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Análise Comparativa de duas Metodologias Factíveis para o Cálculo de IPCs com a
Utilização de Microdados do IPC-FIPE
Heron Carlos Esvael do Carmo 1
TEXTO SUJEITO A REVISÃO
Resumo
O principal objetivo deste texto é analisar, a partir da teoria dos números-índices e
considerando as restrições das bases de dados em geral disponíveis, as diferenças entre duas
metodologias factíveis para cálculo de Índices de Preços ao Consumidor baseadas nas
fórmulas de Laspeyres e de Konüs-Byushgens. A primeira na versão adotada pelo BLS-
Bureau of Labor Statistics desde 1926, domina a cena, sendo adotada por quase todas as
instituições oficiais. A fórmula de Konüs- Byushgens, por sua vez, serve de referência ao
cálculo do IPC-FIPE, desde a reformulação ocorrida em 1973. Além disso, o resultado é
afetado pela escolha das fórmulas utilizadas para os cálculos elementares nas fases iniciais
do processo de agregação, pelo modo como é determinada a estrutura de ponderações e os
produtos elementares, pelo método de seleção amostral e por procedimentos de coleta de
preços, notadamente os de substituição de produtos. Os índices são considerados,
"measure-estimators" na acepção de Allen (1975) e assim a cada índice mensal estimado
serão associadas duas estatísticas de variabilidade: a primeira obtida com base nas cotações
de preços de produtos elementares nas amostras de locais e a segunda a partir da
variabilidade de preços relativos de produtos.
1.Introdução
Índices de Preços ao Consumidor são, provavelmente, as estatísticas econômicas
divulgadas com maior freqüência e destaque no Brasil devido à larga utilização desde os
anos sessenta da correção monetária. No entanto, o reconhecimento da importância de
indicadores de inflação não é restrito ao Brasil. Como destaca Boskin et al. (1998):
“Accurately measuring prices and their rate of change, inflation, is central to almost every
economic issue”.
1 Prof. Dr da FEA-USP e Pesquisador da FIPE
endereço eletrônico [email protected]
2
Do ponto de vista teórico o conceito de ICV - Índice de Custo de Vida do qual o IPC é o
“measure-estimator” vem se tornando cada vez menos restritivo, para dar embasamento à
solução de questões de ordem prática, tais como a construção de séries encadeadas de IPCs
e a consideração de que IPCs são estatísticas sociais. De outro lado, o avanço da
econometria e os aprimoramentos na coleta e processamento de dados têm tornado factível
a aplicação de fórmulas superlativas, entre as quais a de Theil-Tornqvist, que se baseiam
em hipóteses menos restritivas sobre o comportamento dos consumidores e que, com
algumas adaptações, podem se tornar alternativas viáveis às fórmulas de Laspeyres e de
Konüs-Byushgens (Índice Geométrico).
Com o desenvolvimento da teoria econômica do consumidor desde a segunda metade do
século XIX, aliado a crescente utilização de matemática e métodos estatísticos aplicados a
problemas econômicos, vários enfoques teóricos foram desenvolvidos para resolver
“problema dos números-índice”. Esses enfoques segundo Diewert (1993 e 2003) e
Samuelson e Swamy (1974) podem ser assimilados por três aproximações teóricas ao
problema: a aproximação econômica; a aproximação axiomática e a aproximação
estocástica. A primeira busca definir a fórmula ideal - "o verdadeiro índice" - a partir de
categorias relativas à teoria econômica, como a teoria do consumidor, por exemplo. A
segunda parte de um conjunto de critérios lógicos, que podem ser apresentados
matematicamente, para estabelecer uma ordenação de fórmulas em cujo ápice estão as
fórmulas superlativas. O enfoque estocástico, no caso de índices de preços, toma por base a
distribuição de probabilidades de relativos de preços para determinar a fórmula ideal. Esta
corresponderia ao estimador de máxima verossimilhança de uma medida de tendência da
distribuição.
Os dois primeiro enfoques em geral levam aos mesmos resultados e são importantes para a
especificação de modelos de comportamento dos consumidores e a escolha da fórmula
correspondente. O enfoque estocástico pode ser tanto considerado como uma alternativa
tanto como complementar aos demais, uma vez que, na prática, as informações relevantes
para a estimação de índices de preços ao consumidor aos demais são geradas com a
3
utilização de métodos de amostragem aleatória, tanto no que se refere à determinação de
estruturas de ponderação como na seleção de produtos elementares e de amostras de locais
em que preços desses produtos são rotineiramente cotados. Assim, IPCs podem ser tratados
como uma estatística por intervalo e não apenas uma “medida com teoria”.
Este texto está organizado em quatro seções, além desta, sendo a primeira dedicada ao
enfoque da teoria econômica com uma breve consideração sobre a aproximação axiomática.
Na seção seguinte é feita uma síntese do enfoque estocástico aplicado ao cálculo de índices
de preços. Na quarta seção são especificados dois modelos factíveis para as fórmulas de
Laspeyres e de Konüs-Byushgens calculados para a mesma base de dados de subíndices do
IPC-FIPE entre janeiro de 2000 e novembro de 2010 para o geral e quatro grupos de
despesas – produtos industrializados, alimentos não industrializados, serviços indexados
sazonalmente e serviços com preços determinados no mercado. Para cada grupo e geral
serão estimados a partir de microdados do IPC-FIPE erros-padrão mensais de relativos de
preços e apenas para índices gerais o desvio-padrão de preços relativos dos subitens. Na
última seção os resultados obtidos são analisados e feitos alguns comentários sobre
aspectos práticos importantes do cálculo de IPCs que não foram discutidos no texto.
2. Uma Síntese da Teoria Econômica dos Números- Índice de Preços e do Enfoque
Axiomático
O ponto central da Teoria Econômica dos Números-Índice aplicada ao Índice de Custo de
Vida é a suposição de existência de interdependência entre preços e quantidades. Assim,
tem-se constituído em elemento importante nas teorias de dualidade, do bem-estar e em
outras aplicações em que o "problema da agregação" se faz presente. Essa corrente foi
formada pela assimilação de outras ao longo do tempo, como reporta Roy (1949). Entre
essas merecem destaque a corrente denominada por Frisch (1936) de índice funcional e o
índice monetário de Divisia (1926). Enquanto o índice funcional é adequado à formalização
de números-índice bissituacionais, o índice de Divisia permite justificar teoricamente a
4
utilização do princípio do encadeamento para a construção de séries, desenvolvido por
Marshall2.
Naturalmente, quando da aplicação da teoria, surgem inúmeras questões empíricas que
levam a busca de referências teóricas para sua solução. Isso tem sido particularmente
importante no caso de IPCs, como proxies de Índices de Custo de Vida. Como mostram
Pollack (1989), Diewert (2003) e Fisher e Shell (1972), entre outros, é necessário impor
restrições importantes à teoria do consumidor para que esta possa servir de tratamento a
importantes problemas empíricos. Entre as questões que requerem justificativas teóricas,
podemos citar: Como na prática deve ser representado o conceito de consumidor
individual? Qual o melhor tratamento para os bens duráveis de consumo? Que alternativas
teóricas são viáveis para o tratamento dos problemas de mudança de qualidade e
surgimento de novos bens de consumo? E, mais importante, como a teoria microeconômica
do consumidor pode ser utilizada para a elaboração de índices em cadeia para agregados de
consumidores?
Neste enfoque, cuja referência fundamental é o artigo do economista russo Alexander
Alexandrovich Konüs (1924), considera-se preços e quantidades ligados em um sistema de
relações definidas a partir da teoria do consumidor. O conceito de ICV de Konüs tem sido
objeto de análise de inúmeros economistas, inclusive alguns que se dedicaram mais
especificamente ao estudo da teoria dos números índices como Pollak (1989), Deaton e
Muellbauer (1994), e Diewert (1993 e 2003), que serão as principais referências na
apresentação do conceito fundamental de ICV.
O ponto de partida é um problema de minimização de custo que é o dual do problema de
otimização clássico em que um consumidor (unidade de consumo) individual visa
2 A referência a Marshall, também feita por Keynes (1930, pág 103), foi obtida em Diewert e Nakamura
(1993-capt 5) que fazem menção na bibliografia à obra “Remedies for Fluctuations of General Prices”,
Contemporary Review 51, 335-375 e Memorials of Alfred Marshall, A.C. Pigou(ed), London: Macmillan,
1925
5
maximizar uma função utilidade ( )tf q , considerados dois períodos - período base
(anterior), em que t= 0, e referência (atual), em que t=1. Assim, dado um vetor de preços
tp , o vetor correspondente de quantidades tq é a solução de um problema de minimização
de custo, que é a outra face do problema de maximização a seguir:
(0.1) Maximizar ( )tf q ; sujeita às restrições: 1
'n
t t t t t
i i
i
p q p q y ;
1 ,......, ' 0t t t
n nq q q ;1 ,....., ' 0t t t
n np p p e 0ty
Na expressão acima se assume que a função utilidade atende as propriedades usualmente
definidas, têm por argumento quantidades não negativas3 de bens e serviços, o consumidor
tem preferências bem definidas e estáveis sobre diferentes combinações de bens e serviços
e ( )tf q é por hipótese uma função contínua, não decrescente e côncava para baixo, que são
condições associadas à possibilidade de encontrar solução para o problema de otimização.
Outra questão diz respeito à hipótese de que as preferências do consumidor não variam
entre os dois períodos de tempo, o que também é discutível como apresentam Fisher e Shell
(1972), uma vez que é razoável que o próprio consumidor mude suas preferências com o
passar do tempo, inclusive em resposta a alterações no ambiente que o cerca.
Como destaca Diewert (1993), o problema clássico de otimização de um consumidor pode
ser decomposto em dois estágios: no primeiro o consumidor visa minimizar o custo de
atingir um determinado nível de utilidade e no segundo estágio, escolhe o nível máximo de
utilidade que é consistente com o valor do orçamento. A solução do primeiro estágio
permite definir uma função custo que depende do nível de utilidade e do preço. Esta
função, representada a seguir, é fundamental para o conceito de ICV.
3 Na expressão acima o símbolo indica não negatividade das quantidades e o símbolo indica que os
preços de todos os bens são positivos
6
(0.2) 1 1
, min { : ( ) ( )} ; 0,1n n
t t t t t t t
q i i i i
i i
C u p p q f q u f q p q t
Tomando como referência a função custo (0.2) é possível definir um índice de custo de vida
para cada nível de utilidade ( )u f q , segundo a proposta de Konüs (1924) em que q é um
vetor de quantidades que serve de referência.
(0.3) 1
0 1
0
( ( ), )( , , )
( ( ), )K
C f q pP p p q
C f q p
A partir dessa expressão é possível deduzir que as fórmulas de Laspeyres e Paasche se
delimitam o intervalo em que se situa o índice de Konüs, também denominado de
"verdadeiro índice de custo de vida". Um resultado conhecido da literatura sobre o assunto
é da correspondência entre especificações de funções utilidade e fórmulas de números-
índices, por exemplo, a correspondência entre funções de utilidade em que o consumo se dá
em proporção fixa -funções a Leontief- e a fórmula de Laspeyres. Como destacam
Samuelson e Swamy (1974), há outras especificações de função utilidade que apresentam
correspondência exata com fórmulas de números índices. Um desses casos é o da
correspondência entre funções de utilidade “a Cobb Douglas” e a fórmula de Konüs-
Byushgens com base na qual é calculado o IPC-FIPE. Segundo os autores citados, a
condição desta correspondência está associada à condição de homoteticidade das
preferências dos consumidores
As implicações da hipótese de homotecidade das preferências para o índice de Konüs são
analisadas por Diewert (2003), a partir da função custo (0.2) previamente definida, com
base na qual obtém-se:
(0.4) 1 1 1
0 1
0 0 0
( ( ), ) ( ) ( ) ( )( , , )
( ( ), ) ( ) ( ) ( )K
C f q p c p f q c pP p p q
C f q p c p f q c p
7
Em síntese, assumindo homoteticidade de preferências, o ICV de Konüs pode ser
determinado de modo mais simples como a razão entre os custos unitários “ótimos” dos
períodos 0 e 1 e independe da cesta de bens e serviços de referência q e do correspondente
nível de utilidade. Do ponto de vista de plausibilidade dessa hipótese, se válida faz com que
os índices de preços sejam independentes do padrão de vida dos consumidores. Além disso,
supondo-se homoteticidade é possível obter resultados muito interessantes no que se refere
a séries encadeadas de IPCs e a construção de índices para grupos de consumidores.
