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SCIOS: Instituto da Potassa e do Fosfato (EUA) Instituto da Potassa e do Fosfato (Canad) Website: www.potafos.org DIRETOR: T. Yamada Engo Agro, Doutor em Agronomia

INFORMAES AGRONMICASN 0 100 DEZEMBRO/2002

MELHORIA NA EFICINCIA DA ADUBAO APROVEITANDO AS INTERAES ENTRE OS NUTRIENTESTsuioshi Yamada1 INTRODUOtravs da anlise do solo um agrnomo experiente capaz de fazer recomendao bastante precisa da quantidade de fertilizantes e corretivos a aplicar em dado solo para obter alta produtividade na cultura a ser implantada. O presente trabalho quer mostrar que, alm do efeito individual dos nutrientes, as interaes entre eles, principalmente N x P e N x K, so de importncia na maior eficincia da adubao. Assim, ao invs de usar os nutrientes isoladamente, sempre melhor us-los em frmulas N-P ou N-K ou NPK.

A

Veja neste nmero:Manejo da matria orgnica no sistema plantio direto a experincia no Estado do Paran ......... 6 Influncia da acidez no processo de nitrificao .. 14 Bio-leo de bagao de cana ................................. 15 Simpsio sobre Fsforo na Agricultura brasileira ................................................................. 16 Por que adubar s a partir da primavera se a natureza sempre adubou j no outono? ............. 20 Encarte: Seja o doutor do seu sorgo

COMO OS NUTRIENTES ENTRAM EM CONTATO COM AS RAZES DAS PLANTASDe maneira emprica, mesmo o leigo percebe que quanto mais rico for o solo em nutrientes e sem restries para bom desenvolvimento radicular como extremos de temperatura, compactao e nveis txicos de Al de se esperar um sistema radicular maior e mais profundo, fundamental para pronta absoro de nutrientes e alta produtividade das culturas. A cincia identificou as trs maneiras com que os nutrientes na soluo do solo entram em contato com as razes das plantas: interceptao radicular, fluxo de massa e difuso (BARBER, 1995). A interceptao (ou intercepo) radicular contabiliza nutrientes que so contatados pela raiz em crescimento. calculada como sendo a quantidade de nutrientes existente num volume de solo igual ao volume das razes. Para culturas anuais, o volume de

razes na camada 0-20 cm , em geral, menos que 1% do volume do solo. A participao do fluxo de massa calculada multiplicando-se o volume de gua transpirada pela planta pela concentrao do nutriente nesta gua. A difuso calculada por diferena entre o total absorvido pela planta menos a soma da interceptao radicular e fluxo de massa. Isto porque quando a interceptao radicular e o fluxo de massa no suprirem a raiz com quantidade suficiente de um dado nutriente, a continuada absoro abaixa sua concentrao na superfcie da raiz. Isto causa um gradiente, que a fora motora do processo de difuso, com o nutriente difundindo da regio de maior concentrao para a de menor concentrao na superfcie radicular.

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Engenheiro Agrnomo, Mestre, Doutor em Agronomia, diretor da POTAFOS. E-mail: [email protected]

POTAFOS - ASSOCIAO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATORua Alfredo Guedes, 1949 - Edifcio Rcz Center - sala 701 - Fone e fax: (19) 3433-3254 - Endereo Postal: Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP, Brasil

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INTERAES NPKO fluxo de massa o mecanismo dominante para o nitrato que, em geral, tem maior concentrao na soluo do solo (Tabela 1) que os outros nutrientes. J para o fsforo, devido menor concentrao na soluo do solo, a difuso o mecanismo preponderante no contato on-raiz. Para o potssio (e o N-amoniacal) so importantes os mecanismos de difuso e o fluxo de massa (Tabela 2).Tabela 1. Faixa de concentrao dos macronutrientes na soluo do solo. Nutriente NO NH4 3 + 4 24

Concentrao (mmol/L) 100-50.000 100-2.000 1-50 100-4.000

H2PO e HPO K+

Fonte: BARBER (1995). Tabela 2. Participao dos mecanismos de contato on-raiz na produo de 9,5 t de milho num solo frtil dos EUA. Nutriente Quantidade necessria para 9,5 t/ha Nutrientes supridos por Interceptao radicular Fluxo de massa Difuso

Nitrognio Fsforo Potssio

- - - - - - - - - - - - - - - - - - kg/ha - - - - - - - - - - - - - - - - - 190 2 150 38 40 1 2 37 195 4 35 156

Fonte: BARBER (1995).

Dr. Stanley A. Barber da Universidade de Purdue, EUA, orientador de muitos cientistas brasileiros nos cursos de ps-graduao, entre eles Clvis M. Borkert, da EMBRAPA-CNPSoja, e Ibanor Anghinoni, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre, possivelmente quem mais estudou o assunto, que o foco central de seu livro, j na segunda edio, Soil Nutrient Biovailability a mechanistic approach, publicado por Jonh Wiley & Sons, Inc., 1995. livro recomendado para quem quiser aprofundar seus conhecimentos em nutrio de plantas, principalmente a absoro de nutrientes pelas plantas. Para o nitrato, o modelo mecanstico de Barber-Cushman mostrou que a absoro influenciada pela taxa de crescimento radicular (cm/s), influxo mximo (nmol/m 2.s) e pelo raio mdio da raiz (cm). Para o fsforo, o potssio (e o amnio), os parmetros de maior sensibilidade foram a taxa de crescimento radicular (cm/s), a concentrao inicial na soluo do solo (mmol/L) e o raio mdio da raiz (cm). Como se pode ver, independentemente do nutriente e do mecanismo, fundamental que haja boa taxa de crescimento radicular durante o ciclo de desenvolvimento da planta. importante, pois, fazer um sistema radicular bem amplo e profundo.

nio no aumento da rea da superfcie radicular , em geral, mais distinto com o nitrognio amoniacal que com o ntrico (MARSCHNER, 1995). As razes de milho tendem a proliferar em zonas contendo matria orgnica e fertilizantes, principalmente em faixas contendo N e P. Culturas de cereais com alto nvel de N no incio do desenvolvimento, e que diminui ao longo do ciclo, produzem maior rea foliar mais precocemente e, conseqentemente, mais fotossintetados para posterior desenvolvimento radicular. A ao do fsforo no desenvolvimento radicular um efeito indireto: a disponibilidade de P aumenta a fotossntese, que por sua vez aumenta o sistema radicular. O potssio, apesar de no ter efeito direto no desenvolvimento radicular, importante em algumas funes fisiolgicas no sistema de transporte de nutrientes e metablitos, na organizao celular e no controle da permeabilidade das clulas (GARDNER et al., 1985). Devido ao efeito estimulador do nitrognio no desenvolvimento radicular, GARWOOD & WILLIAMS (1967) advertem sobre o risco potencial de ter alta disponibilidade de nitrognio apenas na superfcie do solo, pois h ento a uma concentrao de razes s expensas de penetrao no subsolo. Concluem que a aplicao profunda de fertilizantes, particularmente de nitrognio, melhora o desenvolvimento das plantas mesmo sob estresse hdrico, pois elas podem utilizar-se da ampla reserva de gua das camadas profundas do solo. Tenho observado tambm nas lavouras de milho do GDT (Grupo de Desenvolvimento de Tecnologia) de Mau da Serra, PR, que a adubao nitrogenada em pr-plantio incorporada no solo aumenta a resistncia das plantas ao veranico. Nas espcies anuais, a densidade radicular aumenta vrias vezes muito rapidamente nas zonas de altas concentraes de nutrientes, como pode ser observado nas Figuras 1 e 2.

Figura 1. Efeito da localizao do adubo nitrogenado em diferentes profundidades na distribuio de razes de cevada cultivada em solo arenoso (Gliemeroth, 1953, citado por MARSCHNER, 1995).

EFEITOS DA ADUBAO NO DESENVOLVIMENTO RADICULARO suprimento de nutrientes minerais afeta fortemente o crescimento, a morfologia e a distribuio do sistema radicular no substrato ou no perfil do solo. Este efeito muito claro com o nitrognio. Nas plantas cultivadas em solo, o efeito do nitrog2

Fernando O. Garcia, diretor da co-irm INPOFOS Cono Sur, Argentina, apresentou na 4a Conferncia Fertilizantes Cono Sur realizada em Porto Alegre-RS, 18-20/11/2002, o trabalho Manejo da Fertilidade de Solos e Fertilizao de Cultura para Altos Rendimentos na Regio Pampeana Argentina, onde mostrou, entre as muitas teis informaes, que alta produtividade de milho na regio pampeana, bastante frtil e rica em matria orgnica, estava correlacionada com alta quantidade de nitrognio disponvel no solo (N-NO3- medido a at 60 cm de profundidade) por ocasio da semeadura do milho. E que para rendimentos superiores a 12 t/ha o nitrognio disponvel no solo por ocasio da semeadura deveria

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INTERAES NPKTabela 3. Taxas de absoro de nutrientes pelo milho em funo da idade da planta. Idade da planta (dias) 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Fonte: BARBER (1995). N P K - - - - - - - - mmol/m raiz/dia - - - - - - - - - - 226,9 32,4 18,5 11,2 5,7 1,2 0,46 2,0 4,2 11,3 0,90 0,86 0,66 0,37 0,17 0,08 0,10 0,23 52,9 12,4 8,00 4,75 1,63 0,15 0,06 0,37 0,16

Figura 2. Modificao no sistema radicular de cevada pelo suprimento de 1mM de nitrato na parte mediana de um eixo radicular por 15 dias; o restante do sistema radicular recebeu apenas 0,01mM de nitrato (Drew & Saker, 1975, citados por MARSCHNER, 1995).

ser de pelo menos 170 kg/ha. Considera-se o nitrognio disponvel no momento da semeadura a soma do N-NO3- existente na camada de 0-60 cm com o N aplicado como fertilizante (Figura 3).

so representados pelo NH4+ ou pelo NO3-. Assim, em princpio, as plantas nutridas com NH4+ so caracterizadas pela maior absoro de ctions que de nions, o oposto ocorrendo com as plantas nutridas com NO3-, que tm mais nions que ctions. Como conseqncia das diferenas nas taxas de absoro de ctions e nions o pH da soluo externa fortemente afetado, dependendo se o suprimento for de NH4+ ou de NO3- (Figura 4). Nas plantas nutridas com NO3-, e que tm reduo do NO3- preferentemente nas razes, o pH externo em geral aumenta com o tempo, o oposto ocorrendo com as nutridas somente com NH4+; nas com suprimento misto NH4+ mais NO3- h uma queda inicial quando ocorre a absoro preferencial de NH4+ at sua depleo e o posterior aumento no padro tpico da que ocorre com a absoro de NO3-.

Figura 3. Rendimento de milho em funo do N disponvel para a semente (N-nitrato no solo a 0-60 cm + N aplicado como fertilizante) em cinco ensaios conduzidos em campo, em 2001/02, em Crdoba e Santa F (Bianchini et al., 2002, citados por GARCIA, 2002).

interessante observar que o perodo de mximo influxo de nutrientes pelas razes durante os primeiros 20 dias iniciais do ciclo da planta, como mostrado na Tabela 3, com a variao das taxas de absoro de N, P e K pelo milho em funo da idade. Observa-se que a taxa de absoro de nitrognio aos 30 dias sete vezes menor que aos 20 dias, e aos 50 dias, 20 vezes menor. Creio que s estes dados j seriam suficientes para convencer os cticos sobre a importncia de se fazer a cobertura nitrogenada to logo possvel aps o plantio, caso tenha equipamentos disponveis para esta operao. Caso contrrio, melhor faz-la em pr-plantio durante o perodo de cio de mquinas e operadores que correr o risco de no concretiz-la em tempo hbil.

Figura 4. Comportamento do pH da soluo externa quando plantas de sorgo foram supridas com somente NO3-, somente NH4+, ou uma relao de 8 NO3- para 1 NH4+. Concentrao total de N = 300 mg.l-1 (Clark, 1982, citado por MARSCHNER, 1995).

