Anais - XIII Semana e Biologia - 1

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PROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃO

SEGUNDA-FEIRA (29/09)08:00-09:00: entrega dos materiais09:00-09:30: abertura09:30-10:30: mesa redonda "Profissão: Biólogo"10:30-11:30: Palestra "Vegetação arbórea da bacia do rio Tibagi (Paraná)".Dra. Ana Odete Vieira-UEL13:30-17:30: 02, 05, 07, 11, 16, 18, 19, 25, 26, 29, 33, 35, 40, 47, 619:00-22:30: 16, 19, 29, 31, 32, 4721:00:Coquetel de abertura

TERÇA-FEIRA (30/09)08:30-12:30: 01, 02, 03, 11, 18, 20, 24, 27, 31, 32, 33, 40, 44, 3413:30-17:30: 05, 07, 09, 12, 16, 18, 20, 23, 25, 26, 27, 30, 38, 44, 34, 618:00 - 19:00: Palestra: Recomposição de Matas ciliares no Estado do Paraná.Prof. Dr. Alessandro Camargo Ângelo (UFPR) e Profª Irene Carniatto. (UNIO-ESTE/UFPR)19:00-22:30: 05, 16, 38, 15

QUARTA-FEIRA (01/10)08:30-12:30: 01, 02, 03, 08, 09, 13, 18, 38, 43, 34, 48, 4913:30-17:30: 08, 09,12, 13, 21, 23, 24, 25, 26, 30, 37, 43, 48, 4919:00-22:30: 15, 42

QUINTA-FEIRA (02/10)08:30-12:30: 01, 02, 04, 10, 24, 41, 43, 48, 5013:30-17:30: 04, 08, 17, 21, 23, 37, 39, 41, 48, 5019:00-22:30: 22, 42

SEXTA-FEIRA (03/10)08:30-12:30: 10, 14, 28, 36, 45, 4613:30-17:30: 14, 17, 22, 28, 36, 37, 39, 45, 46

1. Nematoides Entomopatogênicos; Juan P. Molina (Drando UFLA), 12h, 25 vagas2. Uma abordagem sobre as técnicas bioquímicas utilizadas para estudo sobre enzimas de

interesse biotecnologico Prfs: MSc. José L. C. Silva; Drª Clarice A. Osaku; Drª Marina K.Kadowaki (UNIOESTE), 20h, 20 vagas

3. Ilustração Botânica ; Biol. Cecília Tomasi (IBt- SP), 8 h, 20 vagas4. Introdução ao estudo das diatomáceas; Prof. Dr. Bartolomeu Tavares (UNIOESTE), 8h, 20

vagas5. Algas como bioindicadores; MSc. Carla Ferragut (IBt-SP), 12h, 20 vagas6. Microbiologia Ambiental; Dnda. Fabiana G. da S. Pinto (UNIOESTE); Prof. MSc. Kelen C.

Baratela (FAG), 8h, 20 vagas7. Utilização de bioensaios na obtenção de substâncias biologicamene ativas; PhD Marisa A.

Nogueira (UNIOESTE), 8h, 15 Vagas8. Produção de Lâminas de tecido vegetal; Prof. Drª Dalva C. Rocha (UEPG), 12h, 15 vagas9. Estresse e reprodução em fêmeas; Dnda Carmem M. Gomes e Dndo. Charlis Raineki

(UFRGS); MSc. Sara C. Sagae (UNIOESTE), 12h, 20 vagas10. Controle e prevenção de toxinfecções em alimentos; Prof. MSc. Fabiana A. Falconi e MSc.

Luciana O. de Fariña (UNIOESTE); 8h, 20 vagas11. Introdução a bioética; Prof. Drª Nilza Maria Diniz (UEL), 8h, 40 vagas12. Criação e manejo das abelhas indígenas sem ferrão; Prof. Dr. Edson Proni (UEL), 4h, 40

vagas13. Grupos funcionais de microrganismos do solo; Prof. PhD. Galdino Andrade (UEL), 8 h, 20

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vagas14. Sistema simpato adrenal; Prof. PhD. Paulo Cezar de Fretas Mathias e Dnda. Sabrina

Grassiolli (UEM), 8h, 20 vagas15. Regulação do peso corporal; Profs. Drª Sandra L. Balbo, MSc. Ana C. M. da Silva, MSc.

Maria L. Bonfleur e MSc. Fabiola Giordani (UNIOESTE), 8H, 20 vagas16. Coleções de artrópodes para fins didáticos; Profs. Dr. Luis F. A. Alves (UNI-OESTE) E MSc.

Renato Cassol de Oliveira (UNIPAR), 8 h, 20 vagas17. Biologia: uma interação sustentável; Biol. Emerson S. Suemitsu (Itaipu), 8h, 20 vagas18. Citogenética de Peixes; Prof. Dr. Vladimir P. Margarido (UNIOESTE), 16h, 20 vagas19. Análise de crescimento das plantas; Prof. Dr. Vandeir F. Guimarães (UNIOES-TE), 8h, 20

vagas20. Propagação de plantas; Profa. Drª Márcia M. Echer (UNIOESTE), 8h, 20 vagas21. Ecologia de morcegos; Prof. Dr. Nélio R. dos Reis (UEL), 4h, 20 vagas22. Física aplicada aos processos biológicos; Prof. Dnda. Lucimar Bonett (UNI-PAR), 8h, 20

vagas23. Métodos para validação de plantas medicinais com atividade sobre o trato gastrintestinal -

antiulcerosos; Prof. Drª Maria C. A. Marques (UFPR), Mnda. Cristina S. Freitas (UFPR),Gláucia Ottofuggi, Cristiane H. Baggio, 12h, 50 vagas

24. Introdução a ictiologia: estratégias e métodos; Prof. Dr. José M. R. Aranha (UFPR), 12h, 40vagas

25. Cultura de tecidos e transformações genéticas de plantas; Profs. MSc. Suzana Stefanello eDr.Adilson R. Schuelter (UNIPAR), 12h, 20 vagas

26. Métodos de Conservação de alimentos; Prof. MSc. Mara Olivier (UNIPAR), 12h, 40 vagas27. Organogênese do aparelhourogenital entre os vertebrados; Profa. Drª Suzana da F. Mesquita

(UEL), 8h, 25 vagas.28. Educação Ambiental: Instrumentação de ensino num contexto ambiental; Prof. Esp. Vera L.

B. de Oliveira (UEL), 8h, 30 vagas29. Bases biológicas da formação de tumores; Prof. MSc. Patrícia B. Nishyama (UNIPAR), 8 h,

30 vagas30. O veneno nosso de cada dia: alimentos; Prof. MSc. Izabel A. S. Jabor (UNI-PAR); Suzymeire

Rodrigues (UEM); Márcio Vasconcelos (UEM), 8h, 30 vagas31. Micropaleontologia; Drª Inês Azevedo (UFPR), 8 h, 25 vagas32. Paleobotânica e evolução das plantas; Prof. Dr. Robson T. Bolzon (UFPR), 8 h, 25v33. Biologia Reprodutiva: importância e métodos de trabalho; Prof. Drª Ana Odete S. Vieira (UEL),

8h, 40 vagas34. Cultura de células neuronais; Prof. Drª Margarete Nakatani (UNIOESTE), 12h, 12 vagas35. Conservação e melhoramento genético de variedades crioulas; Prof. Dr. Josué Maldonado

(UEL), 4h, 30 vagas.36. Dinâmica de populações vegetais; Prof. Dr. Edmilson Bianchini (UEL), 8h, 30 vagas37. Bem estar animal; Prof. Drª Marisa F. Castilho (UFPR), 6h, 25 vagas38. Integração Ambiental nas zonas rurais: conhecendo a CRABI e trilha ecoló-gicas em Corbélia-

PR; Prof. Dr. Bartolomeu Tavares (UNIOESTE); André R. F. Ribeiro; Márcio R. Ferla; MárcioS. Marafon, Rodrigo T. Dias e Vitor de A. Campos, 12h, 30 vagas

39. Curso Intensivo de propagação vegetativa via estaquia; Prof. Drª. Kátia C. Z. Ribas (UFPR),8h, 15 vagas

40. Genética de leveduras: expressão de genes heterólogos, genoma, proteoma e bioinformática;Drª Gisele M. A. de Nóbrega (UEL), 8h, 30 vagas

41. Técnicas de estudo de mamíferos na natureza; Biol. Ana Rafaela D'Amico (IBAMA); Prof.Dr. José Flávio Cândido Jr. (UNIOESTE), 8h, 20 vagas

42. Técnicas de taxidermia; Prof. Dr. José Flávio Cândido Jr. (UNIOESTE); Biol. Ana RafaelaD'Amico (IBAMA), 8h, 15 vagas

43. Formação de quiasmas e permuta genética em célula vegetal; Prof. Drª Onil-des Mª Taschetto(UNIOESTE), 12h, 20 vagas

44. Citopatologia viral; Prof. Drª Rose Meire Costa Brancalhão, Profa. Msc. Ednéia BrambillaTorquato, acad. Michael J. Lira, Antonio Felisberto Jr., Juliana K. Bilha, Eliana Peliçon, 8h, 10

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vagas45. Controle microbiano de insetos; Prof. Drª Rose Meire Costa Brancalhão, Profa. Msc. Ednéia

Brambilla Torquato, acad. Gisela Dalcin e Michelle Potrich, 8h, 10 vagas46. Educação ambiental no Parque Nacional do Iguaçu; Prof. Dr. Bartolomeu Tavares

(UNIOESTE); Biol. Valéria Casalle; Marco Aurélio Silva (IBAMA-PNI), 8h, 10 vagas47. Oficina de reciclagem e reaproveitamento de materiais; Zoraide Rodrigues (IBAMA-PNI), 8h,

15 vagas48. Meio ambiente e sociedade; Prof. Esp. José P. Souza (UNIPAR), 16h, 50 vagas.49. Recomposição de Mata Ciliar: experimentação e caso do Parque Ambiental de Cascavel -

PAC. Prof. Dr. Alessandro Camargo Ângelo (UFPR); Profª MSc. Irene Carniatto (UNIOESTE/UFPR). 8h, 15 vagas, (Local: PAC).

50. Trilhas Interpretativas como instrumento de Educação Ambiental. Ativida-de Prática-PAC.Eng. Artur Almeida (ESALQ/USP); Biól. Elisângela Ranconi (UFPR). 8h, 15 vagas, (Local:PAC).

OBS:- Os inscritos no curso 03 deverão trazer: 1 lápis HB, 1 lápis 3B, 1 borracha macia, 1 régua,

1 caneta nanquim nº2, papel sulfite, 10 folhas, 3 folhas papel vegetal sem margem A4, 1folha de papel milimetrado A3

- Os inscritos do curso 08 deverão trazer: pincel, 1 cx de gilete nova, pinça e estilete

- Os inscritos no curso 09 deverão trazer: pinça e tesoura

- O curso 16 será ministrado duas vezes, sendo portanto em duas tardes ou duas noites, osinscritos deverão trazer pinça

- Os inscritos do curso 29 deverão trazer tesoura

- O curso 38 terá saída de campo com pernoite, o ônibus sairá às 13h e 30 min do dia 30/09e retornará às 12h do dia 01/10; os inscritos deverão le-var saco de dormir ou colchonete,caneca e se possível barraca.

- Os inscritos do curso 42 deverão trazer bisturi, lâmina para bisturi, tesoura e pinça

- Cursos 49 e 50- trazer lanche-almoço

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REALIZAÇÃO

APOIO

APRESENTAÇÃO E TRABALHOS

A apresentação será realizada na forma de painel.Os resumos deverão ser encaminhados ate o dia 23/09 para:

Unioeste – Coordenação de Ciências BiológicasXIII Semana de Biologia

Rua Universitária, 2069 – CEP 895819-110 – Cascavel – PR

Os resumos poderão ser entregues diretamente na coordenação deCiências Biológicas.

NORMAS PARA RESUMOwww.unioeste.br

INFORMAÇÕES:Curso de Ciências Biológicas

Fone: (45) 220-3142

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ANAIS DA XIII SEMANA DE BIOLOGIA29 DE SETEMBRO A 03 DE OUTUBRO DE 2003

UNIOESTE- CAMPUS DE CASCAVEL

RESUMOS EXPANDIDOS

COORDENAÇÃO GERAL: Andréa Maria Teixeira FortesEQUIPE ORGANIZADORA: Maristela Jorge Padoin

Luis Francisco Angeli AlvesBreno Leitão Waichel

Cristiane RohdeÂngela Breda

COMISSÃO CIENTÍFICA: Daniela Frigo FerrazLourdes Aparecida Della Justina

Celso Aparecido Polinarski

EDITORAÇÃO: Daniela Frigo FerrazJarbas Santos da Silva

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ANÁLISE QUANTITATIVA DE BACTÉRIAS PRESENTES EMBIOFILMES DETERIORANTES NAS SUPERFÍCIES DE PRÉDIOSDA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULKiel, G.1*; Gaylarde, C.C.11 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil; * E-mail:[email protected]

DIVERSIDADE MICROBIOLÓGICA DE BIOFILMES ENCONTRADOS NASSUPERFÍCIES DOS PRÉDIOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DOSULKiel, G.1*; Gaylarde, C.C.11 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil; * E-mail:[email protected]

INFLUÊNCIA DO MEIO DE CULTIVO NA VIRULÊNCIA DE ISOLADOS DO FUNGOENTOMOPATOGÊNICO METARHIZIUM ANISOPLIAE (METSCH.) SOROK.BATISTA, J.S.S., LARSEN, I., OLIVEIRA, I.M., ALVES, L.F.A., PINTO, F.G.S.UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paranáe-mail: [email protected]

INFLUÊNCIA DO MEIO DE CULTIVO NA VIRULÊNCIA DE ISOLADOS DO FUNGOENTOMOPATOGÊNICO BEAUVERIA BASSIANA (BALS.) VUIL.BATISTA, J.S.S., LARSEN, I., OLIVEIRA, I.M., ALVES, L.F.A., PINTO, F.G.S.UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paranáe-mail: [email protected]

LEVANTAMENTO DA ORDEM ARANEAE NO PARQUE ECOLÓGICO PAULO GORSKISilva, Fábio Lobo; Oliveira, Renato Cassol. UNIPAR, Cascavel. [email protected]

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA PRESENTE NO PARQUE AMBIENTAL DE CASCAVEL(CASCAVEL-PR)Lidiana de Andrade (Unioeste) [email protected], Ana Rafaela D’Amico (Unioeste)[email protected], José Flávio Cândico Jr (orientador) [email protected].

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DA ENTOMOFAUNA EM MATA NATIVA, UTILIZANDOARMADILHA COM ATRATIVO ALIMENTAR.Schemberger, Edney; Trevisan, Helena Peternela; Lopes, Sara S. Pelegrina; Oliveira, RenatoCassol. UNIPAR, Cascavel. [email protected]

QUANTIFICAÇÃO DE CONÍDIOS DO FUNGO Beauveria bassiana EM MEIO DE ARROZENRIQUECIDO.Daian Guilherme Pinto de Oliveira.Universidade Estadual do Oeste do Paraná.(CCB)[email protected]

EVOLUÇÃO DA TOLERÂNCIA À GLICOSE EM RATOS OBESOS-MSG SUBMETIDOS ÀNATAÇÃORosane Aparecida Ribeiro (acadêmica do 4º ano de Ciências Biológicas), Danúbia Frasson(mestranda USP), Maria Lúcia Bonfleur (Orientadora), Ana Carla Marques da Silva (Co-orientadora), Sandra Lucinei Balbo (co-orientadora) – Universidade Estadual do Oeste doParaná – [email protected]

RELAÇÃO DO PESO CORPORAL E QUANTIDADE DE COMIDA COM A INGESTAOPCIONAL E INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% EM RATAS FÊMEAS ANTES E DURANTEA NATAÇÃO.Katiane Karine Brinkmann, Ligia Franceschini, Douglas Emanuel Neves, Robert Cruz, Raquelde Deus, Marcelo Pavan, Ary Israel, Veruly Soares Magro e Maristela Jorge Padoin. Curso deEducação Física, Laboratório de Fisiologia da Faculdade Assis Gurgacz-FAG, Cascavel, [email protected]

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RELAÇÃO DO PESO CORPORAL E QUANTIDADE DE COMIDA COM A INGESTAOPCIONAL E INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% EM RATOS MACHOS ANTES EDURANTE A (NATAÇÃO).Ligia Franceschini, Katiane Karine Brinkmann, Douglas Emanuel Neves, Robert Cruz, Raquelde Deus, Marcelo Pavan, Ary Israel, Veruly Soares Magro e Maristela Jorge Padoin.CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA DA FACULDADE ASSISGURGACZ – CASCAVEL –PR. [email protected]

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO NO CAMPO ABERTO COM O PREDADOR DERATOS QUE FORAM SENSIBILIZADOS AO ETANOL DURANTE A LACTAÇÃO ESUBMETIDOS A INGESTA OPCIONAL DE ETANOL 10 E 30% AOS 70 DIAS DE IDADE.Padilha, C. B.*; Thives de Oliveira, R.*; Bonato, A. P.*; Tomazoni, D. A.*; Benetti, F.**; Beijamini, F. *; Peiter, M. *; Souza, M. A. *; Padoin, M. J. *. **Departamento de CiênciasFisiológicas, UFRGS – Rio Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

EFEITO DA INGESTA OPCIONAL OU INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% NAPREFERÊNCIA, DEPENDÊNCIA E TOXIDADE EM RATAS LACTANTES E FILHOTES.Bonato, A. P.*; Tomazoni, D. A.*; Padilha, C. B.*; Thives de Oliveira, R.*; Benetti,F.**; Souza, M. A. *; Beijamini, F. *; Peiter, M. *; Padoin, M. J. *. **Departamento de CiênciasFisiológicas, UFRGS – Rio Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

INGESTA DE ETANOL EM RATOS ADULTOS QUE FORAM SENSIBILIZADOS ÀSUBSTÂNCIA DURANTE A LACTAÇÃO.Beijamini, F. *; Thives de Oliveira, R.*; Tomazoni, D. A.*; Peiter, M. *; Souza, M. A. *;Bonato, A. P.*; Padilha, C. B.*; Benetti, F.**; Padoin, M. J. *; **Departamento de CiênciasFisiológicas, UFRGS – Rio Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO DE RATOS QUEFORAM SENSIBILIZADOS AO ETANOL DURANTE A LACTAÇÃO E SUBMETIDOS AINGESTA OPCIONAL DE ETANOL 10 E 30% AOS 70 DIAS DE IDADE.Tomazoni, D. A.*; Thives de Oliveira, R.*; Padilha, C. B.*; Bonato, A. P.*; Benetti,F.**; Souza, M. A. *; Beijamini, F. *; Peiter, M. *; Padoin, M. J. *. **Departamento de CiênciasFisiológicas, UFRGS – Rio Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

EFEITO DA INGESTA OPCIONAL OU INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% NO CICLOESTRAL DE RATAS WISTAR AOS 70 DIAS DE IDADE.Thives de Oliveira, R.*; Padilha, C. B.*; Bonato, A. P.*; Peiter, M. *; Tomazoni, D. A.*;Beijamini, F. *; Souza, M. A. *; Benetti, F.** ; Padoin, M. J. *. **Departamento de CiênciasFisiológicas, UFRGS – Rio Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

EFEITOS DO MONOSIALOGANGLIOSÍDEO GM1 NA SOBREVIVÊNCIA DE CÉLULASDA RETINA DE RATOS NEONATOS APÓS LESÃO DE COLÍCULO SUPERIOR IN VIVO.Autores: Fernanda Taís Mecabô[email protected]; André Luiz Andreotti [email protected]; Margarete Nakatani- [email protected] UNIOESTE-Cascavel-PR.

COMPROVAÇÃO DO DIABETES MELLITUS EM RATOS INDUZIDO PORESTREPTOZOOTOCINAAlves, A.M.P.; Alves, E.P.; Marese, A.C.M.; Rhoden, S.A.; Piccolo G.; Chambó, E.D.; Tessaro,D.; Michelan, G.; Fregonesi, C.E.T. UNIOESTE. [email protected]

ANÁLISE DO PESO E TAMANHO DAS GLÂNDULAS PARÓTIDAS DE RATOSDIABÉTICOS INDUZIDOS POR ESTREPTOZOOTOCINAAlves, A.M.P.; Alves, E.P.; Marese, A.C.M.; Rhoden, S.A.; Piccolo G.; Chambó, E.D.;Tessaro D.; Michelan, G. UNIOESTE. [email protected]

COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DE UM LAGO MARGINAL DO RESERVATÓRIO DEITAIPU, RIO SÃO FRANCISCO FALSO, SANTA HELENA/PR.1Norma Catarina Bueno2; Bartolomeu Tavares2; Hélder Lopes Vasconcelos2, Fernando RodrigoMontrezol3; Marcio Donizete Daronch3; Angela Mara Kochepka3; Marcelo André Dill3;Francisco Gauto [email protected]

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MACRÓFITAS AQUÁTICAS DE UM LAGO MARGINAL DO RESERVATÓRIO DE ITAIPU,RIO SÃO FRANCISCO FALSO, SANTA HELENA/PR.4Marcelo André Dill5; Angela MaraKochepka2; Norma Catarina [email protected]

CURVA DE EMBEBIÇÃO DA CANAFÍSTULA ( Peltophorum dubium)Luciani Marcia Shcerer1, Valdir Zucareli1, Andréa Maria Teixeira Fortes21Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBSUnioeste - Extensão Santa Helena - [email protected]

CURVA DE EMBEBIÇÃO DO ARITICUM (Rolinia scericea).Valdir Zucareli1, Luciani Márcia Scherer1,Cristiane Aparecida Zucareli1, Andréa Maria Teixeira Fortes21Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBSUnioeste – Extensão Santa Helena – [email protected]@bol.com.br

CURVA DE EMBEBIÇÃO DO GUAPURUVU (Shyzolobium parahyba)Luciani Márcia Scherer1, Valdir Zucareli1, Andréa Maria Teixeira Fortes21Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBSUnioeste - Extensão Santa Helena – [email protected]

CURVA DE EMBEBIÇÃO DO TARUMÃ (Vitex cymosa)Valdir Zucareli1, Luciani Márcia Scherer1, Andréa Maria Teixeira Fortes21Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBSUnioeste – Extensão Santa Helena [email protected]

EFEITO DE ÁCIDO INDOL-BUTÍRICO E CO-FATORES NO ENRAIZAMENTO DEESTACAS DE Poncirus trifoliata (L) Raf. var.monstrosa, FLYING DRAGONWaldir Zucareli1, Michele Fernanda Bortolini1, Andréa Maria Teixeira Fortes21 Acadêmicos de Ciências Biológicas da UNIOESTE2 Prof. Assistente do CCBS – UNIOESTE, Campus Cascavel - PR – [email protected]

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Poncirus trifoliata L. RAF., FLYNG DRAGON. Michele Fernanda Bortolini 1, Andréa Maria Teixeira Fortes 21 Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas – UNIOESTE2 Professora Assistente CCBS – UNIOESTE – [email protected]

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE AVEIA PRETA (Avena strigosa SCHREB), SOBRE AGERMINAÇÃO DE SEMENTES DE SOJA (Glycine max L.MERRILL)Michele Fernanda Bortolini1, Andréa Maria Teixeira Fortes21-Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas2- Prof. Doutora do CCBSUNIOESTE- CCBS- Centro de Ciências Biológicas e da Saú[email protected]

OCORRÊNCIA DE GRIMMIA APOCARPA HEDW1.Marilda Lopes Cruz2, Norma Catarina [email protected]

OCORRÊNCIA DE DONNELLIA COMMUTATA (C. MUELL) BUCK. PARA REGIÃO DEPONTA GROSSA (VILA VELHA) E ILHA DO MEL, PR.1Marilda Lopes Cruz2, Norma Catarina [email protected]

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AUMENTO DE BIOMASSA DE Salvinia molesta E Pistia stratiotes ADUBADAS COMEFLUENTE DE BIODIGESTOR DE SUINOCULTURAFrancielly Cunha1, Adilsol Reidel2, Aldi Feiden3, Arcângelo Augusto Signor41 Acadêmica de Ciências Biológicas –Unipar/Toledo/PR. E-mail: [email protected] Engo de Pesca – Mestrando em Engenharia Agrícola - Unioeste/Campus Cascavel /PR3Engo Agro Dr. em Ciências Ambientais, Docente da Unioeste/Campus Toledo/PR4 Acadêmico de Engenharia de Pesca –Unioeste/Campus Toledo/PR

ESTUDO PRELIMINAR DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DO LAGO MUNICIPALDE CASCAVEL, MUNICÍPIO DE CASCAVEL, ESTADO DO PARANÁ BRASIL:HETEROKONTOPHYTA, BACILLARIOPHYCEAEBartolomeu Tavares, Elaine Cristina Rodrigues, Angélica Cristina Righetti. UniversidadeEstadual do Oeste do Paraná. E-mail:[email protected]

THALASSIOSIROPHYCIDAE, COSCINODISCOPHYCIDAE E FRAGILARIOPHYCIDAE(HETEROKONTOPHYTA, BACILLARIOPHYCEAE) DA LAGOA POÇO PRETO, PARQUENACIONAL DO IGUAÇU, MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU, ESTADO DO PARANÁ,BRASIL: LEVANTAMENTO TAXONÔMICO.Bartolomeu Tavares, Eloési Machado dos Santos, Deisiane De Toni, Geisa Cristina Kühn.Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]

DIATOMOFLÓRULA (BACILLARIOPHYCEAE) DE ÁGUAS CONTINENTAIS DO PARQUENACIONAL DO IGUAÇU, POÇO PRETO: ORDENS CYMBELLALES E ACHNANTHALESBartolomeu Tavares, Deisiane De Toni, Eloési Machado dos Santos, Geisa Cristina Kühn.Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]

AULAS PRÁTICAS EM ZOOLOGIA NO COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO DEALENCAR CASTELO BRANCO, SANTA HELENA / PARANÁJascieli Carla Bortolini, Karine Neves da Silva, Michelle Malaggi, Stelamari Dal’Sotto, LucianaLazzarini Wolff, Celso Aparecido Polinarski, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE – [email protected]

CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR GRATUITO: QUEM SÃO OS ALUNOS?Anelize Queiroz Amaral, Celso Aparecido Polinarski, Daniela Frigo Ferraz,Lourdes Aparecida Della JustinaUnioeste - Santa Helena – [email protected]

PESQUISA SOBRE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA (1997-2000)ENCONTRO “PERSPECTIVAS DO ENSINO DE BIOLOGIA”Fabieli Aparecida de Oliveira, Francisco Gauto Ramirez, Joseane Meotti, Karina Heberle eThyago Cristiano Dobbro Scheffer, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE — [email protected]

A PRESENÇA DE POMARES RESIDENCIAIS COMO FATOR DE CONTRIBUIÇÃO PARAA QUALIDADE DE VIDADanicler Wolfart, Elaine Novak, Fernanda F. de Castro, Graciele Sponh, Nicole Psheidt, DanielaFrigo Ferraz, Lourdes Aparecida Della Justina.UNIOESTE.- [email protected]

CONCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A QUESTÃO DOLIXO.Francielly Medeiros de Oliveira, Jean Carlos Seibel, Luciana Matielo, Mara Lúcia Holdefer,Polyana Ghellere, Daniela Frigo Ferraz, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE. [email protected]

VISÃO DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A HORTA ESCOLARAlan Leonardo Beraldo, Isabella Ranucci Lemos, Mychelle Carneiro Santana, Nilo Boschilia,Pâmela Suellen Silva, Reginaldo Souza Braz, Sandonaid Andrei Geisler.UNIOESTE/ Curso de Ciências Biológicas/ Extensão de Santa Helena- [email protected] Frigo Ferraz, Lourdes Aparecida Della Justina- UNIOESTE/ Curso de CiênciasBiológicas/ CCBS/ Campus de Cascavel

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PERFIL DE PROFESSORES DE CURSINHOS PRÉ-VESTIBULARESRodrigo Wolf, Lourdes Aparecida Della JustinaUnioeste – [email protected]

O ENSINO DE GENÉTICA NO BRASIL:TRABALHOS DIVULGADOS NO CONGRESSO NACIONAL DE GENÉTICAJorge Luiz Rippel, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE – [email protected]

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ACORDO COM A OPINIÃO DE UMA AMOSTRA DELICENCIADOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICASJorge Luiz Rippel, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE – [email protected]

A ATUAÇÃO DOCENTE SEGUNDO A OPINIÃO DE FUTUROS BIÓLOGOSLICENCIADOSJorge Luiz Rippel, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE – [email protected]

O LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS NATURAIS COMO INSTRUMENTO NO ENSINOFUNDAMENTALA ORGANIZAÇÃO DA SEÇÃO DE MICOLOGIASara Virgínia Zanato TureckUnioeste – Campus [email protected]

ÁREA 7- EDUCAÇÃO AMBIENTALEDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS: A IMPORTÂNCIA DO PLANTIO DEÁRVORES ENQUANTO CRIANÇASDaniela Fagundes do Nascimento – UNIOESTE – [email protected] Pegoraro – UNIOESTE – [email protected]

ANÁLISE BACTERIOLÓGICA DA ÁGUA DE CINCO AFLUENTES DO LAGO MUNICIPALDE CASCAVEL-PR, ESTADO DO PARANÁ, BRASIL: LEVANTAMENTO QUALITATIVO,QUANTITATIVO E SANITÁRIO.UNIOESTE: Universidade Estadual de Oeste do Paraná.TAVARES, B (OR) e BONINI, A. K. [email protected].

PROSTITUIÇÃO: NECESSIDADE OU OPÇÃO?Autores: Souza, Renan Baratto ; Zanella, Gabriela Vitorassi; Lui, Roberto Laridondo ; Resh,Fabiana. Schmitt ; Takeuchi, Akikazu Pereira. [email protected] - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

CHOCOLATE,O perfil de quem consume.WRONSKI, P. G.; AGNOLETTO, R.; PAGEL, M.

CRIAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DA PÁGINA DE INTERNET DO CURSO DE BIOLOGIAPARA INCLUSÃO E SOCIALIZAÇÃO DAS TECNOLOGIA NAS ATIVIDADESACADÊMICAS.Adriana A. Fontana de Oliveira Gimenes; Marcelo Carlos GimenesUniversidade Paranaense UNIPAR - Toledo, PR, BrasilCurso de Ciências Biológicas com ênfase em [email protected][email protected]

TRATAMENTO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS DOS LABORATÓRIOS DE QUÍMICA GERAL-ORGÂNICA E ANALÍTICA DA UNIOESTE, CAMPUS CASCAVELHelder L. Vasconcelos, Noelle F. Aquino, Caroline Henn, Thiago Fernando Beckhauser deOliveira e Charles Francisco Ferreira, UNIOESTE - Campus de [email protected]

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Anais - XIII Semana e Biologia - 12

ANÁLISE DO NÍVEL EMOCIONAL DOS ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICASDO 1º ANO DE LICENCIATURA EM FINAL DE SEMESTREAutores: Moro, Danúbia Severo ([email protected]); Souza, Regianni Agostini([email protected]); Reis, Claudia Facini ([email protected]); Diamante,Michele; Suptil, Angelo([email protected])UNIOESTE – acadêmicos

LEVANTAMENTO DA BIODIVERSIDADE MICROBIANA EXISTENTE NO SOLO DAREGIÃO DE TOLEDO/PR PARA VERIFICAÇÃO DO EFEITO BACTERIOSTÁTICO EFUNGISTÁTICO.Adriana A. Fontana de Oliveira Gimenes; Sonia A Reis Lopes ShikidaUniversidade Paranaense UNIPAR - Toledo, PR, BrasilLaboratório de Microbiologia – Ciências Bioló[email protected] - [email protected]

CONDIÇÕES DE VIDA E OCORRÊNCIA DE PARASITOS EM ÍNDIOS DA RESERVAINDÍGENA RIO DAS COBRAS – PR Joseane Zanin, Josimara Gilio, Maria das Graças M. H. Takizawa, Sônia de Lucena MioranzaUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, ([email protected])

DIVERSIDADE DE ARANEAE (ARACHNIDA) NO OESTE DO PARANÁE. M. Allebrandt ¹, G. S. Andrade ³, A. Giaretta Jr ², J. Goldoni ¹, J. E. P. Lima ², U. Macedo ¹, D.S. Marques ², D. S. Marques ², E. Stefanello ², D. M. C. Teixeira ¹ & D. A. Thomas ¹Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Biológicas e daSaúdeRua Universitária 2069, 85819-110 Cascavel, Paraná, Brasil¹ Acadêmicos de Ciências Biológicas da Extensão de Santa Helena² Acadêmicos de Ciências Biológicas do campus de Cascavel³ Professor Orientador

AULAS PRÁTICAS DE BIOLOGIA CELULAR NO ENSINO MÉDIOFranciele Carla Soares, Anelize Queiroz Amaral, Sandra Eloísa Bülau, Elizandra B.Buzanello, Lourdes Aparecida Della Justina e Celso Aparecido PolinarskiUNIOESTE – Santa Helenamailto:[email protected] [email protected]

GERMINAÇÃO DE Clitoria fairchildiana EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE LUZ ETRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOSLiane Nunes S. Gadelha1, Luciane Pierezon 1 , Roger Vieira da Silva 1, Clovis Daniel Borges1,Polliana Borges Viana1, Silvana de Paula Quintão Scalon2 Centro Universitário da GrandeDourados – UNIGRAN, Dourados, MS [email protected]

LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE TRILHAS ECOLÓGICAS NOMUNÍCIPIO DE SANTA HELENA/PR.Flávia Fernandes de Carvalho Brito, Josiane Marcela Andrade Silva, Leonardo Padilha daRosa, Mara Luciane Kovalski, Michelle Cristina Ajala, Milene Miranda Almeida, RômuloSilvestre Salvador, Lourdes Aparecida Della Justina e Celso Aparecido Polinarski.UNIOESTE – Santa [email protected]

IMATUROS DE ODONATA (INSECTA) DO LAGO DE ITAIPUG. S. Andrade ², A. A. P. Barcelos ¹, A. C. Bier ¹, F. Cunha ¹, L. L. Fantinel ¹, D. C. Horn ¹,P. D. Kirchheim ¹, J. F. Moi ¹, S. L. Toillier ¹, E. F. Toniolo ¹ & S. C. Weisheimer ¹Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Biológicas e da SaúdeRua Universitária 2069, 85819-110 Cascavel, Paraná, Brasil¹ Acadêmicos de Ciências Biológicas da Extensão de Santa Helena² Professor Orientador

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Anais - XIII Semana e Biologia - 13

THALASSIOSIROPHYCIDAE, COSCINODISCOPHYCIDAE EFRAGILARIOPHYCIDAE (HETEROKONTOPHYTA,BACILLARIOPHYCEAE) DA LAGOA POÇO PRETO, PARQUENACIONAL DO IGUAÇU, MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU, ESTADODO PARANÁ, BRASIL: LEVANTAMENTO TAXONÔMICO.Bartolomeu Tavares, Eloési Machado dos Santos, Deisiane De Toni, Geisa Cristina Kühn.Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]

MODELO DIDÁTICO - COMPACTAÇÃO DO DNAMárcio Ricardo Ferla, Lourdes Aparecida Della JustinaUnioeste – [email protected]

COMUNIDADES FITOPLANCTÔNICA DE UM LAGO MARGINAL DORESERVATÓRIO DE ITAIPU, RIO SÃO FRANCISCO FALSO, MUNICÍPIODE SANTA HELENA, ESTADO DO PARANÁ, BRASIL.HETEROKONTOPHYTA (BACILLARIOPHYCEAE): LEVANTAMENTOPRELIMINAR.Bartolomeu Tavares, Gracieli Aparecida Daronch, Gracieli Cristina Weirich, Nágela Angelini.Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,[email protected].

AUMENTO DE BIOMASSA DE Salvinia molesta E Pistia stratiotesADUBADAS COM EFLUENTE DE BIODIGESTOR DE SUINOCULTURAFrancielly Cunha1, Adilsol Reidel2, Aldi Feiden3, Arcângelo Augusto Signor4

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Anais - XIII Semana e Biologia - 14

ANÁLISE QUANTITATIVA DE BACTÉRIAS PRESENTES EM BIOFILMESDETERIORANTES NAS SUPERFÍCIES DE PRÉDIOS DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Kiel, G.1*; Gaylarde, C.C.1

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil; * E-mail:[email protected]

A crescente preocupação com a preservação de monumentos que fazem parte do patrimônio histórico ecultural tem levado a maior interesse nos problemas causados por microrganismos presentes nas superfíciesdestas construções. Os materiais de construção estão submetidos à ação de esforços mecânicos e afatores naturais tais como temperatura, umidade, radiação solar, bem como a ação de agentesmicrobiológicos. Os biofilmes nas superfícies externas e internas de prédios contêm uma ampla faixa demicrorganismos, cuja presença física e atividades metabólicas acarretam a degradação do material. Osmateriais de construção em sua interação pelo meio sofrem transformações constantes. Quando estastransformações são irreversíveis, gerando perda de valor, o processo é a degradação. O conjunto dascaracterísticas físicas e químicas do material e como reage diante do ambiente são todos os fatores dedegradação. Quando esse processo se dá pela atividade metabólica de organismos é chamado debiodegradação, podendo ser usado também de forma comum, o termo biodeterioração. As comunidadesmicrobianas associadas aos processos de biodeterioração crescem em forma de biofilmes, que sãoconstituídos por comunidades complexas de microrganimos, substância polimérica extracelular (SPE) denatureza poslissacarídica, partículas de origem diversas e uma alta porcentagem de água, formando películasmucilaginosas, aderidas ao substrato ao qual, além de promoverem sua degradação, afetam seu aspectoestético. A microflora que se forma nas pedras de construção com o passar dos anos, representa umecossistema complexo que se desenvolve variavelmente dependendo de condições ambientais epropriedades físico-químicas dos materiais em que se instalam. Com o desenvolvimento desse trabalho,objetivou-se analisar quantitativamente o crescimento de biofilmes encontrados nos prédios analisados naUniversidade Federal do Rio Grande do Sul em diferentes meios, fazendo-se desta forma, uma comparaçãoentre estes. O material coletado através do processo de raspagem, colocados em ependorfs e levado aolaboratório. Foi então cultivado em dois diferentes meios de cultura, sendo meio de Knop modificado(MKM) e meio Thornton para bactérias, sempre em triplicata. As placas foram então incubadas por umasemana em temperatura adequada, prosseguindo com a contagem de unidades formadoras de colônias,sendo avaliadas apenas as bactérias presentes nos biofilmes coletados. Após a realização da contagemdas placas, foi calculada a média presente em cada amostra. Pôde-se perceber uma grande variaçãonumérica entre as amostras quando comparados os dois meios de cultura utilizados, notando-se que emalguns deles, houve apenas o desenvolvimento de fungos, apesar de ser específico para bactérias.O meiode cultura Thornton, o qual é o mais rico em nutrientes, apresentou um número exorbitante de unidadesformadoras de colônias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALLSOPP, D.; SEAL, K. J. Introduction to Biodeterioration. London: Edward Arnold, p. 5-36.1986.

BROWN, R. Handbook of Polymer Testing, Londres, Marcel Dekker Inc., 1999.

BROCK, T.D. et al., Biology of Microorganisms. Prentice-Hall, Englewood Cliffs, N. J. 1994

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Anais - XIII Semana e Biologia - 15

GAYLARDE, C. C., MORTON, L.H.G. Deteriogenic Biofilms on Buildings and their Control: a Review.Biofouling, v. 14, p. 59-74, 1999.

SHIRAKAWA, M.A., GAYLARDE, C.C., GAYLARDE, P.M., JOHN, V., GAMBALE, V. Fungalcolonization and succession on newly painted buildings and the effect of biocide. FEMS Microbiol.Ecol., v. 39, p. 165-173, 2002.

WARSCHEID, Th., BRAAMS, J. Biodeterioration of stone: a review. Internat. Biodeter. Biodegrad.,v. 46, p. 343-368, 2000.

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Anais - XIII Semana e Biologia - 16

DIVERSIDADE MICROBIOLÓGICA DE BIOFILMES ENCONTRADOS NASSUPERFÍCIES DOS PRÉDIOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO SUL

Kiel, G.1*; Gaylarde, C.C.1

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil; * E-mail:[email protected]

A preocupação em criar meios para melhor conservação de monumentos históricos tem aumentado acada dia na comunidade científica. Institutos tecnológicos estão portanto, se dedicando a estudos deproblemas estruturais e ambientais, assim como de métodos para prevenção. Porém é necessário que seconheça os fatores que geram a degradação, levando os monumentos a ruína, assim como o entendimentodos mecanismos que geram estes danos, para que se possa promover a prevenção. Não se pode noentanto, combater o efeito do mecanismo sem conhecer as causas que levam à ruína, pois o problema nãoseria eliminado. O estudo da biodeterioração procura auxiliar na compreensão dos fenômenos químicos ebiológicos que levam à degradação de diferentes tipos de materiais. A influência de agentes biológicossobre construções de valor histórico e cultural, fez com que se intensificasse a pesquisa da ação emprédios e monumentos históricos. Estas comunidades microbianas são freqüentemente compostas demúltiplas espécies as quais vivem bem ecologicamente. Até recentemente, a falta de métodos paraproporcionar conhecimento pleno dessas comunidades in situ tem dificultado análises mais detalhadas. Amaioria desses microrganismos persiste porém aderida à superfície dentro de um ecossistema estruturado,como pode-se notar através de seu estudo, funcionando como um consórcio cooperativo de formarelativamente complexa e coordenada, não vivendo da mesma forma que os organismos de vida livre. Osbiofilmes ativos são encontrados em qualquer local onde haja microrganismos e umidade. Sua formaçãoé afetada pelos tipos de organismos, a natureza da superfície e as condições ambientais. Os principaismicrorganismos envolvidos na biodeterioração são as bactérias, os fungos, as algas e os liquens. Asbactérias e os fungos atuam originando fenômenos de decomposição química. Os habitats naturais dosprocariotos são diversos. Os procariotos podem habitar qualquer ambiente que seja apropriado paraformas de vida superiores, assim como locais praticamente inabitáveis para estes indivíduos. Esta habilidadedeve-se à sua versatilidade metabólica e plasticidade fenotípica. Possuem mecanismos próprios comomotilidade flagelar e diferentes métodos de se translocar em superfícies. Algumas bactérias produzemcelulose formando uma película fibrosa que auxilia na aderência de superfícies. Os organismos podemexistir independentemente num dado ambiente, mas em muitos casos eles proliferam mais eficientementeinteragindo e formando comunidades. Esse trabalho foi desenvolvido, coletando-se biofilmes das superfíciesde prédios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os quais foram cultivados em dois diferentesmeios de cultura, sendo um deles extremamente pobre em nutrientes para tentar minetizar o ambientenatural da parede. Foram então incubados em temperatura adequada, pelo tempo necessário para ocrescimento de microrganismos, isolando-se então as colônias por diferenciação morfológica. Estas foramentão submetidas à coloração de Gram. Através de análise das lâminas coradas, pôde-se perceber quehá um predomínio de bacilos em relação à cocos e que os bacilos gram positivos são os que mais aparecemem biofilmes, o que já foi relatado por outros pesquisadores, havendo um grande número de bactérias dogênero Bacillus nos biofilmes deteriorantes, os quais são gram positivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AGRAWAL, O. P.; DRAWAN, S. (Ed.). International Conference of Biodeterioration of CulturalProperty. 1989, Lucknow, Índia, Proccedings… Lucknow; National Research Laboratory fromConservation of Cultural Property, ICCROM, 1989.