No caso mais geral, o que se pode obter são aproximações ao “verdadeiro ICV”. A busca de
fórmulas exatas, ou que se constituam em aproximações para diferentes formas de funções
econômicas-utilidade, utilidade indireta, custo unitário etc-, tem sido objeto da atenção de
vários economistas4·.Nesse sentido Diewert (1976, 1993) desenvolveu dois conceitos:
"Forma Funcional Flexível" e "Fórmula de Número-índice Superlativa", que é uma nova
versão do conceito de fórmula superlativa de Fisher (1922). Uma forma funcional é flexível
se possibilita uma aproximação, até a segunda ordem, de uma função linear homogênea
arbitrária, que possua derivada primeira e segunda. Uma formula de número-índice é
superlativa se é exata (isto é, consistente) para uma forma funcional flexível. Uma
importante aplicação do conceito de fórmulas superlativas é que, por serem aproximações
até a segunda ordem de funções para diferentes esquemas de substituição, ampliam as
possibilidades de utilização de números-índice.
Outro desdobramento da homoteticidade é a propriedade da consistência na agregação
Vartia (1976); o índice é consistente na agregação se o resultado obtido a partir da
elaboração do número-índice em múltiplos estágios é igual ao valor obtido quando se
procede ao cálculo em um único estágio. Diewert (1978) mostra que uma fórmula
"superlativa" é também aproximadamente consistente na agregação e Blackorby e Primont
(1980) discutem as condições para atender essa propriedade. Do ponto de vista da
utilização dos resultados no cálculo e utilização de IPCs esta é uma condição muito
4 A relação entre os conceitos de função utilidade, função utilidade indireta e função custo unitário é
apresentada, entre outros autores, por Deaton e Muellbauer (1994, cap 2).
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importante, uma vez que na prática os IPCs são calculados em vários estágios, desde os
índices elementares de cada especificação de produto, passando por subíndices de subitens,
itens, subgrupos, grupos e geral.
A esse respeito Pollak (1975) discute as relações entre subindices de custo de vida e o
índice geral com base no conceito de separabilidade de uma função utilidade. Sob essa
hipótese é possível calcular índices de conjuntos de bens e serviços condicionados a um
conjunto complementar mantido sob controle, tendo por referência básica a teoria do ICV,
apresentada anteriormente. Referências à solução de Pollak podem ser encontradas em
Deaton e Muellbauer (1994), que destacam ser fundamental a condição de separabilidade
para que se possa obter subíndices que não dependam da situação de consumo dos demais
bens. Essa hipótese, bastante restritiva e relacionada à hipótese de homoteticidade, é uma
alternativa teórica para embasar a elaboração de índices condicionados ao acesso a bens
públicos, por exemplo. Outra utilização desse conceito é que permite considerar um índice
bissituacional como um subindice em um contexto de múltiplos períodos.
2.2.1 Enfoque Axiomático
Na literatura sobre números-índices é destacada em geral a correspondência deste enfoque,
também denominado de lógico-matemático e dos "testes de Fisher", ao da teoria
econômica. A origem dessa abordagem de busca de solução para o "problema dos números-
índice é o texto clássico de Fisher (1922), em que analisa fórmulas de índices com base em
um conjunto de testes lógicos sempre válidos quando aplicados a um único bem, mas em
geral não atendidos por fórmulas para agregados de bens. A melhor fórmula seria a que
atendesse ao maior conjunto de testes. Os testes de Fisher podem ser classificados em três
categorias:
A primeira categoria inclui três testes:
I) Teste de Identidade: se não houver alteração de preços entre dois períodos, o número-
índice não deve apresentar variação.
(II) Teste de Proporcionalidade: se todos os preços variarem em uma mesma proporção, o
número-índice deverá registrar variação igual a esta proporção.
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(III) Teste de Homogeneidade (mudança de unidade): o número-índice deve ser invariante a
qualquer mudança nas unidades monetárias ou físicas em que os itens são medidos.
A segunda categoria trata da propriedade transitiva em suas duas manifestações:
(IV) Teste de reversão Temporal: o resultado de um número-índice, apresentado na forma
de relativo, entre dois períodos s e t, tendo por base o período s, deve ser igual ao inverso
do número-índice com base no período t.
(V) Teste Circular: isto é, o número-índice entre quaisquer dois períodos de uma série deve
ser independente de como os preços evoluíram, ao longo do tempo, nos períodos
intermediários;
A última categoria requer que sejam considerados dois fatores: preço e quantidade.
(VI) Teste de reversão de Fatores ou decomposição das Causas: o produto de um número-
índice de preços por um número-índice de quantidade, ambos expressos na forma de
relativos, deve ser igual ao número-índice representativo da variação de valor.
Além dos testes apresentados, alguns autores propuseram outro teste:
(VII) Teste de determinação: o número-índice não pode tornar-se nulo, infinito ou
indeterminado.
Fisher (1922) fez um levantamento exaustivo das fórmulas então conhecidas, além de
novas fórmulas propostas por ele, chegando a discutir mais de 100 diferentes fórmulas, não
encontrando nenhuma que satisfizesse a todos. Estabeleceu um ranking das fórmulas
discutidas, conforme o "viés" que apresentavam, relativamente a uma fórmula
supostamente ideal: a média geométrica entre as fórmulas de Laspeyres e Paasche, que
passou a ser denominada posteriormente de fórmula ideal de Fisher. No capítulo XII do
"The Making of Index Numbers" apresenta sete classes de índices da pior para a melhor:
worthless, poor, fair, good, very good, excellent e superlative, conforme o desvio (viés)
relativamente à "fórmula ideal".
10
O fato de nenhuma fórmula passar pelos testes de Fisher suscitou uma série de dúvidas
quanto à sua consistência. O próprio Fisher, em seu livro clássico, discute a validade do
teste circular. Também Frisch (1936), Swamy (1965) e Samuelson e Swamy (1974), entre
outros, concluem que os testes são inconsistentes quando a mesma fórmula é considerada..
Quanto aos testes, os mais restritivos são os de reversão de fatores e o circular. No entanto
esses testes podem ser contornados permitindo-se, no primeiro caso, a adoção de fórmulas
diferentes para preços e quantidades e, no segundo, utilizando-se o conceito de índice
encadeado, para o qual existe uma formalização de muito interesse teórico e empírico que é
o "índice integral de Divisia”.
Mais recentemente, os testes de Fisher passaram a ser fundamentados em conjuntos de
axiomas que pode diferir Diewert (2003) conforme se trate de cálculo de índices
elementares, em que apenas um fator é considerado - preço, por exemplo-, ou de índices
agregativos. No caso prático do cálculo de IPCs as bases de dados são constituídas de
coleta corrente de preços e de estruturas de ponderações determinadas a partir de Pesquisas
de Orçamentos Familiares referentes a um período-período base de ponderação-, bem
anterior ao período base de cálculo. Por sua vez, a coleta sistemática de preços permite que
sejam calculados relativos para componentes elementares e, com base nestes, relativos para
subitens. Como as estruturas de ponderação são mantidas fixas, na maioria dos casos por
anos, os axiomas relevantes levam em consideração vetores de preços para cada período
(p0, p
1,...., p
t). Em vista disso, os axiomas relevantes para IPCs são:
T1: Positividade: P(pt-1
, pt)>0 se todos os preços são positivos.
T2: Continuidade: P(pt-1
, pt) é uma função contínua dos preços.
T3: Identidade: P(pt, p
t)=1.
T4: Homogeneidade para os preços do período t: P(pt-1
, pt)= P(p
t-1, p
t) para todo >0.
T5: Homogeneidade para os preços do período t-1: P( pt-1
, pt)=
-1 P(p
t-1, p
t) para todo >0.
11
T6: Invariância ao sistema de classificação adotado, mantida a composição do índice(5):
P(pt-1
, pt)= P(p’
t-1, p’
t)= em que os vetores p’
t, p’
t-1 têm seus elementos permutados da
mesma forma relativamente a pt, p
0.
T7: Comensurabilidade ou invariância a mudanças nas unidades de medida ou padrão
monetário.
T8: Reversão temporal: P(pt, p
t-1)=1/ P(p
t-1, p
t).
T9: Circularidade ou Transitividade: P(p0, p
2)= P(p
0, p
1)P(p
1, p
2).
T10: Valor médio: 1 1 1min{ / : 1,..., } ( , ) max{ / : 1,..., }t t t t t t
i i i ip p i n P p p p p i n
T11: Monotonicidade com relação aos preços no período t: P(pt-1
, pt)< P(p
t-1, p
t’) se p
t< p
t’.
T12: Monotonicidade com relação aos preços no período t-1: P(pt-1
, pt)> P(p
t-1’, p
t) se p
t-1<
pt-1’
.
No caso de índices elementares, como não se dispõe de informações sobre a estrutura de
ponderações, considera-se que o conjunto de informações disponíveis, para cada
especificação de bem ou serviço, se restringe a preços coletados para o período de
referência e para o período base de cálculo, em uma amostra emparelhada de locais. De
acordo com Eichhorn e Voeller (1976) um índice elementar de preços P(p0, p
1) é uma
função de 2n variáveis, que satisfaz os mesmos axiomas apresentados, acima, com a
ressalva que T1, T2, T3, T4, T5, T7, T11 e T12 são fundamentais para que a função possa
ser considerada um número-índice.
Essas são as propriedades fundamentais e são atendidas pelas fórmulas elementares mais
utilizadas que são:
Fórmula de Dutot: relativo de médias aritméticas
(0.5)
1
0 1 1
0
1
1( )
( , )1
( )
n
i
iDU n
i
i
pn
P p p
pn
;
5 Neste caso optamos por uma denominação própria, que julgamos mais adequada que a denominação dada
por Diewert (2003):”Commodity Reversal Test”.
12
Fórmula de Jevons: média geométrica simples de relativos
(0.6) 1
1/
01
( )n
niJE
i i
pP
p
No entanto há muitas outras fórmulas possíveis de serem utilizadas e permanece a questão
de escolha da melhor.
O problema a esse respeito é que a escolha é condicionada ao conjunto de propriedades
julgadas relevantes. Por exemplo, se for considerado como fundamental o teste de Fisher de
reversão temporal, a fórmula de Carli seria preterida por não atender esse critério.
2.2.2 Índices em Cadeia
Na prática, séries de números-índice de preços, como os IPCs, são calculados por um
processo de encadeamento de índices bissituacionais. A alternativa de comparação direta
entre dois períodos distanciados no tempo, em que provavelmente ocorreram mudanças
expressivas nas condições do problema de otimização do consumidor, não é considerada a
mais adequada. A esse respeito, Keynes (1930, pág 109) escreveu: “The ‘chain method’ of
compiling a series of index numbers, which was first introduced by Marshall, is an attempt
to deal with the problem of changes in the character of consumption by assuming that the
differences are small between any two consecutive positions in the series of positions to be
compared”. Assim, a elaboração de séries encadeadas pode ser ancorada no conceito de
subíndice, desde que válida a hipótese de a função utilidade ser separável no tempo.
Um modo alternativo de analisar a questão está relacionado à constatação de que fórmulas
superlativas, aplicadas ao cálculo de uma seqüência temporal de índices de bissituacionais
para períodos próximos - por exemplo, meses em países com inflação anual em torno de
2%-, se adaptam as variações no sistema de preferências à medida que estas ocorrem Allen
(1975). Na elaboração prática de IPCs, ainda não são utilizadas fórmulas superlativas, mas
já há iniciativas, por exemplo, do BLS americano, no sentido de aplicar aproximações
factíveis de fórmulas superlativas, ou seja, aproximações obtidas com base no conjunto de
13
dados normalmente utilizados para o cálculo de IPCs, como ilustra o texto de Shapiro e
Wilcox (1997).