EFEITO DO NITROGNIO AMONIACAL NO AUMENTO DA ABSORO DE FSFOROA fonte do suprimento de nitrognio (NH4+, NO3-, fixao de N2) tem papel fundamental na relao ction/nion nas plantas. Isto porque 70% dos ctions e nions absorvidos pelas plantas

Sabe-se h muito tempo que o nitrognio aumenta a absoro do P pela planta quando colocados juntos na faixa de adubao. O efeito maior com o nitrognio amoniacal que com o ntrico, devido ao abaixamento do pH provocado na superfcie da raiz com a absoro do NH4+, aumentando, assim, a disponibilidade de P para absoro pelas plantas, conforme provaram BLAIR et al. (1971). Estes autores estudaram o efeito da adio de sulfato de amnio ou de nitrato de potssio monoclcico (marcado com 32P) na absoro de P pelas plantas. Eles trabalharam com quatro diferentes solos com pH variando de 4,2 a 8,2. Como os resultados foram praticamente iguais para todos os solos, apresentarei os dados obtidos com o pH 5,5, mais prximo das nossas condies. 3

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INTERAES NPKObserva-se na Tabela 4 que o sulfato de amnio aplicado junto com o fosfato monoclcico foi o que apresentou maior produo de matria seca, acmulo de P e eficincia da absoro de P do fertilizante para a parte area da planta. A Tabela 5 mostra que, de novo, h maior produo de matria seca de raiz no tratamento com o sulfato de amnio, assim como menor resduo de Ca e P na superfcie da raiz, prova da maior absoro do fosfato monoclcico quando junto com o sulfato de amnio, que quando s ou com o nitrato de potssio.Tabela 4. Influncia da fonte de N no desenvolvimento da parte area do milho em solo Oneida, pH 5,5. Parte area do milho Tratamentos Controle S P P + KNO3 P + (NH4)2SO41

Tabela 6. Efeito do cloreto de potssio na nitrificao do sulfato de amnio adicionado a um solo Podzlico Vermelho-Amarelo cido aps dois meses de incubao na camada de 0-15 cm. kg/ha N 0 112 224 336 112 224 336 K 0 0 0 0 116 116 116 pH (H2O) 4,65 4,30 3,85 3,85 4,55 3,90 3,75 N-NH4+ remanescente* (ppm) 5,8 5,0 3,9 27,6 5,9 96,0 166,8

Matria seca g/vaso 2,71 a 3,35 a 5,41 a 8,92 b

P total mg/mg 3,37 a 5,07 b 5,13 b 8,00 c

Fertilizante P1 mg/mg 2,02 a 2,48 a 5,18 b32

* N-NH4+ extrado com soluo KCl 2N.

O POTSSIO E O TRANSPORTE DE NITROGNIOO N pode ser absorvido como ction NH4 ou nion NO3. A absoro de amnio causa abaixamento do pH enquanto a de nitrato causa efeito oposto. O nitrato a principal forma disponvel na maioria dos solos bem arejados. Quando se fornece apenas NH4+ as plantas sofrem vrios desarranjos devido a alteraes na estrutura dos cloroplastos causadas pela toxicidade da amnia (NH3). Em geral, maior desenvolvimento das plantas obtido com o suprimento conjunto de amnio e nitrato. A maior parte do amnio incorporada nos compostos orgnicos nas razes, enquanto o nitrato prontamente mvel no xilema e pode ser acumulado no vacolo das razes, na parte area e nos rgos de armazenamento. Para ser incorporado nas estruturas orgnicas o nitrato precisa ser reduzido amnia (NH3), atravs de reaes mediadas por duas enzimas: reductase de nitrato e reductase de nitrito, para a passagem de nitrato nitrito e de nitrito amnia, respectivamente. O Mo elemento essencial na passagem de nitrato para nitrito. De maneira geral, admite-se que as plantas lenhosas reduzam o nitrato nas razes, as perenes herbceas nas razes e na parte area e as anuais na parte area. O local predominante da reduo do nitrato (se na raiz ou na parte area) tem impacto importante na ciclagem do potssio (Figura 5).

Fsforo proveniente do fosfato monoclcico marcado com P. Valores com letras diferentes nas colunas so significativamente diferentes com 95% de probabilidade pelo teste de Duncan. Tabela 5. Influncia da fonte de N no desenvolvimento radicular do milho em solo Oneida, pH 5,5. Razes do milho Tratamentos Extrato com HCl Matria seca mg 71,4 a 124,3 b 39,0 a 197,3 c Ca mg/mg 2,2 b 1,0 a 2,7 b 1,0 a Fertilizante P1 mg/mg 0,30 b 0,45 b 0,07 a

Controle S P P + KNO3 P + (NH4)2SO4

1 Fsforo proveniente do fosfato monoclcico marcado com 32P. Valores com letras diferentes nas colunas so significativamente diferentes com 95% de probabilidade pelo teste de Duncan.

Esta pode ser a explicao do grande sucesso obtido pelas formulaes NPK com mais de 10% de N feitas com sulfato de amnio, uria, MAP e KCl. Nestas, alm do efeito do N amoniacal no abaixamento do pH da rizosfera, bem possvel que tenha ainda uma diminuio da taxa de nitrificao do amnio causada pelo cloreto de potssio. Ou seja, possvel que pela ao do nion cloreto o nitrognio tenha permanecido por mais tempo na forma amoniacal. o que veremos a seguir.

O PAPEL DO NION CLORETO NA INIBIO DA NITRIFICAO DO AMNIOGOLDEN et al. (1981) estudaram o efeito do cloreto de potssio na nitrificao de doses crescentes de sulfato de amnio em solo Podzlico Vermelho-Amarelo cido proveniente de plantaes de ch em Sri Lanka. Observaram que a adio de KCl efetivamente diminuiu a nitrificao, evidenciada na Tabela 6, onde com KCl h maior quantidade de NH4+ aps dois meses de incubao do que nos tratamentos sem KCl. Se sobrou mais amnio porque houve menor nitrificao. Em ensaio adicional eles provaram que o efeito era devido ao nion cloreto e no ao ction K+. 4

Figura 5. Modelo para a circulao de potssio entre a raiz e a parte area no transporte de nitrato e de malato (PEP = fosfoenol piruvato) (Fonte: original de MARSCHNER, 1995, com dados de Ben-Zioni et al., 1971, e de Kirkby & Knight, 1977).

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INTERAES NPKMuitos experimentos suportam a hiptese que a absoro e o transporte do NO3- para a parte area das plantas, via xilema, envolve o K+, assim como sua descida via floema com o malato. O malato transportado para as razes com o K+ descarboxilado para piruvato e HCO3-. O HCO3- pode ento ser trocado pelo NO3-, produzindo ento o aumento do pH na rizosfera. A ciclagem do K+ o componente-chave deste modelo, que para funcionar depende da adequada concentrao de K no solo. Assim, bvio que a resposta ao nitrognio depender da dose de K aplicada ou do K presente no solo, como mostra a Figura 6, tirada de DIBB & THOMPSON (1985), com resposta do milho ao N em solo pobre em potssio, no Illinois, EUA, com diferentes doses de potssio.

Figura 7. Neutralizao dos grupos carboxlicos do aspartato e do glutamato nas protenas da semente de soja pelo K+ (BLEVINS, 1989).

CONSIDERAES FINAISO nitrognio nutriente com grande efeito na proliferao do sistema radicular, principalmente quando est na forma amoniacal. Alm deste efeito, o nitrognio na forma amoniacal aumenta a eficincia da adubao fosfatada, que por sua vez tem efeito positivo no desenvolvimento radicular. A diminuio da taxa de nitrificao para manter o nitrognio do solo na forma amoniacal proporcionada pelo on cloreto. Assim, o cloreto de potssio aplicado junto com a uria ou o sulfato de amnio mantm por mais tempo o N na forma amoniacal, ampliando o sistema radicular e aumentando a absoro do P do solo ou do adubo. O potssio est envolvido no transporte ascendente do nitrato das razes para a parte erea e descendente do malato para as razes, assim como na sntese protica. fundamental, pois, que haja balanceamento entre os macronutrientes N, P, K, Ca, Mg e S e os micronutrientes B, Cl, (Co), Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn, para o bom desenvolvimento das plantas e dos microrganismos benficos do solo. Estes nutrientes devem estar no solo desde o incio do desenvolvimento das plantas, quando maior a taxa de absoro dos mesmos.

Figura 6. A dose tima de N depende da dose de potssio aplicada (DIBB & THOMPSON, 1985).

O POTSSIO E A SNTESE DE PROTENA interessante notar a alta correlao (r = 0,98) entre teor de potssio e de protena nas sementes de algumas plantas cultivadas (Tabela 7).Tabela 7. Correlao entre o teor de potssio e de protena nas sementes de algumas plantas cultivadas. Semente Soja Feijo Algodo Girassol Cevada Aveia Trigo Centeio Sorgo Milho Fonte: BLEVINS (1985). K+ Protena bruta-1

LITERATURA CITADABARBER, S.A. Soil nutrient bioavailabilty a mechanistic approach. 2ed. New York, John Wiley & Sons, Inc., 1995. 414p. BELOW, F.E. Nitrogen metabolism and crop productivity. In: PESSARAKLI, M. (ed.) Handbook of plant and crop physiology. New York: Marcel Dekker, Inc., 1995. p.275301. BLAIR, G.J.; MAMARIL, C.P.; MILLER, M.H. Influence of nitrogen source on phosphorus uptake by corn from soils differing in pH. Agronomy Journal, v.63, p.235-238, 1971. BLEVINS, D.G. Nutrients associated with physiological and morphological changes for improved soybean yield. In: THE PHYSIOLOGY, BIOCHEMISTRY, NUTRITION, AND BIOENGINEERING OF SOYBEANS: IMPLICATIONS FOR FUTURE MANAGEMENT, St. Louis, 1989. Proceedings... FAR/PPI, 1989. p.70-85. BLEVINS, D.G. Role of potassium in protein metabolism in plants. In: MUNSON, R.D. (ed.). Potassium in Agriculture. Madison: ASA/CSSA/SSSA, 1985. p.413-424. CLARK, R.B. Nutrient solution growth of sorghum and corn in mineral nutrition studies. Journal of Plant Nutrition, v.5, p.1039-1057, 1982. DIBB, D.W.; THOMPSON JR., R. Interaction of potassium with others nutrients. In: MUNSON, R.D. (ed.). Potassium in Agriculture. Madison: ASA/CSSA/SSSA, 1985. p.515-533. GARCIA, F.O. Manejo de la fertilidad de suelos y fertilizacin de cultivos para altos rendimientos en la regin pampeana argentina. In: CONFERENCIA FERTILIZANTES CONO SUR, 4., Porto Alegre, 2002. Resumos... British Sulphur Pub., 2002. GARDNER, P.F.; PEARCE, R.B; MITCHELL, R.G. Physiology of crop plants. Ames: Iowa State University, 1985. p.266-267. GARWOOD, E.A.; WILLIAMS, T.E. Growth, water use and nutrient uptake from the subsoil by grass swards. Journal of Agric. Sci., v.69, p.125-130, 1967. GOLDEN, D.C.; SIVASUBRAMANIAM, S.; SANDANAM, S.; WIJEDASA, M.A. Inibitory effects of commercial potassium chloride on the nitrification rates of added ammonium sulphate in an acid red yellow podzolic soil. Plant and Soil, v.59, p.147151, 1981. MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. 2.ed. London: Academic Press Limited, 1995.

- - - - - - - - - - g.kg - - - - - - - - - - 17,7 380 13,8 253 12,0 231 7,1 179 5,5 126 4,8 121 4,7 120 5,2 113 3,9 110 3,3 90 r = 0,98

Uma possvel explicao para as culturas com altos teores de protena necessitaram (e exportarem) grandes quantidade de K atravs dos gros seria o envolvimento do K no transporte do N para a sntese protica e na neutralizao dos grupos carboxlicos (Figura 7) dos aminocidos formados (BLEVINS, 1985, 1989).

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MATRIA ORGNICA

MANEJO DA MATRIA ORGNICA NO SISTEMA PLANTIO DIRETO: A experincia no Estado do Paran1Osmar Muzzilli2

INTRODUOproduo agrcola e a qualidade ambiental nas regies tropicais e subtropicais brasileiras dependem diretamente da manuteno e melhoramento dos atributos do solo, onde a construo e a preservao da matria orgnica se destaca como elemento-chave. A dinmica da matria orgnica nos solos, por sua vez, afetada por fatores ambientais temperatura, umidade, pH, potencial de oxi-reduo do solo e fatores biticos quantidade e qualidade dos resduos orgnicos, atividade microbiana do solo. A posio geogrfica de transio ocupada pelo Estado do Paran faz com que suas condies climticas variem desde zonas tropicais e subtropicais at zonas temperadas. As formaes geolgicas, por outro lado, resultam numa ampla variao de solos caracterizada pela presena de terras arenosas derivadas do arenito Caiu na regio Noroeste, por uma extensa rea de solos argilosos de origem basltica cobrindo cerca de 40% da superfcie do Estado no sentido Nordeste-Sudoeste, e pela ocorrncia de solos de origem sedimentar e metamrfica na regio Centro-Sul do Estado, onde predominam os tipos climticos sub-tropical e temperado. Perante to ampla variabilidade de fatores ambientais, a construo e a preservao da matria orgnica nos agroecossistemas paranaenses depende fundamentalmente do adequado manejo dos fatores biticos, onde o sistema plantio direto (SPD) tem se destacado como um dos processos mais eficazes. A sustentao do SPD deve ser mantida pelo no-revolvimento do solo e pela biodiversidade de espcies vegetais proporcionada por sistemas diversificados de produo agrcola que, necessariamente, incluem a rotao de culturas com plantas de cobertura (adubos verdes). Nesta abordagem so destacados alguns benefcios proporcionados pela matria orgnica nos atributos edficos e os procedimentos de manejo que possibilitam a sua construo atravs do SPD nos agroecossistemas paranaenses.