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Anais - XIII Semana e Biologia - 17

CALDWELL, D. E. et al., Germ theory vs. community theory in understanding and controlling the

proliferation of biofilms. Adv. Dent. Res. Princeton, USA. V.11, p. 4-13, 1997.

COSTERTON, J. W. et al., Microbial Biofilms. Ann. Rev. Microbiolo. Palo Alto, USA. v.49, p.711-

745, 1995.

MADIGAN, M.T. et al., In Brock, T. D., Biology of Microorganisms, 8th ed., p.532-605, PrenticeHall, Ic., Uper Saddle River, N.J., 1997.

PACE, N. R., A moleclar view of microbal diversity and te biosphere. Science. New York. V.276,p.734-740, 1997.

WALKER, J. T.; KEEVIL, C. W., Study of microbial biofilms using light microscope techniques. Int.Biodeterior. Biodegr., London. V.34, p.223-236, 1995.

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Anais - XIII Semana e Biologia - 18

INFLUÊNCIA DO MEIO DE CULTIVO NA VIRULÊNCIA DE ISOLADOS DO FUNGOENTOMOPATOGÊNICO METARHIZIUM ANISOPLIAE (METSCH.) SOROK.

BATISTA, J.S.S., LARSEN, I., OLIVEIRA, I.M., ALVES, L.F.A., PINTO, F.G.S.UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

e-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Metarhizium anisopliae é uma espécie de fungo típica de solos que, por ser capaz deinduzir em populações de insetos, altas taxas de mortalidade, baixa fecundidade e baixa viabilidade deovos, possui um grande potencial para o controle biológico de insetos praga.Diferentemente das bactérias e vírus entomopatogênicos, que invadem os insetos através do aparelhobucal, os fungos possuem a capacidade de penetrar ativamente pelo exoesqueleto devido a uma açãocombinada de pressão mecânica e ação de exoenzimas e, após a penetração, proliferam-se na hemocelee, em seguida, produzem toxinas; tais eventos culminam com a morte do animal. Assim, a produção deexoenzimas e toxinas constituem dois importantes fatores de virulência de um fungo entomopatogênico. Asíntese dos mesmos é controlada por complexos processos de ativação/inibição da expressão gênica; umdos fatores que possuem grande influência neste controle é a composição do meio de cultivo.Neste contexto, este trabalho tem como principal objetivo correlacionar a composição do meio de cultivocom a virulência de dois isolados do fungo entomopatogênico M. anisopliae.

METODOLOGIA: Os bioensaios foram realizados, utilizando-se conídios dos isolados CB-160 e UEL-50 da espécie M. anisopliae, obtidos após crescimento em 3 diferentes meios de cultivo: meio mínimo(MM), MM + caseína 0,1% e MM + cutícula de inseto (adultos do cascudinho, Alphitobius diaperinus,Coleoptera: Tenebrionidae) 1%. Após determinação da concentração de conídios com auxílio de umacâmara de Neubauer, foram preparadas suspensões padronizadas em 109 conídios/mL. As suspensõesforam inoculadas em larvas e adultos de cascudinho, imergindo-os nas respectivas suspensões durante10 segundos, sendo posteriormente transferidos para recipientes contendo papel filtro estéril e dieta. Osrecipientes foram armazenados em potes plásticos fechados, com o fundo recoberto por espuma umedecidacom água destilada e incubados em BOD (temp. 26oC ± 1ºC e fotoperíodo de 14 h). Cada experimentoconsistiu de 4 repetições com 15 indivíduos (larvas e adultos), sendo preparado também um tratamentotestemunha (imersão dos insetos em água destilada). Os insetos foram observados diariamente durante 10dias e os indivíduos mortos foram imersos em álcool a 70% e água destilada e então transferidos para umacâmara úmida, a fim de permitir a conidiogênese e confirmar a mortalidade dos insetos pelo fungo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se uma variação considerável nos percentuais demortalidade confirmada, sendo que ambos os isolados apresentaram-se mais virulentos quando cultivadosem meio acrescido de cutícula (gráfico 1). A maior variação observada foi para o isolado CB-160 sendoque a diferença na mortalidade confirmada pelo fungo cultivado em meio padrão (MM) e o cultivado emmeio MM+cutícula foi de 41,1% para larvas e 7,7% em adultos. Tais resultados sugerem indução pelacutícula do inseto, interferindo positivamente na atividade patogênica do fungo. Já para o isolado UEL-50essa variação foi de 16,7% para larvas e 20% para adultos. Além disso, verificou-se uma maior atividadepatogênica do isolado UEL-50 em relação ao CB-160, demonstrando a variabilidade existente entreambos, visto que são provenientes de diferentes localizações geográficas.

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3,3

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0

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CB-160 larva CB-160 adulto UEL-50 larva UEL-50 adulto

MM MM+caseína MM+cutícula

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CONCLUSÃO: Os isolados CB-160 e UEL-50 de M. anisopliae demonstraram relação positiva nastaxas de mortalidade confirmada segundo o meio de cultivo utilizado, sendo os maiores índices observadosem meio mínimo acrescido de cutícula, demonstrando a correlação entre composição do meio de cultivoe a virulência dos mesmos.

REFÊRENCIAS:CHENARKI, A.M.; SOSA-GOMEZ, D.R.; ALMEIDA, L.M.; SOCOL, C.R. Susceptibilidade deAlphitobius diaperinus (Coleóptera: Tenebrionidae) a fungos entomopatogênicos. VII Simpósio deControle Biológico – Anais do Sincobiol. Poços de Caldas, MG. p.422, 2001.

CLARKSON, J.M.; CHARNLEY, A.K. New insights into the mechanisms of fungal pathogenesisin insects. Trends Microbiol., v.4, p.197-203, 1996.

HAJEK, A.E.; St. LEGER, R.J. Interaction between fungal pathogens and insect host. Rev. Entomol.v.39, p.293-322, 1994.

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Anais - XIII Semana e Biologia - 20

INFLUÊNCIA DO MEIO DE CULTIVO NA VIRULÊNCIA DE ISOLADOS DO FUNGOENTOMOPATOGÊNICO BEAUVERIA BASSIANA (BALS.) VUIL.

BATISTA, J.S.S., LARSEN, I., OLIVEIRA, I.M., ALVES, L.F.A., PINTO, F.G.S.UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

e-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Beauveria bassiana é uma espécie de fungo comumente encontrado como parasitade importantes insetos praga; por isso, é alvo de diversos estudos a fim de ser aplicado em diferentesestratégias de manejo de pragas, principalmente utilizando-se inseticida seletivo. Diferentemente dasbactérias e vírus entomopatogênicos, que invadem os insetos através do aparelho bucal, os fungos possuema capacidade de penetrar ativamente pelo exoesqueleto devido a uma ação combinada de pressão mecânicae ação de exoenzimas e, após a penetração, proliferam-se na hemocele e, em seguida, produzem toxinas;tais eventos culminam com a morte do animal. Assim, a produção de exoenzimas e toxinas constituemdois importantes fatores de virulência de um fungo entomopatogênico. A síntese dos mesmos é controladapor complexos processos de ativação/inibição da expressão gênica; um dos fatores que possuem grandeinfluência neste controle é a composição do meio de cultivo.Neste contexto, este trabalho tem como principal objetivo correlacionar a composição do meio de cultivocom a virulência de dois isolados do fungo entomopatogênico M. anisopliae.

METODOLOGIA: Os bioensaios foram realizados, utilizando-se conídios dos isolados UNI-02 E UEL-25 da espécie B. bassiana, obtidos após crescimento em 3 diferentes meios de cultivo: meio mínimo(MM), que foi o meio padrão, MM + caseína 0,1% e MM + cutícula de inseto (adultos do cascudinho,Alphitobius diaperinus, Coleoptera: Tenebrionidae) 1%. Após determinação da concentração de conídioscom auxílio de uma câmara de Neubauer, foram preparadas suspensões padronizadas em 109 conídios/mL. As suspensões foram inoculadas em larvas e adultos de cascudinho, imergindo-os nas respectivassuspensões durante 10 segundos, sendo posteriormente transferidos para recipientes contendo papelfiltro estéril e dieta. Os recipientes foram armazenados em potes plásticos fechados, com o fundo recobertopor espuma umedecida com água destilada e incubados em BOD (temp. 26oC ± 1ºC e fotoperíodo de 14h). Cada experimento consistiu de 4 repetições com 15 indivíduos (larvas e adultos), sendo preparadotambém um tratamento testemunha (imersão dos insetos em água destilada). Os insetos foram observadosdiariamente durante 10 dias e os indivíduos mortos foram imersos em álcool a 70% e água destilada eentão transferidos para uma câmara úmida, a fim de permitir a conidiogênese e confirmar a mortalidadedos insetos pelo fungo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se um aumento na virulência de ambos os isolados quandocultivados em MM+cutícula em relação ao cultivado em MM (meio padrão), com exceção do isoladoUNI-02 para adultos, para o qual não houve tal relação; em relação às larvas, a variação foi de 17%. Talvariação foi especialmente observada no isolado UEL-25 cultivado em meio acrescido de cutícula ondehouve um acréscimo na mortalidade confirmada de 14% para larvas e 29% para adultos, em relação aoMM. Verificou-se também variabilidade entre os isolados testados, devido às diferenças nos índices demortalidade para A. diaperinus.

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UNI-02 larva UNI-02 adulto UEL-25 larva UEL-25 adulto

MM MM+caseína MM+cutícula

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CONCLUSÃO: Os isolados UNI-02 e UEL-25 de B. bassiana demonstraram relação positiva nastaxas de mortalidade confirmada segundo o meio de cultivo utilizado(exceto o isolado UNI-02 emadultos), sendo os maiores índices observados em meio mínimo acrescido de cutícula, demonstrando acorrelação entre composição do meio de cultivo e a virulência dos mesmos.

REFÊRENCIAS:CHENARKI, A.M.; SOSA-GOMEZ, D.R.; ALMEIDA, L.M.; SOCOL, C.R. Susceptibilidade deAlphitobius diaperinus (Coleóptera: Tenebrionidae) a fungos entomopatogênicos. VII Simpósio deControle Biológico – Anais do Sincobiol. Poços de Caldas, MG. p.422, 2001.

CLARKSON, J.M.; CHARNLEY, A.K. New insights into the mechanisms of fungal pathogenesisin insects. Trends Microbiol., v.4, p.197-203, 1996.

HAJEK, A.E.; St. LEGER, R.J. Interaction between fungal pathogens and insect host. Rev. Entomol.v.39, p.293-322, 1994.

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LEVANTAMENTO DA ORDEM ARANEAE NO PARQUE ECOLÓGICO PAULOGORSKI

Silva, Fábio Lobo; Oliveira, Renato Cassol. UNIPAR, Cascavel. [email protected]

INTRODUÇÃO: os aracnídeos compreendem um dos mais importantes grupos de artrópodes deimportância médica, por incluírem muitas formas comuns e familiares, dentre as quais destacam-se asaranhas, que por serem freqüentemente encontradas nos ambientes domésticos e apresentarem glândulasde veneno e peçonha, têm sua importância médica aumentada. Estes aracnídeos, são basicamentepredadores de artrópodes, apesar de algumas espécies predarem também pequenos mamíferos, répteis eaves, por tanto contribuem para o equilíbrio faunístico. Contudo, em algumas espécies, o grau de toxicidadedo veneno pode levar a morte. Levantamentos domiciliares, visando verificar e identificar espéciespotencialmente perigosas, são comuns, porém é preciso entender mais sobre a dinâmica populacionaldestes aracnídeos, bem como conhecer seus focos de disseminação. Assim, o objetivo deste trabalho é ode determinar a flutuação populacional tanto qualitativa (famílias e gêneros), quanto quantitativa (temporale espacial) das aranhas do Parque Ambiental Paulo Gorski.

METODOLOGIA: estão sendo realizadas coletas mensais, pelo método de quadrantes, os quais sãodemarcados aleatoreamente na área do parque. Os quadrantes com 4m2, são amostrados, fazendo-seuma varredura da serapilheira, do solo e dos arbustos, utilizando-se de pinças e redes. Eventualmente sãofeitas coletas noturnas para capturar aranhas com tal habito. Os espécimes coletados previamente separadosentre terrestres (0 à 20cm, do solo) e arbóreos (acima de 20cm, do solo), são acondicionados em álcool70%, etiquetados e levados ao laboratório de Zoologia da Universidade Paranaense, Campus Cascavel,para identificação em nível de família e gênero, com o auxilio de microscópios estereoscópico e óptico,bem como chaves dicotômicas e literatura adequada. Após a identificação o material será mantido emcoleção científica.

RESULTADOS E DISCUÕES: os dados preliminares sobre os representantes da ordem Araneae doparque demonstram a presença, na serrapilheira e solo (0 à 20cm), de membros das famílias: Lycosidae,Sparasidae, Theraphosidae e Ctenidae (armadeiras). No extrato arbóreo (acima de 20cm, do solo),foram encontrados membros da família: Agelenidae (aranha de teia de funil), Araneidae e Theridiidae (quecompreende o gênero Latrodectus). Esta divisão de hábitos, terrestres e arbóris, se deve ao processoevolutivo, onde aranhas foram especializando-se na produção de teias para a captura de alimento, a partirde um ancestral que hipoteticamente possuiria um padrão de fiandeiras muito próximo ao da subordemMygalomorphae, que em sua maioria são aranhas terrestres e não produzem teias para capturar alimento.Neste grupo estão presentes duas das principais aranhas perigosas, as Lycosa sp. (tarântula) e aPhoneutria sp. (armadeira). Já os Araneídeos, da subordem Araneomorphae, são aranhas que produzemteia simétrica para a captura de alimento. Neste grupo estão outras duas aranhas cuja peçonha podeacarretar em morte, as Latrodectus sp. (viúva-negra) e a Loxosceles sp. (aranha-marrom).

CONCLUSÃO: Como o parque está situado no limite urbano da cidade e por constituir um dos principaispontos de lazer e recreação desta, a presença de aranhas potencialmente perigosas que podem vir aocasionar acidentes graves principalmente em crianças, precisa de atenção especial, pois como redutobiológico é também o centro de disseminação destes espécimes.

REFERENCIAS:

Bertâni, R.; Silva, P.I.; Lucas, S. Chave para identificação de Mygalomorphae. Laboratório de Artrópodes

do Instituto Butantan. 1996

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Ramírez, M.J. Clave Para Familias de Arañas Argentinas. 1999

Freitas, J.C. Nomenclatura em Toxinologia, Relações com a Comunicação Quimica entre Organismos e

Propriedads Biológicas das Toxinas. Instituto Butantan. v.53, n.2, p191-195, 1991.

Lucas S., Sobre a Distribuição Geografica dos Gêneros da Subfamília Theraphosinae Thorell, 1870 no

Brasil (Araneae, Theraphosidae). Instituto Butantan.

FUNASA, Manual de diagnóstico e tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos, Brasília, 2001.

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LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA PRESENTE NO PARQUE AMBIENTAL DECASCAVEL (CASCAVEL-PR)

Lidiana de Andrade (Unioeste) [email protected], Ana Rafaela D’Amico (Unioeste)[email protected], José Flávio Cândico Jr (orientador) [email protected].

INTRODUÇÃO: O Parque Ambiental de Cascavel (antigo Parque Ambiental São Domingos), representaum dos últimos remanescentes de vegetação florestal natural do oeste do estado. O Parque está localizadoem Cascavel - PR, entre os km 573 e km 571 da BR 277, aproximadamente a 10km da cidade. Elecompreende uma área com cerca de 120ha, que possui uma área utilizada pelo público, formada portrilhas que se convergem e se divergem criando um labirinto que leva do estacionamento até uma cachoeirae no caminho conta com diversos brinquedos e atrações do parque. Há também a área de acesso restrito,porém esta apresenta problemas de acesso, pois a trilha científica existente não é mais utilizável devido àfalta de manutenção. O parque possui uma variedade bastante grande de vegetação que inclui: matasecundária, área de taquaral e mata de galeria, que acompanha um riacho existente no local. Essa diversidadeé resultado de desmatamento, da retirada de grande quantidade de madeira do parque entre os anos de60 e 80, que causou a alteração do local e com certeza alterou a avifauna residente. A partir destasinformações elaborou-se o projeto com o objetivo de fazer um levantamento e identificação das avespresentes atualmente no parque.

MATERIAL E MÉTODOS: A identificação das aves foi feita através de observações e capturas.Foram realizadas visitas periódicas ao Parque Ambiental (normalmente quinzenais) em que as aves foramobservadas com auxílio de binóculos e suas características anotadas para posterior confirmação atravésde bibliografia. Esporadicamente foram montadas as redes ornitológicas, e das aves capturadas tambémeram coletados dados biológicos e biométricos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram registradas 80 espécies de aves, algumas de porte médio agrande, como Ramphastos dicolorus (tucano-do-bico-verde), Piaya cayana (Alma-de-gato) eDryocopus lineatus (Pica-pau-de-banda-branca). As espécies já registradas são, de modo geral,relativamente comuns e típicas de ambientes de mata atlântica modificados. Há registros de Cissopisleveriana (Tiêtinga) e Saltator similis (Trinca-ferro-da-asa-verde), espécies que têm sofrido capturaspor passarinheiros para serem mantidas em gaiolas, e por isso suas populações encontram-se em declínio.Foiobservado também que algumas espécies apresentaram nítida preferência por alguns tipos de ambientedentro da área de estudos, o que possibilitou a criação de um gráfico relacionando diversidade de aves etipo de vegetação (a seguir).

0

5

10

15

20

25

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35

40

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CONCLUSÃO: A área do parque ambiental de Cascavel engloba hoje espécies de aves relativamentecomuns e típicas de ambientes de mata atlântica modificados.

REFERÊNCIASNAROSKY, T. e YZURIETA, D. Guia para la identificacion de lãs aves de Argentina y Uruguay. BuenosAires: Vasquez Mazzini Editiores, 1993.

MEYER DE SCHAUENSEE, R. e PHELPS JUNIOR, W.H. A guide to the Venezuela. New Jersey:Princeton University Press, 1978.

RIDGELY, R. S. e TUDOR, G. The birds of South América. 2ª ed. University of Texas Press, 1994.2vols.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1997.

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FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DA ENTOMOFAUNA EM MATA NATIVA,UTILIZANDO ARMADILHA COM ATRATIVO ALIMENTAR.

Schemberger, Edney; Trevisan, Helena Peternela; Lopes, Sara S. Pelegrina; Oliveira, Renato Cassol.UNIPAR, Cascavel. [email protected]

INTRODUÇÃO: Os insetos têm grande significado ecológico e econômico no ambiente terrestre, porserem importantes polinizadores, parasitóides, predadores e bioindicadores de (des)equilíbrios ambientais,bem como pragas agrícolas e vetores de doenças em plantas e animais. A ocorrência dos diferentesgrupos de insetos está diretamente relacionada aos fatores ambientais, tais como temperatura, umidade edisponibilidade de alimentos. Este trabalho está sendo desenvolvido com o objetivo de determinarquantitativamente e qualitativamente a população da entomofauna em mata nativa.

METODOLOGIA: O experimento está sendo conduzido em uma área de mata de araucárias, comaproximadamente 2ha, situada no Município de Cascavel, PR. Para coleta foram distribuídas vinte armadilhasconfeccionadas com garrafas tipo “pet” de 2L, modificadas a partir do modelo comercial MATA–SETE,utilizando-se como atrativo alimentar suco de laranja a 25% mais açúcar crista (0,5%). As armadilhasforam instaladas aleatoriamente a aproximadamente 1,50m do solo. As vistoriadas são efetuadas a cada15 dias para retirada do material e troca do atrativo alimentar. O material coletado é conservado emálcool 70% e levado ao laboratório de Zoologia da UNIPAR – Campus Cascavel, para triagem, contageme identificação em nível de ordem e família.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante 36 semanas, coletou-se um total de 14.625 insetospertencentes às ordens: Hymenoptera (53,0%), Diptera (23,1%), Coleoptera (11,7%), Lepidoptera(9,6%), Neuroptera (2,0%), Blatodea (0,5%), Hemiptera (0,1%), Orthoptera (0,02%) e Mantodea(0,01%). Verificou-se a maior ocorrência de Coleoptera no período de janeiro a abril, representadosprincipalmente por serra-paus (Cerambycidae), que de acordo com Soares (1998) estes besouros,estimulados pela temperatura e disponibilidade de alimento que é abundante nas matas nativas, iniciam operíodo acasalamento e reprodução. Para as ordens Diptera e Hymenoptera, o pico populacional foientre junho a agosto. Para os dípteros, a maior população foi de mosca-das-frutas, as quais estão associadasao final do ciclo das frutas cítricas (laranjeiras), muito comuns na mata e aos arredores. As formigasconstituem os principais representantes de himenópteros capturados. Estas são comuns e abundantes nasmatas nativas em função da grande disponibilidade de alimento e abrigo, mas também pela redução dosinimigos naturais, principalmente os tamanduás. As ordens Lepidoptera e Neuroptera apresentaram umaflutuação uniforme durante o período de coleta. A presença constante de borboletas e mariposas de deve,possivelmente, a ocorrência de plantas que florescem em períodos alternados, fornecendo alimento durantetodo o ano. Os neuropteros, representados pelos crisopideos, são insetos predadores e as ocorrência edistribuição está intimamente relacionada a disponibilidade de alimento, ou seja, outros artrópodes, osquais são muito diversificados e abundantes.

CONCLUSÃO: Com estes dados preliminares fica evidente a sazonalidade de distribuição dos gruposde insetos, os quais estão sendo influenciados principalmente pela temperatura e disponibilidade de alimento.A presença de crisopídeos é outro dado importante, visto que os insetos predadores constituem bonsindicadores do equilíbrio no ecossistema.

REFERÊNCIAS:

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BORROR, D.J.; DeLONG, D.M. Introdução ao estudo dos insetos. São Paulo: Edgard Blücher, 1988.508p.FERREIRA, R.L. & MARQUES, M.G.S.M. A fauna de artrópodes de serrapilheira de áreas demonocultura com Eucalyptus e mata secundária heterogênea. Anais da Sociedade Entomológica doBrasil. 27 (3): 395-403, 1998.ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 434p.SILVA, L.L. Ecologia: Manejo de áreas silvestres. MMA, FNMA, Santa Maria, RS, 1996.VALLEJO, L.R.; FONSECA, C.L. da; GONÇALVES, D.R.P. Estudo comparativo da mesofauna dosolo entre áreas de Eucalyptus citriodora e mata secundária heterogênea. Revista Brasileira de Biologia.47(3): 363-370, 1987.

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QUANTIFICAÇÃO DE CONÍDIOS DO FUNGO Beauveria bassiana EM MEIO DEARROZ ENRIQUECIDO.

Daian Guilherme Pinto de Oliveira.Universidade Estadual do Oeste do Paraná.(CCB)

[email protected]

INTRODUÇÃO: Vários microrganismos entomopatogênicos têm sido utilizados no controle de pragasda agricultura. Este processo, conhecido como controle biológico, permite manter populações de insetosem equilíbrio, limitando a rápida multiplicação destes sem causar danos a outros organismos no ecossistema.Dentre os microrganismos patogênicos utilizados no controle biológico destacam-se os fungos, os quaisapresentam como vantagem um mecanismo especializado de infecção, que ocorre pela sua penetraçãoativa no hospedeiro. Os conídios, uma estrutura do fungo responsável pela reprodução e disseminação,são uma das formas mais utilizadas nesse controle. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi quantificaros conídios do isolado CB447 do fungo Beauveria bassiana, produzido em meio de arroz enriquecido,avaliando assim, a influência dos enriquecedores na produção desses conídios.

METODOLOGIA: Os meio foram preparados com arroz parbolizado, e na água de cozimento, foramadicionados os enriquecedores em três concentrações distintas: 0.1%, 1.0%, 5,0%. Foram separados emfrascos contendo 50g, e com 2g de matriz (arroz+CB447) foram inoculados. Esses frascos foram fechadoscom papel toalha, para não evitar a circulação de oxigênio, e incubados em uma B.O.D. (Temperatura26°C ± 1°C, umidade relativa 80% ±10% e fotoperíodo de 14 horas)por 8 dias. Quantificados em umacâmara de newbauer, retirando 1g de arroz de cada frasco e fazendo duas diluições em série.

RESULTADOS E DISCUÇÃO: Os resultados apresentaram diferenças no que se diz respeito àsconcentrações e meios distintos. O meio padrão teve uma quantidade de conídios muito maior que osoutros, que apresentaram também, uma diferença entre si, e nas concentrações.

CONCLUSÃO: Concluiu-se, que os enriquecedores acabaram exercendo função de agentes inibidores,fazendo com que a quantidade de conídios nos meios, fosse menor que a do meio padrão. Observou-seainda, que o meio de cutícula, exerceu maior inibição que o meio com extrato de levedura.

REFERÊNCIASALMEIDA, J. E. M.;BATISTA FILHO, ªBanco de microrganismos entomopatogênicos. Biotecnologia.Ciências & Desenvolvimento. Brasília, v. 20 p.30-33, 2001.

ALVARENGA, A. R. M.; CRUZ, B. P. B.; OLIVEIRA, D.A.; SILVEIRA, A P.; BULISANI, E. A.Novos testes de cultivo de fungus utilizados em controle biológico usando meios de cultura naturais líquidos.Arquivos do Instituto Biológico, v.55, n.1/4, p.31-35,1998.

ALVES, S. B. CONTROLE Microbiano de Insetos: Fungos entomopatogênicos.Ed Fealq, Piracicaba,1998.

BITTENCOURT, V. R. E. P.; SOUZA,E. J.; PERALVA, S.L.F.E.;REIS, R. C.J. Eficácia do fungoMetarhizium anisopliae (Metschnikoff, 1879) Sorokin, 1883 em teste de campo com bovinos infestadospor carrapato Boophilus microplus (CANESTRINR, 1887) (ACARI:IXODIDAE). Revista brasileirade Medicina Veterinária v21; p.78-82,1999.

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FENG, M. G.; POPRAWSKI, T. J.; KHACHATOURIANS, G. G.Production, formulatioon andapplication of the entomopathogenic fungus Beauveria bassiana for insect control: current status. BiocontrolScience and technology, v.4,p.3-34,1994.

GALLO, D.; NAKANO, º;NETO, S. S.; CARVALHO, R. P. L.; BAPTISTA, G. C.;FILHO, E. B.;PARRA, J. R. P.;ZUCCHI, R. ª;ALVES, S. B.; VENDRAMIM, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES,J.R.S.; OMOTO, C.Entomologia Agrícola, v.10, p.1-920,2002.

LEITE, L. G.; FILHO, A B.; ALMEIDA, J. E. M.; ALVES, S. B.Produção de fungos entomopatogênicos.Ribeirão Preto: A S. Pinto, 2003.

PARRA, J. R. P.; BOTELHO, P. S. M.; FERREIRA, B. S. C.;BENTO, J. M. S. Controle biológico noBrasil: parasitóides e predadores, ed.1,São Paulo: manole, p.635, 2002.

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EVOLUÇÃO DA TOLERÂNCIA À GLICOSE EM RATOS OBESOS-MSG SUBMETIDOSÀ NATAÇÃO

Rosane Aparecida Ribeiro (acadêmica do 4º ano de Ciências Biológicas), Danúbia Frasson (mestrandaUSP), Maria Lúcia Bonfleur (Orientadora), Ana Carla Marques da Silva (Co-orientadora), Sandra

Lucinei Balbo (co-orientadora) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná –[email protected]

INTRODUÇÃO: Atualmente a obesidade é considerada uma síndrome em escala global, sendo fatorde risco para o desenvolvimento de várias doenças cardíacas, problemas ortópedicos e diabetes tipo II.Um método bastante utilizado na tentativa de prevenção e profilaxia desta síndrome é a prática regular doexercício físico (EF), que durante a sua realização, age mobilizando estoques de gordura, preservando amassa magra (FOX & MATHEUS, 1983), e assim modificando a composição corpórea. O EF tambémtem sido sugerido como estratégia para redução da hiperinsulinemia de jejum em humanos. O modelo deobesidade induzida através do tratamento neonatal com glutamato monossódico (MSG) é caracterizadopor provocar lesões em regiões hipotalâmicas específicas, levando à distúrbios neuroendócrinos, comohiperinsulinemia que evolui gradualmente para a resistência à insulina e diabetes tipo II (HOLTZWORTH-McBRIDE, 1976). Assim, nosso objetivo foi avaliar a tolerância à glicose em ratos machos obesos-MSG, de 60 e 90 dias de vida, submetidos à natação.

METODOLOGIA: Para o experimento foram utilizados ratos Wistar machos. Durante os cinco primeirosdias de vida, foram ministrados MSG (4mg/g de peso corporal) e salina (1,25mg/g) via subcutânea. Aos21 dias procedeu-se o desmame e os ratos foram agrupados por tratamento e período experimental [60(n=5-8) e 90 (n=11-13) dias de vida], sendo que a metade de cada grupo foi submetido ao EF, originandoos grupos: MSG sedentário (sd), MSG exercitado (ex), CONsd e CONex. O EF foi aplicado na formade natação, a partir do desmame, 30 min por dia, 5 dias por semana, com sobrecarga corporal de 5% dopeso corporal na cauda e temperatura da água entre 31±2ºC por todo o período experimental. Navéspera do sacrifício os animais foram anestesiados com tiopental (0,1ml/10g de peso corporal) e umcatéter foi introduzido no átrio direito, através da veia jugular. Após 12h de jejum foi realizado o ivGTT(teste de tolerância à glicose intravenoso). As amostras de sangue foram coletadas em tubos heparinizadosnos tempos: 0’ (antes da injeção intravenosa de glicose 1g/Kg de peso corporal), e 5’, 15’, e, 30’ depoisda administração do açúcar. O sangue foi centrifugado, e o plasma recolhido para posterior determinaçãoda glicemia segundo o método da glicose oxidase (BERGEMEYER & BERNT, 1974). O sacrifícioocorreu por deslocamento cervical, as gorduras retroperitonial e perigonadal foram retiradas, lavadas emsolução salina 0,9% e pesadas, para avaliar o grau de obesidade. Os resultados foram expressos emmédia ± erro padrão da média. Para as análises estatísticas foi utilizado o teste ANOVA com valor de pcorrigido por Bonferroni. p<0,05 foi adotado como critério de significância.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O tratamento com MSG provocou aumento da gordura retroperitonialtanto nos animais de 60 dias (MSG 2,38±0,21; CON 0,86±0,009), quanto nos ratos de 90 dias (MSG4,44±0,26; CON 3,27±0,13). O EF reduziu o tecido retroperitonial apenas entre os animais obesos de60 dias (MSGex 1,40±0,12; MSGsd 2,38±0,21). O peso da gordura periepididimal não foi alteradopelo tratamento e EF em ambos os grupos. Sugere-se que o aumento do tecido retroperitonial entre osanimais MSG possa ser causado pela lesão química provocada pelo tratamento que age alterando ofuncionamento normal do eixo-hipotálamo hipófise, devido a lesão do núcleo arqueado e eminência mediana(OLNEY, 1969; NEMEROFF, 1978), provocando alterações neuroendócrinas e metabólicas, queprovocam a superestimulação dos processos anabólicos, nestes animais. Ao analisarmos a área total soba curva glicêmica, não foi verificado alteração pelo tratamento nos ratos de 60 dias (MSG8.646,10±666,94; CON 10.027,65±403,26), entretanto, os animais obesos de 90 dias, apresentaram

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um aumento deste parâmetro (MSG 8.854,47±362,02; CON 7.078,72±332,26). O EF não alterou atolerância a glicose em ambos os grupos.

CONCLUSÃO: O tratamento neonatal com MSG não alterou a tolerância à glicose em ratos com 60dias de vida. Todavia, animais obesos-MSG aos 90 dias são intolerantes à glicose. Sugerimos que essemodelo de obesidade apresenta características pré-diabéticas, e que a lesão provoca alterações que sedesenvolvem evolutivamente no animal MSG. O EF, na forma e intensidade aplicadas, não foi eficaz emprevenir a intolerância verificada entre os animais obesos, porém faz-se necessário a dosagem daconcentração de insulina plasmática para conclusões mais precisas dos resultados obtidos.

REFERÊNCIASBERGMEYER, U.; BERNT, E. Determination of glucose with glucose oxidase and peroxidase. In:BERGEMEYER, U. (ed). Methods of enzymatic analysis. Weinheim: Verlag Chemie, 1974. p. 1105-1212.FOX, E. L. & MATHEWS, D. K. Bases fisiológicas da educação física e dos desportos. 3ª ed. Riode Janeiro: Interamericana, 1983. p. 214-253.HOLZWORTH-McBRIDE, M. A.; SLADECK, J. R.; KNIGGE, K. M. Monossodium glutamate-induced lesions of the arcuate nucleus. II Flurescence histochemistry of the catecholamines. Anat.Rec. 186:197-206, 1976.NEMEROFF, C. B. et al. Analysis of the disruption in hypothalamic-pituitary regulation in ratstreated neonatally with monossodium glutamate (MSG): evidence for the involviment oftuberoinfundibular cholinergic and dopaminergic systems in neuroendocrine regulation.Endocrinology, 101:613-622, 1978.OLNEY, J.W. Brain lesions, obesity and other disturbances in mice treated with monossodiumglutamate. Science, 164: 719-721,1969.

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RELAÇÃO DO PESO CORPORAL E QUANTIDADE DE COMIDA COM A INGESTAOPCIONAL E INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% EM RATAS FÊMEAS ANTES E

DURANTE A NATAÇÃO.

Katiane Karine Brinkmann, Ligia Franceschini, Douglas Emanuel Neves, Robert Cruz, Raquel de Deus,Marcelo Pavan, Ary Israel, Veruly Soares Magro e Maristela Jorge Padoin. Curso de Educação Física,

Laboratório de Fisiologia da Faculdade Assis Gurgacz-FAG, Cascavel, Pr. [email protected]

INTRODUÇÃO: O consumo de etanol provoca alterações e lesões no sistema imunológico. Estudosepidemiológicos mostram que pessoas que utilizam etanol freqüentemente estão sujeitas a doenças crônico-degenerativas, como doenças cardiovasculares e câncer. Uma série de grandes estudos vem demonstrandoque a administração de etanol para ratos induz a perda de peso corporal, a diminuição de consumoalimentar e da ingestão de água. O exercício físico prolongando e crônico, da mesma forma que o álcool,produz a liberação da beta-endorfina, o que poderia ser uma relação do exercício gerando dependênciadevido à liberação da beta-endorfina, verificando-se que animais induzidos à dependência de drogas,submetidos a exercícios intensos diminuíram a utilização das mesmas.O trabalho tem como objetivo verificar se a ingesta opcional ou induzida de etanol 10 e 30% antes edurante a natação geram alterações no peso e na quantidade de comida ingerida por ratas fêmeas, e seainda existe diferenças entre a ingesta de etanol e suas conseqüências entre fêmeas.

METODOLOGIA: Os animais foram analisados dos 70-91 dias de idade, o N foi de 10 fêmeas paracada grupo. Grupos: G1=água, G2=10%, G3=água+10%, G4=água+30%, G5=10+30% e G6=30%.Os animais eram colocados em caixas individuais e foram pesados (gr) diariamente, bem como a quantidadede ração (Nuvilab) (gr) e líquidos (ml) ingeridos durante 3 semanas. Após foi dado 1 semana dedesintoxicação (onde os animais ingeriram apenas água). Nas 3 semanas seguintes os animais eramcolocados diariamente em aquários individuais para natação, onde permaneciam por 2 horas. Duranteesse período as substâncias conforme descritas nos grupos foram ministradas, bem como o peso e aquantidade de ração ingerida foram medidos diariamente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: No período antes da natação quanto a ingesta de substâncias G3(434,8±50) ingeriu menos etanol 10% quando comparado aos Grupos G2 (819,5±81,3) e G5 (631±112),em relação a ingesta total de líquido G1 (901,8±94) ingeriu menor quantidade de líquido quando comparadoa G4 (1473,6±98,3) e G5 (1373±206), G2 ingeriu menos líquido que G3 (1164,5±105), G4 e G5, e G4e G5 ingeriram mais líquido que G6 (737,6±49). Quanto ao peso G1 (31,3±8,5) teve um aumento depeso maior do que G2 (14,7±5,7) e G6 (2,7±1,5), e G4 (23,7±5,4) também teve um aumento de pesomaior do que G6. Quanto a quantidade de comida consumida, G1 (368,7±21,7) consumiu mais do queG2 (268,8±16,8), G5 (255,6±5,1) e G6 (170,6±12,7), G2 consumiu mais do que G6 e menos do queG3 (334,5±27,2) e G4 (363,7±16,1), G3 ingeriu mais do que G5 e G6, e G4 ingeriu mais do que G5.Durante a natação, em relação a ingesta total de líquido, G1 (976±86,6), G2 (846,8±46,6) e G6(774,5±83,7) ingeriram menos líquido do que G3 (1503±87,6) e G4 (1473±98,3). Em relação ao pesoo grupo G6 (2,6±1,2) teve uma diminuição de peso maior do que todos os outros grupos. E G3 consumiumais ração do que G6. Os resultados nos mostram que quando existe a possibilidade dos animais optarempela água como no grupo G3 os mesmos diminuem o consumo de etanol 10%, porém no caso da outraopção ser etanol 30% (G5) os animais preferem o etanol 10%. Estes resultados foram encontrados antesda natação, pois no período durante a natação não houveram diferenças nesse consumo. Quando analisadoo consumo total de líquido verificou-se que quando existem duas opções o consumo é maior. O pesoantes da natação aumentou mais nos animais que possuíam água como uma das opções, por outro lado

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durante a natação somente o grupo G6 apresentou queda no peso, porém foi o único grupo que apresentouaumento no consumo de ração.

CONCLUSÕES: A concentração de etanol preferida pelos animais antes da natação é de 10%, porémdurante a natação não há diferenças. As que mais ingerem líquido são os grupos que possuem 2 opçõesde ingesta tanto antes quanto durante a natação, mostrando que os animais mesmo quando possuem aopção de água também ingerem etanol, provavelmente devido a uma geração de dependência do mesmouma vez que causa efeitos tóxicos no animal. Quando o animal tem a possibilidade de ingerir água ocorreum aumento maior de peso mesmo não aumentando o consumo de ração, mostrando um efeito do etanolque não permite um ganho de peso nos animais mesmo com um consumo normal de ração.

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RELAÇÃO DO PESO CORPORAL E QUANTIDADE DE COMIDA COM A INGESTAOPCIONAL E INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% EM RATOS MACHOS ANTES E

DURANTE A (NATAÇÃO).

Ligia Franceschini, Katiane Karine Brinkmann, Douglas Emanuel Neves, Robert Cruz, Raquel deDeus, Marcelo Pavan, Ary Israel, Veruly Soares Magro e Maristela Jorge Padoin.

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA DA FACULDADE ASSISGURGACZ – CASCAVEL –PR. [email protected]

INTRODUÇÃO: O etanol é a droga lícita mais utilizada pelo homem, o consumo desta substânciaprovoca alterações no sistema imunológico. Uma série de estudos vem demonstrando que a administraçãode etanol em ratos induz a perda de peso corporal, a diminuição de consumo alimentar e da ingestão deágua. O exercício físico prolongando e crônico, da mesma forma que o álcool, produz a liberação dabeta-endorfina, o que poderia ser uma relação do exercício gerando dependência devido à liberação dabeta-endorfina, verificando-se que animais induzidos à dependência de drogas, submetidos a exercíciosintensos diminuíram a utilização das mesmas.O objetivo desse trabalho é verificar se a ingesta opcional ou induzida de etanol 10 e 30% antes e durantea natação geram alterações no peso e na quantidade de comida ingerida por ratos machos, e se aindaexiste diferenças entre a ingesta de etanol e suas conseqüências entre machos.

METODOLOGIA: Os animais foram analisados dos 70-91 dias de idade, o N foi de 10 fêmeas paracada grupo. Grupos: G1=água, G2=10%, G3=água+10%, G4=água+30%, G5=10+30% e G6=30%.Os animais eram colocados em caixas individuais e foram pesados (gr) diariamente, bem como a quantidadede ração (Nuvilab) (gr) e líquidos (ml) ingeridos durante 3 semanas. Após foi dado 1 semana dedesintoxicação (onde os animais ingeriram apenas água). Nas 3 semanas seguintes os animais eramcolocados diariamente em aquários individuais para natação, onde permaneciam por 2 horas. Duranteesse período as substâncias conforme descritas nos grupos foram ministradas, bem como o peso e aquantidade de ração ingerida foram medidos diariamente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos machos, antes da natação o grupo G3 (471,6±73,3) ingeriumenos etanol 10% do que G2 (888±41) e G5 (840±82), em relação a ingesta total de líquido G1 (1040±34)ingeriu menos do que os grupos G3(1445±132,7), G4 (1401±98,2) e G5 (1441±124) e mais do que ogrupo G6 (661±26). Quando analisado o peso o grupo G6 (20±9,6) foi o que menos adquiriu pesocomparado ao grupo G1 (65±7,1), G4 (74±7,5) e G5 (55,6±16,7). Da mesma forma, o grupo G6(205±10) consumiu menos ração do que os outros grupos (G1=463,5±14,5, G2=321,7±20,7,G3=456±15), G4=510±25 e G5=338±17,5). Durante o período de natação o grupo G2 (1038±52,8)ingeriu mais etanol 10% do que G3 (366,8±81,8) e G6 (1184±119) ingeriu maior quantidade de etanol30% comparado a G4 (517±56,3). Quando analisado o consumo total de líquido o grupo G4 (1522±87,5)ingeriu maior quantidade comparado a todos outros grupos (G1=1034±43,2, G3=1265±95,6). O grupoG6 (7,5±4,2) foi o que menos adquiriu peso comparado aos outros grupos (G1=31,2±5,4, G2=21,8±5,G3=19,7±7,4, G4=34,1±10,5), bem como teve o menor consumo de ração (G1=508,4±32,5,G2=361,1±7,7, G3=462,8±39,4, G4=507,6±26,8 e G6=271,1±16,2).

