Analise da imortalidade Biológica

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COLÉGIO ROTARY PEDRO HENRIQUE BACELAR DA SILVA VIDA QUE SEGUE OU NÃO Feira de Santana-BA 2014

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COLÉGIO ROTARY

PEDRO HENRIQUE BACELAR DA SILVA

VIDA QUE SEGUE OU NÃO

Feira de Santana-BA

2014

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PEDRO HENRIQUE BACELAR DA SILVA

VIDA QUE SEGUE OU NÃO

Projeto de bimestre apresentado para

avaliação do 3º ano - A, Filosofia,

Ensino Médio, do Colégio Rotary de

Feira de Santana, BA.

Orientador: Profº. Newton Paiva

Feira de Santana-BA

2014

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5

1 Relação artigo de Kanitz e pensamento cartesiano ........................................................... 6

2 Imortalidade segundo a ciência ........................................................................................... 7

3 Perpetuaçãoe Imortalidade ................................................................................................. 8

4 Paradoxo metafísico existente na proposta de Kanitz ...................................................... 9

5 Influências dos principais períodos filosóficos no artigo ................................................ 10

6 Imortalidade e reencarnação da alma .............................................................................. 11

7 Convergência entre Stephen Kanitz e a metafísica ......................................................... 12

8 Relação entre o artigo e substância pensante, infinita e existência ............................... 13

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 14

ANEXO A –Artigo "A vida após a morte" .......................................................................... 15

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INTRODUÇÃO

A complexidade da metafísica, seu grau de entendimento é um grande empecilho para

a maioria da população ter o impulso de querer busca-la, saber mais sobre. Um dos grandes

assuntos discutidos na metafísica é a imortalidade. Assunto o qual é abordado neste mesmo

projeto, através da visão de Stephen Kanitz, analisando o artigo publicado pelo mesmo, “A vida

após a morte”, o qual se encontra em anexo.

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RELAÇÃO ARTIGO DE KANITZ E PENSAMENTO CARTESIANO

As perguntas, as dúvidas, os questionamentos apresentados no texto “A vida após a

morte”, de Stephen Kanitz, tem influências do pensamento de Rene Descartes, ou pensamento

cartesiano, onde não se admite nada como verdade se não é experimentado evidentemente, o

que evita preconceitos, precipitações quanto ao conceito, tendo como verdade apenas àquilo

que for de uma clareza que não se pode levantar mais dúvidas (verdade absoluta), sem

oportunidades de criar oposições a determinada ideia.

Porém existem divergências quanto a alguns quesitos. Por exemplo, Kanitz afirma que

os genes serão misturados ao longo do tempo e seremos uma grande irmandade, porém ele não

pode afirmar que tal coisa acontecerá, pois ele está tentando prever algo que pode vir a

acontecer, logo ele teria que usar o benefício da dúvida, já que não há meio de afirmar com toda

certeza que isso irá incidir no futuro. Neste caso, lhe falta a razão que Descartes tanto preza,

logo esse conceito é refutável.

A imortalidade que é sugerida pelo Stephen Kanitz consiste, não numa imortalidade

corpórea ou de espirito, mas sim de sua descendência, seus filhos, netos, bisnetos e assim

sucessivamente. Seria a imortalidade de seus conceitos, valores, dignidade, educação que serão

passados hereditariamente. Kanitz, ainda, dá a entender o repúdio ao providencialismo, onde se

nega que tudo é consequência da vontade divina.

Fazendo uma rápida análise, percebemos que ele, Kanitz, vê em diferentes e possíveis

campos temporais, tanto curto quanto longo. Curto ao afirmar que poderemos ver o sucesso da

geração que colocamos no planeta, mas longo ao deduzir que seremos uma só grande família

através da miscigenação de raças por casamento.