A

tropical paranaense, CASTRO FILHO et al. (1998) constataram que o aumento do teor de C-orgnico pelo acmulo de resduos vegetais na superfcie de um Oxisol cultivado em SPD resultou em aumento dos ndices de agregao das partculas, com diminuio das classes de menor dimetro e aumento das classes de dimetro maior (Figura 1).

Figura 1. Relao entre o teor de C-orgnico e o tamanho de agregados num Oxisol sob plantio direto no Norte do Paran (camada de 0-10 cm) (CASTRO FILHO et al., 1998).

BENEFCIOS DA MATRIA ORGNICA NA QUALIDADE DO SOLO Melhoria do estado de agregaoTISDALL & OADES (1982) mostraram que a matria orgnica exerce papel importante na formao e estabilizao dos agregados do solo, pelas ligaes de polmeros orgnicos com a superfcie inorgnica por meio de ctions polivalentes. Na regio1 2

O aumento do teor de C-orgnico e seus efeitos na agregao do solo dependem diretamente dos fatores ambientais e biticos que afetam a dinmica na matria orgnica no sistema solo-planta. Biomassas com relao C/N mais ampla possuem maior efeito agregante, devido decomposio mais lenta e formao de compostos orgnicos intermedirios que estaro contribuindo para o aumento do teor de matria orgnica no solo; nessa situao, as gramneas atuam de forma mais eficaz para promover a formao de agregados, tanto pela ao direta das razes como pelo suprimento de resduos orgnicos mais duradouros e estveis (MUZILLI, 1996). Ao favorecer a maior agregao de partculas, o SPD contribui para a melhoria da porosidade, beneficiando a aerao e a infiltrao e armazenamento da gua no solo.

Aumento da CTC-dependente de pHNos principais solos agrcolas paranaenses, a matria orgnica responsvel por mais de 70% da CTC-dependente de pH,

Palestra apresentada no 3o Simpsio sobre Rotao Soja/Milho no Plantio Direto, promovido pela POTAFOS, Piracicaba, julho/2002. Engenheiro Agrnomo, Pesquisador do IAPAR Instituto Agronmico do Paran, Londrina, PR. E-mail: [email protected]

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MATRIA ORGNICAconforme foi demonstrado por PAVAN et al. (1985), cujos dados esto ilustrados na Tabela 1.Tabela 1. Influncia da matria orgnica na CTC-dependente de pH em solos do Paran. Tipo de solo LRd LRe PVd LRd PVA LRe HG Argila (%) 75 56 16 81 28 50 70 C-orgnico (%) 1,71 4,46 0,44 1,84 1,46 2,42 18,59 % CTC-dependente pH Argila 26 10 12 24 28 5 12 M.O. 74 90 88 76 72 95 88 Tabela 3. Teores e taxas de mineralizao da matria orgnica e liberao do nitrognio em sistemas de plantio direto e convencional, num Latosolo Roxo distrfico do Norte do Paran, aps 8 anos de cultivo (1976-1984). Camadas de amostragem (cm) Teor de matria orgnica (%) 0-10 10-20 Taxa de mineralizao da M.O. (%) 0-10 10-20 Taxa de liberao do N (%) 0-10 10-20 Fonte: PARRA (1984). Plantio direto 3,14 2,63 2,61 2,50 5,21 6,17 Plantio convencional 2,46 2,41 2,77 3,27 6,49 6,67

Fonte: Adaptada de PAVAN et al. (1985).

Ao promover o aumento da CTC-dependente de pH, a matria orgnica beneficia a adsoro de ctions trocveis (Ca, Mg, K) mediante trocas com o H+ dos grupos funcionais orgnicos, aumentando a saturao por bases no complexo coloidal. Por reduzir a velocidade de oxidao da matria orgnica, o SPD contribui para o aumento da saturao por bases no complexo catinico e a conseqente melhoria da fertilidade dos solos, conforme ilustram os dados da Tabela 2, obtidos por CALEGARI et al (1992).Tabela 2. Relao entre o teor de matria orgnica e a saturao por bases trocveis em terras sob mata natural e em condies de cultivo, num Latossolo Roxo eutrfico da regio Norte do Paran (Fazenda Santo Antonio, Floresta, 1985-1992). Situao observada Solo de mata nativa Aps 7 anos de cultivo (trigo-soja): Plantio convencional Plantio direto Fonte: CALEGARI et al. (1992). M.O. (%) 4,90 2,80 2,91 S bases (emg/100 ml) 14,55 6,85 9,28 V (%) 88 58 71

velmente mais alta nas camadas superiores do perfil cultural do solo, em virtude da baixa mobilidade do nutriente e do no revolvimento do solo pelas operaes de preparo (Tabela 4).Tabela 4. Distribuio dos teores de P solvel (extrao pelo mtodo Mehlich) no perfil cultural de um Latossolo Roxo distrfico, aps 5 anos de cultivo com a seqncia soja-trigo-milho em plantio direto, comparado ao plantio convencional. Camadas de amostragem (cm) P-lbil inicial P-lbil aps 5 anos de cultivo Plantio direto Plantio Convencional

P-inorgnico (ppm) extrado pelo mtodo Mehlich 0-5 5-10 10-20 20-30 Fonte: MUZILLI (1983). 3,6 2,8 2,0 2,6 21,7 9,6 2,6 4,3 6,5 6,7 3,1 6,5

Suprimento de nitrognioO manejo do nitrognio no sistema solo-planta deve satisfazer s necessidades das culturas e proporcionar retorno econmico com um mnimo de risco ambiental. Num Oxisol da regio tropical paranaense, PARRA (1984) constatou que no SPD a mineralizao da matria orgnica ocorria de forma mais lenta e gradativa, resultando em menor intensidade de liberao do N no solo (Tabela 3). Ao contribuir de forma efetiva para aumentar a disponibilidade de matria orgnica no solo e reduzir a sua velocidade de mineralizao, promovendo a liberao gradativa do nitrognio para as culturas, o SPD se destaca como estratgia eficaz no s para diminuir os gastos com fertilizantes nitrogenados, mas tambm por reduzir os riscos de contaminao das guas subterrneas, preservando a qualidade ambiental.

Melhoria da disponibilidade de fsforoNo SPD, aps vrios anos de cultivo a disponibilidade de fsforo solvel (P-lbil) de natureza inorgnica tende a ser sensi-

Aps 15 anos de cultivo, o fracionamento das formas de fsforo presentes naquele solo (segundo mtodo descrito por CATANI & BATAGLIA (1968) evidenciou maior disponibilidade de P-lbil no SPD. A frao de P-inorgnico estava mais concentrada na camada superior (0-10 cm), enquanto a frao de P-orgnico concentrou-se na camada subjacente (10-20 cm) do perfil cultural do solo (Tabela 5). Em estudo similar realizado na regio dos Campos Gerais do Paran, S & Motta (1993), citados por S (1995), constataram as propores mdias de P-inorgnico e P-orgnico em relao ao P-total, mostradas na Tabela 6. O aumento da frao de P-orgnico em profundidade foi atribudo decomposio dos restos de razes remanescentes ao longo do perfil cultural do solo. Esse reservatrio de P-orgnico passa a constituir importante reserva de P-lbil para as plantas nas camadas mais profundas do solo. Ao mesmo tempo, a presena de maior teor de umidade na camada superficial protegida pelos resduos vegetais ir facilitar a difuso das formas de P-lbil inorgnico na soluo do solo, melhorando a eficincia de aproveitamento do nutriente pelas culturas. Atravs desses mecanismos facilitadores da disponibilidade e do aproveitamento do fsforo, onde os resduos orgnicos 7

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MATRIA ORGNICATabela 5. Fraes de P no perfil cultural de um Latossolo Roxo distrfico aps 15 anos de cultivo com soja-trigo-milho em plantio direto comparado ao plantio convencional. Processos de cultivo Plantio direto Plantio convencional(1

Camada (cm) 0-10 10-20 0-10 10-20

P-total (ppm) 1.315 916 990 988

Frao de P ocluso(1) 39% 50% 55% 57%

Fraes de P-lbil(2) Inorgnico 35% 21% 25% 22% Orgnico 26% 29% 20% 21% Soma 61% 50% 45% 43%

(2)

P fixado ou retido pelo solo, em formas no disponveis para as plantas. P-lbil inorgnico = S (P-Fe + P-Al + P-Ca). Fonte: MUZILLI (1996).

Tabela 6. Contedo de P-total e propores de P-inorgnico e P-orgnico em solos sob plantio direto na regio dos Campos Gerais do Paran. Mdia de oito locais. Camada (cm) 0-2,5 2,5-5,0 5,0-10,0 10,0-20,0 20,0-40,0 P-total (ppm) 791 604 454 262 93 Fraes de P-lbil em relao ao P-total Inorgnico 68,3% 60,8% 62,0% 53,3% 32,9% Orgnico 31,7% 39,2% 38,0% 46,7% 67,1%

Perante tais constataes, o uso de plantas de cobertura eficientes na ciclagem de nutrientes tem sido preconizado como medida coadjuvante bastante eficaz para melhorar as condies de fertilidade em solos cidos no Estado do Paran.

CONSTRUO DA MATRIA ORGNICA DO SOLOA construo da matria orgnica em SPD regulada principalmente pelas quantidades de Carbono e Nitrognio existentes nos resduos orgnicos mantidos na superfcie do solo. Quando a cobertura realizada com resduos vegetais que possuem alta relao C/N, observa-se decrscimo na mineralizao da matria orgnica e aumento na imobilizao dos nutrientes nela contidos (N, P, S), sobretudo na camada superficial do solo, devido maior oferta de C-orgnico que estimula a atividade microbiana responsvel pela imobilizao do N no sistema solo-planta. A incluso de leguminosas na seqncia de culturas ajuda a minimizar os efeitos da imobilizao, resultando em maior acmulo de N no solo, conforme evidenciam os dados da Tabela 7, obtidos por AMADO et al. (1999).Tabela 7. N-total acumulado no solo (camada 0-17 cm) em duas seqncias de culturas, durante nove anos de cultivo em plantio direto e plantio convencional. Processos de cultivo Seqncia de culturas Plantio direto Plantio convencional N-total no solo (kg/ha) (Aveia + Ervilhaca)-Milho Aveia-Milho Acrscimo de N total no solo Fonte: AMADO et al. (1999). 2.943 2.440 503 (+ 21%) 2.402 2.278 248 (+ 11%)

Fonte: S & Motta, 1993, citados por S (1995).

desempenham papel fundamental, o SPD tem ajudado a aumentar a eficincia da adubao fosfatada em solos paranaenses.