CONCLUSÃO: Os ratos ingerem menor quantidade de etanol tanto 10 quanto 30% quando possuem aopção de ingerir água, porém quando as opções são etanol 10 e 30% a preferência é pelo etanol 10%.Quanto ao consumo total de líquido, nos grupos que possuem 2 opções de substância ingerem uma maiorquantidade de líquido, mesmo que as duas substâncias sejam etanol. Em relação ao peso o grupo queingeriu apenas etanol 30% teve a menor elevação de peso associado a uma redução no consumo deração. A natação, enquanto exercício crônico para indução da liberação de beta-endorfina, não causauma redução na ingesta de etanol, até o contrário, como verifica-se no grupo que ingeriu somente etanol

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30%, houve um aumento do consumo de álcool nessa concentração. Isto nos leva a concluir que oexercício associado ao consumo crônico de álcool pode levar um aumento da dependência alcoólica enão uma diminuição como seria esperado, visto que o exercício é indicado em todas as clínicas de reabilitaçãode dependência alcoólica como benéfico a recuperação dos pacientes.

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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO NO CAMPO ABERTO COM O PREDADOR DERATOS QUE FORAM SENSIBILIZADOS AO ETANOL DURANTE A LACTAÇÃO E

SUBMETIDOS A INGESTA OPCIONAL DE ETANOL 10 E 30% AOS 70 DIAS DEIDADE.

Padilha, C. B.*; Thives de Oliveira, R.*; Bonato, A. P.*; Tomazoni, D. A.*; Benetti, F.**; Beijamini, F.*; Peiter, M. *; Souza, M. A. *; Padoin, M. J. *. **Departamento de Ciências Fisiológicas, UFRGS – Rio

Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

INTRODUÇÃO O etanol é considerado uma droga psicotrópica, que altera o humor e o comportamento,classificada como ansiolítica, sedativa (RANG, et al. 2001), e depressora, pois realmente provoca sedaçãoe sono. Entretanto, os efeitos iniciais do álcool, particularmente em doses menores são precedidos comoestimulação devido uma supressão dos sistemas inibitórios. O etanol sendo um composto não ionizado debaixo peso molecular e alta solubilidade em lipídios passa facilmente ao leite, onde alcança concentraçõesaproximadamente iguais à do plasma com proporção leite/plasma entre 0,9 e 0,95. Além do risco nolactente, quando em concentrações superiores a 1mg/mL no organismo da mãe, reduz drasticamente oreflexo de ejeção do leite, podendo suprimir a lactação (MENELLA & BEAUCHAMP, 1991). Váriosfatores indicam que as drogas ocasionam uma mudança comportamental no indivíduo, devido à necessidadeda busca a droga, ou mesmo refletindo em ansiedade comportamentos agressivos e chegando a depressãopor seu abuso ou abstinência. Em pesquisas em simples modelos etológicos, os quais possuem maioraproximação de medir taxas de ansiedade ou medo são o Labirinto em Cruz Elevada e Campo Aberto.Duas diferenças individuais mais estudadas em ratos tem sido as reações emocionais e a atividade deexploração em um ambiente novo, através do Campo Aberto. Segundo COLOMB, (1998, p. 112) osresultados no Campo Aberto PERFORMED imediatamente após as sessões de ingesta, indicando ogrupo que ingeriu etanol, tinha resultados mais significativos que o grupo que ingeriu somente água,sugerindo que o consumo voluntário de etanol ocasiona efeitos de estimulação motora, os resultados doteste de atividade também sugerem que os efeitos eufóricos do etanol, são refletidos por estimulação daatividade locomotora, são partes dos efeitos farmacológicos do etanol. O objetivo deste trabalho é verificaro comportamento no campo aberto com o predador de ratos machos e fêmeas, que foram sensibilizadosao etanol durante a lactação e expostos a ingesta opcional de 10 e 30% na idade adulta.

METODOLOGIA As mães dos animais analisados ingeriram durante a lactação: A-água, B-água+etanol10%. Dos 70-91 dias de idade os filhos foram colocados em caixas individuais, divididos nos seguintesgrupos (N): A1=água(12m, 12f), A2=água+10%(17m, 13f), A3=água+30%(18m, 17f); B1=água(10m,10f), B2=água+10%(14m, 14f), B3=água+30%(16m, 16f), que eram medidos em mililitros (mL)diariamente. Aos 100 dias de idade foram analisados no campo aberto (1m x 1m x 80cm) com o predador(gato). O rato era colocado no teste e filmado por 5 min (t1), após era colocado a gaiola com o gato emum dos cantos do campo, e filmado por 5 min (t2), depois o gato era retirado e o rato filmado por mais5min (t3). Após cada rato filmado a arena é limpa com álcool 70GL para desinfecção. Os comportamentosobservados serão padronizados em números para identificação dos mesmos e são os seguintes:1 – Permanecer na área em que está ou estará o predador.2 – Esquadrinhar – olhar para a área em que está ou estará o predador.3 – Grooming – limpeza corporal com as patas anteriores.4 – Rearing – investigação do ambiente, o animal fica em pé, em movimento bípede, sobre as patasposteriores.5 – Parado – sem locomoção.6 – Locomoção – deslocamento do animal, atividade de exploração.7 – Cruzamento – quantifica o número de vezes que o animal cruza cada linha.

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Destes comportamentos foram abordados neste trabalho as freqüências de 2 deles, o “grooming” e alocomoção. Em analogia aos estudos prévios (BLANCHARD & BLANCHARD, 1990), a locomoção éuma medida da atividade geral do rato. Exploração da área do gato consiste em chegar a área e normalmentecheirar a gaiola ou o local onde estava a mesma. Por outro lado, esquadrinhar consiste em uma atividadeconsiderada de risco, na qual o rato não está de fato na área do gato, mas dirige sua cabeça para aquelaárea, utilizando provavelmente os sentidos visuais e olfativos (PADOIN, 2000).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Como já descrito na literatura, todos os animais baixaram as freqüênciasdos comportamentos comparando-se t1 com t2 e t3. Os resultados que não forem acompanhados demédia e desvio padrão, o valor considerado será igual a 0. Nos machos, o comportamento de “grooming”em t1 foi menor em A1(4,2±0,9) do que A2(5,9±1,3) e A3(6±1,1), resultado não observado nas fêmeas.Os machos B1(2±1,1) foram menores que B2(5,8±1,4) e B3(7,2±1,1); e fêmeas B1(5,7±2,1) forammenores que B2(8,1±2) e B3(8,6±1,2). Em t2, machos A1 e fêmeas A1 e B1 foram menores queA2(1,3±0,5; 2,5±1,1) e A3(0,5±0,3; 1,3±0,6); B2(1±0,8) e B3(0,5±0,3). Em t3, machos e fêmeas A1foram menores que A2(1,1±0,6; 0,8±0,7) e A3(0,4±0,2; 1,3±0,7). Na locomoção, em t1 e t2 machos efêmeas A1 (15,1±3; 16,6±3,4) foram menores que A2(27,2±5,7; 29,6±8,2/ 2,9±1,3; 2,5±1,3) eA3(28,4±6; 22,4±5/ 0,5±0,2; 2,7±1,1); em B t1 não houve diferenças. As fêmeas B1 em t2 e t3(7,8±4,2;4,7±3) foram maiores que B2(5,3±2,7; 0,8±0,4) e B3(1±0,6; 0). Machos e fêmeas A1, A2 e A3 em t1se locomovem menos que B1, B2 e B3, resultado que se repete em t2 para as fêmeas.

CONCLUSÃO Quando adultos, os animais com etanol 10 ou 30% como opção, mostram uma freqüênciamaior de “grooming”, mesmo na presença do predador. Tanto machos quanto as fêmeas, que foramsensibilizados ao etanol durante a lactação, mostram maior freqüência de locomoção em t1, porém napresença do gato (t2) somente as fêmeas mantém esse resultado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBLANCHARD, D.C. & BLANCHARD, R.J.; Ethoexperimental approaches to the biology of emotion.

Annual Review of Psychology 39:43-68. 1990.PADOIN, M.J. Estimulação neonatal, comportamentos e Desenvolvimento do sistema nervoso. 2000.

144 p. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas – Fisiologia) – Universidade Federal do Rio Grandedo Sul.

COLOMB, G. AGABIO, R. LOBINA, C. REALI, R. VACCA, G. GESSA, L. G. Stimulation oflocomotor activity by voluntarily consumed ethanol in Sardian alcohol-preferring rats. Europen Jounalof Pharmacology 357, pp. 109-113, 1998.

MENELLA J.A. & BEAUCHAMP G. K. The transfer of alcohol to human milk. N Eng J Med, 325:981,1991.

RANG, H. P., DALE M.M., RITTER, J.M., Farmacologia. 4a ed..Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.p. 390-391, 523-528. 2001.

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EFEITO DA INGESTA OPCIONAL OU INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% NAPREFERÊNCIA, DEPENDÊNCIA E TOXIDADE EM RATAS LACTANTES E FILHOTES.

Bonato, A. P.*; Tomazoni, D. A.*; Padilha, C. B.*; Thives de Oliveira, R.*; Benetti, F.**; Souza, M. A.*; Beijamini, F. *; Peiter, M. *; Padoin, M. J. *. **Departamento de Ciências Fisiológicas, UFRGS – Rio

Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

INTRODUÇÃO A toxicologia do desenvolvimento é o campo do conhecimento que lida, entre outrosobjetivos, com a avaliação do risco da exposição do feto e da criança a agentes agressivos presentes nomeio ambiente. No que se refere à avaliação do risco da exposição a substâncias químicas, a Toxicologiado Desenvolvimento avançou muito após a tragédia da talidomida. O conhecimento dos danos causadospelo etanol ao cérebro em desenvolvimento é apenas mais um subsídio para que as pessoas responsáveispelo planejamento em saúde e políticos de um modo geral reflitam sobre a importância de programas deprevenção, controle da propaganda e sobre os enormes lucros obtidos pela indústria produtora de bebidasalcoólicas. O etanol é considerado uma droga psicotrópica, que altera o humor e o comportamento,classificada como ansiolítica, sedativa (RANG, et al. 2001), e depressora, pois realmente provoca sedaçãoe sono. Entretanto, os efeitos iniciais do álcool, particularmente em doses menores amiúde são precedidoscomo estimulação devido uma supressão dos sistemas inibitórios. Além disso, o etanol sendo um compostonão ionizado de baixo peso molecular e alta solubilidade em lipídios passa facilmente ao leite, ondealcança concentrações aproximadamente iguais à do plasma com proporção leite/plasma entre 0,9 e0,95. Além do risco no lactente, quando em concentrações maternas superiores a 1mg/mL, reduzdrasticamente o reflexo de ejeção do leite, podendo suprimir a lactação (MENELLA E BEAUCHAMP,1991). O consumo crônico do etanol em humanos, bem como em modelos animais pode resultar emtolerância e dependência. A dependência de Etanol tem sido subdividida em dois aspectos: psicológicosou comportamentais e físicos (AUFRÈRE et al., 1996). Enquanto a tolerância e a dependência física sãofenômenos biológicos que podem ser definidos com rigor no laboratório e diagnosticados com precisãona clínica, existe um aspecto arbitrário nas definições das síndromes comportamentais globais do usoabusivo e dependência (HARDMAN, et al. 1996). A intoxicação dos efeitos do álcool são dependentessobre tudo, da concentração em que o álcool atinge o cérebro, por isso dificulta a medição desta variávelem humanos, medidas são utilizadas para estimar e verificar os níveis de etanol na respiração, sangue ouurina (NURMI, 1999). Sua baixa potência farmacológica reflete-se na faixa de concentrações plasmáticasnecessárias para produzir efeitos farmacológicos: ocorrem efeitos mínimos com cerca de 10 mmol/L(46mg/100 ml), podendo ser fatal uma concentração dez vezes superior. (RANG, et al., 2001). Oobjetivo deste trabalho foi verificar a preferência e dependência em ratas lactantes com ingesta opcionalou induzida de etanol 10 e 30%, bem como os efeitos tóxicos sobre a mãe e a ninhada.

METODOLOGIA Foram utilizadas ratas Wistar prenhas primíparas, provenientes do biotério centralda UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, divididas nos grupos (N): A=água (8),B=água+10% (21), C=água+30% (8), D=10%+30% (13), E=10% (27) e F=30% (16). O controle delíquido ingerido foi realizado diariamente, em mililitros (mL) durante o período da lactação. As mães efilhotes, padronizados em ninhadas com 8, foram pesados (gr) semanalmente durante este mesmo período.RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise da ingesta de etanol 10% nos grupos B, D e E mostrou que:B (51,6±14; 75,2±23; 91,4±34) e E (190±7; 219±6; 246±8,4) aumentaram a ingesta nas semanas 2 e 3comparadas a 1. O grupo B (218,3±71) ingeriu a menor quantidade de etanol comparado com D(644,6±40) e E (653±17). Os pesos das mães e ninhadas foram maiores no grupo B (23,5±11; 184,2±6,7)comparados ao D (-46,1±8,7; 86±14,7) e E (-41,4±6; 124,8±9,7). Analise da ingesta de 30% (C, D eF). C (114±15; 112±14; 211±24) e F (172±25; 191±27; 245±31) aumentaram a ingesta na semana 3comparada as 1 e 2. D diminuiu a ingesta na mesma comparação (126±17; 121±13; 102±13). O F(621±54) ingeriu a maior quantidade de etanol comparado a C (360±38) e D (350±31). Os pesos das

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mães e ninhadas foram maiores no grupo C (41,2±16; 203±15) comparados ao D e F (-45±15; 68,4±11,4).Em relação a ingesta opcional (etanol ou água), nas 3 semanas, o grupo C (30%) ingeriu uma quantiamaior de etanol do que B (10%). Na ingesta induzida D x E e E x F não foram diferentes nas 3 semanas,porém F ingeriu mais etanol nas semanas 2 e 3 comparado ao grupo D. Quanto a quantia total de líquidoingerido, o grupo C ingeriu mais líquido do que os demais grupos, porém não houveram diferenças naingesta de água entre A X B X C. Os pesos das mães e ninhadas diminuíram nos grupos D, E e Fcomparados aos grupos A, B e C, mas não houveram diferenças entre os grupos que tinham a opção deágua (ingesta opcional), e entre os que não possuiam (ingesta induzida).

CONCLUSÃO As fêmeas mostraram uma preferência e dependência maior pelo etanol 30%, porémindependente da concentração de etanol os efeitos tóxicos para a fêmea e filhotes são os mesmos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAUFÈRE, G. LE BOURHIS & BEAUGÈ, F. Ethanol intake after chronic intoxication by inhalation of

ethanol vapour in rats: Behavioural dependence. Alcohol. Vol.4 N3. pp. 247.HARDMAN, G. L.; LIMBIRD, L. E.; MOLINOFF, P. B.; RUDDON, R. W.; GILMAN, A. G. As

Bases Farmacológicas da Terapêutica. 9a edição. Rio de Janeiro: Mac Graw-Hill Interamericana.1996.

MENELLA J.A., BEAUCHAMP G. K. The transfer of alcohol to human milk. N Eng J Med, 325:981,1991.

NURMI, M., KIIANMAA & SINCLAIR, J. D. Brain ethanol levels after voluntary ethanol drinking inAA and Wistar Rats. Alcohol, vol 19 N2 pp 113-118. 1999.

RANG, H. P., DALE M.M., RITTER, J.M., Farmacologia. 4a ed..Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.p. 390-391, 523-528. 2001.

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INGESTA DE ETANOL EM RATOS ADULTOS QUE FORAM SENSIBILIZADOS ÀSUBSTÂNCIA DURANTE A LACTAÇÃO.

Beijamini, F. *; Thives de Oliveira, R.*; Tomazoni, D. A.*; Peiter, M. *; Souza, M. A. *; Bonato, A. P.*;Padilha, C. B.*; Benetti, F.**; Padoin, M. J. *; **Departamento de Ciências Fisiológicas, UFRGS – Rio

Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

INTRODUÇÃO Atualmente vem se observando um aumento considerável do consumo de drogas deabuso, dentre as quais o etanol se destaca, por ser facilmente acessível e possuir baixo custo. O etanol éconsiderado uma droga psicotrópica, que altera o humor e o comportamento, classificada como ansiolítica,sedativa (RANG, et al. 2001), e depressora, pois realmente provoca sedação e sono. Entretanto, osefeitos iniciais do álcool, particularmente em doses menores são precedidos como estimulação devidouma supressão dos sistemas inibitórios. O etanol sendo um composto não ionizado de baixo peso moleculare alta solubilidade em lipídios passa facilmente ao leite, onde alcança concentrações aproximadamenteiguais à do plasma com proporção leite/plasma entre 0,9 e 0,95. Além do risco no lactente, quando emconcentrações superiores a 1mg/mL no organismo da mãe, reduz drasticamente o reflexo de ejeção doleite, podendo suprimir a lactação (MENELLA E BEAUCHAMP, 1991). Tem sido descrito o tratamentoalcoólico após 20 dias neonatais e pré-natais com exposição ao álcool que retarda a entrada na puberdadeem roedores. Durante o desenvolvimento há um período crítico com diferenças na suceptibilidade a açõeshormonais e drogas (JUÁREZ, et al., 2000). O objetivo deste trabalho foi analisar a ingesta de etanol epeso de ratos aos 70 dias de idade que foram sensibilizados ao etanol através da amamentação noperíodo de lactação.

METODOLOGIA Ratos da linhagem Wistar, machos e fêmeas, sensibilizados ao etanol durante o períododa lactação, foram analisados dos 70 aos 91 dias de idade com relação a ingesta de etanol e seu pesodurante este período. Os animais foram colocados em caixas individuais, e a quantidade ingerida eramedida diariamente, por mililitros (mL) e o peso corporal, em gramas (gr), foi verificado semanalmente.Os grupos e N foram divididos da seguinte maneira: A-mãe ingeriu água, filhotes: A1-água (11f, 12m);A2-água+10% (16f, 17m); A3-água+30% (17f, 18m); B-mãe ingeriu água+10%, filhotes: B1-água (8f,8m), B2-água+10% (14f, 14m) e B3-água+30% (16f, 16m).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados mostraram que as fêmeas B3 (431±39) ingerem maisetanol que as A3 (328±19), o mesmo resultado foi encontrado para a ingesta total de líquido. Em relaçãoa porcentagem de etanol consumida, B2 (34±3,6) é maior que A2 (26±1,5), e B3 (36±2,8) é maior queA3 (30±2). Na comparação do peso B1(47±14) é maior que A1 (10±3,7), B2 (18,2±4,3) é maior queA2 (5,3±2,2) e B3 (32,8±3,4) é maior que A3 (10,3±3). Nos machos, a ingesta de etanol é maior em B2(395±87) comparado a A2 (248±25), e B3 (555±83) comparado a A3 (260±19), o mesmo resultadoacontece na ingesta total de líquido. Quanto a porcentagem de etanol, B3 (28±11,3) é maior que A3(22±1,2), e o peso de A2 (15,3±3,6) é maior do que B2 (4,6±1,7), nas outras comparações entre osgrupos não houveram diferenças. Comparando-se machos e fêmeas os resultados mostraram que emtodos os grupos os machos ingerem mais água do que as fêmeas, e conseqüentemente maior ingesta totalde líquido, porém quando analisado a porcentagem de etanol ingerida todos os grupos de fêmeas ingeremmais etanol do que os de machos. No peso, os machos A1 e A2 aumentam mais que as fêmeas A1 e A2,porém as fêmeas B1 e B2 aumentam mais o peso do que os machos B1 e B2.

CONCLUSÃO Os resultados mostram que a sensibilização ao etanol através da amamentação produz,tanto em machos quanto em fêmeas quando adultos, uma maior ingesta de etanol. Comparando-se machose fêmeas, vimos que apesar do macho ingerir uma quantidade maior de líquido (água+etanol), a porcentagem

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do consumo de etanol é maior nas fêmeas, mostrando uma tendência das fêmeas a se tornarem dependentesdo etanol com maior facilidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASJUÁREZ, J. , DE TOMASI, E.B., VÁZQUEZ, C. Alcohol treatment during laction produces na advance

in the onset of puberty in female rats. Alcohol 21 pp. 181-185. 2000.MENELLA J.A., BEAUCHAMP G. K. The transfer of alcohol to human milk. N Eng J Med,

325:981, 1991.RANG, H. P., DALE M.M., RITTER, J.M., Farmacologia. 4a ed..Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.

p. 390-391, 523-528. 2001.

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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO DE RATOSQUE FORAM SENSIBILIZADOS AO ETANOL DURANTE A LACTAÇÃO E

SUBMETIDOS A INGESTA OPCIONAL DE ETANOL 10 E 30% AOS 70 DIAS DEIDADE.

Tomazoni, D. A.*; Thives de Oliveira, R.*; Padilha, C. B.*; Bonato, A. P.*; Benetti, F.**; Souza, M. A.*; Beijamini, F. *; Peiter, M. *; Padoin, M. J. *. **Departamento de Ciências Fisiológicas, UFRGS – Rio

Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

OBJETIVO: O etanol é considerado uma droga psicotrópica, que altera o humor e o comportamento,classificada como ansiolítica, sedativa (RANG, et al. 2001), e depressora, pois realmente provoca sedaçãoe sono. Entretanto, os efeitos iniciais do álcool, particularmente em doses menores são precedidos comoestimulação devido uma supressão dos sistemas inibitórios. O etanol sendo um composto não ionizado debaixo peso molecular e alta solubilidade em lipídios passa facilmente ao leite, onde alcança concentraçõesaproximadamente iguais à do plasma com proporção leite/plasma entre 0,9 e 0,95. Além do risco nolactente, quando em concentrações superiores a 1mg/mL no organismo da mãe, reduz drasticamente oreflexo de ejeção do leite, podendo suprimir a lactação (MENELLA E BEAUCHAMP, 1991). Váriosfatores indicam que as drogas ocasionam uma mudança comportamental no indivíduo, devido à necessidadeda busca a droga, ou mesmo refletindo em ansiedade comportamentos agressivos e chegando a depressãopor seu abuso ou abstinência. Em pesquisas em simples modelos etológicos, os quais possuem maioraproximação de medir taxas de ansiedade ou medo são o Labirinto em Cruz Elevada e Campo Aberto. Oetanol em doses de 5ml/kg (injetadas) , tem apresentado efeito ansiolítico em Labirinto em Cruz Elevadoe Campo Aberto (REX et al. 1998). O objetivo deste trabalho é verificar o comportamento no labirintoem cruz elevado de ratos machos e fêmeas, que foram sensibilizados ao etanol durante a lactação eexpostos a ingesta opcional de 10 e 30% na idade adulta.

METODOLOGIA As mães dos animais analisados ingeriram durante a lactação: A-água, B-água+etanol10%. Dos 70-91 dias de idade os filhos foram colocados em caixas individuais, divididos nos seguintesgrupos (N): A1=água(10m, 10f), A2=água+10%(17m, 16f), A3=água+30%(16m, 17f); B1=água(10m,10f), B2=água+10%(14m, 14f), B3=água+30%(16m, 16f), com volumes medidos em mililitros (mL)diariamente. Aos 100 dias de idade, após um período de reingesta, foram analisados no labirinto em cruzelevado, no qual o rato era colocado no centro da cruz e filmado por 5 minutos, após cada filmagem olabirinto é limpo com álcool 70GL para desinfecção, e seu comportamento analisado posteriormente. Oscomportamentos observados são identificados pela letra correspondente à letra inicial do comportamentosão os seguintes:OBA – Olhar para o braço aberto – esquadrinhar; movimento em que o rato está no braço fechado ecoloca a cabeça para fora do braço fechado.OFBA – Olhar para fora do braço aberto – movimento em que o rato olha para fora do braço aberto emdireção ao chão.BA – Braço aberto – Estar no braço aberto – o rato permanece no braço aberto.BF – Braço fechado – Estar no braço fechado – o rato permanece no braço fechado.E na avaliação comportamental deste teste serão utilizados :DBA – Duração de permanecer no braço aberto.FOBA – Freqüência de olhar para o braço aberto.FOFBA – Freqüência de olhar para fora do braço aberto.FTE BA+BF– Freqüência total de entradas no braço aberto e braço fechado– verifica a locomoção entrebraço aberto e braço fechado.

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RESULTADOS Nos machos e fêmeas do grupo A1 (35,5±7; 18,7±10) os tempos (s) de permanênciano braço aberto foram menores que A2 (53±17; 46,4±11) e A3 (60,2±12,2; 56±15); B3 (69±12;59±9) foi maior que B2 (19±6; 35±9) em ambos sexos. Nos machos e fêmeas os resultados docomportamento de olhar para fora do braço aberto foram homogêneos, exceto em relação ao B2 (4,2±1,2;9,1±12,4) que teve uma freqüência menor que B3 (12,2±1,5; 12,4±1,8). Quando analisado a freqüênciatotal de entradas, machos e fêmeas do grupo B3 (8,6±1; 9,2±1,4) foram mais ativos que todos os outrosgrupos.Conclusão Quando adultos, os animais com etanol 10 ou 30% como opção, mostram uma permanênciamaior no braço aberto. Machos e fêmeas que foram sensibilizados ao etanol durante a lactação tambémmostram uma permanência maior no braço aberto quando a concentração ingerida na idade adulta é de30%. Os animais sensibilizados na lactação e que ingeriram etanol 30% na idade adulta foram os maisativos, devido a maior freqüência total de entradas nos braços aberto e fechado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASMENELLA J.A., BEAUCHAMP G. K. The transfer of alcohol to human milk. N Eng J Med, 325:981,

1991.RANG, H. P., DALE M.M., RITTER, J.M., Farmacologia. 4a ed..Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.

p. 390-391, 523-528. 2001.REX, A., VOIGTS, J. P., VOITS M. & FINK H. Pharmacological Evaluation of a Modified Open-Field

Test Sensitive to Anxiolytic Drugs. Pharmacology Biochemistry and Behavior, Vol 59. N 3, p. 677-683, 1998.

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EFEITO DA INGESTA OPCIONAL OU INDUZIDA DE ETANOL 10 E 30% NO CICLOESTRAL DE RATAS WISTAR AOS 70 DIAS DE IDADE.

Thives de Oliveira, R.*; Padilha, C. B.*; Bonato, A. P.*; Peiter, M. *; Tomazoni, D. A.*; Beijamini, F. *;Souza, M. A. *; Benetti, F.** ; Padoin, M. J. *. **Departamento de Ciências Fisiológicas, UFRGS – Rio

Grande do Sul; *CCBS, UNIOESTE – Paraná. [email protected]

INTRODUÇÃO O termo Ciclo Estral é usado para descrever os eventos naturais de mudanças hormonaisem fêmeas. O comportamento e a citologia vaginal são prováveis indicadores biológicos de variações naliberação de hormônios ovarianos (ADLER, 1981). Os eventos do ciclo estão sob controles defotoperíodos (FREMMAN, 1994). As características celulares do esfregaço vaginal variam de acordocom a fase do ciclo:1. A presença de células epiteliais ocorre na fase pré ovulatória, denominada proestro, sua duração é de

12 h.2. As células cornificadas aparecem no estro. Neste período a fêmea está receptiva para o macho, com

duração de 1 dia.3. Uma mistura de células epiteliais, queratinizadas, com infiltração intensa de leucócitos, indica a fase

progestacional, pós ovulatória, denominada diestro. Nesta fase, o muco é viscoso com duração nometaestro (diestro 1) de 1 a 2 dias) e no diestro (diestro 2) de 1 dia. Na rata e camundonga, não háuma fase progestacional típica, e o ciclo estral tem a duração de 4 – 5 (AIRES, 2001).

Nesta técnica de esfregaço vaginal, retira-se a secreção vaginal, com auxilio de um conta-gotas contendosolução salina 9%, colocando-a em uma lâmina cavada, e observa-se o material ao microscópio óptico(ADLER, 1981). As células características de cada fase são visualizadas e então classificadas. O presentetrabalho tem como objetivos verificar o efeito da ingesta opcional ou induzida de etanol no Ciclo Estral emratas Wistar dos 55 aos 100 dias de idade, bem como os possíveis efeitos do etanol ingerido por suasmães no período de lactação.

METODOLOGIA Foram utilizadas Ratas Wistar aos 70 dias de idade, as quais suas mães ingeriram(ml) as substâncias assim relacionadas: Grupos (N): A mãe=água, A1=água (11), A2=água+10% (11),A3=água+30%; B mãe=água+10%, B1=água (8), B2=água+10% (14), B3=água+30% (16); Cmãe=10%+30%, C1=água (12), C2=10% (12), C3=30%(12); D mãe=10%, D1=água (15),D2=água+10% (8), D3=água+30% (15). A verificação do ciclo foi realizada diariamente dos 70-91 diasde idade, período da reingesta.Resultados Os grupos que ingeriram etanol 10% apresentaram freqüência de Proestro semelhantes,houveram alterações em Metaestro e Diestro, D2 (7,25±0,72), aumentou o Metaestro em relação a A2(3,8±0,69), B2 (4±0,46), C2 (4,08±0,54) e D2 (3±0,56); em Diestro D2 (3±0,5) diminuiu a freqüênciacomparado a A2 (7,27±0,61), B2 (8±0,69) e C2 (6±0,55). O grupo C3 (6±0,55) diminuiu o diestro emrelação a B2 (8±0,69). Comparando-se os grupos que ingeriram 10% com os que ingeriram 30% nãohouve alteração em Proestro, mas D3 (4,73±0,52) é maior que A3 (3,69±0,36), B3 (3,31±0,05) e C3(2,75±0,77) em Metaestro. Em Diestro, D3 (3,40±0,67) é menor que A3 (7,29±0,79), B3 (8,81±0,5) eC3 (8,75±0,76). Em Estro B3 (3,12±0,39) é menor que D3 (4,73±0,52). Os grupos D1, D2 e D3 nãoapresentaram alterações nas fases, já o grupo A1 (7,09±0,57) é maior em Metaestro em relação a A2(3,81±0,5) e a A3 (3,69±0,36); A1 é menor em Diestro que A2 (7,26±0,61) e A3 (7,92±0,79), B1(7,8±0,96) é maior em Metaestro do que B2 (4±0,46) e B3 (3,31±0,5); B1 (3,6±0,87) é menor emDiestro que B2 (8±0,69) e B3 (8,81±0,36); C1 (6,1±0,51) é maior em Metaestro que C2 (4,5±0,54) eC3 (2,75±0,77); C1 (4,08±0,43) é menor que C2 (6±0,55) e C3 (8,75±0,77) em Diestro, nesta fase C2(6,0±0,55) é menor que C3 (8,75±0,77). Os grupos que dispunha de água não apresentaram alteraçõesem Metaestro e Diestro; em Proestro C1 (5,33±0,33) é maior que B1(3,8±0,37), A1(3,5±0,2) eD1(4,12±031). Em Estro D1(5,93±0,39) é maior que A1(4,27±0,27) e C1(4,41±0,35).

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Conclusão Os animais que ingeriram etanol apresentaram alterações no ciclo estral independente daconcentração ingerida, aumentado a freqüência de Metaestro e diminuindo a de Diestro. Observa-sealterações ocasionadas devido a concentração de etanol ingerida pela mãe no período de lactação, poisquando comparados os grupos 1 nos quais só ingeriram água variando a concentração ingerida pela mãe,houve alterações nas fases de Proestro e Estro, não observadas quando comparados aos grupospertencentes a mesma lactante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASADLER, N. Neuroendocrinology of reproduction: physiology and behavior. Plenum Press. New

York and London. p. 279-329. 1981.AIRES, M. Fisiologia. 2a ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro. 1998.FREEMAN, M. E. The Physiology of Reproduction. Raven Press. New York. p. 613-647. 1994.

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EFEITOS DO MONOSIALOGANGLIOSÍDEO GM1 NA SOBREVIVÊNCIA DECÉLULAS DA RETINA DE RATOS NEONATOS APÓS LESÃO DE COLÍCULO

SUPERIOR IN VIVO.

Autores: Fernanda Taís Mecabô[email protected]; André Luiz Andreotti [email protected]; Margarete Nakatani- [email protected] UNIOESTE-Cascavel-PR.

INTRODUÇÃO: As células ganglionares da retina, como os demais neurônios do Sistema NervosoCentral(SNC), passam por um processo natural de morte celular, denominado apoptose, que ocorredurante o desenvolvimento. Este processo pode ser iniciado pela não conexão do neurônio com seu alvoe em certas doenças neurodegenerativas. Neste caso tratamentos para interromper a apoptose podemser de grande valia. A retina é a túnica mais interna do globo ocular e tem características que a tornamvantajosa no estudo da apoptose. Ao contrário de outras áreas do SNC, a retina posui localizaçãotopográfica que permite fácil acesso cirúrgico. Além disso, seus tipos celulares estão organizados emdiferentes camadas, no rato neoneto há duas camadas, onde a mais interna é formada somente de célulasganglionares e a externa é uma camada neuroblástica contendo células em divisão(PERRY et al ., 1983).O colículo superior é o principal alvo das projeções das células ganglionares e fornecedor de suportetrófico da retina. Nos ratos neonatos o colículo superior apresenta-se exposto na superfície da massacerebral até que os hemisférios cerebrais o recubram, permitindo fácil acesso cirúrgico. Estudos recentestêm demonstrado que proteoglicanos coliculares são capazes de aumentar a sobrevivência de célulasganglionares de retina de ratos adultos e neonatos in vivo(HUXLIN et al., 1995 a; HUXLIN et al., 1995b). Isto sugere que o colículo superior é responsável por produzir fatores neurotróficos que mantém ascélulas ganglionares vivas no desenvolvimento e no adulto. Há vários estudos em desenvolvimento paraavaliar o potencial do GM1 em tratamentos para evitar a morte neuronal(LENZI et al., 1994). O GM1aplicado exogenamente mimetiza ou potenciliza os efitos dos fatores neurotróficos em impedir a apoptosede neurônios. Estes fatos levam a posibilidade de que GM1 e os fatores neurotróficos possam afetar asobrevivência neuronal pelos mesmos mecanismos. Foram usados ratos Lister com um dia de vida. Estesforam anestesiados por hipotermia e sofreram uma incisão na cabeça, pela qual foi aspirado, o colículosuperior com uma seringa. Depois da cirurgia, foram colocados em banho-maria para recobrar atemperatura e coloração normais. Nos animais controle foi aplicado solução salina (0.9% NaCl em águadestilada) intraperitoneal nos tempos de 8 e16hs após a cirurgia e nos animais tratados aplicou-seGM1(100ng/ml) intraperitoneal em 8 e 16 hs. A morte dos animais ocorreu 24hs após a cirurgia, pordecaptação. Foram feitos a enucleação e os explantes de retina em tampão fosfato 0.1M. os cortes foramfeitos em criostato e as lâminas coradas em vermelho neutro. Quantificou-se o número de células apoptóticasem comparação com o número de células normais encontradas na camada ganglionar de três cortes deretina observadas em M.O. sob aumento de 100X.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A comparação do número de c’lulas apoptóticas e normais, assimcomo sua porcentagem encontram-se na tabela abaixo:

Animais No céls apoptóticas No céls normais % céls apoptóticasControle 8hs 34 180 15.8 %Controle 16hs 97 251 27.8 %GM1 8hs 24 194 11 %GM1 16hs 32 272 10.5 %

É possível observar que houve uma significativa diminuição da porcentagem de células apoptóticas nosanimais tratados com GM1 em comparação com os animais controle, em ambos os tempos após

cirurgia (8 e 16hs), demonstrando eficiência do GM1 em manter as células ganglionares vivas, mesmoapós a perda da conexão e do suporte trófico do colículo superior.

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CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que o GM1 aplicado exogenamente é eficaz no fornecimentode suporte trófico e na manutenção da sobrevida de células ganglionares de ratos neonatos, após ablaçãodo colículo superior in vivo.

REFERÊNCIAS:HUXLIN,K.R, DREHER, B., SCHULZ, M., JERVIE SEFTON, A, BENNETT, M.R. Trophic effect

of collicular proteoglycan on neonatal rat retinal ganglion cells in situ. DevelopmentalBrain Research 84: 77-88,1995 a.

HUXLIN,K.R, DREHER, B., SCHULZ, M., JERVIE SEFTON, A, BENNETT, M.R.Trophic effect of collicular proteoglycan on neonatal rat retinal ganglion cells in situ.Developmental Brain Research 84: 77-88,1995 b.

LENZI, G.L., F. GRIGOLETTO, M. GENT, R. ROBERTS, M. WALKER, J.D. EASTON, ACAROLLEI, F.C. DORSEY, W.A ROCCA, R. BRUNO, F. PATERNELLO & FIESCHI FORTHE EARLY STROKE TRIAL GROUP. Early treatment of stroke with monosialogangliosideGM1: Efficacy and safety results of the Early Stroke Trial. Stroke 25: 1552-1558,1994.

PERRY, V.H., HENDERSON, Z., LINDEN R. Posnatal changes in retinal ganglion cell and opticaxon populations in the pigmented rat. Journal of Comparative Neurology 219:356-368,1983.

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COMPROVAÇÃO DO DIABETES MELLITUS EM RATOS INDUZIDO PORESTREPTOZOOTOCINA

Alves, A.M.P.; Alves, E.P.; Marese, A.C.M.; Rhoden, S.A.; Piccolo G.; Chambó, E.D.; Tessaro, D.;Michelan, G.; Fregonesi, C.E.T. UNIOESTE. [email protected]

INTRODUÇÃO Vários estudos sobre os efeitos do diabetes são realizados em material obtido dehumanos diabéticos ou em animais geneticamente diabéticos (YAGIHASHI; SIMA, 1986). Mas oconhecimento sistematizado das alterações morfológicas, fisiológicas e metabólicas induzidas pelo diabetesmellitus nos diversos tecidos e órgãos do ser humano depende do uso de agentes químicos capazes decausar um quadro diabético de diferentes graus de severidade em animais de laboratório. Essas substânciassão denominadas agentes diabetogênicos e muitas delas foram descritas e empregadas ao longo da história.A estreptozootocina, além de ser um agente anti-bacteriano de largo espectro, isolado do fungoStreptomyces achromogenes, também apresenta atividade anti-tumoral em sistemas in vitro e in vivo(HERR et al., 1959), sendo relatada como diabetogênica em 1963 por RAKIETEN et al. (1963). Aestreptozootocina, em sua composição molecular, apresenta uma porção semelhante a glicose, a qualpromove seu transporte para o interior da célula ²-pancreática, onde causa a depleção do NAD+ e produçãode óxido nítrico com conseqüente morte celular e assim a indução do diabetes. O objetivo deste trabalhofoi comprovar, através de testes bioquímicos e de mensuração, os efeitos do estado diabético de ratosinduzido por estreptozootocina.

METODOLOGIA Foram selecionados 10 ratos machos do gênero Rattus, espécie novergicus,variedade albinus com 90 dias de idade. Estes foram devidamente pesados, transferidos para gaiolas edivididos em dois grupos: controle (C) e diabético (D). 14 horas antes do experimento, os animais dogrupo D foram submetidos a jejum prévio e, posteriormente, foi administrada a droga estreptozootocinadissolvida em tampão citrato 10mM, pH 4,5, por via endovenosa (veia peniana), na dose de 35mg/kg depeso corporal. Para comprovar o estabelecimento do diabetes, três dias após a administração daestreptozootocina, foram avaliados volume urinário, quantidades de água e de alimentos ingeridos e aglicosúria. Com 210 dias de idade os animais foram submetidos à eutanásia. Para tanto, foram pesados,anestesiados com injeção intraperitonial de tiopental (40mg/kg de peso corpóreo). De cada animal foicoletado sangue, por punção cardíaca, para realizar dosagens de glicose sangüínea, pelo método daGlicose Oxidase (BERGMEYER; BERNET, 1974) e hemoglobina glicada (KOENIG et al., 1976),confirmando a condição de diabetes. Todos os dados coletados foram submetidos a testes estatísticos,como análise de variância e teste de Tukey, com nível de significância de 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Através dos dados apresentados na Tabela 01, observamos nosanimais diabéticos um aumento do consumo diário de água, da glicemia em jejum e também da hemoglobinaglicada, e uma diminuição do peso corporal. Além disso, durante o período em que os ratos permaneceramnas gaiolas individuais, observou-se maior irritabilidade dos animais diabéticos. Esses sinais sãocaracterísticos do diabetes e são facilmente observados em animais com diabetes experimental induzidopor estreptozootocina. FURLAN et al. (2002), também descreveu a perda de peso, hiperfagia, polidipsia,poliúria, hiperglicemia e maior irritabilidade nos animais uma semana após a indução do diabetes. Asdoses diabetogênicas da estreptozootocina variam entre as espécies, podendo ser muito tóxica paraalguns grupos de animais ou pouco diabetogênica para outros. Em cães, segundo outros autores, asensibilidade à estreptozootocina é máxima, sendo possível a obtenção do estado diabético com 50mg/kgde peso corporal, enquanto é mínima em camundongos, os quais necessitam de uma dosagem de 200mg/kg para uma ação diabetogênica efetiva. Já no presente trabalho apenas 35mg/kg já foi suficiente paragerar um quadro diabético nos ratos experimentais, resultado confirmado com os dados apresentados natabela abaixo.

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Tabela 01: Peso corporal inicial (PCI), peso corporal final (PCF), consumo diário de água (CDA),glicemia (GLI) e hemoglobina glicada (HbG) dos animais Controle e Diabético.

N = 5 ratos por grupo. Resultados expressos como média + erro padrão da média. GruposParâmetros C DPCI (g) 362 ± 17,9a 365,8 + 2,3a

PCF (g) 472 ± 23,9a 312 + 7,0b

CDA (mL) 62,1 ± 0,9a 182,7 ± 2,3b

GLI (mg.dL-1) 105,4 ± 11,2a 362 ± 15,1b

HbG (%) 3,9 ± 0,2a 6,8 ± 0,2b

Médias seguidas por letras distintas na mesma linha são consideradas diferentes pelo teste de Tukey (P< 0,05).

