Analise Do Conto

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uma conversa vulgar

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Analise do conto Uma Conversa Vulgar de Lima Barreto, tomo por base para esta analise Moiss Massaud, com o livro: Anlise Literria.Comeando pelo ttulo do conto, Uma Conversa Vulgar o conto fala de uma conversa que ocorre entre dois amigos um mais moo e outro em uma idade uma idade mais avanada, h ali um dilogo entre os dois, e esta conversa era uma conversa vulgar, ou seja, uma conversa do dia a dia sem muita importncia, sabido de todos. Ao mesmo tempo podemos entender pelo teor da conversa que o acontecimento foi desprezvel, baixo por parte do Jos da silva para com a me do Ernesto.As personagens principais deste conto so trs, sendo eles o Bandeira, o seu Florncio e Ernesto. Ernesto uma personagem plana sem muita profundidade, algum abandonado pelo pai, acolhido e ajudado por Florncio, que lhe ajudara arrumar um emprego, quando tudo parece bem a me morre e ele desaba a beber perdendo assim o emprego. uma personagem triste, desiludida e sem esperana que depois de tudo passar a viver de pequenos biscates feitos ali no entorno da rua do Ouvidor. Por sua vez vemos em Florncio uma personagem redonda uma vez que se destaca por vrias caractersticas como, sua memria singular para falar de acontecimentos to distantes do tempo em que vivia e segundo bandeira ele era como as memrias vivas do Rio de Janeiro, era um homem bondoso que de alguma maneira no clara no conto sentia-se na obrigao de ajudar aquele menino deixado pelo pai a prpria sorte, auxiliando no seu crescimento e desenvolvimento sem esperar algo em troca, simplesmente por considera-lo um bom filho.( Gostei sempre dele, pois era bom filho,...). E temos Bandeira que se destaca como personagem narrador do conto, ele apesar de ser o personagem principal, pois a histria sua, no figura como personagem central deixando este papel para Florncio.O foco narrativo do conto, a narrativa feita em primeira pessoa por ser seu narrador um personagem, e exposta em sua grande parte em dilogos diretos entre Bandeira e Florncio.O tempo no conto um tempo cronolgico; (...era de uma meiguice para mim de me encher de saudades quando saa de manh, segunda-feira, ...), (Quando cismava, sem mesmo me anunciar, ia aos sbados para l, dormia e todo o domingo, ...), (quase desde a coroao e sagrao de Pedro II, em 1841, at nossos dias...). As datas so precisas e tudo acontece em um tempo linear, terminando o final de semana, inicia a segunda-feira, Florncio convidando bandeira para acompanha-lo isso logo pela manh e a narrativa termina pela tarde do mesmo dia. (Eram quase duas horas da tarde...).O espao macro, de todo o acontecimento o rio de janeiro, porm se destaca no conto o sitio onde andeira passava seus finais de semana (A sua residncia era fora da cidade, em um stio l pelas bandas de Campo Grande, bem tratado, com muita laranja, capados, galinhas, perus; e a casa de moradia era vasta e tinha muitos cmodos). Quando precisava descansar da morrinha da repartio onde trabalhava, de uma maneira mais prxima citada a rua do Ouvidor, a Tijuca e So Cristvo. O conto tambm traz uma crtica social implcita no comentrio de Florncio quando diz que era normal naquela poca (na poca em que Jos da Silva abandonou a me do Ernesto com ele ainda pequeno) esses relacionamentos serem descartados por um casamente legalizados dentro dos moldes da religio(...Hoje, no sei; mas, naquele tempo, essas ligaes preliminares, introito e prefcio do venervel casamento com bno sacerdotal e sacramental da igreja, eram admitidas; e as suas rupturas simples, inflexveis, assim como a do Silva com a me do Ernesto, no vexavam ningum.) critica esta caracterstica presente nas obras de Lima Barreto.

REFERENCIALMASSAUD, Moises. A ANLISE LITERRIA / Massaud Moises. So Paulo: Cultrix, 2008, 17 reimpr. Da 1 ed. De 1969.

Introduo a entrevista

O regionalismo Surgiu em meados do sculo 19, nas obras de Jos de Alencar, de Bernardo Guimares. Existe entre os autores um grande descontentamento pelo tratamento de regionalista porque houve um uso pejorativo para este ttulo, os autores entendem que este tratamento menospreza a sua obra restringindo ela a uma determinada regio enquanto que a universalidade o objetivo de cada autor, Em primeiro lugar cabe esclarecer que, por regionalismo, entende-se a literatura que pe o seu foco em determinada regio do Brasil, visando retrat-la, de maneira mais superficial ou mais profunda. Os primeiros autores do gnero no focalizavam propriamente uma regio, no sentido geogrfico, no visavam mostrar a vida no serto do Nordeste, ou de So Paulo ou do Rio Grande do Sul. portando de certo modo todo grande autor universal mesmo que escreva sobre determinada regio.