Neutralizao da acidezNa maioria dos solos paranaenses a acidez caracteriza-se como um problema primordial a ser resolvido. O excesso de Al3+ trocvel, associado deficincia de Ca2+, pode ocorrer tambm em profundidade, prejudicando o crescimento das razes e, em conseqncia, a produtividade das culturas. Nos solos sob plantio direto com problemas de acidez nas camadas mais profundas, a incorporao mecnica do calcrio, alm de indesejvel, poder ser insuficiente para resolver o problema, pois camadas abaixo dos 40 cm de profundidade podero continuar com excesso de Al3+ txico, associado ou no deficincia de Ca2+. Resultados divulgados por PAVAN (1997) comprovaram a possibilidade de correo da acidez sem necessidade de incorporao do calcrio ao solo em SPD, graas ao papel desempenhado pela frao orgnica na dinmica de ons. Nas experincias relatadas, foi mostrado que os cidos orgnicos hidrossolveis de baixo peso molecular oriundos da decomposio dos resduos vegetais so capazes de promover a ciclagem de elementos qumicos inorgnicos at as camadas mais profundas do perfil cultural do solo. A ciclagem de ons atravs do solo induz formao de complexos organo-metlicos, sendo o Al3+ substitudo pelo Ca2+ no complexo catinico. O Al3+, por sua vez, imobilizado por ligantes orgnicos. Os resduos de aveia preta e de centeio so mais efetivos na mobilizao do Ca2+ e os de nabo forrageiro na complexao do Al3+ em solos cidos. 8

Nos primeiros anos de implantao do SPD em regies tropicais e subtropicais, o uso de gramneas (espcies com maior relao C/N) em alternncia com outras espcies ir favorecer o processo de construo da matria orgnica do solo. Aps 3-4 anos, a tendncia ser de restabelecer-se o equilbrio da relao C/N na camada superior do solo, onde se encontram estratificados os re-

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MATRIA ORGNICAsduos de plantas e a matria orgnica em diferentes estdios de decomposio. Conseqentemente, diminuir a imobilizao do N pelos microrganismos, com maior liberao do nutriente para o sistema solo-planta e menor demanda de adubao nitrogenada. Na prtica, a consolidao desses conceitos tem possibilitado a construo da matria orgnica do solo em SPD, sem prejuzo da produtividade e da rentabilidade da produo agrcola. Essa possibilidade comprovada pelos dados da Tabela 8, obtidos em unidades de validao de tecnologia (UTVs) estabelecidas em propriedades de referncia, mediante projeto de pesquisa participativa que o IAPAR vem conduzindo em parceria com a ITAIPU BINACIONAL na regio dos municpios lindeiros ao lago de Itaipu (PR). A incluso das plantas de cobertura em esquemas de rotao com as culturas comerciais (soja ou milho) nessas UTVs proporcionou bons resultados econmicos, sem ter havido redues de produtividade ou comprometimento da rentabilidade dos sistemas de produo (Fotos 1, 2, 3, 4 e 5).

Foto 2. Aveia preta como planta de cobertura.

Foto 1. Rotaes soja/trigo/milho e milho/trigo/milho em SPD no Paran (MUZZILI et al., 1983).

Foto 3. Nabo pivotante como planta de cobertura.

Tabela 8. Construo da matria orgnica do solo em sistema plantio direto pela rotao de culturas com plantas de cobertura, na regio lindeira ao lago de Itaipu, PR. UTV No 03/B 04 11/A 12/B 13 21/B Seqncia de cultivos e rendimentos (kg/ha)* Safra 1999/2000 Vero Soja 3.564 Soja 2.762 Soja 3.971 Soja 3.803 Soja 3.084 Soja 3.919 Inverno AP/EF 4,3 t/ha AP/NP/EF 10,8 t/ha AP/NP/EC 8,0 t/ha AP/NP 6,5 t/ha Milho safr. 3.303 Trigo/Moha 1,6 t/ha Safra 2000/2001 Vero Soja 3.764 Milho 8.100 Milho 8.520 Soja 3.719 Soja 4.165 Soja 3.990 Inverno AP/NP/EC 7,5 t/ha Feijo 1.300 Av. Branca 3,2 t/ha Trigo (Geadas) AP/EC 3,1 t/ha AP/NP/EF 5,0 Inicial 15,99 17,44 16,27 18,02 19,18 19,48 C-orgnico (g/dm3) Atual 25,53 22,65 19,97 22,97 21,80 23,47 MB** acumulada (R$/ha) 1.292,00 1.825,00 1.213,00 1.477,00 1.401,00 1.265,00

(*) AP = Aveia preta; NP = Nabo pivotante; EF = ervilha forrageira; EP = ervilhaca peluda; EC = ervilhaca comum; (**) MB = Margem bruta = (Renda bruta Custos variveis) Adaptado de: Acordo Iapar/Itaipu Binacional, Relatrio Tcnico Anual (1999-2001).

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MATRIA ORGNICADessa forma, o manejo da matria orgnica do solo em SPD deixa de constituir um aspecto meramente pontual e adquire conotao sistmica, proporcionando a melhoria dos atributos edficos pela racionalizao das estratgias de manejo do sistema solo-planta ao longo do tempo.

LITERATURA CITADAAMADO, T.J.C.; MIELNICZUCK, J.; FERNANDES, S.B.V.; BAYER, C. Culturas de cobertura, acmulo de nitrognio total no solo e produtividade de milho. Revista Brasileira de Cincia do Solo, v.23, p.679-686, 1999. CASTRO FILHO, C.; MUZILLI O.; PODANOSCHI, A.L. Estabilidade dos agregados e sua relao com o teor de carbono orgnico num Latossolo Roxo distrfico, em funo de sistemas de plantio, rotaes de culturas e mtodos de preparo das amostras. Revista Brasileira de Cincia do Solo, v.22, n.3, p.527-538, 1998. CATANI, R.A.; BATAGLIA, O.C. Formas de ocorrncia do fsforo no solo Latosslico Roxo. Anais da ESALQ/USP, v.25, p.99-119, 1968. CALEGARI, A.; FERRO, M.; GRZESIUK, F.; JACINTO JR., L. Plantio direto e rotao de culturas. Experincia em Latossolo Roxo. IAPAR/COCAMAR/ZENECA, Fazenda Sto. Antonio, Floresta (PR), 1985-1992 (Relatrio mimeografado). IAPAR - Instituto Agronmico do Paran/ITAIPU BINACIONAL. Desenvolvimento tecnolgico do plantio direto na regio dos municpios lindeiros ao lago de Itaipu, Paran, Brasil. Relatrio Tcnico Anual, 1999-2001. (Trabalho no publicado). MUZILLI, O. A fertilidade do solo no contexto da agricultura sustentvel. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE CINCIA DO SOLO, 12., guas de Lindia (SP), 1996. Anais... Comisso de Fertilidade do Solo e Nutrio Mineral de Plantas, 1996. MUZILLI, O. Influncia do plantio direto comparado ao convencional sobre a fertilidade da camada arvel do solo. Revista Brasileira de Cincia do Solo, v.7, p.95-102, 1983. PARRA, M.S. Dinmica da matria orgnica e de nutrientes num Latossolo Roxo distrfico submetido aos sistemas de plantio direto e convencional em diferentes sucesses de culturas. Viosa, 1984. Dissertao (Mestrado) Universidade Federal de Viosa-UFV. PAVAN, M.A. Ciclagem de nutrientes e mobilidade de ons no solo sob plantio direto. Revista Plantio Direto, Passo Fundo, 1997. PAVAN, M.A.; BINGHAM, F.T.; PRATT, P.F. Chemical and mineralogical characteristics of selected acid soils of the state of Paran, Brazil. Turrialba, v.35, p.131-139, 1985. S, J.C.M. Fsforo: Fraes, formas de ocorrncia e distribuio no perfil do solo. In: CURSO SOBRE MANEJO DO SOLO NO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO, Anais... Castro (PR): Fundao ABC, 1995. TISDALL, J.M.; OADES, J.M. Organic matter and water-stable aggregates in soils. Journal of Soil Science, v.33, p.141-163, 1982.

Foto 4. Ervilhaca peluda como planta de cobertura.

Foto 5. Alternativas para cobertura do solo aps milho safrinha na regio Oeste do Paran (Acordo IAPAR-ITAIPU, Safra 2001).

CONSIDERAES FINAISNos agroecosistemas tropicais e subtropicais prevalecentes no Estado do Paran, a adoo do sistema plantio direto (SPD) em substituio prtica de agricultura em terra nua constitui investimento na preservao dos recursos naturais e socioeconmicos, que se reflete em maior sustentabilidade do agronegcio. Ao contribuir para a diminuio da oxidao da matria orgnica, o SPD destaca-se como estratgia eficaz para promover a melhoria das propriedades fsicas (agregao, porosidade, aerao, infiltrao de gua), o aumento da CTC, a liberao gradativa do nitrognio, a construo de um reservatrio de fsforo lbil no perfil cultural do solo e a correo da acidez por processos organoqumicos sem a necessidade de incorporar-se os corretivos ao solo. Tambm destaca-se o papel fundamental exercido pela rotao de culturas comerciais com plantas utilizadas para formar a cobertura vegetal na superfcie do solo, que permite construir a matria orgnica e potencializar os efeitos das adubaes qumicas pela ciclagem de nutrientes no sistema solo-planta. 10

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DIVULGANDO A PESQUISANota do editor: Os trabalhos que possuem endereo eletrnico em azul podem ser consultados na ntegra1. TEOR DE NITRATO EM ALFACE CULTIVADA EM SISTEMAS HIDROPNICO E CONVENCIONAL BENINNI, E.R.Y.; TAKAHASHI, H.W.; NEVES, C.S.V.J.; FONSECA, I.C. de B. Horticultura Brasileira, v.20, n.2, p.183-186, 2002. O monitoramento do teor de nitrato nos alimentos importante uma vez que podero ser formados compostos prejudiciais sade humana e animal aps sua ingesto. Com o objetivo de avaliar o teor de nitrato presente em alface, foram coletadas e analisadas as folhas de alface crespa comercializada no municpio de Londrina, PR, cultivada em sistemas hidropnico e convencional. Os valores encontrados variaram entre 26 e 2.568 mg kg-1 de peso fresco, sendo que as plantas cultivadas em sistema hidropnico apresentaram teores superiores em relao s cultivadas em sistema convencional (Tabela 1), porm abaixo do limite mximo de nitrato permitido para alface, na Europa.Tabela 1. Teor mdio de nitrato (mg.kg -1 peso fresco) em alface cultivada em sistemas convencional e hidropnico, comercializada em Agosto/Setembro de 2001, no municpio de Londrina, UEL, 2001. Sistema de cultivo Convencional Hidropnico Teor mdio de nitrato 939 bB 1.588 aB1

3. PERDAS DO NITROGNIO DA URIA NO SISTEMA SOLO-PLANTA EM DOIS CICLOS DE CANA-DE-ACAR TRIVELIN, P.C.O.; OLIVEIRA, M.W. de; VITTI, A.C., GAVA, G.J. de C.; BENDASSOLLI, J.A. Pesquisa Agropecuria Brasileira, v.37, n.2, p.183-186, 2002. (http://atlas.sct. embrapa.br/pab/pab.nsf/FrAnual) O objetivo deste trabalho foi quantificar as perdas de N do sistema solo-cana-de-acar, nos ciclos de cana-planta e de canasoca. Desenvolveram-se dois experimentos em vasos de 220 L, contendo solo de classe textural arenosa. Os fatores de estudo do experimento com cana-planta foram dois tipos de restos culturais incorporados ao solo e quatro doses de N no plantio. No experimento com cana-soca estudaram-se duas formas de aplicao da uria em superfcie: sobre a palha ou sobre o solo descoberto, ou na profundidade de 15 cm, e duas fontes de K: KCl ou vinhaa. Utilizou-se uria marcada com 15N. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com trs repeties. Em cana-planta, as perdas foram de 12% do N-uria (recuperao de 88%), que ocorreram principalmente por desnitrificao no solo. Em cana-soca, a aplicao da uria em profundidade resultou em 81% de recuperao do N-fertilizante, enquanto na superficial, somente em 50%. Perdas de 50% do N-uria aplicado em superfcie representam aquelas que ocorreram no solo, principalmente por volatilizao de amnia, e, tambm, pela parte area da cana-de-acar. Com aplicao em profundidade as perdas foram de 19% e se deram pela parte area das plantas para a atmosfera, sendo a perda total de N (da uria e de outras fontes) assimilado pela cultura da ordem de 90 kg ha-1. 4. EFEITO DA ADUBAO NITROGENADA E POTSSICA NO SOLO, PLANTA E PRODUO DE MILHO DOCE COUTINHO, E.L.M.; FRANCO, H.C.J.; COUTINHO NETO, A.M.; CONSOLINI, F. Horticultura Brasileira, v.20, n.2, p.330-331, 2002. O experimento foi conduzido em condies de campo, num Latossolo Vermelho textura argilosa com teor muito baixo de potssio, localizado no municpio de Jaboticabal, SP, com o objetivo de verificar os efeitos da adubao nitrogenada em cobertura (0, 50, 100 e 150 kg ha-1 de N), potssica (0, 60, 120 e 180 kg ha-1 de K2O) na produo de espigas (milho verde), na diagnose da nutrio nitrogenada e potssica na cultura do milho doce. Foram verificadas respostas positivas na produo de espigas em funo da adubao com nitrognio em cobertura e potssio, sendo a mxima eficincia tcnica obtida com as doses de 131 kg ha-1 de N e 137 kg ha-1 de K2O, correspondendo, respectivamente, s produes de 14,2 e 13,6 t ha-1 de espigas. A folha da base da espiga revelou-se adequada para a diagnose da nutrio nitrogenada e potssica, sendo que os teores de N e K considerados adequados esto situados dentro dos intervalos: 31,9 a 33,9 g kg-1 e 15,9 a 17,4 g kg-1, respectivamente. Por outro lado, a mxima produo de espigas esteve associada a uma concentrao de K no solo de 1,46 mmolcdm-3. A adio de potssio reduziu significativamente os teores de Ca e Mg nas folhas. 11

Teor padro* 4.500 A 4.500 A

* Valor mximo de nitrato permitido em alface, atravs da legislao europia. ** Mdias seguidas de mesma letra minscula na coluna e maiscula na linha no diferem entre si no nvel de 1% pelo teste t.