CONCLUSÃO Assim, constatamos com os dados obtidos que a estreptozootocina é um agentediabetogênico eficaz no seu modo de ação e também, de acordo com a literatura, está sendo amplamenteadministrada devido a sua constância fisiopatológica do quadro diabético produzido em animais, comraros casos de reversão desse quadro. Além disso, é de fundamental importância a comprovação doestado diabético, anteriormente a qualquer estudo com animais experimentais.

REFERÊNCIASBERGMEYER, H.U.; BERNET, E. Determination of glucose-oxidase and peroxidase. In: Methods ofenzymatic analysis. New York, Verlag Chemie-Academic Press, 1974.FURLAN, M.M.D.P.; MOLINARI, S.L.; MIRANDA NETO, M.H. Morphoquantitative effects of acutediabetes on the myenteric neurons of the proximal colon of adult rats. Arq Neuropsiquiatr, v.60, p.576-581, 2002.HERR, R.R.; ELBE, T.E.; BERGY, M.E.; JAHNKE, H.K. Isolation and characterization of streptozotocin.Antibiot Annu. p.236, 1959.KOENIG, R.J.; PETERSON, C.M.; JONES, R.L.; SAUDEK, C.; LEHRMAN, M.; CERANI, A.Correlation of glucose regulation and hemoglobin Alc in diabetes mellitus. N Engl J Med. n.295, p.417-420, 1976.RAKIETEN N.; RAKIETEN, M.L.; NADKARNI, M.V. Studies on the diabetogênico action ofstreptozotocin. Cancer Chemother Rep. n.29, p.91-98, 1963.YAGIHASHI, S.; SIMA, A.A.F. Neuroaxonal and dendritic dystrophy in diabetic autonumoc neuropathy:classification and topographic distribution in the BB-rat. J Neuropathol Exp Neurol. n.45, p.545-565,1986.

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ANÁLISE DO PESO E TAMANHO DAS GLÂNDULAS PARÓTIDAS DE RATOSDIABÉTICOS INDUZIDOS POR ESTREPTOZOOTOCINA

Alves, A.M.P.; Alves, E.P.; Marese, A.C.M.; Rhoden, S.A.; Piccolo G.; Chambó, E.D.;Tessaro D.; Michelan, G. UNIOESTE. [email protected]

INTRODUÇÃO O Diabetes Mellitus é um conjunto de doenças metabólicas com etiologias diversas,caracterizadas por hiperglicemia resultante de uma secreção deficiente de insulina pelas células β dopâncreas (diabetes tipo I) e/ou resistência das células à insulina (diabetes tipo II) (BAYNES;DOMINICZAK, 2000). Quando não controlada, pode apresentar a longo prazo, complicações tardias,tais como disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, trato gastrointestinal, coração,vasos sangüíneos (microangiopatia e macroangiopatia), sistema nervoso (neuropatias) (HARRISON, 1992)e glândulas salivares. As alterações morfofuncionais das glândulas salivares são evidentes, pois as fibrasnervosas simpáticas e parassimpáticas que constituem a inervação dessas glândulas são comprometidas(ANDERSON; GARRETT, 1994). Em animais diabéticos, a glândula parótida apresenta uma aparênciahistológica modificada (MURRAH, 1985) bem como uma diminuição do seu peso (KIM; ALLEN, 1994).Este trabalho teve como objetivo verificar as alterações no peso e tamanho das glândulas parótidas deratos controles comparados com ratos diabéticos induzidos por estreptozootocina.

METODOLOGIA Foram selecionados 10 ratos machos do gênero Rattus, espécie novergicus,variedade albinus com 90 dias de idade. Estes foram devidamente pesados, transferidos para gaiolasindividuais e divididos em dois grupos: controle (C) e diabético (D). 14 horas antes do experimento, osanimais do grupo D foram submetidos a jejum prévio e, posteriormente, foi administrada a drogaestreptozootocina dissolvida em tampão citrato 10mM, pH 4,5, por via endovenosa (veia peniana), nadose de 35mg/kg de peso corporal. A síndrome diabética se confirmou pelo elevado nível glicêmico, peloexcessivo consumo de água e pela redução do peso corporal, observado nos animais tornados diabéticos.Com 210 dias de idade os animais foram submetidos à eutanásia. Para tanto, foram pesados, anestesiadoscom injeção intraperitonial de tiopental (40mg/kg de peso corpóreo) e realizou-se a dissecação das glândulasparótidas. Após a extração das parótidas, as mesmas foram lavadas em solução salina, pesadas, decalcadase fixadas em formalina a 10%, por vinte e quatro horas. Em seguida, foram lavadas em água corrente earmazenadas em álcool 70%, para posterior análise histológica. A partir do decalque foi verificado otamanho das glândulas pela mensuração de seus maiores e menores eixos. A partir da soma dos eixosmaiores e menores, obtivemos o tamanho médio das parótidas dos grupos controle e diabético.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Através dos dados apresentados no Gráfico 01, podemos verificaruma variação no peso glandular. Nos animais diabéticos houve uma diminuição na média do peso dasglândulas quando comparado ao controle. No entanto foi observado um discreto aumento no tamanhomédio das parótidas dos animais diabéticos (19mm) em relação os animais do grupo controle (17,4mm).Dados clínicos e experimentais têm demonstrado que este aumento das parótidas é comum no estadodiabético. De acordo com os dados da literatura, alterações de peso e tamanho são indícios da instalaçãoda neuropatia diabética, a qual é decorrente de lesões das fibras nervosas autonômicas que inervam asparótidas. O comprometimento destas glândulas tem sido verificado pela redução no tamanho dos ácinose no número dos ductos e pelo aumento concomitante de tecido fibroso (ANDERSON et al., 1990).

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00,020,040,060,08

0,10,12

Peso (g)

Controle DiabéticoGrupos

Gráfico 01: Peso das glândulas parótidas de ratos controle e diabéticos

CONCLUSÃO Verificamos que os resultados obtidos no presente trabalho estão de acordo com aliteratura. No entanto, se faz necessária a realização de análises histológicas posteriores dessas glândulasa fim de verificar as possíveis relações entre as alterações morfológicas e estruturais com os resultadosobtidos neste trabalho.

REFERÊNCIASANDERSON, L.C.; GARRETT, J.R. The effects of streptozotocin-induced diabetes on norepinephrineand cholinergic enzyme activities in rat parotid and submandibular glands. Arch. Oral Biol., n.1;39(2),p.91-97, 1994.ANDERSON, L.C.; GARRETT, J.R.; PROCTOR, G.B. Morphological efects of sympathetic nervestimulation on rat parotid glands 3-4 weeks after the induction of streptozotocin diabetes. Arch. OralBiol., n.10, p.829-838, 1990.BAYNES, J.; DOMINICZAK, M.H. Bioquímica Médica. 1.ed. Manole, 2000.HARRISON, T.R. Medicina Interna. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,.p.94-96, 98, 109,1992.KIM, S.K.; ALLEN, E.D. Structural and functional changes in salivary glands during aging. Microsc ResTech. v.28, p.243-253, 1994.MURRAH, V.A. Diabetes mellitus and associated oral manifestations: a review. Journal of Oral Pathology,n.14, p.271-281, 1985.

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COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DE UM LAGO MARGINAL DORESERVATÓRIO DE ITAIPU, RIO SÃO FRANCISCO FALSO, SANTA HELENA/PR.1

Norma Catarina Bueno2; Bartolomeu Tavares2; Hélder Lopes Vasconcelos2, Fernando RodrigoMontrezol3; Marcio Donizete Daronch3; Angela Mara Kochepka3; Marcelo André Dill3; Francisco

Gauto [email protected]

INTRODUÇÃO: As bacias hidrográficas são as unidades naturais no estudo dos ecossistemas aquáticoscontinentais e terrestres. Suas características têm grande influência nas condições químicas, físicas ebiológicas dos sistemas aquáticos.

METODOLOGIA A bacia de drenagem do reservatório de Itaipu abrange 820.000km2 na sua extensão.Possui uma profundidade média de 22m, podendo alcançar 170m próximo das barragens, volume máximonormal, 29.109m3 de água. O Rio São Francisco Falso é o principal formador da área alagada do municípiode Santa Helena. As coletas estão sendo realizadas mensalmente, durante 12 meses, em 5 estações:•Ponto 1= região litorânea; •Ponto 2 = região limnética; •Ponto 3 = região limnética; •Ponto 4 = regiãolimnética; •Ponto 5 = região litorânea do Reservatório de Itaipu (Figura 1).Comunidade fitoplanctônicaColeta de acordo com BICUDO & BICUDO (1970). Os sistemas de classificação adotados serãoBOLD & WYNNE (1985), BICUDO & BICUDO (1970) e PARRA & BICUDO (1995) para asdemais classes, tais como: Chlorophyceae, Crytophyceae e Dinophyceae.Parâmetros físicos e químicos da águaAs análises físicas e químicas da água estão sendo realizadas no Laboratório de Química Ambiental daUnioeste.Dados ambientaisPrecipitação, temperatura, velocidade do vento, umidade relativa e radiação solar fornecidos pelo SIMEPAR/Curitiba.

Figura 1: Localização do Reservatário de Itaipu, Rio São Francisco Falso, Santa Helena/PR.

RESULTADOS E DISCUSSÃO A temperatura do ar no período de estudo variou de 18,2 em maio a32,7oC em março de 2003, a umidade relativa do ar esteve em torno de 25,5%.[* No filter found for therequested operation. | In-line *] A temperatura da água nos 5 pontos de coleta variou de 20,8 no mês dejulho e 21,3 no mês de agosto. A turbidez da água variou de 19,19 no mês de julho a 8,62 no mês deagosto. O pH variou de 8,45 no mês de julho a 7,69 no mês de agosto. A alcalinidade da água noreservatório, variou de 22,36 no mês de julho a 32,2 no mês de agosto. A análise da comunidadefitoplanctônica ainda está em fase inicial, o gênero Cosmarium sp. no entanto tem apresentado grandeevidência no material analisado, conforme Tabela 1. A comunidade fitoplanctônica até o presentecompreende, conforme tabela 1

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Tabela 1: Comunidade fitoplanctônica do Reservatório de Itaipu, ponto 1, junho de 2003.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bicudo, C. E. de M.; Bicudo, R. M. T. Algas de água continentais brasileiras: chave ilustrada paraa identificação de gêneros. São Paulo: EDUSP/FUNBEC. 1970, 228p.

Bourelly, P. Les algues d’eau douce. Tomo I: Les Algues Vertes. 1972, 572p.

Bold, H.C.; Wynne, M.J. (1985) Introduction to the algae. 2 ed. Prentice:Hall. 720p.

Parra, O.O.; Bicudo, C.E.M. (1995). Introduccion a la Biologia y Sistematica de las Algas Continentales.Barcelona: Ed Omega. 268p.

Ponto Espécie 1 Cosmarium abreviatum var.planctonicum C. bioculatum (Bréb.) var. bioculatum Ralf C. galeritum var. borgei Krieger et Gerloff. C. impressulum var. subonthogonum (Racib.) raciborski C. obtusatum (Schimidle) Schimidle C. pygmaeum Arch. Var. pygmaeum West

C. phaeseolus var. elevatum Nordst. C. pseudomagnificum Hinoide var. brasiliense (Forst.) Forster C. subprotudimum var. subprotudimum Nordst.

C. OBTUSATUM (SCHIMIDLE) SCHIMIDLE

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MACRÓFITAS AQUÁTICAS DE UM LAGO MARGINAL DO RESERVATÓRIO DEITAIPU, RIO SÃO FRANCISCO FALSO, SANTA HELENA/PR.4

Marcelo André Dill5; Angela Mara Kochepka2; Norma Catarina Bueno6

[email protected]

INTRODUÇÃO: Na região litorânea de lagos e reservatórios concentram-se, várias comunidades vegetais,desde algas unicelulares até angiospermas, o que torna este compartimento dos lagos um dos mais produtivose com maior número de habitats (ESTEVES, 1998). As macrófitas aquáticas servem de abrigo para afauna de invertebrados, contribuindo para a cadeia trófica de lagos e reservatórios. O objetivo do presentetrabalho consiste em acompanhar a variação da biomassa de diferentes espécies de macrófitas aquáticasao longo de um ano de estudo no reservatório de Itaipu, Rio São Francisco Falso, Santa Helena, PR.

METODOLOGIA: A bacia de drenagem do reservatório de Itaipu abrange 820.000km2 na sua extensão.Possui uma profundidade média de 22m, podendo alcançar 170m próximo das barragens, volume máximonormal, 29.109m3 de água. O Rio São Francisco Falso é o principal formador da área alagada do municípiode Santa Helena. As coletas estão sendo realizadas mensalmente em 5 estações: •Ponto 1= região litorânea;•Ponto 2 = região limnética; •Ponto 3 = região limnética; •Ponto 4 = região limnética; •Ponto 5 = regiãolitorânea do Reservatório de Itaipu (Figura 1).Macrófitas aquáticasPara análise da biomassa das macrófitas aquáticas foi utilizado um quadrado vazado de PVC de 25cm2

construído conforme Westlake (1965, 1971) e Krebs (1989), que delimitou a porção do estande a seramostrada.- Calcinação: no laboratório o material foi colocado em cadinhos de porcelana, previamente lavadosusando-se água corrente, HCl 10% e calcinados em mufla a 550oC por período de 1h, resfriados pesadosem balança analítica (P0). O material vegetal após secagem em estufa com aeração forçada, a 70oC, paraa determinação do peso seco constante (P1), foram levados a mufla, a 550oC, nos cadinhos de porcelana(P2), durante 1h para incineração (Hunter, 1976). A determinação do peso seco livre de cinzas (P3) énumericamente P3= (P1-P0)- (P2-P0).Parâmetros físicos e químicos da águaAs análises físicas e químicas da água estão sendo realizadas no Laboratório de Química Ambiental daUnioeste.Dados ambientaisPrecipitação, temperatura, velocidade do vento, umidade relativa e radiação solar fornecidos peloSIMEPAR/Curitiba.

RESULTADOS E DISCUSSÃO A temperatura do ar no período de estudo variou de 18,2 em maio a32,7em março de 2003. A umidade relativa do ar esteve em torno de 25,5%.A temperatura da água nos 5 pontos de coleta variou de 20,8 no mês de julho e 21,3 no mês de agosto.A turbidez da água variou de 19,19 no mês de julho a 8,62 no mês de agosto. O pH variou de 8,45 nomês de julho a 7,69 no mês de agosto. A alcalinidade da água no reservatório , variou de 22,36 no mês dejulho a 32,2 no mês de agosto.Os valores de biomassa expressos em valores de peso seco (PS) variaram de 2,8 a 11,3 na estação 1(Brachiaria sp.); 3,8 a 33,0 na estação 2 (Gramineae); 8 a 45,1 na estação 3 (Polygonum ferrugineum)e 0,1 a 2,4 na estação 5 (Egeria najas). A estação 4 não apresentou macrófitas aquáticas.Os valores médios para as concentrações de cinza foram 1,5 na estação 1 (Brachiaria sp.); 0,83 naestação 2 (Gramineae); 5,19 na estação 3 (Polygonum ferrugineum) e 1,76 na estação 5 (Egerianajas).Com exceção da estação 5 todos os valores de PSLC (fração orgânica) foram maiores que os valores deCinza (fração inorgânica).

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Figura 1: Localização do Reservatório de Itaipu e pontos de coleta com macrófitas aquáticas noReservatório de Itaipu, Rio São Francisco Falso, Santa Helena/PR.

REFERÊNCIAS:Bicudo, C. E. de M.; Bicudo, R. M. T. Algas de água continentais brasileiras: chave ilustrada paraa identificação de gêneros. São Paulo: EDUSP/FUNBEC. 1970, 228p.

Esteves, F.A. 1998. Fundamentos de Limnologia. Ed. Interciência, 1998, 602p.

Krebs, C.J. Ecological methodology. Harper & Row Publ., 1989, 653p.

Westlake, D.F. Some basic data for investigations of the productivity of aquatic macrophytes. Memoriedell Ìnstituto Italiano di Idrobiologia Dott Marco de Marchi, v. 18, p. 229-248, 1965.

Westlake, D.F. Macrophytes. In: Vollenveider, R.A. A manual of methods for measuring primaryproduction in aquatic environments. Oxford:Blackwell Scientific Publication (I.B.P. Handbook, 12),p. 25-32, 1971.

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CURVA DE EMBEBIÇÃO DA CANAFÍSTULA ( Peltophorum dubium)

Luciani Marcia Shcerer1, Valdir Zucareli1, Andréa Maria Teixeira Fortes2

1Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBS

Unioeste - Extensão Santa Helena - [email protected]

INTRODUÇÃO: O desmatamento ocorre, quando uma floresta é simplesmente eliminada para darlugar a outra utilização da terra, como agricultura, construção de barragens, formação de reservatório deágua para construção de hidrelétricas, construções civis, estradas e muitos outros fins. Uma vez realizadoo desmatamento, dificilmente ocorrerá a recuperação da floresta. Visando amenizar os danos causadospelo desmatamento, tem-se difundido o sistema de reflorestamento.Para se utilizar uma espécie em reflorestamento, é necessário conhecer aspectos de sua biologia e ecologia.Há porem carência de informações sobre espécies tropicais nativas, o que dificulta a adoção de praticasconservacionistas ou de recuperação de áreas degradadas (CAPRI et.al, 1996).Deste modo, torna-se,fundamentais os estudos sobre germinação das sementes para a utilização e exploração de forma racionaldas espécies nativas.Para o estudo da germinação e necessário se conhecer a curva de embebição das espécies escolhidas, ouseja, a quantidade de água absorvida pela semente em determinado espaço de tempo.A Canafístula (Peltophorum dubium) é uma espécie arbórea nativa utilizada em paisagismo e narecuperação de áreas degradadas. Ocorre naturalmente na floresta latifoliada semidecídua (Lorenzi, 1998).Suas sementes possuem dormência, devida à impermeabilidade do tegumento, necessitando de tratamentopré-germinativo para germinar (Carvalho, 1994).Desse modo o objetivo desse trabalho foi determinar a curva de embebição da Canafístula (Peltophorumdubium) para futuros testes de germinação.

MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi desenvolvido no laboratório da UNIOESTE-EXTENSÃO SANTA HELENA, em câmara de germinação a 25oc, + ou - 2oc.As sementes foram coletadas manualmente pelos funcionários do viveiro de mudas do REFÚGIOBIOLÓGICO DE SANTA HELENA, em árvores de diferentes localidades do município.Foram utilizadas quatro repetições com vinte sementes cada, para cada um dos quatro tratamentos,sendo esses:• T1-H2O• T2-Escarificação manual com lixa 80, sendo esta feita no lado oposto ao embrião e até romper o

tegumento e atingir o endosperma.• T3-agua à 70oc por dez minutos.• T4-H2SO4 por dez minutos.As sementes foram colocadas em beckers com água a temperatura de 25oc e colocadas na câmara degerminação. A cada duas horas as sementes foram secas com papel toalha e pesadas em balança analítica.Os dados foram colocados em um gráfico e em seguida analisados.

RESULTADOS: Para a Canafístula (Peltophorum dubium), através da analise dos dados, observa-seque essa espécie absorveu maior quantidade de água no tratamento com escarificação, pois após 10h jáhavia duplicado sue peso e com 80h quando atingiu a estabilização com 190%de acréscimo no pesoinicial. Para o tratamento temperatura houve um acréscimo de 90% no seu peso e para os outros tratamentosnão houve embebição expressiva.

CONCLUSÃO: Desta forma conclui-se que a Canafístula (Peltophorum dubium), nas condições queforam conduzidas esse experimento, absorve grande quantidade de água, havendo destaque para otratamento de escarificação.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:LORENZI, H. Árvores brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas dobrasil,vol.2.Nova odessa,SP: Intituto Plantarum,2a ed.2002.

CAPRI,S.M.F;et.al.Condicionamento osmotico de sementes de cedrela fissilis Vell.Revista Brasileirade sementes, Brasilia,v.18,n.1.

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CURVA DE EMBEBIÇÃO DO ARITICUM (Rolinia scericea).

Valdir Zucareli1, Luciani Márcia Scherer1,Cristiane Aparecida Zucareli1, Andréa Maria Teixeira Fortes2

1Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBS

Unioeste – Extensão Santa Helena – [email protected]@bol.com.br

INTRODUÇÃO: A importância da existência de florestas ao longo dos rios e ao redor de lagos ereservatórios fundamenta-se no amplo aspecto de benefícios que este tipo de vegetação trás ao ecossistema,exercendo função protetora sobre os recursos naturais bióticos e/ou abióticos (DURIGAN E SILVEIRA,1999).Buscando-se amenizar os danos causados pela exploração descontrolada das espécies florestais, umaalternativa que tem s difundido consideravelmente, é o sistema de reflorestamento.O sucesso de um reflorestamento esta diretamente relacionado com a qualidade das mudas utilizadas. Aqualidade das mudas por sua vez está intimamente ligada a qualidade das sementes que lhe deram origem.Tendo em vista a necessidade de preservação de recursos naturais, torna-se fundamental os estudos dagerminação das sementes para a utilização e exploração de forma racional das espécies nativas. Para issoé necessário se conhecer a curva de embebição da espécie em questão, ou seja, a quantidade de águaabsorvida pela semente em determinado espaço de tempo.O ariticum (Rolinia scericea), é uma espécie arbórea da família annonaceae, tem altura de 5 a 15 metros,tem madeira leve e de baixa resistência mecânica. Os frutos são comestíveis e muito apreciado pelaspopulações rurais da região de ocorrência. Os frutos são também muito procurados por aves e animaisdomésticos, sendo por isso muito indicado para composição de reflorestamentos destinados a preservaçãode áreas incultas. Ocorre no sudeste do país, principalmente nos estados do Paraná e Santa Catarina, namata atlântica até a altitude de 600 metros, tanto em matas primárias como secundárias (LORENZI1998).O trabalho aqui apresentado teve como objetivo determinar a curva de embebição do ariticum (Roliniascericea) para posteriores testes de germinação.

MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi desenvolvido no laboratório da UNIOESTE-EXTENÇÃO SANTA HELENA, em câmara de germinação a 25oC, + ou - 2oC.As sementes foram coletadas manualmente pelos funcionários do viveiro de mudas do REFÚGIOBIOLÓGICO DE SANTA HELENA, em árvores de diferentes localidades do município.Foram utilizadas quatro repetições com vinte sementes cada, para cada um dos três tratamentos, sendoesses:• T1-H2O• T2-Escarificação manual com lixa 80, sendo esta feita no lado oposto ao embrião e até romper o

tegumento e atingir o endosperma.• T3-agua à 80oc por dez minutos.As sementes foram colocadas em Beckers com água a temperatura de 25oC e colocadas na câmara degerminação. A cada duas horas as sementes foram secas com papel toalha e pesadas em balança analítica.Os dados foram colocados em um gráfico e em seguida analisados.

RESULTADOS: Observa-se através da analise dos dados, que esta espécie (Rolinia scericea),, poucoabsorveu água, pois após 95 horas para o tratamento água houve um acréscimo de apenas 0,714g (18%).Para os tratamentos temperatura e escarifícação essa variação foi muito pequena, após 91 horas o acréscimofoi de apenas 0.691g (17,4%) e 0,76g (19%) respectivamente.

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CONCLUSÃO: Desta forma conclui-se que o ariticum (Rolinia scericea), nas condições que foramconduzidas esse experimento, não apresenta diferença significativa na absorção de água para os tratamentosaqui utilizados, e que essa espécie absorve pouca água.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:LORENZI, H. Árvores brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas doBrasil, vol.2. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2a ed. 2002.

DURIGAN,G; SILVEIRA,E,R. Recomposição da mata ciliar em domínio de cerrado, Assis, SP. Brasil.Scientia Florestal, no 56, p.135-144, dez. 1999.

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CURVA DE EMBEBIÇÃO DO GUAPURUVU (Shyzolobium parahyba)

Luciani Márcia Scherer1, Valdir Zucareli1, Andréa Maria Teixeira Fortes2

1Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBS

Unioeste - Extensão Santa Helena – [email protected]

INTRODUÇÃO: O reflorestamento com espécies arbóreas atualmente é uma das medidas maisempregadas para tentar recuperar áreas desmatadas. Portanto, para iniciar o processo de implantaçãoflorestal é necessário conhecer a biologia e ecologia das espécies a serem utilizadas.Há porem carência de informações sobre espécies tropicais nativas, o que dificulta a adoção de praticasconservacionistas ou de recuperação de áreas degradadas (Capri et.al, 1996). Deste modo, torna-se,fundamentais os estudos sobre germinação das sementes para a utilização e exploração de forma racionaldas espécies nativas.Para o estudo da germinação e necessário se conhecer a curva de embebição das espécies escolhidas, ouseja, a quantidade de água absorvida pela semente em determinado espaço de tempo.O Guapuruvu pertence à Família das Leguminosas e pode atingir até 30 metros de altura, perdendototalmente suas folhas no inverno e cobrindo-se de flores amarelas na primavera. Só após a florada é queinicia a brotação de novas folhas. A copa produz uma sombra muito leve, o que permite o plantio daespécie em gramados ou próxima a canteiros sem prejudicar a insolação sobre as outras plantas. É umaespécie pioneira, indicada para plantios em áreas degradadas em razão do seu rápido crescimento.Desse modo o objetivo desse trabalho foi determinar a curva de embebição do Guapuruvu (Shyzolobiumparahyba) para futuros testes de germinação.

MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi desenvolvido no laboratório da UNIOESTE-EXTENSÃO SANTA HELENA, em câmara de germinação a 25oC, + ou - 2oC.As sementes foram coletadas manualmente pelos funcionários do viveiro de mudas do REFÚGIOBIOLÓGICO DE SANTA HELENA, em árvores de diferentes localidades do município.Foram utilizadas quatro repetições com vinte sementes cada, para cada um dos quatro tratamentos,sendo esses:• T1-H2O• T2-Escarificação manual com lixa 80, sendo esta feita no lado oposto ao embrião e até romper o

tegumento e atingir o endosperma.• T3-agua à 80oC por dez minutos.• T4-H2SO4 por dez minutos.As sementes foram colocadas em Beckers com água à temperatura de 25oC e colocadas na câmara degerminação. A cada duas horas as sementes foram secas com papel toalha e pesadas em balança analítica.Os dados foram colocados em um gráfico e em seguida analisados.

RESULTADOS: Para o Guapuruvu (Shyzolobium parahyba) através da analise dos dados, observa-se que essa espécie absorveu boa quantidade de água apenas no tratamento com escarificação, pois após100 horas para o tratamento escarificação houve um acréscimo de 58.8893g (156%) no seu peso.Para os outros tratamentos a variação foi mínima, considerando-se desprezível a quantidade de águaabsorvida.

CONCLUSÃO: Desta forma conclui-se que o Guapuruvu (Shyzolobium parahyba), nas condições queforam conduzidas este experimento, absorve grande quantidade de água, apenas no tratamento comescarificação, nos outros tratamentos não houve absorção de água.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

CAPRI,S.M.F;et.al.Condicionamento osmotico de sementes de cedrela fissilis Vell.Revista Brasileirade sementes, Brasilia,v.18,n.1.

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CURVA DE EMBEBIÇÃO DO TARUMÃ (Vitex cymosa)

Valdir Zucareli1, Luciani Márcia Scherer1, Andréa Maria Teixeira Fortes2

1Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas2Professora Doutora do CCBS

Unioeste – Extensão Santa Helena [email protected]

INTRODUÇÃO: Buscando-se amenizar os danos causados pela exploração descontrolada das espéciesflorestais, uma alternativa que tem s difundido consideravelmente, é o sistema de reflorestamento.Para se utilizar uma espécie em reflorestamento, é necessário conhecer aspectos de sua biologia e ecologia.Há porem carência de informações sobre espécies tropicais nativas, o que dificulta a adoção de praticasconservacionistas ou de recuperação de áreas degradadas (CAPRI et.al, 1996).Deste modo, torna-se,fundamentais os estudos sobre germinação das sementes para a utilização e exploração de forma racionaldas espécies nativas.Para o estudo da germinação e necessário se conhecer a curva de embebição das espécies escolhidas, ouseja, a quantidade de água absorvida pela semente em determinado espaço de tempo.O Tarumã (vitex cymosa) é uma espécie arbórea da família verbenaceae que atinge 10 a 20 metros dealtura, dotada de copa globosa e muito frondosa. Fruto drupa globosa, de cor vermelha ou roxa contendouma única semente. Madeira moderadamente pesada, macia, de textura media, medianamente resistentee bastante durável. Os frutos são comestíveis e muito procurado por animais aves e peixes. Ocorre naregião amazônica e Brasil central até São Paulo e mato grosso do sul, em matas ciliares(LORENZI 1998)Desse modo o objetivo desse trabalho foi determinar a curva de embebição do Tarumã (vitex cymosa)para futuros testes de germinação.

MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi desenvolvido no laboratório da UNIOESTE-EXTENSÃO SANTA HELENA, em câmara de germinação a 25oc, + ou - 2oc.As sementes foram coletadas manualmente pelos funcionários do viveiro de mudas do REFÚGIOBIOLÓGICO DE SANTA HELENA, em árvores de diferentes localidades do município.Foram utilizadas quatro repetições com vinte sementes cada, para cada um dos três tratamentos, sendoesses:• T1-H2O• T2-Escarificação manual com lixa 80, sendo esta feita no lado oposto ao embrião e até romper o

tegumento e atingir o endosperma.• T3-agua à 80oc por dez minutos.As sementes foram colocadas em beckers com água a temperatura de 25oc e colocadas na câmara degerminação. A cada duas horas as sementes foram secas com papel toalha e pesadas em balança analítica.Os dados foram colocados em um gráfico e em seguida analisados.

RESULTADOS: Para o tarumã (vitex cymosa) através da analise dos dados, observa-se que essaespécie, pouco absorveu água, pois após 107 horas para o tratamento água houve um acréscimo deapenas 0,5724 g. Para os outros tratamentos essa variação foi muito pequena, após 90 horas as sementespararam de absorver água.

CONCLUSÃO: Desta forma conclui-se que o tarumã (vitex cymosa) nas condições que foram conduzidasesse experimento, absorve pouquíssima água, não havendo diferença visível entre os tratamentos realizados.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.LORENZI, H. Árvores brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas dobrasil,vol.2.Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2a ed.2002.

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CAPRI,S.M.F; et.al. Condicionamento osmótico de sementes de cedrela fissilis Vell. Revista Brasileirade sementes, Brasilia, v.18, n.1.

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EFEITO DE ÁCIDO INDOL-BUTÍRICO E CO-FATORES NO ENRAIZAMENTO DEESTACAS DE Poncirus trifoliata (L) Raf. var.monstrosa, FLYING DRAGON

Waldir Zucareli1, Michele Fernanda Bortolini1, Andréa Maria Teixeira Fortes2

1 Acadêmicos de Ciências Biológicas da UNIOESTE2 Prof. Assistente do CCBS – UNIOESTE, Campus Cascavel - PR – [email protected]

INTRODUÇÃO: A propagação dos citros através da enxertia é o método mais utilizado pelos produtores.Embora a interação entre o enxerto e o porta-enxerto cause pequenas alterações no clone, ela atende àsnecessidades da cultura, dando vigor à planta, adaptação, resistência à pragas e doenças e ganhoscomerciais. Um dos graves problemas que os produtores enfrentam é o declínio dos citros, o qual poderáser prevenido com o enraizamento de estacas de porta-enxertos menos sensíveis à doença e que sãodifíceis de serem multiplicados por sementes (Ferri, 1997).Dos vários porta-enxertos que vem sendo estudados, destaca-se o Poncirus trifoliata (L) Raf. var.monstrosa, conhecido com Flying Dragon, que apresenta maior produtividade das plantas enxertadas emaior rusticidade dos tecidos, o que leva à menor possibilidade de infecção das copas.Apesar das limitações existentes para a utilização do ‘Trifoliata’ como porta-enxerto, algumas característicasimportantes, induzidas por ele à copa devem ser observadas. O ‘Trifoliata’ constitui porta-enxertoananizante, favorecendo o plantio adensado, com produtividade bastante elevada. As plantas são resistentesa gomose e seus frutos apresentam excelente qualidade (Pio, 1993).A propagação de porta-enxerto de citros por estaquia é pouco estudada. Porém, esse estudo se faznecessário para maior produção de porta-enxertos resistentes, em menor espaço de tempo do que osproduzidos por sementes.Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do ácido indol-butírico e co-fatores noenraizamento de estacas de Poncirus trifoliata (L) Raf. var. monstrosa, Flying Dragon.

MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho foi realizado em câmara de nebulização, doDepartamento de Botânica, do Instituto de Biociências, Campus de Botucatu da Universidade EstadualPaulista – UNESP, sendo a mesma provida de temperatura controlada em 25° Χ ε χοµ σιστεµα δενεβυλιζαο ιντερµιτεντε δο τιπο φογ .As estacas foram coletadas de mudas em viveiro com aproximadamente nove meses de idade, pertencentesà Companhia Agrícola de Botucatu. Estas foram preparadas com aproximadamente 15 cm de comprimentoe 4 gemas, com duas folhas na extremidade apical. Foi realizado tratamento fitossanitário prévio comBenlate 500 (0,1g.L-1) + captan (0,1 g.L-1) . Fora utilizado ácido indol-butírico (IBA) a 5000 mg.L-1,uniconazole a 2000 mg.L-1 e ácido caféico a 2000 mg.L-1.Da combinação dos produtos resultaram os seguintes tratamentos: H2O, IBA talco 5000mg.L-1, IBAsolução 5000 mg.L-1, uniconazole 2000 mg.L-1, IBA talco 5000 mg.L-1 + uniconazole 2000 mg.L-1, IBAsolução 5000 mg.L-1 + uniconazole 2000 mg.L-1, IBA solução 5000 mg.L-1 + ácido caféico 2000 mg.L-

1, ácido caféico 2000 mg.L-1, IBA solução 5000 mg.L-1 + uniconazole 2000 mg.L-1 + ácido caféico 2000mg.L-1.Os tratamentos foram por imersão rápida da base das estacas (10segundos) e em seguida plantadas embandejas de enraizamento contendo casca de arroz carbonizada como substrato.A avaliação dos tratamentos foi realizada 90 dias após a instalação do experimento, através da coleta dosseguintes dados: número de estacas enraizadas, número de estacas mortas, número de estacas com calo,número de estacas vivas, número médio de raízes por estacas e comprimento da maior raiz.Os resultados experimentais foram submetidos à análise de variância e as médias, comparadas pelo testeDuncan ao nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na Tabela 1, observa-se que o tratamento IBA talco 5000 mg.L-1 +uniconazole 2000 mg.L-1 apresentou a melhor porcentagem de enraizamento (69,25%), porém esse

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tratamento não apresentou diferença significativa em relação aos outros tratamentos que continham IBA,indiferente do meio de aplicação (talco ou solução). De todos os tratamentos, o que apresentou menorporcentagem de enraizamento foi a testemunha (H2O), que diferiu de todos os outros tratamentos.Dos co-fatores empregados, o uso do retardante de crescimento, no caso o inibidor da síntese de giberelina,uniconazole, aumentou a porcentagem de enraizamento, concordando com Hartmann et al. (1997) quesugere que o emprego desses co-fatores, juntamente com a auxina, melhoraria a capacidade deenraizamento das estacas de algumas espécies.Já o uso de ácido caféico, um composto fenólico, tanto em conjunto com a auxina como isoladamente,não foi tão efetivo como o uso de uniconazole, porém não se pode dizer que não foi um bom resultadopois a porcentagem de enraizamento no tratamento com IBA +uniconazole + ácido caféico foi boa e nãodiferiu estatisticamente do tratamento IBA + uniconazole.O aparecimento de estacas com calo, variou muito entre os tratamentos, porém observa-se que houvebaixa porcentagem de estacas com calo.Em relação a porcentagem de estacas mortas, pode-se observar que não houve diferença entre ostratamentos e que a porcentagem foi muito baixa (1,19%).Para número médio de raízes por estacas, observa-se que o número aumentou no tratamento com IBAtalco+ uniconazole, que foi o tratamento com maior porcentagem de estacas enraizadas, porém esse valorsó diferiu estatisticamente da testemunha. Para comprimento da maior raiz não houve diferença significativaentre os tratamentos.

CONCLUSÃO: Através dos resultados obtidos, foi possível concluir que para estacas de ponteiroscoletadas de mudas de Poncirus trifoliata (L.) Raf. var. monstrosa, Flying Dragon, o melhor tratamentoé a auxina sintética (IBA), mais um retardante de crescimento (uniconazole). Entretanto, os resultadosmostram que há necessidade de novos estudos sobre o enraizamento dessa espécie, principalmente emrelação aos co-fatores estudados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERRI, C.P. Enraizamento de estacas de citrus. Revista Brasileira Fruticultura, Cruz das Almas,v.19, n.1, p.113-21, 1997.PIO, R.M. A utilização do trifoliata na citricultura. Laranja: Cordeirópolis, v.14, n.2, p.581-610, 1993.

TABELA 1- Porcentagem de enraizamento (PE), porcentagem de estacas com calo(PC), porcentagem de estacas mortas (PM), porcentagem de estacas vivas sem raizou calo (PV), número médio de raízes por estacas (NR) e comprimento da maior raiz(cm) (CR) em estacas de Flying Dragon. Botucatu, SP, 2000.

Tratamentos PE PC PM PV NR CRH2O 5,95 d 19,04 ab 1,19 a 73,80 ab 1,66 b 2,36 aIBA talco 41,66 abcd 3,57 bc 1,19 a 53,57 abc 3,61 ab 5,41 aIBA solução 67,85 ab 4,76 bc 1,19 a 26,19 bc 4,22 ab 6,07 aUniconazole 17,85 cd 5,95 abc 1,19 a 75,00 ab 2,32 ab 3,23 aIBA talco + uniconazole 69,25 a 8,33 abc 1,19 a 21,42 c 7,02 a 4,82 aIBA sol. + uniconazole 38,09 abcd 5,95 abc 1,19 a 54,76 abc 4,43 ab 3,55 aIBA sol. + ác. Caféico 19,04 bcd 0,00 c 1,19 a 80,95 a 3,63 ab 7,09 aác. Caféico 17,85 cd 3,57 bc 0,00 a 77,38 a 2,00 ab 4,40 aIBAsol.+uni+ác.Caféico 48,81 abc 25,00 a 1,19 a 25,00 c 3,85 ab 4,56 aCV (%) 52,39 77,26 127,01 35,91 43,83 45,87•As médias nas colunas seguidas de mesma letra, não diferem entre si à nível de 5% de probabilidade.

• CV (%) = coeficiente de variação

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GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Poncirus trifoliata L. RAF., FLYNG DRAGON.

Michele Fernanda Bortolini 1, Andréa Maria Teixeira Fortes 21 Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas – UNIOESTE

2 Professora Assistente CCBS – UNIOESTE – [email protected]

INTRODUÇÃO: A citricultura ocupa hoje importante posição na agricultura brasileira, sendo essa posiçãode destaque alcança pela grande aceitação dos citros na alimentação humana, principalmente sob asformas de frutas frescas e de suco.O uso de tecnologia atualizada no planejamento dos pomares cítricos é de grande importância, uma vezque as plantas só iniciam a produção após alguns anos do plantio. Sendo assim, para a produção comercialde mudas cítricas, é de grande importância a porcentagem, o tempo e a velocidade de germinação dessassementes, isto porque, os porta-enxertos cítricos são normalmente propagados por meio de sementes(Coombe & Tolley, 1983).Platt & Optiz (1974), reportam que a germinação de sementes de porta-enxerto cítricos ocorremlentamente, levando um período de mais ou menos sessenta dias, o que faz com que o tamanho dasplantas na sementeira, seja bastante desuniforme, sendo tal fato indesejável, porque acarreta num descartede até 50% das plântulas.Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos de fitorreguladores (giberelinas ecitocininas), nitrato de potássio (KNO3) e a retirada do tegumento, na germinação de sementes de FlyngDragon (Poncirus trifoliata L. Raf.).

MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Sementes doDepartamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP, Campus deBotucatu. Foi utilizado germinador do tipo FANEN modelo 347-G com temperatura dentro do germinadormantida constante a 25°C (Usberti & Felipe, 1980) e luz branca constante.As sementes foram colocadas nas soluções com os devidos tratamentos onde permaneceram por 24horas com aeração.O tratamento de sementes sem tegumento foi realizado no dia da semeadura quando as sementes foramextraídas dos frutos e em seguida foi retirada o tegumento manualmente de cada semente.Foram realizados os seguintes tratamentos: T1 - Testemunha, correspondente à imersão em água,T2 -Pro-Gibb 50 mg.L-1, T3 - Pro-Gibb 250 mg.L-1, T4 - Promalin 50 mg.L-1, T5 - Promalin 250 mg.L-1 , T6- Acell 50 mg.L-1, T7 - Acell 250 mg.L-1, T8 - KNO3 0,1%, T9 - KNO3 0,2%, T10 - sementes semtegumento.Logo após as sementes receberam tratamento químico com fungicida TECTO 600 (Thiabendazole) à40g/100Kg de sementes, com a finalidade de prevenir a contaminação por patógenoComo meio para germinação, empregou-se rolo de papel umedecido em água destilada. Posteriormentecolocaram-se as sementes em cada rolo, sendo que estes foram dispostos com 2 folhas em baixo e 1 folhaem cima das sementes. Os rolos foram colocados dentro de sacos plásticos e eram umedecidos conformea necessidade.O delineamento experimental empregado foi o inteiramente casualizado, com 10 tratamentos e 4 repetições,com 50 sementes por parcela.A contagem da germinação teve inicio no 10° dia após a semeadura, seguindo-se leituras a cada 5 dias,até o 40° dia, considerando-se como semente germinada aquela que apresentasse radícula comaproximadamente 2 mm de comprimento (Hadas, 1976).Os dados obtidos para porcentagem de germinação foram submetidos à análise de variância (teste F),utilizando-se a transformação arco seno da raiz quadrada da porcentagem, sendo as médias comparadaspelo teste de Tukey a 1% de probabilidade (Pimentel-Gomes, 1990). Além disso, foram realizadasobservações quanto ao tempo médio de germinação (t) e á velocidade média de germinação (v), calculadosda seguinte maneira, segundo Labouriau (1983): t = Σ ni . ti (dias) v = 1/t (sementes/dia)

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Σ n totalonde : t = tempo médio de germinação (dias) ni = numero de sementes germinadas num intervalo de tempo ti = intervalo de tempo n total = numero total de sementes germinadas v = velocidade média de germinação

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observando a Tabela 1, pode verificar-se que houve efeito significativodos tratamentos sobre a germinação de sementes, sendo que, em relação a tempo médio de germinaçãoe velocidade média de germinação houve diferença significativa apenas entre a testemunha e o tratamentode retirada do tegumento, diferentemente do resultado alcançado por Ramos et al (1991), que não descreveuefeito da retirada do tegumento para nenhum dos porta-enxertos utilizados, entre eles o Flyng Dragon.

