ANAIS ISSN: 2358-1662 Vol. 4 (2015) -...

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ANAIS 4 0 ENCONTRO NACIONAL DE PÓS GRADUAÇÃO De 06 a 07 de novembro de 2015 Universidade Santa Cecília Rua Oswaldo Cruz, 277 - Boqueirão - Santos/SP CEP: 11045-907 Tel: (13) 3202-7100 - Fax: (13) 3234-5297 ISSN: 2358-1662 Vol. 4 (2015)

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  • ANAIS

    40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO

    De 06 a 07 de novembro de 2015

    Universidade Santa Ceclia

    Rua Oswaldo Cruz, 277 - Boqueiro - Santos/SP CEP: 11045-907 Tel: (13) 3202-7100 - Fax: (13) 3234-5297

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    ANAIS DO 4 ENCONTRO NACIONAL DE PS

    GRADUAO

    De 06 a 07 de Novembro de 2015

    Homenagem a

    Milton Teixeira (1930-2012)

    Acadmico Santista, Pesquisador, Educador, Intelectual, Escritor, Dirigente esportivo (Presidente do Santos

    FC (83-87) e Fundador do Complexo Educacional Santa Ceclia, que hoje uma das principais entidades de

    ensino da cidade de Santos - SP e regio.

    Principais obras literrias de Milton Teixeira:

    Matemtica Comercial para Concursos do Banco do Brasil S.A. e D.A.S.P. (Editora Melhoramentos) - 1955;

    Imagens Acadmicas (Editora Reis, Cardoso, Botelho S.A.) - 1958; Os Homens Apontaram o Veredicto... e

    Deus? (Editora Reis, Cardoso, Botelho S.A.) - 1960; Confisses de um Advogado (Massao Ohno Editora

    S.A.) - 1963; Ribeiro Couto, ainda Ausente (Editora do Escritor, SP) - 1982; Um Passado Inesquecvel

    (Grfica A Tribuna) - 1984; Lembranas da Casa Amarela (Editora da UNICEB) - 1989; Benedicto Calixto -

    Imortalidade (Editora da UNICEB) - 1992; Ribeiro Couto, 30 anos de Saudade, em parceria com o

    Embaixador Vasco Mariz. (Editora da UNICEB) - 1994; Universidade Santa Ceclia, uma lio de vida, 2001.

    A Mquina do Tempo, o inexorvel da vida, 2002 e A Mquina do Tempo, o inexorvel da vida, vol. 2, 2003.

    Ficha catalogrfica elaborada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da Unisanta

    Universidade Santa Ceclia

    ANAIS DO 4 ENCONTRO NACIONAL DE PS

    GRADUAO/Universidade Santa Ceclia (Unisanta)-2015

    594 pag.

    Ano 4, N.4, Santos SP, Brasil

    Anual

    ISSN: 2358-1662

    1.ps graduao. Pesquisa. Engenharia mecnica.

    Ecologia.

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    Universidade Santa Ceclia

    ADMINISTRAO SUPERIOR

    Profa. Dra. Slvia ngela Teixeira Penteado Reitora

    Profa. Dra. Lcia Maria Teixeira - Diretora-Presidente

    Dr. Marcelo Pirilo Teixeira - Pr-Reitor Administrativo

    Profa. Emlia Maria Pirilo - Pr-Reitora de Desenvolvimento

    Profa. Zuleika de A. Senger Gonalves - Pr-Reitora Acadmica

    DIRETORES

    FACULDADE DE ADMINISTRAO E DE CINCIAS CONTBEIS

    Prof. Jlio Simes Jnior

    FACULDADE DE ARTES E COMUNICAO

    Prof. Humberto Iafullo Challoub

    FACULDADE DE CINCIAS E DE TECNOLOGIA

    Prof. Roberto Patella

    FACULDADE DE DIREITO

    Prof. Norberto Moreira da Silva

    FACULDADE DE EDUCAO FSICA E FARMCIA

    Prof. MSc. Joo Carlos T. de Souza Barros

    FACULDADES DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO

    Dr. Antonio de Salles Penteado

    FACULDADE DE FISIOTERAPIA

    Prof. Espec. Ivan Barreira Cheida Faria

    FACULDADE DE PEDAGOGIA

    Prof. Dr. Fbio Giordano

    FACULDADE DE ODONTOLOGIA

    Prof. Walter Denari

    NOVEMBRO 2015 - SANTOS-SP, BRASIL

    Universidade Santa Ceclia

    Rua Oswaldo Cruz, 277 - Boqueiro - Santos/SP CEP: 11045-907 Tel: (13) 3202-7100 - Fax: (13) 3234-5297

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    4 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO

    EDITORIAL

    O Quarto Encontro Nacional de Ps Graduao da Universidade Santa Ceclia, realizado

    nos dias 06 e 07 de novembro de 2015, objetiva estabelecer um frum especializado para que

    alunos de mestrado e doutorado, assim como de cursos de especializao de todo o Brasil,

    possam divulgar e discutir seus trabalhos tcnico-cientficos. Este espao de grande

    importncia para que estes alunos possam discutir e avaliar opinies de colegas e professores

    de maneira a elaborar um trabalho mais completo que possa ser submetido a um peridico

    nacional ou internacional.

    Este evento ocorre todos os anos na UNISANTA, sendo que, a partir do ano de 2013,

    passou a ocorrer na mesma poca do Encontro Nacional de Iniciao Cientfica da UNISANTA

    COBRIC, de maneira a permitir uma maior interao entre alunos de ps-graduao e alunos

    de graduao, atendendo, assim, ao princpio bsico da ps-graduao brasileira, que de

    formar docentes cada vez mais capacitados para o ensino de graduao.

    O 4 ENPG contou com uma grande participao dos alunos dos cursos de Mestrado e

    Especializao da UNISANTA, assim como de diversas Instituies de Ensino da Baixada

    Santista e de outras regies. Foram quase duzentos inscritos que submeteram cento e quarenta

    trabalhos cientficos, dos quais cento e sete foram aceitos para o evento.

    Neste ano, pela primeira vez, o evento insere tambm sees orais. Dezesseis trabalhos

    foram selecionados pela Comisso de Organizao do Evento.

    Parabenizo a todos os membros da Comisso Organizadora do 4 ENPG, bem como a

    todos os alunos que conseguiram, em um curto espao de tempo, produzir trabalhos de alto

    nvel com uma grande quantidade de dados cientficos.

    Prof. Dr. Marcos Tadeu Tavares Pacheco

    Coordenador de Ps Graduao

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    4 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO

    COMISSO ORGANIZADORA

    Aldo Ramos Santos, Prof. Dr. Karina Tamio de Campos Roseno, Profa. Dra.

    Alexandre Almeida da Costa Lucas Las Henrique Ccero

    Alexandre Jusis Blanco, Prof. Me. Luciana Lopes Guimares, Profa. Dra.

    lvaro Luiz Diogo Reigada, Prof. Dr. Luciano Mazzucca da Gama

    Aureo Figueiredo, Prof. Me. Mara Angelina Galvo Magenta, Profa. Dra.

    Brbara Gomes Del Rey Marcos Tadeu Tavares Pacheco, Prof. Dr.

    Caio Rodrigues Nobre Maria Cristina Pereira Matos, Profa. Dra.

    Camerino Borgonovi de Oliveira Santos Mariana Cotta Vieira

    Camilo Dias Seabra Pereira, Prof. Dr. Matheus Mano Claro

    Claudio Rodrigo Torres, Prof. Dr. Mauricio Conceio Mario, Prof. Dr.

    Deovaldo de Moraes Junior, Prof. Dr. Michele Andriaci Ferreira do Carmo

    Dorota Vilanova Garcia, Prof. Me. Milena Ramires , Profa. Dra.

    Fbio Caldeira Martins Priscila Candido Baroni

    Fbio Giordano, Prof. Dr. Sergio de Moraes, Prof. Me.

    Floriana Nascimento Pontes Taynara Cristina Cordeiro

    Gabriela Campos Zeineiddine Uelcio Jackson Magalhes Alves Junior

    Hermes Cncio dos Santos Ursulla Pereira Souza, Profa. Dra.

    Joo Incio da Silva Filho, Prof. Dr. Walter Barrella, Prof. Dr.

    Jos Carlos Morilla, Prof. Dr. Willy Ank de Moraes, Prof. Me.

    Juliana Plcido Guimares, Profa. Dra.

    COMITE EDITORIAL DOS ANAIS DO IV ENPG

    Fbio Giordano, Prof. Dr.

    Joo Incio da Silva Filho, Prof. Dr.

    Juliana Plcido Guimares, Profa. Dra.

    Maria Cristina Pereira Matos, Prof. Dra.

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    4 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO

    N0 SUMRIO pag.

    001

    Problemas na modelagem de uma rede de distribuio de gua em um municpio

    paulista

    Ronaldo de Souza Barcala, Dorota Vilanova Garcia, Giovanni Romo Barcala

    001

    002

    Construo e operao de um marcador de posio da taxa de leo combustvel

    para caldeira de vapor saturado

    Paulo, H. A. T.,Santos, A. R.,Moraes Jr., D,Moraes, M. S.

    006

    003

    Comparao entre o acetileno e glp na utilizao em oficinas de manuteno: um

    estudo de caso

    Paulo, H. A. T., Santos, A. R., Moraes Jr., D, Moraes, M. S.

    011

    004

    A influncia da manuteno em instalaes de vapor no rendimento de uma

    caldeira

    Paulo, H. A. T.,Santos, A. R., Moraes Jr., D, Moraes, M. S.

    016

    005

    Anlise comparativa entre ensaio por gamagrafia e ultrassom em junta soldada

    tubular

    Douglas de Jesus Passoni, Marcos Tadeu Tavares Pacheco

    021

    006

    Anlise e comparao terica e prtica das tenses exercidas em curvas de

    expanso de linhas de vapor.

    Leandro Ferreira Gomes, Rodrigo dos Reis Lima

    027

    007

    Gerenciamento de riscos em processos qumicos

    Renato de Marchi Vieira dos Santos, Zenn Rodrguez Batista, Aldo Ramos Santos e

    Deovaldo de Moraes Jnior

    032

    008

    Janela automatizada que opera a partir de dados meteorolgicos obtidos por

    sensores

    Jos Carlos Morilla, Tadeu Domingues da Silva Antunes, Fabio Caldeira Martins

    036

    009

    A videoconferncia aplicada ao ensino a distncia.

    Rafael Aurelio da Silva Novaes,; Joo Incio da Silva Filho; Adriane Violante de

    Carvalho Ramos

    040

    010

    Avaliao estatstica do processo de Warder para quantificao de CO2 dissolvido

    em gua a partir de uma coluna de absoro

    Nunes, M.A.;Castro, Y.R.;Higa, J.S; Iglesias, K.M. ;Santos N.S. ;Moraes, M.S.;

    Rosa, V.S. , Ferreira, S.; Moraes Jnior, D.

