Análise de Quebras no Acionamento de Peneira Vibratória
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8/19/2019 Análise de Quebras no Acionamento de Peneira Vibratória
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Pós Graduação Lato Sensu em Manutenção Industrial
_________________________________________________________________________________________________
Análise de Quebras no
Acionamento de Peneira Vibratória
Heber Augusto Vieira Ferreira
ResumoAs Peneiras Vibratórias foram especialmente projetadas para solucionar os problemas de
classificação, lavagem e desaguamento dos mais diversos tipos de materiais (minério, areia,
brita, pedra, carvão e outros) em processos industriais, minerações e pedreiras Projetos
avançados aliados ! alta "ualidade dos materiais empregados asseguram alto padrão de
desempen#o, resist$ncia e efici$ncia, sob as mais rigorosas condições de trabal#o %ste
trabal#o busca apresentar as diferentes construções de peneiras bem como os tipos de
acionamento e dentro da pes"uisa bibliogr&fica apresentar o estudo de um caso vivenciado na
rotina de manutenção da &rea de matérias prima em uma grande empresa (Aperam) A
alteração do projeto da peneira tornou'se necess&rio devido o aparecimento de trincas ao
longo da sua estrutura Após inmeras tentativas de reparo com processo de soldagem com
eletrodo revestido viu'se "ue era necess&rio estudar todo o projeto da peneira para determinar
uma estrutura "ue suportasse as solicitações de esforçoscargas
Palavras chave: Peneira Vibratória, Manutenção.
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8/19/2019 Análise de Quebras no Acionamento de Peneira Vibratória
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho aplica-se ao projeto de máuinas e sistemas para
manuseio de s!lidos a granel cujas principais áreas de atua"#o
compreendem a ind$stria de cimento e materiais para constru"#o%
petrou&mica% minera"#o e ind$strias. 'entre os processos de manuseio
de s!lidos cita-se o peneiramento% ue ( a opera"#o de separa"#o de uma
popula"#o de part&culas em duas )ra"*es de tamanhos di)erentes%
mediante sua apresenta"#o a um gabarito de abertura pr(-determinada%
segundo +have e Peres ,/0. O peneiramento ( uma etapa essencial em
diversos processos industriais como a siderurgia% as ind$strias de
)ertili1antes e aliment&cias% destacando-se a minera"#o% onde em geral
toda a produ"#o ( submetida ao processo de peneiramento durante o
processo de )abrica"#o do produto 2nal.
3ssa classi2ca"#o por tamanho% portanto% ( )eita por barreira mec4nica
,nos processos de classi2ca"#o em correntes 5uidas% a barreira (
5uidodin4mica0. 6 um processo do tipo 7passa8n#o passa7 e as barreiras
s#o constitu&das pelos 2os da malha. 3m geral% peneira re)ere-se 9
super)&cie tecida com 2os espa"ados regularmente e crivos 9uela )eita de
chapa per)urada. Os objetivos usuais do peneiramento industrial s#o:
evitar a entrada de part&culas menores% ou subtamanho no euipamento a
jusante evitar ue o sobretamanho passe para os estágios subse;entes
bitolar adeuadamente o material para aumento da e2ci
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disponibilidade operacional e e2ci? a.+.
onde gregos e romanos as utili1avam no processo de minera"#o. O
primeiro relato sobre o uso de euipamentos vibrat!rios com acionamento
mec4nico% data de >?. 3m meados de >> inicia-se a era das peneiras
vibrat!rias modernas% onde a rota"#o dos euipamentos ultrapassa os ?
BPC. A partir de >D at( hoje em dia% os )abricantes de peneiras
vibrat!rias buscam a melhor solu"#o estrutural e econEmica para reali1ar
o processo de peneiramento% uma ve1 ue esses euipamentos vibrat!rios
s#o de e=trema import4ncia em diversos processos industriais% entre os
uais se podem citar: a minera"#o% a siderurgia e as ind$strias de
)ertili1antes e aliment&cias% con)orme mencionado por VCA ,>G0.