CONCLUSÃO: O tratamento de retirada do tegumento apresentou a melhor porcentagem de germinação(100%) o menor tempo de germinação (13,65 dias) e a maior velocidade de germinação (0,073 sementes/dia),sendo, dessa forma considerado, nas condições em que foi conduzido o experimento, o melhortratamento para germinação de sementes de Flyng Dragon.

Tabela 1 - Porcentagem, tempo médio e velocidade de germinação de sementes de Flyng Dragon (Poncirustrifoliata L. Raf.) submetidas a diferentes tratamentos.

Tratamentos Porcentagem Tempo médio (dias) Velocidade (sementes/dia)Testemunha 4.00 e 33.12 a 0.030 bPro-Gibb 50 mg.L-1 12.00 cde 19.61 ab 0.050 abPro-Gibb 250 mg.L-1 18.50 cd 23.68 ab 0.042 abPromalin 50 mg.L-1 67.00 b 29.29 ab 0.034 abPromalin 250 mg.L-1 78.00 b 26.92 ab 0.037 abAcell 50 mg.L-1 21.50 c 22.78 ab 0.043 abAcell 250 mg.L-1 15.50 cd 21.10 ab 0.047 abKNO3 0,1% 9.00 de 21.64 ab 0.046 abKNO3 0,2% 10.50 cde 23.07 ab 0.043 abSem tegumento 100.00 a 13.65 b 0.073 aCV 10.81 33.37 39.79Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste Tukey, ao nível de 1% de probabilidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:COOMBE, B.G., TOLLEY, J.S. Investigation of germination and bending in sweet orange seed.Proceedings of the International Plant Propagator’s Society, v.33, p.145-152, 1983.HADAS, A. Water uptake and geermination of leguminous seeds under changing external water potentialin osmotic solution. Journal Experimental of Botany, v.27, p.480-489, 1976.LABOURIAU, L.G. A germinação de sementes. Washington: Organização dos Estados Americanos,1983. 174p.PLATT, R.G., OPTIZ, K.M. Propagation of citus. In: REUTHER, W., BATCHELOR, L.D.,WEBBER,H.J. (Ed.) The citrus industry. Berkeley: University of California, 1974. V.3, p.1-47.PIMENTEL-GOMES, F. Curso de estatística experimental. São Paulo, 1990. 468p.RAMOS, J.D., CARVALHO, S.A., PASQUAL, M. Efeito da extração do tegumento na expressãopoliembrionica de sementes de dois porta-enxertos cítricos. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruzdas Almas, v.13, n.1, p.161-166, out. 1991.USBERTI,R., FELIPE, G.M. Viabilidade de sementes de Citrus limonia Osb. Com baixo teor deumidade, armazenada em diferentes temperaturas. Pesq. Agropecuária Brasileira, Brasília, v.15, n.4,p.393-397, 1980.

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EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE AVEIA PRETA (Avena strigosa SCHREB), SOBREA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE SOJA (Glycine max L.MERRILL)

Michele Fernanda Bortolini1, Andréa Maria Teixeira Fortes2

1-Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas2- Prof. Doutora do CCBS

UNIOESTE- CCBS- Centro de Ciências Biológicas e da Saú[email protected]

INTRODUÇÃO: O plantio direto é uma importante alternativa tecnológica para a agricultura, pois reduzos custos de produção, além de melhorar a fertilidade do solo, proteger o solo e a água contra erosão econtrolar invasoras. Dentre as alternativas de culturas de coberturas do solo no inverno, verifica-se apreferência pela aveia preta (Avena strigosa) devido ao bom desenvolvimento do sistema radicular, quemelhora as condições físicas do solo, e ao controle de doenças e invasoras proporcionado por essaespécie, devido ao efeito alelopático desta (SCHUCH ; NEBEL; ASSIS, 2000).A interferência de uma planta sobre outra pode se dar pela liberação de uma variedade de metabólicosprimários e secundários no ambiente a partir das folhas, raízes e matéria orgânica. A investigação destescompostos sobre as plantas constitui-se o estudo da alelopatia (TAIZ; ZEIGER, 1998).Estudos já realizados com aveia, relataram o potencial alelopático do exudados radiculares de suas plântulasao inibirem o crescimento vegetal de plantas infestantes (FAY; DUKE, 1977 apud JACOBI; FLECK2000). Motivo pelo qual grande parte dos agricultores utiliza-se do plantio de aveia antes do plantio deoutras culturas, como a soja, para evitar o crescimento de daninhas.Desta forma o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do extrato aquoso de aveia preta (avenastrigosa Schreb), sobre a germinação de sementes de soja (glycine max L.Merrill).

MATERIAL E METODOS: Para a germinação das sementes foram utilizados rolos de papel filtro(Germitex), estes foram acondicionados em sacos plásticos, e colocados para germinar em BOD àtemperatura de 25°C, sob fotoperíodo de 12hs de escuro e 12hs de luz.Extrato aquoso de aveia preta foi utilizado como umidificante do papel, onde posteriormente as sementesde soja foram adicionadas para germinar. As porções aéreas de aveia preta (Avena strigosa), comaproximadamente 75 dias, foram trituradas com água destilada em liquidificador, resultando em umasolução de 20%. Como controle foi utilizado papel filtro embebido em água destilada. O experimento foiacompanhado por 8 dias.Como tratamento fitosanitario prévio as sementes passaram por tratamento de Hipoclorito de sódio 20%,por 5 min e por 10min.Foram realizados os seguintes tratamentos:T1- sementes de soja tratadas por 5min /em água destilada,T2- sementes de soja tratadas por 10min / em água destilada, T3- sementes de soja tratadas por 5min /em extratos aquosos de aveia preta, T4- sementes de soja tratadas por 10min / em extratos aquosos deaveia preta.A avaliação do experimento foi através da contagem diária das sementes germinadas. Foram consideradassementes germinadas as que apresentaram radícula igual ou maior de 2mm. O delineamento experimentalfoi inteiramente casualizado, com repetições, sendo cada uma destas com 50 sementes para os 4 tratamentos.Os dados obtidos para porcentagem de germinação de sementes foram submetidos à análise de variância(teste F), utilizando-se a transformação arco seno da raiz quadrada da porcentagem, sendo as médiascomparadas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade (PIMENTEL-GOMES, 1990). Além disso,foram realizadas observações quanto ao tempo médio de germinação (t) e à velocidade média de germinação(v), calculados da seguinte maneira, segundo LABOURIAU (1983):T= Σ ni.ti (dias) v= 1/t (sementes/dia) Σtotal

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onde: t= tempo médio de germinação, ni = número de sementes germinadas num intervalo de tempo, ti=

intervalo de tempo, n total = número total de sementes germinadas, v= velocidade média de germinação

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através da analise dos dados da Tabela 1, foi possível observar quenão houve diferença significativa em relação à porcentagem de sementes germinadas para os diferentestratamentos realizados neste experimento. A porcentagem de germinação manteve-se entre 91 a 88%.Houve influência negativa sobre o tempo médio de germinação, visto que as sementes de soja com otratamento controle, germinaram em menor tempo do que as tratadas com extrato de aveia, mostrandoassim, efeito do extrato de aveia sobre a germinação de sementes de soja. Conseqüentemente para oparâmetro velocidade de germinação também se notou uma diferença significativa entre os tratamentos,tendo as sementes tratadas com extrato de aveia uma velocidade menor de germinação que as sementestratadas com controle

CONCLUSÃO: Nas condições em que foi conduzido este experimento, pode-se notarinterferência negativa do extrato de aveia sobre o tempo e velocidade média de germinação das sementesde soja. Podendo, esse efeito interferir na homogeneidade das mudas e conseqüentemente na formaçãoda cultura no campo. Interferência que não foi constatada na analise de porcentagem de germinação dassementes de soja.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: JACOBI U.S.; FLECK. N.G. Avaliação do potencial alelopático de genótipos de aveia no início dociclo.Pesq. Agropec. Bras. v.35, n.1, 2000.SCHUCH. L.O.B.; NEBEL J. L.; ASSIS F.N.Vigor de sementes de populações de aveia preta: II.

Desempenho e utilização de nitrogênio.Sci. Agric. v.57 n.1, 2000.LABOURUAU, L.G. A germinação de sementes. Washington: Organização dos Estados Americanos,1983. 174p.PIMENTEL-GOMES, F. Curso de estatística experimental. São Paulo, 1990. 468p.TAIZ, L.; ZEIGER, E. Plant defenses; surface protection and secondary metabolites. PlantPhysiology.Sunderland;Sinauer. Pp.347-375, 1998.

TABELA 1. Porcentagem, tempo médio e velocidade de germinação de sementes de soja (Glycine MaxL. Merrill) submetidas a diferentes tratamentos.

Tratamentos Porcentagem Tempo médio Velocidade(dias) (sementes/dias)

5 min em H2O 89,5 a 2,122 b 1,888 a10 min em H2O 91,0 a 2,093 b 1,920 a5 min em extrato de aveia 88,5 a 3,296 a 1,219 b10 min em extrato de aveia 88,0 a 3,192 a 1,254 bCV 9,02 6,70 6,82Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente entre si , ao nível de 1% deprobabilidade

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OCORRÊNCIA DE GRIMMIA APOCARPA HEDW1.

Marilda Lopes Cruz2, Norma Catarina Bueno3

[email protected]

INTRODUÇÃO: Compõem esta divisão plantas herbáceas pequenas, sem tecidos condutoresdiferenciados e com hábito primariamente terrestre. A alternância de gerações é obrigatória, porém,casos de apogamia ou de aposporia não são raros entre os representantes deste grupo (JOLY, 1998).Sãoplantas criptogâmicas avasculares, isto é, têm órgãos reprodutores não evidentes e não apresentam sistemacondutor organizado em floema e xilema. Sua propagação e disseminação podem ser feitas por esporos,por partículas unicelulares de material vivo, pela fragmentação de plantas em partes menores capazes deproduzir novas plantas, e/ou por propágulos (ou gemas) cujo tamanho pode variar de poucas a muitascélulas (LISBOA, 1993).Apresentam cores variadas, com diferentes tonalidades de verde. Algumas plantassão amareladas ou até mesmo esbranquiçadas, outras, avermelhadas, marrons ou quase pretas (LISBOA,1993). Os musgos de turfeiras podem ser paleáceos, róseos e vinosos (YANO, 1989b).O presente trabalho tem com objetivos, realizar um levantamento das espécies de briófitas e analisar suadistribuição geográfica.

METODOLOGIA: Foram coletadas (41) amostras no período de outubro de 1998 a outubro de 2000em diversos pontos da Ilha do Mel e da Formação Vila Velha (Ponta Grossa)/PR. Os exemplares foramcoletados manualmente e encontram-se depositados no Herbário HUNOP. Para a identificação, observou–se as características morfológicas dos espécimes bem como consultas literatura especializada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:Um dos resultados encontrados foi a Grimmia apocarpa Hedw.que possui gametófitos de tamanho mediano, até 1 cm, geralmente formam tapetes, de verde- escuras apardo- douradas. Caulídio ereto a aparentemente patentes. Filídios ovalados- lanceolados, ápices agudosa largo acuminados; margens planas a recurvadas sobre um ou ambos os lados, costa simples; célulasbasais subretangulares e células medianas arredondadas. Cresce quase que exclusivamente sobre rochas,geralmente em sítios expostos de zonas elevadas. Encontrado anteriormente nos países: Colômbia e Bolívia.Constitui primeira citação para o Brasil.

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Grimmia apocarpa- a) aspecto geral, b) filídio, c) ápice do filídio, d) células da nervura, e) células dabase e f) células da borda.

CONCLUSÃO: Com trabalhos como este a gama de espécies de briófitas para o Brasil tem seexpandido, sendo esta divisão uma das menos estudadas no Brasil.

REFERÊNCIAS :JOLY,A. B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 12ª ed. São Paulo: Comphania EditoraNacional, p.108, 1998.

LISBOA, R.C.L. Musgos e Hepáticas. Ciência Hoje. Rio de Janeiro, v.16, n.91, p. 14-19, 1993.

YANO, O. Briófitas. In: Secretaria do Meio Ambiente. Instituto de Botânica, Técnicas de coleta,preservação e herborização de material botânico. São Paulo, p.28-30, 1989b

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OCORRÊNCIA DE DONNELLIA COMMUTATA (C. MUELL) BUCK. PARA REGIÃO DEPONTA GROSSA (VILA VELHA) E ILHA DO MEL, PR.1

Marilda Lopes Cruz2, Norma Catarina Bueno3

[email protected]

INTRODUÇÃO: O grupo Bryophyta inclui as mais primitivas plantas terrestres, apresentam alternânciade geração definida onde o esporófito está fixo ao gametófito e dele depende para sua nutrição(SMITH,1955). Atualmente compreende três Classes: Anthoceratae, Hepaticae e Musci, esta última possui maiornúmero de gêneros e espécies e por isso é a mais representativa. A maioria das briófitas cresce emambientes úmidos e sombreados, adaptam–se muito bem em ambientes modificados pelo homem(BASTOS& NUNES, 1996). Evolutivamente, podem ter–se originado das algas Chlorophyceae, atravésprincipalmente de modificações do hábito aquático para o terrestre. O presente trabalho tem com objetivos,realizar um levantamento das espécies de briófitas para a região de Vila Velha e Ilha do Mel, PR e ampliaro conhecimento da distribuição geográfica das espécies.

METODOLOGIA: Foram coletadas (41) amostras no período de outubro de 1998 a outubro de 2000em diversos pontos da Formação Vila Velha e Ilha do Mel/ PR. Os exemplares foram coletados manualmentee encontram-se depositados no Herbário HUNOP. Para a identificação, observou-se as característicasmorfológicas dos espécimes bem como consultas literatura especializada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Donnellia commutata (C. Muell) Buck possui gametófitoss pequenos,verde-brilhante a amarelo, em tufos ralos. Filídios lanceolados com costa percurrente e ápice acuminado;filídio com a base acuminada e inflexa; células romboidais. Margem inteira. Cápsula ereta-cilíndrica ecaliptra cônica e indivisa. Apresenta pequena distribuição geográfica: Espírito Santo e São Paulo. Epífitade árvores ou sobre madeira em decomposição, desde bosque de terras quentes a bosques subandinos.Constitui primeira citação para o Paraná.

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Donnellia commutata - a) aspecto geral; b) filídio; c) cápsula com caliptra; d) cápsula comdentes peristomiais; e) células da borda; f)células medianas

CONCLUSÃO: Este trabalho foi realizado para que mais espécies de briófitas sejam descobertas paraaumentar o leque de variedades encontradas no estado do Paraná.

REFERÊNCIAS:BASTOS, C.J.;NUNES, J.M.C. Guia para Identificação de Material Botânico: I Manual práticopara estudo de BRYOPHYTA. Salvador: UNEB, p. 65, 1996.

SMITH, G.M. Botânica Criptogâmica. 4ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulberkian, v.2. p.386,1955.

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AUMENTO DE BIOMASSA DE Salvinia molesta E Pistia stratiotes ADUBADAS COMEFLUENTE DE BIODIGESTOR DE SUINOCULTURA

Francielly Cunha1, Adilsol Reidel2, Aldi Feiden3, Arcângelo Augusto Signor4

1 Acadêmica de Ciências Biológicas –Unipar/Toledo/PR. E-mail: [email protected] Engo de Pesca – Mestrando em Engenharia Agrícola - Unioeste/Campus Cascavel /PR

3Engo Agro Dr. em Ciências Ambientais, Docente da Unioeste/Campus Toledo/PR4 Acadêmico de Engenharia de Pesca –Unioeste/Campus Toledo/PR

INTRODUÇÃO As macrófitas aquáticas exercem um importante papel na remoção de substânciasdissolvidas assimilando e incorporando a sua biomassa. A remoção de poluentes pelas plantas aquáticasé possível devido às características físicas do seu sistema radicular que funciona como um filtro biológicopor apresentar uma grande concentração de raízes longas e finas (DENÍCULI et al., 2000). O sucesso dotratamento empregando macrófitas vai além do baixo custo e reduzidos gastos energéticos, estas tambémpossibilitam a reciclagem da biomassa produzida, não sendo desperdiçada nos esgotos, assim comoalternativa no tratamento de efluentes para evitar efeitos das substâncias tóxicas lançadas ao meio ambiente(POMPÊO, 2003). Macrófitas como Pistia stratiotes e Salvinia molesta apresentam grande diversidadebiológica, consistindo em folhas aéreas que flutuam na superfície da água durante toda sua vida exceto nosestágios iniciais de seu desenvolvimento os quais mais tarde promovem formação de raízes adventíciasmuito desenvolvidas adaptadas para a fixação de nutrientes (WETZEL,1981).O presente trabalho objetivaavaliar a produção de biomassa de duas espécies de macrófitas aquáticas flutuantes Salvinia molesta ePistia stratiotes tratadas com efluente de biodigestor de suinocultura.

MATERIAIS E MÉTODOS O trabalho foi conduzido em tanques experimentais com capacidade de310 litros de volume total, instalados em uma semi-estufa pertencente ao laboratório de aqüicultura daUniversidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Toledo, durante um período de 30 dias. Ostratamentos utilizados foram –T1 Pistia stratiotes e T2 Salvinia molesta, em um experimento em bloco,com cinco repetições, onde cada unidade experimental constituía-se por duas plantas. Utilizou-se 8 litrosde efluente de biodigestor de suinocultura, como fertilizante para os mesmos. Os parâmetros físico-químicoavaliados foram, a temperatura diariamente, nos períodos de manhã e tarde e semanalmente pH, oxigêniodissolvido (mg.L-1), e condutividade elétrica (µS.cm-1). Ao final do experimento as plantas foram retiradase avaliadas quanto ao incremento de biomassa, através de uma balança mecânica de bandeja, com precisãode 10g.

RESULTADOS E DISCUSSÃO A maior produção de biomassa foi apresentada pela S. molesta,(Tabela1) 1,96g/dia enquanto que a P. stratiotes apresentou uma produção de 1,41g/dia, mas esta produçãonem se compara a da E. crassipes, que segundo Pedralli (1996) pode produzir acima de 41g/dia debiomassa a uma temperatura média de 27º.

Tabela 1: Aumento de biomassa das duas espécies tratadas com efluente de biodigestor de suinocultura.Tratamento Peso médio inicial(g) Peso médio final(g) BiomassaT1 -Pistia stratiotes 7,17±0,11 49,42±11,51 42,25±10,36T2 -Salvinia molesta 9,58±02,26 68,35±22,95 58,77±23,03

Enquanto que para os parâmetros físico-químicos os valores apresentados são os seguintes: paratemperatura 17,72 ±2,57 ºC; oxigênio dissolvido 5,97±1,63 mg.L-1; pH 8,21±0,38; condutividade elétrica

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327,79±83,07 µS.cm-1. Um dos motivos da produção de biomassa ser baixa esta relacionada a temperaturamédia que se manteve bastante baixa para o desenvolvimento da espécie.

CONCLUSÃO Conclui-se então que a espécie Salvinia molesta obteve melhores resultados quantoao incremento em biomassa ao contrário da espécie Pistia estratiotes que obteve resultados menoresquanto ao incremento em biomassa e menor desvio padrão.

BIBLIOGRAFIADENICULLI, W.; OLIVEIRA, R.A.; ITABORAHY, C.R.; CECON, P.R. Uso de aguapés na redução

de sólidos totais de águas residuárias da suinocultura. Engenharia na Agricultura, Viçosa, v.8, n.1,p.38-53. 2000.

PEDRALLI, G. Aguapé: biologia, manejo e uso sustentado. Estudos de Biologia, v.4, n.40, p. 33-53.1996.

POMPÊO, M. L. M. Hidroponia e as macrófitas aquáticas. Disponível em:<http://sites.uol.com.br/vivimarc/hidroponia.htm> Acesso em: 21 fev. 2003.

WETZEL, R. G. Limnologia. Ediciones Omega, S.A., Barcelona, 1981.

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ESTUDO PRELIMINAR DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DO LAGOMUNICIPAL DE CASCAVEL, MUNICÍPIO DE CASCAVEL, ESTADO DO PARANÁ

BRASIL: HETEROKONTOPHYTA, BACILLARIOPHYCEAE

Bartolomeu Tavares, Elaine Cristina Rodrigues, Angélica Cristina Righetti. Universidade Estadual doOeste do Paraná. E-mail:[email protected]

INTRODUÇÃO: As diatomáceas são organismos unicelulares ou coloniais, sendo importantescomponentes do fitoplâncton e responsáveis por substancial parcela da produção primária dos ambientesaquáticos (COLLINS & KALINSKY, 1997).O atual trabalho faz parte do conhecimento da diatomoflórula do Oeste e Sudoeste do Paraná, existe atéo momento apenas duas publicações relativa a esta flora: METZELTIN & LANGE-BERTALOT (1998)com 95 táxons identificados para a região das Cataratas do Iguaçu e Quedas do Iguaçu e TAVARES &VALENTE-MOREIRA (2000) publicaram o estudo de 51 táxons para o Lago de Cascavel, municípiode Cascavel. Com o objetivo de analisar taxonomicamente e avaliar a riqueza da diatomoflórula da região,fornecendo subsídios para posteriores estudos limnológicos.

MATERIAIS E MÉTODOS: A metodologia seguiu aquela descrita por TAVARES & VALENTE-MOREIRA (2000)

RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Tabela 1: Coleta realizada no período de janeiro/2002 a maio/2002 na região litorânea do Lago Municipal deCascavel.Família Gênero EspécieAchnanthaceae Achnantes A. daonensis

A. aff. LaevisStephanodiscaceae Cyclotella C. meneghiniana Kützing

C. aff. praetermissa LundC. pseudostelligera HustedtC. stelligera Cleve & Grunow

Cybellaceae C. aff.microcephala GrunowC. muellerii HustedtC. naviculiformis Auerswlad

Eunoticeae Eunotia E. camelus EhrenbergE.incisa GregoryE. intermédia Nöpel & Lange-BertalotE. aff. falcifera EhrenbergE. aff. lenis EhrenbergE.aff. luna EhrenbergE. minor GrunowE. monodon EhrenbergE. muelleri HustedtE. pyramidata HustedtE. serra EhrenbergE. sudetica O. Müller

Amphipleuraceae Frustulia F. rhoboides De JoniFrustulia sp 1

Gomphonemataceae Gomphonema G. aff. demerarae FrenguelliG. gracile EhrenbergG. hercullana Ehrenberg

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G. mexicanum GrunowG. parvulum KützingG. aff. subtile EhrenbergGomphonema sp 1

Diadesmidaceae Luticula L. acidoclinata Lange-BertalotL. mutica KützingL. muticoides HustedtL. saxophila W. Rock ex Hustedt

Naviculaceae Navícula N. cryptotenela Lange-BertalotN. minusculoides HustedtN. perminuta GrunowNavícula sp 1Navícula sp 2

Pinnulariaceae Pinnularia P. brandelii Cleve.P. cleveiformis KramerP. divergetissima CleveP. gilba EhrenbergP.aff. macilenta CleveP. aff. nodosa EhrenbergP. rupestris HantzschPinnularia sp 1Pinnularia sp 2Pinnularia sp 3Pinnularia sp 4P. streptoraphe CleveP. subcommutata KrammerP. subrupestris Krammer

Entomoneidaceae Surirella S. linearis SmithSurirella sp 1Surirella sp 2Surirella sp 3Surirella sp 4Surirella sp 5S. splendida Kützing

CONCLUSÃO: O estudo das diatomáceas (Heterokontophyta, Bacillariophyceae) do lago de Cascavel,permitiu a seguinte constatação: foram identificadas 60 espécies, sendo 45 a nível específico e 15 a nívelgenêrico, baseadas em 7 amostras observadas; os gêneros que melhor contribuíram para o levantamentoforam: Eunotia com 25% e Pinnularia com 23%

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:COLLINS, G. B.; KALINSKY, R. G.Studies on Ohio diatoms, 1: diatoms of the Scioto River basin.Bulletin of the Ohio Biological Survey, 5(3): 1-74. 1997.METZELTIN, D.; LANGE-BERTALOT, H. Tropical diatoms of the South America. IcnografiaDiatomologica 5: 1-695.1998.TAVARES, B.: VALENTE-MOREIRA, I. M. Diatomoflórula do lago de Cascavel, município de Cascavel,estado do Paraná, Brasil. Hoehnea 27(1): 1-24. 2000.

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THALASSIOSIROPHYCIDAE, COSCINODISCOPHYCIDAE E FRAGILARIOPHYCIDAE(HETEROKONTOPHYTA, BACILLARIOPHYCEAE) DA LAGOA POÇO PRETO,

PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU, ESTADO DOPARANÁ, BRASIL: LEVANTAMENTO TAXONÔMICO.

Bartolomeu Tavares, Eloési Machado dos Santos, Deisiane De Toni, Geisa Cristina Kühn.Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]

INTRODUÇÃO: Dentre os grupos de algas presentes em ecossistemas aquáticos, as diatomáceassobressaem-se como um dos mais importantes por sua abundância e riqueza de espécies, podendo inclusive,serem utilizadas como indicadores biológicos de qualidade de água (WERNER, 1977). O trabalho fazparte da ficoflórula do Parque Nacional do Iguaçu e é o segundo sobre as diatomáceas desta área. Otrabalho de METZELTIN ; LANGE-BERTALOT (1998) consiste no levantamento florístico dasBacillariophyceae e inventariaram 95 táxons, sendo o único específico em diatomáceas para a área deestudo. O presente estudo, justifica-se pela necessidade do conhecimento da diatomoflórula regional, jáque são organismos extremamente importantes em ambientes aquáticos, porém pouco estudados no Brasil.Finalmente, o presente estudo objetivou analisar taxonomicamente e avaliar a riqueza da diatomoflórula,fornecendo subsídios para posteriores estudos limnológicos no sistema.

MATERIAIS E MÉTODOS: A lagoa do Poço Preto (25º35’72”S e 54º23’63”W.), trata-se de umaárea inundada, aparentando ser um meandro abandonado do Rio Iguaçu. As amostras selecionadas foramcoletadas em duas estações marginais durante os meses de março de 2001 e fevereiro de 2002. Omaterial perifítico foi coletado por espremido manual de partes submersas de macrófitas aquáticas eraspagem de substratos submersos. Para coleta do material planctônico foi utilizada rede de plâncton,construída de tecido de náilon com abertura de malha de 20µm, a qual foi passada vária vez no seiolíquido. Fixação e preservação das amostras foram providenciadas com solução aquosa de formalina, naproporção de 2% v/v e, em alguns casos, com solução aquosa de lugol-acético a 1%. Preparação daslâminas semipermanentes contendo material biológico para exame ao microscópio seguiu a técnica propostaem SIMONSEN (1974) modificada por MOREIRA FILHO ; VALENTE-MOREIRA (1981). O sistemade classificação utilizado foi o de ROUND; CRAWFORD ; MANN (1990). Identificação taxonômicados materiais foi providenciada com auxílio de trabalhos florísticos e de revisão, clássicos e recentes.Terminologia referente à morfologia valvar seguiu fundamentalmente, ROSS et al. (1979). As amostras elâminas semipermanentes analisadas que contêm os táxons-testemunho estão depositadas e fazem partedo acervo do Herbário Científico da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (HUNOP).

RESULTADOS E DISCUSSÕES:Tabela 1: listagem dos táxons identificados na lagoa Poço Preto.

Sub-classes Gêneros EspéciesTalassiosirophycidae Cyclotella Cyclotella stelligera var. stelligera

Cyclotella pseudostelligera var. pseudostelligeraCoscinodiscophycidae Melosira Melosira varians var. varians

Melosira sp1 .Aulacoseira Aulacoseira crenulata var. crenulata

Aulacoseira granulata var.granulataAulacoseira granulata var. angustissimaAulacoseira distans var. distansAulacoseira alpigena var. alpigenaAulacoseira ambigua var. ambiguaAulacoseira ambigua var. spiralis

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Aulacoseira italica var. italicaAulacoseira sp1.Aulacoseira sp2.

Orthoseira Orthoseira dendroteres var. dendroteresOrthoseira roeseana var. roeseana

Fragillariophycidae Fragilaria Fragilaria fasciculata var. fasciculataFragilaria goulardii var.goulardiiFragilaria ulna var. danicaFragilaria construens var. venter

Fragilariforma Fragilariforma javanica var. javanicaStaurosira Staurosira construens var. construens

CONCLUSÕES: O estudo das diatomáceas (Thallassiosirophycidae, Coscinodiscophycidae eFragillariophycidae) da lagoa Poço Preto, Parque Nacional do Iguaçu, permitiu a seguinte constatação:foram analisadas 12 amostras e identificados 22 táxons, distribuídos em 5 famílias, 7 gêneros, 17 espéciese 4 variedades que não as típicas, além disso 3 gêneros não foram identificados à nível específico. Osgêneros que apresentaram grande polimorfismo e que apresentaram grande abundância foram Aulacoseirae Staurosira. Todos os táxons estudados ocorreram exclusivamente em amostras perifíticas.

AGRADECIMENTOS: Ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos NaturaisRenováveis), pela liberação do Parque Nacional do Iguaçu para a execução do projeto (Protocolo número169 de 25/04/2001).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:METZELTIN, D. ; LANGE-BERTALOT, H. Tropical diatoms of the South America. IcnografiaDiatomologica. Germany: Koeltz Scientific Books. v.5, 1998.MOREIRA-FILHO, H ; VALENTE-MOREIRA, I.M. Avaliação taxonômica e ecológica das diatomáceas(Bacillariophyceae) epífitas em algas pluricelulares obtidas nos litorais dos estados do Paraná, SantaCatarina e São Paulo. Boletim do Museu Botânico Municipal de Curitiba, n.47, p.1-17, 1981.ROSS, R. et al. An amended terminology for the Siliceous Components of the Diatom Cell. NovaHedwigia: Hhrenberg, n. 64, p. 513-33, 1979.ROUD, F. E.; CRAWFORD, R. M. ; MANN, D. G.The diatoms, biology & morphology of thegenera. New York: Cambridge University Press. 1990, p. 747.SIMONSEN, R. 1974. The diatom of the Indian Ocean expedition of R/V “Meteor”,1964-1965.Meteor Forsch.-Ergebnisse Reihe D-Biol., Berlin, v. 19, p. 1-66, 1974.WERNER, D. (Ed. ) The Biology of Diatoms. Los Angeles: Un Cal. Press, Los Angeles, 1977. 497p.

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DIATOMOFLÓRULA (BACILLARIOPHYCEAE) DE ÁGUAS CONTINENTAIS DOPARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, POÇO PRETO: ORDENS CYMBELLALES E

ACHNANTHALES

Bartolomeu Tavares, Deisiane De Toni, Eloési Machado dos Santos, Geisa Cristina Kühn.Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]

INTRODUÇÃO: Dentre os grupos de algas presentes em ecossistemas aquáticos, as diatomáceassobressaem-se como um dos mais importantes por sua abundância e riqueza de espécies, podendo inclusive,serem utilizadas como indicadores biológicos de qualidade de água (WERNER, 1977). O trabalho fazparte da ficoflórula do Parque Nacional do Iguaçu e é o segundo sobre as diatomáceas desta área. Otrabalho de METZELTIN E LANGE-BERTALOT (1998) consiste no levantamento florístico dasBacillariophyceae e inventariaram 95 táxons, sendo o único específico em diatomáceas para a área deestudo.Finalmente, o presente trabalho objetivou analisar taxonomicamente e avaliar a riqueza da diatomoflórula,fornecendo subsídios para posteriores estudos limnológicos no sistema.

MATERIAL E MÉTODO: O lago do Poço Preto (25º35’72”S e 54º23’63”W.), trata-se de uma áreainundada, aparentando ser um meandro abandonado do rio Iguaçu. As unidades amostrais selecionadasforam coletadas em duas estações marginais durante os meses de março de 2001 e fevereiro de 2002. Omaterial perifítico foi coletado por espremido manual de partes submersas de macrófitas aquáticas eraspagem de substratos submersos. Para coleta do material planctônico foi utilizada rede de plâncton,construída de tecido de náilon com abertura de malha de 20µm, a qual foi passada vária vez no seiolíquida. Fixação e preservação das amostras foram providenciadas com solução aquosa de formalina, naproporção de 2% v/v e, em alguns casos, com solução aquosa de lugol-acético a 1%. Preparação daslâminas semipermanentes contendo material biológico para exame ao microscópio seguiu a técnica propostaem SIMONSEN (1974) modificada por MOREIRA FILHO; VALENTE-MOREIRA (1981). Sistemade classificação utilizado foi o de ROUND; CRAWFORD; MANN (1990). Identificação taxonômicados materiais foi providenciada com auxílio de trabalhos florísticos e de revisão, clássicos e recentes.Terminologia referente à morfologia valvar seguiu fudamentalmente, ROSS et al. (1979). As amostras elâminas semipermanentes analisadas que contêm os táxons-testemunho estão depositadas e fazem partedo acervo do Herbário Científico da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (HUNOP).

RESULTADOS E DISCUSSÕES:Espécies identificadas nas amostras do Poço Preto:Ordens Gêneros EspéciesCymbellales Navicula Navicula constans var. symetrica

Navicula elginensis var. elginensisCymbella Cymbella naviculiformis var. naviculiformisEncyonema Encyonema lunatum var. lunatum

Encyonema mesianum var. mesianumEncyonema perpusillum var.perpusillumEncyonema silesiacum var. silesiacum

Gomphonema Gomphonema augur var. turrisGomphonema brasiliensis var. brasiliensisGomphonema gracile var. gracileGomphonema parvulum var. parvulumGomphonema subtile var. subtile

Achnanthales Achnanthes Achnanthes exigua var. exigua

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Achnanthes inflata var. inflataAchnanthes lanceolata var. lanceolataCocconeis disculoides var. disculoidesCocconeis placentula var. lineata

CONCLUSÕES: O estudo das diatomáceas (Bacillariophycea) de águas continentais do Parque Nacionaldo Iguaçu, Poço Preto: Ordens Cymbellales e Achnanthales permitiu a seguinte constatação: foramidentificados 17 táxons distribuídos em 5 gêneros, 3 variedades que não as típicas baseados em 7 amostrasobservadas. As espécies que melhor contribuíram para o levantamento foram: Encyonema mesianum eGomphonema gracile. Os táxons ocorreram principalmente no perifiton, sendo que somente Naviculaconstans var. symetrica ocorreu no fitoplâncton e perifíton simultaneamente.

AGRADECIMENTOS: Ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos NaturaisRenováveis), pela liberação do Parque Nacional do Iguaçu para a execução do projeto (Protocolonúmero 169 de 25/04/2001).

REFERÊNCIAS:METZELTIN, D.; LANGE-BERTALOT, H. Tropical diatoms of the South America. IcnografiaDiatomologica. v.5. Germany: Koeltz Scientific Books, 1998.MOREIRA-FILHO, H.; VALENTE-MOREIRA, I.M. Avaliação taxonômica e ecológica dasdiatomáceas (Bacillariophyceae) epífitas em algas pluricelulares obtidas nos litorais dos estadosdo Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Boletim do Museu Botânico Municipal de Curitiba, n.47,1981.ROSS, R. et al. An amended terminology for the Siliceous Components of the Diatom Cell. NovaHedwigia: Hhrenberg, n. 64, 1979.ROUD, F. E.; CRAWFORD, R. M.; MANN, D. G. The diatoms, biology & morphology of thegenera. New York: Cambridge University Press, 1990.SIMONSEN, R. 1974. The diatom of the Indian Ocean expedition of R/V “Meteor”, 1964-1965.Meteor Forsch.-Ergebnisse Reihe D-Biol., Berlin, v. 19, 1974.WERNER, D. The Biology of Diatoms. Los Angeles: Un Cal. Press, Los Angeles, 1977.

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AULAS PRÁTICAS EM ZOOLOGIA NO COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO DEALENCAR CASTELO BRANCO, SANTA HELENA / PARANÁ

Jascieli Carla Bortolini, Karine Neves da Silva, Michelle Malaggi, Stelamari Dal’Sotto, LucianaLazzarini Wolff, Celso Aparecido Polinarski, Lourdes Aparecida Della Justina

UNIOESTE – [email protected]

INTRODUÇÃO: Visando a integração com o Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco,os acadêmicos de Ciências Biológicas – Extensão de Santa Helena, juntamente com os coodernadoresde prática de ensino, estão desenvolvendo um projeto com o intuito de reestruturar o laboratório deciências, na área da zoologia, contribuindo assim para um melhor funcionamento das aulas de biologia naárea de zoologia. Esta é uma área que desperta a curiosidade entre os alunos. O referido laboratórioencontrava-se inacessível aos alunos, utilizado apenas como depósito escolar.A importância do trabalho prático é defendida por diversos autores, como CAMPOS e NIGRO (1999),que assinalam para o fato de que ao ministrar aulas práticas, o professor instiga o aluno a fazer ciência,tanto com demonstrações simples, como um copo d’água gelada, quanto num laboratório ensinando-osformalmente, como usar materiais mais complexos.

METODOLOGIA: Inicialmente os acadêmicos, realizaram a limpeza, o levantamento e a organizaçãodo laboratório, retirando carteiras e cadeiras que dificultavam o acesso.Em uma segunda etapa, foram lavados, etiquetados e trocados todos os vidros que possuíam formol e jáestavam turvos, devido ao grande tempo de abandono, dando a eles, melhores condições de manuseio,pois no futuro serão utilizados para elaborar trabalhos com os alunos, ou mesmo como amostra paraaulas práticas.Para o funcionamento do laboratório, torna-se imprescindível a colaboração e a participação dos professoresde biologia do colégio. Para colaborar com os docentes escolares, é preciso que se conheça a realidadede sua prática de ensino. Para tanto, uma pesquisa foi realizada, com o método de estudo de caso, comuma das professoras de biologia, sobre a realidade das aulas de zoologia ministradas pela mesma. Acoleta de dados foi realizada através de entrevista.

RESULTADOS E DISCUSSÕES: O livro didático mais utilizado pela professora entrevistada é o deBiologia – volume único, da autora Sônia Lopes. Mas, além deste citou como apoio: Zoologia (da coleçãoObjetivo / Sistema de métodos e aprendizagem); Biologia (volume único de Wilson Roberto Paulino );Biologia em Foco (3 volumes de Wanderley Carvalho); Ciências Biológicas (3 volumes de MaurícioMarczwski e Eduardo Vélez ); Biologia ( 3 volumes de José Luíz Soares) e Zoologia dos invertebrados(Barnes).Indagada sobre a presença de aulas práticas em suas aulas, ela afirma: “Quando há possibilidade, geralmentenos estudos dos invertebrados, com enfoque para programas de saúde e parasitologia (vermes eartrópodes). No estudo de vertebrados costumo fazer uma prática com um exemplar de cada classe(peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Observando a anatomia, principalmente tenho enfatizado ohabitat e a relação com o meio ambiente. A função (nicho ecológico) da espécie no ecossistema, portantonossas práticas ocorrem quando vamos a campo e fazemos nossos estudos em vários locais do município”.Com relação às modalidades de ensino, ou seja, exercício, redescoberta, investigação e demonstração,ela ressalta: “Em todas as minhas aulas práticas viso trabalhar levando o estudante do ensino médio à: 1o

investigar, 2o redescobrir, 3o demonstrar, 4o exercitar e fixar o que viu em sala de aula.”

CONCLUSÃO: O discurso da professora leva a acreditar que as poucas aulas práticas ministradas sãode campo e portanto o laboratório escolar não é utilizado. Quando indagada sobre as modalidades de

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aulas práticas, percebe-se uma confusão sobre os conceitos das mesmas e também de que sua concepçãodas aulas práticas está associada à fixação do que é visto na aula teórica.Os resultados obtidos até então, nortearão as etapas seguintes, do “Projeto de Extensão de Reestruturaçãodo Laboratório do Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco”, na área da zoologia. Asetapas seguintes deste projeto envolverão levantamento, estudo e proposição de aulas práticas de zoologiano laboratório do colégio envolvido no projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:RUPPERT, E.E.; BARNES, R.D.. Zoologia dos invertebrados. 6. ed. São Paulo: Roca, 1996.CAMPOS, M .C .C; NIGRO, R.G. Didática de ciências. São Paulo: FTD, 1999.CARVALHO, W. Biologia em Foco. São Paulo: Melhoramentos, 2000. vol. 1, 2 e 3.MARCZWSKI, M.; VÉLEZ, E. Ciências Biológicas. São Paulo: Scipione, 1999. vol.1, 2 e 3.PAULINO, R.W. Biologia. São Paulo: Ática, 2002. Vol. Único.SOARES, J.L. Biologia. São Paulo: Saraiva, 1999. vol. 1, 2 e 3.

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CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR GRATUITO: QUEM SÃO OS ALUNOS?

Anelize Queiroz Amaral, Celso Aparecido Polinarski, Daniela Frigo Ferraz,Lourdes Aparecida Della Justina

Unioeste - Santa Helena – [email protected]

INTRODUÇÃO: O ensino deve buscar a formação cidadã, conectar o conhecimento à vida, dar aoaluno condições para entender o mundo à sua volta (MENEZES, 2003). Com o objetivo de inserir osalunos de licenciatura desde o início de sua formação nas escolas de educação básica, está sendo realizadono Colégio Humberto de Alencar Castelo Branco, na cidade de Santa Helena/PR, um cursinho preparatóriopara vestibular, ministrado por uma aluna do Curso de Ciências Biológicas – Licenciatura. Este projetoobjetiva despertar o interesse dos alunos participantes pelo ensino para contribuir para o ingresso dosmesmos numa Universidade de qualidade. Os resultados apresentados neste trabalho referem-se aodiagnóstico do público alvo participante desta atividade, para nortear as atividades desenvolvidas. Ovestibular é para nós um instrumento de aperfeiçoamento e o objetivo é além de tudo educar esses alunospara a vida, é ensinar o que faz sentido.

