramento desta cultura, buscando a melhora da qualidade de bebida. A biotecnologia representa uma ferramenta valiosa para auxiliar o melhoramento e introduzir novas características no cafeeiro. Porém, o café é uma espécie perene e a obtenção das plantas transgênicas pode levar até quatro anos. Assim, genes e promotores específicos devem ser testados em plantas-modelo como o tomate (Lycopersicon esculentum), uma planta com alta capacidade de regeneração in vitro, compatibilidade com sistemas de transformação via Agrobacterium e ciclo de vida curto. Portanto, este trabalho tem como objetivo: otimizar protocolos de transformação genética em frutos de café e na planta-modelo tomate cv. Microtom; introduzir promotores de interesse potencial de utilização em cafeeiros. Neste trabalho foi utilizado para transformação um vetor contendo o promotor endosperma-específico do gene crltp1, que codifica proteínas de transferência de lipídeos (LTP) em cafeeiro. Visando a otimização de protocolos de transformação, foram testados três protocolos: biobalística de frutos de café, transformação in vivo de flores e transformação in vitro de cotilédones de tomateiro. O protocolo in vivo consistiu na imersão dos botões florais de tomate perfurados com agulha estéril em uma solução de Agrobacterium tumefaciens, contendo o vetor pC1305.1, em sacarose 30%. Após sua maturação, os frutos foram colhidos para análise da transformação, através da germinação das sementes em meio seletivo. Não foi observado evento de transformação, possivelmente em decorrência da oxidação das flores quando perfuradas com a agulha. Para os demais protocolos, foi construído um cassete de expressão com o vetor pCAMBIA 1381, cujo promotor crltp1 foi clonado à montante do gene uidA (codificante para β-glucoronidase). O protocolo de biobalística de frutos de café para análise na atividade do promotor está em andamento. Até o presente momento, apresentou eficiência muito baixa quando comparado ao que consta na literatura, embora resultados preliminares que indicam a possibilidade de otimização do procedimento para a obtenção de resultados mais expressivos. Para o terceiro protocolo foram utilizados cotilédones de tomate germinados in vitro, que foram imersos em uma solução de Agrobacterium em meio líquido com 100µM de acetoseringona e 10µM de 2-mercaptoetanol. Os explantes foram transferidos para meio sólido com hormônios indutores de calogênese. A regeneração dos explantes transformados encontra-se em andamento. Serão obtidos dados relativos à frequência de transformação dos protocolos utilizados para comparação entre eles e também a análise da atividade do promotor crltp1.

Órgão Financiador: Fundação Araucária.

79 de 104

Page 80: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Caracterização de regiões heterocromáticas sensíveis ao frio em Cestrum strigilatum.

Paula Carolina Paes Guarido1, André Luis Laforga Vanzela1

¹Departamento de Biologia Geral, CCB, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Cestrum strigilatum, cromossomos, CSR.

A família Solanaceae possui cerca de 90 gêneros e 3.000 espécies. Cestrum é o terceiro maior gênero dessa família, sendo seus indivíduos arbustos, arvoretas ou árvores de até 12m de altura. As espécies de Cestrum são conhecidas por possuírem cromossomos grandes os quais são ricos em heterocromatina. Sete tipos diferentes de heterocromatina já foram descritas em Cestrum: i) bandas C-Giemsa+ (ii) pequenos blocos (dots) em regiões intercalares, proximais ou distais (iii) bandas CMA3 positivas associadas às regiões organizadoras de nucléolo (iv) bandas CMA3 positivas não associadas às regiões organizadoras de nucléolo (v) bandas DAPI positivas associadas aos CSRs (cold sensitive regions), (vi) bandas neutras C-CMA3

0/DAPI0 e (vii) bandas C-Giemsa/CSR/DAPI negativas. Cestrum Strigilatum possui 2n = 2x = 16, com cinco pares metacêntricos e três submetacêntricos. Essa espécie possui CSRs, que são regiões induzidas pelo frio que coincidem com a heterocromatina constitutiva. CSRs já foram descritas em espécies de sete famílias de angiospermas (Liliaceae, Triliaceae, Poaceae, Adoxaceae, Solanaceae, Asteraceae e Fabaceae), podendo ser ricas em bases AT (preferencialmente) ou GC. O objetivo do presente trabalho foi analisar metáfases de diferentes populações de Cestrum strigilatum caracterizando, assim, regiões CSRs quanto à composição, localização e quantidade nos cromossomos, bem como a relação física entre esses segmentos ricos em AT e outros ricos em GC. Para a obtenção de metáfases mitóticas com regiões sensíveis ao frio, raízes foram coletadas e pré-tratadas em água a 0 °C por vinte e cinco horas e fixadas em etanol/ácido acético 3:1 (v/v). Foram analisadas cinco metáfases de seis diferentes populações de Cestrum strigilatum e os resultados apontaram o mesmo número cromossômico e de regiões CSRs. As regiões sensíveis ao frio foram encontradas nos pares cromossômicos 2, 4, 6, 7 e 8, sendo todas ricas em AT. No par 8 foi encontrados dois blocos ricos em GC flanqueando a CSR, porém, esses não responderam ao tratamento ao frio. Nossos resultados indicam que apenas os segmentos dispostos em grandes blocos ricos em AT respondem ao tratamento ao frio, independente da relação com outras famílias repetitivas, o que não acontece para aqueles blocos grandes ricos em GC e para os pequenos dots ricos em AT.

Órgão Financiador: CNPq e Fundação Araucária.

80 de 104

Page 81: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Distribuição de heterocromatina e retroelementos em cromossomos de Coffea L. (Rubiaceae).

Priscila Mary Yuyama1, Luiz Filipe Protasio Pereira2, Tumoru Sera3, Laurival Vilas-Boas1, André Luís Laforga Vanzela1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina – PR, Brasil; [email protected]; 2Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA-Café, Parque Estação Biológica - PqEB, CEP 70770-901, Brasília - DF, Brasil; 3Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR – Rodovia Celso Garcia Cid PR Km 375 Caixa Postal 481, CEP 86047-902, Londrina, PR, Brasil.

Palavras-chave: bandamento, DNAr, FISH, transcriptase reversa e Ty3-gypsy-like.

O gênero Coffea L. (Rubiaceae) possui mais de 100 espécies, nativas das florestas tropicais da África e Madagascar. Coffea arabica é a espécie mais importante economicamente, autocompatível e a única tetraplóide do gênero com 2n = 44. As demais espécies são diplóides com 2n = 22 e autoincompatíveis. Estudos moleculares e de hibridação genômica in situ revelaram que as espécies de Coffea apresentam elevada similaridade genômica, podendo ser consequência da presença de famílias de DNA repetitivo em comum. Neste sentido, este estudo buscou isolar e caracterizar elementos repetitivos em C. arabica variedade typica para utilizá-los como sondas em experimentos de hibridação in situ (FISH) em outras seis espécies do gênero, como C. canephora, C. eugenioides, C. kapakata, C. liberica var. dewevrei, C. racemosa e C. stenophylla. Foram feitas análises convencionais, de bandamento C-CMA/DAPI e FISH com DNAr 45S e retroelementos. Os resultados mostraram que as espécies possuem cromossomos do tipo meta e submetacêntrico e núcleos do tipo arreticulado a semirreticulado. O bandamento cromossômico mostrou predomínio de bandas terminais e intersticiais com diferenças no tamanho, número, distribuição e composição de bases. Coffea arabica e C. canephora mostraram bandas CMA+ e DAPI+ intersticiais próximas ao centrômero na maioria dos cromossomos, enquanto as outras espécies mostraram poucas bandas. As bandas CMA+ foram encontradas nas regiões terminais, associadas ou não à RON, e intersticiais próximos ao centrômero. As bandas DAPI+ foram encontradas somente nas regiões intersticiais próximos ao centrômero, exceto em C. liberica var. dewevrei e C. racemosa. A FISH com a sonda de DNAr 45S mostrou dois e quatro sítios de hibridação, com exceção de C. arabica, com seis sítios. A partir da DOP-PCR, foram feitos o isolamento e a caracterização de dois retroelementos: i) fragmento da transcriptase reversa de grupo indeterminado com 311 pb (pCa21) e ii) fragmento do retroelemento Ty3-gypsy-like com 775 pb (pCa06). Esses clones foram utilizados como sondas na FISH, mostrando blocos e sinais dispersos na maioria dos cromossomos. Foram observados sinais co-localizados para os dois clones e alguns sinais específicos em determinadas regiões para cada clone, sugerindo que pCa21 e pCa06 sejam elementos diferentes. A distribuição das regiões heterocromáticas, sítios de DNAr 45S e dos retroelementos indicam que as famílias de DNA repetitivo se acumularam de modo independente na formação cariotípica dessas espécies. Este estudo mostrou que a elevada similaridade genômica entre estas espécies podem em parte ser explicada pelo ocorrência comum desses retroelementos.

Órgão financiador: CNPq, Fundação Araucária e IC-UEL.

81 de 104

Page 82: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Análise in silico das enzimas envolvidas na biossíntese dos ácidos clorogênicos: uma avaliação da diversidade in silico e mapeamento de populações de Coffea.

Suzana Tieme Ivamoto1; Davi Pot2; Luiz Gonzaga Esteves Vieira3, Luiz Filipe Protasio Pereira4. 1 Programa de Mestrado em Genética e Biologia Molecular,Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil; 2 French Agricultural Research Centre for International Development (CIRAD), Montpellier, França; 3 Laboratório de Biotecnologia Vegetal, Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Londrina, PR, Brasil; 4 Embrapa Café, Parque Estação Biológica - PqEB, CEP 70770-901, Brasília - DF, Brasil.

Palavras-chave: Café, ácidos clorogênicos, polimorfismo, marcadores moleculares.