    045

    011

    Sistema de automao em um tanque de teste de corroso de superfcies

    Eduardo Tramontina; Daniel Alves Sodr; Roberto Kranic, Rodrigo Garcia Pontes,

    Lais Chabariberi Mendes, David Michael de Lira, Jos Carlos Morilla

    051

    012

    Possiveis riscos de acidentes com vazamentos na industria do petrleo em

    plataformas petroliferas em alto mar.

    Claudio Antonio Garcia , Aldo Ramos Santos, Alvaro Luiz Diogo Reigada

    058

    013 A utilizao da sequncia Fibonacci na estatstica de acidentes aeronuticos

    Alfredo Menquini , Aldo Ramos Santos, Deovaldo de Moraes Jnior. 063

    014 Aplicabilidade da Extensometria na Anlise Estrutural de Aeronaves

    Alfredo Menquini , Aldo Ramos Santos, Deovaldo de Moraes Jnior 068

    015

    Solver, um suplemento do Excel: Uma introduo do mtodo como ferramenta

    de Apoio gesto e otimizao de processos.

    Ricardo Reiff Guedes Pinto, Silvio Augusto Nunes, Maria Cristina Pereira Matos

    072

    016

    Analise de corroso por Pite em Placa de Troca Trmica de material Austentico

    de um Trocador de Calor

    Leonardo Peres de Souza; Marcos Tadeu T. Pacheco

    077

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    017

    Influncia do Tratamento Trmico nas Dimenses Finais de Peas Usinadas por

    Eletroeroso por Penetrao Daniel Alves Sodr, Eduardo Tramontina, Marcos Tadeu Tavares Pacheco,

    Willy Ank de Morais

    084

    018

    A Norma Regulamentadora NR-12 sob a tica de Profissionais Ligados a

    Usinagem em Tornos e Fresadoras

    Daniel Alves Sodr , Eduardo Tramontina, Willy Ank de Morais

    091

    019

    Desenvolvimento de modelagem computacional para determinao do

    rendimento de bomba centrfuga

    Renato de Marchi Vieira dos Santos, Dorota Vilanova Garcia

    097

    020

    Analise de preferncia habitacional do Callichirus major o corrupto na praia

    Jos Menino em Santos SP

    Taynara Cristina Cordeiro, Cludio Antonio Garcia, Barbara Gomes Del Rey,

    Roberto Pereira Borges, Fbio Giordano .

    102

    021

    Otimizao da fluidizao em operao de craqueamento cataltico

    Renato de Marchi Vieira dos Santos, Aldo Ramos Santos, Deovaldo de Moraes

    Jnior, Marlene Silva de Moraes

    107

    022

    Monitorizao biolgica a agentes qumicos dos principais componenetes do

    petrleo cr e seu principal derivado a gasolina

    Claudio Antonio Garcia , Aldo Ramos Santos , Alvaro Luiz Diogo Reigada

    112

    023

    Um instrumento simples traz eficincia operao porturia em tempos de

    automao.

    Ricardo de Deus Carvalhal; Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo.

    117

    024

    Estudo de compressores utilizados na refrigerao de containers frigorficos

    Guilherme Ianusckiewicz Marques, Alexandre Jusis Blanco, Karina Tamio de

    Campos Roseno

    123

    025 Status jurdico da rea denominada Juria-Itatins a partir de 1958

    Marcelo Henrique Gazolli Veronez, Walter Barrella, e Milena Ramires. 128

    026

    Comparativo da comercializao de pescado marinho em diferentes mercados

    locais da regio sudeste do Brasil.

    Marcos Fernandez Nardi, Mariana Clauzet, Regina Prioli

    135

    027

    Falha prematura de tubulao de ao inox 316L devido corroso sob tenso

    induzida por soldagem

    Donizeti Pires Fernandes, Antonio Pousa Neto, Willy Ank de Morais

    142

    028

    Controlador Lgico Paraconsistente com Microcontroladores Aplicado em

    Processos Industriais

    Luiz Carlos Rodrigues da Silva, Joo Incio da Silva Filho

    150

    029

    Anlise da influncia do extensmetro eltrico na determinao da capacidade

    das cintas de movimentao de cargas

    Joo Carlos Martins, Jos Carlos Morilla

    156

    030

    Anlise da Otimizao do processo de fabricao de cintas de polister para

    movimentao de cargas

    Joo Carlos Martins, Douglas de Jesus Passoni, Ricardo de Deus carvalhal, Ricardo

    Reiff, Silvio Nunes Augusto, Luis carlos Rodrigues, Claudio Rodrigo Torres

    162

    031 Balneabilidade das praias do municpio de So Vicente nos ltimos 10 anos

    Cristiane Ramon Sampaio, Luciana Lopes Guimares 168

    032

    Perfil e sensibilidade ambiental de professores de ensino fundamental e mdio na

    cidade de santos sp

    Gabriela Campos Zeineddine, Renata Molitzas, Mohamed Habib

    173

    033

    Parmetros biomtricos das bolachas-do-mar Mellita quinquiesperforata Leske

    (1778) na Praia da Barra do Una, Perube, SP Alexandre Almeida da Costa Lucas, Walter Barrella

    179

    034 Data Mining: uma necessidade vital no mundo moderno

    Davi Silvestre Moreira dos Reis, Dorota Villanova Garcia 184

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    035

    Habitao subnormal precria: uma proposta de medidas sustentveis para

    Cortios de Santos Ana Paula dos Santos Nascimento, Floriana Nascimento Pontes, Ricardo Andalaft,

    Mohamed Ezz El-Din Mostafa Habib

    188

    036

    Mortalidade de plntulas de Laguncularia racemosa em dois diferentes

    tratamentos de cultivo inicial

    Matheus Mano Clara, Miguel Petrere Jr.

    193

    037

    A Biomimtica como ferramenta de otimizao de prototipagem, em impressoras

    3D que utilizam o mtodo de Modelagem por Fuso e Depsito (FDM) Tertuliano Paulo da Silva, Dorota Villanova Garcia

    198

    038

    Utilizao de correia transportadora, aplicando as prticas tericas em terminais

    porturios da Baixada Santista.

    Andr Luiz Gonalves Rojas, Maria Cristina Pereira Matos

    203

    039

    Sistema de loja in company como estratgia de reduo de custo e melhoria de

    nvel de atendimento

    Maurcio da S. Moitinho, Hellen X. das Chagas, Jair F. de Souza, Maria Cristina

    Pereira Matos

    208

    040

    Etnobiologia do Robalo na Reserva de Desenvolvimento Sustentvel da Barra do

    Una (Perube/SP)

    Mariana Cotta; Milena Ramires

    213

    041

    Avaliao da toxicidade de microplsticos em matrizes ambientais utilizando o

    coppodo estuarinoNitokra sp.

    Caio Rodrigues Nobre, Aline Vecchio Alves, Beatriz Barbosa Moreno, Flvia

    Junqueira de Castro, Camilo Dias Seabra Pereira

    219

    042

    Dimenses Humanas da Pesca Esportiva Praticada na Plataforma de Pesca de

    Mongagu - SP

    Ulcio Jackson Magalhes Alves Junior ; Milena Ramires; Walter Barrella

    225

    043

    Ecologia de mosquitos (Dptera, Culicidae) na reserva de desenvolvimento

    sustentvel de Barra do Una - Perube/SP

    Pedro Paulo de Mello e Souza Lima

    230

    044

    Caracterizao de impactos ambientais decorrentes da pesca amadora em reas

    de preservao permanente na reserva de desenvolvimento sustentvel de barra

    do una perube/sp

    Joo Thiago Wohnrath Mele, Walter Barrella, Milena Ramires

    235

    045

    Mtodo alternativo de software para processamento lista de materiais usando

    planejamento fracionrio

    Elizeu D Goncalves, Alex Ferrante, Karina T de Campos Roseno, Mauricio

    Conceio Mario

    240

    046

    Os pescadores da Barra do Una (Perube/SP) e a previso do tempo e os

    fenmenos da natureza

    Maria Carlota Fenz Cafiero,Walter Barrella,Milena Ramires

    247

    047

    O uso da plataforma Moodle nos laboratrios de TI do SENAI Santos associado

    a virtualizao de sistemas

    Alexandre Fernando Stucchi, Maurcio Conceio Mario, Daniel Divino Rodrigues

    Silva, Marcelo Saraiva Coelho

    252

    048

    Conhecimento dos Usurios da Reserva de Desenvolvimento Sustentvel (RDS)

    Barra do Una em relao Unidade de Conservao

    Leandro Viana, Walter Barrella, Milena Ramires, Juliana Guimares

    258

    049

    A Previso Estatstica de Acidentes Visando Implantao de Medidas

    Mitigatrias.

    Silvio Nunes Augusto, Ricardo Reiff Guedes Pinto, Paloma Perroni Rezende, Karina

    Tamio de Campos Roseno.

    263

    050 Gesto de Ativos na Manuteno Industrial

    Roberto Cassiano, Glauco Pereira de Castro, Claudio Rodrigo Torres 269

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    051

    Projeto de portal integrado a redes sociais, para o Mosaico de Unidades de

    Conservao Jureia-Itatins (SP) Santelmo Camilo, Walter Barrella, Milena Ramires

    273

    052 Influncia do Desenho Urbano no Microclima da Cidade de Bertioga SP

    Vitria Arantes; Walter Barrella 279

    053

    Comportamento Ecolgico de Estudantes do Ensino Tcnico em uma Escola

    Estadual de Santos-SP

    Nathlia Orlandi; Walter Barrella

    285

    054

    Comparao Quantitativa e Avaliao de Prottipo Redutor de Emisso de

    Poluentes Gasosos Resultantes da Combusto de Gases do Ciclo Otto Em

    Ambientes Confinados. Alexandre Jusis Blanco; Jordan Souza Higa; Maurcio Andrade Nunes; Mohamed