2. EFEITO DE DIFERENTES FORMAS DE ADUBAO NITROGENADA SOBRE A PRODUO DE MILHO CULTIVADO NA SAFRINHA SILVA, C.J. da; CAZETTA, J.O.; MATTER, U.F. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CINCIA DO SOLO, 28., Londrina, 2001. Anais... SBCS, 2001. p.120. A forma de aplicao de nitrognio (N) e a dose utilizada tm influncia direta sobre a produo de gros e matria seca (MS), bem como na partio da matria seca nas diferentes partes da planta de milho. As plantas de milho (hbrido Agromen 3150) receberam diferentes doses de N na semeadura (15, 50 e 100 kg ha-1 de N na forma de NH4NO3, ou 100 kg ha-1 na forma de biofertilizante), ou 100 kg ha-1 de N na forma de NH4NO3 em diferentes fases da cultura (V12, V18 e R1); 30 kg ha-1 no plantio e 70 kg ha-1 na fase V18; e testemunha (sem N). As plantas que receberam 100% do N na semeadura na forma de NH4NO3 ou biofertilizante tiveram a maior produo de folhas, caule, espiga, sabugo e gros. A produtividade de gros e a produo de MS nas diferentes partes das plantas do tratamento com 100% do N aps a polinizao (estdio R1) no se diferenciaram daquelas das plantas do tratamento testemunha, indicando que foram limitadas pela falta de N no estdio vegetativo da cultura. Os demais tratamentos tiveram produes de folhas, caule, espiga, sabugo e produtividades de gros intermedirias, no diferindo entre si pelo teste de Tukey ao nvel de 5% de probabilidade.

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5. EFICINCIA DA FIXAO BIOLGICA DE N2 POR ESTIRPES DE Bradyrhizobium NA SOJA EM PLANTIO DIRETO CAMPOS, B.C.; HUNGRIA, M.; TEDESCO, V. Revista Brasileira de Cincia do Solo, v.25, p.583-592, 2001. O presente trabalho foi realizado nas safras de 1994/95, 1996/97, 1997/98 e 1998/99 objetivando avaliar a eficincia das estirpes de Bradyrhizobium recomendadas pela pesquisa, pela determinao da capacidade competitiva e da eficincia na fixao do N2 na cultura da soja, sob o sistema plantio direto. Os experimentos foram instalados em reas experimentais da FUNDACEP, Cruz Alta (RS), manejadas desde cinco at 10 anos em plantio direto. Na safra de 1994/95 foram usados os seguintes tratamentos: testemunha sem inoculao; 200 kg ha-1 de N mineral, parcelados e sem inoculao; e as combinaes das quatro estirpes recomendadas comercialmente, SEMIA 587 + SEMIA 5019; SEMIA 587 + SEMIA 5079; SEMIA 587 + SEMIA 5080; SEMIA 5019 + SEMIA 5079; SEMIA 5019 + SEMIA 5080; SEMIA 5079 + SEMIA 5080 e dois isolados do sorogrupo SEMIA 586. Em 1996/97 foi retirado o ltimo tratamento e acrescidos os tratamentos CPAC 40 + CPAC 44 e CPAC 42 + CPAC 45. Na safra de 1997/98 foi acrescido o tratamento 20 kg ha-1 de N mineral na semeadura + inoculao com SEMIA 5079 + SEMIA 5080. A adubao nitrogenada reduziu a nodulao e no resultou em acrscimos na produo da soja. Na avaliao do rendimento de gros, em cada uma das quatro safras e na anlise conjunta, a testemunha sem inoculao no apresentou diferena significativa em relao aos demais tratamentos. A no resposta da soja prtica da inoculao pode ser atribuda populao naturalizada de Bradyrhizobium, em nmero adequado e eficiente, e s condies favorveis fixao biolgica do nitrognio, como temperatura e umidade adequadas do solo, proporcionadas pelo sistema plantio direto. 6. ABSORO E REDISTRIBUIO DE NITROGNIO (15N) EM CITRUS MITIS NATALE, W.; MARCHAL, J. Revista Brasileira de Fruticultura, v.24, n.1, p.183-188, 2002. (http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452002000 100040&lng=en&nrm=iso&tlng=pt) Com a avaliao da eficincia de uso do nitrognio, tem-se melhor entendimento dos aspectos nutricionais e respostas adubao. O presente ensaio teve por objetivo estudar a absoro e redistribuio de nitrognio (15N) em Citrus mitis Bl. As fontes de fertilizante utilizadas foram: sulfato de amnio, uria, nitrato de clcio e nitrato de potssio. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com 4 tratamentos e 3 repeties. Foram realizadas duas amostragens, aos 10 e 20 dias aps a aplicao do adubo marcado, a fim de determinar os teores de N nas diferentes partes da planta. Atravs dos resultados verificou-se que no houve efeito dos tratamentos sobre o peso de matria seca e contedo de N nas plantas. A eficincia de absoro de N variou com a natureza do fertilizante nitrogenado e com a poca de amostragem, ao passo que a redistribuio do N no foi afetada. A eficincia mxima de absoro do N variou de 14% (uria) a 31% (sulfato de amnio), respectivamente, aos 10 e 20 dias aps a aplicao do 15N. 12

7. INFLUENCE OF LATE-SEASON FOLIAR NITROGEN APPLICATIONS ON YIELD AND GRAIN NITROGEN IN WINTER WHEAT WOOLFOLK, C.W.; RAUN, W.R.; JOHNSON, G.V.; THOMASON, W.E.; MULLEN, R.W.; WYNN, K.J.; FREEMAN, K.W. Agronomy Journal, v.94, n.3, p.429-434, 2002. Increasing grain protein in new higher-yielding cereal grains has recently received added attention due to protein premiums paid to farmers. Hard red winter wheat (Triticum aestivum L.) studies were conducted at two locations in Oklahoma in 19971998, 1998-1999, and 1999-2000 to evaluate the effects of lateseason foliar N applications on grain yield, total grain N, straw yield, and total straw N. Foliar applications of N were made at two different times (pre- and postflowering) using urea ammonium nitrate (UAN) at rates of 0, 11, 22, 34, and 45 kg N ha-1. Ammonium sulfate [(NH4)2SO4] was also applied at a single rate of 22 kg N ha-1 both pre- and postflowering. A significant linear increase in total grain N was observed for postflowering applications using UAN in five of six site-years. In four out of the six site-years, a significant linear increase was observed for preflowering applications of UAN. No consistent increases or decreases from foliar N applications were observed for grain yield, straw yield, or straw N. Over years and locations, UAN applied preflowering and postflowering at 34 kg N ha-1 increased total grain N over that of the check (no foliar N applied) by 2.7 and 2.4 g kg-1, respectively. Late-season foliar N applications before or immediately following flowering may significantly enhance grain N content and, thus, percent protein in winter wheat.

8. SIGNIFICNCIA DO MICLIO EXTERNO DOS FUNGOS MICORRZICOS ARBUSCULARES. III. ESTUDO DA TRANSFERNCIA DE NITROGNIO ENTRE PLANTAS INTER-CONECTADAS POR UM MESMO MICLIO MARTINS, M.A.; CRUZ, A.F. Revista de Microbiologia, v.29, n.4, p.289-294, 1998. (http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0001-37141998000400011&lng= en&nrm=iso&tlng=en) Conduziu-se um experimento em casa de vegetao para avaliar a importncia dos fungos micorrzicos arbusculares (FMA) sobre o processo de transferncia de nitrognio de plantas de caupi para o milho, utilizando-se o istopo 15N. Foram construdos vasos compartimentalizados, compostos de 3 sees (A, B e C) de 2 dm3 de capacidade. Entre as sees B e C inseriu-se uma tela de nylon com 2 dimetros de abertura de malha: 1 m (que atuou como barreira para o miclio fngico e para as razes das plantas), ou 40 m (que atuou como barreira somente para as razes das plantas). Adicionou-se 25,5 mg/kg de N na forma de (15NH4)2SO4 na seo A dos vasos. A seguir, duas plntulas de caupi previamente inoculadas com Rhizobium sp. foram plantadas com seus sistemas radiculares divididos entre as sees A e B. Aps 10 dias, duas sementes de milho foram semeadas na seo C, onde se efetuou a inoculao com o fungo Glomus etunicatum no orifcio de plantio. O experimento foi coletado 35 dias aps, e os resultados demonstraram que a presena do FMA aumentou a matria seca e o contedo de 15N e P da parte area das plantas de milho. A transferncia direta de 15N via hifa fngica foi de 21,2%, a transferncia indireta mediada pelos FMA foi de 9,6%, e a indireta no mediada pelos FMA foi de 69,2%.

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9. NITROGEN FERTILIZER SPLIT-APPLICATION FOR CORN IN NO-TILL SUCCESSION TO BLACK OATS CERETTA, C.A.; BASSO, C.J.; DIEKOW, J.; AITA, C.; PAVINATO, P.S.; VIEIRA, F.C.B.; VENDRUSCULO, E.R.O. Scientia Agricola, v.59, n.3, p.549-554, 2002. (http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010390162002000300021&lng=en&nrm=iso&tlng=en) Na sucesso de gramneas aveia preta/milho pode haver imobilizao do nitrognio, especialmente no incio do ciclo do milho, requerendo estudos de fracionamento da adubao. Com o objetivo de avaliar formas de parcelamento da adubao nitrogenada para o milho em sucesso aveia preta, foram conduzidos quatro experimentos em reas de lavouras sob plantio direto nos municpios de Itaara, Santo ngelo, Jlio de Castilhos e Tupanciret no Rio Grande do Sul, durante os anos agrcolas 1996/97 a 1998/99. As aplicaes de N para o milho foram realizadas em trs pocas: a) pr-semeadura (aps o manejo da aveia preta), b) semeadura e c) cobertura. Os resultados mostraram que a aplicao em prsemeadura do milho de parte ou todo o nitrognio que seria aplicado em cobertura no conferiu produtividade de gros diferente da aplicao na semeadura e cobertura mas a ocorrncia de precipitaes pluviomtricas acima da normal pode causar diminuio na produtividade de gros. Por isso, a aplicao de nitrognio na semeadura e em cobertura no milho preferencial.Tabela 1. Altura de planta, insero da espiga e produo de gros pelo milho cultivado em sucesso aveia preta, com diferentes formas de adubao nitrogenada, em Itaara. 1996/97. Aplicao de N kg ha-1 PS-SE-CO 00-00-00 00-30-120 40-30-80 80-30-40 120-30-00 CV (%)(1) (1)

