Análise do episódio "Inês de Castro"

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Mosteiro de Alcobaça Inês de Castro

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Mosteiro de Alcobaça

Inês de Castro

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Inês de Castro

Túmulo de D. Inês de Castro Mosteiro de Alcobaça

Túmulo de D. Pedro IMosteiro de Alcobaça

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1. Identifica as estâncias correspondentes a cada uma das sete partes em que o texto foi dividido.

1 – Introdução ( est. _____- ____ )

• Localização espácio-temporal,• Apresentação da matéria a narrar (espécie de crónica de uma morte anunciada);• Responsabilização do amor por esta morte.

2 – Inês nos campos do Mondego (est. _____- ______ ) • Felicidade e «engano de alma».

3 – Condenação de Inês e sua apresentação ao rei. (est. ______-_______ )

• Razões da sua morte: ( recusa de D. Pedro em casar-se de acordo com a conveniência do Reino; o murmurar do povo)• Apresentação de Inês ao rei.

4 – Súplicas e defesa de Inês.( est. _____-______)

• Referência aos filhos e à sua orfandade • Relação crueldade /humanidade• Fragilidade e inocência• Pedido de clemência• Sugestão de exílio

5 – Hesitação do rei e confirmação da sentença.(est. ____-______)

• Hesitação do rei• Oposição do povo e dos algozes•Morte de Inês•Alusão ao futuro castigo dos algozes

6 – Considerações finais do poeta( est. ____-_____)

• Referência a horrores célebres• Constatação da morte injusta e prematura de Inês• Lembrança eterna de Inês na Fonte dos Amores

7 – Vingança de D. Pedro ( est. _____-_____)

• Subida ao trono de D. Pedro• D. Pedro justiceiro

118 119

120 121

122 124

125 129

130 132

133 135

136 137

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1. Identifica o narrador e o narratário deste episódio.

Narrador Narratário

Vasco da Gama Rei de Melinde

2. Refere o plano narrativo deste episódio e justifica.

Este episódio insere-se no plano da História de Portugal, porque Vasco da Gama, a pedido do rei de Melinde, conta alguns acontecimentos da nossa História, e entre eles está o caso de amor de Inês de Castro com o príncipe D. Pedro, herdeiro do trono português.

3. Sinaliza os versos que situam a acção no espaço e no tempo (est. 118).

Espaço Tempo

«na lusitana terra» (est. 118, V. 2),

isto é, em Portugal «Passada esta tão próspera vitória (est.118, v. 1), ou seja, depois da batalha do Salado.

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4. Lê a estância 119.4.1. A quem atribui o narrador a responsabilidade maior pela morte de Inês? Justifica.

R.: O narrador atribui a responsabilidade da morte de Inês ao «Amor». Porque ele é tirano, não se contenta com lágrimas, exige sacrifícios humanos.

4.2. Identifica os adjetivos que o narrador usa para caracterizar o amor.

R.: «força crua »; «fero amor» ; «áspero e tirano»

4.3. Indica os recursos estilísticos usados para evidenciar a importância do amor no desencadear deste episódio.

Recursos estilísticos

Apóstrofe

Comparação

Personificação

Adjetivação

«Tu, só tu, puro amor»; «fero amor»

«Como se fora pérfida inimiga»

Personificação do amor em toda a estância

«puro»; «crua»; «pérfido»; «fero»; «áspero»; «tirano»

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5. Completa, com as palavras dadas, a síntese da introdução (est. 118-119) ,de acordo com a proposta de António José Saraiva:

Amor; Portugal; cruel; rainha; memorável; morte; vítimas; guerra; paz.

«Afonso voltou para ____________ a lograr a _____ com a mesma felicidade que já

tivera na __________; aconteceu então o caso ______________ da malfadada que

foi ________ depois de morta.

Foi o _______ , unicamente, que deu causa à sua _________, como se ela fosse uma

inimiga. Dizem que o Amor ________ não se contenta com as lágrimas: exige, como

um deus despótico, _________ humanas.»

in Os Lusíadas, 2ª ed., Livraria Figueirinhas, 1999

Portugal paz

guerra memorável

rainha

Amor morte

cruel

vítimas

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6. Repara com atenção na figura de Inês ( est. 120 – 121).

6.1. Transcreve as expressões do texto que permitem caracterizar a protagonista como uma mulher: bela, jovem, feliz, tranquila e ingénua.

Adjetivos Expressões do texto

Bela

Jovem

Feliz

Tranquila

Ingénua

«linda Inês»; «fermosos olhos»

« De teus anos colhendo doce fruito»

«doces sonhos»; «pensamentos que voavam»; «memórias de alegria»

«posta em sossego»

«engano de alma, ledo e cego»; «doces sonhos que mentiam»

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6.2. Refere as diferentes situações em que a personagem nos é apresentada e os sentimentos que aí vive (est.120-129).