Isso poderia se tomar como uma querela, ou o ponto inicial de uma investigação, pois a

afirmação dele não contém o que poderia se chamar de verdade absoluta, afinal não

necessariamente nossos filhos irão ter filhos, ou os filhos de nossos filhos seguiriam o mesmo

padrão de vida, costumes, ou conceitos morais que nós tenhamos passado, ou não, para nossos

filhos.

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IMORTALIDADE SEGUNDO A CIÊNCIA

Em seu artigo, Kanitz deixa claro as influências da filosofia moderna no seu discurso,

juntamente com o cientificismo, que explicaria todos os seus questionamentos quanto à

imortalidade, afinal a imortalidade para ele seria passada através das gerações, chegando num

estágio em que todos seriam, de alguma forma, parentes.

Seguindo esses padrões de raciocínio de Kanitz, podemos observar que em relação às

ciências a imortalidade está a um passo de se tornar uma realidade concreta. Em se tratando da

Biologia, a imortalidade seria assegurada através da hereditariedade, tal como pensa Stephen

Kanitz. Se baseando na transmissão de genes de pai para filho.

Porém, analisando de uma forma mais branda, também percebemos influências da

Sociologia, conceitos de ética, moral dentro do texto, quando ele afirma que devemos manter

boas relações com os outros e passar boas maneiras para nossa própria prole, mantendo isso

num ciclo que, no julgamento de Kanitz, seria o ideal pra todos.

Há algum tempo, a ciência conhecida como Alquimia, que é uma combinação de uma

gama de outras ciências, Biologia, Química, Física, já tentou, por meios que fazem referência

direta com essas ciências, conseguir a chave para se tornar imortal. O que poderia se relacionar

de forma clara com a metafísica aplicada na filosofia na Modernidade.

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PERPETUAÇÃO E IMORTALIDADE

Segundo o filosofo Stephen Kanitz, a espécie é imortal, pois seu DNA perpetua nas

gerações seguintes, ou seja, a genética mostra que você continuará “vivo” depois de sua morte,

no DNA de seus filhos.

A ciência lida com fatos explicáveis e controláveis, previsíveis e reproduzíveis, pois

ninguém surge do nada, tudo que vemos na natureza é resultado de processos progressivos.

Assim usando o caráter filosófico se você pretende ser imortal deve cuidar daqueles que

continuarão a carregar seu DNA.

Tomando como base a frase de Aristóteles “O pai continua preservado em seus

descendentes”, é exatamente a ideia de imortalidade para Kanitz, a carga genética de um

individuo continua viva, perpetuando, assim, a família e seus caracteres ao longo da historia.

Como consequência seus genes serão lentamente misturados através do casamento dos

seus filhos e netos com praticamente todos os outros seres humanos da Terra, envolvendo assim,

também, a religião que designa que somos todos irmãos.

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PARADOXO METAFÍSICO NA PROPOSTA DE STEPHEN KANITZ

“O cientista Carl Sagan adverte, como muitos outros, que vida só se tem uma

e que devemos aproveitar ao máximo a que temos. Aonde eu quero chegar é que,

dependendo de sua resposta a essa questão, seu comportamento em terra será

criticamente diferente. Resolver essa dúvida religiosa logo no início da vida adulta é

mais importante do que se imagina. Obviamente, essa questão tem inúmeros ângulos

e dimensões mais completas do que este curto ponto de vista, mas existe uma

dimensão que poucos discutem. ” (KANITZ, 2008)

Partindo do ponto em que filósofos criaram explicações para este fato entra a ideia do

paradoxo metafísico contido no texto de Kanitz relacionado com os períodos da filosofia.

Chamamos de Idade Média, o longo período de quase mil anos, que começou no ano 476,

quando o Império Romano do Ocidente caiu nas mãos dos povos bárbaros, e se estendeu até

perto das Grandes Navegações, em 1453, quando Constantinopla foi tomada pelos turcos

otomanos.