A identificação de genes e polimorfismos que controlam características de importância agronômica é um dos importantes desafios do melhoramento genético vegetal. A utilização de ESTs em larga escala possibilita o acesso a variabilidade nucleotídica do organismo em estudo. Com o avanço dos projetos de sequenciamento genômico, cerca de 210.000 ESTs de café estão disponíveis. Visando a identificação de marcadores moleculares relacionados a qualidade da bebida, o propósito deste trabalho foi analisar e validar polimorfismos nucleotídicos in silico para as enzimas da biossíntese dos ácidos clorogênicos (CGAs): Fenilalanina amonialiase (PAL), Cinamato 4 hidroxilase (C4H), 4 hidroxicinamoil-COa Ligase (4CL), Hidroxicinamoil-Co quinato (CQT), p-couramato 3’hidroxilase (C3’H). As sequências relacionadas a estas enzimas foram buscadas no banco de dados do Projeto Genoma Café e no NCBI. As sequências foram limpas e clusterizadas com o programa Codon Code ALigner. O mesmo programa foi utilizado para analisar a qualidade dos cromatogramas e detectar os polimorfismos. Um total de 426 sequências foram selecionadas e 248 polimorfismos (236 SNPs e 12 INDELs) foram encontrados. Na região codificadora de proteína, foram encontrados 201 polimorfismos, sendo 127 sinônimos e 74 não sinônimos. Foram identificadas 6 isoformas para a PAL (2 ainda não descritas), 1 para C4H, 6 para 4CL (5 ainda não descritas), 2 para CQT e 2 para C3’H. As sequências consenso dos contigs foram analisadas pelo programa MEGA4, gerando um arvore filogenética que relacionou a homologia dos mesmos com outros organismos já descritos na literatura. A frequência de polimorfismos foi maior nas regiões UTRs (1pol/50pb) do que na região codante (1pol/81bp). A maioria deles foi encontrada em C. arabica (81%), possivelmente devido a sua origem autotetraplóide. A análise das sequências de C. arabica indicou a divisão das mesmas em dois diferentes grupos, um grupo similar a C. canephora e o outro a C. eugenioides. A porcentagem de polimorfismos foi maior intra grupos do que inter grupos. Baseado nesses estudos in silico para cada contig foram desenhados primers específicos para a genotipagem de uma população F2 interespecífica de C. canephora x C. arabica. Com base nos resultados in silico, os primers para mapeamento de 2 diferentes populações de Coffea foram desenhados. 3 isoformas foram mapeadas na população de C. canephora até o momento, porém nenhuma delas teve colocalização com QTLs de CGAs. Para a população de C. arabica as análises de mapeamento estão em desenvolvimento.

Órgãos financiadores: Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento dos Cafés (CBP&Cafés); Conselho Nacional de Desenvolvimento e Pesquisa (CNPq).

82 de 104

Page 83: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Números cromossômicos em diferentes espécies brasileiras de Cyperaceae Juss.

Vanessa Silva Michelan1, Edihanne Gamarra Arguelho1, André Luís Laforga Vanzela1

1Laboratório de Biodiversidade e Restauração de Ecossistemas (LABRE), Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil. [email protected].

Palavras-chave: Cromossomos holocêntricos, poliploidia, agmatoploidia, simploidia.

Cyperaceae Juss. é a terceira maior família das monocotiledôneas, sendo composta por mais de 5.500 espécies organizadas em 109 gêneros. No Brasil, foram catalogadas 678 espécies agrupadas em 42 gêneros, correspondendo a cerca de 20% das espécies e 40% dos gêneros descritos. A família, que apresenta cromossomos holocêntricos, é marcada por uma ampla variação cromossômica, numérica e estrutural, tanto intra quanto interespecífica, atribuída principalmente a eventos de agmatoploidia, simploidia e poliploidia. Os números cromossômicos descritos para a família variam de n = 2 em Rhynchospora tenuis a n = 114 em Carex hirta, sendo o número básico proposto x = 5. Dentre as espécies conhecidas de Cyperaceae, apenas 16% tiveram seus números cromossômicos publicados, sendo a maioria desses (58%) realizados em Carex. Contagens cromossômicas envolvendo diferentes grupos de Cyperaceae são importantes para acessar a diversidade do grupo, bem como para auxiliar no entendimento dos mecanismos envolvidos no processo de diferenciação cariotípica nesta família. O objetivo deste estudo foi descrever os números cromossômicos (contagem e confirmação) em algumas espécies brasileiras de Cyperaceae. Para tal, foram analisadas por coloração convencional 15 populações de 14 espécies de Cyperaceae, incluindo os gêneros Carex, Cyperus, Eleocharis, Fimbristylis, Pycreus e Rhynchospora. Os números cromossômicos encontrados variaram de 2n = 4 em R. tenuis a 2n = 56 em Pycreus lanceolatus. Fimbristylis dichotoma apresentou dois números cromossômicos 2n = 20 e 30. Sete espécies tiveram seus números descritos pela primeira vez: Carex aureolensis com 2n = 46 e C. sororia com 2n = 54, Cyperus incomtus e C. luzulae com 2n = 42 e C. surinamensis com 2n = 30, Pycreus niederleinianus com 2n = 38 e P. lanceolatus com 2n = 56. As demais espécies apresentaram números concordando com os descritos na literatura: Rhynchospora breviuscula com 2n = 10, Eleocharis mínima com 2n = 20 e E. niederleinii com 2n = 40 e Cyperus haspan com 2n = 30. Foi observada também uma variação no tamanho dos cromossomos entre as espécies, sendo que este diminuiu a medida que aumentou o número de cromossomos. Nossos resultados somados aos descritos na literatura, apontam que a poliploidia, a simploidia e a agmatoploidia, de forma isolada ou em conjunto, podem estar envolvidas no processo de diferenciação cariotípica dos gêneros estudados. Dessa forma é possível que existam mecanismos que favoreçam essas variações cromossômicas em Cyperaceae, independente de qualquer grupo, justamente por todos possuírem cromossomos holocinéticos.

Órgãos financiadores: Fundação Araucária e CNPq.

83 de 104

Page 84: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Citotoxicidade e mutagenicidade de doses diagnóstica e terapêutica do radioisótopo Iodo-131, em Ratos Wistar.

Alessandra Paim Berti1, Elisângela Düsman1, Rosinete Gonçalves Mariucci1, Nilson Benedito Lopes2, Veronica Elisa Pimenta Vicentini1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, 2Departamento de Física, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790, Bloco H67(11), Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil; [email protected] .

Palavras-chave: Radiação ionizante, Aberração cromossômica, tratamento in vivo.

Durante as últimas décadas, tem sido crescente a ênfase dada aos efeitos mutagênicos e citotóxicos dos radiofármacos, como consequência da utilização das radiações ionizantes para fins diagnósticos e terapêuticos. O Iodo-131 (I-131) é um radioisótopo utilizado nos diagnósticos de funcionamento da glândula tireóide e para o tratamento do hipertireoidismo e do câncer diferenciado da tireóide. Ele emite durante seu decaimento partículas beta (β) e radiação gama (γ) e possui tempo de meia-vida de 8 dias. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar os possíveis efeitos citotóxicos e mutagênicos do I-131, em concentrações utilizadas para o diagnóstico e terapia da glândula tireóide. Para tal foi utilizado como sistema-teste as células de medula óssea de ratos Wistar (Rattus norvegicus), sendo seis animais por grupo, três machos e três fêmeas, tratados in vivo, via gavage, em dose única por 24 horas. Foram avaliadas duas concentrações do I-131, calculadas pela extrapolação para o peso corpóreo dos ratos Wistar, uma de 5μCi/1mL H20/100g peso corpóreo do animal (pc) (concentração empregada no diagnóstico da tireóide) e uma de 250μCi/1mL H20/100g pc (concentração empregada para o tratamento do câncer da tireóide). Foi feito um controle negativo, administrando 1mL de H20/100g pc. A técnica utilizada para a obtenção de células de medula óssea de ratos foi a de Ford e Hamerton (1956), com modificações. Para a avaliação cromossômica foram analisadas 600 metáfases por grupo e para o cálculo do índice mitótico foram contadas 10.000 células por grupo. O cálculo estatístico foi feito pelo teste do qui-quadrado (a=0,05). Os resultados mostraram que as duas concentrações de I-131 não foram citotóxicas para as células de medula óssea de ratos Wistar. Porém, a análise estatística mostrou que houve diferenças, pelo teste do qui-quadrado, em relação ao percentual de alterações cromossômicas, quando comparado o controle negativo com a concentração de 5mCi e de 250mCi, o que indica que o I-131 foi indutor de danos ao DNA dos ratos Wistar. Por outro lado, não houve diferença estatística entre as duas concentrações do I-131, 5 e 250 mCi, o que demonstra que, em tratamento agudo, os danos resultantes da exposição a esse tipo de radiação, independente da dose administrada, são os mesmos. Assim, considerando os severos danos à saúde associados ao uso desse radioisótopo, recomenda-se que seu uso seja realizado mediante extrema necessidade e com cautela.

Órgão financiador: CAPES.

84 de 104

Page 85: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Atividade antimutagênica do beta-caroteno, em tratamento simultâneo agudo e subcrônico, em relação ao radioisótopo Iodo-131, in vivo.

Alessandra Paim Berti1, Elisângela Düsman1, Rosinete Gonçalves Mariucci1, Nilson Benedito Lopes2, Veronica Elisa Pimenta Vicentini1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, 2Departamento de Física, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790, Bloco H67(11), Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Carotenóides, Radiação ionizante, Ratos Wistar.