Peneiramento ( a opera"#o de separa"#o de uma popula"#o de part&culas
em duas )ra"*es de tamanhos di)erentes% mediante sua apresenta"#o a
um gabarito de abertura pr(-determinada% de )orma ue cada part&cula
tem apenas as possibilidades de passar ou de 2car retida. Os dois
produtos chamam-se retido ,ou oversize0 e passante ,ou undersize0%
segundo +have e Peres ,/0. A dimens#o ue classi2ca o tamanho dosgr#os entre retido e passante ( chamado de abertura da malha.
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Assumindo ue os gr#os possuem )ormato es)(rico% pode-se de2nir o corte
de peneiramento como sendo o tamanho má=imo dos gr#os passantes.
eralmente o corte ( menor ue a abertura da malha.
Os gabaritos% tamb(m chamados de super)&cie de peneiramento ou malha%
podem ser telas de malhas uadradas ou retangulares cuja mat(ria-prima
pode ser poliuretano% borracha ou arame de a"o telas auto-limpantes
chapas per)uradas placas )undidas barras paralelas entre outros.
Os materiais peneirados possuem part&culas de diversas dimens*es
variando desde part&culas de %>/ mm a matacos% ue s#o grandes
blocos de min(rio cuja dimens#o pode ser superior a mm. Io
processo de peneiramento% o material ( lan"ado sobre a cai=a de
alimenta"#o ,ou bica de alimenta"#o0% redu1indo a componente vertical de
velocidade. Atrav(s da vibra"#o )or"ada a camada de material tende a
desenvolver um estado 5uido de deslocamento ,Figura >0.
%i&ra 1 ' Processo de (e"eira!e"to ' %a)o *1++,-
+have e Peres ,/0 comentam ue para a classi2ca"#o do material% dois
pontos devem ser analisados: o comportamento do conjunto de part&culas
e o comportamento individual das part&culas.
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2.2 Pe"eira!e"to co!(orta!e"to co/eti0o
Io in&cio da super)&cie de peneiramento e sob a"#o do movimento
vibrat!rio% a camada de material so)re a estrati2ca"#o ou seja% as
part&culas menores escoam atrav(s dos v#os criados pelas part&culas
maiores e encaminham-se para a parte in)erior da camada%
conse;entemente as part&culas maiores tendem a se deslocar para a
parte superior.
3m seguida ocorre o peneiramento de satura"#o onde o leito da camada
está completamente estrati2cado ou seja% a uantidade de 2nos diminui
gradativamente. Já na terceira etapa% chamada de peneiramento por
tentativas repetidas ou peneiramento de bai=a probabilidade% as part&culas
2nas remanescentes tK de e2ci
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%i&ra 2 ' Co!(orta!e"to co/eti0o das (artíc/as (e"eiradas
' Ca0es e Peres *23-
Pe"eira!e"to co!(orta!e"to i"di0ida/
O material a ser peneirado ( composto por part&culas de di)erentes
tamanhos MdaN% ue possuem comportamento distinto uando
apresentadas 9 super)&cie de peneiramento de abertura M'aN:
da >%? 'a: estas part&culas n#o acarretam em problemas para
o peneiramento% sendo encaminhadas para o retido. Por(m podem
dani2car ou acentuar o desgaste da super)&cie de peneiramento devido 9
elevada massa e dimens#o
>%?.'a da 'a: di)erente da classe anterior% estas part&culas
possuem tamanho semelhante 9 abertura da malha% di2cultando assim o
peneiramento e podendo causar o entupimento da super)&cie de
peneiramento
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'a da %?.'a: este tamanho de part&cula a)eta diretamente
no rendimento e capacidade da peneira% uma ve1 ue necessitam de
diversas tentativas para atravessar a super)&cie de peneiramento. 3sta
)ai=a de tamanho ( denominada M)ai=a cr&tica de peneiramentoN ou
nearsize
da Q %?.'a estas part&culas n#o acarretam problemas para o
peneiramento% sendo encaminhadas para o passante
da QQ %?.'a: di)erente da classe anterior% as part&culas muito
2nas podem aderir 9s de maior tamanho e serem encaminhadas para o
retido. Luando a uantidade dessas part&culas ( muito elevada%
recomenda-se um peneiramento a $mido% o ual será detalhado mais
adiante.