11. LIXIVIAO DE POTSSIO PARA AVALIAO DO POTENCIAL FISIOLGICO DE SEMENTES DE MILHO MIGUEL, M.V. de C.; MARCOS FILHO, J. Scientia Agricola, v.59, n.2, p.315-319, 2002. (http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-90162002000 200017&lng=en&nrm=iso&tlng=en) A necessidade freqente da tomada de decises rpidas, principalmente nas etapas de colheita, processamento e comercializao habitual durante o processo de produo de sementes de vrias espcies, dentre elas o milho. Conseqentemente, a pesquisa em tecnologia de sementes tem procurado desenvolver ou aperfeioar testes que possibilitem avaliar, com eficincia, o potencial fisiolgico das sementes, em perodo de tempo relativamente curto. O presente trabalho teve como objetivo verificar a potencialidade do teste de lixiviao de potssio, para avaliao do vigor de sementes de milho. Cinco lotes do hbrido Avant foram submetidos a esse teste, cuja eficincia foi comparada dos testes de germinao, primeira contagem de germinao, envelhecimento acelerado, frio, condutividade eltrica e emergncia de plntulas em campo, recomendados para sementes de milho. A quantidade de potssio exsudado foi determinada em fotmetro de chama (padro 50 mg K+ mL-1 ajustado para leitura 50), aps 30, 60, 90, 120, 150 e 180 minutos de embebio, a 25C. O teste de lixiviao de potssio foi considerado eficiente para separao dos lotes em diferentes nveis de vigor, constituindo alternativa promissora para avaliao do potencial fisiolgico de sementes de milho; essa possibilidade contribui para a obteno rpida de informaes balizadoras de programas de controle de qualidade ps-colheita. 12. ANLISE QUMICA DO PECOLO E LIMBO FOLIAR COMO INDICADORA DO ESTADO NUTRICIONAL DOS MAMOEIROS SOLO E FORMOSA MARINHO, C.S.; MONNERAT, P.H.; CARVALHO, A. Jr. C. de; MARINS, S.L.D.; VIEIRA, A. Scientia Agricola, v.59, n.2, p.373-381, 2002. (http://www.scielo.br/scielo.php? script= sci_arttext&pid=S0103-90162002000200025&lng=en&nrm= iso&tlng=pt) A ausncia de um consenso na literatura sobre qual parte da folha, limbo ou pecolo seria a mais indicada para avaliao do estado nutricional do mamoeiro dificulta o uso da anlise foliar como ferramenta de diagnose para a cultura. Assim, foi conduzido um experimento para comparar a diagnose do estado nutricional efetuada pela anlise do limbo e do pecolo foliar de mamoeiros pertencentes aos grupos Solo e Formosa. Foi adotado o delineamento em blocos casualizados para avaliar seis variedades de mamoeiros, trs de cada grupo. Foram retiradas amostras foliares em cinco pocas, a cada trs meses. A folha recm-madura foi dividida em limbo e pecolo, onde foram determinados os teores de N, NO3-, P, K, Ca, Mg, S, B, Cl, Fe, Mn e Zn. Estes teores foram comparados com os citados na literatura como adequados para a cultura. A diagnose do estado nutricional do mamoeiro quando efetuada por meio da anlise do limbo ou do pecolo foliar levou a diferentes diagnsticos mostrando a necessidade de definio de um nico padro. A anlise do limbo foliar mostrou-se mais efetiva que a do pecolo para diagnosticar o estado nutricional, diferenciando melhor as variedades de mamoeiro, em relao a N, P, K e Cl, no diferindo em relao aos demais nutrientes. Sendo assim, o limbo foliar deve ser utilizado como indicador do estado nutricional do mamoeiro. 13

Altura de planta

Altura de insero de espiga

Produo de gros mg ha-1 4,89 b 6,48 a 6,21 a 6,43 a 6,48 a 8,9

- - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - 197 c(2) 200 bc 207 ab 209 ab 210 a 2,8 116 b 124 a 125 a 130 a 126 a 3,0

Corresponde s pocas de parcelamento de nitrognio: PS = pr-semeadura (8 dias antes da semeadura), SE = semeadura e CO = cobertura. (2) Mdias seguidas da mesma letra no diferem pelo teste de Duncan a 5%.

10. ABSORO SINRGICA DE NITROGNIO E COBRE POR CAPIM TIFTON-85 NASCIMENTO, R.C. do; CRUZ, M.C.P. da; FERREIRA, M.E.; MANTOVANI, J.R. In: REUNIO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIO DE PLANTAS, Rio de Janeiro, 2002. Resumos... SBCS, 2002. p.6. Com o objetivo de avaliar o efeito da interao entre cobre e nitrognio nas concentraes desses elementos em plantas de capim Tifton-85, foi conduzido experimento em casa de vegetao, em esquema fatorial 5 x 3, com delineamento em blocos ao acaso e trs repeties. Os tratamentos utilizados foram: 100; 150; 200; 250 e 300 mg dm-3 de N e 0, 1 e 2 mg dm-3 de Cu. Os efeitos do cobre na concentrao de nitrognio na planta surgiram a partir da dose 200 mg dm-3 de N. A adubao com nitrognio aumentou linearmente a concentrao de N na planta, e este aumento foi tanto maior quanto maior a dose de cobre empregada. A concentrao de cobre na planta no s aumentou com a sua aplicao como tambm com o aumento do fornecimento de nitrognio. Assim, entre as concentraes de nitrognio e cobre na parte area obteve-se uma relao linear e positiva, evidenciando um sinergismo entre esses nutrientes.

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13. LIXIVIAO DE NITROGNIO, POTSSIO, CLCIO E MAGNSIO EM SOLO ARENOSO CULTIVADO COM CANA-DE-ACAR OLIVEIRA, M.W. de; TRIVELIN, P.C.O.; BOARETTO, A.E.; MURAOKA, T.; MORTATTI, J. Pesquisa Agropecuria Brasileira, v.37, n.6, p.861-868, 2002. Realizou-se um experimento em lismetro cultivado com canade-acar para avaliar a lixiviao do N, oriundo da uria (15N) ou do solo e de restos culturais, bem como do K+, Ca2+e Mg2+. O experimento foi um fatorial 2 x 4. Os fatores foram: 1) adio diferenciada de dois tipos de restos culturais ao solo, simulando condies de reforma de canavial aps a colheita da cana, com ou sem prvia despalha a fogo; 2) quatro doses de N: 0, 30, 60 e 90 kg ha-1. Durante o perodo experimental, o volume total de gua recebido pela cultura foi de 2.015 mm, sendo 1.255 mm de precipitaes e 760 mm de irrigaes. No foi verificada perda por lixiviao do N derivado do fertilizante (15N). Nas trs primeiras semanas ocorreram as maiores perdas de N por lixiviao, que foram provenientes do solo ou dos restos culturais. O valor mdio do N lixiviado durante o perodo experimental de 11 meses foi de 4,5 kg ha-1. Os valores mdios de perdas de K+, Ca2+ e Mg2+ foram de 13, 320 e 80 kg ha-1, respectivamente. 14. ESTOQUES DE CARBONO EM FRAES DA MATRIA ORGNICA AFETADOS PELO USO E MANEJO DO SOLO, COM NFASE NO PLANTIO DIRETO BAYER, C.; DICK, D. P.; RIBEIRO, G..M.; SCHEUERMANN, K.K. Cincia Rural, v.32, n.3, p.401-406, 2002. (http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010384782002000300006&lng=en&nrm=iso&tlng=en) O uso e manejo do solo podem afetar as fraes lbeis e humificadas da matria orgnica (MO), mas a magnitude destas alteraes pouco conhecida em ambientes subtropicais. Este estudo avaliou os efeitos de quatro sistemas de uso e manejo do solo (mata, campo nativo, preparo convencional e plantio direto na sucesso trigo/soja) sobre (i) o estoque de carbono orgnico total (COT) (0-250 mm), e nos (ii) estoques de carbono (C) em fraes lbeis (grosseira, leve) e humificadas (associada aos minerais, substncias hmicas) da MO na camada superficial (0-25 mm) de um Latossolo Bruno, no Sul do Brasil. Comparado mata, o solo sob preparo convencional apresentou 36% (46,2 Mg ha-1) menos COT na camada de 0-250 mm, bem como um decrscimo generalizado no estoque de C em todas fraes da MO na camada de 0-25 mm. As fraes grosseira (> 53 mm) e leve (< 1 kg dm-3) da MO foram as mais afetadas pelo sistema plantio direto, com incrementos no estoque de C de 393% (1,22 Mg ha-1) e 289% (0,55 Mg ha-1), respectivamente, em relao ao preparo convencional. Os estoques de C na MO associada aos minerais e nas substncias hmicas aumentaram de forma semelhante (incrementos de 34% e 38%, respectivamente) no sistema plantio direto. Apesar dos aumentos porcentualmente menores no estoque de C nas fraes humificadas do que nas lbeis, em termos absolutos, os maiores incrementos ocorreram na matria orgnica associada aos minerais e nas substncias hmicas (3,06 e 2,95 Mg C ha-1, respectivamente). O sistema plantio direto resultou num ambiente biologicamente menos oxidativo, favorvel preservao das fraes lbeis e humificadas da MO. O processo de estabilizao da MO pela sua interao com minerais de carga varivel provavelmente um fator fundamental na manuteno e recuperao da qualidade do solo e do ambiente em regies tropicais e subtropicais. 14

15. EFFECTS OF LIME AND CALCIUM ON ROOT DEVELOPMENT AND NODULATION OF CLOVERS BRAUER, D.; RITCHEY, D.; BELESKY, D. Crop Science, v.42, p.1640-1646, 2002. Acidic soils reduce the nodulation of forage legumes. Studies with a Gilpin series silt loam (fine loamy, mixed mesic, Typic Hapludult) from New, WV, were conducted to determine the effects of lime on root development, and to assess effects of soil Ca and pH on nodulation. Liming increased soil pH from 4.8 to 5.3, nodulation, and root growth of white clover (Trifolium repens L., cultivar Huia) 28 d after planting. Seedlings from unlimed soil formed fewer indeterminate and determinate roots. Next, soils were amended with either CaCO3 or a mixture of CaCO3 and CaSO4 to achieve a soil pH of 4.7 to 6.1 and soil Ca of 170 to 680 mg kg-1 soil. There was a strong quadratic relationship between number of nodules per white clover seedling 28 d after planting and soil pH. Another experiment was conducted to determine if theses trends were expressed under field conditions. In 1993, field plots were amended with lime or a coal combustion by-product that supplied Ca as CaSO4 and seeded in 1994 to cool-season grasses. In spring of 1998, plots were drilled with either red (Trifolium pratense, L.) or white clover. The nodules per primary root were determined in May (1998, 1999) and August (1998). Number of nodules per primary root was more closely associated with soil pH than soil Ca. Theses results indicate that changes in nodulation were more closely associated with changes in soil pH than soil Ca. Nota do editor: No seria tambm efeito indireto da maior disponibilidade de Mo com o aumento do pH?

16. INFLUNCIA DA ACIDEZ DO SOLO NO PROCESSO DE NITRIFICAO GUEDES, J. do N.; OLIVEIRA, C. de; DIAS, F. de C.; ALVES, B.J.R.; URQUIAGA, S. In: REUNIO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIO DE PLANTAS, Rio de Janeiro, 2002. Resumos... SBCS, 2002. p.26. Com o objetivo de avaliar a influncia do pH do solo no processo de mineralizao e nitrificao, foi realizado um experimento usando amostras de cinco solos agrcolas representativos da regio tropical do Brasil. Foram aplicados s amostras trs nveis de Al (0, 1 e 2 cmol c kg -1 ) usando uma soluo de Al2(SO4)3.14H 2O 1 N e 67 mg g-1 de N soluo sulfato de alumnio de 20 mg ml-1. As amostras foram incubadas durante duas semanas, depois da aplicao do alumnio, e por 20 dias aps a adio de N-fertilizante, com 40% da capacidade de saturao mxima. O N mineral dos solos foi extrado usando uma soluo de KCl 1 M na proporo de 1:2 g/v. As anlises de N-NH4+ e N-NO3foram determinadas pelo Flow injection analysis method. As concentraes de N mineral do solo no estiveram associadas com o contedo de N-total dos solos. Aps a aplicao de alumnio, o pH do solo variou de 4,3 a 6,7 sendo que os baixos valores de pH do solo afetaram negativamente o processo de nitrificao, o que foi confirmado pelos baixos valores de N-NO3- e acmulo de N-NH4+. Sob baixas condies de pH do solo, 4,3-4,6, os teores de N-NO3- variaram de 10-27 mg g-1, equivalentes a 20-54 kg N ha-1.

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PAINEL AGRONMICOENERGIA: CAPIM-ELEFANTE RENDE PRMIO AGNCIA DE AGRONEGCIOSO Instituto de Zootecnia (IZ), rgo de pesquisa da Agncia Paulista de Tecnologia dos Agronegcios (APTA), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, ser premiado com Medalha de Prata pelo resultado do Projeto Integrado de Biomassa (PIB), escolhido entre os 10 melhores do trinio 1999-2001. O PIB, contendo oito subprojetos, tem por objetivo demonstrar o potencial do capim-elefante (Pennisetum purpureum cv. Guau, lanamento do IZ) como alternativa renovvel para gerao de energia. vantajoso em relao a energticos fsseis e competitivo com respeito a outras fontes de biomassa. A iniciativa da Hopes for the Future organizada pela Unio Internacional de Preveno da Poluio do Ar e Associaes de Proteo do Meio Ambiente (Iuappa The International Union of Air Pollution Prevention and Environmental Protection Associations), localizada em Brighton, na Inglaterra, em cooperao com a Academia Internacional de Cincia, Sade e Ecologia e sob a coordenao do laureado Nobel Presidente Professor Y.T. Lee da Academia Sinica Taipei, que emitir o respectivo diploma (http://www.i4sugar.com.br/pesquisa_id.asp?id=31).