Chama-se Média porque foi um período intermediário entre a Idade Antiga e a Idade

Moderna. A idade contemporânea é o período específico atual da história do mundo ocidental,

iniciado a partir da Revolução Francesa logo depois iniciando a idade moderna. A Idade

Moderna é um período específico da História do Ocidente. Destaca-se das demais por ter sido

um período de transição por excelência.

Estes três períodos da historia são de muita importância para a filosofia, argumentos que

relacionem o texto de Kanitz e esses períodos é que todos tiveram influência baseada na razão,

explicando que o individuo pode continuar vivo depois de sua morte não pela religião, que

prega que a alma, substância pensante, vive após a morte do corpo, mas sim no DNA de seus

descendentes, segundo a ciência, perpetuando suas características no mesmo.

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INFLUÊNCIAS DOS PRINCIPAIS PERÍODOS FILOSÓFICOS NO

ARTIGO

Exemplo 1: O cientista Carl Sagan fala que a vida só tem uma e que devemos aproveitar

ao máximo o que temos.

Exemplo 2: já Carpe Diem ensinava ao autor Robin Willians “curtam o sexo e o rock

and roll”.

Sociólogos e cientistas políticos vão argumentar que o céu é um engenhoso truque das

classes religiosas para manter as massas “bem-comportadas e responsáveis”. Sendo assim

dividiu-se a filosofia em períodos importantes na história:

Os Pré-Socráticos: Foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por

volta do século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com

o Universo e com os fenômenos da natureza. Chamados “cosmologistas”.

Período Clássico: Os séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande

desenvolvimento cultural e científico. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema

político democrático, proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do pensamento.

É a época dos sofistas e do grande pensador Sócrates.

Filosofia Contemporânea: O conhecimento é ampliado e faz surgir um novo objeto de

estudo, o próprio homem. Cada época abrange uma corrente de pensamento, juntamente com

seus respectivos conceitos e pensadores. Entre os filósofos idealistas estão Descartes, Kant e

Hegel. Já na tradição racionalista pós-cartesiana temos Pascal, Spinoza, Guilherme de Occam

e Leibniz. No palco inicial do empirismo moderno os principais representantes são: Francis

bacon, Locke, Berkeley e Hume. Dentro da filosofia política destacam-se os seguintes filósofos:

Aristóteles, Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau, Engels, Maquiavel, Voltaire, Fichte,

dentre outros. Já no positivismo temos Augusto Comte.

Esses são alguns exemplos dos filósofos mais importantes da historia com seus

respectivos períodos.

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IMORTALIDADE DA ALMA E REENCARNAÇÃO

Stephen Kanitz, por meio de conclusões platônicas, fala que continuaremos vivos depois

de nossa morte, no DNA de nossos filhos e assim continuará de geração em geração e que

nossos genes serão misturados através do casamento de filhos e netos.

Ele acredita que com o passar do tempo seremos todos irmãos ou parentes e por isso

precisamos ser mais solidários, fraternos e perdoar uns aos outros como pregam as religiões.

Para Kanitz precisamos curtir mais o dia-a-dia, mas sempre com responsabilidades e não deixar

um mundo pior para nós mesmos, pois são nossos genes que viveram nesse futuro e o inferno

para ele é deixar filhos drogados, sem emprego e sem uma profissão e vida social útil.

Segundo ele, ninguém precisa ter medo da morte sabendo que seus genes serão imortais,

mas também teremos que saber se nossos filhos e netos serão bem-sucedidos e dignos de nosso

sobrenome e com isso um dos principais objetivos da vida são criar filhos sadios, educá-los e

apoiá-los no que for necessário.

Pessoas que procuram a imortalidade em outras coisas não se darão bem, então se

pretendemos ser imortais, necessitamos cuidar bem de quem continuará carregando nosso DNA

para sermos devidamente recompensados ou punidos, assim fala Stephen Kanitz.

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CONVERGÊNCIA ENTRE STEPHEN KANITZ E A METAFÍSICA

A relação que Kanitz enxerga da vida após a morte com a metafísica é que ambos

acreditam que existe uma forma de vida após a morte, porém a formato de ver essa vida forma

de pós-morte é diferenciada, Kanitz segue apostando no cientificismo para dar essa explicação.