O Iodo-131 (I-131) é um radioisótopo utilizado em diagnósticos e tratamentos, especialmente em câncer da tireóide. Entretanto, emite radiações gama e beta, ambas perigosas pelo fato de induzirem o estresse oxidativo, que acarreta alterações na molécula de DNA, como as mutações. Dessa forma, pesquisas vêm sendo empregadas na busca de substâncias com propriedades antioxidantes, uma vez que minimizam os efeitos deletérios das radiações ionizantes. Assim, o presente estudo objetivou estudar a atividade antimutagênica do beta-caroteno (BC), pigmento natural, em relação ao I-131. Como sistema-teste foi utilizado as células de medula óssea de ratos Wistar (Rattus norvegicus), sendo seis animais por grupo, três machos e três fêmeas, tratados in vivo, via gavage. Foram desenvolvidos dois tipos de tratamento Simultâneo, agudo, em dose única, com a administração de 0,8 mg de BC em 0,2mL da óleo de milho/100g de peso corpóreo (pc), e em seguida 25 mCi de I-131/1mL de H2O/100g pc, com sacrifício após 24 horas, e tratamento Simultâneo subcrônico, que foi realizado da mesma forma, porém com sacrifício somente após 5 dias. Dois grupos de tratamento receberam somente BC, um agudo com dose única e sacrifício após 24 horas, e outro subcrônico com doses diárias durante 5 dias consecutivos. O I-131 também foi testado na forma aguda, com 25mCi de I-131/1mL de H2O/100g pc, em dose única, com sacrifício após 24 horas, e na forma subcrônica, do mesmo modo, contudo, com sacrifício após 5 dias da administração do radioiodo. A técnica utilizada para a obtenção de células de medula óssea de ratos foi a de Ford e Hamerton (1956), com modificações. Para a análise cromossômica foram analisadas 600 metáfases por grupo e para o cálculo do índice mitótico foram contadas 10.000 células por grupo. O cálculo estatístico foi feito pelo teste do qui-quadrado (a= 0,05). Segundo a análise estatística, o tratamento Simultâneo agudo foi diferente do I-131, o que não foi observado com o tratamento subcrônico. Mesmo assim, houve redução das aberrações cromossômicas causadas pelo radioiodo, o que demonstra a atividade antimutagênica do BC. Desse modo, os dados aqui apresentados servem como indicativo para o uso deste carotenóide natural pela população, como forma de prevenção e manutenção da saúde, já que os indivíduos se expõem, diariamente, a inúmeros agentes mutagênicos, e especialmente, para pacientes com câncer de tireóide, diretamente expostos à este radioisótopo nos diagnósticos ou na terapia.

Órgão financiador: CAPES.

85 de 104

Page 86: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Efeito radioprotetor do beta-caroteno em relação ao radiofármaco Iodo-131, em pré-tratamento agudo e subcrônico, em Ratos Wistar.

Alessandra Paim Berti1, Lívia Maria de Castro Penna1, Elisângela Düsman1, Rosinete Gonçalves Mariucci1, Nilson Benedito Lopes2, Veronica Elisa Pimenta Vicentini1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, 2Departamento de Física, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790, Bloco H67 (11), Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Carotenóides, Radiação ionizante, Medula óssea.

A radioterapia vem sendo amplamente usada em diagnósticos e tratamentos de pacientes oncológicos. É o caso do Iodo-131 (I-131), utilizado especialmente no câncer da tireóide. A exposição a radiações ionizantes, sabidamente nocivas, pode ocasionar alterações no material genético. Contudo, estudos são desenvolvidos na busca de radioprotetores, visando equilibrar o excesso de radicais livres provocados pela radiação, tais como os antioxidantes, como o beta-caroteno (BC), pigmento natural conhecido por conter essas propriedades antioxidantes. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar a atividade radioprotetora do BC em relação ao I-131, usando o sistema-teste de células de medula óssea de ratos Wistar, in vivo. Os animais foram divididos em 6 grupos de 6 animais cada (3 machos e 3 fêmeas), tratados via gavage. Dois grupos tratamento receberam somente BC, um agudo (AG) com dose única e sacrifício após 24 horas, e outro subcrônico (SUB) com doses diárias durante 5 dias consecutivos. A dose administrada de BC foi de 0,8 mg de BC em 0,2mL da óleo de milho/100g de peso corpóreo (pc). Da mesma forma, dois grupos foram tratados com 25mCi/100g pc de I-131, onde ao tratamento AG foi administrado o radiofármaco em dose única, com sacrifício após 24 horas, e ao SUB do mesmo modo, contudo, com sacrifício após 5 dias. O pré-tratamento agudo (AG) foi em dose única, com a administração de BC e 2 horas depois, de I-131, com sacrifício após 24 horas. O pré-tratamento subcrônico foi realizado com administração de BC diariamente por 5 dias. No 6º dia foi administrado o I-131, sendo o sacrifício, após 24 horas. A técnica utilizada foi a de Ford e Hamerton (1956), com modificações. Foram analisadas 600 metáfases por grupo para a análise cromossômica. Para o cálculo do índice mitótico foram contadas 10.000 células por grupo. O cálculo estatístico foi feito pelo teste do qui-quadrado (a= 0,05). De acordo com os resultados, o pré-tratamento agudo diferiu estatisticamente do I-131, o que não aconteceu com o pré-tratamento subcrônico. Entretanto, de acordo com o percentual de aberrações cromossômicas, nota-se que o BC reduziu os danos causados pelo I-131, sendo um indicativo para o uso deste composto pela população, como também, para pacientes com câncer, expostos com maior frequência às radiações, como forma de proteção.

Órgão financiador: CAPES.

86 de 104

Page 87: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação do potencial citotóxico das águas superficiais do ribeirão Atlântico- Mandaguaçu-PR.

Bruno César Circunvis1, Michele Cristina Heck1, Lívia Castro Penna1, Rosinete Gonçalves Mariucci1 e Veronica Elisa Pimenta Vicentini1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá – Avenida Colombo, 5790, Bloco H67(11), Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Mutagênese Ambiental, Citotoxicidade, Allium cepa L.

O crescimento das cidades e a necessidade da agricultura fornecer alimentos estão entre os fatores que têm sido responsáveis pelo aumento da pressão das atividades antrópicas sobre os recursos naturais nas últimas décadas. Muitos estudos têm sido realizados com o intuito de avaliar os efeitos dessas atividades sobre os recursos hídricos. Em razão da grande importância dos recursos hídricos para a sobrevivência dos ecossistemas, bem como monitorar o efeito das ações antropogênicas, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial citotóxico das águas superficiais do ribeirão Atlântico, um afluente do rio Pirapó, localizado no município de Mandaguaçu - PR, em sistema teste vegetal, com células meristemáticas de raiz de Allium cepa L. Os bulbos de A. cepa L., obtidos de fonte comercial, foram divididos em quatro grupos, com cinco bulbos cada. Três grupos tratados com as águas do Ribeirão Atlântico, Nascente, Confluência e Jusante e um grupo controle com água filtrada. Todos os bulbos foram colocados para enraizar por cinco dias. Posteriormente, as raízes foram coletas em três tempos amostrais, 0h, controle do próprio bulbo, quando todos permaneceram em água filtrada, 24h, tratamento com as águas do ribeirão e 48h, em água filtrada para recuperação, todos os tratamentos foram realizados por 24 horas, sendo que o grupo controle permaneceu em água filtrada durante todo o período amostral. Após cada coleta as raízes foram fixadas em metanol/ácido acético 3:1, e levadas a geladeira por 24 horas, e depois submetidas a reação de Feulgen, e analisadas 5.000 células por grupo, em cada tempo amostral. A análise estatística, teste do Qui-quadrado (α=0,05), demonstrou que nenhum dos pontos avaliados foi estatisticamente diferente do controle, ou seja, as águas superficiais dos três pontos avaliados não apresentaram potencial citotóxico neste sistema teste. Da mesma forma, não foram encontradas alterações celulares, nem cromossômicas nas células analisadas. Contudo, apesar de não terem sido encontrados resultados positivos para citotoxicidade é de vital importância que estudos de monitoramento continuem sendo realizados neste ribeirão, já que se trata de uma região com intensa atividade agrícola.

87 de 104

Page 88: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Monitoramento da mutagenicidade no rio São Francisco (PR) utilizando o teste do micronúcleo em Astyanax paranae.

Diego Luis Ribeiro¹ e Luciana Paula Grégio d’Arce Rodrigues¹.

¹ Laboratório de Genética, Colegiado de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Rua Universitária, 2069 CEP 85819-110, Cascavel – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: micronúcleo, monitoramento, Astyanax paranae.

A região oeste do Estado do Paraná é conhecida por ter sua atividade econômica essencialmente voltada para a agricultura. Na área localizada entre as cidades de Cascavel e Toledo, onde se localiza uma parte do rio São Francisco, observa-se predomínio de plantações, as quais utilizam inúmeros defensivos agrícolas para controle e manejo de pragas, estando estes entre os principais agentes mutagênicos presentes em rios. O rio São Francisco é, regionalmente, um dos mais importantes, sendo utilizado no abastecimento, na alimentação e no lazer da população. Deste modo, este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial mutagênico no rio São Francisco (PR), tendo como parâmetro, a análise da frequência de micronúcleos (MN) em eritrócitos de Astyanax paranae, peixe abundante no rio. Foram coletados 8 peixes por ponto de coleta durante o inverno de 2009 (3 pontos diferentes ao longo do leito do rio entre Cascavel e Toledo sendo o Ponto1 em Cascavel [P1 – 24º54’05.38” S – 53º32’00.42” O], o Ponto 2 entre Cascavel e Toledo [P2 – 24º50’26.75” S – 53º40’39.30” O] e o Ponto 3 em Toledo [P3 – 24º47’11.73” S – 53º43’01.53” O]). O grupo controle negativo foi composto de 8 peixes obtidos em tanques de piscicultura, livres de estresse e de qualquer exposição a agentes mutagênicos. Foram analisadas 3000 células por peixe, e os dados foram estatisticamente avaliados por análise de variância (Anova One Way), seguida do teste de Tukey. O resultados obtidos mostraram que nos 3 pontos experimentais as frequências de micronúcleos por 3000 células foram estatisticamente significativas (p<0,05), comparando-se estes grupos expostos com o controle negativo. No ponto 1, esse resultado se deve provavelmente pela contaminação do rio por esgotos, pois ele nasce em uma região que necessita de uma melhor infra-estrutura no sistema de saneamento básico local. Já nos pontos 2 e 3, as frequências altas observadas podem ser devido a utilização de agrotóxicos na região agrícola visto que, nessa época, ocorria o cultivo de trigo, o qual exige algumas aplicações de pesticidas para controle de pragas. Outro fato a ser considerado, é a ausência da mata ciliar ao longo do percurso do rio, que deveria protegê-lo de assoreamentos e lixiviação. Por fim, esses resultados demonstraram que o rio São Francisco, no trecho estudado, apresenta potencial mutagênico que pode afetar tanto o ecossistema quanto aos seres humanos que se beneficiam do rio de alguma maneira.