PESQUISAS DA UNICAMP DESENVOLVEM BIO-LEO DE BAGAO DE CANAPesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) esto prximos de desenvolver um combustvel feito de bagao de cana, o bio-leo, que poder substituir o leo diesel. O projeto recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), de rgos federais e estaduais e da Copersucar. O produto ainda entra na composio de vrios compostos qumicos, como polmeros. De acordo com Dr. Luiz Augusto Barbosa Cortez, um dos coordenadores da pesquisa, as experincias devero terminar em um ano, tendo em vista sua aplicao comercial. Para transformar o bagao em combustvel, a matria-prima passa por um processo chamado pirlise rpida, que decompe as molculas pelo calor, sem combusto. Segundo Jos Dlcio Rocha, outros produtos de origem vegetal, como palha de cana, casca de arroz e serragem, podem ser usados na produo do bio-leo, que vem sendo pesquisado nos Estados Unidos, Canad e Unio Europia. A pesquisa, iniciada h cinco anos, demandou investimento de R$ 500 mil (http://www.i4sugar.com.br/historico_pesquisa.asp).

NO SOBRA NEM O BAGAO PLSTICO DE ACARAcar e lcool deixaram de ser os nicos produtos de importncia comercial extrados da cana. Agora, incorpora-se a essa dupla a produo de plstico biodegradvel a partir do acar. Desde dezembro de 2000, a PHB Industrial, pertencente ao grupo Irmos Biagi, de Serrana (SP), e ao grupo Balbo, de Sertozinho (SP), tem capacidade de produzir em uma planta piloto entre 4 e 5 toneladas mensais do biopolmero a partir da sacarose presente no acar. Toda a produo obtida na planta industrial da empresa, que fica ao lado da Usina da Pedra, em Serrana, exportada para pases como Estados Unidos, Alemanha e Japo. Pretendemos iniciar nossa operao comercial entre 2004 e 2005 com a construo de uma planta com capacidade para produzir 10 mil toneladas por ano de bioplstico, afirma o fsico Sylvio Ortega Filho, responsvel pelo desenvolvimento do plstico biodegradvel na PHB, empresa que recebe financiamento do Programa de Inovao Tecnolgica em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP. No conhecemos nenhuma outra indstria no mundo que tenha produo comercial desse tipo de resina bioplstica, diz Ortega Filho. O desenvolvimento tecnolgico desse polmero, passvel de rpida decomposio por microrganismos quando descartado em aterros sanitrios, lixes ou exposto a ambientes com bactrias ativas, resultado de uma parceria bem-sucedida entre o Instituto de Pesquisas Tecnolgicas (IPT), a Cooperativa dos Produtores de Cana, Acar e lcool do Estado de So Paulo (Copersucar) e o Instituto de Cincias Biomdicas (ICB) da Universidade de So Paulo (USP). Os primeiros estudos sobre o tema foram realizados no comeo dos anos 90 e, dez anos depois, o pas reconhecido como um dos mais avanados centros mundiais em pesquisa e desenvolvimento de bioplsticos (http://revistapesquisa.fapesp.br:2222/transform.php? xml=1/0/20021001/20021080/pt/SEC7_4.xml&xsl=xsl/pt/ article.xsl&transf=normal&id=SEC74&lang=pt&issue=20021080). Uma pequena revoluo pode acontecer nas usinas de acar e lcool do pas. Se incorporarem uma nova tecnologia desenvolvida no Centro de Tecnologia (CTC) da Cooperativa de Produtores de Cana, Acar e lcool do Estado de So Paulo (Copersucar), em Piracicaba, elas sero capazes de elevar a produo de lcool em cerca de 30% sem a necessidade de plantar um nico p de cana a mais. O que parece mgica , na verdade, resultado do aproveitamento total da biomassa da cana, mais precisamente do bagao. Estima-se que sejam modos 300 milhes de toneladas de cana por ano no pas, resultando em 81 milhes de toneladas de bagao. Desse total, cerca de 70 milhes so queimados em caldeiras para produo de energia eltrica para abastecimento das prprias usinas. Com o aproveitamento de 50% da palha de cana, atualmente queimada ou deixada no campo, podem ser liberados 35 milhes de toneladas de bagao para a produo de lcool. Somadas aos 11 milhes que j sobram, ser possvel produzir 5,4 bilhes de litros de lcool por ano, o que corresponde a cerca de 30% da oferta atual. A produo de energia eltrica no ficaria prejudicada desde que grande parte das caldeiras existentes fossem substitudas por outras mais modernas e eficientes, que aproveitam melhor a queima do bagao e da palha. A nova tecnologia resultado de duas dcadas de estudos, num trabalho conjunto entre pesquisadores da Copersucar e do Grupo Dedini, um dos maiores fabricantes de mquinas e equipamentos para o setor sucroalcooleiro. Eles conseguiram comprovar que possvel fabricar lcool etlico (etanol) carburante a partir do bagao de cana, por meio de um processo batizado de Dedini Hidrlise Rpida (DHR). Esse processo j se mostrou eficaz em ensaios laboratoriais e num prottipo em escala piloto no CTC e est pronto para ser testado em escala industrial. Se tudo der certo, a nova tecnologia estar disponvel para as usinas brasileiras a partir do segundo semestre de 2003 (http://revistapesquisa.fapesp.br:2222/transform.php?xml=2/0/ 20020702/20020777/pt/SEC7_2.xml&xsl=xsl/pt/article.xsl&transf= normal&id=SEC7_2&lang=pt&issue=20020777). 15

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CURSOS, SIMPSIOS E OUTROS EVENTOS

EVENTOS DA POTAFOS EM 2003

Local: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, So Pedro-SP Data: 14 a 16/MAIO/2003 Promoo: POTAFOS/ANDA Temas a discutir: Fsforo no solo e na planta, Relao com outros nutrientes e com a microbiologia do solo, Reservas de fosfato e produo de fertilizantes fosfatados no Brasil e no mundo, Eficincia da adubao fosfatada e Respostas das culturas adubao fosfatada. Pbico-alvo: Agrnomos da Indstria de Fertilizantes, Pesquisadores, Docentes, Extensionistas, Consultores e Produtores Rurais. Hospedagem: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, So Pedro-SP Fone/Fax: (19) 3481-9999

14/05/2003 (4a feira)08:00-12:00 Check-in no hotel, inscrio e entrega de crachs 12:00-14:00 Almoo PAINEL: Fsforo no solo e nas plantas e fertililizantes fosfatados 14:00-14:40 Fsforo: nutriente essencial para a vida Mark Stauffer, PPI/PPIC, fone: 001-306-652-3535, [email protected] 14:40-15:20 Reservas de fosfatos e produo de fertilizantes fosfatados no Brasil e no mundo Alfredo Scheid Lopes, ANDA/IBRAFOS, fone: (35) 3829-1122, [email protected] 15:20-16:00 Fsforo na planta e interao com outros elementos Eurpedes Malavolta, CENA/USP, fone: (19) 3429-4695, [email protected] 16:00-16:30 Coffee break 16:30-17:10 Fsforo no solo e interao com outros elementos Bernardo van Raij, IAC, fone: (19) 3241-0091, [email protected] 17:10-17:50 O papel dos microrganismos na disponibilizao de fsforo da rizosfera para as plantas Jos Oswaldo Siqueira, UFLA Universidade Federal de Lavras, fone: (35) 3829-1225, [email protected] 17:50-18:30 Debate 19:30-21:30 Churrasco confraternizao

15/05/2003 (5a feira)PAINEL: RESPOSTA ADUBAO FOSFATADA 08:00-08:45 Adubao fosfatada em solos da regio do cerrado Djalma Martinho Gomes de Souza e Edson Lobato, EMBRAPA Cerrados, fone: (61) 388-9814/9898, [email protected] 08:45-09:30 Adubao fosfatada no sistema plantio direto Joo Carlos de Moraes S, UEPG, fone: (42) 2203090/9978-0410, [email protected]

SIMPSIO SOBRE FSFORO NA AGRICULTURA BRASILEIRAE-mail: [email protected] Website: www.hotelcolinaverde.com.br (fazer reserva diretamente com o hotel) Diria: Apartamento Luxo Country (com caf da manh, almoo e jantar): Single: R$ 134,00 Duplo: R$ 190,00 (R$ 95,00 por pessoa) Triplo: R$ 261,00 (R$ 87,00 por pessoa) Taxa de inscrio: Hspedes do hotel: R$ 250,00 No hspedes: R$ 350,00 (inclui refeies e coffee breaks) Inscrio e informaes: Telefone/fax: 3433-3254 E-mail: [email protected] Website: www.potafos.org

PROGRAMA

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09:30-10:00 Cultura da soja ureo Lantmann, EMBRAPA Soja, fone: (43)3371-6225, [email protected] 10:00-10:30 Coffee break 10:30-11:00 Cultura do milho Antnio Marcos Coelho, EMBRAPA Milho e Sorgo, fone: (31) 3779-1164, [email protected] 11:00-11:30 Cultura do algodo Leandro Zancanaro, Fundao MT, fone: (66) 423-2041, leandro.pma@fundacaomt. com.br 11:30-12:00 Cultura da cana-de-acar Gaspar Korndrfer, UFU, Uberlndia, fone: (34) 3212-5566, ramal 224, [email protected] 12:00-12:30 Cultura do caf Ondino Bataglia, IAC, fone: (19) 3236-9119, [email protected] 12:30-14:00 Almoo 14:00-14:30 Cultura de citros Jos Eduardo Creste, UNOESTE, fone: (18) 229-2000 ramal 2109, [email protected] 14:30-15:00 Pastagens Manoel Macedo, EMBRAPA Gado de Corte, fone: (67) 368 2061, [email protected] 15:00-15:30 Cultura do arroz de sequeiro Nand K. Fageria, EMBRAPA Arroz e Feijo, fone: (62) 533-2178, [email protected] 15:30-16:00 Cultura do arroz irrigado Ledemar Vahl, UFPEL, fone: (53) 275 7248, [email protected] 16:00-16:30 Coffee break 16:30-17:00 Cultura do feijo Nand K. Fageria, EMBRAPA Arroz e Feijo, fone: (62) 533-2178, [email protected] 17:00-17:30 Cultura do trigo Sirio Wietholter, EMBRAPA Trigo, fone: (54) 311-3444, [email protected] 17:30-18:00 Reflorestamento Ronaldo Luiz Vaz de Arruda Silveira, RR, fone: (19) 3422-1913, [email protected] 18:00-19:00 Debate 19:00-22:00 Jantar Noite Italiana

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16/05/2003 (6a feira)08:00-13:30 PAINEL: EFICINCIA DA ADUBAO FOSFATADA 08:00-08:40 Fatores que interferem na eficincia da adubao fosfatada Ibanor Anghinoni, UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fone: (51) 33166043/6050, [email protected] 08:40-09:20 Mtodos de diagnose de fsforo no solo em uso no Brasil Bernardo van Raij, IAC, fone: (19) 32410091, [email protected] 09:20-10:00 Metodologias de extrao para determinar a eficincia de fertilizantes fosfatados Jos Carlos Alcarde, ESALQ-USP, fone: (19) 3422-7692, 10:00-10:30 10:30-11:10

11:10-11:50

11:50-12:30

12:30-13:30

[email protected] & Lus Igncio Prochnow, ESALQ-USP, fone: (19)3420-4295, liprochn@carpa. ciagri.usp.br Coffee break Eficincia agronmica de fosfatos totalmente acidulados Lus Igncio Prochnow, ESALQ-USP, fone: (19) 3420-4295, [email protected] Eficincia agronmica de fosfatos naturais Nelson Horowitz, Adubos Trevo, fone: (51) 3233-1122, [email protected] Eficincia agronmica de termofosfatos e fosfatos alternativos Godofredo C. Vitti, ESALQ-USP, fone: (19) 3429-4246, [email protected] Debate e encerramento.

WORKSHOPS SIMPASSistema Integrado de Manejo da Produo Agropecuria Sustentvel (POTAFOS, ANDA, ANDEF, ABAG e outras)Local: Patos de Minas-MG Data: 20-22/MAIO/2003 Local: Assis-SP Data: 21-26/JUNHO/2003 Local: Petrolina-PE Data: 21-23/OUTUBRO/2003 Informaes: POTAFOS Telefone: (19) 3433-3254/3422-9812 ou E-mail: [email protected] Website: www.potafos.org

4O SIMPSIO SOBRE ROTAO SOJA/MILHO NO PLANTIO DIRETOLocal: Piracicaba, SP Data: 10 e 11/JULHO/2003 Temas a discutir: Matria orgnica no plantio direto Relao entre nutrio de plantas e incidncia de pragas e doenas Integrao agricultura-pecuria Manejo da acidez com nfase em solos de baixa CTC Pblico-alvo: Consultores e produtores buscando alta produtividade, extensionistas, pesquisadores e professores. Inscrio e informaes: POTAFOS Telefone: (19) 3433-3254/3422-9812 ou E-mail: [email protected] Website: www.potafos.org

KIESERITAwww.kieserite.com Website da K + S KALI GmbH com informaes sobre o composto mineral kieserita (MgSO4.H2O), sua fabricao e uso como fertilizante na agricultura, bem como sua importncia para humanos, animais e plantas.