    Habib

    290

    055

    Projeto de mquina para ensaios dinmicos do pino-rei que o responsvel por

    acoplar o cavalo mecnico ao semirreboque

    Paulo Cesar Wanderley, Renan Felipe Borges Costa de Oliveira

    295

    056 Estudo de Implantao de uma linha de processo industrial de grande porte

    Vitor Caio de Almeida, Marcos Tadeu Tavares Pacheco 301

    057

    Avaliao fsico-qumica e microbiolgica da gua superficial, lagoa da saudade,

    municpio de santos/sp

    Flvio Tvora Campi; Vinicius Roveri

    307

    058

    Avaliao da potabilidade da gua consumida em bicas, morro da nova cintra,

    municpio de SANTOS/SP

    Flvio Tvora Campi; Cyntia de Cssia Muniz ; Vinicius Roveri

    313

    059

    Avaliao da rugosidade de tubulaes flexveis de injeo de gua em projetos

    de desenvolvimento da produo de petrleo

    Luciene de Arruda Bernardo, Ivanilto Andreolli, Aldo Ramos Santos,

    Max Willian Tocantins

    318

    060

    Determinao da velocidade de deposio para transporte de polpa de areia em

    unidade piloto de mineroduto

    lvaro Benatti de Amorim, Marlene Silva de Moraes, Aldo Ramos dos Santos,

    Deovaldo de Moraes Junior

    324

    061

    Influncia do ngulo de inclinao das ps do impelidor sobre a potncia e a

    homogeneizao na suspenso da hematita em tanque de mistura

    Luiz de Frana Netto, Bruno Credidio de Alcantara, Gustavo Adolfo Moreira Santos,

    Paulo Rogrio Meneses de Sousa, Deovaldo de Moraes Jnior

    328

    062 Influncia da dragagem do Porto de Santos em comunidades costeiras prximas

    Rafael Alves Pedrosa; Milena Ramires; Mariana Clauzet 334

    063 Integrao entre Sistemas Web heterogneos atravs de WebServices

    Halailton Alexandre da Mota Rodrigues, Mrcio Katsumi Oikawa 341

    064

    Estrutura populacional de Scleromystax barbatus (Siluriformes, Corydoradinae)

    na Bacia do Rio Itanham, SP

    Michele Andriaci Ferreira do Carmo, Fabio Cop Ferreira, Ursulla Pereira Souza

    346

    065

    Etnoconhecimento da populao residente na RDS Barra do Una (Perube/SP)

    sobre descargas atmosfricas

    Armindo Pereira Cabral Filho, Walter Barrella, Milena Ramires

    351

    066

    Biologia populacional de Mugil curema (Mugiliformes: Mugilidae) nos esturios

    de Santos e da RDS Barra do Una, Perube- SP

    Cicero, Las Henrique; Rotundo, Matheus Marcos; Souza, Ursulla Pereira

    356

    067

    Otimizao de um Sistema de Anlise On-line para Automao de Processos

    Industriais

    Roberto Paulo Gomes Andr, Joo Paulo Maraia, Aldo Ramos Santos, Alexandre

    Jusius Blanco, Nelize Maria de Almeida Coelho, Deovaldo de Moraes Jnior

    362

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    068

    Avaliao preliminar dos metablitos secundrios da macroalga vermelha

    Bryothamnion seaforthii Beatriz Sassaki, Iago Victor Rodrigues da Silva, Andr Luiz Faccini, Walber Toma,

    Luciana Lopes Guimares

    368

    069

    Arquiplagos de Ilhabela e Fernando de Noronha: Desafios para conservao em

    relao caa e captura de animais silvestres.

    Carlos Venicio Cantarel, Milena Ramires

    374

    070

    Demandas locais de melhorias na infraestrutura da vila da barra do una e sua

    concordncia com a legislao de reservas de desenvolvimento sustentvel

    Erika Kyushima Solano, Ursulla Pereira Souza, Mariana Clauzet, Walter Barrella,

    Milena Ramires

    378

    071

    Dieta de juvenis de Caranx hippos (Linnaeus, 1766) (Actinopterygii: Carangidae)

    em praias da Baa de Santos So Paulo, Brasil

    Luciano Mazzucca da Gama, Matheus Marcos Rotundo, Ursulla Pereira Souza

    383

    072

    Utilizao de um Gateway para integrao de sistemas de diferentes plataformas

    em instituio de registro pblico

    Joseffe Barroso de Oliveira, Davi Silvestre Moreira dos Reis, Mauricio Conceio

    Mario

    389

    073

    Anlise de respostas transitrias de quatro funes de transferncias de controle

    de processos com o apoio do MatLab

    Rolden Baptista, Joo Incio da Silva Filho, Dorotia Vilanova Garcia

    393

    074 Terminal de carregamento de aparelhos portteis atravs da energia solar

    Anderson dos Santos Pinheiro Brasil,Mauricio Conceio 399

    075

    Estrutura populacional do caranguejo Menippe nodifrons (Brachyura:

    Xanthoidea: Menippidae) na Praia de Paranapu, So Vicente, SP - Brasil Olair Rodrigues Garcia Junior, Yula Silva Ruiz, lvaro Luiz Diogo Reigada

    404

    076

    Estimativa Populacional de Hastula cinerea (BORN, 1778) (Gastropoda:

    Terebridae) na Praia da Vila Barra do Una Perube, Litoral Sul do Estado de

    So Paulo Ftima Aparecida Rocha e Silva, Milena Ramires, Walter Barrella

    409

    077

    Cisalhamento entre ligaes de poos de visita e tubos de pvc em sistemas de

    esgoto

    Gonalves, Marcus Vinicius de Oliveira; Moraes, Marlene Silva; Santos, Aldo

    Ramos, Moraes Jr. Deovaldo

    414

    078

    Anlise microbiolgica e da ictiofauna do crrego do morro do jos menino, no

    municpio de santos (sp)

    Irapajy da Silva Caetano, Roberto Cesar Loureno, Ursulla Pereira Souza, Luciana

    Lopes Guimares, Silvio Jos Valado Vicente

    420

    079

    Uso de Extensmetro Eltrico em Sistema de Amortecimento Inercial na

    Construo Civil

    Wellington Tuler Moraes , Jos Carlos Morilla

    426

    080

    Levantamento preliminar da cobertura vegetal do costo rochoso na Reserva de

    Desenvolvimento Sustentvel da Barra do Una (Perube/SP)

    Fernanda Ribeiro de Freitas, Joo M. Miragaia Schmiegelow, Milena Ramires,

    Walter Barrella

    430

    081

    Dimensionamento e desenvolvimento de dispositivo de separao gua-leo para

    formao de transporte "Core Annular Flow" em trechos verticais

    Hissam Abdul Basset Khatib, Aldo Ramos Santos, Marlene Silva de Moraes,

    Deovaldo de Moraes Jnior

    435

    082

    Avaliao da Microestrutura e Propriedades Mecnicas de uma junta Soldada

    Obtida por Processo de Soldagem Manual Gas Metal Arc Welding Alexandre Jusis Blanco; Jordan Souza Hig; Maurcio Andrade Nunes; Willy Ank de

    Morais

    440

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    083

    Verificao da consistncia dos resultados do processo de Warder na

    quantificao de CO2 dissolvido em gua utilizando cido sulfrico como

    reagente.

    Nunes, M. A., Nunes, B. A. L., Blanco, A. J., Higa, J. S., Iglesias, K. M., Moraes, M.

    S., Rosa, V.S., Ferreira, S. , Moraes Jnior, D.

    448

    084 Anlise das funcionalidades do servio de computao em nuvem EC2 da Amazon

    Fernando Bacic Mendes, Maurcio Conceio Mario

    454

    085

    A importncia da Farmacovigilncia no Ambiente Hospitalar: uma Reviso

    Bibliogrfica

    Juliana dos Santos Pereira , Larissa Comarella

    458

    086

    Caracterizao preliminar das prticas de extrao de recursos naturais e

    transmisso cultural na comunidade da Praia do Ges, Guaruj/SP

    Maria Carlota Fenz Cafiero, Milena Ramires

    462

    087 Modelagem de Analisador Paraconsistente Utilizando Matlab/Simulink

    Raphael Adamelk Bispo de Oliveira, Joo Incio da Silva Filho 467

    088 Lixo Encontrado nas reas de Aterramento Com Pedras na Praia de Santos SP

    Otaclio Favero de Souza; Walter Barrella

    472

    089

    Licenciamento Ambiental E Regularizao Fundiria: Conjunto Habitacional

    Tancredo Neves III, So Vicente/SP - um estudo de caso

    Marcos Machado, Ana Paula Campos Machado, Vinicius Roveri

    477

    090

    Utilizao da Plataforma Arduno no Monitoramento de Temperatura e Umidade

    com Controle de Acesso ao Centro de Processamento de Dados.

    Mrio Srgio Rocha,Luiz Eduardo Simes

    485

    091

    Anlise e caracterizao de padres de imagens digitais utilizando Lgica

    Paraconsistente Anotada para identificao de contineres Wellington Tuler Moraes, Dr. Mauricio Conceio Mario

    490

    092

    Estudo de transferncia de calor utilizando recursos de modelamento 3D do

    SolidWorks e simulao com o suplemento Flow Simulation Thyrson Ninio Rodrigues Sousa, Dorota Vilanova Garcia, Karina Rose no Tamio

    Campos, Aldo Ramos Santos

    494

    093

    Sistemas lgicos paraconsistentes aplicados aos modelos hierrquicos para

    tomadas de deciso: estudo de caso aplicado gesto de projetos na indstria de

    petrleo e gs Paulo Cezar Freire de Menezes, Joo Incio da Silva Filho

    500

    094

    Influncia da preparao metalogrfica na anlise dos constituintes dos aos-

    carbono

    Roberto Santos, Willy Ank de Morais

    506

    095

    Estudo da viabilidade da compostagem artesanal para a comunidade da Barra do

    Una, Perube, SP.

    Aurlio Moschin, Rafael Alves Pedrosa, Mariana Clauzet, Milena Ramires, Walter

    Barrella

    513

    096

    O Biogs e Gasolina um estudo comparativo do rendimento e do consumo dos

    combustveis.

    Paloma Perroni Rezende,Andrei do Nascimento, Silvio Nunes Augusto,Aldo Ramos,

    Deovaldo de Moraes Junior

    518

    097

    O uso de tinta veneno em embarcaes de pesca e turismo: efeitos da poluio por

    microplstico nas guas martimas da Baixada Santista

    Fagner Evangelista Severo, Milena Ramires, Maria Cristina Pereira Matos, Mariana

    Clauzet

    524

    098

    Anlise das tubulaes empregadas em adutoras e subadutoras de mdia e baixa

    presses

    Edson Oliveira Vieira, Andr Luiz Gonalves Rojas, Jnior dos Santos Gomes,

    Marcos Santos Lima, Maria Cristina Matos

    529

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    099

    Prevalncia de dor na coluna em pescadores da reserva de desenvolvimento

    sustentvel da Barra do Una, Perube SP

    Vinicius de Moura Pellatiero, Milena Ramires, Walter Barrella

    535

    100

    O Projeto Poltico Pedaggico: A Esperana de uma Escola Inclusiva de

    Qualidade

    Rosimeire Araujo Santos, Julice Marques Aleixo Oliveira, Simone Penteado,

    Emilinha Damares Machado, Luci Mara da Silva Lundin, Maria Cristina da Silva

    Pereira Alves

    540

    101

    Avaliao da qualidade da gua do canal de drenagem e da praia do Guaiuba,

    Guaruj - SP: abordagem fsico-qumica, microbiolgica e ecotoxicolgica

    Sivanilton Almeida Boa Sorte, Augusto Cesar, Luciana Lopes Guimares, Fabio

    Hermes Pusceddu e Fernando Sanzi Cortez

    544

    102

    Bactrias presentes em ambientes domiciliares da reserva de desenvolvimento

    sustentvel da barra do una e os malefcios para sade humana Luciana Bretas, Milena Ramires, Walter Barrella, Ursulla Pereira Souza

    549

    103

    Destinao de resduos de navios: anlise comparativa das prticas congruentes

    entre Portos nacionais e internacionais

    Sigrid Maria Morais Class, Maria Cristina Pereira Matos

    554

    104

    Experimento com extensmetros para obteno e descrio das foras atuantes

    em barras de acrlico em trelias Carlos Eduardo Romero Vicente; Deovaldo de Moraes Junior, Carlos Alberto Moino,

    Jos Morilla, Natal Gaspar

    559

    105

    O uso de indicadores para avaliao do desempenho dos servios logsticos numa

    indstria siderrgica Maurcio da S. Moitinho, Maria Cristina Pereira Matos , Hellen X. das Chagas, Jair F.

    de Souza e Valmir A. de Moura

    565

    106 Levantamento de resduos slidos na praia da Barra do Una, Perube - SP

    Sergio Miguel Barragan Lopes Mattos,Walter Barrella 572

    107

    Determinao das tenses principais em uma barra de alumnio pelo mtodo da

    extensometria eltrica.