Órgão Financiador: Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

88 de 104

Page 89: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Estudo dos efeitos citotóxicos e mutagênicos do suco da fruta Malpighia glabra L. (Acerola), em tratamento agudo e subcrônico, em ratos Wistar.

Elisângela Düsman1, Igor Vivian de Almeida1, Alessandra Paim Berti1, Rosinete Gonçalves Mariucci1, Veronica Elisa Pimenta Vicentini1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790, Bloco H67(11), Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Antioxidante, Aberração cromossômica, tratamento in vivo.

A ingestão de alimentos é uma das principais vias de exposição do homem a diferentes compostos com potencial mutagênico/carcinogênico, visto que uma mistura complexa de agentes químicos é encontrada na dieta. Por outro lado, a dieta pode conter substâncias com potencial antioxidante e antimutagênico. As frutas são importantes fontes de nutrientes da dieta humana, sendo que a Acerola (Malpighia glabra L.) é de especial interesse devido ao seu elevado teor de antioxidantes, principalmente de vitamina C, assim como de vitaminas A, B1, B2, carotenóides e antocianinas, que reduzem ou previnem significativamente a oxidação do substrato. Devido a sua constituição e seu amplo uso pela população, o objetivo deste trabalho foi estudar a atividade citotóxica e mutagênica da fruta Acerola in natura. Para tal, foi utilizado como sistema-teste as células de medula óssea de ratos Wistar (Rattus norvegicus), sendo seis animais por grupo, três machos e três fêmeas, tratados in vivo, via gavage, em tratamentos agudos, em dose única por 24 horas, e subcrônicos, em dose diária por 5 dias. A concentração de Acerola utilizada foi de 5mg da polpa da fruta Acerola in natura/1mL de H2O/100g peso corpóreo do animal (pc), calculada a partir da extrapolação para os ratos, da quantidade média de vitamina C ingerida pelo homem. Foram feitos dois controles negativos, com 1mL de H2O/100g pc, um agudo e um subcrônico, e um controle positivo, com 1,5mg da droga clastogênica ciclofosfamida/1mL de H2O/100g pc, via intraperitoneal, por 24 horas. A técnica utilizada para a obtenção de células de medula óssea de ratos foi a de Ford e Hamerton (1956), com modificações. Para a avaliação cromossômica foram analisadas 600 metáfases por grupo e para o cálculo do índice mitótico foram contadas 10.000 células por grupo. O cálculo estatístico foi feito pelo teste do qui-quadrado (a=0,05). De acordo com a análise estatística não houve diferença nas comparações entre os índices mitóticos e os percentuais médios de alterações cromossômicas, mostrando que a Acerola não foi citotóxica e nem mutagênica neste sistema-teste e tempos e formas de tratamento. Esses dados são relevantes porque indicam o uso contínuo e seguro da fruta, que possui inúmeras propriedades medicinais, sem potencial citotóxico e mutagênico.

Órgão financiador: CAPES.

89 de 104

Page 90: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação da genotoxicidade de efluentes químicos in natura e tratado aplicada em Astyanax altiparanae (Characidae).

Gabrieli Limberger Galvan¹, Taynah Vicari¹, Bianca Ribeiro Pizzato¹, Carlos Itsuo Yamamoto2 e Marta Margarete Cestari¹.

¹ Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná – Rua Coronel H. dos Santos, 210, Jardim das Américas, Centro Politécnico, Caixa Postal 19.071, CEP 81530-000, Curitiba – PR, Brasil; [email protected] ; 2 Departamento de Engenharia Química, Usinas Piloto de Tecnologia Química – Bloco A, Universidade Federal do Paraná – Rua Coronel H. dos Santos, 210, Jardim das Américas, Centro Politécnico, Caixa Postal 19.024, CEP 81530-000, Curitiba – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: água residual, ensaio cometa, lambari.

As águas superficiais vêm recebendo grandes quantidades de resíduos provenientes de atividades industriais, agrícolas, e de fontes domésticas com características físico-químicas variáveis que colocam em risco a saúde dos ecossistemas aquáticos e organismos associados, devido ao efeito tóxico da exposição direta ou indireta ao contaminante ou através dos efeitos sinérgicos ou antagônicos. Dentre os geradores de efluentes líquidos, estão os laboratórios das instituições de ensino e pesquisa que em sua maioria não apresentam plano de gestão de resíduos. Desta forma, o presente estudo objetiva avaliar os efeitos genotóxicos dos efluentes químicos in natura e tratado, provenientes dos laboratórios do Departamento de Engenharia Química e do Laboratório de Análise de Combustíveis Automotivos (LACAUT) da Universidade Federal do Paraná. Os espécimes de Astyanax altiparanae foram expostos às concentrações de 10%, 50% e 100% do efluente in natura e tratado por um período de 96 horas em sistema de fluxo estático, sendo que a cada 24 horas foram sacrificados 15 indivíduos de cada tratamento, inclusive o controle negativo. O biomarcador genético utilizado foi o ensaio cometa (Speit e Hartmann, 1999) com eritrócitos. Verificou-se que após 24 horas de exposição, com exceção das concentrações de 50 e 100% do efluente tratado, todas as demais apresentaram aumento nos escores de danos em relação ao controle. Houve pequeno aumento de danos em todas as concentrações do efluente in natura em relação ao tratado. Após 48 horas, os tratamentos com 50 e 100% do efluente tratado e 50% do in natura apresentaram aumento de danos em relação ao controle, na comparação entre as contaminações, observou-se que a concentração de 100% do efluente tratado foi genotóxica em relação ao efluente in natura na mesma concentração. No tempo de 72 horas, todos os tratamentos diferiram do controle, não houve variação entre tratado e in natura. Após 96 horas foi observado aumento da genotoxicidade em todos os grupos contaminados, o tratamento com 100% do efluente tratado causou maior número de danos em relação à mesma concentração do efluente in natura. Esses resultados evidenciam que os efluentes químicos in natura e tratado dos laboratórios analisados causam danos no material genético de A. altiparanae. Pode-se concluir que o sistema de tratamento é ineficiente na remoção de substâncias tóxicas e que a adição de compostos utilizados no tratamento aumentou o efeito genotóxico.

Órgão financiador: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes.

90 de 104

Page 91: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação genotóxica da contaminação trófica de Sulfato de Cobre em Jundiá (Rhamdia quelen).

Gustavo Souza Santos ¹, Wanessa Algarte Ramsdorf ¹, Taynah Vicari ¹, Laercio D. S. Piancini ¹, Paula Moiana da Costa1 e Marta Margarete Cestari ¹.

1- Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná – Centro Politécnico, Jardim das Américas, Caixa Postal 19071, CEP 81531-990, Curitiba – Paraná; [email protected].

Palavras-chave: Ensaio Cometa, Micronúcleo Písceo, Sulfato de Cobre, Rhamdia quelen.

Peixes são comumente utilizados como bioindicadores para avaliar efeitos de contaminações por metais pesados. O cobre é um metal tóxico, e que quando está na forma de Sulfato de Cobre é utilizado em pisciculturas como algicida. Por isso, o presente estudo avalia a saúde da espécie de peixe siluriforme Rhamdia quelen (Jundiá) sob o ponto de vista genotóxico através da utilização de biomarcadores genéticos de contaminação ambiental para duas concentrações de Sulfato de Cobre. Os exemplares de Jundiá foram inicialmente aclimatados em tanques e depois colocados em 17 aquários cada um contendo 2 peixes, totalizando 34. Destes, 13 foram utilizados como controle, 11 foram expostos ao sulfato de cobre via trófica a uma concentração de 50mg/kg do peso corporal do peixe e 10 foram expostos a uma concentração de 500mg/kg do peso corporal do peixe A alimentação foi realizada a cada 3 dias com ração previamente preparada com gelatina incolor. Os peixes passaram por um treinamento prévio de 15 dias recebendo alimentação em pinça (condicionamento) e após este período foram alimentados com a ração preparada que recebeu a dosagem de sulfato de cobre por 60 dias (20 ciclos de contaminação). Após 60 dias os peixes foram eutanasiados com o auxílio de Benzocaína, e posteriormente foi coletado o sangue da veia caudal para a preparação das lâminas do teste do Micronúcleo Písceo e as brânquias para a realização do Ensaio Cometa. O teste do Micronúcleo Písceo não apontou atividade genotóxica do sulfato de cobre (p>0,05), enquanto o Ensaio Cometa mostrou que houve efeito genotóxico de ambas as concentrações utilizadas (p<0,05). Através do teste estatístico de Kruskal-Wallis, notou-se uma diferença significativa entre os espécimes controle e os contaminados para o Ensaio Cometa, mostrando uma sensibilidade maior desse biomarcador em relação ao teste do Micronúcleo Písceo. Pode ser verificado que o sulfato de cobre se mostra genotóxico nas concentrações de 50mg/kg e 500mg/kg do peso corporal do peixe.

Órgão Financiador: CNPq, CAPES.

91 de 104

Page 92: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Efeito do LNO3 na citotoxicidade e cinética de proliferação celular em cultura de células de hepatoma de rato (HTC).