METODOLOGIA: O cursinho gratuito é ministrado, em todas as disciplinas, pela aluna Anelize QueirozAmaral. As aulas ocorrem, três vezes por semana, das 19:30 às 22:30. O período de realização será dejunho a dezembro/2003.Os resursos didáticos utilizados, nessas aulas são: vídeos, transparências, mapas, aulas práticas delaboratório e de campo e apostilas de cursinhos. Cada aluno possui o seu material. As aulas são muitoprodutivas, pois existe uma grande interação entre professora e alunos. Vários são os momentos onde osalunos expõem suas idéias e a professora amplia seus conhecimentos.Com o objetivo de conhecer mais acerca dos alunos, foi elaborado e aplicado, como instrumento decoleta de dados, um questionário com questões abertas e fechadas

RESULTADOS E DISCUSSÕES: Através da análise dos dados coletados da amostra de 36 alunos,durante o desenvolvimento do projeto, foi possível verificar que a idade dos alunos varia de 17 à19 anos.Destes, 60% são mulheres e 40% são do sexo masculino. A naturalidade é em maior grau de alunos dacidade de Santa Helena, ficando em 2o. lugar a cidade de Marechal Cândido Rondon.Na sala, 100% dos alunos nunca tiveram acesso à outra forma de preparação científica mais integral.Logo após foi perguntado o curso que pretendem prestar, os mais votados foram: Administração – 17%,Fisioterapia – 16% e Ciências Biológicas – 16%.As Universidades em que os participantes da pesquisa pretendem fazer seu curso de ensino superior:UNIOESTE – 86%. As outras instituições citadas foram: UNIPAR, UEL, PUC, FAG e UFPR.De acordo com o questionário as matérias que os alunos tem maior dificuldade em ordem decrescente:Química, Matemática, Inglês, História, Física, Português, Geografia, e Biologia.Dentro da biologia a área de maior dificuldade é a Biologia celular. Provavelmente esta dificuldade poderiaser superada pela aplicação de aulas práticas, demonstrativas que mostrem aos alunos outra realidadealém dos livros. A área de maior facilidade é a de Botânica, pelo acesso que os próprios alunos tem aomaterial.Também, questionou-se o que um professor precisa, para ser marcante? As respostas foram: amar o quefaz – 44%, valorizar o aluno – 34%, explicar bem – 11%, motivar as aulas – 7% e transmitir segurança ereconhecer os erros – 4%.Quando questionados sobre o que é importante para passar no vestibular, as respostas apresentadasforam: estudar muito em casa – 40%, ser aluno disciplinado – 31%, fazer cursinho – 17% e ter bonsprofessores – 12%.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: A totalidade dos alunos, desta amostra de pesquisa, freqüenta o ensinoregular de escola pública. A maioria pretende freqüentar o curso superior em uma instituição da região.Apontaram que a maior qualidade de um professor marcante é gostar do que faz. Também demonstraramter consciência da importância de estudar em casa em detrimento ao fato de ter bons professores. Quantoao trabalho que vem sendo desenvolvido, os discentes estão satisfeitos com a possibilidade de adquirirconhecimento, pois são alunos que não tiveram outra oportunidade que lhes proporcionasse uma visãopara o vestibular e para vida.

BIBLIOGRAFIA:MENEZES, L. C. Mais paixão no ensino de ciências. Revista Nova Escola. 2003.

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PESQUISA SOBRE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA (1997-2000)ENCONTRO “PERSPECTIVAS DO ENSINO DE BIOLOGIA”

Fabieli Aparecida de Oliveira, Francisco Gauto Ramirez, Joseane Meotti, Karina Heberle e Thyago CristianoDobbro Scheffer, Lourdes Aparecida Della Justina

UNIOESTE — [email protected]

INTRODUÇÃO: A importância das aulas práticas no ensino de Ciências e Biologia é evidente nasescolas, pois os alunos não devem apenas saber teoricamente o conteúdo, mas a experimentação fazparte da natureza da ciência. Segundo CAMPUS e NIGRO (1999), é importante que o professor nãoesqueça que ao fazer atividades práticas, deverá privilegiar o enfoque investigativo, dando possibilidadeas crianças e aos jovens de indagar mais sobre o mundo. Dessa forma, elas podem gradualmente adquiririnformações, compreender as coisas, começar a fazer previsões e até tentar explicá-las.Este trabalho objetivou fazer o levantamento das pesquisas realizadas sobre as atividades práticas eapresentadas em dois Encontros “Perspectivas do Ensino de Biologia” – 1997 e 2000.

METODOLOGIA: A metodologia de pesquisa foi a análise documental dos anais do VI e VII Encontros“Perspectivas do Ensino de Biologia”. Inicialmente foi feito o levantamento dos trabalhos apresentadossobre as aulas práticas no ensino de Ciências e Biologia. Após estas foram distribuídas em categorias deanálise.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: No VI Encontro “Perpectivas do Ensino de Biologia”, foramencontrados 16 trabalhos sobre aulas práticas. No VII Encontro “Perpectivas do Ensino de Biologia”,foram apresentados 22 trabalhos, totalizando 39. Estes abrangem diversas áreas da biologia. Estas foramconsideradas categorias para a análise.Os resultados foram: ciências e biologia geral - 13; zoologia – 8; ecologia – 5; genética – 3; biologiacelular – 3; fisiologia humana – 3; botânica – 2; parasitologia – 1.Dentre as abordagens destes trabalhos estão: proposição e testagem de jogos e saídas de campo.Também em alguns trabalhos é salientada a importância da abordagem investigativa nas atividades práticas.Salienta-se que não foram computados os trabalhos de educação ambiental, pois a prática é constantementepresente nesta área e será objeto de estudo futuro.Observa-se um número significativo de trabalhos referentes a aulas práticas no VI e VII Encontro“Perpectivas do Ensino de Biologia”, isto demonstra que há preocupação com a temática de aulas práticaspor parte dos pesquisadores da área de ensino de biologia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A utilização de atividades práticas, embora seja objeto de diversaspesquisas, estas têm demonstrado que a ocorrência das mesmas na educação básica é quase inexistente.Isto denota a necessidade de uma maior aplicabilidade das pesquisas nesta temática em cursos de formaçãoinicial e continuada de professores.Um exemplo disso é o caso do Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, onde estamosrealizando um trabalho de reestruturação do laboratório, para que os professores tenham um ambienteadequado para realizar as aulas práticas, pois o mesmo estava sendo usado como depósito, porque osprofessores não o utilizavam para realizar as aulas práticas.O uso de aulas práticas deve ser um recurso capaz de assegurar uma construção eficaz dos conhecimentosda ciência, e nestas condições torna-se um meio ao qual o professor recorre, utilizando-o de modo e nomomento que julgar conveniente.

REFERÊNCIAS:

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COLETÂNEA DO VI ENCONTRO “PERSPECTIVAS DO ENSINO DE BIOLOGIA”. Editores:Nelio Bizzo et al. Realizado de 29 a 31 de julho de 1997. Campinas, SP: Gráf. Central. UNICAMP,2000.COLETÂNEA DE VII ENCONTRO “PERSPECTIVAS DO ENSINO DE BIOLOGIA”. Editores:Martha Marandino, Antonio Carlos Amorim e Clarice Sumi Kawasaki. Realizado de 2 a 4 de fevereirode 2000. São Paulo: FEUSP, 2000.

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A PRESENÇA DE POMARES RESIDENCIAIS COMO FATOR DE CONTRIBUIÇÃOPARA A QUALIDADE DE VIDA

Danicler Wolfart, Elaine Novak, Fernanda F. de Castro, Graciele Sponh, Nicole Psheidt, Daniela FrigoFerraz, Lourdes Aparecida Della Justina.

UNIOESTE.- [email protected]

INTRODUÇÃO: Os parâmetros Curriculares Nacionais da educação básica contemplam a idéia deque é necessária a tomada de consciência nesse nível de ensino de que cada ser humano é responsávelpelo meio ambiente no qual está inserido, bem como, de adotar hábitos que contribuam para a melhoriade qualidade de vida individual e coletiva (BRASIL, 2000). Acredita-se que o cultivo de pomaresresidenciais pode favorecer a concretização desta visão.Em moradias urbanas é observada uma minoria de árvores frutíferas. Na verdade são poucas pessoasque ao construírem deixam espaços para o plantio de um pomar, ou até mesmo, para uma pequena horta.Essas são as pessoas que cultivam o velho hábito de comprar tudo no mercado.Para alguns que possuem seu pomar, estes, muitas vezes, servem ajuda financeira, pois se há uma boa efarta colheita, o restante que não é consumido pela família pode ser comercializado. Outros, têm seupomar como forma de sustento para a própria família. Geralmente as frutas que provêm destes podemresultar em diversos produtos caseiros, que auxiliam na alimentação diária. Alguns proprietários de pomarnão utilizam agrotóxicos, cultivando seus frutos de forma mais saudável ao consumo.Neste trabalho é apresentado o relato de uma etapa de projeto, a qual objetivou o diagnóstico da realidadeda comunidade escolar do Colégio Municipal Nereu Ramos/Santa Helena/PR, quanto às concepçõessobre pomares, bem como presença dos mesmos. Este mapeamento de dados será utilizado para nortearo desenvolvimento das etapas seguintes do projeto, o qual tem como objetivo geral, contribuir para aconscientização das pessoas da comunidade envolvida sobre a importância das árvores frutíferas empomares domésticos para alimentação humana e conservação da biodiversidade local.

METODOLOGIA: Neste trabalho utilizamos o método de questionário aplicado a turmas das sériesiniciais, sendo estas 3ª e 4ª séries. Nesta etapa, aplicou-se um questionário envolvendo aspectos doprojeto, tais como: presença de pomar residencial, de espécies de árvores frutíferas, como recurso alimentarhumano e da fauna e como recurso financeiro.

RESULTADOS E DISCUSSÕES: De um total de 18 crianças, com faixa etária entre 8 a 10 anos, 98%possuem pomar em sua casa. No entanto, 100% demonstraram interesse para a aquisição de novasárvores frutíferas para o seu pomar, pois adoram frutas. Quanto a importância de pomar em sua casa,100% julgam importante. Quanto a diversidade de mudas disponível em seu pomar, foram apontados 9espécies de árvores frutíferas (conforme representado na figura 1). Quanto à comercialização dos frutosproduzidos nas propriedades: 98% não comercializa e 2% precisa vender parte da produção. Quanto aquantidade de árvores existente em cada pomar dos entrevistados: 1 a 20 árvores – 72% pessoas; maisque 20 – 28%. Quanto à existência de animais que consomem os frutos do pomar: 93% responderam quesim e 7% responderam não. Os animais citados foram: morcegos, pássaros, abelhas, vacas, galinhas eporcos. Destes o mais citado foi morcego, por cerca de 55%. Quanto à utilização de produtos químicosno pomar, 94% não utilizam e 6% utilizam produtos químicos.A citação de animais silvestres, como é o caso dos morcegos, denota que há a percepção da associaçãodo pomar com outros animais e não apenas os domésticos.

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Figura 1 – Freqüência de árvores frutíferas nas residências dos componentes da amostra de alunos emestudo.

Á RVOR ES FRUT ÍFER AS EXISTENTES N OS POMA RES

0

2

4

6

8

10

12

14

16

M anga Laranja Bergam ota G oia ba Ame ixa M ara cujá Pêssego Lim ão Pêra Figo

V arie dad es de fru tos

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Bergamota

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Mara cu já

Pêssego

L imã oPêra

F igo

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A existência de um pomar é considerado de grande valia, pela amostraem estudo. Dentre todos os participantes os que não possuíam pomar ou poucas variedades queremadquirir mudas, como também têm consciência da importância de um pomar, não apenas para os animaisdomésticos, como também para os silvestres. No entanto percebe-se que os animais de menor porte nãoforam citados, como as drosófilas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais.2. ed. Rio de Janeiro: D&A, 2000.

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CONCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A QUESTÃO DOLIXO.

Francielly Medeiros de Oliveira, Jean Carlos Seibel, Luciana Matielo, Mara Lúcia Holdefer, PolyanaGhellere, Daniela Frigo Ferraz, Lourdes Aparecida Della Justina

UNIOESTE. [email protected]

INTRODUÇÃO: A concentração demográfica e o aumento de consumo de bens geram grandequantidade de resíduos, procedentes das residências, processos industriais, atividades públicas e escolares(IPT, CEMPRE,1995). A sociedade de consumo contribui ainda mais com o aumento de resíduos que senão forem tratados adequadamente podem se tornar graves problemas. Segundo os dicionários da LínguaPortuguesa, o lixo é definido como “restos ou coisas imprestáveis. Imundície; sujeira; cisco”. (Luft, 1993)Ao contrário disso, a visão que deve ser trabalhada na escola em relação ao lixo de que existe a possibilidadede reutilização e aproveitamento de forma a ampliar o conceito simplista que é abordado na maior partedos casos.Nessa perspectiva, acreditamos que os alunos, enquanto agentes transformadores do meio onde vivem,podem contribuir para melhorar o ambiente escolar.Assim, o presente trabalho tem como objetivo, integrar os alunos de ensino fundamental da Escola EstadualGraciliano Ramos, na participação no que diz respeito à educação ambiental, em especial ao lixo e areciclagem.

METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado na Escola Estadual Graciliano Ramos, no município deSanta Helena. A princípio, um estudo piloto em forma de questionário foi aplicado aos alunos de 7ª sériedo turno matutino, com o interesse de analisar o grau de conhecimento dos mesmos e levantar suasconcepções a respeito do tema lixo. Foi dado ênfase a questões que estão ligadas ao cotidiano comoreciclagem, poluição, fonte de renda, entre outros.Após o levantamento das concepções, que é o foco do trabalho do presente artigo, desenvolveremos umprojeto na mesma instituição, atribuindo atividades que serão realizadas em um sistema de rodízio. Serãoabordados assuntos relacionados à problemática e reutilização do lixo, assim como contribuir naconscientização de que o lixo não é material totalmente inútil.O rodízio será composto por três grupos, separados em um determinado numero de alunos, totalizandovinte, os quais foram escolhidos aleatoriamente. O grupo será dividido em momentos diferentes, queserão: seminário, teatro e música, e reciclagem. As atividades serão aplicadas duas vezes ao mês, noperíodo de uma hora e meia a cada encontro.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O questionário aplicado a alunos de 7ª série, mostra que 83% associamo conceito de lixo com um problema, mas ao mesmo tempo possuem uma idéia mais ampla, no sentido deque relacionam palavras como reciclagem e fonte de renda. 10% dos alunos entrevistados associam oconceito de lixo somente como sendo um problema, já que relacionam palavras restritas como poluição,inútil, desagradável, vetores de doenças. Somente 7% tem visão mais ampla sobre o conceito em questão,já que relacionam termos como reciclagem e trabalho/dinheiro, o que reporta a idéia de que o conceito delixo é bastante amplo e dependente do tipo de organização social, momento histórico, sistema econômico,hábitos e costumes.Quando indagados sobre o gerenciamento do lixo municipal, 79% dos alunos afirmam que este é deresponsabilidade da prefeitura e da comunidade, 14% não as distingue e 7% não as conhece. O lixohospitalar é conhecido por 69% dos alunos, 21% não tem pleno conhecimento e 10% nunca fizeramessas análises. Ao responderem sobre o que pode ser considerado o lixo industrial, há um equilíbrio de34% que sabem sobre o assunto e os que não sabem nada. 100% dos alunos entrevistados pensam serimportante a questão da reciclagem. O que demonstra uma contradição com relação a primeira questão,já que a maioria não relaciona o conceito de lixo com o conceito de reciclagem. Sobre a compostagem,

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o nível de informações é baixo, apenas 24% conseguem distinguir a sua utilidade, enquanto que 69%ainda não ouviram falar a respeito.

Fig.1-Concepção sobre lixo de alunos da Escola Estadual Graciliano Ramos.

CONCLUSÕES: Há a necessidade de mais trabalhos relacionados ao lixo e a reciclagem seremdesenvolvidos na escola. As informações fornecidas pelos alunos estão vagas, mostrando o nãoconhecimento do assunto e a não conscientização da importância de reciclar, para o meio ambiente eescolar.

83%

10%7%

Ampla eRestrita

Restrita

Ampla

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VISÃO DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A HORTA ESCOLAR

Alan Leonardo Beraldo, Isabella Ranucci Lemos, Mychelle Carneiro Santana, Nilo Boschilia, PâmelaSuellen Silva, Reginaldo Souza Braz, Sandonaid Andrei Geisler.

UNIOESTE/ Curso de Ciências Biológicas/ Extensão de Santa Helena- [email protected] Frigo Ferraz, Lourdes Aparecida Della Justina- UNIOESTE/ Curso de Ciências Biológicas/

CCBS/ Campus de Cascavel

INTRODUÇÃO: A realização de uma horta na Escola Estadual Graciliano Ramos no município deSanta Helena foi uma tentativa conjunta de integração entre comunidade acadêmica e comunidade escolaratravés de projetos que, ao mesmo tempo, contemplam a nova resolução legal que prevê um total de 400(quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso (CNE/CP,2002). Especificamente o projeto de horta teve como objetivo a integração dos conteúdos escolaresatravés de atividades com a implementação de uma horta. Segundo Kaufman & Serafini (1998), o meiourbano está cada vez mais distante do meio natural, por isso é importante a implementação de uma hortana escola. Esta oferece diversas possibilidades para abordar o processo de ensino-aprendizagem dasciências naturais, além do fato de possibilitar o tratamento de problemas reais, que surgem naturalmentedurante o desenvolvimento das atividades. Outra idéia, já a tempo alimentada é a de integração deconhecimento possível e desejável ao nível de Ensino Fundamental. A construção do nosso conhecimentoé feita a partir de experiências que não separam os fatos por áreas (Caniatto, 1987). A compreensãointegrada dos fenômenos naturais, em uma perspectiva interdisciplinar, depende do estabelecimento devínculos conceituais entre diferentes disciplinas. A horta escolar pode ser um recurso eficaz quando contemplaesta visão, dependendo do envolvimento e participação de diferentes áreas que integram o conhecimentohumano. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, sugerem que ainterdisciplinaridade deveria fazer parte do cotidiano escolar, já que considera que o conhecimento éresultado de um complexo e intricado processo de construção, modificação e reorganização (Brasil,2000).

METODOLOGIA: A abordagem qualitativa foi escolhida por se mostrar mais adequada para forneceros elementos necessários para o desenvolvimento deste trabalho. Ressalta-se que a investigação qualitativaé descritiva, ou seja, os dados recolhidos são em forma de palavras ou imagens e não de números (Bogdan& Biklen, 1994). Foi realizada uma entrevista em uma escola pública do município de Santa Helena (PR),com o objetivo de detectar as concepções de professores de diferentes disciplinas sobre o trabalho comuma horta escolar e também para detectar o nível de interação da horta com a comunidade escolar. Aentrevista voltou-se para professores das seguintes disciplinas: Matemática, Geografia, Português, Ciências,História. Sendo que participaram da entrevista sete professores, supervisora escolar e diretora. Com aentrevista buscou-se perceber a importância da horta para escola; a forma que esta poderia ser trabalhadanas diferentes disciplinas; o conhecimento por parte dos professores entrevistados da existência de umprojeto de horta em sua escola, bem como a integração de suas disciplinas com o projeto desenvolvido.Optamos em entrevistar esses profissionais da escola, pois partimos da hipótese de que sua formaçãodaria à eles condições de relacionar as respectivas disciplinas com o projeto da horta.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos sete professores entrevistados, todos tinham conhecimento daexistência do projeto na escola, porém somente duas professoras (de ciências) disseram estar envolvidasnele, o que deixa claro que não houve integração de todas as disciplinas com o referido projeto. Dos trêsprofessores de matemática entrevistados, todos se proporiam a trabalhar conceitos específicos de suasdisciplinas relacionando-os com a horta, como por exemplo, cálculos de área, de perímetro, operações emedidas. Percebemos ser esses conteúdos muito restritos diante a vasta disponibilidade de assuntos quepoderiam ser trabalhados nesta disciplina. A professora de português, de acordo com a entrevista realizada,afirma que utilizaria de conversações, produções de textos e leituras diversas para associar seu conteúdo

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ao tema. Já a de geografia incluiria os temas agrotóxicos e adubos químicos para uma interação de suadisciplina com o projeto. A visão detectada a partir da entrevista realizada mostra que os professores, nogeral, priorizaram a questão alimentar e da boa saúde, sendo que somente um deles citou a importância daprática e cuidados com o plantio. Este se mostrou um resultado bastante preocupante, já que esse tipo deatividade poderia produzir atividades muito ricas com os conceitos biológicos e com os diversos conceitosdas diferentes disciplinas.

CONCLUSÃO: A presente entrevista nos faz pensar sobre a visão limitada que os professoresapresentaram com relação a interdisciplinaridade, a integração do projeto, e as aulas por eles ministradas.Disso constatamos que há falhas na interação horta-escola com os conteúdos científicos das diferentesdisciplinas, nas atividades elaboradas e na conexão entre o mundo científico e o dia-a-dia do aluno.Apesar disso, os professores entrevistados considerarem a horta importante para a escola, portanto,percebe-se que há vontade por parte dos sujeitos envolvidos, porém questiona-se até que ponto sãofornecidas as condições necessárias, tanto em termos de formação contínua como de espaços escolarese tempos escolares para o desenvolvimento desse tipo de atividade que seria muito producente se fossedado o respaldo financeiro cabível, para além do fato de ser simpleste previsto em lei.

REFERÊNCIAS:BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação. Portugal: Ed. Porto, 1994.BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais/ Secretaria deEducação Fundamental. 2. ed. Rio de Janeiro 2000.CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. CONSELHO PLENO. Resolução CNE/CP 2, de 19de fevereiro de 2002.KAUFMAM, Mirian; SERAFINI, Claudia. A Horta um Sistema Ecológico. In: Didática das CiênciasNaturais: contribuições e reflexões. WEISSMANN, Hilda (Org.) Porto Alegre: Artmed, 1998.

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PERFIL DE PROFESSORES DE CURSINHOS PRÉ-VESTIBULARES

Rodrigo Wolf, Lourdes Aparecida Della JustinaUnioeste – [email protected]

INTRODUÇÃO: Constata-se atualmente que a grande maioria dos alunos aprovados, nos cursos maisconcorridos nos vestibulares de instituições de ensino superior de tradição, freqüentaram as salas de aulados cursinhos. Porque esse sistema de ensino manifesta números tão expressivos? Esses alunos estãosendo formados ou apenas informados? Ensino de qualidade ou “decoreba”? Perguntas, que incomodampedagogos e educadores, geram polêmicas e discórdias, mas se revelaram uma alternativa eficiente paraaqueles interessados em entrar em uma faculdade E o que pensam os professores de cursinhos a respeitoda educação, quais são suas motivações, e o que pensam do pré-vestibular? Nesse estudo pretende-serevelar um pouco da atitude destes profissionais que junto com os alunos, tornaram este sistema tãopopular.

METODOLOGIA: Foram coletados informações com os professores, através de entrevistas semi-estruturadas em março de 2002, no Colégio III Milênio na cidade de Curitiba. Foram entrevistados onzeprofessores, mas documentados apenas cinco, observadas vinte e cinco aulas, observou-se de duas a trêsaulas cada professor com filmagens e gravações em fitas K7. As entrevistas aconteceram de modo informale espontâneo, com perguntas variando de acordo com o desenrolar da entrevista. Os questionamentosprincipais foram: “qual a sua formação?”; “como foi o inicio da sua carreira como professor?”; “o que omotivou a ser professor de cursinho?” ; “tem pós-graduação, qual?”; “qual o papel social dos cursinhos?”;“outros questionamentos (dependendo do entrevistado)”. Após a coleta dos dados, estes foram submetidosà análise.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos professores entrevistados, dois são graduados em ciênciasbiológicas, um em história natural (curso que hoje equivale ao atual curso de ciências biológicas), um emhistória, um em física, um em farmácia bioquímica. Apenas este último não é licenciado. Dos cincoprofessores, três apresentam pós-graduação e dois não. Uma das motivações para estes professoresseguirem uma carreira acadêmica é o desejo de com o avançar da idade poder dedicar o seu tempoexclusivamente à universidade. Dos professores entrevistados, nenhum era iniciante, o professor quepossuía menos tempo de trabalho, correspondia a um total de nove anos. Dos professores entrevistadosnota-se que a maior motivação para seguir a carreira de professor de cursinho, centrou-se na questãoeconômica. Um fator determinante na questão da escolha da carreira foi a questão de saber se comunicarbem. A opinião dos professores entrevistados sobre o futuro dos cursinhos, seguiu um padrão curioso: aresposta só era mencionada após o entrevistado justificar a existência dos cursinhos ou alguma outraopinião pessoal, O cursinho é apresentado sobre a óptica empresarial, de uma empresa que trabalha ouvende um produto educacional e que tem como objetivo, tentar satisfazer o cliente (aluno) que sairiasatisfeito com o ingresso na Universidade. Dos professores entrevistados, a idéia central a respeito daatividade de ensino esteve sempre ligada a idéia de que ensinar é transmitir, transferir, passar conhecimentose informações para o aluno. Esta concepção foi expressa por 80% (4/5) dos professores entrevistados.Essa opinião é fundamentada na idéia do “bom professor” como “bom transmissor” de conhecimentos, ouseja, o bom professor é o bom comunicador, é agir de forma dinâmica e organizada, sabendo apresentara informação de acordo com o nível de aprendizagem do aluno ou seja, de uma forma objetiva, direta,resumida e simplificada. Alguns professores também destacaram a importância de ter “bons professores”durante o segundo grau (atual ensino médio), professores que foram fonte de inspiração e modelos paraa atual atividade docente.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo revelou que o pensamento predominante sobre o processoensino-aprendizagem está relacionado à idéia de que ensinar é transmitir, transferir, passar conhecimentose informações para o aluno, sempre expressas em idéias como “pegar o conteúdo e trocar ele por miúdos”ou seja pressupõe que quem tem acesso ao conhecimento é o professor e cabe a esse repassar ao alunopor isso é necessário ter “uma linguagem objetiva, que atinja o aluno”, pois o professor de cursinho é umprofissional dinâmico pois tem a “capacidade de condensar uma quantidade muito grande de informaçõesem um curto espaço de tempo”. Segundo essas opiniões , é possível deduzir que a grande responsabilidadedo professor é de transmitir o conhecimento.Esta realidade não está restrita ao âmbito dos cursinhos pré-vestibulares, também está presente nacomunidade acadêmica de licenciaturas. Isto pode ser corroborado por PEREIRA (1998) que apresentaas diferentes representações entre os professores de curso de Ciências Biológicas da UFMG relacionadasao ensino. Podemos perceber que existe uma grande porcentagem de professores que ainda apresentama idéia de que ensinar é transmitir conhecimentos e este estudo conclui que por ser uma idéia que aindaestá muito enraizada na sociedade e desta maneira ela ainda está muito presente no meio acadêmico.Sabendo que esta representação influencia na construção da realidade, os cursinhos pré-vestibularessurgiram e se estabeleceram sobre esta visão de ensino. Diante disto, sabendo da influência social que oscursos pré-vestibulares exercem, é possível afirmar que os eles ajudam a manter na sociedade a concepçãode que o bom professor é o bom transmissor de conhecimentos, e no atual contexto da educação brasileiraonde tanto os professores quanto as de escolas de ensino regular tem menor status do que os professoresde cursinho e isto acontece justamente pela questão econômica, uma melhoria do ensino regular seria umprimeiro passo, mas não o único, para uma mudança de concepção.Existe a necessidade de se criarem mecanismos de valorização da atividade dos professores do ensinoregular, como revela uma das respostas, pois diante da pergunta: “qual o segredo do “sucesso” doscursinhos?” o professor x (um dos sócios do colégio Terceiro Milênio) respondeu: “o segredo do cursinhoé em primeiro lugar, que nós valorizamos o professor, e em segundo, que nós pagamos muito bem oprofessor...”.A valorização dos professores do ensino regular dependerá de muitas mudanças, que vão desde avalorização salarial a projetos que atinjam toda a sociedade brasileira, projetos que ajudem a construiruma imagem melhor da educação e do ensino regular, pois sem tais mudanças, é muito difícil esperar umamudança na atuação dos cursinhos e a influencia que eles exercem na sociedade atual.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:PEREIRA, Julio Emílio Diniz. O que professores de um curso de licenciatura pensam sobre ensino?Educação em Revista, 28 (12),1998. p.95-105

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O ENSINO DE GENÉTICA NO BRASIL:TRABALHOS DIVULGADOS NO CONGRESSO NACIONAL DE GENÉTICA

Jorge Luiz Rippel, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE – [email protected]

INTRODUÇÃO: A genética é uma área das Ciências Biológicas que tem apresentado muitos avanços,produzindo um grande número de novos conhecimentos a cada ano. Surgem, então, alguns desafios paraos educadores: Como ensinar genética para a população em geral frente a essas inovações científicas etecnológicas? Como estar sempre atualizado?Na tentativa de enfrentar estas questões, vários trabalhos com enfoque na área de ensino de genética vêmsendo publicados. Uma prova do aumento do interesse nesta área (ensino de genética) é o fato de noCongresso Nacional de Genética (CNG) ter sido incluída a área “Ensino” em seus anais a partir de 1999(45o CNG).Com o intuito de levantar e classificar os resumos da área de ensino de genética nos CNG´s (1999-2002)foi realizado este trabalho.

METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado com o método de análise documental (TRIVIÑOS,1987), e consistiu em ler, analisar e classificar todos os resumos da área de ensino dos anais dos 45o, 46o,47o e 48o CNG´s.Após a leitura de todos os resumos foram propostas algumas categorias de análise para a classificaçãodestes. As categorias de análise utilizadas foram: 1. Produção e estudo de recursos didáticos: esta categoriainclui os trabalhos de pesquisa relacionados a análise e construção de modelos didáticos, “websites”,materiais de divulgação como apostilas, entre outros; 2. Genética e vestibular: inclui pesquisas sobre asquestões de genética nas provas de biologia de vestibulares; 3. Formação continuada: pesquisas sobrecursos de atualização de professores; 4. Divulgação científica: trabalhos que envolvem diversos tipos dedivulgação de conhecimentos científicos em genética à população em geral, como folhetos, palestras,entre outros; 5. Representações de genética: pesquisas sobre as concepções sobre a genética apresentadospor professores, alunos e pessoas em geral; 6. Epistemologia e história da genética: trabalhos relacionadoscom a evolução do pensamento científico acerca da ciência da hereditariedade; 7. Metodologia de ensino:propostas metodológicas para o ensino; 8. Formação inicial: pesquisas sobre a formação dos acadêmicosde cursos da área da saúde e; 9. Outros: demais trabalhos, que contemplam outras áreas da biologia e/ounão são referentes ao ensino. Os resumos foram, então, distribuídos nestas categorias podendo, inclusive,serem classificados em mais de uma, quando apropriado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES: Em 1999, no 45o CNG, foram apresentados 18 trabalhos na áreade ensino. Em 2000 este número subiu para 21, voltando para 18 em 2001. Finalmente, em 2002, foramapresentados 13 trabalhos nesta área, totalizando 70 trabalhos nestes quatro anos.Os resultados encontram-se na tabela 1. Descrever a tabela

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora a genética seja considerada a ciência do milênio por algunsautores, como PHOENIX (2000), e esteja constantemente na mídia, não ocorreu aumento no número detrabalhos apresentados na área de ensino nos eventos sucessivos analisados nesta pesquisa.Não foi encontrado trabalho abordando a temática avaliação. Há uma grande preocupação com aproposição e estudo de recursos didáticos para o ensino da genética.A genética está cada vez mais presente em nosso meio, seja através dos organismos transgênicos, sejapor pesquisas em relação à clonagem ou mesmo por técnicas da engenharia genética, todos estes sendoveiculados constantemente na mídia e até mesmo presente em nossos lares (caso, por exemplo, de produtosderivados de organismos geneticamente modificados). Portanto, é relevante o conhecimento da área degenética pelo público em geral.

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A falta de conhecimento da genética pelas pessoas é um problema relatado por diversos autores, comoRIPPEL (2003). Este aspecto, entre outros, pressupõe a necessidade de haver mais pesquisas na área deensino de genética e também uma interação entre os resultados das pesquisas e a prática escolar.

Tab.1 – Classificação dos trabalhos na área de ensino de genética nos CNG´s (1999-2002)Categorias 1999 2000 2001 2002 Total1. Produção e estudo de recursos didáticos 4 8 7 3 222. Genética e vestibular 0 0 0 2 23. Formação continuada 4 0 2 1 74. Divulgação científica 0 4 1 3 85. Representações de genética 3 2 6 2 136. Epistemologia e história da genética 2 2 1 0 57. Metodologia de ensino 1 0 2 0 38. Formação inicial 0 1 1 0 29. Outros 5 4 1 3 13

REFERÊNCIAS:GENETICS AND MOLECULAR BIOLOGY. Programa e Resumos do 45o. Congresso de Genética.v.22, n.3, 1999.GENETICS AND MOLECULAR BIOLOGY. Programa e Resumos do 46o. Congresso de Genética.v.23, n.3, 2000.GENETICS AND MOLECULAR BIOLOGY. Programa e Resumos do 47o. Congresso de Genética,2001. 1CDGENETICS AND MOLECULAR BIOLOGY. Programa e Resumos do 48o. Congresso de Genética.2002. 1CDPHOENIX, D. A. The science of millennium Journal of Biological Education, 34 (3): 115-116. 2000.RIPPEL, J. L. As concepções da genética básica apresentadas pelos alunos concluintes do ensinomédio de um colégio público da rede de ensino de Cascavel/PR. Monografia de Conclusão de Cursoem Ciências Biológicas. Cascavel/PR, 2003.TRIVIÑOS, A. N. DE S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa emeducação. São Paulo: Atlas, 1987.

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O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ACORDO COM A OPINIÃO DE UMA AMOSTRADE LICENCIADOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Jorge Luiz Rippel, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE – [email protected]

INTRODUÇÃO: Durante a graduação em licenciatura em Ciências Biológicas, os acadêmicos da Unioeste– Campus de Cascavel realizam o estágio supervisionado em escolas no último ano do curso. Este estágiotem o objetivo de complementar a formação, ao aproximar o estudo teórico da prática escolar.BUSSMANN (1985), destaca a importância do estágio supervisionado ao lembrar que esta etapa nãoestá fora do contexto do ensino universitário, mas sim que faz parte dele. Ainda segundo esta autora, oestágio permite aprender fazendo, pois, embora o fazer por si só não gere o saber e a cultura, qualquerprática tem implícita uma visão teórica do real.Dada a importância do estágio supervisionado torna-se necessária a pesquisa sobre a realização desteestágio pelos acadêmicos.

METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado com o método de questionário aberto aplicado a umaamostra de 15 alunos formandos em Ciências Biológicas na Unioeste – Campus Cascavel, no segundosemestre de 2002.Conforme destaca TRIVIÑOS (1987), o método de questionário aberto foi escolhido por ser rápido epor garantir o anonimato dos entrevistados. A análise dos dados foi quali-quantitativa.As questões referiram-se a: pontos positivos e negativos na realização do estágio supervisionado; relaçãocom a equipe envolvida na prática (supervisor, professor regente, alunos, comunidade escolar) e;aprendizagem adquirida com a vivência da prática.

RESULTADOS E DISCUSSÕES: Quanto aos pontos positivos da realização do estágio, os destacadosforam: experiência profissional – assinalada pelos 15 entrevistados; vivência da realidade escolar – 13 e;reconhecer a importância das atividades práticas – 1.Os pontos negativos foram: indisciplina e desinteresse dos alunos – 15 respostas; “resistência” do professorregente – 4; pouco tempo – 2; falta de recursos didáticos e metodológicos – 8; pouco domínio de conteúdo– 1 e; distanciamento entre teoria e prática – 1.Quando questionados sobre se o estágio supervisionado começasse hoje o que faria diferente, os discentesdestacaram: ministraria aulas mais diversificadas – 6 respostas; utilizaria metodologia mais adequada – 9;seria mais autoritário – 2; faria o estágio em outra escola – 1 e; não faria nada diferente – 1.Em relação ao relacionamento com a equipe envolvida no estágio, elaborou-se a seguinte tabela, deacordo com as respostas obtidas:

Tab. 1 – Relação dos acadêmicos com a comunidade escolar durante o estágio Excelente Ótima Muito boa Boa IndiferenteSupervisor 2 6 3 2 2Alunos 2 7 4 0 2Professor regente 4 2 3 4 2Outros membros da escola 1 5 3 6 0

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estágio supervisionado nas escolas realizado pela amostra deacadêmicos parece estar cumprindo sua função básica. Todos os entrevistados reconheceram suaimportância destacando principalmente a experiência profissional, ou seja, o objetivo de aproximar teoriae prática foi alcançado. Quanto às dificuldades enfrentadas, a principal foi a falta de interesse dos alunos,algo que vem sendo observado já há algum tempo e tem sido objeto de pesquisas por pesquisadores daárea.

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Este estágio mostrou-se importante também para que os acadêmicos reconhecessem suas limitações, oque será muito útil para o aperfeiçoamento profissional.Finalmente, parece haver alguma contradição em relação às respostas apresentadas por alguns acadêmicos.Muitos acadêmicos mencionaram como um dos problemas a indisciplina dos alunos, entretanto isto nãose confirmou quando indagados sobre o relacionamento com estes, considerado positivo por quase todosos entrevistados.A reflexão sobre a prática de ensino pressupõe uma busca de novas abordagens do ensino de ciências ebiologia e uma tomada de consciência sobre a importância do estágio supervisionado na formação inicialdos professores desta área. Há a necessidade deste momento não ser encarado apenas como mais umaetapa a ser vencida por estagiários e supervisores, mas como um momento para a reflexão sobre aspectos,tais como, as limitações dos cursos de formação de professores, bem como da necessidade de uma maiorinteração universidade versus escolas de educação básica.

REFERÊNCIAS:BUSSMANN, Antonia Carvalho. Estágio supervisionado e relação teoria-prática no ensino superior:considerações para um posicionamento na Unijuí. Prática de ensino e estágio supervisionado. FRIZZO,Marisa Nunes e BARCELOS, Eronita Silva (organização). Livraria Unijuí Editora. Ijuí, RS, 1985.TRIVIÑOS, A. N. DE S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa emeducação. São Paulo: Atlas, 1987.

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A ATUAÇÃO DOCENTE SEGUNDO A OPINIÃO DE FUTUROS BIÓLOGOSLICENCIADOS

Jorge Luiz Rippel, Lourdes Aparecida Della JustinaUNIOESTE – [email protected]

INTRODUÇÃO: A educação é fundamental para o desenvolvimento de uma nação. Formar cidadãoscríticos, capazes de pensar e agir é um dos deveres da educação. Dentre as diversas áreas da educação,a de ciências ocupa lugar de destaque, principalmente levando em consideração os inúmeros avançoscientíficos que surgem a cada momento.Sendo a educação tão importante, parece lógico analisar cada um dos inúmeros fatores associados. Entreestes fatores podemos destacar o professor. Sua capacidade de ensinar é diretamente proporcional aoque os alunos aprendem, embora deva se destacar que não é um fator único.As capacidades de um bom professor foram levantadas por diversos autores. Dentre estes, CARVALHOe GIL-PÉREZ (2000), elaboraram um quadro das principais exigências para ser um bom professor e asrelações entre estas. Estas exigências são: (1) conhecer a matéria a ser ensinada; (2) conhecer e questionaro pensamento docente espontâneo; (3) adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem eaprendizagem de ciências; (4) crítica fundamentada no ensino habitual; (5) saber preparar atividades; (6)saber dirigir a atividade dos alunos; (7) saber avaliar e; (8) utilizar a pesquisa e a inovação.Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de conhecer a opinião de formandos de Licenciatura emCiências Biológicas da UNIOESTE – Campus de Cascavel sobre o que consideram um bom professor,as exigências para ser um bom professor, as principais limitações que um professor pode apresentar, entreoutras questões.

METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado com o método de questionário aberto, e consistiu emlevantar, tabular e analisar as respostas apresentadas pelos acadêmicos acima citados. A pesquisa foirespondida por 15 acadêmicos.As questões se referiram a: (1) papel do professor; (2) características de um “bom professor”; (3)características de um “mau professor”; (4) fatores inibidores do processo ensino-aprendizagem; (5) desejode seguir carreira de professor e; (6) considerar-se preparado para atuar como professor.

RESULTADOS E DISCUSSÕES: Quanto ao que consideram como papel do professor, 12 responderamque ele deve ser mediador do conhecimento (embora as palavras utilizadas tenham variado bastante), osdemais forneceram respostas confusas como “dedicação”, “ser amigo”, entre outras.Entre as características de um bom professor, ser acessível aos alunos foi lembrado pelos 15 entrevistados;planejamento – 13; dinâmico – 11; domínio de conteúdo – 10; reflexivo – 5; autoritário – 3; responsável– 3; alegre – 2; justo – 2; pesquisador – 1 e; outros – 2.Já com relação às características de um mau professor, inacessível foi assinalado por 15 dos acadêmicos;desorganizado – 13; falta de domínio do conteúdo – 13; tradicional – 10; inseguro – 7; irresponsável – 3;outras respostas, como supérfluo, influenciável e maleável também foram citadas.Quanto aos fatores que inibem o processo ensino-aprendizagem, o desinteresse dos alunos foi uma dasrespostas para 14 dos entrevistados; professores desmotivados – 9; problemas familiares – 4; falta deinvestimentos – 3; conteúdo sem relação com o cotidiano – 2; relação professor x aluno – 2.Todos os 15 entrevistados responderam que pretendem seguir a carreira de professor e, destes, 4especificaram que pretendem ser professores universitários.Finalmente, 5 entrevistados disseram não se considerarem preparados para atuar como professores; 7consideram-se preparados e; 3 responderam que nunca se está preparado.Os resultados desta pesquisa evidenciam confusão e desconhecimento de diversos aspectos por parte dediversos acadêmicos. Por exemplo, 3 entrevistados afirmaram que um bom professor deve ser autoritário,

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provavelmente quiseram dizer que o professor deve ter autoridade. Além disso, muitos consideram que opapel do professor, ou seja, a função dele na sala de aula é ser amigo dos alunos.Outro ponto a ser observado é a quase unanimidade em relação à organização do professor (tanto emrelação ao planejamento ser uma das características de um professor quanto à desorganização ser umadas características de um mau professor) e à acessibilidade (também ser acessível sendo considerada pormuitos como uma das características de um bom professor e ser inacessível uma das características de ummau professor).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dentre os requisitos para a atividade docente citados por CARVALHOe GIL-PÉREZ, observamos que o planejamento, o conhecimento do conteúdo a ser ministrado e arealização de pesquisa foram lembrados por muitos dos entrevistados. Além disso, pode-se estabelecerum paralelo entre “conhecer e questionar o pensamento docente espontâneo” (mais um daqueles requisitos)e ser reflexivo (resposta de 5 entrevistados). Isto leva a conclusão de que há uma convergência de idéiasentre pesquisadores e acadêmicos.