R.: Inês surge nos campos do Mondego, onde gozava de grande tranquilidade numa vida pacata e feliz, com espaço para grandes sonhos de amor.Ela foi arrastada pelos algozes até à presença do rei D. Afonso IV (pai de D. Pedro) , no palácio; aqui teme pelo destino dos filhos e pelo seu; proclama, apavorada, a sua inocência e, com visível sofrimento contra a injustiça de que se acha vítima, pede o exílio em troca da sua morte.

7. Atenta nos versos: « Naquele engano de alma ledo e cego/ Que a Fortuna não deixa durar muito» (est. 120, v. 3e 4).

7.1. De que forma estes versos anunciam a tragédia que se vai seguir?

R.: Nestes versos afirma-se que o destino («Fortuna») não permitirá que aquele estado de alma feliz e ingénuo dure muito tempo.

8. Identifica a figura de estilo presente no primeiro verso da estrofe 123.

A figura de estilo é o eufemismo : «tirar ao mundo» = matar.

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Consolida os teus conhecimentos sobre o caso de Pedro e Inês preenchendo os espaços do texto a seguir apresentado, tendo como base as estâncias 118 – 121.

D. Pedro, filho de ________IV, enamorara-se de Inês de Castro, fidalga _________

quando sua esposa, D. __________ , ainda era viva.

Tornara-se Inês sua _________ passeando “ Nos ___________________________”

onde estava posta em sossego “Aos _____________________________”.

Aí vivia intensamente o amor do seu _________ encantado cujas ___________ lhe

moravam na alma sempre que se apartasse dele. “De noite, _______________”,

“De dia ___________________________.

E assim, mesmo na _________ do Príncipe era dominada pelo sentimento de uma

grande ________ .

Texto

Afonso Galega,

Constança

amante saudosos campos do Mondego

montes ensinando e às ervinhas

Príncipe lembranças

em doces sonhos

em pensamentos que voavam”

ausência

alegria

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9. Quem, de acordo com o texto, pretendia a morte de Inês?

9.1. Regista as razões que motivaram a condenação de Inês (est. 122- 123).

R.: As razões que levaram ao assassínio de Inês são:

a) O murmurar do povo por razões de Estado, visto que D. Inês era uma dama galega e isso poria em causa a soberania portuguesa;

b) O amor proibido de D. Pedro e D. Inês, pois D. Afonso IV acredita que esta paixão é a causa de D. Pedro recusar casar com outra mulher mais conveniente para o Estado português.

R.: Quem deseja a morte de Inês é o povo e o destino.

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9.2. Faz o levantamento das expressões que, nas estâncias 120-125 e 130-132, denotam simpatia do narrador pela situação de Inês e antipatia pelos agentes da sua condenação.

Expressões que denotam simpatia por Inês Expressões reveladoras de antipatia e indignação pelos agentes da condenação de Inês

«horríficos algozes»;

«com falsas e ferozes/Razões (do povo)»;

«duros ministros»;

«avô cruel»;

«peitos carniceiros»;

«brutos matadores»;

«férvidos e irosos»;

«Contra hûa dama, ó peitos carniceiros/feros vos amostrais e cavaleiros»

«fraca dama delicada»;

«tristes e piedosas vozes»;

«olhos piedosos»;

meninos «tão queridos e mimosos».

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10. Identifica os argumentos usados por Inês no seu discurso para persuadir o rei a poupar--lhe a vida (est.126- 129).

Argumentos de Inês de Castro para persuadir o rei D. Afonso IV

2. Apelo à humanidade do Rei, pois não é humano matar uma «donzela fraca e sem força» só por amar a quem a conquistou.

3. A sua inocência («culpa que não tinha»)por amar D. Pedro..

4. O pedido de clemência para os filhos que ficariam órfãos;

5. Devia saber dar a vida, tal como soube dar a morte na guerra com os Mouros.

1. Até os animais selvagens e as aves de rapina demonstraram piedade para com as crianças.

6. Se, apesar da sua inocência, a quiser castigar, que a desterre para uma região gelada ou tórrida ou para junto das feras, onde possa criar os filhos de D. Pedro.

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10.1. Faz corresponder , agora, os versos das duas colunas para identificares os argumentos de Inês, no seu discurso ao Rei, para evitar a tragédia.

1)A estas criancinhas

2)Mova-te a piedade

3)A morte sabe dar

4)Sabe também dar a vida

5)Põe-me em perpétuo

6)Põe-me onde se use

a)com clemência

b)e mísero desterro

c)sua e minha

d)tem respeito

e)toda a feridade

f)com fogo e ferro

1 2 3 4 5 6

d c f a b e

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11. D. Afonso IV não fica indiferente às palavras de Inês.11.1. Explica o sentido da evolução psicológica do rei.

a) Primeiro D. Afonso IV toma a decisão de mandar matar Inês, atendendo ao «murmurar do povo» (est. 122-123) .

b) Quando os «horríficos algozes» trazem Inês à presença do Rei, este já está inclinado a perdoar («já movido a piedade»), mas o povo incita-o a matá-la (est. 124).

c) No fim do discurso de Inês, comovido pelas suas palavras, «Queria perdoar-lhe o Rei benino», mas o povo e o destino dela não deixaram (est. 130).