Leonardo Campos Zanelatto1, Patrícia Benites Gonçalves da Silva1, Ângelo de Fátima2, Mário Sérgio Mantovani1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina - Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, CEP 86055-900, Londrina – PR, Brasil; [email protected] ; 2Departamento de Química, Grupo de Estudos em Química Orgânica e Biológica, Universidade Federal de Minas Gerais - Av. Pres. Antônio Carlos, 6627, Campus Pampulha Belo Horizonte, MG, Brasil, 31270-901.

Palavras-chave: LNO3, citotoxicidade, antiproliferativo.

A genética toxicológica é uma das áreas da toxicologia que avalia os efeitos de agentes químicos e físicos sobre o DNA e sobre os processos genéticos das células. A avaliação da toxicidade celular causada por agentes químicos auxilia na definição de riscos para a saúde humana e uso seguro. A experimentação in vitro tem sido uma importante ferramenta para elucidar os possíveis efeitos prejudiciais de drogas no metabolismo celular, ciclo celular, duplicação e estrutura do DNA, expressão gênica, entre outros processos que podem levar ao desenvolvimento de doenças como, por exemplo, o câncer. A talidomida, nos últimos anos, tem demonstrado possuir potencial clínico em várias opções terapêuticas, incluindo o tratamento do câncer. Sua eficácia clínica pode ser associada à diversas propriedades, que incluem a inibição de síntese de TNF-α, co-estimulação de células T, e inibição da angiogênese. O LNO3 é um composto sintético, análogo da talidomida, pertencente à família de compostos que possuem núcleo isoindoline-1,3-dione, possuindo ainda um radical NO3 na sua estrutura química. Estruturalmente ele é capaz de liberar óxido nítrico (NO), que possui efeitos citotóxicos e antiproliferativos, dependendo do sítio de formação e da concentração deste gás. No presente trabalho foram analisados a citotoxicidade e a atividade antiproliferativa do composto LNO3 sobre cultura de células de hepatoma de rato (HTC) através do teste de citotoxicidade MTT e da cinética de proliferação celular. No teste MTT, foram testadas 4 concentrações de LNO3 (50 µg/mL, 100 µg/mL, 250 µg/mL e 500 µg/mL) e como controle positivo o agente indutor de danos Doxorrubicina (10 µg/mL), em 3 tempos (24, 48 e 72 horas). Na cinética de proliferação celular, foram testadas 3 concentrações de LNO3 (125 µg/mL, 250 µg/mL e 500 µg/mL), controle positivo Doxorrubicina (0,5 µg/mL), em 4 tempos (24, 48, 72 e 96 horas). Os valores dos parâmetros mensurados foram comparados através do teste ANOVA seguido de Tukey, admitindo p<0,05. Os resultados em MTT mostram que o LNO3 apresentou citotoxicidade em 250 µg/mL e 500 µg/mL nos 3 tempos testados. Na cinética celular, houve um atraso do crescimento celular a partir de 48 horas nas 3 concentrações testadas. Não houve diferença significativa em 24 horas. Esses resultados sugerem que o LNO3 possui efeito citotóxico e é capaz de atuar na inibição da proliferação celular, podendo ser uma substância alvo de estudos para o tratamento de tumores.

92 de 104

Page 93: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação do efeito mutagênico do óleo de copaíba e do óleo de linhaça in vivo.

Michele Cristina Heck1, Lilian Ávila Viana1, Rosinete Gonçalves Mariucci1 e Veronica Elisa Pimenta Vicentini1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá – Avenida Colombo, 5790, Bloco H67(11), Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá – PR, Brasil; [email protected].

Palavras-chave: Mutagênese, Plantas medicinais, Medula óssea.

As observações feitas pelos diferentes povos, desde as mais remotas épocas, sobre a utilização e a eficácia das plantas medicinais contribuíram para a divulgação de suas virtudes terapêuticas. Assim, o uso de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das formas mais antigas de prática medicinal da humanidade e atualmente vem ganhando grande destaque, inclusive do meio científico. O óleo de copaíba (Copaifera langsdorffii Desf.) e o óleo de linhaça (Linum usitatissimum L.), extraídos do tronco e das sementes respectivamente, são amplamente utilizados pela população para o tratamento e prevenção de inúmeras doenças, dentre elas o câncer. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial mutagênico desses óleos em células de medula óssea de Rattus norvegicus, linhagem Wistar. Os animais com 35 dias e aproximadamente 100g de peso corpóreo (p.c.), foram mantidos no Biotério Setorial do Departamento de Biologia Celular e Genética da Universidade Estadual de Maringá, sob condições controladas de temperatura, umidade e fotoperíodo de 12h claro/escuro com água e ração ad libitum. Os mesmos foram divididos em 4 grupos, com 6 animais, tratados em dose única por 24 horas, com as concentrações dos óleos calculadas da extrapolação da dose usada pelo homem. Grupo Controle - 1mL/100g p.c. de água filtrada, Grupo Óleo de copaíba - 0,5mL/100g p.c., Laboratório Eas Produtos Naturais, Grupo Óleo de linhaça - 1mL/100g p.c., Laboratório Biovitty, todos tratados via gavagem e Grupo Ciclofosfamida - 1,5mg/1mL/100g p.c. via intraperitoneal. Para a análise citológica, realizada em microscópio óptico/luz, foram analisadas 100 metáfases por animal, totalizando 600 por grupo. De acordo com os resultados obtidos, pelo teste do Qui-quadrado (α=0,05), dos grupos tratados com o óleo de copaíba e com o óleo de linhaça, quando comparados com os do controle, estes não diferiram estatisticamente. Portanto, os dois óleos avaliados neste estudo e nesta concentração não apresentaram potencial mutagênico nas células de medula óssea.

93 de 104

Page 94: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Determinação da citotoxicidade de extrato de cogumelo shiitake (Lentinula edodes Berk. Pegler) pelo teste MTT em células CHO-K1.

Milene Nóbrega de Oliveira1, Priscilla de Freitas Cardoso1, Vickeline Namba1, Rosa Elisa Linhares2, Luzia D. Paccola-Meirelles1,Sandra Aguiar Soares3, Ilce Mara de Syllos Cólus1.1Depto. de Biologia Geral, 2Depto. de Microbiologia, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001 CEP86051-990, Londrina-PR, 3Dept. de Química Orgânica e Inorgânica, Universidade Federal do Ceará - Bloco 940 Campus do Pici, Fortaleza-CE, Brasil; [email protected].

Palavras chave: Shiitake, CHO, citotoxicidade.

O cogumelo comestível Shiitake (Lentinula edodes Berk. Pegler) originário de países asiáticos, tem sido muito consumido no Brasil e também em outros países do mundo. A parede deste fungo é rica em β-glucanas, destacando-se o lentinan, conhecido por suas atividades terapêutica antioxidante e imunoadjuvante. Tais propriedades tem despertado grande interesse na área de pesquisa com quimioterápicos, pois há esperança de que esta substância venha a ser utilizada como adjuvante, protegendo as células normais durante a quimioterapia do câncer. Tendo em vista a necessidade de se definir concentrações não citotóxicas para a realização de experimentos, o teste in vitro do MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina) tem sido amplamente empregado. No presente trabalho foi utilizado o extrato de Lentinula edodes Berk. Pegler (linhagem WI) em diferentes concentrações (3,125; 6,25; 12,5; 25; 50; 100; 160; 200; 400; 600; 800 µg/mL) para avaliar sua citotoxicidade pelo teste MTT. Tais concentrações foram obtidas dissolvendo-se em PBS o extrato e submetendo-se as células de ovário de hamster Chinês (CHO-K1) aos tratamentos. Para uma melhor confiabilidade, o teste MTT foi realizado em duplicada para as mesmas doze concentrações, obtendo-se como resultado o mesmo perfil de gráfico nas duas repetições. Após a leitura das absorbâncias e análises estatísticas, observou-se que a concentração de 160µg/mL apresentou o resultado mais próximo daquele obtido no grupo controle negativo, que foi submetido somente ao tratamento com PBS. Assim, a concentração de 160mg/mL foi definida como a mais adequada para futuros tratamentos in vitro para se avaliar sua capacidade de induzir ou reprimir a expressão de genes chaves no metabolismo celular.

Apoio Financeiro: PRONEX - Fundação Araucária; CNPq - bolsas IC, AT e PQ.

94 de 104

Page 95: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação quimioprotetora da Chlorella em culturas de células meristemáticas de Allium cepa.

Nádia Calvo Martins Okuyama¹; Bruna Isabela Biazi¹; André Gustavo Yonezawa¹; Karina Gualtieri²; Rodrigo Juliano Oliveira³.

Centro de Estudos em Nutrição e Genética Toxicológica CENUGEN, Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL, Londrina, PR; ¹Discentes do curso de Biomedicina do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL; ²Docente do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL; ³Doutor em Nutrição e Genética Toxicológica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS.

Palavras chave: Allium cepa, quimioproteção, Chlorella.