A busca de índices que se constituíssem em aproximações melhores à trajetória de uma
grandeza não observável diretamente como o nível de preços levou a adoção do conceito de
índice integral de Divisia, mais tarde relacionado à teoria microeconômica e ao conceito de
ICV, como fundamento para o encadeamento de índices bissituacionais. Dessa forma, uma
série de índice seria a correspondente aproximação discreta ao índice integral. Divisia
(1926) tomou como ponto de partida a Teoria Quantitativa da Moeda, que pode ser
colocada em correspondência com o teste de decomposição das causas ou reversão de
fatores de Fisher. Na literatura sobre o assunto, o índice é desenvolvido segundo diferentes
enfoques (6. Na exposição, a seguir, tomaremos como referência a alternativa adotada por
Selvanathan e Rao (1994). Assume-se como referência inicial que tanto os índices
instantâneos como os níveis de preço e quantidade atendem o principio da decomposição
das causas, ou seja, o produto do índice de preços pelo de quantum é igual ao índice de
variação de valor. Assim, tem-se que
(0.7) 1
( ) ( ) ( ) ( ) ( )n
i i
i
V t P t Q t p t q t
V(t), P(t) e Q(t), são índices de valor, preços e quantum, respectivamente, e pi(t) e qi(t) são
os preços e quantidades de cada bem. Tanto índices quanto preços e quantidades são
considerados funções de t. Diferenciando a equação acima se chega a,
(0.8) 1 1
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )n n
i i i i
i i
dV t Q t dP t P t dQ t q t dp t p t dq t . Dividindo-se
convenientemente a expressão acima por V(t) e reorganizando os termos obtém-se
(0.9) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
dV t dP t dQ t
V t P t Q t e,
6 A esse respeito as apresentações de Allen(1975) e Selvanathan e Rao (1994), por exemplo, seguem o
desenvolvimento original de Divisia (1926) e Samuelson e Swamy (1974), Vartia (1976), Brandão (1981) e
Moura de Melo (1982) desenvolvem o problema de forma alternativa.
14
(0.10) 1
( ) ( ) ( ) ( )( )
( )
n n
i i i i
i i
t t
q t dp t p t dq tdV t
V t v v
Igualando os termos correspondentes de (0.12) e (0.13) têm-se duas expressões, uma para
preços e outra análoga para quantidades. Dado o nosso interesse específico nos
restringiremos à fórmula para preços, ou seja,
(0.11) 1
1
( ) ( )( )
( )( ) ( )
n
i i
i
n
i i
i
q t dp tdP t
P tp t q t
,
Dividindo e multiplicando o numerador por pi(t), a expressão acima se transforma em uma
média ponderada e, como a razão entre o diferencial e o nível de uma variável corresponde
ao diferencial do logaritmo da variável, segue que
(0.12) 1
( )[ln ( )] [ln ( )]
( )
n
it i
i
dP td P t w d p t
P t, em que,
1
( ). ( )
( ) ( )
i iit n
i i
i
p t q tw
p t q t
. Assim,
11
ln ( ) ln ( 1) { [ln ( )]}
t n
is i
it
P t P t w d p s ds e 1
1
( ) / ( 1) exp[ { [ ln ( )]} ]nt
is it
i
P t P t w d p s ds
Nas expressões apresentadas, nota-se que o "Índice integral de Divisia" pode ser
interpretado como uma média ponderada das taxas de variação instantânea de cada
componente, onde os pesos correspondem à participação destes no orçamento a cada
instante t. Como as fórmulas utilizadas na prática para cálculo de IPCs são aplicadas para
períodos discretos e depois encadeadas, constituem-se em aproximações discretas à Integral
de Divisa. Mostraremos isto,como exemplo, para o caso do índice Laspeyres-preço.
Calculando-se a primeira diferença do índice e de cada preço e substituindo para simplificar
t-1 por 0 e t por 1, tem-se,
1 0;
1 0
i i i
P P P
p p p, dado isto, o índice de Divisia é aproximado por
15
(0.13)
0 0 0 1 0
0 1 1 11
0 0 0 0 0 00 0 0
1 1 1
[ ]
1 1
n n n
i i i i i i i
i i iPn n n
i i i i i i
i i i
p q p p q p qP PP P
LP P P
p q p q p q
Neste ponto, é interessante discutir as condições em que a integral de Divisia representa um
índice econômico. A questão básica como resume Hulten (1973) é que a fórmula de Divisia
é uma integral em linha. Como, no caso geral, o resultado de uma integral em linha não é
independente da trajetória da variável, poderia ocorrer uma multiplicidade de valores, para
um número-índice, entre dois períodos. Além disso, para que a integral de Divisia possa ser
considerada um índice deve atender às propriedades de invariância e consistência na
agregação.
Um índice satisfaz a condição de invariância se, para qualquer trajetória das observações da
variável indexada que se situe na superfície de transformação correspondente, por exemplo,
uma curva de indiferença, mantiver seu valor inalterado. Independência da trajetória
significa que seu valor em um determinado período depende do nível nesse período da
variável indexada e não do percurso ao longo do qual o nível foi sendo alcançado. As duas
propriedades mencionadas estão ligadas entre si, uma vez que, independência a trajetória
implica em invariância e que a condição de função separável é necessária para a
independência à trajetória. Como comentamos no final da seção anterior, a propriedade da
consistência na agregação se segue da de função utilidade separável.
Com relação às especificações de funções que podem gerar IPCs que satisfaçam os
requisitos de independência a trajetória, invariância e consistência na agregação, a condição
básica é a homoteticidade, constituindo-se o caso de funções utilidade quase-homotéticas
uma aproximação.
2.2.3. Índice Social de Custo de Vida
O conceito ICV de Konüs para um consumidor individual pode ser utilizado como
referência para a definição de índices para um grupo de consumidores (sociedade) nos
16
moldes estabelecidos por Pollak (1989). Esse autor analisou dois conceitos de índice-
plutocrático e democrático-, que se diferenciam quanto ao peso implícito dado a cada grupo
de consumidores em uma sociedade. Em índices plutocráticos é atribuído a cada grupo um
peso equivalente a participação relativa de seus gastos de consumo, relativamente aos
gastos totais da sociedade. Por sua vez, para ICVs democráticos seria atribuído o mesmo
peso a cada grupo independentemente de sua afluência econômica. Um exemplo de índice
baseado no critério plutocrático é o IPCA-IBGE, enquanto o INPC-IBGE ilustraria
aplicação do critério democrático.
Como ilustra o caso dos INPCs-IBGE, isto permitiu aproximar o conceito teórico de ICV
da prática de elaboração de IPCs. Mais recentemente, Diewert (2003) discutiu de modo
mais detalhado as propriedades de índices para grupos consumidores que tomaremos como
referência para chegar às fórmulas de Laspeyres e Konüs-Byushgens aplicadas ao caso
plutocrático. Essas fórmulas correspondem respectivamente a média aritmética e
geométrica ponderadas em a participação da despesa do conjunto de consumidores com
cada bem de consumo no total das despesas de todos os consumidores com todos esses bens
formam a estrutura de ponderação. A ponderação do bem i para o grupo de consumidores g,
o peso de cada grupo nos gastos totais de consumo e a ponderação de bem no total das
despesas do conjunto de consumidores, no período t, são definidas, respectivamente, como,
(0.14)
1
, 0,1; 1,2,..., ; 1,2,...,
t t
gi git
gi nt t
gi gi
i
p qw t g G i n
p q
(0.15) 1
1 1 1
nt t
t tgi gig gt i
g G n Gt t t t
ik ik k k
k i k
p qp q
w
p q p q
(0.16) 1 1
1
1 1
G Gt t t t t
gi gi gi g g Gg gt t t
i gi gG Gt t t t gk k k k
k k
p q w p q
w w w
p q p q
17
Observa-se que nos três casos a soma dos pesos é igual à unidade. Utilizando essas
estruturas de ponderação é possível relacionar índices para cada grupo de consumidores,
que no limite pode ser composto por um único consumidor individual, a índices sociais. Se
adotarmos a hipótese de que os preços são iguais para todas as classes de consumidores,
que não é uma hipótese irrealista se considerarmos que, na maioria das transações, os
consumidores são tomadores de preços, as fórmulas de Laspeyres e Konüs-Byushgens
podem ser simplificadas para:
(0.17) 1 1
0 0 0
0 01 1 1
( ) ( )G n n
i iPL g gi i L
g i ii i
p pP w w w P
p p
(0.18) 1 1
0 0 0
0 01 1 1
exp( (ln( ))) exp( (ln( ))G n n
i iPKB g gi i KB
g i ii i
p pP w w w P
p p
Uma alternativa, a essa forma de atribuir, implicitamente, peso a cada grupo de
consumidores é a de considerar cada grupo homogêneo com igual peso. Este é justamente o
critério dos índices democráticos.
As fórmulas obtidas são especificadas de modo a corresponder aos dados de observação
disponíveis. Estruturas de ponderações para grupos relativamente homogêneos de
consumidores podem ser obtidas em POFs. Ademais faz mais sentido operar-se com grupos
de consumidores do que com consumidores individuais uma vez que com amostras obtidas
por critérios estatísticos chega-se mais próximo de um consumidor representativo de cada
grupo. Desde que haja o controle de fatores específicos associados à região como as
condições ambientais e a disponibilidade de bens públicos, e supondo que o acesso a essas
condições seja igual para todos os grupos sociais em uma mesma região, é possível
simplificar o problema considerando constantes essas condições.
18
3. Enfoque Estocástico
O enfoque estocástico parte da hipótese de a variação de preços observada de uma
mercadoria, ou o equivalente relativo de preços 1 0( / )i ip p ,pode ser decomposto em dois
componentes, um de tendência comum, a inflação ou IPC, e outro de choque aleatório.O
primeiro componente, representaria a variação do nível de preços, enquanto os desvios, em
termos de relativos de preços de cada bem ou serviço relativamente à inflação,
corresponderiam a choques aleatórios, que poderiam ser tratados de forma análoga aos
erros de observação.
A plausibilidade da utilização desse enfoque no caso de IPCs segue do fato de que
praticamente em todos os casos em que seleções amostrais são requeridas, isto é feito com a
utilização de amostragem probabilística. Este é o caso de POFs, da seleção de amostras de
informantes e de componentes de cada item, subitem e, para cada bem ou serviço, das
amostras de especificações (tipo, marca , modelo, unidade, local de compra, etc.). Assim, o
cálculo de um IPC é a estimação de uma medida de tendência central- um measure-
estimator. Como o cálculo desse índice é feito em uma seqüência de etapas, desde o cálculo
de índices elementares até índices agregado o enfoque estocástico é grande utilidade.
No caso mais simples, aplicável a estimação de índices elementares para cada especificação
de produto ou serviço em IPCs, tomando por referência dois períodos 0 e 1, em que foram
cotados preços em uma amostra de n estabelecimentos para cada produto i, tem-se:
(0.19) 1
0; 1,2,....,i
i i
i
pr i n
p
Na expressão acima ri, é o relativo, é medida de tendência central e i é o termo aleatório.