REFERÊNCIAS:CARVALHO, Anna M. Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências. 4. ed.– São Paulo: Cortez, 2000.

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O LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS NATURAIS COMO INSTRUMENTO NO ENSINOFUNDAMENTAL

A ORGANIZAÇÃO DA SEÇÃO DE MICOLOGIA

Sara Virgínia Zanato TureckUnioeste – Campus Cascavel

[email protected]

INTRODUÇÃO O presente trabalho explicita o projeto de organização da seção de Micologia (FungosMacroscópicos) do laboratório de Ciências Naturais do Colégio Estadual Jardim Nova Itália, da cidadede Cascavel - Pr desenvolvido com a participação de alunos do Ensino Fundamental. Uma vez criada talseção, a escola e os alunos poderão usufruir um espaço importante e necessário para construção doconhecimento científico nas Ciências Naturais como possibilidade de dinamização das aulas, de ampliaçãodas oportunidades de experimentações que necessitam de local e materiais apropriados, além de estímuloaos professores das disciplinas da área de Ciências Naturais, particularmente Ciências e Biologia, paraque realizem trabalhos de campo com os alunos. Os fungos macroscópicos foram escolhidos como temana aplicação do projeto pelo fato de pertencerem a um grupo pouco estudado, pouco valorizado ecarregado de preconceitos; além destes seres terem alta capacidade de sobreviverem em inúmerosambientes, desde que haja umidade, matéria orgânica e pouca luz, possibilitando a coleta de um maiornúmero de exemplares para o estudo. A partir daí, teve-se o intuito de investigar e analisar através de umquestionário o que os alunos conhecem sobres estes seres vivos, sua existência, importância e principaiscaracterísticas. Visou-se utilizar a pesquisa de campo com coletas e herborização como um instrumentopara que o conhecimento dos alunos sobre o Reino Fungi, particularmente os fungos macroscópicos, sejaenriquecido com o conhecimento científico a respeito deste reino.

METODOLOGIA A coleta dos dados teóricos sobre o conhecimento dos alunos participantes doprojeto, a respeito do Reino Fungi, foi feita através de questionário elaborado seguindo critériosmetodológicos. Tal questionário foi aplicado em dois momentos distintos, a saber, um no início do projeto,e outro ao final da montagem das coleções para três turmas que já estudaram o tema dentro da disciplinade ciências, portanto, sextas e sétimas séries. Os alunos submetidos à primeira aplicação do questionárioforam convidados a participar da parte prática do projeto, ou seja, da coleta e montagem das coleções defungos segundo seu interesse. Vinte alunos se inscreveram e sete participaram efetivamente do trabalho decampo. As coletas dos materiais biológicos (fungos macroscópicos), em número de quatro, foram realizadaspela manhã em duas áreas de matas ciliares de afluentes do rio Cascavel, com a participação dos mesmossete alunos da sétima série do ensino fundamental do citado colégio, utilizando-se de pinças para extrair ofungo ou seu substrato inteiro. Após a coleta iniciou-se o processo de herborização e montagem dolaboratório no colégio onde alguns exemplares foram acondicionados em vidros com álcool e/ou soluçãoTranseau e outros fixados com verniz após secagem na estufa do herbário da UNIOESTE, processosesses envolvendo a participação dos mesmos alunos. . Os espécimes foram devidamente catalogados,etiquetados e registrados em um livro de registros em relação ao Filo do Reino Fungi, nome científico(alguns), substrato, coloração no ambiente, local e data da coleta. Portanto a seção de Micologia criadaneste constituiu-se a primeira coleção organizada: as amostras de fungos macroscópicos em vidros elivres sobre a prateleira. Os locais de coleta e a herborização foram registrados através de fotografias.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram coletados um total de duzentos exemplares de fungosmacroscópicos, os quais foram distribuídos em trinta e três grupos todos pertencentes ao Filo Basidiomycotae à Classe Basidiomycetes. O conhecimento dos alunos a respeito dos fungos, abordados no questionário,foi considerado significativo pelo fato dos mesmos manifestarem apreço pela disciplina de Ciências emboraainda seja limitada a oportunidade de vivenciar experiências de aulas práticas. Para não deixar de realizá-las, é importante observar que é a prática quem efetiva o aprendizado de um determinado conteúdo, ela

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aprimora conceitos, corrige erros, proporciona ao aluno compreender o mundo físico e social ao qual elepertence e deve conhecer, além de mostrar ao aluno que ele pode e deve agir no meio onde vive, não sócoletando um material do seu habitat para levá-lo ao laboratório, mas principalmente, agir na suapreservação, na observação da sua existência, na compreensão da importância de se manter o equilíbriodeste com o meio, conseqüentemente de si mesmo com o meio. Ainda que houvesse sensibilização demais alunos à participação efetiva do projeto, esse fato não se faz relevante por não se tratar apenas setealunos participantes de um projeto, mas sete multiplicadores desse conhecimento prático dos fungosmacroscópicos. São aqueles que aproveitaram a oportunidade de participar de uma atividade diferente,interessante, enriquecedora aos seus conhecimentos e que, sem dúvida alguma, será transmitida a outros,sejam colegas ou professores, podendo causar mudanças nas formas de conduzir as aulas de ciências emseus próximos anos tornando-as deliciosas experiências de aprender, ensinar e viver, no ambiente escolar.

CONCLUSÃO A experiência de mobilizar sete alunos do Ensino Fundamental à prática desta pesquisa,em todos os seus processos, fazendo-os participantes da construção de uma seção do laboratório do seucolégio, mostrou-se válida para que o conhecimento deles se aprimorasse e se consolidasse através dasua experiência prática. Este projeto oportunizou a coleta da primeira seção de materiais biológicos dolaboratório do Colégio Estadual Jardim Nova Itália, iniciando assim uma série de transformações nasaulas a serem ministradas nos próximos anos por outros professores. Além disso o que foi observado éque a realização deste projeto, piloto no colégio, foi de suma importância, pelo fato de provocar umadinâmica diferente no ambiente escolar. É de se esperar que a motivação desses alunos se prolongará poroutros anos, incentivando outros professores a continuarem a estruturação deste ambiente, laboratório deCiências Naturais, que muito cooperará para a construção do conhecimento científico.

REFERÊNCIASCOSTA, J. A. M. Educação em Ciências: Novas Orientações. Junho de 2000. Disponível em http://www.ipv.pt/millenium/19spec6.htm. Acesso em 30 nov. 2002.GIORDAN, M. O papel da experimentação no Ensino de Ciências. In: II Encontro Nacional dePesquisa em Educação em Ciências. São Paulo, SP, 1999. Atas. São Paulo, SP, 1999. 1 CD-ROOM.GONÇALVES, T. V. O. A atividade prática no Ensino de Ciências: uma pesquisa narrativa sobreusos e significados na minha trajetória docente. In: II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação emCiências. São Paulo, SP, 1999. Atas. São Paulo, SP, 1999. 1 CD-ROOM.RAVEN, P. et al. Biologia Vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.RIBEIRO, M. A. P. A técnica de estudar. Petrópolis: Vozes, 1999. In: RIBEIRO, M. A. P. Papel doProfessor. Revista do Professor, Porto Alegre, n. 18 (69), p. 44-46, jan/mar 2002.VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 561 p.

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ÁREA 7- EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS: A IMPORTÂNCIA DO PLANTIO DEÁRVORES ENQUANTO CRIANÇAS

Daniela Fagundes do Nascimento – UNIOESTE – [email protected] Pegoraro – UNIOESTE – [email protected]

INTRODUÇÃO A vegetação sob todas as suas formas (árvores, arbustos e espécies herbáceas, árvoresisoladas, em bosques ou arboretos) constitui um elemento dos ecossistemas urbanos e naturais de sumaimportância. De maneira geral, a taxa de umidade presente em uma determinada cidade e as sombras nosindicam a importância de introduzir a vegetação no meio urbano. A absorção das radiações provenientesdo sol permite às arvores reduzir as diferenças entre as temperaturas diurnas e noturnas, em outras palavras,debaixo de uma cobertura de árvores, os dias serão menos quentes, enquanto que as noites serão menosfrias. A presença das árvores e florestas contribui na redução de poeira, de diferentes poluentes químicose os germes microbianos, contribuem na absorção da água da chuva pela percolação ao nível do solo epelas raízes das árvores. Preservando os espaços verdes é possível reduzir os danos ocasionados pelasinundações, permite também, limitar a poluição das águas de superfície que escoam sobre os espaçospavimentados. A vegetação tem uma função importante para a proteção dos solos contra a erosão pelaágua e pelo vento. Além de que, melhora a estética da paisagem de municípios. E acreditamos que, aprática do plantio e a conscientização do importante papel do verde em nosso meio, se começada a partirde quando crianças, a partir de pessoas no início da escolaridade, no futuro será mais constanteencontrarmos nossas sociedades em meio a grandes vegetações e florestas preservadas e áreas reflorestadas.O presente trabalho visa analisar o nível de algumas escolas públicas do ensino Médio de Cascavelreferente ao plantio de árvores.

METODOLOGIA A pesquisa compreende o Colégio Estadual Wilson Joffre, considerado um ótimoestabelecimento de ensino público da região, onde foram entrevistadas cerca de 150 crianças de 11 e 14anos, da 5º série e da 8º série, respectivamente.

RESULTADOS E DISCUSSÕES De aproximadamente 150 alunos, uma parte relevante diz nunca tertido oportunidade de plantar um árvore, muito embora, a grande maioria já tenha plantado alguma. O quemais foi presenciado, crianças assinalando que não preservam o ambiente, e o dado mais alarmante é quea grande maioria sofre dificuldades em relatar o significado e a importância do verde em nosso dia a dia,no meio em que vivemos.

CONCLUSÃO A partir dos resultados que nos deparamos, é fácil concluirmos que a Educação Ambientalno Colégio Estadual Wilson Joffre é precária. Os professores poderiam conscientizar melhor os alunos,estimulando o interesse deles em relação ao meio ambiente, como no plantio de árvores, na reciclagem delixos, ou ao menos acentuar melhor a importância da preservação do meio ambiente.

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ANÁLISE BACTERIOLÓGICA DA ÁGUA DE CINCO AFLUENTES DO LAGOMUNICIPAL DE CASCAVEL-PR, ESTADO DO PARANÁ, BRASIL: LEVANTAMENTOQUALITATIVO, QUANTITATIVO E SANITÁRIO.UNIOESTE: Universidade Estadual de

Oeste do Paraná.

TAVARES, B (OR) e BONINI, A. K. [email protected].

INTRODUÇÃO: As bactérias do grupo coliforme constituem o bioindicador de contaminação fecalmais utilizado, sendo empregadas como parâmetro bacteriológico básico no monitoramento das águas.As análises se restringem a detecção específica de Escherichia coli (E.coli) que é um componente dogrupo coliforme considerado de origem fecal (CETESB,1984). Enfim este trabalho tem os seguintesobjetivos: avaliar a qualidade da água através da medição de variáveis físicos, químicas e biológicas elevantar dados quantitativos e qualitativos para verificar a presença de coliformes fecais e totais emamostras de água dos afluentes.

MEDODOLOGIA E TÉCNICAS DE ANÁLISE: Conforme CETESB (1984), a metodologia paraa análise da água é a descrita por Standard Methods for the Examination of Water and Wasterwater.Para coletar amostras foi realizada uma excursão mensal nas cinco estações de coleta dos afluentes doLago Municipal Paulo Goski localizado no município de Cascavel-PR, no período de outubro, novembro,dezembro/2002 e janeiro/2003. A análise bacteriológica foi realizada através da Técnica do NúmeroMais Provável/N.M.P - técnica de tubos múltiplos. As análises físico-químicas foram realizadas no localde coleta (temperatura água) e no laboratório de química (potencial hidrogeniônico/pH).

RESULTADOS E DISCUSSÕES: De acordo com as análises das variáveis bióticas e abióticasobservou-se que a precipitação máxima alcançada ocorreu no mês de Novembro/2002 (280 mm) e amínima ocorreu no mês de Janeiro/2003 (153,6 mm). A temperatura da água superficial dos cinco afluentesvariou de 19 a 22ºC, sendo o valor mínimo registrado no mês de novembro/2002 e o valor máximo nomês de dezembro/2002. O pH variou na faixa de 6 a 7, sendo o valor mínimo ocorrido com maiorfreqüência nos mês de outubro/2002, enquanto que o valor máximo ocorreu com maior freqüência nosmeses de novembro, dezembro/2002 e janeiro/2003. Segundo análises dos resultados microbiológicosatravés da análise estatística multivariada/ACP (FIGURA 1 e 2 ), o ponto de coleta 1 (P1) possui excelentecondição sanitária, os pontos 2 e 3 (P2 e P3) são considerados impróprios para recreação e os pontos4 e 5 (P4 e P5) podem ser considerados impróprios para recreação para o índice de coliformes totais.Através destas análises constatou-se que a temperatura, precipitação e pH tem uma relação direta comcontaminação de origem fecal , ou seja , nos meses em que houve maior índice pluviométrico houve maiorincidência de coliformes de origem fecal.

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P1O

P2O

P3O P4O

P5O

P1N

P2N

P3N

P4N

P5N

P1D

P2D

P3D

P4DP5D

P1J

P2J

P3J

P4J

P5J

pH

tAA

Coliformes totais

Precipitação Eixo 1= 59%

Eixo

2 =

18%

Figura 1: Ordenação pela ACP (eixos 1 e 2) das estações de coleta, mostrando a distribuiçãodas variáveis ambientais da região litorânea do Lago Municipal de Cascavel

P1O

P2O

P3OP4OP5O

P1NP2N

P3N

P4NP5N

P1D

P2DP3D

P4D P5DP1JP2JP3J

P4J

P5J pH

tAA

Coliformes fecais

Precipitação Eixo 1= 59%

Eixo

3 =

12%

Figura 2: Ordenação pela ACP (eixos 3) das estações de coleta, mostrando a distribuição dasvariáveis ambientais da região litorânea do Lago Municipal de Cascavel.

CONCLUSÕES : A análise de componentes principais (ACP) das variáveis abióticas e bióticas, juntocom outras análises gráficas e de tabelas evidencia uma relação direta do pH, precipitação e temperaturacom o aumento de bactérias nos afluentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCOMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. L5. 214, Norma Técnica.Determinação do Número Mais Provável de Coliformes Totais e Fecais pela Técnica dos Tubos Múltiplos,Paraná: CETESB. 1984. p.01-36.SISTEMA METEOROLÓGICO DO PARANÁ-SIMEPAR. Tecnologia e Informações Ambientais(Comunicação Pessoal), 2003.STANDARD METHODS FOR EXAMINATION OF WATER AND WATEWATER, 13ª ed: AWWA/APHA/WPCF, New York, 1975.TER BRAAK, C. J. F. Canonical correspondence analysis: anew eigenvectos technique for multivariatedirect gradient analysis. Ecology. v. 67, p. 1167-1179, 1986.

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PROSTITUIÇÃO: NECESSIDADE OU OPÇÃO?

Autores: Souza, Renan Baratto ; Zanella, Gabriela Vitorassi; Lui, Roberto Laridondo ; Resh, Fabiana.Schmitt ; Takeuchi, Akikazu Pereira. [email protected] - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

INTRODUÇÂO: Popularmente chamada de “profissão mais antiga do mundo”, a prostituição émoralmente reprovada em quase todas as sociedades, dada a degradação que representa para as pessoasque a praticam. É uma atividade que consiste em oferecer satisfação sexual em troca de remuneração, demaneira habitual e promíscua. A definição de prostituição baseia-se em valores culturais que diferem emvárias sociedades e circunstâncias, mas geralmente se refere ao comércio sexual de mulheres para satisfaçãode clientes masculinos, havendo em menor número a prostituição de homens e homossexuais.Observa-se na atual sociedade uma quantidade enorme de pessoas desempregadas e despreparadaspara tentarem entrar no mercado de trabalho em condições de ganhar um salário digno. Essa realidade écausadora de uma desigualdade social que é vista com maior ênfase na parte humilde da população, ondeverifica famílias inteiras com dificuldades para sobreviver e mães solteiras deixando seus filhos passarfome. Muitas mulheres tendo que ajudar no sustento dessas famílias acabam achando na prostituição umaalternativa de ganhar dinheiro fácil e principalmente rápido. Devido a ingrata realidade dessas mulheres oobjetivo desse trabalho foi conhecer suas vidas e as condições passadas por elas antes da prostituição eno atual momento como também seus motivos por entrarem nesse mundo e planos para um futurodiferente se caso existir.

METODOLOGIA: A partir disto discutiu e criou-se um questionário abordando assuntos citadosanteriormente e ainda outros como saúde, educação e violência sexual. Tais questionários foram levadosem diferentes horários às casas de prostituição e ruas específicas da cidade de Cascavel, onde foramentrevistadas um total de 52 mulheres dispostas a colaborar com a pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÂO: Dentre os resultados obtidos tem-se como destaque cem por centodas mulheres indo ao ginecologista, porém umas com maior e outras com menor freqüência, emboranenhuma tenha ao menos iniciado o terceiro grau e tenham, na grande maioria, seus estudos interrompidosno meio ou fim do Ensino Fundamental.

CONCLUSÂO: Isto demonstra o conhecimento por parte dessas mulheres sobre doenças e preservativos,destruindo assim, a imagem errônea de grande parcela da população de uma possível falta de cuidadocom sua saúde e a de seus respectivos parceiros.

REFERÊNCIA: www.coladaweb.hpg.ig.com.br/diversos/prostituicao retirado em 20/09/2003

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CHOCOLATE,O perfil de quem consume.

WRONSKI, P. G.AGNOLETTO, R.

PAGEL, M.

INTRODUÇÃO: O conhecido alimento dos deuses, descobertos pelas civilizações maias e astecas, queacreditavam ser um produto afrodisíaco; o chocolate inicia a sua saga quando Cristóvão Colombo apresentaas sementes do cacau ao Rei Ferdinando que muito aprecia o fruto. O chocolate com grande potencialenergético é envolto de vários mitos e crenças. Em sua composição básica composta de cacau, açúcar,leite e manteiga de cacau, pois substancias especificas com determinadas propriedades. A feniletilamina,a substancia da paixão; a teobromina, estimulante do cérebro e causadora do alivio do cansaço intelectual.Pois ainda, magnésio que proporciona a energia vital das células e o ferro que forma os glóbulos vermelhos.Segundo recente pesquisa da Universidade de Michigan 100 gramas do produto aumenta em 20% o nívelde antioxidantes no sangue, que previnem doenças cardíacas. Alem de não estar nem um pouco envolvidocom a causa das acnes,o chocolate é bom; mas em excesso: engorda!

METODOLOGIA Foram realizadas 100 pesquisas com homens e mulheres de 11 a 17 anos, 18 a 22anos, 23 a 32 anos, 31 a 60 anos e 60 anos acima, das cidades de Realeza, Corbélia, Cascavel e Missal.A pesquisa pretendeu descobrir quem consome mais chocolate, os homens ou as mulheres, em que faixaetária é mais apreciado e qual o nível de conhecimento dos entrevistados em relação dos benefícios eprejuízos a nossa saúde trazidos pelo consumo de chocolate; se gostam ou não e em que quantidadecostumam consumir.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A pesquisa apresentou resultado específicos, 99% dos entrevistadosgostam e consomem regularmente. A pesquisa demonstrou que as mulheres consomem mais e por motivosmais banais, por exemplo, 65% das mulheres consomem chocolate por que estão deprimidas e outros23% consomem só por que estão felizes. Já com os homens a demonstração é bem contraria, para 87%deles consomem por que tem fome. Mas o resultado é preocupante em relação as crianças que em cada20 crianças 15 deixariam de fazer uma refeição para consumir chocolate. Dentre os entrevistados observou-se também que 64% dos entrevistados se consideram verdadeiros chocólotras

CONCLUSÕES Com a pesquisa podemos analisar claramente mulheres de 11 a 23 anos são as maioresconsumidoras de chocolate, alem de podermos analisar o grau de instrução das pessoas em relação aosbenefícios e prejuízos trazidos pelo seu consumo. Pessoas ainda acham que chocolate causa acne, porfalta de informação e mesmo pela informação se tratar de um mito.

BIBLIOGRAFIAVEJA, 3 de Setembro de 2003, Edição 1818VEJA, 30 de Julho de 2003, Edição 1813BOA SAUDE, 23 de Julho de 2003 Disponível em: < http://boasaude.uol.com.br/lib/

ShowDoc.cfm?LibDocID=3298&ReturnCatID=1775

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GRAFICO

Mulheres Chocólatras

0

5

10

15

11 a 17anos

18 a 22anos

23 a 31anos

32 a 60anos

60 anosacima

simnão

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CRIAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DA PÁGINA DE INTERNET DO CURSO DE BIOLOGIAPARA INCLUSÃO E SOCIALIZAÇÃO DAS TECNOLOGIA NAS ATIVIDADES

ACADÊMICAS.

Adriana A. Fontana de Oliveira Gimenes; Marcelo Carlos Gimenes

Universidade Paranaense UNIPAR - Toledo, PR, BrasilCurso de Ciências Biológicas com ênfase em Biotecnologia

[email protected][email protected]

A era da informação esta proporcionando uma ampla introdução de modernas tecnologias aplicadas àeducação. Estas tecnologias têm-se tornado elementos de vantagem estratégica em diversas áreas doconhecimento. A Internet é uma das tecnologias que proporciona novas possibilidades e desafios. Ocrescimento da comunidade Internauta vem contribuindo para a socialização do conhecimento de maneiramuito mais ágil do que estávamos acostumados. A utilização cada vez mais freqüente da Internetproporciona à sociedade muitas possibilidades à frente do computador. Necessita-se utilizar todos osrecursos característicos da Internet, quer seja como meio de comunicação, marketing, pesquisa, e outros.A Internet apresenta possibilidades fascinantes de tornar o ensino e a aprendizagem processos abertos,flexíveis, inovadores, contínuos e interativos. Porém é necessário que o profissional da educação saibausufruir das potencialidades oferecidas pela Internet com objetivo de dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Utilizou-se da Internet recursos referentes a publicação de cursos extracurriculares, deprojetos, de pesquisas, enfim, de todas as atividades do Curso de Ciências Biológicas, buscando agilizara comunicação entre alunos, professores e comunidade. Trata-se de um projeto que visou a criação eatualização da página de Internet do Curso de Ciências Biológicas, envolvendo os acadêmicos e buscandoincluir e socializar todas as atividades referentes ao curso. A metodologia para o desenvolvimento doprojeto foi iniciada por meio de organização do projeto e seleção dos acadêmicos participantes, as equipesde trabalho responsável pela Home Page – foi composta de: 01 acadêmico responsável pela equipe epela página do curso; 02 acadêmico responsável por coletar material (dados) dos professores do cursointeressados em publicação na Internet; 01 acadêmico responsável pela coleta de dados da coordenaçãodo curso; 03 acadêmicos responsáveis pela constante atualização e publicação da página. A Equiperesponsável pela coleta de dados para publicação foi composta por 14 acadêmicos das diferentes sériesdo curso (02 acadêmicos por período), os quais serão responsáveis pela coleta, organização, digitação epreparação de material para publicação. A publicação foi realizada utilizando como material de apoio ocomputador, programas como WS.FTP, Cute.FTP, Front Page, Sotwares educativos, Flash, atravésdesses recursos, foi elaborado a página do curso com um vínculo ao portal da UNIPAR, o qual foidefinido o site: www.unipar.br/~biologia-tol. Os resultados alcançados da criação do site do Curso deCiências Biológicas é que já está on-line desde o ano de 2001, com a participação e interação dosacadêmicos e professores deste Curso de Graduação, utilizando-o para publicações de trabalhos,congressos, atividades extracurriculares, para divulgação de Pós-Graduação e também utilização de umacaixa postal para envio de sugestões para a continuação da página e troca de informações entre o curso.Concluindo os acadêmicos de Ciências Biológicas iniciaram um processo de inclusão da tecnologia emsuas atividades e verificaram a necessidade da socialização do conhecimento através da Internet seconscientizando da importância da publicação de suas atividades através de um site na Internet.

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Figura 01. Imagem referente a página de entrada do Curso de Ciências Biológicas da UNIPAR – TOLEDO/PR. (Endereço: www.unipar.br/~biologia-tol )

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASLÉVY, Pierre. O que é virtual? São Paulo: Ed. 34, 1996.___________.Cibercultura São Paulo: Ed. 34, 1999.MORAN, José Manuel. Interferências dos Meios de Comunicação no nosso conhecimento.INTERCOM Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo, XVII (2): 38 - 49, julho-dezembro 1994SANDHOLTZ, Judith Haymore Ensinando com tecnologia: criando salas de aula centradas nos alunosPorto Alegre: Artes Médicas, 1997.SHAF, Adam. A Sociedade Informática. São Paulo: Unesp, 1995.SILVA, Marco Sala de aula interativa Rio de Janeiro: Quartet, 2000.

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TRATAMENTO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS DOS LABORATÓRIOS DE QUÍMICAGERAL-ORGÂNICA E ANALÍTICA DA UNIOESTE, CAMPUS CASCAVEL

Helder L. Vasconcelos, Noelle F. Aquino, Caroline Henn, Thiago Fernando Beckhauser de Oliveira eCharles Francisco Ferreira, UNIOESTE - Campus de Cascavel [email protected]

INTRODUÇÃO Resíduos de laboratório são aqueles gerados durante experiências ou atividades deensino e/ou pesquisa ou mesmo de apoio, sendo portanto, conhecidos ou previstos antes da execução daatividade. O gerenciamento de resíduos de laboratórios em instituições de ensino superior é um assuntopouco examinado pela literatura. Os problemas relacionados aos resíduos nessas instituições referem-senão apenas às situações de manejo (segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,tratamento e disposição final), envolve também a comunidade acadêmica e o seu comportamento peranteessas situações (SCHMITZ e CONTO, 2000).A grande maioria dos efluentes líquidos gerados nos laboratórios, apesar das quantidades às vezesinsignificantes, são jogados nas pias sem qualquer tratamento, para daí se juntar à galeria de esgotomunicipal e seguir para a unidade de tratamento de esgoto do município.Os efeitos causados por esses efluentes à saúde pública e ao meio ambiente podem não ser tão sensíveisa curto prazo, mas certamente poderão ser drásticos a longo prazo, pois os produtos normalmente utilizadosapresentam algum grau de toxicidade.O presente trabalho foi implantado em abril de 2002 com o objetivo de melhorar a qualidade das atividadesdesenvolvidas nos laboratórios de Química Geral e Orgânica e de Química Analítica, localizados noprédio do CCBS, da UNIOESTE, Campus de Cascavel, assim como minimizar e combater a contaminaçãoambiental causada pelo descarte inadequado dos resíduos líquidos oriundos das atividades rotineiras,através de uma coleta seletiva dos mesmos e tratamento prévio antes do descarte final. Visa tambémconscientizar os alunos e a comunidade universitária da necessidade do tratamento de efluentes e dainfluência destes no meio ambiente.

METODOLOGIA Inicialmente foram preparados sete frascos coletores com capacidade de 1 litrocada, os quais após lavagem foram devidamente rotulados como “resíduos” e identificados como: ácidos,bases, soluções de sais contendo metais pesados, solventes orgânicos clorados, solventes orgânicos nãoclorados e hidrocarbonetos, ficando todos em local bem visível, sinalizado e próximo à pia.No decorrer das aulas práticas, os alunos foram instruídos a descartar os resíduos nos frascos coletoresapropriados, ao invés de jogá-los diretamente nas pias. Os volumes eram monitorados semanalmente atéque se enchessem os frascos.Os resíduos de ácidos e bases foram transferidos para um recipiente de capacidade maior (balde de 5L)e diluídos a pelo menos 50% com água. Com auxílio de um pHmetro digital fez-se a medida inicial do pHpara em seguida efetuar a neutralização, tendo o cuidado de deixar o pH entre a faixa de 6 e 8. Uma vezneutralizados, estes resíduos foram então descartados na pia com água corrente.Os metais presentes nos resíduos de sais foram precipitados como hidróxidos, separados por filtração edepois de secos foram acondicionados num frasco de vidro próprio. Já os solventes clorados e nãoclorados ficaram armazenados nos seus respectivos frascos coletores, tendo em vista o baixo volumegerado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Em ambos os laboratórios até o presente momento, foi coletado etratado um volume total de 45.774 mL de todos os tipos de resíduos, com exceção dos solventes orgânicose hidrocarbonetos. Deste total, cerca de 33,6% são oriundos do laboratório de química analítica e 66,4%do laboratório de química geral-orgânica. Isto se justifica pelo fato deste último laboratório atender umnúmero maior de cursos: bacharelado e licenciatura em ciências biológicas (com 1 disciplina cada), farmácia(com 3 disciplinas), engenharias agrícola e civil (com 1 disciplina cada).Deste volume total, cerca de 56,8%, correspondentes a ácidos, 18,6% de bases e 24,6% de sais, jáforam tratados e descartados adequadamente (Tabela 1).

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TABELA 1 - Volume (em mL) dos resíduos coletados e tratados em cada um dos laboratórios dequímica, no período de abril de 2002 à setembro de 2003.

Laboratório Ácidos Bases SaisQuímica Geral-Orgânica 17.443 4.681 8.250Química Analítica 8.565 3.835 3.000

CONCLUSÃO Com estas ações tomadas, verificou-se que é possível minimizar e combater os problemasdecorrentes da contaminação ambiental causada pelo descarte de resíduos químicos líquidos doslaboratórios de Química Geral-Orgânica e Analítica sem um tratamento prévio adequado.Nota-se também que estas ações estão despertando nos alunos um maior conhecimento e interesse sobreos resíduos químicos líquidos gerados num laboratório e contribuindo para formar cidadãos mais conscientesda importância da preservação do meio ambiente.

REFERÊNCIASSCHMITZ, A.C.; CONTO, S.M. Caracterização de resíduos em laboratórios de uma instituição de

ensino superior. In: 8 ENCONTRO DE QUÍMICA DA REGIÃO SUL, 8, 2000, Santa Cruz do Sul.Resumos... Santa Cruz do Sul:EQRS, 2000.

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ANÁLISE DO NÍVEL EMOCIONAL DOS ACADÊMICOS DE CIÊNCIASBIOLÓGICAS DO 1º ANO DE LICENCIATURA EM FINAL DE SEMESTRE

Autores: Moro, Danúbia Severo ([email protected]); Souza, Regianni Agostini([email protected]); Reis, Claudia Facini ([email protected]); Diamante,

Michele; Suptil, Angelo([email protected])UNIOESTE – acadêmicos

INTRODUÇÃO O distúrbio emocional e comportamental dos indivíduos se altera várias vezes no decorrerdo dia. Os fatores que desencadeiam tais mudanças biológicas nos seres humanos se dão simplesmentepor sensações diferentes, alimentação sedentária e esforço psicológico. Um indivíduo que sofre por qualquertipo de pressão profissional ou mental tende a várias vezes durante o dia mudar sua condição emocionalatual, simplesmente pelo fato de ver ou ouvir qualquer informação que atue sobre seu sistema nervoso,fazendo assim com que sua condição emocional seja abalada.Analisando tais fatos, é possível afirmar que a condição emocional afeta também as condições fisiológicasnaturais de cada indivíduo, ou seja, uma pessoa nervosa tende a comer pouco, dormir pouco, e emdeterminadas circunstâncias até provocar conflitos pessoais e sociais, o que conhecemos muito por stressemocional.

METODOLOGIA Foram aplicados questionários aos alunos do 1º ano de Ciências BiológicasLicenciatura, que deveriam ser respondidos individualmente. O total de alunos entrevistados foi de 40, eo questionário compunha-se de 15 questões dissertativas que faziam referências ao lazer, alimentação,horas de descanso por dia, horas de estudo extra-classe, desentendimento com a família e amigos e umapergunta específica quanto à persistência no curso e uma auto-análise de tranqüilidade.A classe foi dividida por sexo, sendo que 30 pessoas eram mulheres e 10 pessoas eram homens.Os resultados do questionário foram analisados e transformados em números percentuais por regra detrês simples para melhor representá-los em gráfico.

RESULTADOSMulheresDistúrbios fisiológicosMantendo alimentação adequada - 11%Mantendo alimentação inadequada - 89%Com perda de peso - 68%Mantiveram o peso - 32%Dormindo em média 8h/dia - 37%Descansando em média 4h/dia - 63%Dado interessante quanto aos distúrbios do sono: 31% das mulheres referiram terem pesadelosDistúrbios comportamentaisReservam tempo para lazer, diversão - 37%Não reservam tempo para lazer, diversão - 63%Referem terem discussões familiares e sociais - 52%Não referem - 48%Análise de horas dedicadas ao estudo extra-classeEstudam em média 4h extra-classe - 57%Estudam em média 1h extra-classe - 43%Elaboram trabalhos antecipadamente - 22%Não elaboram trabalhos antecipadamente - 78%Auto-análise emocionalConsideram-se irritadas ou nervosas - 78%Não consideram-se - 22%

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Pensaram em desistir do curso ou de alguma disciplina - 11%Não pensaram na hipótese - 89%

CONCLUSÃO Os distúrbios emocionais fisiológicos e comportamentais avaliados entre os alunos deCiências Biológicas Licenciatura foram constatados através de pesquisa direta , revelando que 80% dosalunos passaram por algum destes distúrbios involuntáriamente. A análise fisiológica que revelouemagrecimento da maioria em como o sedentarismo atual de cada indivíduo provou tal hipótese.Quanto a auto-análise comparada ao tempo destinado diretamente ao estudo dentro da faculdade revelouque também cerca de 80% dos alunos passa a maior parte do tempo dedicando-se às disciplinas, seja emsala de aula, biblioteca ou residência.Dados interessantes revelaram que a soma de 72% dos alunos homens e mulheres que dedicam poucotempo de horas extra-classe consideravam-se tranqüilos, contrapondo a grande porcentagem dos alunosque em sua auto-análise consideravam-se momentaneamente estressados.Outro dado interessante foi que 31% das mulheres referem terem pesadelos, mas o percentual de alunosque revelaram terem pensado na desistência do curso ou da disciplina foi uma avassaladora minoria de23%, revelando determinação e persistência.

REFERÊNCIA:Harrisons; Principles of internal medicine. Volume 1. Edição internacional. 15.ª edição. EditoraMcGrawhill, 2002.

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LEVANTAMENTO DA BIODIVERSIDADE MICROBIANA EXISTENTE NO SOLO DAREGIÃO DE TOLEDO/PR PARA VERIFICAÇÃO DO EFEITO BACTERIOSTÁTICO E

FUNGISTÁTICO.

Adriana A. Fontana de Oliveira Gimenes; Sonia A Reis Lopes ShikidaUniversidade Paranaense UNIPAR - Toledo, PR, Brasil

Laboratório de Microbiologia – Ciências Bioló[email protected] - [email protected]

Os microrganismos apresentam uma imensa diversidade biológica e desempenham funções únicas e cruciaisna manutenção de ecossistemas, como componentes fundamentais de cadeias alimentares e ciclosbiogeoquímicos. Aprecia-se que são conhecidos apenas 1% das bactérias de solos. O número de espéciesde bactérias de solos descrita na literatura vem crescendo nos últimos anos em virtude do desenvolvimentode ferramentas de biologia molecular que possibilitam a análise de seqüências de DNA a partir de materialgenômico extraído diretamente do solo. Acredita-se que em 1 g de solo ocorram entre 20 e 40 milespécies bacterianas. Considerando-se que são descritas apenas 4.100 espécies de bactérias, cuja maiorianão é de solos, há uma enorme lacuna de conhecimento a ser preenchida em estudos de biodiversidade.Já os fungos, apenas 5% foram descritos. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva centrar esforçosno sentido de localizar na natureza microrganismos que apresentem algum efeito Bacteriostático eFungistático, através de procedimentos de levantamento da biodiversidade microbiana existente no soloda Região de Toledo/PR. Assim sendo, foram coletadas 20 amostras de solo da região de Toledo/PR.Essas amostras foram identificadas, e transportadas em saquinhos estéreis. Os procedimentos para oisolamento de microrganismos do solo foram conduzidos através da metodologia descrita por PARK et.al., (1972). De cada amostra alíquotas de 10 g de solo foram colocadas em erlernmeyer contendo 90 mlde água destilada estéril, onde permaneceram em repouso por 24 horas. Estes erlernmeyer foram agitadosmanualmente a cada 06 horas. Completado esse tempo, alíquotas do sobrenadante foram transferidospara tubos de ensaio, para posterior isolamento microbiano. Essas amostras foram submetidas a diluiçõesseriadas e posterior semeaduras em superfície em meio de cultura MS (Meio Soja). Tais semeadurasforam incubadas a 37ºC por 96 horas. Após esse período observou-se o desenvolvimento e os isoladosmorfologicamente diferente passaram por através de repiques sucessivos. Nesse sentido, as colôniascrescidas no meio de cultura MS foram selecionadas e transferidas para um novo meio visando obtençãode colônias puras. As linhagens obtidas foram denominadas de (UPT) seguida de números, com a finalidadede diferenciá-las, onde UPT, significa Universidade Paranaense de Toledo. O isolamento em cultura puraa partir de solo, permitiu a obtenção de 40 linhagens microbianas. Posteriormente estes isolados foramsubmetidos ao teste de sensibilidade in-vitro, para a avaliação do efeito Bacteriostático e Fungistático doextrato de cada isolado. Para tanto utilizou-se o método de Antibiograma Qualitativo (Método de Difusão).A bactéria padrão utilizada foi Escherichia coli , e o fungo Aspergillus orizae para verificação dacapacidade Bacteriostática e Fungistática, respectivamente. Todos os isolados foram preservados emnossa coleção de cultura em ágar Slant a –7ºC e em solução glicerol 20% a –20ºC. Dentre os isolados 20foram submetidos ao teste de sensibilidade. Este teste permitiu a seleção de algumas linhagens queapresentaram capacidade na produção de moléculas com ação Bacteriostática.

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O melhor resultado encontrado até o momento foi apresentado pelas bactérias UPT 04 e UPT 09 queapresentou um halo de inibição de 0.6cm e 0.7cm (verificar Tab.01).

Tabela 3. Teste Antibiograma Qualitativo microrganismos testes Aspergillus niger e E. Coli.

Linhagem Aspergillus niger E. Coli

halo de inibição halo de inibição

UPT 01 0 0.4

UPT 02 0 0

UPT 03 0 0.1

UPT 04 0 0.6

UPT 05 0 0.2

UPT 06 0 0

UPT 07 0 0.0

UPT 08 0 0

UPT 09 0 0.7

UPT 10 0 0

UPT 11 0 0

UPT 12 0 0

UPT 13 0 0

UPT 14 0 0

UPT 15 0 0

UPT 16 0 0

UPT 17 0 0

UPT 18 0 0

UPT 19 0 0

UPT 20 0 0

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BDT – Microrganismos e Biodiversidade de Solos. (www.bdt.fat.org.br/publicacoes/politica/gtt/gtt10)

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Anais - XIII Semana e Biologia - 118

WOODRUFF, H. B. Isolation from soils and preservation of natural product-producing actinomycetes, in

Biological, Biochemical and Biomedical Aspects of Actinomycetes, p 772, 1986.BRAZIALIAN Journal of microbiology, 2001.

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CONDIÇÕES DE VIDA E OCORRÊNCIA DE PARASITOS EM ÍNDIOS DA RESERVAINDÍGENA RIO DAS COBRAS – PR

Joseane Zanin, Josimara Gilio, Maria das Graças M. H. Takizawa, Sônia de Lucena MioranzaUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, ([email protected])

INTRODUÇÃO Os parasitas intestinais infectam mais da metade da população mundial, sendo maisprevalentes nas regiões mais pobres. São poucos os trabalhos que investigam a freqüência de parasitosem indígenas no Brasil e no mundo. Não obstante, sabe-se que o ambiente das aldeias é altamentepropício a disseminação das parasitoses devido aos maus hábitos de higiene, falta de infra-estrutura,saneamento básico, hábitos culturais, entre outros. A importância do saneamento básico na melhoria dascondições de vida deve-se, tanto ao conforto habitacional maior que ele propicia como à proteção àsaúde que resulta destes serviços. O objetivo do presente trabalho foi verificar a incidência das parasitosese condições de vida dos índios da Reserva Indígena Rio das Cobras, no município de Nova Laranjeiras-PR.

METODOLOGIA Foram realizados exames coproparasitológicos em 59 índios, com faixa etária entre0 a 20 anos, de ambos os sexos, empregando-se as metodologias de Hoffmann, Pons e Janner e Ritchiepara verificar a ocorrência de parasitos na amostra. Foram feitas visitas in loco à escola, hospital, posto desaúde, casa sede do representante da FUNAI, casa do cacique e de alguns índios. Para análise dascondições de vida foram preenchidas fichas sobre a situação da moradia, lixo, água e saneamento das112 famílias que ali habitam.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados revelaram uma prevalência de 69,5% de parasitismona população. Destes 51% foram do sexo feminino e 49% do sexo masculino, enquanto que nos casosnegativos (30,5%), apenas 33% era do sexo feminino. Do total de parasitos encontrados 51,5% eramprotozoários e 48,5% helmintos. Os parasitos mais freqüentes foram: Ascaris lumbricoides (36,5%),Entamoeba coli (36,5%), Hymenolepis nana (24,4%), Giardia lamblia (22,0%), Entamoebahistolytica (19,5%), Endolimax nana (19,5%) e Trichuris trichiura (17,0%). Neste estudo o grupoetário predominante foi o infantil, onde 95% dos exames realizados eram de crianças, destas a idade maisatingida é a dos 08 anos. Nos 112 domicílios existentes não existe tratamento de água nem energiaelétrica, 77% das casas são de materiais reaproveitados (papelão, plástico, lona, palha etc.) e o restantede taipa não revestida, o lixo é queimado e o destino das fezes e urina é a céu aberto ou fossas. A altaincidência de parasitos entre os indígenas desta aldeia (69,5%), foco da pesquisa é justificada, pois estesindivíduos possuem uma maior susceptibilidade às infecções parasitárias, uma vez que habitam em condiçõesinadequadas, têm contato contínuo com ambiente altamente contaminado, sem água potável e sem condiçõeshigiênicos-sanitárias mínimas.