Atualmente existe um grande interesse na identificação de substâncias presentes na dieta que possuam atividade protetora contra o câncer. A Chlorella acumula uma imensa quantidade de nutrientes, principalmente proteínas, vitaminas e clorofila. É rica em clorofila e possui proporcionalmente mais proteínas do que a soja, a carne bovina e o trigo. É considerada um importante agente desintoxicador contra metais pesados e ainda, é bastante utilizada como anti-colesterol, na diabetes, osteoporose e em pacientes em tratamento contra leucopenia. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a ação mutagênica e antimutagênica da Chlorella por meio do ensaio de Allium cepa. Nesta pesquisa avaliou-se a alga em três concentrações distintas 0.075, 0.15 e 0.3g/L .Para a análise da mutagenicidade as células meristemáticas de A. cepa foram cultivadas na presença de solução aquosa de Chlorella. Fez-se também o controle negativo onde as células germinaram somente com água destilada. Na antimutagenicidade, utilizaram-se os protocolos de pré-tratamento, simultâneo simples, simultâneo com pré-incubação e pós-tratamento. Os meristemas foram coletados ao meio-dia, devido à maior atividade mitótica ocorrer nesse período. As raízes foram fixadas em solução de Carnoy, hidrolisadas, coradas com reativo de Schiff e Carmim acético. Em seguida fez-se o esmagamento dos meristemas e montagem de lâminas. Analisou-se 5000 células/tratamento, em microscopia de luz (40x), e a análise estatística foi realizada por Qui-quadrado e a pesquisa foi realizada em triplicata. A Chlorella não se mostrou mutagênica nas três concentrações avaliadas. Nos protocolos de antimugenicidade as porcentagens de redução de danos foram de 95.68%, 100.00% e 98.92% (pré-tratamento); 91.37%, 95.33% e 93.52% (simultâneo simples); 89.93%, 95.68% e 92.45% (simultâneo com pré-incubação) e 96.04%, 100.00% e 97.49% (pós-tratamento) referentes às três concentrações anteriormente citadas, respectivamente. Diante dos resultados apresentados, verifica-se que os melhores protocolos da pesquisa foram o pré-tratamento e o pós-tratamento, indicando a ação desmutagênica e bioantimutagênica da Chlorella. Substâncias desmutagênicas são as capazes de inativar um agente mutagênico por ação direta, podendo ser química ou enzimática, já no caso de substâncias bioantimutagênicas, elas atuam como moduladoras do reparo e replicação do DNA, agindo em nível celular. O ensaio de A. cepa é um bom teste seletivo para triagem de compostos antimutagênicos devido a sua rapidez e baixo custo e concordância com outros testes de genotoxicidade.

Apoio Financeiro: Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Centro Universitário Filadélfia – Londrina – PR.

95 de 104

Page 96: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação quimiopreventiva do Fator de Crescimento da Chlorella ensaio de Allium cepa.

Nádia Calvo Martins Okuyama¹; Bruna Isabela Biazi¹; Karina Gualtieri²; Rodrigo Juliano Oliveira³.

Centro de Estudos em Nutrição e Genética Toxicológica CENUGEN, Centro Universitário Filadélfia – UniFil, Londrina, PR; ¹Discentes do curso de Biomedicina do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL; ²Docente do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL; ³Doutor em Nutrição e Genética Toxicológica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS.

Palavras chave: Allium cepa, quimioprevenção, Chlorella.

O Fator de Crescimento da Chlorella estimula a recuperação de tecidos, protege a integridade das células, melhora a ingestão de nutrientes. Promove uma rápida taxa de reprodução devido ao aumento da função DNA/RNA responsáveis pela produção de proteínas, enzimas e energia a nível celular. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a ação quimiopreventiva do fator de crescimento da Chlorella em teste de Allium cepa. Nesta pesquisa avaliou-se o fator de crescimento desta alga unicelular em três concentrações distintas (0.075, 0.15 e 0.3g/L) frente aos danos causados pelo metilmetanosulfonato na concentração de 0.010g/L. Para a análise da mutagenicidade as células meristemáticas foram cultivadas na presença de solução aquosa do fator de crescimento da Chlorella. No controle negativo as células germinaram somente com água destilada. Na antimutagenicidade, fez-se os protocolos de pré-tratamento, simultâneo simples, simultâneo com pré-incubação e pós-tratamento. As raízes foram fixadas em solução de Carnoy, hidrolisadas, coradas com reativo de Schiff e Carmim acético. Analisou-se 5000 células/tratamento, em microscopia de luz, e a análise estatística foi realizada por Qui-quadrado. O fator de crescimento não se mostrou mutagênico nas três concentrações testadas. Nos protocolos de antimugenicidade as porcentagens de redução de danos foram 101.27%, 98.30% e 94.09% (pré-tratamento); 97.89%, 94.94% e 91.56% (simultâneo simples); 97.47%, 94.53% e 91.56% (simultâneo com pré-incubação) e 109.84%, 105.84% e 101.27% (pós-tratamento) referentes às concentrações, respectivamente. Frente aos resultados mencionados, verifica-se que o fator de crescimento da Chlorella possui boa capacidade de prevenção de danos no DNA que pode ser observada no protocolo de pré-tratamento. O melhor tratamento foi o pós-tratamento onde é possível observar a atividade bioantimutagenicidade da substância. O ensaio de Allium cepa é um bom teste para screening de substâncias antimutagênicas e é seguro para selecionar compostos com princípios ativos eficazes e, se confirmado este mesmo modo de ação antimutagênica em cultura de mamíferos e/ou experimentos in vivo, em um futuro próximo o Fator de Crescimento da Chlorella pode-se tornar tratamento para doenças associadas a danos no DNA, como o câncer.

Apoio Financeiro: Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Centro Universitário Filadélfia – Londrina – PR.

96 de 104

Page 97: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação da citotoxicidade e cinética de proliferação in vitro do composto sintético L3.

Patrícia Benites Gonçalves da Silva1, Leonardo C. Zanelatto1, Ângelo de Fátima2, Mário Sérgio Mantovani1.1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR 445 Km 380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86061990, Londrina – PR, Brasil, [email protected] ; 2 Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais - Av. Antônio Carlos, 6627, Campus Pampulha, CEP 31270-901, Belo Horizonte – MG, Brasil.

A talidomida foi relatada em 1953 como agente antiemético e sedativo, porém logo foi suspendido pelo seu efeito teratogênico. Alguns anos após sua proibição, foram descobertas novas ações do medicamento como uso no tratamento de lepromas, infecção ao HIV, doenças auto-imunes e câncer. As moléculas orgânicas e inorgânicas e os átomos que contêm elétrons não pareados são classificados como radicais livres. Essa configuração faz dos radicais livres moléculas altamente instáveis e quimicamente muito reativas. O radical óxido nítrico (NO•) participa de uma variedade de funções regulatórias no organismo como nas respostas anti-patogênicas e anti-tumoral do sistema imune. O NO• também pode agir como agente deletério em diversas condições fisiopatológicas incluindo o câncer. Alguns relatos sugerem que o NO• possui atividade anti-tumoral e outros implicam em promoção do tumor. O composto L3 é um composto sintético potencialmente citotóxico e antiproliferativo por possuir em sua estrutura um núcleo isoindolina 1,3-diona que o caracteriza como um derivado da talidomida e uma porção que pode ser capaz de produzir óxido nítrico. O trabalho teve como objetivo averiguar a citotoxicidade do composto L3 através do ensaio MTT e a cinética de proliferação celular. Para o ensaio MTT, os compostos foram testados em cultura de células HTC (hepatoma de rato) em três tempos de tratamento: 24, 48 e 72 horas e em cinco concentrações: 10μg/mL, 50μg/mL, 100μg/mL, 250μg/mL e 500μg/mL, e como controle positivo foi utilizado o agente indutor de danos doxorrubicina 10μg/mL. No ensaio de cinética de proliferação foram testados quatro tempos: 24, 48, 72 e 96 horas e três concentrações: 125μg/mL, 250μg/mL e 500μg/mL, e como controle positivo foi utilizado doxorrubicina 0,5μg/mL. Os dados foram analisados pelo teste estatístico ANOVA seguido de Tukey admitindo p<0,05. O composto L3 foi citotóxico apenas na concentração de 500μg/mL em 72 horas. A concentração de 125μg/mL apresentou um aumento na proliferação celular em 96 horas e a concentração de 500 μg/mL diminui o crescimento celular em 48 e 72 horas, porém em 96 horas não teve diferença em relação ao controle. Os resultados sugerem que o composto pode ter mais de um mecanismo de ação no ciclo celular estimulando o crescimento na menor concentração (125μg/mL) e inibindo na maior (500 μg/mL), sendo está última relacionada a inibição do metabolismo mitocondrial encontrado no MTT.

97 de 104

Page 98: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Comparação dos efeitos genotóxicos em tétrades de Tradescantia pallida (Rose) D.R. Hunt var. purpurea expostas a poluição ambiental dos períodos seco e chuvoso no norte do Mato Grosso.

Rafael Tessaro Coelho¹; Ana Aparecida Bandini Rossi²; Juliana Mosconi Magro³; Katlin Fernanda de Araújo4.

¹Universidade Estadual do Mato Grosso, Campus de Sinop-MT, Departamento de Ciências Biológicas; ²Universidade do Estado do Mato Grosso Campus de Alta Floresta-MT, Departamento de Ciências Biológicas; 3,4Universidade Estadual de Maringá-PR, Departamento de Biologia Celular e Genética.

Palavras-chave: micronúcleos, poluição ambiental e bioindicadores vegetais.

A Tradescantia pallida (Rose) D.R. Hunt var. purpurea é uma espécie bastante sensível a compostos genotóxicos presentes no ambiente e por isso muito utilizada em testes de micronúcleos. Seu uso para biomonitoramento ambiental possui notável custo-benefício por apresentar resultados satisfatórios. Com o intuito de descobrir se a poluição ambiental da área central da cidade de Sinop está afetando o desenvolvimento celular gamético de organismos, utilizamos tal espécie visando verificar a formação de micronúcleos. Foram ornamentados quatro canteiros com a espécie, três na região central, com grande fluxo de veículos automotores e um em bairro onde há menor fluxo. Os quatro pontos eram suscetíveis a poluição aérea e do solo e expostos a iluminação solar direta. O período da pesquisa abrangeu seis meses; três de seca (agosto, setembro e outubro) e três de chuva (novembro, dezembro e janeiro), no quais houve coletas mensais de botões florais com tétrades em estágio jovem. As análises estatísticas foram elaboradas pelo programa Sisvar 4.0. Como resultados, observamos que nas populações da Av. Gov. Júlio Campos (AJC) e Av. das Itaúbas (AIT) a frequência de micronúcleos foram maiores no período da seca, enquanto que nas populações da Av. das Acácias (AAC) e Jardim das Palmeiras (JPA) as frequências de micronúcleos foram maiores no período da chuva. Quando comparados mensalmente, a população da Av. das Itaúbas (AIT) apresentou a maior frequência na formação de micronúcleos no mês de agosto. Para formação de tétrades, tríades e díades, os resultados não revelaram diferenças estatísticas entre as médias do período de seca e chuva, sugerindo que em Sinop, a poluição atmosférica dos dois períodos, não esteja afetando a formação de tétrades normais. Nas análises mensais, os resultados demonstraram diferenças estatísticas significativas na formação de tétrades e tríades, sendo que setembro apresentou a menor frequência de tétrades (60,40%), bem como a maior frequência de tríade (20,71%) e de díade (18,76%). Estes resultados estão de acordo com os focos de queimadas apresentados pelo CPTEC/INPE para o estado de MT neste período, o que pode significar que a poluição gerada pelas queimadas em setembro e agosto possa ter afetado a formação de células gaméticas da planta.