A Figura / ilustra o comportamento das diversas classes de
tamanho de part&culas submetidas ao peneiramento.
%i&ra 3 ' Co!(orta!e"to i"di0ida/ das (artíc/as
(e"eiradas ' Ca0es e Peres *23-
E4ci5"cia de (e"eira!e"to
A e2ciD0% um peneiramento de bai=a
e2ci
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obrecarga do circuito )echado de britagem: parte do material
ue deveria passar pela peneira retorna ao circuito% diminuindo a
capacidade real dos britadores e sobrecarregando as correias
transportadoras
Produto )ora de especi2ca"#o: contamina"#o do produto 2nal
com part&culas de dimens*es )ora de especi2ca"#o.
Para a avalia"#o do processo de peneiramento% deve-se reali1ar uma
análise do material na alimenta"#o da peneira% no retido e8ou no passante.
'uas e2ci
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%i&ra , ' Co!(o"e"tes #7sicos de !a (e"eira 0i#rat$ria '
89VER *2:-
egundo Uu1% Possa% e Almeida ,>G0% as peneiras vibrat!rias s#o de uso
mais )re;ente na minera"#o% sendo muito empregadas nas opera"*es de
britagem e de prepara"#o do min(rio e carv#o para os processos de
concentra"#o. 3ntre as principais aplica"*es est#o:
Peneiras escalpadoras: normalmente s#o posicionadas antes
de britadores planta de minera"#o. ua principal )un"#o ( retirar as
part&culas 2nas% otimi1ando assim o rendimento dos britadores
Peneiras classi2cadoras: ( a opera"#o mais usual onde o
objetivo ( a pr!pria de2ni"#o de peneiramento: a separa"#o de part&culas
em di)erentes tamanhos
Peneiras desaguadoras: s#o utili1adas para diminuir a umidade
do material a ser peneirado. 3m geral estas peneiras possuem malhas no
)undo e laterais da cai=a e operam com alta camada de material
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Peneiras de prote"#o ou rejeito: em geral% s#o utili1adas para
proteger algum euipamento% como por e=emplo o sistema de ensacagem
das plantas de cimento.
Mo0i!e"to 0i#rat$rio
O movimento vibrat!rio da peneira ( produ1ido por sistemas de
acionamento ue% geralmente s#o baseados em massas desbalanceadas.
Iormalmente a amplitude de vibra"#o possui valores entre /% mm e G%
mm e a máuina opera em uma )ai=a de rota"*es de T BPC a >
BPC. Por(m% estes valores podem variar como no caso das peneiras de
alta )re;
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na opera"#o de desaguamento. Al(m do desaguamento% as peneiras
hori1ontais s#o largamente utili1adas em processos de classi2ca"#o.
Io caso das peneiras hori1ontais% o movimento linear ( capa1 de
transportar o material sem o au=&lio da acelera"#o da gravidade. A dire"#o
da )or"a ue gera o movimento linear geralmente )orma um 4ngulo de D?W
com a super)&cie de peneiramento e a amplitude ( dada pela metade do
comprimento do trajeto )eito pelo seu movimento. A Figura T ilustra o
movimento linear de uma part&cula sobre a super)&cie de peneiramento.
Figura T Covimento linear de uma part&cula sobre a malha Fa"o
,>D0
Para uma boa e2ci
Rota);o
=RPM>
>>%T GT% G??%G
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?%D ?>% >T%/? >D>%> >?
>%/? >TTa#e/a 2 ' Va/ores reco!e"dados de rota);o e!
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Betomando a eua"#o
,/0
Ieste ponto ( importante ressaltar ue a de2ni"#o precisa do Fator dePeneiramento% da rota"#o e da amplitude de trabalho ( baseada em
diversas in)orma"*es emp&ricas relacionadas 9s caracter&sticas do material
a ser peneirado.