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WWW

Sites Agrcolas

Visitem nosso website: www.potafos.orgTemos informaes sobre o consumo de fertilizantes no Brasil, pesquisas e publicaes recentes, DRIS para vrias culturas, links importantes, e muito mais...

FUNDAO ARTHUR BERNARDESwww.funarbe.org.br Site da Fundao Arthur Bernardes, sediada na Universidade Federal de Viosa, uma das organizaes que vm dando apoio constituio de empresas incubadas na rea de agropecuria.

FUNDAO LYNDOLPHO SILVAwww.bnaf.org.br Site da Fundao Lyndolpho Silva entidade de carter tcnico-cientfico que busca garantir a implantao de polticas pblicas que promovam os agricultores de base familiar. 17

PUBLICAES RECENTES1. CERRADO CORREO DO SOLO E ADUBAO Editores: Djalma Martinho Gomes de Sousa & Edson Lobato; 2003. Contedo: A Embrapa Cerrados acaba de publicar este livro que contm informaes acumuladas ao longo de 27 anos de pesquisa sobre o assunto. So textos de 19 pesquisadores que do subsdios para a produo de recomendaes de correo de solo e de adubao de forma sustentvel. Nmero de pginas: 416 Preo: R$ 55,00 Editor: EMBRAPA Informao Tecnolgica Telefone: (61) 448-4236 ou 448-4048 Fax: (61) 340-2753 E-mail: [email protected] Livraria virtual: www.sct.embrapa.br 2. A CULTURA DA ATEMIA (CATI. Boletim Tcnico, 233) Autor: Takanoli Tokunaga; 2000. Contedo: Clima, solo, cultivares, porta-enxertos, enxertia, plantio das mudas enxertadas no campo, pragas, doenas, arquitetura da planta podas, estrutura da flor e poca de florescimento, frutificao, desbaste dos frutos, colheita, seleo e classificao dos frutos, embalagem, resultados econmicos e sociais. Formato: 15 x 21,5 cm Pedidos: rea de Publicaes - CECOR/CATI Telefone: (19) 241-3900 - ramal 406 E-mail: [email protected] Website: www.cati.sp.gov.br 3. MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS E DOENAS DAS CULTURAS ( 8 volumes) Contedo: Caractersticas da regio e propostas para recuperao das pastagens degradadas; sugestes de rotao de culturas em reas com pastagens degradadas; custo de abertura da rea; resultados preliminares. Nmero de pginas: 96 Editor: Idem item 2 4. O CAF NO IAC Autor: Joo C.P. Romero; 2002. Contedo: Resumos de todos os trabalhos publicados na revista Bragantia dos ltimos 60 anos. Artigos publicados em ordem cronolgica sobre os seguintes temas: gentica, qualidade, melhoramento, fisiologia, nutrio, clima, doenas, pragas, taxonomia, citologia, preparo, estatstica, etc. Nmero de pginas: 570 Preo: R$ 70,00 Editor: Editora Agronmica Ceres Telefone: (35) 3441-1200 Fax: (35) 3441-1096 E-mail: [email protected] Website: www.editoraceres.com.br 18 5. SOLOS DO BRASIL gnese, morfologia, classificao, levantamento e manejo (3a edio revisada e ampliada) Autor: Hlio do Prado; 2003. Contedo: A nova edio do livro inclui a correlao dos sistemas de classificao brasileiro, americano e internacional (FAO), com fotos coloridas de perfis de solos em papel couchet. A nova nomenclatura de solos da Embrapa apresentada de forma interativa e dinmica no CD-Rom, abordando aspectos importantes de manejo agrcola e geotcnico. Formato: 21 x 30 cm Nmero de pginas: 275 Preo (livro + CD): R$ 45,00 (no inclui despesas postais) Contatos: [email protected]

6. SISTEMATIZAO DE TECNOLOGIAS DE BAIXO CUSTO PARA AS PRINCIPAIS EXPLORAES DE AGRICULTURAS DE BAIXA RENDA NO PARAN (IAPAR. Circular Tcnica, 113) Editores: Vieira, A.M.; Arajo, A.G. de; Khatounian, C.A.; 2000. Contedo: Metodologia; tecnologias descritas: milho, algodo, caf, cereais de inverno, arroz, outros, sunos, gado bovino. Formato: 15 x 21,5 cm Nmero de pginas: 73 Editor: IAPAR Rodovia Celso Garcia Cid, km 375 86001-970 Londrina-PR Telefone: (43) 376-2000 Fax: (43) 376-2101 E-mail: [email protected] Website: www.pr.gov.br/iapar

7. CITRICULTURA NOS SOLOS COESOS DOS TABULEIROS COSTEIROS: ANLISE E SUGESTES (SEAGRI. Srie Estudos Agrcolas, 3) Autores: Rezende, J. de O.; Magalhes, A.F. de J.; Shibata, R.T.; Rocha, E.S.; Fernandes, J.C.; Brando, F.J.C.; Rezende, V.J.R.P.; 2002. Contedo: Solos para citros; clima para citros; requisitos para o uso e manejo dos solo Coesos; pesquisas em andamento; sugestes para o manejo dos solos Coesos cultivados com citros. Formato: 15 x 20 cm Editor: SEAGRI 4a Avenida, 405 - Trreo 41750-300 Salvador-BA Telefone: (71) 370-2783 Fax: (71) 370-2725 E-mail: [email protected] Website: www.seagri.ba.gov.br

INFORMAES AGRONMICAS N 100 DEZEMBRO/2002

PUBLICAES DA POTAFOSR$/exemplar 7,00 7,00 7,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 20,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 20,00 50,00 50,00 50,00 7,00 cada nmero BOLETINS TCNICOS (PROMOO) "Nutrio e adubao do feijoeiro"; C.A. Rosolem (91 pginas) "Nutrio e adubao do arroz"; M.P. Barbosa Filho (120 pginas, 14 fotos) "Potssio: necessidade e uso na agricultura moderna" (45 pginas, 34 fotos) LIVROS/CD

"A estatstica moderna na pesquisa agropecuria"; F. Pimentel Gomes (162 pginas) Desordens nutricionais no cerrado; E. Malavolta, H.J. Kliemann (136 pginas) "Ecofisiologia na produo agrcola"; P.R.C. Castro e outros (eds.) (249 pginas) "Nutrio mineral, calagem, gessagem e adubao dos citros"; E. Malavolta (153 pginas, 16 fotos) "Nutrio e adubao da cana-de-acar"; D.L. Anderson & J.E. Bowen (40 pginas, 43 fotos) "Fertilizantes fluidos"; G.C. Vitti & A.E. Boaretto (ed.) (343 pginas, 12 fotos) "Cultura do cafeeiro"; A.B. Rena e outros (ed.) (447 pginas, 49 fotos) (LIQUIDAO DE ESTOQUE) "Avaliao do estado nutricional das plantas - 2 edio"; Malavolta e outros (319 pginas) "Manual internacional de fertilidade do solo - 2 edio, revisada e ampliada" (177 pginas) Cultura do algodoeiro; E. Cia, E.C. Freire, W.J. dos Santos (eds.) (286 pginas, 44 fotos) "A cultura da soja nos cerrados"; Neylson Arantes & Plnio Souza (eds.) (535 pginas, 35 fotos) "Nutrio e adubao de hortalias"; Manoel E. Ferreira e outros (eds.) (487 pginas) "Micronutrientes na agricultura"; M.E. Ferreira & M.C.P Cruz (eds.) (734 pginas, 21 fotos) "Cultura do feijoeiro comum no Brasil"; R.S. Araujo e outros (coord.) (786 pginas, 52 fotos) CD-ROM - Anais do Simpsio sobre Fisiologia, Nutrio, Adubao e Manejo para Produo Sustentvel de Citros CD-ROM - Anais do I Simpsio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CDs: vdeos, palestras e slides) CD-ROM - Anais do II Simpsio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CDs: vdeos, palestras e slides) CD-ROM - Anais do Workshop Relao entre Nutrio de Plantas e Incidncia de Doenas (4 CDs: vdeos, palestras e slides) ARQUIVOS DO AGRNOMO (PROMOO)

DESCONTOS Para compras no valor de: R$ 100,00 a R$ 200,00 = 10% R$ 200,00 a R$ 300,00 = 15% R$ 300,00 a R$ 400,00 = 20% mais que R$ 400,00 = 25%

N 1 - A pedologia simplificada (2 edio - revisada e modificada) (16 pginas e 27 fotos), N 2 - Seja o doutor do seu milho 2a edio, revisada e modificada (16 pginas e 27 fotos), N 3 - Seja o doutor do seu cafezal (12 pginas, 48 fotos), N 4 - Seja o doutor de seus citros (16 pginas, 48 fotos), N 6 - Seja o doutor da sua cana-de-acar (16 pginas, 48 fotos), , N 8 - Seja o doutor do seu algodoeiro (24 pginas, 77 fotos), N 9 - Seja o doutor do seu arroz (20 pginas, 41 fotos), N 11 - Como a planta de soja se desenvolve (21 pginas, 38 fotos), N 12 - Seja o doutor do seu eucalipto (32 pginas, 71 fotos).

TAXA DE POSTAGEM (atendemos s VIA SEDEX): Estado de So Paulo = R$ 7,00, Demais Estados = R$ 12,00Pedidos: POTAFOS - Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP. Telefone/fax: (19) 433-3254 ou via internet: www.potafos.org Forma de pagamento: cheque nominal POTAFOS anexado sua carta com a relao das publicaes desejadas. Dados necessrios para a emisso da nota fiscal: nome, CPF (ou razo social, com CGC e Inscrio Estadual), instituio, endereo, bairro/ distrito, CEP, municpio, UF, fone/fax, atividade exercida.

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INFORMAES AGRONMICAS N 100 DEZEMBRO/2002

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Ponto de Vista

POR QUE ADUBAR S A PARTIR DA PRIMAVERA SE A NATUREZA SEMPRE ADUBOU J NO OUTONO?T. Yamada, diretorproduo agrcola no sistema plantio direto a que mais se aproxima da natureza. Alm dos inmeros benefcios que traz para a agricultura e ao meio ambiente, o sistema plantio direto serve ainda como fonte de inspirao e de questionamento sobre o manejo atual das culturas, principalmente do mato e da adubao nas perenes. Nestas, o mato ainda considerado inimigo a ser erradicado e no o importante parceiro na produo de matria orgnica, como j no sistema plantio direto. Quando bem manejado, o mato deposita na superfcie do solo, no outono, grande quantidade de matria orgnica, reciclando, assim, nutrientes que, caso contrrio, seriam perdidos. Quanto adubao, h muito tempo questiono a necessidade do parcelamento do nitrognio e a melhor poca de apliclo. Isto porque a natureza sempre adubou de uma s vez, no outono, atravs da queda de folhas, flores, frutos e galhos que, mineralizados, liberam os nutrientes para as plantas. No livro O caf no IAC (de J.C.P. Romero, Editora Agronmica Ceres, 2002), coletnea de 60 anos de artigos cientficos sobre o cafeeiro publicados na revista Bragantia (1941-2001), procurei todos os trabalhos sobre adubao. No encontrei um sequer que mostrasse resposta positiva ao parcelamento do nitrognio. Mesmo em ensaios com 10 anos de durao, como o realizado pelo grupo de F.R.P. Moraes, de 1959 a 1969. No havendo resposta ao parcelamento do N no cafeeiro, resta definir quando seria a aplicao nica. Tambm no encontrei resposta conclusiva a esta pergunta. No entanto, existem dados indicando maior produtividade com antecipao da adubao nitrogenada. Assim, Oliveira et al. (1985) mostraram no 12o Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, realizado em Caxambu, que a produtividade do cafeeiro (mdia de quatro colheitas) aumentava de ao redor de 30 sc/ha para perto de 40 sc/ha apenas com a antecipao do incio do

A

parcelamento de 60 dias aps a florada para por ocasio desta. Ou seja, a produtividade aumentava com a antecipao da poca de aplicao do nitrognio. Pesquisa do grupo do Prof. Rena, da UFV (Amaral et al., 1990, 16o Congre