    Dbora Brito dos Santos, Carolina Moino, Natal Gaspar, Srgio Giangiuio

    576

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    1

    Problemas na Modelagem de uma Rede de Distribuio de gua em um Municpio

    Paulista

    Ronaldo de Souza Barcala1, Dorota Vilanova Garcia1, Giovanni Romo Barcala2

    1Universidade Santa Ceclia UNISANTA, Santos-SP, Brasil 2Universidade Paulista, So Paulo, SP, Brasil

    Email: [email protected]

    Resumo: Durante o processo de modelagem de uma pequena rede de distribuio de um bairro

    num municpio paulista, verificou-se uma srie de dificuldades que precisaram ser vencidas

    para que a modelagem da rede fosse cunhada. Considerou-se o processo em trs estgios:

    representao da rede, parametrizao e simulao. Este trabalho relata os entraves enfrentados

    nos estgios de representao da rede e sua parametrizao, procurando identificar suas causas

    e descreve os procedimentos adotados para sua realizao.

    Palavras-chave: Rede de distribuio de gua; Modelagem; Metodologia

    Difficulties in modeling of a Water Distribution Network, in a City Paulista

    Abstract: During the process of modeling a small distribution network of water of a

    neighborhood in So Paulo municipality, there was a lot of difficulties that had to be overcome

    so that the model fulfilled its purpose. There was a three stages process: Network representation,

    parametrization and simulation. This paper describes the obstacles faced in the network

    representation and parametrization, identifying its causes and describes the procedures adopted

    for its realization.

    Keywords: Distribution network; modeling; Methodology

    Introduo

    Diante dos diversos recursos tecnolgicos disponveis, o gerenciamento de uma rede de

    distribuio de gua pode ser facilitado pela utilizao de simuladores, permitindo anlise dos

    pontos crticos [1] e possveis reflexos de medidas a serem implementadas. Estes recursos,

    ainda so pouco utilizados no Brasil, onde os ndices de perdas do sistema esto muito acima

    da mdia de pases como Alemanha e Japo [2].

    Objetivos

    O presente trabalho tem como objetivos relatar as dificuldades num processo de

    modelagem, nos estgios de representao da rede e parametrizao, de uma rede de

    distribuio de gua existente, bem como apresentar as solues encontradas.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    2

    Materiais e mtodos

    SIMULADOR- Dentre os diversos simuladores existentes no mercado, procurou-se um

    produto que tivesse bons recursos visuais, alm de uma boa interface com outros softwares j

    utilizados no sistema de cadastro da rede em questo.

    Aps anlise de alguns softwares, optou-se por um projeto ainda experimental da

    Autodesk denominado Project Dalton, que trabalha com plataforma de desenho do Plant3D.

    Permitindo importao de dados de softwares compatveis, este software trabalha com

    desenhos tridimensionais e parametrizao de materiais, cotas altimtricas, presses e vazes,

    necessrias para a simulao de situaes reais de operao.

    Condies Necessrias - Tratando-se da modelagem de rede existente, parte-se do

    princpio que existe um cadastro, sendo regularmente utilizado na determinao de ampliaes

    do sistema, alm de servir de orientador para consertos e manutenes.

    No estgio de representao, necessrio que estes dados apenas estejam disponveis

    em arquivo CAD, mas no estgio de parametrizao, precisam estar completos e

    compatibilizados. Se houver incompatibilidade nas informaes recebidas, o sistema

    interpreta os dados com parmetros pr-definidos que podem no corresponder situao

    real. Mais adiante, na simulao, a incompatibilidade destes dados pode gerar resultados

    totalmente distorcidos da realidade, ou ainda, inviabilizar o processamento dos dados inseridos.

    Resultados

    Iniciou-se a obteno de dados pelo cadastro da rede em operao. Foram apresentadas

    vrias plantas em autoCAD, referentes mesma rede, com informaes incompletas e

    conflitantes. No sendo possvel utilizar estas informaes diretamente, optou-se pela consulta

    ao pessoal diretamente envolvido em sua operao. Aps reunies com as equipes de campo,

    conseguiu-se um consenso sobre o traado nico da rede tomando-se como base, os arquivos

    existentes, e a memria dos trabalhadores que operam o sistema diariamente. Este traado no

    apresentava cotas altimtricas.

    Como a obteno das cotas reais da rede demandaria um processo oneroso de sondagens

    e levantamentos topogrficos de campo, foi necessrio adotar um procedimento que

    possibilitasse obter valores altimtricos representativos. Atravs do site do projeto Topodata,

    que disponibiliza imagens de levantamentos feitos por satlite com informaes sobre a

    altimetria do relevo brasileiro, e do software AutoCAD Civil 3D para a interpretao das

    imagens, foi possvel gerar um modelo tridimensional do relevo da cidade.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    3

    Para conciliar o cadastro, que estava sem referncias de coordenadas, com a topografia,

    utilizou-se a ferramenta live maps, que utiliza as fotos areas da base de dados da Bing para

    mostrar imagens de satlite no ambiente de trabalho, disponibilizada pela Autodesk no software

    AutoCAD Civil 3D.

    Admitindo-se uma profundidade de 1m para toda sua extenso, e utilizando-se as cotas

    do relevo como referncia e, ainda, cruzando-se as informaes de planimetria e altimetria,

    chegou-se s cotas representativas da rede de distribuio em questo.

    Com o desenho da rede concludo, iniciou-se a parametrizao do sistema, onde so

    atribudos valores para: tipo de material, dimetro, e tipos de conexes, verificando-se muitos

    pontos de incompatibilidades entre o desenho da rede e a lgica dos parmetros atribudos.

    Tratando-se de um desenho esquemtico, no estgio de converso dos traados das redes

    obtidos no cadastro em modelos de tubulaes no Plant 3D, apareceram distores.

    Um exemplo caracterstico destas distores aparece no ponto especfico do cadastro

    em que tubulaes de diferentes dimetros apareciam num cruzamento, impossvel de ocorrer

    na prtica. (Figura 1)

    Esta distoro interpretada de forma equivocada pelo software, na converso dos

    dados do cadastro para os dados parametrizados, comprometendo a base de dados que seria

    utilizada na simulao. (Figura 2).

    Em outro ponto, o cadastro mostrava abastecimento com auxlio de um sistema de

    bombeamento tipo booster, mas a cota altimtrica do ponto abastecido era menor que a cota da

    rede anterior a ele prprio ( figura 3 ), indicando, portanto, possveis problemas de cadastro ou

    de instalao. Uma vistoria realizada em campo constatou erro no traado sendo realizada a

    consequente reviso do cadastro.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    4

    Figura 3. Cadstro da rede na regio do booster.

    Discusso

    O gerenciamento eficiente destas redes depende de seu pleno conhecimento,

    principalmente quando se pretende combater as perdas do sistema [3]. Alm disto, o controle

    da qualidade do produto distribudo pode ser melhorado, a medida em que os modelos passam

    a ter aspectos locais de redes menores e, consequentemente, maior preciso [4].

    As dificuldades verificadas no processo de modelagem da rede em epgrafe so quase

    que na totalidade, decorrentes de erros de cadastro ou sua inexistncia. Este um dos entraves

    para utilizao das ferramentas de simulao hidrulica [5].

    Outro fator de dificuldade so as cotas altimtricas. Dados que dificilmente esto

    registradas no cadastro de traado das redes, sua obteno atravs de levantamentos

    topogrficos [1] uma atividade lenta e onerosa. Com incio nos anos sessenta no Canad, as

    tecnologias que envolvem obteno de dados utilizados nos processos de saneamento

    apresentaram grande evoluo, chegando hoje a sistemas como o GPS ( Global Positioning

    System ), cartografia digital e SIG ( Sistema de Geoinformao ) [6]. Estes dados podem ser

    obtidos, hoje, atravs de banco de dados disponveis em sites como o do projeto Topodata [7],

    diminuindo custos e tempo necessrio para modelagem em questo.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Concluses

    A construo do modelo para simulao hidrulica de uma rede depende dos dados

    disponveis em seu cadastro. Quanto mais detalhados e precisos os dados, menores as

    dificuldades para sua modelagem.

    Um dado difcil de encontrar nos cadastros, as cotas altimtricas, podem ser obtidas

    indiretamente graas s ferramentas disponibilizadas nesta ltima dcada como: projeto

    Topodata, live maps, AutoCAD Civil 3D, entre outras.

    A representao da rede e sua parametrizao bem executadas, permitiro menores

    dificuldades na calibrao do modelo construdo, e consequentemente uma simulao mais

    prxima da situao real.

    Referncias bibliogrficas

    1. PALO PR. Avaliao da Eficcia de Modelos de Simulao Hidrulica na Obteno de

    Informaes para Diagnstico de Perdas de gua [Dissertao para obteno do ttulo de

    Mestre em Engenharia]. So Paulo: Escola Politcnica da Universidade de So Paulo; 2010.

    2. ABES Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental. Perdas em Sistemas de

    Abastecimento de gua: Diagnstico, Potencial de Ganhos com sua Reduo e Propostas de

    Medidas para o Efetivo Combate; 2013.

    3. NETO MC. Aplicao da Modelagem Matemtica na Rede de Distribuio de gua Visando

    Combater as Perdas Existentes nos Municpios Brasileiros [Dissertao para obteno do ttulo

    de Mestre em Tecnologia Ambiental]. Ribeiro Preto: Universidade de Ribeiro Preto

    UNAERP; 2013.

    4. FONSECA DL. Modelagem Hidrulica e de Cloro Residual em Redes de Distribuio de

    gua: Uma Discusso Sobre Implementao de Modelos Detalhados [Trabalho para obteno

    de graduao de Engenheiro Ambiental]. Rio de Janeiro: Escola Politcnica da Universidade

    Federal do Rio de Janeiro; 2014.

    5. NEVES CL. Calibrao de Parmetros de Modelos Hidrulicos de Redes de Distribuio de

    gua para Estudos de Operao de Rede [Dissertao para obteno do ttulo de Mestre em

    Tecnologia Ambiental e Recursos Hdricos]. Braslia: Universidade de Braslia; 2007.

    6. FILHO MBBB, S LACM, Gomes HP. Utilizao de SIG no Monitoramento de Avarias em

    Redes de Abastecimento de gua In : IV SEREA Seminrio Hispano-Brasileiro sobre Sistemas

    de Abastecimento Urbano de gua, 2004; Joo Pessoa.