Ti(os de (e"eiras 0i#rat$rias
Al(m da classi2ca"#o pelo tipo de movimento vibrat!rio% as peneiras s#osubdividas de acordo com o tipo de acionamento ue estas possuem. Ia
listagem abai=o s#o apresentados os tipos de acionamento:
Covimento circular:
Peneira de acionamento livre circular ,dois rolamentos0
Peneira de acionamento e=c
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A seguir ser#o apresentadas as principais caracter&sticas das classes de
peneiras mais usuais assim% peneiras de aplica"#o restrita n#o ser#o
analisadas neste trabalho.
Pe"eira de acio"a!e"to /i0re circ/ar *2 ro/a!e"tos-
A peneira de acionamento livre circular ( um dos sistemas mais simples e
antigos ue reali1a a opera"#o de peneiramento. +omo mencionado
anteriormente% estas peneiras necessitam de trabalharem inclinadas em
rela"#o ao plano hori1ontal ou seja% necessitam do au=&lio da )or"a da
gravidade para reali1ar o processo de peneiramento. 3sta inclina"#o varia
de >W a /W ,inclina"*es menores s#o aplicadas em classi2ca"#o a $mido
e inclina"*es maiores% a seco0% segundo VCA ,>G0. A abertura de malha
destas peneiras varia entre > e >? mm. O sentido de rota"#o do ei=o
pode ser contra o 5u=o de material ou a )avor do 5u=o do material. Io
primeiro caso% e=iste uma diminui"#o da velocidade do 5u=o ,capacidade
da peneira0 e conse;ente aumento da e2ci
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inviável devido 9 necessidade de rolamentos de maior di4metro% ei=os
)orjados mais resistentes% maior espa"o entre os decSs% entre outras
di2culdades construtivas. 3m seguida ( ilustrada uma peneira vibrat!ria
de acionamento livre linear de mm de largura da malha por T
mm de comprimento ,Figura0 e um detalhe do acionamento da peneira
livre circular ,Figura G0:
%i&ra ? ' Pe"eira 0i#rat$ria de acio"a!e"to /i0re /i"ear
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%i&ra @ ' Es6e!a do acio"a!e"to /i0re circ/ar ' 8AL
*2,-
Pe"eira de acio"a!e"to eBc5"trico *, ro/a!e"tos-+omo no caso das peneiras de acionamento livre linear% as peneiras
e=cW a /W e o corte% entre ? e / mm% de acordo com HXU ,D0. 3m
geral este tipo de peneira reali1a a opera"#o de scalping ,al&vio do britador
primário e8ou secundário0.
A constru"#o da cai=a das peneiras e=c
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e=centricidade do ei=o. +omo as peneiras livre circular% as e=c
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%i&ra 1 ' Es6e!a do acio"a!e"to eBc5"trico ' 8AL *2,-
Pe"eira de acio"a!e"to (or !oto0i#radores
Os motovibradores s#o sistemas )ormados por um motor el(trico acoplado
9 massas desbalanceadas em suas e=tremidades% como pode ser visto na
Figura >>:
%i&ra 11 ' Es6e!a do !oto0i#rador ' Ita/0i#ras *2-
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'ependendo do tipo de montagem dos motovibradores% pode-se obter um
movimento circular ou um movimento linear da peneira. Para a obten"#o
do movimento linear% ( necessário o emprego dos motovibradores aos
pares de )orma ue os motores girem em sentido de rota"#o oposto. A
Figura > ilustra os dois tipos de montagem:
%i&ra 12 ' Ti(os de !o"ta&e! dos !oto0i#radores '
Ita/0i#ras *2-
[talvibras ,?0 recomenda as seguintes montagens dos motovibradores
,Figura >/0:
>. Para transportadores% separadores% peneiras vibrat!rias%
alimentadores vibrat!rios% entre outros% ( recomendado o movimento
linear ,>0
. Para silo e )unil de carga ,A0% 2ltros ,X0 e camas vibrat!rias
,+0% ( recomendado o movimento circular
/. Para mesas compactadoras e para testes ,acelera"#o%
envelhecimento e tens#o0% podem-se utili1ar os movimentos circular ,/A0
ou linear ,/X0.