Para o termo aleatório assume-se que a esperança é igual a zero, a variância é constante
(2) e são não-correlacionados. Supondo distribuição normal, ˆ é o estimador de Mínimos
Quadrados Ordinários (MQO) e, também, de máximo verossimilhança (MV) de e
corresponde a fórmula de Carli. A variância de ˆ e o estimador da variância do termo
aleatório são apresentados a seguir:
19
(0.20) 21ˆvar
n
(0.21) 2 2
1
1ˆ ˆ( )
1
n
i
i
rn
A utilização dessa fórmula era recomendada por Edgeworth, como relata Kendall (1969),
mas apresentava alguns problemas. Em primeiro lugar, as observações empíricas indicavam
que as distribuições de relativos de preços apresentavam, na maioria dos casos, assimetria
positiva, ou seja, cauda alongada à direita. Outro problema é que não atendia ao princípio
da reversão temporal. Considerando isto, a fórmula de Jevons poderia ser considerada uma
alternativa mais adequada. O modelo neste caso seria especificado como segue:
(0.22) ˆln( ) ; 1,2,...,i ir i n
Esses modelos que são utilizados no cálculo de índices elementares apresentam a
deficiência de não considerarem a importância relativa de cada componente. Para as
fórmulas que utilizam ponderações para os componentes, o melhor estimador deixa de ser o
de MQO e passa a ser o de Mínimos Quadrados Generalizados (MQG), que por sua vez
pode ser considerado um caso especial do GMM-Método dos Momentos Generalizados,
uma vez que a variância de cada termo aleatório varia com o peso de cada subitem. No caso
de Laspeyres, o modelo é descrito, suprimindo-se o índice referente ao período exceto no
caso das ponderações, como:
Hipóteses:
( ) 0;iE 2
0cov( , )i
i
jw
0 0
0
0 0
1
i ii n
i i
i
p qw
p q
Depois de transformado com a aplicação de fatores para a correção da heterocedasticidade,
o modelo fica, i i iy x , em que
0 0 0; ;i i i i i i i iy r w x w w
Aplicando mínimos quadrados ao modelo transformado, tem-se o estimador de MQG de ,
e os estimadores de sua variância e da variância do termo aleatório,
20
(0.23)
1 0
01 1
2 0 01
1 1
ˆ ; 0,1
n n
i i i ini i
i in ni
i i i
i i
y x p q
w r t
x p q
(0.24) 2 2
2 2 2 0 2
2 0 1 1
1 1
1 1ˆˆ ˆ ˆvar( ) ; ( ) ( )1 1
n n
i i i in ni i
i i
i i
y x w rn n
x w
O modelo que tem como estimador a fórmula de Konüs-Byushgens pode ser obtido como
um caso particular do modelo mais geral apresentado a seguir
Especificação do modelo
(0.25) 01 01 01ln( ) ; 1,2,..., ; 0,1i i ir Dp i n t t
Hipóteses:2
2
01 01 01 01
01
( ) 0;var( ) ;cov( , ) 0;i i i j
i
E constw
e 0 1
01 ( ) / 2i i iw w w
O estimador de MQG do modelo é
(0.26) 01
01 01 01 01 01
1 1
ˆ ( ) i
nnwT
i i i
i i
w Dp I r
As variâncias mais relevantes do modelo são;
(0.27) 2 2 2
01 01 01 01
1
1ˆ ˆ ˆvar( ) ; ( )
n
i i
i
w Dpn
Este modelo que utiliza como fator de ponderação as médias dos pesos de cada subitem nos
períodos base e de referência tem como estimador de MQG a fórmula de Theil- Tornqvist,
que é uma formula considerada superlativa. No caso particular estruturas de ponderações
fixas o estimador corresponde ao “índice geométrico”, também denominado de “índice de
21
elasticidades unitárias” e que Diewert (2003) atribuiu a Konüs e Byushgens7 .Esta é a
fórmula utilizada no IPC Fipe.
Uma observação importante acerca dos modelos especificado para chegar-se às fórmulas de
Laspeyres, de Theil-Tornqvist e de Konüs-Byushgens, como estimadores de MQG, diz
respeito ao significado da estrutura de ponderações. A ponderação de cada subitem
representa a probabilidades de uma unidade monetária, de um grupo de consumidores, se
utilizarmos por referência o critério plutocrático, ter sido gasta com esse produto. Esta é
uma sutileza, entre outras, que permite relacionar os outros enfoques ao enfoque
estocástico. No entanto, persiste um problema de um índice, no caso mais simples,
comparar dois períodos com distribuições de peso em geral diferentes. Outro problema está
relacionado à evidência empírica da distribuição de relativos de preços ter, em geral,
assimetria positiva.
4. Especificação e Estimação de Modelos de IPCs Factíveis Baseados nas Fórmulas de
Laspeyres (IPCA-IBGE) e Konüs-Byushgens com a Utilização de Microdados da FIPE
O cálculo de IPCs ilustra bem como os vários enfoques se integram segundo Carmo (1988).
Em primeiro lugar, o indicador se baseia na teoria do consumidor e mesmo que não se
conheça a função utilidade, utilizando o conceito de fórmulas superlativas é possível chegar
a fórmulas que sejam aproximações a segunda ordem do “verdadeiro índice”. Além disso,
um IPC envolve em seu cálculo um grande volume de informações obtidas com base em
amostras probabilísticas o que permite interpretar o IPC como um estimador.
A base de dados de um IPC é constituída de coletas sistemáticas de preços e de Pesquisas
de Orçamentos Familiares (POFs), realizadas de modo esporádico para atualizar a estrutura
de ponderações e os cadastros de mercadorias e informantes. Quanto ao cálculo do índice,
7 Diewert (2003, cap15, pág 34) atribui esta fórmula a Konüs A. A e Byushgens S.S., que supostamente a
apresentaram no artigo, “ K probleme pokupatelnoi cili deneg”, Voprosi Konyunkturi 2, 151-172.
22
pode ser entendido como um processo em dois estágios. No primeiro estágio são calculadas
médias elementares de relativos de preços cotados em amostras de estabelecimentos, para
cada especificação de produto ou serviço também selecionada por amostragem aleatória.
No estágio seguinte utiliza-se a estrutura de ponderações, também obtida por processo de
seleção probabilística, para agregar subíndices elementares em índices agregados de acordo
com o esquema de classificação do IPC.
A esse respeito é importante observar que um produto é representado em IPCs por uma
amostra de especificações-tipo, unidade, marca etc.-e pode ser considerado sob dois pontos
de vista: e do ponto de vista de análise econômica é entendido como um bem composto na
acepção de Leontief (1936) e Hicks (1939), no sentido de que é identificado como um
produto distinto dos outros, ou seja, podemos separar o espaço de bens entre um
determinado produto e os demais bens de consumo.
4.1. Especificação de Modelos de IPCs Factíveis Baseados nas Fórmulas de Laspeyres
(IPCA-IBGE) e Konüs-Byushgens
Os dois modelos a serem comparados foram especificados tomando como referência o
conceito de média ponderada de ordem de relativos de preços (Hansenkamp, 1976). Isto
permite obter fórmulas considerados os três enfoques teóricos discutidos, desde se
acrescente a cada modelo um termo aleatório. A média ponderada de ordem para uma
cesta de produtos entre dois períodos 0 e 1, é apresentada a seguir.
(0.28) 1/
01
1
( ) [ ( ) ]n
i i
i
I w r ,em que wi é a ponderação de cada subitem,
1
0 1; 1n
i i
i
w w , o relativo de preços 1
0
ii
i
pr
p e 0;
23
A fórmula de Laspeyres exata para funções de utilidade à “Leontief” é obtida para 1 e
0 00
0 0
1
i ii n
i i
i
p qw
p q
e corresponde a uma média aritmética ponderada de relativos de preços, ou
0
01
1
( )n
i i
i
L w r
Por sua vez a fórmula de Konüs-Byushgens é exata para uma função custo homogênea
linear a “Cobb-Douglas” cujo dual é uma função utilidade com o mesmo tipo de
especificação. No caso em que 0 e
1
i ii n
i i
i
p qw
p q
chega-se a uma média geométrica
ponderada de relativos de preços 01
1
( ) i
nw
i
i
KB r
Por sua vez a fórmula superlativa de Theil – Törnqvist, que mencionamos anteriormente, é
exata para uma função translog homogênea linear e é obtida assumindo-se que: 0 e
0 11( )
2i i iw w w Assim,
01
1
( ) i
nw
i
i
TT r
A dificuldade de aplicação de fórmulas superlativas ao cálculo de IPCs reside no fato de
demandarem atualização do sistema de ponderações a cada etapa do cálculo. Isto também
ocorre, mas com defasagem de período, no caso de séries de números-índice em que a cada
elo da cadeia é alterada a estrutura de ponderações, que incluiria além das fórmulas citadas
as de Laspeyres e o de Konüs-Byushgens. Assim, todos os modelos orçamentários
analisados não são factíveis no caso de IPCs, considerados os dados usualmente disponíveis
sendo necessário aplicar adaptações. Além disso, os resultados finais também podem diferir
a depender do critério de ponderação adotado e da fórmula utilizada para a obtenção de
índices elementares.
As fórmulas adaptadas de Laspeyres, conhecida como Laspeyres-BLS, e de Konüs-
Byushgens, utilizada no IPC-FIPE, são mostradas a seguir
24
Laspeyres BLS
(0.29) *
1, 1 1,
1
( ); 1, 2,..., 1,n
i i
t t t t t
i
L w r t s s t t ,em que os pesos modificados a cada mês
t s, são calculados por *
1 0 0, 1 0, 1[ / ]i i i
t t tw w r L em que: 0 00
0 0
1
i ii
ni i
i
p qw
p q
;
* * * * *
0, 1 0,1 1, , 1 2, 1... ...t s s s s t tL L L L L e 0, 1 0,1 1, , 1 2, 1... ...i i i i i
t s s s s t tr r r r r
Fórmula de Konüs-Byushgens
(0.30) 0
1, 1,
1
( ) ; 0,1,...., 1, ,..., 1,i
nwi
t t t t
i
KB r t s s t t
Nas expressões dos dois índices t=0 indica o mês de referência da estrutura de ponderação,
que é considerado o mês de referência da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF),
e t=s indica o primeiro mês base de cálculo em que a estrutura de ponderações foi aplicada.
Esta observação é relevante uma vez que há uma defasagem entre o término da coleta de
dados da POF a determinação da nova estrutura de ponderações, e conseqüente início de
sua aplicação ao cálculo periódico.
Na fórmula de Laspeyres modificado está implícita a hipótese de que o “quantum” de cada
subitem é mantido fixo nos intervalos entre duas estruturas de ponderação, o que só é
compatível com demanda perfeitamente inelástica a preço do bem composto representado
pelo subitem. Por sua vez, o índice Konüs-Byushgens, ou índice geométrico, assume
implicitamente a hipótese de elasticidade-preço da demanda unitária para cada subitem.
Evidentemente se o preço relativo não se altera ou se altera muito pouco as diferenças entre
os dois índices serão nulas ou muito reduzidas. Mas, quando a estrutura de ponderação
básica não é atualizada por anos e a variância de preços relativos dos produtos é elevada, as
diferenças entre índices calculados por essas duas fórmulas tendem a se tornar mais
significativas.
25
Na mesma linha de argumentação é importante avaliar a implicação de utilizar a fórmula de
Dutot ou a de Jevons para o cálculo dos índices elementares uma vez que poderiam se
constituir em fonte de diferenciação de resultados de IPCs calculados para a mesma base de
dados. Com relação às fórmulas elementares Vartia(1978) e Diewert (1995 e 2003)
associam as diferenças de resultados à dispersão de relativos de preços e demonstram que
as fórmulas de Dutot e Jevons se aproximam à segunda ordem.
Considerando que o principal fator de divergência pode ser atribuído a opção de fórmula
agregativa, mostraremos como esta divergência está relacionada ao padrão de dispersão de
preços relativos. O primeiro passo é apresentar as duas fórmulas como médias de relativos
de preços, como segue:
(0.31) *
0, 0
1
(1 ); 1n
i
t i i i
i
L w a a r e 0
0,
1
(1 )i
nw
t i
i
KB a
Expandindo a função 0
(1 ) iw
ia em uma série de potências pelo procedimento de MacLaurin,
ou seja, para ai =0, e truncando no segundo termo, obtém-se
(0.32) 0 2
0
0,
1
(1 )2
ni i
t i i
i
w aKB w a
Como o peso da maioria dos subitens é inferior a 1% e, salvo casos de hiperinflações, a
taxa de variação de preço de cada subitem é próxima de zero, as parcelas de grau 2 podem
ser desprezadas. Assim,
0 0 2 0 0 2 0 0 2
0,
1 1 1 1 1
1 1 11 1 ( 1) ( 1) ( 1)
2 2 2
n n n n n
t i i i i i i i i i i i i
i i i i i
KB w a w a w r w r w r w r e
* 0 2
0, 0,
1
1( 1)
2
n
t t i i
i
KB L w r
A expressão, acima, mostra analiticamente que o índice de Laspeyres tende a superar o de
Konüs –Byushgens. Assumindo que cada relativo foi deflacionado pelo índice geral, de
modo que sua média é igual à unidade, podemos interpretar o termo à direita como uma
26
medida de dispersão de preços relativos. Assim, quanto maior a dispersão maior seria a
diferença entre os dois índices.