    7. MARQUES HG, Penatti, Filho ACP, Froehlich O, Almeida TIR, Shimabukuro Y.

    Comparao entre os Modelos de Elevao SRTM, TOPODATA e ASTER na Delimitao de

    Rede de Drenagem e Limite de Bacia Hidrogrfica In : XV Simpsio Brasileiro de

    Sensoriamento Remoto - SBSR, 2011; Curitiba. So Jos dos Campos: INPE p.1271-1278.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Construo e Operao de um Marcador de Posio da Taxa de leo Combustvel para

    Caldeira de Vapor Saturado

    1Paulo, H. A. T., 1Santos, A. R., 1Moraes Jr., D, 1Moraes, M. S.

    1Universidade Santa Ceclia UNISANTA, Santos-SP, Brasil

    Email: [email protected]

    Resumo: Neste trabalho desenvolveu-se um dispositivo marcador de posio da taxa de leo

    combustvel (DMPTOC) em funo do ar de combusto de uma caldeira de vapor saturado

    (fogo-tubular). Esse dispositivo contribuiu para o aumento da eficincia global de uma caldeira

    fogo tubular. A caldeira alcanou os parmetros recomendados pelo fabricante, tais como taxas

    de %O2, %CO2, %EA (AALBORG, 1985).

    Palavras-chave: Eficincia global de caldeira. Ajuste na taxa de leo em funo do ar.

    Combusto.

    Abstract: In this work device develops marker fuel oil charge position depending on the

    combustion air of a saturated steam boiler (fire-tube), DMPTOC. This device has helped to

    increase the overall efficiency of a fire tube boiler. The boiler has achieved the parameters

    recommended by the manufacturer such as percentage rates %O2, %CO2 e % EA.

    Keywords: Global boiler efficiency. Adjustment in the rate of "fuel-air". Combustion.

    Introduo

    Este trabalho descreveu a criao e utilizao de um marcador de posio desenvolvido,

    particularmente, para uma caldeira, marcando a posio no procedimento de regulagem da taxa

    de leo combustvel, para a entrada de ar de uma caldeira do tipo fogo tubular convencional

    descrita na NR-13 [1].

    A regulagem da taxa de combustvel, em funo do ar de combusto, oferece melhores

    resultados com o dispositivo DMPTOC (Figura 1), do que uma regulagem intuitiva pautada

    apenas em tonalidade de fumaa que sai da chamin ou da chama no queimador; os mtodos

    intuitivos so descritos por SALUM [2].

    Figura 1: Conjunto DMPTOC.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    7

    Objetivo

    O objetivo principal deste trabalho foi desenvolver, construir e operar um dispositivo

    que marque a posio do controle de mistura de leo combustvel em relao ao ar de

    alimentao, alcanando valores ideais da taxa de combusto do leo combustvel, em funo

    do ar de combusto [3]. Esse equipamento permitiu melhorar a eficincia de combusto, a

    global da caldeira e como meta, aproximar-se dos melhores valores indicados pelo fabricante,

    para o modelo da caldeira, ou seja 88% 2% [4], ou seja, diminuindo o consumo de leo para

    uma mesma quantidade de vapor [5] e tambm criar condies para a gerao de planilhas

    controle.

    Material e Mtodos

    a) Analisador de Gases

    O instrumento utilizado para medir os gases de combusto proveniente da chamin foi o

    Analisador de Gases Modelo TEC-GA12 [6] e [7], conforme a Figura 2.

    Figura 2 - Analisador de Gases TEC-GA12 completo. Fonte Folheto da [6] e [7].

    b) DMPTOC

    O dispositivo DMPTOC foi idealizado inicialmente como uma agulha, com sua altura

    de distncia regulvel, a qual fixada caldeira sem nenhuma solta, sobre a caixa de mola de

    comando do came de controle de chama. Quanto aos ajustes na taxa de combusto de leo, em

    funo do ar, o fabricante do equipamento recomenda que seja apenas em modo manual. O

    fabricante da caldeira indica vrios parmetros de referncia para o ajuste da combusto: teor

    de CO2 entre 12,5% a 14,0%;teor de O2 entre 3% a 5%; EA (Excesso de Ar) entre 15 a 30%.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Com os dois pontos extremos marcados com o auxlio da agulha do DMTOC, estava

    definido o permetro til no disco de comando; assim, foram marcados mais 21 pontos,

    totalizando 23 pontos de marcao, aproximadamente eqidistantes (Figura 3).

    Figura 3 DMPTOC com 23 posies marcadas.

    Regulagem da combusto utilizando o DMPTOC

    Realizou-se a regulagem da combusto com trs pessoas: a) a primeira utilizando o

    aparelho medidor de gases sobre a caldeira, d o comando verbal para ajuste em cada posio

    do disco ao operador de caldeira; b) a segunda, focando as %CO2, %O2, %EA, faz a modulao

    manualmente e ajusta os parafusos, conforme as orientaes; c) a terceira pessoa anota os

    resultados informados e l o DMPTOC.

    Resultados e Discusso

    O uso do DMPTOC possibilitou anotaes em planilhas, incluindo as medies de gases

    nas 23 posies do disco de comando; foi possvel elaborar planilhas de acompanhamento e

    estabelecer comparaes ponto a ponto.

    Ajustes no disco de comando

    As medies em cada posio com os valores de EA, %O2%CO2, Tgc foram anotadas na

    Tabela1.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Tabela 1 Ajuste da combusto com o dispositivo.

    Medies dos gases com ajustes nas 23 divises do dispositivo

    Posio

    Como estava no momento de

    ajustar com o marcador

    Como ficou aps ajustar com o

    marcador

    EA (%) %O2 %CO2 Tgc EA (%) %O2 %CO2 Tgc

    1 52,09 7,02 10,32 265 25,20 4,15 12,48 276

    2 51,79 6,99 10,34 268 19,08 3,33 13,12 268

    3 59,14 7,63 9,87 264 17,66 3,14 13,28 255

    4 58,01 7,54 9,94 259 21,76 3,70 12,83 266

    5 39,59 5,80 11,22 280 21,38 3,65 12,87 254

    6 38,70 5,71 11,29 282 25,40 4,17 12,46 256

    7 52,24 7,03 10,31 270 25,30 4,16 12,47 261

    8 37,95 5,63 11,35 285 22,24 3,76 12,78 253

    9 31,87 4,95 11,86 299 24,90 4,11 12,51 267

    10 35,98 5,41 11,51 289 22,33 3,78 12,77 260

    11 32,44 5,02 11,81 297 22,33 3,78 12,77 266

    12 34,07 5,20 11,67 300 22,91 3,85 12,71 277

    13 61,46 7,82 9,73 280 18,46 3,25 13,19 259

    14 39,46 5,79 11,23 284 26,53 4,31 12,35 256

    15 39,34 5,77 11,24 278 21,76 3,70 12,83 270

    16 60,13 7,71 9,81 282 22,82 3,84 12,72 259

    17 39,98 5,84 11,19 284 24,09 4,00 12,59 264

    18 46,99 6,54 10,67 270 19,71 3,42 13,05 241

    19 58,33 7,56 9,92 286 24,90 4,11 12,51 266

    20 49,13 6,75 10,52 289 24,69 4,08 12,53 273

    21 31,30 4,88 11,91 283 18,46 3,25 13,19 274

    22 46,42 6,49 10,71 276 21,29 3,64 12,88 263

    23 50,01 6,83 10,46 276 22,05 3,74 12,80 279

    Sendo:

    EA = Excesso de ar (%);

    Tgc= Temperatura dos gases da chamin (oC).

    Concluso

    A eficincia de combusto da caldeira melhorou 4% conforme resultado da tabela 1,

    com a utilizao do DMPTOC e cumpriu a meta de com o valor de 89,52%, dentro do estipulado

    pelo fabricante, que 88% 2%. Outros ganhos originaram-se na manuteno, pois com a

    caldeira bem regulada, diminuiu a possibilidade de acumulao de coque no queimador e,

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    10

    assim, reduziu as vibraes do copo rotativo, aumentando a vida til dos rolamentos e pode-se

    dizer que, visivelmente, diminuiu a colorao da fumaa da caldeira.

    Referncias Bibliogrficas

    1. NR-13 Norma Regulamentadora Segurana e Operao de Caldeiras e Vasos de Presso,

    atualizada conforme Portaria MTE n. 594, de 28 de abril de 2014

    2. SALUM, A. D. Eficincia Energtica em sistema de Combusto de Caldeira, Salvador.

    Brasil. 2011

    3. KUO K. K. Principles of combustion. New York, Wiley-Interscience: 1986

    4. AALBORG, Manual da Caldeira Mod. ATA MP-810, Petrpolis, RJ, Brasil, 1995.

    5. MADUR, Manual do analisador de gases modelo GA-12, 2006

    6. TAPLIN, H. R., Combustion Efficiency Tables, Paimont Press Inc., USA, 1991

    7. TORREIRA, R. P. Fludos Trmicos: gua, Vapor, leos Trmicos. - 3a edio; HEMUS

    RJ-Brasil 2001.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Comparao entre o acetileno e GLP na utilizao em oficinas de manuteno: um

    estudo de caso

    1Paulo, H. A. T., 1Santos, A. R., 1Moraes Jr., D, 1Moraes, M. S.

    1Universidade Santa Ceclia UNISANTA, Santos-SP, Brasil

    Email: [email protected]

    Resumo: Este trabalho descreve um estudo comparativo entre dois gases, para uso em

    maaricos de corte e solda, em servios de manuteno em indstria siderrgica, fazendo

    comparao tcnica e econmica, levando-se em considerao as caractersticas de cada um

    deles. O estudo foi necessrio para tomar deciso tcnica comercial, quanto a possvel

    substituio de tipo de gs utilizado em servios de manuteno de uma empresa metalrgica

    de grande porte. Dentro dos custos, foram levados em considerao custos de aquisio de

    conjuntos de equipamentos, qualidade do servio de corte e solda.

    Palavras-chave: GLP. Acetileno. Oxicorte. Soldagem.

    Abstract: This paper describes a comparative study between two gases for use in cutting

    torches and welding maintenance services for the steel industry, makes technical and economic

    comparison taking into account the characteristics of each. It was needed to make commercial

    technical decision, as the possible gas type of replacement used in maintaining a large

    metallurgical company services. Within the costs were taken into account costs of acquiring

    sets of equipment, quality cutting and welding service.

    Key words: GLP. Acetylene. Oxyfuel. Welding.

    Introduo

    A utilizao do gs acetileno em oficinas de manuteno a mais comum e tradicional,

    tanto para soldagem quanto para corte de peas metlicas em manuteno. As empresas tm se

    preocupado, cada vez mais, em reduzir os seus custos, tanto de mo de obra, quanto de

    ferramentas e insumos utilizados em manuteno, sendo uma preocupao constante com as

    compras de gases para soldagem, tanto de acetileno quanto oxignio [1].

    O gs acetileno pode ser obtido atravs da reao qumica de carbeto de clcio (ou

    carbureto de clcio) e gua [2], e sua chama atinge mais de 3.200 C, conforme [3]. J o GLP

    (gs liquefeito de petrleo), uma mistura de gases derivados do petrleo, normalmente obtidos

    da destilao fracionada de petrleo [4], sendo no Brasil o padro de composio de 60% de

    propano (C3H8) e 40% de butano (C4H10).