O professor acredita que essa vida é a que deixamos nosso DNA, ou seja, são os nossos

filhos e bisnetos que carregam isso de geração após geração impregnando parte de nós com eles

e assim lentamente vira-se uma grande irmandade pelo fato de nossos descendentes se

relacionarem com muitas pessoas, gerando um “círculo familiar”.

Já a metafísica é responsável por estudar aquilo que vai além da física, tendo como base

escrituras religiosas que comprovam a vida além da corpórea, mesmo com a morte do corpo o

espírito continua vivo, tal como Platão dizia, afirmando que o homem tem uma alma imortal.

O Alcorão diz que se existe uma vida pós-morte, necessariamente teria que se existir

um Deus bom, pois seria de um egoísmo tremendo criar a humanidade e não se preocupar com

o que aconteceria com ela após a morte da mesma. Kanitz em seu artigo não tenta provar a

existência de um Deus que deixou reservado uma vida pós-morte, mas prova seus argumentos

usando a filosofia moderna.

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RELAÇÃO ENTRE O ARTIGO E SUBSTÂNCIA PENSANTE, INFINITA

E EXISTÊNCIA

Após uma análise minuciosa do artigo do professor Stephen Kanitz, podemos perceber

nele elementos que fazem alusão aos três tipos de substância definida por Rene Descartes,

substância pensante, substância extensa e substancia infinita. As quais são também

respectivamente chamadas de “res cogitans” (coisa pensante), “res extensa” (coisa extensa),

“res divina” (Deus).

Rene Descartes deixa para definir a res divina após a res cogitans, pois, para ele, a

existência de Deus não é uma verdade inquestionável, como era se pensado na Idade Média,

mas sim a existência do cogito, o que é um marco, já que é um forma de ruptura com ideias

obsoletas, fazendo Descartes ser o primeiro filosofo da modernidade.

Quando o professor Kanitz afirma que devemos cuidar de nosso corpo e de tudo que por

ele é circundado, ele deixa subentendido que devemos cuidar de nossa res extensa, nossa

extensão. Ao dizer que devemos deixar um mundo melhor, subentende-se que é pra deixar um

mundo onde nossa prole poderá cuidar bem de sua própria res extensa.

Ainda analisando a parte que ele afirma que devemos deixar um mundo melhor,

percebamos que o professor diz para não nos divertirmos às custas do futuro de nossa

descendência. Pode-se atingir o entendimento de que se faz referência à ficar com a consciência

limpa, que seria a substância pensante, ou res cogito.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Informação e

documentação – Apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro: ABNT,

2001. 4 p.

ERNANI, Terra, NETO, José De Nicola. 1001 dúvidas de português. 7. ed. São Paulo:

Saraiva, 1999. 264p.

FORLIN, Enéias. O papel da dúvida metafísica no processo de constituição do

Cogito. São Paulo: Editorial Humanitas, 2004.

Henrique C. Vaz. Escritos da Filosofia VII- Raízes da Modernidade. São Paulo,

Loyola, 2002.

SACCONI, Luiz Antonio. Não erre mais! 19. ed. São Paulo: Atual, 1990. 421p.

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ANEXO A – Artigo “A vida após a morte”, Stephen Kanitz

“Muitos cientistas, talvez a maioria, não acreditam em Deus, muito menos na vida após a

morte. Os argumentos não são fáceis de contestar. Um professor de matemática me perguntou

o que existia de mágico no número 2. ‘Por que você não acredita que teremos três ou quatro

vidas, cada uma num estágio superior?’ O que faria sentido, disse ele, seriam os números

zero, 1 e infinito. Zero vida seria a morte; uma vida, aquela que temos; e infinitas vidas,

justamente a visão hinduísta e espírita.

