Analise

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Analise Mar Português- Fernando Pessoa e A fala do velho do Restelo ao Astronauta O poema inicia-se com uma exclamação do poeta que por sua vez lamenta as desgraças e sofrimentos causados pelas navegações marítimas. Quando fala “O Mar Salgado” quanto do teu sal são as lagrimas de Portugal. Compreendemos que se referem às mortes, vidas perdidas ao atravessar o mar, pelos naufrágios bem como também pelos ataques dos índios. Ainda faz reverencias as mães que choraram os filhos que rezaram os noivos que não se casaram os filhos que rezaram os noivos que não se casaram, como se quisesse exaltar a importância da família nessa luta, e que o sofrimento foi de todos, assim como as conquistas. O autor ainda questiona se valeu à pena. Talvez todas as mortes, desgraças e sofrimento vivido. Depois ele mesmo responde que vem. Tudo vale à pena! O que entenderíamos como a conquista do mar, as inspirações infinitas que o mar proporciona, o privilegia de te-lo e ainda faz reverencia a beleza divina que o mar se apresenta, como espelho do céu. Afirma que as dores sofridas é o preço da gloria. O mar trouxe perigo, mas nele se espelha o céu.

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Analise

Mar Português- Fernando Pessoa e A fala do velho do Restelo ao Astronauta

O poema inicia-se com uma exclamação do poeta que por sua vez lamenta

as desgraças e sofrimentos causados pelas navegações marítimas. Quando fala “O

Mar Salgado” quanto do teu sal são as lagrimas de Portugal. Compreendemos que

se referem às mortes, vidas perdidas ao atravessar o mar, pelos naufrágios bem

como também pelos ataques dos índios.

Ainda faz reverencias as mães que choraram os filhos que rezaram os

noivos que não se casaram os filhos que rezaram os noivos que não se casaram,

como se quisesse exaltar a importância da família nessa luta, e que o sofrimento foi

de todos, assim como as conquistas.

O autor ainda questiona se valeu à pena. Talvez todas as mortes, desgraças

e sofrimento vivido. Depois ele mesmo responde que vem. Tudo vale à pena! O que

entenderíamos como a conquista do mar, as inspirações infinitas que o mar

proporciona, o privilegia de te-lo e ainda faz reverencia a beleza divina que o mar se

apresenta, como espelho do céu.

Afirma que as dores sofridas é o preço da gloria. O mar trouxe perigo, mas

nele se espelha o céu.

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No poema de Saramago “A fala” do velho Restelo ao Astronauta” podemos

observar uma contradição ao poema apresentado anteriormente “mar português” de

Fernando Pessoa.

Em A fala do velho Restelo, o poeta relata os problemas vivenciados pelo

homem na sociedade moderna. Ao falar sobre a “Fome”, podemos interpretá-la

como uma desigualdade social. Ele fala de “Amor, riqueza, pobreza, levando-nos a

entender que está indagando a insatisfação humana sobre a prepotência do poder.

Nos versos “Oceanos Salgados, ilhas mortas, onde não chove, representa

as diferenças das classes sociais, a prepotência dos poderes que se sentem

superiores aos outros,

Saramago critica nesse poema, a perca de valores essenciais da vida, a

ganância humana em busca de poder e fama. Neste poema percebe-se a exaltação

do modernismo, do avanço das ciências tecnológicas e o desprezo para com os

menos favorecidos.

Existe um diferencial enorme entre esses poemas. Em Mar Português,

apesar das percas e sacrifícios sofridos pelas navegações marítimas. Os

portugueses mostram coragem, bravura e esperança. Acreditavam que tudo vale a

pena! Para eles o sofrimento fazia parte da conquista já em “A fala do velho Restelo

ao Astronauta, ele não acredita que tudo valha à pena.

O mar salgado, não representaria luta, sofrimento de um povo que luta pelos

seus ideais, mas sim, o egoísmo, a ambição, os conflitos pelo poder. E mesmo com

toda a exuberância dos avanços na tecnologia, não expressa conquista, mais sem

desengano.

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI-URCA

UNIDADE DESCENTRALIZADA DE CAMPOS SALES-CE

DISCIPLINA: LITERATURA PORTUGUESA I

PROFESSOR: DANIEL

CURSO: LETRAS

SEMESTRE:V

ANALISE

(MAR PORTUGUÊS- FERNANDO PESSOA E A FALA DO VELHO DO RESTELO

AO ASTRONAUTA)

ANTONIA MARIA P. DA SILVA

IVONETE BENEDITO

CAMPOS SALES-CE

MAIO 2015