Apoio financeiro: PIBIC – UNEMAT.

98 de 104

Page 99: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Efeito citotóxico e antiproliferativo da α-Tomatina contra células tumorais de epitélio pulmonar humano da linhagem NCI-H460.

Rodrigo César dos Santos Vida1, Marcela Stefanini Tsuboy2, Juliana Cristina Marcarini2, Mário Sérgio Mantovani3.1Pós-graduação em Patologia Experimental UEL (mestrado). 2Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular UNESP - Rio Claro (doutorado). 3Laboratório de Genética Toxicológica, Universidade Estadual de Londrina (orientador).

Palavras-chave: α-Tomatina, antiproliferação, citotoxicidade, Nci-H460.

A α-tomatina é um glicoalcalóide presente em tomates (Lycopersicon esculentum) imaturos, cuja concentração decresce conforme o amadurecimento do fruto. Trata-se de um composto esteroidal ligado fortemente a um grupo formado por quatro carboidratos, e está presente nas mais variadas tipologias de tomates disponíveis para consumo. Suas propriedades fungicida e antiinflamatória já foram largamente comprovadas, e recentemente seus efeitos no controle da proliferação de células tumorais têm sido estudados. Os estudos já realizados demonstram um potencial efeito antiproliferativo e antimetastásico da α-Tomatina contra células tumorais de fígado e cólon. A incidência de câncer de pulmão tem aumentado consideravelmente nos últimos anos em todo o mundo. O epitélio pulmonar é frequentemente sujeitado a condições onde estão presentes substâncias comprovadamente carcinogênicas, como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e aminas aromáticas, produtos da poluição atmosférica e da queima de material orgânico, como combustíveis e tabaco. Os efeitos pró-apoptóticos de substâncias naturais são esperados como sendo uma alternativa ao uso de substâncias artificiais no controle de diversos tipos de cânceres, como de pulmão. Substâncias de origem natural, como a α-Tomatina, podem ser facilmente adicionadas à dieta proporcionando um meio simples e eficiente de combate a progressão dessa doença. Esse trabalho objetiva testar in vitro o potencial citotóxico e as propriedades antiproliferativas da α-Tomatina contra células tumorais do epitélio pulmonar humano (linhagem NCI-H460). As células foram incubadas com diferentes concentrações da droga e submetidas ao ensaio de citotoxicidade através do ensaio de viabilidade celular de MTT, e a proliferação foi estimada através de contagem em hemocitômetro com diferenciação por exclusão de azul de Trypan. O estudo demonstrou citotoxicidade da substância em concentrações superiores a 4mg/ml e significativa diminuição da proliferação celular na concentração de 10mg/ml, além de diminuir o tempo de dobramento celular. Dessa forma, esse trabalho demonstra que a α-Tomatina é eficiente no combate a proliferação desse tipo de câncer in vitro. Resultados que, apesar de preliminares, contribuem para o estudo de novas substâncias naturais no combate a proliferação de células tumorais.

Órgão Financiador: CNPq.

99 de 104

Page 100: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Expressão gênica nas glândulas de seda de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) expostas ao inseticida Galgotrin.

Simone Aparecida dos Santos1, Fábio Fermino1, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi2, Aline Ribeiro Bronzato1, Juliana Mosconi Magro1, Katlin Fernanda de Araújo1, Fúlvio Zanete Paixão1, Bruna Manueli Teles Moreira1, Denise Alves Lopes1, José Ricardo Penteado Falco1, e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki1; 1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil.

Palavras-chave: broca da cana-de-açúcar, cromatina, CEC, agrotóxicos.

A Diatraea saccharallis é conhecida como a principal praga causadora de danos na produção de cana-de-açúcar. Para o controle deste inseto utiliza-se agroquímicos e o controle biológico com a vespa Cotesia flavipes. Vários inseticidas são utilizados para o controle de insetos destacando-se os organofosforados e piretróides. O contado do inseto com diferentes inseticidas no campo pode levar a resistência, e/ou ainda poderá estar afetando diretamente o material genético e a expressão gênica. Estudos para investigar a integridade da cromatina de células de insetos que foram afetados por agentes externos podem ajudar a compreender essas alterações, assim, utilizamos a técnica de concentração crítica de eletrólitos (CEC), que corresponde à concentração salina na qual se constata total abolição do fenômeno de metacromasia, quando se usa o azul de toluidina como corante catiônico e íons Mg2+ como microcátions. Cromatina condensada exibe valor de CEC mais elevado quando comparada à cromatina descondensada. O objetivo deste trabalho foi determinar a CEC em glândulas da seda de D. saccharalis do terceiro e quinto instar e verificar se há diferenças ao nível dos complexos nucleoproteicos, induzidas pelo stress de contato com galgotrin. Para tanto, em placas de Petri foram colocados papel filtro contendo 1 ml de solução a 10% de galgotrin. Após, foram colocadas 20 lagartas por placa permanecendo 24 horas. As lagartas foram dissecadas e as glândulas extraídas, as quais foram submetidas à técnica de CEC para a análise da cromatina. Glândulas do terceiro instar apresentaram diferenças nos valores de CEC entre os insetos expostos (0,15M) e os não expostos ao inseticida (0,12M). No quinto instar houve diferença em relação ao terceiro instar e também entre o grupo exposto ao inseticida (0,08M) e o controle (0,08-0,10M). Desta forma podemos concluir que houveram diferenças na estrutura da cromatina entre o terceiro e quinto instares, tendo o terceiro instar cromatina mais compactada e provavelmente menos ativa e o quinto instar cromatina menos compactada e provavelmente mais ativa. O inseticida Galgotrin, em dose subletal, afetou a atividade gênica nos dois instares acusando alterações na estrutura da cromatina, ativando ou reprimindo genes que provavelmente estão ligados ao mecanismo de defesa do inseto, podendo ajudar no processo de seleção e sobrevivência.

Órgão financiador: CAPES.

100 de 104

Page 101: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Concentração crítica de eletrólitos (CEC) na cromatina de glândulas da seda de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) expostas ao inseticida Fipronil.

Simone Aparecida dos Santos1, Fábio Fermino1, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi2, Aline Ribeiro Bronzato1, Juliana Mosconi Magro1, Katlin Fernanda de Araújo1, Fúlvio Zanete Paixão1, Bruna Manueli Teles Moreira1, Denise Alves Lopes1, José Ricardo Penteado Falco1, Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil.

Palavras-chave: expressão gênica, agrotóxicos, broca da cana-de-açúcar.

A Diatraea saccharalis é popularmente conhecida como broca-da-cana, sendo a principal praga causadora de prejuízos a esta cultura. As medidas de controle desta praga envolvem o uso de agroquímicos e o controle biológico com a vespa Cotesia flavipes. Entre os inseticidas mais utilizados para o controle de insetos destacam-se os organofosforados e piretróides, que são reguladores de crescimento e que danificam o sistema nervoso central levando à morte. A exposição do inseto a diferentes agrotóxicos no campo pode levar a resistência, e/ou ainda poderá estar afetando diretamente o material genético e a expressão gênica. Uma forma de investigar a integridade da cromatina de células de insetos que foram afetadas por agentes externos é através da técnica de concentração crítica de eletrólitos (CEC), que corresponde à concentração salina na qual se constata total abolição do fenômeno de metacromasia, quando se usa o azul de toluidina como corante catiônico e íons Mg2+ como microcátions. Cromatina condensada exibe valor de CEC mais elevado quando comparada à cromatina descondensada. O objetivo deste trabalho foi determinar a CEC em glândulas da seda de D. saccharalis do terceiro e quinto instar e que refletisse diferenças ao nível dos complexos nucleoproteicos, induzidas pelo stress de contato com fipronil. Para tanto, em placas de Petri foram colocados papel filtro contendo 1 ml de solução a 0,0025% de fipronil. Após, foram colocadas 20 lagartas por placa, permanecendo 24 horas. As lagartas foram dissecadas e as glândulas extraídas, as quais foram submetidas à técnica de CEC para a análise da estrutura da cromatina. Glândulas do terceiro instar não apresentaram diferenças nos valores de CEC (0,12M) entre os insetos expostos e os não expostos ao inseticida. Já no quinto instar houve diferença em relação ao terceiro instar e também entre o grupo exposto ao inseticida (0,08M) e o controle (0,08-0,10M). Desta forma podemos concluir que houveram diferenças na estrutura da cromatina entre o terceiro e quinto instares, tendo o quinto instar cromatina menos compactada e, provavelmente, mais ativa. O inseticida Fipronil, em dose subletal, afetou a atividade gênica no quinto instar acusando alterações na estrutura da cromatina, ativando ou reprimindo genes que provavelmente estão ligados ao mecanismo de defesa do inseto, podendo ajudar no processo de seleção e sobrevivência.

Órgão financiador: CAPES.