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Ambos os gases podem ser utilizados tanto para corte quanto soldagem de peas em

    oficinas de manuteno e os estudos comparativos foram realizados com dados tericos e

    experimentais [5].

    Objetivo

    Comparar os gases acetileno e GLP utilizados em oficinas de manuteno, para propiciar

    a escolha tcnico-econmica de uso em oficinas de manuteno.

    Material e Mtodos

    O mtodo adotado a comparao de dados experimentais obtidos na oficina da fbrica

    matriz (chamada de Y), os dados tericos baseados em literaturas tcnicas diversas e clculos

    de custos obtidos com fornecidos gs e equipamentos de soldagem.

    Resultados e Discusso

    A comparao da utilizao do gs GLP em substituio ao gs acetileno, levou em

    considerao que a empresa considera vivel se houver retorno financeiro em apenas 3 meses,

    considerando todos os custos envolvidos, ou seja, o custo da aquisio de gs oxignio (O2),

    aquisio de kits contendo bicos, maaricos, botijas e carrinhos para o transporte do conjunto

    oxicorte. Os custos do fornecimento de gases sem os equipamentos necessrios esto na

    Tabela1.

    Tabela 1: Custo dos gases

    Tipo de Gs Preo R$/kg

    Custo Acetileno R$ 15,95*

    Custo GLP R$ 2,22*

    Custo O2 R$ 2,44*

    *Valores fornecidos pelo setor SUPRIMENTOS

    As propores de oxignio, consumido por quantidade de gs necessrio, e as

    caractersticas de cada gs so demonstradas na Tabela 2

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Tabela 2: Resultados comparativos.

    Gs %C2H2 %C3H8 %C4H10 PMm PC Txestv Txestm CC TMQ %QD

    Acet. 100% - - 26,04 310,40 2,5 3,07

    11938,6 3480 40 *1,10 **1,35

    GLP - 60% 40% 49,7 547,27 5,9 3,59

    11020,4 2947 10 *3,90 **2,50

    But. - - 100% 58,12 635,38 6,5 3,56

    10932,3 2925 10 *4,50 **2,46

    Prop. - 100% - 44,09 488,53 5 3,63

    11079,2 2980 10 *3,50 **2,54

    Oxig. - - - 32 - - - -

    Sendo: Acet. = Acetileno; GLP = Gs liquefeito de petrleo; But. = Butano; Prop. = Propano; Oxig. = Oxignio;

    PMm = Peso molecular mdio (moles); Txestv = Taxa O2 Estequiomtrica em volume (NlO2/Nlgas); (*) = Valor prtico

    fornecido pela fbrica matriz (Y); Txestm = Taxa O2 Estequiomtrica em massa (gO2/ggas); (**) = Valor prtico

    fornecido pela fbrica matriz (Y); CC = Calor de Combusto (cal/g); TMQ = Temp. Mxima na Queima (oC);

    %QD = % Queima no Dardo (%); Cust = Custo por kg (R$/kg)

    A diferena existente entre as taxas de consumo de oxignio terico estequiomtrico e o

    experimental deve-se ao oxignio utilizado na queima secundria, proveniente da atmosfera e

    no do cilindro, este valor emprico e varia em funo de correta regulagem do maarico,

    considerando chama neutra. A fbrica matriz (Y) utiliza GLP h trs anos.

    Com base nos valores da Tabela 1, foi possvel chegar aos valores da Tabela 3, que trata

    de coeficientes a serem utilizados nos custos da mistura, seja com GLP com oxignio ou

    acetileno com oxignio, porm ainda sem considerar os custos de equipamentos.

    Tabela 3: estimativa de custos de mistura

    Gs mgas m02 mtot CC Q/m CG C.O2 CT E/C

    Acet. 1 1,35 2,35 11939 5080 15,95 3,29 19,24 264

    GLP 1 2,5 3,5 11020 3149 2,22 6,1 8,32 378,4

    Sendo: Q/m = Energia por quilograma de mistura (cal/kg)mist.; CG = Custo do

    gs combustvel (R$/kg)gs; C.O2 = Custo do gs O2 (R$/kg); CT = Custo Total

    (R$/kg); E/C = Quantidade de energia por unidade monetria (amist/R$)

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    Tabela 4: Custo de aquisio de acessrios

    Componente Custo

    Unit R$

    Quant.

    Func. Valor (R$)

    Ma. Corte Manual para GLP/acetileno, c/ vlvula 270

    298

    80.460,00

    Vlvula corta-chama GLP para uso em reguladores 37,5 11.175,00

    Vlvula corta-chama GLP para uso em maaricos 45 13.410,00

    Regulador de presso para GLP 145 43.210,00

    Bicos de Corte nmero 4 22,5 6.705,00

    Bicos de Corte nmero 6 24,5 7.301,00

    Bicos de Corte nmero 8 25,5 7.599,00

    Total R$ 169.860,00

    Os carrinhos para o transporte devero ser confeccionados, pois os atuais de conjunto de

    oxicorte de acetileno so diferentes, e a menor cotao para a fabricao atendendo a todas as

    normas de segurana da empresa ficou em R$ 1.200,00 por pea, ou seja, R$ R$ 357.000,00

    para a fabricao de 298 carrinhos, somando aos custos de acessrios, o custo total de R$ R$

    527.470,00.

    Conclui-se que o retorno financeiro mensal de R$ 985,00 no compensa o investimento

    de R$ 527.470,00.

    Concluso

    O acetileno libera cerca de 40% de sua energia j na regio do dardo, enquanto o GLP

    menos de 10%, quando se realiza um corte de GLP, a distncia no deve ser a mesma porque

    ele s atingir maior temperatura numa distncia maior. Assim como deve se afastar mais a

    tocha da chama de GLP para se conseguir uma maior elevao de temperatura em se

    comparando o mesmo processo com acetileno.

    Nesta deciso especfica, a opo foi no mudar de gs para solda, continuando com o

    gs acetileno.

    Referencia bibliogrfica

    1. The Lynd Group, Acetylene: The fuel gas of choice, Germany, 2011

    2. QUEEN, G. S. et al, Combusto e combustveis, UFSC, Florianpolis, 2011.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    3. PERRY, R. H. Chemical engineers handbook. 7th ed. Oklahoma, USA -1999, ISBN 0-07-

    049841-5.

    4. GARY, J. H., HANDWRK, G. E., Petroleum Refining: Technology and Economics, 4th ed.

    CRC Press, 2001. ISBN 0-8247-0482-7

    5. KUO K. K. Principles of combustion. New York, Wiley-Interscience: 1986

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Especial:Fontes_de_livros/0824704827

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    A influncia da manuteno em instalaes de vapor no rendimento de uma caldeira

    1Paulo, H. A. T., 1Santos, A. R., 1Moraes Jr., D, 1Moraes, M. S.

    1Universidade Santa Ceclia UNISANTA, Santos-SP, Brasil

    Email: [email protected]

    Resumo: Neste trabalho demonstrou-se a influncia da manuteno em instalaes de vapor

    no rendimento de uma caldeira fogo-tubular. Foram realizados reparos e melhorias de

    manuteno em tubulaes, isolamentos trmicos, vlvulas, aquecedores de leo e outros

    componentes de instalaes, influenciando na quantidade de condensado retornado e elevando-

    se a temperatura de entrada de gua na caldeira, influenciando na reduo de consumo de

    combustvel. Aps essas aes, houve aumento na eficincia global.

    Palavras chave: Manuteno. Caldeiras, Vapor.Quantidade de Condensado.

    Abstract: This paper demonstrated the influence of maintenance in steam yield of a fire-tube

    boiler. There have been improvements in repairs and maintenance on pipes, heat insulation,

    valves, heaters and other oil installations components, influencing the amount of returned

    condensate and rising water inlet temperature in the boiler, influencing the reduction of fuel

    consumption. After these actions, there was an increase in overall efficiency.

    Keywords: Maintenance. Boilers. Steam. Condensate Quantity.

    Introduo

    Este trabalho descreve aes estratgicas de reparos de manuteno nas instalaes

    industriais que podem aumentar o rendimento de uma caldeira fogo tubular. As intervenes

    estratgicas da manuteno nas instalaes industriais, contribuiram para a conservao dos

    equipamentos [1] (QUEIROZ ET AL, 2013), [2] Branco (2006) afirma: Manuteno um

    conjunto de aes que permitem restabelecer um bem. A manuteno nas instalaes de vapor

    tambm contribui para o aumento da eficincia da caldeira, aumentando a temperatura de

    entrada da gua na caldeira conforme [3] Saidur et al (2011).

    Objetivos

    O objetivo principal deste trabalho foi demonstrar que a manuteno nas instalaes

    industriais e de vapor contribuem para conservar os equipamentos, mas tambm, impactam

    positivamente no aumento da eficincia de uma caldeira fogo-tubular, reduzindo o consumo de

    leo combustvel.

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    Materiais e Mtodos

    Para identificar falhas nos isolamentos trmicos danificados ou danos por vazamentos,

    foram utilizados os mtodos de inspeo visual auxiliado por um termmetro laser Mod.OS425-

    LS (Figura 1), que mede a distncia as temperaturas desde -60 a 1000C, e o mtodo auditivo

    com auxilio nos sons inaudveis do analisador ultrassnico Modelo ULTRAPROBE-100, que

    detecta sons de vazamento na freqncia ultrassnica de 35 a 45kHz (Figura 2).

    Figura 1: Termmetro laser Mod. OS425-LS. Fonte: [4] OMEGA (2015)

    Figura 2: Analisador ultrassnico ultraprobe-100. Fonte: [5] UE-SYSTEMS (2014)

    Utilizou-se l de rocha e chapas corrugadas de alumnio para substituir os isolamentos

    danificados (Figura 3), Tambm interligou-se linhas de condensado que eram descartadas para

    a linha principal de retorno de condensado para o desaerador.

    Figura 3 - Sistema de isolamento trmico danificado

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Os refratrios da caldeira que estavam danificados foram substitudos, para diminuir as

    perdas de energia trmica da combusto (Figura 4).

    Figura 4 - Detalhe da frente da caldeira sem o queimador

    Resultados e Discusso

    A recuperao do sistema de isolamento trmico e a manuteno nas linhas de vapor

    propiciaram o aumento de condensado no desaerador (Figuras 5 e 6), diminuindo a porcentagem

    de gua fria de make-up (Figura 7), o aumento de condensado quente no desaerador elevou a

    temperatura da gua que entra na caldeira com a elevao de temperatura diminui-se a

    quantidade combustvel consumido pela caldeira, conforme a Equao 1.

    Figura 5 - Desaerador, sada superior de flash entrada lateral de gua de make-up

    Figura 6 - Tpico Desaerador Fonte: [6] AQUAFIL (2012).

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

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    Figura 7: Demonstrao da reduo de agua de make-up.