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%i&ra 13 ' Reco!e"da)es (ara !o"ta&e! dos
!oto0i#radores ' Ita/0i#ras *2-
3m geral as peneiras acionadas por motovibradores possuem largura
má=ima da super)&cie de peneiramento de >G mm uma ve1 ue dois
problemas impedem o uso de motovibradores para peneiras de grande
porte: a )orma construtiva ,motor diretamente acoplado aos contrapesos0
impede ue a massa dos contrapesos seja muito elevada ou seja% a )or"a
de impacto gerada n#o pode atingir valores desejados para o
peneiramento os motovibradores est#o sujeitos 9 mesma vibra"#o da
cai=a da peneira% o ue diminui a vida $til do conjunto. Iormalmente% as
peneiras vibrat!rias acionadas por motovibradores s#o utili1adas para o
desaguamento e a classi2ca"#o. Ia Figura >D ( ilustrada uma peneira
desaguadora de >mm por / mm.
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%i&ra 1, ' Pe"eira 0i#rat$ria (ara a(/ica);o e!
desa&a!e"to co! acio"a!e"to (or !oto0i#radores
Pe"eira de acio"a!e"to (or d(/o eiBo
+on)orme o crit(rio apresentado por HXU ,D0% este sistema de
acionamento ( composto por dois ei=os ue possuem o desbalanceamento
usinado ou 2=ado no seu comprimento. imilar ao sistema de
motovibradores% o movimento linear ( obtido com os ei=os girando em
sentido de rota"#o oposto% obtendo-se Ma sincroni1a"#o dos contrapesos
sem necessidade de elementos mec4nicos de liga"#oN ,OHAH[% ?%
p.>>0. A Figura >? ilustra uma peneira com acionamento por duplo ei=o:
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%i&ra 1 ' Es6e!a de
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%i&ra 1: ' Pe"eira 0i#rat$ria (ara a(/ica);o e!
desa&a!e"to co! acio"a!e"to (or d(/o eiBo 89VER
Pe"eira de acio"a!e"to (or eBcitadores
A principal aplica"#o das peneiras com acionamento por e=citador ( a
classi2ca"#o. O sistema de acionamento por e=citadores permite uma
maior largura da super)&cie de peneiramento assim% peneiras de alta
capacidade normalmente utili1am este tipo de acionamento% podendo
atingir grandes dimens*es de larguras e comprimento.
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%i&ra 1? ' Pe"eira 0i#rat$ria co! acio"a!e"to (or
eBcitadores ' M9VI
O princ&pio de )uncionamento do e=citador ,Figura >G0 ( similar ao domotovibrador e duplo ei=o por(m% um $nico e=citador mec4nico
unidirecional possui dois ei=os com contrapesos em suas e=tremidades
ue giram em sentido oposto.
%i&ra 1@ ' Es6e!a do eBcitador ' VIMEC *2,-
V[C3+ ,D0 in)orma ue a rota"#o dos ei=os ( sincroni1ada atrav(s de
um par de engrenagens ,Figura .>0 cuja 2nalidade ( originar a oscila"#o
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unidirecional% na ual a dire"#o da )or"a resultante F r ( perpendicular 9
linha ue conecta os centros dos ei=os A e X% con)orme Figura . Pode-se
notar ue devido ao sentido de giro dos contrapesos% e=istem
determinadas posi"*es em ue as componentes das )or"as centr&)ugas
geradas pelo movimento angular dos mesmos se somam ou se anulam:
%i&ra 1+ ' Deta/e das e"&re"a&e"s do eBcitador ' VIMEC
*2,-
%i&ra 2 ' Es6e!a das co!(o"e"tes da
-
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,D0
Onde:
F> - For"a centr&)uga gerada pelos contrapesos do ei=o A
F - For"a centr&)uga gerada pelos contrapesos do ei=o X
ƒ - Fre;
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Iormalmente as peneiras de grande porte s#o mais suscet&veis a
condi"*es de carregamento severo% necessitando assim de análises
t(cnicas mais apuradas.