4.2. Estimação de Modelos de IPCs Factíveis Baseados nas Fórmulas de Laspeyres (IPCA-
IBGE) e Konüs-Byushgens com a Utilização de Microdados da FIPE
Uma vez especificados os dois modelos estatísticos, com a inclusão de um termo aleatório,
de acordo com o apresentado na seção 3, é possível estimá-los como “measure-estimators”
para obter índices mensais e as respectivas medidas de dispersão. O grau de precisão do
índice é obtido a partir do erro padrão de cada especificação de produto estimado a partir de
cotações de preços nos períodos de referência e base de cálculo. Por sua vez, para estimar a
dispersão entre produtos, que é relacionada a diferença de resultados entre as duas fórmulas
factíveis analisadas será utilizada a “variância de preço de Divisia”.
A base de dados de preços e ponderações foi a do IPC-FIPE em que foram selecionados,
mensalmente de janeiro de 2000 a novembro de 2010, amostras de especificações de
produtos representativas de todos os grupos de despesa do IPC-FIPE. Para facilitar o
processamento só foram incluídos os produtos que compõem atualmente o índice. Assim,
devido às substituições de produtos ao longo do tempo, a amostra variou de 446 produtos
elementares (especificações de produtos) e cerca de 27000 cotações, em janeiro de 2000,
até atingir 774 especificações e cerca de 50.000 cotações em novembro de 2010.
Devido a peculiaridades das amostras de produtos elementares em parte associadas ao
processo de formação de preços estes foram divididos em quatro grupos:
Alimentos não Industrializados com participação de 10,95%
Industrializados com participação de 38,01%
Serviços Indexados com participação de 20,99%
Serviços de Mercado com participação de 30,05%
27
Acerca dos grupos de produtos é importante esclarecer que foram incluídos no grupo dos
Serviços Indexados aqueles com indexação sazonal, ou seja, cuja alteração de preços se
concentra em determinados períodos e afeta um número significativo de pessoas, como
ocorre, por exemplo, com as tarifas de transporte público. Serviços como aluguéis
residenciais sujeitos a indexação contratual, porém diferenciada entre consumidores e
distribuída ao longo dos meses do ano, foram incluídos no grupo de Serviços de Mercado.
Além da divergência explicada pela utilização de fórmulas diferentes, a estimação de IPCs
envolve outras fontes de erro, classificados por Hansen e Lucas (1984) como erros
amostrais e de mensuração. Os erros amostrais dependeriam da variabilidade intrínseca dos
dados, do tamanho da amostra e do processo de amostragem utilizado. Os erros de
mensuração são relacionados à aos métodos de coleta de preços.
Índices de preços ao consumidor, na corrente estocástica são especificados como médias
ponderadas de relativos de preços. No limite, a cada produto ou serviço, é possível atribuir
um peso. Rigorosamente, considerando-se um modelo ideal em que pesos e relativos sejam
estimados a cada elo de cadeia, o cálculo do erro amostral dependerá da variância dos pesos
e dos relativos de preços e da covariância entre pesos e relativos. Contudo isto demandaria
a realização de POFs contínuas e não esporádicas.
Um estimador do erro amostral, que pode ser aplicado aos dois modelos, baseado na
proposta de Banerjee (1975) é o da média ponderada de erros-padrão dos produtos
elementares para cada mês, ou seja:
(0.33) 1, 0 1,
1
( ) ( )n
i i
t t t t
i
s I w s r , em que a estrutura de ponderações é a da POF
O problema passa a ser de como calcular o coeficiente de variação de cada produto
elementar a cada mês. Tomando como referência a fórmula de Dutot que apresenta
resultados próximos a de Jevons, o erro-padrão amostral pode ser estimado segundo
Cochran (1988) por:
28
(0.34)
12
22 2( )
1 12
1
1( ) ( ( ) 2 cov( , ))
i
t
i i i iiis tt t t tt
t
fs p s p p pr rr
n p,
em que: f é a fração amostral (relação entre tamanho da amostra e da população).Na
fórmula, acima, desde que f tenda a zero, como é o caso em análise, ou seja, o tamanho da
população seja muito grande relativamente ao tamanho da amostra, o fator de correção
amostral pode ser aproximado por 1 1f
n n.Combinando-se as duas últimas fórmulas é
possível obter uma medida de dispersão(erro padrão) para o IPC, que combinada à
estimativa obtida a partir das fórmulas (estimadores) , permite tratar IPCs como estatísticas
por intervalo.
Outra medida de dispersão importante é a variância de preços relativos, uma vez que a
divergência entre fórmulas está associada à variância de preços relativos. Evidências
empíricas indicam que fórmulas superlativas tendem a apresentar resultados próximos; em
conjunturas inflacionárias a fórmula de Laspeyres tende a apresentar índices
superestimados, relativamente aos superlativos, enquanto a fórmula de Konüs-Byusgens
tende a apresentar subestimação, se bem que de menor magnitude. Uma medida dessa
dispersão, segundo Selvanathan e Rao (1994), é dada por:
(0.35)2
01
var( ) log( ) logn
ii i
t t ti
wI I I , ou seja dispersão entre o subíndice de cada
subitem (produto) e do índice geral.
5. Considerações Finais
Nas tabelas de resultados mostradas em anexo duas questões são merecedoras de atenção
especial: o fato da fórmula de Laspeyres-BLS ter apresentado uma variação acumulada de
95.31% e a de Konüs-Byushgens de 85,76%, quando aplicadas a mesma base de dados, e o
grau elevado de dispersão medido pelo erro-padrão.
29
Uma implicação importante dos resultados obtidos na comparação entre fórmulas diz
respeito à utilização de IPCs como deflatores e inflatores de valores. Do ponto de vista
restrito de sua utilização para a construção de variáveis utilizadas em modelos
econométricos a diferença obtida dá uma medida do erro em variáveis deflacionadas que
pode se constituir em fator de viés, correspondente ao viés de erro nas variáveis.
Finalmente no que se refere ao erro-padrão, observa-se que em geral foi afetado pelos
valores estimados para o grupo de serviços de mercado, que inclui o aluguel e planos de
saúde, cujos erros-padrão devem estar superestimados devido ao modo como é constituída
a amostra para fins de cálculo dos índices mensais. Além disso, a fórmula utilizada não
considerou a possibilidade de correlação entre os relativos de preços de produtos
elementares, como por exemplo, os cortes de carne de primeira. Assim, o refinamento da
modelagem com relação ao termo idiossincrático, no enfoque estatístico, nos modelos
especificados para a estimação de índices para produtos elementares, tenderá a levar à
redução dos valores obtidos para medidas de dispersão em IPCs.
30
.Referências Bibliográficas
ALLEN, R.G.D.; Index Numbers in Theory and Practice London: The Macmillan
Press, 1975.
BANERJEE, K.S.; Cost of Living Index Numbers-Practice, Precision, and Theory. New
York: Marcel Dekker,1975.
BANERJEE, K.S.; A Comment on the Sampling Aspects in the Construction of Index
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32
Tabela 1
Números-Índice de Grupos e Geral ( base:dez1999=100)
Mês/Ano 1 Alim. não Indust. 2 Industrializados 3 Serv. Indexados 4 serviços de
Mercado
Geral
L-BLS KB L-BLS KB L-BLS KB L-BLS KB L-BLS KB
12/1999 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
1/2000 100,65 100,44 100,22 100,21 101,55 101,49 100,54 100,53 100,64 100,60
2/2000 98,85 98,14 100,07 100,04 102,23 102,16 100,46 100,44 101,29 100,39
3/2000 98,69 97,47 100,65 100,60 102,62 102,52 100,55 100,52 101,15 100,63
4/2000 97,86 96,48 100,97 100,91 102,64 102,54 100,84 100,79 101,47 100,72
5/2000 96,77 95,50 101,06 100,98 102,70 102,59 101,19 101,13 101,59 100,74
6/2000 96,53 95,11 101,51 101,42 102,71 102,60 101,34 101,29 101,62 100,91
7/2000 101,17 99,21 103,25 103,08 103,59 103,43 101,87 101,82 101,82 102,34
8/2000 105,51 103,71 104,53 104,20 106,22 106,00 102,37 102,28 103,34 103,94
9/2000 104,62 103,21 104,94 104,59 107,00 106,75 102,49 102,39 105,02 104,22
10/2000 103,43 102,27 105,16 104,79 107,03 106,78 102,62 102,52 105,27 104,24
11/2000 101,78 100,71 105,31 104,89 107,18 106,93 102,84 102,73 105,27 104,19
12/2000 100,58 99,49 106,02 105,42 107,42 107,16 103,43 103,30 105,24 104,48