    Tabela 1: Resultados mensais de do consumo de leo para a produo de vapor

    Ms Taa

    (oC)

    Vaa

    (kg/ms)

    Vmoc

    (kg/ms) Rvo

    Jan./08 51,8 223200 17545,7 12,72

    Fev./08 52,2 216700 16993,6 12,75

    Mar./08 65,4 224400 16906,8 13,27

    Abr./08 72,8 194500 14183,1 13,71

    Mai./08 85,6 209900 14815 14,17

    Jun./08 86,2 234800 16126,7 14,56

    Jul./08 86,7 201600 13819,3 14,59

    Ago./08 86,4 235100 16125,6 14,58

    Set./08 87,8 216200 14845,7 14,56

    Out./08 88,1 212500 13954,9 15,23

    Nov./08 87,2 177000 11672,6 15,16

    Dez./08 - - - -

    Jan./09 88,8 205800 13526,8 15,21

    Fev./09 88,6 240400 15812 15,2

    Mar./09 88 233500 15376,2 15,19

    Abr./09 87,4 202900 13305,7 15,25

    Grfico 23: Recuperao de Condensado.

    Onde: Taa = Temperatura mdia da gua de mistura da alimentao da

    caldeira (oC); Vaa = Vazo de gua de mistura da alimentao da

    caldeira (kg/ms); Vmoc = Vazo mssica de leo combustvel

    (kcal/ms); Rvo = Razo vapor produzido por leo queimado.

    0,0

    20,0

    40,0

    60,0

    80,0

    jan

    /08

    fev/

    08

    mar

    /08

    abr/

    08

    mai

    /08

    jun

    /08

    jul/

    08

    ago

    /08

    set/

    08

    ou

    t/0

    8

    no

    v/0

    8

    Mes

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    A Equao 1 representa a razo entre a quantidade de vapor produzido por leo

    consumido

    Rvo = Vaa / Vmoc(1)

    Concluses

    Houve uma reduo da gua de make-up com consequente elevao da temperatura da

    gua de entrada da caldeira, conforme as Figura 7 e 8, isso demonstra que os isolamentos

    trmicos danificados ou a falta de manuteno impactam diretamente no rendimento da

    caldeira. Todo gestor de manuteno deve levar isto em conta ao fazer o planejamento dos

    custos de manuteno, pois deveriam abater do custo de manuteno preventiva os provveis

    custos com perda de eficincia dos equipamentos.

    Referncias bibliogrficas

    1. QUEIROZ, E. S., HOLANDA, K., SANTOS, M. C. R., BORGES, P. L. M., Manuteno

    centrada em confiabilidade: Importante ferramenta para reduo de custos e falhas, So Mateus,

    2013

    2. BRANCO F., G., Dicionrio de termos de manuteno, confiabilidade e qualidade, 4.Ed.,

    Editora Cincia Moderna / ABRAMAN, Rio de Janeiro, 2006

    3. SAIDUR, R. A., DEMIRBAS, E.A. HOSSA, M.S. MEKHILEF, S. A review on biomass as

    a fuel for boilers, Renewable and Sustainable Energy Reviews, Elsevier Kuala Lumpur,

    Malaysia, 2011

    4. OMEGA ENGINEERING BRASIL,Manual de Instrues do OS425-LS, Campinas, 2015

    5. UE-SYSTEMS INC,Manual de Instrues do ULTRAPROBE 100, USA, 2013

    6. AQUAFIL TRATAMENTO DE AGUA LTDA, Desaeradores Trmicos - Modelo DST, So

    Paulo, 2012.

  • 40 ENCONTRO NACIONAL DE PS GRADUAO - ENPG ISSN: 2358-1662

    21

    Anlise comparativa entre ensaio por gamagrafia e ultrassom em junta soldada tubular

    Douglas de Jesus Passoni1, Marcos Tadeu Tavares Pacheco2

    1MKS Caldeiraria Indstria e Comrcio, Pernambuco 2UNICASTELO, SP, SP

    E-mail para correspondncia: [email protected]

    Resumo: Dentre os diversos mtodos de Ensaios No Destrutivos (END) utilizados na anlise

    da estrutura de uma junta soldada, tem-se o mtodo de radiografia industrial, mais conhecido

    por Gamagrafia (RX), e o mtodo de Ultrassom (US). A definio do mtodo mais adequado

    para processos de fabricao em escala industrial, via de regra, segue exigncias tcnicas

    previstas nas especificaes de projeto do material a ser soldado. Alm disso, deve-se tambm

    observar o impacto no ambiente onde o ensaio ser realizado, pois pode afetar a produtividade

    geral pois interfere no lay out de produo. O custo total de END pode chegar a 15% do custo

    total de uma fabricao. Portanto, a definio do mais adequado END deve levar em conta:

    exigncias tcnicas, impactos ambientais e nas pessoas e custo total. O objetivo deste artigo

    comparar a gamagrafia e o ultrassom, dois mtodos de avaliao da integridade de uma junta

    soldada, apresentando resultados qualitativos e quantitativos.

    Palavras-chave: junta soldada, ensaio, spool, tubulao

    Abstract: Among the various methods of Non-Destructive Testing (NDT) used in analyzing

    the structure of a soldered joint, it is found the industrial radiography method, better known as

    gammagraphy (RX), and the Ultrasound method (US). The definition of the most appropriate

    method for manufacturing processes on an industrial scale, in general, follows technical

    requirements for design specifications of the welded material. Nevertheless, one should also

    observe the impact on the environment where the trial will be conducted as it may affect the

    overall productivity because it interferes in the production lay out. The overall END cost can

    reach 15% of the total cost of manufacturing. Therefore, determining the most appropriate END

    must take into account technical requirements, impacts to the environment and people and the

    total cost. The purpose of this article is to compare the gammagraphy and ultrasound, two

    methods of assessing the integrity of a welded joint, presenting qualitative and quantitative

    results.

    Key-words: welded joint, test, spool, pipe

    Introduo

    Segundo Kaplan no se gerencia o que no se mede e no se mede o que no se define

    [1]. O desafio de se determinar o melhor custo total de um empreendimento, por exemplo na

    construo de uma nova fbrica, objetivo principal da grande maioria dos segmentos

    industriais. Dentro desta tica todas as etapas de um investimento industrial devem ser

    avaliadas, passando pelo risco de mercado, da disponibilidade da matria prima, dos recursos

    operacionais e tcnicos, de pessoal capacitado e de mtodos de planejamento, fabricao e

    controle. No se trata apenas de aplicar um modelo, como VPL ou TIR, e sim de identificar os

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    diversos itens de impacto financeiros e no financeiros na deciso do melhor investimento.

    Principalmente em um ambiente de recursos escassos e altamente competitivos a aplicao

    adequada dos recursos sinnimo de sobrevivncia e perpetuao do negcio [2].

    Um dos principais fatores de impacto no custo total de fabricao da maioria dos

    produtos industriais a garantia da qualidade. Quando um produto, ao final da sua fabricao

    identificado como no conforme, de acordo com os seus requisitos definidos de qualidade, h

    perda de recursos materiais e financeiros, portanto com aumento de custo. Para mitigar este

    cenrio de perda so aplicados testes e ensaios no destrutivos que monitoram padres de

    medio previamente definidos para atingir a qualidade definida para o produto e assim, ao ser

    aprovado ao final do processo de fabricao, no gerar perdas [3].

    Processo de Soldagem

    Define-se soldagem como uma tcnica de reunir duas ou mais partes que passam a

    constituir um todo, assegurando a continuidade do material e suas caractersticas mecnicas e

    qumicas. A soldagem classificada com destaque entre os processos de unio dos materiais,

    por ser amplamente empregada e por envolver grande volume de atividades [4].

    O processo de soldagem gera riscos de diversas naturezas, tais como: qumicos (fumos

    de solda, gases, partculas, respiratrios), fsicos (radiao, rudo, vibrao), ergonmicos

    (distrbios nos membros superiores) e acidente (viso, queimaduras). Portanto fator crtico

    preparar e proteger o ambiente e o soldador que iro estar envolvidos no processo de soldagem

    [5].

    Ensaios No Destrutivos

    Ensaios no destrutivos so tcnicas de ensaio que visam analisar materiais ou partes e

    peas de um equipamento, para detectar defeitos existentes, sem que seja necessrio alterar as

    propriedades dos mesmos, quer sejam estruturais ou mesmo superficiais. Os END so no

    invasivos e, uma vez que permitem controlar o estado dos materiais e equipamentos,

    traduzindo-se este controle num aumento da confiabilidade, minimizam riscos, do maior

    segurana, promovem melhoria e otimizao dos processos de fabricao, bem como numa

    reduo de custos, representando um fator de competitividade para as empresas. De forma

    resumida pode-se dizer que a correta aplicao dos END, pode prevenir acidentes, salvar vidas,

    proteger o ambiente e evitar prejuzos econmicos [6].

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    Ensaio por Gamagrafia

    Desde a descoberta do Raio-X por Wilhelm Conrad Roentgen em 1895 o que lhe rendeu

    um prmio Nobel em 1901, muitas aplicaes tm sido desenvolvidas. A radiografia industrial,

    mais conhecida como gamagrafia, um dos mais versteis END utilizado na indstria em geral

    para inspeo da integridade estrutural de partes e peas de um equipamento. A tcnica consiste

    em expor o material a emisso de raio X ou gama registrando a imagem obtida. Utilizando a

    tecnologia digital, novas geraes de detectores bidimensionais tem sido desenvolvidas, de

    altssima sensitividade, que representa vrias dezenas de vezes mais sensitivo que um filme de

    raios-X convencional, maior faixa dinmica, linearidade superior, excelente resoluo espacial

    e obteno de imagens digitais diretamente da leitora permitindo um posterior processamento

    computacional das imagens [7].

    Ensaio por Ultrassom

    Aps os primeiros estudos e registros do ultrassom em 1794 por Lazzaro Spallanzini,

    desde ento a tcnica de ensaio por ultrassom tem sido amplamente aplicada nos mais diversos

    ambientes mdicos e industriais. Ultrassom definido como ondas de presso acstica com

    frequncias acima de 20 quilohertz (kHz), podendo chegar a algumas dezenas de megahertz

    (MHz). Para o diagnstico mdico tem diversas vantagens devido ao baixssimo risco para o

    corpo humano. Por esta caracterstica, sendo uma radiao no ionizante, a aplicao industrial

    igualmente ampla pois permite que o ensaio seja feito sem rgidas restries de aproximao

    do ser humano fornecendo imagem instantnea [8].

    Objetivos

    O presente trabalho tem como objetivo comparar dois mtodos de ensaio no destrutivo

    (END) a partir de idntica preparao de dois corpos de prova submetidos a ambos os ensaios.

    Materiais e Mtodos

    O experimento foi realizado dentro das instalaes de uma empresa especializada em

    processos de soldagem. Foram preparados dois corpos de prova consistindo cada um de dois

    anis de 50 mm de comprimento de tubo sem costura, material ASTM-A 106 Gr. B, dimetro

    nominal de 6, espessura de parede 10,97 mm (SCH80). Os corpos de prova pesaram antes da

    soldagem 12,400kg e aps soldagem 12,455kg, indicando uma deposio de consumvel de 55g

    em cada corpo de prova. A mquina de solda utilizada foi modelo CST 280 fabricante Miller.