+onclu&mos tamb(m sobre a aplica"#o das t(cnicas de monitoramento
para serem aplicadas em peneiras tanto como recursos de )abrica"#o
uanto em instrumenta"#o e controle%
Becrsos de
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train-gage% Pesuisa >/
Prote"#o: A prote"#o da peneira em aplica"#o a $mido se tornou um ponto
cr&tico% especialmente nos min(rios ue tendem a )ormar polpa abrasiva%
como no caso de min(rio de )erro. 'entre os vários m(todos de prote"#o
e=istentes% um dos mais e)etivos ( a aplica"#o de poliuretano. +om esta
aplica"#o% consegue-se vedar todas as )restas% evitando-se a percola"#o
de polpa abrasiva% aumentando-se a disponibilidade e a vida $til da
peneira.
I"str!e"ta);o e co"tro/e
em d$vida% tiveram grande avan"o veri2cado nos $ltimos anos%
contribuindo para o aumento de disponibilidade e possibilitando at(
monitorar a ualidade do produto. O seu uso ( cada ve1 maior%
especialmente nas peneiras de grande porte.
ensor de temperatura: Conitora a temperatura do mancal% sinali1ando
uma eventual )alha de lubri2ca"#o.
ensor de vibra"#o: 'etecta vibra"*es anormais% sinali1ando problemas norolamento ou na peneira. Io caso do rolamento% pode-se monitorar o seu
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estado e )a1er a substitui"#o programada deste% evitando-se perdas de
produ"#o com paradas n#o programadas.
3st#o dispon&veis no mercado sistemas integrados% como o +operhead% da
\F% ue monitoram a temperatura e a vibra"#o do rolamento.
AcelerEmetro: Pode-se monitorar o sentido e a amplitude da vibra"#o.
+om isso% al(m de veri2car a amplitude% pode-se detectar vibra"#o
irregular da peneira% causada% por e=emplo% pela uebra da mola.
Conitoramento de granulometria por análise de imagens: #o sistemas
ue )a1em determina"#o da granulometria on-line% por meio da análise
das imagens do material em movimento captadas pela c4mara. Io caso
de peneiramento% pode-se monitorar a granulometria do produto atrav(s
de imagens captadas sobre o transportador de correia. +om este recurso%
pode-se detectar entupimento de telas ,pelo aumento de 2nos no retido0 e
rompimento de telas ,pelo aumento da granulometria do passante0. Os
sistemas mais desenvolvidos como o VisioBocS% ,Cetso0% podem detectar a
di)eren"a de te=tura super2cial das part&culas% indicando a presen"a de
contaminantes% ou ainda% )ormato das part&culas.
ESTUDO DE C9SO
+onte=tuali1a"#o do trabalho
O presente trabalho posicionou-se como uma pesuisa bibliográ2ca%
te!rica% aplicada e de campo ue permitiu desenvolver melhorias no
projeto do euipamento.
egundo erra Iegra ,D0% a Pesuisa Xibliográ2ca Mtem por 2nalidadeconhecer as di)erentes )ormas de contribui"#o cient&2ca ue se reali1aram
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sobre determinado assunto ou )enEmenoN% utili1ando portanto% livros%
artigos% manuais% estudos de caso e relat!rios t(cnicos disponibili1ados
pela empresa Aperam South Amrica.
A peneira para análise nesta pesuisa )oi montada em >>% está
locali1ada dentro de uma torre de peneiramento e )oi projetada para
peneirar carv#o8coue em uatro granulometrias di)erentes ,com peso
espec&2co variando de % a %? t8m]0% tendo a capacidade de /m]8h.
Ap!s o in&cio da opera"#o de peneiramento de carv#o nesta peneira a
mesma apresentou in$meras )alhas sendo necessário interven"*es
mec4nicas% aumentando o custo e a)etando o &ndice de disponibilidade da
peneira. A redu"#o8elimina"#o das )alhas nos permite manter um bom
&ndice de )uncionamento e redu"#o de custos signi2cativos para a
empresa.