11.2. Transcreve os versos que provam que o Rei acaba por manter a sua decisão contra a sua vontade.

R.: «Queria perdoar-lhe o Rei benino, /Movido das palavras que o magoam; /

Mas o pertinaz povo e seu destino / (Que desta sorte o quis) lhe não perdoam.»(est. 130, v. 1 – 4)

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12. Faz a análise comparativa do caso de Inês e Polycena (131 – 132 ).

Inês Polycena

«linda Inês»

«Brutos matadores de Inês»

A solidão e orfandade dos filhos

As causas da morte de Inês são externas ( razões de estado e a vontade do povo)

«linda moça Polycena»

Ferocidade do duro Pirro

A solidão da mãe

As causas da morte de Polycena são provocadas pela sombra de Aquiles.

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13. Relê as estâncias 134 e 135.13.1. Como é caracterizada Inês após a sua morte?

R.: Inês está pálida, sem cor no rosto: «A pálida donzela/ Secas do rosto as rosas e perdida/ A branca e viva cor.»

13.2. A que recurso estilístico recorre o poeta para a sua caracterização?

R.: Camões usa uma comparação. O aspecto de Inês, depois de morta, é comparado com o de uma flor campestre que, colhida e maltratada por uma criança para pôr numa grinalda, perde o perfume e a cor.

13.3. De que forma a lembrança desta história é imortalizada na cidade de Coimbra?

R.: Durante muito tempo, as ninfas do rio Mondego recordaram Inês com lágrimas que transformaram numa fonte a que chamaram «dos amores de Inês».

Quinta das Lágrimas Fonte do amores de Inês

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14. Explica de que forma a morte de Inês se reflectiu no comportamento de D. Pedro depois de este se tornar rei de Portugal (136-1379.

Vingança de D. Pedro

Logo que subiu ao trono, D. Pedro fez um acordo com outro Pedro crudelíssimo (o rei de Castela), tendo conseguido que os homicidas de Inês lhe fossem entregues (est. 136).

Durante o seu reinado, D. Pedro foi implacável com os criminosos, defendeu as cidades contra a opressão dos poderosos e mandou matar muitos ladrões (est.137).

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15. Prova com elementos textuais, que no episódio de «Inês de Castro» podemos encontrar as seguintes características da tragédia clássica:

Características da tragédia clássica Exemplos textuais

Personagens de elevada estirpe social;

Presença do destino e da fatalidade que domina as personagens inocentes;

Existência de um ponto culminante – «climax» - no desenvolvimento da acção;

Pathos (sofrimento do herói) – que desencadeiam sentimentos como o terror e a piedade;

Existência de um coro (substituído pelo narrador) que comenta as passagens mais trágicas.

“(…) depois de morta foi rainha” “ Do teu Príncipe ali te respondiam”.

Decisão de matar Inês, vítima inocente. «Tirar Inês ao mundo determina».

“( Que desta sorte o quis)” , “e seu destino”, “Pois te não move a culpa que não tinha”, “se to assi merece esta inocência”,”Naquele engano de alma , ledo e cego/ Que a Fortuna não deixa durar muito”.

“horríficos algozes”, “ já movido a piedade”, “Ela com tristes e piedosas vozes”, “os olhos piedosos”, “Tais contra Inês os brutos matadores”/Se encarniçavam, férvidos e irosos.”

“( Que desta sorte o quis)”, “Contra hũa dama, ó peitos carniceiros/Feros vos amostrais e cavaleiros?”

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Faz corresponder os versos às figuras de estilo.

a) Que do sepulcro os homens desenterra 1. Eufemismo

b) Tu, só tu, puro Amor, com força crua 2. Metáfora

c) Aos montes ensinando e às ervinhas 3. Hipérbole

d) Tirar Inês ao mundo determina 4. Personificação

e) Matar do firme amor o fogo aceso 5. Apóstrofe

f) O nome que no peito escrito tinhas 6. Perífrase

a) b) c) d) e) f)

3 5 4 1 2 6

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● Nome próprio da protagonista desta história.● Nome do rei que a condenou à morte.● O que o rei acabara de ganhar.

Descobre na sopa de letras as palavras da história de Inês de Castro que correspondem às indicações dadas

I N Ê S

G U E R R A R A I N H A

P O V O M O N D E G O

AFO N S O

AMOR

● O que foi Inês depois de morta.● Os responsáveis pela sua morte.● Nome do rio