1/2001 101,26 100,11 106,28 105,66 108,37 108,07 103,63 103,50 105,61 104,88
2/2001 101,84 100,47 106,15 105,52 108,64 108,34 103,89 103,74 106,05 105,00
3/2001 105,10 103,54 106,28 105,64 108,97 108,66 104,22 104,03 106,20 105,54
4/2001 110,99 108,53 106,45 105,84 109,06 108,75 104,37 104,15 106,78 106,22
5/2001 108,49 106,29 106,72 106,11 110,11 109,86 104,77 104,54 107,56 106,43
6/2001 106,74 104,77 107,22 106,58 113,65 113,41 105,46 105,20 107,72 107,36
7/2001 107,12 105,36 108,41 107,61 117,11 116,92 106,10 105,81 108,68 108,69
8/2001 106,57 104,96 109,36 108,49 121,62 121,20 106,66 106,36 110,11 109,98
9/2001 106,20 104,55 109,51 108,63 123,11 122,51 107,09 106,76 111,53 110,36
10/2001 108,99 107,23 110,47 109,55 123,37 122,76 107,55 107,20 111,99 111,21
11/2001 109,48 107,76 111,64 110,72 123,49 122,88 108,04 107,70 112,86 111,90
12/2001 108,77 107,10 112,07 111,19 123,69 123,11 108,48 108,14 113,54 112,18
1/2002 110,53 108,78 111,89 111,15 125,39 124,73 109,12 108,75 113,80 112,86
2/2002 112,33 110,60 111,73 111,07 126,17 125,42 109,27 108,83 114,48 113,19
3/2002 111,48 109,84 112,23 111,50 125,94 125,17 109,52 109,05 114,82 113,29
4/2002 110,38 108,69 113,29 112,38 124,83 124,13 109,78 109,31 114,95 113,39
5/2002 109,50 107,70 113,67 112,72 124,47 123,82 110,23 109,74 115,07 113,47
6/2002 109,89 108,13 113,96 113,00 124,89 124,14 110,69 110,16 115,18 113,82
7/2002 111,04 108,96 114,93 113,78 126,11 125,26 111,27 110,71 115,57 114,60
8/2002 112,36 110,27 115,54 114,29 129,78 128,52 112,03 111,41 116,49 115,79
9/2002 113,89 112,05 116,48 115,19 130,82 129,61 112,50 111,84 117,88 116,68
10/2002 117,24 115,29 118,72 117,31 131,12 129,93 113,38 112,66 118,77 118,18
11/2002 125,20 122,83 124,18 122,04 131,78 130,45 114,79 113,98 120,33 121,33
12/2002 129,31 126,49 127,48 125,38 132,67 131,17 116,23 115,33 123,86 123,55
1/2003 131,19 128,18 130,28 127,87 138,18 136,80 118,00 116,90 126,20 126,28
2/2003 134,75 131,47 132,06 129,56 141,42 140,09 119,48 118,20 129,17 128,32
3/2003 137,45 133,68 133,33 130,87 142,04 140,85 119,41 118,15 131,38 129,18
4/2003 138,58 134,01 134,64 132,28 142,47 141,28 119,75 118,45 132,27 129,92
5/2003 138,06 133,16 134,84 132,70 143,21 142,00 120,38 119,03 133,09 130,33
6/2003 133,65 129,04 134,14 132,24 144,18 142,91 121,13 119,76 133,46 130,12
7/2003 131,42 127,36 133,49 131,66 144,41 143,13 121,86 120,45 133,14 129,98
33
8/2003 130,78 126,99 133,66 131,81 148,94 147,15 122,21 120,67 132,91 130,82
9/2003 132,74 128,93 134,42 132,57 151,26 149,42 122,78 121,21 133,97 131,93
10/2003 134,61 130,66 134,38 132,60 153,63 151,97 123,36 121,71 135,14 132,76
11/2003 134,25 130,22 134,50 132,70 154,63 153,04 124,05 122,33 136,00 133,16
12/2003 135,64 131,14 135,08 133,24 154,67 153,08 124,90 123,15 136,43 133,74
1/2004 137,15 132,35 135,24 133,32 156,87 155,48 125,86 123,97 137,07 134,61
2/2004 137,05 132,58 135,27 133,27 157,27 155,95 126,45 124,45 138,06 134,86
3/2004 136,41 132,35 135,50 133,37 157,66 156,35 126,70 124,68 138,32 135,02
4/2004 135,52 131,60 136,25 134,11 157,79 156,47 127,35 125,22 138,49 135,41
5/2004 137,91 133,55 137,39 135,21 157,33 155,97 128,14 125,91 138,90 136,19
6/2004 140,69 136,11 139,05 136,80 158,01 156,66 128,98 126,66 139,75 137,45
7/2004 140,74 136,22 139,55 137,17 158,82 157,36 130,89 128,38 141,09 138,29
8/2004 144,04 138,73 140,26 137,78 163,56 161,34 131,44 128,82 142,03 139,68
9/2004 140,50 136,18 140,96 138,42 164,57 162,23 131,95 129,24 143,84 139,94
10/2004 139,17 135,73 142,19 139,60 166,12 163,74 132,70 129,87 144,08 140,82
11/2004 138,12 135,10 143,59 140,87 166,57 164,14 133,67 130,70 144,96 141,57
12/2004 138,73 135,77 145,05 142,09 167,14 164,63 134,81 131,68 145,77 142,52
1/2005 138,17 135,23 145,46 142,50 169,32 166,98 135,89 132,56 146,86 143,33
2/2005 139,25 135,97 145,65 142,60 170,50 168,42 136,45 132,96 147,74 143,84
3/2005 139,88 136,39 145,87 142,74 174,98 173,22 137,16 133,49 148,35 144,97
4/2005 142,64 139,08 147,64 144,27 175,80 174,05 137,73 133,94 149,66 146,17
5/2005 143,62 139,54 148,46 144,98 175,78 174,03 138,42 134,53 150,99 146,68
6/2005 139,44 135,97 148,12 144,64 175,74 174,00 139,31 135,32 151,61 146,39
7/2005 137,53 134,27 148,59 145,06 175,96 174,21 140,88 136,64 151,28 146,81
8/2005 134,75 131,77 148,22 144,58 176,73 174,87 141,27 136,89 151,77 146,52
9/2005 133,77 130,81 149,81 145,92 177,02 175,20 142,01 137,50 151,61 147,17
10/2005 134,87 131,92 150,94 146,84 178,19 176,44 142,82 138,18 152,39 148,10
11/2005 137,97 134,46 150,87 146,70 178,10 176,38 143,49 138,73 153,44 148,52
12/2005 138,72 134,81 151,34 147,00 178,15 176,42 144,49 139,62 153,94 148,97
1/2006 138,28 133,80 152,39 147,82 179,59 177,95 145,64 140,54 154,51 149,73
2/2006 137,44 132,97 152,47 147,63 179,86 178,32 145,98 140,77 155,52 149,69
3/2006 136,86 132,13 153,60 148,30 180,16 178,58 146,10 140,83 155,61 149,91
4/2006 135,86 131,13 153,73 148,37 179,90 178,34 146,63 141,30 156,08 149,93
5/2006 133,15 129,41 152,87 147,61 179,63 178,10 147,37 141,96 156,13 149,58
6/2006 129,43 126,11 152,31 147,02 179,92 178,34 147,86 142,38 155,67 149,11
7/2006 129,94 126,66 152,46 146,99 180,03 178,45 148,79 143,15 155,25 149,43
8/2006 130,75 127,78 152,53 146,93 179,42 177,91 149,35 143,62 155,67 149,60
9/2006 133,14 130,24 152,40 146,77 179,29 177,82 149,83 144,05 155,83 149,97
10/2006 136,99 133,72 152,03 146,41 180,41 178,94 150,16 144,35 156,15 150,56
11/2006 139,35 135,68 152,74 147,05 180,75 179,28 150,52 144,71 156,77 151,22
12/2006 138,02 134,26 153,82 147,99 186,81 185,31 151,73 145,78 157,49 152,81
1/2007 141,25 137,08 154,51 148,63 187,95 186,49 152,60 146,50 159,40 153,84
2/2007 142,93 138,06 154,48 148,60 188,29 186,99 153,88 147,52 160,52 154,35
3/2007 145,16 139,58 154,64 148,72 188,35 187,03 153,68 147,30 161,16 154,53
4/2007 143,63 138,85 155,64 149,59 188,39 187,06 154,41 148,00 161,42 155,00
5/2007 143,47 139,16 156,47 150,30 188,61 187,31 154,96 148,52 161,86 155,53
6/2007 147,71 143,15 156,89 150,71 188,82 187,51 155,56 149,07 162,37 156,38
7/2007 150,07 144,94 156,98 150,76 188,67 187,37 156,41 149,80 163,22 156,82
8/2007 153,62 147,77 157,19 150,89 185,81 184,51 157,22 150,52 163,75 156,92
34
9/2007 153,73 148,10 157,52 151,09 185,90 184,58 158,15 151,31 163,86 157,30
10/2007 154,07 148,60 157,59 151,03 185,42 184,03 158,84 151,93 164,30 157,43
11/2007 160,41 154,00 157,75 151,05 184,78 183,30 159,74 152,71 164,47 158,16
12/2007 167,34 158,51 158,99 152,09 184,67 183,17 161,18 154,03 165,37 159,47
1/2008 169,95 160,40 159,58 152,50 185,60 184,05 162,33 155,01 167,02 160,31
2/2008 168,78 158,83 160,04 152,83 186,51 185,12 162,91 155,50 168,07 160,61
3/2008 167,21 158,24 160,76 153,31 187,45 186,12 163,59 156,13 168,49 161,11
4/2008 166,85 158,87 162,09 154,34 188,39 187,14 164,30 156,76 169,00 161,98
5/2008 173,47 166,21 163,65 155,81 189,25 188,05 165,92 158,15 169,88 163,97
6/2008 181,47 173,06 164,80 156,91 189,07 187,85 167,56 159,58 171,88 165,54
7/2008 183,98 175,13 165,56 157,57 188,42 187,18 168,87 160,82 173,65 166,29
8/2008 180,95 172,86 165,88 157,81 190,51 189,34 170,25 162,05 174,49 166,93
9/2008 179,56 171,62 166,37 158,28 191,93 190,70 171,48 163,12 175,13 167,57
10/2008 181,81 173,17 166,57 158,45 192,85 191,60 173,01 164,51 175,84 168,40
11/2008 181,69 173,87 167,18 159,06 193,02 191,75 174,16 165,51 176,82 169,05
12/2008 178,93 171,48 167,63 159,48 192,83 191,55 175,74 166,80 177,42 169,32
1/2009 180,96 173,53 167,44 159,35 194,87 193,55 176,74 167,68 177,73 170,13
2/2009 180,15 173,23 167,70 159,57 196,13 194,99 177,26 168,15 178,61 170,60
3/2009 181,45 174,87 168,50 160,29 196,19 194,98 177,84 168,86 179,04 171,28
4/2009 180,05 173,83 169,99 161,43 196,05 194,82 178,81 169,54 179,68 171,81
5/2009 180,67 173,81 171,08 162,21 196,30 195,08 179,67 170,21 180,36 172,37
6/2009 180,67 173,36 171,30 162,44 195,70 194,43 180,64 171,15 181,16 172,58
7/2009 182,54 175,47 171,35 162,49 196,25 195,01 181,61 171,87 181,41 173,16
8/2009 182,75 176,23 171,24 162,39 199,80 198,67 182,07 172,26 182,04 173,99
9/2009 179,91 173,26 171,80 162,84 200,89 199,68 182,96 173,02 182,91 174,27