Dese"0o/0i!e"to
Peneira de +arv#o8coue analisada
Para produ"#o de gusa s#o utili1ados di)erentes produtos como mat(ria
prima e di)erentes euipamentos para processá-las% antes ue a mesma
chegue at( o Alto Forno. A peneira )a1 parte do processo onde a mesma (
responsável em separar8classi2car o carv#o em di)erentes
tamanhos,granulometria0.
A disponibilidade da peneira ( um )ator de suma import4ncia 9 opera"#o%
pois uando se introdu1 carv#o sem peneirar no Alto Forno% cria-se uma
instabilidade no processo% n#o sendo poss&vel atender as especi2ca"*es
2nais necessárias do gusa% bem como pode levar o Alto Forno a umacampanha de Mmarcha )riaN.
+aracter&sticas do 3uipamento
A peneira ( )eita de a"o carbono AXIR >% possui D planos de
peneiramento com decSs re)or"ados e chapas de desgaste nos pontos de
maior atrito na recep"#o do material. +om largura de .Dmm e
comprimento de T.mm $til com isolamento especial vibrat!rio paramontagem em estruturas elevadas ( capa1 de peneirar / m]8h de
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carv#o8coue com peso especi2co entre % e %? ton8m]. Para o
acionamento da peneira s#o necessários e=citadores acionados por
motor el(trico. A partida ( suavi1ada com o uso de inversor de )reu
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Os movimentos desejados s#o produ1idos por mecanismos vibrat!rios% os
uais constituem parte essencial desses euipamentos. 3sses
mecanismos s#o baseados em sistemas de massas e=c%? mm a T mm% ,caso em
estudo Dmm0 com )re;
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• Contagem de espa"adores entre os contra pesos para eliminar
o deslocamento a=ial dos contra pesos.
Para soldagem das trincas )oi )eito limpe1a das mesmas pelo processo de
goivagem e ap!s reali1ado a soldagem com eletrodo 3>G. Ias 2guras
/ e D pode ser visto a recupera"#o das trincas ap!s a abertura total das
mesmas na peneira.
%i&ra 23 ' So/da da tri"ca "a estrtra /atera/ ' %o"te 9tor
%i&ra 2, ' Rec(era);o da tri"ca /atera/ ' %o"te 9tor
Ap!s a recupera"#o das trincas laterais a peneira entrou em opera"#o
novamente% por(m iniciou-se novas trincas% sendo necessário avaliar a
resist
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se concluir ue a espessura da lateral estava sub-dimensionada. Foram
reprojetadas as novas laterais% revisados os desenhos e )abricados novas
laterais con)orme 2guras ? e T.
Figura ? 'esenho de conjunto da sela vibrat!ria da peneira Aperam
Obs: Rodos os cálculos re)erente 9s melhorias n#o puderam ser
disponibili1ados pois entendemos ue se trata de n$meros con2denciais 9
empresa.
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CONCLUSÃO
3ste trabalho buscou apresentar di)erentes projetos de peneiras
vibrat!rias bem como os di)erentes tipos de acionamentos e apresentou
tamb(m os a evolu"#o da engenharia e os recursos utili1ados na
)abrica"#o de peneiras. Outro ponto a ressaltar ( a instrumenta"#o e
controle ue obtiveram avan"os signi2cativos ue permitiram a
monitora"#o das condi"*es operacionais das peneiras com mais precis#o.
Io estudo de caso vivenciado na rotina de manuten"#o da área de
mat(ria prima em uma grande empresa ,Aperam0 temos as seguintes
observa"*es:
As primeiras trincas ocorreram devido a n#o con)er
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AZIO% R4nia Caria Bibeiro +osta. +onsidera"*es sobre e)eitos
din4micos e carregamentos indu1idos por )onte de e=cita"#o em
estruturas industrias. Cinas erais: Zniversidade Federal de Cinas erais.
*avi *&"uinas Vibratórias +tda Canual de ervi"os para +(lulas Vibrat!rias 3-DT% >>.