    Foram utilizados como consumveis de soldagem varetas TIG GTAW rod wire, com dimenso

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    de 3,2mm de dimetro e comprimento 1.000mm. O soldador foi submetido previamente a

    qualificao no processo GTAW conforme previsto em norma ASME B31.3-2004/ASME IX-

    2006. Para realizar o ensaio por gamagrafia o corpo de prova foi colocado em rea restrita,

    conforme previsto em norma. Foi utilizado equipamento com fonte IR-192 conforme registros

    no documento RX-551/2015. Para realizar o ensaio de ultrassom foi utilizado aparelho USM

    GO+, nmero de srie GOPLS13110087.

    Resultados

    Comparando-se os mtodos de ensaio no destrutivo radiografia e ultrassom observou-

    se que, apesar de todo o experimento ter sido planejado de forma idntica, apresentaram

    diferena fundamental. Nota-se que na radiografia no foi identificado defeito algum, porm

    no ultrassom identificou-se defeito por falta de fuso reprovando a amostra.

    Tabela 1. Resultado do END por Radiografia (ou Gamagrafia)

    Tabela 2. Resultado do END por Ultrassom

    NUM.

    DE

    FILME

    TAM.

    DO

    FILME

    CORPO

    DE

    PROVA

    POSIO DIAMETRO DEFEITOS AP RP

    7203 3.5"x8.5" CP-01 1 6" SD X

    7204 3.5"x8.5" CP-01 2 6" SD X

    7205 3.5"x8.5" CP-01 3 6" SD X

    7206 3.5"x8.5" CP-01 4 6" SD X

    7207 3.5"x8.5" CP-02 1 6" SD X

    7208 3.5"x8.5" CP-02 2 6" SD X

    7209 3.5"x8.5" CP-02 3 6" SD X

    7210 3.5"x8.5" CP-02 4 6" SD X

    AP = aprovado SD = sem defeitos

    RP = reprovado

    RESULTADODADOS DO ENSAIO - RADIOGRAFIA

    CORPO

    DE

    PROVA

    AMP.

    (dB)

    LOC.

    (mm)

    COMPR.

    (mm)

    PROF.

    (mm)

    PERC.SOM

    (mm)

    DIST.REF.

    (mm)AP RP

    CP-01 +7 83 72 9.2 26.5 27 X

    CP-02 -2 79 81 7.8 23 25.5 X

    AP = aprovado

    RP = reprovado

    RESULTADODADOS DO ENSAIO - ULTRASSOM

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    Discusso

    Em princpio o END por radiografia um ensaio que identifica em maior profundidade,

    em relao a espessura do material soldado, eventuais defeitos. O ensaio por ultrassom

    normalmente aplicado a juntas soldadas, falando-se em termos de exigncias tcnicas, de menor

    grau. Porm nota-se que o resultado real dos ensaios foi inverso ao esperado. Isto , a

    ultrassonografia (tabela 2) reprovou as juntas identificando defeito por falta de fuso e a

    radiografia aprovou as juntas soldadas (tabela 1). Toda a preparao dos corpos de prova (CP-

    01 e CP-02) foi conduzida de forma idntica. O resultado diferente, neste caso, pode ter sido

    ocasionado por outros fatores, isolados ou em conjunto, por: aes do soldador, j que se trata

    de um processo manual; do material de adio (consumvel), apesar do certificado; das

    condies ambientais, principalmente p e vento ou outros.

    Concluses

    Ensaio por gamagrafia no deve ser considerado mais completo do que ensaio por

    ultrassom e vice-versa, pois ambos possuem limitaes e vantagens, fazendo com que cada um

    deles seja objeto de anlise e estudo da viabilidade para sua utilizao, em conjunto com os

    Cdigos e Normas de Fabricao. Este trabalho visa apresentar que, em apenas duas amostras

    (corpos de prova), obteve-se resultados diferentes, apesar dos mesmos terem sidos preparadas

    de forma idntica. Neste caso fica a proposio de aprofundar as aplicaes em outro trabalho,

    por meio de uma amostragem maior e em diversos tipos de juntas soldadas como: junta de

    ngulo, junta de topo e junta boca de lobo.

    Referncias bibliogrficas

    1. KAPLAN, R.S., NORTON, D.P., Organizao orientada para estratgia, Massachusetts, junho de 2000.

    2. ALBERTON, A. et al. (2004), Seleo de Investimentos: aspectos e ferramentas relevantes na perspectiva dos gestores. In: XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produo. Anais

    XXIV ENEGEP. Florianpolis, SC.

    3. CAMPOS, V. F. (1990), Gerncia de Qualidade Total: estratgia para aumentar a produtividade da empresa brasileira, Fundao Christiane Ottoni, Belo Horizonte, MG, Bloch

    Editores.

    4. FHR, T. (2012), Reconhecimento e Avaliao dos Riscos Ambientais Gerados nos Processos de Soldagem de uma Empresa do Segmento Metal Mecnico, Iju, RS.

    5. GOMES, A. A., RUPPENTHAL, E., (202), Aspectos de Higiene e Segurana na Soldagem com Eletrodos Revestidos em Microempresas do tipo Serralheria, XXII Encontro Nacional de

    Engenharia de Produo, UFSM, Curitiba, PR.

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    6. BERNARDO, G. S. R. L., (2012), Tcnicas avanadas de controlo no destrutivo para ligaes de ligas com memria de forma a aos de construo civil, Faculdade Cincias e

    Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa.

    7. SHINOHARA, A. H., KHOURY, H. J., ACIOLI, E., (2002), Avaliao da Tcnica de Radiografia Digital em Gamagrafia, 6 COTEQ, Salvador, Brasil.

    8. STANGERLIN, D. M., GATTO, D. A., MELO, R. R., CALEGARI, L. VIVIAN, M. A., CASTELO, P. A. R., BELTRAME, R., (2010), Uso do Ultrassom para estimativa das

    propriedades mecnicas da Madeira de Peltophorum dubium, Cincia da Madeira, Pelotas.

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    Anlise e comparao terica e prtica das tenses exercidas em curvas de expanso de

    linhas de vapor

    Leandro Ferreira Gomes1, Rodrigo dos Reis Lima2

    1Usiminas Usinas Siderrgicas de Minas Gerais

    Estrada Piaaguera, km 6, cidade de Cubato-SP, Brasil 2Provac Indstria e Comrcio Ltda.

    Rua Conselheiro Joo Alfredo, 241, cidade de Santos-SP, Brasil

    Email: [email protected]

    Resumo: O trabalho consistiu em estudar as tenses resultantes em curvas de expanso de

    linhas de vapor, comparando os valores obtidos nos ensaios realizados em softwares de

    elementos finitos CAE com os dados levantados nas medies em modelo monitorado por

    Extensometria. Para a avaliao terica das deformaes que ocorrem em curvas de expanso,

    sero simuladas condies de operao de uma linha de vapor nos softwares Triflex e

    Solidworks que trabalham com a anlise por elementos finitos. Os valores reais sero obtidos

    atravs de medio por Extensometria em um modelo escalar de curva de expanso montado

    em uma bancada e submetido a condies de operao de temperatura e presso.

    Palavras-chave: Extensometria; Elementos finitos; Curva de expanso;

    Analysis and comparison of Theoretical & Practical exercised Tensions in steam lines

    expansion curves

    Abstract: The work is to study the strains in steam lines expansion curves, comparing the

    values obtained in the tests performed in finite element software - CAE - with the data obtained

    in measurements in a model monitored by Extensometry. For a theoretical evaluation of the

    deformations that occur in the expansion curves, operating conditions of a steam line are

    simulated on Triflex SolidWorks and software working with finite element analysis. The

    actual values are obtained by measuring Extensometry on a model scale expansion curve

    mounted on a bench and subjected to temperature and pressure operating conditions.

    Keywords: extensiometry; Finite element; Expansion curve.

    Introduo

    A flexibilidade de uma tubulao tratada como a capacidade que ela tem em absorver

    dilataes trmicas por meio de deformaes nos seus diversos trechos [2]. Os sistemas planos

    apresentam deformaes por flexo e flambagem, j os sistemas tridimensionais apresentam

    alm destas, tambm, as tores [3]. Quanto menores forem as tenses internas e as reaes

    sobre seus apoios, mais flexvel ser o sistema [3]. Sabe-se que uma tubulao est bem

    dimensionada, quanto flexibilidade, quando as tenses e reaes encontradas no ultrapassam

    mailto:[email protected]

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    os valores mximos admitidos por norma para o material. Pode-se estabelecer que a

    flexibilidade de uma tubulao seja tanto maior quanto mais o seu traado se afastar de uma

    linha reta, ou seja, quanto maiores forem as mudanas de direo entre seus dois extremos.

    Na indstria, as tubulaes normalmente percorrem longas distncias e necessitam

    seguir uma direo geral retilnea. Com a finalidade de absorver total ou parcialmente as

    dilataes provenientes das variaes de temperatura e tambm impedir a propagao de

    vibraes, devem ser instaladas curvas de expanso intercaladas em trechos distintos [2].

    Objetivo

    O objetivo deste estudo comparar os resultados obtidos na determinao dos esforos

    internos e reaes nos apoios de tubulaes de linhas de vapor [4], utilizando os mtodos de

    elementos finitos [1] no software genrico Solidworks e no software especfico Triflex, com

    as deformaes medidas por extensometria na curva de expanso modelo e extrapoladas por

    meio de clculos numricos para obteno das tenses e esforos atuantes.

    Materiais e mtodos

    Para o desenvolvimento do trabalho foi tomado como referncia um caso real de

    tubulao de vapor em funcionamento no parque industrial da regio.

    Foram levantados os parmetros fsicos e de operao e a partir deles determinada a

    escala de fabricao e montagem do modelo a ser estudado. O modelo foi fabricado com os

    mesmos materiais utilizados na tubulao original e as caractersticas de operao foram

    impostas ao modelo atravs de vapor gerado pela caldeira existente no laboratrio de Mquinas

    Trmicas da Universidade Santa Ceclia.

    No modelo, foram instalados extensmetros para medio dos deslocamentos e

    posterior verificao das tenses geradas, que podem ser observados na figura 1.

    Foi gerado um modelo virtual, indicado na figura 2, em software grfico e a partir dele,

    estudadas as tenses e deformaes na tubulao. A simulao foi realizada pelo mtodo de

    elementos finitos nos softwares Solidworks e Triflex e determinados os deslocamentos e

    tenses principais.

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    Resultados

    A anlise foi dividida em duas etapas distintas, sendo, a anlise do modelo fsico e a

    anlise do modelo virtual. Os resultados coletados foram consolidados e indicados no quadro

    1. Na comparao entre os mtodos, desprezaram-se as medidas prximo aos engastamentos e

    foram analisadas apenas as tenses geradas no centro geomtrico da curva.

    Quadro 1 Comparativo entre as anlises computacionais e fsicas

    Parmetros Tenso mxima (N/mm)

    Presso (kPa) Temperatura (C) Strain Gauge Soliworks Triflex

    539,366 147,000 79,238 40,100 7,270

    637,432 151,000 87,661 96,400 7,700

    735,499 160,000 85,200 42,200 8,390

    Figura 1 Instalao dos extensmetros no modelo (Pelo autor)

    Figu