Outro dia, um amigo biólogo me perguntou se eu gostaria de conviver bilhões de anos ao lado

dos ectoplasmas de macaco, camundongo, besouro e formiga, trilhões de trilhões de vidas

após a morte. ‘Você vai passar a eternidade perguntando: ‘É você, mamãe?’, até finalmente

encontrá-la.’ Não somos biologicamente tão superiores aos animais como imaginávamos 2

000 anos atrás. ‘É uma arrogância humana’, continuou meu amigo biólogo, ‘achar que só nós

merecemos uma segunda vida.’

O cientista Carl Sagan adverte, como muitos outros, que vida só se tem uma e que devemos

aproveitar ao máximo a que temos. "Carpe diem", ensinava o ator Robin Williams, "curtam o

sexo e o rock and roll." Sociólogos e cientistas políticos vão argumentar que o céu é um

engenhoso truque das classes religiosas para manter as massas "bem-comportadas e

responsáveis".

Aonde eu quero chegar é que, dependendo de sua resposta a essa questão, seu comportamento

em terra será criticamente diferente. Resolver essa dúvida religiosa logo no início da vida

adulta é mais importante do que se imagina. Obviamente, essa questão tem inúmeros ângulos

e dimensões mais completas do que este curto ponto de vista, mas existe uma dimensão que

poucos discutem, o que me preocupa. Eu, pessoalmente, acredito na vida após a morte.

Acredito que existem até provas científicas compatíveis com as escrituras religiosas. A

genética mostra que você continuará vivo, depois de sua morte, no DNA de seus filhos. Seu

DNA poderá ser eterno, ele continuará ‘vivo’ em nossa progênie, nos netos e bisnetos.

‘Nossa’ vida continua; geração após geração, teremos infinitas vidas, como pregam os

espíritas e os hindus.

Mais interessante ainda, seus genes serão lentamente misturados, através do casamento de

filhos e netos, com praticamente os de todos os outros seres humanos da Terra. Seremos

lentamente todos irmãos ou parentes, uma grande irmandade, como rezam muitos textos

místicos e religiosos. Por isso, precisamos ser mais solidários, fraternos uns com os outros, e

perdoar, como pregam todas as religiões. A pessoa que hoje você está ajudando ou

perseguindo poderá vir a ser o bisavô daquela moça que vai um dia se casar com seu bisneto.

Seremos todos um, católicos, anglicanos, protestantes, negros, árabes e judeus, sem guerras

religiosas nem conflitos raciais. É simplesmente uma questão de tempo. Por isso, temos de

adotar um estilo de vida ‘bem-comportado e responsável’, seguindo preceitos éticos e morais

úteis às novas gerações.

Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia-a-dia, mas nunca à custa de nossos

filhos, deixando um planeta poluído, cheio de dívidas públicas e previdenciárias para eles

pagarem. Estamos deixando um mundo pior para nós mesmos, são nossos genes que viverão

nesse futuro. Inferno nessa concepção é deixar filhos drogados, sem valores morais, sem

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recursos, desempregados, sem uma profissão útil e social. Se não transmitirmos uma ética

robusta a eles, nosso DNA terá curta duração.

‘Estar no céu’ significa saber que seus filhos e netos serão bem-sucedidos, que serão dignos

de seu sobrenome, que carregarão seus genes com orgulho e veneração. Ninguém precisa ter

medo da morte sabendo que seus genes serão imortais. Assim fica claro qual é um dos

principais objetivos na vida: criar filhos sadios, educá-los antes que alguém os ‘eduque’ e

apoiá-los naquilo que for necessário. Por isso, as mulheres são psicologicamente mais bem

resolvidas quanto a seu papel no mundo do que os homens, com exceção das feministas.

Homens que têm mil outros objetivos nunca se realizam, procurando a imortalidade na

academia ou matando-se uns aos outros. Se você pretende ser imortal, cuide bem daqueles

que continuarão a carregar seu DNA, com carinho, amor e, principalmente, dedicação.”