10/2009 178,09 170,92 172,58 163,45 202,24 200,96 183,70 173,72 183,31 174,70
11/2009 179,71 171,43 173,01 163,71 202,93 201,67 184,57 174,40 183,92 175,20
12/2009 178,71 170,65 173,45 163,94 202,87 201,61 185,85 175,43 184,67 175,51
1/2010 183,56 175,09 174,41 164,63 210,18 208,68 186,85 176,45 185,11 177,87
2/2010 187,48 178,39 174,99 164,97 213,13 212,08 187,70 177,13 187,85 179,19
3/2010 192,28 182,58 174,97 164,92 213,23 212,18 188,18 177,61 189,39 179,79
4/2010 197,39 187,10 174,93 164,92 213,23 212,18 188,88 178,36 190,08 180,50
5/2010 196,40 186,28 175,32 165,35 213,28 212,22 190,04 179,33 190,84 180,89
6/2010 191,81 182,66 175,53 165,53 213,45 212,39 191,49 180,48 191,24 180,95
7/2010 189,28 180,81 175,92 165,77 213,75 212,67 192,77 181,70 191,28 181,27
8/2010 187,35 179,52 176,39 166,07 214,18 213,09 193,68 182,52 191,61 181,57
9/2010 191,43 183,05 177,30 166,82 214,64 213,55 194,20 183,16 191,94 182,54
10/2010 201,19 190,66 179,13 168,31 215,32 214,24 195,52 184,27 192,99 184,45
11/2010 207,78 196,18 180,52 169,34 215,59 214,51 196,56 185,15 195,31 185,76
1
Tabela 2
Índices Estimados pelas Fórmulas de Adaptadas de Konüs-Byushgens e Laspeyres, na forma de Relativos, e Medidas de Dispersão de Relativos Intra e Entre Produtos
GERAL GRUPOS
MES/ANO KB L-BLS
Dispersão
Entre
Divisia
Erro
Padrão
Intra
(EPI)
1 Alimentos não
industrializados
Ponderação (
2 Industrializados
Ponderação (
3 Serviços
indexados
Ponderação (
4 Serviços
mercado
Ponderação (
KB L BLS EPI KB L BLS EPI KB L BLS EPI KB L BLS EPI
1/2000 1,0060 1,0064 0,0139 0,0993 1,0044 1,0065 0,0107 1,0021 1,0022 0,0812 1,0149 1,0155 0,0175 1,0053 1,0054 0,2011
2/2000 0,9979 1,0064 0,0132 0,0844 0,9770 0,9821 0,0115 0,9983 0,9984 0,0793 1,0065 1,0068 0,0385 0,9992 0,9992 0,1444
3/2000 1,0023 0,9986 0,0139 0,0685 0,9933 0,9984 0,0109 1,0055 1,0059 0,0727 1,0036 1,0038 0,0139 1,0008 1,0009 0,1209
4/2000 1,0009 1,0031 0,0117 0,0673 0,9898 0,9916 0,0111 1,0031 1,0032 0,0727 1,0002 1,0002 0,0062 1,0026 1,0028 0,1226
5/2000 1,0003 1,0012 0,0117 0,0564 0,9898 0,9888 0,0083 1,0007 1,0008 0,0530 1,0005 1,0005 0,0043 1,0034 1,0035 0,1147
6/2000 1,0017 1,0003 0,0105 0,0546 0,9959 0,9976 0,0086 1,0044 1,0045 0,0536 1,0001 1,0001 0,0011 1,0015 1,0014 0,1099
7/2000 1,0141 1,0019 0,0158 0,1541 1,0431 1,0480 0,0177 1,0164 1,0171 0,0569 1,0081 1,0086 0,0253 1,0052 1,0052 0,4168
8/2000 1,0156 1,0150 0,0187 0,0821 1,0454 1,0429 0,0221 1,0108 1,0124 0,0572 1,0249 1,0255 0,0364 1,0046 1,0049 0,1674
9/2000 1,0027 1,0162 0,0117 0,0685 0,9952 0,9916 0,0193 1,0037 1,0038 0,0522 1,0071 1,0073 0,0570 1,0010 1,0012 0,1152
10/2000 1,0002 1,0024 0,0113 0,0676 0,9909 0,9886 0,0165 1,0019 1,0021 0,0435 1,0003 1,0003 0,0047 1,0013 1,0013 0,1607
11/2000 0,9996 1,0000 0,0094 0,0656 0,9847 0,9841 0,0152 1,0009 1,0014 0,0313 1,0014 1,0014 0,0054 1,0020 1,0021 0,1696
12/2000 1,0027 0,9997 0,0132 0,0450 0,9879 0,9882 0,0162 1,0051 1,0068 0,0359 1,0021 1,0023 0,0022 1,0056 1,0057 0,0969
1/2001 1,0039 1,0035 0,0108 0,0737 1,0062 1,0067 0,0174 1,0023 1,0025 0,0353 1,0085 1,0088 0,0218 1,0019 1,0020 0,1790
2/2001 1,0011 1,0041 0,0094 0,0499 1,0036 1,0058 0,0190 0,9986 0,9987 0,0426 1,0025 1,0025 0,0281 1,0024 1,0025 0,0854
3/2001 1,0052 1,0014 0,0101 0,0734 1,0305 1,0320 0,0166 1,0011 1,0012 0,0375 1,0029 1,0031 0,0125 1,0028 1,0032 0,1820
4/2001 1,0064 1,0054 0,0129 0,0478 1,0482 1,0560 0,0201 1,0019 1,0017 0,0410 1,0009 1,0009 0,0031 1,0011 1,0014 0,0979
5/2001 1,0019 1,0073 0,0113 0,1091 0,9793 0,9775 0,0177 1,0026 1,0025 0,0404 1,0102 1,0095 0,0048 1,0037 1,0038 0,3021
6/2001 1,0088 1,0015 0,0162 0,0500 0,9857 0,9839 0,0159 1,0045 1,0047 0,0404 1,0323 1,0322 0,0191 1,0064 1,0066 0,0960
7/2001 1,0125 1,0089 0,0130 0,0520 1,0057 1,0035 0,0159 1,0096 1,0112 0,0423 1,0309 1,0305 0,0876 1,0058 1,0061 0,0526
8/2001 1,0119 1,0131 0,0168 0,0496 0,9962 0,9949 0,0162 1,0082 1,0087 0,0410 1,0366 1,0385 0,1088 1,0052 1,0053 0,0312
9/2001 1,0035 1,0129 0,0108 0,0358 0,9961 0,9965 0,0163 1,0013 1,0014 0,0366 1,0108 1,0123 0,0549 1,0038 1,0040 0,0285
10/2001 1,0077 1,0041 0,0107 0,0272 1,0257 1,0263 0,0173 1,0085 1,0087 0,0450 1,0021 1,0021 0,0052 1,0041 1,0044 0,0238
2
11/2001 1,0062 1,0078 0,0088 0,0277 1,0049 1,0044 0,0174 1,0107 1,0106 0,0450 1,0010 1,0010 0,0058 1,0046 1,0045 0,0229
MES/ANO KB L BLS DIVISIA EPI KB L BLS EPI KB L BLS EPI KB L BLS EPI KB L BLS EPI
12/2001 1,0025 1,0060 0,0108 0,0264 0,9939 0,9935 0,0194 1,0042 1,0039 0,0403 1,0019 1,0016 0,0023 1,0041 1,0040 0,0259
1/2002 1,0060 1,0023 0,0128 0,0542 1,0157 1,0162 0,0205 0,9997 0,9984 0,0714 1,0131 1,0138 0,0209 1,0057 1,0059 0,0680
2/2002 1,0029 1,0060 0,0111 0,0451 1,0167 1,0163 0,0201 0,9992 0,9986 0,0410 1,0055 1,0062 0,0303 1,0007 1,0013 0,0699
3/2002 1,0009 1,0030 0,0089 0,0444 0,9932 0,9924 0,0192 1,0039 1,0045 0,0479 0,9980 0,9982 0,0373 1,0020 1,0023 0,0543
4/2002 1,0008 1,0011 0,0122 0,0471 0,9895 0,9902 0,0195 1,0079 1,0094 0,0467 0,9917 0,9911 0,0505 1,0024 1,0024 0,0552
5/2002 1,0008 1,0011 0,0086 0,0385 0,9908 0,9920 0,0176 1,0030 1,0034 0,0430 0,9975 0,9972 0,0190 1,0039 1,0041 0,0539
6/2002 1,0031 1,0010 0,0079 0,0404 1,0040 1,0036 0,0159 1,0025 1,0026 0,0513 1,0026 1,0034 0,0025 1,0038 1,0042 0,0621
7/2002 1,0068 1,0033 0,0108 0,0387 1,0077 1,0104 0,0164 1,0069 1,0085 0,0412 1,0090 1,0097 0,0266 1,0050 1,0052 0,0522
8/2002 1,0104 1,0080 0,0142 0,0488 1,0120 1,0119 0,0185 1,0045 1,0053 0,0515 1,0261 1,0291 0,0357 1,0063 1,0069 0,0656
9/2002 1,0077 1,0119 0,0120 0,0503 1,0161 1,0137 0,0169 1,0079 1,0082 0,0510 1,0084 1,0080 0,0254 1,0039 1,0042 0,0789
10/2002 1,0129 1,0076 0,0110 0,0386 1,0289 1,0294 0,0177 1,0184 1,0193 0,0494 1,0025 1,0023 0,0090 1,0073 1,0078 0,0532
11/2002 1,0266 1,0131 0,0221 0,0432 1,0654 1,0679 0,0194 1,0402 1,0460 0,0503 1,0040 1,0050 0,0025 1,0117 1,0124 0,0713
12/2002 1,0184 1,0293 0,0157 0,0417 1,0298 1,0329 0,0214 1,0274 1,0266 0,0481 1,0055 1,0067 0,0031 1,0118 1,0125 0,0680
1/2003 1,0221 1,0189 0,0172 0,0515 1,0134 1,0145 0,0198 1,0199 1,0219 0,0476 1,0429 1,0416 0,0291 1,0137 1,0153 0,0838
2/2003 1,0162 1,0236 0,0176 0,0580 1,0257 1,0271 0,0205 1,0132 1,0137 0,0498 1,0241 1,0234 0,0166 1,0111 1,0126 0,1109
3/2003 1,0067 1,0171 0,0141 0,0418 1,0168 1,0201 0,0203 1,0101 1,0096 0,0474 1,0054 1,0044 0,0102 0,9996 0,9994 0,0647
4/2003 1,0057 1,0068 0,0120 0,0449 1,0025 1,0082 0,0236 1,0107 1,0098 0,0483 1,0030 1,0030 0,0139 1,0025 1,0028 0,0699
5/2003 1,0031 1,0062 0,0158 0,0452 0,9936 0,9963 0,0204 1,0032 1,0015 0,0517 1,0051 1,0052 0,0141 1,0049 1,0052 0,0676
6/2003 0,9984 1,0028 0,0145 0,0524 0,9691 0,9680 0,0181 0,9965 0,9948 0,0533 1,0064 1,0068 0,0184 1,0062 1,0063 0,0876
7/2003 0,9989 0,9976 0,0121 0,0433 0,9869 0,9833 0,0174 0,9956 0,9951 0,0541 1,0016 1,0016 0,0154 1,0058 1,0060 0,0584
8/2003 1,0065 0,9983 0,0156 0,0562 0,9971 0,9951 0,0183 1,0011 1,0013 0,0560 1,0281 1,0314 0,0407 1,0018 1,0028 0,0812
9/2003 1,0084 1,0080 0,0088 0,0544 1,0153 1,0149 0,0179 1,0058 1,0057 0,0519 1,0154 1,0156 0,0687 1,0045 1,0047 0,0609
10/2003 1,0063 1,0087 0,0135 0,0448 1,0134 1,0141 0,0178 1,0002 0,9997 0,0490 1,0170 1,0156 0,0426 1,0041 1,0047 0,0510
11/2003 1,0030 1,0064 0,0098 0,0422 0,9966 0,9973 0,0183 1,0008 1,0009 0,0519 1,0071 1,0065 0,0123 1,0051 1,0056 0,0595
12/2003 1,0044 1,0031 0,0095 0,0382 1,0070 1,0104 0,0188 1,0040 1,0043 0,0510 1,0003 1,0002 0,0020 1,0067 1,0069 0,0543
1/2004 1,0065 1,0047 0,0131 0,0831 1,0093 1,0111 0,0214 1,0006 1,0012 0,1480 1,0156 1,0143 0,0211 1,0067 1,0077 0,0668
2/2004 1,0018 1,0072 0,0129 0,0449 1,0017 0,9993 0,0212 0,9996 1,0002 0,0580 1,0030 1,0025 0,0107 1,0039 1,0047 0,0610
3/2004 1,0012 1,0019 0,0112 0,0418 0,9983 0,9953 0,0198 1,0007 1,0017 0,0474 1,0025 1,0025 0,0128 1,0018 1,0020 0,0631
4/2004 1,0029 1,0013 0,0117 0,0420 0,9943 0,9934 0,0237 1,0055 1,0055 0,0506 1,0008 1,0009 0,0051 1,0043 1,0051 0,0637
5/2004 1,0057 1,0030 0,0113 0,0797 1,0148 1,0177 0,0423 1,0082 1,0084 0,1036 0,9968 0,9971 0,0048 1,0055 1,0062 0,1154
6/2004 1,0093 1,0061 0,0143 0,0411 1,0191 1,0201 0,0199 1,0118 1,0120 0,0534 1,0044 1,0043 0,0057 1,0060 1,0066 0,0579