CONCLUSÃO Tentar reduzir a alta incidência de parasitos (69,5%) nestes indígenas, principalmente ascrianças mais acometidas e mais susceptíveis a desenvolver as formas mais graves de enteroparasitoses,inclui a implantação de um sistema de rede de esgoto, educação para saúde, educação sanitária, domicíliosabastecidos com água de rede geral e canalização interna e medidas de higiene.

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REFERÊNCIAS

CIMERMAN, B.;CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. São Paulo:Atheneu. 1999.

GUIMARÃES, Reinaldo, TAVARES, Ricardo. População e Condições de Vida. Rio de Janeiro, 1994.

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DIVERSIDADE DE ARANEAE (ARACHNIDA) NO OESTE DO PARANÁ

E. M. Allebrandt ¹, G. S. Andrade ³, A. Giaretta Jr ², J. Goldoni ¹, J. E. P. Lima ², U. Macedo ¹, D. S.Marques ², D. S. Marques ², E. Stefanello ², D. M. C. Teixeira ¹ & D. A. Thomas ¹

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Biológicas e da SaúdeRua Universitária 2069, 85819-110 Cascavel, Paraná, Brasil

¹ Acadêmicos de Ciências Biológicas da Extensão de Santa Helena² Acadêmicos de Ciências Biológicas do campus de Cascavel

³ Professor Orientador

INTRODUÇÃO: Os Araneae caracterizam-se dentre os Chelicerata por apresentarem os palpos nãoquelados e modificados nos machos como órgão copulatório, o prossoma bem desenvolvido,compreendendo carapaça que encobre a cabeça e o tórax, e o opistossoma também bem desenvolvido epeciolado, onde é característico as fiandeiras e o epigíneo nas fêmeas. São de extrema importância ecológicana cadeia alimentar, na maioria das vezes como predadores de insetos, ressaltando esta sua habitualidadecomo controladores biológicos. O projeto visa abordagem inicial de trabalho da ordem no oeste doParaná, apontando inicialmente lista primária dos táxons coligidos nos municípios de Santa Helena e deCascavel, identificados em nível hierárquico ao menos de famílias.

MATERIAIS E MÉTODOS: As coletas são feitas mensalmente, utilizando-se guarda-chuvaentomológico modificado para coletas em vegetação arbórea e arbustiva, e rede entomológica para coletasem vegetação herbácea. Todo o material é sacrificado sob acetato de etila e transferido, ainda no campo,para álcool 70° GL, sendo transportado aos laboratórios para triagem e acondicionamento. A identificaçãosegue inicialmente os trabalhos de BÜRCHEL (1972) e BRESCOVIT et al. (2002). O projeto contacom a colaboração da Dra. Isabela M. P. Rinaldi (UNESP, campus de Botucatu) e do Dr. Antônio D.Brescovit (Instituto Butantan, São Paulo).

RESULTADOS PRELIMINARES: Nesta fase inicial de desenvolvimento do projeto foi dada ênfaseà coleta e identificação dos Araneomorphae, dos quais já foram coletados cerca de 130 exemplares, quese incluem entre as principais famílias em diversidade de espécies. Em Santa Helena destacam-se Araneidae,distinta pela presença usual de ovipositor nas fêmeas, além da fórmula ocular característica, Salticidae,bem caracterizada também por sua fórmula ocular peculiar, e Theridiidae, distinta pelo pente de cerdascurvas e serrilhadas nos tarsos posteriores. Adicionam-se Tetragnathidae, Thomisidae, Philodromidae eAnyphaenidae. Em Cascavel, além de Araneidae, Salticidae e Theridiidae, famílias de Ecribellatae jáassinaladas em Santa Helena, foram apontadas duas ocorrências de Cribellatae, pertencentes às famíliasFilistatidae e Uloboridae.

REFERÊNCIASBRESCOVIT, A. D., A. B. BONALDO, R. BERTANI & C. A. RHEIMS. Araneae. In Adis, J. (ed.).

Amazonian Arachnida and Myriapoda - Keys for the identification to classes, orders, families,some genera, and lists of know species. Pensoft Publishers, Sofia - Moscow, p. 303-343, 2002.

BÜCHERL, W. Invertebrados. As Aranhas. São Paulo, EDART - São Paulo Livraria Editora Ltda.,158 p., 1972.

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AULAS PRÁTICAS DE BIOLOGIA CELULAR NO ENSINO MÉDIO

Franciele Carla Soares, Anelize Queiroz Amaral, Sandra Eloísa Bülau, Elizandra B. Buzanello, LourdesAparecida Della Justina e Celso Aparecido Polinarski

UNIOESTE – Santa Helenamailto:[email protected] [email protected]

INTRODUÇÃO: A aula prática é um fator fundamental nas escolas, desempenhando um importantepapel na aprendizagem, e talvez pela falta das mesmas, a aula se torna cansativa, desgastante e às vezesaté um pouco vaga para os alunos.Uma das formas de trabalho prático é através da produção de modelos didáticos. Segundo FERREIRA(1997), “modelos apresentam alguns problemas quando o professor não deixa claro que são simplificações,tanto na forma como em processos dinâmicos. A construção destes modelos pelos próprios alunos é umaforma de contornar”.Esse projeto tem como objetivo, elaborar aulas práticas e confeccionar modelos para serem utilizadostanto em sala de aula quanto em laboratório utilizando-se conteúdos de Biologia Celular e envolve alunose professores do Ensino Médio do Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Na etapa deprojeto, relatada neste trabalho, foi entrevistado professores de Biologia, do Colégio Estadual Humbertode Alencar Castelo Branco de Santa Helena - PR, onde procuramos saber se os mesmos utilizam aulaspráticas, com quais livros trabalham e se procuram outros materiais para diversificar as suas aulas.

METODOLOGIA: A coleta de dados foi realizada através de entrevista direta com os professores. Aentrevista constitui uma técnica alternativa de se coletar dados não documentados e possibilita que osdados sejam analisados quantitativamente e qualitativamente e tem suma importância para obter dadosreferentes ao comportamento humano (PÁDUA, 2000 p.66). Foram também analisados os livros utilizados,pelos professores e alunos, para a verificação se estes possuem alguns exemplos de aulas práticas na áreade biologia celular. Esta análise nos proporciona qual a verdadeira proposição de trabalhos estes livrosfornecem aos alunos e professores.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através da análise das entrevistas verificou-se que os professoresnão utilizam aulas práticas em seu cronograma de trabalho. Quando questionados o porque da não utilização,alguns alegam que fica um pouco difícil fazê-las por não possuírem materiais apropriados ao desenvolvimentodas práticas por eles conhecidas. Outros dizem que pelo tempo de aula não conseguem trabalhar todo oconteúdo durante o ano letivo e acrescentar aulas práticas, assim não podem fugir do livro didático paratrabalhar o conteúdo total.A análise e caracterização dos livros forneceram a visualização da formação tecnicista, qual se encontraem plena utilização para formação dos alunos, bem como, o uso apenas da metodologia tradicional.Outro ponto verificado é de que os livros utilizados não possuem aulas práticas e os conteúdos sãomeramente relacionados com o cotidiano do aluno. Essa falta de relação com o dia-a-dia dos alunos fazcom que a compreensão do assunto se torne muito dispersivo e de forma desigual em turmas que osprofessores utilizam a metodologia tradicional de ensino.Os livros utilizados como livro texto para os alunos são: “Biologia – PAULINO, Wilson editora Ática,volume único série Novo Ensino Médio 2002 que apresenta 526 exercícios propostos, provas do ENEM1998,1999 e 2000; e 216 testes de vestibular” e “Bio – Volume Único – LOPES, Sonia editora Saraiva5ª edição 1996, que apresenta questões para resumo, testes e questões discursivas. Este tipo de livrosutilizados na área de análise promove a aprendizagem apenas por meio da memorização caso o professornão utilize outra forma de trabalho com os alunos.

CONCLUSÃO: A partir dos dados analisados verificou-se que os professores não se utilizam de aulaspráticas por limitação de materiais e de tempo. Assim, este projeto propõem a elaboração de materiais e

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aulas para ajudar os professores com sua metodologia em sala de aula. Os materiais elaborados devemauxiliar aos alunos na melhor compreensão dos fenômenos biológicos relacionados à biologia celular bemcomo de outros conteúdos relacionados a este, como exemplo a fisiologia e genética.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:FERREIRA, M. M. C. Aula prática sem a utilização do microscópio. VI Encontro “Perspectivas doEnsino de Biologia”- Coletânea.PAULINO, W. R. Biologia, volume único- série, Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2002.LOPES, S. Bio, volume único – 5. ed São Paulo: Saraiva, 1996.PÁDUA, E. M. M. de, Metodologia da Pesquisa: Abordagem teórico-prática. 6ª ed. Campinas, SP:Papirus, 2000, p.200

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GERMINAÇÃO DE Clitoria fairchildiana EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE LUZ ETRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS

Liane Nunes S. Gadelha1, Luciane Pierezon 1 , Roger Vieira da Silva 1, Clovis Daniel Borges1, PollianaBorges Viana1, Silvana de Paula Quintão Scalon2 Centro Universitário da Grande Dourados –

UNIGRAN, Dourados, MS [email protected]

INTRODUÇÃO: A cobertura florestal do Brasil, tem sido intensamente agredida, especialmente nasregiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, onde remanescentes florestais nativos foram reduzidos a8,6%; 9,3%; 15,3% e 36,7% respectivamente, da área originalmente ocupada. No Pantanal as formaçõesarbóreas são exploradas para extração seletiva de madeira na construção de currais, cercas e casas.Atualmente as madeiras consideradas “de lei” estão se tornando reduzidas, havendo necessidade de seconhecer a estrutura e a composição florística das florestas, para embasar estudos futuros de manejosustentável ( Silva et al. 1994).Estudos de recuperação de áreas degradadas utilizam diferentes métodos silviculturais e espécies florestaisas quais são selecionadas segundo suas características ambientais. A falta de conhecimentos sobre ascaracterísticas fisiológicas das espécies utilizadas e a sua interação com as diferentes condições ecológicas,muitas vezes, levado alguns programas ao insucesso. Informações precisas sobre procedimentos paraprodução de mudas de espécies arbóreas nativas no Brasil são muito escassas, existindo apenas paraaquelas que detêm maior interesse econômico.A sombreiro (Clitoria fairchildiana - Leguminosaceae) é uma árvore ornamental, medindo de 6-12m dealtura. Sua madeira é moderadamente pesada e de baixa durabilidade sob condições naturais, sendoempregadas em construção civil como divisórias internas, forros e para confecção de brinquedos e caixotaria.Segundo Lorenzi (1998), os frutos (vagens deiscentes) devem ser colhidos diretamente na árvore quandoiniciarem a abertura espontânea, e secos ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Asemeadura deve ser feita logo em seguida em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso. A emergência ocorre em 10-20 dias e a taxa de germinação é elevada . O desenvolvimento damuda é rápido, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo que podem facilmente ultrapassar 2,5m aos2 anos.

OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade germinativa de sementes de sombreiro.

MATERIAIS E MÉTODOS: As sementes foram colhidas em Dourados, MS em junho de 2003,foram levadas para o Laboratório de Botânica da UNIGRAN onde foram processadas.Foram testadas três condições de luz (luz indireta, escuro sobre bancada no laboratório, pleno sol noviveiro) e cinco tratamentos pré-germinativos (imersão em água quente por 10 minutos-choque térmico);imersão em GA 100 mg.L-1 , nitrato de potássio 0,1% , álcool e testemunha. A semeadura ocorreu emplacas de petri 12 cm sobre papel de filtro (luz indireta e escuro) e em embalagem plástica contendoterra+areia (pleno sol). O escuro foi alcançado envolvendo as placas com papel alumínio. O experimentofoi conduzido em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x5 com 3 repetições de 10sementes por placa. Foram avaliados a porcentagem e o índice de velocidade de germinação segundoPopinigs, 1985, e os resultados avaliados pelo teste de Duncan a 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Não houve interação significativa entre os tratamentos. A porcentagemde germinação e o IVG não variaram entre as condições de luz (média de 18,3% e 0,2 respectivamente),entretanto as sementes testemunha apresentaram maior germinação (30,6%) e IVG (0,32), os demaistratamentos não variaram entre si, sendo que as sementes tratadas com álcool apresentaram a menor

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germinação (1,9%) e IVG (0,02). As sementes de sombreiro apresentaram baixa germinação e ostratamentos estudados não superaram os valores apresentados pelas sementes testemunha.

BIBLIOGRAFIALORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativasdo Brasil. Nova Odessa, SP:Editora Plantarum, 1998. 352p.POPINIGS , F. Fisiologia de sementes .Brasília , Agriplan . 1985 .285p.SILVA, M.P.; POTT, V.J., PONZONI,F.; POTT, A. Análise fitossociológica e estrutural de cerrado emata semidecidual do Pantanal da Nhecolandia. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL,.2,1994, Londrina Programa e Resumos. Londrina. UEL/ sociedade de Ecologia do Brasil. 502p.

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LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE TRILHAS ECOLÓGICAS NO MUNÍCIPIO DESANTA HELENA/PR.

Flávia Fernandes de Carvalho Brito, Josiane Marcela Andrade Silva, Leonardo Padilha da Rosa, MaraLuciane Kovalski, Michelle Cristina Ajala, Milene Miranda Almeida, Rômulo Silvestre Salvador,

Lourdes Aparecida Della Justina e Celso Aparecido Polinarski.UNIOESTE – Santa [email protected]

INTRODUÇÃO - Trabalhar com trilhas ecológicas dentro do ensino fundamental e médio é de grandevalia para promover a conscientização ambiental e auxiliar a manutenção e conservação do meio ambiente,minimizando os problemas ambientais encontrados na natureza (RUBERT, 2002).Um contato direto com ambientes naturais e ou modificado pela ação antrópica, possibilita ao alunocompreender a natureza, fazendo com que ele perceba os danos que o homem esta causando diretamenteao meio ambiente. Estes danos na maioria das vezes devido à necessidade de incorporar novos padrõesde vida. Estes novos padrões denominados pelos homens de conforto (NOGUEIRA, 2001).Desta forma, trabalhos em trilhas ecológicos deverão promover a mudança na relação homem-natureza,fazendo o indivíduo compreender que ele é parte necessária para isso. E no momento em que ele criaruma opinião sobre, além de conservar ele vai transmitir esta importância, procurando atingir assim a todauma sociedade.

METODOLOGIA - Foi realizado o levantamento das trilhas ecológicas no município de Santa Helena.Este trabalho foi desenvolvido pelos acadêmicos do 1º ano do curso de Ciências Biológicas - ExtensãoSanta Helena. As trilhas visitadas foram: trilha interativa do Refúgio biológico no dia 06/08/2003 , trilhainterativa de São Miguelzinho no dia 20/08/2003 e no dia 03/09/2003 a trilha interativa de Vila Celeste.Para utilizar as trilhas como meio de educação deve-se conhecer a estrutura destas. Desta forma, atribuímosas trilhas visitadas um critério de avaliação. Dentro destes critérios foram analisadas, a flora visualizandoos diferentes tipos de vegetação presente em cada trilha, a fauna, as diferentes espécies que habitam olocal, o nicho ecológico e as interações entre os seres vivos. Durante o percurso da trilha foi feito olevantamento das árvores identificadas, e como estas identificações foram confeccionadas, se descritascom nome científico e/ou popular.Verificou-se também, a forma de conscientização aos visitantes da trilha, como placas educativas. Outraavaliação foi o grau de dificuldade de acesso para fazer o percurso em cada trilha, sempre enfocando otrabalho com alunos do ensino médio e fundamental.

RESULTADOS E DISCUSSÕES - Ao analisar as trilhas pode-se afirmar que a Trilha do RefúgioBiológico é um local propício a desenvolver trabalhos práticos para o ensino fundamental, devido aomenor percurso e a possibilidade de se trabalhar vários outros temas centralizadores como exemplo adegradação do meio ambiente. Nesta trilha evidencia-se a identificação de algumas espécies arbóreas,entretanto, existem muitas árvores que poderiam ser identificadas. Na análise sobre a questão de visitasverificou-se a falta de placas educativas durante todo o percurso.A Trilha Interativa do Distrito de Vila Celeste pode fornecer uma ótima resposta na questão de variedadede vegetação, entretanto a vegetação existente na área não é totalmente nativa. A dificuldade encontradafoi no percurso, por ele não atender a necessidade pretendida para o desenvolvimento deste trabalho,pois para completar o percurso é necessário voltar em um ponto para prosseguir na outra parte da trilha.Acredita-se que isso possa prejudicar e dispersar a atenção que se pretende alcançar com os alunos queserão trabalhados. Na análise da identificação verifica-se que existe uma parte identificada e com placaseducativas, enquanto em outra parte não ocorre identificação alguma. Esta região sem identificação encontra-se em recuperação do solo e foi feito plantio de árvores que apresentam características de frutíferas.

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A Trilha Interativa do Distrito de São Miguelzinho pode ser indicada como propícia a trabalhos práticospara o ensino médio devido ao espaço apropriado para locomoção dos alunos e também pela grandevariedade de modificações ocorridas pelo uso da flora. A verificação das ações do homem observadasneste local exemplifica as alterações que podem ser promovidas em ambientes naturais. Esta trilha foi aque apresentou mais árvores identificadas, porém não apresentou placas educativas. Uma dificuldadeencontrada é que existe uma divisão feita por meio de cercas com arames farpados, devido parte dela serutilizada como pastagem para animais. E uma vantagem é a apresentação de uma região de pastagem eoutra em recuperação. Esta em recuperação era utilizada também como área de pastagem, ou seja, regiãocom pisoteio de bovinos.

CONCLUSÕES- Dentre as três trilhas visitadas e analisadas destaca-se como a de melhor aproveitamentopara o trabalho pretendido é a de São Miguelzinho por abranger as necessidades que são identificadas noensino médio no contexto da educação ambiental. Entretanto, comparando as mesmas verificamos quetodas podem ser utilizadas como recurso prático para trabalhar a conscientização ambiental.Todas as trilhas encontram-se em bom estado de conservação para levarmos os alunos a uma concepçãode aprendizagem. As espécies vegetativas encontradas estão identificadas com seus respectivos nomespopulares e científicos. O acesso é fácil promovendo assim um bom aproveitamento dos trabalhos e/ouestudos pretendidos. Contudo acreditamos que a trilha apropriada para o momento, ou seja, para oensino médio, público que deverá ser atingido, é a de São Miguelzinho que nos fornece uma adequaçãoviável aos parâmetros necessários, proporcionando assim, uma iniciativa de conservação do meio ambiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASNOGUEIRA, K. V. Educação Ambiental para Jovens do Colégio Wilson Jofre - Cascavel – PR,na busca de melhor qualidade de vida. Monografia de Conclusão de Curso de Ciências Biológicas,UNIOESTE- Cascavel, PR, 2001.

RUBERT, M. Educação ambiental nas trilhas ecológicas do parque ambiental de Cascavel/PR. Monografiade Conclusão de Curso de Ciências Biológicas, UNIOESTE- Cascavel, PR, 2002.

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IMATUROS DE ODONATA (INSECTA) DO LAGO DE ITAIPU

G. S. Andrade ², A. A. P. Barcelos ¹, A. C. Bier ¹, F. Cunha ¹, L. L. Fantinel ¹, D. C. Horn ¹,P. D. Kirchheim ¹, J. F. Moi ¹, S. L. Toillier ¹, E. F. Toniolo ¹ & S. C. Weisheimer ¹

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Biológicas e da SaúdeRua Universitária 2069, 85819-110 Cascavel, Paraná, Brasil

¹ Acadêmicos de Ciências Biológicas da Extensão de Santa Helena² Professor Orientador

INTRODUÇÃO: Os Odonata, conhecidos como libélulas e lavadeiras, são insetos de hábitos predatóriostanto nos estágios imaturos quanto na forma adulta, e constituem bioindicadores de qualidade da águaonde se reproduzem. Sua diversidade é razoavelmente conhecida nos trópicos. Este estudo enquadra-seno contexto de apontar uma lista primária dos táxons ocorrentes no lago de Itaipu, iniciando-se comapontamentos para o município de Santa Helena a partir da coleta dos imaturos em diversos ambientesaquáticos. Espera-se fazer uma coleção de referência, com os espécimens identificados ao menos emnível hierárquico de família.

MATERIAIS E MÉTODOS: As coletas são realizadas procurando-se sempre explorar as mais diversascondições ambientais, utilizando-se redes entomológicas, peneiras e coadores para a zona ribeirinha, ecanoas e redes de arrasto para coletas distante das margens. Todo o material é trazido vivo ao laboratório,onde é sacrificado em álcool 80º GL para conservação e posterior identificação. Na medida em que asnovidades requererem, coletas serão repetidas com o intuito de se tentar criar os imaturos com vistas aobtenção dos imagos. A identificação segue inicialmente os trabalhos de CARVALHO & CALIL (2000)e COSTA et al. (no prelo). O projeto conta com a colaboração do Dr. Alcimar L. Carvalho (MuseuNacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro).

RESULTADOS PRELIMINARES: Até o presente já foram coletados cerca de 150 exemplares,sendo que o processamento das identificações concentrou-se em exemplares de Anisoptera. A famíliamais bem representada é Libellulidae, com 10 gêneros já identificados, dentre os quais destacamosDiastatops Rambur, 1842, curioso pela conformação dos palpos labiais, e Tauriphila Kirby, 1889,com espinhos dorsais nos segmentos 4-8 cultriformes e bem evidenciados. Dentre os Aeshnidae, já foramcolecionados exemplares de último ínstar de Coryphaeschna Williamson, 1903. Em Gomphidae, foicoligido um exemplar provavelmente pertencente ao gênero Phyllocycla Calvert, 1948, o que constituiráseu primeiro apontamento para ambientes lênticos. E, ainda em estudo, vários exemplares que podempertencer à Cordullidae.

REFERÊNCIASCARVALHO, A. L. & E. R. CALIL. Chaves de identificação para as famílias de Odonata (Insecta)

ocorrentes no Brasil - adultos e larvas. Papéis Avulsos de Zoologia, São Paulo, v. 41, n.15, p.223-241, 2000.

COSTA, J. M., L. O. I. SOUZA, A. N. LOURENÇO & B. B. OLDRINI. Chave para famílias egêneros das larvas de Odonata citadas para o Brasil: comentários e registros bibliográficos. Boletimdo Museu Nacional, Rio de Janeiro, (no prelo).

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THALASSIOSIROPHYCIDAE, COSCINODISCOPHYCIDAE E FRAGILARIOPHYCIDAE(HETEROKONTOPHYTA, BACILLARIOPHYCEAE) DA LAGOA POÇO PRETO,

PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU, ESTADO DOPARANÁ, BRASIL: LEVANTAMENTO TAXONÔMICO.

Bartolomeu Tavares, Eloési Machado dos Santos, Deisiane De Toni, Geisa Cristina Kühn.Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]

1 – INTRODUÇÃO:Dentre os grupos de algas presentes em ecossistemas aquáticos, as diatomáceas sobressaem-se comoum dos mais importantes por sua abundância e riqueza de espécies, podendo inclusive, serem utilizadascomo indicadores biológicos de qualidade de água (WERNER, 1977). O trabalho faz parte da ficoflórulado Parque Nacional do Iguaçu e é o segundo sobre as diatomáceas desta área. O trabalho de METZELTINE LANGE-BERTALOT (1998) consiste no levantamento florístico das Bacillariophyceae e inventariaram95 táxons, sendo o único específico em diatomáceas para a área de estudo. O presente estudo, justifica-se pela necessidade do conhecimento da diatomoflórula regional, já que são organismos extremamenteimportantes em ambientes aquáticos, porém pouco estudados no Brasil. Finalmente, o presente estudoobjetivou analisar taxonomicamente e avaliar a riqueza da diatomoflórula, fornecendo subsídios paraposteriores estudos limnológicos no sistema.

2 - MATERIAIS E MÉTODOS: O lago do Poço Preto (25º35’72"S e 54º23’63"W.), trata-se de uma área inundada, aparentando ser ummeandro abandonado do Rio Iguaçu. As amostras selecionadas foram coletadas em duas estações marginaisdurante os meses de março de 2001 e fevereiro de 2002. O material perifítico foi coletado por espremidomanual de partes submersas de macrófitas aquáticas e raspagem de substratos submersos. Para coletado material planctônico foi utilizada rede de plâncton, construída de tecido de náilon com abertura demalha de 20µm, a qual foi passada vária vez no seio líquido. Fixação e preservação das amostras foramprovidenciadas com solução aquosa de formalina, na proporção de 2% v/v e, em alguns casos, comsolução aquosa de lugol-acético a 1%. Preparação das lâminas semipermanentes contendo materialbiológico para exame ao microscópio seguiu a técnica proposta em SIMONSEN (1974) modificada porMOREIRA FILHO & VALENTE-MOREIRA (1981). O sistema de classificação utilizado foi o deROUND, CRAWFORD & MANN (1990). Identificação taxonômica dos materiais foi providenciadacom auxílio de trabalhos florísticos e de revisão, clássicos e recentes. Terminologia referente à morfologiavalvar seguiu fundamentalmente, ROSS et al. (1979). As amostras e lâminas semipermanentes analisadasque contêm os táxons-testemunho estão depositadas e fazem parte do acervo do Herbário Científico daUniversidade Estadual do Oeste do Paraná (HUNOP).

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3- RESULTADOS E DISCUSSÕES:Tabela 1: listagem dos táxons identificados na lagoa Poço Preto.

Sub-classes Gêneros EspéciesTalassiosirophycidae Cyclotella Cyclotella stelligera var. stelligera

Cyclotella pseudostelligera var. pseudostelligeraCoscinodiscophycidae Melosira Melosira varians var. varians

Melosira sp1 .Aulacoseira Aulacoseira crenulata var. crenulata

Aulacoseira granulata var.granulataAulacoseira granulata var. angustissima

Aulacoseira distans var. distansAulacoseira alpigena var. alpigena

Aulacoseira ambigua var. ambiguaAulacoseira ambigua var. spiralisAulacoseira italica var. italicaAulacoseira sp1.Aulacoseira sp2.

Orthoseira Orthoseira dendroteres var. dendroteresOrthoseira roeseana var. roeseana

Fragillariophycidae Fragilaria Fragilaria fasciculata var. fasciculataFragilaria goulardii var.goulardiiFragilaria ulna var. danicaFragilaria construens var. venter

Fragilariforma Fragilariforma javanica var. javanicaStaurosira Staurosira construens var. construens

4- CONCLUSÕES:O estudo das diatomáceas (Thallassiosirophycidae, Coscinodiscophycidae e Fragillariophycidae)da lagoa Poço Preto, Parque Nacional do Iguaçu, permitiu a seguinte constatação: foram analisadas 12amostras e identificados 22 táxons, distribuídos em 5 famílias, 7 gêneros, 17 espécies e 4 variedades quenão as típicas, além disso 3 gêneros não foram identificados à nível específico. Os gêneros que apresentaramgrande polimorfismo e que apresentaram grande abundância foram Aulacoseira e Staurosira. Todos ostáxons estudados ocorreram exclusivamente em amostras perifíticas.

5- AGRADECIMENTOS:Ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), pela liberação doParque Nacional do Iguaçu para a execução do projeto (Protocolo número 169 de 25/04/2001).

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:METZELTIN, D. ; LANGE-BERTALOT, H. Tropical diatoms of the South America. IcnografiaDiatomologica. Germany: Koeltz Scientific Books. 1998.v.5.MOREIRA-FILHO, H ; VALENTE-MOREIRA, I.M. Avaliação taxonômica e ecológica das diatomáceas(Bacillariophyceae) epífitas em algas pluricelulares obtidas nos litorais dos estados do Paraná, SantaCatarina e São Paulo. Boletim do Museu Botânico Municipal de Curitiba, n.47. p.1-17.1981.ROSS, R.; KARAYEVA, N. I et all. An amended terminology for the Siliceous Components ofthe Diatom Cell. Nova Hedwigia: Hhrenberg, n. 64, p. 513-33, 1979.

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ROUD, F. E.; CRAWFORD, R. M. ; MANN, D. G.The diatoms, biology & morphology of thegenera. New York: Cambridge University Press. 1990. 747p.SIMONSEN, R. 1974. The diatom of the Indian Ocean expedition of R/V “Meteor”,1964-1965.Meteor Forsch.-Ergebnisse Reihe D-Biol., Berlin, v. 19, p. 1-66, 4pl, 1974.

WERNER, D. (Ed. ) The Biology of Diatoms. Los Angeles: Un Cal. Press, Los Angeles, 1977. 497p.

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MODELO DIDÁTICO - COMPACTAÇÃO DO DNA

Márcio Ricardo Ferla, Lourdes Aparecida Della JustinaUnioeste – [email protected]

INTRODUÇÃO: Com a preocupação de facilitar o entendimento dos conceitos e processos biológicospelos alunos na área de genética, alguns pesquisadores têm voltado seus estudos para a proposição demodelos didáticos, entre eles FERRARI E SOUZA (1998). Para GIORDAN e VECCHI (1996), ummodelo didático é uma construção, uma estrutura que pode ser utilizada como referência, uma imagemanalógica que permite materializar uma idéia ou um conceito, tornados assim diretamente assimiláveis.Este trabalho objetivou a proposição de um modelo didático para o estudo da “compactação do DNA(ácido desoxirribonucléico)” no interior da célula eucariota.

METODOLOGIA: Esta pesquisa foi realizada etapas. A primeira envolveu o estudo do processobiológico: compactação de DNA. Na segunda etapa foi realizado o levantamento e a seleção do materiala ser utilizado na confecção do modelo didático (ver figura 1). O material utilizado foi: base de madeira(60 cm/22cm); 68 bolas de isopor (8mm); 80 espirais vermelhas (5mm); 4 espirais pretas (5mm); 2espirais azuis (5mm);1 espiral transparente (5mm); cola para isopor; solda para ferro; 30 cm de fio decobre vermelho; 4 etiquetas; hastes de ferro e fita adesiva. Após a confecção, na terceira etapa, o modelofoi testado no ensino médio do período noturno, totalizando 67 alunos, em dois colégios públicos deCascavel/PR. Estes foram o Colégio Estadual Padre Carmelo Perrone e o Colégio Estadual Wilson Joffre.O modelo apresentado foi trabalhado numa metodologia expositiva/demonstrativa. Anterior a cada aplicaçãofoi aplicado um pré-teste e após um pós-teste, envolvendo conceitos contemplados pelo modelo didático,para verificar a viabilidade do mesmo. Após foram analisados os resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O teste envolveu duas questões fechadas e uma aberta, destasapresentaremos os resultados dos pré-testes e pós-testes.A primeira referia-se a localização física do DNA eucarioto. Do total de respostas do pré-teste: 47 - emtodas as células, 5 - apenas no citoplasma celular, 6 apenas nas células sanguíneas e 9 - apenas nosgametas. Na análise do pós-teste obteve-se: 62 - em todas as células, 1 - nas células sangüíneas e 4 - nosgametas.A segunda questão referiu-se a composição estrutural do cromossomo: Nos pré-testes os resultadosobtidos foram: proteínas e fita de DNA – 35, apenas DNA – 20 , ribossomos e lisossomos – 11, ácidosgraxos – 1. Nos pós-testes os resultados obtidos foram: proteínas e fita de DNA – 51, apenas DNA – 10, ribossomos e lisossomos – 5, ácidos graxos – 1.A última questão solicitava a representação, através de desenho, da molécula de DNA, apontando sualocalização física, justificando como uma molécula tão extensa, fica distribuída no interior do corpo humano.Na análise dos resultados dos pré-testes obteve-se: 18 – não desenharam. Dos 49 que representaram,apenas 4 fizeram de forma correta. No pós-teste, 8 não desenharam. Dos 59 que representaram, 34fizeram de forma correta, sem apontar o nome dos componentes, 12 fizeram de forma correta, descrevendoas estruturas e 13 representaram de forma incorreta.A análise dos resultados da tabulação dos pré-testes e pós-testes evidenciou aumento significativo derespostas consideradas corretas, após aplicação do modelo didático. Salienta-se que houve grandeaceitação do modelo didático pelos alunos e professores dos colégios envolvidos.

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Fig- Modelo didático de compactação do DNA.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este modelo didático, proposto para o ensino médio e superior, poderáser utilizado, como recurso didático, não apenas em aula demonstrativa, mas poderá ser confeccionadopelos alunos com outros materiais disponíveis. Cabe ao professor selecionar e utilizar um modelo didático,de modo e quando julgar mais conveniente e produtivo. A sugestão é que seja utilizado inserido numametodologia problematizadora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:FERRARI, N.; SOUZA, I. R. Simulação do processo de tradução através de um modelo. Genetics andMoleculary biology, 21 (3): 394, 1998.GIORDAN, A.; VECCHI, G. As origens do saber: das concepções dos aprendentes aos conceitoscientíficos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996

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COMUNIDADES FITOPLANCTÔNICA DE UM LAGO MARGINAL DORESERVATÓRIO DE ITAIPU, RIO SÃO FRANCISCO FALSO, MUNICÍPIO DE SANTA

HELENA, ESTADO DO PARANÁ, BRASIL. HETEROKONTOPHYTA(BACILLARIOPHYCEAE): LEVANTAMENTO PRELIMINAR.

Bartolomeu Tavares, Gracieli Aparecida Daronch, Gracieli Cristina Weirich, Nágela Angelini. UniversidadeEstadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,. [email protected].

INTRODUÇÃO: Os lagos artificiais brasileiros, formados pelo represamento de rios, recebem diferentesdenominações, tais como: represas, reservatórios, açudes, etc., que nada são que sinônimos, uma vez queestes ecossistemas têm a mesma origem e finalidade. Além de inúmeros efeitos negativos na região àmontante e sobre o próprio ambiente aquático formado (ESTEVES, 1998). O atual trabalho faz parte doconhecimento da diatomoflórula do Oeste e Sudoeste do Paraná, com o objetivo de analisartaxonomicamente e avaliar a riqueza da diatomoflórula da região, fornecendo subsídios para posterioresestudos limnológicos. Não existe, até o momento, nenhuma referência para a Região de Estudo.

METODOLOGIA: O reservatório insere-se na bacia hidrográfica do rio São Francisco, Falso. Asunidades amostrais selecionadas foram coletadas em cinco estações marginais totalizando, até o presentemomento, 15 amostras durante os meses de julho, Agosto e Setembro /2003 e os locais de amostragemdefinidos de modo a abranger, da maneira mais homogênea possível, e representar tanto material planctônicoquanto o perifítico do ambientes em estudo. O material perifítico foi coletado por espremido manual departes submersas de macrófitas aquáticas e raspagem de substratos submersos. Para coleta do materialplanctônico foi utilizada rede de plâncton, construída de tecido de náilon com abertura de malha de 25µm,posteriormente conservadas em solução de Transeau. A preparação das lâminas semipermanentes contendomaterial biológico para exame seguiu a técnica proposta em SIMONSEN (1974) modificada porMOREIRA FILHO & VALENTE-MOREIRA (1981). Sistema de classificação utilizado foi o de ROUND,CRAWFORD & MANN (1990). Terminologia referente à morfologia valvar seguiu, fundamentalmente,ROSS et all (1979). Amostras e lâminas semipermanentes analisadas que contêm os táxons-testemunhoestão depositadas e fazem parte do acervo do Herbário Científico da Universidade Estadual do Oeste doParaná (HUNOP).

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RESULTADOS:Tabela 1: Lista de táxons estudados, de acordo com Round, Crawford & Mann (1990).Classe Família Gênero EspéciesCoscinodiscophyceae Stephanodiscaceae Cyclotella Cyclotella sp

Melosiraceae Melosirra M. aff. VariansAulacoseiraceae Aulacoseira Aulacoseira sp

A.granulataA. ambígua

Fragilariophyceae Fragilariaceae Fragilaria Fragilaria spF.ulnaF. goulardii

Bacillariophyceae Eunotiaceae Eunotia Eunotia sp.E. flexuosa

Cymbellaceae Cymbella Cymbella spC. túmida

Encyonema Encyonema spGomphonemataceae Gomphonema Gomphonema sp

G. augurG. subtileG. truncatumG. gracileG. parvulum

Achnanthaceae Achnanthes A. minutíssimaA. lanceolata

Cocconeidaceae Cocconeis C. aff.placentulaAmphipleuraceae Amphipleura A.lindheimerii

Frustulia F. rhomboidesF. crassinervia

Sellaphoraceae Sellaphora S. rectangularisPinnulariaceae Pinnularia Pinnularia sp.Naviculaceae Navicula Navícula sp.

Carpatogramma∗ C. cruciculaPleurosigmataceae Gyrosigma Gyrosigma sp.Stauroneidaceae Stauroneis Stauroneis aff. phoenicenterum.Catenulaceae Amphora A. aff. copulataBacillariaceae Hantzschia Hantzschia sp.

Nitzschia Nitzschia sp.Surirellaceae Surirella Surirella sp.

∗ pertence ao Sistema de Simonsen (1974) e não de Round, Crawford & Mann (1990)

CONCLUSÃO: O estudo das diatomáceas (Heterokontophyta,Bacillariophyceae) do bioma em estudo,permitiu a seguinte constatação: foram identificados 34 táxons, baseadas em 2 amostras observadas; osgêneros que melhor contribuíram para o levantamento foram: Gomphonema (17,6%), Aulacoseira (8,8%)e Fragilaria (8,8%).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:ESTEVES, F.MOREIRA-FILHO, H. & VALENTE-MOREIRA, I.M. Avaliação taxonômica e ecológica dasdiatomáceas (Bacillariophyceae) epífitas em algas pluricelulares obtidas nos litorais dos estados doParaná, Santa Catarina e São Paulo. Boletim do Museu Botânico Municipal 47:1-17.1981.ROUND F. E, CRAWFORD, R.M. & MANN, D.G. The diatoms. biology & morphology of thegenera. Cambridge University Press, Cambridge, 1990. 747p.SIMONSEN, R. The diatom of the Indian Ocean expedition of R/V “Meteor”, 1964-1965. MeteorForschungsergebnisse, Reihe D-Biologie 19:1-66. 1974.

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AUMENTO DE BIOMASSA DE Salvinia molesta E Pistia stratiotes ADUBADAS COM EFLUENTE DEBIODIGESTOR DE SUINOCULTURA

Francielly Cunha1, Adilsol Reidel2, Aldi Feiden3, Arcângelo Augusto Signor4

1 Acadêmica de Ciências Biológicas –Unipar/Toledo/PR. E-mail: [email protected] Engo de Pesca – Mestrando em Engenharia Agrícola - Unioeste/Campus Cascavel /PR

3Engo Agro Dr. em Ciências Ambientais, Docente da Unioeste/Campus Toledo/PR4 Acadêmico de Engenharia de Pesca –Unioeste/Campus Toledo/PR

INTRODUÇÃOAs macrófitas aquáticas exercem um importante papel na remoção de substâncias dissolvidas assimilando e incorporandoa sua biomassa. A remoção de poluentes pelas plantas aquáticas é possível devido às características físicas do seusistema radicular que funciona como um filtro biológico por apresentar uma grande concentração de raízes longas efinas (DENÍCULI et al., 2000). O sucesso do tratamento empregando macrófitas vai além do baixo custo e reduzidosgastos energéticos, estas também possibilitam a reciclagem da biomassa produzida, não sendo desperdiçada nosesgotos, assim como alternativa no tratamento de efluentes para evitar efeitos das substâncias tóxicas lançadas aomeio ambiente (POMPÊO, 2003). Macrófitas como Pistia stratiotes e Salvinia molesta apresentam grande diversidadebiológica, consistindo em folhas aéreas que flutuam na superfície da água durante toda sua vida exceto nos estágiosiniciais de seu desenvolvimento os quais mais tarde promovem formação de raízes adventícias muito desenvolvidasadaptadas para a fixação de nutrientes (WETZEL,1981).O presente trabalho objetiva avaliar a produção de biomassa deduas espécies de macrófitas aquáticas flutuantes Salvinia molesta e Pistia stratiotes tratadas com efluente de biodigestorde suinocultura.

MATERIAIS E MÉTODOSO trabalho foi conduzido em tanques experimentais com capacidade de 310 litros de volume total, instaladosem uma semi-estufa pertencente ao laboratório de aqüicultura da Universidade Estadual do Oeste doParaná – Campus de Toledo, durante um período de 30 dias. Os tratamentos utilizados foram –T1 Pistiastratiotes e T2 Salvinia molesta, em um experimento em bloco, com cinco repetições, onde cada unidadeexperimental constituía-se por duas plantas. Utilizou-se 8 litros de efluente de biodigestor de suinocultura,como fertilizante para os mesmos. Os parâmetros físico-químico avaliados foram, a temperatura diariamente,nos períodos de manhã e tarde e semanalmente pH, oxigênio dissolvido (mg.L-1), e condutividade elétrica(µS.cm-1). Ao final do experimento as plantas foram retiradas e avaliadas quanto ao incremento de biomassa,através de uma balança mecânica de bandeja, com precisão de 10g.

RESULTADOS E DISCUSSÃOOs parâmetros físico-químicos apresentaram os seguintes valores: para temperatura 17,72 ±2,57 ºC; oxigênio dissolvido5,97±1,63 mg.L-1; pH 8,21±0,38; condutividade elétrica 327,79±83,07 µS.cm-1. Quanto ao aumento de biomassa, a tabela1 demonstra os resultados para as duas espécies.

Tabela 1: Aumento de biomassa das duas espécies tratadas com efluente de biodigestor de suinocultura.Tratamento Peso médio inicial(g) Peso médio final(g) BiomassaT1 -Pistia stratiotes 7,17±0,11 49,42±11,51 42,25±10,36T2 -Salvinia molesta 9,58±02,26 68,35±22,95 58,77±23,03

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CONCLUSÃO Conclui-se então que a espécie Salvinia molesta obteve melhores resultados quanto ao incremento em biomassa aocontrário da espécie Pistia estratiotes que obteve resultados menores quanto ao incremento em biomassa e menordesvio padrão.

BIBLIOGRAFIA

DENÍCULI, W.; OLIVEIRA, R. A.; ITABORAHY, C.R.; CECON, P.R. Uso de aguapé na

redução de sólidos totais de águas residuárias da suinocultura. Engenharia na Agricultura, v.8, nº1,

p.38 – 53, 2000.

POMPÊO, M. L. M. Hidropônia e as macrófitas aquáticas. Disponível em:<http://

sites.uol.com.br/vivimarc/hidroponia.htm> Acesso em: 21 fev. 2003.

WETZEL, G.R.Limnologia. Ed.Baecelona: ômega, 1981.2v 998pg