101 de 104

Page 102: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Efeito da exposição ao herbicida Sanson na cromatina de glândulas da seda de Diatraea saccharalis (LEPIDOPTERA: PYRALIDAE).

Simone Aparecida dos Santos1, Fábio Fermino1, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi2, Aline Ribeiro Bronzato1, Juliana Mosconi Magro1, Katlin Fernanda de Araújo1, Fúlvio Zanete Paixão1, Bruna Manueli Teles Moreira1, Denise Alves Lopes1, José Ricardo Penteado Falco1, e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki1.

1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil.Palavras-chave: Diatraea saccharalis, cromatina, CEC, Sanson.

A broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis é a principal praga desta cultura. O controle biológico ocorre com o parasitóide Cotesia flavipes. Além do controle biológico emprega-se o uso de agroquímicos, porém, muitos insetos entram em contato com pequenas doses destes e acabam permanecendo vivos e posteriormente apresentando resistência. Além disso, existe o uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas na cana-de-açúcar e que pode estar entrando em contato direto com as brocas. A exposição do inseto a estes herbicidas no campo pode levar a resistência, e/ou ainda poderá estar afetando diretamente o material genético e a expressão gênica. Para o estudo da integridade da cromatina de células de insetos que foram afetadas por agentes externos foi utilizada a técnica de concentração crítica de eletrólitos (CEC), que corresponde à concentração salina na qual se constata total abolição do fenômeno de metacromasia, quando se usa o azul de toluidina como corante catiônico e íons Mg2+ como microcátions. Cromatina mais condensada exibe valor de CEC mais elevado quando comparada à descondensada. O objetivo desse trabalho foi determinar a (CEC) em glândulas de D. saccharalis do terceiro e quinto instar e verificar se existem diferenças ao nível dos complexos nucleoproteicos, induzidas pelo stress de contato com Sanson. Para tanto, em placas de Petri foram colocados papel filtro contendo 1 ml de solução a 100% de Sanson. Em seguida, foram colocadas 20 lagartas por placa permanecendo 24 horas. As lagartas foram dissecadas e as glândulas extraídas, as quais foram submetidas à técnica de CEC para a análise da estrutura da cromatina. Glândulas do terceiro instar apresentaram diferenças nos valores de CEC entre insetos expostos (0,05-0,08M) e não expostos ao herbicida (0,12M). De forma semelhante no quinto instar, os insetos expostos ao herbicida (0,05-0,08M) apresentaram diferença nos valores de CEC em relação aos não expostos (0,08-0,10M). Conclui-se que houveram diferenças na estrutura da cromatina entre o terceiro e quinto instares e em relação ao controle, verificando em ambas descompactação, sendo que no terceiro instar a cromatina apresentou-se menos compactada em relação ao quinto instar e provavelmente mais ativa. O herbicida Sanson, em dose subletal, afetou a atividade gênica nos instares estudado, acusando alterações na estrutura da cromatina, ativando ou reprimindo genes que provavelmente estão ligados ao mecanismo de defesa do inseto, podendo ajudar no processo de seleção e sobrevivência.

Órgão financiador: CAPES

102 de 104

Page 103: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Toxicidade do bioinseticida Natuneem em glândulas da seda de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Pyralidae).

Simone Aparecida dos Santos1, Fábio Fermino1, Ana Lúcia Paz Barateiro Stuchi2, Aline Ribeiro Bronzato1, Juliana Mosconi Magro1, Katlin Fernanda de Araújo1, Fúlvio Zanete Paixão1, Bruna Manueli Teles Moreira1, Denise Alves Lopes1, José Ricardo Penteado Falco1, e Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki1.1Departamento de Biologia Celular e Genética, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil.

Palavras-chave: Diatraea saccharalis, cromatina, CEC, Natuneem.

A cana-de-açúcar é a principal matéria prima para a fabricação do açúcar e álcool (etanol) e têm como principal praga a Diatraea saccharilis. Este inseto também ataca outras culturas de importância econômica como a Oryza sativa. As medidas de controle envolvem o uso de agroquímicos e o controle biológico com a vespa Cotesia flavipes. Outras formas de combater o inseto também são estudadas e empregadas, como o uso de fungos, microrganismos como o Bacillus thuringiensis, plantas geneticamente modificadas, inseticidas, pesticidas e bioinseticidas. Entre os bioinseticidas utilizados no controle de insetos se destaca a Azadirachta indica, conhecida comercialmente como Natuneem. A exposição do inseto a este bioinseticida no campo pode levar a resistência, e/ou ainda poderá estar afetando diretamente o material genético e a expressão gênica. Para investigar a integridade da cromatina de células de insetos que foram afetadas com agentes externos foi realizada a técnica de concentração crítica de eletrólitos (CEC), que corresponde à concentração salina na qual se constata total abolição do fenômeno de metacromasia, quando se usa o azul de toluidina como corante catiônico e íons Mg2+ como microcátions. Cromatina mais condensada exibe valor de CEC mais elevado quando comparada à descondensada. O objetivo desse trabalho foi determinar a CEC em glândulas de D. saccharalis do terceiro e quinto instar e verificar se existem diferenças ao nível dos complexos nucleoproteicos, induzidas pelo stress de contato com Natuneem. Para tanto, em placas de Petri foram colocados papel filtro contendo 1 ml de solução a 100% de Natuneem. Em seguida, foram colocadas 20 lagartas por placa permanecendo 24 horas. As lagartas foram dissecadas e as glândulas extraídas, as quais foram submetidas à técnica de CEC para a análise da estrutura da cromatina. Glândulas do terceiro instar apresentaram diferenças nos valores de CEC entre insetos expostos (0,15M) e não expostos ao bioinseticida (0,12M). No quinto instar houve diferença entre o grupo exposto ao bioinseticida (0,15M) e o controle (0,08-0,10M). Conclui-se que houveram diferenças na estrutura da cromatina entre o terceiro e quinto instares e em relação ao controle, verificando em ambas compactação, sendo que no quinto instar a cromatina apresentou-se mais compactada em relação ao terceiro e provavelmente menos ativa. O bioinseticida Natuneen, em dose subletal, afetou a atividade gênica nos dois instares acusando alterações na estrutura da cromatina, ativando ou reprimindo genes que provavelmente estão ligados ao mecanismo de defesa do inseto, podendo ajudar no processo de seleção e sobrevivência.

Órgão financiador: CAPES.

103 de 104

Page 104: Anais do X Encontro Paranaense de Genética: do nano ao macro · X Encontro Paranaense de Genética realizado nos dias 03 e 04 de junho de ... estudantes de graduação e de pós-

Avaliação da citotoxicidade do Fluconazol em células de ovário de hamster Chinês (CHO-K1) e de hepatoma de Rattus novergicus (HTC).

Vickeline Namba1; Priscila de Matos Cândido1; Marialba Avezum Alves Castro-Prado2; Ilce Mara de Syllos Cólus1.1Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina – Rodovia Celso Garcia Cid PR445 Km380 Campus Universitário, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina-PR, Brasil; [email protected]; 2Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Maringá – Avenida Colombo, 5790 Jardim Universitário, CEP 87020-900, Maringá-PR, Brasil.

Palavras-chave: Fluconazol; citotoxicidade; in vitro.

O Fluconazol é um antifúngico muito prescrito pelos médicos brasileiros por apresentar alta biodisponibilidade e poucos efeitos colaterais. Este medicamento é indicado para o tratamento da candidíase e dermatomicoses, assim como medida profilática para pessoas imunodeprimidas e com câncer. Mesmo quando já são comercializados, é importante a constante verificação dos medicamentos quanto às suas eficácias e seguranças aos seres humanos, evitando possíveis efeitos danosos. Quando se trabalha com cultura celular, um dos fatores que interfere no resultado de experimentos é a morte celular. Assim, o teste de citotoxicidade, que avalia a viabilidade celular frente a concentrações diferentes de um composto, é considerado um pré-teste para definição de concentrações a serem utilizadas em ensaios posteriores de genotoxicidade e mutagenicidade. O objetivo deste trabalho consiste em verificar e comparar a citotoxicidade do Fluconazol em células de ovário de hamster Chinês (CHO-K1) e de hepatoma de Rattus novergicus (HTC). A escolha dessas linhagens foi com o intuito de verificar a ação deste medicamento em dois tipos celulares: normal e tumoral e posteriormente tentar extrapolar para células humanas. Foi realizado o ensaio do MTT (3-[4,5-dimethylthiazol-2-yl]-2,5-diphenyltetrazolium bromide) com as seguintes concentrações do Fluconazol: 0,781; 1,5625; 3,125; 6,25; 12,5; 25; 50; 100; 200 e 400µg/mL. Na linhagem celular CHO-K1 o antifúngico apresentou citotoxicidade a partir da concentração de 6,25µg/mL, enquanto que para a linhagem HTC, nenhuma das concentrações testadas foi citotóxica. Essa diferença na resposta citotóxica pode ser explicada pelo fato da linhagem CHO-K1 ser uma linhagem normal não metabolizadora e a HTC, uma linhagem tumoral metabolizadora, o que pode torná-la, de alguma forma, mais resistente ao Fluconazol do que as células normais. Apesar de a linhagem tumoral realizar a metabolização do Fluconazol, este é excretado cerca de 80% de forma íntegra pelos rins, indicando que, na verdade, a biotransformação deste antifúngico é mínima. Assim, a resistência à citotoxicidade observada deve estar relacionada a outras características intrínsecas da linhagem tumoral. Os resultados obtidos permitem afirmar que as concentrações de 0,781; 1,5625 e 3,125µg/mL do Fluconazol poderão ser utilizadas em experimentos posteriores, pois não interferiram na morte celular na linhagem CHO-K1; já em células HTC todas as concentrações testadas poderão ser utilizadas.

Órgãos financiadores: Fundação Araucária; CAPES/DS; CNPQ/PQ.

104 de 104