3
7/2004 1,0061 1,0096 0,0108 0,0523 1,0008 1,0003 0,0202 1,0027 1,0036 0,0530 1,0045 1,0051 0,0200 1,0136 1,0148 0,0857
8/2004 1,0100 1,0067 0,0172 0,0503 1,0185 1,0234 0,0195 1,0045 1,0052 0,0530 1,0253 1,0298 0,0206 1,0034 1,0042 0,0788
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1/2005 1,0057 1,0075 0,0127 0,0590 0,9960 0,9960 0,0220 1,0029 1,0028 0,0682 1,0142 1,0131 0,0446 1,0067 1,0080 0,0710
2/2005 1,0036 1,0060 0,0133 0,0444 1,0055 1,0079 0,0231 1,0007 1,0013 0,0544 1,0086 1,0069 0,0205 1,0030 1,0041 0,0562
3/2005 1,0078 1,0041 0,0160 0,0468 1,0031 1,0045 0,0206 1,0010 1,0015 0,0526 1,0285 1,0263 0,0142 1,0040 1,0052 0,0718
4/2005 1,0082 1,0089 0,0116 0,0398 1,0198 1,0197 0,0211 1,0108 1,0121 0,0505 1,0048 1,0047 0,0034 1,0033 1,0042 0,0584
5/2005 1,0035 1,0089 0,0096 0,0411 1,0033 1,0069 0,0192 1,0049 1,0055 0,0555 0,9999 0,9999 0,0008 1,0044 1,0050 0,0589
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8/2005 0,9980 1,0032 0,0116 0,0476 0,9814 0,9798 0,0185 0,9967 0,9975 0,0624 1,0038 1,0044 0,0112 1,0018 1,0028 0,0649
9/2005 1,0044 0,9989 0,0106 0,0484 0,9928 0,9927 0,0195 1,0092 1,0107 0,0581 1,0019 1,0016 0,0192 1,0044 1,0052 0,0673
10/2005 1,0063 1,0052 0,0113 0,0433 1,0085 1,0083 0,0203 1,0063 1,0076 0,0560 1,0071 1,0066 0,0108 1,0050 1,0057 0,0582
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1/2006 1,0051 1,0037 0,0131 0,0667 0,9925 0,9968 0,0203 1,0056 1,0069 0,0935 1,0087 1,0081 0,0224 1,0066 1,0080 0,0809
2/2006 0,9998 1,0065 0,0120 0,0592 0,9938 0,9939 0,0223 0,9987 1,0005 0,0912 1,0021 1,0015 0,0125 1,0016 1,0024 0,0647
3/2006 1,0014 1,0006 0,0116 0,0437 0,9936 0,9958 0,0228 1,0045 1,0074 0,0501 1,0015 1,0017 0,0087 1,0004 1,0008 0,0677
4/2006 1,0001 1,0030 0,0114 0,0436 0,9924 0,9927 0,0224 1,0005 1,0008 0,0517 0,9987 0,9985 0,0113 1,0034 1,0036 0,0635
5/2006 0,9977 1,0003 0,0134 0,0442 0,9869 0,9801 0,0241 0,9948 0,9944 0,0571 0,9986 0,9985 0,0020 1,0046 1,0050 0,0647
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7/2006 1,0022 0,9973 0,0101 0,0387 1,0044 1,0040 0,0220 0,9998 1,0010 0,0573 1,0006 1,0006 0,0047 1,0054 1,0063 0,0450
8/2006 1,0012 1,0027 0,0108 0,0396 1,0088 1,0062 0,0245 0,9996 1,0005 0,0548 0,9969 0,9966 0,0053 1,0033 1,0038 0,0498
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10/2006 1,0039 1,0021 0,0116 0,0436 1,0267 1,0290 0,0233 0,9976 0,9976 0,0676 1,0063 1,0063 0,0110 1,0021 1,0022 0,0435
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12/2006 1,0105 1,0046 0,0186 0,0418 0,9896 0,9905 0,0222 1,0064 1,0071 0,0611 1,0336 1,0335 0,0077 1,0074 1,0080 0,0482
1/2007 1,0067 1,0121 0,0131 0,0451 1,0210 1,0234 0,0242 1,0043 1,0044 0,0522 1,0064 1,0061 0,0212 1,0049 1,0057 0,0604
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3/2007 1,0011 1,0039 0,0110 0,0429 1,0110 1,0156 0,0257 1,0008 1,0011 0,0515 1,0002 1,0003 0,0058 0,9985 0,9987 0,0641
4
4/2007 1,0031 1,0016 0,0123 0,0386 0,9948 0,9894 0,0220 1,0058 1,0065 0,0593 1,0002 1,0002 0,0031 1,0048 1,0047 0,0433
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6/2007 1,0055 1,0032 0,0123 0,0342 1,0287 1,0295 0,0228 1,0027 1,0027 0,0497 1,0011 1,0011 0,0026 1,0037 1,0038 0,0407
7/2007 1,0028 1,0052 0,0121 0,0400 1,0125 1,0160 0,0226 1,0003 1,0006 0,0478 0,9993 0,9992 0,0175 1,0049 1,0055 0,0521
8/2007 1,0007 1,0032 0,0130 0,0412 1,0196 1,0237 0,0232 1,0009 1,0013 0,0512 0,9847 0,9848 0,0124 1,0048 1,0052 0,0554
9/2007 1,0024 1,0007 0,0095 0,0382 1,0022 1,0007 0,0231 1,0013 1,0021 0,0465 1,0003 1,0005 0,0120 1,0052 1,0059 0,0515
10/2007 1,0008 1,0027 0,0120 0,0509 1,0034 1,0022 0,0241 0,9996 1,0005 0,0799 0,9970 0,9974 0,0208 1,0041 1,0044 0,0450
11/2007 1,0047 1,0010 0,0147 0,0518 1,0363 1,0411 0,0269 1,0002 1,0010 0,0811 0,9961 0,9966 0,0216 1,0051 1,0057 0,0449
12/2007 1,0083 1,0055 0,0151 0,0364 1,0293 1,0432 0,0294 1,0069 1,0079 0,0477 0,9993 0,9994 0,0058 1,0086 1,0090 0,0461
1/2008 1,0052 1,0100 0,0118 0,0409 1,0119 1,0156 0,0277 1,0027 1,0038 0,0484 1,0048 1,0050 0,0206 1,0064 1,0071 0,0503
2/2008 1,0019 1,0063 0,0111 0,0437 0,9902 0,9931 0,0255 1,0022 1,0029 0,0502 1,0058 1,0049 0,0191 1,0032 1,0036 0,0593
3/2008 1,0031 1,0025 0,0105 0,0376 0,9962 0,9907 0,0263 1,0031 1,0045 0,0489 1,0054 1,0051 0,0078 1,0040 1,0041 0,0483
4/2008 1,0054 1,0030 0,0109 0,0390 1,0040 0,9978 0,0257 1,0067 1,0082 0,0552 1,0055 1,0050 0,0020 1,0040 1,0043 0,0490
5/2008 1,0123 1,0052 0,0145 0,0378 1,0462 1,0397 0,0278 1,0096 1,0097 0,0488 1,0049 1,0046 0,0042 1,0089 1,0099 0,0511
6/2008 1,0096 1,0118 0,0127 0,0452 1,0412 1,0461 0,0263 1,0070 1,0070 0,0508 0,9989 0,9990 0,0147 1,0090 1,0099 0,0665
7/2008 1,0045 1,0103 0,0083 0,0424 1,0119 1,0139 0,0252 1,0042 1,0046 0,0473 0,9964 0,9966 0,0051 1,0078 1,0078 0,0685
8/2008 1,0038 1,0048 0,0132 0,0441 0,9871 0,9835 0,0231 1,0015 1,0019 0,0478 1,0115 1,0111 0,0227 1,0076 1,0082 0,0620
9/2008 1,0038 1,0037 0,0090 0,0386 0,9928 0,9924 0,0217 1,0030 1,0030 0,0454 1,0072 1,0075 0,0176 1,0066 1,0072 0,0508
10/2008 1,0049 1,0040 0,0089 0,0422 1,0091 1,0125 0,0252 1,0011 1,0012 0,0487 1,0047 1,0048 0,0076 1,0085 1,0090 0,0642
11/2008 1,0039 1,0056 0,0098 0,0411 1,0040 0,9993 0,0277 1,0039 1,0036 0,0524 1,0008 1,0009 0,0091 1,0061 1,0066 0,0541
12/2008 1,0016 1,0034 0,0133 0,0392 0,9862 0,9848 0,0309 1,0026 1,0027 0,0577 0,9990 0,9990 0,0028 1,0078 1,0091 0,0441
1/2009 1,0048 1,0017 0,0128 0,0546 1,0120 1,0113 0,0333 0,9992 0,9988 0,0703 1,0105 1,0106 0,0230 1,0053 1,0057 0,0645
2/2009 1,0027 1,0050 0,0116 0,0441 0,9983 0,9956 0,0329 1,0014 1,0016 0,0614 1,0074 1,0064 0,0126 1,0028 1,0029 0,0485
3/2009 1,0040 1,0024 0,0116 0,0410 1,0094 1,0072 0,0294 1,0045 1,0048 0,0530 1,0000 1,0003 0,0141 1,0042 1,0033 0,0489
4/2009 1,0031 1,0036 0,0119 0,0415 0,9941 0,9923 0,0317 1,0071 1,0088 0,0572 0,9992 0,9993 0,0072 1,0040 1,0055 0,0492
5/2009 1,0033 1,0038 0,0131 0,0454 0,9999 1,0034 0,0374 1,0049 1,0064 0,0629 1,0013 1,0013 0,0019 1,0040 1,0048 0,0566
6/2009 1,0012 1,0044 0,0103 0,0450 0,9974 1,0000 0,0305 1,0014 1,0013 0,0603 0,9967 0,9969 0,0061 1,0055 1,0054 0,0581
7/2009 1,0033 1,0014 0,0083 0,0466 1,0121 1,0103 0,0298 1,0003 1,0003 0,0554 1,0030 1,0028 0,0183 1,0042 1,0054 0,0615
8/2009 1,0048 1,0035 0,0157 0,0468 1,0043 1,0012 0,0309 0,9993 0,9993 0,0582 1,0187 1,0181 0,0103 1,0022 1,0026 0,0637
9/2009 1,0016 1,0048 0,0112 0,0442 0,9831 0,9844 0,0293 1,0028 1,0033 0,0518 1,0051 1,0055 0,0177 1,0044 1,0048 0,0585
10/2009 1,0025 1,0022 0,0121 0,0448 0,9865 0,9899 0,0285 1,0037 1,0046 0,0507 1,0064 1,0067 0,0127 1,0041 1,0041 0,0656
11/2009 1,0029 1,0033 0,0090 0,0382 1,0030 1,0091 0,0282 1,0016 1,0025 0,0552 1,0035 1,0034 0,0100 1,0039 1,0047 0,0400
12/2009 1,0017 1,0041 0,0110 0,0390 0,9954 0,9944 0,0315 1,0014 1,0026 0,0521 0,9997 0,9997 0,0017 1,0059 1,0069 0,0513
5
1/2010 1,0134 1,0024 0,0179 0,0472 1,0260 1,0271 0,0333 1,0042 1,0055 0,0559 1,0350 1,0360 0,0290 1,0058 1,0054 0,0538
2/2010 1,0074 1,0148 0,0142 0,0552 1,0189 1,0214 0,0345 1,0021 1,0033 0,0574 1,0163 1,0141 0,0433 1,0039 1,0046 0,0682
3/2010 1,0033 1,0082 0,0133 0,0444 1,0235 1,0256 0,0317 0,9997 0,9999 0,0574 1,0005 1,0005 0,0043 1,0027 1,0026 0,0605
4/2010 1,0039 1,0036 0,0175 0,0456 1,0247 1,0266 0,0313 1,0000 0,9998 0,0617 1,0000 1,0000 0,0004 1,0042 1,0037 0,0620
5/2010 1,0022 1,0040 0,0111 0,0463 0,9956 0,9950 0,0345 1,0026 1,0022 0,0546 1,0002 1,0002 0,0024 1,0055 1,0061 0,0709
6/2010 1,0003 1,0021 0,0100 0,0452 0,9806 0,9766 0,0324 1,0011 1,0012 0,0595 1,0008 1,0008 0,0009 1,0064 1,0076 0,0626
7/2010 1,0017 1,0002 0,0091 0,0475 0,9898 0,9868 0,0343 1,0015 1,0023 0,0598 1,0013 1,0014 0,0052 1,0067 1,0067 0,0664
8/2010 1,0017 1,0017 0,0105 0,0474 0,9929 0,9898 0,0329 1,0018 1,0027 0,0602 1,0020 1,0020 0,0012 1,0045 1,0047 0,0686
9/2010 1,0053 1,0017 0,0100 0,0475 1,0197 1,0218 0,0334 1,0045 1,0051 0,0647 1,0022 1,0021 0,0028 1,0035 1,0027 0,0622
10/2010 1,0104 1,0055 0,0128 0,0510 1,0416 1,0510 0,0334 1,0090 1,0104 0,0571 1,0033 1,0031 0,0078 1,0061 1,0068 0,0797
11/2010 1,0071 1,0120 0,0114 0,0396 1,0289 1,0327 0,0368 1,0061 1,0077 0,0518 1,0013 1,0013 0,0066 1,0048 1,0053 0,0482